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Cidade e meio ambiente
(CMA)
2º Bimestre
Consumismo
O que é o consumismo?
Consumismo significa fazer compras em excesso. A expressão é usada para identificar o comportamento ou tendência de uma pessoa em exagerar nos hábitos de consumo ou em fazer compras por impulso.
Esse comportamento pode se caracterizar pelo desenvolvimento de uma conduta compulsiva, em que a pessoa consome objetos, serviços ou alimentos de maneira exagerada e sem refletir sobre a real necessidade de fazer uma compra.
Assim, quando se fala em consumismo, refere-se ao investimento em produtos que não são necessários, ou seja, itens supérfluos. Quem tem esse tipo comportamento é chamado de consumista.
Causas do consumismo
Para entender as causas do consumismo, é preciso compreender um pouco sobre as razões que levaram ao seu surgimento.
O crescimento dos hábitos de consumo acontece após o aumento da produção industrial, o que ocorre a partir da Revolução Industrial, momento em que foram feitos mais investimentos na produção de serviços.
Com o investimento na produção, a quantidade de mercadorias disponíveis para os consumidores cresceu cada vez mais. E para vender o que era produzido, foi preciso estimular o desejo de compra nos consumidores. Por consequência disso, os hábitos de consumo foram cada vez mais incentivados e crescentes.
Com o passar do tempo, o ato de consumir passou a ser associado a ideias positivas, como felicidade, sentimento de satisfação ou de ser bem-sucedido.
Consumismo, capitalismo e globalização
Por essas razões, o consumismo é considerado um dos problemas originados pela existência do sistema capitalista, estando presente em todas as sociedades contemporâneas.
Outro fator que contribui para o consumismo é a globalização, já que ela faz com que diferentes produtos sejam facilmente encontrados em todas as partes do mundo. O fácil acesso a muitos produtos também colabora para o estímulo ao consumo desenfreado.
Além do crescimento da produção industrial e da expansão do sistema capitalista, há o surgimento do mercado da publicidade. Juntamente com os meios de comunicação, que chegam facilmente a todas as pessoas, ela também influenciou o aumento do consumo.
A partir do crescimento do consumo surgiu a expressão sociedade de consumo, que representa a relação existente entre o comportamento consumista e o capitalismo. Na sociedade de consumo, a produção de bens e serviços é excessiva em relação à necessidade e demanda dos consumidores..
Consequências do consumismo
Com o passar do tempo, o aumento do consumo alterou o estilo de vida das pessoas. Hoje, sabe-se que o consumismo pode gerar inúmeras consequências, como o endividamento e o aparecimento de doenças como ansiedade e depressão.
Consequências para o meio ambiente
O consumismo também causa danos ao meio ambiente, como excesso de produção de lixo, além da grande quantidade de poluição gerada pelas indústrias. Atualmente, já se sabe que o consumo em excesso não é uma alternativa sustentável e causa severos impactos ao meio ambiente.
O lixo eletrônico é um problema mais recente ligado ao aumento do consumo. Hoje em dia, o consumo de produtos eletrônicos é cada vez mais crescente e a durabilidade destes produtos não é tão extensa. Isso acontece principalmente em razão da obsolescência programada (diminuição da vida útil de um produto para estimular o consumo de novas mercadorias).
Atividades de reflexão
01. Defina o termo consumismo.
02. O que caracteriza o comportamento consumista?
03. Cite as principais causas do consumismo.
04. Como a globalização contribui para o consumismo?
05. Dê exemplos de consequências do consumismo.
06. Quais consequências o consumismo causa ao meio ambiente?
07. Sabendo o que é consumismo, responda:
a) O que você acredita que estimula o consumismo?
b) Você se considera consumista? Justifique.
O consumismo no Brasil
O país acompanha a tendência mundial do consumo em excesso. Há pesquisas que apontam que somente 24% dos consumidores se consideram conscientes em relação a seus próprios padrões de consumo.
Dados levantados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas também demonstram que 55% das pessoas se consideram em transição em relação ao consumo, ou seja, são as pessoas que têm refletido sobre o impacto e a necessidade de suas compras.
Outra pesquisa, da ONG Akatu, revela que, em relação à motivação para repensar hábitos de consumo, os moradores das regiões norte, nordeste e centro-oeste sentem-se mais estimulados por motivos concretos (em benefício de gerações futuras, pela sustentabilidade e pelo impacto social, por exemplo).
Já os moradores da região sudeste, repensam seus hábitos por razões emocionais (economia própria, desejo de uma vida mais simples e mais benefícios à saúde).
Diferença entre consumismo e consumo
Consumismo e consumo se referem ao ato de comprar, mas os termos possuem diferenças em seus significados. O consumismo é a tendência ou hábito de fazer compras em excesso, ou seja, além das necessidades ou sem um propósito específico.
Já consumo, significa o ato de comprar ou adquirir um bem ou um serviço, por exemplo. Entretanto, diferente do consumismo, não significa necessariamente um comportamento exagerado.
Lowsumerism
O lowsumerism, formado pelas palavras low e consumerism, pode ser traduzido como “pouco/baixo consumo”. É um movimento surgido mais recentemente que busca levar as pessoas a refletir sobre seus hábitos de consumo.
O lowsumerism não propõe apenas a redução do consumo, o mais importante é levar as pessoas a terem consciência sobre o papel que o consumo tem em suas vidas.
São reflexões propostas pelo movimento:
· questionar a real necessidade de adquirir um novo bem,
· estimular a criatividade para reutilizar produtos e objetos,
· praticar hábitos de consumo mais sustentáveis,
· refletir a respeito das políticas de fabricação das empresas de quem costuma consumir,
· questionar a qualidade e a quantidade da informação consumida,
· perceber quais são os impactos ambientais gerados pelos atos de consumo.
Atividade de Fixação
01. Em relação à tendência mundial de consumo, como está a estatística do Brasil em relação ao consumismo?
02. O que é lowsumerism?
03. Escreva duas reflexões propostas pelo movimento lowsumerism .
04. Diferencie consumo de consumismo.
05. Observe a charge do cartunista argentino Quino e explique a mensagem que ela transmite.
06. Use as informações do texto sobre consumismo e construa um mapa mental relacionado ao tema.
Mineração X Agricultura
Entende - se por mineração as diferentes atividades que visam a extração de recursos minerais do nosso planeta. Incluem-se minerais gemológicos, minérios industriais, petróleo e até mesmo a água. 
Enquanto que a agricultura é entendida como o conjunto de processos e atividades que visam o cultivo do solo para diversos destinos. Tais destinos incluem desde a alimentação humana e animal até produção de combustíveis, tecidos, medicações e ornamentos.
Mas como esses dois setores tão importantes para a economia se correlacionam? É isso que iremos aprender!
Impactos da mineração
Além do desmatamento, podemos citar a contaminação e a poluição causadas pela mineração. Durante os diversos processos do setor, pode-se haver poluição sonora com o desmonte de rochas, dos ares com o levantamento de partículas e poeira, e das águas com a lama do rejeito e a solubilização de compostos químicos. Tudo isso pode levar a uma redução na produtividade da terra. 
Impactos da agricultura
Segundo um estudo da ONG Forest Trends, 49% do desmatamento ilegal em florestas tropicais, foi causado por atividades agrícolas, entre 2000 e 2012. Os dados ainda indicam que Brasil e Indonésia são responsáveis por 75% do total de florestas ilegalmente desmatadas para agricultura, no mundo. Além disso, estima-se que 90% dos desmatamentos na Amazônia para fins agrícolas sejam ilegais.
Podemos citar, assim como na mineração a poluição de águas e do solo. Acrescido disso, temos um uso exacerbado de água e a questãodos transgênicos. O uso dessas sementes transgênicas se torna um problema à medida que vão ocupando o lugar das variedades locais, por serem mais fortes.
Como reduzir os impactos da mineração e da agricultura?
Apesar de a mineração não ser a grande vilã do desmatamento, ela ainda tem muito a melhorar a fim de se reduzir seus impactos. Nesse sentido, é necessário o fortalecimento das leis e uma maior fiscalização dos órgãos responsáveis.
No âmbito da agricultura, é necessário que haja um plano de recuperação do solo e da vegetação nativa da área afetada. Pensando em algumas soluções práticas como a rotação de culturas, de modo a garantir a fertilidade do solo e o controle de pragas, tal como se faziam na época do feudalismo.
A tensão entre a mineração e a agricultura familiar
Em algumas situações pode ocorrer conflitos entre a mineração e a agricultura familiar. Um exemplo disso ocorreu em Belisário, na Zona da Mata de MG, quando moradores e agricultores locais se manifestaram em 2017 contra a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).Apesar de haver um contrato que indeniza os moradores e que prevê uma recuperação da área afetada no final, os habitantes temem o impacto na produção agrícola local. Frei Gilberto, principal liderança da resistência contra a mineração disse que “não dá para conciliar atividade minerária e agricultura familiar”.
Você sabia que a mineração pode ser benéfica para a agricultura? 
Pesquise e registre no caderno os benefício da mineração para a agricultura. (10 à 15 linhas)
Perda da biodiversidade
A perda de biodiversidade se refere à redução ou desaparecimento da diversidade biológica, ou seja, a variedade de seres vivos que habitam o planeta, seus diferentes níveis de organização biológica e sua respectiva variabilidade genética, assim como os padrões naturais presentes nos ecossistemas. 
A perda de biodiversidade leva ao desaparecimento de espécies-chave nos ecossistemas, que fornecem serviços essenciais ao ecossistema (como polinização e dispersão de sementes). Existem também espécies que têm valor intrínseco.
Os biólogos da conservação podem resolver esse problema de diferentes maneiras: pela conservação direta das espécies ou pela manutenção do funcionamento dos ecossistemas e das espécies que ali vivem.
O que é diversidade biológica?
A biodiversidade refere-se à variedade e variabilidade dos organismos vivos e aos complexos ecológicos onde eles vivem e se desenvolvem.
O que significa perda de biodiversidade?
A diversidade conhecida dos seres vivos é incrivelmente impressionante. Atualmente, 1,7 milhão de espécies de animais, plantas e fungos são conhecidas. A biodiversidade não é distribuída de maneira homogênea no planeta Terra. Por outro lado, está localizado acumulado principalmente nos trópicos.
No entanto, os cientistas não foram capazes de catalogar todas as espécies na sua totalidade. Estima-se que possa haver entre 8 a 9 milhões de espécies, enquanto outros acreditam que podem exceder 30 milhões.
A perda de biodiversidade implica a perda desse número. O inconveniente é tão grave que existem espécies que foram perdidas sem terem sido descritas, ou seja, nunca tiveram a oportunidade de serem protegidas.
Causas
No século passado, a presença maciça da espécie humana no planeta teve um forte impacto negativo na mudança de ecossistemas e na perda de biodiversidade em todas as regiões do planeta.
É verdade que os processos de extinção sempre ocorreram, assim como as mudanças ambientais (por exemplo, a extinção de dinossauros e a presença de idades glaciais). No entanto, esses eventos estão ocorrendo atualmente a um ritmo descontrolado devido à ação humana.
O impacto da espécie humana inclui: perda e fragmentação do habitat da espécie, uso não sustentável dos recursos naturais, introdução de espécies invasoras em regiões que não correspondem, poluição e promoção do aquecimento global.
Muitas vezes, a ação humana procura “ajudar” o ecossistema, mas a falta de conhecimento torna esse trabalho um evento negativo. Para exemplificar como a introdução de espécies afeta a biodiversidade, podemos mencionar o caso dos pinheiros. Quando essas árvores são plantadas em terras que não correspondem a “reflorestamento”, sua presença causa acidificação do solo, afetando catastroficamente a fauna e flora nativas.
Exercícios sobre o texto
01. O que você entende por biodiversidade?
02. Quais as principais consequências da perda da biodiversidade?
03. Como os seres humanos causam perda na biodiversidade?
04. Explique a importância das espécies-chave nos ecossistemas.
05. Pesquise e registre no caderno: 
a) A diferença de nicho ecológico e habitat. 
b) O que é espécie exótica? Como ela contribui para perda de biodiversidade.
As principais causas da perda de biodiversidade são:
Destruição de habitats naturais
As atividades humanas causam danos irreparáveis ​​aos habitats naturais de muitas espécies. Muitos ecossistemas foram destruídos devido a atividades como agricultura, mineração, desmatamento, construção de estradas, barragens e complexos residenciais, entre outros.
Dada à perda de habitat, as espécies devem buscar um novo ambiente e se adaptar às condições deste. Muitos não conseguem se estabelecer em uma nova área por causa do que morrem por falta de comida ou doença.
Poluição
A contaminação está relacionada com a destruição de habitats naturais. No começo, a poluição não destrói os ecossistemas, mas os altera fisicamente e quimicamente. Note-se que, com o passar do tempo, a poluição pode destruir um habitat.
A poluição introduz elementos estranhos no ecossistema. Em muitos casos, esses elementos são tóxicos para os membros da população, o que faz com que muitos pereçam.
Existem vários tipos de poluição, incluindo água, terra, ar e sonora. Um exemplo de poluição da água ocorre quando esgoto e águas residuais entram em contato com corpos de água limpos. Isso afeta os ecossistemas marinhos, lagos e fluviais. Por outro lado, o uso de inseticidas e pesticidas, chuvas ácidas e aquecimento global afetam os ecossistemas terrestres e aquáticos, causando a perda de muitas espécies.
Caça e pesca
Outra das maneiras pelas quais as espécies são perdidas é através da caça. Os animais selvagens são caçados e utilizados para obter vários produtos: carne, couro, peles, cosméticos, medicamentos, entre outros.
Um exemplo de como a caça diminuiu a diversidade de espécies é o rinoceronte negro africano. Cerca de 95% da população de rinocerontes negros foi exterminada por caçadores furtivos devido às propriedades dos chifres deste animal.
Outras espécies foram vítimas de caça furtiva. Nos anos 90, um terço dos elefantes da África foi caçado por marfim. Além disso, a arara vermelha, que antes era típica da América do Sul, agora é uma espécie em extinção .
Alguns gatos com pêlos malhados (como a onça-pintada) foram ameaçados pela demanda por esse pêlo que existe no mercado. A pesca gera os mesmos efeitos que a caça indiscriminada. Centenas de animais aquáticos foram ameaçados por essas práticas.
No século passado, cerca de 70.000 baleias foram exterminadas para vender carne e gordura. No entanto, o comércio internacional de produtos de baleia já foi proibido.
Consequências
Todos os recursos que nos permitem o estilo de vida típico da humanidade de hoje vêm da biodiversidade do planeta. Da mesma forma, as necessidades básicas dos organismos, como o oxigênio que respiramos e os alimentos que consumimos, provêm da biodiversidade.
De acordo com o livro A ecologia de invasões de animais e plantas, há três razões principais pelas quais devemos nos preocupar com a conservação de espécies.
Primeiro, todo ser vivo tem o direito de existir e é eticamente errado privá-lo disso. Segundo, a biodiversidade de cada espécie tem um valor estético e os humanos acham agradável observar, estudar e entender a ampla variedade de diversidade biológica. Finalmente, as espécies são úteis no ecossistema e úteis para os seres humanos.
Esta terceira razão teve um impacto maior nos planos de conservação. Em outras palavras,devemos mantê-lo por razões utilitárias e intrínsecas dos grupos ameaçados. Se não conservarmos a biodiversidade, seremos privados desses serviços.
Soluções para perda de biodiversidade
A biodiversidade é um elemento complexo e indispensável para o nosso planeta. De fato, segundo o professor David Macdonald, da Universidade de Oxford “sem diversidade, não há futuro para a humanidade”. É por isso que precisamos encontrar soluções para manter e preservar todas as formas de vida existentes no planeta Terra.
Para proteger e manter as espécies que vivem em nosso planeta, precisamos primeiro entender a biologia e as interações do organismo com outros grupos e com o meio ambiente. Esse conjunto de conhecimentos é essencial para o gerenciamento de planos de conservação.
Conservação de habitat
A solução mais intuitiva e imediata para preservar a biodiversidade do planeta é conservar os diferentes habitats e ecossistemas em que vivem as espécies de interesse, em vez de tentar salvar uma única espécie.
Existem dezenas de programas de conservação que buscam preservar espécies específicas, como baleia azul, coala, entre outros. No entanto, nenhum organismo existe isoladamente. Por esse motivo, se a espécie estiver em risco, é provável que seu habitat também esteja em risco.
As entidades governamentais desempenham um papel crucial na conservação do habitat, pois podem designar áreas protegidas, como parques nacionais, reservas, áreas protegidas, onde qualquer atividade que possa influenciar negativamente é punível por lei.
Atividades de fixação
01. Enumere consequências da perda da biodiversidade.
02. Aponte soluções para controlar a perda da biodiversidade.
03. São fatores que contribuem para a perda de biodiversidade. Exceto:
a) A destruição de habitat
b) A introdução de espécies invasoras
c) O uso sustentável dos recursos naturais
d) A contaminação da água, do solo e do ar.
04. Sobre a destruição de habitat, leia as afirmativas abaixo:
I. É uma das causas de perda de biodiversidade.
II. Geralmente, é consequência dos processos de urbanização e de desenvolvimento da agropecuária.
III. O aquecimento global leva à destruição de habitats.
IV. É um problema que pode ser resolvido levando as espécies das áreas destruídas para uma área de preservação em outro bioma.
V. As plantas são um dos organismos mais afetados pela destruição de habitats, uma vez que não conseguem migrar para outras áreas.
 São afirmativas corretas:
a) I, II, III, IV e V
b) I, II, III e V
c) I, III e IV
d) II e III e IV
05. Como a caça e a pesca contribuem para a perda da biodiversidade?
06. Porque quando uma espécie está em risco ela pode afetar outras?
07. Como uma espécie se comporta diante da perda de seu habitat?
Exploração Florestal
A exploração florestal engloba todas as atividades econômicas que exploram recursos naturais das florestas. Dentro da divisão setorial clássica da economia, a exploração madeireira é incluída nas atividades primárias, juntamente com a pesca ou a agricultura, entre outras.
Parte dessa fazenda também é chamada de silvicultura. São definidas como as técnicas utilizadas nas florestas para que a produção de recursos seja contínua. A economia florestal baseia-se, precisamente, em aproveitar os produtos oferecidos por essas florestas ou massas florestais.
Entre os tipos mais comuns de exploração estão o uso de madeira, direta ou indiretamente. Neste último caso, há o uso da matéria-prima para obter celulose, resina, borracha ou outros elementos que requerem processamento.
As consequências da exploração madeireira intensiva são extremamente negativas no aspecto ecológico. O desmatamento provoca incêndios, o desaparecimento de espécies animais ou o aumento de CO2 na atmosfera. Portanto, vários planos internacionais foram desenvolvidos para tentar impor uma exploração sustentável desses recursos.
Consequências
A exploração madeireira e a exploração indiscriminada levaram a uma série de consequências negativas para a natureza. Descontando o desmatamento ilegal já perseguido, a falta de visão de longo prazo levou ao desaparecimento ou empobrecimento de muitas áreas florestais.
Flora e fauna
A primeira consequência do mencionado é a perda de recursos florestais. Em alguns casos, a exploração indiscriminada de madeira levou ao desaparecimento total das florestas.
Em outros, áreas homogêneas foram criadas para tirar proveito de alguns recursos específicos. Embora as florestas continuem a existir, a diversidade desapareceu, algo negativo para o meio ambiente.
As consequências não afetam apenas a flora. As massas arborizadas são habitat de muitas espécies animais. Seu desaparecimento supõe, em muitos casos, a extinção da fauna que neles vive.
Solo e poluição
A falta de massa de árvores também é muito negativa em outros aspectos. As raízes são essenciais para fortalecer o solo e não devem ser degradadas pela erosão. A longo prazo, os efeitos podem tornar a terra improdutiva. Por fim, vale ressaltar a importância das florestas no controle do CO2 na atmosfera.
Uma solução: exploração sustentável
Embora os ambientalistas exijam a interrupção total dessa atividade econômica, a verdade é que os especialistas não veem essa solução viável. Em vez disso, várias agências desenvolveram protocolos para que o dano seja o menor possível.
De fato, considera-se que a exploração com critérios de sustentabilidade pode até ser positiva para as florestas.
Para isso, nasceu o Manejo Florestal Sustentável. Os critérios que o regem foram estabelecidos em uma conferência para os propósitos das Nações Unidas no Rio de Janeiro em 1992. Os pilares que devem ser respeitados são três: ecológico, econômico e sociocultural.
O objetivo é reduzir o desaparecimento de florestas e florestas, mas reconhecendo a necessidade de certas populações de aproveitar seus recursos. Os diferentes regulamentos aprovados tentam tornar ambos os fatos compatíveis.
Questões para refletir
01. O que é exploração florestal? Qual sua finalidade?
02. Qual sua opinião sobre a exploração florestal?
03. Indique uma forma de minimizar os danos da exploração florestal.
04. De que forma a exploração florestal danifica o meio ambiente?
05. Qual o objetivo da exploração sustentável?
Atividade industrial
Um dos principais agentes de produção e transformação do espaço geográfico na sociedade atual, sem dúvidas, é a atividade industrial, pois ela provoca efeitos sobre os movimentos populacionais e o crescimento das cidades; interfere nos tipos de produção no meio urbano e também no meio rural, entre outros.
Entende-se por industrialização o processo de transformação de matérias-primas em mercadorias ou bens de produção (esses últimos podendo ser novamente transformados) por meio do trabalho, do emprego de equipamentos e do investimento de capital. Obviamente, o crescimento da atividade industrial aumentou a demanda por matérias-primas e mais recursos naturais, por isso o ser humano passou a explorar ainda mais a natureza e, sobre ela e o espaço em geral, realizar cada vez mais intervenções e impactos.
Tipos de indústrias
Podemos dizer que existem três principais tipos de indústrias, classificadas com base na tipologia de suas mercadorias, havendo, porém, inúmeras outras formas de divisão da atividade industrial. Com base nesse critério, os tipos de indústrias são: de base, de bens de consumo duráveis e de bens de consumo não duráveis.
Indústrias de base: são aqueles tipos de indústrias que fabricam os chamados bens de produção, isto é, aqueles produtos que não são consumidos pelas pessoas, mas empregados por outras indústrias para a fabricação de mercadorias. Podem ser máquinas industriais ou matérias-primas transformadas, tais como o alumínio, o ferro, entre outras. Inclui-se aí, portanto, as chamados “indústrias extrativas”, ou seja, aquelas que atuam no processo de refinamento ou transformação de matérias-primas recém-extraídas, tais como o petróleo e todos os minerais.
Indústrias de bens duráveis: são as indústrias que atuam na fabricação de produtos nãoperecíveis, isto é, que possuem uma grande vida útil, como os automóveis, os eletroeletrônicos, entre outros.
Indústrias de bens não duráveis: são as que produzem mercadorias perecíveis, ou seja, que são rapidamente consumidas, a exemplo dos alimentos, do vestuário e outros.
Fatores locacionais
Os fatores locacionais referem-se aos elementos socioeconômicos que orientam a distribuição de uma determinada indústria sobre o espaço geográfico. Dentre os inúmeros fatores, podemos destacar:
- Presença imediata de matérias-primas e recursos naturais;
- Disponibilidade de mão de obra abundante e barata;
- Incentivos fiscais oferecidos pelo governo local (isenção de impostos, etc.);
- Rede de transporte prática e eficiente que permite o fácil escoamento da produção;
- Mercado consumidor amplo e acessível;
- Fontes de energia que garantam a produção;
- Presença de indústrias complementares ou de apoio;
- Em alguns tipos de indústria, é importante a proximidade com centros de pesquisas, tais como as universidades.
Os efeitos da industrialização sobre o espaço geográfico
Como já mencionamos, a indústria é um dos principais agentes de transformação do espaço. Quando uma área antes não industrializada recebe um relativo número de fábricas, a tendência é receber mais migrantes para a sua área, acelerando a sua urbanização.
Com mais pessoas residindo em um mesmo local, gera-se mais procura pela atividade comercial e também no setor de serviços, que se expandem e produzem mais empregos. Entre outros aspectos positivos, menciona-se a maior arrecadação por meio de impostos (embora, quase sempre, as grandes empresas não contribuam tanto com esse aspecto).
Agora responda as atividades que serão passadas no quadro!
Descarte incorreto dos resíduos sólidos
Sabemos bem que precisamos recolher nosso lixo e descartá-los no local correto. Mas você já parou para analisar a quantidade de coisa que jogamos fora diariamente? Papéis, embalagens plásticas, isopor, pilhas, restos de comida, lixo do banheiro, lâmpadas queimadas, medicamentos vencidos, aparelhos eletrônicos que não funcionam mais, garrafas de vidro, óleo de cozinha usado… Tantas coisas!
Destino correto do lixo
Coleta Seletiva
O primeiro passo para o descarte correto do lixo é a coleta seletiva. Ela é feita de maneira bem básica com o lixo mais cotidiano da sua residência: basta separá-lo entre lixo seco (inorgânico) e lixo úmido (orgânico).
O lixo orgânico é aquele de origem animal ou vegetal, como os alimentos (cascas, restos de comida etc). Já o lixo seco tem origem industrial, como as embalagens (plástico, vidro etc).
A principal função da Coleta Seletiva é separar os materiais que podem ser reciclados para que sejam encaminhados aos Centros ou Cooperativas de Reciclagem. Então, para realizar a separação de maneira eficiente e garantir o descarte correto do lixo, separe todos os itens de plástico, vidro, papel ou metal e entregue para a Coleta Seletiva.
O lixo orgânico pode ser compostado por um minhocário e produzir adubo para seus vasos ou horta (saiba como fazer um lendo este artigo ou se preferir, compre um em nossa loja)
Vale lembrar que NÃO são recicláveis: papeis sujos com alimento ou dejetos, adesivos e fitas autocolantes, papéis metalizados ou plastificados, esponja de aço, lata de tinta ou combustível, tomada, isopor, espumas, espelhos, cristal, cerâmica e vidros temperados.
Lixo Eletrônico
Entretanto, não descartamos apenas comidas e embalagens, não é mesmo? Um outro tipo de material que precisa de atenção é o lixo eletrônico, ou seja, aquele aparelho eletrônica que você não usa mais ou qualquer resíduo de equipamento eletrônico que precise ser descartado.
O descarte correto do lixo eletrônico deve ser separado. Existem Cooperativas que trabalham com a reciclagem de material eletrônico, informe-se sobre a existência de alguma delas na sua cidade! Aqui em São Carlos você pode levar seu lixo eletrônico (pilhas, baterias, celulares, fone quebrado, impressora velha, monitor, tomadas, lâmpadas etc) na Universidade de São Paulo (USP) ou na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pois elas recolhem e reutilizam esses materiais, dando a destinação adequada. Você pode obter mais informações nos ecopontos de sua cidade.
Outros Tipos de Resíduo
Você deve se atentar, também, ao descarte de medicamentos e do óleo de cozinha usado. Nosso primeiro impulso é descartá-los junto com o material orgânico… mas estaríamos cometendo um grande erro!
Medicamentos vencidos devem ser levados de volta à farmácia ou à Unidade Básica de Saúde mais próxima. Se descartados de maneira incorreta, como lixo comum, podem trazer grandes prejuízos para o solo e a água.
Já o óleo de cozinha usado não deve nunca ser despejado na pia. Existem diversos pontos de coleta, inclusive em supermercados ou na própria prefeitura da cidade, para esse tipo de resíduo.
Atividade de investigação
01. Pesquise e registre no caderno, o que é compostagem e quais seus benefícios.
02. Você sabe o que é reciclagem? Pesquise e registre 05 importâncias da reciclagem.
03. Sabendo que o lixo causa grande impacto no meio ambiente, cite 05 medidas que poderiam tornar o descarte de lixo mais adequado no Brasil.
04. Qual a importância de repensar atitudes e hábitos de consumo?
05. Os 5R´s da sustentabilidade ajudam a construir um comportamento humano em compromisso com meio ambiente. Pesquise e registre o significado dos 5R´s.
Uso incorreto da água e do solo
Desperdício de água
O combate ao desperdício de água vai além do uso comedido nas residências, demandando esforços públicos e privados em prol da conservação dos recursos hídricos.
O desperdício de água é um problema socioambiental de graves consequências para a humanidade, haja vista que, de toda a água disponível na Terra, apenas 3% é originalmente própria para consumo. Todavia, desses 3%, apenas uma menor parte encontra-se em locais de fácil acesso. Por isso, é preciso entender melhor essa questão a fim de encontrar possíveis soluções.
Geralmente, na imprensa, nos meios de comunicação e também no cotidiano, é comum associar a ideia de desperdício de água a hábitos domésticos, tais como o uso indiscriminado no chuveiro, a torneira mal fechada, a utilização indevida da água, o não reaproveitamento, entre outros. Entretanto, essa questão pode ir muito além do desperdício residencial.
Existe, por exemplo, o desperdício durante o abastecimento de água, causado muitas vezes por falhas técnicas nas tubulações e sistemas públicos de distribuição ou até por desvios ilegais realizados por algumas pessoas para benefício próprio. No Brasil, segundo um relatório do Ministério das Cidades, cerca de 41% de toda a água tratada no país é desperdiçada, o que equivale a um número inimaginável de litros não aproveitados e cerca de R$ 4 bilhões de prejuízo.
No estado de São Paulo, cerca de 32% da água distribuída é desperdiçada, conforme a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado (Arsesp), o que perfaz um total de quase 990 bilhões de litros perdidos. Em países como os Estados Unidos e Alemanha, o nível de desperdício no abastecimento de água não ultrapassa os 9%. Portanto, são necessárias medidas de manutenção da tubulação comprometida, além de uma maior fiscalização sobre conexões hidráulicas irregulares.
Outro tipo de desperdício de água acontece na agricultura. Em muitos casos, sistemas inadequados de irrigação ou aproveitamento fazem com que boa parte da água empregada nas lavouras não seja aproveitada, tanto pelo uso incorreto quanto pelas altas taxas de evaporação. Além disso, a contaminação dos solos, do lençol freático e de alguns rios em razão do uso de agrotóxicos também se torna um agravante para o problema em questão. Para combater o desperdício de água na agricultura, é preciso utilizar métodos de irrigação voltados para esse intuito.
Na indústria, também ocorrem problemas semelhantes. Em alguns tipos de produção, a água é empregada no resfriamento de equipamentos, o que poderia ser mais bem efetuado com água de reuso e outros métodos demaior economia. Além disso, casos de vazamento ou manejo incorreto na captação de sistemas locais de abastecimento também podem gerar uma grande quantidade de desperdício. Por esse motivo, é importante haver uma grande fiscalização das fábricas a fim de que elas também participem do processo de conservação dos recursos hídricos, o que também vale para outros setores, tais como a construção civil, o comércio etc.
Portanto, os vários setores da sociedade, incluindo o Estado, devem adotar medidas para diminuir o desperdício de água, pois o êxito nessa tarefa traria mais efeitos positivos do que qualquer outra política de uso da água, garantindo, assim, o seu uso sustentável. É claro que, mesmo o uso doméstico equivalendo a menos de 10% da água utilizada, ainda sim é preciso que as residências façam a sua parte, evitando gastar além dos limites aceitáveis.
Exercícios de interpretação
01. Porque o desperdício de água é um problema socioambiental de graves consequências para a humanidade?
02. Como ocorre o desperdício de água segundo o texto?
03. Explique como ocorre o desperdício de água na agricultura.
04. Quais são as causas do desperdício de água durante o abastecimento de água?
05. O que é preciso ser feito pela sociedade para reduzir o desperdício de água?
06. Nas indústrias ocorre grande desperdício de água, quais ações podem ser tomadas para reduzir o desperdício?
07. Escreva 05 ações para minimizar o desperdício de água na sua casa.
08. Sobre o desperdício de água, avalie as afirmativas a seguir:
I. No Brasil, quase metade de toda a água tratada no país é desperdiçada por falhas na tubulação, falta de manutenção e reparos, além dos desvios ilegais.
II. O desperdício da água distribuída no estado de São Paulo ultrapassa os 30%, nível semelhante aos encontrados em países como os Estados Unidos e a Alemanha.
III. Medidas como manutenção da tubulação comprometida, além de uma maior fiscalização sobre conexões hidráulicas irregulares, podem minimizar as consequências do desperdício da água distribuída.
São afirmativas verdadeiras;
a) I, II e III B) II e III C) I e III d) I e II
Poluição do solo
A manipulação equivocada do lixo na cidade, e o uso de agrotóxicos nas áreas rurais vem contribuindo para contaminação e poluição do solo.
O uso indevido do solo e a má gestão dos resíduos urbanos e rurais.
A constante ação humana no meio ambiente provoca vários desequilíbrios ambientais, seja afetando os cursos hídricos, o ar atmosférico ou degradando os solos, interferindo diretamente nas relações ecológicas da fauna e flora.
Altamente degradável, o solo é um meio bastante afetado pela pressão antrópica. Sua poluição afeta particularmente o nível superficial da crosta terrestre, camada da biosfera que abriga considerável biodiversidade.
Esse meio, diferente do que pensamos, não é inerte e tampouco sustenta apenas as relações humanas. No extrato superficial do solo habitam espécies de macro e micro - organismos importantes à manutenção do equilíbrio biológico no planeta: bactérias, fungos, nematódeos, artrópodes, anelídeos, moluscos e pequenos vertebrados, aliados à vegetação, dão vida e sustentação a esse substrato.
A poluição do solo, dependendo da magnitude, pode causar malefícios irreparáveis tanto à natureza, que responde lentamente aos processos de reparação, quanto à frágil estrutura corpórea do homem.
Sendo o homem o agente causador, a origem poluidora dos solos pode ser urbana ou rural, refletindo os danos característicos em cada meio de ocupação humana. Em áreas urbanas o principal problema é a enorme quantidade de lixo lançado sobre a superfície aliada à falta de tratamento.
Detritos domésticos, hospitalares, industriais, dentre outras substância, como produtos químicos derivados do petróleo e chumbo, são despejados na natureza sem o mínimo controle ambiental e sanitário. Além de acumular no ambiente, dependendo da degradabilidade do dejeto, pode interferir organicamente nos níveis tróficos ecológicos.
Nas áreas rurais, a contaminação do solo, ocorre exclusivamente pelo uso inadequado e abusivo de agrotóxicos e fertilizantes. O DDT, inseticida largamente utilizado nas lavouras para eliminar insetos, atualmente proibido em vários países, é uma substância com alta capacidade de retenção no solo e nos tecidos e órgãos dos animais.
Essa substância desencadeia sérios danos à saúde de animais e dos seres humanos, pode causar problemas dermatológicos, hepáticos e até o desenvolvimento de um câncer.
Dessa forma, diante de toda a problemática que envolve a gestão de resíduos urbanos e utilização de defensivos agrícolas, merece esse assunto maior atenção governamental na aplicação e implementação constitucional em defesa da preservação ambiental, bem como a responsabilidade social da população.
Atividade de fixação
01. Quais são os principais fatores que contribuem para a contaminação do solo?
02. De quais formas a contaminação do solo afeta o meio ambiente?
03. Sabemos que o solo pode ser poluído de diferentes formas, e uma delas é o acúmulo de lixo sólido. Entre os problemas abaixo, marque o único não relacionado com a deposição de lixo no solo.
a) Aumento de vetores de doenças.
b) Aumento da chuva ácida.
c) Aumento de micro-organismos patogênicos.
d) Morte de plantas.
e) Contaminação da água subterrânea.
04. Estima-se que, em média, dois quilos de lixo sejam produzidos, a cada dia, por pessoa, incluindo o lixo doméstico. Apesar dos programas de reciclagem e do aproveitamento de produtos do lixo, essa quantidade vem aumentando perigosamente. Com relação à questão do lixo e do seu tratamento, analise as afirmações a seguir.
I. Para que um aterro sanitário possa ser eficiente por muitos anos, periodicamente, deve ser feita a incineração dos resíduos orgânicos e inorgânicos.
II. Os lixões a céu aberto constituem-se em eficiente meio de tratamento do lixo porque as pessoas os utilizam para a garimpagem de produtos.
III. Uma alternativa eficaz para tratar o problema do lixo urbano envolve a redução da utilização de produtos descartáveis.
 
São afirmativas verdadeiras;
a) I, II e III
b) I e II
c) II e III
d) III apenas
05. Como ocorre a contaminação do solo em áreas rurais?
Destruição de habitats e suas consequências
Em todo planeta existe degradação ou destruição de habitat. Do passado até o presente, ela tende a ocorrer em locais de alta densidade humana. Isso significa que ocorre um processo de mudança nessa terra e nos recursos naturais dela, fazendo com que animais e plantas se desloquem ou deixem de existir, naquele ambiente.
Causas
A degradação se inicia quando o ser humano precisa manipular o meio em que vive para desenvolver atividades de produção e urbanização. Os principais fatores dessa destruição, no mundo, tem sido:
· Em primeiro lugar a pecuária, que além de desflorestar, para a criação de pastos, desmata para produção de alimentação para a criação. Além disso, produz dejetos que contaminam o solo e as águas, chegando a atingir os oceanos. Nos países tropicais há uma taxa de 7 milhões de hectares devastados, todo ano, para esta atividade. Leia mais: poluição causada pela pecuária.
· Agricultura: A expansão da agricultura causa impactos ambientais como: erosão, contaminação das águas com agrotóxico, compactação e impermeabilização dos solos pelo uso intensivo de máquinas agrícolas, contaminação de alimentos e animais, desmatamento da cobertura nativa; assoreamento de rios e reservatórios, disseminação de pragas, alterações no clima, e finalmente, a perda de habitat natural para animais e plantas, colocando a biodiversidade em risco. A agropecuária leva à exposição do solo, que se torna mais suscetível à erosão.
· Extração de madeira: O uso da madeira e sua retirada de forma não sustentável, sem manejo apropriado, é um dos grandes fatores de desflorestamento. Um exemplo disso é a exploração da madeira na Amazônia, para construção civil no país e para exportação. O desmatamento na Amazônia cresceu de forma assustadora, chegando a 19 ha/horano início de 2019.
· Construções civis: Além de transformar o espaço físico para a urbanização, há uso de madeira paras as construções. As regiões com maior número de pessoas, como a sudeste, é a que mais usa no Brasil.
· Queimadas e Incêndios: São atividades realizadas geralmente para “limpar” a terra para agropecuária. Podem ser geradas de forma intencional, ou acidental, causando bastante impacto nas comunidades naturais.
Quanto mais cresce a população humana de um determinado local, maior a urbanização, o que aumenta a demanda de recursos renováveis e não renováveis, de energia e cresce o impacto causado ao meio natural, nas florestas e águas do planeta.
Além das florestas, o homem destrói áreas alagadiças, drenando ou aterrando para desenvolvimento de estruturas que impactam as espécies que dependem delas, como a fauna aquática, aves que se alimentam por ali, ou plantas exclusivas deste tipo de ambiente. 
A poluição dos rios é uma atividade comum onde há ocupação humana próxima, seja pelo descarte de dejetos, produtos químicos, pesticidas, agrotóxico, etc. A poluição pode levar à morte de um rio, como ocorreu com o Rio Doce, em um derramamento de lama tóxica, em 2015. Os danos causados à fauna e flora podem ser irreversíveis. Os recifes de corais, são habitats marinhos que também sofrem com a sua destruição, podendo chegar a uma perda de 70% nas próximas décadas.
Espécies endêmicas são aquelas encontradas apenas em uma região, a destruição de habitats é uma grande ameaça de extinção a essas espécies.
Consequências
As consequências da destruição de habitat podem ser diversas: Fragmentação de habitat, mudanças climáticas, aumento de espécies invasoras, desertificação e é a maior causa de extinção de espécies, hoje.
É importante destacar que mesmo não havendo a destruição do habitat, pode haver a degradação dele, há longo prazo, com atividades que não alteram a estrutura da comunidade de imediato. A poluição ambiental, com os pesticidas, produtos químicos, emissões de esgoto industrial e urbano, emissão de gases poluentes, são algumas das situações em que há degradação do habitat ao longo de gerações, para as espécies.
Agora responda as atividades que serão passadas no quadro!
Mudanças climáticas e a extinção de animais silvestres
O urso-polar, classificado como vulnerável, é um animal que pode sofrer as consequências das mudanças climáticas
Animais ameaçados de extinção são aqueles que correm risco de desaparecer de maneira definitiva do nosso planeta, ou seja, de tornarem-se extintos. Apesar de ser relativamente comum na natureza, atualmente, o processo de extinção tem sido intensificado pelo homem.
Várias espécies estão ameaçadas de extinção no mundo em decorrência da destruição do ambiente, mudanças climáticas, caça e pesca predatórias, poluição, entre outros fatores. 
Mudanças climáticas: As mudanças climáticas também podem levar ao decréscimo de uma população e, consequentemente, à sua extinção. Observamos claramente como as mudanças climáticas afetam as espécies quando analisamos alguns anfíbios, que são altamente afetados por aumentos na temperatura e pela frequência de chuvas. Um artigo publicado na revista Ecology and Evolution mostrou que as mudanças climáticas poderão levar à extinção 42 espécies de anfíbios anuros na Mata Atlântica e no Cerrado entre 2050 e 2070.
Pesquise e registre no caderno: Quais espécies correm risco de extinção em razão do aquecimento global?"
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