Prévia do material em texto
RHEMABRASIL MÓDULO 1AAL IA NÇ A DE S AN GU E 3 aliança de sangue A palavra “Aliança” é uma palavra que tem perdido o sig- nificado e a importância na sociedade atual. Nos tempos bí- blicos, essa mesma palavra envolvia promessa, compromis- so, fidelidade e lealdade constante até a morte. Uma Aliança era sagrada e não era ligeiramente iniciada pelas partes envolvidas. Além disso, uma pessoa era boa conforme suas palavras de Aliança. Em uma sociedade em que acordos na- cionais, contratos de negócios e contratos de casamentos estão debaixo de pressão e ataque, na qual pessoas estão quebrando contratos, traz grande alegria e conforto saber que Deus é um Deus que faz Aliança e que a mantém e a guarda (ver Romanos 1:31). A Bíblia revela vários tipos de alianças, feitas por vá- rios motivos: para proteção, por lealdade e até mesmo para delimitar a forma de servidão que seria estabelecida. Igual- mente, eram feitas alianças entre homens, entre famílias e entre nações. Nesta apostila estudaremos as alianças entre Deus e o homem, e como elas se relacionam conosco. Visto que a nos- sa Bíblia é dividida em Antiga e Nova Aliança e o conheci- mento de que Jesus veio para estabelecer uma Nova e Eterna Aliança, entendemos ser vital o conhecimento das alianças para compreendermos o plano de Deus para a humanidade ao longo das eras (ver Lucas 22:20 e Hebreus 8:6). Romanos 1:31 – “... insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.” Lucas 22:20 – “Se- melhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.” Hebreus 8:6 –”Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais exce- lente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.” ALIANÇA DE SANGUE 4 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a DEFINIÇÕES Berith (Hebraico): cortar; acordo, aliança, compromisso — Referência Strong. Entre outras formas de linguagem antropomórfica nas Es- crituras, encontramos o termo “pacto”. A palavra é usada para designar a maneira de Deus tratar com o homem e de entrar em alianças com ele; ou então somente entre seres humanos. O termo hebraico envolvido é berith, que signi- fica “corte”. Como o sentido de pacto deriva-se desse verbo, não é bem claro. Talvez se deva ao costume de compartilhar alimentos, em uma refeição, por ocasião do estabelecimen- to de um pacto, nos dias antigos. Porém, também se con- jectura que o termo hebraico envolvido esteja relacionado às ideias de “algemas”, de “decidir”, de “aquinhoar”, median- te diversas conjecturas etimológicas. Ou então “cortar um acordo” era simplesmente uma expressão idiomática para “estabelecer um acordo”. — R. N. Champlin O fato é que, muitas vezes, ao se “cortar uma aliança” um animal era imolado, seu sangue derramado e seu corpo divi- dido em duas partes. Diatheke (grego): disposição; arranjo de qualquer natureza que se espera que seja válido, última disposição que alguém faz de suas posses terrenas depois de sua morte, testamento ou von- tade; pacto, acordo, testamento — Referência Strong. O QUE É ALIANÇA A palavra “aliança” na Bíblia refere-se a um acordo ou contrato entre homens ou entre Deus e o homem. Nas Escri- turas, descobrimos que os homens por várias vezes fizeram alianças uns com os outros em relação a várias matérias (ver Gênesis 21:27, 31-32 e Lucas 22:5). De fato em muitas culturas ainda se vê essa prática. Nor- malmente acompanhada por vários rituais que evidenciam o que se está contratando. Algumas dessas práticas são encon- tradas também nas Escrituras, mas não temos como estabe- lecer uma doutrina da necessidade de todas elas. São elas: Gênesis 21:27, 31- 32 – “Tomou Abraão ovelhas e bois e deu-os a Abimeleque; e fizeram ambos uma aliança... Por isso, se chamou aquele lugar Berseba, porque ali juraram eles ambos. Assim, fizeram aliança em Berseba; levantaram- se Abimeleque e Ficol, comandante do seu exército, e voltaram para as terras dos filisteus.” Lucas 22:5 – “Então, eles se alegraram e combinaram em lhe dar dinheiro.” 5 aliança de sangue • Trocando capas – Significando um oferecimento da própria vida (ver 1 Samuel 18:3-4). • Trocando os cintos das armas – Significando um ofe- recimento da força (Idem). • Cortando a aliança – Um animal era sacrificado e dividido em duas partes. Então os contratantes da aliança andavam em forma de oito em volta das par- tes (ver Gênesis 15:17). Tendo Deus como testemunha, assumem a responsabi- lidade de serem feitos como aquele animal caso falhem em cumprir a promessa da aliança. • Cortando o braço ou da palma da mão, com as mãos dos contratantes unidas para que corra sangue e haja mistura, então o sangue misturado era bebido por ambos (não há paralelo claro nas Escrituras). • Trocando os Nomes (ver Gênesis 17:15). • Fazendo uma cicatriz permanente como testemunho da aliança (Gênesis 17:10). • Dando os termos da aliança; oferecendo os próprios bens, trocam promessas por juramentos (ver Gênesis 22:16 e Salmos 105:9). “Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mes- mo, dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei. E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa. Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de toda contenda. Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firme- mente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que, median- te duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hebreus 6:13-20). 1 Samuel 18:3-4 – “Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma. Despojou- -se Jônatas da capa que vestia e a deu a Davi, como também a armadu- ra, inclusive a espada, o arco e o cinto.” Gênesis 15:17 – “Su- cedeu que, posto o sol, houve densas trevas; e eis um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pedaços.” Gênesis 17:15 – “Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara.” Gênesis 17:10 – “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado.” Gênesis 22:16 – “... e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o Senhor, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho.” Salmos 105:9 – “... da aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque.” 6 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a • Comendo a ceia da celebração com pão e vinho, que representam o corpo e o sangue, que naquela cultura fala da vida que mantém a carne (ver Gênesis 14:18). “Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado gra- ças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videi- ra, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai. E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras” (Mateus 26:26-30). • Erigindo um memorial (pode ser uma árvore ou um altar de pedras): “... e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim” (1 Coríntios11:24,25). “Vem, pois; e façamos aliança, eu e tu, que sirva de teste- munho entre mim e ti. Então, Jacó tomou uma pedra e a erigiu por coluna. E disse a seus irmãos: Ajuntai pedras. E tomaram pedras e fizeram um montão, ao lado do qual comeram. Chamou-lhe Labão Jegar-Saaduta; Jacó, porém, lhe chamou Galeede. E disse Labão: Seja hoje este montão por testemunha entre mim e ti; por isso, se lhe chamou Galeede” (Gênesis 31:44-48). Em todo caso na Bíblia, quando uma Aliança era instituí- da entre Deus e o Homem, Deus é visto como o iniciador. O homem não veio para Deus com uma proposta de buscar a aprovação Dele, ao contrário, Deus veio para o homem decla- rando Sua vontade e buscando a sua aderência. Uma Aliança é um contrato entre Deus e o homem, re- digido por Deus e oferecido ao homem. O homem pode ou aceitá-la ou rejeitá-la, mas não pode mudá-la. Contudo, o uso de “Aliança” na Bíblia nem sempre contém a ideia de obriga- ções associadas, mas pode significar uma obrigação compro- metida por uma pessoa só (ver Romanos 15:8). Gênesis 14:18 – “Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo;” Romanos 15:8 – “Digo, pois, que Cristo foi constituído ministro da circuncisão, em prol da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos nossos pais.” 7 aliança de sangue “E digo isto; uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha desfazer a promes- sa. Porque, se a herança provém da lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu” (Gálatas 3:17-18). Contrato Contrato (do latim – contractus) é o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, sobre objeto lícito e possível, com o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos. Deus Propõe, Faz e Guarda as Alianças (ver Salmos 89:28, 34) Sendo um acordo interpessoal, as Alianças entre Deus e o homem têm sua origem em Deus. E só Ele tem o entendi- mento, a autoridade e habilidade para torná-las efetivas. E o que sempre o motivava a iniciar as Alianças com o Homem era Seu coração e Sua natureza. As Alianças são as maiores manifestações do amor, da graça e misericórdia de Deus. Deus estabeleceu sua Aliança com Noé (Gênesis 6:18). Ele fez uma Aliança com Abraão (Gênesis 15:18; 17.2). Deus fez uma Aliança com Davi (2 Samuel 23:5). Ele prometeu fa- zer uma Nova Aliança com a Casa de Israel e com a Casa de Judá (Jeremias 31:31-34). Sempre por iniciativa própria. Deus revela Sua fidelidade guardando a Aliança que Ele faz. Quando Ele faz uma Aliança, Ele mesmo não a esquece nem se torna negligente, pois sempre cumpre os compromis- sos que faz (ver 2 Crônicas 6:14; Deuteronômio 7:9; Números 23:19 e 2 Timóteo 2:13). “Dá sustento aos que o temem; lembrar-se-á sempre da sua aliança. Manifesta ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações. As obras de suas mãos são verdade e justiça; fiéis, todos os seus preceitos. Estáveis são eles para todo o sempre, instituídos em fide- lidade e retidão. Enviou ao seu povo a redenção; estabele- ceu para sempre a sua aliança; santo e tremendo é o seu nome” (Salmos 111:5-9). Salmos 89:28, 34 – “Conservar-lhe-ei para sempre a minha graça e, firme com ele, a minha aliança... Não violarei a minha aliança, em modificarei o que os meus lábios proferiram.” 2 Crônicas 6:14 – “E disse: Ó Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu, nos céus e na terra, como tu que guardas a aliança e a misericórdia a teus servos que de todo o coração andam diante de ti.” Deuteronômio 7:9 – “Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos.” Números 23:19 – “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arre- penda. Porventura, tendo ele prometido (aliança), não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” 2 Timóteo 2:13 – “Se somos infiéis, ele perma- nece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.” 8 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a Três Razões Para se Fazer Uma Aliança • Proteção – Onde o mais fraco busca proteção do mais forte: “Porque Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá e edificou a Ramá, para que a ninguém fosse permitido sair de junto de Asa, rei de Judá, nem chegar a ele. Então, Asa tomou toda a prata e ouro restantes nos tesouros da Casa do Senhor e os tesouros da casa do rei e os entregou nas mãos de seus servos; e o rei Asa os enviou a Ben-Hadade, filho de Tabrimom, filho de Heziom, rei da Síria, e que habitava em Damasco, dizendo: Haja aliança entre mim e ti, como houve entre meu pai e teu pai. Eis que te mando um presente, prata e ouro; vai e anula a tua aliança com Baasa, rei de Israel, para que se retire de mim. Ben-Hadade deu ouvidos ao rei Asa e enviou os capitães dos seus exércitos contra as cidades de Israel; e feriu a Ijom, a Dã, a Abel-Bete-Maaca e todo o distrito de Quinerete, com toda a terra de Naftali. Ouvindo isso, Baasa deixou de edificar a Ramá e ficou em Tirza” (1 Reis 15:17-21). • Igualdade – Para se assegurar que haverá respeito mútuo: “Então, respondeu Labão a Jacó: As filhas são minhas filhas, os filhos são meus filhos, os rebanhos são meus rebanhos, e tudo o que vês é meu; que posso fazer hoje a estas minhas filhas ou aos filhos que elas deram à luz? Vem, pois; e façamos aliança, eu e tu, que sirva de testemunho entre mim e ti. Então, Jacó tomou uma pedra e a erigiu por coluna. E disse a seus irmãos: Ajuntai pedras. E tomaram pedras e fizeram um montão, ao lado do qual comeram. Chamou-lhe Labão Jegar-Saaduta; Jacó, porém, lhe chamou Galeede. E disse Labão: Seja hoje este montão por testemunha entre mim e ti; por isso, se lhe chamou Galeede e Mispa, pois disse: Vigie o Senhor entre mim e ti e nos julgue quando estivermos separados um do outro. Se maltratares as minhas filhas e tomares outras mulheres além delas, não estando ninguém conosco, atenta que Deus é testemunha entre mim e ti. Disse mais Labão a Jacó: Eis aqui este montão e esta coluna que levantei entre mim e ti. Seja o montão testemunha, e seja a coluna testemunha de que para mal não passarei o montão para lá, e tu não passarás o mon- tão e a coluna para cá. O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus do pai deles, julgue entre nós. E jurou Jacó pelo Temor de Isaque, seu pai” (Gênesis 3:43-53). 9 aliança de sangue • Amor e Devoção – Para estabelecer a devoção e o amor, assegurando a amizade ou o casamento (ver 1 Samuel 18:3). O propósito geral para se fazer (cortar) uma alian- ça é prover um firme senso de compromisso para com um relacionamento interpessoal. A força das alianças huma- nas é percebida na aliança de Josué com os Gibeonitas (Josué 9:1-27) e na aliança de Zedequias com Nabucodonosor (Ezequiel 17:11-21). “Palavra que do Senhor veio a Jeremias, depois que o rei Zedequias fez aliança com todo o povo de Jerusalém, para lhes apregoar a liberdade: e cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua serva, hebreu ou hebréia, de maneira que ninguém retivesse como escravos hebreus, seus irmãos. Todos os príncipes e todo o povo que haviam entrado na aliança obedeceram, despedindo forro cada um o seu servo e cada um a sua serva, de maneira que já não os retiveram como escravos; obedeceram e os despediram. Mas depois se arrependeram, e fizeram voltar os servos e as servas que haviam despedido forros, e os sujeitaram por servos e por servas. Veio, pois, a palavra do Senhor a Jeremias, da parte do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Eu fiz aliança com vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, da casa da servidão, dizendo: Ao fim de sete anos, libertareis cada um a seu irmão hebreu, que te for vendido a ti e te houver servido seis anos, e despedi-lo-ás forro; mas vossos pais não me obedeceram, nem inclinaram os seus ouvidos a mim. Não hámuito, havíeis voltado a fazer o que é reto perante mim, apregoando liberdade cada um ao seu próximo; e tínheis feito perante mim aliança, na casa que se chama pelo meu nome; mudastes, porém, e profanastes o meu nome, fazendo voltar cada um o seu servo e cada um, a sua serva, os quais, deixados à vontade, já tínheis despe- dido forros, e os sujeitastes, para que fossem vossos servos e servas. Portanto, assim diz o Senhor: Vós não me obede- cestes, para apregoardes a liberdade, cada um a seu irmão e cada um ao seu próximo; pois eis que eu vos apregoo a liberdade, diz o Senhor, para a espada, para a peste e para a fome; farei que sejais um espetáculo horrendo para to- dos os reinos da terra. Farei aos homens que transgrediram a minha aliança e não cumpriram as palavras da aliança que fizeram perante mim como eles fizeram com o bezerro que dividiram em duas partes, passando eles pelo meio das duas porções” (Jeremias 34:8-18). 1 Samuel 18:3 –”Jô- natas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma.” 10 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “Então, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Dize agora à casa rebelde: Não sabeis o que significam estas coisas? Dize: Eis que veio o rei da Babilônia a Jerusalém, e tomou o seu rei e os seus príncipes, e os levou consigo para a Babilônia; tomou um da estirpe real e fez alian- ça com ele; também tomou dele juramento, levou os po- derosos da terra, para que o reino ficasse humilhado e não se levantasse, mas, guardando a sua aliança, pudesse subsistir. Mas ele se rebelou contra o rei da Babilônia, enviando os seus mensageiros ao Egito, para que se lhe mandassem cavalos e muita gente. Prosperará, escapará aquele que faz tais coisas? Violará a aliança e escapará? Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, no lugar em que habita o rei que o fez reinar, cujo juramento desprezou e cuja aliança violou, sim, junto dele, no meio da Babilônia será morto. Faraó, nem com grande exército, nem com nu- merosa companhia, o ajudará na guerra, levantando tran- queiras e edificando baluartes, para destruir muitas vidas. Pois desprezou o juramento, violando a aliança feita com aperto de mão, e praticou todas estas coisas; por isso, não escapará. Portanto, assim diz o Senhor Deus: Tão certo como eu vivo, o meu juramento que desprezou e a minha aliança que violou, isto farei recair sobre a sua cabeça. Estenderei sobre ele a minha rede, e ficará preso no meu laço; levá-lo-ei à Babilônia e ali entrarei em juízo com ele por causa da rebeldia que praticou contra mim. Todos os seus fugitivos, com todas as suas tropas, cairão à espada, e os que restarem serão espalhados a todos os ventos; e sabereis que eu, o Senhor, o disse” (Ezequiel 17:11-21). Aqueles que entram em aliança obrigam a si mesmos a se relacionarem como provedores, e isso com um forte senso de segurança. Isso é nitidamente ilustrado na Alian- ça de Casamento que foi instituída por Deus para ser um modelo de suas Alianças. Deus odeia o divórcio porque anula uma aliança, destrói o propósito dela e não reflete precisamente o caráter irrevogável das alianças pelo qual o homem está redimido: “E perguntais: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. Não fez o Senhor um, mesmo que havendo nele um pouco de espírito? E por que somente um? Ele busca- va a descendência que prometera. Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua 11 aliança de sangue mocidade. Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis” (Malaquias 2:14-16). O propósito específico das Alianças Divinas é que elas se- jam o veículo da expressão da vontade e do propósito gracio- so de Deus para o homem. Elas constituem também o modo eficaz pela qual Sua vontade e propósito são cumpridos. Três Bases Para o Estabelecimento de Uma Aliança • Pelo Chamar – Deus é quem chama. “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua paren- tela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engran- decerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:1-3). “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa” (Hebreus 11:8-11). “Então, lhe perguntou o sumo sacerdote: Porventura, é isto assim? Estêvão respondeu: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e lhe disse: Sai da tua terra e da tua parentela e vem para a terra que eu te mostrarei. Então, saiu da terra dos caldeus e foi habitar em Harã. E dali, com a morte de seu pai, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais. Nela, não lhe deu herança, nem sequer o espaço de um pé; mas prometeu dar-lhe a posse dela e, depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho. E falou Deus que a sua descendência seria peregrina em terra estrangeira, onde 12 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a seriam escravizados e maltratados por quatrocentos anos; eu, disse Deus, julgarei a nação da qual forem escravos; e, depois disto, sairão daí e me servirão neste lugar. Então, lhe deu a aliança da circuncisão; assim, nasceu Isaque, e Abraão o circuncidou ao oitavo dia; de Isaque procedeu Jacó, e deste, os doze patriarcas” (Atos 7:1-8). “Tu és o Senhor, o Deus que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão. Achas- te o seu coração fiel perante ti e com ele fizeste aliança, para dares à sua descendência a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos ferezeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e cumpriste as tuas promessas, porquanto és justo” (Neemias 9:7-8). • Pelo entrar – O homem faz a escolha de aceitar. Ou seja, Deus mesmo entrou em uma Aliança, Ele pode requerer ao homem que entre naquela Aliança. O ho- mem não pode fazer o que só Deus pode fazer, mas Deus não fará o que o homem deve fazer. O homem tem a responsabilidade de se comprometer comple- tamente com a Aliança que Deus o chama a entrar, isto ele faz pela fé e obediência. Israel falhou em en- trar na Aliança da terra por causa da incredulidade e desobediência (ver Deuteronômio 20:12; Hebreus 11:8; Jeremias 34:10 e Ezequiel 16:8). “Quando saíres à peleja contra os teus inimigos e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu, não os temerás; pois o Senhor, teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, está contigo. Quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, e dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje, vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; que não desfaleça o vosso coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar. Os oficiais falarão ao povo, dizendo: Qual o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, torne-se para casa, para que não morra na peleja, e outrem a consagre. Qual o homem que plantou uma vinha e ainda não a desfru- tou? Vá, torne-se para casa, para que não morra na peleja, e outrem a desfrute. Qual o homem que está desposado com alguma mulher e ainda não a recebeu? Vá, torne-se para casa, paraque não morra na peleja, e outro homem a receba. E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo: Deuteronômio 20:12 – “Porém, se ela não fizer paz contigo, mas te fizer guerra, então, a sitiarás.” Hebreus 11:8 – “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.” Jeremias 34:10 – “Todos os príncipes e todo o povo que haviam entrado na aliança obedeceram, despedindo forro cada um o seu servo e cada um a sua serva, de maneira que já não os retiveram como escravos; obedeceram e os despediram.” Ezequiel 16:8 – “Passando eu por junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas do meu manto e cobri a tua nudez; dei-te juramento e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus; e passaste a ser minha.” 13 aliança de sangue Qual o homem medroso e de coração tímido? Vá, torne- -se para casa, para que o coração de seus irmãos se não derreta como o seu coração. Quando os oficiais tiverem falado ao povo, designarão os capitães dos exércitos para a dianteira do povo. Quando te aproximares de alguma cidade para pelejar contra ela, oferecer-lhe-ás a paz. Se a sua resposta é de paz, e te abrir as portas, todo o povo que nela se achar será sujeito a trabalhos forçados e te servi- rá. Porém, se ela não fizer paz contigo, mas te fizer guerra, então, a sitiarás. Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o Senhor, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus es- tatutos, e os seus juízos, então, viverás e te multiplicarás, e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra à qual passas para possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual vais, passando o Jordão, para a possuíres. Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendên- cia, amando o Senhor, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó” (Deuteronômio 20:1-12; 30:15-20). “Porque assim diz o Senhor: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, darei na minha casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. Aos estrangeiros que se chegam ao Senhor, para o servirem e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança” (Isaías 56:4-6). Pelo guardar – As duas partes se comprometem em cum- prir os termos (mais adiante veremos isso nos juramentos e termos da aliança). Deus é um Deus que guarda a aliança, e assim requer que o homem “guarde a aliança”. Guardar a aliança é lembrá-la e continuamente cumprir os seus termos. Isso é o que Deus faz e também deve o homem fazer (ver Jeremias 31:32; Hebreus 8:9 e Salmos 111:5). Jeremias 31:32 – “Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor.” Hebreus 8:9 – “Não se- gundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continua- ram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor.” Salmos 111:5 – “Dá sustento aos que o temem; lembrar-se-á sempre da sua aliança.” 14 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “Guardai, pois, as palavras desta aliança e cumpri-as, para que prospereis em tudo quanto fizerdes... Aquele que disse a seu pai e a sua mãe: Nunca os vi; e não conheceu a seus irmãos e não estimou a seus filhos, pois guardou a tua pa- lavra e observou a tua aliança” (Deuteronômio 29:9, 33:9). “Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternida- de, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos, para com os que guardam a sua aliança e para com os que se lembram dos seus preceitos e os cumprem” (Salmos 103:17-18). “... então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne. O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra” (Gênesis 9:15-16). Ou seja, uma aliança é uma convenção expressa (acor- do); consiste em palavras que são verbalizadas e escritas por ambas as pessoas. Comprometidos com as palavras de cada um da aliança estão os termos e as promessas. Também com a possibilidade de um juramento e um Livro. AS ALIANÇAS DIVINAS • Aliança Edênica – Feita com o homem no Éden antes da queda • Aliança Adâmica – Primeira aliança após a queda • Aliança Noética • Aliança Abraâmica • Aliança Mosaica • Aliança Palestínica • Aliança Davídica • Nova Aliança Promessa (ver Efésios 2:12 e Hebreus 8:6) Como vimos anteriormente, o apóstolo Paulo chama as alianças de “alianças da promessa”, e a Nova Aliança foi ba- Efésios 2:12 – “Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.” Hebreus 8:6 – “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediado de superior aliança instituída com base em superiores promessas.” 15 aliança de sangue seada nas suas superiores promessas. Todo o ritual e com- prometimento que a aliança traz visa assegurar as promessas feitas. Deus quis prometer coisas aos homens, e para mostrar a seriedade do Seu propósito em cumprir essa promessa Ele fazia então as alianças. Algo que temos de entender também é que as alianças e dispensações revelam a evolução da revelação de Deus no relacionamento com o homem. Essa evolução vai da Queda no Éden até a plena redenção no Reino Milenar de Jesus Cristo. A cada aliança Deus dispensava uma nova promessa ao homem. Mas Deus também chamava o homem a uma responsabi- lidade maior fazendo eventualmente promessas de maldição, caso a aliança fosse violada. Vale lembrar que o homem já es- tava debaixo de maldição por causa do pecado, e as alianças davam ao homem a chance de quebrar esse processo, mas se ele violasse a aliança voltaria a estar na maldição e poderia perder coisas conquistadas pela aliança feita. Por assim dizer, a aliança permitia e obrigava Deus a abençoar cada vez mais a humanidade. Vejamos algumas promessas de aliança: • O descendente de Mulher (ver Gênesis 3:15) • A não destruição (ver Gênesis 9:11) • Proteção e galardão (Gênesis 15:1) • Posse da terra prometida (Deuteronômio 8:1) • Reino eterno (2 Samuel 7:16-17) JURAMENTO A consolidação de uma aliança está nos juramentos fei- tos, nos sacrifícios de sangue e também nos dados termos de como se cumpriria a aliança. Quando os homens faziam aliança, chamavam Deus para ser testemunha entre eles da mesma e assumiam o compromisso de que Deus poderia fa- zer o que quisesse com eles caso falhassem em guardá-la (ver 1 Reis 2:23). Gênesis 3:15 – “Porei inimizade entre ti (ser- pente) e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gênesis 9:11 – “Esta- beleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra.” Gênesis 15:1 – “Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão,numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande.” Deuteronômio 8:1 – “Cuidareis de cumprir todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o Senhor prometeu sob juramento a vossos pais.” 2 Samuel 7:16-17 – “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre. Segundo todas estas palavras e conforme toda esta visão, assim falou Natã a Davi.” 1 Reis 2:23 – “Então, jurou o rei Salomão pelo Senhor, dizendo: Deus me faça o que lhe aprouver se não falou Adonias esta pa- lavra contra a sua vida.” 16 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a É por esse motivo que em algumas alianças existe a prá- tica de se imolar um animal e dividir o seu corpo em duas partes, pois no momento do juramento os contratantes di- ziam, enquanto contornavam as metades do animal diante de Deus, que seriam como aquele animal morto caso descum- prissem a aliança (ver Mateus 14:9). Um juramento é uma solene confirmação em apoio a alguma declaração, ou então uma promessa, reforçada por um apelo a Deus, a alguma coisa sagrada, a alguma elevada autori- dade, a alguma testemunha que garanta a sinceridade e a intenção de quem jurou que cumprirá a sua declaração. — Dicionário Champlin “Eis as coisas que deveis fazer: falai a verdade cada um com o seu próximo, executai juízo nas vossas portas, se- gundo a verdade, em favor da paz; Nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o ju- ramento falso, porque a todas estas coisas eu aborreço” (Zacarias 8:16-17). “Dali subiu para Berseba. Na mesma noite, lhe apareceu o Senhor e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não te- mas, porque eu sou contigo; abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão, meu servo. Então, levantou ali um altar e, tendo invocado o nome do Senhor, armou a sua tenda; e os servos de Isaque abriram ali um poço. De Gerar foram ter com ele Abimeleque e seu amigo Ausate e Ficol, comandante do seu exército. Disse-lhes Isa- que: Por que viestes a mim, pois me odiais e me expulsas- tes do vosso meio? Eles responderam: Vimos claramente que o Senhor é contigo; então, dissemos: Haja agora jura- mento entre nós e ti, e façamos aliança contigo. Jura que nos não farás mal, como também não te havemos tocado, e como te fizemos somente o bem, e te deixamos ir em paz. Tu és agora o abençoado do Senhor. Então, Isaque lhes deu um banquete, e comeram e beberam. Levantando-se de madrugada, juraram de parte a parte; Isaque os despediu, e eles se foram em paz. Nesse mesmo dia, vieram os servos de Isaque e, dando-lhe notícia do poço que tinham cavado, lhe disseram: Achamos água. Ao poço, chamou-lhe Seba; por isso, Berseba é o nome daquela cidade até ao dia de hoje” (Gênesis 26:23-33). Mateus 14:9 – “Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem.” 17 aliança de sangue Na passagem de Gênesis 31:44-55, Labão e Jacó fazem uma aliança com a promessa de não agressão mútua. Para tal Jacó erigiu um montão de pedras que serviriam de testemu- nho e eles chamaram Deus para servir de testemunha entre eles de que cumpririam aquilo que prometeram. “O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus do pai deles, julgue entre nós. E jurou Jacó pelo Temor de Isaque, seu pai. E ofereceu Jacó um sacrifício na montanha e convidou seus irmãos (de aliança) para comerem pão; comeram pão e passaram a noite com na montanha” (Gênesis 31:53-54). Observe que até este momento, Jacó e Labão não confia- vam um no outro, mas após prometerem e jurarem em alian- ça, sacrificaram e comeram juntos, tinham paz para passarem a noite juntos na montanha. Quebrar um juramento significa atrair maldição para sua vida; quebrar o juramento é quebrar a aliança, e lembre-se sempre de que uma aliança é feita é para ser irrevogável (ver Ezequiel 16:58-59; Daniel 9:11 e Deuteronômio 28:15). Um fato impressionante é que Deus, muito embora sendo fiel e Sua Palavra sendo a verdade, não abre mão de também jurar, como vimos nos textos acima. Os homens juram pelo que lhes é superior, Deus não tem ninguém superior por isso jura por si mesmo, mas também fez alguns rituais, deu termos e assumiu compromissos nas alianças que Ele fez com o ho- mem (ver Salmos 110:4). • Noé (Isaias 54:9-10) – “Porque isto é para mim como as águas de Noé; pois jurei que as águas de Noé não mais inundariam a terra, e assim jurei que não mais me iraria contra ti, nem te repreenderia. Porque os montes se reti- rarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha mise- ricórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o Senhor que se compadece de ti.” • Moisés e Israel (Deuteronômio 6:10) – “Havendo-te, pois o Senhor, teu Deus, introduzido na terra que, SOB JURAMENTO, prometeu a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó, te daria, grandes e boas cidades, que tu não edificastes.” • Davi (Salmos 89:3) – “Fiz aliança com o meu escolhi- do e jurei a Davi, meu servo: para sempre estabelece- rei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração.” Ezequiel 16:58-59 – “As tuas depravações e as tuas abominações tu levarás, diz o Senhor. Porque assim diz o Senhor Deus: Eu te farei a ti como fizeste, pois desprezaste o juramento, invalidando a aliança.” Daniel 9:11 – “Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se para não obedecer à tua voz; por isso, a maldição e as imprecações que estão escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós, porque temos pecado contra ti.” Deuteronômio 28:15 – “Será, porém, que, se não deres ouvidos à vós do Senhor, teu Deus, não cui- dando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão to- das estas maldições sobre ti e te alcançarão.” Salmos 110:4 – “O Senhor jurou e não se ar- rependerá; Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” 18 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a • Nova Aliança (Hebreus 6:13-20) – “Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei. E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a pro- messa. Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento servindo de garantia, para eles, é o fim de toda contenda. Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já cor- remos para o refúgio a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos pó âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” De todas as alianças feitas por Deus, foi na aliança fei- ta com Abraão que vemos o maior número de elementos do juramento. Mais a frente, vamos detalhar melhor o objetivo dessa aliança, por hora vamos atentar para a questão da ga- rantia e do juramento dados por Deus. “Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande. Respondeu Abrão: Senhor Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Elié- zer? Disse mais Abrão: A mim não me concedeste descen- dência, e um servo nascido na minha casa será o meu her- deiro” (Gênesis 15:1-3). No capítulo 12 e 13 de Gênesis, Deus já havia prometido uma descendência a Abrão e se comprometido a fazer uma aliança com ele; depois disso Abrão experimentou algum ní- vel da bênção de Deus, mas agora ele chega ousadamente diante de Deus e pede provas das promessasque Ele vinha fazendo. Então, Deus disse: “A isto respondeu logo o Senhor, dizendo: Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro. Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhes disse: Será assim a tua posteridade. Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça. Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança está terra” (Gênesis 15:4-7). 19 aliança de sangue Vemos Deus reafirmando Sua promessa e Abrão fielmen- te crendo naquilo que o Senhor dizia (Romanos 10:17), então o Senhor faz uma ratificação (Gênesis 12:7) da promessa da terra que pertenceria aos seus descendentes, e ousadamente Abrão exige: “Perguntou-lhe Abrão: Senhor Deus, como saberei que hei de possuí-la?” (Gênesis 15:8). Ao que o Senhor responde: “Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha, uma cabra e um cordeiro, cada qual de três anos, uma rola e um pombinho” (Gênesis 15:9). Abrão sabia o que estava para acontecer, isso já era co- mum em sua cultura, Deus estava vindo até o nível que Abrão podia entender (ver Gênesis 15:10-11). Então o Senhor entrou em cena: “Ao pôr-do-sol, caiu profundo sono sobre Abrão, e grande pavor e cerradas trevas o acometeram; então, lhe foi dito (termos): Sabe, com certeza que a tua posteridade será pe- regrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com gran- des riquezas. Tu irás para os teus pais em paz; serás sepul- tado em ditosa velhice. Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus. E sucedeu que, porto o sol, houve densas trevas; e eis um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pedaços. Naquele mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abrão, dizendo (promessa): À tua des- cendência dei esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates” (Gênesis 15:12-18). Ao fazer o juramento Deus se obriga a cumprir as promessas. TERMOS Em qualquer acordo entre duas partes envolvidas são necessárias certas condições sobre as quais as promessas se- rão cumpridas na parte da aliança e daquele que é aliançado. Quando olhamos a seriedade dos textos sobre juramento fica evidente que obediência é algo que não pode ser ignorado, ao olharmos mais a fundo perceberemos também que a obe- diência é um resultado da fé nas promessas e juramentos feitos. Como já dissemos, as alianças entre Deus e o homem são sempre iniciadas em Deus. Ele graciosamente vem, pro- Gênesis 15:10-11 – “Ele, tomando todos estes animais, partiu-os pelo meio e lhes pôs em ordem as metades, umas defronte das outras; e não partiu as aves. Aves de rapina desciam sobre os cadáveres, porém Abrão as enxotava.” 20 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a mete e jura coisas aos homens, o homem pode ou não entrar na aliança, mas entrando deve se submeter aos termos dela com obediência e fé para com a promessa de Deus. O caminho para introduzir-se na relação pactual é tam- bém o caminho pelo qual ela é mantida, isto é, fé e obe- diência (ver Hebreus 5:9; Hebreus 4:11; Gênesis 22:18; 26:5; Êxodo 19:5 e Deuteronômio 11:27). “O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o cora- ção de tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas. O Senhor, teu Deus, porá todas estas maldições sobre os teus inimigos e sobre os teus aborrecedores, que te per- seguiram. De novo, pois, darás ouvidos à voz do Senhor; cumprirás todos os seus mandamentos que hoje te orde- no” (Deuteronômio 30:6-8). “Porque nada falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de ho- locaustos ou sacrifícios. Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá bem. Mas não deram ouvidos, nem atenderam, porém andaram nos seus próprios conselhos e na dureza do seu coração maligno; andaram para trás e não para diante. Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito até hoje, enviei-vos todos os meus servos, os profetas, todos os dias; começando de madrugada, eu os enviei. Mas não me destes ouvidos, nem me atendestes; endurecestes a cerviz e fizestes pior do que vossos pais. Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas não te responderão. Dir-lhes-ás: Esta é a nação que não atende à voz do Senhor, seu Deus, e não aceita a disciplina; já pere- ceu, a verdade foi eliminada da sua boca... Palavra que veio a Jeremias, da parte do Senhor, dizendo: Ouve as palavras desta aliança e fala aos homens de Judá e aos habitantes de Jerusalém; dize-lhes: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Maldito o homem que não atentar para as palavras desta aliança, que ordenei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, da fornalha de ferro, dizendo: dai ouvidos à minha voz e fazei tudo segundo o que vos mando; assim, vós me sereis a mim por povo, e eu vos serei a vós outros por Deus; para que confirme o juramento que fiz a vossos pais de lhes dar uma terra que manasse leite e mel, como se vê neste dia. Então, eu respondi e disse: amém, ó Senhor! Tor- Hebreus 5:9 – “E, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.” Hebreus 4:11 – “Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.” Gênesis 22:18; 26:5 – “Nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz ... porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.” Êxodo 19:5 – “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha.” Deuteronômio 11:27 – “A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos ordeno.” 21 aliança de sangue nou-me o Senhor: Apregoa todas estas palavras nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, dizendo: Ouvi as palavras desta aliança e cumpri-as. Porque, deveras, adverti a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, até ao dia de hoje, testemunhando desde cedo cada dia, dizendo: dai ouvidos à minha voz. Mas não atenderam, nem inclinaram o seu ouvido; antes, andaram, cada um, segundo a dureza do seu coração maligno; pelo que fiz cair sobre eles todas as ameaças desta aliança, a qual lhes ordenei que cumprissem, mas não cumpriram. Disse-me ainda o Senhor: Uma conspi- ração se achou entre os homens de Judá, entre os habitantes de Jerusalém. Tornaram às maldades de seus primeiros pais, que recusaram ouvir as minhas palavras; andaram eles após outros deuses para os servir; a casa de Israel e a casa de Judá violaram a minha aliança, que eu fizera com seus pais” (Jeremias 7:22-28; 11:1-10). “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. Entretanto, rei- nou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir. Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofen- sa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação. Se, pela ofensa de um e pormeio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo so- bre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobe- diência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a gra- ça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 5:12-21). 22 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a Antes de vermos os variados termos que Deus exigiu em aliança com os homens precisamos primeiro entender os ti- pos de aliança feitos entre Deus e os homens: Tipos de Aliança Quando falamos de “tipos” de aliança, estamos abordan- do basicamente duas abrangências, que são: eterna ou tem- poral e condicional ou incondicional. • Eternas – Por aliança eterna ou irrevogável se entende que ela dura para sempre. Essas alianças podem ter ele- mentos temporais, como por exemplo, a circuncisão, que durou até Cristo, mas a aliança feita com Abraão é eterna (leia também Gênesis 15): “Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos des- cendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-ro- gar, de forma que venha a desfazer a promessa. Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão. Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um. É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na ver- dade, seria procedente de lei. Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que creem. Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos re- vestistes” (Gálatas 3:15-29). 23 aliança de sangue “Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segun- do a carne? Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Ora, ao que trabalha, o salário não é consi- derado como favor, e sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça. E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atri- bui justiça, independentemente de obras: Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado. Vem, pois, esta bem-aventuran- ça exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça. Como, pois, lhe foi atribuída? Estando ele já circuncidado ou ainda incircunciso? Não no regime da circuncisão, e sim quando incircunciso. E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos os que creem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça, e pai da circuncisão, isto é, daqueles que não são apenas circuncisos, mas também andam nas pisadas da fé que teve Abraão, nosso pai, antes de ser cir- cuncidado” (Romanos 4:1-12). • Uma aliança eterna também pode ter elementos condi- cionais, em que descendentes daquele que fez a aliança não cumprem condições estabelecidas na aliança, anu- lando-as assim em sua vida, mas não anulando o cumpri- mento da promessa de uma forma geral. Em outras pala- vras, a desobediência pode anular as bênçãos na vida de alguém, mas a promessa não foi revogada. Nesse ponto, vemos que a aliança feita com o povo de Israel para a posse da terra da palestina foi anulada por um tempo pela desobediência do povo, mas será plenamente cum- prida em Cristo (leia 2 Reis 25). “Assim como o Senhor se alegrava em vós outros, em fa- zer-vos bem e multiplicar-vos, da mesma sorte o Senhor se alegrará em vos fazer perecer e vos destruir; sereis desar- raigados da terra à qual passais para possuí-la. O Senhor vos espalhará entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da terra. Servirás ali a outros deuses que não conheceste, nem tu, nem teus pais; servirás à madeira e à pedra. Nem ainda entre estas nações descansarás, nem a 24 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a planta de teu pé terá repouso, porquanto o Senhor ali te dará coração tremente, olhos mortiços e desmaio de alma. A tua vida estará suspensa como por um fio diante de ti; terás pavor de noite e de dia e não crerás na tua vida. Pela manhã dirás: Ah! Quem me dera ver a noite! E, à noitinha, dirás: Ah! Quem me dera ver a manhã! Isso pelo pavor que sentirás no coração e pelo espetáculo que terás diante dos olhos. O Senhor te fará voltar ao Egito em navios, pelo ca- minho de que te disse: Nunca jamais o verás; sereis ali oferecidos para venda como escravos e escravas aos vossos inimigos, mas não haverá quem vos compre... Quando, pois, todas estas coisas vierem sobre ti, a bênção e a maldição que pus diante de ti, se te recordares delas entre todas as nações para onde te lançar o Senhor, teu Deus; e tornares ao Senhor, teu Deus, tu e teus filhos, de todo o teu coração e de toda a tua alma, e deres ouvidos à sua voz, segundo tudo o que hoje te ordeno, então, o Senhor, teu Deus, mudará a tua sorte, e se compadecerá de ti, e te ajuntará, de novo, de todos os povos entre os quais te havia espalhado o Senhor, teu Deus. Ainda que os teus desterrados estejam para a extremidade dos céus, desde aí te ajuntará o Senhor, teu Deus, e te tomará de lá. O Senhor, teu Deus, te introduzirá na terra que teus pais pos- suíram, e a possuirás; e te fará bem e te multiplicará mais do que a teus pais” (Deuteronômio 28:63-68, 30:1-5). “Assim diz o Senhor: Logo que se cumprirem para a Babilô- nia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar. Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso res- peito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me acha- reis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Senhor, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exílio” (Jeremias 29:10-14). • Uma Aliança Incondicional é aquela em que Deus obriga a si mesmo a cumprir as promessas da aliança sem fazer caso da resposta do homem. Ela permanece em efeito quer o homem cumpra ou não as condições dela. A força da aliança irrevogável está fundada nas palavras-chave “eu quero (vontade)”.25 aliança de sangue • Temporais – Outras das Divinas Alianças foram apresen- tadas para serem temporais (Gálatas 3:19, Hebreus 9:10). Elas foram feitas para serem limitadas no tempo e não permanentes. Talvez o maior exemplo tenha sido a Alian- ça Mosaica. Os serviços do Tabernáculo, o sistema sacrifi- cial, o sacerdócio e as festas ocasionais compreendendo uma forma externa e temporal da Lei. Esses elementos temporais continuaram a existir em efeito até Cristo os cumprir e os abolir. Porém o conhecimento espiritual e a verdade contida na forma são eternos e permanecem para sempre (Romanos 2:20). Mas tendo implicações eternas e espirituais, as Alianças Temporais são legal- mente limitadas por certo período de tempo. • Árvore do Conhecimento – Obediência. “E o Senhor lhe deu esta ordem: De toda árvore do jar- dim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:16-17). • Adão – Fé e Obediência (ver Gênesis 3:21 e Hebreus 11:4). “Então, lhe disse o Senhor; por que andas irado, e porque descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que será aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o peca- do jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gênesis 4:6-7). • Noé – Fé e Obediência (ver Hebreus 11:7). “Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra... Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis. Certa- mente, requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do ho- mem, sim, da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem. Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem se- gundo a sua imagem” (Gênesis 9:1, 4-6). • Abraão – Fé e Obediência (ver Hebreus 11:8; Romanos 4:3; Gênesis 15:6; Salmos 106:31; Gálatas 3:6). Gênesis 3:21 – “Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” Hebreus 11:4 – “Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve teste- munho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala” Hebreus 11:7 – “Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.” Hebreus 11:8 – “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia rece- ber por herança; e partiu sem saber aonde ia.” Romanos 4:3 – “Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.” Gênesis 15:6 – “Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça.” Salmos 106:31 – “Isso lhe foi imputado por justiça, de geração em geração, para sempre.” Gálatas 3:6 – “É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi impu- tado para justiça.” 26 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “Nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz... porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis” (Gênesis 22:18; 26:5). “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa. Por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar. Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descen- dência; porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figurada- mente, o recobrou” (Hebreus 11:8-19). “Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. Verificais que uma pessoa é jus- tificada por obras e não por fé somente” (Tiago 2:20-24). • Moisés – Lei dos Mandamentos, Levítico. • Palestina – Obediência, amor e zelo pela terra. 27 aliança de sangue “Chamou Moisés a todo o Israel e disse-lhe: Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e Cuideis em os cumprirdes. O Senhor, nosso Deus, fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e sim conosco, todos os que, hoje, aqui estamos vivos” (Deuteronômio 5:1-3). “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passais a possuir... Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração” (Deuteronômio 6:1, 4-6). Já havia na Lei de Moisés, na aliança mosaica, regras so- bre o descanso da terra, que eram compostas de duas: • O ano sabático (a cada 7 anos): “Disse o Senhor a Moisés, no monte Sinai: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra, que vos dou, então, a terra guardará um sábado ao Senhor. Seis anos semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos. Porém, no sétimo ano, haverá sába- do de descanso solene para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo na tua seara não segarás e as uvas da tua vinha não podada não colherás; ano de descanso sole- ne será para a terra. Mas os frutos da terra em descanso vos serão por alimento, a ti, e ao teu servo, e à tua serva, e ao teu jornaleiro, e ao estrangeiro que peregrina contigo; e ao teu gado, e aos animais que estão na tua terra, todo o seu produto será por mantimento” (Levítico 25:1-7). • O ano do jubileu (a cada 49 anos): “Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de ma- neira que os dias das sete semanas de anos te serão quaren- ta e nove anos. Então, no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta vibrante; no Dia da Expiação, fareis passar a trombeta por toda a vossa terra. Santificareis o ano quin- quagésimo e proclamareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família. O ano quinquagésimo vos será jubileu; não semeareis, nem segareis o que nele nascer de si mesmo, nem nele colhereis as uvas das vinhas não po- 28 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a dadas. Porque é jubileu, santo será para vós outros; o produto do campo comereis. Neste Ano do Jubileu, tornareis cada umà sua possessão. Quando venderes alguma coisa ao teu próximo ou a comprares da mão do teu próximo, não oprimas teu ir- mão. Segundo o número dos anos desde o Jubileu, comprarás de teu próximo; e, segundo o número dos anos das messes, ele venderá a ti. Sendo muitos os anos, aumentarás o preço e, sen- do poucos, abaixarás o preço; porque ele te vende o número das messes. Não oprimais ao vosso próximo; cada um, porém, tema a seu Deus; porque eu sou o Senhor, vosso Deus. Obser- vai os meus estatutos, guardai os meus juízos e cumpri-os; assim, habitareis seguros na terra” (Levítico 25:8-18). • Davi – Fé e Obediência (ver Atos 13:22). “O Senhor jurou a Davi com firme juramento e dele não se apartará. Um rebento da tua carne farei subir para o teu trono. Se os teus filhos guardarem a minha aliança e o testemunho que eu lhes ensinar, também os teus filhos se assentarão para sempre no teu trono” (Salmos 132:11-12). • A Nova Aliança – Arrependimento, Fé e Obediência (ver Marcos 1:15; Atos 17:30; Atos 19:4; Gálatas 3:11; Efésios 2:8; Hebreus 10:38; 1 João 2:17). “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e per- guntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos. Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:37-38). “E aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável. Ora, o seu mandamento é este: que creiamos em o nome de seu filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou. E aquele que guarda os seus, mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu” (1 João 3:22-24). “Mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jeru- salém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento. Por causa disto, alguns judeus me prenderam, estando eu no templo, e tentaram matar- -me” (Atos 26:20-21). Atos 13:22 – “E, tendo tirado a este, levantou- lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.” Marcos 1:15 – “Dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” Atos 17:30 – “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam...”. Atos 19:4 – “Disse- lhes Paulo: João realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois dele, a saber, em Jesus.” Gálatas 3:11 – “E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” Efésios 2:8 – “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.” Hebreus 10:38 – “Todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma.” 1 João 2:17 – “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” 29 aliança de sangue “Por isso, pondo de parte os princípios elementares da dou- trina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de batismos e da imposi- ção de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno” (Hebreus 6:1-2). “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé... Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nos- so Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Romanos 1:17, 5.1-2). MEMORIAL O memorial, ou selo da aliança, é um sinal visível da alian- ça para testemunho e memória da aliança feita. Os memoriais eram importantes para manter os contratantes lembrados e conscientes da aliança, além de atingir as próximas gerações, para que a aliança fosse guardada perpetuamente. Já vimos nos textos anteriores muitos dos memoriais feitos nas alianças entre os homens, mas também nas alianças entre Deus e os homens, Deus estabeleceu alguns memoriais. Vejamos. • Arco-íris “Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações, porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra. Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco, então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas ao mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne” (Gênesis 9:12-15). • Circuncisão “Disse mais Deus a Abraão: Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência no decurso das suas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por si- 30 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a nal de aliança entre mim e vós. O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qual- quer estrangeiro, que não for da tua estirpe. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro, a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua. O incircunciso que não for circuncidado na carne de prepúcio, essa vida será exterminada do seu povo; quebrou a minha aliança” (Gênesis 17:9-14). “E, finda esta fala com Abraão, Deus se retirou dele, elevan- do-se. Tomou, pois, Abraão a seu filho Ismael, e a todos os escravos nascidos em sua casa, e a todos os comprados por seu dinheiro, todo macho dentre os de sua casa, e lhes cir- cuncidou a carne do prepúcio de cada um, naquele mesmo dia, como Deus lhe ordenara. Tinha Abraão noventa e nove anos de idade, quando foi circuncidado na carne do seu prepúcio” (Gênesis 17:22-24). “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aque- le que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus...” (Romanos 2:28-29). “Vem, pois, esta bem-aventurança exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça. Como, pois, lhe foi atribuída? Estando ele já circuncidado ou ainda incircunciso? Não no regime da circuncisão, e sim quando incircunciso. E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos os que creem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça, e pai da circun- cisão, isto é, daqueles que não são apenas circuncisos, mas também andam nas pisadas da fé que teve Abraão, nosso pai, antes de ser circuncidado” (Romanos 4:9-12). • Páscoa (e festas) Foi o acontecimento que se deu com a saída do povo do Egito, quando cada família deveria comer um cordeiro de um ano, de acordo com as instruções de Deus, e deveria passar o sangue nos umbrais das portas (Êxodo 12). Na cruz, Jesus cumpre a Páscoa sendo o cordeiro Pascal (ver 1 Coríntios 5:7). 1 Coríntios 5:7 – “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.” 31 aliança de sangue E assim como o povo foi liberto da autoridade de Faraó, em Cristo somos libertos da autoridade de Satanás. Quando a Lei de Moisés foi estabelecida, a Páscoa foi consolidada como festa regular na cultura judaica. Além da páscoa, outras seis celebrações foram estabelecidas por Deuspara que servissem de memorial da obra Dele no meio do povo. Além disso, todas as Festas Judaicas têm um cumpri- mento profético em Cristo. Veja na tabela que virá a seguir (leia Levítico 23). • Ceia “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entre- guei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si” (1 Coríntios 11:23-29). “Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus 26:26-28). “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós” (Lucas 22:19-20). • “Em memória de mim” Em primeiro lugar, a ceia é para memória da obra de Cris- to, até que Ele venha e estabeleça o Seu Reino. 32 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a • “Discernir o corpo” Discernir o corpo fala da comunhão dos santos. Ao co- mer o pão e beber o cálice, que são representações do corpo e do sangue de Cristo — elementos que estudaremos mais profundamente adiante — nos tornamos conscientes de que de fato Ele foi moído por nós e derramou Sua vida para nos restaurar. No entanto, hoje, a Igreja como um todo é o Seu corpo, ou seja, discernimos o corpo físico e o corpo espiritual de Cristo (ver Efésios 1:22-23; Romanos 12:5; 1 Coríntios 12:27 e Efésios 4:16). REGISTRO Quando lemos nossa Bíblia hoje talvez não nos demos conta de que estamos de posse de um Livro da Aliança. Duas alianças entre Deus e o homem foram sistematicamente re- gistradas em livro. A Bíblia hoje é o livro que registra todas essas alianças e toda a revelação de Deus através dos sécu- los, mas ela é dividida em Antiga e Nova Aliança, ou Lei e Gra- ça. Esses dois sistemas foram gravados de formas diferentes para que aqueles que deles participam tenham o registro das promessas, juramentos e termos da aliança. “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, grava- do com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito!” (2 Coríntios 3:6-8). • Tábuas (ver Êxodo 24:12) • Livro da Lei “Moisés escreveu todas as palavras do Senhor e, tendo-se levantado pela manhã de madrugada, erigiu um altar ao pé do monte e doze colunas, segundo as doze tribos de Israel. E enviou alguns jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram ao Senhor holocaustos e sacrifícios pacíficos de novilhos. Moisés tomou metade do sangue e o pôs em ba- cias; e a outra metade aspergiu sobre o altar. E tomou o livro da aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o Efésios 1:22-23 – “E pôs todas as coisas debaixo dos pés e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” Romanos 12:5 – “... assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros.” 1 Coríntios 12:27 – “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.” Efésios 4:16 – “De quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” Êxodo 24:12 – “Então, disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que escrevi, para os ensinares.” 33 aliança de sangue que falou o Senhor faremos e obedeceremos. Então, tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras” (Êxodo 24:4-8). • Nos corações (ver 1 João 2:20) “E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Se- nhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior” (Hebreus 8:8-11). DISPENSAÇÕES Definição: Oikonomos – Administração de um lar ou afa- zeres do lar; a administração, direção, gerência da proprieda- de de outro; administração, dispensação – Referência Strong. Apesar de a palavra dispensação só aparecer no Novo Testamento, o entendimento desse conceito está em toda a Bíblia. Por dispensação se entende aquilo que Deus está con- cedendo ou “dispensando” de Seus recursos em determinado período de tempo. Ao mesmo tempo em que as expressões “era” e “século” falam de períodos de tempo, dispensação fala do que Deus disponibiliza nesses períodos. Ao compreender as dispensações compreenderemos que a Bíblia é uma re- velação progressiva, na qual Deus progressivamente, através das dispensações e alianças, revelou Seu plano e também disponibilizou bênçãos e responsabilidades aos povos com os quais tratava. Cada Aliança feita com o homem permitiu a Deus dispen- sar algum novo recurso à humanidade e revelar algo novo do plano eterno que Ele propôs em Cristo (ver Efésios 1:9-10). 1 João 2:20 – “E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento.” Efésios 1:9-10 – “Des- vendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coi- sas, tanto as do céu, como as da terra.” 34 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil proce- dimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, san- gue de Cristo, conhecido com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos por amor de vós” (1 Pedro 1:18-20). • Revelação Progressiva O judeu, o gentio e a Igreja (ver 1 Coríntios 10:32) Quando lemos a Bíblia percebemos que Deus lidou com diferentes povos de forma específica ao longo do tempo. Ao estudarmos a cronologia bíblica, veremos que Deus tratou por 2 mil anos com os homens e as nações de forma geral, chamadas posteriormente na Bíblia de “nações gentílicas”. Em determinado momento Deus passa a ter um trata- mento específico com os descendentes de Abraão, os israe- litas ou os judeus. Os judeus se tornaram os representantes oficiais de Deus e Sua Palavra, por outros 2 milanos. Vale salientar que em muitos momentos Deus trouxe tratativas específicas para outras nações, e algumas vezes elas serviram de meio pelo qual Deus tratou com Israel. Depois do advento da cruz de Cristo e Sua ressurreição, outro povo passa a ser o representante oficial da Palavra de Deus sobre a terra, a Igreja (ver Gênesis 9:1 e Mateus 16:18). “Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Pode- roso (El Shadday) mas pelo meu nome, O Senhor (Yahwe), não lhes fui conhecido. Também estabeleci a minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de Canaã, a terra em que habitaram como peregrinos” (Êxodo 6:3-4). “Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na car- ne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos manda- mentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, 1 Coríntios 10:32 – “Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus.” Gênesis 9:1 – “Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra.” Mateus 16:18 – “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” 35 aliança de sangue em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconci- liasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto, porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregri- nos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Efésios 2:11-19). (Para um maior aprofundamento deste tópico consulte a aposti- la da matéria Escatologia.) As Sete Dispensações Esses períodos, como já afirmamos, são separados na Bí- blia por alguma mudança no método de Deus lidar com o gênero humano ou parte dele. Em relação a estas duas ques- tões, pecado e responsabilidade do homem, em cada uma das dispensações há um novo recurso de Deus sendo oferecido que não o era anteriormente; elas também podem ser consi- deradas como um novo teste da natureza humana, cada uma terminando em julgamento do homem. Cinco dessas dis- pensações ou períodos foram cumpridos; estamos vivendo a sexta, provavelmente próximos de seu final, e temos à nossa frente a sétima e última dispensação: o milênio. • Inocência. Esta dispensação se estende desde a criação de Adão em Gênesis 2:7, até a expulsão do Éden (ver Gê- nesis 1:26; Gênesis 1:16,17 e Gênesis 3:6). “Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. O Senhor Deus, por isso, o lan- çou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gênesis 3:22-24). • Consciência. O resultado da dispensação da consciência (do bem e do mal), do Éden até o dilúvio (enquanto não havia nenhuma instituição de governo e de lei) foi que “toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra” e que “a maldade do homem se multiplicara so- bre ela e que toda a imaginação dos pensamentos de Gênesis 1:26 – “Tam- bém disse Deus: Faça- mos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e so- bre todos os répteis que rastejam pela terra.” Gênesis 1:16,17 – “Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra.” Gênesis 3:6 – “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” 36 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a seu coração era só má continuamente”. E Deus encerrou a segunda prova do homem natural com julgamento: o dilúvio (ver Gênesis 7:22). “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multipli- cado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração... A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava cor- rompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (Gênesis 6:5,11, 12). “No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram. E houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites... Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o ani- mal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca” (Gênesis 7:11, 12, 23). • Governo Humano. Do terrível julgamento do dilúvio, Deus salvou oito pessoas, para as quais, depois que as águas foram serenadas, deu a terra purificada e amplo poder para governá-la. Assim, Noé e seus descendentes eram responsáveis por fazê-lo. A dispensação do governo humano resultou na tentativa dos ímpios de se tornarem independentes de Deus e terminou com o julgamento da confusão das línguas (Leia Gênesis 9:1-2). “Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que inten- tam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua lin- guagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o Senhor os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade” (Gênesis 11:5-8). • Promessa. Depois da dispensação dos construtores da torre de Babel, Deus chamou um homem, Abrão, com o qual fez uma aliança. Algumas das promessas feitas a Abrão e a seus descendentes são puramente gratuitas e incondicionais. Elas também foram ou serão literalmente cumpridas. Outras promessas são condicionadas à fé e à obediência dos israelitas. Cada uma dessas condições foi Gênesis 7:22 – “Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu.” 37 aliança de sangue violada, e a dispensação da promessa resultou no fracas- so de Israel e terminou com o julgamento do cativeiro no Egito (ver Gênesis 15:5 e Gênesis 26:3). “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua paren- tela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engran- decerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:1-3). “Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência. Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei” (Gênesis 13:14-17). “E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atin- gia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciampor ela. Perto dele estava o Senhor e lhe disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência” (Gênesis 28:12-13). “... então, os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com dura ser- vidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na tirania os serviam” (Êxodo 1:13-14). • Lei. No deserto do Sinai, Deus lhes apresentou a Lei. A história de Israel no deserto é um longo registro da violação flagrante e persistente da Lei e, no final, depois de muitas advertências, Deus encerrou essa prova com julgamento: primeiro Israel e depois Judá foram retirados de sua terra em uma dispersão que ainda perdura. Um re- manescente retornou em Esdras e Neemias, de quem, no seu devido tempo, veio Cristo: “Nascido de mulher, nas- cido sob a lei”. Tanto judeus quanto gentios conspiraram para crucificá-lo (ver Romanos 10:5 e Gálatas 3:10). Gênesis 15:5 – “Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade.” Gênesis 26:3 – “Habita nela, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua descendência darei todas estas terras e con- firmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai.” Romanos 10:5 – “Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela.” Gálatas 3:10 – “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não perma- nece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.” 38 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia desse mês, vieram ao deserto do Si- nai. Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto do Sinai, no qual se acamparam; ali, pois, se acampou Israel em fren- te do monte. Subiu Moisés a Deus, e do monte o Senhor o chamou e lhe disse: Assim falarás à casa de Jacó e anun- ciarás aos filhos de Israel: Tendes visto o que fiz aos egíp- cios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha proprie- dade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel. Veio Moisés, chamou os anciãos do povo e expôs diante deles todas estas palavras que o Senhor lhe havia ordenado. En- tão, o povo respondeu à uma: Tudo o que o Senhor falou faremos. E Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo” (Êxodo 19:1-8). “No ano duodécimo de Acaz, rei de Judá, começou a reinar Oséias, filho de Elá; e reinou sobre Israel, em Samaria, nove anos. Fez o que era mau perante o Senhor; contudo, não como os reis de Israel que foram antes dele. Contra ele subiu Salmaneser, rei da Assíria; Oséias ficou sendo servo dele e lhe pagava tributo. Porém o rei da Assíria achou Oséias em conspiração, porque enviara mensagei- ros a Sô, rei do Egito, e não pagava tributo ao rei da As- síria, como dantes fazia de ano em ano; por isso, o rei da Assíria o encerrou em grilhões, num cárcere. Porque o rei da Assíria passou por toda a terra, subiu a Samaria e a si- tiou por três anos. No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou a Samaria e transportou a Israel para a Assíria; e os fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos medos. Tal sucedeu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses. Andaram nos estatutos das nações que o Senhor lançara de diante dos filhos de Israel e nos costumes estabelecidos pelos reis de Israel. Os fi- lhos de Israel fizeram contra o Senhor, seu Deus, o que não era reto; edificaram para si altos em todas as suas cida- des, desde as atalaias dos vigias até à cidade fortificada. Levantaram para si colunas e postes-ídolos, em todos os altos outeiros e debaixo de todas as árvores frondosas. Queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações que o Senhor expulsara de diante deles; cometeram ações 39 aliança de sangue perversas para provocarem o Senhor à ira e serviram os ídolos, dos quais o Senhor lhes tinha dito: Não fareis estas coisas. O Senhor advertiu a Israel e a Judá por intermé- dio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai-vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, segundo toda a Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermé- dio dos meus servos, os profetas. Porém não deram ouvi- dos; antes, se tornaram obstinados, de dura cerviz como seus pais, que não creram no Senhor, seu Deus. Rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos, e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem. Des- prezaram todos os mandamentos do Senhor, seu Deus, e fi- zeram para si imagens de fundição, dois bezerros; fizeram um poste-ídolo, e adoraram todo o exército do céu, e ser- viram a Baal. Também queimaram a seus filhos e a suas filhas como sacrifício, deram-se à prática de adivinhações e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mau perante o Senhor, para o provocarem à ira. Pelo que o Senhor muito se indignou contra Israel e o afastou da sua presença; e nada mais ficou, senão a tribo de Judá” (2 Reis 17:1-18). “Sucedeu que, no nono ano do reinado de Zedequias, aos dez dias do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acam- param contra ela, e levantaram contra ela tranqueiras em redor. A cidade ficou sitiada até ao undécimo ano do rei Zedequias. Aos nove dias do quarto mês, quando a cidade se via apertada da fome, e não havia pão para o povo da terra, então, a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros perto do jardim do rei, a despeito de os caldeus se acharem contra a cidade em redor; o rei fugiu pelo caminho da Campina, porém o exército dos caldeus perseguiu o rei Zedequias e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o exército deste se dispersou e o abandonou. Então, o tomaram preso e o fizeram subir ao rei da Babilô- nia, a Ribla, o qual lhe pronunciou a sentença. Aos filhos de Zedequias mataram à sua própria vista e a ele vazaram os olhos; ataram-no com duas cadeias de bronze e o levaram para a Babilônia. No sétimo dia do quinto mês, do ano déci- mo nono de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, 40 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a Je- rusalém. E queimou a Casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; também entregou às chamas todos os edifícios importantes. Todo o exército dos caldeus que estava com o chefe da guarda derribou os muros em redor de Jerusalém. O mais do povo que havia ficado na cidade, e os desertores que se entregaram ao rei da Babilônia, e o mais da multidão, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativos” (2 Reis 25:1-11). “Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Naza- reno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por in- termédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (Atos 2:22-23). “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis. Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que ante- riormenteanunciavam a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos” (Atos 7:51-52). “Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Romanos 3:19-20). • Igreja. A morte sacrificial do Senhor Jesus Cristo intro- duziu a dispensação da Igreja, a graça pura, que signifi- ca favor imerecido, ou seja, Deus oferece virtude em vez de exigir virtude, como de direito. Salvação perfeita e eterna é agora oferecida liberalmente a judeus e gen- tios mediante o reconhecimento do pecado ou arrepen- dimento, com fé em Cristo. O resultado previsto dessa prova do homem sob a graça é o julgamento sobre um mundo incrédulo e uma igreja apóstata (ver Lucas 18:8 e Apocalipse 3:15-16). “Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos. O mesmo aconteceu nos dias Lucas 18:8 – “Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” Apocalipse 3:15-16 – “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca...”. 41 aliança de sangue de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lucas 17:26-30). “Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; en- tão, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela mani- festação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é se- gundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e pro- dígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à ver- dade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2 Tessalonicenses 2:7-12). O primeiro evento no fim dessa dispensação será o re- gresso do Senhor dos céus, quando os santos que já dormi- ram serão ressuscitados e, juntamente com os que estiverem vivos, arrebatados para “encontrar o Senhor nos ares; e assim estaremos sempre com o Senhor”. “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de or- dem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o en- contro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4:16,17). Então se seguirá o breve período chamado “grande tribu- lação” (ver Daniel 12:1): “Assim diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor e de te- mor e não de paz. Perguntai, pois, e vede se, acaso, um homem tem dores de parto. Por que vejo, pois, a cada ho- mem com as mãos na cintura, como a que está dando à luz? E por que se tornaram pálidos todos os rostos? Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela” (Jeremias 30:5-7). Daniel 12:1 – “Nesse tempo, se levantará Mi- guel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro.” 42 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas. Trarei angústia so- bre os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o sangue deles se derramará como pó, e a sua carne será atirada como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia da indignação do Senhor, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será consumida, porque, certamente, fará destruição total e repentina de to- dos os moradores da terra” (Sofonias 1:15-18). “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como des- de o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mateus 24:21,22). Depois disso, ocorrerá o regresso do povo do Senhor à terra, em poder e grande glória, e os julgamentos que intro- duzirão a sétima e a última dispensação. “Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua gló- ria; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua di- reita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Por- que tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vi- mos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te de- mos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospeda- mos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando- -me enfermo e preso, não fostes ver-me. E eles lhe pergun- 43 aliança de sangue tarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna” (Mateus 25:31-46). “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escure- cerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mateus 24:29-30). (Para maior detalhamento deste tópico, consultar as apostilas das matérias “Doutrinas Básicas” e “Escatologia”.) • Reino. Depois dos julgamentos purificadores que acom- panharão o retorno pessoal de Cristo à terra, Ele reinará sobre Israel restaurada e sobre a terra por mil anos. Esse é o período normalmente chamado de milênio. A sede de Seu poder será Jerusalém, e os crentes, inclusive os que foram salvos na dispensação da graça, isto é, a Igreja, irão associar-se a Ele e Sua glória. “Palavra que, em visão, veio a Isaías, filho de Amoz, a res- peito de Judá e Jerusalém. Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e suba- mos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nosensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém. Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levan- tará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Isaías 2:1-4). “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espíri- to de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor. Deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará se- gundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o 44 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso. A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade, o cinto dos seus rins. O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o be- zerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, por- que a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar. Naquele dia, recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será a morada. Naquele dia, o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo, que for deixado, da Assíria, do Egito, de Patros, da Etiópia, de Elão, de Sinar, de Hamate e das terras do mar. Levanta- rá um estandarte para as nações, ajuntará os desterrados de Israel e os dispersos de Judá recolherá desde os quatro confins da terra. Afastar-se-á a inveja de Efraim, e os ad- versários de Judá serão eliminados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim. Antes, voarão para sobre os ombros dos filisteus ao Ocidente; juntos, despojarão os filhos do Oriente; contra Edom e Moabe lançarão as mãos, e os filhos de Amom lhes serão sujeitos. O Senhor destruirá totalmente o braço do mar do Egito, e com a força do seu vento moverá a mão contra o Eufrates, e, ferindo-o, dividi- -lo-á em sete canais, de sorte que qualquer o atravessará de sandálias. Haverá caminho plano para o restante do seu povo, que for deixado, da Assíria, como o houve para Israel no dia em que subiu da terra do Egito” (Isaías 11). “Expôs Simão como Deus, primeiramente, visitou os gen- tios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome. Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruí- nas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e também todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome” (Atos 15:14-17). “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; 45 aliança de sangue tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo .Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus; e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E Senhor DOS SenhoreS. En- tão, vi um anjo posto em pé no sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes. E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército. Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que rece- beram a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre. Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes” (Apocalipse 19:11-21). “Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a an- tiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressur- reição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos” (Apocalipse 20:1-6). (Para maior detalhamento deste tópico, consultar a apostila da matéria “Escatologia”.) 46 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a - P ov oa r a te rr a. - S ub ju ga r a te rr a. - D om in ar s ob re o s an im ai s. - A lim en ta r- se d e er va s e fr ut os . - A bs te r- se d e co m er d a ár vo re d o be m e d o m al . - O c as tig o er a a m or te .Al ia nç a Ed ên ic a CO N SE Q UÊ N CI A Ex pu ls ão d o Ja rd im IN O CÊ N CI A - A s er pe nt e fo i am al di ço ad a. - S ur ge a p rim ei ra pr om es sa . - O e st ad o da m ul he r é a lt er ad o. A do r d o pa rt o é m ul tip lic ad a. M at er ni da de c om so fr im en to . - A te rr a é am al di ço ad a. - O s of rim en to na v id a to rn a o tr ab al ho fa tig an te . - S ur ge o m es m o e a m or te fí si ca . Al ia nç a Ad âm ic a CO N SE Q UÊ N CI A D ilú vi o CO N SC IÊ N CI A - É c on fir m ad a a re la çã o do h om em co m a te rr a. - É c on fir m ad a a or de m d a na tu re za . - É in st itu íd o o go ve rn o hu m an o. - J am ai s vo lt ar ia a ha ve r u m d ilú vi o un iv er sa l; ou s ej a, ju íz o pe la s ág ua s. Al ia nç a N oé tic a CO N SE Q UÊ N CI A Co nf us ão c au sa da po r v ár io s id io m as GO VE RN O - F ar ia d e Is ra el um a gr an de n aç ão . - A d es ce nd ên ci a se ria a be nç oa da . - S eu n om e se ria gr an de . - S er ia u m a be nç ão . - Q ue m a ab en ço as se s er ia ab en ço ad o. - E m Is ra el , t od as as fa m íli as d a te rr a se ria m a be nç oa da s. - A te rr a pr om et id a. Al ia nç a Ab ra âm ic a CO N SE Q UÊ N CI A Ca tiv ei ro n o Eg ito PR O M ES SA - D ad a a Is ra el . - D iv id id a em tr ês pa rt es : a) O s m an da m en to s re ve la m a ju st iç a de D eu s. b) O s ju íz os re vela m a s ex ig ên ci as s oc ia is . c) A s or de na nç as re ve la m a v id a re lig io sa . - M or te re ve la da . Al ia nç a M os ai ca CO N SE Q UÊ N CI A Ex íli o e a cr uz LE I - M el ho re s pr om es sa s. - M en te e c or aç ão . - U m re la ci on am en to pe ss oa l c om C ris to . - A d es tr ui çã o do pe ca do . - A c on su m aç ão d a re de nç ão . Pe rp et ui da de , co nv er sã o e bê nç ão .N ov a Al ia nç a CO N SE Q UÊ N CI A Tr ib ul aç ão GR AÇ A - A c as a de D av i: pr os pe rid ad e da fa m íli a. - O T ro no – u m a au to rid ad e re al . - O re in o da ví di co – um g ov er no . - P er pé tu a, et er na . - C ris to , a ss en ta r- se -á n o tr on o de D av i. Al ia nç a D av íd ic a CO N SE Q UÊ N CI A In fe rn o RE IN O 47 aliança de sangue A VELHA E A NOVA ALIANÇA De todas as alianças feitas por Deus, todas caem em duas categorias, por assim dizer, que são a Lei ou a Graça. As Alianças da Graça podem ser identificadas como a Adâ- mica, a Noética, a Abraâmica, a Davídica e a Nova Aliança. As Alianças da Lei podem ser identificadas como a Mosaica e a Aliança Palestínica. A Bíblia enfatiza duas alianças dominantes, que são: (1) A Aliança Mosaica, A Aliança da Lei, e... (2) A Nova Aliança, A Aliança da Graça. A Bíblia foi dividida em “O Antigo Testamento” e “O Novo Testamento”, embora existam, como temos visto, outras Alian- ças nas Escrituras. A humanidade está no campo da Lei ou no campo da Graça! Se o homem sai da Graça, então ele cai no campo da Lei e em conformidade com os procedimentos de Deus. Promessas da Nova Aliança A Aliança da Lei, conhecida como a “Velha Aliança”, foi feita por Deus com Israel no Monte Sinai cerca de 1500 anos antes de Cristo vir. Era uma aliança de Lei e Obras. “Faça e Viva” — era a soma de toda ela. Deus estava comprometido com a nação de Israel pelas mãos de Moisés, o Mediador da Velha Aliança. Por causa da fraqueza da carne e as tendências pecami- nosas de Israel, Deus usou a Lei como um aio para levar o povo a Cristo (ver Gálatas 3:24-25). Ninguém pode ser justificado pelas obras da Lei. Era um ministério da morte. A Lei funciona com o julgamento de todos os que não conseguem guardá-la perfeitamente. Ela exigiu que Deus viesse em graça e fizesse uma NOVA Aliança com o povo; esta seria uma aliança que dependia das Suas promessas e da graça através da fé, não uma alian- ça, que dependia das promessas das pessoas e das obras de esforço próprio! Gálatas 3:24-25 – “De maneira que a lei nos ser- viu de aio para nos con- duzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.” 48 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a Promessas da Nova Aliança Anunciadas Pelos Profetas do Antigo Testamento (ver Jeremias 31:31; Jeremias 50:5 e Isaías 54:10) “O meu servo Davi reinará sobre eles; todos eles terão um só pastor, andarão nos meus juízos, guardarão os meus estatutos e os observarão. Habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na qual vossos pais habitaram; habitarão nela, eles e seus filhos e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamen- te. Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuá- rio no meio deles, para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Ezequiel 37:24-27). Tudo isso encontra cumprimento na Nova Aliança, a Aliança eterna no sangue do Senhor Jesus Cristo: “Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nos- so Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!” (Hebreus 13:20-21) . Haveria um só rebanho para judeus e gentios crentes em Cristo no relacionamento da Nova Aliança (ver Oséias 1:10-11). “A fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória pre- parou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? Assim como também diz em Oséias: Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada; e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo” (Romanos 9:23-26). “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de procla- mardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis al- cançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericór- dia” (1 Pedro 2:9-10). Jeremias 31:31 – “Eis aí vem dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.” Jeremias 50:5 – “Perguntarão pelo caminho de Sião, de rostos voltados para lá, e dirão: Vinde, e unamo-nos ao Senhor, em aliança eterna que jamais será esquecida.” Isaías 54:10 – “Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o Senhor, que se compadece de ti.” Oséias 1:10-11 – “Todavia, o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que se não pode medir, nem contar; e acontecerá que, no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo. Os filhos de Judá e os filhos de Israel se congregarão, e constituirão sobre si uma só cabeça, e subirão da terra, porque grande será o dia de Jezreel.” 49 aliança de sangue “Porque assim diz o Senhor Deus: Eu te farei a ti como fi- zeste, pois desprezaste o juramento, invalidando a aliança. Mas eu me lembrarei da aliança que fiz contigo nos dias da tua mocidade e estabelecerei contigo uma aliança eterna. Então, te lembrarás dos teus caminhos e te envergonha- rás quando receberes as tuas irmãs, tanto as mais velhas como as mais novas, e tas darei por filhas, mas não pela tua aliança. Estabelecerei a minha aliança contigo, e saberás que eu sou o Senhor” (Ezequiel 16:59-62). “Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse prega- da a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios. Porque o Senhor assim no-lo de- terminou: Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra. Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna” (Atos 13:46-48). “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio en- durecimento em parte a Israel, até que haja entrado a ple- nitude dos gentios. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados” (Romanos 11:25-27). Hebreus: só podemos fornecer breves citações da Epís- tola aos Hebreus — o Livro da Nova Aliança em contraste com a Antiga Aliança. O escritor aos crentes hebreus abun- dantemente confirma que a Nova Aliança tenha sido feita. Ela está disponível para todos entrarem em suas promessas e bênçãos através da fé em Cristo Jesus. Observe as seguin- tes citações: Jesus é a “garantia de um melhor testemunho” (ver Hebreus 7:22), Ele também é o “mediador de um melhor pacto, estabele- cido em melhores promessas” (ver Hebreus 8:6). O primeiro pacto tinha seus defeitos, e exigiu a segundaaliança (ver Hebreus 8:7). Hebreus 7:22 – “Por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de supe- rior aliança.” Hebreus 8:6 – “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de su- perior aliança instituída com base em superiores promessas.” Hebreus 8:7 – “Por- que, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda.” 50 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a A Melhor Aliança O livro de Hebreus nos diz que a Nova Aliança é “a me- lhor Aliança”, essa é a palavra-chave na epístola aos Hebreus. A Antiga Aliança era “boa”, mas a Nova Aliança é “melhor”. Observe a lista de “coisas melhores” concernentes à Nova Aliança em Hebreus. • Jesus tem um “nome melhor” do que os anjos (ver Hebreus 1:4). • O escritor estava persuadido das “coisas melhores” dos crentes hebreus do que um retorno à Antiga Aliança e aos seus cerimoniais abolidos (ver Hebreus 6:9). • Melquisedeque é “melhor” do que Abraão, pois é um “melhor sacerdócio” (ver Hebreus 7:7). • O Evangelho provê uma “melhor esperança” (ver Hebreus 7:19). • A Nova Aliança é um “melhor Testamento” (ver Hebreus 7:22). • “A Nova Aliança tem um “melhor Mediador” do que Moisés ou Arão (ver Hebreus 7:22). • É uma “melhor aliança”, estabelecida em “melhores promessas” (ver Hebreus 8:6). • A Nova Aliança tem um “sacrifício melhor” do que os sacrifícios da Antiga Aliança: “Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santi- ficam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a mor- te para remissão das transgressões que havia sob a primei- ra aliança, recebam a promessa da eterna herança aque- les que têm sido chamados. Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que Hebreus 1:4 – “Tendo- se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.” Hebreus 6:9 – “Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação, ainda que falamos desta maneira.” Hebreus 7:7 – “Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior é abençoado pelo superior.” Hebreus 7:19 – “... (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.” Hebreus 7:22 – “Por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de superior aliança.” Hebreus 8:6 – “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.” 51 aliança de sangue de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue; porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo, dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros. Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado. Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão. Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores” (Hebreus 9:13-23). • Os crentes têm uma “melhor herança” (ver Hebreus 10:34). • Os crentes, como os patriarcas, esperam um “melhor país” do que a Palestina (ver Hebreus 11:16). • Os crentes morrem na fé de uma “melhor ressurrei- ção” (ver Hebreus 11:35). • Deus proveu “melhores coisas” para nós do que coi- sas apenas materiais (ver Hebreus 11:40). • O sangue de Jesus fala “melhores coisas” do que o sangue de Abel (ver Hebreus 12:24). CONTRASTES ENTRE A ANTIGA E A NOVA ALIANÇA Nova Aliança 1. Graça e Verdade. João 1:17 – “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” 2. É o Espírito que dá vida. Romanos 7:6 – “Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que es- távamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.” Hebreus 10:34 – “Por- que não somente vos compadecestes dos encar- cerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuir- des vós mesmos patrimô- nio superior e durável.” Hebreus 11:16 – “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, ce- lestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.” Hebreus 11:35 – “Mu- lheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição.” Hebreus 11:40 – “Por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.” Hebreus 12:24 – “E a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coi- sas superiores ao que fala o próprio Abel.” 52 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a 3. Celestial. Hebreus 9:24 – “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus.” 4. Pode nos tornar justos. Romanos 5:19 – “Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se torna- ram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos”. Ver também Ro- manos 3:21,22. 5. Graça reina pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor. Romanos 5:21 – “A fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também rei- nasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” 6. Sacrifícios espirituais. Hebreus 13:15 – “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”. Ver também 1 Pedro 2:5. 7. Lei do Espírito da Vida. Romanos 8:1-4 – “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em seme- lhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” 8. Selada com o sangue precioso de Cristo. Hebreus 9:9,26 – “É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam inefica- zes para aperfeiçoar aquele que presta culto... Ora, nes- te caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado”. Ver também 1 Pedro 1:19. Romanos 3:21,22 – “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção.” 1 Pedro 2:5 – “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” 1 Pedro 1:19 – “... mas pelo precioso sangue,como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.” 53 aliança de sangue 9. “Quase feita”. Hebreus 12:22 – “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia”. Ver também Efésios 2:13. 10. Jugo leve de liberdade. Gálatas 6:2 – “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo”. Ver também Mateus 11:30. 11. Permanente luz de glória na face de Jesus Cristo. 2 Coríntios 4:6-11 – “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, po- rém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal.” 12. Agora, a substância. Hebreus 10:34 – “Porque não so- mente vos compadecestes dos encarcerados, como tam- bém aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável”. Ver também Hebreus 9:23-24. 13. Perfeito aceitável. Hebreus 8:8-13 – “E, de fato, re- preendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e fir- marei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Is- rael, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu pró- ximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniquida- Efésios 2:13 – “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.” Mateus 11:30 – “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Hebreus 9:23-24 – “Era necessário, por- tanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celes- tiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, po- rém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus...” 54 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a des, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhe- cido está prestes a desaparecer”. Ver também Hebreus 7:19. Ver também Hebreus 7:19. Nunca decairá ou envelhecerá, mas é eterna. 14. Sacerdócio Melquisedeque. Poder da vida eterna. Hebreus 7:16 – “... constituído não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida in- dissolúvel.” 15. Memorial – o pão e o cálice de Cristo. Lucas 22:20 – “Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizen- do: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derra- mado em favor de vós”. Ver também 1 Coríntios 11:25. 16. Cristo veio. Hebreus 9:11, 12 – “Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, me- diante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.” 17. O segundo pacto “estabelecido”. Hebreus 10:9 – “En- tão, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo.” 18. Eternamente presente. Romanos 7:1-6 – “Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquan- to ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte. Agora, porém, libertados da Hebreus 7:19 – “... (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.” 1 Coríntios 11:25 – “Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.” 55 aliança de sangue lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujei- tos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.” A Antiga Aliança 1. Lei (ver João 1:17). 2. Da letra que mata (ver 2 Coríntios 3:6). 3. Terrena: “Porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo e as- pergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo, dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros. Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado. Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão. Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celes- tiais, com sacrifícios a eles superiores” (Hebreus 9:19-23). 4. Só pode condenar (ver Gálatas 2:21 e Romanos 3:20). 5. Ofensa; na Lei abunda o pecado, reina para a morte (ver Romanos 5:20). 6. Ordenanças carnais e mandamento: “Constituído não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida indissolúvel ... Os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em co- midas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tem- po oportuno de reforma” (Hebreus 7:16, 9:10). 7. Selada com o sangue de touros e bodes: “Porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamen- tos segundo a lei a todo o povo, tomou o sangue dos bezer- ros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo, dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros” (Hebreus 9:19,20). João 1:17 – “Porque a lei foi dada por intermé- dio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” 2 Coríntios 3:6 – “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.” Gálatas 2:21 – “Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é me- diante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão.” Romanos 3:20 – “Vis- to que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.” Romanos 5:20 – “So- breveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.” 56 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a 8. “Não chegará” (ver Hebreus 12:20). 9. Jugo de servidão (ver Atos 15:10). 10. Desvanecimento da Glória sobre a peledo rosto de Moisés (ver 2 Coríntios 3:13). 11. Apenas uma sombra de coisas boas do futuro: “Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar per- feitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados? Entretanto, nesses sacrifí- cios faz-se recordação de pecados todos os anos, porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados... Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pe- cados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um úni- co sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus” (Hebreus 10:1-4, 11-12). 12. Fraca e impotente: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava en- ferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Fi- lho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8:3, 4). 13. Defeituosa, decadente, envelhecida, pronta para de- saparecer: “... (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chega- mos a Deus... Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda” (Hebreus 7:19; 8:7). Hebreus 12:20 – “... pois já não suportavam o que lhes era ordenado: Até um animal, se tocar o monte, será apedrejado.” Atos 15:10 – “Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós?” 2 Coríntios 3:13 – “E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia.” 57 aliança de sangue 14. Sacerdócio levítico — ordenanças carnais: “Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacer- dócio levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? (...) Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus” (Hebreus 7:11, 18-19). 15. Memorial – Páscoa – Cordeiro (ver Êxodo 12:3). 16. Lei apenas preparatória até que a semente estivesse permanente – Cristo devia vir: “Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador” (Gálatas 3:19). 17. O primeiro pacto “tirado” (ver Hebreus 10:9). 18. Totalmente abolida (ver 2 Coríntios 3:14). A Nova Aliança está agora presente. Ela transcende e su- pera permanentemente todas as alianças anteriores que se cumpriram agora. DESENVOLVIMENTO DAS ALIANÇAS E PREPARAÇÃO PARA A NOVA E ETERNA ALIANÇA Porque as Alianças de Deus para o homem são senão fragmentos do todo e cada uma é parte da revelação pro- gressiva, há inter-relação entre elas. Elas são entrelaçadas e juntas do início ao fim. A Aliança Edênica em um sentido se levanta sozinha e úni- ca, porque ela é a Aliança que envolveu o homem antes da en- trada do pecado. É essa que indistintamente declara o propósi- to de Deus na criação do homem. A entrada do pecado semeou a frustração do plano e do propósito de Deus para o homem, Êxodo 12:3 – “Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um toma- rá para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.” Hebreus 10:9 – “Então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo.” 2 Coríntios 3:14 – “Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido.” 58 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a mas Deus previu a queda do mesmo e estava preparado para ela. Ele imediatamente levantou a proposta de uma série de Alianças revelando o plano da Redenção. Seria, portanto, pe- las Alianças da Redenção que a Aliança da Criação encontraria cumprimento. Deus não deixaria o pecado anular Seus propó- sitos criativos para o homem como na Aliança Edênica. As primeiras duas Alianças da Redenção de Deus foram as Alianças Adâmica e Noética. Ambas estavam vitalmente li- gadas com a linguagem pactual que cada uma revela. Ambas foram dadas aos patriarcas; a primeira a Adão o pai de toda a raça humana, e a seguinte a Noé, o pai de toda a raça de- pois do dilúvio. As maiores promessas dessas alianças são as que falam da Redenção pela Semente Messiânica. Na Aliança Noética particularmente, o propósito criativo de Deus como estabelecido na Aliança Edênica está confirmado, além da garantia de não destruição. Originada fora da Aliança Adâmica e Noética está a Alian- ça Abraâmica. Ela foi uma extensão e uma amplificação das Alianças prévias. Inclui basicamente aquilo que estava nes- sas alianças, mas profetizou a nação escolhida, Israel, através da qual o Messias viria. Junto das promessas naturais e na- cionais para Israel, está a maior promessa que foi aquela que dizia respeito a todas as famílias da terra sendo abençoadas através da semente Messiânica. As duas alianças subsequentes foram dadas, sendo es- tas a Aliança Davídica e a Nova Aliança. Um estudo dessas alianças mostra que elas eram de fato uma parte da Alian- ça Abraâmica. A Aliança Davídica envolve os reis na casa de Davi, da tribo de Judá, sendo a completa manifestação da pro- messa de reis como dada na Aliança Abraâmica, consumada no Senhor Jesus Cristo, o filho de Davi, que é o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores. A Nova Aliança é o cumprimento e a mais completa expressão da promessa na Aliança Abraâmi- ca com respeito à sua semente abençoando todas as nações da terra. Isso incluía tanto israelitas crentes quanto gentios crentes vindos à salvação através do Senhor Jesus Cristo. A Aliança Davídica e a Nova Aliança estavam na Aliança Abraâmica. A Adâmica, a Noética, a Abraâmica, a Davídica e a Nova Aliança, como Alianças da Redenção, estão todas in- ter-relacionadas e as extensões e os cumprimentos de cada uma consumam a Nova Aliança. Essas Alianças da Redenção foram designadas para trazer o homem de volta para o cum- primento da Aliança da criação, a Aliança Edênica. 59 aliança de sangue Duas Alianças que são vitalmente ligadas, entrelaçadas e juntas são as Alianças Mosaica e Palestínica. Essas duas alianças são excepcionais porque dizem respeito estritamen- te à nação de Israel. A Aliança Mosaica foi expressa em leis morais, civis e cerimoniais que governavam a vida do povo de Israel. A Aliança Palestínica dizia respeito às leis e condições para a vida de Israel na terra de Canaã. Uma análise das Alianças Mosaica e Palestínica revela sua ligação com a Aliança Abraâmica. Envolvidas na Aliança Abraâmica estavam as promessas da semente de Abraão e da possessão pela semente da terra prometida. A Aliança Mo- saica dizia respeito ao povo, à semente de Abraão. A Aliança Palestínica dizia respeito à terra prometida na Aliança Abraâ- mica. Mas a Abraâmica foi caracterizada pela fé e graça, en- quanto a Aliança Mosaica e Palestínica foram caracterizadas pela Lei e pelas obras. Esse conjunto de fato mostra a mara- vilhosa inter-relação das Alianças da Criação e da Redenção. ÉDEN Apesar de em sua narrativa bíblica não acharmos a palavra aliança (berith) o relacionamentode Deus com o homem na criação é evidentemente um relacionamento de aliança. A chamada Aliança Edênica revela a nós, como dissemos resumidamente, o plano perfeito de Deus para a humanidade. Esse plano fala de um Reino de reis que go- vernam sobre toda a criação sendo submissa a Deus e re- produzindo (multiplicando) o estilo de vida divino sobre a terra, em um sistema de justiça, paz e alegria (ver Romanos 14:17). Essa aliança é diferente de todas as outras, visto não ter nela um elemento de redenção. • Reino e Regência – “Tenha ele domínio”. “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua ima- gem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multipli- cai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gênesis 1:26-28). Romanos 14:17 – "Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e ale- gria no Espírito Santo." 60 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a Leia também: Salmo 8. • A imagem de Deus (ver Gênesis 5:1-2). • Abundância (ver Gênesis 1:29). “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. O primeiro chama- -se Pisom; é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro. O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix. O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe. O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates. Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jar- dim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gênesis 2:8-15). • Falha (quebra da aliança) (ver Oseias 6:6-7). “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváti- cos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e co- meu e deu também ao marido, e ele comeu” (Gênesis 3:1-6). Ao pecar o homem se torna inimigo de Deus e sepa- rado Dele. Não existe mais comunhão (Gênesis 3:8-10) e o homem se tornou maldito, pecador e inimigo de Deus. A terra foi amaldiçoada pela queda e a Vida de Deus (Ár- vore da vida – Palavra de Deus) foi proibida aos homens (Gênesis 3:17-24). Gênesis 5:1-2 – “Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados.” Gênesis 1:29 – “E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.” Oseias 6:6-7 – “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos. Mas eles transgrediram a aliança, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim.” 61 aliança de sangue “Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jar- dim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Se- nhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, por- que estava nu, tive medo, e me escondi” (Gênesis 3:8-10). “E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, mal- dita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sus- tento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás. E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos. Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu. Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhe- cedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eterna- mente. O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gênesis 3:17-24). (Para maior aprofundamento deste tópico, consultar a apostila da matéria “As Realidades da Nova Criação”.) Como um ser santo e justo, Deus está impedido por Sua natureza de operar neste ambiente maldito e ter comunhão com este ser caído, a não ser que ele esteja comprometido pela Sua Palavra. Neste ambiente é que surge a primeira aliança (promessa com juramento) redentiva. • O descendente de mulher (ver Gênesis 3:15). Apesar de parecer uma maldição, essa é na verdade a grande promessa da Aliança Adâmica. Enquanto Deus lidava com a consequência da quebra da primeira aliança, o plano eterno da redenção começa a ser revelado (ver Tito 1:2). “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhe- cido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifes- tado no fim dos tempos, por amor de vós” (1 Pedro 1:18-20). Gênesis 3:15 – “Porei inimizade entre ti e a mu- lher, entre a tua descen- dência e o seu descenden- te. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Tito 1:2 – “... na es- perança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos.” 62 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a A partir de agora a humanidade vai passar a aguardar o descendente da mulher que vai livrá-los do cativeiro da serpente (diabo) que os enganou. Essa expectativa fica evi- denciada no louvor de Eva diante do nascimento de seu filho (ver Gênesis 4:1). ALIANÇA ADÂMICA – INÍCIO DO SISTEMA SACRIFICIAL Como vimos, o plano da redenção estava eternamente na mente de Deus. Então, separado do homem, mas já comprome- tido com Sua promessa, Deus estabelece uma forma de o ho- mem buscá-lo e de alguma forma aproximar-se Dele. Através de um animal inocente sacrificado o homem teria uma forma de aplacar a vergonha da sua condição (ver Gênesis 3:21). É importante que se diga que isso foi apenas o início do plano de Deus; essa aliança iniciou a dispensação da cons- ciência na qual o homem consciente do bem e do mal deveria aprender a controlar seus impulsos carnais e buscar a Deus através do derramamento de sangue (sacrifício) de animais inocentes (ver Hebreus 11:4 e Gênesis 4:6-7). É impossível não perceber que a atitude de Abel, que foi reconhecida como fé e obediência, veio da experiência de seus pais. Vale lembrar que a fé no sistema sacrificial garan- tiu a Abel ser aceito, assim como sua oferta. “Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu à luz a Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxíliodo Senhor. Depois, deu à luz a Abel, seu irmão. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador. Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta...” (Gênesis 4:1-4). O sistema sacrificial e a Aliança Adâmica não livraram o homem da maldição, pelo contrário, foi nesse momento que ela foi estabelecida. • Maldição da serpente. Gênesis 3:14 – “Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.” Gênesis 4:1 – “Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu à luz a Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxílio do Senhor.” Gênesis 3:21 – “Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” Hebreus 11:4 – “Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala.” Gênesis 4:6-7 – “Então, lhe disse o Senhor; por que andas irado, e porque descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que será aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” 63 aliança de sangue • Maldição do diabo (ver Gênesis 3:15). • Julgamento da mulher (Gênesis 3:16). • Julgamento do homem (Gênesis 3:19). • Morte espiritual (ver Romanos 5:12). • Expulsão do Éden. Gênesis 3:23-24 – “O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de la- vrar a terra de que fora tomado. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.” • A terra e a criação ainda estão debaixo dessa mal- dição, aguardando a sua redenção. Romanos 8:20-22 – “Pois a criação está sujeita à vaidade, não volunta- riamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora.” No capítulo 5 de Gênesis vemos o desenvolvimento da humanidade, e algo é facilmente notado: todos seguiam o curso da vida de forma muito semelhante, com exceção de um único homem, Enoque. Mesmo naquela condição difícil e árida, Enoque andou com Deus. Em Hebreus entendemos que foi a fé em Deus que livrou Enoque daquela condição (ver Hebreus 11:5). “Depois que gerou a Enoque, viveu Jarede oitocentos anos; e teve filhos e filhas. Todos os dias de Jarede foram no- vecentos e sessenta e dois anos; e morreu. Enoque viveu sessenta e cinco anos e gerou a Metusalém. Andou Eno- que com Deus; e, depois que gerou a Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas. Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si” (Gênesis 5:19-24). Contudo, a humanidade de uma forma geral seguiu um caminho de degradação e chegou a um ponto insuportável, atraindo o juízo de Deus. Gênesis 3:15 – “Porei inimizade entre ti e a mu- lher, entre a tua descen- dência e o seu descenden- te. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gênesis 3:16 – “E à mulher disse: Multiplica- rei sobremodo os sofri- mentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.” Gênesis 3:19 – “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.” Romanos 5:12 – “Por- tanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” Hebreus 11:5 – “Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus.” 64 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram. Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos. Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade. Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era con- tinuamente mau todo desígnio do seu coração; então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gênesis 6:1-7). No entanto, em meio a essa corrupção, um homem andou de forma justa (fé) e foi obediente a Deus, mesmo tendo re- cebido um desafio gigantesco (ver 2 Pedro 2:5 e Hebreus 6:7). “Porém Noé achou graça diante do Senhor. Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre os seus contem- porâneos; Noé andava com Deus. Gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé. A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava cor- rompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra. Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra. Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás comparti- mentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora. Deste modo a farás: de trezentos côvados será o compri- mento; de cinquenta, a largura; e a altura, de trinta. Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro. Porque estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá” (Gênesis 6:8-17). 2 Pedro 2:5 – “E não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios.” Hebreus 6:7 – “Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus.” 65 aliança de sangue NOÉ Anunciada antes do dilúvio e consolidada ao final dele, a Aliança Noética começa a trazer aos homens algumas bên- çãos a serem vivenciadas além da antiga expectativa do des- cendente de mulher. Essa expectativa é evidenciada pela ati- tude de Noé de sacrificar ao Senhor assim que Deus lhe fez o anúncio profético do dilúvio e também assim que saiu da arca. A essa expectativa agora se soma a segurança de que não haverá outro dilúvio destruidor (ver Gênesis 6:8, 18). “Levantou Noé um altar ao Senhor e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar. E o Senhor aspirou o suave cheiro e disse consigo mesmo: Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, por- que é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua moci- dade; nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz. Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gênesis 8:20-22). “Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra. Pavor e medo de vós virão sobre todos os animais da terra e sobre todas as aves dos céus; tudo o quese move sobre a terra e todos os peixes do mar nas vossas mãos serão entregues. Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora. Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis. Certamente, re- quererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do homem, sim, da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem. Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem. Mas sede fecundos e multiplicai- -vos; povoai a terra e multiplicai-vos nela. Disse também Deus a Noé e a seus filhos: Eis que estabeleço a minha aliança convosco, e com a vossa descendência, e com to- dos os seres viventes que estão convosco: tanto as aves, os animais domésticos e os animais selváticos que saíram da arca como todos os animais da terra. Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra. Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que es- tão convosco, para perpétuas gerações: porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra. Gênesis 6:8, 18 – “Porém Noé achou graça diante do Senhor... Conti- go, porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos.” 66 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco, então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne. O arco estará nas nuvens; vê-lo- -ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra. Disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança estabelecida entre mim e toda carne sobre a terra” (Gênesis 9:1-17). • Noé e sua família, abençoados. • Noé se torna o novo pai de todos os homens. • Diferente do domínio do Éden, agora os animais têm pavor do homem. • Quatro estações. • Não haverá mais dilúvio. ABRAÃO A mais abrangente das alianças do Antigo Testamento e que serve de pano de fundo para todas as que virão após ela, a Aliança Abraâmica é aquela em que finalmente a condição de maldito pode ser revertida na humanidade. Os relacionamentos de alianças eternas e misericordio- sas feitas entre Deus e os homens podem ser graficamente demonstrados da seguinte maneira: 67 aliança de sangue A ALIANÇA GERAL E BÁSICA COM ABRAÃO AS OUTRAS ALIANÇAS 1. A promessa de uma terra nacional. Gn 12:1 – “Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.” Gn 13:14, 15, 17 – “Disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre... Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei.” 1. A Aliança Palestínica deu a Israel garantia par- ticular da restauração permanente e definitiva à terra. Dt 30:3-5 – “Então, o SENHOR, teu Deus, mudará a tua sorte, e se compadecerá de ti, e te ajuntará, de novo, de todos os povos entre os quais te havia es- palhado o SENHOR, teu Deus. Ainda que os teus des- terrados estejam para a extremidade dos céus, desde aí te ajuntará o SENHOR, teu Deus, e te tomará de lá. O SENHOR, teu Deus, te introduzirá na terra que teus pais possuíram, e a possuirás; e te fará bem e te multiplicará mais do que a teus pais.” Ez 20:33-37 – “Tão certo como eu vivo, diz o SEN- HOR Deus, com mão poderosa, com braço estendido e derramado furor, hei de reinar sobre vós; tirar-vos- ei dentre os povos e vos congregarei das terras nas quais andais espalhados, com mão forte, com braço estendido e derramado furor. Levar-vos-ei ao deserto dos povos e ali entrarei em juízo convosco, face a face. Como entrei em juízo com vossos pais, no deserto da terra do Egito, assim entrarei em juízo convosco, diz o SENHOR Deus. Far-vos-ei passar debaixo do meu cajado e vos sujeitarei à disciplina da aliança.” Ez 20:42-44 – “Sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu vos der entrada na terra de Israel, na ter- ra que, levantando a mão, jurei dar a vossos pais. Ali, vos lembrareis dos vossos caminhos e de todos os vossos feitos com que vos contaminastes e tereis nojo de vós mesmos, por todas as vossas iniquidades que tendes cometido. Sabereis que eu sou o SEN- HOR, quando eu proceder para convosco por amor do meu nome, não segundo os vossos maus camin- hos, nem segundo os vossos feitos corruptos, ó casa de Israel, diz o SENHOR Deus.” 68 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a A ALIANÇA GERAL E BÁSICA COM ABRAÃO AS OUTRAS ALIANÇAS 2. A promessa da redenção nacional e universal. Gn 12:3 – “Abençoarei os que te abençoarem e amal- diçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão bendi- tas todas as famílias da terra.” Gn 22:18 – “Nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.” Gl 3:16 – “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.” 2. A Nova Aliança está particularmente relacio- nada à bênção espiritual e à redenção. Jr 31:31-40 – “Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus peca- dos jamais me lembrarei. Assim diz o SENHOR, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. As- sim diz o SENHOR: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR. Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que esta cidade será reedificada para o SENHOR, desde a Torre de Hananel até à Porta da Esquina. O cordel de medir estender-se-á para diante, até ao outeiro de Garebe, e virar-se-á para Goa. Todo o vale dos cadáveres e da cinza e todos os campos até ao ribeiro Cedrom, até à esquina da Porta dos Cavalos para o oriente, serão consagrados ao SENHOR. Esta Jerusalém jamais será desarraigada ou destruída.” 69 aliança de sangue A ALIANÇA GERAL E BÁSICA COM ABRAÃO AS OUTRAS ALIANÇAS Hb 8:6-13 – “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda. E, de fato, repreen- dendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu nãoatentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizen- do: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.” 70 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a A ALIANÇA GERAL E BÁSICA COM ABRAÃO AS OUTRAS ALIANÇAS 3. A promessa de numerosos descendentes que formariam uma grande nação. Gn 12:2 – “... de ti farei uma grande nação, e te aben- çoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!” Gn 13:16 – “Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência. Gn 17:2-6 – “Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente. Prostrou-se Abrão, rosto em terra, e Deus lhe falou: Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas na- ções. Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí. Far- -te-ei fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti.” 3. A Aliança Davídica está relacionada a promes- sas de dinastia, nação e trono. 2 Sm 7:11, 13, 16 – “... desde o dia em que mandei houvesse juízes sobre o meu povo de Israel. Dar-te- -ei, porém, descanso de todos os teus inimigos; tam- bém o SENHOR te faz saber que ele, o SENHOR, te fará casa... Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino... Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre.” Jr 33:20, 21 – “... Assim diz o SENHOR: Se puder- des invalidar a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo, poder-se-á também in- validar a minha aliança com Davi, meu servo, para que não tenha filho que reine no seu trono; como também com os levitas sacerdotes, meus ministros.” Jr 31:35-37 – “Assim diz o SENHOR, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SE- NHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. Assim diz o SENHOR: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá em- baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR.” Dessa maneira, podemos dizer que as promessas de terra da Aliança Abraâmica são desenvolvidas na Aliança Palestínica, as promessas de semente são desenvolvidas na Aliança Davídica e as promessas de bênção são desenvolvidas na Nova Aliança. A aliança firmada com Abraão em Gênesis 12:1-3 e confirmada e ampliada em Gênesis 12:1-3, 12:6,7; 13:14-17; 15:1-21; 17:1-14; 22:15-18 envolvia certas promessas básicas. Elas foram assim resumidas: 71 aliança de sangue “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua paren- tela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engran- decerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:1-3). “Atravessou Abrão a terra até Siquém, até ao carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra. Apa- receu o Senhor a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendên- cia esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera” (Gênesis 12:6, 7). “Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência. Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei” (Gênesis 13:14-17). “Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande. Respondeu Abrão: Senhor Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: A mim não me concedeste descendência, e um servo nascido na minha casa será o meu herdeiro. A isto respondeu logo o Senhor, dizendo: Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro. Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade. Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça. Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta ter- ra. Perguntou-lhe Abrão: Senhor Deus, como saberei que hei de possuí-la? Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha, uma cabra e um cordeiro, cada qual de três anos, uma rola e um pombinho. Ele, tomando todos estes animais, partiu-os pelo meio e lhes pôs em ordem as metades, umas defronte das outras; e não partiu as aves. Aves de rapina desciam so- bre os cadáveres, porém Abrão as enxotava. Ao pôr-do-sol, caiu profundo sono sobre Abrão, e grande pavor e cerradas trevas o acometeram; então, lhe foi dito: Sabe, com certe- 72 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a za, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujei- tar-se; e depois sairão com grandes riquezas. E tu irás para os teus pais em paz; serás sepultado em ditosa velhice. Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus. E sucedeu que, posto o sol, houve densas trevas; e eis um fogareiro fume- gante e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pe- daços. Naquele mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates: o queneu, o quenezeu, o cadmoneu,o heteu, o ferezeu, os refains, o amorreu, o cana- neu, o girgaseu e o jebuseu” (Gênesis 15:1-21). “Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Po- deroso; anda na minha presença e sê perfeito. Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinaria- mente. Prostrou-se Abrão, rosto em terra, e Deus lhe falou: Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações. Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí. Far-te-ei fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti. Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gera- ções, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descen- dência. Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas pe- regrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus. Disse mais Deus a Abraão: Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência no decurso das suas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será cir- cuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós. O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas ge- rações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, quenão for da tua estirpe. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua. O incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança” (Gênesis 17:1-14). 73 aliança de sangue “Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do Senhor a Abraão e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o Senhor, por- quanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua des- cendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz” (Gênesis 22:15-18). As coisas prometidas por Deus são as seguintes: 1. O nome de Abraão será grande (ver Gênesis 12:2). 2. Uma grande nação dele se originará (ver Gênesis 12:2). 3. Abraão será uma bênção tão grande que nele todas as famílias da terra serão abençoadas (ver Gênesis 12:3). 4. A Abraão pessoalmente (“a ti”) e à semente dele será dada a Palestina como herança para sempre (ver Gê- nesis 12:7 e Gênesis 13:15). 5. A multidão da semente abraâmica será como o pó da terra (ver Gênesis 13:16). 6. Quem o abençoar será abençoado, e quem o amaldi- çoar será amaldiçoado (ver Gênesis 12:3). 7. Abraão será o pai de muitas nações (ver Gênesis 17:4). 8. Reis viriam a partir dele: “Far-te-ei fecundo extraordi- nariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti” (Gênesis 17:6). 9. A aliança será perpétua, “uma aliança eterna”: “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência” (Gênesis 17:7). 10. A terra de Canaã será uma “possessão eterna”: “Por- que toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre” (Gênesis 13:15). “Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrina- ções, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus” (Gênesis 17:8). Gênesis 12:2 – “... de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te en- grandecerei o nome. Sê tu uma bênção!” Gênesis 12:3 – “Aben- çoarei os que te abençoa- rem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 12:7 – “Apa- receu o Senhor a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera.” Gênesis 13:15 – “... porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre.” Gênesis 13:16 – “Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência.” Gênesis 12:3 – “Aben- çoarei os que te abençoa- rem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 17:4 – “Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações.” 74 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a 11. Deus será seu Deus e da sua semente (ver Gênesis 17:7). 12. Sua semente possuirá a porta de seus inimigos. Gênesis 22:17 – “... que deveras te abençoarei e cer- tamente multiplicarei a tua descendência como as es- trelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos.” 13. Em sua semente todas as nações serão abençoadas (ver Gênesis 12:3 e Gênesis 22:18). A Aliança Abraâmica funda a nação de Israel, sendo ele, Abraão, o pai de todo israelita, mas do que isso, dele descen- de o Cristo que é por meio de quem todas as promessas se cumprirão, especialmente a de que todas as famílias serão abençoadas. Paulo afirma que essa promessa era o pré-anún- cio do evangelho. “É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi impu- tado para justiça. Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justifi- caria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão” (Gálatas 3:6-9). “... para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido. Irmãos, falo como homem. Ainda que uma alian- ça seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo” (Gálatas 3:14-16). Areia do mar versus Estrelas do céu Deus deu duas figuras a Abraão do tamanho e da exten- são dos seus descendentes: • Areia do mar – descendência terrena – Israel • Estrelas do céu – descendência espiritual – todas as nações em Cristo – Igreja Gênesis 17:7 - “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência.” Gênesis 12:3 – “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 22:18 – “... nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.” 75 aliança de sangue Abraão, Isaque e Jacó – Manutenção e confirmação da aliança (ver Gênesis 26:3 e Gênesis 28:13). MOISÉS Já comentamos como essa aliança foi suplantada pela Nova Aliança, mas na Lei foi dada à semente terrena de Abraão, para guiá-los a Cristo, mas também manteve o povo e a identidade por séculos (ver Gálatas 3:24). Passados aproximadamente três meses da saída do Egi- to, Deus falou ao Seu povo por meio de Moisés, ao sopé do monte Sinai, para, basicamente, renovar e relembrar os ter- mos do concerto com Abraão, Isaque e Jacó: • A terra de Canaã seria deles. • Deus seria o único Deus de Israel; o povo assumiria o compromisso de guardar suas leis e mandamentos. • Seriam castigados em caso de desobediência (Ler Êxodo 6:3-8; 19:4-6; 23:20-25). Uma promessa que deve ser guardada no coração: “Ago- ra, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a mi- nha aliança, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos...vós me sereis reino sacerdotal e nação santa” (Êxodo 19:5-6). O pacto foi fechado quando o povo declarou: “Tudo o que o Senhor falou, faremos” (Êxodo 24:3). Deus requer de nós o firme propósito de acatarmos os termos da Sua alian- ça. As leis que deveriam ser obedecidas eram compostas da lei moral (aqui incluídos os Dez Mandamentos), a lei civil, a lei cerimonial. “Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Po- deroso; mas pelo meu nome, O Senhor, não lhes fui co- nhecido. Também estabeleci a minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de Canaã, a terra em que habitaram como peregrinos. Ainda ouvi os gemidos dos filhos de Is- rael, os quais os egípcios escravizam, e me lembrei da minha aliança. Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus; e sabereis Gênesis 26:3 – “Habita nela, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua descendência darei todas estas terras e con- firmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai.” Gênesis 28:13 – “Perto dele estava o Senhor e lhe disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência.” Gálatas 3:24 – “De ma- neira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.” 76 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a que eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito. E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-ladarei como possessão. Eu sou o Senhor” (Êxodo 6:3-8). “Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. Agora, pois, se dili- gentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19:4-6). “Eis que eu envio um Anjo adiante de ti, para que te guar- de pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado. Guarda-te diante dele, e ouve a sua voz, e não te rebeles contra ele, porque não perdoará a vossa transgressão; pois nele está o meu nome. Mas, se diligentemente lhe ouvires a voz e fizeres tudo o que eu disser, então, serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários. Porque o meu Anjo irá adiante de ti e te levará aos amorreus, aos heteus, aos ferezeus, aos cananeus, aos heveus e aos jebu- seus; e eu os destruirei. Não adorarás os seus deuses, nem lhes darás culto, nem farás conforme as suas obras; antes, os destruirás totalmente e despedaçarás de todo as suas colunas. Servireis ao Senhor, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfer- midades” (Êxodo 23:20-25). “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha pro- priedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Is- rael” (Êxodo 19:5-6). Ler também Êxodo 24. Moisés, o Mediador A figura do mediador (apontando para Cristo) é eviden- ciada nessa aliança mais do que em qualquer outra: “Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das trans- gressões, até que viesse o descendente a quem se fez a pro- messa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador” (Gálatas 3:19). 77 aliança de sangue Mediador (mesites) – Alguém que fica entre dois, seja a fim de estabelecer ou restaurar a paz e amizade, ou para fir- mar um pacto, ou para ratificar um acordo; um mediador de comunicação, arbitrador – Referência Strong. Qualquer sacrifício necessita um sacrificador, alguém que é o mediador celebrante da cerimônia de ratificação da aliança. A Aliança da Lei, como já dissemos, estabeleceu uma forma certa de adorar, um sistema de adoração e sacrifícios fundamentados no tabernáculo. • Tabernáculo – figura de Cristo – Êxodo 25 A Aliança Mosaica estabeleceu uma forma ritual de ado- ração e relacionamento com Deus que até então não exis- tia, havia apenas os sacrifícios de sangue voluntários. Esses sacrifícios são consolidados para os mais variados motivos na Lei Mosaica – em um tópico mais adiante abordaremos detalhadamente o aspecto dos sacrifícios. O mais importante é ver que Deus veio habitar no meio do povo com o tabernáculo e a arca da aliança. Jesus “taberna- culou” quando se fez carne e habitou entre nós (ver João 1:14). (Para um maior detalhamento deste tópico, consultar a apostila da matéria “Vida de Louvor”.) PALESTINA (VER DEUTERONÔMIO 29:1) “Ainda que os teus desterrados estejam para a extremidade dos céus, desde aí te ajuntará o Senhor, teu Deus, e te toma- rá de lá. O Senhor, teu Deus, te introduzirá na terra que teus pais possuíram, e a possuirás; e te fará bem e te multiplica- rá mais do que a teus pais. O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para ama- res o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas. O Senhor, teu Deus, porá todas estas maldições sobre os teus inimigos e sobre os teus aborrece- dores, que te perseguiram. De novo, pois, darás ouvidos à voz do Senhor; cumprirás todos os seus mandamentos que hoje te ordeno. O Senhor, teu Deus, te dará abundância em toda obra das tuas mãos, no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto da tua terra e te beneficiará; porquanto o Senhor tornará a exultar em ti, para te fazer bem, como exultou em teus pais; se deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, guardando os seus mandamentos e os João 1:14 – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” Deuteronômio 29:1 – “São estas as palavras da aliança que o Senhor ordenou a Moisés fizesse com os filhos de Israel na terra de Moabe, além da aliança que fizera com eles em Horebe.” 78 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a seus estatutos, escritos neste Livro da Lei, se te converteres ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma” (Deuteronômio 30:4-10). Nos capítulos finais do livro de Deuteronômio, os filhos de Israel — a semente física de Abraão — enfrentam uma crise na- cional. Estão prestes a passar da liderança comprovada de Moi- sés para a liderança iniciante de Josué. Estão na entrada da terra que lhes foi prometida por Deus, reafirmando, a Israel, claramen- te, o título de posse da terra prometida. Apesar da infidelidade e da descrença manifestadas tão frequentemente na história de Israel desde a promessa a Abraão até então, a aliança não foi anulada. A terra ainda era deles por promessa. Além disso, a in- trodução de uma aliança condicional, sob a qual Israel estava então vivendo, não podia desprezar nem havia posto de lado a promessa original e misericordiosa referente ao propósito de Deus. Esse fato é a base do argumento de Paulo ao escrever: “Uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa” (Gálatas 3:17). Essa aliança é uma confirmação e uma ampliação da alian- ça original feita com Abraão. A Aliança Palestínica estende as características da terra da Aliança Abraâmica. A ampliação, vin- da após a descrença e a desobediência intencionais na vida da nação, apoia a tese de que a promessa original seria cumprida a despeito da desobediência posterior dos descendentes. DAVI Nesta aliança, a promessa do Reino de reis restaurado é estabelecida. Esse Rei dos reis será da linhagem de Davi. É importante ver que Salomão não cumpriu todas as promes- sas feitas a Davi, mas Jesus as cumprirá. “Agora, pois, assim dirás ao meu servo Davi: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Tomei-te da malhada, de detrás das ovelhas, para que fosses príncipe sobre o meu povo, sobre Israel. E fui contigo, por onde quer que andaste, eliminei os teus inimigos diante de ti e fiz grande o teu nome, como só os grandes têm na terra. Prepararei lugar para o meu povo, para Israel, e o plantarei, para que habite no seu lugar e não mais seja perturbado, e jamais os filhos da perversi- dade o aflijam, como dantes, desde o dia em que mandei houvesse juízes sobre o meu povo de Israel. Dar-te-ei, po- 79 aliança de sangue rém, descanso de todos os teus inimigos; também o Senhor te faz saber que ele, o Senhor, te fará casa. Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, fa- rei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Samuel 7:8-16). Leia também: Salmo 89. A promessa da descendência presente na Aliança Abraâ- mica é agora posta no centro da Aliança Davídica. As promes- sas da descendência geral e da linhagem de descendência de Davi, com seu reino, sua casa e seu trono, são ampliadas: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o go- verno está sobre os seus ombros; eo seu nome será: Mara- vilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Isaías 9:6-7). NOVA ALIANÇA A promessa de uma nova aliança foi feita ainda na Velha Aliança: “Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anula- ram a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na men- te, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jeremias 31:31-33). 80 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a A nova aliança foi selada com o sangue de Jesus, com Seu sacrifício voluntário, com Sua morte expiatória (ver Mateus 26:28). A nova aliança é superior à antiga (ver Hebreus 8:6). E as melhores promessas são: • Os que se arrependem têm seus pecados totalmente perdoados (Hebreus 8:12). • Um novo coração e uma nova natureza recebem aqueles que verdadeiramente amam e obedecem a Deus (Ezequiel 11:19-20). • São recebidos como filhos de Deus (Romanos 8:15-16). • Têm experiência maior em relação ao Espírito Santo (Joel 2:28; Atos 1:5,8). Como vimos, de aliança em aliança, Deus prosseguiu na execução do Seu plano de salvação dos homens, sempre ofe- recendo novas oportunidades. A primeira manifestação desse plano está em Gênesis (ver Gênesis 3:15). Para isso, “Deus mandou o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eter- na” (João 3:16). Já não é mais necessário sacrifício de ani- mais para reparar nossas culpas, como no antigo concerto. O sangue do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” manifestou-se por um ato único, perfeito e eficaz: o sacrifício voluntário de uma pessoa sem pecado — Jesus Cristo — que abriu o caminho da reconciliação do pecador com Deus. • Graça sobre graça. Como temos visto, em todas as alianças a graça de Deus está de alguma forma manifestada. Até mesmo na Lei, vemos Deus graciosamente tomando a iniciativa, trazendo e tole- rando Israel. Mas a graça de Deus atinge o status de abundan- te na Nova Aliança (ver Tito 2:11). “Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moi- sés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (João 1:16-18). Mateus 26:28 – Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão de pecados. Hebreus 8:6 – “Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.” Gênesis 3:15 – “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e o seu descendente; este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Tito 2:11 – “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.” 81 aliança de sangue “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus... Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo” (Romanos 5:1-2, 17). • Revelação plena e definitiva de Deus. “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o res- plendor da glória e a expressão exata do seu Ser, susten- tando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hebreus 1:1-3). “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me tivés- seis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde ago- ra o conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras. Cre- de-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (João 14:6-12). • Cumprimento de todas as outras: – Filho de Davi, Filho de Abraão (ver Mateus 1:1). – Cumprimento da Lei (ver Mateus 5:17). – O descendente de mulher (Isaías 7:14). Mateus 1:1 – “Livro da genealogia de Jesus Cris- to, filho de Davi, filho de Abraão.” Mateus 5:17 – “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” Isaías 7:14 – “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.” 82 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a • Escrita nos corações – Relacionamento no espírito. A Nova Aliança instaura o novo nascimento e o relacio- namento no espírito com Deus; uma nova natureza viva é concedida ao homem. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8:1-4). “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Se- nhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito... Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Coríntios 3:17-18; 4.6-7). • Dispensação plena – Plenitude de Deus. “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o res- plendor da glória e a expressão exata do seu Ser, susten- tando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hebreus 1:1-3). “Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como so- bre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundi- 83 aliança de sangue dade e conhecer o amor de Cristo,que excede todo enten- dimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós...” (Efésios 3:14-20). • Abençoados (ver Efésios 1:3). • Salvação. “... como escaparemos nós, se negligenciarmos tão gran- de salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouvi- ram... Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obede- cem” (Hebreus 2:3, 5.8-9). • Perdão (ver Atos 10:43). • Justificação (ver 2 Coríntios 5:21). • Regeneração (ver 1 Pedro 1:23). • Garantia: “... em quem também vós, depois que ouvistes a pala- vra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Efésios 1:13-14). “Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vos- so trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos. Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança...” (Hebreus 6:10-11). • Santificação (ver 1 Tessalonicenses 5:23). • Adoção: Efésios 1:3 – “Bendito o Deus e Pai de nosso Se- nhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo...”. Atos 10:43 – “Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados.” 2 Coríntios 5:21 – “Aquele que não conhe- ceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” 1 Pedro 1:23 – “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, median- te a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” 1 Tessalonicenses 5:23 – “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” 84 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escra- vidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas rece- bestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os so- frimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sa- bemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a reden- ção do nosso corpo” (Romanos 8:14-23). • Bênção aos gentios (todas as famílias) (ver João 1:11-12). “Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na car- ne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos manda- mentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconci- liasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregri- nos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedica- João 1:11-12 – “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome...” 85 aliança de sangue do ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito... Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios, se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a mim confiada para vós outros; pois, segundo uma revelação, me foi dado conhe- cer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discer- nimento do mistério de Cristo, o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, ago- ra, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito, a saber, que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Je- sus por meio do evangelho; do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de Deus a mim concedida segun- do a força operante do seu poder. A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifes- tar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Je- sus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele” (Efésios 2:11-22, 3:1-12). • Derramamento do Espírito Santo: “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (João 7:37-39). “E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausen- tassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assenta- 86 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a dos. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem (...) Da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e roma- nos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus? (...) Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para re- missão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outrosé a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar” (Atos 1:4,8; 2:1-4, 10-11, 38-39). • Curados (ver Atos 10:38). “E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto ho- mens como mulheres, agregados ao Senhor, a ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem sobre leitos e macas, para que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles. Afluía também muita gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados” (Atos 5:14-16). • Libertos (ver Colossenses 1:13-14). • Garantia da ressurreição: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, me- diante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebata- dos juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1 Tessalonicenses 4:13-18). Atos 10:38 – “... como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” Colossenses 1:13-14 – “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” 87 aliança de sangue “Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não res- suscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asse- verado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais in- felizes de todos os homens. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivifi- cados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Coríntios 15:12-23). • Vida eterna (ver João 3:16). Leia também: Apocalipse 21. SANGUE, SACRIFÍCIO E MORTE Quando meditamos em todas essas passagens e verda- des nos deparamos constantemente com as expressões “san- gue”, “sacrifício” e “morte”. Existe obviamente uma intrínseca relação entre essas práticas na Bíblia e o relacionamento de aliança entre Deus e os homens. Antes de estudarmos mais a fundo algumas passagens específicas, faz-se necessário alguns entendimentos gerais: 1. Limitação da revelação. Quando lemos a Bíblia hoje, depois de Cristo, do estabelecimento da Nova Aliança e da Igreja, temos já séculos de progres- são na revelação de Deus, que teve seu ápice na pessoa de Cristo. Precisamos nos lembrar de que os personagens das primeiras alianças não tinham esse entendimento. João 3:16 – “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” 88 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós ou- tros destinada, investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espí- rito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão teste- munho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar” (1 Pedro 1:10-12). 2. Limitação da língua, cultura e época. Seguindo o pri- meiro argumento temos ainda outra limitação que os heróis do Antigo Testamento enfrentavam: a lín- gua hebraica e também essa cultura não lida bem com conceitos abstratos. Alma, espírito e fé são con- ceitos muito mais compreendidos na língua grega e no Novo Testamento. Essas palavras, mesmo que usadas por Moisés e outros profetas, carregam sem- pre em primeiro lugar um sentido concreto, que se pode ver ou pegar, como por exemplo: respiração, vento e fidelidade. Dessas duas situações surge a necessidade de se usar sombras e figuras tangíveis que simbolizem princípios es- pirituais e eternos e que conduziriam os homens a agir de forma que agradasse a Deus, nas alianças e dispensações em que viviam. Derramamento de Sangue Dito isso, ao olharmos para as mais variadas formas de derramamento de sangue na Bíblia precisamos buscar a aju- da do Espírito Santo e também lançar mão da revelação ple- na do Novo Testamento para entendermos os princípios nelas escondidos. Vale lembrar que esse é o caminho inverso ao da mente de Deus, pois para Ele, Cristo foi imolado e Seu sangue derramado antes da fundação do mundo, e para que os homens entendessem o que estava se passando no calvário da Judéia, Deus foi lançando figuras variadas e limitadas para que quando o verdadeiro chegasse, eles entendessem (ver Hebreus 10:1). Não existe uma só razão para se derramar sangue ou realizar um sacrifício na Bíblia. Elas são variadas e podem ser para: Hebreus 10:1 – “Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem.” 89 aliança de sangue • Comunhão • Gratidão • Adoração • Arrependimento de pecado • Cortar a aliança Mesmo assim, todas carregam a ideia de expiação (ver Levítico 17:11 e Hebreus 9:22). • Expiação No dicionário da Língua Portuguesa, a palavra expiação é definida como um ritual que apazigua um deus irado. A palavra usada no Antigo Testamento é a palavra “ka- phar”, que a Concordância Strong traz como sendo: cobrir, pu- rificar, fazer expiação, fazer reconciliação, cobrir com betume. Dá ideia de cobrir o pecado e a vergonha. No Novo Testamen- to, a palavra “hilasterion” tem o mesmo sentido. Nas mais variadas culturas antigas e modernas os sa- crifícios sangrentos assumiram a forma de fazer com que o ofertante seja aceito pela divindade, mas nosso foco não é estudar antropologia, mas entender quando isso começou a ser usado na Palavra de Deus. Vestimenta de peles Como vimos, foi na aliança adâmica que o sistema sacri- ficial começou: “Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, per- cebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si... Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, por- que estava nu, tive medo, e me escondi... Fez o Senhor Deus ves- timenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu” (Gênesis 3:7, 10, 21). Vemos claramente Deus “cobrindo” a vergonha causada pelo pecado após prometer que o descendente de mulher os livraria (redimiria) daquela condição. Um animal é morto para que sua pele cubra a vergonha e dessa formao homem possa se aproximar de Deus. Essa atitude foi repetida por Abel, Noé e Abraão. Apesar de ser uma revelação limitada, o animal fala de dois princípios: Levítico 17:11 – “Por- que a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o san- gue que fará expiação em virtude da vida.” Hebreus 9:22 – “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão.” 90 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a 1. Um substituto que não se opõe – Cristo não se opôs, mas como ovelha muda foi entregue aos seus tos- quiadores. 2. Não tem nenhum pecado – Cristo nunca pecou, era puro e por isso capaz de nos justificar. “Carne Com A Sua Vida” Dentro da aliança Noética, é ampliada a revelação do sangue e do sacrifício. Posteriormente amplificada pela Lei, é nessa aliança que nasce a proibição de comer o sangue com o entendimento de que o sangue é a vida do corpo. “Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis. Certamente, requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do homem, sim, da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem. Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem” (Gênesis 9:4-6). Sobre essa passagem apresentamos duas importantes observações. 1. Comer animais vivos e matar um homem. A palavra traduzida por vida nessa palavra é a pala- vra “nephesh”, muitas vezes traduzida por alma no Antigo Testamento, mas fala mais sobre o corpo es- tar vivo, respirando. Os antigos israelitas pensavam que o sangue era o princípio vital (a vida invisível) dos animais e dos seres humanos. Portanto, a proibi- ção de comer carne sem sangrar era uma forma de afirmar que a vida pertence exclusivamente a Deus, o doador de toda vida. 2. O elemento que mantém a vida é (naquele nível de revelação) o sangue. Desse ponto em diante, “derra- mar sangue” ou “pelo sangue” vai significar especi- ficamente matar ou imolar alguém ou um animal, derramar a vida. 91 aliança de sangue Vemos costumeiramente dois elementos concretos do Antigo Testamento assumindo a função do espírito humano no Novo Testamento, são eles: • Fôlego (ver Gênesis 6:17; Gênesis 7:15 e Isaías 42:5) • Sangue “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. Portanto, tenho dito aos filhos de Israel: nenhuma alma de entre vós comerá sangue, nem o estrangeiro que peregrina entre vós o comerá. Qualquer homem dos filhos de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós que caçar animal ou ave que se come derramará o seu sangue e o cobrirá com pó. Portanto, a vida de toda carne é o seu sangue; por isso, tenho dito aos filhos de Israel: não comereis o sangue de nenhuma carne, porque a vida de toda carne é o seu sangue; qualquer que o comer será eliminado” (Levítico 17:11, 14). Mas o Novo Testamento diz: “Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta”. "Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tiago 2:26). Páscoa Imediatamente antes de sair do Egito o povo de Israel celebrou a Páscoa. Essa cerimônia revela que a morte sacri- ficial nos protege da destruição. Um cordeiro sem defeito foi imolado e tostado totalmente e o sangue (a vida da carne) foi aspergido sobre a porta da casa e então o devorador não pôde entrar naquela casa. Logo após essa cerimônia o povo sai liberto do Egito carregando grande riqueza (Êxodo 12). Ver Hebreus 11:28. • Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (ver João 1:29). • Depois de Sua morte, Sua vida veio a nós (ver Efésios 2:1-8). • Fomos libertos do cativeiro do pecado e do diabo (ver Colossenses 1:13-14). Gênesis 6:17 – “Porque estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá.” Gênesis 7:15 – “De toda carne, em que havia fôlego de vida, entraram de dois em dois para Noé na arca.” Isaías 42:5 – “Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela.” Hebreus 11:28 – “Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogê- nitos dos israelitas.” João 1:29 – “No dia se- guinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” Efésios 2:8 – “Porque pela graça sois salvos, me- diante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” Colossenses 1:13-14 – “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” 92 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a • Nele temos uma herança (ver Romanos 8:17). Lei Cerimonial Como vimos, a Aliança Abraâmica foi consolidada com o sacrifício de alguns animais, mas o pleno uso do sistema de sacrifício foi estabelecido por Moisés na Lei. De fato a própria aliança foi sancionada com aspersão do sangue sobre cada um dos elementos dela (Êxodo 24). A Lei também instituiu um sistema de culto e sacrifícios. • Ofertas pacíficas • Oferta de aroma suave • Oferta pela culpa • Oferta pelo pecado • Sacerdote A figura do sacerdote é estabelecida neste momento para ser o mediador das ofertas. Aqui se estabelece o sacerdócio levítico (Êxodo 28 e 29). “Mas os levitas, segundo a tribo de seus pais, não foram contados entre eles, porquanto o Senhor falara a Moisés, dizendo: Somente não contarás a tribo de Levi, nem levan- tarás o censo deles entre os filhos de Israel; mas incumbe tu os levitas de cuidarem do tabernáculo do Testemunho, e de todos os seus utensílios, e de tudo o que lhe perten- ce; eles levarão o tabernáculo e todos os seus utensílios; eles ministrarão no tabernáculo e acampar-se-ão ao redor dele. Quando o tabernáculo partir, os levitas o desarma- rão; e, quando assentar no arraial, os levitas o armarão; o estranho que se aproximar morrerá. Os filhos de Israel se acamparão, cada um no seu arraial e cada um junto ao seu estandarte, segundo as suas turmas. Mas os levitas se acamparão ao redor do tabernáculo do Testemunho, para que não haja ira sobre a congregação dos filhos de Israel; pelo que os levitas tomarão a si o cuidar do tabernáculo do Testemunho” (Números 1:47-53). “Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os ho- mens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a fa- vor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados, e é capaz de condoer-se dos ignorantes e Romanos 8:17 – “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.” 93 aliança de sangue dos que erram, pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas. E, por esta razão, deve oferecer sacrifícios pelos pecados, tanto do povo como de si mesmo. Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão. Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei; como em outro lugar também diz: Tu és sa- cerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hebreus 5:1-6). • Dia da expiação E é no grande dia da expiação que temos o principal evento relacionado aos sacrifícios. Note que os sacrifícios não são repetições da aliança, que foi consolidada uma única vez, mas o dia a dia de quem guarda a aliança e se reconcilia com Deus. “Disse mais o Senhor a Moisés: Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocaçãoe afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao Senhor. Nesse mesmo dia, nenhuma obra fareis, porque é o Dia da Expiação, para fazer expiação por vós perante o Senhor, vosso Deus. Porque toda alma que, nesse dia, se não afligir será eliminada do seu povo. Quem, nesse dia, fizer alguma obra, a esse eu des- truirei do meio do seu povo. Nenhuma obra fareis; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações, em todas as vossas moradas. Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra tarde, celebra- reis o vosso sábado” (Levítico 23:26-32). Mais conhecido hoje como Yon Kippur, o dia da expiação era o único dia do ano em que um homem adentrava na pre- sença de Deus confinada no Santo dos Santos. Mas ele não poderia fazer isso de qualquer forma, havia a necessidade de quatro animais: • Um bode expiatório no qual o sacerdote impunha as mãos e ele era solto no deserto (ver Hebreus 13:13). • Um bode para ser queimado em oferta para o peca- do (ver Hebreus 10:10). • Um novilho que era ofertado pelos pecados do pró- prio sacerdote. Hebreus 13:13 – “Saia- mos, pois, a ele, fora do arraial, levando o seu vitupério.” Hebreus 10:10 – “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.” 94 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a “Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os ho- mens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a fa- vor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados, e é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas. E, por esta razão, deve oferecer sacrifícios pelos pecados, tanto do povo como de si mesmo. Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão. Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei; como em outro lugar também diz: Tu és sa- cerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hebreus 5:1-10). • Um cordeiro como oferta de aroma suave (ver Efésios 5:2). Os três animais restantes eram então imolados, seus sangues eram derramados e sua carne queimada no altar de sacrifício. “Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Naza- reno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por in- termédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela. Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado. Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria car- ne repousará em esperança, porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrup- ção. Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me- -ás de alegria na tua presença. Irmãos, seja-me permitido Efésios 5:2 – “... e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” 95 aliança de sangue dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje. Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assen- ta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificas- tes, Deus o fez Senhor e Cristo” (Atos 2:22-36). Então o sacerdote entrava no santo dos santos com o sangue (a vida) desses animais e o aspergia sobre o propi- ciatório para que a presença do homem fosse aceita diante de Deus. Leia também Hebreus 9 e 10. Como vimos, Cristo assumiu todas as posições do dia da expiação. Ele é o sacerdote de uma nova lei (Espírito e Vida). Ele é também representativamente cada um dos animais. Ele se fez pecado na cruz, foi imolado quando morreu, foi con- sumado quando foi ao inferno, entrou no santo dos santos e fez a propiciação por nossos pecados e nos mantém aceitos por Deus, por continuar sendo homem perfeito diante do pai como nosso intercessor (ver Hebreus 2:14; Romanos 3:25; Romanos 5:9; Efésios 1:7 e Hebreus 12:24). “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedi- mento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso san- gue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1:18-19). “Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas também com a água e com o sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade” (1 João 5:6). Hebreus 2:14 – “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo.” Romanos 3:25 – “A quem Deus propôs, no seu san- gue, como propiciação, me- diante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados ante- riormente cometidos.” Romanos 5:9 – “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Efésios 1:7 – “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça.” Hebreus 12:24 – “... e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coi- sas superiores ao que fala o próprio Abel.” 96 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a Sacrifícios da Nova Aliança Como temos visto, Cristo cumpriu todos os sacrifícios de sangue, de forma que hoje nosso relacionamento com Ele é baseado no Espírito. • Adoração é no espírito “Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Je- sus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os ver- dadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4:20-24). • Controle do corpo, culto racional (Romanos 12:1) • Vida no espírito “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclina- ções da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pen- samentos; e éramos, por natureza, filhosda ira, como tam- bém os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou” (Efésios 2:1-4). • Selados no espírito (ver Efésios 1:13) • Unidos com Deus no espírito (1 Coríntios 6:17) Ceia A ceia é a celebração da Nova Aliança, além de um me- morial, como já vimos. Nela celebramos a morte de Cristo e anunciamos Sua segunda vinda. Ao participarmos do pão e do vinho somos apresentados à carne de Cristo sendo moída por nós e ao Seu sangue der- ramado que representa Sua vida indo até o inferno para nos Romanos 12:1 – “Rogo- vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Efésios 1:13 – “Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa.” 1 Coríntios 6:17 – “Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele.” 97 aliança de sangue resgatar. Além disso, essa vida sela uma nova e eterna Aliança que não está baseada em nossa obediência, mas na Dele. Comprometemo-nos, portanto, a seguir Suas pegadas e a zelarmos uns pelos outros como corpo Dele que somos (ver 1 Coríntios 11:23-24). 1 Coríntios 11:23-24 – “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.” 98 RHEMABRASIL - MÓdulO 1a PERGUNTAS 1. Quais são as três bases para se fazer uma aliança? 2. Defina aliança. 3. Quais são as oito alianças entre Deus e o homem? 4. Qual elemento dá sentido à aliança? 5. Por que jurar em aliança? 6. Quais são os termos básicos das alianças entre Deus e o homem? 7. Liste alguns memoriais. 8. Onde deve ser registrada a Nova Aliança? 9. O que é uma dispensação? 10. Quais são as sete dispensações? 11. Diferencie Aliança da Lei de Aliança da Graça. 12. Discorra sobre o objetivo de cada aliança. 13. Por que a Aliança Edênica não tem necessidade de derramamento de sangue? 14. Qual era o objetivo dos sacrifícios na Velha Aliança? 15. Defina expiação.