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LÍNGUA PORTUGUESA 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 
 
AGENTE DE COMBATE À ENDEMIAS – SESMA/PA 2023 
LÍNGUA PORTUGUESA 
1. Leitura e interpretação de textos ................................................................................................................ 2 
2. Gêneros e tipos de texto ............................................................................................................................. 11 
3. Ortografia: .................................................................................................................................................... 16 
Divisão silábica .................................................................................................................................................. 16 
Acentuação gráfica ............................................................................................................................................ 17 
Emprego do sinal indicativo da crase ................................................................................................................ 20 
4. Estrutura e formação de palavras .............................................................................................................. 23 
5. Classes de palavras, flexão e emprego ..................................................................................................... 28 
6. Sintaxe: ......................................................................................................................................................... 52 
Frase e oração ................................................................................................................................................... 52 
Termos da oração .............................................................................................................................................. 52 
7. Concordância nominal ................................................................................................................................ 56 
8. Semântica: .................................................................................................................................................... 58 
Sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia .................................................................................................... 58 
Conotação e denotação ..................................................................................................................................... 59 
Figuras de sintaxe, de pensamento e de linguagem .......................................................................................... 60 
9. Fonética: ....................................................................................................................................................... 64 
Letra e fonema ................................................................................................................................................... 64 
10. Pontuação ................................................................................................................................................... 65 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 
 
A palavra texto vem do latim textum, que 
significa tecido, entrelaçamento. Essa origem 
aponta a idéia de que texto resulta de um trabalho 
de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim 
de se obter um todo inter-relacionado, um todo 
coeso e coerente. 
Os concursos, de uma forma geral, 
apresentam questões interpretativas que têm por 
finalidade a identificação de um leitor autônomo. 
Portanto, o candidato deve compreender os níveis 
estruturais da língua por meio da lógica, além de 
necessitar de um bom léxico internalizado. 
As frases produzem significados diferentes 
de acordo com o contexto em que estão inseridas. 
Torna-se, assim, necessário sempre fazer um 
confront entre todas as partes que compõem o 
texto. 
Além disso, é fundamental apreender as 
informações apresentadas por trás do texto e as 
inferências a que ele remete. Este procedimento 
justifica-se por um texto ser sempre produto de uma 
postura ideológica do autor diante de uma temática 
qualquer. 
Denotação e Conotação 
Sabe-se que não há associação necessária 
entre significante (expressão gráfica, palavra) e 
significado, por esta ligação representar uma 
convenção. É baseado neste conceito de signo 
lingüístico (significante + significado) que se 
constroem as noções de denotação e conotação. 
O sentido denotativo das palavras é aquele 
encontrado nos dicionários, o chamado sentido 
verdadeiro, real. 
Já a conotação é um sentido que só advém 
à palavra numa dada situação figurada, fantasiosa 
e que, para sua compreensão, depende do 
contexto. 
Sendo assim, estabelece-se, numa 
determinada construção frasal, uma nova relação 
entre significante e significado. 
Os textos literários exploram bastante as 
construções de base conotativa, numa tentativa de 
extrapolar o espaço do texto e provocar reações 
diferenciadas em seus leitores. 
Ainda com base no signo lingüístico, 
encontra-se o conceito de polissemia (que tem 
muitas significações). Algumas palavras, 
dependendo do contexto, assumem múltiplos 
significados, como, por exemplo, a palavra ponto: 
ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto 
de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um 
sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando 
sua significação através de expressões que lhe 
completem e esclareçam o sentido. 
Como Ler e Entender Bem um Texto 
O homem usa a língua porque vive em 
comunidades, nas quais tem necessidade de se 
comunicar, de estabelecer relações dos mais 
variados tipos, de obter deles reações ou 
comportamentos, interagindo socialmente por meio 
do seu discurso. 
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis 
de leitura: a informativa e de reconhecimento e a 
interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira 
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo 
texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o 
conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de 
leitura. Durante a interpretação propriamente dita, 
cabe destacar palavras-chave, passagens 
importantes, bem como usar uma palavra para 
resumir a idéia central de cada parágrafo. Este tipo 
de procedimento aguça a memória visual, 
favorecendo o entendimento. 
Não se pode desconsiderar que, embora a 
interpretação seja subjetiva, há limites. A 
preocupação deve ser a captação da essência do 
texto, a fim de responder às interpretações que a 
banca considerou como pertinentes. 
No caso de textos literários, é preciso 
conhecer a ligação daquele texto com outras formas 
de cultura, outros textos e manifestações de arte da 
época em que o autor viveu. Se não houver esta 
visão global dos momentos literários e dos escritores, 
a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se 
podem dispensar as dicas que aparecem na 
referência bibliográfica da fonte e na identificação do 
autor. 
 A última fase da interpretação concentra-se 
nas perguntas e opções de resposta. Aqui são 
fundamentais marcações de palavras como não, 
exceto, errada, respectivamente etc. que fazem 
diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em 
interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais 
adequado", isto é, o que responde melhor ao 
questionamento proposto. Por isso, uma resposta 
pode estar certa para responder à pergunta, mas não 
ser a adotada como gabarito pela banca 
examinadora por haver uma outra alternativa mais 
completa. 
Ainda cabe ressaltar que algumas questões 
apresentam um fragmento do texto transcrito para ser 
a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, 
mesmo que aparentemente pareça serperda de 
tempo. A descontextualização de palavras ou frases, 
certas vezes, são também um recurso para instaurar 
a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a 
posterior para ter idéia do sentido global proposto 
pelo autor, desta maneira a resposta será mais 
consciente e segura. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3 
TEXTO LITERÁRIO 
Conotação Figurado, subjetivo Pessoal 
TEXTO NÃO-LITERÁRIO 
Denotação Claro, objetivo Informativo 
TIPOS DE COMPOSIÇÃO 
1. Descrição: descrever é representar 
verbalmente um objeto, uma pessoal, um lugar, 
mediante a indicação de aspectos característicos, 
de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai 
ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata 
de enumerar uma série de elementos, mas de 
captar os traços capazes de transmitir uma 
impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, 
é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por 
isso, impõe-se o uso de palavras específicas, 
exatas. 
2. Narração: é um relato organizado de 
acontecimentos reais ou imaginários. São seus 
elementos constitutivos: personagens, 
circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o 
episódio, e o que a distingue da descrição é a 
presença de personagens atuantes, que estão 
quase sempre em conflito. 
A Narração envolve: 
I) Quem? Personagem; 
II) Quê? Fatos, enredo; 
III) Quando? A época em que ocorreram os 
acontecimentos; 
IV) Onde? O lugar da ocorrência; 
V) Como? O modo como se desenvolveram 
os acontecimentos; 
VI) Por quê? A causa dos acontecimentos. 
3. Dissertação: dissertar é apresentar 
idéias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista 
baseado em argumentos lógicos; é estabelecer 
relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e 
explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo 
de composição, e quanto maior a fundamentação 
argumentativa, mais brilhante será o desempenho. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
A leitura é o meio mais importante para 
chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos 
aprender a ler e não apenas “passar os olhos sobre 
algum texto”. Ler, na verdade, é dar sentido à vida e 
ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, 
seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, 
possibilidades que se misturam e as tornam 
infinitas. 
É preciso, para uma boa leitura, 
exercitar-se na arte de pensar, de captar ideias, de 
investigar as palavras… Para isso, devemos 
entender, primeiro, algumas definições importantes. 
É muito comum, entre os candidatos a um 
cargo público, a preocupação com a interpretação de 
textos. Isso acontece porque lhes faltam informações 
específicas a respeito desta tarefa constante em 
provas relacionadas a concursos públicos. 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que 
poderão ajudar no momento de responder às 
questões relacionadas a textos. 
Texto – é um conjunto de ideias 
organizadas e relacionadas entre si, formando um 
todo significativo capaz de produzir interação 
comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). 
Contexto – um texto é constituído por 
diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa 
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou 
com a posterior, criando condições para a 
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa 
interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o 
relacionamento entre as frases é tão grande que, se 
uma frase for retirada de seu contexto original e 
analisada separadamente, poderá ter um significado 
diferente daquele inicial. 
Intertexto - comumente, os textos 
apresentam referências diretas ou indiretas a outros 
autores através de citações. Esse tipo de recurso 
denomina-se intertexto. 
Interpretação de texto - o primeiro 
objetivo de uma interpretação de um texto é a 
identificação de sua ideia principal. A partir daí, 
localizam-se as ideias secundárias, ou 
fundamentações, as argumentações, ou explicações, 
que levem ao esclarecimento das questões 
apresentadas na prova. 
Normalmente, numa prova, o candidato é 
convidado a: 
1. Identificar – é reconhecer os elementos 
fundamentais de uma argumentação, de um 
processo, de uma época (neste caso, procuram-se os 
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
2. Comparar – é descobrir as relações de 
semelhança ou de diferenças entre as situações do 
texto. 
3. Comentar - é relacionar o conteúdo 
apresentado com uma realidade, opinando a 
respeito. 
4. Resumir – é concentrar as ideias 
centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 
5. Parafrasear – é reescrever o texto com 
outras palavras. 
Condições básicas para interpretar 
Fazem-se necessários: 
a) Conhecimento histórico–literário 
(escolas e gêneros literários, estrutura do texto), 
leitura e prática; 
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b) Conhecimento gramatical, estilístico 
(qualidades do texto) e semântico; 
Observação – na semântica (significado 
das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, 
denotação e conotação, sinonímia e antonímia, 
polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
c) Capacidade de observação e de 
síntese e d) Capacidade de raciocínio. 
Interpretar X compreender 
Interpretar significa: 
- explicar, comentar, julgar, tirar 
conclusões, deduzir. 
- Através do texto, infere-se que... 
- É possível deduzir que... 
- O autor permite concluir que... 
- Qual é a intenção do autor ao afirmar 
que... 
Compreender significa: 
- intelecção, entendimento, atenção ao 
que realmente está escrito. 
- o texto diz que... 
- é sugerido pelo autor que... 
- de acordo com o texto, é correta ou 
errada a afirmação... 
- o narrador afirma... 
Erros de interpretação 
É muito comum, mais do que se 
imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os 
mais frequentes são: 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, 
acrescentado ideias que não estão no texto, quer 
por conhecimento prévio do tema quer pela 
imaginação. 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se 
atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um 
texto é um conjunto de ideias, o que pode ser 
insuficiente para o total do entendimento do tema 
desenvolvido. 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias 
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar 
conclusões equivocadas e, consequentemente, 
errando a questão. 
Observação - Muitos pensam que há a 
ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que 
existam, mas numa prova de concurso, o que deve 
ser levado em consideração é o que o autor diz e 
nada mais. 
Coesão - é o emprego de mecanismo de 
sintaxe que relacionam palavras, orações, frases 
e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a 
coesão dá-se quando, através de um pronome 
relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome 
oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se 
vai dizer e o que já foi dito. 
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de 
coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do 
pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este 
depende da regência do verbo; aquele do seu 
antecedente. Não se pode esquecer também de que 
os pronomes relativos têm, cada um, valor 
semântico, por isso a necessidade de adequação ao 
antecedente. 
Os pronomes relativos são muito 
importantes na interpretação de texto, pois seu uso 
incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se 
levar em consideração que existe um pronome 
relativo adequado a cada circunstância, a saber: 
que (neutro) - relaciona-se com qualquer 
antecedente, mas depende 
das condições da frase. 
qual (neutro) idem ao anterior. 
quem (pessoa) 
cujo (posse) - antes dele aparece o 
possuidor e depois o objeto 
possuído. 
como (modo) 
onde (lugar) 
quando (tempo) 
quanto (montante) 
exemplo: 
Falou tudo QUANTO queria (correto)Falou tudo QUE queria (errado - antes do 
QUE, deveria aparecer o demonstrativo O). 
Dicas para melhorar a interpretação de 
textos: 
Para interpretar bem 
Todos têm dificuldades com interpretação 
de textos. Encare isso como algo normal, inevitável. 
Importante é enfrentar o problema e, com segurança, 
progredir. Aliás, progredir muito. Leia com atenção os 
itens abaixo. 
1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia 
de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, 
listas telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo 
o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção, 
tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal 
é “ler por ler”, para se livrar. 
2) Aumente o seu vocabulário. Os 
dicionários são amigos que precisamos consultar. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
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Faça exercícios de sinônimos e antônimos. 
(Consulte o nosso Redação para Concursos, que 
tem uma seção dedicada a isso.) 
3) Não se deixe levar pela primeira 
impressão. Há textos que metem medo. Na 
realidade, eles nos oferecem um mundo de 
informações que nos fornecerão grande prazer 
interior. Abra sua mente e seu coração para o que o 
texto lhe transmite, na qualidade de um amigo 
silencioso. 
4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o 
texto duas ou três vezes, atentamente, antes de 
tentar responder a qualquer pergunta. Primeiro, é 
preciso captar sua mensagem, entendê-lo como um 
todo, e isso não pode ser alcançado com uma 
simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. 
A cada leitura, novas ideias serão assimiladas. 
Tenha a paciência necessária para agir assim. Só 
depois tente resolver as questões propostas. 
5) As questões de interpretação podem 
ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um 
determinado trecho) ou referir-se ao conjunto, às 
ideias gerais do texto. No primeiro caso, leia não 
apenas o trecho (às vezes uma linha) referido, mas 
todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se: 
quanto mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo 
é uma questão de costume, e você vai acostumar-
se a agir dessa forma. Então - acredite nisso - 
alcançará seu objetivo. 
6) Há questões que pedem 
conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode 
aludir a uma determinada personalidade da história 
ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou 
candidato o nome dessa pessoa ou algo que ela 
tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o 
hábito da leitura, como já foi dito. Procure estar 
atualizado, lendo jornais e revistas especializadas. 
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 
exercícios de Interpretação de texto II 
Leia o texto para responder às próximas 3 
questões. 
Sobre os perigos da leitura 
Nos tempos em que eu era professor da 
Unicamp, fui designado presidente da comissão 
encarregada da seleção dos candidatos ao 
doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse 
entra, esse não entra é uma responsabilidade 
dolorida da qual não se sai sem sentimentos de 
culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir 
sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas 
não havia alternativas. Essa era a regra. Os 
candidatos amontoavam-se no corredor recordando 
o que haviam lido da imensa lista de livros cuja 
leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei 
brilhante. Combinei com os meus colegas que 
faríamos a todos os candidatos uma única 
pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o 
candidato entrava trêmulo e se esforçando por 
parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais 
deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você 
gostaria de falar!”. [...] 
A reação dos candidatos, no entanto, não foi 
a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se 
esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de 
falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio 
imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo 
bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante 
toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas 
falar sobre os próprios pensamentos – ah, isso não 
lhes tinha sido ensinado! 
Na verdade, nunca lhes havia passado pela 
cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo 
que estavam pensando. Nunca lhes havia passado 
pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser 
importantes. 
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. 
Adaptado) 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 21 - De acordo 
com o texto, os candidatos 
(A) não tinham assimilado suas leituras. 
(B) só conheciam o pensamento alheio. 
(C) tinham projetos de pesquisa deficientes. 
(D) tinham perfeito autocontrole. 
(E) ficavam em fila, esperando a vez. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 22 - O autor 
entende que os candidatos deveriam 
(A) ter opiniões próprias. 
(B) ler os textos requeridos. 
(C) não ter treinamento escolar. 
(D) refletir sobre o vazio. 
(E) ter mais equilíbrio. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 23 - A expressão 
“um vazio imenso” (3.º parágrafo) refere-se a 
(A) candidatos. 
(B) pânico. 
(C) eles. 
(D) reação. 
(E) esse campo. 
Leia o texto para responder às próximas 3 
questões. 
No fim da década de 90, atormentado pelos 
chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine 
resolveu fazer um levantamento em grandes cidades 
de 31 países para descobrir como diferentes culturas 
lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que 
os brasileiros estão entre os povos mais atrasados – 
do ponto de vista temporal, bem entendido – do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as 
pessoas percorrem determinada distância a pé no 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6 
centro da cidade, o número de relógios 
corretamente ajustados e a eficiência dos correios. 
Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois 
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços 
ocupam o primeiro lugar. O país dos relógios é, 
portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as oito 
últimas posições no ranking são ocupadas por 
países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a 
administração do tempo aos traços culturais de um 
país. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de 
que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os 
brasileiros, em comparação, dão mais importância 
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar 
atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de entrevistas 
com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria 
considera aceitável que um convidado chegue mais 
de duas horas depois do combinado a uma festa de 
aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros 
são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser 
pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode 
confiar no transporte público? 
(Veja, 02.12.2009) 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 24 - De acordo 
com o texto, os brasileiros são piores do que outros 
povos em 
(A) eficiência de correios e andar a pé. 
(B) ajuste de relógios e andar a pé. 
(C) marcar compromissos fora de hora. 
(D) criar desculpas para atrasos. 
(E) dar satisfações por atrasos. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 25 - Pondo foco 
no processo de coesão textual do 2.º parágrafo, 
pode-se concluir que Levine é um 
(A) jornalista. 
(B) economista. 
(C) cronometrista. 
(D) ensaísta. 
(E) psicólogo. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 26 - A 
expressão chá de cadeira, no texto, tem o 
significado de 
(A) bebida feita com derivado de pinho. 
(B) ausência de convite para dançar. 
(C) longa espera para conseguir assento. 
(D) ficar sentado esperando o chá. 
(E) longa espera em diferentes situações. 
Leia o texto para responder às próximas 4 
questões. 
 
Zelosa com sua imagem, a empresa 
multinacional Gillette retirou a bola da mão, em uma 
das suas publicidades, do atacante francês Thierry 
Henry, garoto-propaganda da marca com quem tem 
um contrato de 8,4 milhões de dólares anuais. A 
jogada previne os efeitos desastrosos para vendas 
de seus produtos, depois que o jogador trapaceou, 
tocando e controlandoa bola com a mão, para ajudar 
no gol que classificou a França para a Copa do 
Mundo de 2010. (...) 
Na França, onde 8 em cada dez franceses 
reprovam o gesto irregular, Thierry aparece com a 
mão no bolso. Os publicitários franceses acham que 
o gato subiu no telhado. A Gillette prepara o 
rompimento do contrato. O serviço de comunicação 
da gigante Procter & Gamble, proprietária da Gillette, 
diz que não. 
Em todo caso, a empresa gostaria que o jogo 
fosse refeito, que a trapaça não tivesse acontecido. 
Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcance, 
sua publicidade. 
Segundo lista da revista Forbes, Thierry 
Henry é o terceiro jogador de futebol que mais lucra 
com a publicidade – seus contratos somam 28 
milhões de dólares anuais. (...) 
(Veja, 02.11.2009. Adaptado) 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 27 - A palavra 
jogada, em – A jogada previne os efeitos desastrosos 
para venda de seus produtos... – refere-se ao fato de 
(A) Thierry Henry ter dado um passe com a 
mão para o gol da França. 
(B) a Gillette ter modificado a publicidade do 
futebolista francês. 
(C) a Gillete não concordar com que a França 
dispute a Copa do Mundo. 
(D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de 
dólares anuais com a propaganda. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
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(E) a FIFA não ter cancelado o jogo em que 
a França se classificou. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 28 - A 
expressão o gato subiu no telhado é parte de uma 
conhecida anedota em que uma mulher, depois de 
contar abruptamente ao marido que seu gato tinha 
morrido, é advertida de que deveria ter dito isso aos 
poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no 
telhado, depois, que tinha caído e, depois, que tinha 
morrido. No texto em questão, a expressão pode 
ser interpretada da seguinte maneira: 
(A) foi com a “mão do gato” que Thierry 
assegurou a classificação da França. 
(B) Thierry era um bom jogador antes de ter 
agido com má fé. 
(C) a Gillette já cortou, de fato, o contrato 
com o jogador francês. 
(D) a Fifa reprovou amplamente a atitude 
antiesportiva de Thierry Henry. 
(E) a situação de Thierry, como garoto-
propaganda da Gillette, ficou instável. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 29 - A 
expressão diz que não, no final do 2.º parágrafo, 
significa que 
(A) a Procter & Gamble nega o rompimento 
do contrato. 
(B) o jogo em que a França se classificou 
deve ser refeito. 
(C) a repercussão na França foi bastaPnte 
negativa. 
(D) a Procter & Gamble é proprietária da 
Gillette. 
(E) os publicitários franceses se opõem a 
Thierry. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 30 - Segundo a 
revista Forbes, 
(A) Thierry deverá perder muito dinheiro 
daqui para frente. 
(B) há três jogadores que faturam mais que 
Thierry em publicidade. 
(C) o jogador francês possui contratos 
publicitários milionários. 
(D) o ganho de Thierry, somado à 
publicidade, ultrapassa 28 milhões. 
(E) é um absurdo o que o jogador ganha 
com o futebol e a publicidade. 
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto 
abaixo. 
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista 
The Atlantic, o polêmico artigo "Estará o Google 
nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da 
revista e, desde sua publicação, encontra-se entre 
os mais lidos de seu website. O autor nos brinda 
agora com The Shallows: What the internet is 
doing with our brains, um livro instrutivo e 
provocativo, que dosa linguagem fluida com a melhor 
tradição dos livros de disseminação científica. 
Novas tecnologias costumam provocar 
incerteza e medo. As reações mais estridentes nem 
sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, 
no caso da internet, os verdadeiros fundamentos 
científicos deveriam, sim, provocar reações muito 
estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos 
científicos sobre o funcionamento do cérebro 
humano. Conclui que a internet está provocando 
danos em partes do cérebro que constituem a base 
do que entendemos como inteligência, além de nos 
tornar menos sensíveis a sentimentos como 
compaixão e piedade. 
O frenesi hipertextual da internet, com seus 
múltiplos e incessantes estímulos, adestra nossa 
habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos 
textos e imagens, traçando um caminho errático 
pelas páginas eletrônicas. No entanto, esse ganho se 
dá à custa da perda da capacidade de alimentar 
nossa memória de longa duração e estabelecer 
raciocínios mais sofisticados. Carr menciona a 
dificuldade que muitos de nós, depois de anos de 
exposição à internet, agora experimentam diante de 
textos mais longos e elaborados: as sensações de 
impaciência e de sonolência, com base em estudos 
científicos sobre o impacto da internet no cérebro 
humano. Segundo o autor, quando navegamos na 
rede, "entramos em um ambiente que promove uma 
leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado 
superficial." 
A internet converteu-se em uma ferramenta 
poderosa para a transformação do nosso cérebro e, 
quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga 
gigantesca de informações, imersos no mundo 
virtual, mais nossas mentes são afetadas. E não se 
trata apenas de pequenas alterações, mas de 
mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa 
dispersão da atenção vem à custa da capacidade de 
concentração e de reflexão. 
(Thomaz Wood Jr. Carta capital, 27 de 
outubro de 2010, p. 72, com adaptações) 
(MP/RS – 2010 – FCC) 31 - O assunto do 
texto está corretamente resumido em: 
(A) O uso da internet deveria motivar reações 
contrárias de inúmeros especialistas, a exemplo de 
Nicholas Carr, que procura descobrir as conexões 
entre raciocínio lógico e estudos científicos sobre o 
funcionamento do cérebro. 
(B) O mundo virtual oferecido pela internet 
propicia o desenvolvimento de diversas capacidades 
cerebrais em todos aqueles que se dedicam a essa 
navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em 
termos científicos. 
(C) Segundo Nicholas Carr, o uso frequente 
da internet produz alterações no funcionamento do 
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cérebro, pois estimula leituras superficiais e 
distraídas, comprometendo a formulação de 
raciocínios mais sofisticados. 
(D) Usar a internet estimula funções 
cerebrais, pelas facilidades de percepção e de 
domínio de assuntos diversificados e de formatos 
diferenciados de textos, que permitem uma leitura 
dinâmica e de acordo com o interesse do usuário. 
(E) O novo livro de Nicholas Carr, a ser 
publicado, desperta a curiosidade do leitor pelo 
tratamento ficcional que seu autor aplica a 
situações concretas do funcionamento do cérebro, 
trazidas pelo uso disseminado da internet. 
(MP/RS – 2010 – FCC) 32 - Curiosamente, 
no caso da internet, os verdadeiros fundamentos 
científicos deveriam, sim, provocar reações muito 
estridentes. O autor, para embasar a opinião 
exposta no 2o parágrafo, 
(A) se vale da enorme projeção conferida 
ao pesquisador antes citado, ironicamente oferecida 
pela própria internet, em seu website. 
(B) apoia-se nas conclusões de Nicholas 
Carr, baseadas em dezenas de estudos científicos 
sobre o funcionamento do cérebro humano. 
(C) condena, desde o início, as novas 
tecnologias, cujo uso indiscriminado vem 
provocando danos em partes do cérebro. 
(D) considera, como base inicial de 
constatação a respeito do uso da internet, que ela 
nos torna menos sensíveis a sentimentos como 
compaixão e piedade. 
(E) questiona a ausência de fundamentos 
científicos que, no caso da internet, [...] deveriam, 
sim, provocar reações muito estridentes. 
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto 
abaixo. 
Também nas cidades de porte médio, 
localizadas nas vizinhanças das regiões 
metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as 
pessoas tendem cada vez mais a optar pelo carro 
para seus deslocamentos diários, como mostram 
dados do Departamento Nacional de Trânsito.Em 
consequência, congestionamentos, acidentes, 
poluição e altos custos de manutenção da malha 
viária passaram a fazer parte da lista dos principais 
problemas desses municípios. 
Cidades menores, com custo de vida 
menos elevado que o das capitais, baixo índice de 
desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram 
suas frotas aumentadas em progressão geométrica 
nos últimos anos. A facilidade de crédito e a 
isenção de impostos são alguns dos elementos que 
têm colaborado para a realização do sonho de ter 
um carro. E os brasileiros desses municípios 
passaram a utilizar seus carros até para percorrer 
curtas distâncias, mesmo perdendo tempo em 
congestionamentos e apesar dos alertas das 
autoridades sobre os danos provocados ao meio 
ambiente pelo aumento da frota. 
Além disso, carro continua a ser sinônimo de 
status para milhões de brasileiros de todas as 
regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em 
segundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo 
o país, um crescimento de 66% nos últimos nove 
anos. Não por acaso oito Estados já registram mais 
mortes por acidentes no trânsito do que por 
homicídios. 
(O Estado de S. Paulo, Notas e 
Informações, A3, 11 de setembro de 2010, com 
adaptações) 
(MP/RS – 2010 – FCC) 33 - Não por acaso 
oito Estados já registram mais mortes por acidentes 
no trânsito do que por homicídios. A afirmativa final 
do texto surge como 
(A) constatação baseada no fato de que os 
brasileiros desejam possuir um carro, mas perdem 
muito tempo em congestionamentos. 
(B) observação irônica quanto aos problemas 
decorrentes do aumento na utilização de carros, com 
danos provocados ao meio ambiente. 
(C) comprovação de que a compra de um 
carro é sinônimo de status e, por isso, constitui o 
maior sonho de consumo do brasileiro. 
(D) hipótese de que a vida nas cidades 
menores tem perdido qualidade, pois os brasileiros 
desses municípios passaram a utilizar seus carros 
até para percorrer curtas distâncias. 
(E) conclusão coerente com todo o 
desenvolvimento, a partir de um título que poderia 
ser: Carro, problema que se agrava. 
(MP/RS – 2010 – FCC) 34 - As ideias mais 
importantes contidas no 2o parágrafo constam, com 
lógica e correção, de: 
(A) A facilidade de crédito e a isenção de 
impostos são alguns elementos que tem colaborado 
para a realização do sonho de ter um carro nas 
cidades menores, e os brasileiros desses municípios 
passaram a utilizar seus carros para percorrer curtas 
distâncias, além dos congestionamentos e dos 
alertas das autoridades sobre os danos provocados 
ao meio ambiente pelo aumento da frota. 
(B) Cidades menores tiveram suas frotas 
aumentadas em progressão geométrica nos últimos 
anos em razão da facilidade de crédito e da isenção 
de impostos, elementos que têm colaborado para a 
aquisição de carros que passaram a ser utilizados até 
mesmo para percorrer curtas distâncias, apesar dos 
congestionamentos e dos alertas das autoridades 
sobre os danos provocados ao meio ambiente. 
(C) O menor custo de vida em cidades 
menores, com baixo índice de desemprego e poder 
aquisitivo mais alto, aumentaram suas frotas em 
progressão geométrica nos últimos anos, com a 
facilidade de crédito e a isenção de impostos, que 
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são alguns dos elementos que têm colaborado para 
a realização do sonho dos brasileiros de ter um 
carro. 
(D) É nas cidades menores, com custo de 
vida menos elevado que o das capitais, baixo índice 
de desemprego e poder aquisitivo mais alto, que 
tiveram suas frotas aumentadas em progressão 
geométrica nos últimos anos pela facilidade de 
crédito e a isenção de impostos são alguns dos 
elementos que tem colaborado para a realização do 
sonho de ter um carro. 
(E) Os brasileiros de cidades menores 
passaram até a percorrer curtas distâncias com 
seus carros, pela facilidade de crédito e a isenção 
de impostos, que são elementos que têm 
colaborado para a realização do sonho de tê-los, e 
com custo de vida menos elevado que o das 
capitais, baixo índice de desemprego e poder 
aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas 
aumentadas em progressão geométrica nos últimos 
anos. 
Leia o texto para responder às próximas 4 
questões. 
Os eletrônicos “verdes” 
Vai bem a convivência entre a indústria de 
eletrônica e aquilo que é politicamente correto na 
área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que 
a Motorola anunciou o primeiro celular do mundo 
feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama 
W233 Eco e é também o primeiro telefone com 
certificado Carbon Free, que prevê a compensação 
do carbono emitido na fabricação e distribuição de 
um produto. Se um celular pode ser feito de 
garrafas, por que não se produz um laptop a partir 
do bambu? Essa ideia ganhou corpo com a 
fabricante taiwanesa Asus: trata-se do Eco Book 
que exibe revestimento de tiras dessa planta. 
Computadores “limpos” fazem uma importante 
diferença no efeito estufa e para se ter uma noção 
do impacto de sua produção e utilização basta olhar 
o resultado de uma pesquisa da empresa 
americana de consultoria Gartner Group. Ela revela 
que a área de TI (tecnologia da informação) já é 
responsável por 2% de todas as emissões de 
dióxido de carbono na atmosfera. 
Além da pesquisa da Gartner, há um estudo 
realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do 
Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá 
adotar mais máquinas com o mesmo consumo de 
energia elétrica e reduzir os custos de orçamento. 
Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da 
Comunidade do Vale do Silício, acredita que as 
tecnologias “verdes” também conquistarão espaço 
pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto ao 
consumidor ter-se uma imagem de empresa 
sustentável. 
O estudo da Comunidade chegou às mãos 
do presidente da Apple, Steve Jobs, e o fez render-
se às propostas do “ecologicamente correto” – ele 
era duramente criticado porque dava aval à utilização 
de mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente, 
na produção de seus iPods e laptops. Preocupado 
em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do 
Macbook Pro com estrutura de vidro e alumínio, tudo 
reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à 
sofisticação de criar uma impressora que, em vez de 
tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo 
de impressão. Basta que se coloque a folha de papel 
no local indicado e se despeje a borra de café no 
cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e 
sua energia provém de ação mecânica transformada 
em energia elétrica a partir de um gerador. Se 
pensarmos em quantos cafezinhos são tomados 
diariamente em grandes empresas, dá para 
satisfazer perfeitamente a demanda da impressora. 
(Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. 
Adaptado) 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 35 - Leia o 
trecho: Vai bem a convivência entre a indústria de 
eletrônica e aquilo que é politicamente correto na 
área ambiental. É correto afirmar que a frase inicial 
do texto pode ser interpretada como 
(A) a união das empresas Motorola e RITI 
Coffee Printer para criar um novo celular com fibra de 
bambu. 
(B) a criação de um equipamento eletrônico 
com estrutura de vidro que evita a emissão de 
dióxido de carbono na atmosfera. 
(C) o aumento na venda de celulares feitos 
com CarbonFree, depois que as empresas nacionais 
se uniram à fabricante taiwanesa. 
(D) o compromisso firmado entre a empresa 
Apple e consultoria Gartner Group para criar 
celulares sem o uso de carbono. 
(E) a preocupação de algumas empresas em 
criarem aparelhos eletrônicos que não agridam o 
meio ambiente. 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 36 - Em – 
Computadores “limpos” fazem uma importante 
diferença no efeito estufa... – a expressão entre 
aspas pode ser substituída, sem alterar o sentido no 
texto, por: 
(A) com material reciclado. 
(B) feitos com garrafas plásticas. 
(C) com arquivos de bambu. 
(D) feitos com materiaisretirados da 
natureza. 
(E) com teclado feito de alumínio. 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 37 - A partir 
da leitura do texto, pode-se concluir que 
(A) as pesquisas na área de TI ainda estão 
em fase inicial. 
(B) os consumidores de eletrônicos não se 
preocupam com o material com que são feitos. 
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(C) atualmente, a indústria de eletrônicos 
leva em conta o efeito estufa. 
(D) os laptops feitos com fibra de bambu 
têm maior durabilidade. 
(E) equipamentos ecologicamente corretos 
não têm um mercado de vendas assegurado. 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 38 - O 
presidente da Apple, Steve Jobs, 
(A) preocupa-se com o carbono emitido na 
fabricação de produtos eletrônicos. 
(B) pesquisa acerca do uso de bambu em 
teclados de laptops. 
(C) descobriu que impressoras cujos 
cartuchos são de borra de chá não duram muito. 
(D) responsabiliza a fabricação de celulares 
pelas emissões de dióxido de carbono no meio 
ambiente. 
(E) está de acordo com outras empresas a 
favor do uso de materiais recicláveis em 
eletrônicos. 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 39 - No 
texto, o estudo realizado pela Comunidade do Vale 
do Silício 
(A) é o primeiro passo para a implantação 
de laptops feitos com tiras de bambu. 
(B) contribuirá para que haja mais lucro nas 
empresas, com redução de custos. 
(C) ainda está pesquisando acerca do uso 
de mercúrio em eletrônicos. 
(D) será decisivo para evitar o efeito estufa 
na atmosfera. 
(E) permite a criação de uma impressora 
que funciona com energia mecânica. 
Leia o texto para responder à questão a 
seguir. 
Quanto veneno tem nossa comida? 
Desde que os pesticidas sintéticos 
começaram a ser produzidos em larga escala, na 
década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a 
saúde humana. No campo, em contato direto com 
agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais 
apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o 
risco de gente que apenas consome os alimentos, 
cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, 
alimentados com doses altas desses venenos. A 
partir do resultado desses testes e da análise de 
alimentos in natura (para determinar o grau de 
resíduos do pesticida na comida), a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece 
os valores máximos de uso dos agrotóxicos para 
cada cultura. Esses valores têm sido 
desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa. 
Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros 
têm resíduos de agrotóxicos que nem deveriam 
estar lá. Esses excessos, isoladamente, não são tão 
prejudiciais, porque em geral não ultrapassam os 
limites que o corpo humano aguenta. O maior 
problema é que eles se somam – ninguém come 
apenas um tipo de alimento. 
(Francine Lima, Revista Época, 09.08.2010) 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 40 - Com a 
leitura do texto, pode-se afirmar que 
(A) segundo testes feitos em animais, os 
agrotóxicos causam intoxicações. 
(B) a produção em larga escala de pesticidas 
sintéticos tem ocasionado doenças incuráveis. 
(C) as pessoas que ingerem resíduos de 
agrotóxicos são mais propensas a terem doenças de 
estômago. 
(D) os resíduos de agrotóxicos nos alimentos 
podem causar danos ao organismo. 
(E) os cientistas descobriram que os 
alimentos in natura têm menos resíduos de 
agrotóxicos. 
GABARITO 
21 – B 
22 – A 
23 – E 
24 – B 
25 – E 
26 – E 
27 – B 
28 – E 
29 – A 
30 – C 
31 – C 
32 – B 
33 – E 
34 – B 
35 – E 
36 – A 
37 – C 
38 – E 
39 – B 
40 - D 
 
 
 
 
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TIPOLOGIA TEXTUAL 
Narração 
Modalidade em que se conta um fato, 
fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo 
e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se 
a objetos do mundo real. Há uma relação de 
anterioridade e posterioridade. O tempo verbal 
predominante é o passado. Estamos cercados de 
narrações desde as que nos contam histórias 
infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo 
predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, 
romance, novela, depoimento, piada, relato, etc. 
Descrição 
Um texto em que se faz um retrato por 
escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um 
objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa 
produção é o adjetivo, pela sua função 
caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, 
pode-se até descrever sensações ou sentimentos. 
Não há relação de anterioridade e posterioridade. 
Significa "criar" com palavras a imagem do objeto 
descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto 
ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo 
textual que se agrega facilmente aos outros tipos 
em diversos gêneros textuais. Tem predominância 
em gêneros como: cardápio, folheto turístico, 
anúncio classificado, etc. 
Dissertação 
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou 
explicar um assunto, discorrer sobre ele. 
Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter 
expositivo ou argumentativo. 
Dissertação-Exposição 
Apresenta um saber já construído e 
legitimado, ou um saber teórico. Apresenta 
informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica 
e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo 
apenas expõe ideias sobre um determinado 
assunto. A intenção é informar, esclarecer. 
Ex: aula, resumo, textos científicos, 
enciclopédia, textos expositivos de revistas e 
jornais, etc. 
Dissertação-Argumentação 
Um texto dissertativo-argumentativo faz a 
defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O 
texto, além de explicar, também persuade o 
interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. 
Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. 
Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo 
predominante em: sermão, ensaio, monografia, 
dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, 
editorial de jornais e revistas. 
 
Injunção/Instrucional 
Indica como realizar uma ação. Utiliza 
linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua 
maioria, empregados no modo imperativo, porém 
nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro 
do presente do modo indicativo. 
Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais 
e instruções para montagem ou uso de aparelhos e 
instrumentos; textos com regras de comportamento; 
textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); 
receitas, cartões com votos e desejos (de natal, 
aniversário, etc.). 
 OBS: Os tipos listados acima são um 
consenso entre os gramáticos. Muitos consideram 
também que o tipo Predição possui características 
suficientes para ser definido como tipo textual, e 
alguns outros possuem o mesmo entendimento para 
o tipo Dialogal. 
 Predição 
Caracterizado por predizer algo ou levar o 
interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está 
por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: 
previsões astrológicas, previsões meteorológicas, 
previsões escatológicas/apocalípticas. 
Dialogal / Conversacional 
Caracteriza-se pelo diálogo entre os 
interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: 
entrevista, conversa telefônica, chat, etc. 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 Os Gêneros textuais são as estruturas com 
que se compõem os textos, sejam eles orais ou 
escritos. Essas estruturas são socialmente 
reconhecidas, pois se mantêm sempre muito 
parecidas, com características comuns, procuram 
atingir intenções comunicativas semelhantes e 
ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que 
se tratam das variadas formas de linguagem que 
circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou 
informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, 
podendo então, ser identificado e diferenciado dos 
demais através de suas características. 
Exemplos: 
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou 
"carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo com uma linguagem formal, em que se 
escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata 
de "carta pessoal", apresença de aspectos narrativos 
ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais 
comum. 
Propaganda: é um gênero textual 
dissertativo-expositivo onde há a o intuito de 
propagar informações sobre algo, buscando sempre 
atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria 
das vezes, mensagens que despertam as emoções e 
a sensibilidade do mesmo. 
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Bula de remédio: é um gênero textual 
descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que 
tem por obrigação fornecer as informações 
necessárias para o correto uso do medicamento. 
Receita: é um gênero textual descritivo e 
injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula 
para preparar tal comida, descrevendo os 
ingredientes e o preparo destes, além disso, com 
verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, 
para que o leitor siga corretamente as instruções. 
 Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste 
num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, 
passo a passo e de maneira simplificada, como 
fazer algo. 
Editorial: é um gênero textual dissertativo-
argumentativo que expressa o posicionamento da 
empresa sobre determinado assunto, sem a 
obrigação da presença da objetividade. 
Notícia: podemos perfeitamente identificar 
características narrativas, o fato ocorrido que se 
deu em um determinado momento e em um 
determinado lugar, envolvendo determinadas 
personagens. Características do lugar, bem como 
dos personagens envolvidos são, muitas vezes, 
minuciosamente descritos. 
Reportagem: é um gênero textual 
jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A 
reportagem tem, por objetivo, informar e levar os 
fatos ao leitor de uma maneira clara, com 
linguagem direta. 
Entrevista: é um gênero textual 
fundamentalmente dialogal, representado pela 
conversação de duas ou mais pessoas, o 
entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter 
informações sobre ou do entrevistado, ou de algum 
outro assunto. Geralmente envolve também 
aspectos dissertativo-expositivos, especialmente 
quando se trata de entrevista a imprensa ou 
entrevista jornalística. Mas pode também envolver 
aspectos narrativos, como na entrevista de 
emprego, ou aspectos descritivos, como na 
entrevista médica. 
História em quadrinhos: é um gênero 
narrativo que consiste em enredos contados em 
pequenos quadros através de diálogos diretos entre 
seus personagens, gerando uma espécie de 
conversação. 
Charge: é um gênero textual narrativo onde 
se faz uma espécie de ilustração cômica, através 
de caricaturas, com o objetivo de realizar uma 
sátira, crítica ou comentário sobre algum 
acontecimento atual, em sua grande maioria. 
 Poema: trabalho elaborado e estruturado 
em versos. Além dos versos, pode ser estruturado 
em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer 
parte de sua composição. Pode ou não ser poético. 
Dependendo de sua estrutura, pode receber 
classificações específicas, como haicai, soneto, 
epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a 
presença de aspectos narrativos e descritivos são 
mais frequentes neste gênero. 
 Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir 
emoções por meio de uma linguagem , ou seja, tudo 
o que toca e comove pode ser considerado como 
poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser 
assim considerados). Um subgênero é a prosa 
poética, marcada pela tipologia dialogal. 
 Gêneros literários: 
· Gênero Narrativo: 
Na Antiguidade Clássica, os padrões 
literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico 
e o dramático. Com o passar dos anos, o gênero 
épico passou a ser considerado apenas uma variante 
do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de 
concepções de prosa com características diferentes: 
o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. 
Porém, praticamente todas as obras narrativas 
possuem elementos estruturais e estilísticos em 
comum e devem responder a questionamentos, 
como: quem? o que? quando? onde? por quê? 
Vejamos a seguir: 
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são 
geralmente longos e narram histórias de um povo ou 
de uma nação, envolvem aventuras, guerras, 
viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente 
apresentam um tom de exaltação, isto é, de 
valorização de seus heróis e seus feitos. Dois 
exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e 
Odisseia, de Homero. 
Romance: é um texto completo, com tempo, 
espaço e personagens bem definidos e de caráter 
mais verossímil. Também conta as façanhas de um 
herói, mas principalmente uma história de amor 
vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” 
para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o 
casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, 
pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. 
É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. 
Ex: Tristão e Isolda. 
Novela: é um texto caracterizado por ser 
intermediário entre a longevidade do romance e a 
brevidade do conto. Como exemplos de novelas, 
podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado 
de Assis, e A Metamorfose, de Kafka. 
Conto: é um texto narrativo breve, e de 
ficção, geralmente em prosa, que conta situações 
rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia 
parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a 
reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de 
Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto 
surgiram na tipologia textual narrativa: conto de 
fadas, que envolve personagens do mundo da 
fantasia; contos de aventura, que envolvem 
personagens em um contexto mais próximo da 
realidade; contos folclóricos (conto popular); contos 
de terror ou assombração, que se desenrolam em um 
contexto sombrio e objetivam causar medo no 
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expectador; contos de mistério, que envolvem o 
suspense e a solução de um mistério. 
Fábula: é um texto de caráter fantástico que 
busca ser inverossímil. As personagens principais 
são não humanos e a finalidade é transmitir alguma 
lição de moral. 
Crônica: é uma narrativa informal, breve, 
ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. 
Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica 
indireta, especialmente, quando aparece em seção 
ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.. 
 Crônica narrativo-descritiva: Apresenta 
alternância entre os momentos narrativos e 
manifestos descritivos. 
Ensaio: é um texto literário breve, situado 
entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas 
e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo 
tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. 
Consiste também na defesa de um ponto de vista 
pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, 
filosófico, político, social, cultural, moral, 
comportamental, etc.), sem que se paute em 
formalidades como documentos ou provas 
empíricas ou dedutivas de caráter científico. 
Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José 
Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John 
Locke. 
· Gênero Dramático: 
Trata-se do texto escrito para ser encenado 
no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador 
contando a história. Ela “acontece” no palco, ou 
seja, é representada por atores, que assumem os 
papéis das personagens nas cenas. 
Tragédia: é a representação de um fato 
trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. 
Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma 
representação duma ação grave, de alguma 
extensão e completa, em linguagem figurada, com 
atores agindo, não narrando, inspirando dó e 
terror". Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare. 
Farsa: é uma pequena peça teatral, de 
caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade 
e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo 
castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A 
farsa consiste no exagero do cômico, graças ao 
emprego de processos grosseiros, como o absurdo, 
as incongruências,os equívocos, os enganos, a 
caricatura, o humor primário, as situações ridículas. 
Comédia: é a representação de um fato 
inspirado na vida e no sentimento comum, de riso 
fácil. Sua origem grega está ligada às festas 
populares. 
Tragicomédia: modalidade em que se 
misturam elementos trágicos e cômicos. 
Originalmente, significava a mistura do real com o 
imaginário. 
Poesia de cordel: texto tipicamente 
brasileiro em que se retrata, com forte apelo 
linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da 
sociedade e da realidade vivida por este povo. 
· Gênero Lírico: 
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a 
voz que fala no poema e que nem sempre 
corresponde à do autor) exprime suas emoções, 
ideias e impressões em face do mundo exterior. 
Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª 
pessoa e há o predomínio da função emotiva da 
linguagem. 
Elegia: é um texto de exaltação à morte de 
alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto 
máximo do texto. O emissor expressa tristeza, 
saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um 
poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan 
e yufa, de william shakespeare. 
Epitalâmia: é um texto relativo às noites 
nupciais líricas, ou seja, noites românticas com 
poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é 
a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. 
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o 
emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus 
símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a 
alguém ou algo importante para ele. O hino é uma 
ode com acompanhamento musical; 
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o 
emissor expressa uma homenagem à natureza, às 
belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o 
poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de 
desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da 
amada (pastora), que enriquece ainda mais a 
paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um 
idílio com diálogos (muito rara); 
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz 
uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou 
irônico. 
Acalanto: ou canção de ninar; 
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = 
linha), composição lírica na qual as letras iniciais de 
cada verso formam uma palavra ou frase; 
Balada: uma das mais primitivas 
manifestações poéticas, são cantigas de amigo 
(elegias) com ritmo característico e refrão vocal que 
se destinam à dança; 
Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com 
acompanhamento musical; 
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos 
persas e árabes; odes do oriente médio; 
Haicai: expressão japonesa que significa 
“versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês 
formado de três versos que somam 17 sílabas assim 
distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 
3° verso 5 sílabas; 
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, 
dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima 
geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d. 
Vilancete: são as cantigas de autoria dos 
poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); 
satíricas, portanto. 
 
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Gêneros discursivos 
Os Gêneros textuais (discursivos) são as 
estruturas com que se compõem os textos, sejam 
eles orais ou escritos. Essas estruturas são 
socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre 
muito parecidas, com características comuns, 
procuram atingir intenções comunicativas 
semelhantes e ocorrem em situações específicas. 
Pode-se dizer que se tratam das variadas formas 
de linguagem que circulam em nossa sociedade, 
sejam eles formais ou informais. Cada gênero 
textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser 
identificado e diferenciado dos demais através de 
suas características. 
Exemplos: 
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou 
"carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo com uma linguagem formal, em que 
se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se 
trata de "carta pessoal", a presença de aspectos 
narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal 
é mais comum. 
Propaganda: é um gênero textual 
dissertativo-expositivo onde há a o intuito de 
propagar informações sobre algo, buscando sempre 
atingir e influenciar o leitor apresentando, na 
maioria das vezes, mensagens que despertam as 
emoções e a sensibilidade do mesmo. 
Bula de remédio: é um gênero textual 
descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que 
tem por obrigação fornecer as informações 
necessárias para o correto uso do medicamento. 
Receita: é um gênero textual descritivo e 
injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula 
para preparar tal comida, descrevendo os 
ingredientes e o preparo destes, além disso, com 
verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, 
para que o leitor siga corretamente as instruções. 
 Tutorial: é um gênero injuntivo que 
consiste num guia que tem por finalidade explicar 
ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, 
como fazer algo. 
Editorial: é um gênero textual dissertativo-
argumentativo que expressa o posicionamento da 
empresa sobre determinado assunto, sem a 
obrigação da presença da objetividade. 
Notícia: podemos perfeitamente identificar 
características narrativas, o fato ocorrido que se 
deu em um determinado momento e em um 
determinado lugar, envolvendo determinadas 
personagens. Características do lugar, bem como 
dos personagens envolvidos são, muitas vezes, 
minuciosamente descritos. 
Reportagem: é um gênero textual 
jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A 
reportagem tem, por objetivo, informar e levar os 
fatos ao leitor de uma maneira clara, com 
linguagem direta. 
Entrevista: é um gênero textual 
fundamentalmente dialogal, representado pela 
conversação de duas ou mais pessoas, o 
entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter 
informações sobre ou do entrevistado, ou de algum 
outro assunto. Geralmente envolve também aspectos 
dissertativo-expositivos, especialmente quando se 
trata de entrevista a imprensa ou entrevista 
jornalística. Mas pode também envolver aspectos 
narrativos, como na entrevista de emprego, ou 
aspectos descritivos, como na entrevista médica. 
História em quadrinhos: é um gênero 
narrativo que consiste em enredos contados em 
pequenos quadros através de diálogos diretos entre 
seus personagens, gerando uma espécie de 
conversação. 
Charge: é um gênero textual narrativo onde 
se faz uma espécie de ilustração cômica, através de 
caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, 
crítica ou comentário sobre algum acontecimento 
atual, em sua grande maioria. 
 Poema: trabalho elaborado e estruturado em 
versos. Além dos versos, pode ser estruturado em 
estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte 
de sua composição. Pode ou não ser poético. 
Dependendo de sua estrutura, pode receber 
classificações específicas, como haicai, soneto, 
epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a 
presença de aspectos narrativos e descritivos são 
mais frequentes neste gênero. 
 Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir 
emoções por meio de uma linguagem , ou seja, tudo 
o que toca e comove pode ser considerado como 
poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser 
assim considerados). Um subgênero é a prosa 
poética, marcada pela tipologia dialogal. 
Canção: possui muitas semelhanças com o 
gênero poema, como a estruturação em estrofes e as 
rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar 
em sua estrutura um refrão, parte da letra que se 
repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma 
interação direta com os instrumentos musicais. A 
tipologia narrativa tem prevalência neste caso. 
Adivinha: é um gênero cômico, o qual 
consiste em perguntas cujas respostas exigem algum 
nível de engenhosidade. Predominantemente 
dialogal. 
Anais: um registro da história resumido, 
estruturado ano a ano. Atualmente, é utilizado para 
publicações científicas ou artísticas que ocorram de 
modo periódico, não necessariamente a cada ano. 
Possui caráterfundamentalmente dissertativo. 
Anúncio publicitário: utiliza linguagem 
apelativa para persuadir o público a desejar aquilo 
que é oferecido pelo anúncio. Por meio do uso 
criativo das imagens e da linguagem, consegue 
utilizar todas as tipologias textuais com facilidade. 
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Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo 
descrição nestes casos, relacionados a informações 
de um indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo 
também se manifesta, através da orientação que 
cada um traz. 
Profecia: em geral, estão em um contexto 
religioso, e tratam de eventos que podem ocorrer 
no futuro da época do autor. A predominância é a 
do tipo preditivo, havendo também características 
dos tipos narrativo e descritivo. 
 
Domínio 
Principal 
Gêneros textuais 
Científico 
Artigo científico, Verbete de 
enciclopédia, Nota de aula, Nota 
de rodapé, Tese, Dissertação, 
Trabalho de conclusão, Biografia, 
Patente, Tabela, Mapa, Gráfico, 
Resumo, Resenha 
Jornalístico 
Editorial, Notícia, Reportagem, 
Artigo de opinião, Entrevista, 
Anúncio, Carta ao leitor, Resumo 
de novela, Capa de revista, 
Expediente, Errata, Programação 
semanal, Debate 
Religioso 
Oração, Reza, Lamentação, 
Catecismo, Homilia, Cântico 
religioso, Sermão 
Comercial 
Nota de venda, Nota de compra, 
Fatura, Anúncio, Comprovante de 
pagamento, Nota promissória, 
Nota fiscal, Boleto, Código de 
barras, Rótulo, Logomarca, 
Comprovante de renda, Curriculum 
vitae 
Instrucional 
Receita culinária, Manual de 
instrução, Manual de montagem 
Regra de jogo, Roteiro de viagem, 
Contrato, Horóscopo, Formulário, 
Edital, Placa, Catálogo, Glossário, 
Receita médica, Bula de remédio, 
Jurídico 
Contrato, Lei, Regimento, 
Regulamento, Estatuto, Norma, 
Certidão, Atestado, Declaração, 
Alvará, Parecer, Certificado, 
Diploma, Edital, Documento 
pessoal, Boletim de ocorrência 
 
Publicitário 
Propaganda, Anúncio, Cartaz, 
Folheto, Logomarca, Endereço 
postal 
Humorístico Piada, Adivinha, Charge, 
Interpessoal 
Carta pessoal, Carta comercial, 
Carta aberta, Carta do leitor, Carta 
oficial, Carta convite, Bilhete, Ata 
Telegrama, Agradecimento, 
Convite, Advertência, Bate-papo, 
Aviso, Informe, Memorando, 
Mensagem, Relato, Requerimento, 
Petição, Ordem, E-mail, Ameaça, 
Fofoca, Entrevista médica 
Ficcional 
Poema, Conto, Mito, Peça de 
teatro, Lenda, Fábula, Romance, 
Drama, Crônica, História em 
quadrinhos, RPG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIVISÃO SILÁBICA 
A divisão silábica é feita de acordo com a 
quantidade de fonemas pronunciados em uma 
única emissão sonora. 
As sílabas têm as vogais em sua base e 
são divididas de acordo com os fonemas 
pronunciados em uma única emissão sonora. 
Como sabemos, as sílabas são fonemas 
pronunciados por meio de uma única emissão de 
voz e também que a base das sílabas da língua 
portuguesa são as vogais: a - e - i - o - u. Assim, 
todo fonema pronunciado em uma única emissão 
de voz tem, pelo menos, uma vogal. 
É importante ressaltarmos que, em algumas 
palavras, os fonemas /i/ e /u/ não são vogais, já 
que aparecem apoiados a outra(s) vogal(is), 
formando uma só emissão de voz (uma sílaba). 
Essas vogais que apoiam as outras são chamadas 
de semivogais. 
O que diferencia as vogais das 
semivogais é o fato de que as últimas não 
desempenham o papel de núcleo silábico. A 
palavra “papai”, por exemplo, é formada por duas 
sílabas (dissílaba), sendo a segunda formada por 
uma vogal (a) e por uma semivogal (i). 
A par dessas informações, podemos afirmar 
que, para saber o número de sílabas que 
compõem as palavras, basta identificar quantas 
vogais há nessa palavra. 
Vejamos os exemplos: 
• pipoca – pi – po – ca (emissão de três 
fonemas sequenciais que estão ligados a vogais); 
• aparelho – a – pa – re – lho (emissão de 
quatro fonemas sequenciais que estão ligados a 
vogais); 
• pernambucana – per – nam – bu – ca - na 
(emissão de cinco fonemas sequenciais que estão 
ligados a vogais. 
Classificação das palavras quanto ao 
número de sílabas 
• Monossílabas: palavras que possuem 
apenas uma sílaba: pé, flor, mão. 
• Dissílabas: palavras que possuem duas 
sílabas: balão (ba-lão); suco (su-co); santo (san-to). 
• Trissílabas: palavras que possuem três 
sílabas: hóspede (hós-pe-de); lareira (la-rei-ra); 
sapato (sa-pa-to). 
• Polissílabas: palavras que possuem 
quatro ou mais sílabas: literatura (li-te-ra-tu-ra); 
amaciante (a-ma-ci-an-te); sambódromo (sam-bó-
dro-mo). 
Divisão silábica 
→ Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” 
devem pertencer a uma única sílaba: 
chu – va 
o – lho 
fe - char 
que – ri – do 
vo - zi – nho 
→ Os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs” e “xc” 
devem ser separados em sílabas diferentes. 
car – ro - ça 
as – sas – si – no 
cres – cer 
nas – ceu 
ex – ce – ção 
→ Ditongos e tritongos devem permanecer 
na mesma sílaba. 
U – ru – guai 
ba – lai – o 
→ Os hiatos devem ser separados em duas 
sílabas distintas. 
di – a 
ca – de – a – do 
ba – ú 
→ Os encontros consonantais devem ser 
separados, exceto aqueles cuja segunda consoante 
é “l” ou “r”. 
bru – to 
blu – sa 
cla - ro 
tra - go 
→ Os encontros consonantais que iniciam 
palavras são mantidos juntos na divisão silábica. 
pneu – má – ti – co 
gno – mo 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
As palavras podem conter uma ou mais 
sílabas. E ao pronunciá-las, temos a tendência em 
proferi-las intensificando uma sílaba frente as 
outras. Por exemplo, quando alguém fala a palavra 
“casa”, pronunciará com mais força uma das 
sílabas, no caso [ka]. Por que fazemos isso? 
Simplesmente porque a oralidade não é um sistema 
de uma única entonação. Tal como a música, 
precisamos destacar partes de sons para manter a 
atenção do ouvinte. Imagine se falássemos todas 
as palavras utilizando uma única modulação?. 
Esta sílaba que entoamos com maior 
ênfase a chamamos de sílaba tônica, já que é nela 
que recai a tonicidade, o som que mais se destaca 
ao pronunciar uma palavra. A gramática também 
nomeia esse acento tônico como pro-sódico, pois 
está ligado à emissão dos sons na fala. Todas as 
palavras com mais de uma sílaba possuem uma e 
somente uma sílaba tônica, como podemos verificar 
nesses exemplos: úmido, ideia, cadeira, jacaré. 
Importante destacar que o acento tônico é 
um fenômeno fonético, pois referente à fala. 
Entretanto, quando passamos a linguagem para 
outro registro, o da escrita, muitas vezes há a 
necessidade de enfatizar tal acento na própria 
grafia, já que pode surgir erro de tonicidade. Na 
origem da grafia, muitas palavras que não eram do 
uso comum dos falantes passaram a receber o 
acento gráfico a fim de reforçar textualmente o 
modo de pronunciá-las. Assim sendo, há palavras 
que não recebem acento gráfico, como porta, 
cortina, urubu, e outras que sim, como tônico, 
amável, paralelepípedo. 
Se em uma palavra há uma sílaba mais 
forte, como chamamos as pronunciadas com 
menos intensidade? A gramática denomina sílabas 
átonas as mais fracas, que podem ser pretônicas 
ou postônicas dependendo de sua posição frente a 
sílaba tônica. 
Em uma palavra com mais de uma sílaba, 
portanto, haverá sempre uma com maior destaque 
fonético, a sílaba tônica. Entretanto, a ênfase em 
uma sílaba possui também regras impostas pela 
própria fala. 
Por maior que seja um vocábulo, há apenas 
três modos de emitir tonicidade: ênfase na última 
sílaba(oxítona), penúltima (paroxítona) ou 
antepenúltima (proparoxítona): 
OXÍTONAS: palavras que apresentam a 
última sílaba tônica, tais como jacaré, também, 
amor, rapaz. 
PAROXÍTONAS: Paroxítona significa 
literalmente, “ao lado da oxítona”, e são as palavras 
que possuem a penúltima sílaba tônica, como táxi, 
caráter, heroico, porta. Vale destacar que a língua 
portuguesa é basicamente paroxítona, devido à 
maior quantidade de palavras com essa carac- 
terística. 
PROPAROXÍTONAS: fenômeno menos 
comum, são as palavras que apresentam a 
antepenúltima sílaba tônica. Alguns exemplos de 
proparoxítonas: exército, pêndulo, quilômetro. 
A Língua Portuguesa também apresenta 
palavras com uma única sílaba, as quais chamamos 
de monossílabos. Estes são pronunciados com 
menor ou maior ênfase e, por isso, podem ser átonos 
ou tônicos: 
Monossílabos átonos: sãos os enunciados 
com menor intensidade e, por serem constituídos por 
uma única sílaba, são dependentes foneticamente da 
palavra a qual se apoiam, tornando-se praticamente 
uma sílaba da mesma. As preposições, conjunções, 
artigos e pronomes oblíquos átonos integram esse 
grupo. Vejamos as palavras “amá-lo”. O pronome 
oblíquo “lo” é átono e é acoplado foneticamente á 
palavra amar. 
Monossílabos tônicos: proferidos com 
maior ênfase, possuem independência fonética: má, 
mim, eu, tu, mar, céu. 
1) OXÍTONAS: 
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas 
em a, e, o – seguidos ou não de “s”: sofás, 
crachás, jacarés, filé, purê, dominó, cipós, metrô…. 
ditongo nasal -ém, -éns: mantém, ninguém, 
parabéns, amém… 
ditongos abertos -ói, -éu, -éi, seguindo ou 
não de “s”: herói, troféu, fiéis. 
2) PAROXÍTONAS: 
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: 
r: ímpar, cadáver 
l : réptil, têxtil 
n: éden, hífen 
x – xérox, tórax 
ps – bíceps, fórceps 
ã, ãs, ão, ãos – órgão, órfã, órgãos 
um, uns, om, ons – álbum, fóruns, prótons 
us – vírus, bônus 
i, is, júri, tênis 
ei, eis – jóquei, jóquei 
As paroxítonas e os erros de prosódia 
Algumas palavras são acentuadas ou 
pronunciadas de maneira equivocada, não 
respeitando sua tonicidade. É o que chamamos de 
erros de entonação ou de prosódia, e que geralmente 
transformam paroxítonas em proparoxítonas: 
 
Correto Errado 
rubrica rúbrica 
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recorde récorde 
libido líbido 
pudico púdico 
filantropo filântropo 
3) PROPAROXÍTONAS 
Por se tratar de um fenômeno mais raro de 
entonação das palavras, temos a tendência de 
pronunciar erroneamente as palavras com a 
antepenúltima sílaba tônica. Por isso mesmo todas 
as proparoxítonas devem ser acentuadas para 
evitar esse equívoco. 
Exemplos: 
xícara, úmido, colocávamos, término, 
lógico. 
Obs. Caso a vogal tônica for fechada ou 
nasal usa-se o acento circunflexo: 
côncavo, estômago, sonâmbulo. 
ACENTUAÇÃO DOS MONOSSÍLABOS: 
Acentuam-se os monossílabos terminados 
em: 
a, as: má, já, lá, cá, pás 
e, es: crê, vês, pé 
o, os: nós, nós, dó, pô-lo 
ACENTUAÇÃO DOS DITONGOS E A 
NOVA ORTOGRAFIA 
Segundo o Novo Acordo Ortográfico do 
Português, não são mais acentuados ditongos 
abertos em palavras paroxítonas: 
Como era Como é agora 
heróico heroico 
idéia ideia 
jibóia jiboia 
apóia apoia 
paranóico paranoico 
ACENTUAÇÃO DOS HIATOS 
Chamamos de hiato o encontro de duas 
vogais em uma palavra que, no entanto, não fazem 
parte da mesma sílaba. A maior parte dos hiatos 
não são acentuados, mas alguns levam acento para 
evitar erros de pronúncia. 
Acentuam-se as vogais “i” e “u” que formam 
hiato com a sílaba anterior: 
cafeína balaústre saúde saída saúva 
No entanto, há uma exceção. Não são 
acentuados os hiatos seguidos por dígrafo “nh”, tal 
como rainha, moinho, ruim, amendoim, ainda. 
Também evitamos acentuação em hiatos que não 
formam sílaba com letra diferente de “s”, como em 
juiz, cair, sair, contribuiu. 
Segundo o Novo Acordo Ortográfico do 
Português, não são mais acentuados os hiatos que 
vêm após ditongos: baiuca, feiura, bocaiuva. 
Também os “ôos” e “êes” não levam mais acento: 
enjoo, voo, creem, veem. 
EMPREGO do TIL 
O til [~] é um sinal e não um acento. No 
Português o til aparece sobre as vogais “a” e “o” para 
indicar nasalização, som que sai pela boca e nariz. 
Tal sinal não se sobrepõe em sílabas tônicas 
somente, podendo também estar em sílabas 
pretônicas ou átonas: Exemplos: órgão, órfã, 
balõezinhos… 
O ACENTO DIFERENCIAL 
Como o próprio nome diz, o acento 
diferencial tem como função marcar uma diferença. 
Há muitas palavras no português que são 
homógrafas, ou seja, que possuem a mesma grafia e, 
por isso, é necessário um sinal distintivo para que 
não surjam equívocos. 
Vejamos: 
a) Pôde – Pretérito perfeito do indicativo 
b) Pode – Presente do indicativo 
c) Pôr – Verbo 
Por – preposição 
É facultativo o uso do acento diferencial para 
distinguir as palavras forma e fôrma. Imagine a frase: 
qual a forma da fôrma de torta que você comprou? 
O Novo Acordo Ortográfico do Português 
aboliu alguns acentos diferenciais, tais como em pelo 
(preposição) e pêlo (substantivo), pára (verbos) e 
para (preposição): 
O pelo do gato está crescendo muito. Vá pelo 
caminho mais curto. 
Ele para para pensar. 
TREMA 
O trema, sinal de dois pontos usado sobre a 
letra “u”, era utilizado para marcar a pronúncia da 
vogal em palavras marcadas pelo encontro vocálico, 
tais como “lingüiça” e “freqüentar”. Entretanto, 
segundo a Nova Ortografia, não se deve mais usar 
essa marcação. A partir de agora as pala- vras são 
assim grafadas: 
Frequentar, linguiça, linguística, bilíngue, 
cinquenta, aguentar. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
LÍNGUA PORTUGUESA 
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1. (EPCAR) Assinale a série em que 
todos os vocábulos devem receber acento 
gráfico: 
a) Troia, item, Venus 
b) hifen, estrategia, albuns 
c) apoio (subst.), reune, faisca 
d) nivel, orgão, tupi 
e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu 
1. (BB) Opção correta: 
a) eclípse 
b) juíz 
c) agôsto 
d) saída 
e) intúito 
2. (BB) “Alem do trem, voces tem 
onibus, taxis e aviões”. 
a) 5 acentos 
b) 4 acentos 
c) 3 acentos 
d) 2 acentos 
e) 1 acento 
3. (BB) Monossílabo tônico: 
a) o 
b) lhe 
c) e 
d) luz 
e) com 
4. (BB) Leva acento: 
a) pêso 
b) pôde 
c) êste 
d) tôda 
e) cêdo 
5. (BB) Não leva acento: 
a) atrai-la 
b) supo-la 
c) conduzi-la 
d) vende-la 
e) revista-la 
6. (UF-PR) Assinale a alternativa em que 
todos os vocábulos são acentuados por serem 
oxítonos: 
a) paletó, avô, pajé, café, jiló 
b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis 
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua 
d) amém, amável, filó, porém, além 
e) caí, aí, ímã, ipê, abricó 
GABARITO 
1 – b 
2 – d 
3 – a 
4 – d 
5 – b 
6 – c 
7 - a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DA 
CRASE 
A crase caracteriza-se como a fusão de 
duas vogais idênticas, relacionadas ao emprego da 
preposição “a” com o artigo feminino a (s), com o 
“a” inicial referente aos pronomes demonstrativos – 
aquela (s), aquele (s), aquilo e com o “a” 
pertencente ao pronome relativo a qual (as quais). 
Casos estes em que tal fusão se encontra 
demarcada pelo acento grave (`): à(s), àquela, 
àquele, àquilo, à qual, às quais. 
Trata-se de uma particularidade gramatical 
de relevante importância, dado o seu uso de modo 
frequente. Diante disso, compreendermos os 
aspectos que lhe são peculiares, bem como sua 
correta utilização é, sobretudo, sinal de 
competência linguística, em se tratando dos 
preceitos conferidos pelo padrãoformal que norteia 
a linguagem escrita. 
Há que se mencionar que esta competência 
linguística, a qual se restringe a crase, está 
condicionada aos nossos conhecimentos acerca da 
regência verbal e nominal, mais precisamente ao 
termo regente e termo regido. Ou seja, o termo 
regente é o verbo ou nome que exige complemento 
regido pela preposição “a”, e o temo regido é 
aquele que completa o sentido do termo regente, 
admitindo a anteposição do artigo a(s). Como 
explicitamente nos revela os exemplos a seguir: 
Refiro-me a(a) funcionária antiga, e não 
a(a)quela contratada recentemente. 
Refiro-me à funcionária antiga, e não 
àquela contratada recentemente. 
Notamos que o verbo referir, analisado de 
acordo com sua transitividade, classifica-se como 
transitivo indireto, pois sempre nos referimos a 
alguém. Constatamos que o fenômeno se aplicou 
mediante os casos anteriormente mencionados, ou 
seja, fusão da preposição a + o artigo feminino (à) e 
com o artigo feminino a + o pronome demonstrativo 
aquela (àquela). 
A fim de ampliarmos nossos conhecimentos 
sobre as circunstâncias em que se requer ou não o 
uso da crase, analisaremos: 
# O termo regente deve prescindir-se de 
complemento regido da preposição “a”, e o 
temo regido deve admitir o artigo feminino “a” 
(s): 
Exemplos: 
As informações foram solicitadas à diretora. 
(preposição + artigo) 
Nestas férias, faremos uma visita à Bahia. 
(preposição + artigo) 
 
 
Observação importante: 
Alguns recursos nos servem de subsídios 
para que possamos confirmar a ocorrência ou 
não da crase. Eis alguns deles: 
a) Substitui-se a palavra feminina por uma 
masculina equivalente. Caso ocorra a 
combinação a+o(s), a crase está confirmada. 
Exemplos: 
As informações foram solicitadas à diretora. 
As informações foram solicitadas ao diretor. 
b) No caso de nomes próprios 
geográficos, substitui-se o verbo da frase pelo 
verbo voltar. Caso resulte na expressão “voltar 
da”, há a confirmação da crase. 
Exemplos: 
Faremos uma visita à Bahia. 
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase 
confirmada) 
Não me esqueço da viagem a Roma. 
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos 
momentos jamais vividos. 
Atenção: 
Nas situações em que o nome geográfico 
apresentar-se modificado por um adjunto 
adnominal, a crase está confirmada. 
Exemplos: 
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades 
de suas praias. 
# A letra “a” dos pronomes 
demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo 
receberão o acento grave se o temo regente exigir 
complemento regido da preposição “a”. 
Exemplos: 
Entregamos a encomenda àquela menina. 
(preposição + pronome demonstrativo) 
Iremos àquela reunião. 
(preposição + pronome demonstrativo) 
Sua história é semelhante às que eu ouvia 
quando criança. (àquelas que eu ouvia quando 
criança) 
(preposição + pronome demonstrativo) 
# A letra “a” que acompanha locuções 
femininas (adverbiais, prepositivas e conjuntivas) 
recebe o acento grave: 
Exemplos: 
* locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à 
noite, às pressas, à vontade... 
* locuções prepositivas: à frente, à espera de, 
à procura de... 
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* Locuções conjuntivas: à proporção que, à 
medida que. 
Casos passíveis de nota: 
* Em virtude da heterogênea posição 
entre autores, o uso da crase torna-se optativo 
quando se referir a locuções adverbiais que 
representem meio ou instrumento. 
Exemplos: 
O marginal foi morto a bala pelos policiais. 
(Poderíamos dizer que ele foi morto a tiro) 
Marcela redige todos os seus trabalhos a 
máquina. (Poderia ser a lápis) 
* Constata-se o uso da crase se as 
locuções prepositivas à moda de, à maneira de 
apresentarem-se implícitas, mesmo diante de 
nomes masculinos. 
Exemplos: 
Tenho compulsão por comprar sapatos à 
Luis XV. (à moda de Luís XV) 
* Não se efetiva o uso da crase diante da 
locução adverbial “a distância”. 
Na praia de Copacabana, observamos a 
queima de fogos a distância. 
Entretanto, se o referido termo se 
constituir de forma determinada, teremos uma 
locução prepositiva. Mediante tal ocorrência, a 
crase está confirmada. 
Exemplo: 
O pedestre foi arremessado à distância de 
cem metros. 
- De modo a evitar o duplo sentido, faz-
se necessário o emprego da crase. 
Exemplo: 
Ensino à distância. 
Ensino a distância. 
# Em locuções adverbiais formadas por 
palavras repetidas, não há ocorrência da crase. 
Exemplo: 
Ela ficou frente a frente com o agressor. 
Casos em que não se admite o emprego 
da crase: 
# Antes de vocábulos masculinos. 
Exemplos: 
As produções escritas a lápis não serão 
corrigidas. 
Esta caneta pertence a Pedro. 
 
 
# Antes de verbos no infinitivo. 
Exemplos: 
Ele estava a cantar quando seu pai apareceu 
repentinamente. 
No momento em que preparávamos para 
sair, começou a chover. 
# Antes de numeral. 
Exemplo: 
Chegou a cento e vinte o número de feridos 
daquele acidente. 
Observação: 
- Nos casos em que o numeral indicar 
horas, configurar-se-á como uma locução 
adverbial feminina, ocorrendo, portanto, a crase. 
Os passageiros partirão às dezenove horas. 
- Diante de numerais ordinais femininos a 
crase está confirmada, visto que estes não 
podem ser empregados sem o artigo. 
As saudações foram direcionadas à primeira 
aluna da classe. 
# Antes da palavra casa, quando essa não 
se apresentar determinada. 
Exemplo: 
Chegamos todos exaustos a casa. 
Entretanto, se a palavra casa vier 
acompanhada de um adjunto adnominal, a crase 
estará confirmada. 
Chegamos todos exaustos à casa de 
Marcela. 
# Antes da palavra “terra”, quando essa 
indicar chão firme. 
Exemplo: 
Quando os navegantes regressaram a terra, 
já era noite. 
Contudo, se o referido termo estiver 
precedido por um determinante ou referir-se ao 
planeta Terra, ocorrerá a crase. 
Paulo viajou rumo à sua terra natal. 
# Quando os pronomes indefinidos 
“alguma, certa e qualquer” estiverem 
subentendidos entre a preposição “a” e o 
substantivo, não ocorrerá a crase. 
Exemplo: 
Caso esteja certo, não se submeta a 
humilhação. (a qualquer humilhação) 
# Antes de pronomes que requerem o uso 
do artigo. 
Exemplos: 
Os livros foram entregues a mim. 
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Dei a ela a merecida recompensa. 
Observação: 
Pelo fato de os pronomes de tratamento 
relativos à senhora, senhorita e madame admitirem 
artigo, o uso da crase está confirmado no “a” que os 
antecede, no caso de o termo regente exigir a 
preposição. 
Todos os méritos foram conferidos à 
senhorita Patrícia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
Estudar a estrutura das palavras é estudar 
os elementos que formam a palavra, denominados 
de morfemas. São os seguintes os morfemas da 
Língua Portuguesa. 
Radical 
O que contém o sentido básico do 
vocábulo. Aquilo que permanecer intacto, quando a 
palavra for modificada. 
Ex. falar, comer, dormir, casa, carro. 
Obs: Em se tratando de verbos, descobre-
se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou 
IR. 
Vogal Temática 
Nos verbos, são as vogais A, E e I, 
presentes à terminação verbal. Elas indicam a que 
conjugação o 
verbo pertence: 
• 1ª conjugação = Verbos terminados em 
AR. 
• 2ª conjugação = Verbos terminados em 
ER. 
• 3ª conjugação = Verbos terminados em 
IR. 
Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª 
conjugação, já que proveio do antigo verbo poer. 
Nos substantivos e adjetivos, são as vogais 
A, E, I, O e U, no final da palavra, evitando que ela 
termine em consoante. Por exemplo, nas palavras 
meia, pente, táxi, couro, urubu. 
* Cuidado para não confundir vogal 
temática de substantivo e adjetivo com desinência 
nominal de gênero, que estudaremos mais à frente. 
Tema 
É a junção do radical com a vogal 
temática. Se não existir a vogal temática, o tema e 
o radical serão o mesmo elemento; o mesmo 
acontecerá, quando o radical for terminado em 
vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o 
tema sempre será a soma do radical com a vogal 
temática - estuda, come, parti; em se tratando de 
substantivos e adjetivos, nem sempre isso 
acontecerá. Vejamos alguns exemplos: No 
substantivo pasta, past é o radical, a, a vogal 
temática, e pasta o tema; já na palavra leal, o 
radical e o tema são o mesmo elemento - leal, pois 
não há vogal temática; e na palavra tatu também, 
mas agora, porque o radical é terminado pela vogal 
temática. 
 
Desinências 
É a terminação das palavras, flexionadas ou 
variáveis, posposta ao radical, com o intuito de 
modificá-las. 
Modificamos os verbos, conjugando-os; 
modificamos os substantivos e os adjetivos em 
gênero e número. 
Existem dois tipos de desinências: 
Desinências verbais 
Modo-temporais = indicam o tempo e o 
modo. São quatro as desinências modo-temporais: 
-va- e -ia-, para o Pretérito Imperfeito do 
Indicativo = estudava, vendia, partia. 
-ra-, para o Pretérito Mais-que-perfeito do 
Indicativo = estudara, vendera, partira. 
-ria-, para o Futuro do Pretérito do Indicativo 
= estudaria, venderia, partiria. 
-sse-, para o Pretérito Imperfeito do 
Subjuntivo = estudasse, vendesse, partisse. 
Número-pessoais = indicam a pessoa e o 
número. São três os grupos das desinências 
númeropessoais. 
Grupo I: i, ste, u, mos, stes, ram, para o 
Pretérito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu 
cantaste, ele cantou, nós cantamos, vós 
cantastes, eles cantaram. 
Grupo II: -, es, -, mos, des, em, para o 
Infinitivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo = Era 
para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós 
cantarmos, vós cantardes, eles cantarem. Quando 
eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, 
vós puserdes, eles puserem. 
Grupo III: -, s, -, mos, is, m, para todos os 
outros tempos = eu canto, tu cantas, ele canta, nós 
cantamos, vós cantais, eles cantam. 
Desinências nominais de gênero = indica o 
gênero da palavra. A palavra terá desinência nominal 
de gênero, quando houver a oposição masculino - 
feminino. Por exemplo: cabeleireiro - cabeleireira. A 
vogal a será desinência nominal de gênero sempre 
que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o 
masculino não seja terminado em o. Por exemplo: 
crua, ela, traidora. 
de número = indica o plural da palavra. É a 
letra s, somente quando indicar o plural da palavra. 
Por exemplo: cadeiras, pedras, águas. 
Afixos: São elementos que se juntam a 
radicais para formar novas palavras. São eles: 
Prefixo: É o afixo que aparece antes do 
radical. Por exemplo destampar, incapaz, amoral. 
Sufixo: É o afixo que aparece depois do 
radical, do tema ou do infinitivo. Por exemplo 
pensamento, acusação, felizmente. 
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Vogais e consoantes de ligação: São 
vogais e consoantes que surgem entre dois 
morfemas, para tornar mais fácil e agradável a 
pronúncia de certas palavras. Por exemplo flores, 
bambuzal, gasômetro, canais. 
Formação das palavras 
Para analisar a formação de uma palavra, 
deve-se procurar a origem dela. Caso seja formada 
por apenas um radical, diremos que foi formada por 
derivação; por dois ou mais radicais, composição. 
São os seguintes os processos de formação de 
palavras: 
Derivação: Formação de novas palavras a 
partir de apenas um radical. 
Derivação Prefixal 
Acréscimo de um prefixo à palavra 
primitiva; também chamado de prefixação. Por 
exemplo: antepasto, reescrever, infeliz. 
Derivação Sufixal 
Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; 
também chamado de sufixação. Por exemplo: 
felizmente, igualdade, florescer. 
Derivação Prefixal e Sufixal 
Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, 
em tempos diferentes; também chamado de 
prefixação e sufixação. Por exemplo: 
infelizmente, desigualdade, reflorescer. 
Derivação Parassintética 
Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, 
simultaneamente; também chamado de 
parassíntese. Por exemplo: envernizar, enrijecer, 
anoitecer. 
Obs.: A maneira mais fácil de se 
estabelecer a diferença entre Derivação Prefixal e 
Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte: 
retira-se o prefixo; se a palavra que sobrou existir, 
será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, retira-se, 
agora, o sufixo; se a palavra que sobrou existir, 
será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, será Der. 
Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de 
envernizar: não existe a palavra vernizar; agora, 
retire o sufixo: também não existe a palavra 
enverniz. Portanto, a palavra foi formada por 
Parassíntese. 
Derivação Regressiva 
É a retirada da parte final da palavra 
primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra 
derivada. Por exemplo: do verbo debater, retira-se 
a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo 
debate. 
Derivação Imprópria 
É a formação de uma nova palavra pela 
mudança de classe gramatical. Por exemplo: a 
palavra gelo é um substantivo, mas pode ser 
transformada em um adjetivo: camisa gelo. 
Composição 
Formação de novas palavras a partir de dois 
ou mais radicais. 
Composição por justaposição 
Na união, os radicais não sofrem qualquer 
alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se 
unirem os radicais ponta e pé, obtém-se a palavra 
pontapé. O mesmo ocorre com mandachuva, 
passatempo, guarda-pó. 
Composição por aglutinação 
Na união, pelo menos um dos radicais sofre 
alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se 
unirem os radicais água e ardente, obtém-se a 
palavra aguardente, com o desaparecimento do a. O 
mesmo acontece com embora (em boa hora), 
planalto (plano alto). 
Hibridismo 
É a formação de novas palavras a partir da 
união de radicais de idiomas diferentes. Por exemplo: 
automóvel, sociologia, sambódromo,burocracia. 
Onomatopéia 
Consiste em criar palavras, tentando imitar 
sons da natureza. Por exemplo: zunzum, cricri, 
tiquetaque, pingue-pongue. 
Abreviação Vocabular 
Consiste na eliminação de um segmento da 
palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. Por 
exemplo: de extraordinário forma-se extra; de 
telefone, fone; de fotografia, foto; de 
cinematografia, cinema ou cine. 
Siglas 
As siglas são formadas pela combinação das 
letras iniciais de uma seqüência de palavras que 
constitui um nome: Por exemplo: IBGE (Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto 
Predial, Territorial e Urbano). 
Neologismo semântico 
Forma-se uma palavra por neologismo 
semântico, quando se dá um novo significado, 
somado ao que já existe. Por exemplo, a palavra 
legal significa dentro da lei; a esse significado 
somamos outro: pessoa boa, pessoa legal. 
Empréstimo linguístico 
É o aportuguesamento de palavras 
estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, 
ela deve ser escrita entre aspas. Por exemplo: 
estresse, estande, futebol, bife, "show", xampu, 
"shopping center". 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
Estrutura e Formação de Palavras 
1- Os elementos mórficos sublinhados 
estão corretamente classificados nos parênteses, 
exceto em: 
a) aluna (desinência de gênero); 
b) estudássemos (desinência modo-
temporal); 
c) reanimava (desinência número-pessoal); 
d) deslealdade (sufixo); 
e) agitar (vogal temática). 
2- Tendo em vista o processo de formação 
de palavras, não é exemplo de hibridismo: 
a) automóvel; 
b) sociologia; 
c) alcoômetro; 
d) burocracia; 
e) biblioteca. 
3-(AL) Tendo em vista a estrutura das 
palavras, o elemento sublinhado está 
incorretamente classificado 
nos parênteses em: 
a) velha (desinência de gênero); 
b) legalidade (vogal de ligação); 
c) perdeu (tema); 
d) organizara (desinência modo-temporal); 
e) testemunhei (desinência número-
pessoal). 
4- O processo de formação da palavra 
sublinhada está incorretamente indicado nos 
parênteses em: 
a) Só não foi necessário o ataque porque a 
vitória estava garantida. (derivação parassintética); 
b) O castigo veio tão logo se receberam as 
notícias. (derivação regressiva); 
c) Foram muito infelizes as observações 
feitas durante o comício. (derivação prefixal); 
d) Diziam que o vendedor seria capaz de 
fugir. (derivação sufixal); 
e) O homem ficou boquiaberto com as 
nossas respostas. (composição por aglutinação). 
Polícia Rodoviária Federal 
5- Tendo em vista o processo de formação 
de palavra, todos os vocábulos abaixo são 
parassintéticos, exceto: 
a) entardecer; 
b) despedaçar; 
c) emudecer; 
d) esfarelar; 
e) negociar. 
6- É exemplo de palavra formada por 
derivação parassintética: 
a) pernalta; 
b) passatempo; 
c) pontiagudo; 
d) vidraceiro; 
e) anoitecer. 
7- Todas as palavras abaixo são formadas 
por derivação, exceto: 
a) esburacar; 
b) pontiagudo; 
c) rouparia; 
d) ilegível; 
e) dissílabo. 
8- "Achava natural que as gentilezas da 
esposa chegassem a cativar um homem". Os 
elementos 
constitutivos da forma verbal grifada estão 
analisados corretamente, exceto: 
a) CHEG - radical; 
b) A - vogal temática; 
c) CHEGA - tema; 
d) SSE - sufixo formador de verbo; 
e) M - desinência número-pessoal. 
9- O elemento mórfico sublinhado não é 
desinência de gênero, que marca o feminino, em: 
a) tristonha; 
b) mestra; 
c) telefonema; 
d) perdedoras; 
e) loba. 
10- A afirmativa a respeito do processo de 
formação de palavras não está correta em: 
a) Choro e castigo originaram-se de chorar e 
castigar, através de derivação regressiva; 
b) Esvoaçar é formada por derivação sufixal 
com sufixo verbal freqüentativo; 
c) O amanhã não pode ver ninguém bem. - a 
palavra sublinhada surgiu por derivação imprópria; 
d) Petróleo e hidrelétrico são formadas 
através de composição por aglutinação; 
e) Pólio, extra e moto são obtidas por 
redução. 
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11- O processo de formação de palavras é 
o mesmo em: 
a) desfazer, remexer, a desocupação; 
b) dureza, carpinteiro, o trabalho; 
c) enterrado, desalmado, entortada; 
d) machado, arredondado, estragado; 
e) estragar, o olho, o sustento. 
12- O processo de formação da palavra 
amaciar está corretamente indicado em: 
a) parassíntese; 
b) sufixação; 
c) prefixação; 
d) aglutinação; 
e) justaposição. 
13- O processo de formação das palavras 
grifadas não está corretamente indicado em: 
a) As grandes decisões saem do Planalto. 
(composição por justaposição); 
b) Sinto saudades do meu bisavô. 
(derivação prefixal); 
c) A pesca da baleia deveria ser proibida. 
(derivação regressiva); 
d) Procuremos regularmente o dentista. 
(derivação sufixal); 
e) As dificuldades de hoje tornam o homem 
desalmado. (derivação parassintética). 
14- O processo de formação de palavras 
está indicado corretamente em: 
a) Barbeado: derivação prefixal e sufixal; 
Polícia Rodoviária Federal 
Apostila de Português para Concursos 43 
b) Desconexo: derivação prefixal; 
c) Enrijecer: derivação sufixal; 
d) Passatempo: composição por 
aglutinação; 
e) Pernilongo: composição por 
justaposição. 
15- Apenas um dos itens abaixo contém 
palavra que não é formada por prefixação. 
Assinale-o: 
a) anômalo e analfabeto; 
b) átono e acéfalo; 
c) ateu e anarquia; 
d) anônimo e anêmico; 
e) anidro e alma. 
16- Em que alternativa a palavra grifada 
resulta em derivação imprópria? 
a) "De repente, do riso fez-se o pranto / 
Silencioso e branco como a bruma / E das bocas fez-
se a espuma / E das mãos espalmadas fez-se o 
espanto." (Vinícius de Moraes); 
b) "Agora, o cheiro áspero das flores / leva-
me os olhos por dentro de suas pétalas."(Cecília 
Meireles); 
c) "Um gosto de amora / Comida com sal. A 
vida / Chamava-se "Agora"." (Guilherme de Almeida); 
d) "A saudade abraçou-me, tão sincera, / 
soluçando no adeus de nunca mais. / A ambição de 
olhar verde, junto ao cais, / me disse: vai que eu fico 
à tua espera." (Cassiano Ricardo). 
17- Marque a opção em que todas as 
palavras possuem um mesmo radical: 
a) batista - batismo - batistério - batisfera - 
batiscafo; 
b) triforme - triângulo - tricologia - tricípite - 
triglota; 
c) poligamia - poliglota - polígono - política - 
polinésio; 
d) operário - opereta - opúsculo - obra - 
operação; 
e) gineceu - ginecologia - ginecofobia - 
ginostênio - gimnosperma. 
18- Com relação ao seguinte poema, é 
CORRETO afirmar que: 
Neologismo 
"Beijo pouco, falo menos ainda. / Mas invento 
palavras / Que traduzem a ternura mais funda / E 
mais cotidiana. / Inventei, por exemplo, o verbo 
teadorar. / Intransitivo: / Teadoro, Teodora." (Manuel 
Bandeira) 
a) o verbo "teadorar" e o substantivo próprio 
"Teodora" são palavras cognatas, pois possuem o 
mesmo radical; 
b) as classes das palavras que compõem a 
estrutura do vocábulo "teadorar" são pronome e 
verbo; 
c) o verbo "teadorar", por se tratar de um 
neologismo, não possui morfemas; 
d) a vogal temática dos verbos "beijo", "falo", 
"invento" e "teadoro" é a mesma, ou seja, "o". 
19- Está INCORRETO afirmar que: 
a) malcheiroso é formada por prefixação e 
sufixação; 
b) televisão é formada por prefixação que 
significa ao longe; 
c) folhagem é formada por derivação sufixal 
que significa noção coletiva; 
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d) em amado e malcheiroso, ambos os 
sufixos significam provido ou cheio de. 
20- Farejando apresenta em sua estrutura: 
a) radical farej - vogal temática a - tema 
fareja - desinência ndo; 
b) radicalfar - tema farej - vogal temática e 
- desinência ndo; 
c) radical fareja - vogal temática a - sufixo 
ndo; 
d) tema farej - radical fareja - sufixo ndo. 
Respostas 
1- C 2- E 
3- C 4- A 
5- E 6- E 
7- B 8- D 
 9- C 10- B 
11- C 12-A 
13- A 14- B 
15- E 16- D 
17- D 18-B 
19- B 20- A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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As classes das palavras variáveis e 
invariáveis e seus conceitos, classificação, 
flexão e emprego; 
Consultando a gramática, descobrimos que 
dentre as partes que a constituem há uma que, por 
excelência, permite-nos tornar conhecedores da 
forma como se estruturam as palavras, levando em 
conta aspectos específicos, como é caso das 
flexões, por exemplo. Estamos fazendo referência 
à morfologia, obviamente, aquela responsável por 
nos apresentar acerca das dez classes gramaticais. 
Em se tratando delas, das classes 
gramaticais, um dos aspectos que lhes são 
inerentes diz respeito à flexão e não flexão das 
palavras, que, por sua vez, traduz os nossos 
objetivos ao travar essa importante discussão, por 
isso, iremos falar um pouco mais acerca das 
palavras variáveis e das palavras invariáveis. 
Cabe, portanto, ressaltar que as palavras variáveis 
são aquelas que sofrem variações em sua forma, o 
que resulta nas chamadas desinências nominais de 
gênero e de número, bem como nas desinências 
verbais, de modo, tempo, número e pessoa. 
Assim, ao revelarmos acerca das 
desinências nominais, já que estamos fazendo 
referência à morfologia, equivale afirmar que elas 
se aplicam às classes gramaticais representadas 
pelo substantivo, artigo, adjetivo, pronome e 
numeral, haja vista que se classificam, 
gramaticalmente dizendo, como nomes. Dessa 
forma, nada melhor que analisarmos alguns 
exemplos, tornando nosso aprendizado ainda mais 
efetivo: 
Ele é um menino esperto – gênero 
masculino, o que nos permite concluir que há a 
ausência de desinência. 
Ela é uma garota esperta – Constatamos 
agora o gênero feminino e a desinência “a”. 
Mário é um rapaz educado – Em se 
tratando do número, afirmamos ser tal elemento 
demarcado no singular, bem como constatamos a 
ausência de desinência. 
Eles são uns rapazes educados – 
constatamos se tratar de um número plural 
associado à presença da desinência “s”. 
Agora, referindo-nos às desinências 
verbais, constata-se que elas são representadas 
pelas desinências de modo e tempo (DMT) e pelas 
desinências de número e pessoa (DNP). 
Observemos então o exemplo que segue: 
Estávamos com muita saudade de todos 
vocês. 
Assim, infere-se que: 
- va – DMT - desinência modo-temporal 
indicando o pretérito imperfeito do modo indicativo. 
- mos – DNP – desinência número-pessoal 
indicando a primeira pessoa do plural (nós). 
Diante de tais elucidações, afirmamos que 
elas se aplicam às chamadas palavras variáveis. 
Para completar nossos estudos acerca do 
caso em questão cumpre afirmar que palavras 
invariáveis, como nos revela o próprio nome, são 
aquelas que não sofrem flexão nenhuma, 
demarcadas pelos advérbios, preposições, 
conjunções e interjeições. 
CLASSES DE PALAVRAS 
CLASSIFICAÇÃO E EMPREGO: 
As palavras são classificadas de acordo com 
as funções exercidas nas orações. 
Na língua portuguesa podemos classificar as 
palavras em: 
 Substantivo 
 Adjetivo 
 Pronome 
 Verbo 
 Artigo 
 Numeral 
 Advérbio 
 Preposição 
 Interjeição 
 Conjunção 
SUBSTANTIVO: 
É a palavra variável que denomina 
qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados 
e seres em geral. 
Quanto a sua formação, o substantivo pode 
ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples 
(alface) ou composto (guarda-chuva). 
Já quanto a sua classificação, ele pode ser 
comum (cidade) ou próprio (Curitiba), concreto 
(mesa) ou abstrato (felicidade). 
Os substantivos concretos designam seres 
de existência real ou que a imaginação apresenta 
como tal: alma, fada, santo. Já os substantivos 
abstratos designam qualidade, sentimento, ação e 
estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga. 
Os substantivos próprios são sempre 
concretos e devem ser grafados com iniciais 
maiúsculas. 
Certos substantivos próprios podem tornar-se 
comuns, pelo processo de derivação imprópria (um 
judas = traidor / um panamá = chapéu). 
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Os substantivos abstratos têm existência 
independente e podem ser reais ou não, materiais 
ou não. Quando esses substantivos abstratos são 
de qualidade tornam-se concretos no plural (riqueza 
X riquezas). 
Muitos substantivos podem ser 
variavelmente abstratos ou concretos, conforme o 
sentido em que se empregam (a redação das leis 
requer clareza / na redação do aluno, assinalei 
vários erros). 
Já no tocante ao gênero (masculino X 
feminino) os substantivos podem ser: 
 biformes: quando apresentam uma 
forma para o masculino e outra para o feminino. 
(rato, rata ou conde X condessa). 
 uniformes: quando apresentam 
uma única forma para ambos os gêneros. Nesse 
caso, eles estão divididos em: 
 epicenos: usados para animais de 
ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz, 
badejo, besouro, codorniz; 
 comum de dois gêneros: aqueles 
que designam pessoas, fazendo a distinção dos 
sexos por palavras determinantes - aborígine, 
camarada, herege, manequim, mártir, médium, 
silvícola; 
 sobrecomuns - apresentam um só 
gênero gramatical para designar pessoas de ambos 
os sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia, 
testemunha, verdugo; 
Alguns substantivos, quando mudam de 
gênero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o 
corneta X a corneta / o crisma X a crisma / o cura X 
a cura / o guia X a guia / o lente X a lente / o língua 
X a língua / o moral X a moral / o maria-fumaça X a 
maria-fumaça / o voga X a voga). 
Os nomes terminados em -ão fazem 
feminino em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa, 
valentona). 
Os nomesterminados em -e mudam-no 
para -a, entretanto a maioria é invariável (monge X 
monja, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a 
estudante). 
Quanto ao número (singular X plural), os 
substantivos simples formam o plural em função do 
final da palavra. 
 vogal ou ditongo (exceto -ÃO): 
acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus); 
 ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS, 
variando em cada palavra (pagãos, cidadãos, 
cortesãos, escrivães, sacristães, capitães, 
capelães, tabeliães, deães, faisães, guardiães). 
Os substantivos paroxítonos terminados em 
-ão fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, gólfãos). 
Alguns gramáticos registram artesão (artífice) - 
artesãos e artesão (adorno arquitetônico) - artesões. 
 -EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo de -
NS (jardim X jardins); 
 -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X 
raízes); 
-S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES 
(país X países). Os não-oxítonos terminados em -S 
são invariáveis, marcando o número pelo artigo (os 
atlas, os lápis, os ônibus), cais, cós e xis são 
invariáveis; 
-N: -S ou -ES, sendo a última menos comum 
(hífen X hifens ou hífenes), cânon > cânones; 
-X: invariável, usando o artigo para o plural 
(tórax X os tórax); 
-AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X 
animais, barril X barris). Exceto mal por males, cônsul 
por cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou 
meles; 
IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não 
oxítonos, trocar -IL por -EIS. (til X tis, míssil X 
mísseis). Observação: réptil / reptil por répteis / 
reptis, projétil / projetil por projéteis / projetis; 
sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): 
colocar a palavra primitiva no plural, retirar o -S e 
acrescentar o sufixo diminutivo (caezitos, 
coroneizinhos, mulherezinhas). Observação: palavras 
com esses sufixos não recebem acento gráfico. 
metafonia: -o tônico fechado no singular 
muda para o timbre aberto no plural, também 
variando em função da palavra. (ovo X ovos, mas 
bolo X bolos). Observação: avôs (avô paterno + avô 
materno), avós (avó + avó ou avô + avó). 
Os substantivos podem apresentar diferentes 
graus, porém grau não é uma flexão nominal. São 
três graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem 
ser formados através de dois processos: 
analítico: associando os adjetivos (grande ou 
pequeno, ou similar) ao substantivo; 
sintético: anexando-se ao substantivo sufixos 
indicadores de grau (meninão X menininho). 
Certos substantivos, apesar da forma, não 
expressam a noção aumentativa ou diminutiva. 
(cartão, cartilha). 
alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola, 
-az, -ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão; 
alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -
ote, -ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é 
obrigatório quando o substantivo terminar em vogal 
tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho); 
O aumentativo pode exprimir desprezo 
(sabichão, ministraço, poetastro) ou intimidade 
(amigão); enquanto o diminutivo pode indicar carinho 
(filhinho) ou ter valor pejorativo (livreco, casebre). 
Algumas curiosidades sobre os substantivos: 
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Palavras masculinas: 
ágape (refeição dos primitivos cristãos); 
anátema (excomungação); 
axioma (premissa verdadeira); 
caudal (cachoeira); 
carcinoma (tumor maligno); 
champanha, clã, clarinete, contralto, coma, 
diabete/diabetes (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
diadema, estratagema, fibroma (tumor 
benigno); 
herpes, hosana (hino); 
jângal (floresta da Índia); 
lhama, praça (soldado raso); 
praça (soldado raso); 
proclama, sabiá, soprano (FeM classificam 
como gênero vacilante); 
suéter, tapa (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
teiró (parte de arma de fogo ou arado); 
telefonema, trema, vau (trecho raso do rio). 
Palavras femininas: 
abusão (engano); 
alcíone (ave doa antigos); 
aluvião, araquã (ave); 
áspide (reptil peçonhento); 
baitaca (ave); 
cataplasma, cal, clâmide (manto grego); 
cólera (doença); 
derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); 
filoxera (inseto e doença); 
gênese, guriatã (ave); 
hélice (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
jaçanã (ave); 
juriti (tipo de aves); 
libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana 
(felino); 
sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); 
usucapião (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
xerox (cópia). 
Gênero vacilante: 
acauã (falcão); 
inambu (ave); 
laringe, personagem (Ceg. fala que é usada 
indistintamente nos dois gêneros, mas que há 
preferência de autores pelo masculino); 
víspora. 
Alguns femininos: 
abade - abadessa; 
abegão (feitor) - abegoa; 
alcaide (antigo governador) - alcaidessa, 
alcaidina; 
aldeão - aldeã; 
anfitrião - anfitrioa, anfitriã; 
beirão (natural da Beira) - beiroa; 
besuntão (porcalhão) - besuntona; 
bonachão - bonachona; 
bretão - bretoa, bretã; 
cantador - cantadeira; 
cantor - cantora, cantadora, cantarina, 
cantatriz; 
castelão (dono do castelo) - castelã; 
catalão - catalã; 
cavaleiro - cavaleira, amazona; 
charlatão - charlatã; 
coimbrão - coimbrã; 
cônsul - consulesa; 
comarcão - comarcã; 
cônego - canonisa; 
czar - czarina; 
deus - deusa, déia; 
diácono (clérigo) - diaconisa; 
doge (antigo magistrado) - dogesa; 
druida - druidesa; 
elefante - elefanta e aliá (Ceilão); 
embaixador - embaixadora e embaixatriz; 
ermitão - ermitoa, ermitã; 
faisão - faisoa (Cegalla), faisã; 
hortelão (trata da horta) - horteloa; 
javali - javalina; 
ladrão - ladra, ladroa, ladrona; 
felá (camponês) - felaína; 
flâmine (antigo sacerdote) - flamínica; 
frade - freira; 
frei - sóror; 
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gigante - giganta; 
grou - grua; 
lebrão - lebre; 
maestro - maestrina; 
maganão (malicioso) - magana; 
melro - mélroa; 
mocetão - mocetona; 
oficial - oficiala; 
padre - madre; 
papa - papisa; 
pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja; 
parvo - párvoa; 
peão - peã, peona; 
perdigão - perdiz; 
prior - prioresa, priora; 
mu ou mulo - mula; 
rajá - rani; 
rapaz - rapariga; 
rascão (desleixado) - rascoa; 
sandeu - sandia; 
sintrão - sintrã; 
sultão - sultana; 
tabaréu - tabaroa; 
varão - matrona, mulher; 
veado - veada; 
vilão - viloa, vilã. 
Substantivos em -ÃO e seus plurais: 
alão - alões, alãos, alães; 
aldeão - aldeãos, aldeões; 
capelão - capelães; 
castelão - castelãos, castelões; 
cidadão - cidadãos; 
cortesão - cortesãos; 
ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães; 
escrivão - escrivães; 
folião - foliões; 
hortelão - hortelões, hortelãos; 
pagão - pagãos; 
sacristão - sacristães; 
tabelião - tabeliães; 
tecelão - tecelões; 
verão - verãos, verões; 
vilão - vilões, vilãos; 
vulcão - vulcões, vulcãos. 
Alguns substantivos que sofrem 
metafonia no plural: 
abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro, 
despojo, destroço, escolho, esforço, estorvo, forno, 
forro, fosso, imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto, 
reforço, rogo, socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco. 
Substantivos só usados no plural: 
anais, antolhos, arredores, arras (bens, 
penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs 
(cabelos brancos), cócegas, condolências, damas 
(jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais 
(contrato de casamento ou noivado), esposórios 
(presente de núpcias), exéquias (cerimônias 
fúnebres), fastos (anais), férias, fezes, manes 
(almas), matinas (breviário de orações matutinas), 
núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos, 
prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos 
nomes de naipes. 
Coletivos: 
alavão - ovelhas leiteiras; 
armento - gado grande (búfalos, elefantes); 
assembléia (parlamentares, membros de 
associações); 
atilho - espigas; 
baixela - utensílios de mesa; 
banca - de examinadores, advogados; 
bandeira - garimpeiros,exploradores de 
minérios; 
bando - aves, ciganos, crianças, salteadores; 
boana - peixes miúdos; 
cabido - cônegos (conselheiros de bispo); 
cáfila - camelos; 
cainçalha - cães; 
cambada - caranguejos, malvados, chaves; 
cancioneiro - poesias, canções; 
caterva - desordeiros, vadios; 
choldra, joldra - assassinos, malfeitores; 
chusma - populares, criados; 
conselho - vereadores, diretores, juízes 
militares; 
conciliábulo - feiticeiros, conspiradores; 
concílio - bispos; 
canzoada - cães; 
conclave - cardeais; 
congregação - professores, religiosos; 
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consistório - cardeais; 
fato - cabras; 
feixe - capim, lenha; 
junta - bois, médicos, credores, 
examinadores; 
girândola - foguetes, fogos de artifício; 
grei - gado miúdo, políticos; 
hemeroteca - jornais, revistas; 
legião - anjos, soldados, demônios; 
malta - desordeiros; 
matula - desordeiros, vagabundos; 
miríade - estrelas, insetos; 
nuvem - gafanhotos, pó; 
panapaná - borboletas migratórias; 
penca - bananas, chaves; 
récua - cavalgaduras (bestas de carga); 
renque - árvores, pessoas ou coisas 
enfileiradas; 
réstia - alho, cebola; 
ror - grande quantidade de coisas; 
súcia - pessoas desonestas, patifes; 
talha -lenha; 
tertúlia - amigos, intelectuais; 
tropilha - cavalos; 
vara - porcos. 
Substantivos compostos: 
Os substantivos compostos formam o plural 
da seguinte maneira: 
sem hífen formam o plural como os simples 
(pontapé/pontapés); 
caso não haja caso específico, verifica-se a 
variabilidade das palavras que compõem o 
substantivo para pluralizá-los. São palavras 
variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes, 
particípio. São palavras invariáveis: verbo, 
preposição, advérbio, prefixo; 
em elementos repetidos, muito parecidos 
ou onomatopaicos, só o segundo vai para o plural 
(tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-
pongues); 
com elementos ligados por preposição, 
apenas o primeiro se flexiona (pés-de-moleque); 
são invariáveis os elementos grão, grã e bel 
(grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres); 
só variará o primeiro elemento nos 
compostos formados por dois substantivos, onde o 
segundo limita o primeiro elemento, indicando tipo, 
semelhança ou finalidade deste (sambas-enredo, 
bananas-maçã) 
nenhum dos elementos vai para o plural se 
formado por verbos de sentidos opostos e frases 
substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-
mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os 
ganha-pouco, os diz-que-me-diz); 
compostos cujo segundo elemento já está no 
plural não variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, 
os espirra-canivetes); 
palavra guarda, se fizer referência a pessoa 
varia por ser substantivo. Caso represente o verbo 
guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-
chuvas). 
ADJETIVO: 
É a palavra variável que restringe a 
significação do substantivo, indicando qualidades e 
características deste. Mantém com o substantivo que 
determina relação de concordância de gênero e 
número. 
adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade 
ou a origem geográfica, normalmente são formados 
pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo de que 
se originam (Alagoas por alagoano). Podem ser 
simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais 
nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos 
assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção 
do último elemento (franco-ítalo-brasileiro). 
locuções adjetivas: expressões formadas 
por preposição e substantivo e com significado 
equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argênteo 
/ andar de cima = andar superior / estar com fome = 
estar faminto). 
São adjetivos eruditos: 
açúcar - sacarino; 
águia - aquilino; 
anel - anular; 
astro - sideral; 
bexiga - vesical; 
bispo - episcopal; 
cabeça - cefálico; 
chumbo - plúmbeo; 
chuva - pluvial; 
cinza - cinéreo; 
cobra - colubrino, ofídico; 
dinheiro - pecuniário; 
estômago - gástrico; 
fábrica - fabril; 
fígado - hepático; 
fogo - ígneo; 
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guerra - bélico; 
homem - viril; 
inverno - hibernal; 
lago - lacustre; 
lebre - leporino; 
lobo - lupino; 
marfim - ebúrneo, ebóreo; 
memória - mnemônico; 
moeda - monetário, numismático; 
neve - níveo; 
pedra - pétreo; 
prata - argênteo, argentino, argírico; 
raposa - vulpino; 
rio - fluvial, potâmico; 
rocha - rupestre; 
sonho - onírico; 
sul - meridional, austral; 
tarde - vespertino; 
velho, velhice - senil; 
vidro - vítreo, hialino. 
Quanto à variação dos adjetivos, eles 
apresentam as seguintes características: 
O gênero é uniforme ou biforme (inteligente 
X honesto[a]). Quanto ao gênero, não se diz que 
um adjetivo é masculino ou feminino, e sim que tem 
terminação masculina ou feminina. 
No tocante a número, os adjetivos simples 
formam o plural segundo os mesmos princípios dos 
substantivos simples, em função de sua terminação 
(agradável X agradáveis). Já os substantivos 
utilizados como adjetivos ficam invariáveis (blusas 
cinza). 
Os adjetivos terminados em -OSO, além do 
acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do 
primeiro -o, num processo de metafonia. 
Quanto ao grau, os adjetivos apresentam 
duas formas: comparativo e superlativo. 
O grau comparativo refere-se a uma 
mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou 
mais qualidades de um mesmo ser. Pode ser de 
igualdade: tão alto quanto (como / quão); de 
superioridade: mais alto (do) que (analítico) / maior 
(do) que (sintético) e de inferioridade: menos alto 
(do) que. 
O grau superlativo exprime qualidade em 
grau muito elevado ou intenso. 
O superlativo pode ser classificado como 
absoluto, quando a qualidade não se refere à de 
outros elementos. Pode ser analítico (acréscimo de 
advérbio de intensidade) ou sintético (-íssimo, -
érrimo, -ílimo). (muito alto X altíssimo) 
O superlativo pode ser também relativo, 
qualidade relacionada, favorável ou 
desfavoravelmente, à de outros elementos. Pode ser 
de superioridade analítico (o mais alto de/dentre), de 
superioridade sintético (o maior de/dentre) ou de 
inferioridade (o menos alto de/dentre). 
São superlativos absolutos sintéticos 
eruditos da língua portuguesa: 
acre - acérrimo; 
alto - supremo, sumo; 
amável - amabilíssimo; 
amigo - amicíssimo; 
baixo - ínfimo; 
cruel - crudelíssimo; 
doce - dulcíssimo; 
dócil - docílimo; 
fiel - fidelíssimo; 
frio - frigidíssimo; 
humilde - humílimo; 
livre - libérrimo; 
magro - macérrimo; 
mísero - misérrimo; 
negro - nigérrimo; 
pobre - paupérrimo; 
sábio - sapientíssimo; 
sagrado - sacratíssimo; 
são - saníssimo; 
veloz - velocíssimo. 
Os adjetivos compostos formam o plural 
da seguinte forma: 
têm como regra geral, flexionar o último 
elemento em gênero e número (lentes côncavo-
convexas, problemas sócio-econômicos); são 
invariáveis cores em que o segundo elemento é um 
substantivo (blusas azul-turquesa, bolsas branco-
gelo); não variam as locuções adjetivas formadas 
pela expressão cor-de-... (vestidos cor-de-rosa); 
as cores: azul-celeste e azul-marinho são 
invariáveis; 
em surdo-mudo flexionam-se os dois 
elementos. 
PRONOME: 
É palavra variável em gênero, número e 
pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, 
indicando-o como pessoa do discurso. 
 
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A diferença entre pronome substantivo e 
pronome adjetivo pode ser atribuída a qualquer tipo 
de pronome, podendo variar em função do contexto 
frasal. Assim, o pronome substantivo é aquele que 
substitui um substantivo, representando-o. (Ele 
prestou socorro). Já o pronome adjetivo é aquele 
que acompanhaum substantivo, determinando-o. 
(Aquele rapaz é belo). Os pronomes pessoais são 
sempre substantivos. 
Quanto às pessoas do discurso, a língua 
portuguesa apresenta três pessoas: 
1ª pessoa - aquele que fala, emissor; 
2ª pessoa - aquele com quem se fala, 
receptor; 
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se 
fala, referente. 
Pronome pessoal: 
Indicam uma das três pessoas do discurso, 
substituindo um substantivo. Podem também 
representar, quando na 3ª pessoa, uma forma 
nominal anteriormente expressa (A moça era a 
melhor secretária, ela mesma agendava os 
compromissos do chefe). 
A seguir um quadro com todas as formas 
do pronome pessoal: 
Pronomes pessoais 
Número Pessoa 
Pronomes 
retos 
Pronomes 
oblíquos 
Átonos Tônicos 
singular 
primeira 
segunda 
terceira 
eu 
tu 
ele, ela 
me 
te 
o, a, 
lhe, se 
mim, 
comigo 
ti, 
contigo 
ele, ela, 
si, 
consigo 
plural 
primeira 
segunda 
terceira 
nós 
vós 
eles, elas 
nos 
vos 
os, as, 
lhes, 
se 
nós, 
conosco 
vós, 
convosco 
eles, 
elas, si, 
consigo 
Os pronomes pessoais apresentam 
variações de forma dependendo da função sintática 
que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos 
desempenham, normalmente, função de sujeito; 
enquanto os oblíquos, geralmente, de 
complemento. 
Os pronomes oblíquos tônicos devem vir 
regidos de preposição. Em comigo, contigo, conosco 
e convosco, a preposição com já é parte integrante 
do pronome. 
Os pronomes de tratamento estão 
enquadrados nos pronomes pessoais. São 
empregados como referência à pessoa com quem se 
fala (2ª pessoa), entretanto, a concordância é feita 
com a 3ª pessoa. Também são considerados 
pronomes de tratamento as formas você, vocês 
(provenientes da redução de Vossa Mercê), Senhor, 
Senhora e Senhorita. 
Quanto ao emprego, as formas oblíquas o, a, 
os, as completam verbos que não vêm regidos de 
preposição; enquanto lhe e lhes para verbos regidos 
das preposições a ou para (não expressas). 
Apesar de serem usadas pouco, as formas 
mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão 
de dois objetos, representados por pronomes 
oblíquos (Ninguém mo disse = ninguém o disse a 
mim). 
Os pronomes átonos o, a, os e as viram 
lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r, 
s ou z e viram no(a/s), se a terminação verbal for em 
ditongo nasal. 
Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos 
desempenham função se sujeitos de infinitivo ou 
verbo no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, 
mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / 
Deixei-as chorando). 
A forma você, atualmente, é usada no lugar 
da 2ª pessoa (tu/vós), tanto no singular quanto no 
plural, levando o verbo para a 3ª pessoa. 
Já as formas de tratamento serão precedidas 
de Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à 
pessoa e de Sua, quando fizermos referência a ela. 
Troca-se na abreviatura o V. pelo S. 
Quando precedidos de preposição, os 
pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar 
como oblíquos. Eu e tu não podem vir precedidos de 
preposição, exceto se funcionarem como sujeito de 
um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para 
mim fazer). 
Os pronomes acompanhados de só ou todos, 
ou seguido de numeral, assumem forma reta e 
podem funcionar como objeto direto (Estava só ele 
no banco / Encontramos todos eles). 
Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter 
valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter 
valor reflexivo e recíproco. 
As formas si e consigo têm valor 
exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa. 
Já conosco e convosco devem aparecer na sua 
forma analítica (com nós e com vós) quando vierem 
com modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, 
numeral ou oração adjetiva). 
 
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Os pronomes pessoais retos podem 
desempenhar função de sujeito, predicativo do 
sujeito ou vocativo, este último com tu e vós (Nós 
temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, 
Senhor Jesus). 
Quanto ao uso das preposições junto aos 
pronomes, deve-se saber que não se pode contrair 
as preposições de e em com pronomes que sejam 
sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi as 
bolsas dele bem aqui). 
Os pronomes átonos podem assumir valor 
possessivo (Levaram-me o dinheiro / Pesavam-lhe 
os olhos), enquanto alguns átonos são partes 
integrantes de verbos como suicidar-se, apiedar-se, 
condoer-se, ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se. 
Já os pronomes oblíquos podem ser 
usados como expressão expletiva (Não me venha 
com essa). 
Pronome possessivo: 
Fazem referência às pessoas do discurso, 
apresentando-as como possuidoras de algo. 
Concordam em gênero e número com a coisa 
possuída. 
São pronomes possessivos da língua 
portuguesa as formas: 
1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s); 
2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s); 
3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s). 
Quanto ao emprego, normalmente, vem 
antes do nome a que se refere; podendo, também, 
vir depois do substantivo que determina. Neste 
último caso, pode até alterar o sentido da frase. 
O uso do possessivo seu (a/s) pode causar 
ambigüidade, para desfazê-la, deve-se preferir o 
uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava 
trancada em sua casa - casa de quem?); pode 
também indicar aproximação numérica (ele tem lá 
seus 40 anos). 
Já nas expressões do tipo "Seu João", seu 
não tem valor de posse por ser uma alteração 
fonética de Senhor. 
Pronome demonstrativo: 
Indicam posição de algo em relação às 
pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no 
espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, 
aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo são 
invariáveis e se empregam exclusivamente como 
substitutos de substantivos. 
As formas mesmo, próprio, semelhante, tal 
(s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome 
demonstrativo. 
Quanto ao emprego, os pronomes 
demonstrativos apresentam-se da seguinte 
maneira: 
uso dêitico, indicando localização no espaço - 
este (aqui), esse (aí) e aquele (lá); 
uso dêitico, indicando localização temporal - 
este (presente), esse (passado próximo) e aquele 
(passado remoto ou bastante vago); 
uso anafórico, em referência ao que já foi ou 
será dito - este (novo enunciado) e esse (retoma 
informação); 
o, a, os, as são demonstrativos quando 
equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe 
pertence); 
tal é demonstrativo se puder ser substituído 
por esse (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante, 
quando anteposto ao substantivo a que se refere e 
equivalente a "aquele", "idêntico" (O problema ainda 
não foi resolvido, tal demora atrapalhou as 
negociações / Não brigue por semelhante causa); 
mesmo e próprio são demonstrativos, se 
precedidos de artigo, quando significarem "idêntico", 
"igual" ou "exato". Concordam com o nome a que se 
referem (Separaram crianças de mesmas séries); 
como referência a termos já citados, os 
pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para 
primeira e segunda ocorrências, respectivamente, em 
apostos distributivos (O médico e a enfermeira 
estavam calados: aquele amedrontado e esta calma / 
ou: esta calma e aquele amedrontado); 
pode ocorrer a contração das preposições a, 
de, em com os pronomes demonstrativos (Não 
acreditei no que estava vendo / Fui àquela região de 
montanhas / Fez alusão à pessoa de azul e à de 
branco); 
podem apresentar valor intensificador ou 
depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele 
estava com aquela paciência / Aquilo é um marido de 
enfeite); 
nisso e nisto (em + pronome) podem ser 
usados com valor de "então" ou "nesse momento" 
(Nisso, ela entrou triunfante - nisso = advérbio). 
Pronome relativo: 
Retoma um termo expresso anteriormente 
(antecedente) e introduz uma oração dependente, 
adjetiva. 
Os pronome nomes demonstrativos 
apresentam-se da seguinte maneira: mento, 
armamentomes relativos são: que, quem e onde - 
invariáveis; além de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto 
(a/s).Os relativos são chamados relativos 
indefinidos quando são empregados sem 
antecedente expresso (Quem espera sempre alcança 
/ Fez quanto pôde). 
Quanto ao emprego, observa-se que os 
relativos são usados quando: 
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o antecedente do relativo pode ser 
demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre os 
que lêem ou não); 
como relativo, quanto refere-se ao 
antecedente tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me 
interessava) 
quem será precedido de preposição se 
estiver relacionado a pessoas ou seres 
personificados expressos; 
quem = relativo indefinido quando é 
empregado sem antecedente claro, não vindo 
precedido de preposição; 
cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de 
posse e não concorda com o antecedente e sim 
com seu conseqüente. Ele tem sempre valor 
adjetivo e não pode ser acompanhado de artigo. 
Pronome indefinido: 
Referem-se à 3ª pessoa do discurso 
quando considerada de modo vago, impreciso ou 
genérico, representando pessoas, coisas e lugares. 
Alguns também podem dar idéia de conjunto ou 
quantidade indeterminada. Em função da 
quantidade de pronomes indefinidos, merece 
atenção sua identificação. 
São pronomes indefinidos de: 
pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem; 
lugares: onde, algures, alhures, nenhures; 
pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, 
algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a), 
nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), 
pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), 
cada. 
Sobre o emprego dos indefinidos devemos 
atentar para: 
algum, após o substantivo a que se refere, 
assume valor negativo (= nenhum) (Computador 
algum resolverá o problema); 
cada deve ser sempre seguido de um 
substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas 
cada uma); 
alguns pronomes indefinidos, se vierem 
depois do nome a que estiverem se referindo, 
passam a ser adjetivos. (Certas pessoas deveriam 
ter seus lugares certos / Comprei várias balas de 
sabores vários) 
bastante pode vir como adjetivo também, se 
estiver determinando algum substantivo, unindo-se 
a ele por verbo de ligação (Isso é bastante para 
mim); 
o pronome outrem equivale a "qualquer 
pessoa"; 
o pronome nada, colocado junto a verbos 
ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não 
está nada contente hoje); 
o pronome nada, colocado junto a verbos ou 
adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está 
nada contente hoje); 
existem algumas locuções pronominais 
indefinidas - quem quer que, o que quer, seja quem 
for, cada um etc. 
todo com valor indefinido antecede o 
substantivo, sem artigo (Toda cidade parou para ver 
a banda ≠ Toda a cidade parou para ver a banda). 
Pronome interrogativo: 
São os pronomes indefinidos que, quem, 
qual, quanto usados na formulação de uma pergunta 
direta ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do 
discurso. (Quantos livros você tem? / Não sei quem 
lhe contou). 
Alguns interrogativos podem ser adverbiais 
(Quando voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi 
tudo?). 
Verbo: 
É a palavra variável que exprime um 
acontecimento representado no tempo, seja ação, 
estado ou fenômeno da natureza. 
Os verbos apresentam três conjugações. Em 
função da vogal temática, podem-se criar três 
paradigmas verbais. De acordo com a relação dos 
verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte 
classificação: 
regulares: seguem o paradigma verbal de 
sua conjugação; 
irregulares: não seguem o paradigma verbal 
da conjugação a que pertencem. As irregularidades 
podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir 
- ouço/ouve, estar - estou/estão); 
Entre os verbos irregulares, destacam-se os 
anômalos que apresentam profundas irregularidades. 
São classificados como anômalos em todas as 
gramáticas os verbos ser e ir. 
defectivos: não são conjugados em 
determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no 
presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª 
pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em 
três grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou 
ruídos de animais, só conjugados nas 3ª pessoas) 
por eufonia ou possibilidade de confusão com outros 
verbos; 
abundantes - apresentam mais de uma forma 
para uma mesma flexão. Mais freqüente no particípio, 
devendo-se usar o particípio regular com ter e haver; 
já o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, 
acendido/aceso - tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito); 
auxiliares: juntam-se ao verbo principal 
ampliando sua significação. Presentes nos tempos 
compostos e locuções verbais; 
certos verbos possuem pronomes pessoais 
átonos que se tornam partes integrantes deles. 
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Nesses casos, o pronome não tem função sintática 
(suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.); 
formas rizotônicas (tonicidade no radical - 
eu canto) e formas arrizotônicas (tonicidade fora do 
radical - nós cantaríamos). 
Quanto à flexão verbal, temos: 
número: singular ou plural; 
pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª; 
tempo: referência ao momento em que se 
fala (pretérito, presente ou futuro). O modo 
imperativo só tem um tempo, o presente; 
voz: ativa, passiva e reflexiva; 
modo: indicativo (certeza de um fato ou 
estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de 
realização de um fato ou incerteza do estado) e 
imperativo (expressa ordem, advertência ou 
pedido). 
As três formas nominais do verbo (infinitivo, 
gerúndio e particípio) não possuem função 
exclusivamente verbal. Infinitivo é antes 
substantivo, o particípio tem valor e forma de 
adjetivo, enquanto o gerúndio equipara-se ao 
adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que 
exprime. 
Quanto ao tempo verbal, eles apresentam 
os seguintes valores: 
presente do indicativo: indica um fato real 
situado no momento ou época em que se fala; 
presente do subjuntivo: indica um fato 
provável, duvidoso ou hipotético situado no 
momento ou época em que se fala; 
pretérito perfeito do indicativo: indica um 
fato real cuja ação foi iniciada e concluída no 
passado; 
pretérito imperfeito do indicativo: indica 
um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas 
não foi concluída ou era uma ação costumeira no 
passado; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: indica 
um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação 
foi iniciada mas não concluída no passado; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação 
já passada; 
futuro do presente do indicativo: indica 
um fato real situado em momento ou época 
vindoura; 
futuro do pretérito do indicativo: indica 
um fato possível, hipotético, situado num momento 
futuro, mas ligado a um momento passado; 
futuro do subjuntivo: indica um fato 
provável, duvidoso, hipotético, situado num 
momento ou época futura; 
Quanto à formação dos tempos, os 
chamados tempos simples podem ser primitivos 
(presente e pretérito perfeito do indicativo e o 
infinitivo impessoal) e derivados: 
São derivados do presente do indicativo: 
pretérito imperfeito do indicativo: TEMA 
do presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) + 
Desinência número pessoal (DNP); 
presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa 
singular do presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.) 
+ DNP; 
Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de 
"ei" na 1ª pessoa do plural (passeio, mas 
passeemos). 
imperativo negativo (todo derivado do 
presente do subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2ª 
pessoas vêm do presente do indicativo sem S, as 
demais também vêm do presente do subjuntivo). 
São derivados do pretérito perfeito do 
indicativo: 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
TEMA do perfeito + RA + DNP; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: TEMA do 
perfeito + SSE + DNP; 
futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + 
DNP. 
São derivados do infinitivo impessoal: 
futurodo presente do indicativo: TEMA do 
infinitivo + RA + DNP; 
futuro do pretérito: TEMA do infinitivo + RIA 
+ DNP; 
infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + 
DNP (-ES - 2ª pessoa, -MOS, -DES, -EM) 
gerúndio: TEMA do infinitivo + -NDO; 
particípio regular: infinitivo impessoal sem 
vogal temática (VT) e R + ADO (1ª conjugação) ou 
IDO (2ª e 3ª conjugação). 
Quanto à formação, os tempos compostos da 
voz ativa constituem-se dos verbos auxiliares TER ou 
HAVER + particípio do verbo que se quer conjugar, 
dito principal. 
No modo Indicativo, os tempos 
compostos são formados da seguinte maneira: 
pretérito perfeito: presente do indicativo do 
auxiliar + particípio do verbo principal (VP) [Tenho 
falado]; 
pretérito mais-que-perfeito: pretérito 
imperfeito do indicativo do auxiliar + particípio do VP 
(Tinha falado); 
futuro do presente: futuro do presente do 
indicativo do auxiliar + particípio do VP (Terei falado); 
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futuro do pretérito: futuro do pretérito 
indicativo do auxiliar + particípio do VP (Teria 
falado). 
No modo Subjuntivo a formação se dá 
da seguinte maneira: 
pretérito perfeito: presente do subjuntivo 
do auxiliar + particípio do VP (Tenha falado); 
pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do 
subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tivesse 
falado); 
futuro composto: futuro do subjuntivo do 
auxiliar + particípio do VP (Tiver falado). 
Quanto às formas nominais, elas são 
formadas da seguinte maneira: 
infinitivo composto: infinitivo pessoal ou 
impessoal do auxiliar + particípio do VP (Ter falado 
/ Teres falado); 
gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + 
particípio do VP (Tendo falado). 
O modo subjuntivo apresenta três 
pretéritos, sendo o imperfeito na forma simples e o 
perfeito e o mais-que-perfeito nas formas 
compostas. Não há presente composto nem 
pretérito imperfeito composto 
Quanto às vozes, os verbos apresentam 
a voz: 
ativa: sujeito é agente da ação verbal; 
passiva: sujeito é paciente da ação verbal; 
A voz passiva pode ser analítica ou 
sintética: 
analítica: - verbo auxiliar + particípio do 
verbo principal; 
sintética: na 3ª pessoa do singular ou 
plural + SE (partícula apassivadora); 
reflexiva: sujeito é agente e paciente da 
ação verbal. Também pode ser recíproca ao 
mesmo tempo (acréscimo de SE = pronome 
reflexivo, variável em função da pessoa do verbo); 
Na transformação da voz ativa na passiva, 
a variação temporal é indicada pelo auxiliar (ser na 
maioria das vezes), como notamos nos exemplos a 
seguir: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por 
ele (mantido o pretérito perfeito do indicativo) / O 
vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo 
levadas pelas folhas (mantido o gerúndio do verbo 
principal). 
Alguns verbos da língua portuguesa 
apresentam problemas de conjugação. A seguir 
temos uma lista, seguida de comentários sobre 
essas dificuldades de conjugação. 
Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa 
do singular do presente do indicativo, por isso não 
possui presente do subjuntivo e o imperativo 
negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqüir, demolir, 
descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, 
retorquir, urgir) 
Acudir (alternância vocálica o/u) - presente 
do indicativo - acudo, acodes... e pretérito perfeito do 
indicativo - com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir, 
fugir) / Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª 
pessoa do plural no presente do indicativo 
Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do 
indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, 
diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir) 
Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do 
indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, 
espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir) 
Agredir (alternância vocálica e/i) - presente 
do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos, 
agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, 
transgredir) / Aguar (regular) - presente do indicativo - 
águo, águas..., - pretérito perfeito do indicativo - 
agüei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram 
(= desaguar, enxaguar, minguar) 
Aprazer (irregular) - presente do indicativo - 
aprazo, aprazes, apraz... / pretérito perfeito do 
indicativo - aprouve, aprouveste, aprouve, 
aprouvemos, aprouvestes, aprouveram 
Argüir (irregular com alternância vocálica 
o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), argúis, argúi, 
argüimos, argüis, argúem - pretérito perfeito - argüi, 
argüiste... (com trema) 
Atrair (irregular) - presente do indicativo - 
atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí, atraíste... (= 
abstrair, cair, distrair, sair, subtrair) 
Atribuir (irregular) - presente do indicativo - 
atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem 
- pretérito perfeito - atribuí, atribuíste, atribuiu... (= 
afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir, 
usufruir) 
Averiguar (alternância vocálica o/u) - 
presente do indicativo - averiguo (ú), averiguas (ú), 
averigua (ú), averiguamos, averiguais, averiguam (ú) 
- pretérito perfeito - averigüei, averiguaste... - 
presente do subjuntivo - averigúe, averigúes, 
averigúe... (= apaziguar) 
Cear (irregular) - presente do indicativo - 
ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretérito 
perfeito indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, 
ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: 
falsear, passear... - alguns apresentam pronúncia 
aberta: estréio, estréia...) 
Coar (irregular) - presente do indicativo - côo, 
côas, côa, coamos, coais, coam - pretérito perfeito - 
coei, coaste, coou... (= abençoar, magoar, perdoar) / 
Comerciar (regular) - presente do indicativo - 
comercio, comercias... - pretérito perfeito - 
comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes 
verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar) 
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Compelir (alternância vocálica e/i) - 
presente do indicativo - compilo, compeles... - 
pretérito perfeito indicativo - compeli, compeliste... 
Compilar (regular) - presente do indicativo - 
compilo, compilas, compila... - pretérito perfeito 
indicativo - compilei, compilaste... 
Construir (irregular e abundante) - 
presente do indicativo - construo, constróis (ou 
construis), constrói (ou construi), construímos, 
construís, constroem (ou construem) - pretérito 
perfeito indicativo - construí, construíste... 
Crer (irregular) - presente do indicativo - 
creio, crês, crê, cremos, credes, crêem - pretérito 
perfeito indicativo - cri, creste, creu, cremos, 
crestes, creram - imperfeito indicativo - cria, crias, 
cria, críamos, críeis, criam 
Falir (defectivo) - presente do indicativo - 
falimos, falis - pretérito perfeito indicativo - fali, 
faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, 
renhir) 
Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância 
vocálica e/i) - presente do indicativo - frijo, freges, 
frege, frigimos, frigis, fregem - pretérito perfeito 
indicativo - frigi, frigiste... 
Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, 
vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito perfeito 
indicativo - fui, foste... - presente subjuntivo - vá, 
vás, vá, vamos, vades, vão 
Jazer (irregular) - presente do indicativo - 
jazo, jazes... - pretérito perfeito indicativo - jazi, 
jazeste, jazeu... 
Mobiliar (irregular) - presente do indicativo 
- mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, 
mobíliam - pretérito perfeito indicativo - mobiliei, 
mobiliaste... / Obstar (regular) - presente do 
indicativo - obsto, obstas... - pretérito perfeito 
indicativo - obstei, obstaste... 
Pedir (irregular) - presente do indicativo - 
peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem - 
pretérito perfeito indicativo - pedi, pediste... (= 
despedir, expedir, medir) / Polir (alternância 
vocálica e/i)- presente do indicativo - pulo, pules, 
pule, polimos, polis, pulem - pretérito perfeito 
indicativo - poli, poliste... 
Precaver-se (defectivo e pronominal) - 
presente do indicativo - precavemo-nos, precaveis-
vos - pretérito perfeito indicativo - precavi-me, 
precaveste-te... / Prover (irregular) - presente do 
indicativo - provejo, provês, provê, provemos, 
provedes, provêem - pretérito perfeito indicativo - 
provi, proveste, proveu... / Reaver (defectivo) - 
presente do indicativo - reavemos, reaveis - 
pretérito perfeito indicativo - reouve, reouveste, 
reouve... (verbo derivado do haver, mas só é 
conjugado nas formas verbais com a letra v) 
Remir (defectivo) - presente do indicativo - 
remimos, remis - pretérito perfeito indicativo - remi, 
remiste... 
Requerer (irregular) - presente do indicativo - 
requeiro, requeres... - pretérito perfeito indicativo - 
requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, 
diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente 
do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e 
derivados, sendo regular) 
Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, 
ri, rimos, rides, riem - pretérito perfeito indicativo - ri, 
riste... (= sorrir) 
Saudar (alternância vocálica) - presente do 
indicativo - saúdo, saúdas... - pretérito perfeito 
indicativo - saudei, saudaste... 
Suar (regular) - presente do indicativo - suo, 
suas, sua... - pretérito perfeito indicativo - suei, 
suaste, sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar, 
recuar, situar) 
Valer (irregular) - presente do indicativo - 
valho, vales, vale... - pretérito perfeito indicativo - vali, 
valeste, valeu... 
Também merecem atenção os seguintes 
verbos irregulares: 
Pronominais: Apiedar-se, dignar-se, 
persignar-se, precaver-se 
Caber 
presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, 
cabemos, cabeis, cabem; 
presente do subjuntivo: caiba, caibas, 
caiba, caibamos, caibais, caibam; 
pretérito perfeito do indicativo: coube, 
coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, 
couberam; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: 
coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, 
coubésseis, coubessem; 
futuro do subjuntivo: couber, couberes, 
couber, coubermos, couberdes, couberem. 
Dar 
presente do indicativo: dou, dás, dá, 
damos, dais, dão; 
presente do subjuntivo: dê, dês, dê, 
demos, deis, dêem; 
pretérito perfeito do indicativo: dei, deste, 
deu, demos, destes, deram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
dera, deras, dera, déramos, déreis, deram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, 
desses, desse, déssemos, désseis, dessem; 
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futuro do subjuntivo: der, deres, der, 
dermos, derdes, derem. 
Dizer 
presente do indicativo: digo, dizes, diz, 
dizemos, dizeis, dizem; 
presente do subjuntivo: diga, digas, diga, 
digamos, digais, digam; 
pretérito perfeito do indicativo: disse, 
disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, 
disseram; 
futuro do presente: direi, dirás, dirá, etc.; 
futuro do pretérito: diria, dirias, diria, etc.; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: 
dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, 
dissésseis, dissessem; 
futuro do subjuntivo: disser, disseres, 
disser, dissermos, disserdes, disserem; 
Seguem esse modelo os derivados 
bendizer, condizer, contradizer, desdizer, maldizer, 
predizer. 
Os particípios desse verbo e seus 
derivados são irregulares: dito, bendito, contradito, 
etc. 
Estar 
presente do indicativo: estou, estás, está, 
estamos, estais, estão; 
presente do subjuntivo: esteja, estejas, 
esteja, estejamos, estejais, estejam; 
pretérito perfeito do indicativo: estive, 
estiveste, esteve, estivemos, estivestes, estiveram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
estivera, estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis, 
estiveram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: 
estivesse, estivesses, estivesse, estivéssemos, 
estivésseis, estivessem; 
futuro do subjuntivo: estiver, estiveres, 
estiver, estivermos, estiverdes, estiverem; 
Fazer 
presente do indicativo: faço, fazes, faz, 
fazemos, fazeis, fazem; 
presente do subjuntivo: faça, faças, faça, 
façamos, façais, façam; 
pretérito perfeito do indicativo: fiz, 
fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse, 
fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem; 
futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, 
fizermos, fizerdes, fizerem. 
Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e 
satisfazer. 
Os particípios desse verbo e seus derivados 
são irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, 
etc. 
Haver 
presente do indicativo: hei, hás, há, 
havemos, haveis, hão; 
presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, 
hajamos, hajais, hajam; 
pretérito perfeito do indicativo: houve, 
houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
houvera, houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, 
houveram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: 
houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos, 
houvésseis, houvessem; 
futuro do subjuntivo: houver, houveres, 
houver, houvermos, houverdes, houverem. 
Ir 
presente do indicativo: vou, vais, vai, 
vamos, ides, vão; 
presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, 
vades, vão; 
pretérito imperfeito do indicativo: ia, ias, 
ia, íamos, íeis, iam; 
pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, 
foi, fomos, fostes, foram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, 
fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem; 
futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, 
fordes, forem. 
Poder 
presente do indicativo: posso, podes, pode, 
podemos, podeis, podem; 
presente do subjuntivo: possa, possas, 
possa, possamos, possais, possam; 
pretérito perfeito do indicativo: pude, 
pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, 
puderam; 
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pretérito imperfeito do subjuntivo: 
pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, 
pudésseis, pudessem; 
futuro do subjuntivo: puder, puderes, 
puder, pudermos, puderdes, puderem. 
Pôr 
presente do indicativo: ponho, pões, põe, 
pomos, pondes, põem; 
presente do subjuntivo: ponha, ponhas, 
ponha, ponhamos, ponhais, ponham; 
pretérito imperfeito do indicativo: punha, 
punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham; 
pretérito perfeito do indicativo: pus, 
puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, 
puseram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: 
pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, 
pusésseis, pusessem; 
futuro do subjuntivo: puser, puseres, 
puser, pusermos, puserdes, puserem. 
Todos os derivados do verbo pôr seguem 
exatamente esse modelo: antepor, compor, 
contrapor, decompor, depor, descompor, dispor, 
expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, 
predispor, pressupor, propor, recompor, repor, 
sobrepor, supor, transpor são alguns deles. 
Querer 
presente do indicativo: quero, queres, 
quer, queremos, quereis, querem; 
presente do subjuntivo: queira, queiras, 
queira, queiramos, queirais, queiram; 
pretérito perfeito do indicativo: quis, 
quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, 
quiseram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo:quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, 
quisésseis, quisessem; 
futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, 
quiser, quisermos, quiserdes, quiserem; 
Saber 
presente do indicativo: sei, sabes, sabe, 
sabemos, sabeis, sabem; 
presente do subjuntivo: saiba, saibas, 
saiba, saibamos, saibais, saibam; 
pretérito perfeito do indicativo: soube, 
soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, 
souberam; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: 
soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, 
soubésseis, soubessem; 
futuro do subjuntivo: souber, souberes, 
souber, soubermos, souberdes, souberem. 
Ser 
presente do indicativo: sou, és, é, somos, 
sois, são; 
presente do subjuntivo: seja, sejas, seja, 
sejamos, sejais, sejam; 
pretérito imperfeito do indicativo: era, 
eras, era, éramos, éreis, eram; 
pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, 
foi, fomos, fostes, foram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, 
fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem; 
futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, 
fordes, forem. 
As segundas pessoas do imperativo 
afirmativo são: sê (tu) e sede (vós). 
Ter 
presente do indicativo: tenho, tens, tem, 
temos, tendes, têm; 
presente do subjuntivo: tenha, tenhas, 
tenha, tenhamos, tenhais, tenham; 
pretérito imperfeito do indicativo: tinha, 
tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham; 
pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste, 
teve, tivemos, tivestes, tiveram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: tivesse, 
tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem; 
futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver, 
tivermos, tiverdes, tiverem. 
Seguem esse modelo os verbos ater, conter, 
deter, entreter, manter, reter. 
Trazer 
presente do indicativo: trago, trazes, traz, 
trazemos, trazeis, trazem; 
presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, 
tragamos, tragais, tragam; 
pretérito perfeito do indicativo: trouxe, 
trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram; 
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pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, 
trouxéreis, trouxeram; 
futuro do presente: trarei, trarás, trará, 
etc.; 
futuro do pretérito: traria, trarias, traria, 
etc.; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: 
trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, 
trouxésseis, trouxessem; 
futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, 
trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem. 
Ver 
presente do indicativo: vejo, vês, vê, 
vemos, vedes, vêem; 
presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, 
vejamos, vejais, vejam; 
pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, 
viu, vimos, vistes, viram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
vira, viras, vira, víramos, víreis, viram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, 
visses, visse, víssemos, vísseis, vissem; 
futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, 
virdes, virem. 
Seguem esse modelo os derivados antever, 
entrever, prever, rever. Prover segue o modelo 
acima apenas no presente do indicativo e seus 
tempos derivados; nos demais tempos, comporta-
se como um verbo regular da segunda conjugação. 
Vir 
presente do indicativo: venho, vens, vem, 
vimos, vindes, vêm; 
presente do subjuntivo: venha, venhas, 
venha, venhamos, venhais, venham; 
pretérito imperfeito do indicativo: vinha, 
vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham; 
pretérito perfeito do indicativo: vim, 
vieste, veio, viemos, viestes, vieram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: 
viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, 
viessem; 
futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, 
viermos, vierdes, vierem; 
particípio e gerúndio: vindo. 
Seguem esse modelo os verbos advir, 
convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir. 
O emprego do infinitivo não obedece a 
regras bem definidas. 
O impessoal é usado em sentido genérico ou 
indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, o 
pessoal refere-se às pessoas do discurso, 
dependendo do contexto. Recomenda-se sempre o 
uso da forma pessoal se for necessário dar à frase 
maior clareza e ênfase. 
Usa-se o impessoal: 
sem referência a nenhum sujeito: É proibido 
fumar na sala; 
nas locuções verbais: Devemos avaliar a sua 
situação; 
quando o infinitivo exerce função de 
complemento de adjetivos: É um problema fácil de 
solucionar; 
quando o infinitivo possui valor de imperativo 
- Ele respondeu: "Marchar!" 
Usa-se o pessoal: 
quando o sujeito do infinitivo é diferente do 
sujeito da oração principal: Eu não te culpo por saíres 
daqui; 
quando, por meio de flexão, se quer realçar 
ou identificar a pessoa do sujeito: Foi um erro 
responderes dessa maneira; 
quando queremos determinar o sujeito (usa-
se a 3ª pessoa do plural): - Escutei baterem à porta. 
Exercícios 
1. A forma correta do verbo submeter-se, na 
1a. pessoa do plural do imperativo afirmativo é: 
a) submetamo-nos 
b) submeta-se 
c) submete-te 
d) submetei-vos 
2. __________ mesmo que és capaz de 
vencer; __________ e não __________ . 
a) Mostra a ti – decide-te – desanime 
b) Mostre a ti – decida-te – desanimes 
c) Mostra a ti – decida-te – desanimes 
d) Mostra a ti – decide-te – desanimes 
3. Depois que o sol se __________, haverão 
de __________ as atividades. 
a) pôr – suspender 
b) por – suspenderem 
c) puser – suspender 
d) puser – suspenderem 
4. Não se deixe dominar pela solidão. 
__________ a vida que há nas formas da natureza, 
__________ atenção à transbordante linguagem das 
coisas e __________ o mundo pelo qual transita 
distraído. 
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a) Descobre – presta – vê 
b) Descubra – presta – vê 
c) Descubra – preste – veja 
d) Descubra – presta – veja 
5. Se __________ a interferência do 
Ministro nos programas de televisão e se ele 
__________, não ocorreriam certos abusos. 
a) requerêssemos – interviesse 
b) requiséssemos – interviesse 
c) requerêssemos – intervisse 
d) requizéssemos – interviesse 
6. Se __________ o livro, não __________ 
com ele; __________ onde combinamos. 
a) reouveres – fiques – põe-no 
b) reouveres – fiques – põe-lo 
c) reaveres – fica – ponha-o 
d) reaveres fique – ponha-o 
7. Se eles __________ suas razões e 
__________ suas teses, não os __________ . 
a) expuserem – mantiverem – censura 
b) expuserem – mantiverem – censures 
c) exporem – manterem – censures 
d) exporem – manterem – censura 
8. Se o __________ por perto, 
__________; ele __________ o esforço construtivo 
de qualquer pessoa. 
a) veres – precavenha-se – obstrue 
b) vires – precavém-te – obstrui 
c) veres – acautela-te – obstrui 
d) vires – acautela-te – obstrui 
9. Se ele se __________ em sua 
exposição, __________ bem. Não te __________. 
a) deter – ouça-lhe – precipites 
b) deter – ouve-lhe – precipita 
c) detiver – ouve-o precipita 
d) detiver – ouve-o -precipites 
10. Os habitantes da ilha acreditam que, 
quando Jesus __________ e __________ todos em 
paz, haverá de abençoá-los. 
a) vier – os ver 
b) vir – os ver 
c) vier – os vir 
d) vier – lhes vir 
11. Os pais ainda __________ certos 
princípios, mas os filhos já não __________ neles e 
__________ de sua orientação. 
a) mantém – crêem – divergem 
b) mantêem – crêem – divergem 
c) mantêm – crêem – divergem 
d) mantém – crêem – divirgem 
12. Se todas as pessoas __________ boas 
relações e __________ as amizades, viveriam mais 
felizes. 
a) mantivessem – refizessem 
b) mantivessem– refazessem 
c) mantiverem – refizerem 
d) mantessem – refizessem 
13. __________ graves problemas que o 
__________, durante vários anos, no porto, e 
impediram que __________ , em tempo devido, sua 
promoção. 
a) sobreviram – deteram – requeresse 
b) sobreviram – detiveram – requisesse 
c) sobrevieram – detiveram – requisesse 
d) sobrevieram – detiveram – requeresse 
14. Eu não __________ a desobediência, 
embora ela me _________, portanto, não 
__________ comigo. 
a) premio – favoreça – contes 
b) premio – favorece – conta 
c) premio – favoreça – conta 
d) premeio – favoreça – contas 
15. Se ao menos ele __________ a confusão 
que aquilo ia dar! Mas não pensou, não se 
__________, e __________ na briga que não era 
sua. 
a) prevesse – continha – interveio 
b) previsse – conteve – interveio 
c) prevesse – continha – interviu 
d) previsse – conteve – interviu 
16. A locução verbal que constitui voz 
passiva analítica é: 
a) Vais fazer essa operação? 
b) Você teria realizado tal cirurgia? 
c) Realizou-se logo a intervenção. 
d) A operação foi realizada logo. 
17. O seguinte período apresenta uma forma 
verbal na voz passiva: “as pessoas comprometidas 
com a corrupção deveriam ser punidas de forma mais 
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rigorosa”. Qual a alternativa que apresenta a forma 
verbal ativa correspondente? 
a) deveria punir 
b) puniria 
c) puniriam 
d) deveriam punir 
18. A oração “o alarma tinha sido disparado 
pelo guarda” está na voz passiva. Assinale a 
alternativa que apresenta a forma verbal ativa 
correspondente. 
a) disparara 
b) fora disparado 
c) tinham disparado 
d) tinha disparado 
19. A oração “o engenheiro podia controlar 
todos os empregados da estação ferroviária” está 
na voz ativa. Assinale a forma verbal passiva 
correspondente. 
a) podiam ser controlados 
b) seriam controlados 
c) podia ser controlado 
d) controlavam-se 
20. Assinale a oração que não tem 
condições de ser transformada em passiva. 
a) As novelas substituíram os folhetins do 
passado 
b) O diretor reuniu para esta novela um 
elenco especial 
c) Alguns episódios estão mexendo com as 
emoções do público 
d) O autor extrai alguns detalhes do 
personagem de pessoas conhecidas 
* Instruções para as questões 
subsequentes: Passe a frase dada, se for ativa, 
para a voz passiva, e vice-versa. Assinale a 
alternativa que, feita a transformação, substitui 
corretamente a forma verbal grifada, sem que 
haja mudança de tempo e modo verbais. 
21. Não se faz mais nada como 
antigamente. 
a) é feito 
b) têm feito 
c) foi feito 
d) fazem 
22. Saí de lá com a certeza de que os livros 
me seriam enviados por ele, sem falta, na data 
marcada. 
a) iria enviar 
b) foram enviados 
c) enviará 
d) enviaria 
23. Em meio àquele tumulto, ele ia 
terminando o complicado trabalho. 
a) foi terminando 
b) foi sendo terminado 
c) foi terminado 
d) ia sendo terminado 
24. Seria bom que o projeto fosse submetido 
à apreciação da equipe, para que se retificassem 
possíveis falhas. 
a) submeteram – retifiquem 
b) submeter – retificar 
c) submetessem – retificassem 
d) se submetesse – retifiquem 
25. Se fôssemos ouvidos, muitos 
aborrecimentos seriam evitados. 
a) ouvíssemos – estaríamos 
b) formos ouvidos – serão evitados 
c) nos ouvissem – se evitariam 
d) nos ouvissem – evitariam 
GABARITO: 
1 A / 2 D / 3 C / 4 C / 5 A / 6 A / 7 B / 8 D / 9 
D / 10 C / 11 C / 12 A / 13 D / 14 A / 15 B / 16 D / 17 
D / 18 D / 19 A / 20 C / 21 D / 22 D / 23 D / 24 C / 25 
D 
ARTIGO 
Precede o substantivo para determiná-lo, 
mantendo com ele relação de concordância. Assim, 
qualquer expressão ou frase fica substantivada se for 
determinada por artigo (O 'conhece-te a ti mesmo' é 
conselho sábio). Em certos casos, serve para 
assinalar gênero e número (o/a colega, o/os ônibus). 
Os artigos podem ser classificado em: 
definido - o, a, os, as - um ser claramente 
determinado entre outros da mesma espécie; 
indefinido - um, uma, uns, umas - um ser 
qualquer entre outros de mesma espécie; 
Podem aparecer combinados com 
preposições (numa, do, à, entre outros). 
Quanto ao emprego do artigo: 
não é obrigatório seu uso diante da maioria 
dos substantivos, podendo ser substituído por outra 
palavra determinante ou nem usado (o rapaz ≠ este 
rapaz / Lera numa revista que mulher fica mais 
gripada que homem). Nesse sentido, convém omitir o 
uso do artigo em provérbios e máximas para manter 
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o sentido generalizante (Tempo é dinheiro / Dedico 
esse poema a homem ou a mulher?); 
não se deve usar artigo depois de cujo e 
suas flexões; 
outro, em sentido determinado, é precedido 
de artigo; caso contrário, dispensa-o (Fiquem dois 
aqui; os outros podem ir ≠ Uns estavam atentos; 
outros conversavam); 
não se usa artigo diante de expressões de 
tratamento iniciadas por possessivos, além das 
formas abreviadas frei, dom, são, expressões de 
origem estrangeira (Lord, Sir, Madame) e sóror ou 
sóror; 
é obrigatório o uso do artigo definido entre o 
numeral ambos (ambos os dois) e o substantivo a 
que se refere (ambos os cônjuges); 
diante do possessivo (função de adjetivo) o 
uso é facultativo; mas se o pronome for substantivo, 
torna-se obrigatório (os [seus] planos foram 
descobertos, mas os meus ainda estão em 
segredo); 
omite-se o artigo definido antes de nomes 
de parentesco precedidos de possessivo (A moça 
deixou a casa a sua tia); 
antes de nomes próprios personativos, não 
se deve utilizar artigo. O seu uso denota 
familiaridade, por isso é geralmente usado antes de 
apelidos. Os antropônimos são determinados pelo 
artigo se usados no plural (os Maias, Os Homeros); 
geralmente dispensado depois de cheirar a, 
saber a (= ter gosto a) e similares (cheirar a jasmim 
/ isto sabe a vinho); 
não se usa artigo diante das palavras casa 
(= lar, moradia), terra (= chão firme) e palácio a 
menos que essas palavras sejam especificadas 
(venho de casa / venho da casa paterna); 
na expressão uma hora, significando a 
primeira hora, o emprego é facultativo (era perto de 
/ da uma hora). Se for indicar hora exata, à uma 
hora (como qualquer expressão adverbial feminina); 
diante de alguns nomes de cidade não se 
usa artigo, a não ser que venham modificados por 
adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva 
(Aracaju, Sergipe, Curitiba, Roma, Atenas); 
usa-se artigo definido antes dos nomes de 
estados brasileiros. Como não se usa artigo nas 
denominações geográficas formadas por nomes ou 
adjetivos, excetuam-se AL, GO, MT, MG, PE, SC, 
SP e SE; 
expressões com palavras repetidas repelem 
artigo (gota a gota / face a face); 
não se combina com preposição o artigo 
que faz parte de nomes de jornais, revistas e obras 
literárias, bem como se o artigo introduzir sujeito (li 
em Os Lusíadas / Está na hora de a onça beber 
água); 
depois de todo, emprega-se o artigo para 
conferir idéia de totalidade (Toda a sociedade poderá 
participar / toda a cidade ≠ toda cidade). "Todos" 
exige artigo a não ser que seja substituído por outro 
determinante (todos os familiares / todos estes 
familiares); 
repete-se artigo: a) nas oposições entre 
pessoas e coisas (o rico e o pobre) / b) na 
qualificação antonímica do mesmo substantivo (o 
bom e o mau ladrão) / c) na distinção de gênero e 
número (o patrão e os operários / o genro e a nora); 
não se repete artigo: a) quando há sinonímia 
indicada pela explicativa ou (a botânica ou fitologia) / 
b) quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo 
(a clara, persuasiva e discreta exposição dos fatos 
nos abalou). 
NUMERAL: 
Numeral é a palavra que indica quantidade, 
número de ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se 
como cardinal(1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, 
terceiro), multiplicativo (dobro, duplo, triplo), 
fracionário (meio, metade, terço). Além desses, ainda 
há os numerais coletivos (dúzia, par). 
Quanto ao valor, os numerais podem 
apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se 
estiverem acompanhando e modificando um 
substantivo, terão valor adjetivo. Já se estiverem 
substituindo um substantivo e designando seres, 
terão valor substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a 
chegar. (valor adjetivo) / Ele será o primeiro desta 
vez. (valor substantivo)]. 
Quanto ao emprego: 
os ordinais como último, penúltimo, 
antepenúltimo, respectivos... não possuem cardinais 
correspondentes. 
os fracionários têm como forma própria meio, 
metade e terço, todas as outras representações de 
divisão correspondem aos ordinais ou aos cardinais 
seguidos da palavra avos (quarto, décimo, milésimo, 
quinze avos); 
designando séculos, reis, papas e capítulos, 
utiliza-se na leitura ordinal até décimo; a partir daí 
usam-se os cardinais. (Luís XIV - quatorze, Papa 
Paulo II - segundo); 
Se o numeral vier antes do substantivo, será 
obrigatório o ordinal (XX Bienal - vigésima, IV 
Semana de Cultura - quarta); 
zero e ambos(as) também são numerais 
cardinais. 14 apresenta duas formas por extenso 
catorze e quatorze; 
a forma milhar é masculina, portanto não 
existe "algumas milhares de pessoas" e sim alguns 
milhares de pessoas; 
alguns numerais coletivos: grosa (doze 
dúzias), lustro (período de cinco anos), 
sesquicentenário (150 anos); 
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um: numeral ou artigo? Nestes casos, a 
distinção é feita pelo contexto. 
Numeral indicando quantidade e artigo 
quando se opõe ao substantivo indicando-o de 
forma indefinida. 
Quanto à flexão, varia em gênero e 
número: 
variam em gênero: 
Cardinais: um, dois e os duzentos a 
novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e 
fracionários, quando expressam uma idéia adjetiva 
em relação ao substantivo. 
variam em número: 
Cardinais terminados em -ão; todos os 
ordinais; os multiplicativos, quando têm função 
adjetiva; os fracionários, dependendo do cardinal 
que os antecede. 
Os cardinais, quando substantivos, vão 
para o plural se terminarem por som vocálico (Tirei 
dois dez e três quatros). 
ADVÉRBIO: 
É a palavra que modifica o sentido do verbo 
(maioria), do adjetivo e do próprio advérbio 
(intensidade para essas duas classes). Denota em 
si mesma uma circunstância que determina sua 
classificação: 
lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, 
alhures; 
tempo: breve, cedo, já, agora, outrora, 
imediatamente, ainda; 
modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a 
maioria dos adv. com sufixo -mente; 
negação: não, qual nada, tampouco, 
absolutamente; 
dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, 
porventura, possivelmente; 
intensidade: muito, pouco, bastante, mais, 
meio, quão, demais, tão; 
afirmação: sim, certamente, deveras, com 
efeito, realmente, efetivamente. 
As palavras onde (de lugar), como (de 
modo), porque (de causa), quanto (classificação 
variável) e quando (de tempo), usadas em frases 
interrogativas diretas ou indiretas, são classificadas 
como advérbios interrogativos (queria saber onde 
todos dormirão / quando se realizou o concurso). 
Onde, quando, como, se empregados com 
antecedente em orações adjetivas são advérbios 
relativos (estava naquela rua onde passavam os 
ônibus / ele chegou na hora quando ela ia falar / 
não sei o modo como ele foi tratado aqui). 
As locuções adverbiais são geralmente 
constituídas de preposição + substantivo - à direita, 
à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente 
a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente, 
de vez em quando, em breve, em mão (em vez de 
"em mãos") etc. São classificadas, também, em 
função da circunstância que expressam. 
Quanto ao grau, apesar de pertencer à 
categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode 
apresentar variações de grau comparativo ou 
superlativo. 
Comparativo: 
igualdade - tão + advérbio + quanto 
superioridade - mais + advérbio + (do) que 
inferioridade - menos + advérbio + (do) que 
Superlativo: 
sintético - advérbio + sufixo (-íssimo) 
analítico - muito + advérbio. 
Bem e mal admitem grau comparativo de 
superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais 
bem e mais mal são usadas diante de particípios 
adjetivados. (Ele está mais bem informado do que 
eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem / 
mal (adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo). 
Quanto ao emprego: 
três advérbios pronominais indefinidos de 
lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e 
nenhures, substituídos por em algum, em outro e em 
nenhum lugar; 
na linguagem coloquial, o advérbio recebe 
sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume 
valor superlativo absoluto sintético (cedinho / 
pertinho). A repetição de um mesmo advérbio 
também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo); 
quando os advérbios terminados em -mente 
estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só 
no último (Falou rápida e pausadamente); 
muito e bastante podem aparecer como 
advérbio (invariável) ou pronome indefinido (variável - 
determina substantivo); 
otimamente e pessimamente são superlativos 
absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente; 
adjetivos adverbializados mantêm-se 
invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou 
claro). 
As palavras denotativas são séries de 
palavras que se assemelham ao advérbio. A Norma 
Gramatical Brasileira considera-as apenas como 
palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma 
das 10 classes gramaticais. Classificam-se em 
função da idéia que expressam: 
adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e 
ainda queria mais); 
afastamento: embora (Foi embora daqui); 
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afetividade: ainda bem, felizmente, 
infelizmente (Ainda bem que passei de ano); 
aproximação: quase, lá por, bem, uns, 
cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a pé); 
designação: eis (Eis nosso carro novo); 
exclusão: apesar, somente, só, salvo, 
unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, 
apenas etc. (Todos saíram, menos ela / Não me 
descontou sequer um real); 
explicação: isto é, por exemplo, a saber 
etc. (Li vários livros, a saber, os clássicos); 
inclusão: até, ainda, além disso, também, 
inclusive etc. (Eu também vou / Falta tudo, até 
água); 
limitação: só, somente, unicamente, 
apenas etc. (Apenas um me respondeu / Só ele 
veio à festa); 
realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque 
etc. (E você lá sabe essa questão?); 
retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou 
antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro); 
situação: então, mas, se, agora, afinal etc. 
(Afinal, quem perguntaria a ele?). 
PREPOSIÇÃO: 
É a palavra invariável que liga dois termos 
entre si, estabelecendo relação de subordinação 
entre o termo regente e o regido. São antepostos 
aos dependentes (objeto indireto, complemento 
nominal, adjuntos e orações subordinadas). Divide-
se em: 
essenciais (maioria das vezes são 
preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, 
desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, 
sobre, trás; 
acidentais (palavras de outras classes que 
podem exercer função de preposição): afora, 
conforme (= de acordo com), consoante, durante, 
exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= 
devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme 
a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio 
aquela taça / Mediante meios escusos, ele 
conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem). 
As preposições essenciais regem pronomes 
oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais 
regem as formas retas dos pronomes pessoais. 
(Falei sobre ti/Todos, exceto eu, vieram). 
As locuções prepositivas, em geral, sãoformadas de advérbio (ou locução adverbial) + 
preposição - abaixo de, acerca de, a fim de, além 
de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, 
de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, 
a par de, devido a. 
Observa-se que a última palavra da locução 
prepositiva é sempre uma preposição, enquanto a 
última palavra de uma locução adverbial nunca é 
preposição. 
Quanto ao emprego, as preposições 
podem ser usadas em: 
combinação: preposição + outra palavra sem 
perda fonética (ao/aos); 
contração: preposição + outra palavra com 
perda fonética (na/àquela); 
não se deve contrair de se o termo seguinte 
for sujeito (Está na hora de ele falar); 
a preposição após, pode funcionar como 
advérbio (= atrás) (Terminada a festa, saíram logo 
após.); 
trás, atualmente, só se usa em locuções 
adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás 
de). 
Quanto à diferença entre pronome pessoal 
oblíquo, preposição e artigo, deve-se observar que a 
preposição liga dois termos, sendo invariável, 
enquanto o pronome oblíquo substitui um 
substantivo. Já o artigo antecede o substantivo, 
determinando-o. 
As preposições podem estabelecer as 
seguintes relações: isoladamente, as preposições 
são palavras vazias de sentido, se bem que algumas 
contenham uma vaga noção de tempo e lugar. Nas 
frases, exprimem diversas relações: 
autoria - música de Caetano 
lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa 
tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em 
uma hora, viajei durante as férias 
modo ou conformidade - chegar aos gritos, 
votar em branco 
causa - tremer de frio, preso por vadiagem 
assunto - falar sobre política 
fim ou finalidade - vir em socorro, vir para 
ficar 
instrumento - escrever a lápis, ferir-se com a 
faca 
companhia - sair com amigos / meio - voltar 
a cavalo, viajar de ônibus 
matéria - anel de prata, pão com farinha 
posse - carro de João 
oposição - Flamengo contra Fluminense 
conteúdo - copo de (com) vinho 
preço - vender a (por) R$ 300, 00 
origem - descender de família humilde 
especialidade - formou-se em Medicina 
destino ou direção - ir a Roma, olhe para 
frente. 
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INTERJEIÇÃO: 
São palavras que expressam estados 
emocionais do falante, variando de acordo com o 
contexto emocional. Podem expressar: 
alegria - ah!, oh!, oba! 
advertência - cuidado!, atenção 
afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô! 
alívio - ufa!, arre! 
animação - coragem!, avante!, eia! 
aplauso - bravo!, bis!, mais um! 
chamamento - alô!, olá!, psit! 
desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui! 
espanto - puxa!, oh!, chi!, ué! 
impaciência - hum!, hem! 
silêncio - silêncio!, psiu!, quieto! 
São locuções interjetivas: puxa vida!, não 
diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz 
credo! 
CONJUNÇÃO: 
É a palavra que liga orações basicamente, 
estabelecendo entre elas alguma relação 
(subordinação ou coordenação). As conjunções 
classificam-se em: 
Coordenativas, aquelas que ligam duas 
orações independentes (coordenadas), ou dois 
termos que exercem a mesma função sintática 
dentro da oração. Apresentam cinco tipos: 
aditivas (adição): e, nem, mas também, 
como também, bem como, mas ainda; 
adversativas (adversidade, oposição): 
mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo 
contrário), não obstante, apesar disso; 
alternativas (alternância, exclusão, 
escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer; 
conclusivas (conclusão): logo, portanto, 
pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso; 
explicativas (justificação): - pois (antes do 
verbo), porque, que, porquanto. 
Subordinativas - ligam duas orações 
dependentes, subordinando uma à outra. 
Apresentam dez tipos: 
causais: porque, visto que, já que, uma vez 
que, como, desde que; 
Palavra que liga orações basicamente, 
estabelecendo entre elas alguma relação 
(subordinação ou coordenação). As conjunções 
classificam-se em: 
comparativas: como, (tal) qual, assim 
como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que; 
condicionais: se, caso, contanto que, desde 
que, salvo se, sem que (= se não), a menos que; 
consecutivas (conseqüência, resultado, 
efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. - 
indicadores de intensidade), de modo que, de 
maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que; 
conformativas (conformidade, adequação): 
conforme, segundo, consoante, como; 
concessiva: embora, conquanto, posto que, 
por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que; 
temporais: quando, enquanto, logo que, 
desde que, assim que, mal (= logo que), até que; 
finais - a fim de que, para que, que; 
proporcionais: à medida que, à proporção 
que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos); 
integrantes - que, se. 
As conjunções integrantes introduzem as 
orações subordinadas substantivas, enquanto as 
demais iniciam orações subordinadas adverbiais. 
Muitas vezes a função de interligar orações é 
desempenhada por locuções conjuntivas, advérbios 
ou pronomes. 
Exercícios 
1. A alternativa que apresenta classes de 
palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo 
advérbio são: 
a) adjetivo – advérbio – verbo. 
b) verbo – interjeição – conjunção. 
c) conjunção – numeral – adjetivo. 
d) adjetivo – verbo – interjeição. 
e) interjeição – advérbio – verbo. 
2. Das palavras abaixo, faz plural como 
“assombrações” 
a) perdão. 
b) bênção. 
c) alemão. 
d) cristão. 
e) capitão. 
3. Na oração “Ninguém está perdido se der 
amor…”, a palavra grifada pode ser classificada 
como: 
a) advérbio de modo. 
b) conjunção adversativa. 
c) advérbio de condição. 
d) conjunção condicional. 
e) preposição essencial. 
4. Marque a frase em que o termo destacado 
expressa circunstância de causa: 
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a) Quase morri de vergonha. 
b) Agi com calma. 
c) Os mudos falam com as mãos. 
d) Apesar do fracasso, ele insistiu. 
e) Aquela rua é demasiado estreita. 
5. “Enquanto punha o motor em 
movimento.” O verbo destacado encontra-se no: 
a) Presente do subjuntivo. 
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo. 
c) Presente do indicativo. 
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo. 
e) Pretérito imperfeito do indicativo. 
6. Aponte a opção em que muito é pronome 
indefinido: 
a) O soldado amarelo falava muito bem. 
b) Havia muito bichinho ruim. 
c) Fabiano era muito desconfiado. 
d) Fabiano vacilava muito para tomar 
decisão. 
e) Muito eficiente era o soldado amarelo. 
7 . A flexão do número incorreta é: 
a) tabelião – tabeliães. 
b) melão – melões 
c) ermitão – ermitões. 
d) chão – chãos. 
e) catalão – catalões. 
8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, 
identifique-o: 
a) pôr. 
b) adequar. 
c) copiar. 
d) reaver. 
e) brigar. 
9. A alternativa que não apresenta erro de 
flexão verbal no presente do indicativo é: 
a) reavejo (reaver). 
b) precavo (precaver). 
c) coloro (colorir). 
d) frijo (frigir). 
e) fedo (feder). 
10. A classe de palavras que é empregada 
para exprimir estados emotivos: 
a) adjetivo. 
b) interjeição. 
c) preposição. 
d) conjunção. 
e) advérbio. 
11. Todas as formas abaixo expressam um 
tamanho menor que o normal, exceto: 
a) saquitel. 
b) grânulo. 
c) radícula. 
d) marmita. 
e) óvulo. 
12. Em “Tem bocas que murmuram 
preces…”, a seqüência morfológica é: 
a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-
substantivo. 
b) verbo-substantivo-conjunção integrante-
verbo-substantivo. 
c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-
verbo-adjetivo. 
d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-
substantivo. 
e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-
substantivo. 
13. A alternativa que possui todos os 
substantivos corretamente colocados no plural é: 
a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-
vidas. 
b) tico-ticos/ bem-te-vis / joões-de-barro. 
c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-
roupas. 
d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas. 
e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor. 
14. “…os cipós que se emaranhavam…” . A 
palavra sublinhada é: 
a) conjunção explicativa. 
b) conjunção integrante. 
c) pronome relativo. 
d) advérbio interrogativo. 
e) preposição acidental. 
15. Indique a frase em que o verbo se 
encontra na 2ª pessoa do singular do imperativo 
afirmativo: 
a) Faça o trabalho. 
b) Acabe a lição. 
c) Mande a carta. 
d) Dize a verdade. 
e) Beba água filtrada. 
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16. Em “Escrever é alguma coisa 
extremamente forte, mas que pode me trair e me 
abandonar.”, as palavras grifadas podem ser 
classificadas como, respectivamente: 
a) pronome adjetivo – conjunção aditiva. 
b) pronome interrogativo – conjunção 
aditiva. 
c) pronome substantivo – conjunção 
alternativa. 
d) pronome adjetivo – conjunção 
adversativa. 
e) pronome interrogativo – conjunção 
alternativa. 
17. Marque o item em que a análise 
morfológica da palavra sublinhada não está correta: 
a) Ele dirige perigosamente – (advérbio). 
b) Nada foi feito para resolver a questão – 
(pronome indefinido). 
c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs 
– (verbo). 
d) A metade da classe já chegou – 
(numeral). 
e) Os jovens gostam de cantar música 
moderna – (verbo). 
18. Quanto à flexão de grau, o substantivo 
que difere dos demais é: 
a) viela. 
b) vilarejo. 
c) ratazana. 
d) ruela. 
e) sineta. 
19. Está errada a flexão verbal em: 
a) Eu intervim no caso. 
b) Requeri a pensão alimentícia. 
c) Quando eu ver a nova casa, aviso você 
d) Anseio por sua felicidade. 
e) Não pudeste falar. 
20. Das classes de palavra abaixo, as 
invariáveis são: 
a) interjeição – advérbio – pronome 
possessivo. 
b) numeral – substantivo – conjunção. 
c) artigo – pronome demonstrativo – 
substantivo. 
d) adjetivo – preposição – advérbio. 
e) conjunção – interjeição – preposição. 
21. Todos os verbos abaixo são defectivos, 
exceto: 
a) abolir. 
b) colorir. 
c) extorquir. 
d) falir. 
e) exprimir. 
22. O substantivo composto que está 
indevidamente escrito no plural é: 
a) mulas-sem-cabeça. 
b) cavalos-vapor. 
c) abaixos-assinados. 
d) quebra-mares. 
e) pães-de-ló. 
23. A alternativa que apresenta um 
substantivo invariável e um variável, 
respectivamente, é: 
a) vírus – revés. 
b) fênix – ourives. 
c) ananás – gás. 
d) oásis – alferes. 
e) faquir – álcool. 
24. “Paula mirou-se no espelho das águas”: 
Esta oração contém um verbo na voz: 
a) ativa. 
b) passiva analítica. 
c) passiva pronominal. 
d) reflexiva recíproca. 
e) reflexiva. 
25. O único substantivo que não é 
sobrecomum é: 
a) verdugo. 
b) manequim. 
c) pianista. 
d) criança. 
e) indivíduo. 
26. A alternativa que apresenta um verbo 
indevidamente flexionado no presente do subjuntivo 
é: 
a) vade. 
b) valham. 
c) meçais. 
d) pulais. 
e) caibamos. 
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27. A alternativa que apresenta uma flexão 
incorreta do verbo no imperativo é: 
a) dize. 
b) faz. 
c) crede. 
d) traze. 
e) acudi. 
28. A única forma que não corresponde a 
um particípio é: 
a) roto. 
b) nato. 
c) incluso. 
d) sepulto. 
e) impoluto. 
29. Na frase: “Apieda-te qualquer sandeu”, 
a palavra sandeu (idiota, imbecil) é um substantivo: 
a) comum, concreto e sobrecomum 
b) concreto, simples e comum de dois 
gêneros. 
c) simples, abstrato e feminino. 
d) comum, simples e masculino 
e) simples, abstrato e masculino. 
30. A alternativa em que não há erro de 
flexão do verbo é: 
a) Nós hemos de vencer. 
b) Deixa que eu coloro este desenho. 
c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu 
carro. 
d) Eu reavi o meu caderno que estava 
perdido. 
e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito 
tempo! 
31. Em “Imaginou-o, assim caído…” a 
palavra destacada, morfologicamente e 
sintaticamente, é: 
a) artigo e adjunto adnominal. 
b) artigo e objeto direto. 
c) pronome oblíquo e objeto direto. 
d) pronome oblíquo e adjunto adnominal. 
e) pronome oblíquo e objeto indireto. 
32. O item em que temos um adjetivo em 
grau superlativo absoluto é: 
a) Está chovendo bastante. 
b) Ele é um bom funcionário. 
c) João Brandão é mais dedicado que o 
vigia. 
d) Sou o funcionário mais dedicado da 
repartição. 
e) João Brandão foi tremendamente inocente. 
33. A alternativa em que o verbo abolir está 
incorretamente flexionado é: 
a) Tu abolirás. 
b) Nós aboliremos. 
c) Aboli vós. 
d) Eu abolo. 
e) Eles aboliram. 
34. A alternativa em que o verbo “precaver” 
está corretamente flexionado é: 
a) Eu precavejo. 
b) Precavê tu. 
c) Que ele precavenha. 
d) Eles precavêm. 
e) Ela precaveu. 
35. A única alternativa em que as palavras 
são, respectivamente, substantivo abstrato, adjetivo 
biforme e preposição acidental é: 
a) beijo-alegre-durante 
b) remédio-inteligente-perante 
c) feiúra-lúdico-segundo 
d) ar-parco-por 
e) dor-veloz-consoante 
GABARITO 
1 A / 2 A / 3 D / 4 A / 5 E / 6 B / 7 E / 8 E / 9 D 
/ 10 B / 11 D / 12 A / 13 B / 14 C / 15 D / 16 D / 17 C / 
18 C / 19 C / 20 E / 21 E / 22 C / 23 A / 24 E / 25 C / 
26 D / 27 B / 28 D / 29 D / 30 E / 31 C / 32 E / 33 D / 
34 E / 35 C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FRASE E ORAÇÃO 
Frase 
é todo o enunciado linguístico que tem 
sentido completo e termina com uma pausa 
pontuada. Não é necessário haver verbo para a 
formação de uma frase quando o que foi enunciado 
tem sentido completo. 
Exemplos: 
• Silêncio! 
• E agora, José? 
• Choveu. 
• Não sei o que dizer ... 
As frases são marcadas por entonação que, 
na escrita, ocorrem com o recurso dos sinais de 
pontuação. Sem a pontuação, as palavras são 
apenas vocábulos. 
Oração 
A oração é o enunciado que se organiza em 
torno de um verbo ou de uma locução verbal. As 
orações podem ou não ter sentido completo. 
Exemplos: 
• Acabamos, finalmente! 
• Levaram tudo. 
• É provável. 
• Estamos indo ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERMOS DA ORAÇÃO 
Termos Essenciais da Oração 
As orações são estruturadas em torno de um 
sujeito e de um predicado que, juntos, são 
denominados termos essenciais da oração. 
Os termos essenciais da oração são o 
sujeito e o predicado. É em torno desses dois 
elementos que as orações são estruturadas. 
O elemento a quem se declara algo é 
denominado sujeito. Na estrutura da oração, o sujeito 
é o elemento que estabelece a concordância com o 
verbo. Por sua vez, o predicado é tudo aquilo que se 
diz sobre o sujeito. 
Para fixar! 
Sujeito = o ser sobre o qual se declara 
alguma coisa. 
Predicado = o que se declara sobre o sujeito. 
Na oração, sujeito e predicado funcionam 
assim: 
Exemplo 1: 
As ruas são intransitáveis. 
Sujeito: as ruas 
Verbo: são 
Predicado: são intransitáveis (este é um 
predicado nominal e abaixo você vai entender o 
porquê!) 
Exemplo 2: 
Os alunos chegaram atrasados novamente. 
Sujeito: os alunos 
Verbo: chegaram 
Predicado: chegaram atrasados novamente 
Sujeito 
Núcleo do sujeito 
Núcleo do sujeito é a palavra com carga mais 
significativa em torno do sujeito. Quando o sujeito é 
formado por mais de uma palavra, há sempre uma 
com maior importância semântica. 
Exemplo: 
O garoto logo percebeu a festa que o 
esperava. 
Sujeito: O garoto 
Núcleo do sujeito: garoto 
Predicado: logo percebeu a festa que o 
esperava 
O núcleo do sujeito pode ser expresso por 
substantivo, pronome substantivo, numeral 
substantivo ou qualquer palavra substantivada.LÍNGUA PORTUGUESA 
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Exemplo de substantivo: 
A casa foi fechada para reforma. 
Sujeito: A casa 
Núcleo do sujeito: casa 
Predicado: foi fechada para reforma. 
Exemplo de pronome substantivo: 
Eles não gostam de carne vermelha. 
Sujeito: Eles 
Núcleo do sujeito: Eles 
Predicado: não gostam de carne vermelha. 
Exemplo de numeral substantivo: 
Três excede. 
Sujeito: Três 
Núcleo do sujeito: Três 
Predicado: excede. 
Exemplo de palavra substantivada: 
Um oi foi expresso rapidamente. 
Sujeito: Um oi 
Núcleo do sujeito: oi 
Predicado: foi expresso rapidamente. 
Tipos de sujeito 
O sujeito pode ser determinado (simples, 
composto, oculto), indeterminado ou inexistente. 
Sujeito simples 
Quando possui um só núcleo. Ocorre 
quando o verbo se refere a um só substantivo ou 
um só pronome, ou um só numeral, ou a uma só 
palavra substantivada. 
Exemplo: 
O desenho em nanquim será sempre uma 
expressão admirada. 
Sujeito: O desenho em nanquim 
Núcleo: desenho 
Predicado: será sempre uma expressão 
admirada. 
Sujeito composto 
Com mais de um núcleo. As orações com 
sujeito composto são compostas por mais de um 
pronome, mais de um numeral, mais de uma 
palavra ou expressão substantivada ou mais de 
uma oração substantivada. 
Exemplo: 
Cristina, Marina e Bianca fazem balé no 
Teatro Municipal. 
Sujeito: Cristina, Marina e Bianca 
Núcleo: Cristina, Marina, Bianca 
Predicado: fazem balé no Teatro Municipal. 
Sujeito oculto 
Ocorre quando o sujeito não está 
materialmente expresso na oração, mas pode ser 
identificado pela desinência verbal ou pelo período 
contíguo. 
Também é chamado de sujeito elíptico, 
desinencial ou implícito. 
Exemplo: 
Estávamos à espera do ônibus. 
Sujeito oculto: nós 
Desinência verbal: estávamos 
Sujeito indeterminado 
O sujeito indeterminado ocorre quando não 
se refere a um elemento identificado de maneira 
clara. É observado em três casos: 
quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, 
sem que o contexto permita identificar o sujeito; 
quando um verbo está na 3.ª pessoa do 
singular acompanhado do pronome (se); 
quando o verbo está no infinitivo pessoal. 
Sujeito inexistente 
A oração sem sujeito ocorre quando a 
informação veiculada pelo predicado está centrada 
em um verbo impessoal. Por isso, não há relação 
entre sujeito e verbo. 
Exemplo: 
Choveu muito em Manaus. 
Predicado: Choveu muito em Manaus 
Predicado 
O predicado pode ser verbal, nominal ou 
verbo-nominal. 
Predicado Verbal 
O predicado verbal ocorre quando o núcleo 
da informação veiculada pelo predicado está contido 
em um verbo significativo que pode ser transitivo ou 
intransitivo. Nesse caso, a informação sobre o sujeito 
está contida nos verbos. 
Exemplo: 
O entregador chegou. 
Predicado verbal: chegou. 
Predicado Nominal 
O predicado nominal é formado por um verbo 
de ligação + predicativo do sujeito. 
Exemplo: 
O entregador está atrasado. 
Predicado nominal: está atrasado. 
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Predicado Verbo-nominal 
O predicado verbo-nominal apresenta dois 
núcleos: o verbo transitivo ou intransitivo + o 
predicativo do sujeito ou predicativo do objeto. 
Exemplo: 
A menina chegou ofegante à ginástica. 
Sujeito: A menina 
Predicado verbo-nominal: chegou 
ofegante à ginástica. 
Termos Constituintes da Oração 
Os termos constituintes da oração são as 
palavras que compõem ou estruturam os discursos 
linguísticos. São classificados em: 
Termos essenciais (sujeito e predicado) 
Termos integrantes (complementos 
verbais, complemento nominal e agente da passiva) 
Termos acessórios (adjunto adverbial, 
adjunto adnominal, aposto e vocativo) 
Termos Essenciais da Oração 
O nome já indica que não há oração sem a 
existência do sujeito e do predicado, vistos que 
correspondem aos termos essenciais da construção 
frasal. 
Sujeito 
O sujeito é a pessoa responsável pela 
ação, ou seja, é o termo o qual se declara ou 
enuncia algo. 
Tipos de Sujeito 
Os sujeitos são classificados em: 
Sujeito Simples: formado por um único 
núcleo, por exemplo: Maria andava na praia. (um 
sujeito responsável pela ação) 
Sujeito Composto: formado por dois ou 
mais núcleos, por exemplo: Maria, João e Manuel 
foram fazer compras. (três sujeitos que compõem a 
ação) 
Sujeito Oculto: também chamado de 
"sujeito elíptico ou desinencial", o sujeito oculto não 
aparece declarado na frase, porém existe uma 
pessoa que desenvolve a ação, por exemplo: Fui 
comprar óleo para fritar as batatas. (Segundo a 
conjugação verbal, fica fácil determinar qual pessoa 
é responsável por aquela ação, nesse caso, “eu” fui 
comprar óleo para fritar as batatas.) 
Sujeito Indeterminado: nesse caso não é 
possível determinar o sujeito da ação. Ocorre 
geralmente nas orações que apresentam verbos na 
3ª pessoa do plural sem referência ao elemento 
anterior, por exemplo: Fizeram acusações sobre 
você; ou nas orações compostas por verbos na 3ª 
pessoa do singular + partícula “se” (índice de 
indeterminação do sujeito), por exemplo: Acredita-se 
na conscientização da população. 
Sujeito Inexistente: são chamadas de 
“orações sem sujeito”, uma vez que não há qualquer 
elemento ao qual o predicado se refere. Esse tipo de 
sujeito pode ocorrer nas frases que apresentem 
verbos impessoais, ou seja, o “verbo haver” com 
significado de existir, acontecer e indicando o tempo 
passado, por exemplo, Houve muitos comentários; o 
“verbo ser” indicando tempo (horas, datas, etc.) e 
distâncias, por exemplo, São três horas; ou nas 
orações que possuam “verbos indicativos” de 
fenômenos da natureza (chover, nevar, garoar, 
entardecer, anoitecer, etc.), por exemplo, Chuviscou 
o dia todo. 
Predicado 
O predicado corresponde às informações 
sobre o sujeito os quais concordam com ele em 
número (singular ou plural) e pessoa (eu, tu, ele, nos, 
vós, eles). Em outras palavras, o predicado é o termo 
que se refere ao sujeito constituído de verbos e 
complementos. 
Entenda a relação entre Sujeito e Predicado. 
Tipos de Predicado 
Os predicados são classificados em: 
Predicado Nominal: orações formadas por 
verbos de ligação (indicam estado), donde o núcleo 
corresponde a um nome (predicativo do sujeito), por 
exemplo: As pessoas permanecem caladas. Note 
que o predicativo do sujeito designa o termo 
responsável por exprimir o estado ou modo de ser do 
sujeito, de modo que destaca uma característica ou 
atributo do sujeito. 
Predicado Verbal: expressa ação, sendo o 
núcleo um verbo que podem ser: transitivo direto 
(VTD), transitivo indireto (VTI), transitivo direto e 
indireto (VTDI) ou intransitivo (VI), por exemplo: 
Luana viajou (verbo intransitivo), A menina gosta de 
vestidos novos (verbo transitivo indireto). 
Predicado Verbo-Nominal: Nesse caso, o 
predicado é formado por dois núcleos, ou seja, um 
nome e um verbo, por exemplo: A menina chegou 
atrasada na escola (o verbo “chegar” com o 
predicativo “atrasada” uma vez que refere-se e 
complemente diretamente o sujeito “menina”, sendo, 
portanto, predicativo do sujeito). 
Termos Integrantes da Oração 
Os termos integrantes complementam os 
termos essenciais da oração (sujeito e predicado), 
são eles: os complementos verbais, ou seja, o 
objeto direto e indireto, o complemento nominal e o 
agente da passiva, embora alguns estudiosos 
classifiquem o agente da passiva como um termo 
acessório. 
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Complemento Verbal 
Os complementos verbais constituintes da 
oração são classificados em: 
Objeto Direto: termo não regido por 
preposição o qual completa o sentidodo verbo 
transitivo direto (VTD); pode ser trocado por o, as, 
os, as, por exemplo: Bianca esperava o namorado. 
Objeto Indireto: termo regido por 
preposição o qual completa o sentido do verbo 
transitivo direto (VTI), por exemplo: Marcela gosta 
de chocolates. 
Complemento Nominal 
O complemento nominal corresponde aos 
termos que complementam os nomes por meio de 
preposição, que podem ser substantivos, adjetivos 
e advérbios, por exemplo: Joana tem orgulho do 
filho. 
Agente da Passiva 
Termo utilizado para determinar o 
praticante da ação na voz verbal passiva, donde o 
sujeito é denominado “paciente”, ou seja, recebe a 
ação expressa pelo verbo. 
Geralmente são acompanhados por 
preposição (por, pelo ou de), por exemplo: A casa 
foi arrumada pelo filho (agente da passiva). 
Termos Acessórios da Oração 
Termos que apresentam função 
secundária na construção das orações, posto que 
são utilizados em determinados contextos sendo 
dispensáveis em outros. 
Os termos acessórios possuem a função de 
determinar os substantivos exprimindo 
circunstâncias, são eles: adjunto adverbial, adjunto 
adnominal, aposto e vocativo. 
Adjunto Adverbial 
O Adjunto Adverbial corresponde ao termo 
que se refere ao verbo, ao adjetivo e ao advérbio. 
São classificados em: modo, tempo, 
intensidade, negação, afirmação, dúvida, finalidade, 
matéria, lugar, meio, concessão, argumento, 
companhia, causa, assunto, instrumento, fenômeno 
da natureza, paladar, sentimento, preço, oposição, 
acréscimo, condição, por exemplo: 
Felizmente a noiva chegou (adjunto 
adverbial de modo). 
Adjunto Adnominal 
O adjunto adnominal é o termo que indica o 
agente da ação, de forma que caracteriza, modifica, 
determina ou qualifica o nome ao qual se refere 
(substantivo); por exemplo: As duas crianças 
pequenas brincaram. 
Aposto 
O aposto é o termo encarregado de explicar 
ou detalhar melhor o nome ao qual se refere, por 
exemplo: Brasília, capital do Brasil, foi construída 
na década de 60. 
Vocativo 
Termo independente da oração (não se 
relaciona com o sujeito ou predicado) que indica o 
“chamamento” ou a “invocação” de uma pessoa ou 
de um ser (interlocutor), sendo isolado por vírgulas, 
por exemplo: Pessoal, vamos para a festa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Concordância nominal é que o ajuste que 
fazemos aos demais termos da oração para que 
concordem em gênero e número com o substantivo. 
Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o 
numeral e o pronome. Além disso, temos também o 
verbo, que se flexionará à sua maneira. 
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral 
e o pronome concordam em gênero e número com 
o substantivo. 
- A pequena criança é uma gracinha. 
- O garoto que encontrei era muito gentil e 
simpático. 
Casos especiais: Veremos alguns casos 
que fogem à regra geral mostrada acima. 
a) Um adjetivo após vários substantivos 
1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo 
vai para o plural ou concorda com o substantivo 
mais próximo. 
- Irmão e primo recém-chegado estiveram 
aqui. 
- Irmão e primo recém-chegados estiveram 
aqui. 
2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai 
para o plural masculino ou concorda com o 
substantivo mais próximo. 
- Ela tem pai e mãe louros. 
- Ela tem pai e mãe loura. 
3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai 
obrigatoriamente para o plural. 
- O homem e o menino estavam perdidos. 
- O homem e sua esposa estiveram 
hospedados aqui. 
b) Um adjetivo anteposto a vários 
substantivos 
1 - Adjetivo anteposto normalmente 
concorda com o mais próximo. 
Comi delicioso almoço e sobremesa. 
Provei deliciosa fruta e suco. 
2 - Adjetivo anteposto funcionando como 
predicativo: concorda com o mais próximo ou vai 
para o plural. 
Estavam feridos o pai e os filhos. 
Estava ferido o pai e os filhos. 
c) Um substantivo e mais de um adjetivo 
1- antecede todos os adjetivos com um 
artigo. Falava fluentemente a língua inglesa e a 
espanhola. 
2- coloca o substantivo no plural. 
Falava fluentemente as línguas inglesa e 
espanhola. 
d) Pronomes de tratamento 
- sempre concordam com a 3ª pessoa. 
Vossa Santidade esteve no Brasil. 
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado 
- Concordam com o substantivo a que se 
referem. 
As cartas estão anexas. 
A bebida está inclusa. Precisamos de nomes 
róprios. Obrigado, disse o rapaz. 
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) 
- Após essas expressões o substantivo fica 
sempre no singular e o adjetivo no plural. 
Renato advogou um e outro caso fáceis. 
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o 
peixe. 
g) É bom, é necessário, é proibido 
- Essas expressões não variam se o sujeito 
não vier precedido de artigo ou outro determinante. 
Canja é bom. / A canja é boa. 
É necessário sua presença. / É necessária a 
sua presença. 
É proibido entrada de pessoas não 
autorizadas. / A entrada é proibida. 
h) Muito, pouco, caro 
1- Como adjetivos: seguem a regra geral. 
Comi muitas frutas durante a viagem. 
Pouco arroz é suficiente para mim. 
Os sapatos estavam caros. 
2- Como advérbios: são invariáveis. Comi 
muito durante a viagem. 
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. Comprei 
caro os sapatos. 
i) Mesmo, bastante 
1- Como advérbios: invariáveis 
Preciso mesmo da sua ajuda. 
Fiquei bastante contente com a proposta de 
emprego. 
2- Como pronomes: seguem a regra geral. 
Seus argumentos foram bastantes para me 
convencer. 
Os mesmos argumentos que eu usei, você 
copiou. 
 
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j) Menos, alerta 
- Em todas as ocasiões são invariáveis. 
Preciso de menos comida para perder peso. 
Estamos alerta para com suas chamadas. 
k) Tal Qual 
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” 
concorda com o consequente. 
As garotas são vaidosas tais qual a tia. 
Os pais vieram fantasiados tais quais os 
filhos. 
l) Possível 
1- Quando vem acompanhado de “mais”, 
“menos”, “melhor” 
ou “pior”, acompanha o artigo que precede 
as expressões. 
A mais possível das alternativas é a que 
você expôs. 
Os melhores cargos possíveis estão neste 
setor da empresa. 
As piores situações possíveis são 
encontradas nas favelas da cidade. 
m) Meio 
1- Como advérbio: invariável. Estou meio 
(um pouco) insegura. 
2- Como numeral: segue a regra geral. 
Comi meia (metade) laranja pela manhã. 
n) Só 
1- apenas, somente (advérbio): invariável. 
Só consegui comprar uma passagem. 
2- sozinho (adjetivo): variável. Estiveram 
sós durante horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA, 
PARONÍMIA 
SINONÍMIA 
A sinonímia lexical é uma relação entre dois 
itens onde ocorre uma identidade de significação. 
Ex.: Levar / conduzir; subir / elevar; limpar / 
purificar; lento / lerdo; liso / plano; rápido / ligeiro / 
ágil / lépido; medroso / temeroso; áspero / rude / 
tosco / grosseiro. 
Antônio Houaiss a define como sendo uma 
“relação de sentido entre dois vocábulos que têm 
significação muito próxima, permitindo que um seja 
escolhido pelo outro em alguns contextos, sem 
alterar o sentido literal da sentença como um todo”. 
Mattoso Câmara acrescenta que tal relação 
pode-se estabelecer entre “dois ou mais termos” e 
que este “é um fato essencialmente sincrônico, pois 
diz respeito à significação dos termos num estado 
linguístico dado”. 
Segundo ele, a significação da palavra é o 
conjunto dos contextos linguísticos em que esta 
pode ocorrer, logo é impossível encontrar dois 
sinônimos perfeitos. Palavras consideradas 
sinônimas sempre passam por algum tipo de 
especificação, seja de sentido ou de uso, que irá 
determinar a escolha do locutor. A escolha é uma 
procura pela “palavra exata”, uma vez que duas 
expressões não são igualmente adequadas a um 
determinado fim. 
São antigos os argumentos contra a 
existência de sinônimos perfeitos, que fariam com 
que existissem duas línguas em uma mesma 
língua. Na maioria dos sinônimos há uma ideia 
geral, que é comum a todos, e ideias especiais que 
os especificam. Porém, há palavras que são 
realmente equivalentes, que apenas se diferenciam 
pela forma, por questões sociais ou geográficas, 
conforme “tangerina / mexerica”. Logo, existem 
sinônimos perfeitos. 
Nos caso de sinônimos “imperfeitos” – 
aqueles que contêm algum traço de diferenciador - 
a escolha vocabular pode se dar a partir da 
exigência de um campo semântico, especificado 
pelo contexto; ou da preocupação do locutor em 
respeitar determinado nível de fala; ou, ainda, para 
acrescentar juízo à informação. Por exemplo, 
percebe-se nos vocábulos “lento” e “lerdo” que foi 
acrescido a este último um juízo pejorativo. 
 
 
 
 
ANTONÍMIA 
Antônio Houaiss define antonímia como 
sendo uma “relação de sentido que opõe dois 
termos”. Segundo ele, esta oposição pode se dar sob 
a forma de uma gradação (grande / pequeno; jovem / 
velho), ou numa reciprocidade (comprar / vender, 
perguntar / responder), ou, ainda, numa 
complementaridade (ele não é casado / ele é 
solteiro). 
Mattoso Câmara, recorrendo à morfologia, 
opta por fazer uma abordagem da antonímia sob três 
aspectos diferentes: 
1. palavras de radicais diferentes; 
ex.: bom / mau; 
2. palavras de uma mesma raiz, numa das 
quais um prefixo negativo cria oposição com a raiz da 
outra, negando-lhe o semantema; 
ex.: feliz / infeliz; 
3. palavras de mesma raiz que se opõem 
pelos prefixos de significação contrária; 
ex.: excluir / incluir. 
Diz-se que um café está “amargo”, em 
oposição a doce. Às laranjas que não estão doces, 
diz-se que estão “azedas”. A água dos rios é – a 
princípio – insípida, porém, em oposição à água 
salgada do mar, se diz que os rios têm água “doce”. 
Logo, a aplicabilidade de alguns adjetivos se dá a 
partir da relação com o seu antônimo. No caso da 
palavra “doce”, tem-se como antônimo “amargo” ou 
“azedo” ou “salgado”, de acordo com o contexto em 
que esta ocorre. 
HOMONÍMIA 
Antônio Houaiss define a homonímia como 
sendo uma “relação entre formas linguísticas que, 
com significados diferentes, têm a mesma forma 
gráfica e fônica ou apenas fônica”. 
Na definição dada por Manoel P. Ribeiro, 
consta que a forma gráfica das palavras homônimas 
não é necessariamente a mesma: “vocábulos que, 
geralmente, se pronunciam da mesma forma, mas 
cujo sentido e, às vezes, a ortografia são diferentes”. 
O mesmo autor apresenta duas distinções 
para os homônimos quanto às grafias: Os que 
possuem pronúncia e grafia iguais, classificam-se 
como homônimos perfeitos: lima (ferramenta) / lima 
(fruta). Os que são iguais na pronúncia, mas 
diferentes na grafia, chamam-se homônimos 
homófonos: seção / cessão / sessão; apreçar (fazer o 
preço) / apressar (acelerar). 
Porém, Mattoso Câmara nega a existência de 
homônimos homófonos, como em colher (verbo) e 
colher (substantivo), apoiando-se no argumento de 
que há uma diferença fonológica nesses casos. No 
exemplo dado, o primeiro vocábulo apresenta vogal 
fechada e, o segundo, vogal aberta. 
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A definição dada por Mattoso Câmara 
acrescenta às dos demais autores estudados que a 
homonímia é a “propriedade de duas ou mais 
formas inteiramente distintas, pela significação ou 
função, terem a mesma estrutura fonológica”. 
Para ele, a homonímia se diferencia da 
polissemia pela maneira como os morfemas 
aparecem nos vocábulos e os vocábulos nas 
sentenças. Quando a distribuição for diferente, tem-
se a homonímia. Quando for igual, tem-se a 
polissemia. Por exemplo, canto (substantivo) / canto 
(verbo) são homônimos, uma vez que nos padrões 
das sentenças se distribuem de maneira diferente: 
Um canto alegre / Canto alegremente. 
PARONÍMIA 
Diante dos enunciados que seguem, 
analisemos: 
A pessoa que estava ao seu lado 
demonstrou ser um cavalheiro. 
A carreata seguiu adiante acompanhada 
dos cavaleiros trajados a rigor. 
Constatamos a presença de dois vocábulos 
que se mostram semelhantes, tanto no som quanto 
na grafia. Entretanto, quando analisadas de modo 
contextual, retratam significados divergentes, haja 
vista que na primeira oração o sentido se refere a 
uma atitude cordial, educada. Já na segunda, o 
sentido se atém a um determinado grupo que, 
supostamente, saiu em cavalgada rumo a um 
determinado lugar. 
Mediante tal ocorrência, deparamo-nos com 
uma particularidade linguística, ora caracterizada 
pela paronímia – relacionada à Semântica – 
estabelecendo uma estreita relação com o 
significado das palavras de acordo com o contexto 
em que se inserem. Não somente os casos 
evidenciados acima, mas também tantos outros 
representam a classe a qual denominamos de 
parônimos. Vejamos a seguir uma relação destes: 
 
CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO 
A linguagem é o maior instrumento de 
interação entre sujeitos socialmente organizados. 
Isso porque ela possibilita a troca de ideias, a 
circulação de saberes e faz intermediação entre 
todas as formas de relação humanas. 
Quando queremos nos expressar 
verbalmente, seja de maneira oral (fala), seja na 
forma escrita, recorremos às palavras, expressões e 
enunciados de uma língua, os quais atuam em dois 
planos de sentido distintos: o denotativo, que é o 
sentido literal da palavra, expressão ou enunciado, 
e o conotativo, que é o sentido figurado da 
palavra, expressão ou enunciado. 
Vejamos mais detalhadamente cada um 
deles: 
DENOTAÇÃO 
Quando a linguagem está no sentido 
denotativo, significa que ela está sendo utilizada em 
seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o 
significado básico das palavras, expressões e 
enunciados de umalíngua. Em outras palavras, o 
sentido denotativo é o sentido real, dicionarizado 
das palavras. 
De maneira geral, o sentido denotativo é 
utilizado na produção de textos que tenham função 
referencial, cujo objetivo é transmitir informações, 
argumentar, orientar a respeito de diversos assuntos, 
como é o caso da reportagem, editorial, artigo de 
opinião, resenha, artigo científico, ata, 
memorando, receita, manual de instrução, bula de 
remédios, entre outros. 
Nesses gêneros discursivos textuais, as 
palavras são utilizadas para fazer referência a 
conceitos, fatos, ações em seu sentido literal. 
Exemplos: 
• A professora pediu aos alunos que 
pegassem o caderno de Geografia. 
• A polícia capturou os três detentos que 
haviam fugido da penitenciária de Santa Cruz do 
Céu. 
• O hibisco é uma planta que pode ser 
utilizada tanto para ornamentação de jardins quanto 
para a fabricação de chás terapêuticos a partir das 
suas flores. 
• Amor: forte afeição por outra pessoa, 
nascida de laços de consanguinidade ou de relações 
sociais. 
CONOTAÇÃO 
Quando a linguagem está no sentido 
conotativo, significa que ela está sendo utilizada em 
seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas 
palavras, expressões ou enunciados ganham um 
novo significado em situações e contextos 
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particulares de uso. O sentido conotativo modifica 
o sentido denotativo (literal) das palavras e 
expressões, ressignificando-as. 
De maneira geral, é possível encontrarmos 
o uso da linguagem conotativa nos gêneros 
discursivos textuais primários, ou seja, nos 
diálogos informais do cotidiano. 
Entretanto, são nos textos secundários, ou 
seja, aqueles mais elaborados, como os literários e 
publicitários, que a linguagem conotativa aparece 
com maior expressividade. 
A utilização da linguagem conotativa nos 
gêneros discursivos literários e publicitários 
ocorre para que se possa atribuir mais 
expressividade às palavras, enunciados e 
expressões, causando diferentes efeitos de 
sentido nos leitores/ouvintes. 
Exemplo: 
Leia um trecho do poema Amor é fogo que 
arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e 
observe a maneira como o poeta define a 
palavra/sentimento 'amor' utilizando linguagem 
conotativa: 
Amor é fogo que arde sem se ver 
Amor é fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói, e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer. 
É um não querer mais que bem querer; 
É um andar solitário entre a gente; 
É nunca contentar-se de contente; 
É um cuidar que se ganha em se perder. 
É querer estar preso por vontade; 
É servir a quem vence, o vencedor; 
É ter com quem nos mata, lealdade. 
Mas como causar pode seu favor 
Nos corações humanos amizade, 
Se tão contrário a si é o mesmo Amor? 
(Luís Vaz de Camões, séc. XVI) 
 
 
 
 
 
 
FIGURAS DE SINTAXE, DE 
PENSAMENTO E DE LINGUAGEM 
FIGURAS DE SINTAXE 
As Figuras de Sintaxe ou Figuras de 
Construção correspondem a um grupo das figuras de 
linguagem - ao lado das figuras de pensamento, 
figuras de palavras e figuras de som. 
São utilizadas para modificar um período, ou 
seja, interferem na estrutura gramatical da frase, com 
o intuito de oferecer maior expressividade ao texto. 
Assim, as figuras de sintaxe operam de 
diversas maneiras na frase, seja na inversão, 
repetição ou na omissão dos termos. 
Elipse 
A elipse é a omissão de um ou mais termos, 
os quais não foram expressos anteriormente no 
discurso, entretanto, que são facilmente identificáveis 
pelo interlocutor (receptor). 
Exemplo: Estávamos felizes com o resultado 
dos exames. (Neste caso, a conjugação do verbo 
“estávamos”, propõe o termo oculto “nós”.) 
Zeugma 
A zeugma é um tipo de elipse, uma vez que 
há omissão de um ou mais termos na oração, sendo 
um recurso utilizado para evitar a repetição de 
verbo ou substantivo. 
Exemplo: Fabiana comeu maçã, eu (comi) 
pera. 
Hipérbato ou Inversão 
O hipérbato é caraterizado pela inversão da 
ordem direta dos termos da oração, segundo a 
construção sintática usual da língua (sujeito + 
predicado + complemento). 
Exemplo: Triste estava Manuela. (Neste 
caso, o estado do sujeito surge antes do nome 
“Manuela”, que na construção sintática usual seria: 
Manuela estava triste). 
Silepse 
Na silepse há concordância da ideia e não do 
termo utilizado. São classificadas em: 
Silepse de Gênero, quando ocorre 
discordância entre os gêneros (feminino e 
masculino); 
Silepse de Número, quando ocorre 
discordância entre o singular e o plural; 
Silepse de Pessoa, quando ocorre 
discordância entre o sujeito, que aparece na terceira 
pessoa, e o verbo, que surge na primeira pessoa do 
plural. 
Exemplos: 
São Paulo é suja. (silepse de gênero) 
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Um bando (singular) de mulheres (plural) 
gritavam assustadas. (silepse de número) 
Todos os atletas (terceira pessoa) estamos 
(primeira pessoa do plural) preparados para o jogo. 
(silepse de pessoa) 
Assíndeto 
Síndeto corresponde a uma conjunção 
coordenativa utilizada para unir termos nas orações 
coordenadas. Feita essa observação, a figura de 
pensamento assíndeto é caracterizada pela 
ausência de conjunções. 
Exemplo: Daiana comprou uvas para 
comer, (e) limões para fazer suco. 
Polissíndeto 
Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é 
caracterizado pela repetição da conjunção 
coordenativa (conectivo). 
Exemplo: Dolores brigava, e gritava, e 
falava. 
Anáfora 
A anáfora é a repetição de termos no 
começo das frases, muito utilizada pelos 
escritores na construção dos versos a fim de dar 
maior ênfase à ideia. 
Exemplo: Se eu amasse, se eu chorasse, 
se eu perdoasse. (A repetição do termo “se” 
enfatiza a condicionalidade que o emissor do 
discurso quer propor). 
Anacoluto 
O anacoluto altera a sequência lógica da 
estrutura da frase por meio de uma pausa no 
discurso. 
Exemplo: Esses políticos de hoje, não se 
pode confiar. (Numa sequência lógica, teríamos: 
“Esses políticos de hoje não são confiáveis” ou Não 
se pode confiar nesses políticos de hoje.) 
Pleonasmo 
Repetição enfática ou redundância de um 
termo que soa “desnecessário” no discurso, o qual 
pode ser utilizado intencionalmente (pleonasmo 
literário) como figura de linguagem, ou por 
desconhecimento das normas gramaticais 
(pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de 
linguagem. 
Exemplo: A noite escura da Amazônia. 
(Note que a noite já pressupõe escuridão.) 
 
 
 
 
 
FIGURAS DE PENSAMENTO 
As Figuras de Pensamento fazem parte de 
um dos grupos das figuras de linguagem, ao lado das 
figuras de palavras, das figuras de sintaxe e das 
figuras de som. 
Utilizadas para produzir maior expressividade 
à comunicação, as figuras de pensamento trabalham 
com a combinação de ideias, pensamentos. 
Gradação ou Clímax 
Na gradação os termos da frase são fruto de 
hierarquia (ordem crescente ou decrescente) 
Exemplo: As pessoas chegaram à festa, 
sentaram, comeram e dançaram. 
Neste caso, a gradação vai ao encontro com 
o clímax, ou seja, o encadeamento dos verbos se faz 
na ordem crescente, e por isso trata-se de uma 
gradação crescente: chegaram, sentaram, comeram 
e dançaram. 
Por outro lado, se a gradação é decrescente, 
é denominada de “anticlímax”, por exemplo: Estava 
longe, hoje perto, agora aqui. 
Prosopopeia ou Personificação 
Consiste na atribuição de ações, 
sentimentos ou qualidades humanas a objetos, 
seres irracionais ou outras coisas inanimadas. 
Exemplo: O vento suspirou essa manhã. 
(Nesta frase sabemos que o vento é algo inanimado 
que não suspira, sendo esta uma “qualidade 
humana”.) 
Eufemismo 
Atenua o sentido das palavras, suavizando 
as expressões do discurso. 
Exemplo: Ele foi para o céu. (Nestecaso, a 
expressão “para a céu”, ameniza o discurso real: ele 
morreu.) 
Hipérbole ou Auxese 
A hipérbole é uma figura de linguagem 
baseada no exagero intencional do locutor, isto é, 
expressa uma ideia de forma exagerada. 
Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa 
tarde. (Sabemos que a pessoa tinha o intuito de 
enfatizar que ligou muitas vezes, entretanto, não 
chegou a 1 milhão, num pequeno espaço de tempo, 
ou seja, durante uma tarde.) 
Litote 
Assemelha-se ao eufemismo, uma vez que 
atenua a ideia do enunciado mediante a negação do 
contrário, sendo portanto, a figura de linguagem que 
se opõe à hipérbole. 
Exemplo: Aquela bolsa não é cara (Pela 
expressão, podemos concluir que o locutor enfatizou 
que a bolsa é barata, ou seja, a negação do 
contrário: não é cara.) 
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Antítese 
Corresponde à aproximação de palavras 
contrárias, que têm sentidos opostos. 
Exemplo: O ódio e a amor andam de 
mãos dadas. (Neste caso, o termo “ódio” está 
utilizado ao lado de seu termo “oposto” na frase: 
amor.) 
Paradoxo ou Oxímoro 
Diferente da antítese, que opõem palavras, 
o paradoxo corresponde ao uso de ideias 
contrárias, aparentemente absurdas. 
Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. 
(Neste caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e 
tristeza (mata) para a pessoa.) 
Ironia 
Produz um efeito contrário com intenção 
sarcástica, maliciosa e/ou de crítica, uma vez que 
as palavras são utilizadas em sentido diverso ou 
oposto. 
Exemplo: Ele é um santinho mesmo! 
(Dependendo do discurso dos falantes fica claro 
que a palavra “santinho”, foi utilizada em sentido 
oposto, ou seja, não tem nada de santo, é 
malcriado.) 
Apóstrofe 
Caracterizam as expressões de 
chamamento ou apelo, função que se assemelha 
ao vocativo. 
Exemplo: Ó Deus! Ó Céus! Porque não 
me ligou? (O chamamento utilizado antes, enfatiza 
a indignação do locutor com a falta do telefonema.) 
FIGURAS DE LINGUAGEM 
Figuras de Linguagem são recursos 
estilísticos usados para dar maior ênfase à 
comunicação e torná-la mais bonita. 
Elas são classificadas em 
Figuras de palavras ou semânticas 
Figuras de pensamento 
Figuras de sintaxe ou construção 
Figuras de som ou harmonia 
Figuras de Palavras 
Metáfora 
Comparação de palavras com significados 
diferentes e cujo termo comparativo fica 
subentendido na frase. 
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A 
vida é como uma nuvem que voa.) 
 
Comparação 
Comparação explícita. Ao contrário da 
metáfora, neste caso são utilizados conectivos de 
comparação (como, assim, tal qual). 
Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas. 
 
Metonímia 
Transposição de significados considerando 
parte pelo todo, autor pela obra. 
Exemplo: Costumava ler Shakespeare. 
(Costumava ler as obras de Shakespeare.) 
 
Catacrese 
Emprego impróprio de uma palavra por não 
existir outra mais específica. 
Exemplo: Embarcou há pouco no avião. 
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, 
mas como não há um termo específico para o avião, 
embarcar é o utilizado. 
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Sinestesia 
Associação de sensações por órgãos de 
sentidos diferentes. 
Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que 
não gostava mais da namorada. 
A frieza está associada ao tato e não à visão. 
 
Perífrase 
Substituição de uma ou mais palavras por 
outra que a identifique. 
Exemplo: O rugido do rei das selvas é 
ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido 
do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.) 
"Terra da Garoa" substitui "cidade de São Paulo" 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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LETRA E FONEMA 
Fonema e letra 
1) O fonema não deve ser confundido com 
a letra. Na língua escrita, representamos os 
fonemas por meio de sinais chamados letras. 
Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. 
Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa 
o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra s 
representa o fonema /z/ (lê-se zê). 
2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser 
representado por mais de uma letra do alfabeto. É o 
caso do fonema /z/, que pode ser representado 
pelas letras z, s, x. Exemplos: 
Zebra 
Casamento 
exílio 
3) Em alguns casos, a mesma letra pode 
representar mais de um fonema. A letra x, por 
exemplo, pode representar: 
- o fonema sê: texto 
- o fonema zê: exibir 
- o fonema chê: enxame 
- o grupo de sons ks: táxi 
4) O número de letras nem sempre coincide 
com o número de fonemas. 
Exemplos: 
tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: 
t ó x i c 
o 
 
1 2 3 4 5 6 
7 
1 2 3 4 
5 6 
galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: 
g a l h 
o 
 
1 2 3 4 
 
1 2 3 4 
5 
5) As letras m e n, em determinadas 
palavras, não representam fonemas. Observe os 
exemplos: 
Compra 
conta 
Nessas palavras, m e n indicam a 
nasalização das vogais que as antecedem. 
Veja ainda: 
nave: o /n/ é um fonema; 
dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, 
representado na escrita pelas letras a e n. 
6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não 
representa fonema. Exemplos: 
hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e 
 
1 2 3 
 
1 2 3 4 
Letras e fonemas apresentam conceitos 
distintos, letra é representação gráfica do fonema; já 
o fonema é a representação sonora. 
Fonologia é a parte da Gramática que 
estuda o fonema. 
Fonema é a unidade mínima sonora que é 
capaz de estabelecer diferenciação entre um 
vocábulo e outro. 
Ex: bola / bota. 
Como se vê a diferenciação entre as duas 
palavras acima é marcada pelos fonemas /l/ e /t/. 
Fonemas e letras apresentam conceitos 
distintos: 
- fonema é a representação sonora; 
- letra é a representação gráfica do 
fonema; 
- sílaba é um conjunto de fonemas 
transmitidos num só impulso. 
Numa palavra, nem sempre há o mesmo 
númerode letras e fonemas. 
A palavra táxi, por exemplo, possui: 
- quatro letras (t-á-x-i) 
- cinco fonemas (t-á-k-s-i) 
A palavra hora possui: 
- quatro letras (h-o-r-a) 
- três fonemas (o-r-a) 
Na palavra canta temos: 
-cinco letras (c-a-n-t-a) 
-quatro fonemas (c-ã-t-a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Para que servem os sinais de 
pontuação? No geral, para representar pausas na 
fala, nos casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula; 
ou entonações, nos casos do ponto de exclamação 
e de interrogação, por exemplo. 
Além de pausa na fala e entonação da voz, 
os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, 
nossas emoções, intenções e anseios. 
Vejamos aqui alguns empregos: 
1. Vírgula (,) 
É usada para: 
a) separar termos que possuem mesma 
função sintática na oração: 
O menino berrou, chorou, esperneou e, 
enfim, dormiu. 
Nessa oração, a vírgula separa os verbos. 
b) isolar o vocativo: 
Então, minha cara, não há mais o que se 
dizer! 
c) isolar o aposto: 
O João, ex-integrante da comissão, veio 
assistir à reunião. 
d) isolar termos antecipados, como 
complemento ou adjunto: 
1. Uma vontade indescritível de beber água, 
eu senti quando olhei para aquele copo suado! 
(antecipação de complemento verbal) 
2. Nada se fez, naquele momento, para que 
pudéssemos sair! (antecipação de adjunto 
adverbial) 
e) separar expressões explicativas, 
conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por 
exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, 
assim, etc. 
f) separar os nomes dos locais de datas: 
Brasília, 30 de janeiro de 2009. 
g) isolar orações adjetivas explicativas: O 
filme, que você indicou para mim, é muito mais do 
que esperava. 
A vírgula entre orações 
É utilizada nas seguintes situações: 
a) separar as orações subordinadas 
adjetivas explicativas. 
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas 
lembranças, mora no Rio de Janeiro. 
b) separar as orações coordenadas 
sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela 
conjunção e ). 
Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e 
saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi 
aprovado no exame. 
Há três casos em que se usa a vírgula antes 
da conjunção: 
1) quando as orações coordenadas tiverem 
sujeitos diferentes. 
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os 
pobres, cada vez mais pobres. 
2) quando a conjunção e vier repetida com a 
finalidade de dar ênfase (polissíndeto). 
Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 
3) quando a conjunção e assumir valores 
distintos que não seja da adição (adversidade, 
consequência, por exemplo) 
Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim 
não foi aprovada. 
c) separar orações subordinadas adverbiais 
(desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se 
estiverem antepostas à oração principal. 
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, 
curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo 
apresentou o gancho."(O selvagem - José de 
Alencar) 
d) separar as orações intercaladas. 
Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes 
contentamentos em a estar plantando..." 
Essas orações poderão ter suas vírgulas 
substituídas por duplo travessão. 
Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes 
contentamentos em a estar plantando..." 
e) separar as orações substantivas 
antepostas à principal. 
Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei. 
2. Pontos 
2.1 - Ponto-final (.) 
É usado ao final de frases para indicar uma 
pausa total: 
a) Não quero dizer nada. 
b) Eu amo minha família. 
E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., 
adj., obs. 
2.2 - Ponto de Interrogação (?) 
O ponto de interrogação é usado para: 
a) Formular perguntas diretas: 
Você quer ir conosco ao cinema? 
Desejam participar da festa de 
confraternização? 
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b) Para indicar surpresa, expressar 
indignação ou atitude de expectativa diante de uma 
determinada situação: 
O quê? não acredito que você tenha feito 
isso! (atitude de indignação) 
Não esperava que fosse receber tantos 
elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa) 
 Qual será a minha colocação no resultado 
do concurso? Será a mesma que imagino? 
(expectativa) 
2. 3 – Ponto de Exclamação (!) 
Esse sinal de pontuação é utilizado nas 
seguintes circunstâncias: 
a) Depois de frases que expressem 
sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, 
surpresa, súplica, ordem, horror, espanto: 
Iremos viajar! (entusiasmo) 
Foi ele o vencedor! (surpresa) 
Por favor, não me deixe aqui! (súplica) 
Que horror! Não esperava tal atitude. 
(espanto) 
Seja rápido! (ordem) 
b) Depois de vocativos e algumas 
interjeições: 
Ui! que susto você me deu. (interjeição) 
Foi você mesmo, garoto! (vocativo) 
c) Nas frases que exprimem desejo: 
Oh, Deus, ajude-me! 
Observações dignas de nota: 
* Quando a intenção comunicativa 
expressar, ao mesmo tempo, questionamento e 
admiração, o uso dos pontos de interrogação e 
exclamação é permitido. Observe: 
Que que eu posso fazer agora?! 
* Quando se deseja intensificar ainda mais 
a admiração ou qualquer outro sentimento, não há 
problema algum em repetir o ponto de exclamação 
ou interrogação. Note: 
Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o 
filho em perigo. 
3. Ponto e vírgula (;) 
É usado para: 
a) separar itens enumerados: 
A Matemática se divide em: 
- geometria; 
- álgebra; 
- trigonometria; 
- financeira. 
b) separar um período que já se encontra 
dividido por vírgulas: 
Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, 
sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com 
seu cão. 
4. Dois-pontos (:) 
É usado quando: 
a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma 
fala: 
Ele respondeu: não, muito obrigado! 
b) se quer indicar uma enumeração: 
Quero lhe dizer algumas coisas: não 
converse com pessoas estranhas, não brigue com 
seus colegas e não responda à professora. 
5. Aspas (“”) 
São usadas para indicar: 
a) citação de alguém: “A ordem para fechar a 
prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda 
na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 
bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta 
Capital on-line, 30/01/09) 
b) expressões estrangeiras, neologismos, 
gírias: Nada pode com a propaganda de “outdoor”. 
6. Reticências (...) 
São usadas para indicar supressão de um 
trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao 
que se estava falando: 
a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa, 
O bem que neste mundo mais invejo? 
O brando ninho aonde o nosso beijo 
Será mais puro e doce que uma asa? (...) 
b) E então, veio um sentimento de alegria, 
paz, felicidade... 
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal... 
7. Parênteses ( ) 
São usados quando se quer explicar melhor 
algo que foi dito ou para fazer simples indicações. 
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois 
saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o 
predomínio de vírgulas). 
8. Travessão (–) 
O travessão é indicado para: 
a) Indicar a mudança de interlocutor em um 
diálogo: 
- Quais ideias você tem para revelar? 
- Não sei se serão bem-vindas. 
- Não importa, o fato é que assim você estará 
contribuindo para a elaboração deste projeto. 
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b) Separar orações intercaladas, 
desempenhando as funções da vírgula e dos 
parênteses: 
Precisamos acreditar sempre – disse o 
aluno confiante – que tudo irá dar certo. 
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada 
– pois pode ser arriscado. 
c) Colocar em evidência uma frase, 
expressão ou palavra: 
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da 
classe – uma pessoa bastante esforçada. 
Gostaria de parabenizar a pessoaque está 
discursando – meu melhor amigo. 
EXERCÍCIOS DE PONTUAÇÃO 
01. Assinale a opção que substitui 
corretamente os números por vírgulas. 
Para concluir (1) já que estamos falando em 
futuro (2) importa ressaltar que (3) o futuro não 
acontece espontaneamente (4) nem é mero fruto da 
tecnologia. 
a) 1 – 2 – 3 - 4 
b) 1 – 2 – 3 
c) 1 – 2 – 4 
d) 2 – 4 
e) 3 – 4 
02. O segmento do texto que mostra um 
equívoco do editor do texto no emprego da vírgula 
é: 
a) “... a realidade do Judiciário e a 
necessidade de sua reforma foram, nos últimos 
meses, deformados...”; 
b) “...distribuição de Justiça em nosso 
Estado e vê-la reconhecida, senão por todos, ao 
menos pela maioria...”; 
c) “Recente pesquisa da OAB, mostrou que 
55% da população mal conhece o Judiciário.”; 
d) “De resto, temos à disposição diversos 
mecanismos endógenos, eficazes, de controle...”; 
e) “...o pior de todos, com exceção dos 
outros...”. 
03. “Ao lado, o filho, de 7 ou 8 anos, não 
cessava de atormentá-lo...”; as vírgulas que 
envolvem o segmento sublinhado: 
a) marcam um adjunto adverbial deslocado; 
b) indicam a presença de uma oração 
intercalada; 
c) mostram que há uma quebra da ordem 
direta da frase; 
d) estão usadas erradamente porque 
separam o sujeito do verbo; 
e) assinalam a presença de um aposto. 
04. “Vamos, por um momento que seja, cair 
na real...”; a regra abaixo que justifica o emprego das 
vírgulas nesse segmento do texto é: 
a) separar elementos que exercem a mesma 
função sintática; 
b) isolar o aposto; 
c) isolar o adjunto adnominal antecipado; 
d) indicar a supressão de uma palavra; 
e) marcar a intercalação de elementos. 
05. Ele não costuma esquentar a vitrine por 
muito tempo. 
Alterando a ordem do trecho destacado, a 
pontuação correta fica: 
a) Ele não costuma, por muito tempo, 
esquentar a vitrine. 
b) Ele não costuma, por muito tempo 
esquentar a vitrine. 
c) Ele não costuma por muito tempo, 
esquentar a vitrine. 
d) Ele não costuma por, muito tempo, 
esquentar a vitrine. 
e) Ele não costuma por muito tempo 
esquentar a vitrine. 
06. Na frase – O apresentador disse: tem 
certeza de que a resposta é essa? – os dois pontos 
foram usados para: 
a) introduzir a fala do interlocutor. 
b) apresentar um ponto de vista. 
c) expressar uma opinião. 
d) suscitar uma afirmação. 
e) provocar uma intimidação. 
07. O segmento “A cada início de ano, é 
costume renovar esperanças e fortalecer confianças 
em relação ao futuro. Tempo de limpar gavetas, fazer 
faxinas e vestir cores que – acreditam muitos – 
ajudem a realizar antigos desejos e aspirações.” 
aparece entre travessões porque: 
a) marca urna opinião do autor do texto sobre 
o conteúdo veiculado; 
b) indica uma explicação de algum segmento 
anterior; 
c) assinala a necessidade de completar um 
pensamento suspenso; 
d) mostra a presença de um termo 
intercalado; 
e) dá destaque a uma expressão usada em 
sentido diverso do usual. 
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08. “O recurso à palavra pomposa, o 
palavrão bonito da moda, é sintomático da velha 
doença brasileira da retórica”.. 
As vírgulas foram usadas no fragmento 
para: 
a) desfazer possível má interpretação. 
b) indicar a elipse de um verbo. 
c) intercalar o vocativo. 
d) separar o aposto do termo fundamental. 
e) assinalar o deslocamento de um termo. 
09. “Depois de muita briga, o tema era 
„democraticamente imposto‟.” 
No período acima, as aspas têm por 
função: 
a) indicar que a expressão foge ao nível de 
linguagem em que o texto foi elaborado. 
b) evidenciar a intransigência típica de 
algumas pessoas. 
c) destacar a relação irônica estabelecida 
entre termos semanticamente opostos. 
d) sugerir que, mesmo na democracia, 
ocorre autoritarismo. 
10. No período “Era fascinante, e ela sentia 
nojo”. O uso da vírgula: 
I. enfatiza semanticamente cada oração. 
II. decorre de uma relação de alternância 
entre as duas orações. 
III. justifica-se por separar orações 
coordenadas com sujeitos diferentes. 
A análise das assertivas nos permite 
afirmar corretamente que: 
a) apenas I é verdadeira. 
b) apenas II é verdadeira. 
c) I e II são verdadeiras. 
d) II e III são verdadeiras. 
e) I e III são verdadeiras. 
11. Considere os períodos I, II e III, 
pontuados de duas maneiras diferentes. 
I. Ouvi dizer de certa cantora que era um 
elefante que engolira um rouxinol / Ouvi dizer de 
certa cantora, que era um elefante, que engolira um 
rouxinol. 
II. A versão apresentada à imprensa é 
evidentemente falsa / A versão apresentada à 
imprensa é, evidentemente, falsa. 
III. Os freios do Buick guincham nas rodas e 
os pneumáticos deslizam rente à calçada / Os freios 
do Buick guincham nas rodas, e os pneumáticos 
deslizam rente à calçada. 
Com pontuação diferente ocorre alteração de 
sentido somente em: 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) II e III. 
12. "Diz um conhecido provérbio nos países 
orientais que para se caminhar mil milhas é preciso 
dar o primeiro passo." O texto está corretamente 
pontuado em: 
a) Diz um conhecido provérbio, nos países 
orientais, que para se caminhar mil milhas, é preciso 
dar o primeiro passo. 
b) Diz um conhecido provérbio nos países 
orientais, que, para se caminhar mil milhas é preciso, 
dar o primeiro passo. 
c) Diz um conhecido provérbio nos países 
orientais, que para se caminhar mil milhas, é preciso 
dar o primeiro passo. 
d) Diz um conhecido provérbio, nos países 
orientais, que, para se caminhar mil milhas, é preciso 
dar o primeiro passo. 
e) Diz, um conhecido provérbio nos países 
orientais, que para se caminhar mil milhas, é preciso 
dar o primeiro passo. 
13. Assinalar a alternativa cujo período 
dispensa o uso de vírgula: 
a) Nesse trabalho ficou patente a 
competência dos jovens frente à nova situação. 
b) O autor busca um meio capaz de gerar um 
conjunto potencialmente infinito de formas com suas 
propriedades típicas. 
c) Apreensivo ora se voltava para a janela 
ora examinava o documento. 
d) Suas palavras embora gentis continham 
um fundo de ironia. 
e) Tudo isto é muito válido mas tem seus 
inconvenientes. 
14. Assinale O PAR de frases que apresenta 
falha(s), na pontuação. 
a) 1. As mulheres, dizem as feministas, 
aperfeiçoam os homens. 2. A voz de Gilka, está cheia 
de acentos nunca dantes escutados. 
b) 1. Nada, nos másculos versos de 
Francisca Júlia denuncia, a mulher. 2. Em TRÊS 
MARIAS, o esmagamento do personagem é mais 
contundente. 
c) 1. Em 1980, a autora, sai de cena, 
discretamente, como sempre viveu. 2. Agora, na 
residência deles, falou da viagem das irmãs. 
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d) 1. A garota, sentia-se como única 
responsável pela caçula. 2. O olhar, iluminava sua 
face, com um sorriso doce. 
e) 1. Menina, venha cá. Vamos nadar? 2. 
Durante 10 anos, o governo holandês ocupou a 
ilha. 
15. Identifique a alternativa em que se 
corrige a má estruturação do texto a seguir: 
"Ele chegou cansado do trabalho. 
Parecendo mesmo desanimado. Assistindo à 
televisão a família não o notou." 
a) Uma vez chegado do trabalho, cansado, 
parecia até mesmo desanimado. A família não o 
notou enquanto assistia à televisão. 
b) Tendo chegado do trabalho cansado, 
parecia mesmo desanimado. A família assistia à 
televisão. Não o notaram. 
c) Desde que chegou cansado do trabalho, 
parecia mesmo desanimado. Como assistisse à 
televisão, a família não o notou. 
d) Chegou cansado do trabalho, parecendo 
mesmo desanimado. A família, que assistia à 
televisão, nem o notou. 
e) Parecia mesmo desanimado, porque 
chegava do trabalho cansado. Enquanto que a 
família nem o notara, assistindo à televisão. 
16. Em "ACORDEI PENSANDO EM RIOS – 
QUE DÃO SEMPRE UM TOQUE FEMININOA 
QUALQUER CIDADE – E ME DIZENDO QUE O 
ÚNICO POSSÍVEL DEFEITO DO RIO DE JANEIRO 
É NÃO TER UM RIO." o autor usou o travessão 
para: 
a) ligar grupos de palavras. 
b) iniciar diálogo. 
c) substituir parênteses. 
d) destacar um aposto. 
e) destacar um adjunto adnominal 
explicativo. 
17. Considere os períodos I, II e III, 
pontuados de duas maneiras diferentes. 
I. Pedro, o gerente do banco ligou e deixou 
um recado. 
 Pedro, o gerente do banco, ligou e deixou 
um recado. 
II. De repente perceberam que estavam 
brigando à toa. 
De repente, perceberam que estavam 
brigando à toa. 
III. Os doces visivelmente deteriorados 
foram postos na lixeira. 
 Os doces, visivelmente deteriorados, foram 
postos na lixeira. 
Com a alteração da pontuação, houve 
mudança de sentido SOMENTE em 
a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
GABARITO 
 
1. C 2. C 3. E 4. E 5. A 
6. D 7. D 8. D 9. C 10. E 
11. D 12. D 13. B 14. D 15. D 
16. E 17. D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATUALIDADES 
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1. Tópicos relevantes e atuais 
relativos à área de saúde, tais como: 
políticas de saúde, investimentos em 
saúde, educação em saúde, 
segurança em saúde, uso da 
tecnologia em saúde, energia, 
endemias, epidemias e pandemias. 
 
 
POLÍTICAS DE SAÚDE 
 
Governo reativa políticas de saúde nos 
primeiros 100 dias 
 
A queda das coberturas vacinais, o 
subfinanciamento do Sistema Único de Saúde e o 
represamento nas filas de cirurgias eletivas foram 
alguns dos problemas diagnosticados pelo grupo de 
transição que mapeou as prioridades na saúde do 
país para o início do novo governo. Ao fazer um 
balanço dos 100 dias da posse de Luiz Inácio Lula 
da Silva como presidente da República e de Nísia 
Trindade Lima assumir o Ministério da Saúde, a 
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) 
e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) veem 
avanços e acertos nos primeiros passos, mas 
apontam um longo caminho para reverter perdas 
dos últimos anos. Em entrevista á Agência Brasil, 
representantes das duas entidades ressaltam que o 
governo tem concentrado esforços na reconstrução 
de políticas que estavam enfraquecidas. 
O presidente do Conselho Nacional de 
Saúde, Fernando Pigatto, destaca a reaproximação 
do Ministério da Saúde com o conselho, que é a 
principal instância de controle social das políticas 
públicas de saúde no país. Ele foi convidado a 
integrar o grupo de trabalho temático sobre saúde 
da transição de governo e o primeiro escalão do 
ministério voltou a participar de reuniões do 
colegiado, no qual tem assento ao lado de 
representantes da sociedade civil. 
―A ministra, o secretário executivo e todas as 
secretárias e secretários estiveram na reunião 
ordinária do conselho, que acontece todo mês, 
coisa que não acontecia no governo anterior. A 
interlocução era muito difícil. E, muito pelo 
contrário, tudo aquilo que o conselho indicava não 
era levado em consideração. E o Ministério da 
Saúde fazia questão de tirar financiamento, fazer 
enfrentamentos ao conselho e tentar desgastar o 
Conselho Nacional de Saúde‖, compara Pigatto, 
que representa a Confederação Nacional de 
Associações de Moradores no CNS. ―As ações dos 
primeiros 100 dias são ações que, como o próprio 
presidente Lula falou, têm sido para reintroduzir 
programas e fortalecer políticas públicas que foram 
abandonadas e sofreram retrocesso no último 
período. Nossa avaliação é positiva‖. 
1.1 Credibilidade 
O vice-presidente da Abrasco, o médico 
sanitarista Rômulo Paes de Sousa, vê como muito 
importante a recuperação da credibilidade do 
Ministério da Saúde como autoridade sanitária 
nacional, posição que ele avalia que ficou muito 
prejudicada no governo passado. 
―Isso não é pouca coisa. Em uma pandemia, o 
governo federal perdeu a credibilidade porque não 
era previsível, porque não sustentava sua narrativa 
no conhecimento científico, era errático e tinha uma 
ação desagregadora em relação aos outros entes 
responsáveis pela operacionalização do SUS. Essa 
recuperação da credibilidade do serviço público na 
área da saúde foi uma primeira contribuição dessa 
gestão para a área da saúde, mas também para o 
serviço público brasileiro como um todo‖, afirma Paes 
de Sousa, que também é pesquisador da Fundação 
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e epidemiologista. ―As várias 
iniciativas que o ministério tomou em relação, por 
exemplo, à crise com os yanomami, às questões 
referentes às filas para cirurgias eletivas, ao 
movimento de vacinação, e à reorganização do Mais 
Médicos, são conjuntos de iniciativas que são 
restituidoras no sentido de que a agenda de políticas 
públicas possa responder às necessidades da 
população‖. 
A Abrasco também considera que o governo 
federal voltou a atuar de forma a coordenar os 
estados e municípios, em vez de criar conflitos entre 
os diferentes níveis responsáveis por fazer o SUS 
funcionar. Rômulo Paes de Sousa critica que essa 
postura do governo anterior foi além da resposta à 
pandemia, na qual o ex-presidente atacou medidas 
de prevenção implementadas por governadores e 
prefeitos, e afetava questões como a saúde 
reprodutiva e a saúde de populações 
vulnerabilizadas. ―O nível de conflito que foi operado 
a partir do nível federal atrapalhou muitas questões 
importantes‖. 
No cenário internacional, Paes de Sousa avalia 
que o Brasil voltou a colaborar com os debates em 
que era historicamente engajado na área da saúde 
em fóruns multilaterais, como acesso a 
medicamentos. ―O fomento de narrativas alternativas 
ao conhecimento científico levou o país a um 
isolamento. O Brasil passou a não cumprir acordos 
internacionais e repudiar protocolos internacionais. 
Não apenas na pandemia, mas em outros temas. O 
Brasil era um país que vinha de uma grande tradição 
na área da saúde, de implementar políticas de 
qualidade, e voltou a ocupar essa posição no novo 
governo‖. 
 
ATUALIDADES 
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Recuperar a confiança na coordenação do 
Ministério da Saúde foi um dos pontos destacados 
por Nísia Trindade Lima quando participou da 
entrega do relatório final do GT de saúde do 
gabinete de transição, em 30 de dezembro do ano 
passado, ainda antes de sua posse no Ministério da 
Saúde. ―Isso só é possível com o aprofundamento 
nas análises dos dados, e também com esse 
processo de gestão participativa, de diálogo com a 
sociedade‖, destacou na época. 
Três meses depois, ao participar da aula 
inaugural da Fiocruz no ano letivo de 2023, em 31 
de março, a ministra da saúde ainda listou a 
recuperação dessa capacidade de coordenação 
como um objetivo a ser alcançado e acrescentou 
outros desafios que estão entre suas prioridades à 
frente da pasta, como a necessidade de 
investimentos contínuos em ciência, tecnologia e 
inovação; a descentralização da produção de bens 
de saúde como vacinas e medicamentos; o 
aprofundamento da relações entre ciência e 
democracia por meio da comunicação; e o de 
fortalecimento dos sistemas de saúde e proteção 
social. 
A ministra também destaca desde antes de 
sua posse a necessidade de fortalecer a produção 
de insumos de saúde no Brasil, reduzindo sua 
dependência em relação a importações, que 
somam 20 bilhões de dólares. Na semana passada, 
foi criado o Grupo Executivo do Complexo 
Econômico-Industrial da Saúde (GECEIS), com 20 
órgãos públicos sob a coordenação dos ministérios 
da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, 
Comércio e Serviços (MDIC). 
O governo descreve que no caso do de 
insumos farmacêuticos ativos, por exemplo, mais 
de 90% da matéria-prima usada no Brasil para 
produção de vacinas e medicamentos é importada. 
Na área de equipamentosmédicos, a produção 
nacional atende 50%, e, entre os medicamentos 
prontos, o percentual é de cerca de 60%. Com o 
fortalecimento do complexo, a meta é atingir média 
de 70% de produção local no setor em 10 anos. 
1.2 Movimento pela vacinação 
A queda das coberturas vacinais registradas 
pelo Programa Nacional de Imunizações desde 
2015 e a baixa adesão às doses de reforço e a 
vacinação de crianças contra a covid-19 levaram o 
Ministério da Saúde a lançar o Movimento Nacional 
pela Vacinação, uma das políticas tratadas como 
prioritárias pelo governo. Para o vice-presidente da 
Abrasco, o cenário a ser enfrentado é mais 
complexo do que aquele em que o país se tornou 
referência global de vacinação, com o 
enfrentamento dos grupos antivacinistas que se 
fortaleceram ao longo da pandemia de covid-19. 
―O governo anterior não enfrentou esse 
problema e contribuiu para a disseminação de 
informações falsas a respeito da vacinação‖, critica. 
―As atitudes recentes desse governo, a campanha 
pela vacinação e a própria presença do presidente 
[Lula] sendo vacinado faz parte dessas políticas 
restitutivas. O Brasil voltou a fazer aquilo que 
tradicionalmente fazia. Esse primeiro grande esforço 
precisa ser um esforço muito grande de recuperação. 
E ele está sendo feito‖. 
No lançamento do movimento nacional, o vice-
presidente Geraldo Alckmin vacinou o presidente 
Lula com a dose de reforço bivalente contra a covid-
19, demonstrando publicamente o apoio à vacinação 
e a confiança na segurança da vacinas. 
Um dos obstáculos ao sucesso do movimento 
é justamente a ação de grupos antivacinistas que 
espalham mentiras com o objetivo de causar 
hesitação na população que precisa se vacinar. Para 
a ministra da saúde, essa ação é criminosa. 
―Temos enfrentado uma forte campanha, 
desde 27 de fevereiro, de fake news envolvendo a 
vacina bivalente. Isso é extremamente sério e eu 
tenho destacado que não se trata de desinformação, 
se trata de ação criminosa‖, declarou a ministra. 
O presidente do Conselho Nacional de Saúde 
vê o fortalecimento desses grupos negacionistas 
diretamente ligado às ações e declarações 
anticiência do governo anterior, mas ressalta que a 
ameaça de retorno de doenças como a poliomielite é 
um problema mais antigo, devido às sucessivas 
quedas da cobertura vacinal desde 2015. Ele avalia 
que o movimento nacional pela vacinação é uma 
prioridade que está sendo bem encaminhada pelo 
governo. 
―Esse movimento é fundamental. A gente 
acredita que está em um bom caminho e a gente tem 
que ampliar ainda mais. A própria Conferência 
Nacional de Saúde está tratando disso, e a gente 
acredita que vai ser possível a gente reverter o 
quadro atual, em que os índices de vacinação são 
muito baixos‖. 
Representante de uma categoria diretamente 
envolvida na vacinação, o membro do Conselho 
Federal de Enfermagem Daniel Menezes vê como 
positivo que a recuperação das coberturas vacinais 
seja considerada uma prioridade. ―É um movimento 
que tem nosso apoio e conta com nosso trabalho, 
especialmente na saúde pública e na atenção 
básica‖. 
1.3 Piso da enfermagem 
Menezes ressalta que a prioridade para a 
categoria neste momento é a garantia do piso 
salarial, previsto em lei aprovada pelo Congresso 
Nacional e sancionada no governo anterior, porém 
suspenso em liminar do Supremo Tribunal Federal 
após uma ação das empresas privadas do setor. A 
decisão do ministro Luís Roberto Barroso atendeu ao 
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pedido devido à falta de uma fonte pagadora para o 
cumprimento do piso, o que aguarda solução. 
O conselheiro avalia que o diálogo com o 
governo federal tem sido positivo para que parta do 
Executivo a solução do problema, com uma medida 
provisória que atenda a esse requisito e possibilite 
o pagamento de acordo com o piso. A expectativa, 
porém, era de que essa solução fosse mais célere, 
afirma ele. 
―Avaliamos que está muito demorada a 
concretização disso tudo que está sendo ventilado 
publicamente pelo próprio presidente e inclusive 
pela ministra da saúde e pelo ministro-chefe da 
casa civil. A enfermagem, de forma geral, está 
preocupada com a demora para que essa medida 
seja encaminhada. Nossa avaliação é positiva, mas 
com esse porém". 
A lei aprovada no ano passado prevê o 
pagamento de, no mínimo, um salário de R$ 4.750 
para enfermeiros, de R$ 3.325 para técnicos de 
enfermagem, e de R$ 2.375 para auxiliares de 
enfermagem. 
O presidente do Conselho Nacional de Saúde 
concorda que a garantia do piso nacional da 
enfermagem é uma medida prioritária o suficiente 
para ter sido concretizada nos primeiros 100 dias 
de governo. Pigatto defende que a questão seja 
resolvida nos próximos dias. 
―O piso nacional de enfermagem estava para 
nós colocado para o horizonte de ação dos 
primeiros 100 dias. Esperamos que aconteça a 
assinatura da medida provisória até a próxima 
semana, porque, para nós, isso é fundamental. O 
posicionamento do Conselho Nacional de Saúde é 
de que essa é uma prioridade que precisa se 
materializar na vida real‖. 
1.4 Represamento de cirurgias 
Fernando Pigatto também avalia como 
positiva a inclusão do programa de redução de filas 
de cirurgias eletivas entre as prioridades 
encaminhadas nos primeiros 100 dias de governo, 
porque o problema atinge um grande número de 
pessoas e provoca o agravamento de condições de 
saúde. O conselho vê, porém, que é necessário 
priorizar as unidades públicas de saúde com os 
recursos do programa que serão encaminhados às 
unidades federativas. 
―A gente sabe que o sistema é complexo. A 
gente sabe que, em alguns lugares, o sistema da 
iniciativa privada e filantrópica tem uma força muito 
grande, mas a gente acredita que tem que, aos 
poucos, ir ajustando para que cada vez mais os 
recursos públicos sejam direcionados para as 
instituições públicas, que tenham o 
acompanhamento e a regulação pública. Para que 
esses recursos sejam bem aplicados‖, opina. 
―Consideramos positiva a iniciativa. Achamos 
importantes já destinar recursos para o 
enfrentamento das filas. Sabemos que os problemas 
não vão ser resolvidos neste ano. E, por isso, os 
programas precisam cada vez mais ser 
aperfeiçoados e ter o olhar do controle social, não só 
na fiscalização, mas em como esses recursos vão 
ser investidos‖. 
Um montante de R$ 600 milhões em recursos 
foi garantido para a iniciativa pela PEC da Transição, 
e a primeira remessa, cerca de R$ 200 milhões, será 
destinada apenas às cirurgias eletivas. Além dos 
procedimentos cirúrgicos, o programa vai atender em 
um segundo momento à demanda represada por 
exames e consultas especializadas. 
Para o vice-presidente da Abrasco, já há 
resultado positivo nesse tema devido ao trabalho de 
coordenação do governo federal em relação às 
outras instâncias do SUS. ―Por causa da escala em 
que as políticas da saúde ocorrem, elas rapidamente 
são percebidas pela população. Elas são 
vivenciadas. Por que não se conseguiu melhorias 
significativas antes? Porque, para conseguir, é 
preciso que seja uma prioridade, se mobilize a 
competência técnica disponível e é preciso que o 
SUS funcione em seus vários níveis. E por que não 
se fez antes? Porque havia uma agenda confusa, 
que não priorizava os temas essenciais da saúde e 
estava dispersa em disputas ideológicas e políticas, 
e, por ser desagregadora, não conseguia se articular 
com os estados e municípios‖. 
1.5 Mais Médicos 
O relançamento do programa Mais Médicos 
também é uma medida destacada pelo vice-
presidente da Abrasco, que aponta que o programa 
foi adequado para o cenário atual, em que já há um 
número maior de médicos no país do que quando foi 
lançado pela primeira vez, em 2013. Mesmo assim, o 
desafio de manter médicos em regiões do interior e 
nas periferias de grandes cidades é grande, avalia. 
―A proposta ainda vai sofreradequações 
necessárias para que possa apresentar resultados. 
Mas nós tivemos uma experiência bem sucedida da 
primeira vez, então, a nossa expectativa é de que 
essa versão atualizada também consiga aumentar e 
muito a oferta de atenção à saúde para as 
populações que hoje carecem da presença, não 
apenas, dos médicos nessas localidades, embora 
acabe sendo muito marcante a ausência desse 
profissional especificamente‖. 
No último dia 20, o governo federal anunciou a 
retomada do programa. Até o final de 2023, serão 28 
mil profissionais em todo o país, com prioridade nas 
áreas de extrema pobreza. A estimativa do governo é 
que mais de 96 milhões de brasileiros poderão ser 
atendidos por esses médicos na atenção primária. 
Para o Conselho Nacional de Saúde, o 
relançamento do programa foi muito importante para 
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substituir o Médicos pelo Brasil, implementado no 
governo anterior. Pigatto afirma que o programa 
não atingiu os objetivos, e o país, pelo contrário, 
perdeu médicos em regiões cujas populações 
tinham menos acesso à saúde, como os povos 
indígenas. 
Procurado pela Agência Brasil, o Conselho 
Federal de Medicina afirmou que está elaborando 
propostas que serão encaminhadas ao Congresso 
Nacional visando o aperfeiçoamento da medida 
provisória que prevê incentivos para capacitação de 
participantes do Mais Médicos. Ao formular a 
medida, o governo federal justificou que 41% dos 
participantes do Mais Médicos desistem de 
trabalhar nos locais mais remotos e saem em busca 
de oportunidades de capacitação e qualificação. 
Diante disso, a proposta prevê incentivo a esses 
profissionais, como indenização por fixação em 
locais de difícil acesso e formação lato sensu e 
mestrado profissional para os participantes. 
O CFM defende que o governo considere 
apenas a participação de médicos com CRM, ou 
seja, com diplomas revalidados. O conselho 
argumenta que aprovação nesse exame é uma 
medida que traz segurança aos pacientes, 
garantindo que apenas pessoas que comprovem 
conhecimento, habilidades e atitudes especificas da 
medicina possam fazer o diagnóstico de doenças e 
a prescrição de tratamentos. Na Medida Provisória 
1165, de 21 de março de 2023, o governo prevê 
dispensa do médico intercambista da obrigação de 
revalidar seu diploma enquanto exercer a medicina 
exclusivamente nas atividades de ensino, pesquisa 
e extensão do Mais Médicos. 
Além disso, o CFM reivindica que qualquer 
iniciativa do tipo deve prever a garantia de oferta 
aos profissionais de condições de trabalho 
adequadas, como acesso a leitos, equipamentos, 
exames, equipe multiprofissional e rede de 
referência e contrarreferência, além de oferta de 
remuneração compatível com a dedicação e 
responsabilidade exigidos. 
1.6 Orçamento do SUS 
O presidente do CNS destaca que um tema 
em debate no conselho é a nova regra fiscal 
apresentada pelo governo federal, que será 
discutida em um seminário nacional nos dias 18 e 
19 de abril. Pigatto vê como essencial a 
substituição do teto de gastos, que provocou muitas 
perdas no SUS. 
"A emenda constitucional 95 retirou do SUS 
mais de R$ 60 bilhões. Isso significa morte. Isso 
significa adoecimento, isso significa tristeza e dor 
das famílias. Isso significa as pessoas esperarem 
por um exame, não terem um remédio, não terem 
uma cirurgia". 
Para a Abrasco, o arcabouço fiscal avança ao 
retirar o SUS do sufocamento provocado pelo teto de 
gastos que vigorou nos últimos anos. Além de reduzir 
o orçamento da saúde, aponta Paes de Sousa, o teto 
de gastos impactou a renda e o acesso aos 
programas sociais, aumentando a demanda da 
população sobre a saúde pública e gratuita. 
―A PEC 95 estava fadada ao fracasso, porque 
o grau de restrição que ela impôs ao orçamento 
público não era sustentável. Os prazos e a rigidez 
desse modelo seriam pouco prováveis que 
sobrevivessem, e ainda bem que não vão sobreviver. 
Na saúde, o efeito foi brutal‖, afirma. ―Se abstrairmos 
o investimento que foi feito direcionado para a 
pandemia, tivemos restrição orçamentária na área da 
saúde‖. 
O sanitarista destaca que demandas 
crescentes cobram investimentos na área da saúde, 
cuja inflação específica é sempre mais intensa que a 
inflação geral. ―A recomposição do orçamento da 
saúde é sempre mais crítica. E na proposta do 
ministro Haddad, é muito importante a preservação 
da área da saúde. O teto de gasto é o tipo de 
definição que vai precisar ser revista logo adiante. 
Alguma coisa haveria de surgir para substituir aquele 
modelo, que não seria sustentável. O grau de 
asfixiamento do orçamento público seria de tal ordem 
que seria inviável‖. 
 
VIVA O SUS 
2. Reconstrução de políticas públicas é 
prioridade da nova gestão da Saúde 
 
Ações prioritárias foram pontuadas pela ministra 
Nísia Trindade em coletiva de imprensa nesta terça 
(10) 
 
- Foto: Cláudio Kbene 
Farmácia Popular, Rede Cegonha, políticas públicas 
de saúde mental, ações voltadas à saúde da mulher 
estão entre os programas do Sistema Único de 
Saúde (SUS) que serão retomados e ampliados. As 
ações foram pontuadas pela ministra Nísia Trindade 
em entrevista coletiva nesta terça-feira (10). Antes de 
conversar com a imprensa, a ministra se reuniu com 
o presidente Lula e debateu as ações prioritárias dos 
primeiros cem dias de gestão no Ministério da Saúde. 
―Estamos em uma fase de falarmos claramente de 
desmontes e dificuldades, não vendermos a ilusão de 
facilidades, mas, ao mesmo tempo, [trabalhamos] 
com muita determinação e com algo que o Sistema 
ATUALIDADES 
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Único de Saúde tem, que é o trabalho em redes‖, 
frisou. 
No âmbito do Farmácia Popular, uma das principais 
propostas é a ampliação dos medicamentos 
ofertados diretamente pelo Governo Federal e o 
reforço da rede conveniada através da estratégia 
‗Aqui tem farmácia popular‘. Criado em 2004, o 
programa é o principal braço da assistência 
farmacêutica do SUS, componente fundamental 
para a garantia do direito básico e universal do 
acesso à saúde garantido pela Constituição Cidadã. 
Dentre as demais ações estratégicas que devem 
ser retomadas, está a Rede Cegonha. Instituído em 
2011, o programa visa garantir o atendimento de 
qualidade, seguro e humanizado para todas as 
mulheres antes, durante e depois do parto. 
―O Brasil aumentou os seus índices de mortalidade 
materna, eu considero isso inaceitável. Então, uma 
das ações importantíssimas que nós vamos fazer é 
a recuperação da Rede Cegonha que vinha 
demonstrando um efeito muito positivo na redução 
da mortalidade materna‖, exemplificou Trindade. 
Outras áreas que devem ser recuperadas são as 
políticas de saúde mental, os programas voltados 
para a saúde da mulher como um todo, as ações 
para a adolescência, além do fortalecimento do 
complexo econômico e industrial da saúde. 
Questionada sobre a vocação mais técnica ou 
política de sua gestão, a ministra foi taxativa ao 
esclarecer que, ainda que amparada pela 
excelência técnica e científica, exercer um 
programa de governo é, essencialmente, exercer 
uma inclinação política. ―No caso da Saúde, é um 
programa que visa o fortalecimento do SUS, ao 
acesso de qualidade, ao cuidado com a população‖, 
reforçou. E finalizou dizendo que a recuperação do 
SUS que pretende encampar à frente do Ministério 
da Saúde não será feita apenas no gabinete. ―Muita 
coisa, eu tenho certeza, que nós vamos poder 
recuperar vendo também o fortalecimento da 
participação social, da questão interfederativa‖, 
declarou. 
Jéssica Gotlib 
Ministério da SaúdeATUALIDADES 
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investimentos em saúde, 
 
Governo anuncia R$ 200 milhões para saúde 
mental em 2023 
Anúncio foi feito na 17ª Conferência Nacional de 
Saúde 
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou 
nesta segunda-feira (3) duas portarias que instituem 
a recomposição financeira para os serviços 
residenciais terapêuticos (SRT) e para os centros 
de atenção psicossocial (Caps), totalizando mais de 
R$ 200 milhões para o orçamento da Rede de 
Atenção Psicossocial (Raps) no restante de 2023. 
Ao todo, o recurso destinado pela pasta aos 
estados será de R$ 414 milhões no período de um 
ano. 
O anúncio foi feito durante a 17º Conferência 
Nacional de Saúde, que acontece até a próxima 
quarta-feira (5) em Brasília. O evento reúne 
representantes da sociedade civil, entidades e 
movimentos sociais para debater temas prioritários 
para o sistema público de saúde, incluindo a saúde 
mental. O montante anunciado representa um 
aumento de 27% no orçamento da rede, no intuito 
de aumentar a assistência à saúde mental no 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
O repasse será direcionado para um total de 
2.855 Caps e 870 SRT existentes no país. Todas as 
instituições, de acordo com o ministério, terão 
recomposição do financiamento e os recursos serão 
incorporados ao limite financeiro de média e alta 
complexidade de estados, do Distrito Federal e dos 
municípios com unidades habilitadas. 
Nísia lembrou que, durante os encontros 
preparatórios para a conferência nacional, nos 
estados e municípios, surgiram dois pontos de 
consenso: o reforço do SUS e da democracia. 
―Nesse contexto, a saúde mental tem lugar 
especial‖, destacou, ao citar retrocessos e o que ela 
mesma chamou de negacionismo identificados no 
país ao longo dos últimos anos. 
―Um descaso com o sofrimento, agravado 
pela pandemia de covid-19. A pauta de saúde 
mental é hoje discutida em todo o mundo. Não está 
referida só ao efeito da pandemia. Tem muito a ver 
com a solidão com que as pessoas vivem hoje, com 
o individualismo crescente que, muitas vezes, se 
manifesta na dificuldade de ter relações sociais, 
nisso que hoje se chama de efeito tóxico da 
comunicação só pelas redes sociais.‖ 
2.1 Assista na TV Brasil 
2.2 Novas habilitações 
Desde março, 27 novos Caps, 55 SRT, 
quatro unidades de acolhimento e 159 leitos em 
hospitais gerais – a maioria em estados do Nordeste 
– foram habilitados pela pasta. Os novos serviços 
estão localizados nos seguintes estados: Alagoas, 
Bahia, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, 
Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Minas 
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio 
Grande do Sul. 
Este ano, o ministério criou o departamento de 
Saúde Mental, responsável pela retomada da 
habilitação de novos serviços e por iniciar estudos 
para a recomposição do custeio dos Caps e dos 
SRT. Segundo a pasta, diversos estudos acadêmicos 
reiteram que a ampliação da oferta de serviços 
comunitários em saúde mental diminui a demanda 
por hospitalização, assegurando mais qualidade de 
vida à população. 
―A criação do departamento foi algo que nos 
dedicamos com afinco porque já vinha sendo 
apontado, durante a equipe de transição, com muita 
força esse tema. Acreditamos na sua importância. E 
é também um tema permanente nas discussões do 
Conselho Nacional de Saúde‖, avaliou Nísia. 
2.3 Entenda 
Os Caps são serviços de saúde de caráter 
aberto e comunitário voltados ao atendimento de 
pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno 
mental, incluindo aquelas com necessidades 
decorrentes do uso de álcool, drogas e outras 
substâncias, que se encontram em situações de crise 
ou em processos de reabilitação psicossocial. 
Nesse tipo de estabelecimento, atuam equipes 
multiprofissionais que empregam diferentes 
intervenções e estratégias de acolhimento, como 
psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, 
terapia ocupacional, reabilitação neuropsicológica, 
oficinas terapêuticas, medicação assistida, 
atendimentos familiares e domiciliares. 
Já os SRT são casas localizadas no espaço 
urbano, constituídas para responder às necessidades 
de moradia de pessoas portadoras de transtornos 
mentais graves. 
2.4 Conferência 
A Conferência Nacional de Saúde acontece a 
cada quatro anos, desde 1986, para definição e 
construção conjunta de políticas públicas do SUS. 
Gestores, fóruns regionais, organizações da 
sociedade civil, movimentos sociais e outros atores 
se reúnem durante o evento, organizado pelo 
Conselho Nacional de Saúde e pelo ministério. A 
edição deste ano tem o lema Garantir Direitos e 
Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã 
vai ser outro dia. 
De acordo com a pasta, mais de 2 milhões de 
pessoas participaram das etapas preparatórias e 
cerca de 6 mil são esperadas durante essa semana 
em Brasília. Serão debatidas diretrizes e um total de 
ATUALIDADES 
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329 propostas que devem auxiliar a nortear as 
decisões do governo federal para a rede pública de 
saúde ao longo dos próximos anos. 
―A conferência é um instrumento 
constitucional que existe desde que foi criado o 
Ministério da Educação em Saúde. Mas, no início, 
só participava a alta cúpula do ministério. Essa 
ideia de uma participação social ativa, como é hoje, 
muito maior e mais diversa, vem do processo de 
redemocratização do Brasil em 88. Realmente é 
retomar esse espírito, que é o espírito do SUS e da 
democracia, com muita participação social‖, 
concluiu Nísia. 
 
Dia Mundial da Saúde 2023 traz o tema 
“Saúde para todos” 
Organização das Nações Unidas (ONU) e Mercocidades 
celebram a data com São Paulo e a cidade argentina de 
Rosário 
 
No Dia Mundial da Saúde, a Vice-presidência de 
Desenvolvimento Social e Saúde da rede 
internacional Mercocidades quer enfatizar a 
importância da campanha ―Saúde para Todos‖, 
temática escolhida pela ONU para celebrar a data 
em 2023, que vai ao encontro do lema "Não deixar 
ninguém para trás‖ da Agenda 2030. 
Após três anos desde o início da pandemia da 
Covid-19, se observou o quão essencial é garantir 
que toda pessoa tenha acesso às políticas públicas 
de saúde que valorizem a vida e o bem-estar, e por 
isso neste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, 
lembramos das desigualdades que marcam as 
diferentes experiências das pessoas com os 
sistemas de saúde. 
É marcante em nossas cidades, em regiões com 
alta e baixa renda, as diferenças encontradas em 
indicadores de qualidade e expectativa de vida, 
mortalidade infantil e por causas evitáveis além do 
nível de atenção médica. Com isso, unir 
desenvolvimento social e saúde para todos implica 
diretamente em universalizar o saneamento básico, 
despoluir rios, reduzir as emissões de carbono e 
outros gases, oferecer acesso à informação, 
cobertura vacinal, medicamentos, esporte, 
segurança alimentar e saúde mental. 
Enquanto recupera-se social e economicamente da 
pandemia, deve-se redobrar os esforços para 
universalizar medidas de medicina preventiva, 
acesso a equipamentos de proteção, cobertura 
vacinal e, essencialmente, à informação, 
combatendo assim a desinformação que 
desacreditam a ciência e as instituições com 
competências no assunto, como vem trabalhando a 
gestão Ricardo Nunes, na capital mundial da 
vacina. 
As Mercocidades incentivam as cidades parceiras da 
rede a continuarem promovendo mudanças 
qualitativas no planejamento, desenho e execução 
das políticas de saúde, que reflitam acordos 
organizacionais e institucionais para a promoção e 
garantia de direitos em condições de maior equidade 
e universalidade. 
Na liderança por cidades diversas, verdes e 
resilientes, as Mercocidades reforçam o compromisso 
com a Agenda 2030 e a aplicaçãodos Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas suas 
comunidades, assegurando a implementação de 
políticas públicas que universalizem a dignidade e o 
acesso a serviços, trabalhando por saúde e 
desenvolvimento sustentável para todos. 
Em 2023 a OMS também comemora seu 75º 
aniversário associando a celebração ao Dia Mundial 
da Saúde, uma oportunidade única de reforçar e dar 
visibilidade global à importância dos territórios e das 
autarquias locais para abordar o lema saúde para 
todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Educação Em Saúde 
 
 
INTRODUÇÃO 
Conforme a Organização Mundial de Saúde 
(OMS), o conceito de saúde define-se por um 
estado dinâmico de bem-estar físico, mental, 
espiritual e social e não apenas a ausência de 
doenças, ou seja, observa-se a saúde do individuo 
de forma integral, compreendendo sua 
complexidade e analisando-a sistematicamente. 
De acordo com a Lei Orgânica de Saúde (Lei 
nº 8.080/1990), define em seu artigo 3º que a saúde 
tem como fatores determinantes, dentre outros, a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o 
meio ambiente, o trabalho, a educação, o 
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços 
essenciais. 
Analisada e conceituada a expressão saúde, 
podemos concluir que seu conceito pode ser 
compreendido de forma ampla e não meramente 
apenas ausência de doenças, ou seja, existem 
fatores diversos, sejam eles: intrínsecos ou 
extrínsecos ao ser humano que definem o estado 
de saúde de cada indivíduo. 
Um fator determinante da saúde, que merece 
destaque, é consideravelmente a educação, uma 
vez que associada à saúde remete quanto à 
importância de serem justapostas permitindo criar 
ações pedagógicas no processo de educação em 
saúde ao indivíduo, família e comunidade. Com 
isso, realizando um processo de despertar dos 
indivíduos em relação a seu auto cuidado, 
consciência crítica e garantia dos seus direitos 
sociais. 
Sendo assim, este trabalho de abordagem 
qualitativa; realizado pesquisa bibliográfica visa 
ressaltar a importância dos profissionais de saúde, 
quanto sua atuação de produção em educação e 
saúde. Os objetivos deste estudo, além disso, 
compreendem a analise das técnicas de 
abordagem de ensino e mecanismos metodológicos 
que efetivamente são utilizadas atualmente nas 
praticas educativas voltadas à saúde. 
Esse estudo justifica-se pela necessidade de 
promover massiçamente uma educação continuada 
e permanente em saúde, proporcionando uma 
reflexão sobre os hábitos saudáveis de vida, tais 
como alimentação equilibrada, prática esportiva, 
lazer, ações sanitárias etc. Até porque é impossível 
falar de saúde sem deixar de falar nas condições de 
moradia, saneamento básico, meio ambiente e 
entre outros. 
A necessidade de abordar este assunto 
provém da falta de conhecimento de muitos 
indivíduos a cerca do seu papel como sujeito social e 
referente ao seu auto cuidado. Esta falta de 
esclarecimento infelizmente ainda é 
consideravelmente significativa, o que gera 
indivíduos pouco conscientes de hábitos saudáveis e 
de ações sanitárias, refletindo na qualidade de saúde 
da população. Pois um indivíduo educado em saúde 
é um agente transformador da sociedade. 
Em um país em que a grande maioria das 
pessoas possui a visão e ação de remediar, ao invés 
de prevenir, por isso se faz necessário a inclusão da 
educação em saúde tanto para jovens quanto para 
adultos, especialmente para os jovens e as crianças, 
visto que sua formação como indivíduo compreende 
esta etapa da vida. Uma criança e um jovem 
politicamente educado quanto aos aspectos que 
compreendem a saúde, consequentemente este será 
um adulto consciente referente às ações sanitárias, 
encarando a saúde como um direito e uma prioridade 
social. 
A educação para a saúde pode ser 
compreendida como fator de promoção e proteção à 
saúde e estratégia para a conquista dos direitos de 
cidadania. Sua inclusão na sociedade responde a 
uma forte demanda social, num contexto em que a 
tradução da proposta constitucional em prática requer 
o desenvolvimento da consciência sanitária da 
população e dos governantes para que o direito à 
saúde seja encarado como prioridade. 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
Segundo a Constituição Federal de 1988, a 
saúde é vista como um direito de todos e um dever 
do Estado, visto que se faz necessário a elaboração 
e implantação de políticas públicas voltadas á saúde, 
para melhor atender à população (BRASIL, 1998). 
Neste contexto de saúde, é importante 
ressaltar a construção de uma integração e um 
paralelo ao que se refere à educação, objetivando um 
processo de educação em saúde, visando suscitar 
nos indivíduos uma construção de consciência 
sanitária afim de, reverter o quadro da saúde da 
população enfatizando a participação popular nas 
políticas públicas exercendo dessa forma, sua 
autonomia como sujeito; além da democracia e 
cidadania. 
A educação em saúde é compreendida como 
um processo, onde se estabelece trocas de saberes 
e experiências entre os indivíduos. Sendo assim, 
realizando combinações referentes às experiências 
de aprendizagem conducentes a saúde. Pode ser 
também definida como um processo que abrange a 
participação de toda a população no contexto de sua 
vida cotidiana e não apenas das pessoas sob risco 
de adoecer (CANDEIA, 1997). 
O binômio saúde e educação são 
considerados interfaces que articulam entre si, e que 
de nenhuma forma podem se dissociarem, pois 
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caminham juntas na realidade das práticas sociais. 
Nesta perspectiva de educação em saúde, 
configura-se a presença dos profissionais de saúde 
que atuam como colaboradores, atores e 
responsáveis no desenvolvimento da prática 
educativa. Para que o profissional de saúde possa 
atingir com excelência seu desempenho nas 
práticas educativas, requer que o mesmo possua 
proximidade com a realidade com a qual será 
objeto de trabalho, além de possuir visão crítica da 
sua atuação, bem como reflexão do seu papel 
como educador (FERNANDES et al., 2010). 
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a 
educação em saúde denomina-se como um 
processo de capacitação da comunidade para atuar 
na melhoria da qualidade de vida e de saúde dos 
indivíduos. A discussão a cerca deste tema, é de 
grande relevância, pois se for discutido e abordado 
para com a sociedade, pode ser entendida como 
um mecanismo estratégico, afim de, estabelecer e 
fortalecer o vinculo entre o profissional de saúde e a 
população de forma geral. Este elo proporciona a 
consciência do indivíduo como protagonista da sua 
história, bem como sujeito de sua própria 
autonomia desenvolvendo uma visão crítica 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). 
Historicamente o processo evolutivo da 
educação em saúde, compreende desde o marco 
das disputas dos modelos assistenciais de saúde, 
no final do século XIX, perpassando pelo 
movimento da Reforma Sanitária que objetivava 
transformações no contexto da saúde no Brasil, 
assim como a criação do Sistema Único de Saúde 
(SUS), até os modelos atuais de políticas públicas 
vigentes em nosso país (PAIM, 2003). 
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Atualmente, a temática educação em saúde 
configura um dos assuntos mais debatidos e 
questionados ora pela saúde pública, ora pelos 
profissionais da área de saúde. Com isso discute-se 
sobre a interação entre educadores e educandos; 
ressaltando a troca de experiências e 
conhecimentos entre os mesmos a fim de capacitar 
a população de forma geral, quanto à promoção de 
hábitos saudáveis (PAIM, 2003). 
De acordo com Paulo Freire (1996, p. 47), 
educar é saberque ensinar não é transferir 
conhecimento, mas criar as possibilidades para a 
sua própria produção ou a sua criação. 
Na perspectiva que a prática educativa é 
considerada também um processo político em que 
os mecanismos metodológicos e as técnicas 
pedagógicas, propiciam as transformações, assim 
como desalienação e emancipação dos sujeitos 
envolvidos. Por isso a educação em saúde não tem 
por objetivo meramente informativo, entretanto 
trata-se de uma prática educativa que busca 
conduzir os indivíduos a uma reflexão sobre as 
bases sociais da vida, fazendo-os perceber que a 
saúde é um direito social e não uma concessão 
(SOARES et al., 2009). 
De acordo com Paulo Freire (2004), a sua 
concepção de educação resume-se a: 
―ato sociopolítico e uma situação gnoseológica aonde 
as pessoas, mediadas pela realidade histórica social, 
em relação dialógica, umas com as outras e em 
permanente leitura analítico-crítico daquela realidade 
superavam a pobreza política e a consciência 
ingênua construindo até a morte, a consciência 
política pela rejeição a todas as formas de opressão‖ 
(FREIRE, 2004, p: 59). 
Os profissionais de saúde podem ser 
representados por médicos, enfermeiros, técnicos e 
auxiliares de enfermagem, cirurgiões-dentistas, 
psicólogos, nutricionistas e outros que atuam de 
forma multidisciplinar. Juntos devem atuar de acordo 
com os seus saberes específicos, porém é 
necessário somar todos esses saberes para obter 
respostas satisfatórias, efetivas a problemática que 
envolve a perspectiva de viver com qualidade 
(SOARES et al., 2009). 
Sem dúvida a troca de conhecimentos entre 
sociedade, profissionais da saúde e autoridades 
competentes realiza um trabalho conjunto, resultando 
na produção de saúde. 
Práticas Educativas 
As práticas educativas são consideradas 
relevantes no processo em saúde, visto que o 
objetivo primordial da educação em saúde baseia-se 
na melhoria das condições de vida e saúde da 
população. Para atingir este objetivo é necessário 
que as práticas educativas estejam voltadas para a 
realidade da população à qual se destina, 
destacando seus reais problemas, bem como a 
etiologia dos mesmos (KRUSCHEWSKY et al., 
2008). 
Para tanto é imprenscídivel ir ao encontro dos 
interesses da sociedade, ou seja, dos educandos; 
proporcionando-os contéudos e práticas que estejam 
em consonância com suas necessidades. partindo 
deste pressuposto as intervenções poderão ser 
efetivamente desenvolvidas e aplicadas. 
Para que haja eficiência e qualidade na 
aplicação das atividades educativas, é importante 
caracterizar e analisar o público-alvo à qual se 
pretende atingir, desde pessoas saudáveis, como 
também pessoas saudáveis, porém expostas a risco 
de contrair doenças e pessoas com doenças 
instaladas e ou crônicas. Após esta análise, segue se 
a identificação da fase do ciclo, a exemplo da 
infância, adolescência, adulto e idoso. Em seguida 
observa-se qual nível de atenção a ser abordado, 
seja primário, secundário ou terciário. Após isso deve 
se apropriar de u embasamento teórico para a prática 
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pedagógica em saúde, ou seja, quais teorias melhor 
se aplicam a realidade de derteminada comunidade 
(KRUSCHEWSKY et al., 2008). 
Os profissionais da área de saúde são 
educadores por natureza, visto que desempenha 
funções voltadas a prevenção de doenças e 
promoção da saúde. Neste contexto atuam 
desenvolvendo atividades de educação em saúde, 
atendendo às necessidades socias, de forma a 
orientar, respeitando o nível de instrução escolar e 
o contexto social em que vivem, adequando a uma 
linguagem e abordagem específica a cada 
indivíduo, grupo ou comunidade (BORDENAVE et 
al., 2002). 
Embora todos os profissionais de saúde 
sejam educadores por natureza, é necessário que 
os mesmos desenvolvam suas atividades 
pedagógicas, aperfeiçoando suas técnicas teórico e 
pedagógicas. 
Para que a educação em saúde tenha 
qualidade e atue atendendo as necessidades e 
anseios da sociedade se faz necessário que haja 
estratégias de ensino e aprendizagem, utilizando-se 
de artifícios didáticos que valorizem o educando 
como um ser singular e capaz de participar 
ativamente do seu processo educacional 
(BORDENAVE et al., 2002). 
Existem inúmeras vertentes ou modelos a 
serem trabalhados nas atividades educativas em 
saúde. Os modelos pedagógicos de certa forma 
refletem ideologias distintas referente à conduta 
individual e coletiva. Destacam-se alguns, entre les 
a pedagogia de transmissão ou tradicional e a 
pedagogia da problematização, crítica e libertadora. 
A pedagogia tradicional baseia-se na 
importância das ideias e conhecimentos, e a figura 
do aluno é de receber essas novas ideias e 
conhecimentos feitos uma página em branco; 
deixando de desenvolver seu crescimento e 
participação ativa. Já a pedagogia problematizadora 
possibilita uma prática educativa em saúde mais 
participativa, proporcionando transformação social 
(LOPES et al., 2009). 
Logo a pedagogia tradicional visa apenas à 
transmissão de informação e conhecimento, 
enquanto a teoria problematizadora de Freire 
objetiva despertar a consciência política e critica, 
por meio da educação popular (LOPES et al., 
2009). 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A atuação dos profissionais da área da saúde 
voltados à educação em saúde, mediante práticas 
educativas e/ ou pedagógicas, são consideradas 
fundamentais para o processo de formação reflexiva 
e crítica da sociedade. É por meio da educação que 
se atinge objetivos satisfatórios tais como o despertar 
da consciência dos indivíduos quanto ao seu auto-
cuidado, bem como consciência das ações sanitárias, 
garantia dos direitos e entre outros. 
A educação em saúde perpassa pela 
importância da promoção, prevenção, recuperação e 
reabilitação da saúde dos indivíduos. Além disso, 
promove a aplicação de hábitos de vida saudáveis, 
proporcionando assim melhor qualidade de vida para 
a população, pois uma sociedade bem orientando e 
conscientizada desenvolve suas competências, 
habilidades e ações sanitárias com qualidade e 
eficiência. 
Há de se ressaltar também que a aplicação e 
instrumentalização das praticas pedagógicas se dá 
por meio de inúmeros modelos pedagógicos. Um dos 
modelos mais utilizados e que se aplica de acordo 
com as reais necessidades do público–alvo a de se 
atingir, compreende a teoria problematizadora, crítica 
e libertadora, que analisa o indivíduo como sujeito de 
sua própria autonomia, trabalhando o 
desenvolvimento do seu pensamento crítico e 
reflexivo, bem como agente transformador da 
sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segurança em Saúde 
 
ATUALIDADES 
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A segurança no trabalho 
Quando falamos em segurança no trabalho, 
estamos nos referindo às medidas que devem ser 
adotadas para se preservar o bem-estar do 
trabalhador e proteger a sua vida de 
possíveis acidentes no ambiente laboral. 
A segurança, portanto, tem natureza preventiva — 
e este é o seu traço mais característico. 
Desse modo, são medidas de segurança: 
 a preocupação com as instalações, para 
que não apresentem riscos de acidentes; 
 a orientação sobre os procedimentos 
adotados para impedir situações de risco; 
 a indicação de práticas seguras, como 
metodologias mais adequadas e 
os equipamento de proteção necessários 
para cada atividade. 
Essas atribuições — analisar, orientar e decidir 
sobre segurança no trabalho — são restritas ao 
Engenheiro de Segurança do Trabalho e 
ao Técnico em Segurança do Trabalho. 
O principal documento para a elaboração de 
medidas de segurança da empresa é o Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais — o famosoPPRA, cuja realização e implementação são 
obrigatórias de acordo com Norma 
Regulamentadora n.º 9 (NR9) da Legislação 
Trabalhista. 
O PPRA é um instrumento valioso para a 
segurança no ambiente laboral. Isso porque ele traz 
recomendações para a prevenção dos riscos 
ambientais existentes em cada função da empresa, 
incluindo os agentes físicos, químicos e biológicos. 
Com este programa em mãos, a empresa consegue 
reconhecer, avaliar e controlar os riscos por meio 
da minimização dos agentes causadores, quando 
possível, ou pela recomendação do uso de 
Equipamentos de Proteção Coletivos ou Individuais 
(EPCs e EPIs) 
Outro mecanismo que auxilia na manutenção da 
segurança no ambiente de trabalho é a Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), 
constituída por membros representantes dos 
empregados, eleitos por meio de votação secreta 
dos colaboradores e, também, por membros 
representantes dos empregadores. 
A CIPA deve ser ativa no ambiente de trabalho, 
com reuniões frequentes — preferencialmente 
mensais — e atuando na promoção da segurança 
dos colaboradores. Algumas das atribuições da 
Comissão são: 
 identificar riscos de processo nas variadas 
funções da empresa; 
 elaborar um plano de trabalho com ações 
preventivas de segurança; 
 implementar medidas de prevenção de 
riscos; 
 avaliar prioridades de ações no ambiente de 
trabalho; 
 fazer vistorias periódicas em todos os setores 
da empresa, com intuito de atualizar o plano 
de ações preventivas de segurança. 
Além dessas, uma das atribuições mais importantes 
da CIPA é realizar anualmente a Semana Interna de 
Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), 
prevista pela Norma Regulamentadora n.º 5 (NR5) da 
Legislação Trabalhista. O principal objetivo da SIPAT 
é promover a reflexão e a conscientização acerca da 
segurança no trabalho. 
A saúde no trabalho 
A saúde no trabalho, por sua vez, está diretamente 
relacionada às possíveis doenças ocupacionais e 
profissionais. Mais do que isso, ela também diz 
respeito à preservação da qualidade de vida do 
trabalhador, considerando sua saúde física, mental e 
social. 
A saúde no trabalho deve incluir a avaliação da 
capacidade laborativa do funcionário e suas 
condições de saúde ao iniciar suas atividades na 
empresa, assim como ao sair. Esse objetivo é 
alcançado por meio da realização de: 
 exames ocupacionais admissionais; 
 exames ocupacionais periódicos; 
 exames ocupacionais de mudança ou retorno 
de função; 
 exames ocupacionais demissionais. 
Essas avaliações geralmente incluem uma análise 
clínica, uma audiometria tonal e exames laboratoriais 
específicos, dependendo dos riscos ambientais de 
cada função. 
Tudo isso está previsto no Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), o mais 
importante instrumento para a manutenção da saúde 
no trabalho, cuja execução está prevista na Norma 
Regulamentadora n.º 7 (NR7) da Legislação 
Trabalhista. 
Assim como o PPRA, o PCMSO é de elaboração e 
implementação obrigatória para todas as empresas 
com pelo menos um funcionário, e deve ser 
atualizado todos os anos. Quem realiza este 
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programa são os Médicos do Trabalho ou outras 
pessoas capazes de desenvolver o que está 
previsto na NR7, de acordo com o SESMT. 
Outro importante documento da saúde no trabalho 
é a Análise Ergonômica, estabelecida pela Norma 
Regulamentadora n.º 17 (NR17), que tem como 
principal objetivo identificar as funções e os objetos 
do profissional, observando a existência de riscos 
ergonômicos. 
Também consta a avaliação dos níveis de ruídos, 
de luminosidade e de temperatura do ambiente que 
podem afetar a saúde dos funcionários — não só 
física como mental. Isso porque condições 
adversas podem trazer impactos negativos ao 
emocional do colaborador, tão graves quanto os 
impactos físicos. 
Cabe ao empregador zelar pela integridade 
mental de seus funcionários, buscando estabelecer 
um ambiente que traga apoio e conforto e evitando 
sentimentos como tristeza, culpa ou incapacidade. 
 
A relação entre segurança e saúde no trabalho 
Segurança e saúde no trabalho atuam juntas e se 
complementam, buscando garantir um ambiente 
profissional melhor, mais seguro e mais saudável. E 
agora que você já sabe quais são as atribuições de 
cada uma, vamos comentar sobre a dinâmica 
existente entre elas. 
Para começar, é a partir da junção entre segurança 
e saúde no trabalho que a empresa garante uma 
série de vantagens, como: 
 redução dos riscos de acidentes de 
trabalho; 
 promoção de um ambiente mais adequado 
ergonomicamente; 
 redução dos casos de doenças 
ocupacionais; 
 estabelecimento de melhores condições 
físicas e psicológicas de trabalho para os 
colaboradores; 
 aumento da organização da empresa com a 
elaboração de planos de riscos; 
 diminuição dos gastos com pagamento de 
multas ou indenizações devido ao 
descumprimento de normas trabalhistas; 
 aumento da qualidade de vida no ambiente 
de trabalho e, com isso, maior produtividade 
por parte dos colaboradores. 
Esses objetivos não podem ser alcançados se não 
forem obedecidas as Normas Regulamentadoras 
previstas na Consolidação das Leis de Trabalho 
(CLT). Atualmente, existem 36 NRs aprovadas na 
legislação, sendo que as mais importantes para a 
segurança e saúde no trabalho são: 
 NR5, que prevê a formação de uma 
Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA); 
 NR6, que torna obrigatório o uso de 
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 
 NR7, que regulamenta o Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO); 
 NR9, que regulamenta o Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); 
 NR17, que regulamenta a Análise 
Ergonômica. 
O descumprimento das NRs de segurança e saúde 
no trabalho por parte do empregador acarreta uma 
série de consequências — como o pagamento de 
multas, processos judiciais e, até mesmo, a 
interdição do imóvel ou paralisação das atividades. 
Na empresa, cabe a todos o zelo por um ambiente 
mais seguro e saudável, mas o empregador é 
totalmente responsável pela adoção de medidas de 
manutenção da segurança e, também, de 
preservação da saúde de seus funcionários. 
A empresa deve não somente garantir a presença de 
Técnicos de Segurança do Trabalho, psicólogos, 
médicos e enfermeiros, como investir na devida 
comunicação entre equipes e da CIPA para com 
todos os funcionários. 
No entanto, os colaboradores também têm papel 
fundamental na questão de sua própria qualidade de 
vida no ambiente de trabalho, devendo colocar em 
prática todos os conhecimentos adquiridos por meio 
da SIPAT, além dos treinamentos de segurança e 
campanhas de saúde promovidos pela empresa. 
Também é papel do funcionário obedecer às normas 
e, principalmente, fazer uso dos Equipamentos de 
Proteção quando estes forem necessários para a 
realização das suas atividades. Um colaborador que 
não acata aos procedimentos de segurança da 
empresa pode até ser dispensado por justa causa. 
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De modo geral, segurança e saúde no trabalho só 
existem se todos os envolvidos se dedicarem 
igualmente — empregador, funcionários e 
profissionais do Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. 
São os profissionais do SESMT que avaliam, por 
exemplo, se determinada atividade de um 
trabalhador da empresa se enquadra nas previsões 
normativas para a percepção do adicional de 
insalubridade ou de periculosidade. 
Quando determinada função é considerada 
insalubre, isto é, quando o funcionário é exposto a 
agentes de risco além dos limites recomendados 
pelo Ministério do Trabalho, ele deve receber um 
valor adicionalao salário base, que pode ser de 10, 
20 ou 40% — a depender do grau de insalubridade, 
conforme a Norma Regulamentadora n.º 15 (NR15). 
Essa é mais uma questão que coloca a segurança 
e a saúde lado a lado, e que não pode ser ignorada 
na construção de um ambiente laboral saudável. 
Podemos dizer, por fim, que esses dois fatores se 
relacionam principalmente porque a preocupação 
com ambos aspectos é o que garante a qualidade 
de vida do trabalhador e seu bem-estar dentro da 
ambiente de trabalho, proporcionando uma série 
de benefícios à empresa. 
Apesar de serem diferentes e terem cada um os 
seus devidos mecanismos de intervenção, 
instrumentos de aplicação e atribuições, ambos 
estão interligados e não existem um sem o outro 
dentro de uma empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso da tecnologia em saúde, 
 
Gênese do Conceito 
Difícil será falar da gênese do conceito 
‗tecnologia‘ sem referir o conceito de ‗técnica‘. Difícil 
também será separar o que a história reuniu: técnica 
e tecnologia na produção de ‗trabalho‘. 
No campo da saúde, observa-se uma 
redução usual da tecnologia a equipamentos, e mais, 
a equipamentos médicos. No entanto, a tecnologia 
deve ser compreendida como conjunto de 
ferramentas, entre elas as ações de trabalho, que 
põem em movimento uma ação transformadora da 
natureza. Sendo assim, além dos equipamentos, 
devem ser incluídos os conhecimentos e ações 
necessárias para operá-los: o saber e seus 
procedimentos. O sentido contemporâneo de 
tecnologia, portanto, diz respeito aos recursos 
materiais e imateriais dos atos técnicos e dos 
processos de trabalho, sem, contudo, fundir estas 
duas dimensões. Além disso, dado o grande 
desenvolvimento do saber técnico-científico dos dias 
atuais, este componente saber da tecnologia ganha 
qualidade estatuto social adicionais. Ao buscar 
precisar melhor estas condições, para explorá-las no 
trabalho em saúde, os estudos de Lilia B. Schraiber 
referem-se à tecnologia como saber que, se já tem a 
grande qualidade de propiciar atos técnicos 
(transformações das coisas por sua intervenção 
manual), é construído, valorizado e visto, sobretudo, 
pelo que possui de conhecimento complexo: ―um 
conhecimento do tipo teoria. Diremos: uma teoria 
sobre práticas ou modos de praticar (...)‖ (Schraiber 
et al., 1999). Alguns autores chamam este saber de 
teoria científica das técnicas ou tecnologia – a ciência 
das técnicas (Gama, 1986; Lenk, 1990); outros, 
simplesmente ciência, sem diferenciar as ciências 
tecnológicas das ciências básicas, em razão da 
grande aproximação histórica entre ciência e técnica 
(Granger, 1994). 
Técnica (techné), dirá Ricardo L. Novaes 
(1996), é o termo grego para designar uma ‗ordem de 
produção‘ que pressupõe um engendramento, uma 
criação de modos de fazer, ‗engenho e arte‘. Trata-
se, assim, de um saber-fazer que é simultaneamente 
um fazer e um saber. Embora juntos na técnica, 
estas esferas foram alvo de valorização e 
desenvolvimento desigual ao longo da história, 
conferindo à própria técnica ora um sentido maior de 
saber, ora de produzir algo, sem nunca deixar de ser 
uma ação manual do homem. 
No primeiro sentido, técnica é tomada na qualidade 
de engenho humano: ―faculdade da arte, de criação 
daquilo que ela própria (a Natureza) não engendra, 
não importando os motivos pelos quais não o faz‖ 
(Novaes, 1996, p. 25). O saber, neste caso, está 
diretamente ligado à própria obra a ser criada (saber 
poiético). Atualizando-se na modernidade como 
saber do tipo científico, essa mudança irá conferir à 
técnica o sentido de uma intervenção manual cujo 
fundamento passa de um saber mais imediato e 
prático para, principalmente, um saber 
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progressivamente complexo e produzido para o 
mundo prático, mas não imediatamente neste 
mundo prático: a Ciência moderna e seu modo de 
produzir conhecimentos com o estatuto de verdade. 
Em um segundo sentido, quando se toma a técnica 
da perspectiva de um fazer, é valorizada por 
produzir produtos, um ‗ofício‘, um fazer que é gasto 
de energia do homem, e, pois, trabalho. É dele que 
deriva o produto ou ―uma obra exterior ao agente, 
ainda que intelectualmente maquinada‖ (Novaes, 
1996, p. 26). 
A partir dos séculos XV e XVI, com a 
valorização do trabalho (ato de produzir produtos) 
e, enquanto parte do desenvolvimento histórico do 
capitalismo, ocorrem mudanças das relações entre 
a filosofia e a ciência, o trabalho manual e o 
intelectual, a teoria e a técnica, culminando com o 
abandono da concepção de ciência como verdade 
desinteressada em prol de sua acepção de 
conhecimento que nasce para o atendimento das 
coisas necessárias à vida (Rossi, 1989), resultando, 
no século XIX, na enorme importância do trabalho 
para a conformação da vida econômica e social. 
Essa rearticulação ciência-técnica 
corresponde ao movimento que redispõe 
socialmente os artistas, os experimentadores e 
engenheiros, os médicos, em especial os 
cirurgiõesbarbeiros, os artesãos e os trabalhadores 
manuais, camponeses e posteriormente fabris, 
estabelecendo novas configurações e hierarquias 
entre as artes mecânicas e as liberais. Ao mesmo 
tempo, os saberes técnicos são apropriados como 
conhecimento erudito até que a ciência moderna, já 
nos séculos XVIII e XIX, separa e rejeita o saber 
prático, restando o trabalhador manual da grande 
indústria, por exemplo, como um agente de trabalho 
sem saber (‗útil‘) (Schraiber et al., 1999). 
De tal modo este caráter técnico ficou associado à 
ciência (na noção científico-tecnológica), que tanto 
mais valorizamos a ciência quanto mais represente 
uma aplicação, uma razão tecnológica regendo a 
produção de conhecimento (Ayres, 1995). Neste 
processo, sobretudo a partir do grande 
desenvolvimento dos equipamentos na segunda 
metade do século XX, a própria técnica revestiu-se 
de ciência (conhecimento complexo), 
tendencialmente expulsando saberes de outro tipo 
(Habermas, 1990). Esta associação atual da técnica 
com a ciência evita valorizarmos saberes práticos, 
ou artes (técnicas) diversas da técnica científica 
moderna. 
No campo da saúde, todo este movimento de 
reorientação e nova qualificação da técnica dirá 
respeito à emergência do trabalho médico moderno, 
e corresponde, na esfera do trabalho manual em 
sua conexão com a técnica, à transformação dos 
ofícios, ofícios das ‗artes de curar‘. Surge a 
‗terapêutica clínica‘ que reúne diagnose com 
intervenção manual, quando a medicina da 
modernidade, como nos aponta Roberto Passos 
Nogueira (1977), forja o médico clínico, seja este o 
da clínica médica ou da clínica cirúrgica, ao integrar 
cirurgiões-barbeiros com os físicos (os praticantes da 
medicina interna), unificando, respectivamente, 
artesãos de um ofício com médicos da erudição e da 
diagnose. Este movimento também é o do saber 
médico, quando a medicina das espécies patológicas 
passa a ser a clínica anatomopatológica (Foucault, 
1977), um conhecimento sobre o corpo voltado à sua 
(útil) reparação. Os médicos clínicos passam a ser 
também agentes de uma técnica e a usarem, além da 
erudição e do raciocínio para o diagnóstico, suas 
mãos. 
Este movimento tecnificador dá aos médicos 
novos sentidos para o uso de equipamentos: alguns, 
oriundos das precedentes artes de cura, gregas ou 
medievais, são ‗reaproveitados‘; outros, novos, são 
criados ainda no século XIX. Mas também na 
medicina, dentro do movimento histórico mais global, 
será na segunda metade do século XX que se 
verifica a grande criação e incorporação de 
equipamentos e medicamentos. Constitui-se, então, a 
‗tecnologia em saúde‘, que é, sobretudo, ‗tecnologia 
de curar‘. 
De sua origem na modernidade a seu 
estabelecimento como conceito já nos anos 70-80 do 
último século, a ‗tecnologia em saúde‘ é confundida 
com a própria tecnologiada medicina, e, num claro 
movimento de sobrevalorização da possibilidade de 
intervir, ou da criação desta possibilidade, até mais 
que a própria utilidade da técnica e seu produto, 
significou para muitos uma espécie de ‗bem em si 
mesmo‘, corporificado na existência de equipamentos 
e de medicamentos. Os primeiros, principalmente, 
passam a ser o grande referente da noção de 
tecnologia. Será somente quase ao final daquele 
século que se busca definir saúde em sua 
positividade, a fim de conhecer os procedimentos de 
sua promoção – ‗tecnologias de saúde‘ –, de forma 
separada, ainda que complementar e 
interdependente, dos procedimentos da medicina. 
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Desenvolvimento histórico do conceito 
A partir da década de 1980 do século XX, 
desenvolvem-se abordagens que enunciam dois 
segmentos da ‗tecnologia em saúde‘: os conceitos de 
‗tecnologias de produto‘ (equipamentos, 
medicamentos) e ‗tecnologias de processo‘ 
(procedimentos). Estas abordagens constituem 
respostas à indiferenciação com que vinham sendo 
tratados esses componentes da tecnologia, 
mascarando a origem sócio-histórica das tecnologias 
de produto, que, conforme Novaes (2006), articulam-
se de formas específicas em contextos históricos 
particulares, construindo processos complexos e 
ramificados em todas as etapas de sua criação e uso: 
pesquisa, desenvolvimento, inovação e incorporação 
e utilização nos serviços de saúde. Autores como 
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Bruno Latour (2000) rejeitam o que consideram 
uma abordagem reducionista no estudo das 
tecnologias que desconecta as contingências 
sociais da operacionalização técnica. 
No Brasil, os estudos de Maria Cecília F. 
Donnangelo (1975; Donnangelo & Pereira, 1976), 
dedicados à análise da medicina como prática 
técnica e social, abrem as oportunidades para a 
construção de um quadro teórico que não só 
examinará o proceder das intervenções nas 
práticas de saúde como perseguirá neles a 
historicidade e a socialidade dessas práticas, 
emergindo uma teoria do trabalho em saúde 
(Mendes Gonçalves, 1992). Voltada para o 
‗processo de trabalho‘, primeiro em medicina e 
posteriormente em saúde pública, nesta, 
o conceito de ‗tecnologia em saúde‘ 
ganhará novo estatuto. Apontará Mendes 
Gonçalves, em sua tese de doutorado de 1986 e 
publicada em livro, em 1994, a necessidade 
referente às práticas de saúde tomadas como 
trabalho social de aprofundar o conhecimento das 
‗características internas‘ (intra-técnica) dessas 
práticas, consubstanciadas com suas 
‗características externas‘ (o contexto sócio-histórico 
de sua produção). E a tecnologia passa a ser 
entendida como 
―o conjunto de saberes e instrumentos que 
expressa, no processo de produção de serviços, a 
rede de relações sociais em que seus agentes 
articulam sua prática em uma totalidade social‖ 
(Mendes Gonçalves, 1994, p. 32). 
Assim, da perspectiva da historicidade, este 
olhar, de referência marxista, contrapõe-se à 
tradição de conceber a medicina como prática tão 
antiga quanto a própria humanidade em seus 
propósitos e renovada, não pelos diferentes 
contextos sociais, mas tão-somente pela evolução 
dos conhecimentos e técnicas, consubstanciada 
essencialmente nos equipamentos. Já da 
perspectiva da socialidade, a teoria do trabalho em 
saúde rompe com a visão de que o modo de operar 
a prática e as relações correspondentes entre os 
indivíduos envolvidos seria situação derivada das 
tecnologias materiais. Ao contrário, o modo de vida 
em sociedade está inscrito no modo de ser das 
práticas em saúde, produzindo uma configuração 
geral de tais práticas, a qual é recriada em arranjos 
particulares nas especificidades das técnicas. Este 
lado ‗interno‘ são os processos de trabalho, arranjos 
da técnica em medicina na organização social da 
produção dos serviços de saúde e que dão conta 
das múltiplas determinações de seu trabalho como 
também social. Este ‗interno‘ são recriações, e não 
tão somente reflexos de seu ‗exterior‘ (as políticas 
de saúde, os mercados de trabalho, a economia 
política do complexo médico-industrial, as 
ideologias ocupacionais, corporativas e as culturas 
profissionais, os movimentos sociais de 
reivindicação de direitos, de acesso e de consumo 
etc). Tais recriações estão condensadas no saber 
que orienta esses modos de produzir, técnica e 
socialmente, os cuidados. Este saber é definido como 
saber tecnológico ou saber operante do trabalho 
médico. ‗Tecnologia em saúde‘ aparece, então, 
desdobrada em duas novas concepções: o saber que 
preside o modo de produzir os cuidados em saúde – 
‗saber tecnológico‘ em saúde – e o arranjo dos 
elementos técnicos plasmado em um modo de 
produzir – os modelos tecnológicos de organização 
do trabalho ou, simplesmente, ‗modelos tecnológicos 
do trabalho‘ em saúde. Dessa formulação, deriva, em 
estudos voltados para a política de saúde, a noção 
de modelos tecno-assistenciais, ou, mais usual, 
modelos assistenciais em saúde. 
Encontra-se também na produção de Mendes 
Gonçalves a identificação de dois específicos 
saberes tecnológicos em saúde da modernidade. 
Trata-se da epidemiologia, saber tecnológico do 
trabalho de saúde pública, e da clínica, saber 
tecnológico do trabalho de assistência médica. De 
origem comum, são estes saberes recriações 
técnicas específicas de aproximação das 
necessidades de saúde (adoecimentos), na vertente 
populacional ou coletiva, o primeiro, e na vertente 
individual, o segundo (Mendes Gonçalves, 1994). 
Detalhando, no mesmo estudo de investigação 
histórica do trabalho em saúde pública em São 
Paulo, os modos de produzir intervenções 
correspondentes a diferentes contextos sócio-
históricos, o autor identifica o controle do meio e das 
populações com a polícia sanitária e o campanhismo, 
como o primeiro ‗modelo tecnológico‘ da saúde 
pública paulista, presidida pelo ‗saber tecnológico‘ da 
epidemiologia de base bacteriológica, nos anos 1890-
1920. Um segundo ‗modelo tecnológico‘ se fará 
presente pelo privilegiamento do controle de doentes 
pelos dispensários e centros de saúde, tendo a 
educação sanitária como seu ‗saber tecnológico‘ 
maior, no período 1920-1960. Após 1960, o controle 
integrado do meio e dos doentes pela territorialização 
dos centros de saúde terá, na programação em 
saúde, uma tentativa de ‗saber tecnológico‘ da 
integração médico-sanitária, ao se introduzir a 
assistência médica como parte das atribuições das 
instituições de saúde pública (Schraiber, 1990). 
No estudo que explora o trabalho de 
assistência médica, publicado em 1993, Schraiber 
aponta as transformações históricas da ‗tecnologia 
médica‘, ao passar a medicina, de um ‗arranjo 
tecnológico do tipo artesanal, correspondente ao 
‗modelo tecnológico‘ do pequeno produtor de 
consultório privado do período liberal de exercício da 
profissão, para um ‗modelo de medicina tecnológica‘, 
em arranjos de base progressivamente tecnicistas, 
com o empresariamento da assistência médica após 
os anos 60, no Brasil. Explorando, em estudo 
posterior, mais de perto a clínica como ‗saber 
tecnológico‘ (Schraiber, 1997), a autora demonstra 
sua passagem de um saber reflexivo e pouco 
aparelhado para um uso mais mecânico e repetitivo 
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do conhecimento científico. Nesse sentido, 
passagem da clínica engenho e arte para o 
algoritmo clínico dos protocolos contemporâneos. 
Apontando que a clínica mantém-se, não obstante a 
maior valorização do científico, como um duplo 
técnico, isto é, saber operante que combina, nos 
contextos de trabalho, o uso do conhecimento 
científico com aquele de ordem prática, a autora 
encontra na medicina contemporânea tanto a 
mecanização e arotinização da ação profissional, a 
que designa por ‗técnica- tecnológica‘, quanto a 
criação e a inovação, que seria a ‗técnica-arte‘. 
Uma outra terminologia classificatória para 
tratar essas características de rotinização versus 
criação, que remete também à distinção entre 
recursos materiais e saberes, encontra-se nos 
estudos de Emerson Elias Merhy (1997, 2002), ao 
propor: as ‗tecnologias leves‘, que associa a 
relações de produção de vínculo, autonomização, 
acolhimento e gestão; as ‗tecnologias leveduras‘, 
que seriam os saberes já estruturados, tais como a 
clínica médica, a clínica psicanalítica, a 
epidemiologia, o taylorismo e o fayolismo; e as 
‗tecnologias duras‘, quais sejam, as máquinas, as 
normas e as estruturas organizacionais. 
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Emprego do conceito na área da saúde na 
atualidade 
Diversos são os desdobramentos dessas 
elaborações primeiras acerca da ‗tecnologia em 
saúde‘ no Brasil. De tal modo, porém, elas próprias 
e as produções que se tomam como seus 
desdobramentos são contemporâneos, que a 
partição entre o que é emprego atual e o que foi 
desenvolvimento histórico dessa ‗tecnologia em 
saúde‘ fica algo artificial. Contudo, tomou-se aqui a 
inflexão que se dá a partir da conceituação de 
tecnologia que passa a incluir os saberes e as 
possibilidades que daí emergem de criação do 
novo: as ‗inovações tecnológicas‘ em saúde, seja 
nas práticas da assistência médica, ou nas da 
saúde pública. Uma primeira dessas inovações 
surge exatamente na e para a articulação entre 
essas práticas: são as diversas elaborações em 
torno da noção de integralidade, com as 
conseqüentes ‗tecnologias de integração‘ das 
práticas de saúde. 
Cabe aqui uma observação, no sentido de que se 
toda inovação tecnológica tem por base um 
pensamento crítico acerca das práticas de saúde, 
nem todo pensamento crítico que se tece acerca 
dessas práticas configura-se como tecnologias ou 
resulta nelas. Assim, muito da reflexão acerca da 
integralidade dos cuidados ou dos próprios sentidos 
do cuidar em saúde pertence à esfera da filosofia 
ou da teoria crítica nas ciências humanas e sociais. 
Para ganhar sentido tecnológico, as proposições 
devem configurar concreta e materialmente arranjos 
de trabalho. Algumas o fazem, voltando-se, em 
particular, para a atenção primária em saúde, cuja 
necessidade de inovação está em sua inserção em 
uma dada forma de organização social da produção 
dos serviços (e de sua distribuição): o Sistema Único 
de Saúde (SUS) no Brasil, modelo tecnológico de 
grandes exigências de integralidade (Pinheiro & 
Mattos, 2001, 2003, 2005). Nesse empreendimento, 
surgem as noções de ‗tecnologias simplificadas‘ e 
‗tecnologias próprias‘. A primeira noção corresponde 
à identificação da atenção primária como arranjo 
tecnológico convencional apenas desprovido de 
tecnologia material relevante, daí ser simplificado. Já 
as tecnologias próprias buscam denotar o específico 
dessa atenção, apontando o caráter complexo do 
‗saber tecnológico da integração das ações‘ 
(Schraiber, Nemes & Mendes Gonçalves, 1996) e 
operando uma distinção entre a complexidade da 
tecnologia material e aquela assistencial, na 
produção dos cuidados. 
Há, ainda, as inovações correlatas ao 
trabalho gerencial, com seus saberes tecnológicos: o 
planejamento, a organização e administração, a 
avaliação dos serviços de saúde. São proposições 
tecnológicas buscadas na tríade planejamento-
produção de informação-avaliação e que podem ser 
mais voltadas à organização da produção dos 
trabalhos ou mais voltadas às interações entre 
sujeitos ali presentes. Nesta última direção, destaca-
se o estudo de Ricardo Rodrigues Teixeira (2003) 
com a proposição das ‗redes de conversações‘, 
tecnologia em que o autor insere o acolhimento como 
esfera interativa e comunicacional do trabalho em 
saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENERGIA, ENDEMIAS, EPIDEMIAS 
E PANDEMIAS. 
ATUALIDADES 
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Pandemia, epidemia e endemia: entenda a 
diferença 
A OMS classificou o coronavírus (covid-19) 
como pandemia 
 
 
Pandemia, epidemia e endemia: entenda a 
diferença (foto: Educa Mais Brasil) 
Até ontem (11), 118 mil casos do coronavírus, o 
covid-19, foram confirmados em 114 países, sendo 
4.291 mortes por causa do vírus. Durante coletiva 
de imprensa, também ontem, o diretor-geral da 
Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom 
Ghebreyesus, destacou que "os números de casos 
de mortes e o número de países afetados devem 
ser ainda maior nos próximos dias e nas próximas 
semanas." Devido ao avanço da doença, a OMS 
declarou uma pandemia do covid-19. 
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Ghebreyesus ressaltou, no entanto, que as 
orientações da OMS aos países com a presença da 
doença seguem como antes. A organização 
recomendou aos países que ampliassem a 
comunicação com a população a respeito dos 
riscos de contaminação, explicando como se 
proteger, além de mapear, isolar, testar e tratar os 
casos de coronavírus, rastreando todos os 
infectados e pessoas próximas a eles. 
 
Para o diretor-geral, "a palavra pandemia não deve 
ser usada de forma descuidada ou leviana. É uma 
palavra que, se mal empregada, pode despertar 
medo irracional ou a aceitação injustificável de que 
a luta acabou, levando a sofrimento e mortes 
desnecessárias." 
 
Mas, qual a diferença entre pandemia, epidemia 
e endemia? 
 
Pandemia: é definida quando uma doença infecciosa 
se propaga e atinge simultaneamente um grande 
número de pessoas em todo o mundo em 2009, por 
exemplo, a gripe suína que matou milhares de 
pessoas foi classificada como pandemia. 
 
Embora o termo pandemia possa assustar, vale 
ressaltar que não muda a maneira em que a doença 
seja proliferada. A classificação ocorre mais porque o 
vírus não afetou uma região específica no início, o 
coronavírus estava concentrado apenas em Wuhan, 
na China e se espalhou pelo globo. 
 
Além do covid-19, são exemplos de pandemias: 
AIDS, tuberculose, peste, gripe asiática, gripe 
espanhola e tifo. O câncer, que provoca milhares de 
mortes em todo o mundo, não é classificado como 
uma pandemia por não ser uma doença 
transmissível. 
 
Epidemia: também classifica as doenças infecciosas 
e contagiosas, mas que ocorrem somente em uma 
comunidade e ou região específica. A nível municipal, 
por exemplo, uma epidemia ocorre quando vários 
bairros apresentam casos da doença; estadual 
quando ocorre em várias cidades e nacional em 
diversas regiões do país. Em resumo, são surtos de 
doenças em diversas regiões, sem propagação entre 
países, por exemplo. Podemos citar casos de 
epidemia quando a dengue acontece em várias 
cidades. 
 
Endemia: os casos de endemias não são 
classificados levando em conta o número de 
ocorrência. A doença é endêmica quando aparece 
com frequência em um local, não se espalhando por 
outras comunidades a chamada endêmica típica. A 
endemia também é classificada de modo sazonal. A 
febre amarela, comum na região amazônica, é uma 
doença endêmica. 
 
Coronavírus: tudo o que você 
precisa saber sobre a nova 
pandemia 
 
O primeiro caso da pandemia pelo novo 
coronavírus, SARS-CoV2, foi identificado em 
Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro do último 
ano. Desde então, os casos começaram a se 
espalhar rapidamente pelo mundo: primeiro pelo 
continente asiático, e depois por outros países. 
Em fevereiro, a transmissão da Covid-19, nome dado 
à doença causada pelo SARS-CoV2, no Irã e na Itália 
ATUALIDADES 
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chamaram a atenção pelo crescimento rápido de 
novos casos e mortes, fazendo com que o 
Ministério da Saúde alterasse a definição de caso 
suspeito para incluirpacientes que estiveram em 
outros países. No mesmo dia, o primeiro caso do 
Brasil foi identificado, em São Paulo. 
Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) 
definiu o surto da doença como pandemia. Poucos 
dias depois, foi confirmada a primeira morte no 
Brasil, em São Paulo. No mesmo dia, outra 
paciente, do Rio de Janeiro, veio a óbito. 
Veja os números atualizados (17/03, às 16h): 
 290 casos* confirmados no Brasil, em 16 
estados, com maior foco em São Paulo e 
no Rio de Janeiro; 
 Duas mortes confirmadas no Brasil, em 
São Paulo e no Rio de Janeiro; 
 Mais de 8 mil casos suspeitos no Brasil e 
mais de 1.800 descartados; 
 Mais de 194 mil casos em cerca de 130 
países e territórios; 
 Mais de 6.000 casos graves; 
 7.888 mortes; 
 Mais de 81 mil pessoas recuperadas. 
*Números divulgados por secretarias estaduais 
somam 314 casos no Brasil. 
2.5 Abordagem do coronavírus 
2.5.1 Definição de caso suspeito 
Febre¹ + pelo menos um sinal ou sintoma 
respiratório (tosse, dificuldade para respirar, 
batimento das asas nasais entre outros) + nos 
últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos 
sinais ou sintomas: residir em São Paulo, Rio de 
Janeiro ou Bahia ou histórico de viagem para área 
com transmissão local² ou histórico de contato 
próximo³ de caso suspeito para o coronavírus 
(Covid-19); OU 
Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma 
respiratório (tosse, dificuldade para respirar, 
batimento das asas nasais entre outros) + contato 
próximo³ de caso confirmado de coronavírus 
(Covid-19) em laboratório, nos últimos 14 dias 
anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas. 
¹ A febre pode não estar presente em alguns 
pacientes, como jovens, idosos, imunossuprimidos 
ou naqueles que usaram antitérmico. 
² A lista de países com transmissão local tem 
passado por atualizações frequentes. Atualmente 
são: Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do 
Norte, Tailândia, Vietnã, Camboja, Austrália, 
Filipinas, Malásia, Irã, Emirados Árabes e países 
europeus, além da China. No Brasil, Rio de Janeiro, 
São Paulo e Bahia são estados com transmissão 
local confirmada. 
³ O contato próximo é aquela pessoa que esteve a 
aproximadamente dois metros de distância de um 
paciente com suspeita, por um período prolongado, 
dentro da mesma sala, sem equipamento de 
proteção individual. 
Os casos suspeitos, prováveis e confirmados devem 
ser notificados pelo profissional de saúde 
responsável pelo atendimento. As informações 
devem ser inseridas nesta ficha de notificação. 
Para os estados com número grande de casos, como 
São Paulo e Rio de Janeiro, porém, a orientação é 
que o tratamento de casos graves é mais importante 
que a notificação, por isso pessoas com síndrome 
gripal que não estejam graves são orientadas a não 
buscar um posto de emergência, realizando apenas o 
isolamento social. 
2.5.2 Atendimento de caso suspeito 
 
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2.5.3 Tratamento de caso confirmado 
 
2.5.4 Tratamento de casos graves 
1. Administrar oxigenoterapia suplementar 
imediatamente a pacientes com SARI e 
dificuldade respiratória, hipoxemia ou 
choque. 
2. Usar tratamento conservador de fluidos em 
pacientes com SARI quando não houver 
evidência de choque. 
3. Prescrever antimicrobianos empíricos para 
tratar todos os patógenos prováveis que 
causam SARI. 
4. Não administrar rotineiramente 
corticosteroides sistêmicos para tratamento 
de pneumonia viral ou SDRA, a menos que 
sejam indicados por outro motivo. 
Veja também: Coronavírus em Terapia Intensiva: 
orientações de abordagem do COVID-19 
Insuficiência respiratória hipoxêmica e SDRA: 
1. Reconhecer insuficiência respiratória 
hipoxêmica grave quando um paciente com 
dificuldade respiratória estiver com falha na 
oxigenoterapia padrão. 
2. O oxigênio nasal de alto fluxo ou a ventilação 
não invasiva (VNI) devem ser usados apenas 
em pacientes selecionados com hipoxemia. 
3. Em pacientes com SDRA grave, recomenda-
se ventilação prona> 12 horas por dia. 
4. Evitar desconectar o paciente do ventilador, o 
que resulta em perda de PEEP e atelectasia. 
Choque séptico: 
1. Na ressuscitação do choque séptico em 
adultos, administrar pelo menos 30 mL/kg de 
cristaloide isotônico em adultos nas primeiras 
3 horas. Não usar cristaloides hipotônicos 
para ressuscitar. 
2. A ressuscitação com líquidos pode levar à 
sobrecarga de volume, incluindo insuficiência 
respiratória. Se não houver resposta à 
reposição e sinais de sobrecarga de volume 
(por exemplo, distensão venosa jugular, 
crepitações na ausculta pulmonar, edema 
pulmonar), reduzir ou interromper a 
administração de líquidos. 
2.6 Linha do tempo da Covid-19, doença pelo 
novo coronavírus 
2.6.1 Março 2020 
 – Primeira morte do Brasil é confirmada e São 
Paulo decreta estado de emergência 
O Ministério da Saúde confirmou, no dia 17, a 
primeira morte por Covid-19 no país. A informação 
foi dada após a confirmação do governador do 
Estado de São Paulo, onde o caso foi registrado. O 
homem, de 62 anos, estava internado em um hospital 
particular da capital paulista, e tinha como agravante 
histórico de hipertensão e diabetes. Sua evolução foi 
rápida, já que o diagnóstico foi dado no último dia 10. 
O estado registra mais de 150 casos, segundo dados 
da Secretaria Estadual de Saúde, e mais de 1.400 
suspeitos. No Brasil, segundo o Ministério, são 290 
pessoas com o vírus. Diante do crescimento no 
número de casos, o prefeito da cidade de São Paulo 
decretou estado de emergência. 
Ao final do mesmo dia, o estado do Rio de Janeiro 
também registrou uma morte pela doença. Uma 
mulher de 63 anos, após ter contato com sua 
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empregadora na capital, que havia ido à Itália, 
chegou grave ao hospital municipal de Miguel 
Pereira, onde testou positivo para Covid-19 e 
evoluiu para óbito rapidamente. O informe foi dado 
pela prefeitura local. 
 – Novas orientações para tratamento 
Novos artigos são lançados, trazendo pontos 
importantes para a abordagem das doenças no 
período de epidemia, como as síndromes gripais e 
as pneumonias virais. 
Orientações para cuidados em UTI também foram 
divulgadas em artigo no JAMA e protocolos da 
AMIB. 
 – OMS anuncia que Europa é o novo epicentro 
do coronavírus 
Em coletiva de imprensa no dia 13, o diretor-geral 
da OMS disse que os casos por dia da Europa 
ultrapassam a quantidade diária da China no pico 
da epidemia, por isso o continente deve ser 
considerado como novo epicentro da pandemia. 
Ministério da Saúde, também em coletiva de 
imprensa no dia 13, recomendou antecipação de 
férias nas escolas, suspensão de eventos e 
isolamento de viajantes internacionais. Além disso, 
confirmou casos de transmissão comunitária, 
quando não é possível identificar a fonte, nas 
capitais do Rio de Janeiro e São Paulo. Bahia 
possui transmissão local confirmada. 
 – ANS anuncia que teste para coronavírus será 
coberto por qualquer plano de saúde 
No mesmo dia da declaração de pandemia, a 
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) 
informa que o exame para detecção do coronavírus 
será incluído no Rol de Procedimentos e Eventos 
em Saúde, que constitui a cobertura mínima 
obrigatória para os beneficiários de planos de 
saúde. 
 – OMS declara pandemia de coronavírus 
No dia 11 de março, a Organização Mundial da 
Saúde define o surto como pandemia. Segundo o 
diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom 
Ghebreyesus, a demora para a definição como 
pandemia se deu por ser uma palavra perigosa 
pelas interpretações que pode gerar, mas que o 
aumento em mais de 13 vezes do número de casos 
externos à China e as mais de 4 mil mortes 
justificam a nova classificação. 
Os dados apresentadospela organização apontam 
mais de 118 mil casos em 114 países, com 4.291 
mortes. Apesar disso, 90% dos casos estão em 
apenas na China, Itália, Irã e Coreia do Sul, sendo 
que a China e Coreia do Sul já estão controlando o 
vírus. Ainda assim, é esperado que o número de 
casos continue crescendo no mundo, por isso o 
controle da transmissão é extremamente importante, 
e os países devem continuar trabalhando nisso. 
Leia também: Por dentro do surto de coronavírus: 
características e gravidade dos pacientes 
Desde o dia 9, o Ministério da Saúde passou a adotar 
novas recomendações da OMS: realizar testes de 
coronavírus em pacientes internados com síndrome 
respiratória aguda grave em cidades que já possuem 
casos, mesmo sem histórico de viagem ou contato, e 
naqueles pacientes com síndrome gripal que forem 
atendidos em unidades da Rede Sentinela, que 
abrange mais de 114 unidades e postos de saúde no 
país. 
 – Anvisa e Ministério da Saúde atualizam 
critérios para doação de sangue 
Diante do crescente número de casos, a Anvisa e o 
Ministério da Saúde atualizam os critérios para 
doação de sangue no país, mesmo que ainda não 
haja evidências de que o vírus seja transmitido via 
transfusional. A medida é preventiva e as orientações 
você encontra em nosso Portal. 
2.6.2 Fevereiro 2020 
 – Epidemia se espalha e mais estudos são feitos 
No dia 26 de fevereiro, mais de 81.300 casos são 
confirmados em mais de 44 países, treze novos 
países em apenas dois dias. 
Estudos buscam entender a persistência do vírus no 
ambiente, chegando a conclusão de que podem ficar 
até nove dias, se as superfícies não forem 
adequadamente higienizadas. As orientações você 
pode conferir aqui! 
 – Brasil tem primeiro caso confirmado 
No mesmo dia da alteração de definição de caso, dia 
24, Brasil recebe um paciente com os sintomas 
depois de voltar da Itália, e os resultados são 
positivos para SARS-CoV2, como agora é 
oficialmente chamado o vírus causador da Covid-19. 
Diante da confirmação, o Whitebook libera os 
conteúdos de coronavírus em sua versão gratuita! 
 – Casos de coronavírus fora da China crescem 
de forma rápida 
Até o dia 24, o número de casos externos cresce de 
forma estrondosa. Os países que tem o maior 
aumento são Itália, que passa de 79 casos para 222 
em apenas dois dias, e Irã, que contabiliza 12 mortes 
e fecha as fronteiras. Ao todo, quase 80 mil casos 
são confirmados, sendo mais de 2 mil em outros 31 
países, com 2.600 mortes, sendo 35 externas à 
China. 
ATUALIDADES 
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OMS declara que países devem se preparar para 
uma possível pandemia. 
O Ministério da Saúde altera novamente a 
definição de caso e agora é considerado suspeito 
aquele paciente que tiver sintomas + histórico de 
viagem ou contato com quem viajou para: Japão, 
Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, 
Tailândia, Vietnã, Camboja, Austrália, Filipinas, 
Malásia, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados 
Árabes, além da China. 
 – Transmissão local fora do epicentro e 
alteração de definição de caso 
Por volta do dia 20 de fevereiro, alguns casos 
começam a ser identificados em pacientes sem 
histórico de viagem à China. O número de casos 
ultrapassa 70 mil, com mais de 1.300 casos 
externos em 28 países. 
No dia 21 de fevereiro, o Ministério da Saúde inclui 
novos países na definição de caso suspeito. 
 – OMS declara surto de coronavírus como 
controlado 
Com poucos casos externos à China, e o número 
de pacientes crescendo cada vez menos, a OMS 
define, no dia 14, o surto de coronavírus como 
controlado. 
 – Divulgações de mais informações sobre a 
doença 
Até esse momento, diversos pesquisadores se 
envolveram para entender mais sobre a doença. 
Estudos apresentaram as principais características 
clínicas. Além disso, medidas de prevenção são 
amplamente divulgadas para profissionais de saúde 
e população, em geral. 
Até o dia 10 de fevereiro, mais de 40 mil casos são 
registrados, com 454 casos externos à China, em 
outros 24 países e nos três territórios 
independentes (Taiwan, Macau e Hong Kong). Das 
mais de 1 mil mortes, as duas primeiras fora da 
China foram em Hong Kong e nas Filipinas. 
 – Whitebook lança conteúdos de coronaviroses 
Diante da situação, a equipe do Whitebook 
também preparou conteúdos sobre a doença para 
auxiliar os médicos e profissionais de saúde que 
assinam o aplicativo. 
Veja parte do conteúdo: Como diagnosticar a 
doença respiratória por coronavírus? 
2.6.3 Janeiro 2020 
 – OMS define coronavírus como emergência de 
saúde internacional 
Em três dias, a OMS altera novamente a 
classificação da epidemia. No dia 30, o surto da 
doença respiratória aguda pelo coronavírus, agora 
com o nome definido como Covid-19, é uma 
emergência de saúde pública de interesse 
internacional (PHEIC). 
Apesar de alguns membros do comitê discordarem, 
foi discutido que declarar PHEIC era importante para 
reconhecer as ações tomadas pela China e oferecer 
apoio ao país. Neste momento, o número de casos 
ultrapassa de 8 mil, com 171 mortes. Mas os casos 
externos à China ainda são a minoria. 
 – OMS altera classificação para emergência de 
nível elevado 
No dia 27 de janeiro, a Organização Mundial da 
Saúde alterou sua posição de que o surto do novo 
tipo de coronavírus seria uma emergência de risco 
moderado e passou a considerar de nível elevado. 
A OMS alterou também a definição de caso suspeito, 
incluindo qualquer pessoa com sintomas que tenha 
estado na China como um todo, e não apenas na 
cidade de Wuhan, como estava sendo considerado 
anteriormente. 
Com a nova definição, começam a aparecer casos 
suspeitos no Brasil. Até o dia 29 de janeiro, eram 
nove suspeitas, sem nenhuma confirmação. 
 – Ministério da Saúde divulga informações de 
identificação do coronavírus 
Como a epidemia segue em uma crescente, com o 
primeiro caso nas Américas, o Ministério da Saúde 
divulga as informações de como identificar casos 
no Brasil, com definição de caso suspeito, 
fluxograma de atendimento e isolamento e como 
notificar. 
Nós do Portal, preparamos um podcast trazendo 
todas as informações até este momento que o 
profissional de saúde precisava saber. 
 – Confirmação de transmissão humana e 
primeiro caso nas Américas 
Após o primeiro alerta sobre o surto, os casos quase 
triplicam e se estendem para outros sete países além 
da China, incluindo o primeiro caso nos Estados 
Unidos, anunciado no dia 21. Alguns dos casos são 
de pessoas que estiveram na China, mas não no 
mercado de Wuhan, confirmando a transmissão 
humana. No dia 24 de janeiro, o número de casos 
era maior que 800, com 25 mortes, incluindo a 
primeira fora da China. 
Diante do primeiro caso nas Américas, a 
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) 
emitiu um comunicado alertando e pedindo que os 
profissionais de saúde se atualizem e estejam 
familiarizados com os sintomas da doença para agir 
de forma rápida quando casos suspeitos aparecerem. 
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 – Alerta OMS 
No dia 12 de janeiro, a OMS faz o primeiro alerta 
sobre o surto do novo coronavírus, chamado então 
de 2019-nCoV, para que os países se preparem 
para uma possível transmissão da doença. Neste 
momento, 41 casos foram confirmados na China, 
com uma morte, e dois casos externos foram 
identificados: um na Tailândia e um no Japão, 
ambos de pacientes que estiveram em Wuhan. 
A China compartilha o sequenciamento genético 
com outros países para que os casos passam ser 
identificados de maneira rápida. 
 – Novo tipo de coronavírus 
Autoridades chinesas identificam a causa dos casos 
de pneumonia e/ou doenças respiratórias, que 
continuaram a aparecer no local, como uma nova 
cepa do coronavíruse realizam o sequenciamento 
genético do vírus no dia 7. Os pacientes tiveram 
resultados negativos para outros patógenos 
respiratórios, como gripe, gripe aviária, adenovírus, 
coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 
(SARS-CoV), coronavírus da síndrome respiratória 
do Oriente Médio (MERS-CoV). 
A principal suspeita é que a infecção tenha ocorrido 
através de algum animal vendido no Mercado 
Municipal de Wuhan, que vende frutos do mar e 
animais silvestres. O mesmo já havia sido fechado 
para desinfecção no dia 1º. 
2.6.4 Dezembro 2019 
 – Primeira notificação 
No dia 31 de dezembro foi identificado o primeiro 
caso de pneumonia de causa inespecífica em 
Wuhan, na China. 
Referências bibliográficas: 
 http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/ 
 https://coronavirus.jhu.edu/map.html 
 https://bnonews.com/index.php/2020/02/the-
latest-coronavirus-cases/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
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AGENTE DE COMBATE À ENDEMIAS – SESMA/PA 2023 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
1. Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) ........................................................................................... 2 
2. Promoção, prevenção e proteção à saúde ................................................................................................ 4 
3. Noções de vigilância à saúde ..................................................................................................................... 14 
4. Ações de educação em saúde na Estratégia Saúde da Família .............................................................. 17 
5. Atribuições do Agente de Combate à Endemias ...................................................................................... 20 
6. Noções de saneamento básico e do meio ambiente ................................................................................ 21 
7. Processo saúde doença e seus determinantes ........................................................................................ 26 
8. Uso de defensivos agrícolas e suas consequências para a saúde humana .......................................... 28 
9. Doenças de notificação compulsória ......................................................................................................... 30 
10. Doenças infecciosas e parasitárias.......................................................................................................... 35 
11. Dengue: ....................................................................................................................................................... 37 
Definição, agente causador, sinais e sintomas, modo de transmissão, períodos de incubação e 
transmissibilidade, diagnóstico e tratamento ..................................................................................................... 37 
12. Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) ............................................................................... 40 
13. Atividades de vigilância entomológica .................................................................................................... 42 
14. Noções básicas de vigilância sanitária na área de alimentos e estabelecimentos de saúde de baixa 
complexidade ................................................................................................................................................... 43 
15. Controle da raiva ........................................................................................................................................ 44 
16. Atribuições/Atividades do Agente Comunitário de Saúde – ACE ......................................................... 47 
Lei nº 11.350, de 05/10/2006 ............................................................................................................................. 47 
Decreto nº 8.474, de 22 de junho de 2015 ......................................................................................................... 55 
17. Noções de Ética e Cidadania .................................................................................................................... 57 
 
 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
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A base legal do SUS está fundamentada 
em 3 documentos: constituição de 88 (na parte que 
fala de seguridade social), nas leis orgânicas de 90 
(a 8080 e 8142). 
Os princípios do SUS ou princípios 
doutrinários são as bases que norteiam as diversas 
ações, representando os valores, a bandeira a ser 
constituída pelo sistema. Um exemplo é o princípio 
da universalidade que garante a todos o direito a 
saúde, sem qualquer exclusão ou padrão de 
escolha. 
Diretrizes do SUS ou princípios 
organizativos são aquelas que direcionam e 
definem os rumos dando a rota estratégica para as 
ações. A organização do SUS por meio da 
descentralização das ações com direção única é 
um meio de atingir os objetivos do SUS. 
Os princípios do SUS são: 
Princípios Doutrinários 
Universalização: a saúde é um direito de 
cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado 
assegurar este direito, sendo que o acesso às 
ações e serviços deve ser garantido a todas as 
pessoas, independentemente de sexo, raça, 
ocupação, ou outras características sociais ou 
pessoais. 
Equidade: o objetivo desse princípio é 
diminuir desigualdades. Apesar de todas as 
pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas 
não são iguais e, por isso, têm necessidades 
distintas. Em outras palavras, equidade significa 
tratar desigualmente os desiguais, investindo mais 
onde a carência é maior. 
Integralidade: este princípio considera as 
pessoas como um todo, atendendo a todas as suas 
necessidades. Para isso, é importante a integração 
de ações, incluindo a promoção da saúde, a 
prevenção de doenças, o tratamento e a 
reabilitação. Juntamente, o principio de 
integralidade pressupõe a articulação da saúde com 
outras políticas públicas, para assegurar uma 
atuação intersetorial entre as diferentes áreas que 
tenham repercussão na saúde e qualidade de vida 
dos indivíduos. 
Princípios Organizativos 
Estes princípios tratam, na realidade, de 
formas de concretizar o SUS na prática. 
Regionalização e Hierarquização: os 
serviços devem ser organizados em níveis 
crescentes de complexidade, circunscritos a uma 
determinada área geográfica, planejados a partir de 
critérios epidemiológicos, e com definição e 
conhecimento da população a ser atendida. A 
regionalização é um processo de articulação entre os 
serviços que já existem, visando o comando unificado 
dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à 
divisão de níveis de atenção e garantir formas de 
acesso a serviços que façam parte da complexidade 
requerida pelo caso, nos limites dos recursos 
disponíveis numa dada região. 
Descentralização e Comando Único: 
descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade 
entre os três níveis de governo. Com relação à 
saúde, descentralização objetiva prestar serviços 
com maior qualidade e garantir o controle e a 
fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a 
responsabilidade pela saúde deve ser 
descentralizada até o município, ou seja, devem ser 
fornecidas ao município condições gerenciais, 
técnicas, administrativas e financeiras para exercer 
esta função. Para que valha o princípio da 
descentralização, existe a concepção constitucional 
do mando único, onde cada esfera de governo é 
autônoma e soberana nas suas decisões e 
atividades, respeitando os princípios gerais e a 
participação da sociedade. 
Participação Popular: a sociedade deve 
participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem 
ser criados os Conselhos e as Conferências de 
Saúde, que visam formular estratégias, controlar e 
avaliar a execuçãoda política de saúde. 
TÍTULO II 
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR 
CAPÍTULO II 
Dos Princípios e Diretrizes 
Art. 7º As ações e serviços públicos de 
saúde e os serviços privados contratados ou 
conveniados que integram o Sistema Único de 
Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as 
diretrizes previstas no art. 198 da Constituição 
Federal, obedecendo ainda aos seguintes 
princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de 
saúde em todos os níveis de assistência; 
II - integralidade de assistência, entendida 
como conjunto articulado e contínuo das ações e 
serviços preventivos e curativos, individuais e 
coletivos, exigidos para cada caso em todos os 
níveis de complexidade do sistema; 
III - preservação da autonomia das pessoas 
na defesa de sua integridade física e moral; 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem 
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
V - direito à informação, às pessoas 
assistidas, sobre sua saúde; 
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VI - divulgação de informações quanto ao 
potencial dos serviços de saúde e a sua utilização 
pelo usuário; 
VII - utilização da epidemiologia para o 
estabelecimento de prioridades, a alocação de 
recursos e a orientação programática; 
VIII - participação da comunidade; 
IX - descentralização político-
administrativa, com direção única em cada esfera 
de governo: 
a) ênfase na descentralização dos serviços 
para os municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede 
de serviços de saúde; 
X - integração em nível executivo das 
ações de saúde, meio ambiente e saneamento 
básico; 
XI - conjugação dos recursos financeiros, 
tecnológicos, materiais e humanos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na 
prestação de serviços de assistência à saúde da 
população; 
XII - capacidade de resolução dos serviços 
em todos os níveis de assistência; e 
XIII - organização dos serviços públicos de 
modo a evitar duplicidade de meios para fins 
idênticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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PROMOÇÃO À SAÚDE 
Promoção da saúde consiste em políticas, 
planos e programas de saúde pública com ações 
voltadas em evitar que as pessoas se exponham a 
fatores condicionantes e determinantes de doenças, 
a exemplo dos programas de educação em saúde 
que se propõem a ensinar a população a cuidar de 
sua saúde. 
Além disso, incentiva condutas adequadas 
à melhoria da qualidade de vida, distinguindo-se da 
atenção primária ou ações da medicina preventiva 
que identificam precocemente o dano e ou 
controlam a exposição do hospedeiro ao agente 
causal em um dado meio-ambiente 
No dia 30 de março de 2006, foi aprovada a 
Política Nacional de Promoção a Saúde, pela 
portaria de número 687, que validou o compromisso 
da atual gestão do Ministério da Saúde na 
ampliação das ações de promoção, nos serviços e 
na gestão do Sistema Único. 
Constituindo um instrumento de 
fortalecimento e implantação de ações transversais, 
integradas e intersetoriais que objetivam o diálogo 
entre as diversas áreas do setor sanitário, 
governamental, privado e sociedade geral, para 
compor redes de compromisso em que todos 
auxiliem na proteção e no cuidado com a vida.. 
Segundo Arouca cada um desses 
elementos é determinado por um conjunto de 
características que lhe são atribuídas, na "Historia 
Natural da Doença", como, por exemplo, em 
relação à história natural da sífilis adquirida: sendo 
os determinantes sociais ou condicionantes. 
• Fatores do Agente - características 
biológicas, pré-requisitos de unidade, baixa 
resistência; 
• Fatores do Ambiente - geografia, clima, 
instabilidade familiar, baixo ingresso, moradia, 
facilidades inadequadas de recreação, facilidades 
diagnósticas; personalidade, ética e educação 
sexual, promiscuidade, profilaxia. (Leavell & Clarck, 
1965) 
O modelo teórico de explicação/intervenção 
denominado promoção da saúde substitui 
(redefinindo) aquele modelo triádico agente-
hospedeiro-ambiente (tido como ecológico) por um 
esquema quadripolar constituído por: biologia 
humana, ambiente, estilo de vida e sistema de 
serviços de saúde. 
Mais eficaz, sobretudo para "dar conta" da 
elevação das doenças crônico - degenerativas ou 
não - transmissíveis que caracterizam o mundo 
moderno. 
ESTRATÉGIAS 
1) Promoção de saúde através de políticas 
públicas: focalizando a atenção no impacto em saúde 
das políticas públicas de todos os setores e não 
somente do setor da saúde. 
2) Criação de ambiente favorável através da 
avaliação do impacto em saúde do ambiente e 
evidenciar oportunidades de mudanças que 
conduzam à saúde. 
3) Desenvolvimento de habilidades pessoais: 
ampliando a disseminação de informações para 
promover compreensão, e apoiar o desenvolvimento 
de habilidades pessoais, sociais e políticas que 
capacitem indivíduos a tomar atitudes de promoção 
de saúde. 
4) Fortalecimento de ações comunitárias: 
apoiando ações comunitárias concretas e eficazes na 
definição de prioridades, tomada de decisões, 
planejamento de estratégias e implementá-las para 
atingir melhor padrão de saúde. 
5) Reorientação de serviços de saúde: 
redirecionar o modelo de atenção da 
responsabilidade de oferecer serviços clínicos e 
curativos para a meta de ganhos em saúde. 
Segundo a Health Promotion Agency for 
Northern Ireland – HPA (2004), os principais modelos 
e teorias utilizados na promoção da saúde podem ser 
resumidos assim: 
1-Teorias que tentam explicar 
comportamentos e mudanças comportamentais 
focalizando no indivíduo. 
2-Teorias que explicam mudanças em 
comunidades e ações comunitárias para a saúde. 
3- Modelos que explicam mudanças em 
organizações e a criação de práticas organizacionais 
que incentivem hábitos saudáveis. 
Outro ponto crucial que deve ser abordado é 
a necessidade da diferenciação entre os conceitos de 
promoção, prevenção eeducação em saúde que 
muitas vezes são utilizados simultaneamente como 
se fossem sinônimos, ocasionando confusões até 
mesmo entre os profissionais de saúde (SOUZA; 
GRUNDY, 2004). Esta diferenciação é bastante 
importante, pois, segundo Breilh (1997), na ciência, 
uma distorção mil vezes repetida acaba convertendo-
se em ingrediente de uma interpretação da realidade. 
A principal diferença encontrada entre 
prevenção e promoção está no olhar sobre o conceito 
de saúde, na prevenção a saúde é vista 
simplesmente como ausência de doenças, enquanto 
na promoção a saúde é encarada como um conceito 
positivo e multidimensional resultando desta maneira 
em um modelo participativo de saúde na promoção 
em oposição ao modelo médico de intervenção. 
(FREITAS, 2003). Além disto, como observa 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
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Czeresnia (2003), a compreensão adequada do que 
diferencia promoção de prevenção é justamente a 
consciência de que a incerteza do conhecimento 
científico não é simples limitação técnica passível 
de sucessivas superações; buscar a saúde é 
questão não só de sobrevivência, mas de 
qualificação da existência. 
Para que se perceba a diferença entre 
educação em saúde e promoção da saúde faz-se 
necessário o esclarecimento de tais conceitos, 
mesmo se reconhecendo as dificuldades inerentes 
a tal esclarecimento. Resumidamente, pode-se 
afirmar que se entende por educação em saúde 
quaisquer combinações de experiências de 
aprendizagem delineadas com vistas a facilitar 
ações voluntárias conducentes à saúde, enquanto a 
promoção da saúde é uma combinação de apoios 
educacionais e ambientais que visam a atingir 
ações e condições de vida conducentes à saúde 
(CANDEIAS, 1997). 
Deve-se destacar também que a promoção 
de saúde adota uma gama de estratégias políticas 
que abrange desde posturas conservadoras até 
perspectivas críticas ditas radicais ou libertárias. 
Sob a ótica mais conservadora, a promoção de 
saúde seria um meio de direcionar indivíduos a 
assumirem a responsabilidade por sua saúde e, ao 
assim fazerem, reduzirem o peso financeiro na 
assistência de saúde. Noutra via, reformista, a 
promoção da saúde atuaria como estratégia para 
criar mudanças na relação entre cidadãos e o 
Estado, pela ênfase em políticas públicas e ação 
intersetorial, ou ainda, pode constituir-se numa 
perspectiva libertária que busca mudanças sociais 
mais profundas - como são as propostas de 
educação popular (CASTIEL, 2004). 
É importante também, que se reflita com 
cuidado antes de se afirmar que a promoção da 
saúde é fantástica e fascinante como declara Saan 
(2001), pois ao mesmo tempo que pode ser em 
seus aspectos ideológicos, um empreendimento de 
natureza holística que, conectado a dinâmicas de 
transformação social, demanda estratégias 
articuladas às necessidades sentidas, percebidas e 
desejadas pela população (MELLO, 2000), pode 
também ser um instrumento de biopoder como 
afirma Guilam (2003), isto é, o grande foco da 
educação e promoção à saúde são os riscos 
relacionados aos chamados estilos de vida. 
Indivíduos identificados como de alto risco para 
uma doença em particular são encorajados a mudar 
aspectos de suas vidas e a monitorar seu 
comportamento. Este projeto é dirigido no sentido 
de maximizar a sua própria saúde e minimizar o 
“peso” que o indivíduo possa causar à sociedade 
(GUILAM, 2003). 
PREVENÇÃO A SAÚDE 
Prevenção e promoção da saúde são duas 
coisas diferentes embora estejam imbricadas, 
ligadas, ambas são estratégias de intervenção no 
processo saúde-doença, as ações de cada uma 
implicam na melhoria da saúde da população por 
isso, é interessante diferenciá-las para entender 
melhor nossas ações. 
A prevenção corresponde a medidas gerais, 
educativas, que objetivam melhorar a resistência e o 
bem-estar geral dos indivíduos (comportamentos 
alimentares, exercício físico e repouso, contenção de 
estresse, não ingestão de drogas ou de tabaco), para 
que resistam às agressões dos agentes. Também diz 
respeito a ações de orientação para cuidados com o 
ambiente, para que esse não favoreça o 
desenvolvimento de agentes etiológicos 
(comportamentos higiênicos relacionados à habitação 
e aos entornos).” 
Frente ao exposto, podemos considerar 
ações preventivas às intervenções educativas 
direcionadas à população para evitar o surgimento de 
doenças, com a finalidade de reduzir sua incidência e 
prevalência na população, como por exemplo, 
prevenção do câncer de colo, de hipertensão, de 
obesidade. Tem como foco as doenças, sua 
prevenção e formas de tratamento. 
Já a promoção da saúde consiste em 
proporcionar às pessoas e comunidades os meios 
para melhorar a qualidade de vida e “tomar as rédeas 
de sua saúde”. “Promoção da Saúde é definida como 
a capacitação das pessoas e comunidades para 
modificarem os determinantes da saúde em benefício 
da própria qualidade de vida, segundo a Carta de 
Ottawa (1986), documento que se tornou referência 
para as demais Conferências Internacionais de 
Promoção da Saúde.” 
Tendo como base esse conceito explicitado 
acima podemos considerar como promoção eficaz da 
saúde ações que provocam mudanças nas condutas 
do indivíduo, no seu estilo de vida, bem como, nas 
suas condições sociais, econômicas e ambientais, 
bem como na melhoria na prestação de serviços, 
dentre outros. Nota-se que promoção da saúde tem 
um significado mais amplo, o termo doença, não 
aparece. 
É preciso aguçar nossa visão, para não cair 
na armadilha de fazermos da sala de espera um 
espaço apenas informativo, um espaço meramente 
preventivo. Daí a importância de esclarecer esses 
conceitos. O conceito de promoção de saúde vai 
além da prevenção. Podemos desenvolver ações 
para promover a saúde, no entanto, temos que ter a 
clareza de que isso não depende só de nossas ações 
e sim de um trabalho coletivo e Inter setorial, onde 
indivíduo, profissionais de saúde, comunidade, 
igrejas, comércio, escolas e autoridades trabalhem 
em prol da qualidade de vida de todos. 
Leavell & Clark (1976) descrevem a 
prevenção como uma ação antecipada, baseada no 
conhecimento da história natural da doença, a fim de 
tornar improvável o progresso posterior, 
apresentando três níveis de prevenção: 
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Prevenção Primária: Realizada no período 
de pré-patogênese, sendo que o conceito de 
promoção da saúde aparece como um dos níveis 
da prevenção primária definidos como medidas 
destinadas a desenvolver uma saúde ótima. Um 
segundo nível de prevenção primária seria a 
proteção específica contra agentes patológicos ou 
pelo estabelecimento de barreiras contra os 
agentes do meio ambiente. Este nível de prevenção 
está ligado a todas as ações que visam diminuir a 
incidência de uma doença na população, ou seja, 
desenvolvimento de ações que impeçam a 
ocorrência de determinada patologia na população. 
Inclui-se aqui a promoção à saúde e à proteção 
específica. Alguns dos exemplos são: vacinação, 
tratamento de água para consumo humano, uso de 
preservativos, mudanças nos hábitos de vida 
(incentivo a uma boa alimentação, realização de 
exercícios físicos). 
Prevenção Secundária: A fase da 
prevenção secundária também se apresenta em 
dois níveis, o primeiro diagnóstico e tratamento 
precoce e o segundo limitação da invalidez. Visa 
um diagnóstico imediato e um tratamento para 
evitar a prevalência da doença no indivíduo. 
Prevenção Terciária: Por fim, a prevenção 
terciária diz respeito a ações de reabilitação, 
caracteriza-se por ações que tem como objetivo a 
reabilitação do indivíduo e redução de sua 
incapacidade. 
Prevenção primordial 
Objetivos: Evitar a emergência e 
estabelecer padrões de vida (sociais, econômicos e 
culturais) que aumentem o risco dedesenvolver 
doenças; 
Procedimento: ações dirigidas às 
populações ou grupos selecionados saudáveis; 
Consequências: efeitos múltiplos nas 
várias doenças e impacto na saúde pública; 
Exemplos: legislação sobre álcool, 
políticas antitabagismo e programas do exercício 
regular. 
Prevenção primária 
Objetivos: evitar fatores de risco, 
determinantes ou causas de doenças; 
Procedimento: atividades dirigidas a 
indivíduos, grupos ou população total saudável; 
Consequências: diminuição da incidência 
da doença, diminuição do risco médio de ocorrência 
da doença na população; 
Exemplo: Vigilância sanitária da água, 
vacinação, planejamento familiar e educação para 
prevenção de infecções de infecções de 
transmissão sexual. 
 
 
Prevenção secundária 
Objetivo: Promover a detecção precoce do 
processo patológico em doentes assintomáticos e 
posterior correção do desvio da normalidade (retorno 
ao estado saudável); 
Procedimento: Rastreio; 
Consequência: Diminuição da prevalência 
(diminuição da duração) e diminuição da morbilidade 
e da mortalidade; 
Exemplo: Vigilância da Pressão Arterial e da 
Glicemia, rastreio de neoplasias, rastreio de 
fenilcetonúria nos recém-nascidos. 
Prevenção terciária 
Objetivo: limitar a progressão da doença e 
evitar suas complicações; promover a adaptação as 
sequelas e a reintegração no meio; prevenir 
recorrências; 
Procedimento: medicina preventiva e 
curativa estreitamente associada; 
Consequência: aumento da capacidade 
funcional do indivíduo, reintegração (familiar/social), 
melhor gestão dos estados de doença; 
Exemplo: adaptação de infraestruturas, 
educação social, políticas de trabalho (de 
reintegração). 
Prevenção quartenária (recente 
classificação) 
Objetivos: evitar o excesso de 
intervencionismo médico e a iatrogenia; detectar 
indivíduos em risco de overmedicalisation; sugerir 
alternativa; capacitar os utentes quanto à aplicação 
de consumos impróprios; realizar análise das 
decisões clínicas. 
Para adquirir conhecimento frente à atuação 
na prevenção e promoção da saúde aos indivíduos 
cabe relembrar a História Natural da Doença e todos 
os fatores que estão envolvidos junto a ela, bem 
como os níveis de aplicação das ações de saúde. A 
doença passa por três fases: Pré-Patogênese, Fase 
clínica e sequelas. Estas três etapas dizem respeito à 
História Natural de uma doença, sendo importante o 
conhecimento dessas fases para enquadrar as ações 
na área da saúde, conforme representado abaixo: 
Deve-se identificar em qual dos estágios da 
doença o indivíduo está para assim permitir ações 
adequadas que contribuam realmente em sua 
reabilitação e/ou proporcionem uma melhor qualidade 
de vida a partir de seu conhecimento frente à doença 
e perspectivas. Esse trabalho envolve toda a equipe 
de saúde. Abaixo estão representados os níveis de 
aplicação das ações de saúde: 
1º: Trabalhar com a doença antes que o 
indivíduo a contraia. Melhorar as condições de vida 
do indivíduo, de modo que as agressões ambientais 
sejam reduzidas ao mínimo. Com isso fomentamos a 
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geração de indivíduos com melhor potencial 
genético. Diminuir fatores de riscos externos. 
2º: Proteger os indivíduos contra agressões 
específicas como, por exemplo, favorecer uma boa 
dieta alimentar. 
3º Identificar o quanto antes o caso e iniciar 
o mais precocemente possível o tratamento. 
4º Trabalhar com o indivíduo já portador da 
doença com ações efetivas para a recuperação, 
sem sequelas ou diminuir a incidência das mesmas. 
5º Se o indivíduo foi surpreendido apenas 
no final da doença, gerando sequelas, as ações têm 
o objetivo de recuperá-las o mais rápido possível. 
As ações possíveis devem sempre seguir o 
objetivo de fazer com que o indivíduo não adoeça, 
no caso de adoecer trabalhar ao máximo para que 
o mesmo se restabeleça e sem a presença de 
sequelas. 
PROTEÇÃO À SAÚDE 
O desenvolvimento dos sistemas de saúde 
possui relação com a maior participação estatal no 
controle do que afeta a saúde. Os Estados se 
estruturaram para responder aos problemas de 
saúde dos indivíduos e da coletividade, 
consolidando estruturas voltadas à oferta de ações 
de saúde destinadas ao tratamento e reabilitação, 
bem como à prevenção das doenças e agravos e 
definição de regras para a atuação do setor 
produtivo – de alimentos, medicamentos, bens e 
serviços de saúde – ou de proteção do meio 
ambiente. 
Uma das principais inflexões no sistema de 
saúde brasileiro se deu com o movimento da 
Reforma Sanitária, cujo ponto alto foi a realização 
da 8ª Conferência Nacional de Saúde, que discutiu 
a saúde como direito e delineou seu futuro. Ao 
instituir o Sistema Único de Saúde (SUS), a Lei 
8080/1990 definiu as vigilâncias sanitária e 
epidemiológica e a saúde do trabalhador. A 
Constituição Cidadã, consonante com a 
contemporaneidade, onde a maior proteção à 
saúde se dá quando incorporada como direito de 
cidadania, estabelece o direito à saúde como direito 
fundamental e uma das maneiras de cumprir o 
dever do Estado, é a formulação e implementação 
de políticas voltadas à redução do risco e à 
proteção da saúde. 
Os deveres de proteção a serem 
concretizados encontram-se embutidos no leque de 
ações do campo da saúde. Sua concretude se dá 
por normas penais de tutela de bens jurídicos 
conexos como vida, integridade física, ambiente, 
Saúde Pública e por normas administrativas do 
campo da Vigilância Sanitária, Epidemiológica e da 
Saúde do Trabalhador. 
A proteção à saúde implica o direito de 
cidadania e necessita da atuação dos Estados 
Nacionais na garantia do seu acesso, de forma 
universal, e a regulação daquilo que interfere na 
saúde da população, considerando que esta não é 
mercadoria ou mero objeto de lucro. 
Na atualidade, no Brasil, as vigilâncias 
sanitária, epidemiológica, ambiental, e em saúde do 
trabalhador constituem práticas sanitárias que, em 
seu conjunto, visam promover, prevenir e proteger a 
saúde da população. Construídas em processos 
distintos e com representação em institucionalidades 
diversas, as vigilâncias foram definidas, por força de 
portaria ministerial, como integrantes da chamada 
Vigilância em Saúde. 
Este ensaio objetiva discutir os dois sistemas 
nacionais que se dedicam à proteção da saúde, o 
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e o 
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, 
ressaltando-se a regulação sanitária efetuada por 
este último e seus constrangimentos, tendo em vista 
a atuação do poder Legislativo. 
As ações de Vigilância Sanitária, 
Epidemiológica e de Saúde do Trabalhador como 
determinação constitucional 
As vigilâncias são caracterizadas como um 
conjunto de ações e lidam com riscos ou fatores 
determinantes e condicionantes de doenças e 
agravos, realizam algum tipo de investigação, 
requerem análises laboratoriais6 e podem ser 
qualificadas como bens públicos do campo da saúde, 
de alta externalidade. As distinções entre elas se 
devem a um conjunto de causas que vão do seu 
desenvolvimento desigual, ao longo do tempo, à 
origem em períodos diversos e às diferenças nos 
seus processos de trabalho6, onde o mesmo conceito 
é operacionalizado de maneiras distintas, por 
exemplo, território e risco. Para a Vigilância Sanitária, 
p.e. o conceito de território como contexto é válido, 
mas na sua atuação é necessário observar a 
jurisdição para o exercício de seu poder-dever. 
Vistas como fragmentadas e não como ações 
distintas, a recomendação é a sua integração, que se 
tem realizado mediante a reforma dos organogramas 
das Secretarias de Saúde estaduais e municipais, 
com a criação de departamentos onde as vigilâncias 
são agrupadas, ainda que com variações nos 
estados e municípios. Em certas secretarias podem 
estar reunidas em uma subestrutura: as vigilâncias 
sanitária e ambiental; a epidemiológica e a ambiental; 
sanitária esaúde do trabalhador; ou estarem todas 
individualizadas em setores, e até agrupadas, por 
vezes, com zoonoses e controle de vetores, ou com a 
atenção básica. Reunidas, mas não necessariamente 
integradas ou suficientemente articuladas. 
Essas quatro vigilâncias se organizam em 
dois sistemas nacionais: o de Vigilância em Saúde e 
o de Vigilância Sanitária. A pretensão de constituição 
de um único sistema nacional para as vigilâncias do 
campo da saúde esbarrou em razões históricas e 
legais, que não podem ser desconsideradas sob 
pena de se perder o que de maior fortaleza existe em 
cada uma delas: suas especificidades. 
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O Sistema Nacional de Vigilância em Saúde 
tem suas origens no Sistema Nacional de Vigilância 
Epidemiológica (SNVE), formalizado em meados 
dos anos 1970, e no Centro Nacional de 
Epidemiologia (CENEPI), criado em 1990, no 
âmbito da Fundação Nacional de Saúde, e 
transformado em Secretaria de Vigilância em Saúde 
do Ministério da Saúde (SVS/MS), em 2003. O 
CENEPI passou, a partir de 2000, a ser também 
responsável pelo sistema de Vigilância em Saúde 
Ambiental. 
Discutido na 5a Conferência Nacional de 
Saúde e instituído mediante lei, o SNVE, continha 
uma divisão de trabalho entre os componentes 
federal e estadual, em sintonia com a formação 
federativa da época. No final dos anos 1990, 
iniciou-se a descentralização das ações de 
epidemiologia e controle de doenças, incluindo a 
Vigilância Epidemiológica para os municípios, 
estando o componente estadual minimamente 
estruturado. Com os Projetos VigiSUS I (Vigilância 
e Controle de Doenças) e II (Modernização do 
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde), a 
estruturação do Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde foi técnica e financeiramente sustentada. 
Nesse ínterim, a criação da SVS/MS – após 
malograda tentativa de criação de uma agência 
federal em 2002 – consolidou, a partir de 2003, no 
âmbito do Ministério da Saúde, a área conhecida 
como Epidemiologia e Controle de Doenças (ECD), 
chamada, a partir de então, de Vigilância em 
Saúde, mediante a reunião de: ações de vigilância, 
prevenção e controle de doenças; coordenação 
nacional de programas de prevenção e controle de 
doenças; programa nacional de imunizações; 
investigação e resposta aos surtos de doenças 
emergentes de relevância nacional; coordenação 
da rede nacional de laboratórios de saúde pública. 
A agregação da prevenção e do controle de 
doenças à Vigilância Epidemiológica é tradicional 
na América Latina. Em 2007, a coordenação das 
ações relativas à saúde do trabalhador, que 
integrou diversas secretarias e departamentos do 
Ministério da Saúde, passou a compor a SVS/MS, 
inserida no atual Departamento de Vigilância em 
Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador 
(DSAST). 
O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária 
instituiu-se com a mesma lei que criou a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a quem 
cabe coordená-lo. Na sua estruturação há desafios 
decorrentes da natureza das suas chamadas 
“ações típicas”; da complexidade do regime 
federativo brasileiro; e da necessidade que tem de, 
integrando o campo da saúde, intervir sobre 
tecnologias e atividades econômicas, 
consubstanciando-se como uma prática também de 
caráter regulatório, que, embora considerada 
regulação social – uma vez que protege o interesse 
público da saúde –, tem forte repercussão 
econômica. 
As ações típicas conferem caráter regulatório 
à vigilância sanitária e se manifestam mediante suas 
atividades normativas, autorizativas – concessão de 
registro, licenciamento, autorizações – e de inspeção 
e aplicação de sanções. O desempenho dessas 
ações típicas gera capacidade de intervenção, mas 
também conflitos. 
As vigilâncias em saúde do trabalhador e a 
ambiental em saúde, mormente quando aborda os 
fatores não biológicos, apresentam alto potencial de 
geração de conflitos, o que não é mitigado pelo fato 
de, constitucionalmente, o poder de polícia 
administrativa estar colocado em outros ministérios. 
De todo modo, três das quatro vigilâncias são 
“vigilâncias do conflito real ou potencial”: a dos 
processos de produção-trabalho (vigilância em saúde 
do trabalhador); a dos processos de produção-
consumo (vigilância sanitária); e a da exposição a 
situações de risco, principalmente a vigilância 
ambiental, no tocante aos riscos não biológicos. 
Essas vigilâncias, de modo diverso da 
epidemiológica, se caracterizam pela necessidade de 
forte atuação intersetorial para a efetividade de suas 
ações. 
Os dois sistemas nacionais se 
desenvolveram desigualmente com base em 
concepções que variaram ao longo do tempo. De 
1997 a 2006, predominou uma concepção de 
Vigilância em Saúde como Vigilância em Saúde 
Pública, que não incluía a Vigilância Sanitária, ou 
seja, a regulação dos riscos à saúde relacionados à 
prestação de serviços e ao consumo, produção e 
circulação de bens e produtos de interesse da saúde. 
Após 2007, a concepção de Vigilância em Saúde que 
inclui a Vigilância Sanitária, principalmente integrada 
à atenção básica e, posteriormente, às redes de 
atenção. Se é desejável uma aproximação da 
Vigilância Epidemiológica com os processos de 
atenção, as demais podem ter seu caráter regulatório 
subsumido nessa aproximação. 
No contexto em que se propõe um modelo de 
vigilância em saúde restritivo e com um 
financiamento típico de sistemas segmentados de 
saúde – em que o gasto público em saúde é inferior a 
50% do gasto total, e se propõe o congelamento por 
20 anos dos recursos da saúde, pelas sucessivas 
Emendas Constitucionais a partir de 2016 –, é que se 
pretende realizar a 1a Conferência Nacional de 
Vigilância em Saúde. 
Em meio a uma crise financeira do Estado e 
a uma realpolitik que tem oportunizado a 
desconstrução do SUS, da seguridade e diminuição 
dos direitos sociais, se busca estabelecer a Política 
Nacional de Vigilância em Saúde priorizando sua 
aproximação com as redes de atenção, sem levar em 
conta que as vigilâncias representam a face universal 
do SUS. Desse SUS que, afora as vigilâncias, tem 
sofrido um processo de segmentação e privatização 
“por dentro” e “por fora” – com terceirização das 
atividades finalísticas e da gestão, e da 
quarteirização na área da atenção à saúde. 
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A política que tem sido implementada não 
tem considerado que ao menos três dessas 
vigilâncias têm atuação para além das redes de 
atenção à saúde, especialmente quando defendem 
interesses sanitários e públicos, tendo em vista o 
conflito capital/trabalho, capital/consumo e 
capital/ambiente. 
As vigilâncias sanitária e epidemiológica, 
foram inscritas entre as competências do sistema 
de saúde brasileiro – dois anos antes da sanção da 
lei que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS) – 
na Constituição Federal de 1988, ao lado da Saúde 
do Trabalhador, uma construção mais recente do 
Movimento da Reforma Sanitária. 
A Constituição enumera, além de outras 
atribuições do SUS, as relacionadas às vigilâncias. 
Essas atribuições apresentam uma gradação que 
abrange desde a execução direta de ações de 
vigilância epidemiológica, sanitária e da saúde do 
trabalhador à colaboração na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
incrementa, em sua área de atuação, o 
desenvolvimento científico e tecnológico e a 
inovação. Esta concepção da época, reflete a 
responsabilidade direta do setor saúde, e 
reconhece a sua corresponsabilidade nas 
atribuições que, no desenho constitucional da 
estrutura do Estado brasileiro, encontram-se sob a 
responsabilidade de outros órgãos governamentais, 
por exemplo, o saneamento básico, o controle das 
substâncias tóxicas e radioativas, o meio ambiente, 
o ambientede trabalho. 
A clara determinação constitucional, que 
não foi deixada para lei específica dispor, não foi 
suficiente para motivar a estruturação, nas três 
esferas de governo, das ações e serviços para 
efetivar todos os quatro componentes do que veio a 
se chamar de Vigilância em Saúde, no Brasil. Ainda 
sobre a Constituição, é determinado que: cuidar da 
saúde é uma competência comum a todos entes 
federados; legislar sobre a proteção da saúde e do 
ambiente é competência concorrente da esfera 
federal, estadual e distrital; aos Estados são 
reservadas as competências que não lhes sejam 
vedadas pela Constituição; aos municípios cabe 
“prestar, com a cooperação técnica e financeira da 
União e do Estado, serviços de atendimento à 
saúde da população”. 
De forma coerente, a lei orgânica da saúde 
prevê que o município é o executor preferencial das 
ações de saúde. Além de definir as vigilâncias 
epidemiológica, sanitária e a saúde do trabalhador, 
a lei orgânica da saúde dispôs sobre a criação de 
comissões intersetoriais no âmbito do Conselho 
Nacional de Saúde (CNS), integradas pelos 
Ministérios e órgãos competentes, além de 
entidades representativas da sociedade civil, com a 
finalidade de articular políticas e programas de 
interesse para a saúde, cuja execução envolva 
áreas não compreendidas no âmbito do SUS, 
sendo nominadas as seguintes comissões: 
alimentação e nutrição, saneamento e meio 
ambiente, vigilância sanitária e 
farmacoepidemiologia, recursos humanos, ciência e 
tecnologia, saúde do trabalhador. 
Nos anos 1990, as normas operacionais – 
diversas entre si e mais ou menos negociadas entre 
os atores do SUS – instituíram repasses financeiros 
regulares e automáticos para estados e municípios e 
induziram a realização de ações, inclusive, das 
vigilâncias. As transferências regulares de recursos 
financeiros foram muito bem recebidas pelos 
gestores, mas a indução foi combatida como 
restrição à autonomia das esferas de governo. Além 
dos gestores, parte do movimento social manifestou-
se contra o “carimbo” nas chamadas verbas do SUS, 
numa referência ao repasse de recursos financeiros 
federais destinados a finalidades específicas. Vários 
relatórios finais das Conferências de Saúde contêm 
recomendações para a extinção do “carimbo” e 
produziu-se considerável volume de bibliografia sobre 
o caráter tutelado ou incompleto da descentralização, 
mediante indução pelas normas e estímulos 
financeiros. Para as vigilâncias, contudo, essa 
indução pautou a vigilância sanitária na agenda dos 
municípios e fortaleceu os serviços estaduais de 
vigilância. 
Esses conflitos e a ênfase deslocada da 
municipalização das ações de saúde para a 
regionalização, resultaram no Pacto 2006. Entre 
outras coisas, ele mudou as regras gerais de 
financiamento do SUS, agregando os recursos 
destinados para certas ações em blocos de 
financiamento, dentre os quais, o de Vigilância em 
Saúde, formado por dois componentes: Vigilância em 
Saúde e Vigilância Sanitária. Houve perda relativa da 
capacidade de indução não só da Anvisa, mas 
também do SUS como um todo, e não se fez 
avançar, na medida desejada, a regionalização da 
atenção à saúde. 
Emitiu-se um decreto presidencial16 sobre a 
organização do Sistema Único de Saúde (SUS), seu 
planejamento e a assistência à saúde organizada em 
regiões de saúde, instituídas pelos estados 
federados, em articulação com os Municípios, 
podendo ser interestaduais, que serviriam como 
referência para a distribuição de recursos entre os 
entes federados, desde que contivessem, “ações e 
serviços de atenção primária; urgência e emergência; 
atenção psicossocial; atenção ambulatorial 
especializada e hospitalar; e Vigilância em Saúde”. A 
adesão dos entes subnacionais ao instrumento 
proposto foi baixa, e as regiões de saúde têm se 
estruturado desigualmente, com a Vigilância em 
Saúde cada vez mais próxima da atenção à saúde e 
mais distante do seu caráter regulatório real 
(Vigilância Sanitária) e potencial (Vigilância em 
Saúde do Trabalhador e Ambiental em Saúde). 
 
 
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Vigilância Sanitária: atividade regulatória e 
constrangimentos na proteção da saúde 
A Vigilância Sanitária caracteriza-se por ser uma 
área de promoção e, sobretudo, de proteção à 
saúde, cujas ações, realizadas desde o século XIX, 
mudam de forma a se adequar às alterações dos 
modelos econômicos e com o desenvolvimento 
social. Consideram-se quatro funções principais dos 
sistemas de saúde, o financiamento, a prestação de 
serviços, a gestão e a regulação, as quase têm seu 
desenvolvimento influenciado pelas relações 
políticas e econômicas, manifestas pelos interesses 
dos atores envolvidos com os sistemas de saúde. 
A regulação em saúde é feita em três níveis de 
atuação: sobre sistemas de saúde, na atenção à 
saúde e no acesso à assistência. O primeiro nível 
de atuação inclui a elaboração de normas e 
verificação do seu cumprimento, por meio de 
distintas ações, tais como: monitoramento, 
fiscalização, controle e avaliação19. A Organização 
para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) 
considera como objetivo da política regulatória a 
certificação de que a regulação responde ao 
interesse público, ajudando a definir a relação entre 
Estado, cidadão e interesse econômico. 
A regulação pela Vigilância Sanitária é efetuada por 
meio do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, 
pela Anvisa e por serviços estaduais e municipais, 
com o auxílio dos laboratórios oficiais. Ela se 
justifica frente à notória necessidade de se 
equilibrar as falhas existentes no mercado da 
saúde21, especialmente no que diz respeito a: 
1. não racionalidade no consumo de bens e 
serviços de saúde; 
2. possibilidade de ocorrência de eventos adversos 
oriundos do consumo de bens e da prestação de 
serviços de saúde; 
3. incapacidade do consumidor escolher entre as 
opções disponíveis, por não conhecer o mercado; 
4. decisão do consumo de bens e serviços de 
saúde intermediada por profissionais de saúde; e 
5. existência de oligopólios ou monopólios de 
empresas, que resultam no estabelecimento de 
preços sem presença de competição. 
A regulação da Vigilância Sanitária é, em última 
instância, um dever de proteção à saúde, por meio 
da intervenção estatal, que visa impedir possíveis 
danos, agravos ou riscos à saúde da população e 
proporcionar maior segurança a esta. Por outro 
lado, em razão da característica do setor produtivo 
submetido, ainda que de maneira secundária à 
regulação da Vigilância Sanitária, são produzidos 
efeitos no desenvolvimento social e econômico do 
país, por meio de regulamentações, controle e 
fiscalização. 
Esse caráter regulatório foi enfatizado com a 
criação da Anvisa como uma agência social, isso 
faz com que o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária tenha importante responsabilidade no 
equilíbrio entre os interesses econômicos e 
sanitários. Ao considerar os atores envolvidos no 
campo da produção e do consumo de bens de saúde 
e a existência de inúmeras falhas de mercado, a 
Vigilância Sanitária torna-se peça chave na proteção 
da saúde e no estabelecimento de relações éticas 
entre produção e consumo. As agências reguladoras, 
no Brasil, foram criadas com autonomia 
administrativa, financeira e técnica e além da 
correção das falhas de mercado, objetivam o 
monitoramento dos agentes econômicos relevantes, 
a garantia da efetividade de políticas públicas de 
Estado, edição e monitoramento do cumprimento de 
normas de caráter técnico, por distintas ações. 
A regulação realizada pela Anvisa é de importância 
para a estruturação do Sistema Único de Saúde, pois 
suas ações impactam no desenvolvimento de setores 
produtivos, na regulação das indústrias do complexo 
industrial da saúde, na prevenção de riscos à saúde 
da população e na organização do mercado da 
saúde. Entretanto, a criação

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