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Laboratório Morfofuncional 3.1 Aspectos macroscópicos do fígado • Maior glândula do nosso corpo • Se localiza abaixo do musculo diafragma • Se estende pelas 3 regiões clinicas superiores: hipocôndrio direito (maior área), região epigástrica, hipocôndrio esquerdo • Possui duas fases: uma voltada pelo musculo diafragma (fase diafragmática) e uma voltada inferiormente (fase visceral) • Possui 4 lobos • 2 lobos podem ser vistos das duas fases: lobo hepático direito, lobo hepático esquerdo • 2 lobos so podem ser vistos da face visceral: lobo quadrado (próximo a vesícula biliar) e lodo caudado (próximo a veia cava inferior) • Vesícula biliar: armazena a bile que é importante a emulsificação de gorduras. Do ponto de vista anatômico possui um corpo e um colo (da onde parte o ducto cístico) • Na parte visceral há uma abertura chamada de porta hepática que permite a passagem de estruturas (o conjunto dessas estruturas é chamado de pedículo hepático) Pedículo hepático • veia porta (trás o sangue absorvido do sistema digestório, então ele chega ao fígado rico em nutrientes que foram absorvidos, estes que são metabolizados no fígado pelos hepatócitos), • artéria hepática própria (trás sangue oxigenado para nutrir os hepatócitos), cerca de 90% do sangue que entra no fígado vem da veia porta e o restante da artéria hepática própria • ductos hepáticos: que trazem do interior do fígado a bile que foi produzida pelos hepatócitos O fígado é coberto pelo peritônio a não ser por três regiões: área nua (por que esta em contato com o diafragma), a porta do fígado (para não impedir a passagem das estruturas) e a fossa da vesícula biliar Ligamento: o fígado possui 2 ligamentos correlacionados 1- ligamento falciforme que é uma dupla prega de peritônio (linha que divide a parte diafragmática na foto acima). Ele delimita anteriormente formando a lâmina anterior do ligamento coronário (este que delimita a área nua do fígado) 2- no interior do ligamento falciforme há o ligamento redondo, que se conecta com a cicatriz umbilical (na vida fetal esse ligamento era a veia umbilical) Vias biliares • Pode ser dividida em intra e extra-hepáticas • extra hepáticas: ducto hepático esquerdo e ducto hepático direito que se unem formando o ducto hepático comum • o ducto hepático comum se une com o ducto cístico formando o ducto colédoco • o ducto colédoco se une ao ducto pancreático principal formando a ampola hepatopancreatica que se abre na segunda parte do duodeno Histologia do fígado Componentes • Divido em lóbulos hepáticos que são região que concentram grandes quantidades de hepatócitos (células do parênquima hepático). Eles possuem formato hexagonal, e são delimitados por um tecido conjuntivo que organiza a trama reticular • Trama reticular (delimita os lóbulos); delimitados por tecido conjuntivo, e apresenta uma grande quantidade de fibras reticulares, é uma rede de sustentação para os hepatócitos • Hepatócitos: células cubicas (epitélio cubico que forma todo o parênquima hepático) • Espaço de disse: espaçamento entres os hepatócitos e os capilares sanguíneos que estão presentes no fígado • Células de Kupfer • Em cada um dos lóbulos é possível verificar a tríade portal (uma arteríola, uma vênula- estes vasos são se ramificar dando origem aos capilares sinusoides- e um ductulo que será formado pela anastomosse de canalículos biliares • No centro de cada lóbulo iremos encontrar a veia central A trama reticular permite dividir os hepatócitos em estruturas hexagonais chamadas de lóbulos hepáticos • Cada um dos lóbulos vai ser limitado em seus ângulos por estruturas microscópicas, a tríade portal Estroma do tecido hepático 1- A trama reticular é formado por tecido conjuntivo que apresenta uma grande quantidade fibras reticulares 2- Ela não está somente delimitando os lóbulos, ela também forma uma extensa rede de sustentação para o parênquima hepático, os hepatócitos 3- A trama faz parte do tecido conjuntivo que compõe o estroma do tecido hepático (é a trama que garante para o tecido hepático a sustentação necessária) 4- Também está presente ao redor dos vasos localizados no fígado (ao redor da veia central, os capilares e no espaço porta microscópico O parenquima hepatico é constituidos por diversos cordões hepaticos formados pelos hepacitos (celulas cubicas e com nucleo centralizado e arredondado) muito bem unidos por junções aderentes (permitem que elas fiquem bem unidas e formem o tecido hepatico) Hepatócitos 1- Alta atividade metabólica 2- Grande quantidade de síntese proteica 3- Síntese de hormônios proteicos e lipídicos 4- Atividade de metabolismo de moléculas toxicas e de moléculas próprias do organismo 5- Reservatório de glicogênio (reserva energética) Esteatose hepática Como os hepatócitos estão em sempre em uma intensa atividade, eles estão sujeitos a uma série de processos patológicos característicos • A esteatose hepática é favorecida por elementos tóxicos • Acúmulos de lipídios dentro dos hepatócitos • Devido a características hidrofóbica dos lipídios eles tendem a se armazenar dentro dos hepatócitos, ocorrendo a formação de vesículas de lipídios • Essas vesículas podem se tornar tão grandes que ocupam todo o citoplasma e empurram o núcleo para a periferia (se aumenta demais de tamanho pode causar a morte dos hepatócitos, ocorrendo um acumulo de fibrose nas áreas que os hepatócitos são então mais presentes) • A esteatose é um processo reversível, entretanto, se a morte celular for muito extensa, o acumulo de tecido fibroso no fígado pode comprometer diretamente a função hepática • O lipídio pode se acumular devido a alimentação e ao uso constante de moléculas toxica como o álcool Espaço de disse: espaço virtual com a presença de uma grande quantidade de células que colaboram para a defesa do tecido hepático Celulas de kulfer: celulas fagocitarias importantes que iram colaborar para o processo de defesa do figado Aspectos histológicos do fígado 2 Tríade portal • Arteríola: é formada a partir de ramificações da artéria hepática (que é uma ramificação da artéria aorta). Pela arteríola chega ao fígado o sangue oxigenado • Vênulas: ramificação da veia porta, que leva um sangue com pouca quantidade de oxigênio e muitos nutrientes (por que ele veio do TGI) • Ductulo: formado pela anastomose dos canalículos biliares. É por ele que vai haver o transporte da bile ate os ductos biliares e posteriormente para a vesícula biliar Veia central do lóbulo: recebe todo o sangue que está sendo retirado do lóbulo • O sangue que chega ao lóbulo pela vênula e pela arteríola da tríade será encaminhado para os hepatócitos por meio de capilares sinusoides (possuem um espaçamento entre as células endoteliais bastante grande, que formam poros ) • Os poros permitem a passagem de moléculas grandes como proteínas importantes para o plasma e também células do sangue • O sangue chega será encaminhado por todo o lóbulo e serão direcionados a veia central (a medida que o sangue que chegou da arteríola vai caminhando pelos capilares ele vai deixando oxigênio para as células, bem como o sangue proveniente das vênulas que ira deixas os produtos que foram drenados d TGI) • A bile que serão produzidas dos hepatócitos será encaminhada para os canalículos biliares, onde posteriormente irão de anastomosar e formar o ductulo Constituição: 1- Ductulo: formado por um epitélio cubico simples 2- Os vasos sanguíneos: arteríolas e vênulas serão revestidas por um epitélio pavimentoso simples 3- Para diferenciar a arteríola da vênula é necessário observar a quantidade de musculo liso que está formando a túnica media desses vasos (a arteríola tem mais tecido muscular liso quando comparado com as vênulas) Os hepatócitos estão presentes entre os capilares sinusoides e os canalículosbiliares • Uma face se comunica com os capilares e uma outra face de comunica com os canalículos • A bile é produzida dentro dos hepatócitos e é transferida para o canalículo biliar (ela é produzida a partir da bilirrubina, que é obtida pelo processo de degradação dos eritrócitos no baço) • A bilirrubina chega ao fígado pela veia porta (por que essa veia também é formada pela veia esplênica que se origina no baço) • Todo o sangue do lóbulo é conduzido para a veia central, onde, por um processo de anastomosse, todas elas vão contribuir para a formação das veias hepáticas (estas que vão contribuir para a formação da veia cava inferior e sangue irá chegar ao coração por meio do átrio direito) Pré aula O Sistema Único de Saúde é a estrutura de saúde no Brasil. Ele visa proporcionar atendimento integral e universal a todos os cidadãos, independente da sua condição financeira. O SUS abrange desde a atenção básica até procedimentos de alta complexidade, e a sua gestão é tripartite. Além do SUS, o setor privado desempenha um papel significativo. Muitas pessoas possuem planos de saúde privados, permitindo acesso à serviços médicos em instituições particulares. Essa dualidade entre saúde publica e privada cria um sistema misto no país. • Funções do SUS: garantir o acesso universal, integral e igualitário à saúde. As principais funções são: atenção básica, assistência especializada, vigilância em saúde, saúde da família, gestão participativa, acesso a medicamentos e insumos, saúde mental e ações de promoção de saúde Ducto hepático esquerdo, ducto hepático direito que se unem formando o ducto hepático comum São células fagocitarias que ajudam no processo de defesa do fígado Arteriola, vênulas e ductulos É um espaço virtual microscópico, que corresponde ao espaçamento entre os hepatócitos e os capilares sinusoides (tambem conhecido como espaço perissinusal) É formada por tecido conjuntivo e tem a função de realizar a sustentação do parênquima hepático Concentram grandes quantidades de hepatócito. Eles possuem formato hexagonal, e são delimitados por um tecido conjuntivo (trama reticular). Em cada ângulo eles possuem a tríade portal Abertura de sessão Suprimento sanguíneo do fígado Suprimento sanguíneo O fígado é um órgão incomum, por receber sangue de duas fontes diferentes: 80% derivam da veia porta, que transporta o sangue pouco oxigenado e rico em nutrientes provenientes das vísceras abdominais, enquanto 20% restantes derivam da artéria hepática, que fornece sangue rico em oxigênio Sistema portal venoso: a veia porta ramifica-se repetidamente e envia pequenas vênulas portais (interlobulares) aos espaços porta. As vênulas portais ramificam em vênulas distribuidoras, que correm ao redor da periferia do lóbulo. A partir das vênulas distribuidoras, pequenas vênulas desembocam nos capilares sinusoides. Estes correm radialmente, convergindo para o centro do lóbulo a fim de formar a veia central. Esse vaso tem parede delgada constituída apenas de células endoteliais, suportadas por uma quantidade esparsa de fibras colágenas. À medida que a veia central progride ao longo do lóbulo, ela recebe mais e mais sinusoides, aumento gradualmente em diâmetro. Ao fim, ela deixa o lóbulo em sua base, fundindo-se com a veia sublobular, de diâmetro mais. As veias sublobulares gradualmente convergem e s fundem, formando duas ou mais veias hepáticas grandes, que desembocam na veia cava inferior • O sistema portal contem sangue proveniente do pâncreas, baço e intestino. Os nutrientes absorvidos no intestino são acumulados e transformados no fígado Sistema arterial: A artéria hepática ramifica-se repetidamente e forma as arteríolas interlobulares, localizadas nos espaços porta. Algumas dessas arteríolas irrigam as estruturas do espaço porta e outras formam arteríolas que desembocam diretamente nos sinusiodes, provendo uma mistura de sangue arterial e venoso portal nesses capilares. A principal função do sistema arterial é suprir os hepatócitos com uma quantidade adequada de oxigênio • O sangue flui da periferia para o centro do lóbulo hepático. Consequentemente, oxigênio e metabolitos, assim como todas as substancias toxicas e não toxicas absorvidas no intestino, alcançam primeiro as células periféricas e, posteriormente, as células centrais dos lóbulos. Essa direção do fluxo sanguíneo explica parcialmente por que o comportamento das células mais periféricas difere daquele das células mais centrais. Durante a digestão e absorção de nutrientes provenientes da refeição, há um aumento nos níveis de glicose, aminoácidos e outros nutrientes absorvidos pelo trato gastrointestinal. Essas substancias são transportadas pelo sangue até o fígado através dos vasos sanguíneos. No fígado, os hepatócitos processam esses nutrientes, armazenam ou liberam glicose conforme o necessário, convertem aminoácidos em proteínas e realizam várias outras funções metabólicas. Portanto, a medida que o sague flui pelo sinusoides hepáticos, é possível observar a concentração de nutrientes e metabolitos, refletindo as atividades metabólicas e regulatórias do fígado. Tem um papel crucial na troca de substâncias entre o sangue e os hepatócitos, permitindo a absorção de nutrientes, remoção de resíduos e metabolismo hepático. Essa região contribui para as funções metabólicas e excretoras do fígado Hepatócitos: principais células do fígado e desempenham funções como a síntese proteca, metabolismo de nutrientes e detoxificação de substancias Células de Kupffer: são macrófagos residentes no fígado, responsáveis por eliminar partículas estranhas, bactérias e células mortas do sangue. Tem um papel crucial na resposta imunológica hepática. Células de Ito (células estreladas hepáticas): armazém vitamina A e estão envolvidas na regulação do tônus vascular e na resposta à lesão hepática Células endoteliais sinusoides: revestem os capilares sinusoide e estão envolvidas na regulação do fluxo sanguíneo e na troca de substancias entre sangue e hepatócitos Capilares sinusóides Veia central Veia hepática Veia cava inferior Estruturas anatômicas