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Prévia do material em texto

Secretaria de Estado de Educação e Desporto 
 
Avenida Waldomiro Lustoza, 250. Japiim II 
Manaus-AM - CEP 69075-830 
 
 
 Wilson Miranda Lima 
Governador do Estado 
Maria Josepha Penella Pêgas Chaves 
Secretária de Estado de Educação e Desporto, em exercício 
Hellen Cristina Silva Matute 
Secretária Executiva Adjunta Pedagógica 
Arlete Mendonça 
Secretária Executiva Adjunta da Capital 
Ana Maria Araújo 
Secretária Executiva Adjunta do Interior 
Rosalina Moraes Lobo 
Secretária Executiva Adjunta de Gestão 
Adriana Maciel Antonaccio 
Diretora do Departamento de Políticas e Programas Educacionais 
Karol Regina Soares Benfica 
Gerente do Núcleo de Gestão Curricular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secretaria de Estado de Educação e Desporto 
 
Avenida Waldomiro Lustoza, 250. Japiim II 
Manaus-AM - CEP 69075-830 
 
 
Ficha Técnica 
 
Elaboração 
Eriberto Barroso Façanha Filho 
Hellen Grace Melo Gomes 
Marta Célia Monteiro Bezerra de Lima Araújo 
Nilo da Silva Sena Filho 
Raphael Xavier Barbosa 
 Vera Lúcia Lourido Barreto 
 
Coordenação: 
Ana Maria Pinho Cavalcante Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secretaria de Estado de Educação e Desporto 
 
Avenida Waldomiro Lustoza, 250. Japiim II 
Manaus-AM - CEP 69075-830 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
CD- Cultura Digital 
EASA- Educação Ambiental e Sustentabilidade no Amazonas 
EFFE- Educação Financeira, Fiscal e Empreendedora 
IDA- Interculturalidade e Diversidade Amazônica 
IF- Itinerário Formativo 
OG- Organizador Curricular 
PE- Plano de Ensino 
UCC- Unidade Curricular Comum 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Manaus-AM - CEP 69075-830 
 
 Sumário 
Apresentação................................................................................................................. 6 
Introdução:.................................................................................................................... 7 
UNIDADE 01: Educação, Finanças e Orçamento na Vida Familiar. 
1. Conceitos de Educação Financeira.......................................................................... 10 
2. Orçamento: doméstico, pessoal ou familiar- despesas fixas, variáveis, eventuais e 
extraordinárias............................................................................................................... 19 
 2..1. O que é orçamento?....................................................................................... 19 
 2 .2. Como elaborar um orçamento? .................................................................... 31 
 2..3. Participação da família no orçamento............................................................ 51 
UNIDADE 02: Consumo Consciente e Saúde Financeira 
1. Planejar o consumo de forma consciente................................................................. 75 
2. Finanças Comportamentais...................................................................................... 79 
3. Receitas e Despesas..................................................................................................... 84 
4. Análise de despesas e identificação de desperdício.................................................... 88 
 4.1. Preço à vista e a prazo.......................................................................................... 92 
 4.2. Financiar ou poupar?.......................................................................................... 95 
 4.3. Porcentagem - a diferenças que a taxa de juros faz no dinheiro poupado....... 96 
 4.4. Endividamento por empréstimo..................................................................... 100 
 4.5. Definição de Créditos e Taxa nominal de juros................................................ 104 
 UNIDADE 03: Cidadania e Educação Fiscal 
 1. Cidadania.................................................................................................................. 111 
 1.1. Ética e Cidadania................................................................................................. 112 
 1.2. Participação e Controle Social........................................................................... 113 
 2. Educação Fiscal......................................................................................................... 116 
 2.1. Tributação (impostos, taxas e tributos) ........................................................... 118 
 2.2. Tributo: pessoa física e jurídica......................................................................... 121 
 2.3. Princípios de Finanças Públicas...................................................................... 122 
 UNIDADE 04: Aprendendo a Empreender 
1. Empreendedorismo.................................................................................................. 124 
 1.1. Conceituando empreendedorismo................................................................... 126 
 1.2. O intraempreendedor. .................................................................................. 127 
 1.3. Processo empreendedor................................................................................. 129 
 2. A teoria visionária de Fillion.............................................................................. 129 
2.1. Ser 
empreendedor.............................................................................................................. 132 
2.2. Características empreendedoras................................................................................. 
133 
2.3. Características do empreendedor......................................................................... 134 
3. Plano de negócios..................................................................................................... 134 
 3.1. 
Planejamento............................................................................................................... 135 
 3.2. Plano de negócios............................................................................................. 135 
 
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Manaus-AM - CEP 69075-830 
 
 3.3. Elaboração de seu plano de negócios................................................................ 136 
 3.4. Sumário executivo............................................................................................. 137 
 3.5. Descrição do negócio......................................................................................... 138 
4. Definição estratégica ............................................................................................... 140 
 4.1. 
Estratégias..................................................................................................................... 141 
 4.2. Análise de mercado........................................................................................... 145 
 4.3. Plano de marketing........................................................................................... 148 
 4.4. Fatores financeiros............................................................................................ 154 
REFERÊNCIAS............................................................................................................. 155 
6 
 
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Apresentação 
 
O Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de 
Educação e Desporto (SEDUC/AM), tem a grata satisfação de apresentar o Caderno 
Pedagógico da Unidade Comum Curricular (UCC) - Educação Financeira, Fiscal e 
Empreendedora. 
Este documento surge como parte do processo de implementação da Reforma 
do Ensino Médio, induzida pela Lei no 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, que altera a 
Lei no 9.394/1996 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e incorpora novos 
arranjoscurriculares ao Ensino Médio de todo país. 
A produção deste material é resultado do trabalho de especialistas das diversas 
áreas do conhecimento que se debruçaram em pesquisas e estudos com objetivo de 
compartilhar com todos os docentes atuantes no Ensino Médio práticas educacionais 
relevantes para auxiliar o processo de ensino e aprendizagem de cada UCC, o que deve 
ser somado às experiências de cada professor ministrante. 
Por fim, desejo um bom uso deste caderno e que ele sirva de ferramenta de 
trabalho, auxiliando na condução desse novo momento curricular pelo qual passa o 
Ensino Médio da rede estadual do Amazonas. Acredito que as temáticas abordadas 
incentivarão a busca por novas aprendizagens, capazes de tornar a tão desafiadora etapa 
final da Educação Básica mais atrativa e conectada aos interesses de nossos estudantes. 
Boas aprendizagens! 
 
MARIA JOSEPHA PENELLA PÊGAS CHAVES 
Secretária de Estado de Educação e Desporto 
 
 
 
 
7 
 
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Introdução 
Atualmente, tem se falado bastante sobre finanças, consumo, economia e 
empreendedorismo. Esse debate, deve estar presente na sala de aula, considerando 
as transformações do cenário mundial que influenciam a sociedade brasileira. 
Nesse contexto, a Base Nacional Comum Curricular- BNCC, enfatiza os Temas 
Contemporâneos Transversais, subdivididos em seis macroáreas temáticas: Meio-
ambiente, Saúde, Cidadania e Civismo, Multiculturalismo, Ciência e Tecnologia e 
Economia. 
Dessa forma, a SEDUC-Am, considerando esses temas, os quais afetam a vida 
humana em âmbito local, regional e global, garantiu a inclusão no currículo do 
estudante de ensino médio do estado do Amazonas a Unidade Curricular Comum- 
UCC, Educação Financeira, Fiscal e Empreendedora, que atende a macroárea de 
Economia. 
 Essa UCC visa promover a reflexão acerca da importância dos conhecimentos 
voltados para a educação financeira, fiscal e empreendedora, desenvolvendo 
habilidades capazes de transformar ideias em soluções inovadoras. 
 Na Unidade 1, são abordados conhecimentos referentes aos conceitos que 
fundamentam a Educação Financeira, os quais perpassam a compreensão e análise 
do funcionamento do orçamento doméstico (pessoal ou familiar), possibilitando 
ao estudante a elaboração de seu próprio orçamento a partir do contexto em que 
está inserido. 
A Unidade 2 promove discussões acerca do Consumo Consciente, propondo 
reflexão sobre o comportamento financeiro dos indivíduos, por meio de estudo, 
análise e comparação entre receitas e despesas, identificação de desperdícios, 
reconhecendo as diferenças entre preços à vista e à prazo, financiar e poupar e outras 
aplicações matemáticas que fazem parte da vida cotidiana. 
 
A Unidade 3 aborda conceitos e perspectivas acerca da ética e cidadania, 
compreendendo o funcionamento do Estado brasileiro e a função social da 
tributação, assim como, o financiamento das políticas públicas, a participação e o 
controle da sociedade sobre os gastos públicos. 
 
A unidade 4 versa sobre os principais conceitos de empreendedorismo e do 
processo empreendedor, possibilitando aos estudantes o desenvolvimento de 
ferramentas teóricas e práticas fundamentais para a elaboração de plano de negócios 
e de marketing, ampliando seus conhecimentos acerca do mundo do trabalho. 
8 
 
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Desejamos um bom trabalho e esperamos contribuir com uma prática 
pedagógica relevante no ensino dos estudantes do ensino médio do Amazonas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
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1. Educação, Finanças e Orçamento na Vida Familiar 
1. Conceitos de Educação Financeira 
2. Orçamento: doméstico, pessoal ou familiar - despesas fixas, variáveis, eventuais e 
extraordinárias 
2.1. O que é orçamento? 
2.2. Como elaborar um orçamento? 
2.3. Participação da família no orçamento. 
 
COMPETÊNCIA GERAL DA BNCC: 
C10- Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, 
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, 
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DA ÁREA DE MATEMÁTICA 
CEMAT3- Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos 
para interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos, 
analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas, de 
modo a construir argumentação consistente. 
 
HABILIDADES ESPECÍFICAS DA ÁREA DE MATEMÁTICA 
(EM13MAT203) Aplicar conceitos matemáticos no planejamento, na execução e na 
análise de ações envolvendo a utilização de aplicativos e a criação de planilhas (para o 
controle de orçamento familiar, simuladores de cálculos de juros simples e compostos, 
entre outros), para tomar decisões. 
 
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM: 
01- Compreender a Educação Financeira, assim como, sua contribuição para a cultura 
de planejamento, prevenção e investimento. 
03. Aplicar os conhecimentos acerca do consumo consciente. 
04- Utilizar ferramentas digitais na educação financeira no consumo consciente e 
sustentável. 
 
HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS: 
1. Desenvolver o senso de organização e responsabilidade alinhado ao Projeto de Vida; 
2. Cultivar o exercício da cidadania, contribuindo com a participação e controle social, 
ética e consciência crítica, responsável em relação ao cuidado com dinheiro pessoal e 
com o patrimônio público; 
3. Incentivar a proatividade nas ações cotidianas do estudante e na realização das 
atividades; 
 
 
 
10 
 
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1. Educação, Finanças e Orçamento na Vida Familiar 
 
 
A Organização para Cooperação 
e Desenvolvimento Econômico 
(OCDE, 2005) constatou que 
muitas pessoas em diferentes 
países não só carecem dos 
conhecimentos e competências 
necessárias para lidar de modo 
adequado com suas finanças 
pessoais, como também, 
desconhecem a própria 
necessidade de tais 
conhecimentos, assinalando 
uma provável origem para o 
problema. 
 
 
A Educação Financeira está muito ligada ao nosso comportamento geral e ao nosso 
modo de ser no mundo. Evitar desperdícios, por exemplo, não é uma atitude puramente 
financeira. Quem costuma evitar desperdícios o faz em relação ao dinheiro, ao lixo, à 
água, ao papel, a produtos e serviços etc. Isso mostra os pontos de relação entre a 
Educação Financeira e a responsabilidade que precisamos ter diante da sociedade e do 
meio ambiente. Simplificando, educação financeira é todo o conhecimento relacionado 
ao dinheiro e como ele funciona. Ou seja, é o processo que lhe ajuda a compreender 
melhor os produtos e serviços financeiros, assim, você se torna capaz de fazer melhores 
escolhas. 
Dessa forma, ter conhecimento sobre temas como: juros, poupança, Selic, inflação e 
outros pode ajudar você a tomar decisões financeiras de forma consciente e inteligente. 
E, quanto mais educado (a) financeiramente você for, mais consciente e confiante ficará 
para tomar decisões e utilizar o seu dinheiro da melhor forma. Além disso, ao se educar 
financeiramente você conseguirá melhorar nas decisões quanto aos cortes de gastos, 
Fonte: Disponível em:https://www12.senado.leg.br/radio. 
Acesso em 11.08.21 
 
1. Conceitos de Educação Financeira 
Financeira 
11 
 
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aumento de receitas e investir valores poupados periodicamente para ampliar seus 
recursos. 
Espera-se que a mudança de postura alcançada a partir de competências desenvolvidas 
pela Educação Financeira possa ajudar as pessoas a resolverem seus desafios cotidianos, 
bem como, desenvolver consumidores mais conscientes e organizados. Além disso, a 
educação financeiraé fundamental para estimular o desenvolvimento econômico e 
social. 
A educação financeira não é algo que aprendemos desde cedo, isso talvez, explique o 
motivo de muitas pessoas cairem na armadilha de acreditar que é tarde para mudar, ou 
que não é possível ter educação financeira depois de certa idade. 
Se você pensa assim ou já esteve nessa situação, a boa notícia é que: é sim possível ter uma 
boa educação financeira independente da sua idade e condição financeira atual. 
Mas, como conhecer a educação financeira? Por onde começar? 
O primeiro passo, você já deu, que é ter interesse no assunto. O segundo passo é buscar 
conhecimento sobre o assunto em boas fontes e fazer isso parte da sua rotina de vida. O 
terceiro passo é aplicar esse conhecimento que está sendo adquirido, afinal, o maior 
aprendizado sempre estará no campo prático. 
 
 
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) define que a 
Educação Financeira é um processo em que o indivíduo faz escolhas conscientes e se 
mantém bem informado a respeito da economia para, assim, elaborar a melhor forma de 
lidar com seu dinheiro, a ideia é que o aprendizado seja convertido em ações e em um 
comportamento prático, a partir dela, a pessoa ter melhores condições de saber o que 
fazer com seu dinheiro. 
A Educação Financeira Escolar constitui-se de um conjunto de informações através do 
qual os estudantes são introduzidos no universo do dinheiro e estimulados a produzir 
uma compreensão sobre finanças e economia, através de um processo de ensino, que os 
torne aptos a analisar, fazer julgamentos fundamentados, tomar decisões e ter posições 
críticas sobre questões financeiras que envolvam sua vida pessoal, familiar e da sociedade 
em que vivem (SILVA; POWELL, 2013, p. 12-13). 
 Objetivo 
É informar, formar e orientar indivíduos e sociedades sobre valores e competências 
necessários para desenvolver consciência sobre o consumo, de modo a possibilitar 
Conceito 
12 
 
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escolhas mais assertivas. Ela é fundamental para construir um futuro mais consciente e 
bem-planejado, proporcionando uma estrutura financeira adequada, maior qualidade de 
vida e participação na economia. 
 Os objetivos de inserção da Educação Financeira nas escolas são apresentados em dois 
grupos: os que se relacionam à dimensão espacial e os que se relacionam à dimensão 
temporal. 
 
 
Leia o texto abaixo e responda as questões em seu caderno 
 Dinheiro x Felicidade 
Um assunto muito relevante em Educação Financeira é a 
relação entre felicidade e dinheiro. Em seu caderno, tente 
escrever em apenas uma frase o que é felicidade para você. 
Em seguida, também em uma só frase, escreva o que é 
dinheiro para você. 
Mas... dinheiro traz felicidade? Em que medida felicidade 
depende de dinheiro? É possível ser feliz sem dinheiro? É 
possível ter dinheiro e não ser feliz? 
 
 
 
 
 
 
O que é educação financeira pessoal? 
Educação financeira como já falamos por aqui, é a mudança de mentalidade em prol de 
potencializar os ganhos financeiros e a boa administração deles. Esse conceito deve ser 
Agora é com você! 
O professor organizará um debate na turma sobre a relação entre dinheiro e 
felicidade. Será que a turma vai chegar a um consenso nessa história? 
Ao final do debate, registre em seu caderno as principais conclusões da turma sobre 
a relação entre felicidade e dinheiro. Se houve uma ideia ou fala de alguém que 
particularmente impressionou, chocou ou fez você pensar, registre-a também! 
 
Disponível em: 
https://pt.dreamstime.com/felicida
de-do-dinheiro-
ilustra%C3%A7%C3%A3o-
image102377812. Acesso em: 
02.12.21 
https://pt.dreamstime.com/felicidade-do-dinheiro-ilustra%C3%A7%C3%A3o-image102377812
https://pt.dreamstime.com/felicidade-do-dinheiro-ilustra%C3%A7%C3%A3o-image102377812
https://pt.dreamstime.com/felicidade-do-dinheiro-ilustra%C3%A7%C3%A3o-image102377812
https://pt.dreamstime.com/felicidade-do-dinheiro-ilustra%C3%A7%C3%A3o-image102377812
13 
 
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utilizado em todos os setores do mercado, mas, principalmente, em nossos orçamentos 
pessoais. 
Ter uma educação financeira é a chave para um presente mais tranquilo e um futuro 
confortável. Isso porque com essa prática é possível manter todas as despesas em dia, 
como contas de luz, água, aluguel, combustível e supermercado, por exemplo, investir 
em atividades financeiras que contribuam com resultados positivos a longo prazo e ainda 
garantir algum recurso para atividades de descontração, como uma viagem, cinema, 
restaurante etc. Todo mundo merece um descanso das preocupações, não é mesmo? E 
com educação financeira é possível fazer isso sem medo do dinheiro não dar. 
Existem muitos benefícios quando se exerce a educação financeira no dia a dia pessoal, 
mas o principal deles é a qualidade de vida que ela pode trazer para a sua vida e a de toda 
a sua família. 
 Como funciona a educação financeira? 
Para começar a tratar sobre a importância da educação financeira, precisamos considerar 
3 conceitos, que são: ganhar, economizar e investir. 
Isso pode parecer bastante óbvio, mas nem sempre é algo que faz parte da vida das pessoas. 
Ao menos das que passam por dificuldades constantemente. O fato é que certamente as 
pessoas bem-sucedidas, em seu meio de atuação, sabem bem como funcionam esses 
conceitos e extraem deles seu melhor proveito. 
Essas pessoas dificilmente acumulam dívidas comprando o que está acima de suas 
possibilidades financeiras. Isso porque elas têm o controle necessário sobre sua renda, 
inclusive, sendo capazes de identificar com precisão cada gasto feito. E por que isso é 
importante? Porque quando alguém registra seus gastos, consegue acompanhar melhor 
as movimentações e assim trocar uma despesa desnecessária por outra necessária, ou 
eliminá-la. 
Consequentemente, é possível repensar todo um conjunto de hábitos de consumo para 
gerar economia no fim do mês. Economizando, é possível investir. E quando a pessoa 
investe, ela age em função de sua prosperidade financeira. 
Com os gastos mapeados e controlados, é hora de investir! A prática de investir são as 
aplicações dos seus recursos em diferentes áreas, como ações, tesouro direto ou ativo 
financeiro. Com ele, você faz com que seu dinheiro trabalhe por você e gere ainda mais 
retorno no futuro. 
14 
 
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 TEXTO COMPLEMENTAR 
Educação Financeira – qual a importância de saber sobre finanças 
Com certeza, você já buscou práticas e ferramentas que te ajudem a economizar e 
organizar as finanças, não é mesmo? Controlar os gastos, poupar dinheiro ou até mesmo 
investir em ações ou fundos imobiliários podem ser ótimas alternativas, mas sem uma 
educação financeira elas também se tornam um grande obstáculo para uma vida 
financeira saudável. 
Educação financeira é muito mais do que juntar os ganhos e apertar os cintos. É 
importante criar hábito e fazer bom uso de seu dinheiro. 
A Educação Financeira é importante para que as pessoas possam ter mais consciência em 
relação ao seu orçamento pessoal, lidando com seu dinheiro e controlando suas ações, 
comprometer menos suas receitas, ou seja, utilizar seus recursos de forma planejada, 
usando o dinheiro de forma cuidadosa e planejada. 
O que é educação financeira e como surgiu? 
A educação financeira nada mais é do que a maneira como uma pessoa entende o 
universo do dinheiro e usa as ferramentas possíveis para lidar com ele. Perceba que isso 
vai além do simples ato de economizar, pois diz respeito também à consciência a respeito 
de oportunidades e riscos envolvendo esse tema. 
Conhecer sobre educação financeira possibilita decidir melhor o que fazer com seu 
dinheiro. É nesse ponto que surgem as estratégias: quanto dinheiro poupar? Ondeinvestir? Ter maior rentabilidade, liquidez ou segurança? 
O conceito surgiu a partir da ENEF (Estratégias Nacional de Educação Financeira) e 
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que definiram o 
termo como “…O processo no qual os indivíduos melhoram a sua compreensão em 
relação ao dinheiro e produtos com informação, formação e orientação. Nesse sentido, 
geram-se os valores e as competências necessárias para se tornarem mais conscientes das 
oportunidades e riscos envolvidos. Para assim poderem fazer escolhas bem informadas.”. 
Construir patrimônios, ter boas condições no futuro, honrar o compromisso das despesas 
regulares e evitar problemas financeiros parece um sonho, mas com a educação financeira 
tudo isso pode ser trabalhado e garantido. De modo geral, a conquista depende de dois 
importantes exercícios, o trabalho, que ajuda a acumular os recursos necessários ou 
desejados, e o conhecimento, que contribui para multiplicar esses recursos. 
15 
 
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ATIVIDADES 
1) O vídeo a seguir mostra a importância de se ter uma educação financeira desde cedo. 
 
https://youtu.be/EclfirCPPN4 
Por que é importante planejar o que vai gastar? 
A maneira como lidamos com nosso dinheiro é fator determinante para a nossa 
qualidade de vida. O uso adequado dos nossos recursos pode nos proporcionar equilíbrio 
nas demais áreas, evitando até mesmo conflitos pessoais que, muitas vezes, são 
ocasionados pelas crises financeiras. 
Normalmente, quem gasta além do que ganha agirá da mesma forma se passar a ganhar 
o triplo do que ganha. Em função disso, temos que frear nosso consumo, rever nossos 
gastos e planejar nossas finanças para que a nossa qualidade de vida melhore. 
fonte:https://www.meuportoseguro.com.br/meu-dinheiro/planejar-para-nao-
faltar/importancia-planejamento-financeiro-para-sua-vida/ 
 
 
 
 
 
 
Exercitando o que aprendemos 
https://youtu.be/EclfirCPPN4
https://www.meuportoseguro.com.br/meu-dinheiro/planejar-para-nao-faltar/importancia-planejamento-financeiro-para-sua-vida/
https://www.meuportoseguro.com.br/meu-dinheiro/planejar-para-nao-faltar/importancia-planejamento-financeiro-para-sua-vida/
16 
 
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Agora iremos analisar os gastos que realizamos sem sair de casa. Marque um X nas 
alternativas verdadeiras em seu cotidiano e reflita. 
 
 
 
 
Reflita sobre os questionamentos a seguir: 
1. Imagine que você ganha R$50,00 mensalmente, e deseja comprar algo que custa 
R$105,00. Qual das opções abaixo você considera mais relevante para obter o produto 
desejado? 
a) Guardar R$35,00 durante três meses e os R$15,00 restantes a cada mês, gastar da forma 
que desejar. 
b) Ficar sem dinheiro sobrando durante dois meses, guardando o total de R$50,00 e no 
terceiro mês completar com os R$5,00 que falta. 
c) Ficar sem dinheiro sobrando durante dois meses, guardando o total de R$50,00 e pedir 
a alguém os R$5,00 que falta para completar. 
Justifique a opção escolhida. 
2. Planejamento financeiro significa tornar as coisas mais agradáveis em vários aspectos 
como, por exemplo: 
● Elimina as surpresas desagradáveis no final do mês 
● Fica livre de grandes dívidas 
● Aumenta suas economias 
● E ajuda a comprar com sabedoria 
3. Análise do consumo 
Observe as compras feitas por seus familiares no supermercado, ou se possível 
acompanhe-os até lá. Dos itens comprados, quais vocês consideram essenciais e quais 
vocês consideram supérfluos (de pouca necessidade). Caso as compras com coisas 
supérfluas forem reduzidas, haverá economia no valor total gasto com as compras de 
supermercado? Dessa forma, marque o item de conclusão ao final da análise dos gastos 
realizados: 
a) Muita economia 
b) Pouca economia 
c) Nenhuma economia (pois não compramos coisas supérfluas) 
Agora iremos analisar os gastos que realizamos sem sair de casa. 
Reflita sobre os questionamentos a seguir: 
a) ( )A televisão costuma ficar ligada mesmo sem ter ninguém assistindo? 
b) ( ) Você deixa a torneira ligada mesmo enquanto ensaboa as mãos? 
c) ( ) Você costuma ter banhos longos, sempre? 
d) ( ) Você deixa carregadores na tomada mesmo sem estar carregando nenhum aparelho? 
 e) ( ) Você deixa o ventilador ligado à noite toda, mesmo nos dias mais frios? 
 f) ( ) Você abre a geladeira várias vezes e não pega nada? 
 g) ( ) Você costuma deixar a torneira pingando? 
 h) ( ) Você deixa as luzes acesas de cômodos da casa, mesmo sem necessidade? 
 Obs. Se sua resposta foi “sim” para a maioria das perguntas, você está perdendo muito 
dinheiro, e, além disso, prejudicando o meio ambiente. Reflita se não é interessante rever as 
atitudes. 
 
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Um sonho 
(Adaptado) Bárbara é uma menina de 13 anos e outro dia ela sonhou que estava num 
planeta distante e encontrou um extraterrestre. Bárbara queria mostrar ao ET alguma 
coisa da Terra e a única coisa que ela havia levado em seu bolso era uma nota de R$10,00. 
Ela mostrou ao ET e disse que era dinheiro, que seu pai tinha dado a ela. O ET então 
perguntou. 
- O que é dinheiro? 
- Para que as pessoas usam dinheiro no seu mundo? 
- Como os seus pais conseguem dinheiro? 
Ao acordar, Bárbara ficou pensando nas melhores respostas que ela poderia dar ao ET. 
Quais respostas você daria para as perguntas feitas pelo ET? 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
Como é importante mantermos nosso orçamento pessoal e familiar sempre 
atualizado e sob nosso controle. Mas, afinal, o que é esse tal de orçamento? 
2.1. O que é orçamento? 
2. Orçamento doméstico, pessoal ou familiar - despesas 
fixas, variáveis, eventuais e extraordinárias 
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Orçamento pode ser visto como uma ferramenta de planejamento financeiro que contribui para 
a realização de sonhos e projetos. 
Funciona assim, para que se tenha um bom planejamento, é necessário saber 
aonde se quer chegar. É necessário internalizar a visão de futuro trazida pela perspectiva 
de realização do projeto, e estabelecer metas claras e objetivas. Mas essas metas 
geralmente precisam de recursos financeiros para que sejam alcançadas ou para que 
ajudem a atingir objetivos maiores. Por isso, é importante que toda movimentação de 
recursos financeiros – incluindo todas as receitas (rendas), todas as despesas (gastos) e 
todos os investimentos – esteja anotada e organizada. 
Um grande investidor brasileiro uma vez disse que toda educação financeira se 
resume a gastar menos do que ganha. Esse já é um grande passo para alcançá-lo, temos 
algumas ferramentas que podem nos auxiliar nessa caminhada. Uma destas ferramentas é 
o nosso orçamento. 
O orçamento pessoal ou familiar é o registro das receitas e despesas previstas e 
realizadas por uma pessoa ou por uma família. Ele funciona como uma radiografia das 
finanças, onde você pode ver claramente todos os seus ganhos e todos os seus gastos. 
Essa ferramenta simples vai ajudá-lo a descobrir como anda a sua saúde financeira e a de 
sua família. 
Comece anotando todos os ganhos e gastos, mais conhecidos por receitas e 
despesas durante um período de tempo, um mês, por exemplo. Geralmente temos uma 
grande surpresa ao vermos para onde realmente vai nosso dinheiro. 
Disponível em: https://ensinarhoje.com/matematica-financeira-5o-ano-
organizacao-financeira-de-uma-familia/.Acesso em: 15.08.21 
https://ensinarhoje.com/matematica-financeira-5o-ano-organizacao-financeira-de-uma-familia/
https://ensinarhoje.com/matematica-financeira-5o-ano-organizacao-financeira-de-uma-familia/
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Existem inúmeras ferramentas para esse registro, desde um simples caderno até 
aplicativos e sites da Internet. Fique à vontade de utilizar aquilo que lhe dará mais 
segurança e conforto. 
Resumindo: o orçamento é uma importante ferramenta para você 
conhecer, administrar e equilibrar suas receitas e despesas e, com isso, 
poder planejar e alcançar seus sonhos! 
 
UM PROBLEMA EM QUESTÃO 
 
Ariane, mãe de Pedro e de Paulo, deseja fazer o aniversário dos gêmeos que irão 
completar um aninho. O orçamento da festa é de R$ 5.000,00, e, como a mãe dos 
meninos não está com boas condições financeiras, teve a ideia de fazer um aniversário 
“estilo americano”, onde cada tia dos meninos poderia doar alguma quantia para ajudar 
a realizar a festa. Sabe-se que Ariane tem sete irmãs e cada uma vai doar R$ 500,00. 
Quanto Ariane precisará completar para realizar a festa das crianças? 
De onde vem e para onde está indo o seu dinheiro? 
 
 
De onde vem o dinheiro não costuma ser um mistério. Em geral, as pessoas 
naturalmente têm uma boa noção de onde vêm as suas receitas, pois esperam recebê-las 
pelo trabalho realizado, por algum investimento efetuado ou por benefícios recebidos. 
Disponível em: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/tem-
um-negocio-descubra-quando-voce-deve-contratar-contabilidade-e-
gestao-financeira/. Acesso em: 11.10.21 
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/tem-um-negocio-descubra-quando-voce-deve-contratar-contabilidade-e-gestao-financeira/
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/tem-um-negocio-descubra-quando-voce-deve-contratar-contabilidade-e-gestao-financeira/
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/tem-um-negocio-descubra-quando-voce-deve-contratar-contabilidade-e-gestao-financeira/
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Quando o dinheiro vem como resultado do trabalho, as formas mais conhecidas 
são: salário, comissão de vendas, diárias, honorários, pró-labore, faturamento de 
prestação de serviços, vencimentos, subsídios. 
O dinheiro também pode ser resultado do rendimento de aplicações financeiras 
ou em bolsa de valores, planos de previdência social ou privada, prêmios de seguros, ou 
mesmo de aplicações não financeiras como: aluguel de imóveis, herança, royalties, 
prêmios de loteria. Pode ainda ter como origem benefícios previdenciários ou 
assistenciais de programas sociais do governo. 
Por outro lado, pesquisas indicam que grande parte da população não sabe como 
gasta o seu dinheiro ou o quanto é gasto em cada grupo de despesas, como alimentação, 
moradia, educação, saúde, lazer, dívidas e juros, viagens e realização de sonhos ou outros 
gastos e investimentos. 
 
Olha que legal!!!!!!! 
 
 
 
E você? Sabe quanto gasta e como gasta seu dinheiro todo mês? 
 
Você tem ideia de como suas despesas se comportaram neste ano? Você sabe quais 
itens consomem a maior parte de sua renda? Quanto você já pagou de juros neste ano? 
Você planeja seus gastos? E sua poupança? Quando planeja, você cumpre o planejamento? 
O controle e o planejamento financeiro, bem como a anotação de todas as 
receitas e despesas, ajudam a obter respostas para essas perguntas fundamentais. 
Qualquer que seja o tamanho do seu plano ou sonho, é necessário ter um controle 
efetivo das receitas e das despesas, bem como se organizar e definir o que tem de ser feito, 
de modo a alcançar os objetivos em menos tempo e ao menor custo possível. Para que 
isso ocorra, o quanto antes você começar, melhor. 
 
 
 
 
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Importância do orçamento 
 
O orçamento financeiro pessoal oferece uma oportunidade para você avaliar sua 
vida financeira e definir prioridades que impactam sua vida pessoal. O orçamento vai 
ajudá-lo a conhecer a sua realidade financeira; escolher os seus projetos; fazer o seu 
planejamento financeiro; definir suas prioridades; identificar e entender seus hábitos de 
consumo; organizar sua vida financeira e patrimonial; administrar imprevistos; e 
consumir de forma contínua (não travar o consumo). 
 
TEXTO COMPLEMENTAR 
 
Você provavelmente já tem uma ideia do que seja o orçamento. Afinal, essa é uma 
palavra bem comum no dia a dia quando pensamos em realizar um sonho ou alcançar 
alguma meta. 
Por exemplo, é comum que você ouça que uma das principais dicas para financiar 
um carro zero-quilômetro é fazer um orçamento de quanto você gastará nessa aquisição. 
 
Disponível em: https://vnexpress.net/tag/nhay-viec-220292. 
 Acesso em: 25.08.21 
 
O que é orçamento pessoal? 
O orçamento pessoal é uma previsão de como será a sua vida financeira durante o 
mês. É um planejamento de quanto você vai gastar e receber no período. 
É importante perceber que nada obriga um orçamento a se concretizar. Por 
exemplo, você pode prever no seu planejamento que gastará R$500,00 com 
https://vnexpress.net/tag/nhay-viec-220292
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supermercado neste mês. No entanto, pode chegar no fim do mês e ter gasto R$450,00 
ou R$700,00. Vai depender de como você utilizar o seu dinheiro. 
É por isso que precisamos também do controle financeiro para comparar com o 
orçamento pessoal. É ao analisarmos o que de fato gastamos (controle) com o que 
pretendíamos gastar (orçamento), que podemos mudar nossa vida financeira 
(diagnóstico). 
Quando podemos fazer o orçamento pessoal? 
O orçamento deve ser realizado no começo de cada mês. É importante tirar um 
tempo para sentar em sua casa com calma e escrever em um pedaço de papel (ou um 
aplicativo digital, se preferir) quanto você pretende gastar no mês que começa. 
É importante fazer o orçamento todos os meses porque os gastos não são sempre 
iguais. Por exemplo, em janeiro você deve pagar o IPTU e o IPVA (caso tenha um carro), 
além do material de volta às aulas. 
Em novembro e dezembro, existem as compras de Natal. Em determinado mês, 
tem o aniversário de alguém. Em outro, tem uma viagem de férias e por aí vai. 
Quais são os benefícios de ter um orçamento bem definido? 
Em dúvida sobre quais são as vantagens de realizar um orçamento no começo de 
cada mês? Então veja a seguir alguns dos benefícios disso! 
 
Disponível em: https://www.migalhas.com.br/quentes/322269/22--dos-
brasileiros-nao-se-planejam-para-quitar-dividas--diz-pesquisa. Acesso em: 
15.02.21 
 
 
https://www.bv.com.br/site/bv-inspira/noticias/como-nao-se-endividar-com-as-compras-de-natal/
https://www.migalhas.com.br/quentes/322269/22--dos-brasileiros-nao-se-planejam-para-quitar-dividas--diz-pesquisa
https://www.migalhas.com.br/quentes/322269/22--dos-brasileiros-nao-se-planejam-para-quitar-dividas--diz-pesquisa
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1. Melhor uso do dinheiro 
Fazer um orçamento pessoal ajuda a garantir que você dará o melhor uso possível 
para o seu dinheiro, além de evitar alguns problemas causados pela falta de planejamento. 
Por exemplo, imagine que você ganha R$1.500,00 por mês e tenha de pagar 
aluguel, supermercado, conta de luz, de gás, água e internet na sua casa. 
Ao montar um orçamento, é possível dividir o dinheiro da maneira certa para cada 
compromisso que você tem de pagar no fim do mês. 
Sem ele, é possível acabar gastando mais no supermercado, o que impede que você 
não tenha dinheiro para o gás ou para a internet. Por isso é importante fazer o orçamento 
no começo do mês. 
 
2. Fica mais fácil de atingir o seu objetivo 
O planejamento financeiro feito no orçamento do seudinheiro deixa mais fácil 
conquistar os seus objetivos. 
Isso porque o orçamento é uma espécie de plano que deve ser executado depois. 
Por isso, ao fazer o planejamento, você consegue enxergar o caminho para realizar o seu 
sonho pessoal. Depois, só falta colocar o plano em prática. 
3. Mais fácil para poupar 
Ao montar um orçamento delimitando todos os gastos, fica mais fácil de poupar 
dinheiro no seu dia a dia. Por exemplo, se você colocar no planejamento que pode gastar 
R$500,00 por mês no supermercado, então o seu limite diário é de mais ou menos 
R$16,67 por dia. 
Se você ultrapassa o valor em um dia, pode compensar em outro para garantir que 
a sua meta mensal será respeitada. 
https://www.bv.com.br/site/bv-inspira/noticias/orcamento-familiar/
https://www.bv.com.br/site/bv-inspira/noticias/planejamento-financeiro/
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Disponível em: https://aepadvogados.net/direito-do-trabalho/fundo-de-amparo-
ao-trabalhador-o-que-e-e-quais-sao-seus-beneficios/. Acesso em: 18.07.21 
 
Como fazer um orçamento pessoal mensal? 
Agora que já vimos a importância de fazer um orçamento, é hora de aprender 
como fazer esse planejamento da melhor maneira possível. 
O primeiro passo para criar um orçamento é definir onde você criará o seu 
planejamento. O ideal é usar uma planilha no Excel, caso você tenha o conhecimento 
para isso. Se não, pode usar um aplicativo no celular ou um caderno mesmo para isso. 
A primeira coisa a fazer é inserir as suas receitas no orçamento, uma vez que é a 
parte mais fácil, já que são menos valores. Coloque o seu salário, vale-alimentação e 
refeição, aluguel que recebe (se houver) e outros. 
O próximo passo é colocar os gastos do mês. Comece com aqueles que são 
essenciais para a sua vida: aluguel, supermercado, conta de eletricidade, de água, gás e 
internet. 
Em seguida, coloque os gastos que são importantes para a sua qualidade de vida, 
como vestuário, lazer, transporte (gasolina, ônibus, trem, etc.). Por fim, ponha os itens 
supérfluos (presentes, idas ao restaurante, etc.) e sazonais (IPTU, IPVA, material escolar, 
etc.). 
Com os gastos colocados na tabela, você terá algo que ficará mais ou menos assim: 
Receitas 
• Salário: R$1.500,00; 
• Vale-refeição: R$462,00; 
• Vale-transporte: R$198,00; 
• Total: R$2.160,00. 
https://aepadvogados.net/direito-do-trabalho/fundo-de-amparo-ao-trabalhador-o-que-e-e-quais-sao-seus-beneficios/
https://aepadvogados.net/direito-do-trabalho/fundo-de-amparo-ao-trabalhador-o-que-e-e-quais-sao-seus-beneficios/
https://www.bv.com.br/site/bv-inspira/noticias/carro_ou_transporte_publico/
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Despesas 
• Aluguel: R$950,00; 
• Supermercado: R$500,00; 
• Luz: R$75,00; 
• Água: R$40,00; 
• Gás: R$50,00; 
• Internet: R$135,00; 
• Transporte: R$198,00; 
• Vestuário: R$75,00; 
• Lazer: R$50,00; 
• Total: R$2.073,00. 
No fim do orçamento, há uma poupança mensal de R$87,00. É pouco, claro, mas 
é um começo para se planejar e realizar os seus sonhos. 
 
 
 
Disponível em: http://www.artesadesegre.cat/ajuntament/reglaments-i-
normatives/ordenances-fiscals-reguladores-de-taxes-i-preus-publics. 
Acesso em: 04.05.21 
 
Você provavelmente já deve estar cansado de ler. Por isso, vamos concluir de 
maneira rápida o que aprendemos hoje. 
Nós vimos que o diagnóstico financeiro é essencial para realizar os seus sonhos. 
Com ele, podemos ver o que está errado na nossa vida financeira e corrigir para poder 
poupar dinheiro. 
Para que o diagnóstico seja feito, é preciso ter um orçamento como base e então 
compará-lo com o controle financeiro, que é o registro de todos os gastos do mês. 
Quanto mais informações registramos todos os meses, melhor será a nossa análise 
e mais fácil será montar um plano para realizar o seu sonho, seja ele qual for. 
 
 
http://www.artesadesegre.cat/ajuntament/reglaments-i-normatives/ordenances-fiscals-reguladores-de-taxes-i-preus-publics
http://www.artesadesegre.cat/ajuntament/reglaments-i-normatives/ordenances-fiscals-reguladores-de-taxes-i-preus-publics
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 EXERCITANDO O QUE APRENDEMOS 
1. A família de Maria pretende juntar dinheiro para viajar no final do ano para Grécia e o 
total da viagem é de R$ 18.000,00. A sua família consegue economizar, por mês, a 
quantia de R$ 500,00. Quantos meses a família de Maria precisará economizar para 
conseguir pagar a viagem? 
a) Precisará de 36 meses. 
b) Precisará de 43 meses. 
 c) Precisará de 38 meses. 
d) Precisará de 42 meses. 
e) Precisará de 30 meses. 
 
2. Dona Maria pediu que seu filho, Mário, fosse ao supermercado comprar queijo e 
presunto que estavam faltando na sua casa. A mãe de Mário deu R$ 15,75 e pediu que ele 
voltasse com o troco. A compra foi feita e o garoto voltou com R$ 3,25 de troco. 
Sabendo que Mário comprou o queijo por R$ 8,68, quanto custou o presunto? 
a) R$ 8,68 
b) R$ 2,75 
c) R$ 7,62 
d) R$ 3,82 
e) R$ 6,65 
 
3. Nicolas estava aprendendo matemática na escola e seu pai, sabendo disso, pediu que 
ele falasse o total das compras que eles tinham feito na feira. Eles compraram 15 cerejas a 
R$ 0,55 cada, 13 peras a R$ 0,68 cada e 27 morangos a R$ 0,83 cada. Qual a resposta que 
Nicolas deveria dizer a seu pai? 
a) R$ 43,20 
b) R$ 39,50 
c) R$ 41,25 
d) R$ 48,50 
e) R$ 37,50 
 
4. José recebe seu salário e gasta seu dinheiro sem controle. Ao conhecer Raquel, que faz 
uso de um orçamento financeiro, ele começa a ver que está consumindo de forma 
inconsciente. Por isso, ele deve mudar suas ações, iniciando com o corte de gastos 
desnecessários. Qual a melhor forma de José organizar os seus gastos? 
a) A melhor forma de José cortar seus gastos é guardar todos os recibos em uma caixa 
de sapato. 
b) A melhor forma de José cortar seus gastos é comprar produtos sem necessidade. 
c) A melhor forma de José cortar seus gastos é anotar vez ou outra seus gastos. 
d) A melhor forma de José cortar seus gastos é comprar apenas no cartão de crédito. 
e) A melhor forma de José cortar seus gastos é criar uma planilha e anotar tudo que 
gastar. 
 
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5. De acordo com as sentenças a seguir, marque as alternativas de acordo com o comando: 
F (falso) e V (verdadeiro). 
I. O consumista é aquele que ao escolher um produto leva em consideração questões 
como: preço, marca impacto ambiental e custo benefício. 
II. O consumidor consciente é aquele que compra por compulsão, pelo simples prazer de 
comprar. 
III. O consumidor consciente tem um bom orçamento pessoal e/ou familiar, 
dificilmente tem problemas com dívidas acumuladas. 
 
a) F-V-F 
b) F-V-V 
c) F-F-V 
d) F-F-F 
e) V-F-V 
 
6. Com base nos seus conhecimentos sobre educação financeira, marque a alternativa 
que corresponde à justificativa, por que devemos poupar? 
a) É fundamental para realizar sonhos, precaver-se de eventos inesperados, além de 
proporcionar maior tranquilidade hoje e no futuro. 
b) É fundamental para comprar cada vez mais, pois não adianta ter dinheiro guardado e 
não usar. 
c) É fundamental apenas para se precaver de imprevistos, pois nessas horas é importante 
ter uma quantia guardada. 
d) É fundamental apenas para programar uma aposentadoria mais tranquila, não me 
importando com o hoje. 
e) Não é fundamental poupar, já que nossos recursos atuais são sempre proporcionais às 
nossas necessidades. 
7. Receitas e Despesas são termos que fazem parte da base da Educação Financeira. 
Assinale a alternativa que representa uma Despesa e uma Receita, respectivamente: 
a) Recebimento de Salário e pagamento da conta de energia 
b) Pagamento da conta de energia e pagamento do aluguel 
c) Pagamento da conta de água e recebimento de aluguel 
d) Recebimento de aluguel e recebimento de salário 
e) Recebimentode aluguel e pagamento de aluguel 
8. Um investidor comprou um apartamento por R$ 130.000,00 e gastou 60% do custo 
em reparos. Ele vendeu o apartamento por R$ 275.000,00. Qual foi o seu lucro? 
a) R$ 145.000,00 
b) R$ 67.000,00 
c) R$ 197.000,00 
d) R$ 79.000,00 
e) R$ 95.000,00 
9. Erick fará aniversário no próximo mês. Os seus irmãos, Pedro, Karla e Luiz, planejam 
presenteá-lo com um vídeo game que custa R$ 600,00. Pedro pretende contribuir com 
R$70,00, Karla com R$80,00 e Luiz com R$90,00. O restante do valor do presente será 
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dividido igualmente entre o pai e a mãe de Erick. Com quanto o pai de Erick terá que 
contribuir? 
a) O pai de Erick terá que contribuir com R$350,00. 
b) O pai de Erick terá que contribuir com R$360,00. 
c) O pai de Erick terá que contribuir com R$130,00. 
d) O pai de Erick terá que contribuir com R$180,00. 
e) O pai de Erick terá que contribuir com R$140,00. 
10. Analisando a charge, vemos que a atitude é fruto do consumismo. Assinale a 
alternativa que contém formas de se evitar o consumismo. 
 
 
 
Disponível em: http://www.arionaurocartuns.com.br/2018/11/charge-celular-
consumo.html. Acesso em: 04.07.21 
 
 
a) Gastar menos do que ganha, comprar sempre o produto que seja lançamento e utilizar 
o cartão de crédito para realizar compras. 
b) Fazer compras à vista, adquirir vários modelos do mesmo produto e anotar as compras 
realizadas. 
c) Fazer controle do que gasta, comprar só pela internet e fazer compras usando cheques. 
d) Gastar o quanto for necessário, comprar coisas usadas e apenas pessoalmente. 
e) Gastar menos do que se recebe, fazer um controle do quanto se recebe e se gasta e 
planejar as compras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.arionaurocartuns.com.br/2018/11/charge-celular-consumo.html
http://www.arionaurocartuns.com.br/2018/11/charge-celular-consumo.html
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Disponível em: https://usefulwall.com/2018/03/compute-separation-pay-philippines/. 
Acesso em: 02.07.21 
 
Para ajudá-lo na tarefa de organizar suas contas em uma planilha de orçamento, 
listamos aqui quatro passos. Conheça-os e comece o seu o quanto antes! 
Primeiro passo: verifique suas receitas 
As receitas (quanto você ganha) definem o seu poder de consumo. Seus gastos 
devem se adaptar a essa realidade. Inclua o seu salário líquido, rendimento com aplicações 
financeiras, aluguel etc. 
Só coloque na "lista" o que efetivamente você receber: uma estimativa de 
bonificação, ou a possibilidade de receber comissão não deve ser considerada. Afinal, 
contar com o dinheiro incerto, e antes da hora, pode ser um problema! 
Limites do seu cheque especial e do cartão de crédito não entram na definição da 
sua receita mensal. Lembre-se: o crédito deve ser utilizado de forma responsável. 
 
Vamos seguindo os passos!!! 
 
 
Segundo passo: analise os seus gastos 
Na hora de listar as despesas, relacione primeiro as fixas (aquelas que não 
costumam variar, como aluguel, salário de empregado doméstico, encargos sociais e 
trabalhistas etc.). 
 
2.2. COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO 
https://usefulwall.com/2018/03/compute-separation-pay-philippines/
30 
 
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Ainda nas despesas, reflita muito bem sobre os gastos semivariáveis (alimentação, 
conta de luz, água, telefone etc.) e os variáveis (roupas, calçados, presentes, viagens, 
cinema, tarifa bancária etc.). 
Procure analisar muito bem os gastos invisíveis: são pequenas despesas do dia-a-
dia que levam o dinheiro da família sem que ninguém perceba: o lanche da escola do seu 
filho, o cafezinho antes do trabalho, as revistas que vocês compram e pouco leem são 
alguns exemplos. 
 
Estamos quase lá!!!!! 
 
Terceiro passo: calcule a diferença 
Pode-se dizer que essa é a hora da verdade! Compare o quanto recebe com aquilo 
que gasta. Qual é a sua situação? 
 
Chegamos!!!!!!! Obaaaa!!!!!!! 
 
 
Quarto passo: hora da decisão 
Caso esteja gastando menos, ou em linha com o que ganha, vale a pena refletir 
sobre a qualidade destes gastos. 
Se estiver com o orçamento equilibrado, mas não estiver poupando, procure 
cortar gastos, de forma a investir ao menos 10% daquilo que recebe. Tenha como meta 
montar uma reserva de emergência equivalente a ao menos seis meses de suas despesas 
correntes. 
Se você está gastando mais do que recebe, não há alternativa, a não ser cortar 
gastos. Converse com sua a família, todos devem estar envolvidos nesse esforço. Mesmo 
que seja o responsável financeiro pela família, não é o único a gastar, de forma que todos 
devem estar envolvidos neste objetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
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 UM PROBLEMA EM QUESTÃO 
 
 
 
Dentro de um conceito básico, "Cesta Básica" é um termo genérico utilizado 
tradicionalmente para designar um conjunto de bens, incluindo gêneros alimentícios e 
produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica, suficientes para determinada família 
pelo período de um mês. Não existe uma cesta básica oficial. Daí cada Estado, Instituição, 
Entidade, Organismo Oficial ou não (uma empresa, por exemplo) pode "criar" a sua cesta 
básica. Eventualmente algum Ente governamental, pode elencar, para determinados fins 
- fiscais, por exemplo - um conjunto de produtos, aos quais costuma dar o nome de "Cesta 
Básica". São 13 alimentos: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, 
banana, açúcar, óleo e manteiga. Ainda inclui como gênero de primeiras necessidades: 
Materiais de limpeza: sabão em pó, sabão de barra, água sanitária e detergente líquido. 
Higiene: papel higiênico, creme dental, sabonete, desodorante e absorvente. 
Fonte: http://www.asserj.com.br/indiccesta.shtml (adaptado). 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHANDO COM PANFLETOS DE SUPERMERCADO: 
Observando panfletos de três supermercados de nossa cidade, que denominaremos de 
Mercado A, Mercado B e Mercado C, compare os preços da cesta básica e complete a 
tabela abaixo: 
 
http://www.asserj.com.br/indiccesta.shtml
32 
 
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a) Qual o valor a ser pago pela cesta básica em cada um dos supermercados? Escreva esses 
valores por extenso. 
b) Qual a diferença de preço do mercado de maior valor com o mercado de menor valor? 
c) Se você escolher cada produto com o menor preço para montar a sua cesta básica, 
quanto terá economizado no total? 
d) Há produtos com o mesmo preço nos três mercados? Quais produtos? 
e) No mercado que apresenta o menor valor da cesta básica, todos os seus produtos são 
mais baixos comparados com os demais mercados? 
f) Cite os critérios que utiliza para escolher um produto. 
 
 
 
 
Outra estratégia também de elaborar o orçamento: 
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Passo a passo: 
1. Pense no período de tempo pelo qual deseja elaborar o seu orçamento. Ele 
pode ser diário, mensal ou misto (com despesas diárias e mensais). Se as suas receitas 
forem predominantemente mensais, o ideal é fazer o orçamento também mensalmente, 
mas, como algumas despesas podem ser diárias, vale a pena anotá-las por dia e usar o total 
dessas despesas em seu orçamento mensal. 
2. Relacione todas as receitas da família, ou seja, anote todo o dinheiro que vocês 
efetivamente recebem. Atenção: só anote valores que realmente tiver a certeza de que 
irão receber, não use acréscimos variáveis (gorjetas, gratificações, etc.), pois não se deve 
contar com o que não é certo. Organize as receitas em fixas ou variáveis, de acordo com 
a frequência em que são recebidas e a variação dos valores. 
Receitas fixas são aquelas que estão sempre presentes no orçamento e cujos valores não 
variam muito ao longo do tempo, como salário, aposentadoria,pensão, recebimento de 
aluguéis etc. 
Receitas variáveis são esporádicas e podem apresentar uma grande variação de valores, 
como rendimento de investimentos, recebimentos por serviços prestados ou vendas de 
mercadorias, dentre outras. 
3. Anote todas as suas despesas, mesmo aquelas de pequeno valor (cafezinho, 
gorjeta, estacionamento, lanche escolar etc.), pois, só assim, você vai saber exatamente 
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para onde vai o dinheiro. Não confie só na memória, guarde notas fiscais, recibos ou faça 
anotações, assim, na hora de organizar as despesas, você não vai deixar nenhum gasto de 
fora. Procure organizar os gastos em despesas fixas, despesas variáveis e eventuais, 
conforme a frequência em que ocorrem e a variação, significativa ou não, de seus valores. 
 
Disponível em: https://www.porlaeducacion.mx/interpretacion-geometrica-las-soluciones/. 
Acesso: 14.02.21 
 
Despesas fixas – são aquelas que se repetem periodicamente e possuem valor fixo 
(despesas com aluguel, condomínio, mensalidade escolar, plano de saúde etc.) ou que 
sofrem pequenas variações de valor em períodos já esperados (contas de gás, luz e água, 
por exemplo). 
Despesas variáveis – são aquelas que, embora se repitam periodicamente, apresentam 
variações significativas de valor, de acordo com o consumo. Por exemplo: contas de 
telefone, despesas com alimentação (mercado, padaria, feira), lazer (cinema, lanchonetes, 
etc.), combustível. 
Despesas eventuais ou extraordinárias – são despesas que somente ocorrem por 
necessidades específicas, que não se repetem sempre. São as despesas com farmácia, 
material escolar, presentes, exames, viagens, emergências etc. 
https://www.porlaeducacion.mx/interpretacion-geometrica-las-soluciones/
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4. Faça o cálculo da diferença entre o total das receitas e o total das despesas e 
descubra o resultado do seu orçamento (Receitas – Despesas = Resultado). Compare tudo 
o que recebem com o que vocês gastam. Como está sua situação financeira? 
5. Avalie sua situação financeira. 
Se o resultado do orçamento for positivo, Parabéns! 
 
Disponível em: https://construtiva.net.br/precificacao-parte-2/. 
Acesso em: 15.03.2021 
 
O ideal é que vocês consigam poupar mensalmente, no mínimo, de 10% a 20% do 
total das receitas da família. Por exemplo, se a receita familiar for de R$2.000,00, o ideal 
é que procurem poupar, pelo menos, R$200,00. Mas se isso não for possível, não 
desanime, estabeleçam uma meta viável e comecem a poupar já! 
Dica importante: pague-se primeiro, ou seja, assim que receber, reserve o valor 
que será poupado, senão vocês podem perder o controle dos gastos e no final do mês 
não sobrará nada para poupar. 
Muito bem, vocês já conseguiram equilibrar o orçamento o suficiente para iniciar 
o planejamento para conquistar seus sonhos. Mas, antes disso, reserve uma quantia para 
situações de emergência como, por exemplo, o conserto de um eletrodoméstico 
essencial, gastos inesperados com saúde ou, até mesmo, a perda do emprego ou de uma 
fonte de renda. Uma boa regra é manter ao menos dois meses de gastos da sua família 
nessa reserva de emergência. 
https://construtiva.net.br/precificacao-parte-2/
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Quanto mais estável sua renda, menor pode ser sua reserva. Por exemplo, 
funcionários públicos podem deixar três meses de salário na reserva, já autônomos, com 
receitas que variam de mês a mês, devem deixar mais, de seis meses a um ano. 
Pronto, agora vocês já podem pensar nos planos futuros com tranquilidade. Em 
geral os planos da família costumam ser classificados como de curto (de 1 a 2 anos), 
médio (de 3 a 9 anos) e longo (a partir de 10 anos) prazo. Eles podem envolver a compra 
do celular, do carro, da casa própria; o pagamento da pós-graduação ou, até mesmo, da 
viagem dos sonhos. Definam os seus principais sonhos, e verifiquem quanto tempo e 
dinheiro precisam para conquistá-los. Pesquise os tipos de investimento mais adequados 
para você e sua família, e mãos à obra! 
 Se o resultado for nulo ou quase nulo: Vamos lá, coragem, vocês já estão muito 
próximos do objetivo! 
 
Disponível em: https://businessinsider.mx/realice-un-registro-de-mis-gastos-y-resulta-que-gasto-
mas-de-lo-que-ingreso/. Acesso em: 08.05.21 
 
Envolva todos os membros da família, pois é muito importante saber claramente 
os seus planos, com valores e prazos muito bem definidos, antes de decidir o que será 
necessário fazer para conquistar seus sonhos. 
Examinem todas as despesas da família para descobrir onde vocês conseguem 
reduzir e cortar gastos. 
Além de reduzir as despesas, também é possível conquistar uma receita extra, pode 
ser com a venda de produtos caseiros (bolos, salgados, artesanato, etc.), revenda de 
https://businessinsider.mx/realice-un-registro-de-mis-gastos-y-resulta-que-gasto-mas-de-lo-que-ingreso/
https://businessinsider.mx/realice-un-registro-de-mis-gastos-y-resulta-que-gasto-mas-de-lo-que-ingreso/
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mercadorias (maquiagem, bijuterias, roupas, etc.) ou prestação de serviços 
(manicure, babá, costureira, motorista, garçom, jardineiro, dentre outros). 
Se o resultado for negativo: Não desanimem, vocês também podem conquistar 
os seus sonhos! 
 
Disponível em: https://www.financialnet.com.br/contabilidade-empresarial-veja-os-impactos-do-
coronavirus-escritorio-contabil-no-es/. 
Acesso em: 09.09.21 
 
Para isso, o primeiro objetivo deve ser sair do vermelho. 
Reconheça sua situação financeira, não tenha vergonha, converse com a família. 
Quando todos os familiares são envolvidos na organização e no planejamento das 
finanças, tudo fica mais fácil. 
Atenção revejam todas as suas despesas, façam cortes e reduzam todos os gastos 
possíveis. 
Façam as contas e veja o quanto podem pagar para quitar suas dívidas. Procure os 
credores e exponha sua situação. Tente negociar para menores taxas de juros ou maiores 
prazos de pagamento, mas seja sincero, só assuma compromissos que vocês realmente 
possam cumprir. 
 
 
 
https://www.financialnet.com.br/contabilidade-empresarial-veja-os-impactos-do-coronavirus-escritorio-contabil-no-es/
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TEXTO COMPLEMENTAR 
Como eu faço um orçamento pessoal ou familiar 
 
Disponível em: https://evreka.co/pt-br/solutions/gerenciamento-de-mrf/. 
 Acesso em: 05.06.21 
 
Para transformar sonhos em realidade é preciso estabelecer metas claras e 
objetivas, que geralmente precisam de recursos financeiros para que sejam alcançadas. Por 
isso, controlar o orçamento pessoal ou familiar é vital. Para um bom planejamento 
financeiro, é importante que toda a movimentação de recursos – incluindo todas as 
receitas, despesas e investimentos – esteja organizada. Isso inclui a participação e o 
comprometimento de cada membro da família, considerando os diferentes perfis de 
comportamento financeiro de seus integrantes. 
Orçamento familiar: saiba como elaborar de forma simples 
 
QUE LEGAL!!!!!! 
Um bom controle financeiro contribui — e muito — para uma vida mais 
tranquila. Agora, é possível controlar adequadamente o dinheiro sem ter domínio sobre 
o orçamento familiar? 
Nunca encontramos ninguém que respondesse “sim” a essa pergunta. 
E esse é um tema bastante caro ao Brasil, onde muitas famílias estão, neste 
momento, lutando para honrar com compromissos firmados com credores. Um melhor 
controle sobre o orçamento familiar facilita a superação desse desafio e previne 
novos endividamentos. 
 
https://evreka.co/pt-br/solutions/gerenciamento-de-mrf/https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/planilha-de-controle-financeiro
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/como-sair-das-dividas
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O que é, afinal, o controle de orçamento familiar 
 
Disponível em: https://www.concamex.coop/es/noticias-y-medios/tu-dinero-en-una-caja-de-
ahorro-consejos-para-no-perderlo/. Acesso em: 11.07.21 
 
Um controle de orçamento familiar é uma ferramenta usada para indicar como 
a renda familiar é utilizada em vários itens: de gastos com o domicílio aos “luxos”, 
passando por educação, viagens etc. 
Por meio dele, é possível ter uma visão global e periódica — mensal, trimestral, 
semestral, anual — de como está sendo alocado o montante de dinheiro produzido. 
Muitas vezes, no cotidiano agitado que temos, não percebemos que determinadas 
despesas estão acima do que esperávamos — ou do que é saudável financeiramente para 
a nossa família. 
Quando o orçamento familiar não é bem controlado, aquela máxima “quanto 
mais ganhamos, mais gastamos” se torna verdade. O contrário também ocorre: controlar 
bem o orçamento ajuda a fazer o dinheiro render. 
Um orçamento familiar pode ser simples ou detalhado, dependendo das 
necessidades de controle. Ou seja, pode ser uma listagem modesta ou pode incluir 
percentuais, por exemplo, resultados de uma análise mais profunda. De uma forma ou de 
outra, ele só existe quando se cria o hábito de anotar todas as despesas. 
Normalmente, começa-se pelo orçamento simples — uma planilha onde estão 
discriminados todos os custos fixos e variáveis da família em um mês. Depois, ao ver o 
resultado do controle, a família pode desenvolvê-lo. 
Um outro ponto interessante é que essa ferramenta pode ajudar a gerar 
conscientização. Quem sempre reclama que os filhos gastam muito normalmente não 
conseguiu mostrar para eles o volume de gastos e seus impactos. Portanto, o orçamento 
familiar também pode ser um meio de educação financeira. 
https://www.concamex.coop/es/noticias-y-medios/tu-dinero-en-una-caja-de-ahorro-consejos-para-no-perderlo/
https://www.concamex.coop/es/noticias-y-medios/tu-dinero-en-una-caja-de-ahorro-consejos-para-no-perderlo/
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/ideias-criativas-aumentar-a-renda-familiar
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/investimentos-em-educacao
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/viagem-economica
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/habitos-financeiros-pessoas-de-sucesso
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/filhos-que-gastam-demais
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A partir do momento em que todos dominam esse controle, o estabelecimento 
de metas em conjunto e seu cumprimento passam a ser mais fáceis. Comprar um 
imóvel, fazer uma viagem ao exterior… Há muita coisa que as famílias querem fazer, mas 
não o fazem porque seu orçamento não permite. 
 
Resumindo: o controle do orçamento familiar é essencial para quem quer 
planejar bem as suas finanças, poupar mais e investir melhor. O ideal é usá-lo de 
maneira preventiva e colocá-lo na rotina da casa, não apenas na hora em que o 
dinheiro começa a ficar curto. 
 
Quais são as vantagens práticas de controlar o orçamento familiar 
 
 
 
Disponível em: https://pt.slideshare.net/MauroFagotti/financas-pessoais-sem-logo-
patrocinador. Acesso em: 05.08.21. 
 
Para aprofundar o seu entendimento sobre a importância do orçamento familiar, 
é importante detalhar os benefícios práticos que ele oferece. É isso que você vai ver na 
lista a seguir. 
 
O orçamento familiar: 
• auxilia na distribuição adequada da renda familiar para uma vida satisfatória; 
• é um meio valioso de comparar vários itens e dimensionar o que realmente é 
essencial e o que pode ser reduzido e/ou cortado; 
• diminui o consumo supérfluo e por impulso, pois traz consciência financeira a 
todos; 
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/aluguel-ou-casa-propria
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/aluguel-ou-casa-propria
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/planejamento-de-ferias-descansar-sem-se-preocupar
https://pt.slideshare.net/MauroFagotti/financas-pessoais-sem-logo-patrocinador
https://pt.slideshare.net/MauroFagotti/financas-pessoais-sem-logo-patrocinador
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• facilita o ajuste do rendimento baixo ou irregular às despesas regulares; 
• ajuda a viver melhor com a própria renda, inclusive em momentos de crise 
macroeconômica; 
• contribui para a realização de sonhos, pois proporciona formas de pensar em 
meios de poupar; 
• facilita a identificação dos gastos desnecessários e extravagantes; 
• determina como uma família pode usar todos os seus recursos; 
• ajuda a economizar para o futuro; 
• mantém a família livre de preocupações financeiras e ansiedades; 
• encoraja a tomada consciente de decisões; 
• serve como um registro para análises futuras; 
• torna o diálogo familiar sobre finanças mais fundamentado em dados; 
• serve como um guia financeiro da família; 
• aumenta o senso de cooperação financeira entre os membros da família; 
• distribui responsabilidades no armazenamento de renda; 
• facilita a entrada para o mundo dos investimentos financeiros. 
 
Elaborar o orçamento não é tão complicado quanto pode parecer. Uma excelente 
ferramenta de orçamento para você é aquela que você mesmo (a) é capaz de criar com 
os conhecimentos e recursos que já possui. 
Ou seja, de nada adianta você partir de uma planilha ou ferramenta pronta, feita 
por outra pessoa, se ela não puder corresponder às suas necessidades de controle ou não 
estiver adequada para o seu perfil de consumo. Para que você consiga dedicar-se de 
verdade ao seu orçamento, é importante que se sinta confortável com o instrumento que 
escolher: ele não deve ser tão simples que não ajude você a entender sua situação atual, 
nem tão complexa que desestimule você de continuar a fazê-lo. 
Muitas vezes, usar um simples caderno de anotações pode fazer com que você vá, 
aos poucos, conhecendo como você gostaria de organizar e visualizar seus ganhos e 
gastos. Nada impede que você se baseie em alguns exemplos de planilhas já existentes 
para criar a sua própria, pois há muitas e diferentes formas de organizar as mesmas 
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/os-7-maiores-sonhos-dos-brasileiros
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/infografico/economizar-sem-passar-aperto
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/controlar-a-ansiedade
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/financas-pessoais-sob-controle
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/investimentos-a-curto-prazo
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informações. Mais importante do que começar com uma planilha complexa é, 
definitivamente, começar! 
É possível guardar R$100,00 começando com R$10,00, mas não é possível 
guardar nenhum valor se não começarmos de algum lugar. 
 
Disponível em: https://www.concamex.coop/es/noticias-y-medios/tu-dinero-en-una-caja-de-ahorro-
consejos-para-no-perderlo/. Acesso em: 22.09.21 
 
Por fim, o uso do dinheiro muitas vezes envolve não apenas você mesmo (a), mas 
também sua família e as pessoas mais próximas a você. Caso essa seja sua realidade, não 
deixe de conversar com seus familiares e traçar planos em comum, de modo que todos 
sejam responsáveis por cumprir com o que for definido no orçamento. 
Entenda as diferenças entre orçamento, controle financeiro e diagnóstico 
financeiro. 
 
SERÁ QUE ESTOU PRECISANDO??????Diagnóstico financeiro 
Quando você está doente e vai ao hospital, qual é a ordem das ações realizadas 
pelo médico? Primeiro ele faz um diagnóstico e só depois passa um remédio, não é isso? 
Com a sua vida financeira é a mesma coisa. Não dá para começar a consertar os problemas 
pela cirurgia e só depois perguntar o que havia de errado. 
Por isso, o primeiro conceito que vamos aprender neste guia de educação 
financeira é o do diagnóstico financeiro. Vamos lá? 
 
https://www.concamex.coop/es/noticias-y-medios/tu-dinero-en-una-caja-de-ahorro-consejos-para-no-perderlo/
https://www.concamex.coop/es/noticias-y-medios/tu-dinero-en-una-caja-de-ahorro-consejos-para-no-perderlo/
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O que é diagnóstico financeiro? 
Como o nome indica, diagnóstico financeiro é um processo de um exame 
completo da vida financeira de uma pessoa. Esse procedimento é feito pela análise do 
levantamento de toda a renda e todas as despesas do mês. 
Para fazer um bom diagnóstico financeiro, é necessário colocar na ponta do lápis 
todos os gastos e todas as fontes de renda de uma pessoa. O objetivo é identificar 
problemas nas contas do mês, perceber se as coisas correram como o planejado e se é 
possível corrigir alguma coisa no próximo mês. 
 
Quando podemos fazer um diagnóstico financeiro? 
O ideal é que o diagnóstico financeiro seja feito todos os meses. É claro que é 
difícil chegar ao fim do mês e ter energia para fazer as contas, mas vale a pena fazer esse 
esforço. 
Como a ideia do diagnóstico é levantar todos os seus gastos e todos os seus 
ganhos, se você fizer o processo todos os meses, logo vai perceber se tiver alguma coisa 
errada. Além disso, fazer o diagnóstico todos os meses é muito mais fácil do que fazer a 
cada 2 meses ou a cada 6 meses. Afinal, são menos gastos para controlar e contas 
menores. 
Como fazer o diagnóstico financeiro? 
 
Disponível em: https://dinheirama.com/5-decisoes-prejudicam-orcamento-familiar/. 
Acesso em: 19.03.21 
 
https://dinheirama.com/5-decisoes-prejudicam-orcamento-familiar/
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Para fazer um diagnóstico financeiro, você precisará ter na ponta do lápis todos os 
gastos que teve durante um mês e todas as receitas no mesmo período. 
É para anotar em um papel mesmo, se você quiser. Pode ser também em uma 
planilha no Excel ou um aplicativo de celular, se preferir. 
No entanto, esse registro se chama controle financeiro (e falaremos sobre ele a 
seguir). Só as informações não são o suficiente para um bom diagnóstico. É preciso 
compará-las com a sua projeção para aquele mês. 
Quando você compara o que esperava gastar e o que gastou de verdade e o que 
esperava receber e o que recebeu de verdade, é que você começa a fazer o diagnóstico. 
Se os números não baterem (ou seja, você gastou mais do que previa ou recebeu 
menos do que imaginava que ia receber), é hora de fazer perguntas: 
• Afinal, por que gastou mais? 
• Para onde foi o dinheiro? 
• Por que recebeu menos? 
• O que pode ser feito para corrigir isso no futuro? 
O segredo de um bom diagnóstico financeiro está nessas perguntas que são feitas 
com base no seu controle financeiro e na previsão de orçamento que foi feita no começo 
do mês. Portanto, para entender como fazer um bom diagnóstico, precisamos saber 
como fazer esses dois ingredientes: o controle financeiro e o orçamento pessoal. 
Para aprender mais sobre esses dois conceitos, basta seguir lendo! 
https://www.bv.com.br/site/bv-inspira/noticias/7-aplicativos-para-organizar-a-vida-financeira/
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Controle financeiro 
 
 
Disponível em: https://www.migalhas.com.br/quentes/322269/22--dos-brasileiros-nao-se-
planejam-para-quitar-dividas--diz-pesquisa. Acesso em: 25.10.21 
 
Um bom diagnóstico necessita de dois ingredientes para ser realizado. Um deles é 
o controle financeiro. Nesse caso, não estamos falando de ter o seu dinheiro sob 
controle, ou seja, de não gastá-lo em nada e poupar o máximo possível. 
É claro que poupar é uma coisa boa, especialmente quando a poupança é feita 
com algum objetivo ou sonho em mente, como comprar um carro. No entanto, não é 
esse o controle financeiro em questão. Quer saber qual é? Então leia a seguir! 
 
O que é controle financeiro? 
Controle financeiro é o registro físico de todas as movimentações financeiras que 
você faz em um mês. É literalmente anotar em papel (ou um aplicativo, se preferir) onde 
você gastou cada real que ganhou. 
Quando anotamos cada centavo que foi recebido e gasto, geramos um material 
importante que será analisado na hora de realizar um diagnóstico financeiro. Além disso, 
quanto mais preciso formos, melhor será a análise feita, o que significa que maiores serão 
os benefícios de todo esse processo. 
 
Quando temos que fazer o controle financeiro? 
O ideal é fazer o controle o dia inteiro e o tempo todo. Cada vez que você vai ao 
supermercado ou em alguma loja, sempre que gasta 1 real que seja, deve anotar. 
https://www.migalhas.com.br/quentes/322269/22--dos-brasileiros-nao-se-planejam-para-quitar-dividas--diz-pesquisa
https://www.migalhas.com.br/quentes/322269/22--dos-brasileiros-nao-se-planejam-para-quitar-dividas--diz-pesquisa
https://www.bv.com.br/site/bv-inspira/noticias/vale-a-pena-comprar-um-carro-7-motivos-que-mostram-que-sim/index.html
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A razão disso é simples: o diagnóstico financeiro é tão bom quanto às informações 
que são dadas para análise. Se você não anota todos os gastos, não tem como analisá-los. 
 
Seja como for, encarar os nossos gastos diários revela muito sobre quem 
somos e há muita coisa a se aprender ao fazer essa experiência. Então vamos 
estudar! 
 
 
EXERCITANDO O QUE APRENDEMOS 
1) O funcionário João Cruz recebe mensalmente o salário de R$ 986,00 (novecentos e 
oitenta e seis reais), este é o valor bruto. Com os descontos ele receberá um valor líquido, 
conforme o modelo a seguir: 
 
O valor líquido que o Sr. João tem disponível para as despesas domésticas são de 
R$ 552,16 (quinhentos e cinquenta e dois reais e dezesseis centavos), considerando que 
em sua casa ele tem despesas fixas como: água, luz, gás, financiamento da casa própria, 
alimentação e outras despesas. As despesas fixas correspondem aos seguintes valores: Luz: 
R$ 39,52; Água: R$ 42,53; Gás: R$ 37,00; Financiamento da casa própria: R$ 88,45; 
Alimentação R$ 296,34. 
Monte a planilha de despesas do Sr. João e calcule o valor gasto com as despesas 
fixas e o que sobra para ele pagar outras despesas no comércio. 
 
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2) O Mercado BOM PREÇO está com algumas SUPER promoções! SÓ HOJE! 
 
 
E como já está previsto na planilha do Sr. João gasto com alimentação, ele vai aproveitar 
para fazer algumas compras. Para isso levou ao mercado R$ 65,00. 
Lista de compras: 
2,5Kg de banana: 
4 litros de leite: 
3,2Kg de cebola: 
2 Kg de feijão: 
1,4Kg de carne: 
1 pacote de arroz: 
2,3Kg de tomate: 
1 kg de sabão em pó: 
2 pacotes de farinha de trigo: 
2,8Kg de laranja: 
 
a) O valor que o Sr. João levou ao supermercado foi suficiente para pagar suas compras? 
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b) Caso tenha sobrado dinheiro e queira gastar comprando um pedaço de bolo, quantos 
gramas de bolo poderiam comprar utilizando o restante do dinheiro levado ao mercado? 
c) Após esse gasto no supermercado e com base na planilha do Sr. João, qual o valor 
ainda disponível para gastar com alimentação? 
d) Tem outros produtos necessários numa compra de mercado? Por quê? 
 
3) A esposa do Sr. João quer comprar um liquidificador que custa à vista R$ 79,80 ou 
entrada mais 02 parcelas iguaisde R$ 30,59. 
a) É possível a compra do produto com o saldo líquido da planilha? 
b) Qual o valor do produto a prazo? 
c) Qual a taxa de juro cobrado pela loja? 
d) Em sua opinião, qual opção ela deveria escolher? Por quê? 
 
4) Agora você irá elaborar seu orçamento. 
Siga as dicas para preencher a sua planilha 
• Você irá montar uma planilha com o orçamento da sua família para o próximo mês, pode 
ser no computador, ou em seu caderno A participação de toda família na elaboração é 
essencial. 
• Ela deverá apresentar a realidade de sua família 
• Ela precisará conter elementos básicos como receitas e despesas previstas. 
• Deixe espaço para que sejam anotadas também as receitas e despesas reais, assim como 
também a diferença entre as receitas e despesas reais e previstas 
• No final do mês, você deverá verificar o saldo, para saber se teve sobra financeira ou se as 
receitas não foram suficientes para cobrir as despesas. 
 
49 
 
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Manaus-AM - CEP 69075-830 
 
 
 
 
 
 
A participação da família no orçamento doméstico é de grande 
importância para uma gestão financeira familiar responsável e é um grande passo para a 
conquista da independência financeira. 
De nada adianta, você ter controle de gastos, se os demais membros da família 
não entenderem das finanças domésticas e não colaborarem. 
2.3. PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO ORÇAMENTO 
 
50 
 
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Disponível em: http://escolhasfinanceiras.com.br/participacao-da-familia-no-orcamento/. 
Acesso em: 22.06.21 
E se você precisar cortar despesas fica muito mais difícil obter a compreensão e a 
ajuda dos familiares. 
Para envolver a família no seu orçamento, é importante levar em consideração 
que as pessoas são diferentes umas das outras e, portanto, os diferentes membros da 
família costumam apresentar comportamentos financeiros distintos. 
Algumas pessoas têm uma tendência natural para poupar, enquanto outras 
preferem consumir de imediato. Algumas se preocupam com o controle de seus gastos; 
outras são desatentas, desligadas ou desorganizadas. Algumas se concentram na realidade, 
buscando entendê-la de modo racional, ao passo que outras tendem a enxergar o mundo 
por uma ótica sonhadora. 
Considerando-se os diferentes perfis de comportamento financeiro das pessoas, é 
fundamental adotar uma abordagem adequada em torno do orçamento, para produzir 
harmonia e somar esforços de todos os membros da família. 
Nesse sentido, há duas abordagens diferentes para tratar do assunto em 
família: impor limites ou buscar limites. 
A imposição de limites esbarra na dificuldade de se conquistar o 
comprometimento de todos na busca do objetivo estabelecido; já a opção da busca 
de limites implica o envolvimento de toda a família e, por isso mesmo, costuma 
gerar melhores resultados. 
http://escolhasfinanceiras.com.br/participacao-da-familia-no-orcamento/
http://escolhasfinanceiras.com.br/planejar-um-orcamento-domestico/
51 
 
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Disponível em: https://blog.academia.com.br/educacao-financeira-filhos%E2%80%8B/. 
Acesso em:05.08.21 
 
Procure tomar suas decisões sobre o orçamento em parceria com sua família 
e ter projetos comuns a todos. 
Pense bem sobre a participação da família no orçamento: será que adiantaria 
pedir que todos os membros da família economizem para que você seja o único 
beneficiário da compra de um carro novo? Se isso for beneficiar apenas você, 
dificilmente os demais se sentirão motivados para essa economia. 
 
 
 
 
Se todos caminharem juntos, a educação financeira, com a construção e a 
execução de um orçamento familiar, podem ajudar a unir a família! 
 
 
 
 
 
 
 
https://blog.academia.com.br/educacao-financeira-filhos%E2%80%8B/
http://escolhasfinanceiras.com.br/educacao-financeira-2/
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1. UM PROBLEMA EM QUESTÃO 
 
23/08/2013 às 18h59 - Atualizada em 23/08/2013 às 19h00 Nível de endividamento das 
famílias bate recorde no primeiro semestre 
PUBLICIDADE: O Banco Central informou hoje (23) que 44,82% das famílias brasileiras 
tinham dívida no sistema bancário no mês de junho. O percentual é o sexto recorde mensal 
seguido, em relação a dezembro do ano passado, quando era 43,41%. O nível de 
endividamento mais que dobrou em oito anos, de acordo com o BC. Quando a série 
histórica foi iniciada, em janeiro de 2005, o patamar de endividamento era 18,39%, e de lá 
para cá tem aumentado constantemente. O BC informa que, descontado o crédito 
imobiliário, o endividamento familiar até junho cai para 30,41%, ou 100% a mais do que 
os 15,2% contabilizados em janeiro de 2005. O banco divulga o nível de endividamento 
sem o crédito imobiliário, porque considera a compra da casa própria formação de 
patrimônio, não uma dívida. Os números do Banco Central são diferentes dos calculados 
em outras pesquisas, de acordo com Newton Marques, do Conselho Regional de Economia 
do Distrito Federal. Ex-servidor do BC, o economista explica que o BC faz o cálculo com 
base em informações do Sistema Financeiro Nacional, enquanto outras pesquisas 
consideram também as dívidas relacionadas a comércio e serviços, fora do sistema bancário. 
Por isso, a Ordem dos Economistas do Brasil estima endividamento familiar atual em torno 
de 57%, segundo o presidente da entidade, Manuel Enriquez Garcia. 
 
 
 
Fonte: Disponível em:http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-23/nivel-de-
endividamento-das-familiasbate-recorde-no-primeiro-semestre. Acesso em 09.10.21. 
 
 
Com base no texto: 
1) Como você acha que as pessoas/famílias ficam endividadas? 
2) Quais produtos você considera ser de primeira necessidade? 
3) O que são despesas fixas? 
4) O que são produtos supérfluos? 
 
 
 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-23/nivel-de-endividamento-das-familiasbate-recorde-no-primeiro-semestre
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-23/nivel-de-endividamento-das-familiasbate-recorde-no-primeiro-semestre
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ORÇAMENTO DOMÉSTICO 
Controlando as finanças da casa 
O orçamento doméstico pode ser definido como um planejamento 
utilizado para manter as finanças da casa em dia. De um modo geral, a ferramenta 
trata-se de um registro de todas as receitas da família, ou seja, todos os recursos que 
entram (ganhos) e saem (gastos). Também conhecido como orçamento familiar, 
esse recurso permite que as pessoas mantenham uma vida financeira organizada, 
com redução de gastos e muita economia. 
 
Disponível em: https://www.caixa.gov.br/Downloads/educacao-financeira-
cartilhas/CARTILHA3_PLANEJAMENTO_FINANCEIRO.pdf. Acesso em: 28.09.21 
 
Como fazer um orçamento doméstico? 
Programar o orçamento doméstico não é tão complicado como parece, mas 
é preciso ter muita atenção ou o planejamento pode dar errado. Geralmente, as 
pessoas fazem uma planilha onde constam as informações sobre as receitas e gastos 
fixos, e esquecem de inserir os valores das despesas que são variáveis, como o 
dinheiro que é gasto com roupas, uma saída para o shopping, cinema, salão de 
beleza e tantos outros. Então, para que o orçamento da família não fique no 
vermelho no final do mês é preciso considerar todos os gastos. 
 
• Reúna todas as despesas (fixas e variáveis) 
 
A primeira coisa que você precisa fazer é juntar todas as informações que 
dizem respeito às dívidas, por exemplo: conta de água, luz, aluguel, parcela de carro, 
internet, TV por assinatura, telefone móvel, mensalidade da escola, gás, cartão de 
crédito. Lembre-se também de inserir as despesas variáveis. É claro que esse valor 
https://www.caixa.gov.br/Downloads/educacao-financeira-cartilhas/CARTILHA3_PLANEJAMENTO_FINANCEIRO.pdf
https://www.caixa.gov.br/Downloads/educacao-financeira-cartilhas/CARTILHA3_PLANEJAMENTO_FINANCEIRO.pdf54 
 
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pode mudar, até porque como o próprio nome sugere, ele é variável. Mas o que 
pode ser feito é estipular um teto de gasto nas despesas variáveis, para que você 
tenha o controle do quanto pode ser gasto com isso. Lembre-se: seu dinheiro é 
limitado! 
 
Disponível em: https://www.francelemagazine.fr/quest-ce-que-lintelligence-financiere/. 
 Acesso em 28.09.21 
Essa informação também pode ser importante para quem quer fazer 
economia para quitar as dívidas. Por exemplo, se ao fazer um orçamento doméstico 
as contas não fecharem, você pode decidir onde poupar. Dá para escolher entre 
gastar indo ao cinema ou assistir um bom filme no sofá da sala, entre ir ao barzinho 
ou fazer um happy hour na varanda e receber os amigos em casa, dar banho no 
cachorro ao invés de levá-lo ao pet shop, as opções são muitas e assim você gasta 
menos e sobra mais. 
• Saiba quanto se pode gastar 
Depois de anotar todas as despesas com dívidas e outros compromissos, é 
hora de saber quanto de dinheiro ainda sobra. É importante lembrar que para 
programar o que vai ser feito com a parcela de “dinheiro livre” é preciso honrar com 
todas as obrigações. Isto porque, o acúmulo de despesas pode resultar em mais 
gastos com juros e multa, o que pode resultar em bloqueio de contas, restrições no 
CPF e isso vira uma grande bola de neve. Portanto, só programe o que será feito 
com o saldo quanto tudo estiver quitado. 
https://www.francelemagazine.fr/quest-ce-que-lintelligence-financiere/
55 
 
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Disponível em: https://querofinanciar.com/6-dicas-para-fazer-uma-boa-organizacao-do-
orcamento-familiar/. Acesso em: 01.10.21 
 
Considerando o que restou, reserve uma parte para possíveis emergências: 
consertos na casa, no carro, problemas de saúde, essas coisas podem acontecer a 
qualquer momento, então sempre pense em guardar uma quantia para essas 
ocasiões. Se após pagar as contas, além de separar um dinheiro para um fundo de 
emergência e não sobrar mais nada, esse pode ser um sinal de que você ainda deve 
reduzir alguns gastos. 
• Redução de gastos 
Essa provavelmente é a parte mais difícil de lidar ao organizar o orçamento. 
Reduzir alguns gastos pode significar ter que abrir mão de algumas comodidades, a 
maioria delas são supérfluas, como uma ida ao salão de beleza, ao estádio ou a praia, 
mas essas distrações fazem muita diferença no dia a dia. Mas quem busca 
economizar e até mesmo fazer uma poupança precisa ser persistente, organizado e 
ter disciplina. 
 Para pensar em economia é preciso voltar um pouco no primeiro tópico, 
em que falamos sobre as despesas fixas e variáveis. Não dá para poupar dinheiro 
deixando de pagar a casa, o carro ou a conta de luz. Porque, além de ter que gastar 
mais no próximo mês por conta dos juros e das multas, você pode perder o carro, 
ficar sem energia ou pior, correr o risco de ficar sem ter onde morar. 
https://querofinanciar.com/6-dicas-para-fazer-uma-boa-organizacao-do-orcamento-familiar/
https://querofinanciar.com/6-dicas-para-fazer-uma-boa-organizacao-do-orcamento-familiar/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-financeira/orcamento
56 
 
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Disponível em: http://www.planoaengenharia.com.br/2017/09/atributos-orcamento-de-obras-
que-definem-os-custos-de-um-projeto/. Acesso em: 15.10.21 
Quem quer economizar deve cortar os gastos com as despesas variáveis. Por 
exemplo, se você gosta de jantar fora ao menos uma vez na semana ou pedir comida 
por aplicativo sempre, experimente diminuir a frequência dessas saídas e também 
fazer suas próprias refeições. 
 
 TEXTO COMPLEMENTAR 
Anote todas as suas transações financeiras 
O primeiro passo, para elaborar seu orçamento, antes mesmo de definir 
quanto sua família poderá gastar, é passar um mês anotando todas as entradas e 
saídas. 
Não deixe nenhum valor de fora, nem o cafezinho no final do dia ou os 
trocados que você deu para o flanelinha. 
 
 
 
Disponível em: https://ecija.com/en/numbers-money-calculating-calculation-3305-2/. 
Acesso em: 19.10.21 
 
http://www.planoaengenharia.com.br/2017/09/atributos-orcamento-de-obras-que-definem-os-custos-de-um-projeto/
http://www.planoaengenharia.com.br/2017/09/atributos-orcamento-de-obras-que-definem-os-custos-de-um-projeto/
https://ecija.com/en/numbers-money-calculating-calculation-3305-2/
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Também inclua todas as fontes de renda da casa. Se houver mais de um 
provedor, acrescente todos os salários no mesmo orçamento (explicaremos o 
motivo disso a seguir). 
Para fazer essas anotações, você pode lançar mão de aplicativos de celular, 
planilhas, papel e caneta, enfim, o que funcionar melhor para você! 
Só não se esqueça de atualizar a ferramenta escolhida pelo menos uma vez 
por dia para que as informações sejam realmente confiáveis. 
Faça projeções para o orçamento familiar 
A partir das anotações feitas no primeiro mês, você poderá fazer um 
diagnóstico de como vai a situação financeira da sua família: estamos tendo mais 
gastos do que ganhos? Para onde nosso dinheiro está indo? Essas são perguntas 
fundamentais a se fazer. 
 
Disponível em: 
https://www.infocus.pt/informacaocurso/40/accao/loginpage.aspx?local=informacaocurso.aspx?id=40
_accao=67. Acesso em: 17.10.21 
Uma boa dica para realizar essa análise é separar os gastos por categorias, 
como educação, supermercado, lazer, despesas com o carro etc. 
Nesse momento, também não se esqueça de dividi-los entre os fixos — 
aqueles cujo valor não varia ou varia pouco a cada mês, como aluguel, mensalidade 
da escola dos filhos, água e luz — e os variáveis. Normalmente, é mais fácil 
economizar nos últimos. 
Com esse diagnóstico em mãos, você pode fazer uma projeção de quanto 
gastará no mês seguinte e já ter algumas indicações de como é possível economizar. 
Muitas pessoas relutam em fazer um orçamento familiar porque acreditam 
que economizar significa abrir mão de qualquer conforto ou prazer. Não é bem 
assim! 
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/aplicativos-de-financas-que-voce-precisa-conhecer
https://www.infocus.pt/informacaocurso/40/accao/loginpage.aspx?local=informacaocurso.aspx?id=40_accao=67
https://www.infocus.pt/informacaocurso/40/accao/loginpage.aspx?local=informacaocurso.aspx?id=40_accao=67
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/investimentos-em-educacao
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/vale-a-pena-ter-carro
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/dinheiro/artigo/8-passos-para-economizar-no-material-escolar
58 
 
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Um erro comum é cortar todo o lazer para guardar mais dinheiro: isso só 
torna mais difícil seguir o plano e aumenta as chances de desistência no meio do 
caminho. 
Em vez de pensar em cortes de gastos, pense em equilíbrio. Tudo bem você 
sair para jantar com a família em alguns finais de semana ou gastar um pouco mais 
em uma compra, desde que você reduza as despesas em outras categorias. 
Um exemplo bem prático: se você sabe que tem um aniversário em um 
restaurante no sábado, pode levar almoço para o trabalho durante a semana, assim 
como as crianças podem levar lanches preparados em casa para a escola. 
Dessa forma, você consegue se recompensar por todo o seu esforço 
e aproveitar momentos agradáveis sem estourar seu orçamento familiar. 
Chame todos da família para participar 
 
Disponível em: https://www.forbes.com/sites/peterubel/2016/09/09/americans-love-their-
healthcare-but-hate-their-healthcare-system-heres-why/?sh=189d0b0194fe. Acesso em: 13.10.21 
 
O motivo disso é simples: se você anotar apenas parcialmente os gastos que 
tiver,considerando apenas as suas próprias despesas e receitas, seu diagnóstico não 
ficará preciso o bastante. 
É importante que todos da família estejam na mesma página quanto aos 
novos limites de gastos e aos objetivos. Por isso, quando estiver começando a 
elaborar o orçamento, chame todos para participar! 
Leve em conta os desejos de cada um: uma pessoa pode preferir comer fora, 
enquanto outra pode abrir mão desse costume para não ter que cortar a TV a cabo, 
por exemplo. 
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/vida-social-ativa-economiza
https://www.forbes.com/sites/peterubel/2016/09/09/americans-love-their-healthcare-but-hate-their-healthcare-system-heres-why/?sh=189d0b0194fe
https://www.forbes.com/sites/peterubel/2016/09/09/americans-love-their-healthcare-but-hate-their-healthcare-system-heres-why/?sh=189d0b0194fe
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O ideal é tentar chegar a um acordo que satisfaça a todos, não perdendo de 
vista as prioridades da união e da harmonia familiar. 
Como dissemos, essa construção em conjunto do orçamento também é 
fundamental para que as crianças tenham suas primeiras noções de educação 
financeira. Elas vão sentir o quanto é inteligente cuidar bem do próprio dinheiro. 
Torne o controle financeiro algo divertido 
 
Disponível em: https://www.shutterstock.com/image-vector/family-court-color-icon-child-custody-
1277049655. Acesso em: 22.10.21 
Essa dica é especialmente importante para quem tem filhos pequenos e 
adolescentes em casa. Falar de dinheiro não precisa ser algo chato, maçante. É 
possível tornar o controle de orçamento até divertido. 
Que tal montar um painel em um local onde todos possam visualizar as 
anotações de entradas e saídas mensais? 
Para que o desafio de poupar seja aceito sem grandes objeções, é interessante 
criar uma espécie de gincana. Definir um prêmio para quem conseguir poupar mais 
na cantina da escola, por exemplo, pode ajudar. 
Você também pode combinar uma premiação para todos os membros da 
casa: que tal a tão sonhada viagem para a Disney se a família conseguir poupar o 
valor X? 
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/educacao-financeira-na-idade-escolar
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/educacao-financeira-na-idade-escolar
https://www.shutterstock.com/image-vector/family-court-color-icon-child-custody-1277049655
https://www.shutterstock.com/image-vector/family-court-color-icon-child-custody-1277049655
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/controle-de-despesas-passos-para-o-seu-sucesso
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Transforme seu cartão de crédito no seu melhor amigo 
 
Disponível em: https://www.metropoles.com/distrito-federal/detran-df-inicia-parcelamento-de-
debitos-por-cartao-de-credito. Acesso em: 29.10.21 
Pode parecer estranho ouvir falar em cartão de crédito para seguir um 
orçamento, já que ele é pintado como o vilão da saúde financeira. Porém, quando 
bem utilizado, o cartão pode até mesmo ajudar a manter suas finanças sob controle. 
A primeira vantagem é que ele te permite centralizar os seus pagamentos. 
Suponhamos que as contas da casa — a mensalidade da escola das crianças e 
a mensalidade da academia, por exemplo — tenham datas de vencimentos 
diferentes. Se você passar todas essas contas no cartão de crédito, o pagamento de 
todas elas fica reunido em um único dia (a data de fechamento da fatura). Assim, 
você consegue se organizar melhor e ter uma noção mais clara de quanto está 
gastando. 
Além disso, você pode colocar o dinheiro que gastaria com essas contas em 
uma aplicação de baixo risco e alta liquidez — que não congela seu dinheiro por 
muito tempo — e resgatá-la na hora de quitar a fatura. Por menores que sejam 
seus rendimentos, já é dinheiro a mais na conta! 
Adiante suas parcelas e evite juros do cartão 
Pouca gente sabe, mas é possível pedir o adiantamento das parcelas de 
qualquer compra no cartão de crédito. 
https://www.metropoles.com/distrito-federal/detran-df-inicia-parcelamento-de-debitos-por-cartao-de-credito
https://www.metropoles.com/distrito-federal/detran-df-inicia-parcelamento-de-debitos-por-cartao-de-credito
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Disponível em: https://www.gcu.edu/blog/gcu-experience/individual-course-spotlight-taxation. 
Acesso em: 29.10.21 
Assim, se você precisou parcelar uma compra porque não tinha o dinheiro 
em mãos na hora e agora conseguiu o valor, pode pedir o adiantamento das parcelas 
pendentes e evitar os juros sobre elas. 
Essa também é uma excelente ideia se você tem dificuldade de poupar e não 
sabe se conseguirá guardar o dinheiro até o fechamento da próxima fatura. 
Trabalhe sempre com uma margem de erro 
Por fim, sempre trabalhe com uma margem de erro ao calcular seu 
orçamento: se, ao final dos seus cálculos, você concluiu que pode gastar 1.000 reais 
com o que quiser, coloque entre 10% e 20% desse valor como margem. 
Isso é fundamental para balancear as flutuações das despesas variáveis e para 
o caso de emergências. 
 
 
Disponível em: https://www.idinheiro.com.br/financaspessoais/controle-de-orcamento-dicas/. 
Acesso em: 12.11.21 
Com isso, caso esse valor a mais continuar intacto no fim do mês, ele pode 
ir para um fundo de reserva — como uma poupança ou um outro investimento de 
baixo risco — com o qual você pode contar se houver emergências e imprevistos. 
https://www.gcu.edu/blog/gcu-experience/individual-course-spotlight-taxation
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/reserva-de-emergencia-para-saude-dos-filhos
https://www.idinheiro.com.br/financaspessoais/controle-de-orcamento-dicas/
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/importancia-da-reserva-financeira
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/rendimento-da-poupanca-vale-pena
62 
 
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O recomendado é que esse fundo tenha o equivalente a pelo menos três 
meses de renda. Outra ideia é investir esse dinheiro em uma previdência privada. 
Preparar o orçamento familiar e controlá-lo com mais eficiência é urgente 
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor 
(Peic), em fevereiro de 2019, o índice de endividamento das famílias brasileiras 
atingiu um percentual preocupante: 61,5% estão inadimplentes. Ou seja, 61 de cada 
100 domicílios não conseguiram honrar com suas dívidas. 
 
Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/30085139/orcamento-familiar-
financas-organizadas-sonhos-realizados. Acesso em: 02.11.21 
O cartão de crédito é um dos principais tipos de dívidas. É com ele que 78,5% 
das famílias que estão nessa situação registraram atrasos. Por isso, é essencial 
aprender como utilizá-lo de forma inteligente e controlada, como mostramos. 
Além dos problemas da macroestrutura econômica do país — pouca 
geração de emprego, principalmente — esses números mostram o quanto a 
educação financeira familiar é urgente no Brasil. 
Por meio do controle orçamentário, as famílias conseguem lidar melhor 
com o seu dinheiro e, se acabarem se endividando mesmo assim, podem sair do 
vermelho com mais rapidez. 
Como você viu, estruturar e acompanhar o planejamento familiar é menos 
difícil do que se costuma pensar. Basta trazer a estratégia de controle financeiro para 
o seio da família. 
Pense nisso como um divisor de águas na maneira com que o dinheiro é 
tratado em casa. Assim, o futuro de seus entes queridos, possivelmente será melhor. 
 
https://vida.mongeralaegon.com.br/prev-privada/
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-03/endividamento-e-inadimplencia-das-familias-crescem-em-janeiro
https://www.passeidireto.com/arquivo/30085139/orcamento-familiar-financas-organizadas-sonhos-realizadoshttps://www.passeidireto.com/arquivo/30085139/orcamento-familiar-financas-organizadas-sonhos-realizados
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/como-sair-das-dividas
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/como-sair-das-dividas
https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/investimento-para-o-futuro-dos-filhos
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Controle o futuro: crie orçamentos de curto, médio e longo prazo. 
Um dos maiores problemas das dicas de planejamento financeiro 
tradicionais é o foco excessivo em metas de curto prazo. Ou seja, as pessoas só são 
incentivadas a controlar o seu orçamento mensal ou semanal, ao passo que os 
planos mais longos são deixados de lado. 
 
Disponível em: https://www.apa.org/monitor/2021/06/career-wealth-opportunity. 
Acesso em: 10.11.21 
Consequentemente, qualquer dinheiro fora do previsto acaba sendo visto 
como um “extra” e tem grandes chances de ser direcionado ao consumo. Quem 
trabalha de carteira assinada costuma ganhar vários benefícios financeiros ao longo 
do ano, como bonificações, o décimo terceiro e participação nos lucros, por 
exemplo. 
Se a pessoa focar somente naquele mês, ela vai pagar suas dívidas, poupar a 
meta estabelecida e, vendo o dinheiro sobrando, vai ficar empolgada e propensa a 
gastos desnecessários. 
Por sua vez, se ela tem um planejamento financeiro com objetivos muito 
claros nos próximos anos, as chances de alcançá-los antes do prazo será uma 
motivação importante para investir o dinheiro extra. 
Portanto, uma medida interessante é dividir o planejamento nos seguintes 
níveis: 
https://www.apa.org/monitor/2021/06/career-wealth-opportunity
https://direcional.com.br/direcional/o-poderoso-13o-pode-mudar-a-sua-vida/
https://direcional.com.br/financas/negocie-suas-dividas-para-sair-do-sufoco/
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• semanal: que inclui toda a receita disponível para os gastos 
cotidianos; 
• mensal: organiza a renda para cada semana do mês tendo em vista os 
prazos de vencimento das dívidas e as necessidades. Aqui, deve-se deixar um espaço 
para investimentos e fundos de reserva. Como falado, a regra de ouro é nunca 
comprometer mais que 30% do orçamento mensal para prestações e contas; 
• anual: aqui, você inclui todas as possibilidades de ganhos fora dos 
rendimentos mensais. O mais importante é vincular esse orçamento aos seus 
objetivos maiores. Isso dará motivação para poupar em vez de gastar; 
• plurianuais: esse orçamento é feito para ajudar na conquista dos seus 
sonhos. Por isso, não tem período específico. Por exemplo, se você sonha em sair 
do aluguel em cinco anos, descubra quanto precisa juntar para pagar a entrada do 
financiamento. Então, planeje quanto dinheiro deverá ser poupado a mês e a cada 
ano — qualquer verba extra deve vir para isso. 
 
Disponível em: https://www.agenciaeplus.com.br/o-que-e-black-friday/. Acesso em: 15.11.21 
 
O objetivo dessas ações não é só organizar o dinheiro, mas também oferecer 
motivação contínua e fazer com que você não tenha a sensação de que está 
poupando dinheiro para nada ou que seus sonhos estão distantes. Afinal, como 
explicamos, as emoções influenciam bastante na tomada de decisões. Então é 
essencial ter um norte na hora que as tentações do consumo surgirem. 
 
https://direcional.com.br/direcional/crie-uma-reserva-de-emergencia/
https://www.agenciaeplus.com.br/o-que-e-black-friday/
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EXERCITANDO O QUE APRENDEMOS 
 
 
VAMOS EXERCITAR O QUE APRENDEMOS... UHUUUUUU!!! 
 
 
 
1. Uma família formada por João, Anne, Cátia, Bia e Júlia, fez um orçamento 
individual para saber a situação financeira de cada um. Descobriram que: João e 
Anne dispõem de um orçamento superavitário, que Cátia e Bia apresentam um 
deficitário e que Júlia tem um neutro. Em relação à situação financeira de cada 
integrante da família, é correto afirmar que: 
a) João e Anne conservam suas despesas maiores que sua renda; Cátia e Bia possuem 
renda maior que seus gastos e Julia possuem a renda igual às despesas. 
b) Todos se encontram na mesma situação financeira, tendo em vista que o 
orçamento é familiar e que eles fazem parte da mesma família. 
c) Cátia e Bia estão em uma situação financeira melhor que os outros membros da 
família, haja vista que Cátia é professora e Bia também. 
d) A renda de João e Anne é maior que suas despesas, ou seja, o que recebem é 
suficiente para pagar o que gastam e ainda sobra; em contrapartida, Cátia e Bia 
detêm um problema, porque sua renda é menor que seus gastos; e Júlia possui o 
valor das despesas igual ao da sua receita. 
e) Júlia, Bia e Cátia estão em uma situação melhor do que a de João e Anne. 
 
 
2. Os pais de Lindolfo decidiram dar a ele uma mesada de R$ 70,00. Porém, 
impuseram uma condição para o recebimento da mesma, ele terá uma lista de 
tarefas, e a cada tarefa descumprida, terá um desconto de R$ 1,50 do valor total de 
sua mesada. Veja a lista abaixo: De acordo com as informações dadas, quanto 
Lindolfo receberá de mesada após os descontos aplicados? 
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a) R$ 13,50 
b) R$ 13,00 
c) R$ 52,50 
d) R$ 56,50 
e) R$ 38,50 
3. Sophia quer ajudar a organizar o orçamento de sua família, então decide colocar 
em prática algumas atitudes: 
I) Estabelecer objetivos e metas financeiras. 
II) Anotar os gastos elevados, ou seja, todo valor que supere 30% da renda familiar. 
III) Considerar o salário de todos os membros que contribuem para renda familiar. 
IV) Fazer o controle dos pagamentos que ocorrem de maneira fixa. 
V) Conversar com todos os membros da família. 
Com base nas afirmativas, podemos perceber que Sophia terá êxito em organizar o 
orçamento familiar se seguir: 
a) Apenas os itens I, III, IV e V. 
b) Apenas os itens III, IV e V. 
c) Apenas os itens I, II, e V. 
d) Apenas os itens II e III. 
e) Apenas os itens I, II e IV. 
 
 
 
 
 
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4. Leia atentamente a tirinha a seguir: 
 
Disponível em: 
https://br.pinterest.com/pin/352617845796357656/?amp_client_id=CLIENT_ID(_)&mweb_unauth_i
d=%7B%7Bdefault.session%7D%7D&simplified=true. Acesso em: 23.11.21 
 
A tirinha retrata conceitos sobre o consumismo, de acordo com os ensinamentos 
da educação financeira, assinale V ou F nas alternativas: 
( ) A troca intemporal é um exemplo do que acontece nessa tirinha, pois há a troca 
do tempo de se locomover até as lojas físicas para usar do virtual. 
( ) O consumismo é a conceituação utilizada quando a necessidade influencia as 
compras. 
( ) A personagem da tirinha está propícia a sofrer futuras dívidas, pois o ato 
descontrolado de compras traz malefícios econômicos e de compulsão. 
( ) Uma saída para a personagem seria mapear as necessidades e os desejos para que 
ela possa utilizar as lojas virtuais ao seu favor financeiro. 
Dessa forma, ela poderia controlar os seus gastos. E um dos passos 
fundamental na gestão pessoal é estabelecer as necessidades e desejos. Assim, será 
possível fazer orçamentos pessoais baseados nos planejamentos já controlados e 
usufruir positivamente das demais formas de compra. A sequência correta é: 
a) V, F, V, V 
b) F, F, V, V 
c) F, V, F, V 
d) V, V, V, F 
e) F, F, V, F 
5. Analise as afirmativas abaixo e marque V (verdadeiro) ou F (falso). São estratégias 
para aumentar o potencial do seu dinheiro: 
( ) Pesquisar preços de determinado produto. 
( ) Negociar descontos. 
( ) Realizar compras a prazo. 
( ) Esperar para ver se o desejo de uma compra se mantém com o passar dos dias. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo: 
a) V, V, F, V. 
b) V,F, V, F. 
c) F, V, V, F. 
d) F, F, V, V. 
https://br.pinterest.com/pin/352617845796357656/?amp_client_id=CLIENT_ID(_)&mweb_unauth_id=%7B%7Bdefault.session%7D%7D&simplified=true
https://br.pinterest.com/pin/352617845796357656/?amp_client_id=CLIENT_ID(_)&mweb_unauth_id=%7B%7Bdefault.session%7D%7D&simplified=true
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e) V, V, F, F. 
6. Julgue F para falso e V para verdadeiro: 
( ) É importante identificar suas receitas e despesas na elaboração do orçamento. 
( ) Consumo consciente é aquele que pensa, pergunta e observa o que é necessário 
comprar antes de sua realização. 
( ) É Importante colocar todos os membros da família no orçamento, ouvindo e 
discutindo suas opiniões. 
( ) É verdadeira a seguinte afirmação: “Receitas fixas são aquelas que acontecem todo 
mês”. 
( ) Comprar parcelado paga mais juros. 
a) F F F F F 
b) V V V V F 
c) V V V V V 
d) V V V F V 
e) F V V V V 
7. Breno está montando uma lista com todas as entradas e saídas de seu orçamento 
mensal. Nessa lista, ele planeja, registra, agrupa e avalia todas as suas receitas e despesas 
mensais. Os seguintes itens constam na lista de Breno: 
I- Renda proveniente do seu emprego fixo. 
II- Pagamento de aluguel, energia e condomínio. 
III- Ganhos com serviços “freelancer”. 
IV- Compra de jogos para videogame. 
V- Compra de um notebook avançado, para usar como ferramenta de trabalho. 
Observando a lista acima, classifique as contas para que Breno tenha um planejamento 
financeiro eficiente. 
a) Receita fixa, despesa essencial, receita fixa, despesa supérflua, despesa essencial. 
b) Receita variável, despesa essencial, receita variável, despesa essencial, despesa 
supérflua. 
c) Receita fixa, despesa essencial, receita variável, despesa supérflua, despesa essencial. 
d) Receita fixa, despesa supérflua, receita fixa, despesa supérflua, receita fixa. 
e) Receita variável, despesa fixa, receita variável, despesa supérflua, despesa essencial. 
8. O monitoramento dos gastos pessoais deveria ser feito efetivamente por todas as 
pessoas, mas, por ser algo relativamente trabalhoso, muitas pessoas deixam de fazer e, 
quando chega o momento de efetuar todos os pagamentos, acabam se atrapalhando 
e, muitas vezes, se endividando, justamente por não terem o controle de seus gastos. 
Diante do que foi apresentado, qual alternativa não se caracterizaria como parte do 
controle de gastos pessoais? 
a) Criação de uma rotina de planejamento e controle. 
b) Revisão de hábitos. 
c) Classificação de seus gastos. 
d) Definição de metas e objetivos. 
e) Contabilização somente dos gastos fixos. 
9. Para fazermos um planejamento financeiro básico, precisamos seguir cinco passos, 
que devem ser feitos em uma ordem correta. A seguir serão apresentadas duas colunas 
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e você deve enumerar a primeira coluna de acordo com a segunda, colocando na 
ordem correta os passos necessários para elaboração de um planejamento financeiro. 
1° passo ( ) A- monitoramento 
2° passo ( ) B- traçar estratégias para alcançar as metas 
3° passo ( ) C- conhecer suas receitas e despesas 
4° passo ( ) D- colocar a estratégia em prática 
5° passo ( ) E- definir metas e objetivos 
Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta dos passos. 
a) A, B, C ,D, E 
b) E, C , D, B, A 
c) E, C, B, D, A 
d) C, E B, A, D 
10. Das alternativas abaixo, assinale a informação incorreta sobre educação financeira. 
a) Orçamento familiar é o controle que as famílias devem fazer para não gastar mais 
do que ganham, conhecendo o quanto ganham e seus gastos. 
b) O hábito de poupar pode contribuir para organizar as finanças pessoais e possibilita 
a realização de sonhos. 
c) Se eu gasto mais do que ganho, consequentemente terei muitas dívidas. 
d) Poupar é bom, pois dessa forma conseguirei guardar dinheiro. 
e) Quando eu planejo meus gastos, não sei o quanto vou gastar e assim fica dívidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Consumo Consciente e Saúde Financeira 
1. Planejando o consumo de forma consciente. 
2. Finanças Comportamentais. 
3. Receitas e Despesas. 
4. Análise de despesas e identificação de desperdício. 
 4.1. Preço à vista e a prazo. 
 4.2. Financiar ou poupar?. 
 4.3. Porcentagem - a diferença que a taxa de juros faz no dinheiro poupado. 
 4.4 Endividamento por empréstimo. 
 4.5. Definição de Créditos e Taxa nominal de juros. 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DA ÁREA DE MATEMÁTICA: 
C3 - Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para 
interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos, analisando a 
plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas, de modo a construir 
argumentação consistente. 
HABILIDADE ESPECÍFICA DA ÁREA DE MATEMÁTICA: 
EM13MAT203 - Aplicar conceitos matemáticos no planejamento, na execução e na 
análise de ações envolvendo a utilização de aplicativos e a criação de planilhas (para o 
controle de orçamento familiar, simuladores de cálculos de juros simples e compostos, 
entre outros), para tomar decisões. 
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM: 
03 - Aplicar os conhecimentos acerca do consumo consciente. 
04 - Utilizar ferramentas digitais na educação financeira no consumo consciente e 
sustentável. 
13 - Aplicar os conhecimentos acerca dos princípios de planejamento financeiro. 
 
HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS: 
1. Desenvolver o senso de organização e responsabilidade alinhado ao Projeto de Vida; 
3. Incentivar a proatividade nas ações cotidianas do estudante na realização das atividades. 
 
OBJETIVO 
Informar, formar e orientar indivíduos e sociedades sobre valores e competências 
necessários para desenvolver consciência sobre o consumo, de modo a possibilitar 
escolhas mais assertivas. Ela é fundamental para construir um futuro mais consciente e 
bem-planejado, proporcionando uma estrutura financeira adequada, maior qualidade de 
vida e participação na economia. 
 
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Consumo Consciente e Saúde Financeira 
 Figura 1: Consumo Consciente 
 
Disponível em: https://studiopipoca.com/blogs/novidades/o-que-e-o-consumo-consciente. 
Acesso em: 09.09.21 
 
Estamos vivendo em constantes conflitos entre o que desejamos adquirir e o que 
nossos recursos financeiros permitem. Tais conflitos exigem um planejamento de nosso 
consumo de forma consciente. Nossos desejos parecem ilimitados, enquanto os nossos 
recursos são bastantes limitados. Levando a refletir sobre o conflito entre consumir hoje, 
postergar o consumo ou poupar para consumir no futuro. Diante destes conflitos, 
queremos consumir mais do que nossa renda atual nos permite. Muitas pessoas não 
conseguem se controlar e acabam se endividando de maneira muitas vezes irresponsável. 
É importante destacar que consumir não é errado; pelo contrário, o consumo deve 
atender as necessidades e os desejos de cada pessoa. O consumo poderá possibilitar 
alcançar nossos sonhos, como realizar uma a viagem tão desejada, comprar um 
notebook, celular ou até mesmo atingir o sonho de comprar a casa própria. Para evitar 
que o dilema entre o poder e o querer nos coloque em um problema financeiro, devemos 
realizar um consumo consciente, buscando sempre um equilíbrio na saúde de nossas 
finanças (Banco Central do Brasil, 2013). 
 
 
https://studiopipoca.com/blogs/novidades/o-que-e-o-consumo-consciente.%20Acesso
https://studiopipoca.com/blogs/novidades/o-que-e-o-consumo-consciente.%20Acesso
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1. Planejar o consumo de forma conscienteé possível? 
 É importante ressaltar que consumir de maneira planejada e consciente é sim possível, 
não significa que restringindo os gastos e deixando de comprar o necessário ou até 
mesmo o que desejamos não seja um planejamento de forma consciente. 
 Desta forma, não se trata de fazer menos de tudo. O que estamos sugerindo é fazer 
mais daquilo que é mais relevante para você, e menos daquilo que é menos relevante para 
sua realidade financeira, em relação aos seus anseios e de sua família. 
 Neste sentido, o planejamento de um consumo financeiro consciente possibilitará você 
consumir mais e melhor. Isso significa que você poderá consumir mais, por meio da 
potencialização do seu dinheiro, e melhor por eliminar os desperdícios de um consumo 
sem necessidade. 
 Por exemplo, quando você paga uma conta em dia, evitando a cobrança de uma multa 
por atraso, está potencializando seu dinheiro. Ou mesmo quando você desliga as luzes de 
ambientes vazios, fechando as torneiras enquanto escova os seus dentes ou quando se 
planeja para evitar que algum dos produtos que você comprou tenha a validade vencida, 
você consome melhor. Outras evidências de consumo de forma consciente são, poupar 
por alguns meses e conseguir comprar uma televisão à vista, além de economizar o 
montante dos juros que seriam pagos ao longo de um financiamento, você poderá 
conseguir um desconto pelo seu pagamento à vista e, com isso, ter acesso a aparelhos 
novos e melhores, por meio de planejamento de seu consumo de forma consciente 
(Banco Central do Brasil, 2013). 
 É importante ressaltar as vantagens de um planejamento financeiro consciente, como: 
o controle do seu endividamento pessoal, auxílio na preservação e no aumento 
patrimonial, eliminação de gastos desnecessários, utilização dos juros em compras a seu 
favor e maximização dos seus recursos disponíveis. 
 O planejamento financeiro de um consumo consciente propicia, além das vantagens 
que enunciamos, a possibilidade de contribuir de maneira eficiente com a 
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sustentabilidade em relação aos benefícios ambientais, sociais e econômicos para a 
sociedade como um todo, e individuais para aquele que consome conscientemente. 
 Desta forma, o planejamento financeiro de um consumo consciente amplia a definição 
da educação financeira, ao incorporar às nossas escolhas de consumo as considerações 
ambientais e sociais, de acordo com o modo de produção, quantidade e qualidade das 
matérias-primas, tipo e qualidade de mão de obra, produção de resíduos e outros aspectos 
relevantes para o meio ambiente e para a sociedade. 
 No entanto, o consumo consciente poderá contribuir para o consumo sustentável de 
forma ambiental, social e econômica, ou seja, adquirindo produtos e serviços 
ambientalmente corretos, minimizando os impactos sobre o meio ambiente, que possam 
ajudar na construção de uma sociedade mais justa e que seja economicamente compatível 
com a situação financeira de cada consumidor (Banco Central do Brasil, 2013). 
 Neste sentido, ao compararmos produtos e serviços semelhantes ofertados no 
mercado podemos dar preferência aos produtos elaborados de modo 
socioambientalmente sustentável, por exemplo, consumindo frutas produzidas no local 
e da safra e, portanto, mais baratas, favorecendo produtos locais, que não consumiram 
energia para serem conservados e transportados. Ou seja, consumir de forma sustentável 
e, portanto, consciente, não traz prejuízos à qualidade do consumo (Banco Central do 
Brasil, 2013). 
Também podemos contribuir para a sustentabilidade ao: 
• reduzir o consumo desnecessário, evitando desperdícios e a produção excessiva de 
lixo; 
• diminuir o impacto negativo da atividade humana sobre o meio ambiente 
(extrativismo, agropecuária, urbanização, indústria, serviços, lixo); 
• melhorar a qualidade de vida e o bem-estar pessoal e da sociedade, tanto das gerações 
atuais quanto das futuras; 
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• usar o dinheiro e o crédito a seu favor e, ao mesmo tempo, em favor da sociedade e 
do meio ambiente. 
 O planejamento financeiro de forma consciente trata-se em buscar o equilíbrio, entre 
ter o que você precisa e ser um consumidor social, ambiental e economicamente 
sustentável. 
 Exercitando o que aprendemos: 
1) Pode(m) ser considerado(s) item(ns) que dificulta (m) o planejamento: 
(a) busca pelo prazer imediato. 
(b) pouca formação financeira. 
(c) comprometimento da tomada de decisão por fatores como publicidade ou opinião 
de amigos e familiares. 
(d) memória inflacionária do brasileiro. 
(e) todas as anteriores. 
2) Quais são as vantagens em se planejar o consumo? 
(a) Maximizar os recursos financeiros disponíveis. 
(b) Aproveitar situações que influenciam o preço (exemplo: sazonalidade). 
(c) Auxiliar na preservação e no aumento do patrimônio. 
(d) Ter meios para evitar ou controlar o endividamento. 
(e) Todas as anteriores. 
 3) Quais os possíveis benefícios que você terá em um consumo consciente? 
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4) Enumere pequenas mudanças no seu comportamento diário que poderá levar a você 
a um planejamento financeiro de forma consciente? 
5) Quais vantagens de um planejamento de forma consciente em sua vida? 
6) Dê exemplos de planejamento consciente na compra de um objeto que seja necessário 
para sua família e como você compraria a prazo ou à vista? 
7) Qual a diferença entre o consumo desejado e necessário? 
8) Quais as principais contribuições de um consumo consciente para o meio ambiente? 
9) São objetivos do consumo consciente: 
(a) diminuir o impacto negativo da atividade humana sobre o meio ambiente 
(extrativismo, agropecuária, urbanização, indústria, serviços, lixo), melhorar a qualidade 
de vida e do bem-estar da sociedade e usar o dinheiro e o crédito em seu favor e, ao 
mesmo tempo, em favor da sociedade e do meio ambiente. 
(b) maximizar as compras da sua família e aproveitar as liquidações das lojas. 
(c) utilizar as compras de produtos e serviços para satisfazer todos os seus desejos e os 
desejos da sua família. 
(d) Sempre buscar aumentar o padrão de consumo. 
(e) Nenhuma das anteriores. 
 
 
 
 
 
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 2. O que são Finanças Comportamentais? 
 
 Figura 2: Finanças Comportamentais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Finanças Comportamentais- campo do conhecimento que estuda a relação entre 
razão, emoção e as escolhas relacionadas ao dinheiro, ou seja, visa compreender como 
funciona o processo que leva você a tomar suas decisões financeiras, usando como base 
a economia e a psicologia. Dessa maneira, o seu objetivo é entender como as pessoas 
tomam suas decisões econômicas. 
A ciência acreditava antes do surgimento das finanças comportamentais que as pessoas 
analisavam todas as alternativas e escolhiam sempre aquela opção com menos riscos de 
investimentos. Neste sentido, acreditavam que as decisões humanas eram racionais. No 
entanto, as pesquisas que resultaram na criação das finanças comportamentais 
descobriram que existem várias ou inúmeras influências nas decisões humanas e que, no 
geral, o ser humano não é muito racional. 
Desta forma, o que se descobriu foi que as decisões financeiras das pessoas, eram 
influenciadas por diversos fatores individuais, como por exemplo, suas crenças em relação 
ao dinheiro. 
 
 
Fonte: Disponível em https://investidorsardinha.r7.com/aprender/financas-
comportamentais/. Acesso em: 10.09.21 
 
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/dinheiro-historia-origem/
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/financas-comportamentais/
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/financas-comportamentais/
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 2.1 Como surgiu o estudo de finanças comportamentais? 
 O estudo surgiu quando alguns pesquisadores perceberam que as explicações racionais 
não bastavam para justificar o comportamento humano quanto às finanças. Durante 
décadas, a economia e a psicologia se aproximaram e se distanciaram. Sendo assim, muitos 
anos se passaram desde a primeira vez em que os termos economia e psicologia 
apareceram juntos, no século XX, através da obra Psicologia Econômica do sociólogo 
Gabriel Tarde (1881), até a criação do campo de estudo de finanças comportamentais. 
Antes de se começar a estudar o que levava as decisões financeiras das pessoas, a ciência 
afirmava que o ser humano conseguia ser completamente racional em suas escolhas 
financeiras. Na época, a Teoria da Utilidade Esperada (ANO apud DOROW et al., 2008), 
pregava que as pessoas avaliavam todas as possibilidades antes de fazer sua escolha. 
Além disso, os cientistas acreditavam que as pessoas eram totalmente avessas ao risco 
e sempre escolhiam a opção mais segura. Contudo, os estudos dos psicólogos Daniel 
Kahneman (2002) e Amos Tversky (2002) colocaram esta certeza científica à prova. 
Acontece que os pesquisadores descobriram que as pessoas aceitaram correr riscos, 
desde que acreditassem que o risco evitava a perda de parte do dinheiro. Outro dado 
descoberto pelos psicólogos, é que emoções como o medo possuem uma forte influência 
na tomada de decisão. Portanto, não somos totalmente racionais nas nossas decisões 
financeiras. 
2.2 Qual a importância de entender as finanças comportamentais? 
Entender sobre as finanças comportamentais é extremamente importante para os 
investidores, já que ela ajuda a compreender como as decisões financeiras são tomadas. 
Sendo assim, ela pode te ajudar a entender o porquê tomou determinadas atitudes, 
quando tinha se comprometido com o contrário. 
 
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2.3 O que são equívocos de lógica? 
Dentro das finanças comportamentais são estudados os equívocos de lógica, que 
consistem nos mecanismos que o cérebro usa para enganar-se a si mesmo. Os equívocos 
de lógica podem ser separados em dois grandes grupos: os vieses e as heurísticas. Apesar 
de serem divididos em grupos, geralmente mais de um padrão pode ser percebido ao 
mesmo tempo. 
2.4 O que são Vieses? 
São todos os padrões de julgamentos errados que fazemos nas tomadas de decisões 
financeiras. Entre eles destacamos: 
Confirmação: No viés de confirmação, as pessoas dão mais peso para as informações que 
confirmam as suas convicções. Por exemplo, se um investidor deseja aplicar em 
determinada empresa, ele dá maior credibilidade aos dados que confirmam a sua vontade 
de investir nela. 
Custo afundado: Este viés se refere à dificuldade humana em abandonar projetos depois 
de investir neles. Dessa forma, mesmo que a pessoa perceba indícios de que ela cometeu 
um erro, ela tem dificuldades em desapegar. 
Informação: No viés da informação, a pessoa busca por excesso de informações para 
solucionar seus problemas. Este viés atrapalha nas decisões financeiras porque, por mais 
que se busque informações, a pessoa nunca está satisfeita. 
Retrospectiva: Também chamado de viés de retrovisor, o viés de retrospectiva se refere à 
tendência humana de ressignificar o passado. Dessa maneira, depois que os eventos 
passaram, é fácil fazer uma nova interpretação e supervalorizar a capacidade humana de 
prever os fatos inesperados. 
 
 
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2.5 O que são heurísticas? 
São os atalhos que o cérebro cria para tomar decisões de forma rápida. Entre eles 
destacamos: 
Disponibilidade: Neste atalho mental, o cérebro estabelece a probabilidade que um 
evento tem de acontecer novamente, apenas com base na lembrança de algum evento 
similar do passado. 
Afeto: Com este atalho mental, as pessoas tomam decisões baseadas exclusivamente nas 
emoções que elas sentem. A influência do afeto é tão grande nas decisões financeiras, 
que, por vezes, nem percebemos que estamos agindo por emoção. 
Ancoragem: Neste caso, o cérebro se ancora em números e informações para julgar 
rapidamente uma decisão. Um exemplo disso é quando vemos a palavra “promoção” e, 
automaticamente, ficamos com vontade de gastar. 
Representatividade: Por fim, a heurística da representatividade é a tomada de decisão 
baseada no sentimento de pertencimento, ou seja, representatividade da pessoa. 
2.6 O que influencia as decisões financeiras? 
 Existem diversos fatores que influenciam nas nossas decisões financeiras, como por 
exemplo, as crenças construídas ao longo da vida e as emoções primárias. Além dos vieses 
e heurísticas, podemos destacar alguns padrões muito comuns no dia a dia: 
Aversão às perdas: Ninguém gosta do sentimento de perder. Justamente por isso, 
criamos alternativas e estratégias para evitar a perda. Levando isso para o mundo dos 
investimentos, podemos imaginar um investidor que prefere continuar com um ativo 
esperando ele se valorizar, apenas para não assumir que perdeu dinheiro com aquela 
aplicação. 
Rebanho: O comportamento de rebanho é uma tendência forte não apenas em relação 
às finanças, mas em diversos aspectos da vida. Podemos citar como exemplo, o efeito 
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/ativos-financeiros/
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/efeito-manada-investimentos/
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manada, que leva os investidores a aplicar em uma ação somente porque todos estão 
fazendo aportes nela. 
Contabilidade mental: Este padrão pode ser percebido pelas pessoas que fazem cálculos 
mentais antes de realizar gastos inesperados ou um investimento ruim. Em resumo, a 
pessoa faz um rápido cálculo mental e toma a decisão sem antes analisar profundamente 
se aquela é a alternativa mais racional. 
Confiança em excesso: O excesso de confiança no mundo financeiro é um verdadeiro 
risco. Este comportamento pode ser observado em muitos investidores que conseguem 
altos retornos em algumas aplicações e ficam confiantes de que vão continuar com altas 
rentabilidades. 
2.7 Por que é importante entender esse tema? 
Compreender as finanças comportamentais é importante para identificar o que está 
em jogo ao tomar decisões que envolvem suas finanças. Além disso, após conhecimento 
sobre a área, você poderá analisar as situações de maneira mais racional, evitando erros 
causados pelos padrões de comportamento das emoções vistas anteriormente. Dessa 
maneira, terá mais possibilidade de resolver problemas e reorganizar suas estratégias 
financeiras para alcançar resultados eficientes. Você passará a administrar as emoções e 
crenças mais facilmente daqui para frente. 
Exercitando o que aprendemos: 
1) O que são finanças comportamentais? 
2) Como surgiram as finanças comportamentais? 
3) Qual a importância de entender as finanças comportamentais? 
4) O que são equívocos de lógica? 
5) Que são Vieses e cite alguns exemplos? 
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/efeito-manada-investimentos/
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/o-que-sao-acoes/
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/rentabilidade-o-que-e/
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/rentabilidade-o-que-e/
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6) O que são heurísticas e cite alguns exemplos? 
7) Faça uma pesquisa sobre os fatores que influenciam as decisões financeiras e 
compartilhe o resultado com o professor(a) e com os colegas. 
 
3. O que são Receitas e Despesas? 
 
 Figura 4:Receitas e Despesas 
 
Fonte: Disponível em: https://www.gwti.net/modelo-de-plano-de-despesas-e-receitas/. 
 Acesso em: 09.09.21 
 
 
Vamos abordar agora para você os conceitosde receitas e despesas. Para facilitar seu 
entendimento, podemos chamar como receita o que eu ganho e de despesa o que eu 
gasto. De maneira geral, as receitas são formadas por tudo aquilo que eu ganho em um 
período e as despesas por tudo aquilo que eu gasto em determinado tempo. 
No entanto, entender o significado de cada um dos termos, é saber como eles 
devem se relacionar para que a sua vida financeira seja estável e você não passe por apertos 
financeiros. Para começar, vamos aos conceitos. 
3.1 O que é receita? 
 É o que você ganha em um determinado período, normalmente, usamos um mês 
como referência de tempo. Para calcular a sua receita, leve em consideração o seu salário 
líquido, que é o valor que você realmente recebe depois de descontados os impostos e os 
benefícios. Como por exemplo, se você recebe R$ 1.380,00 e tem descontado R$ 130,00 
https://www.gwti.net/modelo-de-plano-de-despesas-e-receitas/
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de impostos, R$ 60,00 de INSS, R$ 45,00 de vale-transporte, o seu salário líquido efetivo 
será de R$ 1.145,00. 
Caso você tenha fontes de renda alternativas, some com o valor líquido do seu salário. 
Digamos que você faça alguns trabalhos extras, ou tenha uma poupança e ou receba uma 
pensão, chegaremos a esses valores: 
● Poupança: R$ 483,65 - depois falaremos um pouco mais sobre a poupança e seus valores; 
● Trabalhos extras fixos: R$ 180,00; 
● Pensão: R$ 250,00. 
Neste caso, a sua receita mensal será de R$ 2.058,65. Aqui abordamos a poupança. 
Normalmente, quando possível guardamos dinheiro para alguma emergência ou 
eventualmente para realizar um projeto de vida. Então, você até pode incluir a poupança 
na renda mensal, mas se você não pretende gastá-la com as despesas rotineiras, é melhor 
não contar com ela. Diante do exposto, temos uma receita mensal de R$ 1.575,00. 
Use a poupança como uma reserva mesmo, e faça o controle do quanto depositar 
e de quanto ela rende de forma separada das contas diárias. Ao longo da nossa seção ainda 
vamos falar bastante sobre esse investimento, que é a forma mais popular de guardar 
dinheiro. 
3.2 O que é despesa? 
É tudo aquilo que você gasta em um determinado período de tempo. Quem não 
lembra do pai ou da mãe dizendo, quando você ainda era criança, que “só dava despesa”. 
Bom, eles estavam falando de tudo aquilo que precisavam gastar com você ao longo do 
mês ou ano, como por exemplo: material escolar, roupas, calçados e alimentação, 
manutenção da casa, como: comida, aluguel, lazer, carro, entre outros. 
Neste sentido, ao colocar tudo na ponta do lápis, pode parecer que você tem 
muito mais despesas que receitas, mas é só porque há mais itens na lista e, não 
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necessariamente, que os valores que saem são maiores do que os que entram. O 
importante aqui é não deixar nada de fora na hora de calcular os gastos, por isso, liste as 
grandes despesas, como: moradia, alimentação, transporte, educação e saúde, mas 
também os pequenos, como uma ida ao cinema, um almoço ou jantar fora, a prestação 
de uma roupa e a mensalidade da academia. 
Vamos supor que a sua lista de despesas fique assim: 
● Moradia (aluguel, água e esgoto, energia elétrica, gás e internet): R$ 720,00; 
● Alimentação: R$ 280,00; 
● Transporte: R$ 80,00; 
● Lazer: R$ 100,00; 
● Saúde: R$ 100,00 (reserva mensal); 
● Prestações: R$ 45,00. 
A soma das suas despesas mensais é de R$ 1.325,00. Saber se esse valor é alto ou 
baixo vai depender do valor da sua receita. Pegando o nosso exemplo anterior, vamos 
levar em consideração que você tenha uma receita de R$ 1.575,00. Dessa forma, ainda 
sobram R$ 250,00. Se isso é bom ou ruim, tudo vai depender dos seus objetivos. 
3.3 Receitas e despesas: qual a relação perfeita entre elas? 
Pegando o nosso exemplo de receitas e despesas, temos um resultado positivo ao 
diminuir os gastos dos ganhos. A princípio, isso é bom e significa que você tem um bom 
planejamento financeiro, pois conseguiu pagar todas as contas e ainda sobrou dinheiro. 
Essa sobra pode ser aplicada na sua poupança ou até ser usada para comprar algo que você 
precise à vista, evitando juros e uma dívida para outros meses. 
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No entanto, é importante entender o seu projeto de vida, diante das possibilidades 
de você querer economizar mais durante o mês. Se for esse o caso, o primeiro passo é 
voltar à lista de despesas e ver em que você pode economizar. Talvez, reduzir os gastos 
com lazer por um tempo seja o caminho, ou não cair na tentação de compras 
desnecessárias ou, inclusive, economizar em água e energia elétrica. 
Dessa forma, podemos perceber que não há uma resposta exata para qual é o 
equilíbrio perfeito. Tudo vai depender dos seus objetivos. Agora, o que não pode 
acontecer de jeito nenhum é deixar as despesas ficarem maiores que as receitas. Chegar a 
esse ponto pode desencadear vários problemas e virar uma bola de neve sem fim. 
Não vamos entrar em detalhes agora sobre como resolver problemas com dívidas, 
pois esse é um assunto em outra seção que vamos explanar, no qual falaremos sobre 
endividamento. Por hora, a nossa dica é: não chegue a esse ponto. Se você colocar tudo 
no papel e ver que vai faltar dinheiro para alguma despesa, priorize aquilo que não pode 
esperar, como aluguel e alimentação, e deixe o restante para o próximo mês. Evite a todo 
custo fazer uma dívida que vai desequilibrar suas finanças. 
Vamos sugerir para calcular suas receitas e despesas, que você possa utilizar uma 
planilha de controle das suas finanças pessoais. Nela, você conseguirá colocar os valores 
que recebe mensalmente e aquilo que gasta, tudo dividido por categorias, é importante 
que nenhum detalhe fique de fora. Outro ponto interessante seria um planejamento 
mensal do seu orçamento. Então, além dos gastos de um mês, você já pode planejar os 
próximos. 
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Exercitando o que aprendemos: 
1) O que é receita? 
2) O que é despesa? 
3) Qual a relação perfeita entre receita e despesa? 
4) Elabore uma planilha de controle das suas finanças pessoais, abordando suas receitas 
e despesas, a exemplo da planilha abaixo.(Inserir planilha) 
4. Análise de despesas e identificação de desperdício 
 Figura 5: Análise de Despesas e desperdício 
 
Disponível em: https://www.google.com/search?q=imagens+de+despesas+e+desperdício. 
 Acesso em: 12;10;21. 
 Um importante princípio a ser seguido na análise de suas despesas e identificação do 
desperdício, é que as despesas não devem ser superiores às receitas. Mais do que isso, é 
prudente que as receitas superem as despesas, para que você possa formar no futuro uma 
poupança, investindo o que sobrou do seu dinheiro de modo a ter recursos suficientes 
para eventuais emergências, realizar sonhos e até mesmo planejar sua aposentadoria. 
4.1 O que são desperdícios? 
 São os gastos que não geram bem-estar nem estão ligados às necessidades ou aos 
desejos. Exemplos: multas, pagar por algo e não usar, esquecer luz acesa ou a torneira 
aberta. 
Ex: Bandeiras Tarifárias informadas na Conta de luz 
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 Neste sentido, devemos registrar tudo que você (ou sua família) ganha e o que gasta 
durante um período, durante um mês ou um ano. Na elaboração dessa análise será 
necessário organizar e planejar suas despesas e identificar os desperdícios, com o objetivo 
de gastar bem o seu dinheiro, suprir suas necessidades e ainda realizar sonhos e atingir 
metas, de acordo com o seu projeto de vida e suas prioridades definidas. 
 Existe mais de uma maneira de elaboraressa análise de despesas e desperdício. Vamos 
sugerir para você um método que consiste em quatro etapas: planejamento, registro, 
agrupamento e avaliação (Banco Central do Brasil, 2013). 
 4.2 Como fazemos o planejamento da análise de despesa e identificação do 
desperdício? 
 O processo de análise de despesas e identificação de desperdício consiste em estimar 
as receitas e as despesas do período. Para isso, você pode utilizar sua rotina passada, 
elencando as receitas, despesas passadas, desperdício e usando-as como base para prever 
as receitas, despesas futuras e identificando os desperdícios (Banco Central do Brasil, 
2013). 
Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/07/08/energia-em-
alta-veja-perguntas-e-respostas-sobre-o-sistema-de-bandeiras-e-o-peso-na-
conta-de-luz.ghtml. Acesso em: 22.12.21 
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/07/08/energia-em-alta-veja-perguntas-e-respostas-sobre-o-sistema-de-bandeiras-e-o-peso-na-conta-de-luz.ghtml
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/07/08/energia-em-alta-veja-perguntas-e-respostas-sobre-o-sistema-de-bandeiras-e-o-peso-na-conta-de-luz.ghtml
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/07/08/energia-em-alta-veja-perguntas-e-respostas-sobre-o-sistema-de-bandeiras-e-o-peso-na-conta-de-luz.ghtml
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 Segundo sugestão do Banco Central do Brasil (2013), devemos diferenciar as receitas, 
despesas fixas das variáveis e desperdícios. 
 Receitas fixas – Como o próprio nome diz, são receitas que não variam ou variam 
muito pouco, como o valor do salário, da aposentadoria ou de rendimentos de aluguel. 
 Receitas variáveis – São aquelas cujos valores variam de um mês para o outro, como os 
ganhos de comissões por vendas ou os ganhos com aulas particulares. 
 Despesas fixas – São despesas que não variam ou variam muito pouco, como o aluguel, 
a prestação de um financiamento etc. 
 Despesas variáveis – São aquelas cujos valores variam de um mês para outro, como a 
conta de luz ou de água, que variam conforme o consumo. 
 Compromissos sazonais: impostos, seguros, matrículas escolares etc. 
 Compromissos já assumidos: prestações a vencer, faturas de cartões de crédito etc. Utilize 
informações passadas de conta de luz, água, telefone etc. 
 
4.3. Como fazemos o registro de despesa e identificação do desperdício? 
 Será necessário registrar, de preferência diariamente, todas as receitas, despesas e 
desperdícios. Para isso, vamos fazer algumas sugestões para você. 
 Anote todos os gastos. Pode ser em uma caderneta, em uma agenda, no celular, no 
computador etc. 
Confira os extratos bancários e as faturas de cartões de crédito; 
Guarde as notas fiscais e os recibos de pagamento; 
Guarde os comprovantes de utilização de cartões (débito/crédito); 
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Diferencie as várias formas de pagamentos e desembolsos, separando-as em 
dinheiro, débito e crédito. 
4.4 Como fazemos o agrupamento de despesa e do desperdício? 
 Você perceberá que, com o tempo, as anotações serão muitas. Para que você as 
entenda melhor, agrupe-as conforme alguma característica similar. Por exemplo: despesa 
com alimentação, com habitação, com transporte, com lazer etc. Essa não é a única 
forma de agrupar as despesas e desperdício. Você pode utilizar outras formas de 
agrupamento que sejam mais adequadas à sua realidade. O agrupamento facilita a 
verificação da parcela do salário ou da renda que é gasta em cada grupo de itens, além de 
auxiliar com os ajustes ou cortes que eventualmente sejam necessários. 
 4.5 Como avaliar suas despesas? 
 É necessário que você possa avaliar como se comportam suas despesas e os 
desperdícios ao longo do mês, buscando corrigi-las e preveni-los, para que seu salário e 
sua renda proporcionem o máximo de benefícios, conforto e qualidade de vida para você. 
 Neste sentido, sugerimos as seguintes reflexões: O balanço de sua despesa foi 
superavitário , neutro ou deficitário? Ou seja, você gastou menos, o mesmo ou mais do 
que recebeu? 
 Quais são seus sonhos e suas metas financeiras? Precisam de curto, médio ou longo 
prazo? São compatíveis com o seu orçamento? Tem separado recursos financeiros para 
realizá-los? É possível reduzir gastos desnecessários? Observe os pequenos gastos, pois a 
soma de muitos “poucos” pode ser bem relevante. 
 
 
 4.1. Preço à vista e a prazo 
 Figura 6: Á vista ou A Prazo 
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Disponível em: https://www.google.com/search?q=imagens+de+pre%C3%A7o+avista+ou+prazo. 
Acesso em: 12.10.21 
O que é pagar à vista? 
 Se você ainda está começando a ter uma vida financeira ativa, talvez ainda não entenda 
com clareza os conceitos de pagar à vista ou parcelado por uma compra. 
 Pagar à vista significa que o valor total é pago no ato da compra, ou seja, em dinheiro 
ou cartão de débito. Muitas lojas oferecem descontos nesta forma de pagamento, 
principalmente se for em dinheiro vivo, já que ele não terá que pagar taxas de utilização 
das máquinas de cartões. Além dos descontos, outra vantagem é poder resolver o débito 
na hora, sem comprometer seu orçamento para os próximos meses. Dessa forma, seu 
planejamento financeiro pessoal fica intacto e se torna mais consistente, permitindo que 
você use seu dinheiro com mais tranquilidade. 
 O que é pagar a prazo? 
 Já em uma compra à prazo (ou parcelado), o valor total é dividido em partes iguais 
para serem pagas mês a mês, com apenas a primeira sendo dada no ato da compra. 
Quando você vê um anúncio oferecendo pagamento em “10 vezes sem juros”, é um 
estímulo da loja para compras parceladas. 
 Essa modalidade é ótima para quando você precisa de um item com urgência, mas não 
tem em mãos o valor integral naquele momento. Por outro lado, a maioria das compras 
a prazo têm juros que aumentam o valor final, sendo esta a principal desvantagem desse 
https://www.google.com/search?q=imagens+de+pre%C3%A7o+avista+ou+prazo
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tipo de pagamento. Além disso, muita gente cai na armadilha de acumular várias compras 
a prazo ao mesmo tempo, comprometendo boa parte do orçamento mensal com dívidas. 
 Preço à vista ou a prazo: o que levar em consideração ao comprar? 
 Se você tiver o dinheiro em mãos, é melhor pagar à vista e aproveitar os descontos. 
No entanto, olhando com atenção, a escolha depende de muitos fatores como os que 
vamos sugerir para você decidir entre pagar à vista ou a prazo: 
 Valor da compra: é muito importante na hora de decidir se vai pagar à vista ou a prazo. 
Se for um item de valor muito alto como um carro, imóvel ou passagem de avião, o 
pagamento à vista pode ser inviável. Nesses casos, é melhor fazer um parcelamento, desde 
que ele se encaixe no seu orçamento de forma confortável. Porém, para compras menores 
vale a pena aproveitar as vantagens do pagamento à vista. Caso não tenha o dinheiro em 
mãos na hora, compensa esperar alguns meses até levantar o valor necessário. 
 Taxa de juros: é um ponto de atenção na hora de escolher entre pagar parcelado ou à 
vista. Compras à vista não têm juros, por isso sempre compensam mais. Porém, caso 
precise parcelar, fique atento às taxas praticadas pela loja. O ideal é buscar parcelamentos 
sem juros que oferecem mais tempo para pagar e não aumentam o valor final da compra. 
 Descontos: é muito comum que as lojas ofereçam descontos para pagamentos à vista. 
O benefício pode ser de 5% a 10% do valor total do produto, trazendo um ótimo custo-
benefício para você. Já os pagamentos a prazo funcionam ao contrário:costumam sair 
mais caros por causa dos juros. 
 Capacidade de pagamento: é um dos principais fatores que devem ser observados ao 
escolher pagar à vista ou parcelado. É preciso pensar em diversas variáveis como: 
• você usaria toda a sua reserva financeira para comprar à vista? 
• o valor da parcela cabe no seu orçamento mensal? 
• por quanto tempo você pode se comprometer com essa dívida? 
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 É muito importante você fazer essa análise para não assumir compromissos 
impossíveis de honrar ou correr o risco de ficar sem dinheiro caso ocorra um imprevisto 
no futuro. 
 4.2. Financiar ou poupar? 
 Figura 7: Financiar ou Poupar? 
 
Disponível em>: https://www.google.com/search?q=imagens+de+financiar+e+poupar. 
Acesso em: 13.10.21. 
O financiamento é uma maneira de adquirir bens e pagar em médio e longo prazo, 
com o acréscimo de taxas e juros. Nesse tipo de contrato, o bem financiado será a garantia 
de que a dívida será paga se quem pegou o financiamento não pagar a quantia. 
Quem pensa em fazer financiamento deve considerar que esse tipo de empréstimo 
precisa ser para uma realização específica. Dessa maneira, ao contrário de outras 
modalidades de obtenção de crédito, o financiamento é voltado para determinados fins. 
Ao financiar, você obtém crédito que é estabelecido entre quem precisa de 
recursos financeiros para realizar um determinado objetivo (pessoas físicas ou empresas, 
por exemplo) e uma instituição financeira que pode emprestar dinheiro, como bancos. 
 
 
Para compreender melhor. Faça uma pesquisa das taxas de juros 
para financiamento em bancos de sua região, você pode pedir 
ajuda de alguém de sua família. Vamos lá! 
 
https://www.google.com/search?q=imagens+de+financiar+e+poupar&tbm=isch&ved=2a
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Por que poupar? 
Ao poupar, você acumula valores financeiros no presente para serem utilizados 
no futuro. Os valores poupados no presente e investidos durante um, dois ou mais anos 
poderão fazer uma diferença significativa na qualidade de vida do poupador no futuro. 
Assim, são vários os motivos para poupar: precaver-se diante de situações inesperadas, 
preparar-se para sua aposentadoria e realização dos seus sonhos etc. 
Apresentamos neste caderno algumas estratégias para que você atinja seu objetivo 
de poupar. Entre elas, falamos da importância de elaborar um orçamento, de ser um 
consumidor consciente, de utilizar o crédito de forma responsável e os juros a seu favor. 
Trata-se de estabelecer prioridades. Ao fazer isso, torna-se muito mais fácil incorporar o 
hábito de poupar. 
Neste caso, a resposta é poupar e cultivar o hábito de fazer poupança 
regularmente. Aliás, ao se tornar uma pessoa superavitária, a primeira coisa a fazer ao 
receber uma renda deve ser separar parte dela para poupança, antes mesmo de pagar 
qualquer despesa. 
 4.3. Porcentagem - a diferenças que a taxa de juros faz no dinheiro poupado 
 Figura 8: Porcentagem e taxa de juros 
 
Disponível em: https://www.google.com/search?q=imagens+de+porcentagem+e+taxa. 
Acesso em: 13.10.21 
https://www.google.com/search?q=imagens+de+porcentagem+e+taxa
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 Para entender a porcentagem referente a diferença que a taxa de juros faz em nosso 
dinheiro quando poupado, devemos compreender primeiro o que são taxas de juros. 
 Neste caso, juros são o valor do dinheiro no tempo. Ou seja, funcionam como 
se fossem o aluguel do dinheiro. Os bancos e outras instituições financeiras fazem a 
intermediação entre quem tem dinheiro (poupador ou investidor) e quem precisa de 
dinheiro (tomador ou devedor). 
 Neste sentido, poupador ou investidor, o dinheiro que você aplicou na instituição 
financeira será emprestado ao tomador/devedor, que pagará o valor mais juros ao banco. 
O banco, por sua vez, fica com parcela do valor pago como remuneração e devolve a você 
a quantia com juros no momento futuro, conforme o que foi contratado pela instituição 
financeira. 
 No entanto, o tomador vai devolver ao banco um valor superior ao que tomou 
emprestado e o poupador vai receber um montante maior do que o investido. 
 
O que é taxa de juros? 
 Será o preço do “aluguel” do dinheiro por um período de tempo; percentual 
calculado pela divisão dos juros contratados pelo capital emprestado/poupado. 
 Neste cenário, os juros cobrados pelo empréstimo de R$1.000,00 durante um ano 
foram R$ 80,00, o que significa que o tomador paga uma taxa de juros de 8% a.a. (ao 
ano). O cálculo é feito da seguinte forma: juros/capital, ou seja 80/1.000 = 8/100 por 
ano = 8% a.a (Banco Central do Brasil, 2018). 
 Por outro lado, considere o cenário em que um investimento de R$ 1.000,00 
renda à taxa de juros de 5% a.a. (ao ano). Assim, o investidor receberá R$ 5,00 por cada 
R$ 100,00 investidos (5/100) durante um ano, o que, ao final do período, totalizaram 
o montante de R$1.050 (Banco Central do Brasil, 2018). 
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O que são Juros Simples? 
 São os juros aplicados ou cobrados sempre sobre o capital inicial, que é o valor 
emprestado ou investido. Não há cobrança de juros sobre juros acumulados no(s) 
período(s) anterior(es). Exemplo: em um empréstimo de R$1.000, com taxa de juros 
simples de 8% a.a., com duração de 2 anos, o total de juros será R$ 80,00 no primeiro 
ano e R$ 80,00 no segundo ano. Ao final do contrato, o tomador irá devolver o principal 
e os juros simples de cada ano: R$ 1.000,00 + R$ 80,00 + R$ 80,00 = R$1.160,00. 
O que são Juros Compostos? 
 São os juros para cada período do contrato (diário, mensal, anual etc.), há um 
“novo capital” para a cobrança da taxa de juros contratada. Esse “novo capital” é a soma 
do capital e do juro cobrado no período anterior. 
 Exemplo: Em um empréstimo de R$1.000,00, com taxa de juros composta 
de 8% a.a., com duração de 2 anos, o total de juros será R$ 80,00 no primeiro ano. No 
segundo ano, os juros vão ser somados ao capital (R$ 1.000,00 + R$ 80,00 = R$ 
1.080,00 x 8%), resultando em juros de R$ 86,40. 
 Os juros do primeiro ano (R$ 80,00) são somados com os juros do segundo ano 
(R$ 86,40), totalizando o valor de R$1.166,40 que deverá ser devolvido ao fim do 
empréstimo. 
O que é Taxa de Juros Real? 
 A taxa de juros real considera a perda do poder de compra causada pela inflação. 
Sendo assim, ela é usada para determinar qual será o ganho real do investidor com uma 
aplicação financeira. 
 Exemplo: uma taxa de juros nominal mensal de 10% e uma inflação no período de 
2% resultam em uma taxa de juros real de aproximadamente 7,84% [na fórmula completa: 
(1,10 : 1,02 - 1) x 100 ]. 
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/inflacao/
https://investidorsardinha.r7.com/aprender/aplicacoes-financeiras/
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O que é Custo Efetivo Total (CET)? 
 É a taxa de juros, que contém outros custos envolvidos na operação. Para que o 
consumidor possa comparar melhor as condições dos financiamentos oferecidos pelas 
instituições financeiras, os bancos e outras instituições financeiras devem informar ao 
cliente o Custo Efetivo Total (CET). E fornecer a respectiva planilha de cálculo 
previamente à contratação da operação. 
 O CET deve ser expresso na forma de taxa percentual anual e incorpora todos os 
encargos e despesas incidentes nas operações de crédito (taxa de juro, mas também tarifas, 
tributos, seguros e outras despesas cobradas). Essa taxa facilita a comparação das opções 
de empréstimo e financiamentopara o consumidor. 
 A planilha de cálculo do CET deve explicitar, além do valor em reais de cada 
componente do fluxo da operação, os respectivos percentuais em relação ao valor total 
devido. 
 Caso a operação seja contratada, o demonstrativo de cálculo do CET deve ser 
incorporado, de forma destacada, ao respectivo contrato. 
Compare o CET antes de contratar o empréstimo ou financiamento 
 Comparar o CET é muito mais importante do que simplesmente comparar a taxa 
de juros oferecida por diferentes instituições. 
Suponha um financiamento nas seguintes condições: 
• Valor financiado: R$ 1.000,00 
• Taxa de juros: 12% ao ano ou 0,95% ao mês 
• Prazo da operação: 5 meses 
• Prestação mensal: R$ 205,73. 
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 Além desses dados, considere também a hipótese de pagamento á vista (sem 
inclusão no valor financiado) dos seguintes valores: 
• Tarifa de confecção de cadastro para início de relacionamento: R$ 50,00. 
• IOF: R$ 10,00 Para uma operação com essas condições, o CET calculado será de 
43,93% ao ano ou 3,08% ao mês. 
 Assim, o valor do CET (43,93% a.a) é maior do que a taxa de juros (12% a.a.). 
 O CET também deve constar dos informes publicitários de operações destinadas à 
aquisição de bens e de serviços quando forem veiculadas ofertas específicas. É obrigatório 
que o informe publicitário explicite o valor a ser financiado, a taxa de juros cobrada, o 
valor das prestações e as demais condições, além do próprio CET. 
 
 4.4. Endividamento por empréstimo 
 Figura 9: Endividamento por empréstimo 
 
Disponível em: https: //www.google.com/search?q=imagens+de+endividamento&tbm=isch&ved. 
 Acesso em: 13.10.21 
 
O recente dado divulgado pelo Banco Central do Brasil, informou que quase 1/3 
dos brasileiros estão imersos em dívidas (quase 60 milhões de pessoas), isso mostra 
quanto o brasileiro é suscetível às tentações do mercado publicitário, a verdade social das 
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aquisições materiais como sinônimo de bem-estar e sucesso pessoal, bem como à cultura 
(ainda persistente) de desfrutar o prazer de comprar hoje e para pagar amanhã. 
 Neste contexto, um estudo feito pelo Banco Boa Vista, revelou que 38% dos brasileiros 
gastam sem fazer qualquer tipo de planejamento, pelo simples e imediato impulso de ter 
um bem material. Pensando nesse processo de dívidas vamos buscar entender o 
endividamento por empréstimo. 
Normalmente, consideramos que estamos endividados apenas quando não 
estamos dando conta de pagar os nossos compromissos. Quando não conseguimos pagar 
as dívidas assumidas, já estamos em um patamar de endividamento muito preocupante. 
Neste caso, é comum encontrarmos pessoas desejando e usufruindo um padrão 
de vida acima do padrão de renda que possuem. As facilidades determinadas pelo crédito 
fácil propiciam um excesso de compras a prazo que justamente contribui com o 
endividamento por empréstimo, muitas vezes, esses empréstimos comprometem a 
situação financeira de você e de sua família. Portanto, é fundamental colocarmos em 
prática o equilíbrio do seu orçamento. 
 Como por exemplo: 
Redução de renda sem redução de despesas – Essa é outra questão importante a ser 
avaliada, podendo ser a porta de entrada para o endividamento por empréstimo. A perda 
de emprego ou de parte da renda familiar sem a devida redução nas despesas pode, 
facilmente, levar uma família ao endividamento por empréstimo. Portanto, ao deparar-
se com uma redução de renda, é fundamental fazer uma cuidadosa revisão do orçamento 
pessoal e familiar, adequando as despesas à nova realidade. 
Despesas emergenciais – Imprevistos acontecem. Um defeito ou uma batida no veículo, 
ou problemas de saúde na família são exemplos corriqueiros. Entretanto, nem sempre 
estamos preparados financeiramente para superar esses obstáculos. Logo, fazer um 
empréstimo para cobrir eventuais despesas emergenciais é muito importante, porém 
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temos que ter cuidado para não causar em você um endividamento. Outra forma de tratar 
as despesas emergenciais é por meio da prevenção, fazendo uma poupança ou seguro. 
Pouco conhecimento financeiro – O fato de as pessoas desconhecerem produtos 
financeiros é também determinante para que fiquem endividadas por empréstimos. Não 
conhecer o impacto que o pagamento de juros pode causar no orçamento pessoal e 
familiar e a não leitura dos contratos firmados são situações que contribuem 
efetivamente para o processo de endividamento por empréstimo. 
 Consequências do endividamento por empréstimo 
Como consequências financeiras do endividamento por empréstimo, podemos 
citar: perda de patrimônio, comprometimento da renda com pagamento de juros e 
multas punitivas, redução do consumo futuro etc. Eventualmente, se a dívida virar 
inadimplência, o indivíduo pode passar a ter o seu nome inscrito em um ou mais 
cadastros de restrição ao crédito, como Serasa ou Serviço Central de Proteção ao Crédito. 
Uma pessoa que esteja com elevado grau de endividamento por empréstimo 
acaba, em geral, comprometendo sua qualidade de vida e de sua família. Tomar os 
cuidados para não cair no endividamento pode evitar esses dissabores financeiros e 
morais. Porém, se o superendividamento já é uma realidade, a opção é buscar alternativas 
para sair dele. 
 Como sair de um endividamento por empréstimo? 
Se você já estiver em uma situação de superendividamento, existem meios de se 
livrar dessa situação? 
Isso dependerá das suas atitudes, que podem parecer um pouco desagradáveis de 
se fazer, mas que têm o potencial de devolver a tranquilidade financeira e psicológica 
perdida devido às preocupações com o excesso de compromissos financeiros adquiridos 
pelos empréstimos. 
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Vamos sugerir a você alguns passos que poderão minimizar o seu endividamento 
por empréstimo: 
Tomar consciência da situação 
 Ter a consciência de que você está endividado por empréstimo e de que precisa 
resolver essa situação; não se conformar com a situação incômoda das dívidas e sentir a 
clara necessidade de buscar uma saída é um passo fundamental para a solução do 
endividamento. 
Mapear as dívidas 
 Após tomar consciência do endividamento e de ter a certeza de que quer sair dessa 
situação, é importante conhecer o real tamanho do problema. E conhecer as dívidas é 
exatamente mapear detalhadamente as informações importantes: os valores das dívidas, 
os prazos para pagamento, as taxas de juros que está pagando etc. De posse de todas as 
informações, torna-se mais fácil a busca de alternativas para a saída do endividamento. 
Não fazer novas dívidas 
 Outro ponto fundamental para garantir a saída de tão incômoda situação é não fazer 
novas dívidas. Esse é o momento de reorganização da vida financeira e fazer dívidas nessa 
hora é realimentar um ciclo negativo, dificultando a saída do endividamento. Não fazer 
novas dívidas é, então, uma prioridade, um desafio a ser vencido por quem se encontra 
endividado e realmente quer sair do endividamento. 
Renegociar as dívidas 
 Negociar condições mais vantajosas para o pagamento das dívidas é outro aspecto 
fundamental para a saída do endividamento por empréstimo. Essa é a hora de procurar 
trocar dívidas que pagam juros elevados por dívidas com juros menores. Negociar os 
prazos também pode ajudar na reorganização financeira do endividado. 
 
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Reduzir gastos 
Outra ação imprescindível para a saída do endividamento é o corte de gastos. 
Gerar renda extra 
 Muitas vezes nosso orçamento já estáno limite suportável e, ainda assim, encontra-
se deficitário. Adicionalmente à minimização dos nossos gastos, podemos avaliar uma 
alternativa de ampliar a nossa renda. Procure identificar áreas e serviços em que tenha 
habilidades, para gerar renda extra e complementar o seu orçamento. Além disso, muitas 
outras opções podem proporcionar uma boa renda extra: colocar em prática dons 
artísticos ou dons culinários, fazer horas extras etc. Tudo isso pode ser uma boa alternativa 
para a saída do endividamento e, quem sabe, até se tornar uma nova opção de vida, 
Buscar ajuda 
 Lembramos ainda que a busca de ajuda, quer por meio de leitura, quer por consultoria, 
quer por órgãos de defesa do consumidor, é uma opção válida e muito eficaz para a saída 
do endividamento. É claro que, preferencialmente, essa ajuda não deve ter custo algum. 
 4.5. Definição de Créditos e Taxa nominal de juros 
 Figura 10: Crédito e taxa nominal de juros 
 
Disponível em: https://www.google.com/search?q=imagens+de+cr%C3%A9dito+e+taxas. 
Acesso em: 13,10,21 
 
https://www.google.com/search?q=imagens+de+cr%C3%A9dito+e+taxas
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Qual o conceito de Crédito? 
 O crédito é uma fonte adicional de recursos que não são seus, mas obtidos de terceiros 
(bancos, financeiras, cooperativas de crédito e outros), que possibilita a antecipação do 
consumo para a aquisição de bens ou contratação de serviços. Existem várias modalidades 
de crédito. Por exemplo: limite do cheque especial, cartão de crédito, empréstimos, 
financiamentos imobiliários ou de veículos, compra a prazo em lojas comerciais etc. 
 É muito importante para sua vida financeira saber escolher a modalidade de crédito 
mais adequada para cada situação. Com a devida compreensão dos custos envolvidos nas 
operações de crédito, é mais fácil o uso do crédito de forma consciente. 
 Ao falar sobre crédito é preciso, inicialmente, fazermos algumas reflexões sobre os 
juros. Para facilitar a nossa reflexão, vamos tratar os juros como sendo o valor do aluguel 
do dinheiro no tempo, como tratado anteriormente. Na visão de quem paga, os juros 
correspondem ao pagamento do “aluguel” pela utilização de recursos de terceiros, no 
caso, o dinheiro. Ao comprarmos um produto qualquer, uma televisão, por exemplo, a 
prazo, recebemos um benefício antecipado (ter o produto) para pagarmos depois. 
 Essa opção quase sempre implica o pagamento de juros, pois estamos usufruindo de 
algo, pago com dinheiro que não temos. Pensando na visão de quem recebe, os juros 
correspondem ao recebimento do aluguel pela cessão, temporária, de recursos financeiros 
próprios a terceiros. 
 O que é taxa nominal de juros? 
 A taxa de juro nominal é a taxa que obrigatoriamente deve ser indicada em todos os 
contratos de crédito ou nas aplicações e corresponde ao período de um ano. Sendo que, 
é uma remuneração monetária sujeita aos efeitos da inflação. A taxa de juros nominal 
leva esse nome por ser, justamente, o valor informado ou contratado em uma operação 
financeira. 
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 Por exemplo, você decide investir em títulos do Tesouro Direto e o rendimento 
declarado para a aplicação é de 5% ao ano. Esse valor representa a taxa de juros nominal. 
Isso vale para quando você realiza um financiamento imobiliário e, na contratação, a 
instituição bancária informa que a taxa de juros nominal é de 3% ao mês. Só que, aqui, 
ela representa o retorno bruto alcançado pelo banco ao negociar crédito. 
 Quais são as diferenças entre a taxa nominal e a taxa real? 
 Como vimos, a primeira se refere ao valor nominal informado em uma operação 
financeira. Já a segunda representa o mesmo montante, mas descontado o índice de 
inflação. Ou seja, de forma simples, é como se a taxa nominal representasse o lucro bruto, 
no caso de um investimento, e a taxa real significasse o lucro líquido. Portanto, a taxa de 
juros nominal traz um dado que pode ser ilusório, visto que não considera a perda do 
poder de consumo que ocorre por conta da inflação. Se você deseja ter uma perspectiva 
mais precisa sobre as suas finanças, então, vale a pena se orientar pela taxa de juros real e 
fazer comparativos. 
 Por que é importante conhecer a taxa nominal? 
 Conhecer a taxa de juros nominal em operações financeiras é importante, 
inicialmente, para ter uma base de qual é a melhor escolha em investimentos ou até na 
tomada de crédito. Afinal, a inflação é a mesma se você investir na caderneta de poupança 
ou no Tesouro Direto. A rentabilidade oferecida em cada uma das aplicações, por outro 
lado, varia muito. Além disso, é a partir da taxa nominal que você vai ser capaz de calcular 
a real, o que faz dela um ponto de partida essencial. Com todos os dados em mãos, será 
possível realizar uma análise mais completa e entender não apenas qual é a melhor opção, 
mas também se o momento é adequado. 
 Como a taxa nominal é calculada? 
 Você, dificilmente, terá que calcular a taxa nominal, pois ela é o valor informado nas 
operações financeiras. Mas, basicamente, ela é representada pela soma da inflação com os 
juros reais. Na verdade, saber a porcentagem da taxa nominal é mais útil para você 
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determinar a taxa real de um investimento ou empréstimo do que o contrário, como 
acabamos de comentar. Então, conhecer a taxa de juros nominal é importante, mas você 
não pode se basear unicamente nela se quiser ter dados mais confiáveis. 
 
Exercitando o que aprendemos: 
 
1) O que são desperdícios? 
2) Como fazemos o planejamento da análise de despesa e identificação do desperdício? 
3) Como fazer o registro de despesa? 
4) Como identificar os desperdícios? 
5) Como fazer o agrupamento de despesa? 
6) Como fazer o agrupamento dos desperdícios? 
7) Como podemos avaliar nossas despesas? 
8) Quais são seus sonhos e suas metas financeiras? Precisam de curto, médio ou longo prazo? 
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9) São compatíveis com o seu orçamento? Tem separado recursos financeiros para realizá-
los? 
10) É possível reduzir gastos desnecessários? 
11) O que é pagar à vista? 
12) O que é pagar a prazo? 
13) Preço à vista ou a prazo: o que levar em consideração ao comprar? 
14) O que é o financiamento? 
15) O que é poupar? 
16) O que é taxa de juros? 
17) O que são Juros Simples? 
18) O que são Juros Compostos? 
19) O que é Taxa de Juros Real? 
20) O que é Custo Efetivo Total (CET)? 
21) O que é endividamento por empréstimo? 
22) Quais as possíveis consequências do endividamento por empréstimo? 
23) Dê exemplos de como podemos minimizar as dívidas. 
24) Como sair de um endividamento por empréstimo? 
25) Qual o conceito de Crédito? 
26) O que é taxa nominal de juros? 
27) Quais são as diferenças entre a taxa nominal e a taxa real? 
28) Por que é importante conhecer a taxa nominal? 
29) Como a taxa nominal é calculada? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Cidadania e Educação Fiscal 
1. Cidadania 
1.1. Ética e Cidadania 
1.2. Participação e Controle Social 
2. Educação Fiscal 
2.1. Tributação (impostos, taxas e tributos) 
2.2. Tributo pessoa física e jurídica 
2.3. Princípios de Finanças Públicas 
COMPETÊNCIA: 
C10- Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, 
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, 
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DA ÁREA DE MATEMÁTICA 
CEMAT3- Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para 
interpretar, construir modelos e resolver problemasem diversos contextos, analisando a 
plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas, de modo a construir 
argumentação consistente. 
 
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 
05- Compreender o conceito de cidadania na perspectiva da participação e controle 
social, inserido no cotidiano escolar. 
06- Compreender a função social da tributação como exercício da solidariedade, a partir 
da conscientização cidadã no pagamento dos tributos para a promoção da qualidade de 
vida. 
HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS: 
2. Cultivar o exercício da cidadania, contribuindo com a participação e controle social, 
ética e consciência crítica, responsável em relação ao cuidado com dinheiro pessoal e com 
o patrimônio público. 
4. Exercitar a criatividade para apreender o novo diante das mudanças educacionais, 
sociais, tecnológicas e econômicas. 
 
 
 
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OBJETIVO 
Informar, formar e orientar indivíduos e sociedades sobre valores e 
competências necessárias para o desenvolvimento de uma consciência sobre 
o consumo, possibilitando escolhas mais assertivas, fundamental na 
construção de um futuro mais consciente e bem-planejado, 
proporcionando uma estrutura financeira adequada, maior qualidade de vida 
e participação na economia. 
 
 
 
O QUE É SER CIDADÃO, CIDADÃ? O QUE SIGNIFICA EXERCER A CIDADANIA? 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://www.contabilidadenatv.com.br/educacao-fiscal-e-
cidadania-reflexoes-da-pratica-educativa-tem-lancamento-na-64a-feira-do-
livro-de-porto-alegre/. Acesso em: 06.11.21 
 
 Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, a cidadania é uma condição 
construída historicamente. A partir daí, muitas são as interpretações possíveis. 
Entretanto, em sentido pleno, cidadania significa a possibilidade de participação efetiva 
na produção e no usufruto de valores e bens de determinada sociedade. 
Pergunta-se, cuidar do planeta Terra é responsabilidade de todos nós? Por quê? Ora, 
porque fazemos parte da Pachamama-Terra mãe. Cuidar do planeta Terra é cuidar de nós 
e de tudo que compõe o planeta, isso é cidadania. Nesse sentido, a escola é o local onde 
desde criança se trabalha o coletivo, isso contribui para a compreensão em torno do que 
é público, do quanto o sentimento da responsabilidade coletiva é saudável para todos 
nós. O processo educativo que é desenvolvido na escola contribui para o despertar do 
sentido da vida e para construção de uma sociedade com pessoas melhores. 
A cidadania é uma articulação dos direitos e deveres civis, políticos e sociais 
(Marshall,1967). Ser cidadão, portanto, é ter direito de usufruir várias possibilidades que 
1. Cidadania 
https://www.contabilidadenatv.com.br/educacao-fiscal-e-cidadania-reflexoes-da-pratica-educativa-tem-lancamento-na-64a-feira-do-livro-de-porto-alegre/
https://www.contabilidadenatv.com.br/educacao-fiscal-e-cidadania-reflexoes-da-pratica-educativa-tem-lancamento-na-64a-feira-do-livro-de-porto-alegre/
https://www.contabilidadenatv.com.br/educacao-fiscal-e-cidadania-reflexoes-da-pratica-educativa-tem-lancamento-na-64a-feira-do-livro-de-porto-alegre/
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a vida oferece, tais como liberdade, igualdade, propriedade, participação política, 
educação, saúde, moradia, trabalho, dentre outras. Ser cidadão é ser responsavelmente 
ativo na sociedade, protagonizando a construção da democracia. 
 Segundo Ferreira (2004), “a cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”. 
Entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, 
ou no desempenho de seus deveres para com este”. Portanto, a cidadania está associada 
aos direitos civis e políticos, isso significa que todos nós temos que fazer a nossa parte, 
com atitudes positivas junto à sociedade. 
 Para Dalmo Dallari, 
 A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa 
 a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de 
 seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado excluído 
 da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição 
 de inferioridade dentro do grupo social. (DALLAR, 1998, p.14) 
 Nessa perspectiva, Perrenoud (2002) indica que ensinar direitos e deveres sem 
uma mudança de pensamento e uma tomada de ação não é suficiente para se formar 
cidadãos. O exercício da cidadania é ingrediente indispensável da construção de uma 
sociedade democrática e justa, e a Educação Financeira tem como principal propósito ser 
um dos componentes dessa formação para a cidadania. 
 
 
 
Assim, o que ética e cidadania têm a ver com Educação Fiscal? Ora, são duas palavras 
que precisam estar juntas, sabe por quê? 
A palavra ética vem do Grego ethos, que significa “modo de ser” ou “caráter”. A ética 
busca compreender o comportamento moral do homem, da mulher, tanto como 
indivíduo, quanto participante de um grupo social. A ética está intimamente ligada à 
justiça, e uma condição que mobiliza as pessoas. A postura de um ser ético é a de 
preocupação com os problemas da comunidade e de participação nas decisões da esfera 
pública que podem melhorar a vida em sociedade, reduzir o sofrimento humano, tornar 
o planeta Terra um lugar saudável e bonito para as futuras gerações. Ser ético é ser 
verdadeiro consigo mesmo. 
 
 
1.1. Ética e Cidadania 
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 Para Luiz Flávio d’ Urso, o conceito de Cidadania no Estado Democrático de 
Direito, 
 “Um status jurídico e político mediante o qual o cidadão 
 adquire direitos civis, político e sociais; e deveres (pagar 
 impostos, votar, cumprir as leis) relativos a uma coletivi 
 dade política, além da possibilidade de participar na vida 
 coletiva do Estado. Esta possibilidade surge do princípio 
 democrático da soberania popular.” 
 Disponível em: http://www.oabsp.org.br/palavra_presidente/2005/88/. 
Acesso em: 12.09.21 
 
Nesse sentido, participar da condução da gestão pública, perpassa pelo exercício pleno 
da cidadania e pela prática da Educação Fiscal. Participar é um direito de todo cidadão e 
cidadã 
 E aí, quer saber mais sobre cidadania? Que tal assistir o vídeo com a entrevista 
concedida pelo filósofo e professor Mario Sergio Cortella a Jô Soares, disponível no link 
http://www.youtube.com/watch?v=QK5LDsEKuEA. Nesta entrevista, Cortella fala sobre 
ética e conceitua moralidade, amoralidade e imoralidade. 
 
 
 
 A participação e o controle social estão garantidos na Constituição Federal de 1988 
no seu artigo 5º. que declara: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de interesse particular, coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, 
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado”. Logo, participar é um direito! E como se dá essa 
participação? A participação direta do cidadão no processo político e decisório e a 
participação indireta, ou seja, por meio dos parlamentares, quando votamos em alguém 
para nos representar, isso faz parte de um país que tem como regime, a DEMOCRACIA. 
1.2. Participação e controle social 
NÃO ESQUEÇA 
http://www.oabsp.org.br/palavra_presidente/2005/88/http://www.youtube.com/watch?v=QK5LDsEKuEA
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As ideias de participação e controle social estão interligadas e para nós brasileiros e 
brasileiras, previstas na Constituição Federal a partir de 1988, que garante a todos nós o 
direito à participação e de fazer o controle social - cobrar dos governantes por exemplo, 
a prestação de contas dos gastos públicos. 
Nesse sentido, Cunha (2003) afirma o controle social como sendo “a capacidade que 
tem a sociedade organizada de intervir nas políticas públicas, interagindo com o Estado 
na definição de prioridades e na elaboração dos planos de ação dos municípios, estados 
ou do governo federal”. 
O efetivo controle social dos recursos públicos baseia-se em uma cidadania ativa, ou 
seja, na inserção da sociedade na Administração Pública. Com isso, os cidadãos, as cidadãs 
buscam garantir o cumprimento dos Programas de Governo, o qual deve viabilizar 
projetos sociais de interesse da Nação. 
 
ALGUMAS FORMAS DE CONTROLE SOCIAL – INSTRUMENTOS DA 
DEMOCRACIA DIRETA 
 
* Referendo: apesar do referendo também ser uma consulta popular e ser garantida no 
artigo 14 da Constituição Federal e regulamentado pela lei 9.709/88, este só acontece 
após o projeto de lei ter sido elaborado e aprovado no Congresso. Assim, o povo 
APROVA ou REJEITA o projeto votado. O Brasil realizou um referendo o qual sujeitou 
o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento à aprovação do povo. 
 
* Plebiscito: é uma forma de consulta popular junto aos cidadãos para uma lei ser 
constituída, ou seja, o povo vota SIM ou NÃO se a lei deve ser aplicada no país. O Brasil 
realizou um plebiscito em 1993. 
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* Lei de iniciativa popular: Perpassa por apresentação de projeto de lei à Câmara dos 
Deputados, desde que, o projeto seja assinado por no mínimo um por cento do 
eleitorado nacional e com representação de pelo menos cinco estados do Brasil e com 
boa representação do eleitorado desses estados. É importante destacar, que a Lei de 
iniciativa popular também é uma conquista da Constituição Federal de 1988. 
 
* Lei de acesso à informação: uma grande conquista que envolve a transparência. Assim, 
a Lei no. 12.527 de 18 de novembro de 2011, regulamenta como direito do(a) cidadão(ã), 
ter acesso às informações públicas das atividades, gastos, enfim, de tudo que é aplicável 
aos três poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e de todos os 5.570 municípios 
brasileiros. 
Portanto, o controle social é prática de cidadania ativa, que colabora para que as 
demandas da sociedade possam ser atendidas, é a possibilidade para que cada pessoa se 
sinta co-participante na busca de uma sociedade melhor para todos. 
 
 
 
 
 
 
ENSINAR A CONSUMIR E A POUPAR DE MODO ÉTICO, CONSCIENTE E 
RESPONSÁVEL 
 O consumo é tratado como um direito, e todos, indistintamente, são estimulados a 
consumir, independentemente de sua condição para tal. O mais comum é orientar-se 
por padrões sociais, e não por projetos pessoais. No passado, o consumo voltava-se para 
bens sólidos e duráveis. Atualmente, segundo Bauman (2007), verifica-se uma 
instabilidade dos desejos aliada a uma insaciabilidade das necessidades, pela consequente 
tendência ao consumo instantâneo, bem como a rápida obsolescência dos objetos 
consumidos. Esse ambiente é desfavorável ao planejamento, ao investimento e ao 
armazenamento de longo prazo. 
Quer saber mais? Ficou 
curioso(a)? Que tal pesquisar 
via celular, quanto do seu 
município é investido na 
educação? 
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 O consumo em níveis adequados é imprescindível para o bom funcionamento da 
economia, a questão é torná-lo uma prática ética, consciente e responsável, equilibrada 
com a poupança. Consumo e poupança configuram-se como ação responsável ao levar 
em conta os impactos sociais e ambientais. 
Procura-se, assim, não transbordar problemas financeiros para o outro, não comprar 
produtos advindos de relações de exploração ou de empresas sem comprometimento 
socioambiental, reduzir o consumo desnecessário, ampliar a longevidade dos produtos 
possuídos, reduzir a produção de lixo e doar objetos úteis não desejados. O modo como 
a consciência e a responsabilidade foram aplicadas a consumo e poupança em uma clara 
preocupação com o outro e com as consequências das decisões tomadas traduz o 
compromisso ético da cidadania. 
EXERCITANDO O DIÁLOGO: 
 Numa atividade em pequenos grupos, incentivar o diálogo a partir de palavras chaves 
em sintonia com o consumo consciente para cuidar melhor da escola, da rua, do bairro, 
da cidade de Manaus, do Amazonas, do planeta Terra: água, lixo, natureza, alimentação, 
trabalho, cuidado, cidadania, coletivo, poupança. 
 
● Para este momento pode-se partir de um vídeo, da leitura de um texto, de pesquisa 
no celular – o que poupar tem a ver com o consumo consciente? 
● Você se considera um(a) consumidor(a) consciente? Por quê? 
● Que tal criarmos nas redes sociais cards sobre o consumo consciente? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Avenida Waldomiro Lustoza, 250. Japiim II 
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Disponível em: https://www.pmerechim.rs.gov.br/pagina/663/programa-de-educacao-fiscal. 
Acesso em: 11.03.21 
Vamos conversar sobre educação fiscal? 
Então, Educação Fiscal é um processo educativo que busca a construção de uma 
consciência voltada ao exercício da cidadania. A Educação Fiscal é o caminho para 
sensibilizar as pessoas para o aprimoramento da relação participativa e consciente entre o 
Estado e os(as) cidadãos(ãs) e a defesa permanente das garantias na Constituição Federal 
de 1988. 
Educação Fiscal trata de orçamento público, da função social dos tributos, da 
importância dos mesmos para a prestação de serviços públicos de qualidade, da aplicação 
destes recursos e da nossa participação na construção das diretrizes que norteiam os 
investimentos dos governos. A educação fiscal é caminho para o exercício pleno da nossa 
cidadania. 
É uma política pública que reúne várias estratégias com o objetivo de despertar a 
cidadania fiscal. A Educação Fiscal é um Programa de Estado, de domínio público, para 
disseminar informações e conceitos sobre a gestão fiscal, favorecendo a compreensão e a 
intensificação da participação social nos processos de geração, aplicação e fiscalização dos 
recursos públicos, assim compreender a função social dos tributos. 
Para que estudar Educação Fiscal? 
Então, para o despertar de uma consciência tributária, ou seja, compreender a função 
socioeconômica do tributo, saber de onde vem e para onde vai o dinheiro arrecadado 
que retorna à população por meio de políticas públicas para a melhoria de vida das pessoas. 
2. EDUCAÇÃO FISCAL 
https://www.pmerechim.rs.gov.br/pagina/663/programa-de-educacao-fiscal
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A Educação Fiscal “exige” UMA responsabilidade coletiva, pelo cuidado com os 
recursos públicos, logo, com a preservação dos bens públicos – função social dos tributos 
e sentimento de PERTENCIMENTO ao Estado. 
É ela que propõe que as pessoas saibam exercer melhor sua cidadania, ou seja, que não 
confie a outros o poder de decisão, mas cobre atitudes e mais que isso, participe 
ativamente do processo político, social e econômico de sua cidade, seu estado e país. Por 
isso a Educação Fiscal é importante que faça parte da vida escolar, porque a Educação 
Fiscal tem dentre seus objetivos, mudar as atitudes das pessoas, colaborando para que as 
pessoas procurem novos caminhos e diferentes respostas para seus problemas e da 
comunidade em que vive. 
A Educação Fiscal oferece instrumentos para que as pessoas se conscientizemde seus 
direitos e deveres, contribui para se mudar valores, hábitos e atitudes, propõe uma 
maneira de refletir sobre o próprio processo educacional e uma nova visão do homem, 
da mulher, da jovem, do jovem, do mundo, objetiva que as pessoas se tornem mais 
criativas para alcançarem uma melhor qualidade de vida. 
A Educação Fiscal luta contra as injustiças sociais, contra as desigualdades sociais. A 
função social da tributação envolve todo esse conjunto de mudanças na vida das pessoas. 
 
A EDUCAÇÃO FISCAL NOS CONVIDA A TOMAR UMA ATITUDE, A AGIR PARA 
CONSTRUIR RELAÇÕES SOCIAIS MAIS JUSTAS. E VOCÊ ESTUDANTE VAI FICAR 
PARADO? 
Apresenta-se o vídeo: “Tributos – Educação Fiscal e Cidadania”, recomendado pelo 
MEC e disponível na internet no seguinte endereço: 
http://www.youtube.com/watch?v=Die3BOX02lk. 
 
 
Oi, gostou do vídeo, que tal uma bonita roda de conversa para falarmos de nossas 
impressões. O que te chamou mais atenção? Por quê? 
 
 
 
http://www.youtube.com/watch?v=Die3BOX02lk
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TRIBUTAÇÃO: A FUNÇÃO SOCIAL DOS TRIBUTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Disponível em: https://jaguari.rs.gov.br/educacao-fiscal-e-cidadania/. Acesso em: 10.10.21 
A Educação Fiscal trata de orçamento público, da função social dos tributos, da 
importância dos mesmos para a prestação de serviços públicos de qualidade, da aplicação 
destes recursos e da nossa participação no controle dos gastos públicos. 
Para que o Estado cumpra seu papel primordial, atender as demandas da população, é 
necessário obter recursos financeiros por meio dos tributos arrecadados, para assim poder 
atender às necessidades públicas, ou seja, por meio do pagamento dos tributos que o 
Estado arrecada, transforma em bens e serviços, como: 
• Educação; 
• Saúde; 
• Habitação; 
• Segurança Pública; 
• Estradas, rodovias, portos; 
• Saneamento Básico e outros serviços 
O PROCESSO DE EDUCAÇÃO FISCAL NO BRASIL 
 Na administração pública brasileira, o processo de Educação Fiscal se configura 
com as características de uma política pública: é uma iniciativa de caráter permanente e 
tem previsão legal desde o ano de 1998, mas foi organizado no ano de 2002, por meio 
da Portaria Interministerial MF/MEC 413 (BRASIL, 2002). O principal produto dessa 
2. 1. TRIBUTAÇÃO 
https://jaguari.rs.gov.br/educacao-fiscal-e-cidadania/.%20Acesso
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política são os programas de Educação Fiscal, previstos na legislação para os três níveis de 
governo: federal, estadual e municipal. 
 O Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), dentre seus objetivos, busca 
promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o pleno exercício da cidadania; 
sensibilizar o(a) cidadão(ã) para a função socioeconômica do tributo; levar 
conhecimentos aos cidadãos(ãs) sobre administração pública; criar condições para uma 
relação harmoniosa entre o Estado e o(a) cidadão(â). 
 O Programa nacional de Educação Fiscal, é responsável por estabelecer as diretrizes 
gerais para os programas estaduais de Educação Fiscal e para os programas municipais de 
Educação Fiscal. Em nível nacional, a partir do ano de 2019, o Programa nacional de 
Educação Fiscal passou a ser coordenado pelo Ministério da Economia, Receita Federal, 
Controladoria Geral da União 
 No Amazonas, as bases foram lançadas no final de 1997 e os trabalhos começaram 
em 1998. Em janeiro de 1999, por meio do Decreto Estadual 19.629 (ver anexos), foi 
implantado o Grupo de Educação Fiscal – GEFE que no seu artigo 5º. trata da composição 
e representação sendo: 
 I – Secretaria de Fazenda; 
 II – Secretaria de Educação; 
 III - E demais órgãos envolvidos no desenvolvimento do Programa Nacional de 
Educação Fiscal – PNEF, como Receita Federal, Controladoria Geral da República, 
Ministério da fazenda (hoje, Ministério da Economia) e outros. 
 Assim, é um conjunto de órgãos públicos, governamentais que em conjunto com a 
participação da sociedade brasileira, buscam garantir políticas públicas essenciais e 
necessárias para a qualidade de vida do povo brasileiro por meio dos tributos que 
se paga. Por isso a importância de se pagar Impostos. 
TRIBUTOS: O QUE SÃO TRIBUTOS? 
 Como o Estado consegue dinheiro para realizar as ações que atendam a população? 
Por meio da arrecadação dos impostos que as pessoas pagam para atender às atividades 
do próprio Estado para realizar o bem comum. Assim, é importante compreender que 
quando falamos de tributos, fala-se principalmente de IMPOSTOS e TAXAS. 
 
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 Os Impostos 
 São uma modalidade de tributo sem vinculação com alguma atividade específica do 
Poder Público. Naturalmente, o dinheiro arrecadado terá destinação pública, mediante a 
tributação por via do imposto. Aqueles que pagam não recebem benefícios diretos, mas, 
tão somente, de maneira indireta ou difusa, como membros de uma sociedade. 
Os Impostos arrecadados pelo(os) Governo(s) Federal, Estaduais, Municipais e o 
Distrito Federal são para atender às necessidades públicas, sem estarem vinculados a 
nenhuma prestação de serviços específicos fornecidos pelo(s) Governo(s). 
Que tal pesquisarmos e assim descobrirmos quantos impostos as pessoas pagam para 
o município, o estado e o governo federal? 
 
 
 
 
Pessoa Física – é todo ser humano enquanto indivíduo, do seu nascimento até o seu 
falecimento. A certidão de nascimento é o primeiro registro legal de uma pessoa. Toda 
pessoa física precisa ser cadastrada na Receita Federal, para isso precisa do Cadastro de 
Pessoa Física – CPF (documento). Um dos impostos que a pessoa física precisa declarar é 
o Imposto de Renda, este é calculado por meio do rendimento que recebe no ano todo. 
Pessoa Jurídica - é formado por um conjunto de pessoas. Esse conjunto de pessoas precisa 
ser cadastrado – documento CNPJ. Também pessoas jurídicas, precisam pagar imposto 
de renda. 
 
 
 
 
 
EXERCITANDO O APRENDIZADO 
2. 2. TRIBUTO PESSOA FÍSICA E JURÍDICA 
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Cite exemplos de tributos que são da 
responsabilidade da pessoa física 
Cite exemplos de tributos que são da 
responsabilidade da pessoa jurídica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A atividade financeira do Estado consiste na busca de meios para obter bens e 
serviços que permitam a satisfação de suas necessidades. Assim, os serviços públicos, os 
quais podem ser prestados de modo direto, que se dá pelo Poder Público e indireto, que 
se dá por concessionárias. Assim, podemos dizer que a atividade financeira do Estado 
consiste em obter, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades cuja 
satisfação, o Estado assumiu, ou confiou a outras pessoas jurídicas de direito público. 
Orçamento Público – é peça fundamental do complexo sistema da administração 
pública, busca o equilíbrio entre as limitações de recursos e as crescentes necessidades da 
população. É o documento onde o governo reúne todas as receitas arrecadas e programa 
o que de fato vai ser feito com esse recurso. É onde são alocados os recursos destinados 
a hospitais, manutenção de estradas, construção de escolas, pagamento de servidores, 
dentre outros. 
 
 
2. 3. PRINCÍPIOS DE FINAÇAS PÚBLICAS 
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Nesse sentido, para que o governo realize o que planeja é necessário que este esteja 
assegurado em leis como: 
• Lei No. 4.330/1964 
• Constituição Federal de 1988 
• Lei de Responsabilidade Fiscal 2000 
 
 
Para Augustinho Paludo (2013), o orçamentopúblico é o “instrumento de 
viabilização do planejamento governamental e de realização das Políticas Públicas 
organizadas em programas mediante a quantificação das metas e a alocação de recursos 
para as ações orçamentárias”. Nesse sentido, conhecer um pouquinho sobre esses 
instrumentos é importante para que possamos cobrar políticas públicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Que tal em parceria com o 
colega, pesquisar mais 
sobre a Lei de 
Responsabilidade Fiscal de 
2000? 
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4. Aprendendo a Empreender 
1. Empreendedorismo 
1.1 Conceituando empreendedorismo 
1.2 O intraempreendedor 
2. A teoria visionária de Fillion 
2.1 Ser empreendedor 
3. Plano de negócios - 
3.1 O que é um Plano de Negócios? 
3.2 Qual o objetivo de um Plano de Negócios? 
3.3 Elaboração de seu plano de negócios 
4. Definição estratégica; 
4.1. Estratégias; 
4.2. Análise de mercado; 
4.3. Plano de marketing; 
 
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC 
C02- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, 
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para 
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar 
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 
C10- Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, 
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, 
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DA ÁREA DE MATEMÁTICA 
CEMAT3- Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para 
interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos, analisando a 
plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas, de modo a construir 
argumentação consistente. 
 
HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS 
1. Desenvolver o senso de organização e responsabilidade alinhado ao Projeto de Vida; 
2. Incentivar a proatividade nas ações cotidianas do estudante na realização das atividades; 
3. Exercitar a criatividade para apreender o novo diante das mudanças educacionais, sociais, 
tecnológicas e econômicas. 
4. Trabalhar em equipe, comunicar-se com coerência, desenvolver a autoconfiança e a 
responsabilidade; 
5. Lidar com regras e atuar em ambiente de competição saudável; 
 
 
 
 
 
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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 
 
07 - Compreender o conceito de empreendedorismo e sua abrangência na sociedade. 
08 – Utilizar suas qualidades para alcançar objetivos pessoais de forma empreendedora. 
09 - Debater acerca das características, atitudes e o comportamento que um 
empreendedor deve ter. 
11 - Elaborar um plano de negócios analisando a viabilidade econômica e financeira da 
criação de uma empresa. 
12 - Compreender a importância do Marketing e Propaganda, a partir das funções, 
técnicas e éticas no mercado de trabalho. 
14 – Aplicar os conhecimentos acerca dos princípios de planejamento estratégico e 
planejamento de negócios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Disponível em: https://blog.hotmart.com/blog/2017/10/BLOG_empreendedorismo-no-brasil.png. 
Acesso em: 10.10.21 
 
O que é empreendedorismo? De forma bastante simples e superficial, podemos 
compreender empreendedorismo como sendo a capacidade de alguém realizar ações com 
o objetivo de transformar seus sonhos, projetos e desejos em realidade. 
Mas que ações seriam essas que tornariam possível um empreendimento? Utilizando 
sua própria capacidade, o empreendedor, consegue combinar o que podemos chamar de 
recursos produtivos visando realizar obras, fabricar produtos e prestar serviços, os quais 
são destinados a satisfazer as necessidades das pessoas. Esses recursos produtivos seriam: 
Capital1, matéria-prima2 e trabalho3. 
Para ilustrar, um grande exemplo de empreendedor, podemos citar o norte americano 
Thomas Alva Edison. Esse notório inventor e cientista desenvolveu muitos produtos no 
final do século XIX, os quais são importantes até os dias de hoje. Dentre eles, temos a 
 
1 Na área de Economia, o termo Capital é um conceito que não se restringe somente a dinheiro. E sim, a qualquer 
recurso que consiga gerar rendimentos, através da sua aplicação. Ou seja, essa palavra também abrange outros 
tipos de ativos como, por exemplo, investimentos financeiros e estoques de uma empresa. 
2 É um produto natural ou transformado que serve de base para a produção de industrial. 
3 É um conjunto de atividades produtivas e/ou intelectuais exercidas pelo homem, visando gerar uma utilidade 
com o objetivo de alcançar um determinado fim. 
4. APRENDENDO A EMPREENDER 
1. EMPREENDEDORISMO 
https://blog.hotmart.com/blog/2017/10/BLOG_empreendedorismo-no-brasil.png
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lâmpada elétrica, fonógrafo4 e o cinetoscópio5. O primeiro originou a indústria de 
iluminação pública e doméstica. O segundo permitiu o florescer da indústria fonográfica. 
E o terceiro, possibilitou a criação da futura indústria do cinema. 
Atualmente, o empreendedorismo pode ser considerado um importante fator capaz 
de alimentar a inovação e o crescimento sustentável da maioria das economias mais 
prósperas. O mesmo favorece o surgimento de novas ideias e abordagens no campo dos 
negócios, a construção de tecnologias e ferramentas visando a melhoria na produtividade 
e o desenvolvimento de novos produtos com alto valor agregado, os quais, são 
continuamente introduzidos no mercado e contribuem para o desenvolvimento da 
sociedade. 
1.1. Conceituando empreendedorismo 
 
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/aprofundamento-
img/mec_empreend_img02_687792028.jpg. Acesso em: 15.11.21. 
 
Mas, afinal como poderíamos conceituar empreendedorismo? 
Segundo o dicionário Aurélio: Empreender – 1. Propor-se, tentar (ação, empresa 
laboriosa e difícil). 2. Pôr em execução. v.tr.: Tentar, experimentar, decidir-se a fazer 
alguma coisa; resolver; pôr em execução; v. int.: cismar, sentir apreensões. 
 
4 O fonógrafo (1877) foi o primeiro aparelho capaz de realizar gravação e reprodução de sons através de um 
cilindro. 
5 O cinestocópio é uma espécie de projeto antigo, em que as fotografias da película, em lugar de projetadas, são 
examinadas por intermédio de uma lente apropriada 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/aprofundamento-img/mec_empreend_img02_687792028.jpg
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/aprofundamento-img/mec_empreend_img02_687792028.jpg
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Entretanto, o termo empreendedorismo apresenta múltiplas definições, dentre elas, 
consideramos a construída pelo economista austro-húngaro Joseph Shumpeter (1942): 
“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de 
novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela 
exploração de novos recursos e materiais (1939, apud DORNELAS, 2001).” 
Essa definição moderna de empreendedorismo foi cunhada pelo economista de 
origem austro-húngara Joseph Schumpeter (1883-1950) em seu livro de 1942, 
“Capitalismo, Socialismo e Democracia”, no qual expunha a sua teoria da Destruição 
Criativa ou Destruição Criadora. Para Schumpeter, toda inovação introduzida no 
mercado é entendida como um ato empreendedor. O qual é realizado por um indivíduo, 
que busca no mínimo ter um retorno de seu investimento, seja de tempo ou capital, mas 
que se possível possa conseguir com seu esforço, um lucro acima da média do mercado, 
este atuaria como facilitador de novos investimentos, alimentandoo fluxo da economia 
dos países. 
A inovação era um ponto central no pensamento de Schumpeter, sendo um elemento 
fundamental no campo do empreendedorismo. Outro ponto, a se destacar também no 
pensamento de Schumpeter, é o conceito de destruição criadora. Para o autor, toda vez 
que uma inovação radical é introduzida no mercado, as estruturas tradicionais da 
economia são estremecidas, possibilitando a ascensão de novos processos e tecnologias, 
suplantando os que estavam vigentes até aquele momento. 
Nesse sentido para ilustrar o pensamento de Schumpeter, podemos citar alguns 
exemplos que aconteceram ao longo da história da humanidade, dentre eles, a 
substituição de armas e ferramentas feitas de pedra, no período Paleolítico, pelas 
produzidas a partir do bronze e do ferro, na Idade dos Metais. As transformações 
provocadas no mundo europeu no final do século XX, advindas do desenvolvimento das 
caravelas e de novos dispositivos de navegação, como a bússola. Os quais permitiram que 
os reinos de Portugal e Espanha fossem pioneiros no processo de expansão marítima e 
pudessem dominar as principais rotas comerciais da época, causando o declínio do 
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poderio italiano. Podemos pensar também nos impactos gerados pela criação da máquina 
de tear, da locomotiva a vapor e da internet na economia mundial, só para citar alguns 
exemplos. 
PARA REFLETIR 
Para aqueles que gostam de ficção científica, o nome Enterprise, dado à nave 
interplanetária da série de TV e dos filmes, Jornada nas Estrelas, refere-se ao 
substantivo/verbo empreendimento/empreender na língua inglesa. De fato, lançar-se ao 
espaço em busca de outros planetas e povos é um empreendimento e tanto, não é 
mesmo? 
1.2. O intraempreendedor. 
 
Disponível em: https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/siteagiel/media/2021/caracteristicas-
intraempreendedorismo.jpg. Acesso em: 05.12.21. 
 
O termo intraempreendedorismo foi desenvolvido para designar a prática do 
empreendedorismo realizado no ambiente interno das organizações. Esses indivíduos, os 
intraempreendedores, teriam uma grande capacidade de promover mudanças, resolver 
problemas e gerar novas ideias, contribuindo para o sucesso das empresas às quais eles 
fazem parte. 
https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/siteagiel/media/2021/caracteristicas-intraempreendedorismo.jpg
https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/siteagiel/media/2021/caracteristicas-intraempreendedorismo.jpg
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Assim podemos compreender que ao contrário do que muitos pensam, 
empreendedorismo não se limita apenas a realização de uma pessoa, a que tem o seu 
próprio negócio. O empreendedor é todo o indivíduo que busca e promove mudanças e 
inovações dentro ou fora das organizações. Essa é uma noção mais ampla de 
empreendedorismo que nos possibilita pensar que podemos empreender em nossas 
próprias vidas, tornando nossos projetos e metas pessoais, realidade. Buscando trabalhar 
arduamente de forma imaginativa e inovadora, sendo persistente e acreditando nos seus 
propósitos estabelecidos, em seu projeto de vida. 
Atualmente as organizações compreenderam a importância de construir um ambiente 
que possibilite o desenvolvimento de intraempreendedores, pois eles são peças muitas 
vezes fundamentais no desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos 
dentro das organizações. Nesse sentido, esse ambiente deve permitir que os 
colaboradores tenham liberdade para inovar e experimentar e que atuem com um 
sentimento de pertencimento tão grande que se sintam como se a empresa fosse deles, 
para que ajam de maneira proativa, criativa e inovadora. Ou seja, que atuem como 
verdadeiros empreendedores. 
Quais seriam os benefícios do intraempreendedorismo? 
1. Manter talentos: Se a organização não valoriza a proatividade e o desejo de inovação 
do intraempreendedor, o mesmo tende a trocar para outra empresa que o oportunize 
mais espaço de desenvolvimento, ou dependendo da situação, o mesmo pode acabar 
preferindo se arriscar a abrir seu próprio negócio, fazendo com que a empresa perca um 
valoroso colaborador; 
2. Impulso à Inovação: Os intraempreendedores são indivíduos que anseiam por novas 
oportunidades de desenvolvimento, auxiliando a organização na descoberta de novos 
negócios, produtos ou processos. Isso contribui para que a Empresa possa inovar com 
mais facilidade e com a utilização de menos recursos, ganhando mais competitividade no 
mercado. 
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Com isso, podemos compreender que o intraempreendedorismo é uma ferramenta 
estratégica para as organizações que buscam construir um diferencial competitivo num 
mundo cada vez mais marcado por uma feroz concorrência. 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://visionariomoderno.com/wp-content/uploads/2019/08/Vision%C3%A1rio-1536x998.jpg. 
Acesso em: 10.11.21 
 
O que seria um visionário? Podemos compreender como sendo aquelas pessoas com 
ideias consideradas extravagantes, grandiosas, idealistas ou que acreditam em visões, 
projetos ou ideias de difícil realização. Foi o professor e pesquisador canadense Louis 
Jacques Filion que, primeiramente, considerou o empreendedor uma espécie de 
visionário e criou uma teoria, acerca disso, chamada “Teoria Visionária de Fillion”. Mas o 
que seria isso? 
A Teoria Visionária de L.J. Filion (1991), aborda o surgimento das ideias de criação de 
um produto, assim como, as condições para que o mesmo possa ser possível. Ele afirma 
que pessoas motivadas a abrir uma empresa ou empreender num negócio, ou seja, os 
empreendedores, vão ao longo do tempo, desenvolvendo ideias de produtos a partir de 
2. A TEORIA VISIONÁRIA DE FILION 
https://visionariomoderno.com/wp-content/uploads/2019/08/Vision%C3%A1rio-1536x998.jpg
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suas experiências. Essas ideias, surgem sem lapidação, em estado bruto podemos dizer 
assim, refletindo um sonho ou ideal, não tendo uma definição muito precisa. Sendo 
necessário um processo de validação, por isso, não podemos ainda dizer que é um 
produto. 
Assim, esses empreendedores buscam aprofundar suas ideias, principalmente se 
utilizando da opinião de outras pessoas, às quais podem ser clientes em potencial, 
conseguindo informações com o objetivo de aprimorar, testar e verificar se suas ideias de 
produtos podem se transformar em boas oportunidades de negócio. Com isso, a ideia 
inicial, vai sendo lapidada, agregando novas formas e características, as quais podem 
possibilitar a descoberta ou desenvolvimento de novos processos, seja de produção, 
distribuição ou até de vendas. Essas modificações são novamente postas ao crivo de outras 
pessoas e com isso novas informações são geradas, e novas ideias são desenvolvidas. Este 
é um processo contínuo que promove a criação de novos produtos. 
J.L. Filion (1991) considerava que às ideias iniciais seriam “Visões Emergentes”, às quais 
o empreendedor vai aprimorando até encontrar o protótipo do que viria a ser seu 
produto e tem uma moderada noção da possibilidade de vendê-lo. Nesse interim que se 
desenvolve a chamada “Visão Central” que se configura como sendo o momento que 
surge um produto bem definido e qual o público no mercado que ele buscará atender. 
Neste sentido, é assim que se forma o processo de construção da visão. São as Visões 
Emergentes que promovem novas relações (nos níveis secundário e terciário) que, por 
sua vez, contribuem no aprimoramento da visão emergente inicial (o produto). Essas 
relações são estabelecidas em função do novo produto, e assim por diante, até que através 
de um amadurecimento das ideias seja atingida a visão central, que pode ser fruto de uma 
ou várias visões emergentes. 
Para que o empreendedor possa construir um bomprocesso de formação de sua Visão, 
ele precisa desenvolver dentre outros elementos, as suas Relações. Tendo em vista, a 
necessidade de ter que sempre trabalhar de formar árdua e incansável visando atingir suas 
metas e resultados. Filion, chama de Energia. Além disso, se faz necessário o 
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desenvolvimento da capacidade de engajar pessoas com autonomia e autoconfiança, 
convencendo as mesmas a acreditar em suas ideias e nos benefícios provenientes dela, a 
lhe ajudar a realizar seus objetivos e metas. J.L. Filion chama de Liderança. E, claro, exige-
se que o empreendedor tenha Conhecimento do Setor em que vai atuar. 
 Por fim, temos o que Fillion chamava de “Visão Complementar”, último ponto a ser 
abordado de sua teoria. Que seria a criação de uma estrutura que possibilite a venda do 
produto desenvolvido da forma mais eficaz possível, gerando num futuro próximo, os 
resultados esperados pelo investimento que são: a viabilidade, a consolidação, o 
crescimento e por fim, geração de altos lucros, a Visão Complementar abarcada à gerência 
da organização e o controle de diferentes atividades administrativas, financeiras, dentre 
outras. 
2.1. Ser empreendedor 
 De acordo com Shumpeter, o empreendedor é mais conhecido como aquele que cria 
novos negócios, mas pode também inovar dentro de negócios já existentes; ou seja, é 
possível ser empreendedor dentro de empresas já constituídas. Então o empreendedor é 
aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, 
assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-
se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor: 
1. Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz. 
2. Utilização dos recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social 
e econômico onde vive. 
3. Aceitação em assumir os riscos e a possibilidade de fracassar. O processo empreendedor 
envolve todas as funções, atividades e ações associadas com a criação de novas empresas. 
Em primeiro lugar, o empreendedorismo envolve o processo de criação de algo novo, 
de valor. Em segundo, o empreendedorismo requer a devoção, o comprometimento de 
tempo e o esforço necessário para fazer a empresa crescer. E em terceiro, o 
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empreendedorismo requer ousadia, que se assumam riscos calculados, que se tomem 
decisões críticas e que não se desanime com as falhas e erros. 
Observe que empreender é correr um risco calculado na busca de resultados almejados. 
O risco, embora exista, é calculado pelo empreendedor, que buscará informação, de 
modo a diminuí-lo ao mínimo tolerável, para a obtenção dos resultados desejados. O 
empreendedor revolucionário é aquele que cria novos mercados, ou seja, o indivíduo que 
cria algo único, como foi o caso de Steve Jobs, criador da Apple e da revolução dos 
computadores pessoais. É interessante notar que Bill Gates, criador da Microsoft, e do 
sistema operacional Windows pouco teria a fazer sem que houvesse computadores para 
o seu sistema. O próprio sistema Windows foi alvo de processos de cópia por parte da 
Apple durante anos, sob a alegação de que os ícones de pastas, documentos, etc. eram 
parte do sistema operacional dos computadores Apple. 
Os dois exemplos acima servem para definir o conceito de inovação radical – a criação 
de algo inexistente anteriormente, e da inovação incremental, na qual se adiciona algo a 
uma coisa previamente existente. A fronteira entre a inovação radical e a incremental 
pode ficar meio confusa, quando se considera que ciência e tecnologia existem 
geralmente sobre bases existentes anteriormente. A inovação de Steve Jobs foi diminuir 
o tamanho dos computadores existentes, que podiam ocupar um andar inteiro de um 
edifício para um conjunto que cabia em uma escrivaninha. Essa diminuição é que 
possibilitou um maior acesso ao uso dos computadores e a revolução que se seguiu. No 
entanto, a maioria dos empreendedores cria negócios em mercados já existentes, não 
deixando de ser bem-sucedidos por isso. 
PARA REFLETIR 
Você pode assistir ao filme “Piratas do Vale do Silício” para ter uma ideia de como essa 
revolução começou. Assistindo ao filme, observe também os paradigmas existentes. 
BURKE, Martyn. Piratas do Vale do Silício. Estados Unidos, 1999. 95min. 
 
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Quando se fala em empreendedorismo, remete-se naturalmente ao termo plano de 
negócios. O plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor. 
Empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a 
ser criada ou em crescimento. 
A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta de gestão 
para o planejamento e desenvolvimento inicial de uma empresa. Plano de negócios (do 
inglês Business Plan), também chamado "plano empresarial", é um documento que 
especifica, em linguagem escrita, um negócio que se quer iniciar ou que já está iniciado. 
Geralmente é escrito por empreendedores, quando há intenção de se iniciar um negócio, 
mas também pode ser utilizado como ferramenta de marketing interno e gestão. Pode 
ser uma representação do modelo de negócios a ser seguido. Reúne informações 
tabulares e escritas de como o negócio é ou deverá ser. 
A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta de gestão 
para o planejamento e desenvolvimento inicial de uma empresa. De acordo com o 
pensamento moderno, o plano de negócio é um documento vivo, no sentido de que 
deve ser constantemente atualizado para que seja útil na consecução dos objetivos dos 
empreendedores e de seus sócios. O plano de negócios também é utilizado para 
3. PLANO DE NEGÓCIOS 
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comunicar o conteúdo a investidores de risco, que podem se decidir a aplicar recursos no 
empreendimento. 
 
3.1. O que é um Plano de Negócios? 
Para E. Bolson (2003) plano de negócio "é uma obra de planejamento dinâmico que 
descreve um empreendimento, projeta estratégias operacionais e de inserção no mercado 
e prevê os resultados financeiros". Segundo o mesmo autor, a estratégia de inserção no 
mercado talvez seja a tarefa mais importante e crucial do planejamento de novos 
negócios. 
O plano de negócios é um documento escrito que tem o objetivo de estruturar as 
principais ideias e opções que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade 
da empresa a ser criada. Também é utilizado para a solicitação de empréstimos e 
financiamento junto a instituições financeiras, bem como para expansão de sua empresa. 
Uma dica importante sobre a elaboração de um plano de negócios é encará-lo como 
uma importantíssima peça de marketing. Para o empreendedor e seus liderados é um 
norte, uma meta a ser alcançada. Deve, portanto, ser inspiradora e capaz de, efetivamente, 
apontar rumos a serem tomados. Para investidores, sejam capitalistas ou bancos de 
investimento, a peça deve ser capaz de motivá-los a acreditar e investir no projeto. 
3.2. Qual o objetivo de escrever um Plano de Negócios? 
Em princípio, espera-se que uma empresa seja capaz de gerar lucro. Ter um plano bem 
estruturado é um caminho para a consecução desse objetivo. De fato, uma pesquisa 
realizada com ex-alunos de administração da Harvard Busines School, nos Estados 
Unidos, concluiu que o plano de negócios aumenta em 60% a probabilidade de sucesso 
dos negócios. Claro, que sempre haverá pessoas de sorte, com sucesso nos negócios, sem 
plano, e também aquelas que ganham na loteria. Mas serão casos mais isolados. 
Com o plano de negócios é possível: 
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Manaus-AM - CEP 69075-8301. Estabelecer diretrizes para o seu negócio; 
2. Tomar melhores decisões e gerenciar o negócio de forma mais eficaz; 
3. Monitorar o desempenho da organização e realizar ações corretivas quando 
necessário. 
4. Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, investidores, 
capitalistas de risco etc. 
5. Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa. 
6. Estabelecer um processo de comunicação interna e externa da empresa seja com 
colaboradores (público interno), quanto com fornecedores, parceiros, clientes, bancos, 
investidores, associações, dentre outros (público externo). 
O Plano de negócios é muito importante, pois mostra todos os detalhes do 
empreendimento: Quem são os empreendedores? Qual é o produto, quais e quantos são 
os clientes? Quem são os concorrentes? Qual o processo tecnológico de produção e 
venda? Qual a estrutura de gerenciamento? Quais são as projeções financeiras para fluxo 
de caixa, receitas, despesas, custos e lucros? Identifica também as oportunidades e 
ameaças. Procura avaliar as diversas influências ambientais incidentes sobre o seu novo 
negócio, podendo assim, minimizar o seu risco. Fornece informação financeira detalhada 
que mostra como seu negócio terá sucesso na busca do lucro. 
O Plano de Negócios é um instrumento de diminuição de riscos. Ao fazer o Plano de 
Negócios, o empreendedor estuda a viabilidade de um projeto ou produto sob todos os 
aspectos. 
 
 
 
 
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3.3. Elaboração de seu Plano de Negócios 
 Estrutura de um Plano de Negócios 
Não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios, 
pois cada negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um 
modelo padrão de plano de negócios que seja universal e aplicado a qualquer negócio. 
Uma empresa de serviços é diferente de uma empresa que fabrica produtos ou bens de 
consumo, um dos exemplos. Porém, qualquer plano de negócios deve possuir um 
mínimo de seções as quais proporcionarão um entendimento completo do negócio. 
Estas seções são organizadas de forma a manter uma sequência lógica que permita a 
qualquer leitor do plano entender como a empresa é organizada, seus sócios e suas 
qualificações, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de 
marketing e sua situação financeira. 
1. Capa 
A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do plano de 
negócios, pois é a primeira parte que é visualizada por quem lê o plano de negócios, 
devendo, portanto, ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e 
pertinentes. 
2. Sumário 
O sumário deve conter o título de cada seção do plano de negócios e a página 
respectiva onde se encontra, bem como os principais assuntos relacionados em cada 
seção. Isto facilita ao leitor do plano de negócios encontrar rapidamente o que lhe 
interessa. 
3. Sumário Executivo 
O Sumário Executivo é a principal seção do plano de negócios. O Sumário Executivo 
fará o leitor decidir se continuará ou não a ler o plano de negócios. Portanto, deve ser 
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escrito com muita atenção e revisado várias vezes, além de conter uma síntese das 
principais informações que constam no plano de negócios. O sumário executivo deve ser 
a última seção a ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano para ser 
elaborada. Ele precisa ser uma peça interessante a ser vendida. 
4. Análise Estratégica 
Nesta seção, são definidos os rumos da empresa, sua visão e missão, sua situação atual, 
as potencialidades e ameaças externas, suas forças e fraquezas, seus objetivos e metas de 
negócio. Esta seção é na verdade a base para o desenvolvimento e a implantação das 
demais ações descritas no plano. 
5. Descrição da Empresa 
Nesta seção deve-se descrever a empresa, seu histórico, crescimento, faturamento dos 
últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura organizacional e legal, localização, 
parcerias, certificações de qualidade, serviços terceirizados, etc. 
6. Produtos e Serviços 
Esta seção do plano de negócios é destinada aos produtos e serviços da empresa: como 
são produzidos, quais os recursos utilizados, ciclo de vida, os fatores tecnológicos 
envolvidos, o processo de pesquisa e desenvolvimento, os principais clientes atuais, se a 
empresa tem marca e/ou patente de algum produto. 
7. Plano Operacional 
Esta seção deve apresentar as ações que a empresa está planejando em seu sistema 
produtivo e o processo de produção, indicando o impacto que estas ações terão em seus 
parâmetros de avaliação de produção. 
 
 
 
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8. Plano de Recursos Humanos 
Aqui devem ser apresentados os planos de desenvolvimento e treinamento de pessoal 
da empresa. Devem ser indicadas as metas de treinamento, preferencialmente de longo 
prazo, sendo associadas às ações ao Plano Operacional. 
9. Análise do Mercado 
Na seção de análise de mercado, o autor do plano de negócios deve mostrar que os 
executivos da empresa conhecem muito bem o mercado consumidor do seu 
produto/serviço (por meio de pesquisa de mercado): as características do consumidor e 
sua localização, análise da concorrência, sua participação de mercado e a dos principais 
concorrentes. Embora possa parecer estranho, esta deve ser a primeira parte a ser pensada 
e escrita. Uma empresa pode sobreviver sem produtos, mas não pode sobreviver sem 
mercado (clientes). Entender quem são e quantos são os clientes é o primeiro passo para 
saber se um projeto de negócio é viável ou não. 
10. Estratégias de Marketing 
Deve-se mostrar como a empresa pretende colocar seu produto/serviço no mercado 
e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda. Deve 
abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, 
política de preços, principais clientes, canais de distribuição e estratégia de 
promoção/comunicação e publicidade. Nesta seção, deve-se focar o composto de 
marketing: produto, preço, praça e propaganda. 
11. Plano Financeiro 
A seção de finanças deve apresentar, em números, todas as ações planejadas para a 
empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto necessita de capital, 
quando e com que propósito) de sucesso do negócio. Deve conter demonstrativos de 
fluxo de caixa com horizonte de, pelo menos, três anos; balanço patrimonial; análise do 
ponto de equilíbrio; necessidades de investimentos; demonstrativos de resultados; análise 
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de indicadores financeiros do negócio, como: faturamento previsto, margem prevista, 
prazo de retorno sobre o investimento, etc. 
A análise apresentada deve ser realista. É costume desenharem-se cenários, com uma 
visão otimista, visão realista ou conservadora e visão pessimista, caso fatores adversos 
externos apareçam. Lembre-se que, investidores são especialistas em finanças, buscando 
sempre o retorno de seu investimento. Projeções irrealistas são facilmente detectáveis. 
12. Anexos 
Esta seção deve conter informações adicionais julgadas relevantes para o melhor 
entendimento do plano de negócios. Por isso, não tem um limite de páginas ou 
exigências a serem seguidas. A única informação que não se pode esquecer de incluir é a 
relação dos currículos dos sócios e dirigentes da empresa. Pode-se anexar informações 
como fotos de produtos, plantas da localização, roteiros e resultados completos das 
pesquisas de mercado que foram realizadas, material de divulgação do negócio, folders, 
catálogos, contrato social da empresa, etc. 
Atualmente, encontram-se no mercado através de livros e também pela internet 
existem vários modelosde Plano de Negócios, estruturas e programas que auxiliam o 
empreendedor a elaborá-lo. O SEBRAE por exemplo, oferece em seu site um programa 
dinâmico e de fácil manuseio, basta acessar o site e se cadastrar para poder usufruir deste 
software. 
 
 
O que compreender acerca do termo Estratégia? Um dos primeiros usos do termo 
“estratégia” foi utilizado há aproximadamente 3.000 anos pelo estrategista chinês Sun 
Tzuo, o qual afirmava que “todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu 
conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias 
são obtidas”. 
4. DEFINIÇÃO ESTRATÉGICA 
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O vocábulo teve sua origem na Grécia Antiga, significando, inicialmente, “a arte do 
geral”, adquirindo, posteriormente, uma conotação voltada para a guerra, denotando 
“general, arte e a ciência de conduzir um exército por um caminho” (MEIRELLES, 1995). 
Segundo MINTZBERG (1983), o termo estratégia assumiu o sentido de habilidade 
administrativa na época de Péricles (450 a.C.), quando passou a significar habilidades 
gerenciais (administrativas, de liderança, de oratória, poder). Mais tarde, no tempo de 
Alexandre (330 a.C.), adquiria o significado de habilidades empregadas para vencer um 
oponente e criar um sistema unificado de governabilidade global. 
Sendo assim, estratégia significava inicialmente a ação de comandar ou de conduzir 
exércitos em tempo de guerra – um esforço de guerra, conforme GHEMAWAT, 2000. 
Representava, portanto, um meio de vencer o inimigo, um instrumento de vitória na 
guerra e mais tarde estendido a outros campos do relacionamento humano como o 
político e o econômico. E, no contexto empresarial, a estratégia mantém em todos os 
seus usos a raiz semântica, qual seja, a de estabelecer caminhos (GRAVE e MENDES, 
2001). 
A estratégia teve várias fases e significados, evoluindo de um conjunto de ações e 
manobras militares para a disciplina do conhecimento administrativo – Administração 
Estratégica – que é dotado de conteúdo, de conceitos e razões práticas e vem 
conquistando espaços tanto no âmbito acadêmico como no empresarial. 
4.1. Conceito de Estratégia 
Não existe um conceito único e definitivo de estratégia. O vocábulo teve vários 
significados, diferentes em sua amplitude e complexidade, no decorrer do 
desenvolvimento da Administração Estratégica. 
Segundo CABRAL (1998), por sua abrangência, o conceito de estratégia apresenta um 
paradoxo, pois exige a integração de uma série de teorias e enfoques, o que impede o 
completo registro de seus conceitos e abordagens. Dependendo do contexto no qual é 
empregada, a estratégia pode ter o significado de políticas, objetivos, táticas, metas, 
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programas, entre outros, numa tentativa de exprimir os conceitos necessários para defini-
la (MINTZBERG e QUINN, 1991). 
O conceito de estratégia vem sendo utilizado de maneira indiscriminada na 
Administração, podendo significar desde um curso de ação formulado de maneira precisa, 
todo o posicionamento em seu ambiente, até toda a alma, a personalidade e a razão 
existencial de uma organização. 
Trata-se, portanto, de um conceito de grande emprego acadêmico e empresarial, 
dotado de uma grande amplitude e diversificação, que em alguns aspectos é 
complementar e, em outros, é divergente. (MEIRELLES e GONÇALVES, 2001). 
THOMPSON JR. e STRICKLAND III (2000) definem estratégia como sendo um 
“conjunto de mudanças competitivas e abordagens comerciais que os gerentes executam 
para atingir o melhor desempenho da empresa. (...) é o planejamento do jogo de 
gerência, para reforçar a posição da organização no mercado, promover a satisfação dos 
clientes e atingir os objetivos de desempenho”. 
Já para MINTZBERG e QUINN (1991), estratégia “é um modelo ou plano que integra 
os objetivos, as políticas e as ações seqüenciais de uma organização, em um todo coeso”. 
MEIRELLES e GONÇALVES (2001) definem estratégia como a “disciplina da 
administração que se ocupa da adequação da organização ao seu ambiente”. 
MICHEL (1990) partilha de uma visão mais operacional do conceito de estratégia, 
definindo-a como “a decisão sobre quais recursos devem ser adquiridos e usados para que 
se possam tirar proveito das oportunidades e minimizar fatores que ameaçam a 
consecução dos resultados desejados”. 
Para LODI (1969:6), “estratégia é a mobilização de todos os recursos da empresa no 
âmbito nacional ou internacional visando atingir objetivos em longo prazo (...) seu 
objetivo é permitir maior flexibilidade de resposta às contingências imprevisíveis”. 
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Dentre os muitos conceitos de estratégia, um dos mais utilizados é o de WRIGHT, 
KROLL e PARNELL (2000), que a definem como “planos da alta administração para 
alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização”. 
Uma estratégia é um plano de ação projetado para atingir um objetivo específico. 
Estratégia é tudo sobre ganhar ou pelo menos tentar ganhar, uma posição de vantagem 
sobre adversários ou concorrentes. 
A estratégia é diferenciar sua organização de empresas concorrentes. Trata-se de ser 
diferente na escolha de uma mistura diferente de atividades para fornecer um produto ou 
serviço. Posições estratégicas podem surgir de três fontes distintas, que servem de base 
para o posicionamento: 
Posicionamento baseado em variedades: uma empresa pode se especializar em um 
subconjunto de um produto da indústria (por exemplo, cadeiras de escritório de venda, 
e não móveis de escritório em geral). 
Posicionamento baseado em necessidades: uma empresa pode tentar atender a mais 
necessidades de um grupo-alvo que os rivais (por exemplo, não só vendem cadeiras de 
escritório, mas outros móveis de escritório e talvez equipamentos de negócios também). 
Posicionamento baseado em acesso: uma empresa pode segmentar clientes acessíveis de 
diferentes maneiras (por exemplo, apenas vendem cadeiras nos distritos centrais das 
grandes cidades). 
A estratégia consiste em escolher o que não fazer, tanto quanto escolher o que fazer. 
Requisitos de compensação necessários quando duas atividades são incompatíveis. Por 
exemplo, você vende cadeiras de baixo custo, oferecendo serviços de design e design de 
escritório altamente personalizado. As empresas devem garantir que suas atividades sejam 
coerentes, o que implica abster-se de certas atividades. 
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Outro aspecto importante é como uma organização combina atividades. Ao criar um 
ajuste entre as atividades, os competidores acham mais difícil imitar a configuração de 
atividades e recursos que compõem o modelo de negócios de entrega de valor. 
Obviamente, a força de uma empresa pode resultar de uma combinação de atividades. 
Podemos pensar em temas (por exemplo, de baixo custo), que abrangem as atividades. 
O ajuste estratégico é fundamental não só para a vantagem competitiva, mas também 
para a sustentabilidade dessa vantagem. 
Tentando competir em vários níveis ao mesmo tempo cria confusão e prejudica a 
motivação e o foco organizacional. A solução é crescer ao aprofundar a posição 
estratégica. Isso significa tornar as atividades ainda mais distintivas, reforçar o ajuste e 
comunicar a estratégia para novos clientes. 
O planejamento estratégico é visto como um processo sistemático e formalmente 
documentado para decidir o punhado de decisões-chave de que uma organização, vista 
como corporativa, completa, deve ter direito para prosperar ao longo dos próximos anos. 
O processo resulta na produção de um plano estratégico corporativo. 
Um conjunto de declarações que descrevem o propósito e a conduta ética para uma 
organização, juntamente com asestratégias específicas projetadas para atingir os objetivos 
estabelecidos para cada uma dessas. 
Então, nós o temos – planejamento estratégico e plano estratégico definido. 
Note-se que, a definição não se limita ao tipo de “decisões-chave”. Eles não são apenas 
decisões de marketing, portanto, esta definição de planejamento estratégico é aplicável a 
organizações não-empresariais, bem como, a empresas comerciais. Também permite o 
fato de que nem todas as decisões estratégicas enfrentadas por uma empresa caem 
necessariamente na cesta de estratégia de mercado. ‘ 
Uma estratégia é uma decisão que fará uma diferença substancial para o desempenho 
de uma organização em longo prazo. Inevitavelmente, apenas um membro muito sênior 
https://www.fm2s.com.br/como-organizar-sua-empresa/
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da administração pode determinar, porque ele produz efeitos em um horizonte de longo 
prazo, uma declaração sobre o risco para uma organização é uma concomitância 
essencial. 
Um Plano Estratégico consiste em um número muito pequeno de decisões 
estratégicas que, em conjunto, destinam-se a ter um efeito substancial sobre o 
desempenho a longo prazo de uma organização. Esse plano conterá uma análise de risco 
integral e será aprovado pelo CEO da organização e, em alguns casos, pelo órgão de 
governo. Nas empresas estratégicas diz respeito a seus esforços para pensar, formalizar e 
colocar em prática ações que antecipem o futuro buscando melhores resultados. 
4.2. O que é uma análise de mercado? 
É uma pesquisa aprofundada acerca de informações relacionadas ao mercado de 
atuação da empresa, que podem impactar de forma positiva ou negativa em seu negócio. 
Com esse estudo, podem ser obtidos dados importantes sobre o contexto ou segmento 
de atuação da empresa, seu potencial público, o posicionamento da organização em 
relação a concorrência, potenciais fornecedores, além do histórico e expectativas 
macroeconômicas relacionadas. 
A análise de mercado contribui para o desenvolvimento do negócio e traz 
informações essenciais para saber se a sua ideia de negócio é viável ou não. Com essa 
ferramenta é possível: 
1. Ampliação do Conhecimento sobre o público-alvo: a análise de mercado traz o perfil 
do seu potencial público-alvo, seja pela perspectiva quantitativa (tamanho de mercado, 
quantidade) ou pela qualitativa (estilo de vida, perfil de consumo, faixa etária, hábitos, 
entre outros). 
2. Compreensão acerca dos concorrentes: com o estudo, é possível observar as estratégias 
utilizadas pela concorrência, compreendendo quais ações são realizadas por eles, o que é 
e o que não é efetivo e, a partir de então, elaborar o diferencial da sua marca. 
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3. Identificação de potenciais Fornecedores: a análise também facilita o desenvolvimento 
de uma relação de fornecedores que ajudarão a aperfeiçoar e potencializar o trabalho. 
Tendo em vista a importância das organizações em se fazer a análise de mercado, é 
necessário compreender como se realizar esse processo: 
1. Para conhecer um Setor: Podem-se buscar dados do segmento consultando sites de 
agências reguladoras, associações setoriais e do SEBRAE. Com isso, fazer uma extensa 
pesquisa de maneira global para entender como o setor se comporta, observando o 
potencial de mercado, o impacto na economia, as normas e legislações e toda informação 
que possa embasar o planejamento e influenciar na operação da empresa. Entender e 
conhecer o mercado no qual o negócio irá atuar permite o lançamento de produtos ou 
serviços mais adequados às exigências dos clientes. Além de potencializar o atendimento 
e, assim, melhorar seu posicionamento de mercado. 
2. Para conhecer o público-alvo: Utilização de ferramentas como questionários e/ou 
dados de institutos de pesquisa, como o IBGE. Através dessas informações podem-se 
observar questões comportamentais dos possíveis clientes, sejam seus hábitos de 
consumo e estilos de vida. Assim como outras informações como: dados demográficos, 
como a idade, a classe social, a ocupação, entre outros. Auxiliando na delimitação da área 
de abrangência do negócio. 
3. Para conhecer os potenciais concorrentes e fornecedores: No caso dos concorrentes, 
faz-se necessária a compreensão de como eles se posicionam no mercado, visando 
permitir identificação de oportunidades para se construir diferenciais competitivos para a 
sua empresa em relação às demais. Já em relação aos fornecedores, a análise de mercado 
deve estar atenta aos fatores que podem impactar direta ou indiretamente nos negócios 
da organização como preço, prazo, formas de negociação e de pagamento. Atualmente, 
compreende-se que ter fornecedores bons e de confiança contribuem agregando valor 
na cadeia de produção das empresas. 
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4. Para analisar as potencialidades de um produto: É importante conhecer os produtos 
dos concorrentes, analisando seus pontos de destaque e os pontos de melhorias. 
Compreendendo quais as similaridades e diferenças entre os seus produtos e o do 
concorrente, se existe uma discrepância em relação à qualidade entre eles, por exemplo. 
Como também, buscar criar oportunidades para diferenciar seus produtos, tornando-os 
ainda melhores e chamando a atenção de seu público-alvo, tendo por objetivo ampliar o 
seu espaço no mercado. 
5. Para precificação de produtos: Precificar um produto não é somente a definição de 
um “preço” de forma arbitrária por parte do empreendedor. É preciso ter em mente, nesse 
processo, parâmetros fundamentais para que essa precificação seja a mais próxima de uma 
balança considerada ideal, atendendo ao mesmo tempo a ideia de valor estabelecida pelo 
potencial cliente que pretende adquiri-lo e a expectativa de lucro do empreendedor. 
Dentre os parâmetros temos o preço dos concorrentes, os custos de produção, a 
remuneração dos colaboradores, os objetivos de mercado e o público alvo. Logo, 
precificar um produto não fácil, se constitui num verdadeiro desafio. 
6. Para conhecer o Custo de Aquisição de Clientes: Saber o custo para adquirir um novo 
cliente é fundamental para a sobrevivência das organizações num cenário de grande 
competitividade. Nesse sentido, a melhor forma de saber essa informação é por meio do 
indicador CAC (Custo de Aquisição do Cliente). Por ele, é possível saber o quanto a 
empresa gasta para conquistar um novo cliente. O cálculo é feito considerando os 
investimentos e novos clientes adquiridos no mesmo período. 
7. Para estabelecer projeções de mercado: É necessário realizar uma avaliação econômica 
do mercado em que a empresa atua, buscando ter uma visão acerca da 
estabilidade/sustentabilidade financeira para o negócio. Essa projeção bem executada 
permite a construção de um plano de investimentos, assim como identificar as 
necessidades de capital em determinados períodos. 
Logo, podemos compreender que a realização de análises de mercado permitem as 
organizações o desenvolvimento do que podemos chamar de inteligência corporativa. 
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Com ela, a empresa consegue estar mais preparada para enfrentar os desafios propostos 
pelo mercado e subsidiam os empreendedores em seus processos decisórios. Essa análise 
deve ser feita sempre de forma minuciosa, permitindo a compreensão do contexto de 
atuação da empresa e as suas principais variáveis, essa deve ser a primeira etapa realizada 
para qualquer indivíduo que busque ser um empreendedor de sucesso. 
4.3. Plano de Marketing 
De acordo com Kotler e Keller (2006): “o objetivo do marketing é tornar supérfluo 
o esforço da venda. [...] é conhecer e entender o cliente tão bem que o produto e serviço 
sejam adequados a ele e se venda sozinho”. Ou seja, entendero mercado e, 
consequentemente, perceber quais são as necessidades e desejos dos consumidores e 
como saná-los para, então, fazer com que o produto oferecido seja adequado aos 
clientes. 
Dessa forma, o Plano de Marketing visa exemplificar estratégias de marketing 
adequadas para a empresa que promovam a atração e fidelização de clientes. 
Normalmente, se traduz em um relatório que busca descrever a estratégia de marketing 
de uma organização em um determinado período seja num mês, trimestre, semestre ou 
ano, por exemplo. Nesse documento, teremos de modo geral: 
1. Uma visão geral das metas de marketing e publicidade da empresa; 
2. Detalhamento da atual posição de marketing da sua empresa; 
3. Um cronograma estabelecendo as tarefas da estratégia de marketing que devem ser 
concluídas; 
4. Estabelecimento de indicadores de desempenho; 
5. Uma descrição do mercado-alvo da sua empresa e das necessidades do cliente; 
É importante a realização de uma boa análise de mercado, visando produzir um plano 
de negócios eficaz. Por meio da análise de mercado é possível estabelecer as necessidades 
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do público-alvo da instituição, os possíveis melhores fornecedores, o perfil das 
organizações concorrentes e ter uma noção dos pontos fortes e fracos da empresa. 
Nesse sentido, é possível traduzir o plano de marketing num planejamento das ações 
de marketing de negócio de uma empresa. Sendo importante ferramenta de gestão a qual 
ampara empreendedores no processo de criação de um planejamento estratégico de 
atuação no mercado. Esses planos variam muito de acordo com o conteúdo e com a 
metodologia que será empregada, pois cada organização deve criar o seu plano levando 
em consideração, principalmente, suas próprias características, por isso existem planos 
com diferentes formatos, dependendo também do segmento de mercado em que a 
empresa atua. 
Quais seriam os benefícios de um plano de marketing? Primeiramente, auxiliar 
gestores e funcionários no estabelecimento de prioridades através de um planejamento 
de ações de como atuar no mercado, possibilitando aumento das vendas, captação de 
clientes, desenvolvimento de estratégias de comunicação, entre outros posicionamentos 
de mercado. 
Sendo assim, o plano de marketing é uma ferramenta de gestão que deve ser usada de 
forma regular e está sempre atualizado, pois isso contribui para que os empreendedores 
possam adaptar suas estratégias de negócios às constantes mudanças do mercado, 
identificar tendências e, com isso, criar vantagens competitivas em relação aos 
concorrentes. Mas como fazer um Plano de Marketing? 
Basicamente um plano de marketing pode ser dividido em três partes: Planejamento, 
Implementação e Avaliação. 
1. Planejamento: Utilizado na definição das metas e objetivos de um negócio. Para que 
o planejamento seja feito com o máximo de sucesso, é necessária uma análise do 
ambiente interno e externo da organização, possibilitando ao empreendedor saber todas 
as informações mais importantes de sua organização. Assim, podem ser estabelecidos o 
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público-alvo, o seu posicionamento de mercado, seus objetivos e metas, sua marca e 
estratégias de marketing, necessárias para alavancar seus resultados. 
2. Implementação: É o momento da execução das estratégias de marketing estabelecidas 
no planejamento e que devem garantir a realização dos objetivos e das metas da empresa. 
É importante ter em mente que a implementação é o desdobramento do plano de ação 
planejado, o qual deve contar com especificação das atividades que serão realizadas, com 
definições claras de quem as realizará e quanto custará, assim como prazos de execução 
bem estabelecidos e com canais de divulgação adaptados à realidade da empresa dentro 
do seu mercado de atuação. Dessa forma, é possível se comunicar com o seu público-
alvo e saber se ele tem de fato afinidade com a sua proposta, visando garantir maiores 
possibilidades de sucesso de seu plano de marketing. 
3. Avaliação: Ao término de cada etapa de implementação do plano de marketing, é 
muito importante observar se todas as ações estão se desenvolvendo da forma esperada, 
através da observação dos indicadores de desempenho estabelecidos no planejamento. A 
avaliação é o momento de monitoramento do desenvolvimento das atividades, 
permitindo analisar os resultados obtidos para que caso sejam necessários possam ser 
realizadas adequações, mudanças ou atualizações das ações, medindo a efetividade do 
plano. Dessa forma, é possível pensar novas estratégias que possam subsidiar novos 
planejamentos que permitam um crescimento previsível e escalável da organização. 
Logo, podemos concluir que um bom marketing, construído com estratégias 
inteligentes e criativas, auxilia as organizações a sobreviver, num cenário de alta 
concorrência e contribui fortemente no sucesso nos negócios. 
Vamos analisar como criar um plano de marketing bem-sucedido: 
1. Resumo executivo simples 
2. Metas de marketing baseadas em métricas 
3. Personas de usuários direcionadas 
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4. Pesquisa de concorrência minuciosa 
5. Principais linhas de base 
6. Estratégia de marketing acionável 
7. Diretrizes para mensurar resultados 
 
1. Resumo executivo simples 
Iniciar o seu plano de marketing com o pé direito é importante. Você quer atrair as 
pessoas para seu plano incrível de dominar o marketing. Não os deixar entediados. 
Uma das melhores maneiras de atrair as pessoas a lerem seu plano de marketing é com 
um resumo executivo bem escrito. Um resumo executivo apresenta aos leitores os 
objetivos da sua empresa, triunfos de marketing, planos futuros e outros fatos 
contextuais importantes. 
Basicamente, você pode usar o resumo executivo como uma cartilha para o restante 
do seu plano de marketing. O qual deve apresentar: objetivos de marketing simples, 
Métricas de alto nível, marcos importantes da empresa e fatos sobre sua marca, assim 
como os planos futuros da organização. 
O resumo executivo bastante breve e direto ao ponto com três a quatro parágrafos no 
máximo informando aos leitores sobre o crescimento da empresa e como eles estão 
prestes a superar seus concorrentes. Mas não há menção de métricas ou números 
específicos – que serão destacados na próxima seção do plano de marketing. 
Um resumo executivo eficaz deve ter informações suficientes para despertar o 
interesse do leitor, mas ainda não deve ser preenchido com detalhes específicos. É para 
isso que serve o restante do seu plano de marketing! 
https://venngage.com/design-dictionary/branding-definition/
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O resumo executivo também define o tom do seu plano de marketing. Pense em qual 
tom melhor descreve a sua marca (em inglês): bem-humorado? Profissional e confiável? 
Inspirador e visionário? 
2. Metas de marketing baseadas em métricas 
Depois de aperfeiçoar seu resumo executivo é hora de descrever a sua meta de 
marketing. Essa é uma das partes mais importantes de todo o plano de marketing, 
portanto, dedique um tempo e seja o mais claro possível. Como regra geral, seja o mais 
específico possível. Identifique as principais métricas de desempenho que você deseja 
impactar e a porcentagem em que deseja aumentá-las. 
Ele não apenas identifica uma métrica específica em cada uma de suas metas, mas 
também estabelece um cronograma para quando elas serão aumentadas. 
3. Personas de usuário direcionadas 
Descrever as personas dos seus usuários é uma parte importante de um plano de 
marketing. Nessa parte se deve responder como pode ser possível obter um maior 
número de clientes do seu negócio, mas como também, pode obter os clientes certos. 
Quem são seus clientesideais? Quais são seus objetivos? Quais são os seus maiores 
problemas? Como sua empresa pode resolver seus problemas? 
Responder a essas perguntas exigirá muita pesquisa, a qual é essencial obter informações. 
Algumas maneiras de realizar pesquisas com usuários são: 
1. Entrevistando seus usuários (pessoalmente ou por telefone). 
2. Condução de grupos focais. 
3. Pesquisando outras empresas do mesmo setor. 
Dedicar um tempo para identificar características demográficas, hábitos e objetivos 
específicos tornará mais fácil adaptar seu plano de marketing a eles. 
https://www.articulatemarketing.com/blog/strengthen-your-brand
https://www.articulatemarketing.com/blog/strengthen-your-brand
https://learn.g2crowd.com/kpi-key-performance-indicator
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Para se criar uma persona a primeira coisa a ser feita é adicionar uma imagem ou ícone 
de perfil para cada persona. Pode ajudar a colocar um rosto nas suas personas, para que 
elas pareçam mais reais. Em seguida, liste as informações demográficas, como: idade, 
trabalho, renda, identificadores, metas, desafios, atividades e hobbies. 
Na identificação das personas podem ser usadas escalas que identifiquem traços de 
personalidade como: introversão versus extroversão e pensamento versus sentimento. 
Identificar que tipo de personalidade as suas personas tendem a ter pode influenciar sobre 
quais tipos de mensagens você deve usar. 
4. Pesquisa de concorrência minuciosa 
Em seguida, na lista de verificação do plano de marketing, temos a seção de pesquisa 
de concorrentes. Esta seção o ajudará a identificar quem são os seus concorrentes, o que 
eles estão fazendo e como você pode se destacar junto a eles em seu nicho – e, 
idealmente, superá-los. 
Normalmente, sua pesquisa de concorrentes deve incluir: Quem é a equipe de 
marketing? Quem são os líderes? Qual é a estratégia de marketing? Qual é a estratégia 
de vendas? Qual é a estratégia nas redes sociais? Qual é o valor de mercado/finanças? 
Qual é o crescimento anual pretendido? Qual o número de clientes e quais são as 
personas? 
Pesquise seus pontos fortes e fracos em todas as partes da empresa e você 
encontrará ótimas oportunidades. Você pode usar este modelo de análise 
SWOT simples para trabalhar rapidamente com todas as partes de sua estratégia. 
5. Principais linhas de base 
É muito difícil planejar o futuro se você não souber onde está sua empresa 
agora. Definir linhas de base permitirá que o empreendedor acompanhe com mais 
precisão o seu progresso. Assim será possível analisar melhor o que funcionou e o que 
https://pt.venngage.com/features/analise-swot
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não funcionou, para poder construir uma estratégia mais forte. Definitivamente, 
também o ajudará a entender claramente seus objetivos e estratégias. 
6. Estratégia de marketing acionável 
Depois de inserir todas as informações contextuais e métricas relevantes em seu 
plano de marketing, é hora de detalhar a sua estratégia de marketing. Considera-se 
mais fácil comunicar as suas informações para sua equipe ou clientes usando conteúdo 
visual. Os mapas mentais são uma maneira eficaz de mostrar como uma estratégia com 
muitas partes se comunica. 
7. Diretrizes para mensurar resultados 
A parte final do plano de marketing conta com uma breve explicação sobre o 
que se planeja mensurar e como acompanhar os resultados conquistados. Isso poupará 
muita frustração ao padronizar os indicadores, e monitora os resultados junto a sua 
equipe. Como as outras seções do plano de marketing, depende do empreendedor 
escolher a profundidade que deseja seguir, é preciso haver algumas diretrizes claras 
sobre como medir o progresso e os resultados do seu plano de marketing. 
No mínimo, suas diretrizes de rastreamento de resultados devem especificar: O 
que você planeja mensurar? Como acompanhar os resultados? Qual a frequência que 
se planeja medir? 
Podem ser adicionadas outras diretrizes ao seu plano de marketing, se houver 
necessidade. Assim como pode ser construído um modelo que a equipe de marketing 
ou cliente possa seguir, para garantir que as métricas corretas sejam mensuradas. 
Dessa maneira, conclui-se que empreender ou administrar um negócio não é 
uma tarefa fácil. É preciso ter conhecimento das variáveis que podem interferir no 
sucesso do seu empreendimento, e, sobretudo, ter organização e consciência, saber 
que ter planejamento é algo fundamental para alcançar os objetivos que foram 
determinados. 
https://pt.venngage.com/blog/estrategia-de-comunicacao/
https://pt.venngage.com/blog/estrategia-de-comunicacao/
https://pt.venngage.com/blog/modelos-de-mapas-mentais/
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