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Instituto TeApoio | www.teapoio.com.br | (21) 96781-7786 | eu@teapoio.com.br 
Os estilos parentais e o desenvolvimento das crianças 
Por Irani Marques 
 
“Aquilo com que nascemos é substancialmente modificável; aquilo que recebemos 
quando somos criados… isso sim é bem mais difícil de mudar.” (MUNCHING; KATZ) 
 
Os investigadores das áreas sociais e humanas têm dedicado muito tempo ao 
estudo dos estilos parentais, ou seja, a forma que os pais utilizam para educar os 
seus filhos. Muitos afirmam que as práticas, as maneiras de educar adotadas 
pelos pais determinam a forma como as crianças se comportam e influenciam 
significativamente a formação da personalidade e o estabelecimento de futuros 
padrões relacionais enquanto adultos. 
 
De acordo com Lídia Weber, pós-doutora em desenvolvimento familiar, cujo 
pensamento foi publicado na Revista do 50° Congresso Nacional da Escola de 
Pais do Brasil, de modo geral se fazem presentes nas diferentes sociedades: 
 
• 35% de Pais participativos 
• 35% de Pais negligentes 
• 15% de Pais autoritários 
• 15% de Pais permissivos 
 
Ela também afirma que há mais de 50 anos são feitos estudos sistemáticos sobre 
as formas de educar os filhos e suas consequências para o desenvolvimento das 
crianças. 
 
ESTILOS PARENTAIS 
 
Diana Baumrind (1966) criou um modelo teórico que atualmente se denomina 
“estilos parentais” que foi um marco nos estudos desta temática. Baumrind 
propôs a existência de três estilos parentais distintos: o estilo autoritário, o estilo 
participativo (autoritativo) e o estilo indulgente (permissivo). Mais tarde, Maccoby 
e Martin (1983) acrescentaram o estilo negligente. 
 
1. Estilo Permissivo 
 
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São pais centrados no filho. Dão muito apoio e atenção emocional, mas pouca 
estrutura positiva e direção aos filhos. São pais que tem receio de rejeição e não 
serem amados pelos filhos: aí… permitem em demasia, sentem culpa pela 
ausência no trabalho ou são inconsistentes. Quando Baumrind estudou as 
crianças criadas sob este estilo parental, descobriu que elas eram teimosas, 
provocadoras, rebeldes e incapazes de regular a maior parte das emoções que 
enfrentavam. 
 
Consequências para os filhos: 
Estão mais propensos a envolver-se em problemas de comportamento e têm pior 
desempenho na escola, mas podem ter boa autoestima, boas habilidades sociais 
e baixos níveis de depressão. 
 
Há um alto risco de envolvimento com drogas no futuro, pois não aprenderam que 
existem regras e limites no mundo, acham que podem e devem experimentar tudo 
e testar todos. 
 
2. Estilo Autoritário 
Há uma tentativa de controlar e modelar, de forma rígida, as atitudes da criança. 
Estes pais valorizam uma obediência absoluta, recorrendo a medidas punitivas 
(verbais ou físicas) para que esta se comporte de acordo com a sua exigência. 
São frequentes as críticas ou ameaças à criança. 
 
Quando Baumrind estudou as crianças criadas com um pai autoritário, descobriu 
que elas, em geral, tinham temperamento infeliz. As crianças pareciam distantes, 
hostis, ansiosas e com pouco controle sobre suas próprias emoções negativas. 
 
Consequências para os filhos: 
Tendem a apresentar desempenho moderado na escola, não apresentam 
problemas de comportamento, geralmente são crianças e adolescentes quietos e 
passivas. 
 
Se a coerção dos pais for muito forte, podem mostrar hostilidade e agressividade 
contra figuras de autoridade. 
 
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Apresenta piores desempenhos em habilidades sociais, humor instável, pouco 
amigável. 
 
3. Estilo Negligente 
 
São considerados pais ausentes. Deixam a criança fazer o que bem quiser; este 
estilo parental geralmente é o que tem mais efeitos negativos sobre as crianças, 
porque elas não recebem a atenção de que precisam para se desenvolverem como 
adultos completos. 
 
Sem tolerâncias e aborrecem-se facilmente com o choro natural de um bebê, 
pedidos de uma criança ou adolescentes. 
 
Quando os filhos chegam ao limite ou quando sentem culpa de sua ausência 
podem controlar exageradamente ou punir. 
 
Mantém apenas a satisfação de necessidades básicas (físicas, sociais, 
psicológicas e intelectuais); 
 
Consequências para os filhos: 
Apresentam pior desempenho em todas as áreas; podem ter um desenvolvimento 
atrasado, problemas afetivos e comportamentais. 
 
Este estilo parental correlaciona-se com uso de drogas e álcool, com início 
precoce da vida sexual. 
 
Baixo desempenho acadêmico e baixas habilidades sociais e futuro 
comportamento antissociais (mentir, roubar, agredir, machucar, xingar…). 
 
4. Estilo Participativo 
 
Estes pais conseguem adequar a sua atitude à especificidade da criança, 
(idade/maturidade e motivações). Um pai neste estilo proporciona incentivo e um 
raciocínio minucioso acerca das regras estabelecidas e de outros métodos de 
disciplina preferidos. A supervisão é firme. 
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Há o estabelecimento de normas e limites, num clima de calor afetivo. A 
comunicação é positiva e otimista. 
 
Consequências para os filhos: 
Estas crianças definem-se e são classificadas como mais competentes em todos 
os níveis, ou seja, boa autoestima, habilidades sociais, otimistas, bom 
desempenho acadêmico e desenvolvimento de resiliência (que representa a 
capacidade de resistir a privações, dificuldades, doenças). 
 
Em síntese, o estudo dos estilos parentais divide as relações entre pais e filhos 
(de qualquer idade) em quatro tipos básicos: 
 
• participativo (centrado na relação e socialização do filho); 
• negligente (pais ausentes); 
• autoritário (centrado nos pais); 
• permissivo (centrado no filho). 
 
O ser humano nasce totalmente dependente de cuidados, com isso recebe a 
influência direta de seus pais, cuidadores e demais familiares. A família constitui 
o primeiro núcleo social da criança, proporcionando seu processo de 
socialização. Assim, se torna interessante fazer uma reflexão acerca do estilo 
parental adotado em sua casa e pensar de que forma este afeta o seu filho ou 
filha. 
 
É importante acima de tudo valorizar a negociação e a expressão dos afetos, que 
tantas vezes é esquecida, desvalorizada e inexistente! 
 
Irani Maas Marques – Mestre em Educação, Coordenadora Regional da Escola de 
Pais para o Vale do Itajaí, Associada da Escola de Pais – Seccional de Timbó. 
 
REFERÊNCIAS 
Revista do 50° Congresso Nacional e 2° Congresso Internacional da Escola de Pais 
do Brasil. 
http://www.education.com acesso em 15/02/2014. 
 
http://www.teapoio.com.br/
http://www.education.com/
 
 
 
Instituto TeApoio | www.teapoio.com.br | (21) 96781-7786 | eu@teapoio.com.br 
 MUNCHING, P. V; Katz B. Na real, a culpa é dos seus pais, Ed. Academia de 
inteligência, 2008. São Paulo. p. 25. 
Publicado na Revista Escola de Pais do Brasil – Seccionais de Biguaçu e São José, 
nº 5, junho de 2014, p. 2130. 
http://www.teapoio.com.br/

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