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FAMÍLIA: 
CONCEITUAÇÃO E 
CATEGORIZAÇÃO 
Professor (a) : 
Me. Nathalia Barbosa Limeira 
Me. Fernanda Regina Cinque de Brito 
Objetivos de aprendizagem 
• Compreender o conceito de família. 
• Entender a função/papel de cada um dos membros na relação familiar. 
• Compreender o ciclo vital da instituição familiar. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Considerações iniciais sobre a família 
• Mas, afinal, o que é família? 
• Ciclo Vital da família 
Introdução 
Entendemos que o homem enquanto um ser naturalmente sociável, se relaciona e precisa destas relações para sobreviver. Neste 
sentido, podemos supor que o homem é dependente de seus pares. O processo de socialização do homem, de seu estado primitivo 
para seu estado entendido como sociável, ocorre quando o homem abre mão de seus instintos individuais para se socializar. O 
princípio do prazer é substituído pelo princípio da realidade, o qual torna o homem capaz de socializar-se. 
Para tratarmos acerca da dinâmica familiar, essa consideração se faz essencial. Somente podemos falar de família quando falamos 
em socialização, porque em seu sentido estrito a família é o primeiro espaço de socialização do homem. 
Buscaremos, então, discutir inicialmente a questão da afetividade. Para isso, reportamo-nos ao historiador francês Philippe Ariès, 
o qual parte do pressuposto de que a revolução da afetividade na família somente ocorre na passagem do mundo moderno. E 
poderíamos falar em família sem tratarmos da afetividade? 
Por conseguinte, refletimos com base em diversos estudos sobre o que é família. Buscamos aqui uma definição que dê conta de 
contemplar todos os arranjos familiares, deixando à margem desta discussão a definição que contempla somente os componentes 
pai (homem), mãe (mulher) e filhos. Isso porque os novos arranjos familiares tornam impossível definirmos e compreendermos a 
família sobre esta perspectiva tradicional. 
Por fim, discutimos sobre o ciclo vital das famílias. Assim como temos um ciclo vital em nossas vidas, nascer – desenvolver-se – 
morrer, a família também tem um ciclo próprio. Porém, uma ressalva deve ser feita aqui: assim como entre o nosso nascimento e 
morte não percorremos o mesmo caminho, mas tomamos decisões distintas, traçamos modos diferentes de viver nosso percurso, 
também com a família ocorre o mesmo. 
Caro(a) aluno(a), o convidamos a iniciar seus estudos sobre esta temática. 
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE A 
FAMÍLIA 
Definir o que seja família parece-nos uma tarefa complexa. Se observarmos essa instituição ao longo dos anos e a partir do 
movimento da história de nossa civilização, perceberemos que ela se modificou em cada período histórico. Mesmo que não 
façamos esse retorno histórico e conceitual acerca deste termo, se olharmos à nossa volta, perceberemos a diversidade e a 
complexidade de definirmos este termo. 
Ariès (1981), historiador francês bastante influente nas discussões acerca da infância e da família, estuda este último termo, 
relacionando-o à história e cidade e, neste sentido, sua investigação procura identificar como a noção de família modificou-se 
paulatinamente, em decorrência do surgimento das cidades, ainda na Idade Média. Sua tese inicial aponta para a ideia de que “a 
comunidade, mais que a família, determinava o destino do indivíduo” (ARIÈS, 1981, p.13). Isso porque cada sujeito nascia em uma 
comunidade formada tanto pela família quanto por vizinhos ou pessoas com as quais mantinham uma relação de proximidade. 
Ocorre que ao “sair da barra da saia da mãe” os filhos precisavam buscar seu espaço dentro desta comunidade. A noção de domínio 
é fundamental aqui. A ocupação do espaço dentro da comunidade marca-se como uma demarcação de domínio. 
Para Ariès (1981), o domínio, ou seja, o espaço ocupado pelo homem dentro da comunidade, embora houvesse uma determinada 
rigidez nas relações sociais, dependia do homem, de sua agilidade em conquistar o espaço. Quando afirmo que havia determinada 
rigidez nas relações sociais, refiro-me aos espaços ocupados por cada um dos membros familiares – e que, consequentemente, 
compõem a comunidade. A mulher tem seu papel bastante definido, tanto na comunidade quanto no seio da família. A ela, as 
discussões públicas, as decisões sobre o rumo da cidade ou o trabalho fora de casa lhe eram negados. Seu espaço de vivência 
restringe-se ao núcleo familiar, o qual organiza, mantém e gera. Na comunidade, sua ação se restringe à participação das 
cerimônias religiosas, procissões ou festas. Mas o papel a ser desempenhado por ela aparece como já determinado: ajudar o 
marido, cumprir suas obrigações de esposa e ser religiosa. 
Ainda de acordo com Ariès, três mudanças importantes, ocorridas entre os séculos XIX e XX, vão fundar um novo conceito de 
família. A primeira mudança refere-se à “[...] repugnância com que a sociedade global, isto é, o Estado, passou a encarar o fato de 
certas áreas da vida escapar ao seu controle e influência” (ARIÈS, 1981, p.15). O Estado, até então, mantinha-se neutro nas 
questões da vida privada de cada um dos seus partícipes. Com o avanço das ideias iluministas, o Renascimento e a industrialização, 
o Estado exige para si o domínio tanto da vida pública quanto da privada. 
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Um segundo fator importante relaciona-se à questão acima: a separação entre o lugar do trabalho e os demais lugares, seja a casa, 
o campo ou a rua. De acordo com Ariès: 
Este lugar específico para o trabalho foi uma invenção desta nova sociedade, derivada das relações capitalistas e liberais que se 
impunham, e daí emerge um espaço de ocupação e de domínio que antes não existia. A terceira mudança importante para o novo 
conceito de família decorre das modificações postas acima, porém sua natureza é psicológica. “A grande revolução da afetividade”, 
como afirma Ariès (1981, p.16), é que proporciona uma nova perspectiva sobre as relações familiares. Os homens trabalhadores se 
dividirão entre estes dois polos: família e trabalho. Decorre daí que aqueles que não trabalham, mulheres, crianças e velhos, têm 
suas vidas absorvidas pelo ambiente familiar. Isso não significa que não haja relações de afetuosidade no ambiente familiar, mas 
como são sujeitas ao controle e vigilância, as relações estabelecidas neste polo são bastante distintas das relações desenvolvidas 
no ambiente familiar. 
Neste sentido, a família incorpora, não sem intolerância e mal-estar, as atribuições que lhe são infundidas, decorrentes da crise 
vivida nas cidades. A organização das cidades, do ambiente de trabalho, da vigilância do Estado sobre os atores da cidade insurgem 
na família a ideia de que somente ali pode-se ser o que é, sem o controle externo. “A família passou então a deter o monopólio da 
afetividade, da preparaçãopara a vida, do lazer” (ARIÈS, 1981, p.23). 
Para o autor, somente a partir daí é que se pode pensar nas relações familiares, como relações de e com afetividade. Claro, nos 
parece que esta afirmação seja precipitada e justificam-se aqui as críticas tecidas a este historiador, já que podemos ver, ainda na 
Idade Média, por exemplo, a preocupação com a educação e com a vida afetiva da mãe, e também mulher, com seu filho. É o caso, 
por exemplo, de Dhuoda (1995), a qual, em sua obra La educacion cristiana de mi hijo, reflete acerca da formação de seu filho. 
Escrita sob a forma de Espelho de Príncipe, no século IX, a obra considera a ética, a fidelidade e a religião como fundamentos 
essenciais para se pensar a educação. Porém, o que trago à discussão é a ideia da afetividade, tanto nas relações entre o casal, 
quanto na formação da criança, a qual, a partir de agora, ganha espaço nas relações familiares e sociais. 
A criança, vista como adulto em miniatura, tanto em vestimenta quanto em atitude, paulatinamente vai 
perdendo espaço em prol de uma nova visão sobre a infância e sobre o sentimento e cuidados que ela impõe 
para si. Isso não significa que todo o tempo anterior a este a criança era ignorada. Não. O que ocorre é que 
ela ganha um espaço que lhe será próprio e específico, decorrente do fato mesmo de que a família tenha 
absorvido para si a responsabilidade tanto de formação social quanto da afetividade em suas relações. 
Fonte: elaborado pelas autoras. 
O desenvolvimento das relações de trabalho, do liberalismo e do capitalismo e a separação entre o espaço do trabalho da vida 
familiar insurgem novas formas de relação, tanto social quanto familiar. Neste sentido, é que podemos compreender a afirmação 
de Ariès, de que “a causa profunda da crise atual da família não está na família, mas na cidade” (ARIÈS, 1981, p.23), ou seja, as 
mudanças nos contextos social, político e econômico interferem na organização da família. 
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MAS, AFINAL, O QUE É FAMÍLIA? 
Muitas são as definições que podemos sugerir ao termo família. Se perguntasse a você, caro(a) aluno(a), o que é família, o que você 
responder-me-ia? Antes de avançar na leitura, pare um pouco e reflita sobre isso: o que é família? Talvez você possa ter pensado 
em consanguinidade, e então poderíamos afirmar que família são aqueles que possuem relação de parentesco, dada pela 
consanguinidade. Mas talvez você possa ter afirmado que família relacionasse com o vínculo afetivo que estabelecemos entre 
nossos pares e, então, não depende essencialmente da consanguinidade, mas da afetividade, para dizermos quem é ou não parte 
de nossa família. 
Muitas são as definições que podemos ter acerca desta instituição. Uma primeira aproximação com o tema poderia entender 
família como “[...] a unidade básica da interação social” (OSÓRIO, 1996, p.15). Mas esta definição nos parece genérica demais, pois 
a família não pode ser vista apenas como o espaço de interação social. Aqui, permito-me uma pequena exposição sobre os termos 
interação e relação. Fundamento esta discussão nos trabalhos desenvolvidos por Dessen (2008), a qual difere estes termos, 
afirmando que uma relação é composta por interações, ao passo que nem todas as interações podem ser consideradas como 
relações. 
A interação pode ser compreendida como incidentes ou episódios entre, no mínimo, duas pessoas. Nestes 
episódios uma pessoa emite determinado comportamento em direção à outra pessoa e esta, por sua vez, 
emite uma resposta, formando cadeias de comportamento que caracterizam o fluxo da interação. Uma 
relação é composta por interações já estabelecidas entre, no mínimo, duas pessoas [...] o que 
essencialmente define a relação é a influência de uma interação sobre as outras (DESSEN, 2008, p.121, 
122). 
Na citação acima, Dessen distingue interação de relação. As interações, para esta autora, referem-se a episódios estritamente 
limitados, ao passo que as relações envolvem uma trajetória de tempo que pressupõe passado, presente e futuro. Neste sentido, 
compreender a família como unidade básica da interação social parece-nos equivocado, se compreendermos a família como uma 
unidade dinâmica. Parece-nos mais adequado entendê-la como uma unidade básica de relações sociais. 
Uma segunda aproximação com o tema, dada por Lévi-Strauss (1958), remete o termo família a três tipos de relação fundamentais: 
aliança (casal), filiação (pais e filhos) e consanguinidade (irmãos). Ainda que esta seja uma definição importante e usualmente 
empregada na definição da família, ela me parece insatisfatória para a definição que procuramos atualmente. 
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As mães e pais solteiros, as famílias compostas por avós e netos, ou ainda as famílias nas quais os filhos não 
têm a consanguinidade como fundamento, por serem adotados, estão fora desta definição. Não poderemos 
considerar os casos acima expostos como família? 
Fonte: elaborado pelas autoras. 
Osório (1996), na tentativa de conceituar o que seja a família, considerará três formatos que a distingue: a nuclear, a extensa e a 
abrangente: “Por família nuclear, entenda-se a constituída pelo tripé pai-mãe-filhos; por família extensa, a que se componha 
também por outros membros que tenham quaisquer laços de parentesco, e a abrangente, a que inclua mesmo os não parentes que 
coabitem” (OSÓRIO, 1996, p.16). 
A definição dada por Osório, embora não considere a consanguinidade como fundamento destas relações, ainda supõe a família 
composta pelo tripé pai-mãe-filho, onde se sugere que nesta relação pai e mãe sejam heterossexuais. Neste sentido, para 
compreendermos a dinâmica destas relações, será necessário compreendermos este termo de modo mais amplo, dadas as 
modificações sociais e culturais que temos vivenciado nas últimas décadas. 
A família extensa pode ser composta pelos avós, tios e mães ou pais com filhos que convivam em um mesmo ambiente. Já a família 
abrangente engloba outros pares que não tenham relação de consanguinidade, mas que se insiram no contexto familiar. Este pode 
ser o caso, por exemplo, de um casal com filhos que assume a responsabilidade sobre outro sujeito, ainda que temporariamente. 
Mas há outras definições de família que gostaria de refletir com você. Soifer, em seu livro Psicodinamismos da família com crianças 
(1994), discute o conceito de família trazendo diversas definições, dentre as quais aquela em que a família se constitui pelo: 
[...] cuidado da vida tanto afetivo como social, onde se dão e se aprendem noções fundamentais para a 
consecução de tal fim que poderíamos resumir como se segue: procriação, cuidado da saúde, preservação 
da vida, aquisição de habilidades profissionais, aprendizagem da convivência familiar e social (SOIFER, 
1994, p.11). 
Neste sentido, o termo família é entendido pelo viés biológico e social, que supõe procriação, mas também o cuidado necessário 
com seus pares, além da educação para a vida social. Ou seja, o termo aparece aqui como a instância primeira e fundamental ao 
indivíduo. 
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Uma definição de família dada por Soifer e a qual corrobora com nossa conceituação do que seja ela: 
Um núcleo de pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso de tempo mais ou menos 
longo e que se acham unidas (ou não) por laços consanguíneos. Este núcleo, por seu turno, se acha 
relacionado com a sociedade, que lhe impõe uma cultura e ideologia particulares, bem como recebe 
influências específicas (SOIFER, 1994, p. 22). 
Nesta definição, podemos compreender a família como um grupo de pessoas que vivem juntas durante determinado período de 
tempo e que se relacionam tanto com o mundo exterior a ela quanto se relacionam entre si. 
Outra definiçãoque se aproxima do conceito de família que buscamos refletir aqui é nos apresentada por Macedo (2015): 
A família é um pequeno grupo composto por indivíduos relacionados uns aos outros em razão de fortes 
lealdades e afetos recíprocos, ocupando um lar ou um conjunto de lares que persiste por anos ou décadas. 
Entra-se na família através do nascimento, adoção ou casamento e deixa-se de fazer parte dela apenas pela 
morte. [...] O que define a família, ao nosso ver, são as funções desempenhadas por seus membros em suas 
inter-relações, um sem número de arranjos entre membros com tais características de lealdade, afeição, 
durabilidade de pertinência, como por exemplo: casal sem filhos, casal com vários filhos, avós, filhos e netos, 
um pai ou mãe singular e filhos, casais recasados com filhos de outras relações. Todas são famílias no sentido 
dessa definição (MACEDO, 2015, p.185). 
A definição exposta por Macedo configura a família de modo macro e micro: na macro definição, apresenta a família como todos os 
participantes de uma mesma unidade. São consideradas, então, partes de uma mesma família os avós, pais, tios, primos, sobrinhos 
e a pluralidade de pessoas que podem compor esta instituição. Na micro definição deste termo, podemos perceber o núcleo 
familiar, ou seja, as personagens que compõem a família e que vivem em um mesmo ambiente: pode ser que seja um pai, uma mãe e 
seus filhos, mas também pode ser um pai, uma mãe e seus filhos vivendo em um mesmo ambiente com avós, tios, primos ou outros 
pares familiares. Tendo definido o que entendemos por família, resta-nos refletir sobre seu ciclo vital. 
CICLO VITAL DA FAMÍLIA 
Assim como tudo o que é vivo possui um ciclo vital, também a instituição familiar o possui. De acordo com Macedo (2015), 
compreender este ciclo vital possibilita-nos observar as características funcionais da família em cada etapa de seu 
desenvolvimento através das gerações. No caso de psicopedagogos, é importante compreender esse ciclo na medida em que 
possível, e a partir dele, inferir em que estado vital a família se encontra. Neste sentido, compreender o ciclo vital da família 
parece-nos, portanto, fundamental. 
Para Osório (1996), o ciclo vital familiar pode ser resumido nos seguintes tópicos: 
1. Formação de um casal para a construção de uma nova família. 
2. Nascimento dos filhos. 
3. Adolescência dos filhos. 
4. Saída dos filhos da casa paterna. 
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5. Morte dos avós. 
6. Envelhecimento, doença e morte dos pais. 
Importa-nos, inicialmente, afirmar que a sequência acima exposta pode ou tende a variar e, via de regra, as famílias não percorrem 
estas etapas de modo sequencial. Há casos em que o filho torna-se órfão ainda pequeno, ou ainda, em que a morte dos avós 
acontece antes mesmo de a criança (neto) nascer. Porém, assim como poderíamos afirmar que nossa vida, de modo geral, possui 
um ciclo vital, também as famílias o possuem. Acerca do ciclo acima descrito, afirma Osório (1996, p.23), “o ciclo vital da família é 
algo dinâmico e que não pode estar rigidamente contido num esquema descritivo”. 
A formação do casal para a construção de uma nova família é o ponto inicial do ciclo vital desta instituição. Deixar a casa dos pais 
para construir um novo lar marca um momento decisivo para o novo casal: a diferença de crenças, culturas e educação familiar 
gera conflitos necessários ao estabelecimento de uma nova família com características que lhe serão próprias. É do embate entre 
esses elementos que se organizará a personalidade do casal enquanto família. Novos hábitos, novas crenças e a fusão das crenças e 
da cultura já existentes geram uma dinâmica que é própria e singular de cada família. Administrar os conflitos gerados desta nova 
organização é essencial para a saúde familiar. 
O filme "UP Altas Aventuras" (2009) retrata o ciclo vital da família, desde o momento do casamento, até a 
morte. No filme Carl vive com sua esposa Ellie, passando por muitos momentos de rupturas. 
Trecho extraído do filme "UP Altas Aventuras" (2009) - El ciclo vital de la familia: hechos normativos y no 
normativos: www.youtube.com/watch?v=3grHBSwUkZ0 
Uma segunda grande mudança, essencial ao ciclo vital da família, é o nascimento do primeiro filho. “A passagem de serem filhos 
para serem pais implica numa série de transformações, quanto às relações entre si (casal), e com o filho, em termos de necessidade 
de abrir espaço para a criança” (MACEDO, 2015, p.192). Tais mudanças redefinem os papéis assumidos até então na configuração 
familiar. De esposa e filha, a mulher passa a ser vista também como esposa, filha e mãe. Conciliar essa nova função às funções já 
existentes exige tanto do esposo, quanto da esposa, dedicação e entendimento de que esta nova função (paterna ou materna) não 
implica no abandono das funções já agregadas (de esposo ou esposa). 
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O nascimento dos demais filhos gera novos conflitos na família, pois vão se modificando as regras, os costumes e as necessidades 
da própria instituição familiar, o que modifica, novamente, sua estrutura interna. “São períodos críticos em que mudanças são 
necessárias, testando a flexibilidade do sistema, seus valores, seus padrões de interação” (MACEDO, 2015, p.193). O nascimento 
do segundo filho pode gerar, se não for bem administrado, ciúmes, raiva e mesmo depressão no primogênito. 
Sabemos que o nascimento de um novo membro na família impacta a criança e suas relações com a 
aprendizagem escolar. Desta forma é preciso organizar, junto à família, estratégias para que o nascimento 
do novo filho(a) não seja visto como algo ruim pela criança. 
Fonte: elaborado pelas autoras. 
A adolescência dos filhos, por sua vez, marca uma nova fase de conflitos familiares necessários à formação do adolescente. Estes 
conflitos geram inseguranças tanto nos pais, quantos nos filhos. A adolescência é marcada, nesta perspectiva, como o início do 
rompimento gradual com a família, que se concluirá com a saída deste da casa dos pais. Ainda que o vínculo e a afetividade 
permeiem essa relação, a adolescência desloca a configuração do filho no núcleo familiar, pois paulatinamente ele vai tornando-se 
independente. Isso significa que as relações estabelecidas a partir daí serão relações entre adultos e não mais entre adultos e 
criança. 
A adolescência é a fase de transição da infância para o mundo adulto. O adolescente almeja os privilégios do 
adulto. Dessa forma, o adolescente precisa sentir que controla alguns aspectos de sua vida, tais como: 
escolha de amigos, horários, aparência física etc. Geralmente, tais temas são motivos de conflitos com os 
pais que precisam saber lidar com os filhos nessa idade. 
Fonte: EIZIRIK, Cláudio laks; BASSOLS, Ana Margareth Siqueira. O ciclo da vida humana: uma perspectiva 
psicodinâmica. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 
A saída dos filhos de casa, uma quarta mudança no ciclo vital da família, é vista pelos pais como o esvaziamento do ninho (OSÓRIO, 
1996). Novamente a família precisa reorganizar-se para acomodar essas novas modificações, seja pela saída do filho para o estudo, 
trabalho ou casamento. Uma nova configuração familiar deverá ser instaurada para que os pais possam então lidar com a 
“síndrome do ninho vazio” e, por sua vez, um novo ciclo vital se inicia com a saída dos filhos, que agora formarão suas próprias 
famílias. 
Por fim, a morte dos avós e dos pais encerram um ciclo familiar nuclear. A morte é encarada nesse momento como sentimento de 
perda, e o luto vivido de maneira saudável é necessário à própria reorganização familiar. 
Como afirmamos anteriormente, este ciclo é variável e não se constitui em uma sequência a ser seguida rigorosamente, “os 
divórcios [...] face às inúmeras variáveisque introduzem na estrutura familiar, bem como as alterações significativas que 
promovem no ciclo vital da família, nos obrigam a repensá-la em novos contextos” (OSÓRIO, 1996, p. 23). 
O que nos importa na compreensão do ciclo vital familiar é a reorganização sempre saudável e acomodativa das novas fases de 
expansões ou dispersões que lhe são intrínsecas. Claro é que dada a diversidade de organização e estruturas familiares que temos 
e dada a diversidade de possibilidade de definirmos o termo família, cada uma destas instituições organizar-se-á de forma distinta, 
mas algumas regularidades lhe são intrínsecas, como a constituição de um novo núcleo familiar, o nascimento dos filhos e a morte 
dos componentes familiares. 
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O processo de adaptação ao ciclo vital é de extrema importância neste sentido. A não adaptação às mudanças ocasionadas neste 
ciclo podem gerar estresse e o aparecimento de sintomas, sinais visíveis de que o sofrimento à aceitação de uma nova fase não foi 
vivida de modo saudável. 
É o caso do momento vivido, e iniciado no ano de 2020, com a pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), no qual 
medidas de restrição e isolamento social, foram tomada pela OMS, que refletiu em mudanças no ciclo da família. 
Neste sentido, Veríssimo (2020, s/p), destaca que: 
Mediante a várias e repentinas mudanças que impactaram a vida social destacamos a abrupta alteração da 
rotina familiar. Neste contexto torna-se imperativo o ajustamento dessa rotina a nova realidade posta. Essa 
nova rotina deve ser redefinida por seus membros, de modo a priorizar, sobretudo, uma rotina em relação 
ao sono, à alimentação e às atividades escolares das crianças . 
Porém, sem a compreensão sobre a doença instalada, e as restrições ocasionadas, muitas famílias tiveram que passar por 
mudanças financeiras e emocionais, como a perca de familiares, o que provocou mudanças no ciclo familiar. 
De acordo com Baileiro e Mandetta (2021, s/p) 
N a perspectiva sistêmica, doença e família se afetam reciprocamente, assim, quando um membro adoece, a vida 
de todos os demais é modificada em função da necessidade de reorganização para encontrar um novo estado de 
equilíbrio. 
Assim, com o passar desse momento de dificuldades, pós-pandêmico, para que a família se restabeleça, será necessário resiliência, 
e buscar compreender a situação vivida, como também, compreender o outro, para que retornem a um estado de convivência 
saudável (VERÍSSIMO, 2020, s/p). 
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“O significado que a família atribui ao tempo e às transformações está intimamente ligado à possibilidade de 
se adquirir novos conhecimentos, diferenciar-se do grupo de origem, através do saber e adquirir assim uma 
identidade própria” (POLITY, 2001, p, 39) 
Fonte: POLITY, E. Dificuldades de Aprendizagem e família: construindo novas narrativas. São Paulo: Vetor, 
2001. 
Deste modo, mais que compreender o ciclo vital peculiar a cada família, importa-nos, compreender como a família encara o 
processo de mudança necessário, mas também como permite aos seus filhos a criação de uma identidade e personalidade que lhe 
seja própria. 
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ATIVIDADES 
1. Vimos em nossos estudos que o historiador francês Philippe Ariès discute acerca da família, relacionando-a à história da 
cidade, ou seja, para ele a noção de família modificou-se em decorrência do surgimento das cidades. Ariès destaca três mudanças 
importantes entre os séculos XIX e XX. Sobre estas mudanças, leia as assertivas e assinale a correta. 
a) A primeira mudança está relacionada com a propagação das ideias liberais e com o modo de produção capitalista em 
ascensão. Neste momento, ocorre o que Ariès determinou como sendo a separação entre o lugar do trabalho e o da casa. 
b) A segunda mudança é caracterizada pela sua natureza econômica, ou seja, as mudanças do sistema de produção alicerçadas 
na expropriação da força de trabalho influenciaram a organização familiar na segunda fase. 
c) A terceira mudança é decorrente de mudanças de caráter psicológico, sendo que a afetividade proporciona uma nova 
perspectiva sobre as relações familiares. 
d) A segunda mudança está associada ao avanço das ideias iluministas, o Renascimento e a industrialização. Neste contexto, o 
Estado, exige para si o domínio da vida privada e pública. 
e) Nenhuma das alternativas acima está correta. 
2. Vários autores apresentam definições ao termo família. Um deles é Macedo (1994) que propõe uma interessante definição do 
termo e que corrobora com a definição proposta em nossos estudos. Sobre as ideias de Macedo em relação ao conceito de família, 
leia as assertivas e assinale a alternativa correta. 
I. A referida autora propõe a definição de família configurando-a de modo nuclear, extensa e abrangente. 
II. A ideia central da definição apresentada por Macedo é a função familiar desempenhada por cada um dos integrantes. 
III. Macedo propõe que a família é uma unidade básica da interação social, sendo que as relações estabelecidas na família é 
composta por interações. A autora diferencia interação de relação. 
IV. A definição proposta por Macedo configura a família de modo macro e micro. Em relação ao primeiro modo a família é 
apresentada como todos os participantes de uma mesma unidade. já no segundo modo, podemos perceber o núcleo familiar, ou 
seja, as personagens que compõem a família que vivem em um mesmo ambiente. 
a) Estão corretas apenas II e III. 
b) Estão corretas apenas II e IV. 
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c) Estão corretas apenas I, II e III. 
d) Estão corretas apenas II, III e IV. 
e) Nenhuma das alternativas acima está correta. 
3. O ciclo vital da família, como vimos, é de suma importância na compreensão e no entendimento da dinâmica das relações que se 
estabelecem nesta instituição. Pensando na discussão sobre ciclo vital, proposta por Osório (1996), apresentamos a seguir alguns 
tópicos sugeridos pelo autor, analise-os e relacione as colunas. 
(1) Nascimento dos filhos. 
(2) Adolescência dos filhos. 
(3) Saída dos filhos da casa paterna. 
(4) Morte dos avós. 
( ) Marca uma nova fase de conflitos familiares necessários à formação do filho nesta etapa. Tais conflitos geram inseguranças 
tanto nos pais quanto nos filhos. 
( ) É caracterizada pelo encerramento de um ciclo familiar nuclear e deve ser vivido de maneira saudável , necessário à própria 
reorganização familiar. 
( ) Implica uma série de transformações e redefinem os papéis assumidos até então na configuração familiar, exigindo do casal 
dedicação e entendimento de que a nova função não implica no abandono das funções já agregadas. 
( ) É vista pelos pais como o esvaziamento do ninho e os pais devem saber lidar com o que comumente chamamos de “síndrome 
do ninho vazio”. 
A sequência correta é: 
a) 1, 2, 3 e 4. 
b) 2, 1, 4 e 3. 
c) 3, 2, 4 e 1. 
d) 2, 4, 1 e 3. 
e) 4, 2, 1 e 3. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Ao longo deste estudo, buscamos repensar uma definição de família que desse conta de incluir todas as modificaçõesvividas em 
nosso mundo contemporâneo. De uma definição de família constituída apenas pelo homem-mulher-filho, propomo-nos a pensar 
em uma definição que incluísse todas as possibilidades de constituição familiar. 
Com isso, nossa trajetória buscou, em diferentes autores, elementos que corroborassem com nossa ideia de que a família, 
independente da forma que é organizada, constitui-se como o núcleo primordial de socialização, afetividade e humanização do 
homem. 
Vimos que o vínculo afetivo, tão importante na conceituação de família moderna, é um fenômeno recente e que, embora possamos 
perceber esses vínculos em alguns momentos da história de nossa civilização, o afeto e esta noção de pertencimento são 
acontecimentos recentes. Vimos que a partir do historiador Ariès, a crise familiar que enfrentamos, esse questionamento e a 
sensação de não sabermos como proceder com a educação de nossos filhos, não é causada pela família, mas tem sua causa fora 
dela. A entrada do homem no mundo do trabalho, o surgimento do liberalismo e do capitalismo e o modo de produção burguês 
reconfiguram a noção de família. 
Além disso, discutimos o ciclo vital da família, o qual, embora possa variar de família para família, é importante conhecermos e 
compreendermos, pois um ciclo malsucedido, com perdas, traumas ou cisões, contribui para a formação de sintomas e/ou 
dificuldades, tanto de relacionamento quanto de aprendizagem. A formação da personalidade e da identidade dos filhos tem sua 
base na organização familiar e longe de querermos afirmar que somente as famílias com ciclos vitais como o descrito aqui são 
passíveis de sucesso, o que nos importa é refletir sobre as estratégias de compreensão da organização familiar e de sua dinâmica 
singular a cada núcleo familiar. 
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Material Complementar 
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Leitura 
História Social da Criança e da Família 
Autor: Philippe Aries 
Editora: Ltc Editora 
Sinopse : nesta obra, o historiador medievalista mostra como as relações 
familiares se alteraram durante o século XVIII a partir do 
comprometimento dos pais com seus filhos, sobretudo, após o controle 
da natalidade e o alto índice de mortalidade registrado. 
Discursando sobre o nascimento do sentimento de infância, Ariès retrata 
como as crianças eram compreendidas pela sociedade, isto é, ora como 
inocentes, ora como seres que mereciam controle e disciplinamento. Do 
mesmo modo, o autor conceitua a família e apresenta sua trajetória 
histórica desde o período medieval até a modernidade. 
Na Web 
Quais os significados sobre família em situação de pandemia para os 
adolescentes? 
Apresentação : Neste artigo as autoras buscam compreender, por meio 
de uma pesquisa qualitativa, realizada com adolescentes do nordeste 
brasileiro, a visão destes para com o significado da família, em situações 
vivenciadas no contexto da pandemia do Covid-19. 
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Link: Para ler o texto na íntegra, acesse: 
Acesse 
Filme 
A Canção da Estrada 
Ano: 1955 
Sinopse : a família Brahmin é alterada quando o pai, Harihara, um homem 
sonhador e poeta, viaja em busca de novo emprego capaz de suprir as 
necessidades da família. A dinâmica familiar é alterada com essa ausência 
e quando o pai retorna ao vilarejo de Bengala encontra sua família um 
pouco diferente daquela que havia deixado. 
Comentário: o filme justifica-se, pois nele podemos perceber a mudança 
na dinâmica familiar e como tal mudança atinge toda a família, 
modificando sua estrutura. 
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REFERÊNCIAS 
ARIÈS, P. A família e a cidade. In: FIGUEIRA, S.; VELHO, G. (Orgs). Família, Psicologia e Sociedade . Rio de Janeiro: Campus, 1981. 
BAILEIRO, M. M. F. G; MANDETTA, M. A. Família: diferentes formatos, mas as mesmas relações de afeto e cuidado. Unifesp, 
mai./2021 . Disponível em: < https://sp.unifesp.br/epm/noticias/dia-da-familia-2021 > Acesso em: 20/10/2022. 
DESSEN, A. L. C. J. A ciência e o desenvolvimento humano [recurso eletrônico]: tendências atuais e perspectivas futuras. Porto 
Alegre: Artmed, 2008. 
DHUODA. La Educación Cristiana de mi Hijo . Pamplona: Ediciones Eunate, 1995. 
EIZIRIK, Cláudio laks; BASSOLS, Ana Margareth Siqueira. O ciclo da vida humana : uma perspectiva psicodinâmica. 2 ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2013. 
LÉVI-STRAUSS, C. L’Antropologie Structurale . Paris: Plon, 1958. 
MACEDO, R. A família diante das dificuldades escolares dos filhos. In: OLIVEIRA, V. B.; BOSSA, N. Avaliação psicopedagógica da 
criança de zero a seis anos . 22º ed. -Petrópolis: Vozes, 2015. 7º reimpressão, 2021. 
OSÓRIO, L. C. Família hoje . Porto Alegre: Armed, 1996. 
POLITY, E. Dificuldades de Aprendizagem e família : construindo novas narrativas. São Paulo: Vetor, 2001. 
SANTOS, K. A. M.; MIURA, P. O.; BARBOZA, A. M. de M.; ARAÚJO, C. G. dos S. L. Quais os significados sobre família em situação de 
pandemia para os adolescentes? IN: Ciência e Saúde Coletiva , Jan. 2022. 
SOIFER, R. Psicodinamismos da família com crianças. 3ª ed. -Petrópolis: Vozes, 1994. 
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Convivência familiar no contexto da pandemia da Covid-19 . Progep, jul./2020. Disponível em:< 
http://www.progep.ufpb.br/progep/contents/em-destaque/convivencia-familiar-no-contexto-da-pandemia-da-covid-19 > Acesso 
em: 20/10/2022. 
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APROFUNDANDO 
A fim de explicitar melhor o assunto sobre a afetividade, reportamos-nos ao estudo realizado por Ariès (1992), intitulado Amor e 
Sexualidade no Ocidente. Neste estudo, Ariès analisa os novos arranjos afetivos que se desdobram sobre a família, tendo como 
subsídio o amor e o sexo. 
Para este historiador, a nova configuração familiar que se propõe entre os fins do século XIX e início do século XX resultam de 
processos sociais e políticos, mas também afetivos. O modo como são encaradas as relações entre sexo e amor origina este 
sentimento de afetividade inerente na noção de família. Flandrin (apud ARIÈS, 1992, p.105) afirma que, com exceção de nossa 
civilização ocidental contemporânea, em todas as civilizações existiram dois amores bastante distintos: “[...] o amor-paixão fora do 
casamento,e o amor conjugal, sendo extremamente inconveniente misturar os gêneros.” 
Se levarmos em conta que os casamentos desde a época antiga eram arranjados pelos próprios pais dos noivos, podemos 
compreender estas espécies de amores: no casamento arranjado não há espaço para o amor-paixão, haja vista que seu arranjo não 
considerava a vontade dos noivos, os quais viviam suas relações amorosas fora do casamento. 
No entanto, a partir do século XVIII, com a “revolução da afetividade no quadro da família” (ARIÈS, 1992, p.105), a sociedade exige 
do casamento o amor reservado aos amantes, trazendo para o âmbito familiar o amor tanto sexual quanto afetivo. Essa revolução 
implica consequentemente na reorganização dos arranjos familiares dispostos até então: a afetividade torna-se inerente à família 
e sua amostra ocorre tanto nas relações entre pais e filhos quanto nas relações marido e mulher. 
A família passou então a deter o monopólio da afetividade, da preparação para a vida, do lazer. Portanto, não seria o caso hoje de falar 
propriamente de crise da família, como muitas vezes fazemos, mas da impossibilidade da família desempenhar todas as funções de que foi, 
sem dúvida, improvisadamente investida durante o último século (ARIÈS, 1981, p. 23). 
A implicação da revolução da afetividade na família, no século XIX, como Ariès afirma, trouxe consigo implicações importantes 
para pensarmos aqui: o surgimento da afetividade implica no cuidado e no zelo com os partícipes familiares. 
A família, neste sentido, toma para si a responsabilidade da educação dos filhos, mas também do amor-paixão e da manutenção 
deste amor na relação marital. Além disso, a ela convêm os momentos de lazer e a responsabilidade pela formação dos sujeitos que 
ali convivem. E é exatamente essa série de funções que lhe são delegadas, que Ariès analisa e questiona. Para este historiador, são 
as modificações ocorridas no campo da economia e da política, as quais se vislumbram na cidade que conferem à família tais 
responsabilidades. Quando, portanto, afirmamos que há uma crise na instituição familiar, seja porque não consegue cumprir as 
funções que lhe são delegadas, seja porque ela parece ruir em meio ao mundo pós moderno, a causa dessa crise, para Ariès, não 
encontra-se na família. 
Ali, percebem-se os sintomas. Mas a causa lhe é externa: advém da própria sociedade, das modificações que nela ocorreram ao 
longo destes dois últimos séculos e que influem nas relações familiares. 
Esta pequena digressão pareceu-nos importante para discutirmos o conceito de família, partindo de um retorno histórico. É 
importante considerarmos que as relações afetivas, ou mesmo familiares, não foram sempre similares ao que entendemos como 
família hoje. O vínculo afetivo, que se torna a base para pensarmos a família atual, é uma criação humana e recente, assim como a 
criação do termo infância. Sim, crianças sempre existiram, assim como as famílias. Porém, o modo de percebê-las, vivê-las e 
considerá-las modifica-se ao longo do tempo 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
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Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
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a Distância; LIMEIRA, Nathalia Barbosa; BRITO, Fernanda Regina Cinque de. 
Dinâmica Familiar e Aprendizagem. 
Nathalia Barbosa Limeira; Fernanda Regina Cinque de Brito. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. Reimpr. 2022. 
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“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Família. 2. Aprendizagem. 3. EaD. I. Título. 
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FUNÇÕES DA FAMÍLIA 
Professor (a) : 
Me. Nathalia Barbosa Limeira 
Me. Fernanda Regina Cinque de Brito 
Objetivos de aprendizagem 
• Compreender a família como possuidora de funções. 
• Refletir sobre os diversos papéis familiares intrínsecos à noção de família. 
• Refletir sobre as implicações dos papéis familiares no desenvolvimento da criança. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Funções da família 
• Papéis: conjugal, parental, fraterno e filial 
• Implicações acerca dos papéis familiares 
Introdução 
O objetivo de nossa discussão neste momento é apresentar e analisar as funções de cada um dos componentes da família. Quando 
falamos em funções, estamos tratando dos papéis que cada um destes integrantes representa ou devem representar para a 
construção de um ciclo familiar saudável. 
As relações familiares possuem sua singularidade e cada uma destas relações possui uma dinâmica que lhes é própria. Com isso, 
quero afirmar que para compreendermos as dinâmicas das relações familiares, tema principal de nossa discussão, será preciso 
compreender como se estrutura e se organiza cada um dos partícipes da família. Ainda que tenhamos uma família formada 
somente por mãe e filho, ou ainda na substituição da família como tradicionalmente a compreendemos, na estruturação pai-mãe- 
filho, a função que cada um dos pares, nesta relação, incorpora permitirá ou não o crescimento saudável e autônomo de seus filhos. 
Neste sentido, discutiremos aqui quais os papéis ou funções destinados aos pais, mães e filhos dentro da família, sempre fazendo a 
ressalva de que, ainda que não se faça presente uma destas figuras, o espaço deixado por esta ausência precisa ser suprido por 
uma terceira personagem. 
Nossa personalidade forma-se a partir das relações estabelecidas dentro de nossas famílias e, portanto, conhecer como ocorre a 
dinâmica das relações familiares torna-se essencial em nosso trabalho. Ainda que a família não determine fundamentalmente 
como será o sujeito e ainda que não possamos afirmar que famílias mal estruturadas, consequentemente, gerem filhos 
perturbados ou problemáticos, sua influência tem um fator preponderante na formação do indivíduo. Assim, caro(a) aluno(a) 
vamos iniciar nossa jornada de estudos! 
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FUNÇÕES DA FAMÍLIA 
Os papéis familiares referem-se à forma como cada membro do sistema irá desempenhar a função que lhe compete naquelemomento. De acordo com Ríos-González (2003), os papéis familiares se originam das funções e se baseiam nas relações familiares 
ou nas atribuições que a família institui a cada membro dela mesma. 
De acordo com Macedo (1994, p.186), “a família tem como propósito fornecer um contexto que permita a sobrevivência e o 
desenvolvimento de seus membros, procurando atender as necessidades de todos”. Neste sentido, podemos afirmar que duas são 
as necessidades atendidas primordialmente pela família, são elas: as necessidades relativas à sobrevivência que implicam na 
segurança física, alimento e moradia, e as necessidades relativas ao desenvolvimento cognitivo e emocional de seus membros por 
meio da transmissão dos valores, de aceitação e de ligação afetiva permanente. 
Partindo deste pressuposto e segundo as indicações de Osório (1996), podemos dividir as funções da família em três eixos: 
biológica, psicológica e social. Uma leitura apressada destas funções poderia creditar a função biológica à reprodução. Porém, a 
função biológica vai além do aspecto reprodutivo. Neste sentido, ela consiste em assegurar a sobrevivência da espécie através dos 
cuidados com o recém-nascido, garantindo-lhe que este cuidado perpasse seu crescimento. Neste sentido, a garantia da 
sobrevivência divide-se em ensinar os cuidados com a alimentação, com a respiração, sono, locomoção, linguagem, entre outros. 
A função psicológica refere-se, de acordo com Osório (1996), ao provimento do alimento afetivo indispensável à sobrevivência 
emocional dos filhos. Neste sentido, garantir um bom desenvolvimento afetivo, tanto para a criança como nas relações que são 
estabelecidas entre ela e seus progenitores, é fundamental. É a partir da mediação realizada pelos pais com a criança que ela 
percebe e se relaciona com o mundo. De acordo com Winnicott (1993), a família contribui de dois modos para a maturidade 
emocional da criança: 
[...] de um lado, dá-lhe a oportunidade de voltar a ser dependente a qualquer momento; de outro, permite- 
lhe trocar os pais pela família mais ampla, sair desta em direção ao círculo social imediato e abandonar esta 
unidade por outras ainda maiores (WINNICOTT, 1993, p.137). 
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Cabe tanto à função psicológica, como à função social favorecer o processo de maturidade e inserção social 
da criança no contexto em que vive. 
Fonte: elaborado pelas autoras 
Sobre a função psicológica, Polity (2001) afirma que a família é responsável por garantir a ideia de pertencimento, mas também de 
promover a individualização do sujeito. A ideia de pertencimento relaciona-se à ideia de identificação com o ambiente familiar ao 
qual ela pertence, tanto pelo sobrenome como pelas relações que estabelece neste ambiente. Quanto à ideia de individualização, 
paulatinamente, cabe à família permitir que a criança desenvolva sua personalidade e identidade, vendo-se como um sujeito que, 
embora tenha uma família, se singularize da mesma. Neste sentido, a função psicológica refere-se à garantia de um ambiente 
adequado para a aprendizagem empírica da criança. 
Com relação à função social, lemos em Osório (1996, p.21): 
Entre as funções sociais da família, por sua relevância ao longo do processo civilizatório, está a transmissão 
das pautas culturais dos agrupamentos étnicos. Outra das importantes funções sociais da família, e que a ela 
é delegada pela sociedade, é a preparação para o exercício da cidadania. 
Neste sentido, compreendemos que embora a família tenha, entre suas funções, a função social, esta é compartilhada com a escola, 
haja vista que a escola é entendida como um ambiente de socialização da criança. Juntas, família e escola assumem, portanto, a 
função de socialização e de preparação para o exercício da cidadania. Soifer (1982) divide as funções da família partindo das 
mesmas bases expostas por Osório (1996) com a ressalva de que, em seus estudos, a autora fragmenta cada uma das funções, 
como podemos perceber logo a seguir: 
FUNÇÕES DA FAMÍLIA 
Defesa da vida nos diferentes âmbitos: 
1. Ensinar o cuidado físico 
-- respiração, alimentação, sono, vestir-se, locomoção, higiene, perigos etc. 
2. Ensinar as relações familiares 
-- elaboração da inveja, ciúmes e narcisismo; 
-- desenvolvimento do amor, respeito, solidariedade e características psicológicas de cada sexo; 
3. Ensinar a atividade produtiva e recreativa 
-- jogar e brincar; 
-- tarefas domésticas; aprender a aprender. 
-- destreza física; 
-- estudos e tarefas escolares; 
-- artes; 
-- desportos. 
4. Ensinar as relações sociais 
-- com outros familiares: avós, tios, primos etc. 
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-- com amigos e outras pessoas em geral. 
5. Ensinar a inserção profissional (relações de trabalho) 
6. Ensinar as relações sentimentais 
-- escolha de um parceiro (parceira); 
-- noivado. 
7. Ensinar como formar e consolidar uma nova família. 
Fonte: adaptado de Soifer (1982, p.25) 
As funções postas por Soifer evidenciam a função familiar como defesa e preparo para a vida em diferentes âmbitos. Além do 
cuidado físico e do preparo psicológico indispensável às relações humanas, acresce-se aqui a função intrínseca à família com 
relação às atividades produtivas e recreativas. 
As funções tanto biológicas, quanto sociais ou psicológicas que cabem à família foram somente divididas aqui para uma 
apresentação didática da mesma, pois na prática, não há como separá-las. É a partir destas funções destinadas à família que 
podemos pensar então nos papéis atribuídos a cada um dos membros familiares, sobre os quais discorreremos a seguir. 
PAPÉIS: CONJUGAL, PARENTAL, 
FRATERNO E FILIAL 
Agora, caro(a) aluno(a) é importante que entendamos a respeito dos papéis no contexto familiar, para isso, vamos destacar os 
papéis conjugal, parental fraterno e filial separadamente para melhor elucidação dos mesmos. 
O papel conjugal 
O papel conjugal deve ser entendido como o papel do casal e as relações que cada um estabelece nesta relação. Neste sentido, 
para compreendermos os papéis conjugais inerentes à família, é preciso compreendermos o arranjo familiar que esta institui ao se 
formar, sendo que os papéis desempenhados por cada um são distintos. 
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Esta clareza na identificação das atribuições nem sempre é visível ao casal e muitas vezes, no processo de diagnóstico 
psicopedagógico, este aspecto pode surgir como um entrave. Se a relação conjugal não se concretiza de maneira saudável, isso 
recai consequentemente sobre os filhos, ainda que “o papel conjugal não abarque [...], as atribuições decorrentes da função 
reprodutora, que pertencem à esfera do papel parental” (OSÓRIO, 1996, p.18). 
Mas, a qualidade da relação conjugal irá influênciar o desenvolvimento da criança, "[...] podendo promover uma projeção de 
comportamentos, emitidos dentro desse sistema [...]" (EMERICK; ROSSO, 2020, p.8). 
No que diz respeito as relações conjugais, é possível afirmar que as relações familiares são essenciais para o 
desenvolvimento infantil. Essa interação supracitada e suas repercussões, por exemplo, auxiliam na 
construção dos membros da famália [...] ( EMERICK; ROSSO, 2020, p.8) . 
A qui reside a complexidade do diagnóstico e do processo de intervenção e compreensão dos papéis familiares: é preciso distinguir, 
ainda que isso demande uma reconstrução destes papéis, quais são os papéis desempenhados, por exemplo, pela mãe, mulher e 
esposa, e perceber nestas singularidades onde estes papéis contêm fraturas e onde tais fraturas incidem sobre as dificuldades 
vivenciadas pelas crianças. 
O que nos importa nacompreensão deste papel desempenhado pelo casal é a sua organização diante das responsabilidades 
inerentes à vida a dois. Quem é o provedor financeiro e sentimental? Quem toma as decisões, o casal ou apenas um? Como se 
organizam quanto ao cumprimento das tarefas do lar? Quem fica responsável pelo quê? 
Essas questões são importantes para compreendermos a dinâmica da relação instituída pelo casal e, desta forma, nos permite 
visualizar a organização da família sobre seus diferentes âmbitos e papéis. 
O papel parental 
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Enquanto o papel conjugal, como vimos, refere-se à relação instituída entre o casal, o papel parental refere-se aos papéis 
desempenhados pelos pais com relação aos filhos. Neste sentido, afirma Polity (2001, p.37): 
Os pais transmitem a seus filhos seus conhecimentos, de acordo com as possibilidades psicológicas reais 
que possuem, determinadas pelos respectivos traços de caráter, e estes, por sua vez, configuram a cultura e 
a ideologia da família. 
As funções biológicas, sociais e psicológicas, apresentadas na primeira seção, incidem aqui, haja vista que são os pais os 
responsáveis pelo cuidado biológico, psicológico e social de seus filhos. As expectativas postas pelos pais para com seus filhos 
também aparecem como fundamentais à nossa compreensão da dinâmica familiar, pois a projeção dos pais sobre os filhos incide na 
negação da personalidade e aparecimento da individualidade dos filhos. 
Essas projeções podem ser doloridas e traumáticas para os filhos, os quais muitas vezes não conseguem ultrapassar a barreira 
destas projeções e não internalizam seu próprio eu, ficando à margem das vontades de seus pais. Os pais têm, neste sentido, a 
função de cuidar, mas também de impor limites e ensiná-los a convivência familiar e social. 
Claro é que limites muitos rígidos são tão danosos quanto à falta deles. Então como proceder? Enquanto a criança é pequena, sua 
dependência é quase total de seus pais e, paulatinamente, ela avança para tornar-se independente e, consequentemente, seus 
limites vão sendo alargados pela família. Mas, essencialmente, é no seio familiar que ela encontrará a noção de realidade, daquilo 
que pode e não pode, daquilo que é real e daquilo que é imaginário. 
Barbosa (2001), em um dos seus capítulos do livro A Psicopedagogia no âmbito da instituição escolar, nos 
oferece um belíssimo texto intitulado “A criança falando dos limites”. Aqui, a autora fala pela voz de uma 
criança, sobre a noção de limite, estabelecendo uma relação desde o ventre de sua mãe. Incentivo que você 
faça a leitura do texto completo. 
Fonte: BARBOSA, L. M. S. A psicopedagogia no âmbito da instituição escolar. 
Curitiba: Expoente, 2001. 
O limite se estabelece, como podemos perceber, como uma barreira importante e saudável ao crescimento da criança. É ele quem 
baliza e orienta a criança naquilo que pode ou não fazer e os pais são os maiores responsáveis por esta orientação, além das 
funções biológicas, sociais e psicológicas, como já mencionamos acima. 
Conforme apontado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a família apresenta 
algumas funções, as quais o Estado pode apoia-lá de forma subsidiária, sendo uma dessas funções a relação 
de cuidado entre os pais e a criança. Neste sentido, "as famílias são responsáveis por garantir a saúde, 
segurança, educação e bem-estar geral das crianças, e por ensinar-lhes valores e comportamentos sociais 
apropriados". 
Fonte: BRASIL, Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Impacto familiar e funções da 
família e do Estado, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/observatorio- 
nacional-da-familia/politicas-familiares-o-que-sao/resultado-das-politicas-publicas-familiares-o-impacto- 
familiar > Acesso em: 21/10/2022. 
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O papel fraterno 
O papel fraterno refere-se à relação entre irmãos e, de acordo com Osório (1996, p.19), “o papel fraterno oscila entre dois 
comportamentos antagônicos: a rivalidade e a solidariedade”. Para compreendermos estes dois conceitos – rivalidade e 
solidariedade –, devemos pensar na relação entre irmãos. Pensemos, pois, no nascimento do segundo filho de um casal. Sua 
chegada, ainda que planejada e preparada, traz consigo a angústia do primeiro filho, que como sabemos, “perde sua majestade”. A 
atenção não é mais voltada somente a ele, mas ao bebê que requer tantos ou mais cuidados que ele. Isso pode gerar na criança 
certa inveja e também ciúmes, já que, agora, as visitas, os telefonemas e as preocupações se dão em torno do recém-nascido. O 
bebê é visto então, ainda que inconscientemente, como um rival de seu irmão, pois desloca a atenção que antes era sua. 
Neste sentido, ainda que os pais tenham maturidade emocional para lidar com este período, certo é que ao longo da vida dos filhos, 
esses dois conceitos, de rivalidade e solidariedade, perpassam as relações desenvolvidas entre os irmãos. 
Podemos compreender que o papel fraterno se estabelece tanto dentro quanto fora do contexto familiar. Tanto nas relações 
amistosas quanto profissionais, entre outras, há a prevalência desta rivalidade, mas também da solidariedade. Compreender como 
se organiza estas relações entre irmãos é fundamental para a compreensão do sintoma e da hipótese diagnóstica realizada por 
psicopedagogos. 
O papel filial 
O papel filial, como o próprio nome indica, refere-se ao papel dos filhos na família. E qual seria este papel? De acordo com Soifer 
(1982, p.30), “[...] fica, portanto, claro que a função dos filhos é essencialmente de aprendizagem”. Se o papel parental tem sua 
significância pela orientação e aprendizagem da criança, no estabelecimento dos limites e dos cuidados necessários à sua 
sobrevivência, o papel filial terá, neste sentido, sua importância na aprendizagem destes limites, assim como na contenção dos 
impulsos destrutivos. 
Barbosa (2001), em um dos seus capítulos do livro A Psicopedagogia no âmbito da instituição escolar, nos 
oferece um belíssimo texto intitulado “A criança falando dos limites”. Aqui, a autora fala pela voz de uma 
criança, sobre a noção de limite, estabelecendo uma relação desde o ventre de sua mãe. Incentivo que você 
faça a leitura do texto completo. 
Fonte: BARBOSA, L. M. S. A psicopedagogia no âmbito da instituição escolar. 
Curitiba: Expoente, 2001. 
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“O papel filial está centrado na dependência, cujas raízes remontam à prematuridade peculiar à situação do recém-nascido 
humano, que depende dos cuidados parentais para sobreviver” (OSÓRIO, 1996, p.19). Esta noção de dependência é essencial na 
relação filial. Desde bebê, o filho depende dos cuidados de outros para sua sobrevivência. À medida que cresce, esta dependência 
vai diminuindo e, consequentemente, sua independência aumentando. O crescimento sadio dos filhos pressupõe que os pais 
auxiliem a criança nesta passagem, de modo que ainda queele se torne independente, realizando sem a ajuda de outrem os 
cuidados com seu corpo e com sua vida, seja profissional, financeira, psicológica ou social, o indivíduo deve compreender que sua 
independência nunca é total. Necessitamos sempre do outro. 
Um indivíduo de extrema independência pode tornar-se egoísta e seu narcisismo impor-lhe conflitos psicológicos. Porém, a 
mediação na passagem da heteronomia para a autonomia deve ser realizada pelos pais, no sentido de ajudá-lo a compreender o 
mundo e a si mesmo. 
IMPLICAÇÕES ACERCA DOS PAPÉIS 
FAMILIARES 
Ao longo da discussão, identificamos, ainda que sucintamente, a função da família e de cada um dos integrantes dela. Mas quando 
pensamos na família contemporânea, nos novos arranjos e dinâmicas que ela exige, percebemos o quão frágil e também confuso 
pode parecer à família o desempenho destes papéis. Talvez essa confusão se deva ao fato de que ainda estamos reorganizando-nos 
quanto aos papéis familiares e ao próprio conceito de família. A sociedade da informação e do conhecimento, a entrada da mulher 
no mercado de trabalho, a taxa crescente de divórcios, o aumento de números de famílias compostas por pais ou mães solteiras 
exigem que pensemos e reconfiguremos o que entendemos por família. 
De fato, com uma jornada de trabalho que passa das 40 horas semanais, acrescido dos afazeres domésticos e dos cuidados com os 
membros da família, como conciliar tantas funções e papéis? Neste sentido, os apontamentos realizados por Moraes contribuem 
para nossa discussão acerca deste fato: 
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No século XX, com a expansão das cidades e o crescente processo de assalariamento da mulher, também se 
inicia o rompimento do ciclo essencial na reprodução da família conjugal: a dependência econômica da 
mulher ao homem. Daí a importância da autonomia financeira das mulheres, que se exprime bem na palavra 
de ordem feminista de que “o trabalho liberta”. Salário e pílula permitiram o começo da implosão da família 
tradicional [...]. Era a família idealizada dos filmes dos anos 1950, nos quais papai ia trabalhar depois de dar 
um beijo em mamãe que, com um avental irrepreensível, acenava da porta de casa, enquanto um casal de 
filhos loiros e saudáveis brincava nos belos jardins das casas sem muros dos subúrbios norte-americanos 
(MORAES, 2001, p.19). 
Longe estamos do modelo de família apresentado acima. Acerca deste tema, cabe-nos afirmar que em se tratando de famílias 
ocidentais, parece-nos importante destacar dois aspectos: a Revolução Industrial e as ideias postas pelo Iluminismo, acerca da 
igualdade e dos valores democráticos. Esses conceitos fundamentam a ideia de que homens e mulheres são iguais e, portanto, têm 
os mesmos direitos e deveres. Isso modifica a estrutura familiar, porque põe em cheque o antigo modelo da família ideal, esboçado 
na citação acima. 
Claro nos parece que o modelo de família patriarcal e tradicional sofre, atualmente, sua derrocada e urge refletirmos sobre esse 
fato, repensando principalmente a criança neste contexto. 
Neste sentido, podemos inferir que a principal transformação que tem ocorrido no âmbito familiar situa-se sobre o fim do 
patriarcalismo, que marca, consequentemente, a autoridade imposta institucionalmente pelo homem sobre a mulher e seus filhos. 
Ainda de acordo com Castells (1999), a globalização, o movimento feminista e a entrada da mulher no mercado de trabalho são 
fatores essenciais que originam novos formatos de família. 
Importa-nos, neste sentido, compreender que a função familiar, dada pelas funções biológicas, psicológicas e sociais, permanece 
independente dos arranjos e deslocamentos realizados ao longo dos anos neste grupo. Desta forma, cabe-nos compreender que: 
Os papéis familiares nem sempre correspondem aos indivíduos que convencionalmente designamos como 
seus depositários. Assim [...] o papel fraterno poderá ser acoplado ao papel do avô que circunstancialmente 
desempenha funções de confidente ou companheiro de um neto que é filho único; o papel filial poderá estar 
depositado num dos cônjuges cuja maturidade emocional o torne carente da proteção e cuidados 
habitualmente requeridos por uma criança, e assim por diante (OSÓRIO, 1996, p.17). 
A discussão posta por Osório é fundamental neste sentido, ela mostra-nos que independente dos arranjos existentes o que deve 
prevalecer são os papéis ou as funções que à família cabe, independente de quem ocupa, ainda que ocasionalmente, este lugar. 
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Caro(a) aluno(a), independente do arranjo familiar, é a qualidade destas relações e não a organização da mesma (no que se refere à 
sua formação, se por pai-mãe-filho, mãe-filho, avôs-filho etc.) que incide sobre a criança. Ambientes sadios são proporcionadores 
de crianças sadias, pois o ambiente é favorável ao pleno desenvolvimento, ao passo que ambientes disfuncionais são geradores de 
sintomas ou transtornos que implicam sobre o desenvolvimento da criança. 
Dentre estes transtornos de desenvolvimentos relacionados à dinâmica familiar, Soifer (1982) apresenta os seguintes transtornos: 
1) transtornos de conduta (fobias, obsessões, alucinações, impulsividade, roubos, mentiras, toxicomania, entre outros); 2) 
transtornos de aprendizagem escolar (disgrafia, dificuldade escolar em geral); 3) transtorno de linguagem (falta ou atraso na 
aquisição da linguagem, dislalias, gagueira etc); 4) transtornos esfincterianos (enurese noturna ou diurna, encoprese); 5) 
transtornos de sono (insônia, terrores noturnos, pavor, pesadelos, sonambulismo); 6) doenças psicossomáticas (inapetência, 
sonambulismo, anginas, bronquites, adenoidite, eczemas, psoríase e outras doenças da pele, úlcera gastroduodenal, colite 
ulcerosa, constipação, diarreia, diabete, obesidade, reumatismo cardíaco e artrite; nefrite) e 7) configurações familiais especiais 
(famílias com gêmeos ou trigêmeos etc.; famílias com filhos adotivos, casais separados). 
Quer saber mais sobre os transtornos de desenvolvimento relacionados à dinâmica familiar apontados por 
Soifer? Leia o livro de Raquel Soifer, intitulado Psicodinamismos da Família com Crianças: Terapia Familiar 
com Técnicas de Jogo. Petrópolis: Vozes, 1983. 
Ainda com relação aos transtornos de desenvolvimento causados pela família, especificamente com relação ao papel 
desempenhado pela mãe, Spitz (1968 apud RODRIGUES, 1976) apresenta uma série de atitudes maternas e seus efeitos na 
criança. No quadro 1, reproduzimos as principais atitudes maternas e seus efeitos na criança, de acordo com Spitz: 
Quadro 1: Efeitos das atitudes maternas sobre as crianças 
Fonte: Spitz (apud RODRIGUES,1976, p.28) 
Ao longo do processo de diagnóstico e hipóteses do trabalho realizado por psicopedagos, será importante reconstruir a história de 
vida dos alunos/pacientes, levando em consideração o ciclo vital da família, assim como sua organização, no que tange aos papéis 
familiares desempenhados por cada um dos integrantes que a compõem. Nem sempre esta reconstituição, necessária, é simples. 
Por isso, o olhar atento ao comportamento dos mesmos e de todos os integrantes da família pode fornecer indícios que a 
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entrevista familiar ou mesmo a anamnese não oferece. 
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ATIVIDADES 
1. De acordo com Macedo (1994) a família tem o objetivo de fornecer condições adequadas que favoreçam a sobrevivência e o 
desenvolvimento de seus membros, buscando atender as necessidades de todos.A partir do exposto, leia as afirmativas e assinale 
a correta. 
a) Uma das necessidades primordiais que devemos considerar é a necessidade referente à sobrevivência que implica na segurança 
cultural, emocional, econômica e religiosa. 
b) A transmissão de valores, de aceitação e de ligação afetiva permanente são exemplos relacionados às necessidades relativas ao 
desenvolvimento cognitivo e emocional. 
c) A única responsabilidade da família é em relação ao atendimento dos cuidados básicos, ou seja, alimentação, higiene e moradia, 
as demais são responsabilidades da escola. 
d) Os cuidados relacionados ao desenvolvimento da criança somente podem ser efetivados na estrutura de família extensa, as 
demais organizações não permitem o desenvolvimento saudável. 
e) Nenhuma das assertivas acima está correta. 
2. A partir da definição das funções da família, podemos refletir acerca dos papéis atribuídos a cada um dos membros familiares. 
Apresentamos quatro papéis, quais sejam: conjugal, parental, fraterno e filial. Sobre o papel fraterno é correto inferir: 
I. O papel fraterno está associado ao papel dos filhos no contexto familiar e a ideia central é a dependência que será mantida até a 
vida adulta. 
II. O papel fraterno está relacionada à relação estabelecida entre irmãos. 
III. O papel fraterno envolve três comportamentos que se complementam, ou seja, a amizade, a lealdade e a disputa. Todos são 
essenciais para que a relação fraternal, ou seja, entre pais e filhos aconteça de forma harmônica. 
IV. O papel fraterno pode ser estabelecido tanto no ambiente familiar como em outro contexto, ou seja, pode ocorrer tanto nas 
relações amistosas quanto nas profissionais, entre outras, pois há a prevalência da rivalidade, mas também da solidariedade. 
a) Estão corretas apenas I e II. 
b) Estão corretas apenas II e III. 
c) Estão corretas apenas II e IV. 
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d) Estão corretas apenas I, III e IV. 
e) Nenhuma das alternativas acima está correta. 
3. Em nossos estudos discutimos a importância de analisar a instituição familiar na contemporaneidade, haja vista as mudanças 
decorrentes, sobretudo nas últimas décadas. Sobre este assunto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A entrada da mulher no mercado de trabalho é uma das mudanças que exigiu repensar a dinâmica familiar, neste contexto, a 
mulher precisa dividir seu tempo com o trabalho e os afazeres próprios da casa. 
( ) A função familiar, dada pelas funções biológicas, psicológicas e sociais, permanece independente dos arranjos e 
deslocamentos realizados ao longo dos anos. 
( ) A dinâmica familiar deve promover ambientes saudáveis, pois são favoráveis ao pleno desenvolvimento da criança. 
( ) Independente da organização familiar podemos verificar ambientes saudáveis e disfuncionais, no último caso poderá 
provocar alguns transtornos, como por exemplo, de conduta e de aprendizagem. 
A sequência correta é: 
a) V, V, F, F. 
b) V, F, V, F. 
c) F, F, V, V. 
d) F, V, F, V. 
e) V, V, V, V. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Ao longo de nossas discussões, buscamos refletir sobre a importância dos papéis familiares e sua influência no desenvolvimento 
cognitivo, social e psicológico da criança. Neste sentido, percorremos quais seriam os papéis do casal, dos pais, dos filhos e dos 
irmãos, buscando compreender a família enquanto um sistema não rígido, nem fechado em si, que se reconstrói e permite a 
mobilidade de seus integrantes na busca de sua harmonia. 
Vimos que nas famílias disfuncionais, os papéis desempenhados não cumprem com o esperado para eles, o que ocasiona um 
sintoma ou um transtorno, o qual muitas vezes é melhor percebido no ambiente escolar. De qualquer forma, famílias disfuncionais 
emitem sinais que muitas vezes não são característicos de sua disfunção. 
Muitas vezes, porém, a família favorece o crescimento harmonioso e saudável da criança, mas ainda assim, persistem alguns 
sintomas com relação à sua aprendizagem. Neste caso, excluídas as disfunções familiares, o que nos resta investigar? O espaço 
escolar e a relação da família com este outro universo. Ocorre que a criança perpassa tanto o universo escolar quanto o familiar e, 
muitas vezes, permanece mais no primeiro ambiente do que no segundo. 
Resta-nos, neste sentido, fazer uma observação cautelosa e coerente, buscando nas evidências, perceber como se estabelecem a 
dinâmica e as relações familiares. Geralmente, estas evidências não são dadas pelas palavras e discursos familiares, mas podem ser 
identificadas por profissionais, psicopedagogos, através das projeções dos alunos/pacientes, seja por meio das provas projetivas, 
relatos, brincadeiras e testes psicológicos. 
Para finalizar, é importante percebermos como a família se organiza com relação aos papéis por ela estabelecidos. Desta 
organização deriva o que denominamos dinâmica das relações familiares. Neste sentido, é imprescindível conhecermos e 
compreendermos a função e o papel desempenhado por cada um dos integrantes da família. 
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Material Complementar 
Leitura 
Tutoria e interação em educação a distância 
Autor: José Ângelo Gaiarsa 
Editora: Agora 
Sinopse : este livro parte do princípio que vivenciamos três revoluções: a 
tecnológica, a consideração da influência social na modelagem da 
personalidade e a educativa. Sobre a educação, o autor afirma a profunda 
transformação que a área passa, construindo um novo paradigma de 
desenvolvimento que concebe a criança pequena como um gênio em 
potencial, capaz de aprender além das palavras. 
Filme 
Título: Passeio de Família 
Ano : 2010 
Sinopse: este curta-metragem apresenta a aventura da uma família 
composta pelos pais e duas filhas em um passeio simples. Pelos olhos da 
filha mais nova, percebemos o mundo, a beleza e o quão importante é a 
participação da família na vida da criança. 
Comentário : importa-nos ver este filme a fim de percebermos como as 
relações familiares são fundamentais na formação da personalidade da 
criança. No filme, a questão da afetividade, da criação de vínculo afetivo e 
de participação familiar é retratada sob a ótima de uma criança 
Na Web 
Apresentação: A sugestão de material para leitura propõe compreender 
as atitudes maternas sobre três enfoques: irritabilidade, rejeição e 
intrusão. Ressaltando os elementos cognitivos e interacionais da criança. 
Link: Para ler o texto na íntegra, acesse: 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
BARBOSA, L. M. S. A psicopedagogiano âmbito da instituição escolar . Curitiba: Expoente, 2001. 
BRASIL, Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Impacto familiar e funções da família e do Estado , 2022. 
Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/observatorio-nacional-da-familia/politicas-familiares-o-que- 
sao/resultado-das-politicas-publicas-familiares-o-impacto-familiar > Acesso em: 21/10/2022. 
CASTELLS, M. O poder da identidade . São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
EMERICK, A. S.V; ROSSO, M.L. A relação da estrutura familiar e o desenvolvimento da ansiedade infantil. Unisul, 2020. 
Disponível em: < https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/16706/1/Artigo%20TCC%20.pdf > Acesso em: 
19/10/2022. 
MACEDO, R. A família diante das dificuldades escolares dos filhos . In: OLIVEIRA, V. B.; BOSSA, N. Avaliação psicopedagógica da 
criança de zero a seis anos. Petrópolis: Vozes, 1994. 
MORAES, M. L. Q. A estrutura contemporânea da família . In: COMPARATO, M. C. M.; MONTEIRO, D. S. F. A criança na 
contemporaneidade e a Psicanálise. Vol. 1. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. 
OSÓRIO, L. C. Família hoje . Porto Alegre: Armed, 1996. 
POLITY, E. Dificuldades de Aprendizagem e família: construindo novas narrativas. São Paulo: Vetor, 19, 2001. 
RÍOS-GONZÁLES, J. A. Vocabulario básico de orientación y terapia familiar . Madrid. Editorial CCS, 2003. 
RODRIGUES, M. P sicologia educacional: uma crônica do desenvolvimento humano . São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1976. 
SOIFER, R. Psicodinamismos da família com crianças . Petrópolis: Vozes, 1982. 
WINNICOTT, D. W. A família e o desenvolvimento individual . São Paulo: Martins Fontes, 1993. 
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APROFUNDANDO 
Caro(a) aluno(a), vimos em nossas discussões a respeito da importância de a criança estar inserida em um ambiente saudável que 
favoreça o seu desenvolvimento. Isso implica em ter suas necessidades de sobrevivência satisfeitas que incluem segurança física, 
alimentação e podemos falar da moradia também. Mas, para um desenvolvimento saudável não basta somente ofertar os cuidados 
de sobrevivência, a criança precisa fazer parte de um contexto de afetividade e de interação. Tais condições contribuem, 
sobremaneira, para o seu desenvolvimento cognitivo. 
Para aprofundar seu conhecimento sobre este assunto, convido você, aluno(a), a continuar a leitura do caso a seguir, apresentado 
por Rodrigues (1976). 
Zezinho, o Menino Mecânico 
Rejeitado desde a gravidez por ambos os pais, Zezinho foi gestado em clima de absoluta indiferença afetiva. Tanto o pai quanto a 
mãe ignoravam a sua existência de modo radical. Um complexo e trágico “isolamento in útero” verificou-se. A mãe portava-se como 
se não estivesse em estado de gestação: usava roupas ajustadas, alimentava-se como sempre, não interrompeu jamais suas 
atividades costumeiras, nem profissionais, nem de lazer, e não providenciou absolutamente nada para o bebê, como se ele não 
fosse nascer. 
Após o nascimento, Zezinho foi imediatamente entregue aos velhos avós paternos, sem que a mãe o tivesse visto. Na ocasião, ela 
negou-se a vê-lo e, como o marido, portou-se como se finalmente houvesse se livrado de algo extremamente desagradável. 
Zezinho teve o desenvolvimento normal até os quatro anos, quando seu avô morreu. A avó, inconsolável, passou a apresentar 
comportamentos regressivos que a incapacitaram de continuar com a criança. 
Zezinho foi entregue aos pais que, finalmente, o conheceram e, de imediato, contrataram uma enfermeira para cuidar dele e da 
qual exigiam tratamento absolutamente “científico”, sem quaisquer manifestações de afetividade. O contato deles com a criança 
sempre foi mínimo, superficial e indiferente. 
Dez meses depois, Zezinho, de inteligência normal, sofreu violenta agressão: esqueceu tudo quanto sabia, não falou mais, perdeu a 
motricidade conquistada, deixou de andar, não mais controlava as excreções e alheou-se a tudo. 
Na escola para crianças anormais, em que seus pais o colocaram, a Escola Ortogênica Sonia Shankaman, da Universidade de 
Chicago, Zezinho mostrou-se passivo, sem reações, movimentos, alegrias ou sofrimentos. Só depois de intenso tratamento 
psicomotor, foi reconquistando as capacidades perdidas, recusando-se, porém, a comunicar-se oralmente com os outros. Sua 
forma de comunicação era através de máquinas, a princípio imaginárias e, depois, construídas engenhosamente com canudos de 
refrigerantes. Ele as usava para tudo. Só depois de ligá-las numa tomada elétrica imaginária, Zezinho podia comer, andar, excretar, 
brincar e dormir. Frequentemente, demorava-se tanto na construção de suas “máquinas de viver” que, ao terminar, já havia 
perdido o interesse pela brincadeira projetada. 
Seu primeiro desenho foi um autorretrato, para o qual ele projetou uma criança mecanizada, feita de fios elétricos e ligada numa 
tomada. Só assim ele chegava às pessoas. Tinha medo. Parecia que o contato humano era, para ele, sumamente doloroso. 
Aos nove anos, após sério tratamento orientado pelo professor Bruno Bettelheim, em que todos os funcionários da clínica, desde 
os médicos e terapeutas até os de função mais modesta, entraram no seu jogo mágico como medida para atingi-lo, Zezinho era 
declarado “normal”, apresentava desempenho escolar bom, inteligência média e uma prodigiosa engenhosidade para a construção 
e manipulação de maquinários. Talvez possa se apreciar o grau de recuperação desta criança ao saber-se que Zezinho construiu um 
carro alegórico para um desfile escolar e nele colocou uma faixa em que dizia: “Os sentimentos são o que de maior existe debaixo 
do sol”. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; LIMEIRA, Nathalia Barbosa; BRITO, Fernanda Regina Cinque de. 
Dinâmica Familiar e Aprendizagem. 
Nathalia Barbosa Limeira; Fernanda Regina Cinque de Brito. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. Reimpr. 2022. 
26 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Família. 2. Aprendizagem. 3. EaD. I. Título. 
. 
CDD - 22 ed. 370 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
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FAMÍLIA, 
APRENDIZAGEM E 
ESCOLA 
Professor (a) : 
Me. Nathalia Barbosa Limeira 
Me. Fernanda Regina Cinque de Brito 
Objetivos de aprendizagem 
• Compreender a relação essencial e intrínseca entre a família e escola no processo de aprendizagem do sujeito. 
• Refletir sobre a importância da família na promoção de um clima e estruturas favoráveis ao desenvolvimento escolar da criança. 
• Conhecer as estratégias acerca da devolutiva à família. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Ambiente familiar e aprendizagem dos filhos 
• O envolvimento dos pais no processo de desenvolvimento dos filhos 
• Estratégias sobre a devolutiva à família 
Introdução 
A escola assume um papel importante na vida das crianças: o processo de transmissão dos conhecimentos culturalmente 
aprendidos faz parte de uma de suas funções. Mas o cuidado, a socialização e a formação de um cidadão crítico sobrepõem-se à sua 
função inicial. Neste sentido, tanto a escola quanto a família conservam em si funções que lhe são próximas. Cabe a estas duas 
instituições, cada qual com sua função favorecer um contexto favorável ao pleno desenvolvimento do sujeito. 
Tanto a instituição escolar quanto a instituição familiar precisam compartilhar características semelhantes, pois a aprendizagem – 
objetivo tanto de uma quanto de outra – é primordial para o crescimento sadio da criança nestes ambientes. Desta forma, uma 
criança que encontra dificuldades de aprendizagem ou que sofra situações traumáticas ou difíceis em sua família, pode vir a refletir 
tais dificuldades ora na escola, ora na família. 
Em que se pesem as discussões sobre as relações familiares, o eixo escola-família é fundamental para esta compreensão. A família 
possui um importante papel na vida e nas relações de aprendizagem da criança. É ela, a família, que gera uma modalidade de 
aprendizagem específica na criança e é a partir dela que se constitui também o vínculo sadio ou não sobre a aprendizagem. 
Importa-nos, neste sentido, discutir a relação entre escola e família, sob a perspectiva psicopedagógica, instrumentalizando a 
discussão sobre o tema e subsidiando o trabalho de do psicopedagogo(a). Para isso, nesta etapa de nossos estudos iremos elencar, 
além da influência da família no desempenho escolar, as estratégias sobre a devolutiva à esta instituição. Dessa forma, convido-o a 
continuar seus estudos sobre esta importante temática. Bons estudos! 
Avançar 
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APRENDIZAGEM E 
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Objetivos de aprendizagem 
• Compreender a relação essencial e intrínseca entre a família e escola no processo de aprendizagem do sujeito. 
• Refletir sobre a importância da família na promoção de um clima e estruturas favoráveis ao desenvolvimento escolar da criança. 
• Conhecer as estratégias acerca da devolutiva à família. 
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A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Ambiente familiar e aprendizagem dos filhos 
• O envolvimento dos pais no processo de desenvolvimento dos filhos 
• Estratégias sobre a devolutiva à família 
Introdução 
A escola assume um papel importante na vida das crianças: o processo de transmissão dos conhecimentos culturalmente 
aprendidos faz parte de uma de suas funções. Mas o cuidado, a socialização e a formação de um cidadão crítico sobrepõem-se à sua 
função inicial. Neste sentido, tanto a escola quanto a família conservam em si funções que lhe são próximas. Cabe a estas duas 
instituições, cada qual com sua função favorecer um contexto favorável ao pleno desenvolvimento do sujeito. 
Tanto a instituição escolar quanto a instituição familiar precisam compartilhar características semelhantes, pois a aprendizagem – 
objetivo tanto de uma quanto de outra – é primordial para o crescimento sadio da criança nestes ambientes. Desta forma, uma 
criança que encontra dificuldades de aprendizagem ou que sofra situações traumáticas ou difíceis em sua família, pode vir a refletir 
tais dificuldades ora na escola, ora na família. 
Em que se pesem as discussões sobre as relações familiares, o eixo escola-família é fundamental para esta compreensão. A família 
possui um importante papel na vida e nas relações de aprendizagem da criança. É ela, a família, que gera uma modalidade de 
aprendizagem específica na criança e é a partir dela que se constitui também o vínculo sadio ou não sobre a aprendizagem. 
Importa-nos, neste sentido, discutir a relação entre escola e família, sob a perspectiva psicopedagógica, instrumentalizando a 
discussão sobre o tema e subsidiando o trabalho de do psicopedagogo(a). Para isso, nesta etapa de nossos estudos iremos elencar, 
além da influência da família no desempenho escolar, as estratégias sobre a devolutiva à esta instituição. Dessa forma, convido-o a 
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AMBIENTE FAMILIAR E 
APRENDIZAGEM DOS FILHOS 
Fato é que a influência do ambiente familiar no aprendizado escolar é amplamente reconhecida (MARTURANO, 2000). Neste 
sentido, devemos adotar uma posição de cautela ao discutir este tema, a fim de que não a isentemos de sua responsabilidade e 
nem coloquemos sobre ela, a família, toda a carga de responsabilidade sobre o desempenho escolar do aluno. Assim como não 
podemos adotar atitudes radicais com a família em relação à aprendizagem escolar, não podemos também adotar este mesmo 
radicalismo para com a escola: a não aprendizagem escolar ou baixo desempenho dos alunos nesta instituição não é 
responsabilidade única e exclusivamente da escola. 
Portanto, uma observação se faz necessária para avançarmos em nossas discussões: quando pensamos no trabalho dos 
psicopedagogos, estes estarão lidando diretamente com dificuldades e problemas escolares apresentados, seja pela escola, seja 
pela família. Mas a ideia central é de que você, caro(a) aluno(a), lidará com crianças que em algum momento apresentamdificuldades de aprendizagem escolares, sejam o baixo rendimento, o mau desempenho escolar, a falta de atenção ou estímulo, 
entre tantos outros sintomas que têm todos, em comum, a escola como espaço de vivência destas angústias e dificuldades. O palco 
é, neste sentido, a escola. 
Mas o seu olhar não deve pautar-se somente neste ambiente. Ali é onde tudo se manifesta, mas lembremo-nos sempre de que a 
família, sua dinâmica, organização, papéis atribuídos a cada um dos pares familiares, a relação destes com a aprendizagem, a 
modalidade de aprendizagem e toda a história de seu ciclo vital devem ser retomados por você na busca de uma compreensão 
tanto mais ampla quanto mais coerente. 
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Algumas condições presentes no ambiente familiar têm sido, neste sentido, consideradas como fundamentais para a aprendizagem 
escolar (MARTURANO, 2000). 
Dentre essas condições, podemos destacar: a organização do ambiente físico e a disponibilidade dos materiais educacionais; o 
envolvimento dos pais no processo de desenvolvimento dos filhos; a interação dos pais-filhos e uso da linguagem no lar; clima 
emocional positivo, práticas educativas e disciplina apropriada, além das crenças e expectativas dos pais sobre seus filhos. Essas 
questões devem ser consideradas porque subsidiam as discussões sobre a influência e importância da relação escola e família no 
processo de desenvolvimento saudável da criança. 
A organização do ambiente físico e a disponibilidade dos materiais 
educacionais 
O processo de aprendizagem faz parte da vida do homem e não se restringe, neste sentido, somente ao ambiente escolar. Neste 
sentido, quando pensamento em aprendizagem e em seu processo, não podemos restringi-lo somente à escola; ela é responsável 
pela transmissão dos conteúdos cientificamente construídos e passados de geração à geração. Mas a experiência de aprendizagem 
é muito anterior à entrada da criança nesta instituição. 
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A família pode contribuir de modo significativo proporcionando e inserindo em sua rotina, materiais e recursos pedagógicos à 
criança. Neste sentido, podemos pensar, por exemplo, nos jogos com fins não somente lúdicos, mas educacionais ou mesmo em 
brinquedos que favoreçam a reflexão e o pensamento, ou seja, brinquedos em que se possa atuar sobre os mesmos. No entanto, 
não basta somente dispor os materiais e recursos à criança. É preciso que os pais realizem atividades deste cunho com eles. “Os 
recursos do ambiente físico só facilitam a aprendizagem quando os pais funcionam como mediadores, ajudando as crianças a usá- 
los” (MARTURANO, 2000, p.96). 
Caro(a) aluno(a), é fundamental que se tenham espaços destinados, dentro do ambiente familiar, ao estudo 
e à leitura. 
Fonte: Elaborado pelas autoras. 
Neste sentido, é importante que os pais participem e proponham atividades aos filhos que contribuam para o seu desenvolvimento 
escolar. Além disso, é fundamental que se tenham espaços destinados, dentro do ambiente familiar, ao estudo e à leitura. Em geral, 
esses espaços devem ser calmos e proporcionar à criança que ela consiga realizar suas tarefas e estudos de modo tranquilo e 
concentrado. 
Pensemos, por exemplo, em uma casa onde não há espaço destinado à realização das tarefas escolares. Onde a criança realiza, 
então, suas tarefas da escola? Na impossibilidade de haver um espaço destinado a isso, é preciso nos utilizar de criatividade e 
proporcionar espaços para isso. Sabemos que dispor de um local onde há televisão e outros recursos tecnológicos pode dividir a 
atenção da criança. Neste sentido, podemos pensar em um lugar que seja calmo, livre de interferências externas e que a criança 
possa ocupar, não somente em um dado momento do dia, mas onde possa, por exemplo, colar calendários de provas, anotações 
importantes, entre outros. 
É importante que durante a estada da criança nestes ambientes a circulação de pessoas seja pequena, a fim de favorecer a 
concentração da criança. Os pais devem permanecer, ainda que inicialmente neste ambiente, seja para verificar e auxiliar a criança 
nas tarefas a serem realizadas, seja para garantir que tudo tenha sido feito de modo correto. 
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Casas onde não há espaço para a realização das atividades escolares ou onde os pais não incentivam a leitura, os jogos e atividades 
que desenvolvam o pensamento e a psicomotricidade podem estar fadados ao fracasso escolar, pois sabemos que a aprendizagem 
escolar não se encerra somente no período em que a criança permanece na escola. 
Outro fator importante para a aprendizagem dos filhos, é a relação da família com a escola. " O diálogo 
entre família e escola para o desenvolvimento integral da criança é imprescindível para uma educação que 
vise a construção dos indivíduos sociais, precisa conhecer quem são seus alunos, suas realidades e em quais 
contextos estão inseridos, conhecer sua comunidade. Assim é possível entender e aderir às necessidades de 
seus alunos" (VIEIRA, 2022, p. 45). 
Fonte: VIEIRA, Izadora. A relação família e escola em tempos de pandemia Covid-19 e os impactos no 
desenvolvimento integral da criança no espaço escolar. Franca,SP, 2022. Disponível em: < 
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/216296/Vieira_I_tcc_fran.pdf?sequence=5& 
isAllowed=y . > Acesso em: 24/10/2022. 
O ENVOLVIMENTO DOS PAIS NO 
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO 
DOS FILHOS 
Anteriormente, falamos que a participação dos pais é importante na relação de ensino e aprendizagem escolar e: 
[...] isso inclui não apenas atenção aos assuntos escolares dos filhos, mas também uma postura mais 
centrada na criança. Através de seu envolvimento, os pais fornecem recursos emocionais essenciais ao 
desenvolvimento de um senso de competência, tanto quanto recursos mais concretos, que contribuem para 
um melhor desempenho na escola (FUNAYAMA, 2000, p.97). 
Este envolvimento pode incluir atitudes simples, como ler para as crianças ou ainda ouvi-las ler, importar-se com o que aprendeu 
na escola, encorajar seus esforços e favorecer sua autonomia na realização das tarefas escolares. Além disso, pressupõe uma 
atenção em todos os momentos da vida da criança. Importar-se com aquilo que faz, com quem faz e onde faz, assistir programas de 
televisão em conjunto, questionando e conversando sobre os mesmos, monitorar suas saídas e suas amizades faz parte deste 
envolvimento. Isso contribui para que a criança sinta-se protegida e cuidada e reflita, consequentemente, sobre sua vida escolar. 
Segundo Charmeux (1995, p.119), “ter lembranças que associem prazer e cultura na mais tenra idade significa uma possibilidade 
maior de sucesso escolar”. 
Quando tratamos acerca das interações entre pais e filhos, devemos salientar que a reciprocidade é fundamental para que estas 
interações sejam significativas e possam contribuir para o desenvolvimento da criança. Esta interação deve pressupor ainda um 
distanciamento das situações vividas a fim de que os pais auxiliem os filhos a repensarem os fatos vividos ou futuros. Propiciar 
condições para que este distanciamento ocorra favorece o desenvolvimento do senso crítico e reflexivo, tão necessário à formação 
de um sujeito autônomo. 
Além disso, é preciso considerar o clima emocional positivo e as práticas educativas. 
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Bradley (1988), em seus estudos com crianças de 10 anos, encontrou uma relação direta entre bom desempenho na aprendizagem 
matemática e clima familiar positivo. Isso significa que um clima positivo, incentivador e acolhedor é de fundamental importância. 
Neste contexto, não se pode afirmar que todas as crianças que têm dificuldades na aprendizagem de matemática possuem 
ambientes familiares negativos, mas que os ambientes favoráveis sugerem uma melhor aprendizagem devido ao clima de 
cordialidade, cooperação e solidariedade existentes. 
Quanto às práticas educativas, é importante destacarmos duas condições essenciais: o suporte à autonomia e a estruturação de 
regras. É necessário que os pais deem suporte aos filhos nas rotinas escolares, acompanhando a realização das tarefas escolares, 
assim como os estudos, tanto em casa quanto na escola, mas este acompanhamento deve propiciar o desenvolvimento da 
autonomia da criança, já que com a adolescência e o preparo para a vida adulta, é importante que ela saiba e consiga estudar 
sozinha. Para que isso ocorra, a estruturação de regras se faz imprescindível. É necessário que as crianças saibam quando, onde e 
como devem estudar dentro do ambiente escolar. Aqui, a noção de limites é invocada novamente, pois necessário é que os pais 
criem horários e uma rotina que promovam o hábito dos estudos. 
Em uma pesquisa realizada em um grupo de alunos do 5º ano do ensino fundamental, verificou-se que a 
média de tempo para estudos em casa era de 20 minutos (VICENTE, 2013). Subentende-se daí que os 
alunos não têm o hábito de estudo em casa e que a grande maioria utiliza este tempo apenas na realização 
das tarefas e não do estudo. 
Fonte: VICENTE, J. et. al. Relatório Técnico por Cidade: região da Amusep. Maringá: Unicesumar. Programa 
Excelência na Educação Básica, 2013. Não publicado. 
A falta de hábito de estudo, de uma rotina que contemple momentos de leitura, estudo e atividades que não estejam relacionadas 
somente à televisão ou aos videogames, favorece essa cultura do não estudo e pode ser produtora das dificuldades de 
aprendizagem. A falta de comprometimento e autoridade dos pais, neste sentido, pode ser apontada como uma falha promovedora 
da não aprendizagem infantil. 
Outro aspecto importante a considerar e que é destacada por MIlicic (1990) é que a forma como a família reage perante as 
dificuldades ou transtornos de aprendizagem enfrentados pela criança pode agravar ou ajudar sua recuperação. Neste sentido, 
conhecer, além da dinâmica familiar, o modo como ela reage às dificuldades apresentadas e vivenciadas pela criança fará toda a 
diferença, no momento em que o psicopedagogo(a) realiza a elaboração da hipótese diagnóstica. 
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Supondo que a família reaja, atribuindo à criança a responsabilidade por seu fracasso ou insucesso e, consequentemente, 
eximindo-se da culpa, ela contribui para que se agravem as dificuldades enfrentadas pela criança. 
Por outro lado, uma família que entende as dificuldades vivenciadas pela criança, que consegue ajudá-la a superá-las e a apoia em 
seu crescimento contribuirá para sua recuperação, fornecendo-lhe maturidade emocional e subsídios para lidar com suas emoções 
e dificuldades futuramente. 
Neste sentido, importa que no momento da elaboração da hipótese diagnóstica, realizada pelo psicopedagogo(a) o contato com a 
família, por meio das entrevistas ou sessões de anamnese da criança, vise compreender como a família se organiza, como entende 
a dificuldade e/ou o problema enfrentado pela criança e, ainda, como ela, família, enquanto cumpridora dos papéis sociais, 
biológicos e psicológicos que lhe cabem, desenvolve tais papéis em relação à criança. 
As dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a diversas causas, sendo uma delas a relação da 
criança com o meio em que está inserido. Uma das primeiras instâncias que a criança tem maior contato é a 
família, a qual se esta estiver inserida em um ambiente desfavorável, podem trazer consequências no 
desenvolvimento de suas aprendizagens. Neste sentido Simaia Sampaio, em seu livro Dificuldades de 
Aprendizagem na Infância, abarca questões que podem estar relacionadas ao fracasso escolar e a 
dificuldade de aprendizagem. 
Fonte: SAMPAIO, Simaia. Dificuldades de Aprendizagem na Infantil. A psicopedagogia na relação do 
sujeito, família e escola. 5 ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019. 
Milicic (1990) afirma que algumas questões, como: como a criança se vê; quais são seus objetivos; que conceitos são centrais em 
relação à sua imagem pessoal; quais são seus interesses e como se imaginam no futuro, são questões fundamentais tanto para 
fazermos à criança como aos pais, pois buscam traçar um perfil da criança. Contrapor as respostas obtidas pode ser interessante 
para compreender como a família vê a criança dentro de sua dinâmica e como a criança se vê dentro da família. 
A seguir, caro(a) aluno(a) vamos analisar algumas estratégias quanto a interação da família e escola no processo de tratamento da 
criança. 
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Estratégias sobre a devolutiva à família 
Em se tratando de entregar a informação à família, é importante que consideremos alguns fatores, pois toda a família deve 
envolver-se no tratamento da criança. Não é apenas a criança que sofre o impacto de nossas intervenções, mas a família deve 
compreender seu papel de importância neste momento. 
Um primeiro aspecto que devemos ressaltar é a crença, seja da família, seja da criança, sobre sua personalidade, ou ainda, sobre a 
forma como se vê. Se a família ou a criança se refere a si mesma a partir do verbo “ser” para se autoconceituar (como: sou omissa, 
sou preguiçosa...), isso implica, consequentemente, que se enxergam de maneiras determinadas e, portanto, dificilmente poderão 
mudar seu comportamento ou agir de forma diferente. É o caso, por exemplo, de pais que acreditam que os filhos sejam lentos, 
difíceis de lidar ou mesmo ansiosos demais. No processo de intervenção psicopedagógica, será necessário que a família seja 
envolvida no processo de tratamento da criança. 
Sánches (2004, p. 18) complementa que “[...] a intervenção não só parte das necessidades apresentadas 
pelas pessoas com dificuldades de aprendizagem e por suas famílias, como também das necessidades que, 
em relação a isso, manifestam as pessoas do meio em que participam ou com quem interagem. 
Fonte: SÁNCHES, Jesús-Nicasio García. Dificuldades de aprendizagem e intervenção psicopedagógica. 
Porto Alegre: Artmed, 2004. 
Neste sentido, Milicic (1990) sugere quatro atitudes que podem auxiliar este trabalho. São elas: a repartição das diretrizes, o 
ensinamento do autocontrole, da autoinstrução e da demora das respostas às questões rotineiras e escolares. A seguir, trataremos 
acerca de cada um dos itens analisados por Milicic: 
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Repartindo as diretrizes 
Esta sugestão de intervenção e inserção da família no processo de tratamento da criança refere-se à divisão dos papéis e tarefas, 
tanto com relação à vida escolar da criança, quanto na repartição das tarefas domésticas. 
Para conseguir este envolvimento, o primeiro passo é estabelecer uma aliança com a pessoa que pareça 
menos comprometida, perguntando, por exemplo, ao pai, em forma direta, a sua opinião. Ao fazer a 
pergunta, coloca-se o pai na hierarquia e ele mudará de uma posição crítica a uma posição de ajuda e 
colaboração como terapeuta (MILICIC, 1990, p.328). 
Com base no exemplo dado na citação acima, podemos supor que envolver o pai na realização do estudo ou das tarefas escolares 
com a criança possibilita uma reestruturação na relação pai e filho, incluindo, desta forma, o pai ausente para as questões latentes 
à criança. 
No entanto, Milicic (1990) faz uma ressalva bastante pertinente sobre este aspecto. A autora ressalta que se o pai, como no caso 
do exemplo mencionado aqui, não tiver saúde mental e equilíbrio, a inclusão deste com o filho, em momentos de estudos, pode 
agravar a relação da criança com os estudos. 
Geralmente, quando uma criança encontra dificuldades em seu processo de aprendizagem, o vínculo com a mesma, assim como a 
noção de desejo, encontra-se rompido e esta reconstrução se faz essencial. Porém, se ao invés de proporcionar momentos 
agradáveis, a criança enfrentar momentos de frustração e castigo, é melhor que esta inclusão não seja realizada. 
Ensinando autocontrole aos pais 
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Segundo Milicic (1990, p.328), “o significado mais amplo de autocontrole é o prover, nas pessoas, habilidades que lhes permitam 
resolver de forma autônoma seus problemas, tanto na área cognitiva como na área emocional.” Ocorre que crianças que 
apresentam dificuldades ou transtornos de aprendizagem sofrem desta falta de autocontrole, o que lhes prejudica ou agrava suas 
dificuldades com relação às realizações das tarefas escolares, por exemplo. 
Neste sentido, ensinar o autocontrole às crianças é tarefa que deve caber também à família, pois sua dinâmica interior propicia 
diversos contextos para que seja trabalhado o autocontrole e a interação social. 
Ante esta realidade, os professores e os pais tendem a aumentar os mecanismos de controle externo, com o 
qual a criança aprende a ser controlada, mas não a controlar-se. Fixar metas, propor estratégias, deve ser 
um processo que possa, através dos próprios mediadores da criança, alcançar efetivamente a complexa 
tarefa de aprender a auto-regular-se (MILICIC, 1990, p.329). 
Esta estratégia deve ser utilizada por famílias e professores, permitindo, desta forma, que a criança, paulatinamente, consiga 
incorporar esse controle, que a priori lhe é externo. 
Treinando para a autoinstrução 
Esta estratégia, proposta por Meichebaum e Goodman (1979 apud MILICIC, 1990, p.329), refere-se à divisão das ações que a 
criança executará em etapas sucessivas. Neste sentido, a estratégia consiste em auxiliar a criança a organizar suas ações, por meio 
de cinco etapas, as quais destacamos aqui: 
1. O adulto realiza a tarefa, falando em voz alta as instruções, na medida em que realiza as ações; 
2. A criança realiza as ações enquanto o adulto lhe fala, de forma lenta e em voz alta, as ações que ela deve realizar. 
3. A criança realiza a tarefa, instruindo-se em voz alta, enquanto a executa. O adulto deve, neste momento, apenas observá- 
la. 
4. Novamente, a criança realiza a tarefa, porém com a voz baixa, instruindo-se e realizando a tarefa. 
5. A criança realiza a tarefa, instruindo-se mentalmente, apenas utilizando-se de sua linguagem interna. 
Estes passos devem ser utilizados, tanto por pais quanto por professores, no auxílio à criança. Como se trata de tarefas realizadas 
em etapas, sugere-se que os cinco passos não sejam realizados todos em seguida, um após o outro, pois pode ocorrer de cansar a 
criança, estressando-a. A ideia é que possamos ir incorporando essas tarefas no dia a dia da criança até que ela incorpore 
mentalmente a realização das mesmas. 
Aumento na demora das respostas 
Esta estratégia, proposta por Milicic (1990), tem como objetivo levar a criança a aumentar o tempo entre a pergunta que lhe é feita 
e a resposta dada pela mesma. Esta técnica auxilia no desenvolvimento da atenção e da reflexão, pois acredita-se que, 
paulatinamente, a criança consiga refletir sobre a questão e/ou tarefa que lhe é proposta. 
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Frente a qualquer tarefa pedagógica, pede-se à criança que escute primeiro, repita as instruções de forma 
interna, que somente depois procure eventuais respostas possíveis e que demore pelo menos dez segundos 
antes de dar a resposta. Ao escutar e repetir a instrução, aumenta-se o tempo dedicado à reflexão, antes de 
dar uma resposta. Com isso, diminuem-se significativamente os erros e melhora a qualidade da resposta 
(MILICIC, 1990, p.330). 
Esta estratégia é bastante utilizada, não somente em crianças com hiperatividade, mas em crianças cuja ansiedade e déficit de 
atenção impedem-lhe de ler as questões, analisando seu significado. São crianças, em sua maioria, que não terminam de ler o 
enunciado e já respondem, ou que na realização de uma tarefa não conseguem seguir todas as etapas, mas pulam, uma ou outra 
etapa, pensando apenas no resultado final, ou seja, na resposta. 
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ATIVIDADES 
1. O olhar do psicopedagogo não deve se limitar ao espaço escolar, mas considerar a instituição familiar, ou seja, sua dinâmica, 
organização, papéis atribuídos a cada um dos pares familiares, a relação deste com a aprendizagem etc. Nesse sentido, leia as 
afirmativas e assinale a alternativa correta. 
I. Uma das questões que se deve perceber é se a família insere em sua rotina materiais e recursos pedagógicos à criança. 
II. A simples oferta de materiais pedagógicos às crianças não garantirá sucesso no seu desenvolvimento, pois é preciso que os pais 
assumam o papel de mediadores, ajudando as crianças a usá-los. 
III. A leitura deve ser incentivada no ambiente familiar. Para isso, recomenda-se que no ambiente familiar haja espaços destinados 
ao estudo e à leitura. 
IV. Os ambientes familiares em que não há espaços apropriados aos estudos, a família fica isenta de incentivar a criança no 
processo de leitura, até porque é responsabilidade exclusiva da escola promover o gosto pela leitura. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Estão corretas apenas I e II. 
b) estão corretas apenas II e IV. 
c) Estão corretas apenas I, II e III. 
d) Estão corretas apenas II, III e IV. 
e) Nenhuma das alternativas acima está correta. 
2. Vimos que o envolvimento dos pais é fundamental na relação de ensino e aprendizagem escolar. Este envolvimento inclui não 
apenas atenção aos assuntos escolares dos filhos, mas também uma postura centrada na criança. Nesse sentido, leia as afirmativas 
e assinale a alternativa correta: 
I. O envolvimento dos pais requer uma atenção em todos os momentos da vida da criança. 
II. Atitudes como ler para as crianças ou ouvi-las ler, encorajar seus esforços são exemplos do envolvimento positivo dos pais. 
III. O envolvimento dos pais pode se expressar ao assistir programas de televisão em conjunto, questionando e conversando sobre 
os mesmos. 
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IV. O envolvimento dos pais pode ser evidenciado ao monitorar as saídas e as amizades dos filhos. 
a) Estão corretas apenas I e III. 
b) Estão corretas apenas II e III. 
c) Estão corretas apenas I, II e IV. 
d) Estão corretas apenas II, III e IV. 
e) Estão corretas I, II, III e IV. 
3. No processo de intervenção psicopedagógica, Milicic(1990) propõe quatro atitudes que podem auxiliar o trabalho. Sobre estas 
quatro atitudes, relacione as colunas. 
( 1 ) Repartindo as diretrizes. 
( 2 ) Ensinando autocontrole aos pais. 
( 3 ) Treinando para a autoinstrução. 
( 4 ) Aumento na demora das respostas. 
( ) Esta técnica auxilia no desenvolvimento da atenção e da reflexão uma vez que tem como objetivo levar a criança a aumentar 
o tempo entre a pergunta e a resposta. 
( ) É uma estratégia que permite a criança, paulatinamente, incorporar o controle, que a priori lhe é externo, por isso, a 
importância da participação da família. 
( ) Refere-se à divisão dos papéis e tarefas, tanto com relação à vida escolar da criança, quanto na divisão das tarefas 
domésticas. 
( ) É uma estratégia que compreende em auxiliar a criança a organizar suas ações por meio de algumas etapas, como por 
exemplo, a criança realiza as ações enquanto o adulto lhe fala, de forma lenta e em voz alta, as ações que ela deve realizar. 
A sequência correta é: 
a) 1, 2, 4 e 3. 
b) 2, 4, 3 e 1. 
c) 1, 2, 4 e 3. 
d) 4, 2, 1 e 3. 
e) 3, 2, 1 e 4. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Caro(a) aluno(a) buscamos refletir sobre como a família e a escola devem manter uma relação próxima se desejam o êxito no 
processo de ensino e aprendizagem da criança. Neste sentido, buscamos trazer estratégias, tanto às famílias, quanto ao trabalho 
enquanto psicopedagogos(as), que possibilitem uma reflexão acerca do papel da família e da escola no que se refere à 
aprendizagem da criança. 
Sabemos que lares onde há rotina, clima acolhedor, cooperação e vínculo emocional saudável a experiência de aprendizagem se 
torna parte de seu cotidiano e, desta forma, ao adentrar a escola, a criança já terá desenvolvido um bom vínculo com a 
aprendizagem. Porém, de modo geral, esses fatores não são encontrados com facilidade em todas as famílias, seja por ignorância 
dos mesmos acerca destes temas, seja por falta de vontade, ou ainda, comprometimento dos pais com a educação e aprendizagem 
dos filhos. 
Neste sentido, acreditamos que o trabalho dos psicopedagogos(as) é o de propiciar estratégias onde as famílias possam refletir 
sobre seus papéis e atuar de forma consciente no auxílio à criança. Quando nos propomos a trabalhar com psicopedagogia, é 
preciso considerar que este trabalho não acontece de forma isolada, seja na clínica, seja na instituição escolar. É um trabalho de 
conjunto, o qual, muitas vezes a você, caro(a) aluno(a), caberá o papel de motivador e incentivador, tanto das famílias quanto de 
seus filhos. 
O aumento da jornada de trabalho da mulher, que além de trabalhar fora de casa, ainda agrega as responsabilidades com a 
organização da casa, aliadas à rotina de trabalho de seu cônjuge, são quase sempre os motivos pela falta de tempo de qualidade 
com seus filhos e, consequentemente, pela falta de estímulos e criação de vínculo com a aprendizagem. Acontece que esta 
característica do mundo contemporâneo não pode servir de desculpas para descontextualizar a responsabilidade dos pais. Desta 
forma, os psicopedagogos(as), devem repensar essas questões, propondo ações que, de fato, revertam ou resinifiquem os papéis 
atribuídos a cada um. 
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Material Complementar 
Leitura 
Família e aprendizagem: uma relação necessária 
Autor: Fabiani Ortiz Portella 
Editora: Wak 
Sinopse: as contribuições presentes neste trabalho visam estabelecer 
conexões entre a educação, saúde e psicologia, e compreender como as 
diversas configurações familiares interferem na aprendizagem infantil, 
além de propor direcionamentos para o campo psicopedagógico. 
Filme 
Título : Pais & Filhos 
Ano : 2013 
Sinopse : esta história relata como a vida de um grande homem de 
negócios pode ser modificada pela revelação de que criara, até então, o 
filho de outro homem. O drama relata a relação estabelecida entre as 
famílias que tiveram seus destinos traçados pela troca dos bebês. Expõe 
os conflitos entre as famílias, uma financeiramente estável, mas ausente 
de dedicação, e outra que pouco tem a oferecer materialmente, mas que 
oferece atenção, dedicação e amor. 
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Comentário : o filme ilustra de modo claro e bastante emotivo o papel dos 
pais na educação dos filhos: seria apenas material ou afetivo? Qual a 
função dos pais na formação da criança? 
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Apresentação : Este artigo apresenta uma interessante pesquisa que 
busca relacionar os recursos familiares e o desempenho escolar de alunos 
do 5º ano do Ensino Fundamental de escola pública. Disponível em: 
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Apresentação : Com a pandemia do COVID-19, instaurada no ano de 
2020, muitos estabelecimentos tiveram que ser fechados, para contenção 
do vírus. Um desses estabelecimentos foram as escolas, onde os alunos 
passaram a ter aulas online. No final do ano de 2021, foi estabelecido o 
retorno as aulas presenciais em 2022, e com isto a relação da família e 
escola, reestabelecida. Nesta reportagem, são apontadas algumas dicas 
para apoiar as famílias no retorno as aulas presenciais. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.revistapsicopedagogia.com.br%2Fdetalhes%2F486%2Frelacao-entre-recursos-%2520familiares-e-desempenho-escolar-de-alunos-do-5%25C2%25BA-ano-do-ensino-fundamental-%2520-de-escola-publica&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw30zOUj6U1WGlNcsk7f6AS9
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.fazeducacao.com.br%2Ffamilia-escola-retorno-aulas-2022&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0n1sZ6MvJBXPmQ-bWtYjdT
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REFERÊNCIAS 
BRADLEY, R. H. Home environment and school performance : a ten follow-up and examination of three models of environmental 
action. Child Development, USA, 59, p. 852-867, 1988. 
CHARMEUX, E. Aprender a ler : vencendo o fracasso. São Paulo: Cortez, 1995. 
FUNAYAMA, C. A. R. (Org). Problemas de Aprendizagem : enfoque multidisciplinar. Campinas: Alínea, 2000. 
MILICIC, N. Estratégias de tratamento para famílias de crianças com baixo rendimento escolar . In: SCOZ, B. J. L. (et al.). 
Psicopedagogia: o caráter interdisciplinar na formação e na atuação profissional. Porto Alegre: Artmed, 1990. 
SAMPAIO, Simaia. Dificuldades de Aprendizagem na Infantil. A psicopedagogia na relação do sujeito, família e escola. 5 ed. Rio de 
Janeiro: Wak Editora, 2019. 
SÁNCHES, Jesús-Nicasio García. Dificuldades de aprendizagem e intervenção psicopedagógica . Porto Alegre: Artmed, 2004. 
VIEIRA, Izadora. A relação família e escola em tempos de pandemia Covid-19 e os impactos no desenvolvimento integral da 
criança no espaço escolar. Franca,SP, 2022. Disponível em: < https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/216296 
/Vieira_I_tcc_fran.pdf?sequence=5&isAllowed=y. > Acesso em: 24/10/2022. 
VICENTE, J. et. al. Relatório Técnico por Cidade: região da Amusep. Maringá: Unicesumar. Programa Excelência na Educação 
Básica, 2013. Não publicado 
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APROFUNDANDO 
Caro(a) aluno(a), vimos no decorrer dos estudos a importância de algumas atitudes da família em relação ao desenvolvimento dos 
filhos, tais como: a interação entre pais e filhos, o uso correto da linguagem, o estabelecimento do clima emocional e práticas 
educativas e disciplina apropriada. 
Agora, quero chamar a sua atenção para outro fator, não menos importante que é em relação às crenças e expectativas dos pais 
sobre seus filhos, pois as expectativas criadas pelos pais em relação ao sucesso da criança no ambiente escolar pode influenciar o 
aproveitamento escolar. 
Este aspecto é preponderante sobre a aprendizagem escolar dos filhos. Pais que não acreditam na inteligência, esforço ou 
capacidade dos filhos projetam no mesmo frustrações que incidem sobre sua não aprendizagem. “As crenças e expectativas dos 
pais sobre as capacidades da criança podem, quando desfavoráveis, diminuir a motivação para aprender, o que terá um efeito 
negativo sobre o desempenho escolar” (MARTURANO, 2000, p.101). Pais que dizem diretamente a criança que não é capaz de 
aprender é prejudicial ao seu desenvolvimento. 
Frases do tipo “Você tirou nota baixa, assim vou desistir de você” ou “seu irmão é muito melhor, nunca me deu trabalho na escola” 
não devem ser ditas, pois pode criar bloqueios na criança, levando-a a acreditar que não pode ter êxito das atividades escolares. 
Por outro lado, pais que depositam expectativas grandes sobre seus filhos também podem contribuir para seu insucesso, por 
exemplo, pais que projetam filhos para serem médicos, engenheiros ou profissões socialmente conceituadas e que possuem boa 
remuneração financeira. Sabemos que não basta ser inteligente para ingressar em uma universidade, mas que depende muito mais 
de seu esforço e dedicação do que propriamente da inteligência. Neste caso, os pais, ao projetarem e delinearem o futuro de seus 
filhos, corroboram para sua frustração posterior: primeiro, devido ao fato de que cerceiam sua independência e autonomia; 
segundo, porque muitas vezes criam expectativas maiores do que a criança ou o adolescente pode corresponder. 
“O que acontece na realidade é que o esforço para cumprir ou deixar de cumprir a expectativa ocupa o lugar da aprendizagem. O 
aprender deixa de ser um desejo seu e passa a ser um ato para satisfazer o outro” (SERAFINI et al. 1996, p.5). 
Consequentemente, o vínculo com a aprendizagem é desfeito e a criança passa a não ver mais sentido na aprendizagem que não a 
satisfação do outro. A ideia de que o conhecimento liberta, propicia autorias, saberes e visão crítica do mundo e é deturpada em 
consequência das expectativas que lhe são impostas. 
Neste sentido, cabe salientar que cada criança possui um tempo para sua aprendizagem e este tempo deve ser considerado, tanto 
nos ambientes escolares, quanto nos ambientes familiares. Os pais, então, devem manter o equilíbrio no que tange às expectativas, 
incentivar os filhos é saudável e ajuda o desenvolvimento integral dos mesmos, mas estabelecer de forma autoritária o que os 
filhos devem fazer, como por exemplo, a escolha de um curso de graduação apenas para satisfazer os anseios dos pais, sem 
considerar as particularidades e escolhas dos filhos é, sobremodo, prejudicial, acarretando em problemas futuros. 
Destarte, sabemos o quanto a família influencia no processo de aprendizagem da criança e, por isso, ter expectativas em relação 
aos filhos é natural, contudo, o problema é quando os pais expressam isso de forma inapropriada, fazendo comentários ou com 
atitudes que desmotivam o filho. Finalizamos destacando a importância do diálogo na relação entre família e crianças, sabendo que 
o que é falado às crianças pode deixar marcas tanto positivas quanto negativas. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
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C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; LIMEIRA, Nathalia Barbosa; BRITO, Fernanda Regina Cinque de. 
Dinâmica Familiar e Aprendizagem. 
Nathalia Barbosa Limeira; Fernanda Regina Cinque de Brito. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. Reimp. 2022. 
28 p. Reimp. 2022. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
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