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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA Agronomia – CCP – 2017 Disciplina: Docente: Marluce Santa Brígida Discentes: Alana Xavier Alessa Medeiros Brendo Anjos Fernando Apoliano Karoline Moraes Luis Sirineu Capitão Poço – PA 2021 1 CULTIVO DA MALVA E JUTA ( FIBRAS VEGETAIS) 2.1. ORIGEM As culturas malva e juta tem sua origem na Ásia e Índia; Mais tarde a malva do Amazonas fez do Brasil o único país fora da Ásia a fazer concorrência com a produção indiana; Com a criação de polos para a extração da fibra, o Brasil tornou-se autossuficiente para a importação da fibra. 2 z 2.1.1 IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA: Geração de empregos nas atividades que vem desde a produção de sementes até a industrialização e comercialização dos seus manufaturados; Gera renda para as populações ribeirinhas; Aumenta o interesse de desenvolvimento sustentável no meio rural para a agricultura familiar. z 2.1.1. USO DOS SUBPRODUTOS: z 2.2. BOTÂNICA MALVA: Reino: Plantae; Divisão: Magnoliophyta; Classe: Magnoliopsida; Ordem: Malvales; Família: Malvaceae; Espécie: Urena lobata L. z 2.2. BOTÂNICA MALVA: Comporta-se como arbusto de caule ereto, ramoso, encontrado na região pesquisada com até 4 m de altura, ramos alternos cilíndricos, estrelado-pubescentes; Fonte: Google imagens. z 2.2. BOTÂNICA MALVA: Folhas alternas, pecioladas, variáveis na forma e no tamanho, 2-12 cm de comprimento e de largura, cordiformes na base; ovadas ou orbiculares, palmatífidas, angulosamente lobadas, 3-7 nervadas Fonte: Google imagens. z 2.2. BOTÂNICA MALVA: Flores curto pediceladas, solitárias, roxa ou róseas; invólucro e cálice de 9 mm, gamossépalos, persistentes; pétalas 5, de 12-15 mm, unidas entre si e com o androceu; fruto cápsula (“carrapicho”) subglobosa, composta de 5 carpelos indeiscentes, secos e tomentosos, cobertos de espinhos moles e recurvados, que aderem a roupa; sementes lisas, cuneiformes de um lado e arredondadas do outro. z 2.2. BOTÂNICA JUTA: família Tilicae; subfamília Tilioideae; é uma planta anual herbácea ou sublenhosa, de três a cinco metros de altura; caule simples, cilíndrico raramente ramificado na parte inferior; Possui folhas alternadas, agudas, acuminadas ou lanceoladas, lisas, verde-claras, de cinco a dez centímetros de comprimento. Fonte: Google imagens. z 2.3. Ecofisiologia e implicações básicas do manejo da cultura da malva (Urena lobata L.) e juta (Corchoros capsularis) Ecofisiologia : caracteriza-se como a ciência que estuda as adaptações dos organismos , diante das frequentes e distintas condições ambientais drásticas ou gradativas mudanças naturais ou antrópicas. Fonte: Openedition z 2.3. Ecofisiologia e implicações básicas do manejo da cultura da malva (Urena lobata L.) e juta (Corchoros capsularis) Roçado tradicional da Região Amazônica (alteração antrópica) Fonte: BNCamazonas z 2.3. Ecofisiologia e implicações básicas do manejo da cultura da malva (Urena lobata L.) e juta (Corchoros capsularis) Cultivo de Malva e Juta em terra firme. Fonte: BNCamazonas Fonte: Dreamstime z 2.4. Cultivares da malva (Urena lobata L.) e juta (Corchoros capsularis) Malva foguete; Malva ligeira; Malva maxixe Pavoni malacophila (para fins de ornamentais e medicinais). Malva branca; Malva rosa. z Fonte: Agrofloresta Fonte: Globorural z Pavoni malacophila (para fins de ornamentais e medicinais). Fonte: Tuasaúde Fonte: GazetaRS z Cultivares da malva (Urena lobata L.) e juta (Corchoros capsularis) Diferentes tipos de folhas de Malva e Juta. Fonte: EMBRAPA Fonte: EMBRAPA MALVA JUTA z As sementes e os grãos armazenados podem sofrer ataque dos coledpteros Zabrotes subfasciatus e Acanthoscelides obsoletus. 17 2.5. MANEJO DE PRAGAS DA MALVA Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens z A malva também atacada por formigas (Atta spp. e Acromyrmex spp.). 18 2.5. MANEJO DE PRAGAS DA MALVA Fonte: Google imagens z 2.5. MANEJO DE PRAGAS DA MALVA As pragas mais importantes que atacam a cultura da malva, destruindo as folhagens, são: Anomis ilita e Phyciodes minima. Comprimento 30mm Cor marrom Lagarta de cor esverdeada medindo cerca de 20mm Se alimentam das folhas e a incidência é mais frequente nos primeiros 4 meses 19 Fonte: Google imagens z 2.6. MANEJO DE DOENÇAS DA MALVA A malva é atacada por uma doença denominada de rachadura das hastes, causada pelo fungo Phomopsis sp. Outras doenças que podem ocorrer: Clorose infecciosa das malváceas – mosqueamento das folhas. Vermelhão – manchas de cor vermelha, às vezes associadas à anterior. 20 z 2.5. MANEJO DE PRAGAS DA JUTA As mais importantes são: a lagarta Anomis editrix. 21 Fonte: Google imagens z As cigarrinhas: Oncometopeia sp. e Erythrogonia quinquemaculata. 22 2.5. MANEJO DE PRAGAS DA JUTA Fonte: Google imagens z Formiga preta “carieiro” - Acromyrnex laticeph nigricetorius COMBATE: Lagartas, com Malathyon, 100 ml/100 l de água Formigas, com iscas de Dodecacloro. 23 2.5. MANEJO DE PRAGAS DA JUTA z 2.6. MANEJO DE DOENÇAS DA JUTA Antracnose ou mancha preta, causada pelo fungo Colletotruchum corchorum. Galha das raízes, que parece com batatas, causada pelo nematoide Meloidogyne incognita. Combate: não existe ainda um controle economicamente viável para as duas doenças. 24 z 2.7. Calagem e adubação Malva e juta 25 Deve ser recomendada com base nos resultados da analise do solo e realizada entre 45 e 60 dias antes do plantio. Aplicacão de 40 kg/ha de N 80 kg/ha de P2O5 80 kg/ha de K2O Fontes de nutrientes sulfato de amonio, superfosfato triplo e cloreto de potássio, respectivamente. z 2.8. COLHEITA Realizado manualmente; Material utilizado: terçado ou foice; A colheita deve ser feita quando as plantas atingirem o estágio entre a floração e inicio da frutificação (7 a 8 meses após o plantio); Altura de 10 cm do solo; Enfeixamento das hastes, o qual facilita o transporte e empilhamento; Acelera o processo de maceração. 26 Fonte: Reporter Parintis z TRANSPORTE PARA O LOCAL DE MACERAÇÃO O transporte dos feixes para o local de maceração é feito, utilizando-se animais ou nos ombros. 27 Fonte: UFAM z 2.9. BENEFICIAMENTO Afogamento Desfibramento Lavagem Secagem Enfardamento 28 Fonte: Fotografia Uol z AFOGAMENTO Os feixes serão colocados na água; Com ajuda de madeiras; Período de 15 a 30 dias; Nesse período ocorre a maceração; 29 Fonte: UFAM z DESFIBRAMENTO Realizada manualmente; Após o período de maceração; Quando as fibras começam se destacar do lenho; 30 Fonte: Parintis Press z LAVAGEM As fibras devem ser lavadas, fazendo-se a bateção e agitação da fibra dentro da água, estendendo-a imediatamente. 31 Fonte: Globoplay z SECAGEM As fibras deverão ser postas a secar em varais, devendo ser viradas; Para facilitar a uniformidade da secagem. No varal deve-se ter o cuidado de bater a fibra sempre que possível para se obter um melhor produto. 32 Fonte: Fapeam z ENFARDAMENTO Deve ser feito através de prensas rústicas, com capacidade para preparar fardos em torno de 60 kg. 33 Fonte: Britannica Escola z 2.10. Armazenamento - MALVA (Urena lobata L.) e JUTA (Corchoros capsularis). Utiliza-se o paiol , sendo essa operação realizada na propriedade. Fonte: terradedireitos.org.br Fonte: Poemas-blogger z Fonte: Vitruvius Fonte: RecearshGate z Fonte: Docplayer Fonte: Pautasnaweb z 2.11. Comercialização - MALVA (Urena lobata L.) e JUTA (Corchoros capsularis) A malva deverá ser comercializada em fardos (pacotes), diretamente coma as indústrias, cooperativas e através de associações de pequenos produtores, visando a menor intermediação. A juta também e comercializada em pacotes, sendo que esta poderá ser feita diretamente com as indústrias, cooperativas e através de associações de pequenos juticultores, visando uma melhor comercialização e menor intermediação. z Fonte: Ecobagsbrasil z A partir das indústrias, cooperativas, associações de pequenos produtores, as fibras de malva e juta que estão em pacotes são processados e trans formados em produtos, como: bolsas, sacolas,sacos, tecidos, telhas ecológicas e etc. Fonte: Peabirus Fonte: Elo7 Fonte: Oyapoc z Fonte: Sitedocafé Fonte: Industriahoje z PRINCIPAIS DESAFIOS Cadeia de malva/juta apresenta baixo nível tecnológico; Apresentam políticas públicas incipientes; Os agentes enfrentam a precariedade de infraestrutura; Produção de material genético e de sementes de qualidade ainda encontra-se com falhas; Suprir a demanda de mercado por fibras: há uma grande demanda em sacaria para diversas culturas; Definição de um sistema de produção adequado à realidade; Reduzir a influencia do ambiente no processo produtivo das fibras. 41 z PRINCIPAIS DESAFIOS Maior ênfase é dada a duas questões estratégicas: São aspectos cruciais atualmente retratados nas discussões para o desenvolvimento da competitividade da cadeia produtiva da fibra de malva amazônica. 42 produção de sementes política de proteção ao mercado das fibras regionais z PRINCIPAIS DESAFIOS Mecanização desde o plantio até o processamento da fibra. 43 Fonte: A cítrica z Projeto desenvolvido pelo Ifibram; Estratégias e ações que visaram contribuir para a melhoria da qualidade de vida das famílias produtoras de sementes e de fibras de malva; 44 A EXPERIÊNCIA DE MECANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES DE MALVA NO NORDESTE PARAENSE z Municípios Envolvidos Capitão Poço Garrafão do Norte Irituia Viseu SITUAÇÃO ANTERIOR Processo lento e pouco produtivo Impossibilidade de desenvolvimento na produção de sementes de qualidade e pouca demanda Perda no rendimento nesse processo. 45 Processo manual de separação do carrapicho. z INCREMENTO TECNOLÓGICO NA PRODUÇÃO DE SEMENTES 46 Processo mecanizado de separação do carrapicho z 47 Máquina para ventilar e retirar as impurezas das sementes z REFERÊNCIAS TECNOLOGIAS DA EMBRAPA: Contribuindo para o Desenvolvimento do Estado do Amazonas. Tecnologias sociais utilizadas na produção de sementes de malva no Estado do Pará. Inc.Soc., Brasília, DF, v.7 n.2, p.83-89, jan./jun. 2014. Disponivel em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:wLKuWdAmZ1UJ:revista.ibict.br/inclusao/article/download/1867/3445+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br Sistemas de Produção para Juta e Malva. 63. ed. Amazonas: EMBRAPA, 1985. Projeto Juta na Amazônia. 01. ed. São Paulo: Eco Bags Brasil, 2012. 48 z OBRIGADO! 49 z image4.png image5.jpeg image6.jpeg image7.png image8.jpeg image9.png image10.jpeg image11.jpg image12.jpeg image13.jpeg image14.jpeg image15.jpeg image16.jpeg image17.png image18.jpeg image19.jpg image20.jpg image21.jpg image22.jpg image23.jpg image24.jpg image25.jpeg image26.jpeg image27.jpeg image28.jpeg image29.jpeg image30.jpeg image31.jpeg image32.jpeg image33.jpeg image34.png image35.jpeg image36.jpeg image37.png image38.jpeg image39.jpeg image40.png image41.jpeg image42.jpeg image43.png image44.png image45.jpeg image46.jpeg image47.png image48.png image49.png image50.jpeg image2.png image3.png