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Prévia do material em texto

FERNANDA VICENZI PAVAN
ORGANIZADOR
JULIANA DALCIN DONINI E SILVA
AVALIAÇÃO 
FÍSICO 
FUNCIONAL E 
IMAGINOLOGIA
Coordenador(a) de Conteúdo 
Juliana Dalcin Donini e Silva
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Alan Diego Hordina; Edinei Tomelin; 
Laura Janke; Lilian Andreia Hasse 
Design Educacional
Vanessa Graciele Tibúrcio
Revisão Textual
Graziele Bento Porto; 
 Ariane Andrade Fabreti
Ilustração
Eduardo Aparecido Alves
Fotos
Shutterstock e Envato
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Núcleo de Educação a Distância. PAVAN, Fernanda Vicenzi.
Avaliação Físico Funcional e Imaginologia / Fernanda Vicenzi Pavan; 
organizador: Juliana Dalcin Donini e Silva. - Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
272 p.
ISBN papel 978-65-6083-749-2
ISBN digital 978-65-6083-748-5
1. Avaliação 2. Físico 3. Funcional 4. Imaginologia 5. EaD. I. Título. 
CDD - 796.077 
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
N964
02511560
RECURSOS DE IMERSÃO
ACESSE AQUI ESTE 
MATERIAL DIGITAL!
Utilizado para temas, assuntos ou con-
ceitos avançados, levando ao aprofun-
damento do que está sendo trabalhado 
naquele momento do texto. 
APROFUNDANDO
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de filmes 
que se conectam com o 
tema do conteúdo.
INDICAÇÃO DE FILME
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de livros 
que agregarão muito na 
sua vida profissional.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Utilizado para desmistificar pontos 
que possam gerar confusão sobre o 
tema. Após o texto trazer a explicação, 
essa interlocução pode trazer pontos 
adicionais que contribuam para que 
o estudante não fique com dúvidas 
sobre o tema. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
Este item corresponde a uma proposta 
de reflexão que pode ser apresentada por 
meio de uma frase, um trecho breve ou 
uma pergunta. 
PENSANDO JUNTOS
Utilizado para aprofundar o 
conhecimento em conteúdos 
relevantes utilizando uma lingua-
gem audiovisual.
EM FOCO
Utilizado para agregar um con-
teúdo externo.
EU INDICO
Professores especialistas e con-
vidados, ampliando as discus-
sões sobre os temas por meio de 
fantásticos podcasts.
PLAY NO CONHECIMENTO
PRODUTOS AUDIOVISUAIS
Os elementos abaixo possuem recursos 
audiovisuais. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
4
ACESSE AQUI ESTE 
MATERIAL DIGITAL!
U N I D A D E 1
PARA QUÊ, QUANDO, COMO E O QUE AVALIAR: AVALIAÇÕES DA COLUNA 8
U N I D A D E 2
AVALIAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS 44
U N I D A D E 3
FICHAS DE ANAMNESE: INSTRUMENTOS PARA AVALIAR A FUNÇÃO FÍSICA 80
U N I D A D E 4
AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO – ANÁLISE DA POSTURA, DO 
MOVIMENTO, DO TÔNUS MUSCULAR E DA SENSIBILIDADE 102
U N I D A D E 5
AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO – ESCALAS DE AVALIAÇÃO 
EM NEUROLOGIA 132
U N I D A D E 6
GROSS MOTOR FUNCTION CLASSIFICATION SYSTEM (GMFCS)/AVALIAÇÃO DO 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 162
U N I D A D E 7
OBTENÇÃO DO HISTÓRICO DO PACIENTE, MECÂNICA RESPIRATÓRIA, INSPEÇÃO 
ESTÁTICA E INSPEÇÃO DINÂMICA 186
U N I D A D E 8
PALPAÇÃO DE TÓRAX E TRAQUEIA, PERCUSSÃO E AUSCULTA PULMONAR 218
U N I D A D E 9
MANOVACUOMETRIA, VENTILOMETRIA, PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO, 
ESPIROMETRIA E IMAGINOLOGIA 240
5
CAMINHOS DE APRENDIZAGEM
UNIDADE 1
MINHAS METAS
PARA QUÊ, QUANDO, 
COMO E O QUE AVALIAR: 
AVALIAÇÕES DA COLUNA
Saber como, quando e por que avaliar.
Descrever os componentes de uma avaliação físico-funcional da coluna.
Saber como realizar uma avaliação físico-funcional da coluna.
Compreender a importância da imaginologia como meio auxiliar na avaliação.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1
8
INICIE SUA JORNADA
Estudante, seja bem-vindo(a) ao seu processo de construção do conhecimento 
sobre avaliação fisioterapêutica, tema que é um dos mais aguardados durante a 
jornada acadêmica e que vai te acompanhar durante toda sua formação e depois 
dela, sendo parte fundamental na sua prática profissional. Neste tema, o enfoque 
da avaliação será para o sistema musculoesquelético e osteoarticular, de que 
maneira contribuem para estabelecer o diagnóstico cinético-funcional dado pelo 
profissional fisioterapeuta, definição dos objetivos do tratamento e do plano te-
rapêutico, prognóstico e os resultados desejados. 
A arte de avaliar o paciente envolve conhecimento teórico-prático com treino 
de habilidades, a capacidade de atribuir associações entre o que se ouve como 
relato da história clínica que você adquire a partir da anamnese. A anamnese é 
o termo que usamos para nos referir à entrevista que fazemos com o paciente no 
nosso primeiro contato com ele(a), com um universo de informações que traze-
mos com base no nosso conhecimento prévio adquirido por meio da experiência. 
Esse momento da escuta ativa, em que o paciente ou um cuidador/familiar re-
lata a história clínica é a base para a construção do seu raciocínio clínico e tomada 
de decisões. A partir desta entrevista, será possível conhecer quem é seu paciente. 
A anamnese começa pela coleta das informações pessoais, que possuem extrema 
relevância para identificar desde o início características importantes deste(a) pa-
ciente, como a idade e sua ocupação, pois muitas doenças ou disfunções muscu-
loesqueléticas e osteoarticulares podem estar relacionadas com a fase da vida que 
o paciente está e também com o tipo de atividade profissional que ele desenvolve. 
As doenças ocupacionais constituem um grupo multivariado de doenças ou 
lesões causadas por movimentos repetitivos, posicionamentos incorretos, manu-
tenção de posturas ao longo do tempo de maneira estática, excesso de transporte 
de peso ou transporte com compensações posturais, as quais, são apenas alguns 
exemplos de condições que dentro da sua realidade ou da sua família você pode 
ter em algum momento ouvido relato ou experimentado. 
Essa conversa inicial poderá ser decisiva para você estabelecer uma cons-
trução do que será avaliado fisicamente neste(a) paciente, como será realizada 
a avaliação em relação aos procedimentos e instrumentos que poderão ser ne-
cessários, e que serão aplicáveis a um segundo momento neste processo, que é 
o exame físico. 
UNICESUMAR
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Neste tema, você estudará todas as etapas envolvidas no processo de avaliação usa-
das pelo profissional fisioterapeuta. Para te auxiliar a construir seu raciocínio clínico, 
vamos definir quais etapas são essas que você utilizará no seu momento de avaliação. 
Olá, estudante! Neste momento do seu aprendizado, iremos direcioná-lo(a) para um 
podcast. Preparamos este conteúdo sobre o tema de Princípios da avaliação física e 
funcional: coluna vertebral, para que você possa agregar mais informações ao seu co-
nhecimento dentro da atuação do profissional fisioterapeuta. Neste podcast, além da 
abordagem sobre o processo de avaliação, também apresentaremos dados estatísti-
cos epidemiológicos de alterações muito comuns que acometem a coluna vertebral, 
demonstrando a importância de uma avaliação detalhada e com embasamento teó-
rico-prático. Não deixe de ouvir e aprofundar seu conhecimento! Recursos de mídia 
disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Neste conteúdo, você está aprendendo sobre como, quando e por que realizar uma 
avaliação físico-funcional do sistema osteoarticular e musculoesquelético. Então, para 
você conseguir elaborar um raciocínioclínico, é importante que você saiba como 
estruturar uma avaliação e descrever os componentes de uma avaliação físico-
funcional da coluna, ombro, cotovelo, punho, mão, quadril, joelho, tornozelo e pé. 
Pensando nas estruturas do sistema osteoarticular e musculoesquelético, vamos 
recordar quais são elas? O sistema osteoarticular e musculoesquelético são 
formados por ossos, músculos, articulações, tendões, ligamentos e cápsula articular. 
A importância deste conhecimento é devido à presença de alguma doença ou 
lesão que pode ser a causa da queixa principal do(a) paciente, como exemplo, uma 
torção do tornozelo que é denominada como entorse. Em um quadro clínico onde 
o paciente possui entorse, ele pode apresentar vários sinais e sintomas devido 
à lesão. Dentre eles, destacam-se, a presença de edema, hematoma e dor. De 
acordo com a gravidade da lesão, uma ou mais estruturas do sistema osteorticular 
e musculoesquelético pode estar comprometida. Em caso de entorse, o paciente 
pode apresentar uma fratura associada, que é a quebra de osso, além da ruptura 
parcial ou total de tendão e/ou ligamentos, estiramento muscular. Atletas de alto 
rendimento em época de competição podem ter entorse associada à fratura pelo 
treinamento intenso sem períodos de descanso adequados. 
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL
A partir deste momento, você começará a conhecer mais sobre avaliação. Neste 
tema de aprendizagem, você construirá o seu conhecimento sobre avaliação, sua 
importância, como ela é realizada e constituída. 
Você deve compreender que o seu contato inicial com o(a) paciente na ava-
liação é como criar um laço, estabelecer um vínculo de confiança entre pacien-
te-fisioterapeuta, que precisa ser adquirido através de responsabilidade, conhe-
cimento, acolhimento e disponibilidade para ouvir. 
Você já aprendeu que a primeira delas será a anamnese, que é essa entrevista 
feita de primeiro contato. A anamnese é o início desse processo de conhecimento, 
é a primeira etapa da sua avaliação. A anamnese pode ser compreendida como 
sendo uma entrevista entre você e o(a) paciente, cuidador e/ou familiar. Em 
alguns casos, o(a) paciente pode apresentar ausência da fala ou não conseguir se 
expressar com profundidade sobre seu problema e história, sendo muitas vezes 
necessária a presença de um acompanhante, principalmente em casos de pa-
Veja a importância de você precisar saber sobre os sistemas corporais, e com 
profundidade. Então, para que você consiga realizar uma avaliação de qualidade, é 
necessário saber a localização e a função de cada uma dessas estruturas. 
A seguir, recordaremos algumas delas que podem estar relacionadas ao 
exemplo citado:
• Ossos: sustentação, movimentação do corpo, proteção de órgãos internos.
• Músculos: produção dos movimentos do corpo, manutenção da postura e da 
posição corporal, geração de calor.
• Articulações: conexão entre os ossos da estrutura esquelética a outros ossos 
e cartilagens.
• Tendões: conexão entre os músculos aos ossos, garantindo o movimento.
• Ligamentos: conexão dos ossos entre si, promovendo estabilidade articular.
• Cápsula articular: membrana que envolve a articulação, reduzindo o atrito.
Nós sugerimos que você revise seu conhecimento básico em anatomia. Você 
pode também utilizar a nossa sugestão a seguir para estudar sobre as estruturas 
anatômicas e as funções da coluna vertebral.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
cientes pediátricos ou idosos. Ela é constituída por duas etapas, a identificação 
do(a) paciente através da coleta das informações pessoais; e uma segunda parte 
que é a sua história clínica. 
A identificação deste(a) paciente conta com a coleta de nome, idade, endere-
ço, escolaridade, ocupação, telefone de contato e o diagnóstico clínico ou hipótese 
diagnóstica, quando ainda não existe um diagnóstico fechado pelo médico(a) 
responsável. É bastante importante ter a identificação deste profissional para 
possível contato, visto que, sabemos que a integralidade do cuidado envolve na 
maioria das vezes, a atuação de uma equipe multidisciplinar. 
Um exemplo sobre a situação trazida é a presença de dor, o afastamento do tra-
balho, do convívio social ou restrições na realização das suas próprias atividades 
de vida diárias (AVDs), que pode resultar em problemas emocionais, como a de-
pressão e a ansiedade, e desta forma, a necessidade de acompanhamento médico 
e psicológico, pois muitas vezes o resultado da sua sessão de fisioterapia ou da 
evolução do tratamento podem estar abaixo do esperado porque o(a) paciente 
não está com a saúde mental equilibrada, influenciando em diversos aspectos da 
sua vida, incluindo também sua melhora física. 
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Você já parou para pensar nisso? De que o conceito de saúde proposto pela OMS 
(Organização Mundial de Saúde) se refere a uma sensação completa de bem-estar 
físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades? Então, 
quanto mais informações você coletar neste seu primeiro contato com o(a) paciente 
será valioso para você nas próximas etapas da construção da sua avaliação. 
Após a aquisição das informações pessoais, passamos para uma próxima etapa, 
que é a história clínica. Essa história clínica, podemos entender exatamente como 
destinada a conhecer todos os aspectos clínicos que trouxerem esse(a) paciente até 
você. A história clínica tem início pela queixa principal do paciente, que embora 
grande parte dos(as) pacientes tenham vários sintomas e manifestações clínicas, 
a queixa principal, como ela própria se expressa, é de tudo o que você pode estar 
sentindo ou de todas as suas condições, o que mais te incomoda? Qual a principal 
razão de ter me procurado? E assim, você começa a de fato, entrar no universo 
deste(a) paciente. Muitas vezes, esse(a) paciente pode apresentar não apenas um, 
mas um conjunto de sintomas e manifestações clínicas, e desta forma, é importante 
para o profissional fisioterapeuta traçar um plano de tratamento para contemplar 
todos os objetivos de tratamento, e, além disso, por onde começar. Após a queixa 
principal, seguimos conhecendo de maneira mais aprofundada esse(a) paciente. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
 Na sequência, são coletadas informações sobre a história atual da condição des-
te(a) paciente que denominamos como história da doença atual, que expressa 
o que ele(a) possui no momento da avaliação, e na sequência a história pregressa, 
que é tudo o que ele apresenta relacionado à sua condição atual ou não. A história 
da doença atual, momento em que o(a) paciente relata seu problema a você e 
conta sobre sua doença ou disfunção, como ocorreu, o tempo que a possui, como 
está se sentindo e apresenta os sintomas com as manifestações clínicas presente 
no dia da avaliação inicial. Após a história da doença atual, é importante conhecer 
a história da doença pregressa, que está relacionada a dados deste(a) paciente 
referentes a essa condição atual ou não, compreendendo outras doenças que já 
teve ou algum fator que possa contribuir com o quadro clínico atual. Além da his-
tória da doença atual e pregressa, também faz parte da história clínica a história 
familiar. A história familiar também tem grande relevância na anamnese, pois 
pode apresentar informações importantes diretamente relacionadas à doenças 
hereditárias, mas também para conhecer o perfil familiar. Em determinadas si-
tuações, o quadro clínico do(a) paciente pode ter relação com alguma doença ou 
disfunção de origem genética e hereditária. Além destas partes, a história sobre 
medicamentos, hábitos de vida diária, doenças associadas, e histórico de exames 
complementares, poderão auxiliá-lo(a) na sua avaliação. 
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Uma próxima etapa na construção da sua avaliação é o exame físico, que 
é realizado após a anamnese. O exame físico permitirá descrever e detalhar a 
condição clínica do(a) paciente. Inicialmente, é feita a coleta dos sinais vitais, 
seguida da inspeção, palpação, percussão e vibração, quando necessárias, e a 
utilizaçãode testes específicos para avaliar amplitude de movimento, força mus-
cular e avaliação postural. Em muitas situações, o profissional fisioterapeuta pode 
selecionar outras avaliações que sejam pertinentes de acordo com cada paciente, 
daí a importância da avaliação específica. 
 A avaliação dos sinais vitais incluem a mensuração da pressão arterial, 
temperatura, frequência cardíaca e frequência respiratória. Na sequência, as 
próximas etapas incluem a inspeção, que pode ser dividida em estática e dinâ-
mica. A inspeção consiste na observação do(a) paciente. Realiza-se a inspeção 
estática, que permite observar coloração, presença de edemas, hematomas, 
cicatrizes, alterações posturais. A inspeção dinâmica, é quando o(a) paciente é 
solicitado(a) a realizar um movimento, que podemos usar os seguintes exem-
plos: levantar-se e se sentar, a marcha. O’Sullivan e Schmitz (2004) sugerem 
que a palpação venha logo após a observação. 
Para que você possa obter um resultado fidedigno da palpação é imprescin-
dível que você tenha um conhecimento vasto de anatomia e faça uma abordagem 
sistemática. Todas as estruturas de uma superfície corpórea devem ser palpadas 
antes de se palpar outra superfície. O lado não envolvido deve ser examinado 
primeiro para servir de modelo normativo para comparação. A avaliação deve 
ser consistente e minuciosa. Você deve estar se perguntando: “mas, o que devo 
palpar?”, você deve palpar ossos, tecidos moles e pele, alterando a pressão tátil 
conforme estruturas a serem palpadas. Por exemplo, você usará de pressão leve 
para palpar a pele, porém, usará de pressão mais forte para palpar ossos. 
Se o(a) paciente apresentar outras doenças associadas podem ser realiza-
das adicionalmente a ausculta pulmonar e/ou cardíaca, percussão ou vibra-
ção. Além destas etapas tradicionais que constam em uma avaliação, testes 
específicos podem ser muitas vezes necessários e exames de imagem para 
traçar uma visão integral deste(a) paciente, para que consiga concluir o seu 
diagnóstico cinético-funcional e estabelecer seus objetivos e protocolo de 
tratamento. Dentre eles, podemos destacar, avaliação da força muscular, da 
amplitude de movimento e da postura.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Neste momento da sua aprendizagem, nós falaremos sobre avaliações da coluna 
vertebral, que é considerada a base de sustentação corporal, e que é uma parte do 
corpo humano que é bastante utilizada nas AVDs e no trabalho, estando relaciona-
da com diversas doenças e alterações devido à sobrecarga e posturas inadequadas.
Você pode se perguntar: quais seriam os objetivos de se realizar uma avaliação 
na prática cotidiana do profissional fisioterapeuta. Segundo O’Sullivan e 
Schmitz (2004) e Porter (2005), os objetivos de se realizar uma avaliação 
musculoesquelética e osteoarticular são:
• Determinar a presença ou ausência do comprometimento envolvendo músculos, 
ossos e articulações.
• Identificar os tecidos específicos que estão causando o comprometimento.
• Identificar os fatores que predispuseram ou emergiram a partir da desordem.
• Ajudar a formular objetivos do plano terapêutico, resultados desejados e 
intervenções fisioterapêuticas apropriados.
• Determinar adaptações e indicar, quando necessário, equipamentos de órtese 
e prótese para melhorar a habilidade funcional nas atividades cotidianas, 
ocupacionais e recreativas.
• Verificar a efetividade do tratamento fisioterapêutico.
Tão importante quanto saber por que o fisioterapeuta deve avaliar o(a) paciente, 
é saber quando avaliar. Identificar os principais objetivos e razões da avaliação 
são essenciais para estabelecer desde o diagnóstico cinético-funcional, bem como 
definir objetivos de tratamento de curto, médio e longo prazo que se espera atin-
gir ao longo da reabilitação. 
Uma pergunta importante que você pode perguntar no momento da anamnese 
é: “que resultados você espera com a fisioterapia?” Conhecer as expectativas do(a) 
paciente pode permitir ao fisioterapeuta discutir e acordar os objetivos de tratamento 
com ele(a), para que construam esse caminho no processo da reabilitação juntos. 
Para saber quando o(a) paciente deve ser avaliado, Porter (2005) sugere al-
guns momentos diferentes, conforme apresentados a seguir:
 ■ No primeiro contato com o paciente: é de extrema importância realizar 
uma avaliação inicial para determinar os problemas do paciente e esta-
belecer um plano de tratamento.
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 ■ Durante o tratamento: é muito apropriado realizar a avaliação enquanto 
se realiza o tratamento, para certificar-se de qualquer melhora ou declínio 
nas condições do paciente e perceber o momento que ela ocorre.
 ■ Antes de cada tratamento: o paciente deve ser reavaliado utilizando-se 
marcadores objetivos e subjetivos de forma a perceber a eficácia da in-
tervenção fisioterapêutica.
 ■ No início de cada novo tratamento: para determinar a duração dos efeitos 
do tratamento ou dos efeitos que outras atividades possam ter sobre os 
sinais e sintomas do paciente.
SINAIS OU SINTOMAS COMO BANDEIRAS VERMELHAS 
SINALIZADORAS 
O fisioterapeuta é considerado um profissional de saúde de primeiro contato, 
e atuar nesta posição torna importante que na sua avaliação inicial faça uma 
investigação sobre a presença de red flags (bandeiras vermelhas). As red flags 
podem ser conceituadas como sinais ou sintomas que sugerem a presença de 
alterações em um ou mais sistemas do corpo deste(a) paciente e que podem estar 
relacionados com os problemas relatados durante a conversa inicial. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Qual a relevância de serem avaliadas as red flags, você pode se perguntar? 
E a resposta utilizando como base as diretrizes é a identificação das red flags 
como recomendação com objetivo de excluir patologias específicas e visualizar 
se há presença de fatores de riscos associados, como infecções, câncer ou fraturas 
(HENSCHKE; MAHER; REFSHAUGE, 2008). Então, acrescentar as red flags no 
seu processo de avaliação pode ser útil para chegar com maior precisão ao seu 
diagnóstico cinético-funcional. 
O QUE E COMO AVALIAR?
Você já aprendeu sobre os objetivos e momentos de quando se deve avaliar o(a) 
paciente, certo? Agora vamos dar seguimento levando você a continuar cons-
truindo seu conhecimento em avaliação. Vamos retomar as etapas da avaliação, 
mas agora incluindo o que e como o profissional fisioterapeuta avalia. Para isso, 
vamos pensar no seguinte caso clínico: Mulher, 70 anos, com queixa principal 
de dor no ombro direito há 1 mês e diagnóstico clínico de bursite após consulta 
médica. A paciente apresenta dor e limitação de movimento ao exame físico. 
Com base no que você aprendeu até agora sobre avaliação, inicialmente de-
ve-se realizar a anamnese com essa paciente, que é a entrevista, para começar a 
primeira etapa da avaliação, seguida da coleta da sua história clínica e demais 
informações sobre estilo de vida, presença de doenças associadas e um ponto 
importante, é saber se ela tem algum exame complementar realizado. A partir 
daí o fisioterapeuta dará sequência ao exame físico, avaliando os sinais vitais 
e os testes específicos. Neste caso em especial, a paciente sente dor, e você em 
algum momento da sua vida, pode já ter experimentado algum quadro de dor, 
ou até mesmo, em situações diferentes, como em uma queda, ao se chocar com 
algum móvel ou maçaneta da porta, que nos faz quase instantaneamente levar 
uma das mãos ao local da dor. Você deve ter se imaginado em uma situação pa-
recida com essas ou até mais complexa. Agora, busque trazer à sua memória, as 
características desta dor, se ela era em pontada, queimação, em que período ou 
em que atividade ela se intensificava ou reduzia. É assim que você deve também 
questionar seus pacientes, buscando adquirir o maior número de informações 
possíveis a respeito dos seus sintomas e manifestações clínicas. 
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De acordo com a Associação Internacional do Estudo da Dor (IASP), a dor 
pode ser definida como uma experiência sensoriale emocional desagradável as-
sociada a dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. A dor 
pode ser classificada em relação à duração e ao tipo. Em relação à duração, pode ser 
dividida em dor de curta duração ou crônica. A dor de curta duração, pode servir 
como um sinal de alerta para o corpo e pode ser aplicada aos exemplos acima como 
a batida de uma parte do corpo em um objeto. A dor crônica é considerada como 
uma dor prolongada, com duração igual ou superior a três meses (BRASIL, 2012). 
Quanto ao tipo, a dor pode ser dividida em: dor nociceptiva e não nocicep-
tiva. A dor nociceptiva surge a partir de estímulos sensíveis a temperatura e vi-
bração, que é dividida em dor visceral (origem nos órgãos internos, pode indicar, 
por exemplo, uma infecção ou inflamação, neoplasias é descrita como uma dor 
profunda, subjetiva e pode causar náuseas, aumento da pressão arterial e palidez) 
e a dor somática (origem na pele, músculos, articulações, ossos ou ligamentos, 
pode indicar uma queimadura na pele, fratura óssea, ruptura de tendões). 
Já a dor não nociceptiva não está associada a estímulos sensíveis, é produzida 
por disfunções nas células nervosas, dividida em dor neuropática (difícil diagnós-
tico, devido a uma etiologia múltipla e variada. Indivíduo pode ter sensações de dor 
em queimadura, formigamento, dormência, causando alterações nos movimentos, 
insônia, depressão) e dor simpática (causada pela hiperatividade da parte simpá-
tica do sistema nervoso que controla o fluxo sanguíneo nos tecidos, frequente após 
fratura ou lesão muscular, com sensação de dor ao redor do local e perifericamente 
aos membros, com temperatura local aumentada) (JANEIRO, 2017). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
É importante avaliar também a qualidade dos sintomas, por exemplo: “qual 
a intensidade de sua dor?” E você pode ajudá-lo a decifrar de que maneira é essa 
dor: “é uma dor latejante? Você consegue mostrar o local exato da sua dor?”. 
DE QUE FORMA E O QUE USAMOS PARA REALIZAR A 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE?
A escala visual analógica da dor (EVA) é bastante utilizada na prática clínica 
do fisioterapeuta em pacientes que referem na sua entrevista a presença de dor. 
É uma escala numérica de 0 a 10, sendo que 0 corresponde a nenhuma dor e 10 
corresponde a pior dor que já passou. Veja na figura a seguir a ilustração da EVA.
Figura 1 – Escala Visual Analógica da Dor (EVA) / Fonte: Tagliolatto e Mitsuushi (2018, p. 54).
Descrição da Imagem: escala Visual Analógica da Dor (EVA), corresponde a uma escala numérica de mensuração 
da dor, em que 0 corresponde a nenhuma dor e 10 corresponde a pior dor que já passou.
Outra opção é o Questionário de dor McGill, separados em grupos de A a T, 
sendo o grupo A que sugere distúrbios vasculares; grupos B a H sugerem dis-
túrbios neurogênicos; grupo I sugere distúrbios musculoesqueléticos e grupos J 
a T sugerem transtornos emocionais. A pontuação é a soma dos sintomas que o 
paciente preenche: 4 a 8 = normal; 8 a 10 = foco excessivo na dor; 10 a 16 = um 
psicólogo pode ajudar; >16 = provavelmente não tem condições de responder 
aos procedimentos terapêuticos. Veja na figura a seguir como é apresentado o 
Questionário McGill.
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QUESTIONÁRIO DE DOR MCGILL
A. Vibração
Tremor
Pulsante
Latejante
Como batida
Como pancada
F. Fisgada
Puxão
Torção
K. Cansativa
Exaustiva
P. Chata
Incômoda
Desgastante
Insuportável
B. Pontada
Choque 
Tiro
G. Calor
Ardor
Fervente
Em brasa
L. Enjoada
Sufocante
Q. Espalhada
Irradiada
Penetrante
Atravessada
C. Perfurante
Maçante
Brocante
Penetrante
H. Formigamento
Coceira
Ardor
Ferroada
M. Temível
Apavorante
Aterrorizante
R. Aperta
Adormece
Repuxa
Espreme
Rasga
D. Fina
Cortante
Lacerante
I. Indistinta
Sensibilidade 
dolorosa
Dolorida
Intensa
Pesada
N. Castigante
Atormentadora
Cruel
Maldita
Mortal
S. Fria
Gelada
Congelante
E. Beliscão
Aperto
Mordida
Cólica
J. Sensível 
Esticada
Irritante
Fendida
O. Miserável
Enlouquecedora
T. Aborrecida
Nauseante
Agonizante
Pavorosa
Torturante
Quadro 1 – Questionário de dor McGill / Fonte: o autor.
Dando sequência à construção do seu raciocínio aplicado à avaliação, vamos abor-
dar agora alguns testes específicos comuns na prática clínica do fisioterapeuta. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Além da dor, é muito comum o fisioterapeuta também avaliar a amplitude de 
movimento, a força muscular, a postura e as AVDs. A amplitude de movimento 
é avaliada através da goniometria que é feita usando um instrumento chamado 
goniômetro. Chamamos de amplitude de movimento (ADM) a quantidade de 
movimentação de uma articulação. Ele permite realizar a medição dos ângu-
los articulares encontrados no corpo humano. Com essas medidas você pode 
determinar, por exemplo, a presença de disfunções, quantificar as limitações 
encontradas e comparar com avaliações anteriores. 
A força muscular pode ser avaliada através de testes de força muscular: teste 
muscular manual (TMM) e a dinamometria que é realizada por meio do dina-
mômetro. O TMM permite avaliar a capacidade de um músculo desenvolver tensão 
contra uma resistência e o fisioterapeuta utiliza uma escala que mede os graus de 
força muscular. O TMM utiliza o arco do movimento, a gravidade e a resistência 
aplicada manualmente pelo fisioterapeuta para testar e determinar os graus mus-
culares. O dinamômetro é um aparelho que mede força de forma mais objetiva do 
que no teste TMM. Podemos utilizar o dinamômetro de mão, que é usado para 
avaliar a força de preensão do paciente ou medir força do grupo muscular quando 
o paciente exerce força máxima; isométrico mede a força estática do músculo atra-
vés de instruções verbais; isocinético mede força de um grupo muscular durante 
movimento com velocidade constante. 
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GRAUS CRITÉRIOS
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Amplitude de movimento possível completa, contra a gravidade, forte 
resistência manual.
4
Amplitude de movimento completa, contra gravidade, resistência ma-
nual moderada.
3 Amplitude de movimento completa, contra gravidade, sem resistência.
2
Amplitude de movimento possível completa, gravidade minimizada, 
sem resistência.
1 Sem movimento observável, contração muscular palpável, sem resistência.
0 Sem contração muscular observável ou palpável.
Quadro 2 – Graduação de força muscular / Fonte: adaptado de O´Sullivan Schmitz (2004).
O teste TMM é comumente utilizado na nossa prática clínica por ser de fácil 
acesso e sem custos. Para realizá-lo, é preciso posicionar o paciente de modo que 
o músculo ou grupo muscular que está sendo testado se sustente ou se mova con-
tra a resistência da gravidade e passar as instruções para a realização do teste. Por 
exemplo, para testar a força muscular dos músculos extensores da coluna lombar, é 
recomendado que você posicione o paciente em decúbito ventral sobre uma maca, 
estabilizando seus membros inferiores. O paciente tenta manter o tronco suspen-
so em posição horizontal pela ação dos músculos extensores da coluna lombar. 
Se isso for bem tolerado pelo paciente, você ainda pode aplicar uma resistência 
gradual na parte distal da coluna e em uma direção oposta ao torque produzido 
pelo músculo/grupo muscular testado. Lembrando que na avaliação de membros 
superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII), o lado contralateral também 
deve ser avaliado como comparativo se um membro apresenta maior grau de força 
do que o outro. O’Sullivan e Schmitz (2004) sugerem uma escala de 0 a 5 para medir 
o grau de força muscular, que você pode conhecer no quadro a seguir:
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
A avaliação das atividades de vida diária deve entrar em sua avaliação. Essas ha-
bilidades dizem respeito às tarefas do dia a dia realizadas para o autocuidado, 
que compreendem: se alimentar, vestir, banhar, caminhar, ir ao banheiro. 
A avaliação postural se faz importante para que possamos observar alinha-
mentos, simetrias, através de vista anterior, posterior, lateral esquerda e direita. 
Após realizados os procedimentos citados,você será capaz de realizar o diagnós-
tico cinético-funcional, diagnóstico realizado pelo profissional fisioterapeuta.
VAMOS APRENDER COMO AVALIAR A COLUNA VERTEBRAL?
Tudo o que você aprendeu até aqui são informações que serão direcionadas a 
regiões específicas do corpo do(a) paciente identificadas pela anamnese e história 
clínica que precisarão ser avaliadas. 
Nós iniciaremos nossa abordagem da avaliação pela coluna vertebral e através 
da inspeção, que pode ser estática ou dinâmica. Para que a coluna seja inspecio-
nada, o(a) paciente precisa estar vestido adequadamente. A observação da coluna 
irá requerer que homens tirem a camisa e que mulheres usem apenas sutiã ou 
top (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
VOCÊ SABE RESPONDER?
Você consegue imaginar como é feita a avaliação da coluna vertebral?
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Os fisioterapeutas utilizam bastante dois instrumentos, um é chamado de fio de 
prumo e o outro é chamado posturógrafo ou simetrógrafo (quadro formado por 
linhas verticais e horizontais). Para a avaliação, o paciente é solicitado a ficar numa 
postura natural, olhando para frente. Esse instrumento facilita para uma melhor 
visualização das disfunções posturais. Tradicionalmente, a avaliação inicia com a 
observação do corpo em três planos: frontal (anterior e posterior), perfil (sagital) 
e horizontal (transversal). A avaliação postural é importante para que possamos 
verificar os desequilíbrios e adequar a postura de cada indivíduo, favorecendo 
uma menor sobrecarga nas articulações, harmonia no sistema musculoesquelé-
tico e prevenindo o aparecimento de alterações na postura ou então informando 
o paciente sobre suas alterações posturais e como melhorá-las (VERDÉRI, 2003).
A coluna lombar e cervical são duas regiões muito comuns de encontrarmos 
alterações. A coluna lombar tem bastante incidência de hiperlordose e curvatu-
ra de escoliose, que são queixas comuns de dor. Realiza movimentos de flexão, 
extensão, rotação e inclinação lateral. É uma região que realiza grandes movi-
mentos, em consequência é a mais acometida com disfunções. Quando uma 
articulação do corpo tem seu movimento diminuído ou cessado, vamos colocar, 
como exemplo, a articulação do quadril, é comum afetar as regiões próximas, 
como a articulação sacroilíaca, as vértebras lombares, as articulações dos joelhos, 
pois são formas de compensar um movimento que está comprometido (HAM-
MOUD et al., 2004). Começar a entender como avaliar a partir da coluna verte-
bral, é importante, porque ela é a base de sustentação do corpo, e está conectada 
aos membros superiores e inferiores, o que reforça a sua visão de que o corpo 
é interligado, por isso é se faz necessário realizar uma boa avaliação postural e 
visualizar o paciente com um todo, não somente no local da queixa.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Ao avaliar a coluna, na vista anterior e posterior o ponto de referência fixo 
fica entre os calcanhares e na vista lateral levemente anterior ao maléolo lateral. 
O paciente permanece numa postura natural. Devemos nos atentar às seguintes 
situações: a coluna deve estar na vertical e não deve haver rotação, flexão lateral, 
escoliose ou deslocamento. Anteriormente, as espinhas ilíacas anterossuperiores 
devem estar alinhadas horizontalmente e, posteriormente, os ombros, pregas 
da cintura, espinhas ilíacas póstero-superiores, pregas glúteas e pregas do joe-
lho devem estar alinhadas na horizontal. Lateralmente, você deve observar uma 
lordose normal na coluna lombar (PORTER, 2005). Por meio da figura a seguir 
devemos nos atentar para o que será observado em uma avaliação postural/exa-
me da coluna. Para observar a posição lateral, devemos estar atentos à posição da 
linha de gravidade. Isso pode ser facilmente visualizado com um fio de prumo.
Figura 2 – Exame da coluna: (A) Vista posterior e (B) vista lateral / Fonte: adaptado de Porter (2005, p. 31).
Descrição da Imagem: imagens do exame da coluna vertebral em (A) observa-se as estruturas e posicionamen-
to do corpo na vista posterior e em (B) observa-se o posicionamento do corpo em perfil em relação à linha da 
gravidade na vista lateral.
A B
Nível das orelhas
Linhas do pescoço simétricas
Nível dos ombros
Posição dos braços em
relação ao corpo
Posição da coluna ereta
Nível da posição das
cristas ilíacas
Nível da prega glútea
Dobra dos joelhoes
simétricas
Tendão do calcâneo reto
Através do lóbulo da orelha
Através da articulação do
ombro
Através da articulação do
ombro
Através do trocânter maior
Anterior à articulação
do joelho
Anterior ao maléolo lateral
Posição da linha da
gravidade
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Estudante, neste momento, você pode se perguntar: a avaliação da coluna cervical 
segue esse mesmo padrão de avaliação? A resposta é: sim. Os mesmos procedi-
mentos utilizados para avaliar a coluna lombar deverão ser utilizados para a colu-
na cervical. Na inspeção da coluna cervical, você deverá observar se ela mantém 
uma curvatura adequada, se há hiperlordose, retificação ou se há algum desvio 
lateral. Veja a seguir uma figura de uma avaliação da coluna cervical.
Figura 3 – Exame da coluna cervical: (A) alinhamento ideal; (B) postura cifótica-lordótica; (C) postura com o 
dorso plano; (D) postura com deslocamento posterior do dorso / Fonte: adaptado de Kendall et al. (2007).
Descrição da Imagem: na figura observa-se em (A) a postura com alinhamento ideal, em (B) alteração postural 
da coluna vertebral denominada postura cifótica-lordótica,( C) alteração postural da coluna vertebral denominada 
dorso plano e (D) alteração postural da coluna vertebral com deslocamento posterior do dorso. Todas as imagens 
apresentam-se na vista lateral ou perfil. 
Na figura a seguir, você visualizará como realizar a goniometria de flexão da 
coluna cervical. O paciente deverá estar sentado ou em pé, de costas para você. 
Braço fixo do goniômetro: no nível do acrômio e paralelo ao solo, no mesmo 
plano transversal do processo espinhoso da sétima vértebra cervical. Braço mó-
vel: ao final do movimento de flexão da coluna cervical, colocá-lo dirigido para 
o lóbulo da orelha (MARQUES, 2014). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
O que mais podemos utilizar na avaliação da coluna vertebral?
Muitas vezes, a partir de uma boa anamnese e até mesmo do exame físico, 
poderemos avaliar a necessidade de incluir outros instrumentos de medidas ou 
exames de imagem. O inclinômetro é um tipo de goniômetro que possui um 
transferidor de 360° que se orienta através da ação da gravidade. Possui uma 
faixa autoadesiva que pode ser fixada na articulação, um no processo espinhoso 
de T12 e outro no sacro e então o paciente faz a flexão do tronco para frente e 
para obter o resultado, deve-se subtrair a inclinação da T12 da sacral e os valores 
normais variam de 44 a 66° (GANZALEZ et al., 2014). Outras avaliações com-
plementares que podem ser utilizadas são o Índice de Incapacidade de Oswestry 
(ODI), Questionário de Incapacidade de Roland Morris (RMDQ) e também com 
os testes específicos como o teste de Schöber e o teste do 3° dedo ao chão. Veja 
a seguir uma figura do teste de Schober.
Figura 4 – Colocação do goniômetro para medir a flexão cervical 
Fonte: Marques (2014, p. 64).
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma imagem na 
vista perfil ou lateral da colocação do goniômetro para realizar 
o exame de mensuração da flexão cervical. 
Figura 5 – Teste de Schöber / Fonte: Briganó e Macedo (2005, p. 75).
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma imagem na vista posterior do Teste de Schöber, em que o terapeuta realiza 
o teste fazendo uso de uma fita métrica paralelamente à coluna vertebral no segmento toracolombar.
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Exames de imagem podem ser necessários para complementar a avaliação da 
condição clínica do paciente. Imaginologia é um termo que se refere ao mé-
todo que usa imagens como meios de diagnóstico. Os exames por imagem são 
utilizados em combinação com o exame físico para determinar um diagnóstico. 
Para que você possa saber quais exames são maisutilizados na prática fisiote-
rapêutica, destacamos: Radiografia Simples (RX), Ressonância Magnética (RM), 
Tomografia Computadorizada (TC), Ultrassonografia (US), Densitometria Óssea 
(DMO). Saibt (2011) afirma que a interpretação de exames complementares na 
prática clínica do fisioterapeuta auxilia na indicação do tratamento e avaliação de 
seus pacientes. Apesar dos exames de imagem terem um valor inestimável para 
os profissionais da saúde, inclusive fisioterapeutas, nada substitui as mãos e o 
olhar apurado de um profissional capacitado. O exame de RX é um dos métodos 
mais utilizados pelo baixo custo e facilidade de realização. O uso da radiografia 
como método de mensurar a amplitude de movimento da coluna lombar é pa-
drão-ouro. Através da radiografia é possível visualizar estruturas ósseas, luxação/
subluxação de articulações, fraturas ósseas, processos degenerativos, patologias 
respiratórias (pneumonia, derrame pleural), alterações posturais (escoliose, hi-
percifose torácica) (SAIBT, 2011). Para melhor visualização do método, observe 
a imagem a seguir:
Figura 6 – Raio-X de coluna / Fonte: Chew, Mulcahy e Há (2016, p.168).
Descrição da Imagem: a imagem descreve à esquerda uma radiografia como método padrão-ouro de mensuração 
da amplitude de movimento do segmento lombar da coluna vertebral na vista perfil ou lateral e uma radiografia 
à direita de tórax, podendo observar-se a coluna vertebral. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
A indicação de número 1 corresponde ao aumento da cifose torácica. O número 
2 corresponde a costela; número 3 corresponde ao pedículo; número 4 corres-
ponde ao processo transverso da vértebra.
O que devemos observar numa imagem de coluna torácica? Presença de simetria 
entre as costelas, posicionamento de órgãos, alterações na coluna vertebral. A TC é fun-
damental para avaliação da coluna óssea, dos tecidos moles e da medula espinal. Numa 
RM é possível demonstrar o aspecto de uma hérnia discal, lesões intrínsecas da medula 
espinal e do tecido ósseo, além de fraturas, cicatrizes e hastes metálicas (MAGEE, 2010). 
Comparando-se os exames de imagem de RX, TC e RM, podemos evidenciar os 
seguintes aspectos: o exame de RX é mais rápido, barato e de fácil realização, porém 
ele não consegue apresentar uma avaliação de tecidos moles. Já a TC é o exame utili-
zado em urgências e emergências, possibilita a visualização de tecido ósseo e moles, 
e em comparação com a RM, ela dentre eles, é a que permite o melhor detalhamento 
das estruturas a serem analisadas, porém é um exame mais caro e demorado.
Na figura a seguir, está representado o exame de Densitometria Óssea. É possí-
vel observar que foi realizado na coluna lombar e no fêmur. Os resultados aparecem 
através de gráficos (como esses da imagem), identificando se está com a densidade 
óssea normal, osteopenia (baixa massa óssea) ou osteoporose. É necessária a combi-
nação de dados da história clínica, exame físico e os exames de imagem, para avaliar 
o risco de osteoporose, principalmente em mulheres pós-menopausa. Fatores de 
risco precisam ser identificados na anamnese, tais como sexo feminino, idade, bai-
xo peso, baixo índice de massa corporal, histórico familiar, menopausa antes dos 
45 anos e história prévia de fratura (RADOMINSKI et al., 2004) e, a partir disso, 
delinear seu exame físico e, se for necessário, a recomendação para que o paciente 
realize exames de imagens para complementar seu diagnóstico.
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Figura 7 – Representação esquemática de exame de densitometria óssea
Fonte: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=DXA+femoral+neck+&title=Special:Media-
Search&go=Go&type=image. Acesso em: 12 dez. 2023.
Descrição da Imagem: observa-se na figura uma representação de densitometria óssea do segmento lombar 
da coluna vertebral e do fêmur.
Uma boa avaliação é o segredo do tratamento fisioterapêutico efetivo, sem ela, 
os sucessos e fracassos perdem todo o seu valor como experiências de aprendi-
zagem. O’Sullivan e Schmitz (2004) sugerem uma sequência de perguntas que 
podem ser feitas na anamnese, que você pode se basear para construir seu co-
nhecimento em avaliação. 
Veja a seguir como começar e o que perguntar: “o que trouxe você à fisiotera-
pia hoje (queixa principal)?” O(a) paciente deve ter a oportunidade de apresentar 
a história. A partir de então, o(a) fisioterapeuta pode perguntar sobre os sinto-
mas, como começou, se foi de origem súbita ou insidiosa. Deve ser sugerido ao 
paciente com quadro de dor para indicar o local. Você pode perguntar “onde está 
doendo?” ou “você pode mostrar onde dói?”. Essas são perguntas que ajudarão a 
documentar o local dos sintomas. É importante também perguntar como estão os 
sintomas nas últimas 48 horas e não apenas como ele(a) está se sentindo naquele 
momento. Mas, por quê? Para se obter um quadro mais preciso da situação! “Os 
seus sintomas estão melhorando, piorando ou permanecem iguais?” A resposta 
a essa pergunta ajudará o fisioterapeuta a julgar a eficácia do tratamento que já 
está sendo realizado ou do tratamento futuro. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Vamos lá: se a dor do paciente estivesse piorando nas últimas 48 horas e o tratamento 
estabilizasse essa dor, poderíamos concluir que o tratamento está sendo eficaz. Não se 
pode esquecer de perguntar sobre os tratamentos anteriores: o que já foi tentado, qual/
quais profissionais já trataram o problema, o que o paciente faz para aliviar os sintomas. 
As respostas a essas questões ajudam o profissional fisioterapeuta a decidir se são neces-
sários encaminhamentos adicionais. Um bom profissional fisioterapeuta nunca deve 
presumir que sabe quais questões são importantes para o(a) paciente. Saber o que ele 
espera com o tratamento, como está sua percepção em relação à evolução e quais ativi-
dades ou se há afastamento do trabalho são relevantes para determinar o prognóstico.
Para que a evolução clínica seja mensurada ao longo da reabilitação, serão 
necessárias reavaliações com frequência. A reavaliação pode ser indicada em 
uma mesma sessão, comparando o início com o término do atendimento naquele 
mesmo dia, ou pode ser estipulada para momentos previamente definidos, po-
dendo ser modificados de acordo com a necessidade.
Não existe um cronograma definido e o profissional fisioterapeuta pode defi-
nir seu próprio protocolo de avaliações de acordo com seu plano terapêutico. O 
estabelecimento de objetivos de curto, médio e longo prazo são importantes para 
verificar se os ganhos terapêuticos propostos estão sendo atingidos. E em caso 
negativo, a revisão das condutas e a reavaliação deste(a) paciente são indicadas. 
Caro(a) estudante quer saber mais informações a respeito do que discutimos 
ao longo deste tema de aprendizagem? Acesse a videoaula que preparamos 
para você. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
EM FOCO
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NOVOS DESAFIOS
A avaliação faz parte da vida profissional de todo profissional fisioterapeuta, 
independente da sua especialidade ou área de atuação. Estabelecer uma linha de 
raciocínio clínico permitirá elaborar com precisão seu diagnóstico cinético-fun-
cional, objetivos, condutas e estabelecer o prognóstico do(a) paciente. A partir 
do diagnóstico fisioterapêutico, é possível descrever os objetivos com esse 
paciente, que serão seus guias para posteriormente montar seu plano terapêutico. 
Para escrever os objetivos iniciamos com um verbo, por exemplo: preservar, 
restaurar, melhorar e então complementamos com a função a ser trabalhada. Basea-
do nos objetivos descritos, você irá descrever as condutas do seu plano terapêu-
tico (o que será feito com esse paciente, por exemplo: alongamentos, fortalecimen-
tos, manipulações, reeducação postural, reabilitar a marcha) e também estabelecer 
o prognóstico a partir de sua avaliação e das intervenções fisioterapêuticas que 
você realizará, ou seja, uma estimativa de tempo para 
sua evolução dentro do quadro funcional. Lembre-seque os objetivos e condutas mudam de acordo com 
a evolução do paciente , podendo alterá-las caso não 
apresente melhoras ou então avançando conforme o 
tratamento (COFFITO, 2012).
Vamos tentar colocar em prática o que foi abordado neste tema sobre avalia-
ção pelo profissional fisioterapeuta? A seguir será apresentado um caso clínico, e 
o objetivo deste caso é aproximar você da realidade comum à prática diária que 
o profissional fisioterapeuta experimenta no seu ambiente terapêutico. 
Antes de apresentar o caso, é interessante que você recorde dos pontos principais 
abordados até aqui sobre como avaliar um(a) paciente. Traga anotações que você 
possa ter feito ao longo deste conteúdo e busque você ser o(a) avaliador(a). Vamos lá? 
Homem, 30 anos, tem como queixa principal dor na região lombar há cerca de 
dois anos e há seis meses ficou mais intensa. Foi a consulta médica e após exames 
de imagem, seu diagnóstico clínico foi lombalgia. Não faz uso de medicamentos e 
não estava realizando nenhum outro tipo de tratamento. Na observação, percebeu 
pequena cicatriz na região lombar e dor à palpação. Na escala de força muscular, 
grau cinco nos músculos quadrado lombar, reto do abdome, oblíquo externo e 
interno do abdômen, glúteos e isquiotibiais. Realiza os movimentos de forma ativa 
Os objetivos e 
condutas mudam 
de acordo com 
a evolução do 
paciente
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
sem compensação. Na escala visual analógica (EVA) relata grau oito de dor. Na ava-
liação postural observado cabeça anteriorizada, hipercifose torácica, leve aumento 
da curvatura lombar, anteversão pélvica, joelhos em rotação externa e pés cavos. 
A partir disso, o diagnóstico fisioterapêutico foi: dor na região lombar, 
limitando os movimentos de hiperextensão do tronco e flexão de quadril. Os 
objetivos foram: diminuir a dor, aumentar a flexibilidade, melhorar qualidade 
de vida e das funções do dia a dia. 
As condutas realizadas foram: alongamento ativo de piriforme, quadrado 
lombar, paravertebrais e isquiotibiais; exercícios ativos de rotação, flexão e ex-
tensão de tronco e flexão de quadril; exercícios de ponte; fortalecimento dos 
músculos do abdômen e tronco; liberação miofascial da região dorsal; exercícios 
de relaxamento com enfoque na respiração e utilizado aplicação de eletroterapia 
para alívio da dor (ALVES; LIMA; GUIMARÃES, 2014). 
Dessa forma, podemos concluir que através da avaliação fisioterapêutica é 
possível determinar o diagnóstico cinético-funcional, que é dado pelo(a) fisio-
terapeuta e que será definido a partir de um conjunto de informações e testes 
aplicados, caracterizando o perfil de cada paciente. Dentre as várias profissões da 
saúde, a fisioterapia sempre está em constante crescimento. Você poderá utilizar 
a avaliação fisioterapêutica em diferentes cenários de trabalho, como na atenção 
primária à saúde junto à equipe do Núcleo de Apoio à Estratégia Saúde da Família 
e unidades básicas de saúde, em hospitais, clínicas, centros de reabilitação e de 
pesquisa, na fisioterapia domiciliar. 
A população de atendimento é multivariada, desde atuação da fisioterapia 
junto às gestantes, quanto ao bebê, criança, no indivíduo adulto e no idoso. Deve-se 
sempre considerar a fase da vida de cada paciente, seu diagnóstico médico, o 
período da doença que se encontra, bem como a presença de doenças associadas, 
para se ter uma avaliação precisa e efetividade no tratamento.
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1. A imaginologia é um termo que se refere ao método que usa imagens como meios de 
diagnóstico. Serve como opção para orientação de medidas e opções terapêuticas para o 
fisioterapeuta. Explique por que o exame de RX é um dos métodos mais utilizados como 
meio diagnóstico complementar e quais estruturas são possíveis de serem observadas.
2. A avaliação fisioterapêutica é a base de construção de todo o raciocínio clínico envolvido 
na prática do profissional fisioterapeuta. A avaliação bem realizada permite construir um 
plano de tratamento adequado, a partir da definição do diagnóstico cinético-funcional, 
e a partir dele, estabelecer os objetivos de curto, médio e longo prazo de tratamento, as 
condutas que serão realizadas, o prognóstico e utilizar a avaliação para acompanhar a 
evolução clínica. Sabendo da importância da construção de uma avaliação, especifique as 
etapas da avaliação fisioterapêutica.
3. A avaliação musculoesquelética e osteoarticular contribuem para estabelecer o diagnóstico 
cinético-funcional, o prognóstico, o objetivo do plano terapêutico e os resultados desejados. 
Uma boa avaliação é o segredo do tratamento fisioterapêutico efetivo, sem a qual sucessos 
e fracassos perdem todo seu valor como experiências de aprendizagem. Sobre o exposto, 
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Antes de começar qualquer exame físico, é necessário obter o máximo de informação 
possível sobre a condição atual e pregressa do paciente, pois ajudarão a direcionar o 
exame a uma área/sistema do corpo.
( ) É importante investigar se o paciente tem doenças associadas e sua história familiar, que 
pode ter relação com sua doença ou condição clínica.
( ) Para avaliar a postura do paciente, não é necessário que tire suas roupas. Uma observa-
ção da coluna, por exemplo, pode ser feita com o paciente vestindo camiseta.
( ) Um procedimento muito utilizado em uma avaliação é a palpação, que envolve apenas 
a observação do(a) paciente estática e dinâmica.
( ) O teste muscular manual utiliza o arco do movimento, a gravidade e a resistência aplicada 
manualmente pelo fisioterapeuta para testar e determinar os graus musculares.
VAMOS PRATICAR
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4. A avaliação fisioterapêutica é essencial para se definir o diagnóstico cinético-funcional. O(a) 
fisioterapeuta deve saber o que avaliar no(a) paciente, mas também saber quando avaliar. 
Identificar os principais objetivos e razões da avaliação são importantes para a construção 
do raciocínio clínico, que vai desde a entrevista do paciente até quais condutas irá realizar 
no seu tratamento. Pensando nestes aspectos, quais itens exemplificam objetivos a seguir 
podem ser aplicáveis para se realizar uma avaliação musculoesquelética e osteoarticular? 
Analise as sentenças e na sequência identifique a alternativa correta.
I - Determinar a presença ou ausência do comprometimento envolvendo músculos, ossos 
e articulações.
II - Não é possível determinar os tecidos específicos que estão causando o comprometimento.
III - Exames de imagem são contraindicados como métodos complementares na avalia-
ção fisioterapêutica.
IV - Ajudar a formular objetivos do plano terapêutico, resultados desejados e intervenções 
fisioterapêuticas apropriados.
V - Verificar a efetividade do tratamento fisioterapêutico.
a) I e II estão corretos.
b) II e III estão corretos.
c) I, III e V estão corretos.
d) II, IV e V estão corretos.
e) I, IV e V estão corretos.
VAMOS PRATICAR
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5. O exame físico é uma das etapas no processo de avaliação do profissional fisioterapeuta, e 
ele inclui um conjunto de avaliações e testes específicos que podem ser indicados para se 
chegar a um diagnóstico cinético-funcional mais preciso e identificar o impacto da doença 
ou disfunção nas AVDs deste(a) paciente. Sobre os exames e testes específicos usados na 
avaliação fisioterapêutica, identifique a alternativa correta a seguir:
a) A avaliação postural se faz importante para que possamos observar alinhamentos, sime-
trias, através de vista anterior, posterior, lateral esquerda e direita. Ela pode ser feita por 
um simetrógrafo. Tradicionalmente, a avaliação inicia com a observação do corpo em três 
planos: frontal (anterior e posterior), perfil (sagital) e horizontal (transversal).
b) A escala visual analógica da dor (EVA) é bastante utilizada na prática clínica do fisiote-
rapeuta em pacientes que referem na sua entrevista a presença de dor. Ela é realizada 
através de um questionário, em são separados em grupos de A a T, sendo o grupo A 
que sugeredistúrbios vasculares; grupos B a H sugerem distúrbios neurogênicos; grupo 
I sugere distúrbios musculoesqueléticos e grupos J a T sugerem transtornos emocionais. 
A pontuação é a soma dos sintomas que o paciente preenche: 4 a 8 = normal; 8 a 10 = 
foco excessivo na dor; 10 a 16 = um psicólogo pode ajudar; >16 = provavelmente não tem 
condições de responder aos procedimentos terapêuticos
c) A amplitude de movimento é avaliada através do TMM. O TMM permite avaliar a capaci-
dade de um músculo desenvolver tensão contra uma resistência e o fisioterapeuta utiliza 
uma escala que mede os graus de força muscular. O TMM utiliza o arco do movimento, 
a gravidade e a resistência aplicada manualmente pelo fisioterapeuta para testar e de-
terminar os graus musculares. 
d) A força muscular pode ser avaliada através da goniometria que é feita usando um ins-
trumento chamado goniômetro. Ele permite realizar a medição dos ângulos articulares 
encontrados no corpo humano. Com essas medidas você pode determinar, por exem-
plo, a presença de disfunções, quantificar as limitações encontradas e comparar com 
avaliações anteriores.
e) O teste TMM é pouco utilizado na nossa prática clínica por ser de alto custo e baixa 
adesão. Para realizá-lo, é preciso posicionar o paciente de modo que o músculo ou 
grupo muscular que está sendo testado se sustente ou se mova contra a resistência da 
gravidade e passar as instruções para a realização do teste.
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
ALVES, C. P.; LIMA, E. A. de; GUIMARÃES, R. B. Tratamento fisioterapêutico da lombalgia postural 
– estudo de caso. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, Ceará, v. 2, n. 6, 2014. 
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MAGEE, D. J. Avaliação Musculoesquelética. 5. ed. São Paulo: Manole, 2010.
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REFERÊNCIAS
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VERDÉRI, E. A importância da avaliação postural. Revista Digital, Buenos Aires, v. 8, n. 57, 2003.
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1. O exame de RX é um dos métodos mais utilizados pelo baixo custo e facilidade de realização. 
Através dele é possível visualizar estruturas ósseas, luxação/subluxação de articulações, 
fraturas ósseas, processos degenerativos, patologias respiratórias (pneumonia, derrame 
pleural), alterações posturais (escoliose, hipercifose torácica).
2. 
 • Anamnese
- Identificação do(a) paciente: deve conter os dados pessoais, como nome, idade, en-
dereço, gênero, escolaridade, profissão. 
- História clínica: queixa principal, história da doença atual, história da doença pregressa, 
história familiar, história medicamentosa, história sobre hábitos de vida diária, doenças 
associadas, exames complementares.
• Exame físico: sinais vitais, inspeção, palpação, avaliação da amplitude de movimento, força 
muscular, avaliação postural são avaliações comuns à prática profissional do fisioterapeuta, 
mas além destes, também podem ser utilizados testes específicos, quando necessários. 
Adicionalmente, exames de imagem e/ou complementares podem ser solicitados ou 
interpretados, caso o(a) paciente apresente.
3. Opção B. V – V – F – F – V.
4. Opção E. Texto explicando: II é incorreta, pois a avaliação musculoesquelética e osteoarti-
cular são usadas para identificar os tecidos com alteração. III é incorreta, pois exames de 
imagem são métodos de exames complementares na avaliação do profissional fisioterapeuta 
adicionalmente quando se faz necessário um aprofundamento ou detalhamento da doença 
ou disfunção do paciente.
5. Opção A. Texto explicando: em B a descrição corresponde ao teste McGill, em C está incor-
reto, pois a avaliação está invertida com a D, e em E está incorreto, porque é um dos testes 
mais usados, por ser de fácil aplicação e baixo custo.
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 2
MINHAS METAS
AVALIAÇÃO DAS 
ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS
Conhecer os princípios da avaliação musculoesquelética e osteoarticular do ombro, coto-
velo, punho, mão, quadril, joelho, tornozelo e pé. 
Desenvolver a habilidade para realizar avaliação postural, goniometria, testes de força 
muscular e testes específicos. 
Aprender sobre uso de exames de imagem e escalas clínicas como métodos auxiliares 
no exame físico para estabelecer o diagnóstico cinético-funcional. 
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2
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INICIE SUA JORNADA
Caro estudante, iniciaremos esta etapa sobre avaliação fisioterapêutica aplican-
do-a, nesse momento, no estudo das articulações, o que inclui as articulações dos 
membros superiores e dos membros inferiores. Neste conteúdo, você entenderá 
como realizar avaliação musculoesquelética e osteoarticular do ombro, cotove-
lo, punho e mão, os quais constituem as articulações dos membros superiores. 
Também aprenderá como avaliar as articulações dos membros inferiores, que 
incluem a articulação do quadril, joelho, tornozelo e pé. 
Para aprofundar seu conhecimento dentro da prática clínica do profissional fisio-
terapeuta neste universo da avaliação, lhe direcionaremos a um podcast. Prepara-
mos este conteúdo sobre o tema Aspectos da avaliação funcional das articulações 
periféricas em diferentes contextos, para que você agregue mais informações ao 
seu conhecimento dentro da atuação do profissional fisioterapeuta. Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
Neste conteúdo,serão abordados, ainda, temas sobre avaliação postural, goniometria, 
testes de força muscular, testes específicos e imaginologia. A construção do diagnós-
tico cinético-funcional é dada a partir de uma avaliação bem realizada, detalhada, 
e que, a partir da anamnese, seleciona quais testes serão feitos e se será necessária a 
solicitação de exames complementares, pois, muitas vezes, os exames de imagem, 
por exemplo, podem ser úteis para corroborar o que foi avaliado no exame físico. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
VAMOS RECORDAR?
Nesse momento do seu aprendizado, é importante trazer à memória tudo o que 
você se recorda sobre avaliação fisioterapêutica, e listaremos, a seguir, alguns 
tópicos fundamentais, para que os tenha sempre anotado:
• O exame físico envolve vários procedimentos, são eles: palpação, inspeção, 
goniometria, teste de força muscular e testes específicos.
• Por meio da avaliação fisioterapêutica, é possível determinar o diagnóstico 
cinético-funcional (dado pelo fisioterapeuta), os objetivos e condutas bem como 
estabelecer o prognóstico do tratamento. 
• A interpretação de exames complementares na prática clínica do fisioterapeuta 
auxilia na indicação do tratamento e avaliação de seus pacientes.
Para você conhecer um pouco mais a atuação da fisioterapia no processo de 
avaliação, indicamos uma revisão de literatura sobre a relação da musculatura do 
glúteo com a estabilização dinâmica do joelho e como é necessária, para a melhora 
dos sintomas e alterações funcionais, a investigação da eficácia das intervenções 
direcionadas a essas estruturas. Neste artigo de revisão, você poderá ler a respeito 
dos achados de avaliação, sintomas e quais as principais alterações. Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
A avaliação das articulações periféricas consiste em avaliar a articulação do om-
bro, cotovelo, punho e mão, quadril, joelho, tornozelo e pé. Inicialmente, come-
çaremos a aprender como avaliar as articulações dos membros superiores por 
meio da avaliação postural. 
Para iniciar a avaliação, o paciente precisa estar despido de forma adequada, 
a fim de que o examinador consiga observar as estruturas. É importante deter-
minar o sentido da avaliação postural: ascendente ou descendente. 
Neste conteúdo, selecionaremos o sentido descendente e começaremos a par-
tir da articulação do ombro, considerada uma das mais complexas, pois permite 
grau mais alto de movimento. É composta por três ossos: a escápula, a clavícula e o 
úmero, além de músculos e tendões. Para que o ombro funcione de maneira ideal, é 
imprescindível a musculatura denominada manguito rotador (supraespinhoso, in-
fraespinhoso, subescapular e redondo menor) estar em boa conexão (MAGEE, 2010). 
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Devido ao seu elevado uso, por exemplo, durante as atividades de vida diária 
(AVD) e em diversas atividades ocupacionais, a articulação do ombro é uma 
articulação que, por sobrecarga e/ou uso excessivo, pode ser suscetível a lesões. 
A mão e o punho são articulações muito ativas da extremidade superior do cor-
po e, com isso, vulneráveis a lesões, sendo comum o aparecimento de doenças 
nessas regiões. A mais frequente das síndromes compressivas é a Síndrome do 
Túnel do Carpo (STC), que é a compressão do nervo mediano no túnel do carpo 
(região que fica entre o punho e mão), causando dor e parestesia (dormência/
formigamento) (OLIVEIRA FILHO; OLIVEIRA, 2017). 
As posturas da coluna e o complexo do ombro devem ser observados com 
o paciente em pé e, também, sentado. Você conseguirá observar se o paciente 
apresenta escoliose, hipercifose ou postura de prostração do queixo, alterações 
que podem afetar a mecânica do ombro. Em uma avaliação postural em vista pos-
terior, os ombros devem estar igualmente nivelados. Se encontrar uma elevação 
do cíngulo escapular, pode ser devido à rigidez ou à hiperatividade no músculo 
elevador da escápula ou das fibras superiores do trapézio e fraqueza nas fibras 
inferiores dele (PORTER, 2005).
Você deve observar a simetria das escápulas, as quais devem repousar sobre a 
parede torácica. Suas margens mediais precisam repousar, aproximadamente, de 50 
a 75 mm laterais à coluna. Os processos dos acrômios devem estar horizontalizados 
ou levemente mais elevados do que o ponto da raiz da escápula (DUTTON, 2010). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Na vista anterior, verifique quaisquer irregularidades da clavícula e articula-
ções esternoclavicular e acromioclavicular resultantes de fraturas prévias ou des-
locamentos. Observe os contornos dos tecidos moles no que se refere à simetria. 
Na vista lateral, você deve observar a posição da cabeça do úmero, essa posição 
não pode passar de um terço anterior ao processo do acrômio. Os braços do 
paciente devem repousar confortavelmente ao lado do corpo, com os polegares 
apontando quase para frente (PORTER, 2005).
Na sequência, passaremos para a articulação do cotovelo. Com o paciente 
em posição anatômica, verifique se a articulação do cotovelo encaixa na depres-
são da cintura, logo acima das cristas ilíacas, se há presença de edema na região, 
cicatrizes ou dores (podem indicar a presença de algum processo inflamatório) 
e fraturas. No caso de cicatrizes, se for uma cicatrização generalizada devido à 
queimadura, é possível haver limitação no movimento (HOPPENFELD, 2016). 
A mão e o punho são regiões que, devido à elevada movimentação, tornam-
-se mais susceptíveis à ocorrência de lesões. Em conjunto com as articulações 
do ombro, cotovelo e punho, é possível que a mão 
alcance quase todas as regiões do corpo. Por meio 
dela recebemos informações sensoriais e motoras, 
tais como temperatura, espessura, textura, forma e 
movimentação de objetos (MAGEE, 2010). 
Ao iniciar a avaliação do punho e da mão, é importante que o paciente esteja despi-
do, pois o sintoma relatado pode ser oriundo de outra área do corpo e, por vezes, será 
necessário avaliar todo o membro superior. Observe se se o movimento está em um 
padrão adequado e simétrico, se apresenta uma condição patológica, se está com uma ti-
poia ou com o membro superior imobilizado, veja também a posição da mão e as pregas 
palmares (DUTTON, 2010). Observe se há presença de deformidades (MAGEE, 2010).
Será que existem condições clínicas que ocorrem também em relação às arti-
culações dos membros inferiores? A resposta é sim. Alguns exemplos são a Sín-
drome do Impacto Femoroacetabular (VOLPON, 2016), a osteoartrite (KNOB 
et al., 2018), entorses, rupturas de ligamentos, fascite plantar, fraturas ósseas e 
hálux valgo (joanete) (MAGEE, 2010). 
A palpação é um processo dinâmico, deve ser realizada de maneira siste-
mática e focalizada em estruturas anatômicas específicas, conforme você pode 
verificar na figura, a seguir, utilizada como exemplo e que apresenta pontos de 
palpação da região do ombro.
É possível que a mão 
alcance quase todas 
as regiões do corpo
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De acordo com Dutton (2010), você pode começar a palpação pela clavícula. 
Identifique a porção lateral da clavícula, palpe em sentido inferior e siga até loca-
lizar o processo coracoide, situado medialmente à cabeça do úmero. Com o braço 
pendendo ao lado do corpo e a palma da mão virada para frente, siga em sentido 
inferior sobre a região proximal do úmero e, assim, apalpará uma proeminência 
óssea, o tubérculo maior. Palpando o tubérculo maior, faça uma rotação lateral 
passiva do ombro do paciente e você encontrará uma pequena proeminência, o 
tubérculo menor. O tubérculo maior se localiza diretamente anterior ao acrômio, 
enquanto o ombro é rodado internamente. 
Para palpar a escápula, identifique a espinha da escápula e palpe toda a região 
superior, medial, lateral e inferior. Segundo Porter (2005), é importante palpar e 
sentir a temperatura da pele nessa região, a fim de perceber qualquer aumento su-
gestivo de inflamação. Palpando os tendões do supraespinhoso e infraespinhoso, 
em caso de dor, podemossuspeitar de tendinite, calcificação ou estiramento. Nestes 
casos, os exames complementares são fundamentais para auxiliar no processo de 
identificação de patologias. Também é importante palpar a musculatura do trapézio 
superior e elevador da escápula, são locais muito propensos a tensões musculares. 
Provavelmente, você encontrará dores ou presença de pontos-gatilho.
Figura 1 – Pontos de palpação no ombro / Fonte: Dutton (2010, p. 511).
Descrição da Imagem: ilustração preta e branca que apresenta os locais específicos em que são observados 
os pontos de palpação da região do ombro com a indicação das estruturas: acrômio, espinha da escápula, bolsa 
subdeltóidea ou subacromial, tubérculo maior, processo coracoide e clavícula.
Espinha da escápula
Acrômo
Bolsa 
suldeltóidea/
subacromial
Tubérculo maior
Processo coracoide
Clavícula
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Dando sequência à palpação, na articulação do cotovelo, inicie palpando as 
estruturas ósseas, como o epicôndilo medial e lateral e o olécrano. Quando o 
cotovelo está a 90° de flexão, a união dessas estruturas forma o desenho de um 
triângulo. O olécrano é uma estrutura fácil de ser observada, pois, na flexão do 
cotovelo, fica aparente. Em casos de inflamação nessa região, a palpação se torna 
mais difícil. A cabeça do rádio fica localizada cerca de 2 cm abaixo do epicôndilo 
lateral e pode ser apalpado com o polegar (DUTTON, 2010). 
Na palpação do punho e da mão, é possível iniciar pelos ossos do punho, 
colocando o seu polegar sobre o processo estiloide do rádio do paciente (proxi-
mal ao polegar dele) e o indicador sobre o processo estiloide da ulna (proximal 
do dedo mínimo). A partir dessas duas estruturas, palpe os ossos do punho, 
no total de oito, na busca de pontos dolorosos ou edema. Um pouco acima 
do processo estiloide do rádio, encontra-se uma pequena depressão chamada 
tabaqueira anatômica, que se torna evidente e palpável quando o paciente es-
tende o polegar lateralmente. 
Uma das doenças capazes de acometer esse local é a tenossinovite de 
Quervain, um processo inflamatório no local que atinge os tecidos sinoviais e 
também os tendões, causando dor na região (HOPPENFELD, 2016; SANT’AN-
NA; RANGELB; MOTAB, 2018). Palpe os ossos da mão e verifique se há pre-
sença de nódulos, dor ou cicatriz (MAGEE, 2010).
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Passando para avaliação do membro inferior, o quadril é formado pelos 
ossos ilíaco, ísquio e púbis, além da cabeça do fêmur e acetábulo. A articulação 
é coberta por uma cartilagem que permite o movimento ocorrer com pouco 
atrito. Realiza movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna 
e externa (MAGEE, 2010). O paciente deverá estar adequadamente despido para 
visualizar as articulações que compõem o membro inferior. 
A articulação do joelho é formada por fêmur, tíbia e patela, além de mús-
culos, meniscos e ligamentos, os quais contribuem para o bom funcionamento 
e alinhamento dos joelhos (MAGEE, 2010). Veja algumas alterações na figura 
apresentada, a seguir. 
Figura 2 – Alterações da articulação do joelho / Fonte: Hoppenfeld (2016, p. 169).
Descrição da Imagem: na ilustração em preto e branco, é possível observar alterações da articulação do joelho 
onde, na primeira ilustração, à esquerda, é representada a condição de joelho varo, na sequência, ao centro, a 
condição de joelho valgo, seguida da condição genu recurvatum, à direita.
Uma avaliação do joelho precisa incluir tanto a avaliação das articulações tibio-
femoral quanto patelofemoral. Observe a posição da patela e compare ambos os 
lados, inclinação, deslizamento lateral ou rotação da patela. É importante men-
surar o ângulo Q, pois sua alteração pode estar associada à Síndrome da Dor 
Patelofemoral (SDPF) (ALMEIDA et al., 2016). 
Joelho varo Joelho valgo
Genu recurvatum 
(hiperextensão 
do joelho)
Joelhos voltados 
para fora
Joelhos voltados 
para dentro
Joelhos 
para trás
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Como medir o ângulo Q? Desenhe em seu paciente uma linha reta ao longo 
do meio da patela. Do centro dela, desenhe uma linha reta descendo através do 
centro da tuberosidade tibial, e outra linha subindo em direção à espinha ilíaca 
anterossuperior. Os valores normais são: aproximadamente 12º para os homens 
e 15º para as mulheres (PORTER, 2005).
Para concluirmos com a inspeção do membro inferior, faremos, agora, a do 
tornozelo e pé. O tornozelo tem como estruturas ósseas a tíbia, a fíbula, o ma-
léolo medial e o tálus, além de duas articulações, a tibiofibular e a talocrural. Seu 
bom funcionamento contribui para que a articulação do joelho desempenhe seu 
papel adequadamente. A articulação do pé possui aproximadamente 30 ossos 
divididos em tarsos, metatarsos e falanges. São funções do pé a estabilização do 
movimento durante a marcha, o amortecimento do movimento e a adaptação 
em diferentes solos (DUTTON, 2010). 
Observe a marcha do paciente tanto com calçado quanto descalço. Solicite 
que o paciente caminhe, então, avalie o padrão normal do calcanhar aos dedos 
bem como o comprimento do passo, o ritmo, a postura do arco longitudinal e a 
descarga de peso sobre os pés (PORTER, 2005). 
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Posteriormente, o tendão e o osso calcâneo devem estar alinhados verticalmente. 
Chama-se calcâneo varo aquele posicionado invertido em relação à perna. O cal-
câneo valgo é aquele posicionado evertido em relação à perna. Preste atenção na 
posição de todo o pé. O alinhamento correto é observado se o antepé e o retropé 
estiverem alinhados e perpendiculares ao chão. 
Com relação aos artelhos, avalie a garra (hiperextensão das articulações me-
tatarso falangeanas e flexão das outras falanges); dedo em malho (flexão das 
articulações interfalangeanas distais); hálux valgo (desvio lateral da primeira 
articulação interfalangeana) e hálux rígido (DUTTON, 2010). 
Verifique qual o tipo de pé do seu paciente: se é normal, plano ou chato e cavo. 
Uma forma de visualizar, de maneira simples, essa parte do corpo, é por meio da 
impressão plantar: consiste em pintar a planta do pé do paciente e solicitar que ele 
pise sobre uma folha branca. Com essa impressão, você divide o pé em três áreas 
equidistantes: antepé (C), médiopé (B) e retropé (A). O cálculo para determinar 
qual o tipo de pé é feito pela soma dos valores de A + B + C e pela divisão com o 
valor de B (DORNELES, 2014). Para classificar, utilize os valores propostos por 
Cavanagh e Rodgers (1987): pé cavo (índice do arco < ou igual a 0,21); pé normal 
(índice do arco < 0,26) e pé plano (índice do arco > ou igual a 0,26).
Na palpação da articulação do quadril, você deve se atentar à observação das 
cristas ilíacas, onde seu terço anterior é de fácil palpação e visualização; espinhas 
ilíacas anterossuperior e posterossuperior, cuja dor no local sugere tensão do 
músculo sartório; túber isquiático; trocânter maior, cuja dor no local pode estar 
associada à bursite; os tendões dos músculos psoas maior e do adutor longo, para 
localizar tensões e contraturas (HOPPENFELD, 2016).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
As estruturas ósseas do joelho são facilmente palpáveis. Você deve palpar 
a patela e suas margens, côndilos femorais e tibiais, epicôndilos do fêmur e 
tuberosidade da tíbia. Quanto aos elementos moles, o tendão do quadríceps, 
o ligamento da patela, os ligamentos colaterais tibiais e fibular e os meniscos 
medial e lateral (MAGEE, 2010). Como você pode palpar? Posicione o membro 
inferior do paciente adequadamente e de maneira visível para identificação das 
estruturas (TIXA, 2009). 
Uma importante avaliação do membro inferior é a avaliação da marcha, a qual 
inicia no primeiro contato com o paciente. Observe a marcha do paciente tanto cal-
çado quanto descalço, a forma que ele caminha, se apresenta alguma alteração evi-
dente no membro que possa estar afetando a marcha normal e alterando sua postura. 
Lembre-se que o paciente é avaliado como um todo, desde o primeiro contato. O 
ciclo normal da marcha é dividido em duasfases: fase de apoio e fase de oscilação. 
A primeira é a fase de apoio. Choque do calcanhar, aplanamento do pé, 
apoio intermediário e impulsão para frente, representada na figura, a seguir 
(quando o pé está no solo, corresponde a 60% do ciclo).
Figura 3 – Fase de apoio / Fonte: Hoppenfeld (2016, p. 130).
Descrição da Imagem: ilustração preta e branca que apresenta a fase de apoio da marcha. A primeira ilustração, 
à esquerda, representa o choque do calcanhar, seguida do aplanamento do pé, passando pelo apoio intermediário 
e sendo concluída pela impulsão para frente. 
A fase de oscilação (aceleração, oscilação intermediária e desaceleração) está 
representada na figura, a seguir (quando o pé se move para frente, corresponde 
a 40% do ciclo).
Choque do 
calcanhar
Aplanamento 
do pé
Apoio 
intermediário
Impulsão para 
a frente
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Segundo Hoppenfeld (2016), alguns pontos precisam ser observados durante a 
avaliação da marcha, são eles: a) a largura da base não deve ultrapassar 5 a 10 
cm de um calcanhar para o outro; b) o comprimento do passo é de aproxima-
damente 38 cm; c) o centro de gravidade está próximo à região umbilical e ele 
oscila durante a marcha.
Em situações patológicas, você pode observar desvios anormais da marcha. 
Mostraremos, a seguir, exemplos de marchas mais comuns no ambiente clínico, 
de acordo com Magee (2010): 
 ■ A marcha antálgica surge em indivíduos que apresentam dor em alguma 
parte dos membros inferiores. Observe que a fase de apoio sobre o mem-
bro afetado será mais curta comparada ao não afetado, justamente porque 
o paciente não quer colocar o peso do corpo no lado da dor. Observe tam-
bém que o comprimento do passo e a velocidade da marcha diminuem. 
 ■ A marcha atáxica é comum de ser encontrada em pacientes com 
ataxia cerebelar. Essa marcha consiste numa deambulação com insta-
bilidade e movimentos exagerados, geralmente, a coordenação mus-
cular e o equilíbrio são ruins, e a base de apoio é ampla, lembrando a 
marcha de um bêbado. 
Figura 4 – Fase de oscilação / Fonte: Hoppenfeld (2016, p. 131).
Descrição da Imagem: a ilustração preta e branca apresenta a fase de oscilação da marcha, na qual é possível 
observar na primeira ilustração, à esquerda, a aceleração, seguida da oscilação intermediária e finalizando pela 
desaceleração. 
Aceleração Oscilação 
intermediária
Desaceleração
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
 ■ A marcha hemiplégica é comum de ser visualizada em pacientes que 
tiveram Acidente Vascular Cerebral (AVC). É caracterizada pelo balanço 
do membro inferior afetado para fora e para frente, fazendo o movimento 
de um círculo, enquanto o membro superior acompanha o movimento, 
como forma de auxiliar no equilíbrio. 
 ■ A marcha parkinsoniana é comum em pacientes com Parkinson. Ob-
serve que o pescoço, o tronco e os joelhos ficam flexionados; o paciente 
possui passos curtos e rápidos e os pés ficam próximos do chão durante 
a caminhada, apresentando uma marcha arrastada. 
 ■ A marcha em tesoura é vista em indivíduos com diparesia em membros 
inferiores, devido à paralisia espástica dos músculos adutores do quadril. 
O paciente deambula de forma que os joelhos se movam em conjunto e 
os membros inferiores são levados à frente apenas com muito esforço. 
 ■ A marcha escarvante aparece em indivíduos com fraqueza ou paralisia 
dos músculos dorsiflexores do pé. O paciente eleva o joelho além do nor-
mal para evitar que o pé arraste no chão e, no contato inicial, o pé bate 
contra o solo por conta da perda de controle dos músculos.
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AVALIAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA, OSTEOARTICULAR E 
IMAGINOLOGIA DO MEMBRO SUPERIOR
Iniciaremos o estudo sobre goniometria, que é a avaliação da Amplitude de Mo-
vimento (ADM). 
As amplitudes de movimentos normais do ombro são apresentadas no qua-
dro seguinte:
MOVIMENTO GRAUS DE MOVIMENTO 
Flexão 0 a 180 
Extensão 0 a 45 
Adução 0 a 40 
Abdução 0 a 180 
Rotação medial 0 a 90
Rotação lateral 0 a 90
Quadro 1 – Goniometria de ombro / Fonte: adaptado de Marques (2014).
Goniometria
Estudante, na próxima figura, você conseguirá visualizar como realizar a gonio-
metria de flexão do ombro. O paciente deve estar sentado, em pé ou em decúbito 
dorsal, e o movimento deve ser realizado levando o braço para a frente, com a 
palma da mão voltada medialmente. O braço fixo do goniômetro precisa estar 
ao longo da linha axilar média do tronco, apontando para o trocânter maior do 
fêmur. O braço móvel deve localizar-se sobre a superfície lateral do corpo do 
úmero voltado ao epicôndilo lateral. O eixo do goniômetro precisa localizar-se 
próximo ao acrômio (MAGEE, 2010).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
No movimento de extensão do ombro, a palma da mão deve ficar voltada me-
dialmente, paralela ao plano sagital, e o braço, para trás. O paciente precisa estar 
sentado, em pé ou em decúbito ventral, mantendo os braços ao longo do corpo. 
O braço fixo do goniômetro deve localizar-se ao longo da linha axilar média 
do tronco, apontando para o trocânter maior do fêmur. O braço móvel precisa 
ser mantido sobre a superfície lateral do corpo do úmero voltado ao epicôndilo 
lateral. O eixo do goniômetro deve ficar sobre o eixo laterolateral da articulação 
glenoumeral, próximo ao acrômio (MAGEE, 2010). 
No movimento de abdução, o braço precisa elevar-se lateralmente em relação ao 
tronco. O paciente deve estar sentado ou de pé, de costas para você. A palma da mão 
fica voltada anteriormente, paralela ao plano frontal. O braço fixo do goniômetro per-
manece sobre a linha axilar posterior do tronco, enquanto o braço móvel do goniômetro 
está sobre a superfície posterior do braço do indivíduo, voltado para a região dorsal da 
mão. O eixo está próximo ao acrômio, porém não se deve ajustar o goniômetro para 
fazer coincidir seu eixo sobre esse ponto anatômico (MAGEE, 2010).
Seguimos para o movimento de adução do ombro. Paciente sentado ou em 
pé, punho e dedos estendidos, ombro com flexão a 90º, de frente para você. O 
braço fixo do goniômetro está paralelo à linha mediana anterior, o braço móvel 
sobre a superfície lateral do úmero. O eixo do goniômetro está sobre o eixo an-
teroposterior da articulação glenoumeral (MAGEE, 2010). 
Figura 5 – Colocação do goniômetro para medir a flexão 
do ombro / Fonte: Marques (2014, p. 18).
Descrição da Imagem: a ilustração preto e branca re-
presenta a posição do goniômetro para avaliação da 
flexão de ombro. O braço fixo do goniômetro deve estar 
ao longo da linha axilar média do tronco, enquanto o 
braço móvel precisa localizar-se sobre a superfície late-
ral do corpo do úmero voltado para o epicôndilo lateral, 
e o eixo do goniômetro, próximo ao acrômio. 
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Bastante atenção para a medida de rotação medial do braço: o paciente 
deve estar deitado em decúbito dorsal, ombro em abdução de 90º, cotovelo 
em flexão de 90º e antebraço em supino. A palma da mão fica voltada me-
dialmente, paralela ao plano sagital, e o antebraço, perpendicular à mesa. O 
úmero descansa sobre o apoio e apenas o cotovelo deve sobressair-se da bor-
da. O braço fixo do goniômetro precisa localizar-se paralelo ao solo. Quando 
o movimento estiver completo, ajuste o braço móvel sobre a região posterior 
do antebraço dirigido para o terceiro dedo da mão. O eixo do goniômetro 
deve estar no olécrano (MAGEE, 2010). 
Para medir a rotação lateral do braço, o paciente precisa estar posicionado 
da mesma forma quando se mede a rotação medial. Posições do goniômetro 
também, igualmente como na rotação medial (MAGEE, 2010).
Ao realizar a avaliação goniométrica da ADM do cotovelo, os valores con-
siderados normais para esses movimentos são apresentados no quadro, a seguir. 
MOVIMENTO GRAUS DE MOVIMENTO
Flexão 0 a 145
Extensão 145 a 0
Quadro 2 – Goniometria do cotovelo / Fonte: adaptado de Marques (2014).
Caro estudante, na figura, a seguir, está representada a forma de realizar a go-
niometria de flexão e extensão do antebraço. O movimento de extensão é 
considerado o retornoda flexão e realizado com a palma da mão mantida na 
posição anatômica. Paciente pode fazê-lo em pé ou sentado, membro superior 
posicionado junto ao tronco, o braço fixo do goniômetro ao longo da superfície 
lateral do úmero, orientado ao acrômio, braço móvel sobre a face lateral do rádio, 
e o eixo, aproximadamente, no epicôndilo lateral do úmero (MAGEE, 2010).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Figura 6 – Colocação do goniômetro para medir flexão e 
extensão do antebraço / Fonte: Marques (2014, p. 24).
Descrição da Imagem: a ilustração preta e branca re-
presenta a goniometria de flexão e extensão do ante-
braço, na qual se observa que movimento de extensão 
é considerado o retorno da flexão. .
Na avaliação da pronação do antebraço, a posição é sentada ou em pé, cotovelo 
fletido a 90°, braço junto ao corpo e antebraço em posição neutra entre pronação 
e supinação. O braço fixo do goniômetro é colocado sobre a superfície dorsal dos 
metacarpos, paralelo ao eixo longitudinal do úmero. O goniômetro permanece 
fixo. Braço móvel paralelo ao eixo do polegar, acompanhando o movimento de 
pronação, e o eixo sobre a articulação metacarpofalângica do dedo médio. Para 
avaliar o movimento de supinação, o método é o mesmo, porém o braço móvel 
do goniômetro acompanha o movimento de supinação (MAGEE, 2010).
No quadro, a seguir, serão apresentados os valores normais de referência à 
amplitude de movimento da articulação do punho. 
MOVIMENTO GRAUS DE MOVIMENTO
Flexão 0 a 90
Extensão 0 a 70
Adução 0 a 45
Abdução 0 a 20
Quadro 3 – Goniometria de punho / Fonte: adaptado de Marques (2014).
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Para avaliar o movimento de flexão do punho, o paciente pode ficar em pé ou 
sentado, com o antebraço em pronação e o cotovelo fletido a 90°. Braço fixo do 
goniômetro sobre a face medial da ulna, braço móvel sobre a superfície medial do 
quinto metacarpo e o eixo na superfície medial do punho, conforme visualizamos 
na figura, a seguir (MAGEE, 2010):
Figura 7 – Colocação do goniômetro para medir flexão 
do punho / Fonte: Marques (2014, p. 27).
Descrição da Imagem: ilustração preto e branca mostra 
a goniometria para avaliação do movimento de flexão 
do punho, onde se observa o antebraço em pronação 
e cotovelo fletido a 90° do paciente, o braço fixo do 
goniômetro sobre a face medial da ulna, braço móvel 
sobre a superfície medial do quinto metacarpo e o eixo 
na superfície medial do punho. 
No quadro, a seguir, são apresentados os valores de referência à amplitude de 
movimento da articulação da mão.
ARTICULAÇÃO MOVIMENTO GRAUS DE MOVIMENTO
Flexão 0 a 15
Carpometacarpal do polegar Extensão 0 a 70
Abdução 0 a 70
Flexão 0 a 90
Extensão 0 a 30
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
No movimento de abdução da mão, o paciente fica em pé ou sentado, cotovelo fleti-
do e antebraço em posição neutra. Braço fixo do goniômetro sobre a região posterior 
do antebraço, apontando para o epicôndilo lateral, braço móvel sobre a superfície 
dorsal do terceiro metacarpo e o eixo sobre a articulação radiocarpal. Cuidado para 
que o paciente mantenha sempre a posição anatômica (MAGEE, 2010). 
Na avaliação da flexão do polegar, o paciente pode ficar sentado, com o an-
tebraço apoiado numa mesa e em supinação, com punho e dedos estendidos. O 
braço fixo do goniômetro sobre a superfície lateral do segundo metacarpo, braço 
móvel sobre a superfície lateral do polegar e o eixo sobre a linha da articulação 
do polegar (MAGEE, 2010).
 Outro movimento ativo é possível de ser avaliado, como a oposição do pole-
gar (ponta do dedo com ponta dos dedos), a fim de observar se o paciente possui 
alguma dificuldade em realizá-lo, pois pode ser indicativo de alguma patologia, 
como a Síndrome do Túnel do Carpo, citada anteriormente (MAGEE, 2010).
Teste de força muscular
Além da goniometria, o teste de força muscular é bastante utilizado para a ava-
liação dos músculos do membro superior. Vamos aprender um pouco mais sobre 
ele? É necessário que você treine entre seus colegas e familiares, com intuito de 
desenvolver a sua habilidade e, assim, colocar em prática o conhecimento teó-
rico. Ao realizar as medidas, observe se não acontece nenhum movimento de 
compensação, senão altera o resultado final.
Metacarpofalângicas Abdução 0 a 20
Adução 0 a 20
Interfalângicas Flexão 0 a 110
Extensão 0 a 10
Quadro 4 – Goniometria da mão / Fonte: adaptado de Marques (2014).
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Para testar a força muscular, o paciente deve ser posicionado de modo que o 
músculo ou grupo muscular que está sendo testado se sustente ou se mova contra 
a resistência da gravidade. Ao avaliar a força muscular dos abdutores do ombro, 
posicione o paciente sentado ou de pé, braço ao longo do corpo e cotovelo flexio-
nado a 90º, mão voltada medialmente. Solicite que o paciente faça uma abdução do 
braço, se ele conseguir realizar esse movimento, tente resistir ao movimento com 
suas mãos, conforme você observará na figura, a seguir. Caso o paciente apresente 
ADM completa e forte resistência à força manual aplicada, o grau de força muscular 
para os músculos abdutores do ombro será 5 (DUTTON, 2010).
Figura 8 – Teste resistido de força muscular de abdutores de ombro / Fonte: Dutton (2010, p. 520).
Descrição da Imagem: ilustração preto e branca do teste resistido voltado a avaliar a força muscular dos abduto-
res do ombro. Observa-se o paciente com o cotovelo flexionado a 90º, a mão voltada medialmente, e o avaliador 
mostrando resistência ao movimento de abdução do paciente. 
Testes específicos
Além da goniometria e do teste de força muscular, você pode realizar testes 
específicos, os quais são úteis para aprofundar a sua avaliação e conhecer mais 
precisamente a condição clínica do paciente. Dentre eles, destacaremos alguns 
exemplos: Teste de Hawkins-Kennedy, indicativo de lesão no tendão supraes-
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
pinhoso ou lesão na articulação acromioclavicular (COOK; HEGEDUS; ERIC, 
2015); Teste de Cozen positivo para epicondilite lateral (DUTTON, 2010); Teste 
de Phalen positivo para STC, quando o paciente relata sensação de parestesia na 
região do nervo mediano (JESUS FILHO, 2014).
Como questionários para avaliar essas articulações do membro superior, 
podemos citar alguns exemplos de escalas clínicas, a seguir: Disabilities of the 
Arm, Shoulder and Hand, indicado na avaliação de sintomas e função do membro 
superior; Mayo Elbow Performance Score, que avalia os parâmetros de dor, arco 
de movimento, estabilidade e função do cotovelo; Michigan Hand Outcomes 
Questionnaire, cuja principal proposta é avaliar e monitorar pacientes com 
doenças que incapacitam suas atividades com as mãos.
Exames por imagem
Os exames por imagem são utilizados em combinação com o exame físico, a 
fim de determinar um diagnóstico. Os achados devem ser relacionados com os 
sinais clínicos do paciente, para descartar indicações falso-positivas ou alterações 
relacionadas à idade (MAGEE, 2010). 
Na imagem de radiografia, é possível observar relações entre estruturas, se 
estão alinhadas, presença de calcificações, fraturas e processos degenerativos. 
Na ultrassonografia (US), é possível observar presença de cistos e alterações nos 
tecidos moles. A tomografia computadorizada (TC) é eficaz no diagnóstico de le-
sões ósseas e tecidos moles, incluindo as 
do manguito rotador. A ressonância mag-
nética (RM) é o método de escolha para 
obter detalhamento das estruturas, sendo 
usado na identificação de lesões em te-
cidos moles, por exemplo, as distensões 
musculares, a Síndrome do Impacto e as 
instabilidades (MAGEE, 2010).
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AVALIAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA, OSTEOARTICULAR E 
IMAGINOLOGIA DO MEMBRO INFERIOR
Para iniciarmos a avaliação do membro inferior, começaremos pela avaliação 
da amplitude de movimento de quadril, joelho, tornozelo e pé. 
Goniometria
Iniciaremos pela avaliação da articulação do quadril. No quadro, a seguir, você 
poderá observar as amplitudes de movimento normais do quadril que devem ser 
utilizadascomo parâmetros de referência:
MOVIMENTO GRAUS DE MOVIMENTO 
Flexão 0 a 125
Extensão 0 a 10
Adução 0 a 15
Abdução 0 a 45
Rotação medial 0 a 45
Rotação lateral 0 a 45
Quadro 5 – Goniometria de quadril / Fonte: adaptado de Marques (2014).
Ao medir a flexão do quadril, o paciente deve estar em decúbito dorsal. O braço 
fixo do goniômetro deve ficar na linha média axilar do tronco, enquanto o braço 
móvel, paralelo e sobre a superfície lateral da coxa, em direção ao côndilo lateral 
do fêmur. Já o eixo precisa localizar-se no nível do trocânter maior. É importante 
lembrar que a flexão do quadril com o joelho estendido é de 90º (MAGGE, 2010).
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 Para medir a extensão do quadril, o paciente deve estar em decúbito ven-
tral. O braço fixo do goniômetro, na linha axilar média do tronco, o braço móvel 
ao longo da superfície lateral da coxa, em direção ao côndilo lateral do fêmur. O 
eixo precisa estar no nível do trocânter maior (MAGEE, 2010). 
A abdução do quadril é medida com o paciente em decúbito dorsal. A medida 
é feita na região anterior da coxa, sobre a articulação do quadril. O braço fixo do 
goniômetro fica sobre a linha traçada entre as espinhas ilíacas anterossuperiores 
ou nivelado com elas. O braço móvel sobre a região anterior da coxa, ao longo da 
diáfise do fêmur, o eixo fica sobre o eixo anteroposterior da articulação do quadril, 
aproximadamente, no nível do trocânter maior (MAGEE, 2010). Veja um exemplo 
na figura, a seguir, da colocação do goniômetro para medir a abdução do quadril:
Figura 9 – Colocação do goniômetro para medir a abdu-
ção do quadril / Fonte: Marques (2014, p. 44).
Descrição da Imagem: ilustração preto e branca 
da goniometria voltada à avaliação da abdução 
do quadril. Observa-se o braço fixo do goniôme-
tro sobre a linha traçada entre as espinhas ilíacas 
anterossuperiores ou nivelado com elas, e o braço 
móvel sobre a região anterior da coxa, enquanto o 
eixo fica sobre o eixo anteroposterior da articula-
ção do quadril. 
A adução do quadril é medida da mesma forma que a abdução do quadril. A 
diferença é o movimento de adução, contrário à abdução. 
Para medir a rotação medial do quadril, o paciente deve estar sentado com 
o joelho e o quadril fletidos a 90º e em posição neutra. O braço fixo do goniôme-
tro precisa manter-se paralelo e sobre a linha média anterior da tíbia, com o eixo 
axial próximo ao centro do joelho. O braço fixo não se move quando ocorre o 
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movimento e deve ficar perpendicular ao chão. O braço móvel fica ao longo da 
tuberosidade da tíbia, em um ponto equidistante entre os maléolos na superfície 
anterior, já o eixo fica na face anterior da patela (MAGEE, 2010). 
A rotação lateral é medida da mesma forma que a rotação medial do quadril. O 
que diferencia é o movimento de rotação lateral, contrário à medial (MAGGE, 2010).
A seguir, são apresentadas as amplitudes de movimento normais do joelho:
MOVIMENTO GRAUS
Flexão 0 a 140
Extensão 0
Quadro 6 – Goniometria de joelho / Fonte: adaptado de Marques (2014).
Ao realizar a goniometria de flexão do joelho, o paciente deve estar em decúbito 
dorsal, com quadril e joelho fletidos a 90º. O braço fixo permanece paralelo à 
superfície lateral do fêmur, e o braço móvel, na face lateral da fíbula, o eixo, na 
linha articular do joelho (MAGEE, 2010). Veja a figura, a seguir, como exemplo 
da colocação do goniômetro para medir a flexão do joelho:
Figura 10 – Colocação do goniômetro para medir a 
flexão do joelho / Fonte: Marques (2014, p. 48). 
Descrição da Imagem: ilustração preto e branca 
da goniometria para avaliação da flexão de joelho, 
na qual se observa o paciente em decúbito dorsal, 
com quadril e joelho fletidos a 90º, enquanto o bra-
ço fixo permanece paralelo à superfície lateral do 
fêmur, o braço móvel, na face lateral da fíbula, e o 
eixo, na linha articular do joelho.
Para medir a extensão do joelho, o paciente precisa manter-se em decúbito ven-
tral. O braço fixo do goniômetro deve estar paralelo à superfície lateral do fêmur, 
o braço móvel, na face lateral da fíbula, e o eixo, na linha articular do joelho. Peça 
para o paciente realizar a extensão de joelho (MARQUES, 2014).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Na realização da goniometria do tornozelo, veja os graus esperados em cada 
movimento, no quadro, a seguir:
MOVIMENTO GRAUS DE MOVIMENTO
Flexão dorsal 0 a 20
Flexão plantar 0 a 45
Inversão 0 a 40
Eversão 0 a 20
Quadro 7 – Goniometria de tornozelo / Fonte: adaptado de Marques (2014).
Ao medir a flexão dorsal do pé, o paciente pode estar em decúbito dorsal ou 
sentado, com os joelhos fletidos, e o pé em posição anatômica. O braço fixo do 
goniômetro fica na face lateral da fíbula, o braço móvel, na superfície lateral do 
quinto metatarso, e o eixo, no maléolo lateral (MAGEE, 2010). Veja a próxima fi-
gura representativa da colocação do goniômetro para medir a flexão dorsal do pé:
Figura 11 – Colocação do goniômetro para 
medir a flexão dorsal do pé / Fonte: Marques 
(2014, p. 49).
Descrição da Imagem: ilustração preto e 
branca da goniometria para avaliação da 
flexão dorsal do pé. Observa-se o braço 
fixo do goniômetro posicionado na face 
lateral da fíbula, o braço móvel, na super-
fície lateral do quinto metatarso, e o eixo, 
no maléolo lateral. 
Ao medir a flexão plantar, deve-se adotar o posicionamento do paciente e as 
posições do goniômetro como na flexão dorsal, porém o movimento será de 
flexão plantar (MAGEE, 2010). 
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Para medir a inversão do pé, o paciente deve estar sentado com o joelho 
fletido a 90º. Braço fixo alinhado e paralelo sobre a margem anterior da tíbia, 
Braço móvel sobre a superfície dorsal do segundo metatarso, enquanto o eixo 
deve estar no nível da articulação tibiotarsal (MAGEE, 2010). 
Com relação à eversão, o paciente precisa ficar sentado, joelho fletido a 90º, 
e o pé em flexão plantar. Braço fixo sobre a margem anterior da tíbia, braço mó-
vel sobre a superfície dorsal do terceiro metatarso, enquanto o eixo deve estar, 
aproximadamente, no nível da articulação tibiotarsal (MAGEE, 2010).
Teste de força muscular
Dando sequência na avaliação do membro inferior, abordaremos, agora, o teste 
de força muscular. Vamos a um exemplo para você treinar? Lembre-se de que é 
importante praticar todos os grupos musculares. Para testar os extensores do 
quadril, o paciente deve estar em decúbito ventral, com o joelho fletido, tentando 
estender o quadril enquanto você oferece resistência na face posterior da coxa 
(HOPPENFELD, 1987).
Um teste rápido e muito conhecido que lhe ajudará a avaliar uma disfunção no 
quadril é o Teste de Trendelenburg, conforme demonstrado na próxima figura: 
Figura 12 (a) – Teste de Trendelen-
burg negativo; Figura 12 (b) – Teste 
de Trendelenburg positivo / Fonte: 
Hoppenfeld (2016, p. 160).
Descrição da Imagem: ilustra-
ção preto e branca do Teste 
de Trendelenburg, na qual se 
observa, em (a), o resultado 
negativo, em (b), o resultado 
positivo. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
O resultado positivo indica fraqueza no glúteo médio e, durante a marcha, é 
possível observar que o quadril abaixa, provocando instabilidade.
Como testes específicos aos joelhos, os mais utilizados na prática clínica são 
o sinal de gaveta anterior e posterior para avaliar a integridade do ligamento 
cruzado anterior e posterior, respectivamente; enquanto o estresse em valgo e 
varo avalia a instabilidade dos ligamentos colaterais (HOPPENFELD, 2016). 
Para auxiliar no diagnóstico funcional do membro inferior, você pode fazer 
uso de escalas clínicas, tais como: Escala de Função do Quadril de Harris, que é 
comumente utilizada para graduar o quadril antes e após uma cirurgia; Questio-
nário de Lysholm, utilizado na avaliação dos sintomas do joelho; Escala de Berg, 
a qual é utilizada para avaliar o equilíbrio funcional; American Orthopaedic Foot 
and Ankle Society, específica à região de tornozelo e retropé, com possibilidadede ser aplicada em diferentes lesões.
Exames por imagem
O uso de exames de imagem também pode ser, muitas vezes, importante e ne-
cessário para complementar a sua avaliação. Veja, a seguir, uma figura que de-
monstra uma radiografia da articulação do quadril. Observe a evolução de um 
desgaste no quadril, comparando a primeira com a segunda imagem.
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Figura 13 – Radiografia da articulação do quadril
Fonte: https://marciorubin.com.br/quadril/artrose/artrose-do-quadril-2/. Acesso em: 17 jan. 2024.
Descrição da Imagem: radiografia de uma articulação do quadril, na qual se observa, na primeira imagem, à 
esquerda, um quadril sem alterações degenerativas, enquanto na segunda imagem, à direita, percebe-se a dimi-
nuição do espaço articular devido a um processo de desgaste, o qual é indicado por uma seta vermelha número 
1. Os osteófitos (proeminências ósseas que se formam em torno da articulação) são demarcados pelas setas 2 
e 3, também na cor vermelha.
Confira aqui a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no con-
teúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
Caro estudante, apresentaremos, agora, um teste específico utilizado para avaliar 
o membro inferior e que poderá ser utilizado no seu exame físico. Esse teste é 
importante, pois verifica se há diferença entre os membros inferiores. Em muitos 
casos, essa diferença existe e está relacionada a vários fatores, entre eles: postura, 
pós-operatório de artroplastia, osteoatrose, doenças congênitas, e essa investigação 
será necessária pelo fisioterapeuta.
Para avaliar se há alguma discrepância no comprimento das pernas, é empregado 
o teste de discrepância real dos membros inferiores. Ao avaliar a discrepância real, 
o paciente fica deitado em decúbito dorsal e numa posição na qual seja possível 
comparar os membros. Você deve medir a distância entre os dois pontos ósseos, a 
espinha ilíaca anterossuperior e o maléolo medial do tornozelo. Caso haja diferença 
entre os pontos, é sinal de que um membro inferior é mais curto do que o outro. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
NOVOS DESAFIOS
A avaliação fisioterapêutica das articulações periféricas é um tema com bastante 
conteúdo, e você precisa treinar tudo o que apresentamos até aqui. Na sua prática 
profissional, você deverá ser capaz de integrar todos esses tópicos e aplicá-los a 
diferentes contextos e especialidades, áreas de atuação e ambientes. 
Separamos, a seguir, alguns pontos-chave em relação ao que se deve observar 
no paciente, em uma avaliação simulada com seu colega ou familiar. Passaremos 
duas condições de avaliação para você aplicá-la nessa simulação, com o paciente 
em pé e em supino. 
Com relação à postura de pé, você deve observar: a) se a linha articular das 
duas articulações sacroilíacas está na horizontal; b) alinhamento das espinhas 
ilíacas póstero-superior e anterossuperior; c) orientação dos artelhos para dentro 
ou para fora, o que sugere deformidade rotacional dos quadris; d) níveis hori-
zontais das pregas glúteas e dos joelhos, pois diferenças nesses níveis sugerem 
discrepância de comprimento das pernas; e) escoliose da coluna lombar estrutu-
ral ou de compensação; f) desigualdade da distribuição de peso; g) hiperlordose 
lombar; h) hipotrofia dos músculos quadríceps e glúteos (PORTER, 2005).
Com relação à postura em supino, você deve observar: a) rotação da perna, 
observando as posições patelares ou dos pés; b) rotação pélvica; c) discrepância 
de comprimento de perna, por meio da observação da posição relativa dos ma-
léolos mediais ou dos calcâneos. 
Agora, crie um cenário de simulação e pratique com os demais tópicos. 
Bons estudos!
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1. Imagine-se realizando uma avaliação da articulação do quadril. Explique como realizar 
uma goniometria de flexão de quadril e como descrever um grau 4 de força dos músculos 
flexores do quadril. 
2. Em uma avaliação postural em uma vista posterior, você encontrou os ombros desnivelados. 
Há uma elevação da cintura escapular no lado direito. À palpação, observa dor na região 
do trapézio. A que você atribuiria essa situação?
3. Paciente A.T.M., sexo masculino, 78 anos de idade, com diagnóstico de artroplastia total de 
quadril decorrente de osteoartrose de quadril esquerdo. Durante a avaliação da articulação 
do quadril esquerdo em comparação à articulação do quadril direito, foi observado, no exa-
me físico, por meio do teste de força muscular dos músculos flexores de quadril: contração 
muscular, movimento articular com eliminação da gravidade após procedimento cirúrgico 
de colocação de prótese de quadril. De acordo com a descrição do resultado do teste de 
força muscular, qual o grau de força muscular apresentado pelo paciente?
a) Grau I.
b) Grau II.
c) Grau III.
d) Grau IV.
e) Grau V.
4. A marcha é uma tarefa motora que envolve um padrão complexo de contrações muscula-
res em diversos segmentos do corpo. No ato de caminhar ou correr, há um padrão básico 
caracterizado pelo deslocamento rítmico das partes do corpo que mantém o indivíduo 
em constante progresso para diante. Sobre a marcha humana normal, analise as opções, 
a seguir, e assinale a correta: 
a) O ciclo da marcha é composto por duas passadas.
b) A fase de apoio corresponde a 40% do ciclo da marcha.
c) O centro de gravidade está próximo à região umbilical e não oscila durante a marcha.
d) A fase de oscilação é dividida em: choque do calcanhar, aplanamento do pé, apoio in-
termediário e impulsão para frente.
e) Largura da base não deve ultrapassar 5 a 10 cm de um calcanhar para o outro, e o com-
primento do passo é de, aproximadamente, 38 cm.
VAMOS PRATICAR
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5. Teste positivo para Síndrome do Túnel do Carpo quando o paciente relata sensação de 
parestesia na região do nervo mediano. A qual teste específico a descrição se refere?
a) Teste de Hawkins-Kennedy.
b) Teste da gaveta posterior.
c) Teste de Cozen.
d) Teste de Phalen. 
e) Teste da gaveta anterior.
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, G. P. L. et al. Ângulo-q na dor patelofemoral: relação com valgo dinâmico de joelho, 
torque abdutor do quadril, dor e função. Rev Bras Ortop , São Paulo, v. 51, n. 2, p. 181-186, 2016. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ rbort/v51n2/pt_0102-3616-rbort-51-02-00181.pdf. 
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pdf. Acesso em: 17 jan. 2024. 
1
5
1. Para medir a flexão do quadril, o paciente deve estar em decúbito dorsal. O braço fixo do 
goniômetro deve ficar na linha média axilar do tronco. O braço móvel, paralelo e sobre a 
superfície lateral da coxa, em direção ao côndilo lateral do fêmur. O eixo deve estar no nível 
do trocânter maior. É importante lembrar que a flexão do quadril com o joelho estendido 
é de 90 graus. Teste de força muscular grau 4: ADM possível completa, contra gravidade, 
resistência manual moderada. 
2. A elevação da cintura escapular pode ser devido à rigidez ou hiperatividade no músculo 
elevador da escápula ou das fibras superiores do trapézio, e fraqueza nas fibras inferiores 
do trapézio. 
3. Opção C. Descreve o grau de força III correspondente à condição do paciente representado 
no caso clínico. 
4. Opção E. Opção A está incorreta, pois o ciclo é composto por uma passada. Opção B está 
incorreta, a fase de apoio é de 60% do ciclo da marcha. Opção C está incorreta, pois o centro 
de gravidade está próximo à região umbilical e ele oscila durante a marcha. Opção D está 
incorreta, a descrição se refere à fase de apoio.
5. Opção D. Trata-se do Teste de Phalen a descrição do sintoma apresentado pelo paciente, 
quando positivo.
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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MEU ESPAÇO
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1
UNIDADE 3
MINHAS METAS
FICHAS DE ANAMNESE: 
INSTRUMENTOS PARA 
AVALIAR A FUNÇÃO FÍSICA
Aprender sobre modelo de ficha de avaliação.
Conhecer instrumentos de avaliação no formato de escalas clínicas.
Aprender sobre as avaliações física e funcional.
Conhecer e aprender sobre aplicabilidade do Índice de Barthel e Índice de Katz de Ativi-
dades de Vida Diária.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3
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1
INICIE SUA JORNADA
Caro estudante, iniciaremos, nesse momento da sua jornada, a integração de 
tópicos individualizados dos quais o profissional fisioterapeuta faz uso na sua 
prática clínica durante a avaliação, usando como exemplos a coleta dos dados 
pessoais do paciente para identificação, a goniometria para mensurar a Amplitu-
de de Movimento (ADM), e o uso de teste de força muscular. Como integramos 
todas essas informações, exames e testes de uma só maneira? Podemos utilizar 
uma ficha de avaliação fisioterapêutica. 
Na ficha de avaliação, inicialmente, são questionados os dados gerais do 
paciente e o nome do médico responsável pelo encaminhamento. Em seguida, 
anotamos a história da doença desse paciente, tanto a atual quanto a pregressa 
(circunstância anterior), sua queixa principal, o diagnóstico clínico (dado pelo 
médico), o histórico familiar, a verificação dos exames complementares e a me-
dicação que o paciente faz uso. 
No exame físico, anotamos os resultados dos testes de força muscular e dos testes 
de ADM bem como os achados da palpação. Também questionamos a dor do pa-
ciente, mostrando uma imagem de corpo, para que ele consiga visualizar melhor. Em 
seguida, realizamos a escala visual analógica da dor, questionamos, por meio da escala 
de avaliação, sobre suas atividades de vida diária, realizamos a avaliação postural e 
de marcha, os testes específicos e o uso de escalas voltadas à patologia do paciente. 
Por fim, com todos os resultados, escrevemos o diagnóstico fisioterapêuti-
co com base no que foi encontrado na anamnese, os objetivos com esse paciente 
e quais serão as condutas. Importante sempre realizar a evolução após os atendi-
mentos, anotando como o paciente chegou, o que foi realizado no dia e se houve 
alguma intercorrência, para que você consiga visualizar a evolução desse paciente 
e ter embasamento nas mudanças de condutas, quando necessárias.
Caro estudante, preparamos um podcast para aprofundar seu conhecimento so-
bre a importância da anamnese dentro da avaliação fisioterapêutica. Usaremos 
como referência um artigo que fala da importância da anamnese para o trata-
mento fisioterapêutico com base nas literaturas encontradas. Recursos de mídia 
disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
UNICESUMAR
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1
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
VAMOS RECORDAR?
Nesse momento do seu aprendizado, é importante pontuar e retomar alguns aspectos 
do processo de avaliação, a fim de construir um raciocínio clínico. Vamos lá?
• Por meio da ficha de anamnese, é possível conhecer as limitações funcionais do 
paciente e utilizar as escalas específicas para auxiliar no seu tratamento.
• A capacidade é um conceito construído socialmente. 
• Ter incapacidade em uma função não significa ter em todas as outras.
Para você aprender mais sobre os conceitos de capacidade versus incapacidade, 
indicamos a leitura do artigo Capacidade funcional do idoso institucionalizado 
avaliado pelo KATZ, disponível no link, a seguir: https://revistaenfermagematual.
com.br/index.php/revista/article/view/640/623. Esse estudo aborda o uso do 
Índice de KATZ na avaliação do grau de dependência do idoso, com base na 
necessidade ou não de auxílio para realizar atividades básicas da vida diária. 
Você compreenderá como a capacidade funcional é importante no processo 
de envelhecimento, pois ela mantém a autonomia e a qualidade de vida do 
idoso. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Neste conteúdo, abordaremos o uso da ficha de avaliação fisioterapêutica e de 
alguns instrumentos principais voltados à avaliação da função física/funciona-
lidade pelo profissional fisioterapeuta. 
A entrevista denominada anamnese é a primeira etapa da avaliação, na qual 
você deve coletar o maior número de informações a respeito do paciente, conhe-
cer sua história clínica e realizar os seus questionamentos. 
A partir desse primeiro contato, é feito o exame físico, que poderá contar 
com avaliação postural, da dor, testes de força muscular, avaliação da ADM, testes 
específicos, uso de escalas clínicas e análise de exames de imagem. 
Agora, apresentaremos um modelo de ficha de avaliação que lhe possibili-
te, além de visualizar uma sequência de avaliação, utilizar esse mesmo modelo 
como referência. Lembrando que você pode modificá-lo e adicionar informações 
conforme julgar necessário. 
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1
O modelo de ficha de avaliação fisioterapêutica apresentado na figura, a se-
guir, teve como base os autores O’Sullivan e Schmitz (2004) e Porter (2005).
Modelo de Ficha de Avaliação Fisioterapêutica
Nome: 
Idade: Gênero:
Data nasc.: Profissão: Estado civil:
Endereço:
Telefone:
Médico responsável:
Anamnese
HDA/HDP:
Queixa principal (o que trouxe você hoje à fisioterapia?):
Diagnóstico clínico:
Exames complementares:
Histórico familiar:
Anamnese
HDA/HDP:
Queixa principal (o que trouxe você hoje à fisioterapia?):
Diagnóstico clínico:
Exames complementares:
Histórico familiar:
Medicamentos:
Possíveis efeitos colaterais:
Fatores de risco: ( ) Tabagismo ( ) Etilismo ( ) Obesidade ( ) Diabetes ( ) Se-
dentarismo ( ) Patologia com história familiar ( ) Outros déficits associados: 
Exame físico geral 
Sinais vitais 
PA: mmHg FR: imp FC: bpm T: °C 
Estado geral: 
Paciente colaborativo: ( ) Sim ( ) Não 
Capacidade de comunicação: ( ) Normal ( ) Afasia ( ) Disfasia ( ) Disartria 
Fala: ( ) Normal ( ) Lenta ( ) Rápida ( ) Alta ( ) Baixa ( ) Gagueira ( ) Comprome-
timento da memória: ( ) Normal ( ) Amnésia: ( ) Recente ( ) Imediata ( ) Remota 
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1
TEMA DE APRENDIZAGEM3
Compreensão: ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim 
Orientação tempo/espaço: 
Inspeção de pele (úlceras, eczema, escabiose, pediculose, edema etc.): Trofismo 
muscular: ( ) Eutrófico ( ) Hipertrofia ( ) Atrofia
AVD
Vestuário ( ) Independente ( ) Dependente ( ) Semidependente
Higiene pessoal ( ) Independente ( ) Dependente ( ) Semidependente
Alimentação ( ) Independente ( ) Dependente ( ) Semidependente
Locomoção ( ) Independente ( ) Dependente ( ) Semidependente
Transferência ( ) Independente ( ) Dependente ( ) Semidependente
Controle urinário ( ) Independente ( ) Dependente ( ) Semidependente
Controle esfíncteres ( ) Independente ( ) Dependente ( ) Semidependente
Lazer ( ) Independente ( ) Dependente ( ) Semidependente
PALPAÇÃO
( ) Pontos álgicos Local:
( ) Retrações cicatriciais Local:
( ) Tensionamento Local:
GONIOMETRIA
Segmento avaliado Direito Esquerdo
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Avaliação da marcha 
1. Faz uso de dispositivos auxiliares: ( ) Sim ( ) Não Qual: 
2. Apresenta locomoção funcional: ( ) Sim ( ) Não 
3. Faz uso de prótese: ( ) Sim ( ) Não Qual: 
4. Deambulação em diferentes terrenos (escadas, aclive e declive): ( ) Sim ( ) Não 
5. Equilíbrio 
Estático: ( ) Bom ( ) Regular ( ) Fraco
Dinâmico: ( ) Bom ( ) Regular ( ) Fraco
TESTES MUSCULARES
Segmento avaliado Direito Esquerdo
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
AVALIAÇÃO POSTURAL 
Paciente em AP Paciente em PA Perfil
Cabeça (inclinação, rotação, an-
teriorização, posteriorização)
Ombros (antepulsão, retropulsão, 
verticalizados, horizontalizados)
MMSS (simétricos ou assimétricos)
Tronco (simétrico, assimétrico, 
concavidades)
Pelve (anteversão, retroversão, 
obliquidade)
Joelhos (fletidos, hiperextendi-
dos, valgismo, varismo, paletas 
convergentes ou divergentes)
Tornozelos
Pés (valgismo, varismo, plano, 
cavo, pronados, supinados)
Diagnóstico fisioterapêutico (cinético-funcional): 
Objetivos: 
Conduta: 
Evolução:
Figura 1 – Modelo de ficha de avaliação fisioterapêutica 
Fonte: adaptada de O’Sullivan e Schmitz (2004) e Porter (2005). 
Em muitas situações de avaliação fisioterapêutica, será necessário o uso de esca-
las clínicas que apresentam uma especificidade para avaliar aspectos do paciente, 
promovendo uma visão mais aprofundada do seu quadro clínico. Em muitos 
casos, a aplicação das escalas clínicas trará a necessidade de capacitação profis-
sional e realização de cursos. É importante tanto o treinamento técnico quanto o 
conhecimento das aplicabilidade e especificidade, como são empregadas e para 
quais condições são úteis. 
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1
Dependendo da doença ou da disfunção do paciente, ele poderá apresentar 
algum grau de incapacidade, portanto, compreender como essa incapacidade 
afeta as suas atividades de vida diária ajudará a planejar o plano terapêutico, 
incluindo treino de funcionalidade, com objetivo de recuperar ou melhorar a 
função que esteja comprometida. 
Intocáveis 
Philippe é um aristocrata rico que, após sofrer um grave aci-
dente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele deci-
de contratar Driss, um jovem problemático sem a menor expe-
riência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos, Driss 
aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Phi-
lippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais ao jovem, pois ele 
não trata o aristocrata como um coitado. De pouco em pouco, 
a amizade entre ambos se estabelece, e um conhece melhor 
o mundo do outro.
Refletindo sobre a história: para complementar seu conhecimen-
to, recomendamos o filme Intocáveis, lançado em 2012 e baseado 
em uma história real. Observe as funcionalidades do personagem 
e avalie-as utilizando as escalas conhecidas neste tema.
INDICAÇÃO DE FILME
“Ter incapacidade em uma função não significa que apresente prejuízo em outras. 
A capacidade é um conceito construído socialmente: é analisada a partir de con-
ceitos de normalidade estabelecidos pela sociedade, mas pode representar dife-
rentes desempenhos, dependendo da função e do contexto em que é avaliada” 
(INSTITUTO PAULISTA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 2015, p. 11).
ZOOM NO CONHECIMENTO
Para aprofundar seu conhecimento na arte de avaliar, apresentaremos algumas 
escalas que podem ser utilizadas por você na sua avaliação fisioterapêutica.
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1
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
ÍNDICE OU ESCALA DE BARTHEL
O Índice ou Escala de Barthel é um instrumento padronizado que avalia a função 
e resume informações detalhadas de uma área funcional complexa, usando um 
índice geral de pontuação. O uso desse instrumento facilita a interpretação de 
dados complementares (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004). 
De acordo com Júnior e Souza (2019), o principal objetivo dessa escala é informar 
o grau de independência do indivíduo nas atividades de vida diária. A pontuação 
é de, no máximo, 100 pontos e, quanto maior ela é, mais independente é o paciente. 
Caso o paciente não consiga responder a escala, outra pessoa pode auxiliá-lo. 
Esse índice é muito utilizado em avaliações com idosos, pois é o grupo mais 
vulnerável ao estabelecimento de quadros clínicos com algum grau de depen-
dência. Veja, a seguir, a apresentação dessa escala:
ATIVIDADE PONTUAÇÃO
ALIMENTAÇÃO
0 = Incapacitado
5 = Precisa de ajuda para cortar, passar manteiga etc., ou de dieta modificada.
10 = Independente
 
BANHO
0 = Dependente
5 = Independente (ou no chuveiro).
 
ATIVIDADES ROTINEIRAS
0 = Precisa de ajuda com a higiene pessoal.
5 = Independente (rosto/cabelo/dentes/barbear-se).
 
VESTIR-SE
0 = Dependente
5 = Precisa de ajuda, mas consegue fazer uma parte sozinho. 
10 = Independente (incluindo botões, zíperes, laços etc.).
 
INTESTINO
0 = Incontinente (necessidade de enemas). 
5 = Acidente ocasional.
10 = Continente
 
SISTEMA URINÁRIO
0 = Incontinente ou cateterizado e incapaz de manejo. 
5 = Acidente ocasional.
10 = Continente
 
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USO DE TOALETE
0 = Dependente
5 = Precisa de alguma ajuda parcial.
10 = Independente (pentear-se, limpar-se).
 
TRANSFERÊNCIA (DA CAMA PARA A CADEIRA E VICE-VERSA)
0 = Incapacitado, sem equilíbrio para ficar sentado.
5 = Muita ajuda (física, uma ou duas pessoas), pode sentar.
10 = Pouca ajuda (verbal ou física).
15 = Independente
 
MOBILIDADE (EM SUPERFÍCIES PLANAS)
0 = Imóvel ou < 50 metros.
5 = Cadeira de rodas independente, incluindo esquinas > 50 metros.
10 = Caminha com a ajuda de uma pessoa (ajuda verbal ou física) > 50 metros.
15 = Independente (mas pode precisar de alguma ajuda, por exemplo, 
bengala) > 50 metros.
 
ESCADAS
0 = Incapacitado
5 = Precisa de ajuda (verbal, física, ou ser carregado). 
10 = Independente.
 
Quadro 1 – Índice ou Escala de Barthel
Fonte: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/2503/5/%C3%8Dndice%20de%20Barthel.pdf. 
Acesso em: 18 jan. 2024. 
ÍNDICE DE KATZ OU ÍNDICE DE ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
Outra escala é o Índice de Katz ou Índice de Atividades de Vida Diária, que foi de-
senvolvido por Sidney Katz, em 1963. Avalia as atividades de vida diária hierar-
quicamente relacionadas, ao mensurar a capacidade funcional no desempenho 
de seis funções: tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferir-se, ter continência 
e alimentar-se (INSTITUTO PAULISTA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 
2015). Lembre-se de que as atividades de vida diária são fundamentais para a 
autopreservação e sobrevivência do indivíduo. 
Graças a essas escalas, é possível observar se um idoso está chegando próximo 
da dependência e realizar, por meio de uma boa avaliação fisioterapêutica, procedi-
mentos para evitar essa condição. Veja a representação da escala no quadro, a seguir:
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Nome: Data da avaliação: 
Para cada área de funcionamento listada abaixo, assinale a descrição que melhor se 
aplica. A palavra “assistência” significa supervisão, orientação ou auxílio pessoal.
Banho (de leito, banheira ou chuveiro)
Não recebe assistência 
(entra e sai da banheira 
sozinho se ela é usualmente 
utilizada para banho).
Recebe assistência no 
banho somente para uma 
partedo corpo (como as 
costas ou uma perna).
Recebe assistência no 
banho em mais de uma 
parte do corpo.
Vestir (pega roupa no armário e veste, incluindo roupas íntimas, roupas externas e fechos 
e cintos, caso os use)
Pega as roupas e 
veste-se completamente, 
sem assistência.
Pega as roupas e veste-se 
sem assistência, exceto 
amarrar os sapatos.
Recebe assistência 
para pegar as roupas 
ou para vestir-se ou 
permanece parcial ou 
totalmente despido.
Ir ao banheiro (dirige-se ao banheiro para urinar ou evacuar, faz sua higiene e se veste 
após as eliminações)
Vai ao banheiro, higieniza-se 
e se veste após as elimi-
nações, sem assistência 
(pode utilizar objetos de 
apoio, como bengala, 
andador, barras de apoio 
ou cadeira de rodas e pode 
utilizar comadre ou urinol 
à noite, esvaziando por si 
mesmo pela manhã).
Recebe assistência para 
ir ao banheiro ou para 
higienizar-se ou para 
vestir-se após as elimina-
ções ou para usar urinol 
ou comadre à noite.
Não vai ao banheiro para 
urinar ou evacuar.
Transferência
Deita-se e levanta-se da 
cama ou da cadeira sem 
assistência (pode utilizar 
um objeto de apoio, como 
bengala ou andador).
Deita-se e levanta-se da 
cama ou da cadeira com 
auxílio.
Não sai da cama.
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Continência
Tem controle sobre 
as funções de urinar 
e evacuar.
Tem “acidentes”* ocasionais
* acidentes = perdas uriná-
rias ou fecais.
Supervisão para controlar 
urina e fezes, utiliza cate-
terismo ou é incontinente.
Alimentação
Alimenta-se sem 
assistência.
Alimenta-se sem assistên-
cia, exceto para cortar carne 
ou passar manteiga no pão.
Recebe assistência ou 
é alimentado parcial ou 
totalmente por sonda en-
teral ou parenteral.
Quadro 2 – Índice de Katz ou Índice de Atividades da Vida Diária 
Fonte: Katz (1963 apud DUARTE; ANDRADE; LEBRÃO, 2007, p. 321).
Você deve estar se perguntando: como avaliar o resultado do Índice de Katz? Exis-
tem várias classificações adotadas na literatura para os resultados dessa escala, 
mas escolhemos uma para você ter como parâmetro Observe no quadro, a seguir:
ÍNDEX DE AVDS (KATZ) TIPO DE CLASSIFICAÇÃO
A Independente para todas as atividades.
B Independente para todas as atividades, menos uma.
C
Independente para todas as atividades, menos banho e mais 
uma adicional.
 D
Independente para todas as atividades, menos banho, vestir-se 
e mais uma adicional.
E
Independente para todas as atividades, menos banho, vestir-se, 
ir ao banheiro e mais uma adicional.
F
Independente para todas as atividades, menos banho, vestir-se, 
ir ao banheiro, transferência e mais uma adicional.
G Dependente para todas as atividades.
Outro
Dependente em pelo menos duas funções, mas que não se 
classifica em C, D, E, e F. 
Quadro 3 – Índex de Independência nas Atividades de Vida Diária
Fonte: Katz e Akpom (1976 apud DUARTE; ANDRADE; LEBRÃO, 2007, p. 322).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
ESCALA DE TINETTI
Outra ferramenta bastante comum é a escala de Tinetti, utilizada para verificar o 
equilíbrio e a mobilidade, e foi desenvolvida por Mary Tinetti, em 1986. A mobili-
dade é a habilidade de se locomover num ambiente, sendo uma função complicada 
e composta de múltiplas manobras que dependem de uma integração de múltiplas 
características: físicas, cognitivas e psicológicas (KING; TINETTI, 1996). 
Segundo Gouveia (2012), a avaliação dessa escala 
pode ser utilizada clinicamente para identificar alterações 
da mobilidade capazes de afetar as AVD e, por meio da 
escala, é possível identificar qual função está deficitária e, 
então, traçar condutas bem como verificar se o paciente 
está suscetível a quedas ou a algum problema de equilí-
brio e prevenir problemas da mobilidade. 
A Escala de Tinetti é bem aplicada para definir alterações em equilíbrio e marcha, 
uma vez que detecta alterações na locomoção e auxilia no diagnóstico da gravidade 
do comprometimento e do risco para quedas. É dividido em duas partes: equilíbrio 
(16 pontos) e marcha (12 pontos), totalizando 28 pontos. Na parte do equilíbrio, são 
nove tarefas a serem realizadas, com pontuação de zero a dois; na parte da marcha, 
são sete tarefas a serem realizadas e avaliadas de acordo com a observação do exami-
nador. Quanto menor o resultado da pontuação, pior está o componente de equilíbrio 
e marcha (GOUVEIA, 2012). Veja, a seguir, a representação da escala:
1. Equilíbrio sentado
Escorrega
Equilíbrio
0 ( )
1 ( )
2. Levantando
Incapaz
Usa os braços 
Sem os braços
0 ( )
1 ( )
2 ( )
3. Tentativas de levantar
Incapaz
Mais de uma tentativa 
Única tentativa
0 ( )
1 ( )
2 ( )
4. Assim que levanta 
(primeiros cinco segundos)
Desequilibrado
Estável, mas usa suporte 
Estável, sem suporte
0 ( )
1 ( )
2 ( )
E, por meio da 
escala, é possível 
identificar qual 
função está 
deficitária
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5. Equilíbrio em pé
Desequilibrado
Suporte ou base de sustentação > 12 cm
Sem suporte e base estreita
0 ( )
1 ( )
2 ( )
6. Teste dos três tempos* 
(pés juntos)
Começa a cair
Agarra ou balança (braços)
 Equilibrado
0 ( )
1 ( )
 2 ( )
7. Olhos fechados 
(pés juntos)
Desequilíbrio, instável
Equilibrado
0 ( )
1 ( )
8. Girando 360º
Passos descontínuos
Instável (desequilíbrios)
Estável (equilibrado)
0 ( )
1 ( )
2 ( )
9. Sentando
Inseguro (erra a distância, cai na cadeira)
Usa os braços ou movimentação abrupta
Seguro, movimentação suave
0 ( )
 1 ( )
2 ( )
*Examinador empurra levemente o esterno do paciente, que deve ficar de pés juntos. Pontuação de 
equilíbrio: 16. 
Quadro 4 – Escala de Tinetti / Fonte: Gouveia (2012, on-line).
Confira aqui a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteú-
do digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
O desempenho físico em relação a um parâmetro do movimento humano pode 
ser levado em consideração na escolha de uma escala clínica. Por exemplo, idosos 
tendem a apresentar mudanças na marcha, na coordenação motora e no equilíbrio 
corporal à medida que envelhecem, devido ao processo natural de envelhecimento 
ou em decorrência de alguma doença. Dessa forma, o profissional fisioterapeuta 
pode selecionar uma escala clínica, como a Escala de Equilíbrio de Berg ou a de 
Tinetti, a fim de avaliar o paciente e complementar sua avaliação fisioterapêutica.
Os escores obtidos com essas escalas são muito usados como referências no 
decorrer do tratamento para observar o desempenho, com os dados das demais 
avaliações que forem realizadas: se há melhora, ou se o paciente está mantendo 
a mesma condição, ou se ele está evoluindo de maneira negativa. 
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1
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
As escalas clínicas possibilitam a aquisição de dados numéricos, além de 
apresentarem características de como o paciente executa determinado movimen-
to, se há simetria, como são o ritmo, a velocidade e a duração. Assim, a ficha de 
avaliação acrescida das escalas clínicas deve ser usada na sua prática profissional.
NOVOS DESAFIOS
As escalas clínicas são ferramentas complementares no processo de avalia-
ção do profissional fisioterapeuta que requerem treinamento e capacitação 
técnica para seu uso. Muitas vezes, as escalas permitirão descrever, de forma 
mais aprofundada, seu paciente em relação a algum aspecto do movimento, 
como a marcha e seus componentes, o equilíbrio corporal, a mobilidade, as 
atividades de vida diária.
As escalas clínicas, na prática, podem ser usadas também para monitorar a 
evolução do paciente e seu desempenho ao longo da intervenção. É uma forma 
inovadora de trazer à prática profissional o que ainda é bastante usado no am-
biente de pesquisas científicas. 
Então, sugerimos que o olhar clínico do profissional da fisioterapia seja ino-
vador, buscando diferenciais no mercado e estabelecendo um atendimento que 
preze pela qualidade, além de oferecer o que há de mais inovador e estimular a 
prática profissional baseada em evidências científicas.
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1. A anamnese é uma das etapas que constam em uma ficha de avaliação. A anamnese 
busca coletar o maior número deinformações relacionadas à doença atual do paciente 
e a outras doenças ou achados que possam estar relacionados com o seu diagnóstico e 
condição clínica atual, como possíveis fatores de risco associados ao seu quadro clínico. 
Dentre os tópicos da anamnese, qual das opções enquadra os fatores de risco aos quais 
o texto está se referindo?
a) Hábitos de vida.
b) História pregressa.
c) História da doença atual.
d) História familiar.
e) Queixa principal.
2. O Índice ou Escala de Barthel é um instrumento de parâmetro quantitativo formal, padroni-
zado, que avalia a função, resume informações detalhadas sobre uma área funcional com-
plexa usando um índice geral de pontuação. Com base no exposto, julgue os itens, a seguir: 
I - O Índice de Barthel é um instrumento é um instrumento padronizado, que avalia a fun-
ção e resume informações detalhadas sobre uma área funcional complexa, usando um 
índice geral de pontuação.
II - O Índice de Barthel refere-se ao que as pessoas fazem e não ao que elas se recordam 
de terem feito.
III - O Índice de Barthel é um instrumento amplamente utilizado em vários países para ava-
liação do equilíbrio corporal.
IV - O índice é dividido em duas partes: equilíbrio (16 pontos) e marcha (12 pontos), totalizando 
28 pontos.
V - Caso o paciente não consiga responder ao questionário, algum parente ou amigo próximo 
pode responder por ele. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, II e V, apenas. 
b) I, III e IV, apenas. 
c) II, III e IV, apenas. 
d) II e IV, apenas. 
e) III e V, apenas. 
VAMOS PRATICAR
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3. Atualmente, existem vários instrumentos para avaliar e classificar as capacidades funcionais 
dos indivíduos. A Escala de Barthel, a Escala de Katz e a Escala de Tinetti são alguns deles. 
Quanto a esses instrumentos, julgue os itens, a seguir: 
I - A Escala de Tinetti consiste em 16 tarefas que são avaliadas por meio da observação do 
avaliador. São atribuídos pontos de 0-2 na realização das tarefas, totalizando, no máximo, 
28 pontos. 
II - A Escala de Barthel é aplicada para definir alterações em equilíbrio e marcha, uma vez 
que detecta alterações na locomoção e auxilia no diagnóstico da gravidade do compro-
metimento e no risco para quedas.
III - Apesar dos instrumentos que avaliam a capacidade funcional serem muito utilizados, 
eles não servem para rever objetivos e o plano de tratamento. 
IV - A Escala de Katz avalia as atividades de vida diária hierarquicamente relacionadas, men-
surando a capacidade funcional no desempenho de seis funções: tomar banho, vestir-se, 
ir ao banheiro, transferir-se, ter continência e alimentar-se. 
V - A Escala de Katz tem muita utilidade, pois ela avalia as atividades de vida diária que são 
fundamentais para a autopreservação e sobrevivência do indivíduo.
É correto o que se afirma em: 
a) I, II e V, apenas. 
b) I, IV e V, apenas. 
c) II, III e IV, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) II e V, apenas. 
4. Paciente B.A.S., sexo masculino, 52 anos de idade, com diagnóstico de osteoartrose no joe-
lho direito, apresenta no exame físico diminuição significativa de amplitude de movimento 
articular, dor, deambulação com dispositivo auxiliar, marcha com claudicação e diminuição 
de força muscular. Durante a avaliação da articulação do joelho direito em comparação à 
articulação do joelho esquerdo, foi observado, no exame físico presente na ficha de ava-
liação fisioterapêutica, por meio do teste de força muscular dos músculos flexores e ex-
tensores de joelho: contração muscular, movimento articular contra a ação da gravidade 
sem resistência. De acordo com a descrição do resultado do teste de força muscular, qual 
o grau de força apresentado pelo paciente?
VAMOS PRATICAR
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5. A goniometria é uma técnica de avaliação dentre as utilizadas na prática da fisioterapia 
e que está presente em uma ficha de avaliação fisioterapêutica. A amplitude, ou quan-
tidade, de movimento que uma articulação consegue executar estabelece uma função 
da morfologia da articulação, da cápsula e dos ligamentos, bem como dos músculos ou 
dos tendões que cruzam essa articulação. Sobre a goniometria, como seria realizada a 
avaliação do movimento de flexão do punho? 
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
DUARTE, Y. A. de O.; ANDRADE, C. L. de; LEBRÃO, M. L. Índice de Katz na avaliação da funciona-
lidade dos idosos. Rev Esc Enferm USP, São Paulo, v. 41, n. 2, p. 317-325, 2007. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/35KzF4DTCvJbfbhs5nFQyVG/?format=pdf&lang=pt. Acesso 
em: 18 jan. 2024. 
GOUVEIA, L. M. B. Escala de mobilidade e equilíbrio Tinetti. Fisioterapeuta Luís Miguel Brazão 
Gouveia, [s. l.], 12 fev. 2012. Disponível em: http://fisiobrasaogouveia.blogspot.com/2012/02/es-
cala-de-mobilidade-e-equilibrio.html. Acesso em: 18 jan. 2024. 
INSTITUTO PAULISTA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA. Avaliação funcional do idoso. 2. ed. 
São Paulo: Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo, 2015.
JÚNIOR, F. V. A.; SOUZA, A. B. G. Manual de exame físico. São Paulo: Elsevier, 2019.
KING, M. B.; TINETTI, M. E. A Multifactorial approach to reduce injurious falls. Clinics in Geriatric 
Medicine, Riverport Lane, v. 12, p. 745-759, 1996.
O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4. ed. Barueri: Manole, 2004.
PORTER, S. Fisioterapia de Tidy. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
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1. Opção A. Os fatores de risco modificáveis estão relacionados aos hábitos de vida do indivíduo. 
2. Opção A. Os itens III e IV estão incorretos, pois ele avalia AVD. 
3. Opção B. O item II está incorreto, pois ele avalia AVD. O item III está incorreto, pois são 
usados como métodos de avaliação complementar para estabelecimento de objetivos e 
plano de tratamento. 
4. Grau III. 
5. Para avaliar o movimento de flexão do punho, o paciente pode ficar em pé ou sentado, com 
o antebraço em pronação e cotovelo fletido a 90°. Braço fixo do goniômetro sobre a face 
medial da ulna, braço móvel sobre a superfície medial do quinto metacarpo e o eixo na 
superfície medial do punho.
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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UNIDADE 4
MINHAS METAS
AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DO 
SISTEMA NERVOSO – ANÁLISE DA 
POSTURA, DO MOVIMENTO, DO TÔNUS 
MUSCULAR E DA SENSIBILIDADE
Aprender sobre avaliação cinético-funcional do sistema nervoso por meio 
dos principais instrumentos de avaliação. 
Aprender sobre avaliação da postura e do movimento.
Aprender sobre tônus muscular e classificação.
Aprender e comparar os diferentes tipos de sensibilidade.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4
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INICIE SUA JORNADA
Você está preparado(a) para ampliar seus conhecimentos? Estudante, neste 
tema, falaremos sobre a avaliação físico-funcional do sistema nervoso, abor-
dando a análise da postura, do movimento, do tônus muscular, da coordena-
ção motora e da sensibilidade. Também serão apresentados exemplos de es-
calas clínicas que você poderá utilizar na sua avaliação. É importante, sempre 
que necessário, buscar integrar quais são os componentes necessários de uma 
avaliação e quando avaliar. 
Preparamos um podcast para você aprimorar seu conhecimento sobre a avaliação 
cinético-funcional. Como pode perceber, todos os nossos movimentos corporais 
atuam de maneira conjunta para realizarmos nossas funções, tais como andar, rea-
lizar mudanças posturais, correr, comer, entre tantas outras funções. Neste podcast, 
você aprenderá a respeito da análise das marchas patológicas. Recursos de mídia 
disponíveis no conteúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Vamos recordar? Para que um movimento seja considerado normal, é necessário 
um sistema neuromuscular capaz de receber, integrar e responder de maneira 
apropriada aos múltiplos estímulos. Antes, é preciso que o indivíduo seja capaz de 
perceber seu corpo e identificar o que está acontecendo no ambiente também. 
Você sabe que função é essa? É a cinestesia. Essa função está associada à nossa 
capacidade de perceber tanto a posição que estamos quando parados, ou seja,na posição estática, quanto o momento no qual nosso corpo está em movimento. 
Como essa cinestesia acontece? Ela ocorre devido a um conjunto de sensores, 
também chamados receptores sensoriais ou sensitivos, mais especificamente, um 
grupo de receptores sensoriais denominados proprioceptores.
Os receptores proprioceptivos estão presentes nos músculos, nos tendões, na 
cápsula articular e no nosso ouvido interno. Vamos falar de cada um deles? 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Posturas e movimentos são conduzidos por uma gama de programas motores, 
interagindo constantemente. A avaliação do tônus muscular torna-se importante 
à medida que conhecemos sua influência na manutenção da postura vertical, na 
adaptação a uma base de suporte e na permissão de movimentos seletivos para 
aquisição de habilidades funcionais.
De uma maneira bem operacional, o tônus muscular é caracterizado como 
uma resistência ao movimento quando o paciente está em relaxamento voluntá-
rio (EDWARDS, 1999). Segundo O’Sullivan e Schmitz (2004), o tônus representa 
o grau de contração residual no músculo em repouso com inervação normal, ou 
uma contração constante. Como é raro um músculo trabalhar de maneira isola-
da, usa-se o termo “tônus postural” para descrever um padrão de tensão muscular 
VAMOS RECORDAR?
O fuso muscular é um proprioceptor e está localizado no interior do músculo, sendo 
ativado quando ocorre estiramento do músculo, ou seja, quando há movimento. 
Outro receptor proprioceptivo é o Órgão Tendinoso de Golgi, ou OTG, que está 
localizado no tendão; ele é ativado quando há mudança de tensão. Além do fuso 
muscular e do OTG, existe também a cápsula articular, localizada no interior das 
nossas articulações e ativada quando ocorre mudança de posição articular.
 Mais um receptor é o aparelho ou sistema vestibular, situado no ouvido interno, 
responsável por fornecer informações de orientação e percepção do corpo, 
auxiliando no nosso equilíbrio.
Esses receptores sensoriais são essenciais para fornecer informações do nosso 
corpo e, também, nas variações dos ambientes. Por exemplo, quando há mudança 
da superfície onde estamos andando, esses receptores identificam se se ela é 
rígida ou maleável, para que respostas adequadas possam ser desencadeadas. Em 
determinados pacientes com lesões ou doenças neurológicas, elas estão alteradas. 
Fizemos a seleção de testes neurológicos em vídeo, para que você aprenda a 
correlacionar conceitos básicos de anatomia e fisiologia com a clínica, por isso, 
sugerimos acessar a página e, assim, observar e conhecer mais sobre avaliação 
neurológica. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital no ambiente 
virtual de aprendizagem.
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que afeta os grupos musculares e existe por todo o corpo, além de ser necessário 
para a manutenção da postura ou para o desempenho de um movimento. 
Segundo Edwards (1999), o tônus postural normal permite ao indivíduo man-
ter uma postura vertical contra a força da gravidade; adaptar-se a uma base de 
suporte; permitir o movimento seletivo visando a adquirir habilidades funcionais.
Um bom exemplo para você compreender melhor a importância do tô-
nus postural ao movimento humano foi descrito por Brooks (1986 apud ED-
WARDS, 1999): esse autor descreve a complexidade do girar em um jogador de 
golfe. A postura do jogador deve proporcionar estabilidade durante o movimen-
to de girar do braço, colocando os músculos da postura nas tensões constantes 
adequadas, enquanto os coloca em prontidão para responder ao estiramento 
dos músculos contraídos. O tônus do tronco e dos membros inferiores preci-
sam fornecer suporte postural adequado às partes móveis, antes que um girar 
bem-sucedido possa ser realizado. Os constantes ajustes posturais e a integração 
entre os grupos musculares proporcionam a adaptação automática do corpo às 
mudanças que ocorrem no ambiente.
Você deve estar se perguntando como avaliar os movimentos dos membros, 
tronco, cabeça, força muscular, coordenação e velocidade dos movimentos. Com-
plexo, não é? Nem tanto... é possível avaliar tudo isso por meio da motricidade: 
conjunto de funções nervosas e musculares que permite os movimentos voluntá-
rios ou automáticos do corpo humano. A motricidade é dividida em voluntária, 
involuntária e automática, e como exemplos, citaremos a marcha, a alimentação, 
a nossa respiração e o movimento de piscar os olhos (AVANZO et al., 2004). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
A partir de agora, apresentaremos a você ferramentas, testes e instrumentos de 
avaliação voltados ao exame neurológico. Nos aprofundaremos no conhecimento 
específico na prática profissional do fisioterapeuta e, para avaliar a motricidade 
voluntária e involuntária, apresentaremos como realizar o exame neurológico. 
Julião (1941) sugere apreciar durante a realização de variados movimentos 
a sua amplitude, energia, coordenação e velocidade. É indispensável realizar, 
de maneira sistematizada, o exame de força muscular também dos diferentes 
grupos musculares. 
Para que você possa compreender melhor as características do movimento 
normal, introduziremos alguns conceitos sobre fatores que são a base da realiza-
ção do movimento. Vamos lá? Ao fazer a avaliação da postura e do movimento é 
importante ter conhecimento do movimento típico, para que você consiga iden-
tificar um padrão atípico de movimento e uma postura alterada. O movimento 
típico foi descrito por vários autores como base ao tratamento do paciente com 
comprometimento neurológico (EDWARDS, 1999). Para o movimento ser nor-
mal, é necessário um sistema neuromuscular capaz de receber, integrar e respon-
der, de maneira apropriada, aos múltiplos estímulos (intrínsecos e extrínsecos). 
Quando uma pessoa está em pé, ocorre interação dos grupos musculares, 
principalmente os da pelve, dos tronco e pernas, em uma dinâmica de ajustes 
constantes, a fim de possibilitar movimento dentro de uma base de suporte. Esse 
aspecto dinâmico libera os membros superiores para um movimento seletivo 
(EDWARDS, 1999). 
Atividades funcionais básicas, como o vestir-se, exigem constante adaptação 
da atividade muscular, com atenção para o tronco e a pelve. Uma pessoa com 
alguma lesão neurológica pode até ser capaz de desempenhar essa função, mas o 
esforço exigido, certamente, será substancialmente maior, além da possibilidade 
de serem exigidas atividades compensatórias. 
De acordo com Edwards (1999), o controle da postura e do movimento 
requer iniciação e planejamento, controle e atualização, execução e regulação, 
por meio da interação constante e do fornecimento de informação em ambas 
as direções (feedforward e feedback). Em resumo, as posturas e os movimen-
tos são conduzidos por uma mistura de programas motores e feedback num 
sincronismo perfeito. As habilidades de movimento são sempre reforçadas e 
aperfeiçoadas pela repetição. 
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O movimento considerado típico ou normal é dependente da interação cons-
tante das estruturas neurais dentro do sistema nervoso central. O caminhar e o 
levantar da cama, exemplos comuns de atividades da vida diária, exigem pequeno 
esforço consciente, já que se tornam padrões de movimentos estabelecidos pela 
repetição (DAVIES, 1996). 
Caro estudante, quando falamos em movimento normal, não podemos dei-
xar de falar nas reações de equilíbrio, retificação e proteção. Você já ouviu 
falar nelas? Essas reações posturais foram descritas por Karel e Berta Bobath 
(1989) e referem-se aos ajustes posturais e adaptações que ocorrem constante-
mente na vida diária, a fim de manter o alinhamento postural do corpo e o centro 
de gravidade na base de suporte.
Para Edwards (1999), as reações de equilíbrio são sinônimas de ajustes posturais 
que acontecem no decorrer da vida diária. O equilíbrio é mantido pela constante 
adaptação da atividade muscular por todo o corpo. Vamos a um exemplo, para 
você conseguir “visualizar” o que estamos falando: quando está em pé, apoiado(a) 
sobre uma únicaperna, você percebe pequenos movimentos constantes no pé, 
certo? Esses pequenos, mas perceptíveis movimentos, são as reações de equilíbrio 
atuando para lhe manter na base de suporte, no centro de gravidade. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
As reações de retificação são reações de equilíbrio que atuam no deslocamento 
do centro de gravidade do corpo para fora de sua base de suporte. Referem-se à 
ligação da cabeça, do tronco e dos membros entre si e com o meio ambiente e têm 
como função manter o alinhamento corporal apropriado a uma tarefa ou posição. 
Já as reações de proteção referem-se àquelas que são ativadas quando o 
centro de gravidade é deslocado para fora da base de suporte, e as reações de 
retificação e equilíbrio são incapazes de recuperar a estabilidade. Um exemplo 
bem prático da reação de proteção é o de colocar as mãos para fora, de maneira 
a proteger o rosto, quando caímos.
Já a avaliação da sensibilidade é uma importante ferramenta para com-
preender a extensão da lesão neurológica e mapeá-la. Além disso, confere mais 
segurança ao fisioterapeuta na escolha da conduta a ser tomada.
O feedback ou retroalimentação é a informação produzida pela resposta 
recebida durante ou após a execução do movimento. É usada para monitorar 
a resposta às ações de correção. O feedforward ou alimentação antecipada 
refere-se ao envio de sinais antes da execução do movimento, com o objetivo de 
colocar em prontidão o sistema sensório motor, o que permite ajustes posturais 
antecipados (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
AVALIAÇÃO DA MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA
Avanzo et al. (2004) sugerem a realização das seguintes manobras deficitárias 
que avaliarão pequenos déficits neurológicos: 
 ■ Manobra de Mingazzini: paciente em decúbito dorsal, com flexão de 
quadril e joelho a 90º. O fisioterapeuta o coloca nessa posição e o mantém 
por 40 segundos. Esse teste será positivo se forem observadas oscilações 
das pernas ou de uma das pernas, queda do pé, perna ou coxa, sugerindo 
déficit distal, proximal ou combinado. 
 ■ Manobra de Barré: paciente em decúbito ventral, com flexão de joelho 
em 90º, o fisioterapeuta deverá mantê-lo nessa posição por 40 segundos. 
Essa manobra será positiva se for observada oscilação ou queda da perna, 
confirmando um déficit dos flexores do joelho.
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 ■ Manobra de Raimiste: paciente em decúbito dorsal, cotovelos flexio-
nados em 90º, os dedos em abdução e membros inferiores estendidos. 
Essa manobra será positiva se for observado que o paciente não con-
segue manter o cotovelo em flexão, deixando-o “cair” em extensão, ou 
em rotação, ou se for observada flexão de punho ou dedos. Veja na 
figura, a seguir:
Figura 1 – Manobra de Raimiste / Fonte: https://cutt.ly/twLjrFwT. Acesso em: 18 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: ilustração em preto e branco da Manobra de Raimiste, na qual se observa o paciente em 
decúbito dorsal, cotovelos flexionados em 90º com os dedos em abdução e membros inferiores estendidos. Essa 
manobra será positiva se for observado que o paciente não consegue manter o cotovelo em flexão, deixando-o 
“cair” em extensão, ou em rotação, ou se for observada flexão de punho ou dedos.
 ■ Manobra de braços estendidos: paciente em decúbito dorsal, ombros 
flexionados em 90º e cotovelos estendidos, mantenha a posição por 40 
segundos. Essa manobra será positiva se você observar alguma oscilação 
de um dos braços (déficit mais proximal), ou flexão de punho, ou dedos 
(déficit mais distal).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Para que você possa avaliar a coordenação dos movimentos, sugerimos alguns 
testes voltados aos comprometimentos de coordenação específicos (O’SULLIVAN; 
SCHMITZ, 2004), são eles: dismetria (diminuição na capacidade de julgar a am-
plitude do movimento); dissinergia (diminuição da capacidade de associar os 
músculos em conjunto visando ao movimento complexo); diadococinesia (di-
minuição da capacidade de efetuar, de maneira rápida, os movimentos alternados). 
Os testes Índex-Nariz e Índex-Índex são utilizados com intuito de avaliar 
a presença ou não de dismetria. É importante salientar que esses testes devem 
ser realizados com os olhos abertos e, posteriormente, com os olhos fechados 
(O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004). 
Como realizar o teste Índex-Nariz: ombro abduzido a 90º com o cotovelo es-
tendido. Solicita-se ao paciente que leve a ponta do dedo indicador até a ponta do 
nariz. Você pode ainda alterar a posição inicial, para avaliar o desempenho a partir 
de diferentes planos de movimento (PORTO; PORTO, 2017). Misulis e Head (2008) 
sugerem que o tremor do dedo próximo ao alvo seja devido a uma ataxia cerebelar. 
Como realizar o teste Índex-Índex: os dois ombros são abduzidos a 90º com os 
cotovelos estendidos. Solicita-se ao paciente aproximar as duas mãos na linha mé-
dia e unir os indicadores das duas mãos (AVANZO et al., 2004). Observe a figura:
Figura 2 – Teste Índex-Índex /Fonte: Avanzo et al. (2004, p. 24).
Descrição da Imagem: fotografia em preto e branco na qual se observa o paciente sentado, os dois ombros são 
abduzidos a 90º com os cotovelos estendidos, enquanto ele aproxima as duas mãos na linha média e une os 
indicadores das duas mãos.
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Estudante, para avaliar a presença da dissinergia, você pode realizar a chamada 
manobra do rechaço, a qual consiste na aplicação de uma resistência pelo 
fisioterapeuta contra o movimento de flexão do cotovelo do paciente. Após 
a retirada da resistência, o paciente deve manter a posição (AVANZO et al., 
2004). Observe a figura:
Figura 3 – Manobra do rechaço / Fonte: Avanzo et al. (2004, p. 24).
Descrição da Imagem: fotografia em preto e branco na qual se observa a aplicação de uma resistência pela fisiote-
rapeuta contra o movimento de flexão do cotovelo do paciente. Este, por sua vez, encontra-se na posição sentada.
AVALIAÇÃO DA MOTRICIDADE INVOLUNTÁRIA
Para Julião (1941), a motricidade involuntária divide-se em espontânea e refle-
xa. A motricidade involuntária espontânea refere-se àqueles movimentos 
incoercíveis que se acentuam pela ação e emoção e diminuem com o repouso, 
podendo desaparecer durante o sono. Seus principais tipos são: distonia (ou 
atetose), coreia, balismo e tremor (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004). 
Na distonia ou atetose, os movimentos são alterados e lentos e, com fre-
quência, são causados na tentativa de a pessoa se mover. A distonia generaliza-
da pode produzir movimentos grosseiros de membros superiores e membros 
inferiores. Já a focal envolve olhos, pescoço, com chance de haver, também, um 
distúrbio dos movimentos da face e da língua (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
A coreia relaciona-se a movimentos rápidos e bruscos, desordenados, geralmen-
te, de grande amplitude, e tendem a ocorrer de maneira mais aleatória no corpo 
(O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004; JULIÃO, 1941). 
O balismo refere-se a movimentos amplos, repentinos, capazes de afetar um 
só lado do corpo. São movimentos mais lentos que os coreicos (O’SULLIVAN; 
SCHMITZ, 2004; JULIÃO, 1941). 
No tremor, encontramos movimentos rítmicos e poucos extensos que po-
dem aparecer durante o movimento — chamado de tremor intencional — ou em 
repouso (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004; JULIÃO, 1941). 
A motricidade involuntária reflexa refere-se aos reflexos propriamente 
ditos. Um ato reflexo é a transformação de uma excitação sensitiva em efeito 
motor, ocorrida sem a vontade do indivíduo. Você certamente já experimentou 
um ato reflexo com uma resposta de contração rápida e brusca do quadríceps, 
quando alguém fez uma percussão direta no seu tendão patelar.
Na motricidade involuntária, são encontrados reflexos profundos e 
superficiais (AVANZO et al., 2004). Nos reflexos profundos, o estímulo pa-
dronizado provoca rápido alongamento do tendão. Os fusos musculares são 
esticados e enviam um estímulo ao sistema nervoso, o que resulta na contração 
muscular. Já nos reflexos superficiais, o estímulo padronizado é um estímulo 
tátil, em umaárea predefinida da pele. 
Os reflexos profundos mais comumente testados são os reflexos tendinosos pa-
telar, bicipital e tricipital. Reflexos diminuídos (hiporreflexia) sugerem lesão peri-
férica, enquanto reflexos exacerbados (hiperreflexia) sugerem lesão medular ou 
cerebral. A hiperreflexia pode estar presente no acidente vascular encefálico, em 
tumores, traumatismos cranianos, entre outros.
APROFUNDANDO
A ausência de algum reflexo individual sugere um déficit na condução da respec-
tiva raiz nervosa (radiculopatia, por exemplo); já a ausência ou diminuição de 
todos os reflexos sugere um defeito nas raízes nervosas ou nos nervos periféricos 
(encontrado na neuropatia periférica) (MISULIS; HEAD, 2008; PORTO; PORTO, 
2017). O reflexo tendinoso patelar envolve a raiz nervosa L4 e pode ser avaliado 
com o paciente sentado à beira da maca, joelhos flexionados e pés pendentes. 
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Então o fisioterapeuta percute rapidamente a porção média do tendão patelar 
usando um martelo de reflexo, esperando como resposta a extensão da perna 
(MISULIS; HEAD, 2008; PORTO; PORTO, 2017). 
O reflexo tendinoso bicipital, que envolve a raiz nervosa C5, costuma ser 
avaliado com o paciente sentado sobre a borda da maca e braços relaxados, apoia-
dos sobre os membros inferiores, com leve flexão de cotovelos. O fisioterapeuta 
percute, com o martelo de reflexos, o tendão bicipital e espera como resposta a 
extensão do antebraço (PORTO; PORTO, 2017; MISULIS; HEAD, 2008).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
O reflexo tendinoso tricipital que envolve as raízes nervosas de C6-C8 é ava-
liado com o paciente sentado à beira da maca, cotovelo flexionado sobre o 
antebraço do fisioterapeuta, com leve abdução. O fisioterapeuta percute sobre 
o tendão tricipital.
O’Sullivan e Schmitz (2004) trazem uma escala de graduação para reflexos 
tendinosos profundos comumente usada na prática clínica do fisioterapeuta, 
com graus que variam de 0 (para contração muscular ausente) a 5+ (para forte 
contração muscular com clônus mantido). O clônus refere-se a uma série de 
contrações musculares involuntárias, devido a um estiramento súbito do mús-
culo. O Quadro 1 explica os graus dos reflexos profundos:
GRAU CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS
0 Ausente Sem contração muscular visível ou palpável com o reforço.
1+ Hiporreflexia
Contração muscular leve ou lenta com pouco ou nenhum 
movimento articular. Pode ser necessário reforço para de-
sencadear uma resposta reflexa.
2+ Normal Leve contração muscular com leve movimento articular.
3+ Hiperreflexia
Contração muscular rápida, claramente visível, com movi-
mento articular moderado.
4+ Alterado
Forte contração muscular com uma a três batidas de 
clônus. É notado o alastramento do reflexo para o lado 
contralateral.
5+ Alterado
Forte contração muscular com clônus mantido. Pode ser 
notado o alastramento do reflexo para o lado contralateral.
 
Quadro 1 – Escala de graduação para reflexos tendinosos profundos 
Fonte: adaptado de O’Sullivan e Schmitz (2004). 
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Estudante, diferentemente dos reflexos tendinosos profundos, os reflexos su-
perficiais (por exemplo,) são obtidos pela excitação de receptores encontra-
dos na superfície corporal. São exemplos os reflexos cutâneos abdominais 
e plantar que indicam a presença ou não de lesões na via piramidal ou corti-
coespinhal (PORTO; PORTO, 2017). 
O reflexo cutâneo abdominal é realizado pela estimulação cutânea da região 
do abdômen. É conseguido pelo estímulo com objeto pontiagudo aplicado em 
sentido látero-medial, nas regiões hipogástrica, epigástrica e umbilical. Como 
resposta normal, teremos a contração homolateral dos músculos abdominais, 
com desvio da linha alba e da cicatriz umbilical. Esse reflexo pode estar abolido 
quando houver interrupção do arco reflexo ou na lesão da via piramidal. Por 
vezes, abolido mesmo na ausência de alterações do sistema nervoso, como em 
casos de obesidade, por exemplo (PORTO; PORTO, 2017).
O reflexo plantar é conseguido por meio da estimulação cutânea da região 
plantar do pé, com um objeto semipontiagudo. O estímulo deve ser realizado 
da borda externa da planta do pé, no sentido posteroanterior. Como resposta 
normal, teremos a contração dos flexores dos dedos e do pé. A extensão do hálux 
e/ou dos demais dedos, constitui o Sinal de Babinski, o qual sugere lesão da via 
piramidal ou corticoespinhal (PORTO; PORTO, 2017).
AVALIAÇÃO DA MOTRICIDADE AUTOMÁTICA
A motricidade automática refere-se àquela que se realiza sem a intervenção da 
consciência, embora também possa sofrer sua influência. Isso ocorre com a mar-
cha, fala, mastigação, deglutição, respiração (JULIÃO, 1941). 
A análise da marcha compreende avaliar uma sequência de vários even-
tos complexos. O ciclo normal da marcha é dividido em fase de apoio e fase 
de oscilação. 
A fase de apoio permite a progressão da marcha enquanto mantém a esta-
bilidade de sustentação do peso do corpo, correspondendo a 60% do ciclo da 
marcha. É subdividida em apoio do calcanhar, aplanamento do pé, acomodação 
intermediária e impulso (FALOPPA; ALBERTONI, 2008; O’SULLIVAN; SCH-
MITZ, 2004; HOPPENFELD, 2016). 
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A fase de oscilação corresponde a 40% do ciclo da marcha e caracteriza-se 
pelo levantamento do pé do solo, o avanço do membro inferior no espaço e a 
preparação, novamente, para o apoio do pé. É subdividida em aceleração (ou 
balanço inicial), oscilação intermediária (ou balanço médio) e desaceleração 
(ou balanço final) (FALOPPA; ALBERTONI, 2008; O’SULLIVAN; SCHMITZ, 
2004; HOPPENFELD, 2016). 
Segundo Hebert et al. (2017), para que a marcha seja considerada normal, 
os seguintes aspectos devem estar presentes: contato inicial realizado com o 
calcanhar (toque do calcâneo no solo); estabilidade na fase de apoio; liberação 
adequada do pé à fase seguinte de balanço; comprimento adequado do passo e 
conservação de energia. 
A conservação de energia durante a marcha depende da coordenação ade-
quada de um conjunto de ações: redução da oscilação do centro de massa; uti-
lização de mecanismos passivos de estabilização articular; ação de músculos 
biarticulares (estruturas que cruzam, ao menos, duas articulações, a reto fe-
moral, gastrocnêmio e sóleo). O ciclo total e normal da marcha contempla as 
seguintes fases em sequência: toque do calcanhar; aplanamento; apoio médio 
(ou acomodação intermediária); impulso; fase de balanço e, finalmente, o toque 
do calcanhar (FALOPPA; ALBERTONI, 2008). A largura da base não deve ul-
trapassar de 5 cm a 10 cm de um calcanhar para outro; o comprimento do passo 
deve ser, aproximadamente, de 38 cm (HOPPENFELD, 2016). 
Uma ferramenta bastante utilizada na avaliação da marcha é o Three Minute 
Walk Test (teste de três minutos de marcha), que pode ser usado para medir o 
desempenho funcional. Nesse teste, você deve registrar a distância total atingida 
em três minutos de marcha, com velocidade escolhida pelo paciente, o número 
de vezes em que ele perdeu o equilíbrio, a frequência de pulso e os sintomas de 
dor torácica e/ou falta de ar. 
Outro teste bastante usado na medição rápida da mobilidade e do equilíbrio 
básicos é o chamado Time Upand Go. O paciente senta-se confortavelmente 
em uma cadeira e, ao receber o comando “vá”, ele levanta-se, caminha por três 
metros e retorna para a posição inicial na cadeira. O tempo é marcado por um 
cronômetro acionado no momento do comando “vá” até o retorno à posição 
inicial na cadeira (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
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AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DE POSTURAS
Bem, dando sequência ao conhecimento sobre avaliação, passaremos, agora, 
para uma avaliação específica das posturas: posição supina, posição prona, 
decúbito lateral, sentado e em pé; baseadas na proposta de O’Sullivan e Sch-
mitz (2004). Mas por que analisar as posições? Essa análise proporcionará uma 
linha de base que determina diferenças possíveis de ocorrer devido a alguma 
alteração no sistema nervoso.
Na posição supina, espera-se que o pacienteadote uma posição simétrica 
em relação à mesa de exames (superfície de suporte). A posição adotada em 
relação à superfície de suporte dependerá do nível do tônus e das propriedades 
biomecânicas das estruturas moles. A cintura escapular deve estar repousada 
sobre a maca. Os membros superiores tendem a adotar uma posição de rotação 
lateral, com certa abdução. Geralmente, quanto menor o tônus, maior o grau 
de rotação lateral e abdução. A pelve tende a inclinar posteriormente, com o 
aumento da extensão do quadril. 
Em uma avaliação, você talvez se depare com a adoção de várias posturas anormais. 
Pense em um paciente portador de hipertonia (aumento do tônus muscular) 
causada por uma paralisia cerebral, por exemplo. Nesse caso, na posição supina, 
você, provavelmente, encontrará uma posição assimétrica na superfície de suporte, 
com diminuição de movimentação voluntária (característica bastante marcante na 
hipertonia). Os ombros estarão retraídos e, por conta disso, a cintura escapular terá 
dificuldade de repousar sobre a maca. 
Dependendo da topografia (partes do corpo afetadas), você encontrará outras 
manifestações anormais, como rotação interna, adução com padrão flexor de 
membro superior e rotação interna, adução e padrão extensor em membro infe-
rior, em uma hemiplegia (BOBATH; BOBATH, 1989; OLIVEIRA; GOLIN, 2017). 
Na posição prona: espera-se que o paciente adote uma posição simétrica 
em relação à superfície de suporte, com a cabeça virada para o lado, a fim de 
liberar as vias aéreas. A cintura escapular está relaxada (cai em direção à mesa 
de exames). Os membros superiores estão ao longo do corpo, com rotação 
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medial e adução. A pelve tende a inclinar anteriormente, produzindo certo 
grau de flexão dos quadris. Os membros inferiores encontram-se estendidos, 
aduzidos e rodados medialmente, os pés em flexão plantar. Em uma postura 
anormal, podemos encontrar, por exemplo, os membros inferiores rigidamente 
estendidos e aduzidos, com muita limitação de movimentos ativos, os membros 
superiores em flexão rígida e ombros retraídos. Postura característica de uma 
tetraplegia (BOBATH; BOBATH, 1989). 
No decúbito lateral: nessa posição, há a presença da assimetria. Você 
observará como o lado do corpo que sustenta o peso é mais estendido e alonga-
do do que o outro, o qual é flexionado lateralmente. Você pode perceber isso em 
você mesmo(a). Deite-se de lado e observe-se! O lado que sustenta o peso fornece 
estabilidade, por sua aceitação e interação com a base de suporte, para então per-
mitir o movimento seletivo do lado oposto. Um comprometimento neurológico 
que resulte na inatividade ou atividade inadequada do lado que sustenta o peso, 
por exemplo, impede o movimento funcional do lado que não sustenta o peso. 
Na posição sentada: essa é uma posição complexa de análise devido à variabili-
dade do tipo de suporte oferecido. Utilizaremos como análise a postura sentada 
sem apoio, com o quadril e os joelhos a 90º. Na ausência de apoio, a atividade 
antigravitacionária e extensora do corpo é essencial na manutenção dinâmica 
de uma postura vertical. A cintura escapular está relaxada, com rotação medial 
e adução dos ombros. A posição pélvica depende do grau de verticalidade ou da 
curva da posição sentada assumida pelo indivíduo. Em geral, a coluna está ereta, 
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e o grau de inclinação pélvica influencia a posição dos membros inferiores. Com 
os joelhos e quadris a 90º ou mais de flexão, quanto maior a inclinação anterior, 
maior será o grau de rotação lateral e abdução. 
A postura sentada para uma pessoa com comprometimento neurológico é 
bastante desconfortável, pois exige bom controle de tronco, equilíbrio e atividade 
antigravitacionária do corpo, itens pobres ou ausentes em pacientes com com-
prometimento do sistema nervoso. 
Em uma pessoa diplégica, por exemplo, encontram-se costas arredondadas 
pelo pobre controle de tronco e flexão insuficiente de quadris. Os membros in-
feriores estão rigidamente estendidos e aduzidos, e os pés, em pantiflexão (BO-
BATH; BOBATH, 1989). 
Na posição de pé: essa posição exige muita atividade antigravitária para 
sustentar a posição vertical sobre uma base de suporte pequena. Pessoas nor-
mais, geralmente, apresentam um aplanamento das curvaturas vertebrais pro-
porcional ao seu nível de tônus, com a pelve em posição neutra. Os músculos 
abdominais e glúteos estão ativados para manter a postura ereta. Os mem-
bros superiores encontram-se relaxados ao longo do corpo, com certa rotação 
medial. Se solicitado, o paciente consegue realizar tarefas funcionais com os 
membros superiores, sem perder o equilíbrio. Em um paciente com compro-
metimento neurológico, a postura de pé, muitas vezes, não é possível e, quando 
realizada, apresenta-se em alto déficit de equilíbrio, pobre ou nenhuma des-
carga de peso sobre o membro afetado, posição de tronco em flexão, ombros 
retraídos (BOBATH; BOBATH, 1989).
AVALIAÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR
O tônus muscular é caracterizado como uma resistência para o movimento quan-
do o paciente está em relaxamento voluntário (EDWARDS, 1999). Davies (1996) 
afirma que o tônus pode ser influenciado por muitos fatores, dentre eles: esforço 
voluntário, estresse, ansiedade, medicamentos, estado de alerta do sistema ner-
voso central etc. Portanto, ao determinar o tônus do paciente, o fisioterapeuta 
deve considerar o impacto de cada um desses fatores. O’Sullivan e Schmitz (2004) 
insistem que a avaliação do tônus requer exames repetidos, a fim de se obter alta 
confiabilidade no teste. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
As anormalidades no tônus são classificadas em hipertonia (aumento do 
tônus acima dos níveis normais em repouso); hipotonia (redução abaixo dos 
níveis normais em repouso); ou distonia (tonicidade deficiente ou desordenada) 
(O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
A hipertonia está presente nas lesões das vias motoras piramidal e extra-
piramidal. A hipertonia piramidal é chamada de espasticidade, em geral, é en-
contrada nos casos de hemiplegia e diplegia infantil (PORTO; PORTO, 2017). 
Porto e Porto (2017) afirmam que a hipertonia piramidal apresenta ao me-
nos duas características: é eletiva, predominando nos músculos extensores dos 
membros inferiores e nos flexores dos membros superiores; é elástica, o que signi-
fica dizer que um segmento corporal retorna à posição inicial após a interrupção 
do movimento passivo. Na espasticidade, a resistência aumenta conforme a ampli-
tude e a velocidade do alongamento. É interessante observar como, inicialmente, 
o alongamento produz resistência alta e, em seguida, há liberação da resistência, 
fenômeno chamado sinal do canivete (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
A hipertonia extrapiramidal, também chamada de rigidez, é encontrada 
comumente na Doença de Parkinson. Para Porto e Porto (2017), há duas caracte-
rísticas que a diferenciam da hipertonia piramidal: não é eletiva, (acomete, então, 
de maneira global, os músculos agonistas, sinergistas e antagonistas); é plástica 
(apresenta resistência constante à mobilização passiva). Geralmente, essa hiper-
tonia está associada ao sinal da roda denteada, caracterizada por interrupções 
sucessivas ao movimento, em pequenos solavancos. 
Uma posição muito encontrada em pacientes comprometidos neurologica-
mente diz respeito à contração mantida e ao posicionamento do tronco e dos 
membros inferiores em extensão bem como dos membros superiores em flexão: 
estamos falando da rigidez de decorticação. Essa rigidez é encontrada nas le-
sões corticoespinhais (MENDES et al., 2012). 
O opistótono é uma contração forte e mantida dos músculos extensores 
do pescoço e tronco, ou seja, o paciente assume uma posição hiperestendida 
rígida. Tanto a rigidez de decorticação quanto o opistótono são formas graves 
de hipertonia (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004). 
Diferentemente da rigidez de decorticação, cuja causa encontra-se nas lesões 
corticoespinhais, vemos, comumente, na prática clínica,a rigidez originada das le-
sões dos núcleos da base. Essa rigidez caracteriza-se por resistência ao movimento 
passivo envolvendo músculos agonistas e antagonistas (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 
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2004). Na hipotonia (redução do tônus abaixo dos níveis normais em repou-
so), você encontrará resistência diminuída ao movimento passivo, consistência 
muscular diminuída e extensibilidade aumentada. Os reflexos estão diminuídos 
ou ausentes. A hipotonia é uma condição muito comum nas lesões do neurônio 
motor inferior (afetam células do corno anterior ou dos nervos periféricos), ou 
superior, que afetam cerebelo ou tratos piramidais (PORTO; PORTO, 2017). 
O’Sullivan e Schmitz (2004) afirmam que a distonia é caracterizada pelo tônus 
desordenado, acompanhado por movimentos involuntários repetitivos, ou seja, 
o tônus flutua imprevisivelmente. Os movimentos involuntários podem apa-
recer em repouso ou em movimento. Sob o aspecto da distribuição corporal, 
a distonia costuma ser: 
 ■ Focal: afeta uma região isolada do corpo, como os olhos, a boca, o 
pescoço, o braço. 
 ■ Segmentar: envolve vários grupos musculares adjacentes (cranial: duas 
ou mais regiões da cabeça e região cervical; axial: envolve tronco e região 
cervical; braquial: envolve membros superiores, região cervical e tronco; 
crural: membros inferiores e tronco). 
 ■ Multifocal: afeta duas ou mais partes do corpo não adjacentes (gene-
ralizada: combinação da distonia segmentar crural e de qualquer outra 
região corporal; hemidistonia: comprometimento de um hemicorpo). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Para ter uma avaliação qualitativa do grau de tônus, utiliza-se muito, na prá-
tica clínica, a Escala de Ashworth modificada, como você pode observar no 
quadro, a seguir:
ESCALA MODIFICADA DE ASHWORTH
Classificação da Espasticidade
Grau Descrição
0 Sem aumento do tônus muscular.
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Discreto aumento do tônus muscular, manifestado pelo apreender e libe-
rar, ou por mínima resistência ao final da amplitude de movimento, quando 
a(s) parte(s) afetada(s) movimenta(m)-se em flexão e extensão.
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Discreto aumento do tônus muscular, manifestado pelo apreender, segui-
do de mínima resistência através do resto (menos da metade) da amplitude 
de movimento.
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Marcante aumento do tônus muscular através da maior parte da amplitude 
de movimento, porém as partes afetadas são facilmente movimentadas.
3 Considerável aumento do tônus muscular; movimentos passivos dificultados.
4 A(s) parte(s) afetada(s) mostra(m)-se rígida(s) à flexão ou extensão.
 
Quadro 2 – Escala de Ashworth modificada / Fonte: adaptado de Bohannon e Smith (1987).
AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE
Quando avaliamos um paciente com comprometimento neurológico, existem 
muitos pontos importantes a serem observados. Você já aprendeu, neste tema, 
avaliação da postura, tipos diferentes de movimentação e escalas clínicas aptas a 
auxiliar no processo de diagnóstico cinético-funcional. 
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Nesse momento, focaremos no exame da sensibilidade que ajuda o fisiotera-
peuta a compreender a extensão da lesão e a mapeá-la, além de conferir mais 
segurança ao fisioterapeuta na escolha da conduta a ser tomada. 
Os estímulos que recebemos atuam sobre os órgãos receptores do corpo, 
sejam eles superficiais, sejam eles profundos. Os receptores são órgãos senso-
riais especializados que transformam o estímulo mecânico, térmico, químico 
ou elétrico em mensagens aferentes para uso e planejamento na organização do 
corpo (PORTO; PORTO, 2017). O comprometimento sensorial resulta, às vezes, 
de alguma lesão dos nervos periféricos, da medula espinhal, de queimaduras, de 
acidente vascular encefálico, entre outros (JULIÃO, 1941).
Porto e Porto (2017) afirmam que o exame da sensibilidade exige paciência, 
método e uso de material adequado, além de atenção às seguintes recomenda-
ções: o ambiente de avaliação deve ser silencioso e ter temperatura agradável; 
o paciente deve usar roupa adequada e, se necessário, ser despido; o paciente 
precisa manter os olhos fechados durante o exame; o fisioterapeuta deve evitar 
sugerir a localização e/ou a natureza do estímulo aplicado durante a investigação, 
portanto, o profissional deve preferir as questões “está sentindo alguma coisa? O 
quê? Em qual região do corpo?”; é necessário comparar os estímulos em áreas 
homólogas e em vários locais do mesmo segmento; o tempo do exame precisa 
ser limitado, a fim de não causar impaciência. 
O exame da sensibilidade comumente envolve a sensibilidade superficial e 
profunda. A superficial envolve a sensibilidade tátil, térmica e dolorosa, enquan-
to a profunda envolve a sensibilidade cinético-postural (ou cinestesia), vibratória, 
localização e discriminação táteis (SMID; NITRINI, 2008). 
Confira aqui a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no con-
teúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
A avaliação da sensibilidade é um parâmetro essencial dentro da avaliação do 
sistema nervoso. Por exemplo, se um paciente não conseguir distinguir a tem-
peratura (calor e frio) em um exame de sensibilidade, o fisioterapeuta deverá ter 
cautela na escolha dos procedimentos que utilizará no tratamento. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
A alteração da sensibilidade pode ser uma das queixas do paciente e será um 
objetivo de tratamento para o profissional fisioterapeuta. Entenderemos, então, 
como podemos fazer um exame que contemple as diferentes sensibilidades 
que possuímos e que, em algum paciente, pode estar ausente, diminuída ou 
até mesmo aumentada. 
Porto e Porto (2017), Smid e Nitrini (2008) e Julião (1941) sugerem alguns 
materiais específicos e métodos para realizar o exame da sensibilidade: 
 ■ Para a sensibilidade tátil, deve-se utilizar um pedaço de algodão ou um 
pequeno pincel macio, passando-o de maneira leve sobre várias partes 
do corpo. À diminuição da sensibilidade a estímulos sensoriais dá-se o 
nome de hipoestesia; ao aumento, hiperestesia; à perda de sensibilidade 
a toques leves, tigmanestesia.
 ■ Para a sensibilidade térmica, utilizam-se dois tubos de ensaio, um com 
água gelada, outro com água quente, com os quais é necessário tocar várias 
partes do corpo, alternando os tubos. Ao aumento da sensibilidade à tempe-
ratura dá-se o nome de termo-hiperestesia; à redução, termo-hiperestesia.
 ■ Para examinar a sensibilidade dolorosa, utiliza-se alfinetes descartá-
veis, capazes de provocar dor, no entanto que não machuquem o paciente. 
A perda completa da sensibilidade à dor chama-se analgesia; o aumento 
da sensibilidade à dor, hiperalgesia; a diminuição, hipoalgesia.
 ■ Para avaliar a sensibilidade cinético-postural: o fisioterapeuta realiza 
movimentos passivos, leves, em diferentes articulações. De olhos fecha-
dos, o paciente deverá informar precisamente a posição que os segmentos 
deslocados assumiram. 
 ■ A sensibilidade vibratória é avaliada através de um diapasão de 128 
vibrações por segundo sobre as saliências ósseas. O paciente deve res-
ponder verbalmente ao estímulo como vibratório ou não vibratório. A 
perda do sentido de vibração chama-se palanestesia.
 ■ Para a localização e discriminação táteis pode-se solicitar ao pacien-
te que informe o local exato do ponto estimulado ou pela grafestesia (ca-
pacidade de reconhecer o contorno de desenhos, geralmente, números 
ou letras, na pele), ou ainda, pela discriminação entre dois pontos. A 
discriminação tátil avalia a capacidade do paciente de perceber dois 
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pontos aplicados simultaneamente na pele. O fisioterapeuta aplica su-
cessivamente as duas pontas do instrumento, de maneira simultânea, 
enquanto as duas pontas são gradualmente aproximadas até que os es-
tímulos sejam percebidos como apenas um. Deve-se medir com uma 
régua a menor distância entre os estímulos que ainda são percebidos 
como dois pontos distintos.
NOVOS DESAFIOS
As posturas anormais dos membros ou do corpo costumam ser percebidas por 
uma observação inicial. É necessário fazer uma avaliação cuidadosada posição 
dos membros, tronco e cabeça. A palpação dos músculos pode fornecer infor-
mações adicionais sobre o estado do músculo em repouso. Os músculos hipotô-
nicos parecerão flácidos, já os músculos hipertônicos parecerão mais duros que 
o normal. Deve-se avaliar a consistência, firmeza e turgescência (DAVIES, 1996; 
PORTO; PORTO, 2017). 
A avaliação por meio da mobilidade passiva requer que você peça ao pa-
ciente para relaxar, deixando você segurar e mover o membro. O contato da 
sua mão deve ser firme e constante, e notará que, quando o tônus é normal, o 
membro move-se sem resistência. O membro responsivo e parece leve, já nos 
membros com hipertonia, você notará resistência ao movimento, parecendo 
estarem duros. Nos membros hipotônicos, eles parecem flácidos, pesados e 
irresponsivos (DAVIES, 1996). 
Porto e Porto (2017) sugerem ainda que a mobilidade passiva seja verificada 
se há exagero no grau de extensibilidade da fibra muscular. Por exemplo, na fle-
xão passiva da perna sobre a coxa em decúbito dorsal, observa-se hipotonia se o 
calcanhar tocar o glúteo facilmente. 
O balanço passivo para avaliação do tônus muscular é proposto por Porto e 
Porto (2017): o fisioterapeuta, com ambas as mãos, segura e balança o antebraço do 
paciente e observa se a mão movimenta de maneira normal, exagerada (observado 
na hipotonia) ou diminuída (observado na hipertonia). Da mesma forma, realiza-
se o balanço passivo nos membros inferiores e observa-se o movimento dos pés.
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1. O tônus muscular é caracterizado como uma resistência para o movimento quando o 
paciente está em relaxamento voluntário. Quais são as possíveis classificações das anor-
malidades no tônus?
2. Paciente A.M.S., sexo masculino, 16 anos de idade, com diagnóstico de encefalopatia 
crônica não progressiva, também conhecida por paralisia cerebral (PC), deu entrada na 
clínica de fisioterapia e apresentou as seguintes alterações na avaliação inicial: redução 
do movimento de membro superior e inferior do lado direito do corpo; incoordenação 
motora de membro superior; espasticidade em membro superior direito; hipoestesia em 
região plantar direita; diminuição do equilíbrio e alteração da marcha. Na avaliação do 
tônus muscular, foi identificada a presença de espasticidade grau III. Apresente, a seguir, 
a sua descrição e o nome da escala clínica de avaliação.
3. Fibromialgia é uma síndrome de dor crônica na qual o paciente apresenta sinais e sin-
tomas como sono irregular, irritabilidade, fadiga, dores de cabeça, cãibras, depressão, 
alteração da memória e dor. O achado mais característico é a presença de pontos sensí-
veis chamados tender points, que são extremamente dolorosos à palpação. A avaliação 
de sensibilidade ao aumento da sensibilidade à dor chama-se: 
a) Hiperalgesia.
b) Hipoalgesia.
c) Analgesia.
d) Hipoestesia.
e) Hiperestesia.
4. Teste de avaliação de coordenação motora que busca avaliar a presença de dissinergia e 
consiste na aplicação de resistência pelo fisioterapeuta contra o movimento de flexão do 
cotovelo do paciente. Após a retirada da resistência, o paciente deve manter a posição. 
Dentre os testes de coordenação motora, a qual deles o texto se refere? 
a) Índex-Índex.
b) Diadococinesia.
c) Índex-Nariz.
d) Índex-Índex do avaliador.
e) Prova do rechaço.
VAMOS PRATICAR
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5. Sabe-se que na motricidade involuntária são encontrados reflexos profundos e super-
ficiais. Nos reflexos profundos, o estímulo padronizado provoca rápido alongamento do 
tendão. Os fusos musculares são esticados e enviam um estímulo ao sistema nervoso, o 
que resulta na contração muscular. Já nos reflexos superficiais, o estímulo padronizado é 
um estímulo tátil, em uma área predefinida da pele. Em relação à avaliação dos reflexos, 
identifique a opção incorreta: 
a) O clônus refere-se a uma série de contrações musculares involuntárias, devido a um 
estiramento súbito do músculo.
b) O reflexo tendinoso tricipital que envolve a raiz nervosa de C5 pode ser avaliado com o 
paciente sentado à beira da maca, cotovelo flexionado sobre o antebraço do fisiotera-
peuta, com leve abdução. O fisioterapeuta percute sobre o tendão tricipital.
c) O reflexo plantar é conseguido pela estimulação cutânea da região plantar do pé, com 
um objeto semipontiagudo. O estímulo deve ser realizado da borda externa da planta do 
pé, no sentido posteroanterior. Como resposta normal, ocorre a contração dos flexores 
dos dedos e do pé.
d) O reflexo cutâneo abdominal é realizado pela estimulação cutânea da região do ab-
dômen. É conseguido pelo estímulo com objeto pontiagudo aplicado em sentido lá-
tero-medial, nas regiões hipogástrica, epigástrica e umbilical. Como resposta normal, 
ocorre a contração homolateral dos músculos abdominais, com desvio da linha alba e 
da cicatriz umbilical.
e) Os reflexos profundos mais comumente testados são os reflexos tendinosos patelar, 
bicipital e tricipital.
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
AVANZO, F. H. P. et al. Avaliação fisioterapêutica neurológica. [S. l.: s. n.], 2004. Disponível em: 
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BOBATH, B.; BOBATH, K. Desenvolvimento motor nos diferentes tipos de paralisia cerebral. 
São Paulo: Manole, 1989.
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spasticity. Physical Therapy, [s. l.], v. 67, n. 2, p. 206-207, Feb. 1987. 
DAVIES, P. M. Exatamente no centro: atividade seletiva do tronco no tratamento da hemiplegia 
no adulto. Barueri: Manole, 1996.
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FALOPPA, F.; ALBERTONI, W. M. Ortopedia e traumatologia. Barueri: Manole, 2008.
HEBERT, S. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e práticas. 5. ed. Porto Alegre: 
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HOPPENFELD, S. Exame clínico musculoesquelético. Barueri: Manole, 2016.
JULIÃO, O. F. O exame neurológico. Revista de Medicina, São Paulo, p. 40-70, 31 jul.1941.
MAGEE, D. J. Avaliação Musculoesquelética. 5. ed. São Paulo. Manole, 2010.
MENDES, P. D. et al. Distúrbios da consciência humana – parte 2 de 3: a abordagem dos enfer-
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MISULIS, K.; HEAD, T. C. Netter Neurologia Essencial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
OLIVEIRA, L. S.; GOLIN, M. O. Técnica para redução do tônus e alongamento muscular passivo: 
efeitos na amplitude de movimento de crianças com paralisia cerebral espástica. ABCS Health 
Science, [s. l.], v. 42, n. 1, p. 27-33, 2017.
O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4. ed. Barueri: 
Manole, 2004.
PORTO, C. C.; PORTO, A. L. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
SMID, J.; NITRINI, R. Propedêutica neurológica. MedicinaNET, [s. l.], 15 set. 2008. Disponível em: 
http:// www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1189/propedeutica_neurologica. htm. 
Acesso em: 18 jan. 2024. 
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1. São classificadas em hipertonia, hipotonia ou distonia. 
2. Considerável aumento do tônus, movimentos passivos dificultados. Escala modificada de 
Ashworth. 
3. Opção A. Hiperalgesia, que significa aumento da sensibilidade à dor. 
4. Opção E. Descreve o teste de coordenação motora descrito no enunciado.
5. Opção B. O reflexo tendinoso tricipital que envolve as raízes nervosas de C6-C8 pode ser 
avaliado com o paciente sentado à beira da maca, cotovelo flexionado sobre o antebraço do 
fisioterapeuta, com leve abdução. O fisioterapeuta percute sobre o tendão tricipital.
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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UNIDADE 5
MINHAS METAS
AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DO 
SISTEMA NERVOSO – ESCALAS DE 
AVALIAÇÃO EM NEUROLOGIA
Realizar a avaliação cinético-funcional do sistema nervoso por meio dos 
principais instrumentos de avaliação.
Aprender a utilizar a escala ASIA e fazer a sua aplicação.
Aprender sobre a Escala de Avaliação Postural para Pacientes após 
Acidente Vascular Encefálico (EAPA) e como ela é realizada.Conhecer e aprender sobre a aplicação do Teste de Habilidade Motora 
de Membro Superior (THMMS).
Conhecer as escalas de avaliação usadas na Doença de Parkinson e 
como aplicá-las.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5
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INICIE SUA JORNADA
Caro estudante, neste tema, falaremos sobre a avaliação 
físico-funcional do sistema nervoso, abordando alguns 
dos inúmeros instrumentos/ questionários utilizados 
para avaliar a função físico-funcional dos pacien-
tes com lesões neurológicas. Você aprenderá alguns 
instrumentos utilizados na prática clínica do fisio-
terapeuta, porém não deixe de pesquisar outros 
instrumentos/questionários de avaliação do sis-
tema nervoso, pois uma boa avaliação te guiará 
para a escolha da melhor conduta terapêutica.
Apresentaremos a escala American Spinal 
Injury Association (ASIA), mundialmente 
reconhecida e utilizada nos traumatismos 
raquimedulares; a Goal Attainment Scale 
(GAS), em português, Escala de Objetivos Atingi-
dos; a Medida de Independência Funcional (MIF); 
o Índice do Risco de Quedas, a Escala de Avaliação 
Postural para Pacientes após Acidente Vascular En-
cefálico (EAPA); o Teste de Habilidade Motora de 
Membro Superior (THMMS) e as escalas de avalia-
ção usadas na Doença de Parkinson. 
Conheceremos um pouco mais dessas esca-
las e prepararemos você para esse conteúdo 
de muita relevância à sua formação.
Para você aprofundar seu conhecimento e aprender um pouco mais sobre instru-
mentos de avaliação usados em neurologia, preparamos o podcast A importância 
da avaliação neurológica na fisioterapia: escalas clínicas. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
VAMOS RECORDAR?
O assunto deste tema de aprendizagem é como usar instrumentos e escalas de 
avaliação usadas na avaliação do sistema nervoso. Então, pensando no impacto de 
doenças e disfunções que podem afetá-lo, relembraremos suas principais funções 
e como ele é organizado. 
O sistema nervoso é responsável pela vida de relação e pela vida vegetativa, 
a primeira refere-se a sensações, movimentos, funções psíquicas; enquanto a 
segunda está relacionada às funções biológicas internas. Dessa forma, qualquer 
alteração em uma de suas estruturas ou no funcionamento delas é capaz de 
provocar mudanças na sensibilidade, no comportamento, no movimento e nas 
capacidades físicas que envolvem equilíbrio, agilidade, coordenação, entre ou-
tros. As principais funções do sistema nervoso são classificadas em integradora, 
sensorial, motora e adaptativa.
Na função integradora, a informação sensitiva trazida ao Sistema Nervoso Cen-
tral (SNC) é interpretada, integrada e processada. Na função sensorial, os nervos 
sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e as condu-
zem ao SNC. Na função motora, os nervos motores conduzem a informação do 
SNC em direção aos músculos e às glândulas do corpo, levando as informações 
do SNC. Por último, a função adaptativa refere-se à adaptação do organismo ao 
meio ambiente.
Agora, recordaremos a divisão morfológica ou anatômica, a qual diz respeito às 
estruturas anatômicas, e as fisiológicas, que estão relacionadas ao funcionamento. 
O sistema nervoso é dividido em SNC e Sistema Nervoso Periférico (SNP). O SNC, 
por sua vez, separa-se em encéfalo e medula espinhal. O encéfalo é dividido em 
cérebro, formado pelo telencéfalo e diencéfalo; cerebelo e tronco encefálico, for-
mado por mesencéfalo, ponte e bulbo. Já o SNP é formado por nervos sensitivos, 
motores e/ou mistos, gânglios e terminações nervosas. Funcionalmente, o sistema 
nervoso divide-se em sistema nervoso somático e visceral ou autônomo. 
A partir dessa revisão, já é possível compreender a importância que esse sistema 
apresenta ao ser humano em todas as nossas atividades e no próprio desenvolvi-
mento humano, desde a infância até a velhice. 
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL 
Neste tema de aprendizagem, abordaremos instrumentos e escalas clínicas comumen-
te usados, de maneira complementar, ao exame físico realizado por fisioterapeutas.
A escala ASIA foi criada em 1984 na América do Norte, com intuito de 
padronizar internacionalmente uma ficha de avaliação para pessoas com lesão 
medular (NEVES et al., 2007), passando por várias revisões. A escala ASIA for-
nece informações quanto ao nível neurológico, nível motor, nível sensitivo e o 
tipo de lesão (BARROS FILHO et al., 1994). 
A Escala de Objetivos Atingidos é a versão em português da sigla GAS, esta 
publicada em 1968, por Kiresuk e Sherman. A GAS busca avaliar os resultados 
de determinada intervenção, de acordo com objetivos previamente estabelecidos 
(YOUNG; CHESSON, 1997).
A medida de independência funcional (MIF) foi desenvolvida na década 
de 1980 com o objetivo de criar um instrumento capaz de medir o grau de soli-
citação de cuidados a terceiros que a pessoa portadora de deficiência exige para 
realização de tarefas motoras e cognitivas (RIBERTO et al., 2001).
A Escala de Quedas de Morse foi desenvolvida por Janice M. Morse em 1985, 
no Canadá. É uma das escalas mais utilizadas na avaliação do risco de quedas.
A Escala de Avaliação Postural para Pacientes após Acidente Vascular 
Encefálico (EAPA) é uma escala funcional-quantitativa direcionada a pacientes 
com sequelas de AVE, adaptada e validada à população brasileira, tendo sido 
criada originalmente por Benaïm e sua equipe, em 1999 (SORIANO; BARALDI, 
2010). A EAPA busca avaliar as posturas deitada, sentada e em pé do paciente. 
O Teste de Habilidade Motora de Membro Superior (THMMS) foi de-
senvolvido em 1988 por McCulloch e colaboradores, e sua versão para o portu-
guês foi elaborada em 2006 por Morlin e equipe. É um instrumento de avaliação 
da função e da qualidade do movimento do membro superior de pacientes pós-
-AVE durante a realização de algumas tarefas presentes nas atividades de vida 
diária (AVD) (MORLIN et al., 2006; McCULLOCH et al., 1988). 
Existe grande variedade de escalas que procuram avaliar diferentes aspectos 
das manifestações clínicas apresentadas por pacientes com Doença de Parkin-
son. Abordaremos neste tema a Escala de Hoehn e Yahr modificada, desen-
volvida em 1967. Ela avalia a incapacidade dos indivíduos com Parkinson, in-
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
dicando o estado geral do paciente, de forma rápida e prática (HORTA, 1996; 
RODRIGUES et al., 2005; GOULART; PEREIRA, 2005; CHEN, 2010). Você 
estudará também a Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkin-
son (UPDRS), criada em 1987 e que avalia, por meio da observação clínica do 
autorrelato, os sinais, sintomas e algumas atividades dos pacientes com Doença 
de Parkinson. Além dessas escalas, o Questionário de Qualidade de Vida da 
Doença de Parkinson (PDQL) é um instrumento de avaliação de qualidade de 
vida específico para pacientes com essa doença, desenvolvido em 1996 a partir de 
outros questionários de qualidade de vida já utilizados e de entrevistas realizadas 
por neurologistas com seus pacientes portadores da enfermidade. 
ASIA (AMERICAN SPINAL INJURY ASSOCIATION)
A escala ASIA é considerada uma das avaliações mais utilizadas na prática clínica 
para pessoas com sequelas de trauma raquimedular. A escala nos traz informa-
ções quanto a nível neurológico (refere-se ao segmento mais distal da medula 
espinhal com funções motora e sensitiva normais tanto no lado esquerdo quanto 
no lado direito do corpo), nível motor (refere-se ao segmento mais distal da 
medula espinhal que tem a função motora normal em ambos os lados do corpo), 
nível sensitivo (corresponde ao segmento mais distal da medula, tem função 
sensitiva normal nos dois lados do corpo) e o tipo de lesão (completa, incom-
pleta, graduação) (BARROS FILHO et al., 1994). 
A avaliação pela escala ASIA tem duas etapas: sensitiva e motora, com ele-
mentos obrigatórios e opcionais. Os elementos obrigatórios são úteis para de-
terminar o nível neurológico, sensitivo e motor eo tipo de lesão. Os elementos 
opcionais, apesar de não serem utilizados como índices (soma numérica), ajudam 
na descrição clínica do paciente (BARROS FILHO et al., 1994; NEVES et al., 
2007). Neste conteúdo, apresentaremos os elementos obrigatórios da escala. 
A ASIA se inicia pela avaliação motora em ambos os lados do corpo e, então, 
segue para a avaliação sensitiva, também em cada lado do corpo. A avaliação 
motora é realizada pelo teste muscular manual de dez miótomos (grupos de 
fibras musculares inervadas pelos axônios motores dentro de cada raiz nervosa) 
específicos: C5 (flexores do cotovelo); C7 (extensores do cotovelo); C8 (flexores 
dos dedos, testado no dedo médio); T1 (abdutores do dedo mínimo); L2 (fle-
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xores do quadril); L3 (extensores do joelho); L4 (dorsiflexores do tornozelo); L5 
(extensores longos dos dedos do pé, testado no hálux); S1 (flexores plantares do 
tornozelo)( BARROS FILHO et al., 1994; NEVES et al., 2007). 
O teste de força muscular baseia-se na seguinte graduação: 0 (paralisia total 
do músculo); 1 (contração visível ou palpável); 2 (movimento ativo, com Am-
plitude de Movimento, ADM, completa quando a gravidade está eliminada); 3 
(movimento ativo, com ADM completa contra a gravidade); 4 (movimento ativo 
contra resistência moderada); 5 (movimento ativo com ADM completa contra 
resistência máxima). Quando você não conseguir testar a graduação da força 
muscular por algum motivo, seja por presença de dor, seja amputação de algum 
segmento corporal, anote como não testável (NT) (ASIA, 2019).
A avaliação sensitiva é realizada por meio do exame dos 28 dermátomos 
(refere-se à área da pele inervada por axônios sensitivos dentro de cada raiz ner-
vosa) encontrados no lado esquerdo e direito do corpo. São avaliados os aspectos 
dolorosos e tato fino/leve. Para avaliar o aspecto doloroso, utiliza-se uma agulha 
descartável, para o aspecto tátil, utiliza-se algodão. A avaliação sensitiva (tanto 
dolorosa quanto tato fino) baseia-se na seguinte graduação: 0 (ausente); 1 (alte-
rada, seja uma sensação diminuída, seja uma sensação aumentada); 2 (normal ou 
intacta); ou não testável (NT), como você já viu na avaliação da força muscular 
(ASIA, 2019, on-line).
Além das avaliações sensitiva e motora, deve-se avaliar a pressão anal profun-
da e a contração anal voluntária, percebida pela contração ao redor do dedo do 
avaliador, a fim de determinar se a lesão raquimedular é completa ou incompleta 
(BARROS FILHO et al., 1994; NEVES et al., 2007). Em uma lesão completa, o 
paciente não tem preservação das raízes sacrais tanto sensitivas quanto motoras. 
Em uma lesão incompleta, há preservação dessas raízes.
A partir das avaliações sensitiva, motora, pressão anal profunda e contração 
anal voluntária, será possível definir a extensão da lesão. De acordo com a ASIA 
(2019), conseguimos classificar o paciente em uma escala de cinco categorias, a 
saber:
 ■ Lesão completa: não há função motora ou sensitiva preservada no seg-
mento sacral S4-S5. 
 ■ Lesão sensitiva incompleta: perda da função motora, mas há preserva-
ção da função sensitiva abaixo do nível neurológico. Inclui sensibilidade 
do segmento sacral S4-S5 (há pressão anal profunda). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
 ■ Lesão motora incompleta: há preservação da função sensitiva, mas, 
na função motora, apresenta menos da metade dos músculos abaixo da 
lesão com grau de força muscular maior ou igual a III. 
 ■ Lesão motora incompleta: há preservação da função sensitiva e, no 
mínimo, metade dos músculos abaixo da lesão devem ter grau maior ou 
igual a III. 
 ■ Normal: há preservação mo-
tora e sensitiva.
No momento de classificar o seu 
paciente de acordo com a ASIA, 
você deve: 1) definir, primeiramen-
te, o nível sensitivo para ambos os 
lados do corpo; 2) determinar o nível 
motor para ambos os lados do corpo; 3) 
determinar o nível neurológico da lesão, 
o qual se refere ao nível mais caudal da 
medula espinhal, com função motora 
e sensitiva preservadas em ambos os 
lados do corpo; 4) determinar se a 
lesão é completa ou incompleta; 
5) determinar a zona de pre-
servação parcial, a qual cor-
responde àqueles dermátomos 
ou miótomos distais ao nível 
neurológico que permanecem 
parcialmente inervados.
Sugerimos que, para aprofundar o estudo da Escala ASIA, você procure o site da 
Associação Americana de Lesão Medular, onde encontrará a ficha de avaliação da 
ASIA e outras informações pertinentes à escala. Recursos de mídia disponíveis no 
conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EU INDICO
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Quadro 1 – Goal Attainment Scale (GAS) ou Escala de Objetivos Atingidos 
Fonte: adaptado de Sotero e Relvas (2019).
GOAL ATTAINMENT SCALE (GAS) 
OU ESCALA DE OBJETIVOS ATINGIDOS
A GAS consiste na identificação prévia dos objetivos que se deseja alcançar com 
a intervenção proposta e na avaliação posterior do grau em que eles foram atin-
gidos. Essa escala pode ser considerada uma abordagem de avaliação indivi-
dualizada que permite avaliar longitudinalmente a mudança. 
A versão da GAS que será apresentada aqui é constituída por cinco níveis 
de mudança: +2, +1, 0, -1, -2, conforme você pode observar no quadro, a seguir.
Essa versão pode ser utilizada para avaliar resultados obtidos em uma interven-
ção que considera o contexto familiar (SOTERO; RELVAS, 2019). Os objetivos 
estabelecidos no início do processo terapêutico serão avaliados na última sessão, 
buscando analisar em que medida foram alcançados enquanto resultado do pro-
cesso de intervenção (SOTERO; RELVAS, 2019). A perspectiva do paciente e da 
família deve coincidir com a sua. Desencoraje qualquer perspectiva surreal. 
ESTRUTURA DA GAS
NÍVEIS DE MUDANÇA
PONTUAÇÃO
METAS
AS METAS DEVEM SER:
Melhoria acentuada +2
Formuladas de modo colaborativo 
entre a família e o interventor.
Melhoria moderada +1
Representativas do que é esperado 
alcançar-se.
Situação atual 0 Pelo menos duas e menos de quatro.
Agravamento moderado -1
Realistas, relevantes e sua 
concretização deve poder ser 
avaliada e escalonada.
Agravamento acentuado -2
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
De acordo com o modelo proposto originalmente, na GAS, você deve sele-
cionar um indicador-chave para cada meta. Mas o que isso significa? O indi-
cador-chave é um comportamento, uma competência, habilidade, uma situação 
concreta que melhor represente a meta. 
Você deve definir a “situação atual” em termos quantitativos (dias em que 
ocorre, tempo de duração, intensidade da perda de equilíbrio, por exemplo), 
mas também é possível fazer em termos qualitativos, definir em que medida 
ocorre (pouco, muito etc.). 
Agora, você já pode escalonar com o paciente e a família os progressos e 
registrar na escala os níveis +1 e +2. O nível +2 representa o melhor nível que 
esperaso, tendo uma visão realista num período de tempo não superior a seis 
ou oito meses. O nível +1 representa o nível intermediário na escala até o +2. 
Como a mudança é um processo gradual, você deve atribuir muita importância 
aos primeiros passos, sendo fundamental a boa definição desse nível. Os níveis 
-1 e -2 representam agravamento da situação inicial do paciente. 
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (MIF)
A Medida de Independência Funcional (MIF) é muito utilizada na reabilitação e 
verifica o desempenho do indivíduo na realização de um conjunto de 18 tarefas, 
referentes a: subescalas de autocuidados, controle esfincteriano, transferências, 
locomoção, comunicação e cognição social (RIBERTO et al., 2001). Cada item 
é classificado em uma escala de graus de dependência de sete 
níveis: o valor 0 corresponde à dependência total, enquanto 
o 7 corresponde à normalidade na realização de tarefas, isto 
é, de forma independente. 
A abordagem da MIF é verbal, ou seja, deve ser 
respondida pelo paciente, se possível, sobre as suas ativi-
dades de vida diária. A MIF pode ser utilizada em duas 
partes: motora e cognitiva (BRASIL, 2006).
Neste conteúdo, lhe apresentaremos a partemotora. 
No quadro, a seguir, você encontrará as funções avalia-
das pela MIF.
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MIF 
TOTAL
MIF MOTOR
Autocuidado
Autocuidados
Higiene matinal
Banho
Vestir-se acima da cintura
Vestir-se abaixo da cintura
Controle de 
esfíncteres
Uso do vaso sanitário
Controle da urina
Controle das fezes
Transferência
Leito, cadeira, cadeira de rodas
Vaso sanitário
Chuveiro ou banheira
Locomoção
Escalas
MIF 
COGNITIVO
Comunicação
Compreensão
Expressão
Cognição Social
Interação social
Resolução de problemas
Memória
Riberto et al. (2001) afirmam que o escore total da MIF é feito pela soma dos 
escores de cada dimensão, variando de 18 a 126 pontos. Portanto, os níveis de 
dependência são classificados de acordo com o escore total da MIF, quais sejam: 18 
corresponde à dependência completa; 19 a 60, à dependência modificada (as-
sistência de até 50% das tarefas); 61 a 103, à dependência modificada (assistência 
de até 25% das tarefas); 104 a 126, à independência completa/modificada. 
Você pode utilizar como referência o quadro, a seguir, para preencher a 
avaliação:
Quadro 2 – Medida de Independência Funcional (MIF) / Fonte: Brasil (2006, p. 149).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
N
ÍV
EI
S
Independente
7 - Independência completa (em segurança, 
em tempo normal).
6 - Independência modificada (ajuda técnica).
Sem assistência
Dependência modificada
5 - Supervisão
4 - Dependência mínima 
3 - Dependência moderada
Dependência completa
2 - Dependência máxima
1 - Dependência total
Com assistência
Data
AUTOCUIDADO
A. Alimentação
B. Higiene pessoal
C. Banho
D. Vestir-se acima da cintura
E. Vestir-se abaixo da cintura
F. Uso do vaso sanitário
CONTROLE DE ESFÍNCTERES
G. Controle da urina
H. Controle das fezes
MOBILIDADE
TRANSFERÊNCIAS
I. Leito, cadeira, cadeira de rodas
J. Vaso sanitário
K. Banheira ou chuveiro
LOCOMOÇÃO
L. Marcha
M. Escadas
Total
Quadro 3 – Itens de preenchimento da Medida de Independência Funcional (MIF)
Fonte: adaptado de Brasil (2006).
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A seguir, você encontra a descrição dos níveis de dependência, baseado em 
Envelhecimento e saúde da pessoa idosa, do Ministério da Saúde (BRASIL, 2006): 
Para tomar decisões com mais segurança e para utilizar em algum momento no 
qual você esteja com dúvidas, a árvore de decisões sugerida pelo Ministério da 
Saúde (BRASIL, 2006), pode lhe ser muito útil. Recursos de mídia disponíveis no 
conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EU INDICO
INDEPENDÊNCIA (SEM AJUDA)
Não é necessária a ajuda de outra pessoa para realizar as atividades. 
INDEPENDÊNCIA COMPLETA
As tarefas são realizadas em segurança, sem modificação, sem ajuda técnica e em 
tempo razoável. 
INDEPENDÊNCIA MODIFICADA
A atividade requer ajuda técnica, adaptação, órtese ou prótese, tempo de realização 
demasiado elevado, ou não pode ser realizada em condições de segurança suficientes. 
DEPENDENTE (COM AJUDA)
Outra pessoa é necessária para supervisão ou ajuda física. Sem ela, a atividade não 
pode ser realizada. 
SUPERVISÃO OU PREPARAÇÃO
A pessoa precisa apenas de uma presença, uma sugestão ou encorajamento, sem con-
tato físico, ou ainda, o ajudante coloca na pessoa uma órtese ou prótese (ajuda técnica). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
ASSISTÊNCIA MÍNIMA
O contato é feito por meio de um toque apenas, uma ajuda leve. A pessoa realiza a 
maior parte do esforço. 
ASSISTÊNCIA MODERADA
A pessoa necessita de mais que um toque leve, necessita de ajuda moderada. 
DEPENDÊNCIA COMPLETA
A pessoa efetua menos da metade do esforço requerido, necessitando de ajuda máxi-
ma ou total, sem a qual a atividade não pode ser realizada. 
ASSISTÊNCIA MÁXIMA
A pessoa desenvolve menos da metade do esforço requerido, mas ainda realiza algum 
esforço que ajuda no desempenho da atividade. 
ASSISTÊNCIA TOTAL
A pessoa desenvolve esforço mínimo, necessitando de ajuda total. 
Caro estudante, apesar de parecer 
simples, por vezes, você talvez terá 
dúvidas no momento em que esti-
ver realizando a avaliação. Preste 
bastante atenção nas observações 
que seguem, ainda de acordo com 
o Envelhecimento e saúde da pes-
soa idosa, do Ministério da Saúde 
(BRASIL, 2006):
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4
4
• Sempre que houver preparo para a tarefa por alguma pessoa, o nível máximo de 
avaliação deverá ser 5. 
• Se a pessoa é colocada em risco para testar algum item, não o faça e marque 1. 
• Se a pessoa não realiza uma tarefa, marque 1.
• Sempre que duas pessoas forem necessárias para a realização de uma tarefa, 
marque o nível 1.
• Nunca deixe um item sem marcação, preencha todos. 
• Para os itens Marcha/Cadeira de Rodas, Compreensão e Expressão, é necessário 
marcar qual a forma mais habitual de realizar tal tarefa.
ÍNDICE DO RISCO DE QUEDAS
As escalas de avaliação do risco de quedas são ferramentas que atribuem um valor 
numérico a diferentes fatores de risco. Segundo Barbosa, Carvalho e Cruz (2015), 
as quedas são classificadas em: acidentais, fisiológicas não antecipáveis e 
fisiológicas antecipáveis.
A Escala de Quedas de Morse é composta por seis itens que refletem os 
fatores de risco de queda e deve ser utilizada para pessoas com mais de 18 anos, 
é altamente confiável e aplicada por meio de entrevista ao paciente bem como 
por consulta dos processos clínicos. O seu tempo de preenchimento é bastante 
curto, em torno de três minutos (COSTA-DIAS; FERREIRA, 2014). 
A presença de fator de risco é assinalada em “sim” ou “não” nos itens 1, 2, e 
4. Para os itens restantes, a pontuação baseia-se em dois ou três descritores. A 
pontuação total dessa escala é de 125, discriminando as pessoas em função do 
nível do risco de queda. Dessa maneira, a pessoa não tem qualquer risco de queda 
se a pontuação for igual ou inferior a 24, se a pontuação total estiver entre 25 e 
50, a pessoa tem baixo risco de queda, o risco elevado atribui-se à pessoa que 
obtiver uma pontuação total igual ou superior a 51 (COSTA-DIAS; FERREIRA, 
2014). O preenchimento da avaliação deve ser feito de acordo com os itens a 
serem analisados. 
Observe a escala de Queda de Morse na tabela, a seguir, na sua versão portu-
guesa, a qual é semântica e culturalmente equivalente à original:
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
ITEM PONTUAÇÃO
1. História de quedas, neste internamento/urgência ou nos 
últimos três meses
Não 0
Sim 25
2. Diagnóstico(s) secundário(s)
Não 0
Sim 15
3. Ajuda para caminhar
Nenhuma/ajuda de enfermeiro/acamado/cadeira de rodas 0
Muletas/canadenses/bengalas/andarilho 15
Apoio no mobiliário para andar 30
4. Terapia intravenosa
Não 0
Sim 20
5. Postura no andar e na transferência
Normal/acamado/imóvel 0
Debilitado 10
Dependente de ajuda 20
6. Estado mental
Consciente das suas capacidades 0
Esquece-se das suas limitações 15
Tabela 1 – Escala de Quedas de Morse / Fonte: adaptada de Costa-Dias e Ferreira (2014).
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ESCALA DE AVALIAÇÃO POSTURAL PARA PACIENTES APÓS 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (EAPA)
A Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (2002 apud CORDINI; 
ODA; FURLANETTO, 2005) considera o Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
uma das principais causas de morte e incapacidade física no mundo, ou seja, é 
uma doença de forte impacto na saúde pública e nas atividades de vida diária 
(AVD), no convívio social e declínio da qualidade de vida, por isso, segundo 
Stokes (2000), são importantes instrumentos como a Escala de Avaliação Postural 
para Pacientes após Acidente Vascular Encefálico (EAPA). 
A EAPA avalia as posturas deitado, sentado e em pé e foi desenvolvida baseada em 
três ideias, quais sejam: 
1. O controle postural depende da habilidade de manter a postura e o equilíbrio com 
mudanças de postura (dois domínios que podem ser avaliados com a escala).
2. É uma escala que pode ser usada com todos os pacientes, incluindo aqueles 
com forte déficit postural.
3. É uma escala com níveis progressivos de dificuldade em suas tarefas (BENAÏM 
et al., 1999). 
Yoneyama et al. (2008) afirmam que a EAPA é uma escalaque pode ser aplicada 
rápida e facilmente para avaliar o desempenho de equilíbrio estático e dinâmico 
e a habilidade em realizar transferências posturais na fase aguda após o AVE bem 
como para quantificar os ganhos em fases mais tardias da reabilitação. 
A EAPA contém 12 itens em duas subescalas. A subescala Manutenção 
da Postura (MAP) contém cinco itens a serem avaliados: sentado sem apoio, 
em pé com apoio, em pé sem apoio, em pé sobre a perna sadia e em pé sobre a 
perna afetada. 
A subescala Mudança de Postura (MUP) avalia sete itens: mudança da 
posição supina para o lado afetado, mudança da posição supina para o lado não 
afetado, supino para sentado à beira do leito/mesa de exames, sentado à beira 
do leito/mesa de exames para supino, sentado para em pé, em pé para sentado, 
e em pé pegando um lápis no chão. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Para cada um dos itens, é atribuído um valor de 0 a 3 numa escala ordinal, 
sendo 0: incapacidade de realizar a atividade ou máxima dificuldade em execu-
tá-la e 3: capacidade de realizar a tarefa com o mínimo de apoio, sem qualquer 
ajuda ou com a maior facilidade possível. Portanto, a pontuação máxima a ser 
atingida na subescala MAP é 15, e na subescala MUP, 21. A pontuação total 
mínima da EAPA é 0 = pior função; a pontuação total máxima é 36 = melhor 
função (ESCARCEL; MÜLLER; RABUSKE, 2010). 
A seguir, você encontra um modelo de tabela para preencher os resultados 
encontrados:
VARIÁVEIS ESCORE 0 ESCORE 1 ESCORE 2 ESCORE 3
Manutenção de postura
Sentado sem apoio.
Em pé com apoio.
Em pé sem apoio.
Em pé sobre a perna sadia.
Em pé sobre a perna afetada.
Mudança de postura
Supino para o lado afetado.
Supino para o lado não afetado.
Supino para sentado à beira da mesa.
Sentado à beira da mesa para supino.
Sentado para em pé.
Em pé para sentado.
Em pé, pega um lápis no chão.
Tabela 2 – Subescalas de Avaliação Postural para Pacientes após Acidente Vascular Encefálico (EAPA)
Fonte: adaptada de Escarcel, Müller e Rabuske (2010). 
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TESTE DE HABILIDADE MOTORA DO 
MEMBRO SUPERIOR (THMMS)
O Teste de Habilidade Motora do Membro Superior (THMMS) 
é um instrumento de avaliação funcional aplicável ao paciente 
pós-AVE, de caráter qualitativo e quantitativo, voltado para ava-
liar a função e a qualidade do movimento de membro superior 
de pacientes com AVE durante a realização de algumas tarefas 
presentes nas atividades de vida diária (MORLIN et al., 2006; 
McCULLOCH et al., 1988).
O THMMS é um instrumento a ser utilizado tanto em ambiente 
ambulatorial quanto hospitalar, por profissionais de diferentes áreas 
da saúde (BUENO et al., 2008; MORLIN et al., 2006). Ele é com-
posto por 13 tarefas que reproduzem atividades de vida diária. Tais 
tarefas são avaliadas em uma escala que varia de 0 a 5, de acordo 
com dois itens: habilidade funcional, que se refere à capacidade de 
realizar uma meta, e a qualidade do movimento, a qual significa 
avaliar em que medida o movimento da tarefa foi realizado (KOPP 
et al., 1997; MORLIN et al., 2006; BUENO et al., 2008).
Os critérios de graduação foram baseados na Escala Likert, de 
acordo com cada item: 
 ■ Item habilidade funcional: 0 = Não tem; 1 = Muito pouco; 
2 = Pouco; 3 = Moderado; 4 = Quase normal; 5 = Normal.
 ■ Item qualidade do movimento: 0 = Não tem; 1 = Muito pobre; 
2 = Pobre; 3 = Moderado; 4 = Quase normal; 5 = Normal.
O tempo de desempenho de cada tarefa deve ser cronometrado, 
podendo variar de 60 a 120 segundos (McCULLOCH et al., 1988; 
KOPP et al., 1997). 
Observe o quadro, a seguir, que contém as tarefas a serem avalia-
das pelo THMMS. Kopp et al. (1997) atentam para o fato de que o 
tempo deve ser cronometrado discretamente, a fim de não apressar 
ou constranger o paciente, visto que as instruções dadas a ele para 
que realize as tarefas devem focar na qualidade ao invés da veloci-
dade do movimento.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
1 Cortar “carne” 8 Usar o telefone
Pegar garfo e faca.
Cortar carne.
Garfo até a boca.
Levar o receptor do telefone à orelha.
Digitar um número no telefone.
2 Comer sanduíche 9 Secar água derramada
Pegar sanduíche.
Levar até a boca.
Secar a água em até seis movimentos.
Torcer o pano.
3 Comer com colher 10 Colocar o casaco
Pegar colher.
Pegar sopa com a colher.
Colher até a boca.
Braço afetado na manga, colocar o 
casaco pelo ombro afetado.
Abotoar dois botões.
4 Beber em caneca 11 Colocar a camiseta
Segurar no cabo da caneca.
Caneca até a boca.
Braços nas mangas da camiseta.
Cabeça pela gola.
Colocar e ajeitar a camiseta.
5 Pentear o cabelo 12 Estender o braço
Pegar o pente.
Pentear o cabelo.
Estender o braço afetado e pegar um 
objeto pequeno.
6 Abrir a jarra 13 Acender a luz/abrir a porta
Segurar a tampa da jarra.
Apertar e abrir a jarra.
Acender a luz pelo interruptor.
Agarrar a maçaneta, rodar, abrir a porta 
em até seis movimentos.
Fechar a porta.7 Dar nó em cadarço
Dar nó em cadarço.
Quadro 4 – Tarefas do Teste de Habilidade Motora do Membro Superior (THMMS) 
Fonte: adaptado de Kopp et al. (1997) e Morlin et al. (2006).
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ESCALAS DE AVALIAÇÃO USADAS NA 
DOENÇA DE PARKINSON 
A Doença de Parkinson é uma enfermidade crônica e degenerativa que acomete 
os gânglios da base, cujas principais características são as alterações da postu-
ra, do equilíbrio e da marcha, tremor, rigidez e bradicinesia (CANNING et al., 
1997). Apesar da fisioterapia ser um recurso de tratamento amplamente utilizado 
para retardar, minimizar ou impedir a perda de habilidades gerais nos pacientes 
com Parkinson, os instrumentos de avaliação específicos a essa doença são pouco 
difundidos entre os fisioterapeutas (GOULART; PEREIRA, 2005). 
Você poderá procurar por mais informações das escalas aplicáveis à pacientes 
com a Doença de Parkinson, visto que há grande variedade de escalas que con-
tribuem para melhorar a elaboração de um plano terapêutico, assim como para 
acompanhar os pacientes no desenvolvimento dessa doença.
Escala de Hoehn e Yahr modificada
A escala de Hoehn e Yahr envolve sete estágios de classificação para avaliar a gra-
vidade da doença de Parkinson, abrangendo medidas globais de sinais e sintomas 
que possibilitam a classificação do paciente quanto ao nível de incapacidade. 
Os pacientes classificados nos estágios de 1 a 3 apresentam incapacidade leve a 
moderada; os que estão nos estágios 4 e 5, incapacidade grave (HORTA, 1996; 
SHENKMAN et al., 2001; RODRIGUES et al., 2005). O estágio 2,5 refere-se ao 
paciente que, no teste do empurrão, dá mais do que três passos para trás, mas 
recupera o equilíbrio sem ajuda. 
Observe o quadro, a seguir, com a Escala de Hoehn e Yahr modificada:
Estágio 0 Nenhum sinal de doença.
Estágio 1 Doença unilateral.
Estágio 1,5 Acometimento unilateral e axial.
Estágio 2 Acometimento bilateral, sem prejuízo do equilíbrio.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Escala Unificada de Avaliação da Doença 
de Parkinson (UPDRS)
A Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS) avalia os 
sinais, sintomas e algumas atividades de pacientes com essa enfermidade, por 
meio da observação clínica do autorrelato. 
A escala é composta por 42 itens, divididos em: atividade mental, compor-
tamento e humor; atividades de vida diária; exame motor; complicações da te-
rapia medicamentosa (HORTA, 1996; GOULART; PEREIRA, 2005). Cada item 
é avaliado em uma graduação de 0 a 4, sendo que o valor máximo indica maior 
comprometimento pela doença, e o valor mínimo, tendência à normalidade 
(HORTA, 1996).
Questionário de Qualidade de Vida da 
Doença de Parkinson (PDQL) 
Trata-se de um questionário autoaplicável, de fácil manejo (HOBSON; HOL-
DEN; MEARA, 1999), contendo 37 itens, subdivididos em quatro domínios, a 
saber: sintomas parkinsonianos; sintomas sistêmicos; função emocional e função 
social. As pontuações para cada item são: 1 = O tempo todo; 2 = Quase sempre; 
3 = Algumas vezes; 4 = Poucas vezes; 5 = Nunca. O escore paracada domínio é 
determinado pela média dos pontos de cada item do referido domínio. A pon-
tuação máxima do PDQL indica melhor percepção do paciente em relação à sua 
qualidade de vida (BOER, 1996).
Quadro 5 – Escala de Hoehn e Yahr modificada / Fonte: adaptado de Shenkman. (2001).
Estágio 2,5 Leve acometimento bilateral, recuperação no teste de equilíbrio (pull test).
Estágio 3
Acometimento leve a moderado; alguma instabilidade postural; 
independente fisicamente.
Estágio 4
Acometimento severo; ainda capaz de caminhar ou permanecer em pé 
sem auxílio.
Estágio 5 Usando cadeira de rodas ou acamado, exceto se auxiliado.
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Confira aqui a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no con-
teúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS 
Neste tema de aprendizagem, apresentamos a você instrumentos e escalas de 
avaliação aplicáveis para pacientes com disfunção do sistema nervoso. Essas 
ferramentas de avaliação não substituem sua avaliação fisioterapêutica tra-
dicional, mas são usadas para complementar e aprofundar seu diagnóstico 
cinético-funcional bem como favorecer o estabelecimento dos seus objetivos 
de tratamento, pois podem fornecer dados que colaborarão para traçar o per-
fil prognóstico do paciente e, também, auxiliá-lo na 
escolha das condutas terapêuticas, em quais exer-
cícios e recursos serão utilizados no tratamento.
Ter essa compreensão na prática clínica é im-
portante para saber selecionar qual desses ins-
trumentos faz sentido a determinado paciente, 
de acordo com sua condição clínica e doença. 
Conforme foi apresentado para você neste tema 
de aprendizagem, esses instrumentos e es-
calas de avaliação possuem características 
específicas, sendo necessário treinamento e 
capacitação à sua aplicação. É importan-
te para o profissional fisioterapeuta 
formado realizar cursos e treina-
mentos, visando a aprimorar seu 
conhecimento, além de adquirir 
certificações, quando necessário. 
Vale ressaltar a importância da edu-
cação continuada na evolução do seu 
conhecimento e na obtenção de des-
taque no mercado de trabalho. 
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1. Senhor O.N., 65 anos, com sequela de Acidente Vascular Encefálico (AVE) à direita. Conse-
gue alimentar-se sozinho, apesar de ter dificuldades para cortar os alimentos, necessitando 
do auxílio de sua esposa. Alimenta-se à mesa e chega até ela com a ajuda de um andador, 
necessitando apenas de supervisão. Quando sobe ou desce escadas, consegue fazê-lo em 
torno de 12 degraus, com contato leve de proteção de sua esposa. Para levantar-se da cama 
ou cadeira, seu filho o auxilia, dando suporte no lado direito do corpo. Consegue utilizar o 
vaso sanitário sozinho, porém relatam que já houve queda por duas vezes, devido à sua 
ansiedade em chegar ao banheiro mais rápido, portanto, O.N. precisa de alguma supervisão 
para realizar essa tarefa e leva um tempo um pouco maior que o habitual nela. O banho 
é realizado na cadeira de banho, e sua esposa o ajuda minimamente nessa tarefa. Escova 
os dentes com a mão esquerda com certa dificuldade, pois teve que aprender a utilizá-la. 
Veste-se com ajuda mínima de sua esposa. Sua família relata receio pois, por vezes, O.N. 
acredita ser capaz de fazer tudo sozinho, com a mesma habilidade que tinha antes do AVE. 
Sobre o caso descrito, responda à questão: qual o instrumento de avaliação indicado para 
medir o grau de solicitação de cuidados de terceiros que o senhor O.N. necessita para 
realizar suas tarefas? Descreva como os níveis de dependência podem ser classificados 
de acordo com o seu escore total.
2. Como é feita a classificação das quedas de acordo com Morse e como é atribuído o risco 
de quedas seguindo a pontuação obtida na Escala de Quedas de Morse? 
3. Diferentes escalas e instrumentos sobre a avaliação físico-funcional do sistema nervoso 
podem ser utilizados para avaliar pacientes com lesões neurológicas na prática clínica 
do fisioterapeuta. Quanto às escalas e instrumentos Escala de Objetivos Atingidos (GAS), 
American Spinal Injury Association (ASIA), Escala De Avaliação Postural para Pacientes após 
Acidente Vascular Encefálico (EAPA), Medida de Independência Funcional (MIF) e Escala 
de Quedas de Morse, julgue os itens, a seguir:
I - A GAS é uma abordagem de avaliação individualizada que permite avaliar longitudinal-
mente a mudança. Consiste na identificação prévia dos objetivos a serem alcançados 
com a intervenção proposta e na avaliação posterior do grau em que eles foram atingidos. 
II - A ASIA é uma escala funcional-quantitativa direcionada a pacientes com sequelas de 
AVE e avalia as posturas deitado, sentado e em pé. 
III - A MIF foi desenvolvida com o objetivo de criar um instrumento capaz de medir o grau de 
solicitação de cuidados de terceiros que a pessoa portadora de deficiência exige para 
realização de tarefas motoras e cognitivas. É muito utilizada na reabilitação e verifica o 
desempenho do indivíduo na realização de um conjunto de 18 tarefas. 
VAMOS PRATICAR
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IV - A Escala de Quedas de Morse é aplicada por meio de entrevista ao paciente e consulta 
dos processos clínicos, sendo altamente confiável. 
V - A EAPA foi criada com intuito de padronizar internacionalmente uma ficha de avaliação 
para pessoas com lesão medular. É uma das avaliações mais utilizadas na prática clínica 
para pessoas com sequela de trauma raquimedular. 
É correto o que se afirma em:
a) I, II e V, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) II, III e V, apenas.
d) II, IV e V, apenas. 
e) III e IV, apenas. 
4. O Teste de Habilidade Motora do Membro Superior (THMMS) é um instrumento de avalia-
ção funcional de caráter qualitativo e quantitativo aplicável ao AVE, com intuito de avaliar 
a função e a qualidade do movimento de membro superior de pacientes com AVE durante 
a realização de algumas tarefas presentes nas atividades de vida diária. A Escala de Hoehn 
e Yahr modificada é apenas um dos vários instrumentos para avaliar pacientes com Doença 
de Parkinson. Avalia a incapacidade dos indivíduos com a enfermidade, indicando o estado 
geral do paciente, de forma rápida e prática. Julgue os itens, a seguir, sobre o THMMS e a 
escala de Hoehn e Yahr:
I - A escala de Hoehn e Yahr é uma das avaliações mais utilizadas na prática clínica para 
pessoas com sequela de trauma raquimedular.
II - O THMMS é composto por 13 tarefas que reproduzem atividades de vida diária. Tais tare-
fas são avaliadas em uma escala que varia de 0 a 5, de acordo com dois itens: habilidade 
funcional, que se refere à capacidade de realizar uma meta, e a qualidade do movimento, 
a qual significa avaliar em que medida o movimento da tarefa foi realizado.
III - A versão mais recente do THMMS foi desenvolvida com o objetivo de criar um instrumen-
to capaz de medir o grau de solicitação de cuidados de terceiros que a pessoa portadora 
de deficiência exige para realização de tarefas motoras e cognitivas. 
IV - A Escala de Hoehn e Yahr é usada para avaliar a instabilidade postural. Deve-se empurrar 
bruscamente o paciente para trás (teste do empurrão) a partir dos seus ombros. Uma 
resposta normal refere-se àquele paciente que consegue recuperar o equilíbrio dando 
três ou menos passos para trás. O estágio 2,5 refere- se ao paciente que, no teste do 
empurrão, dá mais do que três passos para trás, mas recupera o equilíbrio sem ajuda.
VAMOS PRATICAR
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V - Os critérios de graduação do THMMS foram baseados na Escala Likert, de acordo com 
cada item. Item habilidade funcional: 0 = Não tem; 1 = Muito pouco; 2 = Pouco; 3 = Mode-
rado; 4 = Quase normal; 5 = Normal. Item qualidade do movimento: 0 = Não tem; 1 = Muito 
pobre; 2 = Pobre; 3 = Moderado; 4 = Quase normal; 5 = Normal. O tempo de desempenho 
de cada tarefa deve ser cronometrado, podendo variar de 60 a 120 segundos.
É correto o que se afirma em: 
a) I, II e IV, apenas. 
b) I, III e V, apenas. 
c) II, III e V, apenas. 
d) II, IV e V, apenas. 
e) II e III, apenas. 
5. O Teste de Habilidade Motora do MembroSuperior (THMMS) e a Escala de Avaliação Pos-
tural para Pacientes após Acidente Vascular Encefálico (EAPA) são dois instrumentos usa-
dos na avalição de pacientes que apresentaram comprometimento físico após o acidente 
vascular encefálico. Esses instrumentos permitem avaliar e conhecer aspectos clínicos que 
complementarão o exame físico, fornecendo informações importantes sobre o estado do 
paciente após a lesão neurológica. Em relação às especificidade e características de cada 
instrumento, analise as informações, a seguir, e identifique a correta: 
a) O THMMS é uma abordagem de avaliação individualizada que permite avaliar longitu-
dinalmente a mudança.
b) A EAPA avalia a incapacidade dos indivíduos com Doença de Parkinson, indicando o 
estado geral do paciente, de forma rápida e prática.
c) A EAPA é aplicada por meio de entrevista ao paciente e consulta dos processos clínicos, 
sendo altamente confiável. 
d) O THMMS é empregado na identificação prévia dos objetivos que se quer alcançar com 
a intervenção proposta e na avaliação posterior do grau em que esses foram atingidos. 
e) A EAPA contém 12 itens em duas subescalas. A subescala Manutenção da Postura (MAP) 
contém cinco itens a serem avaliados: sentado sem apoio, em pé com apoio, em pé sem 
apoio, em pé sobre a perna sadia e em pé sobre a perna afetada. A subescala Mudança 
de Postura (MUP) avalia sete itens: mudança da posição supina para o lado afetado, mu-
dança da posição supina para o lado não afetado, supino para sentado à beira do leito/
mesa de exames, sentado à beira do leito/mesa de exames para supino, sentado para 
em pé, em pé para sentado, e em pé pegando um lápis no chão. 
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
ASIA – AMERICAN SPINAL INJURY ASSOCIATION. Home. 2024. Página inicial. Disponível em: 
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Escola Superior de Enfermagem do Porto, 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/
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for children with learning desabilities. British Journal of Occupational Therapy, London, v. 60, 
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1. Medida de Independência Funcional (MIF). O escore total da MIF é feito pela soma dos escores 
de cada dimensão, variando de 18 a 126 pontos. Portanto, os níveis de dependência são clas-
sificados de acordo com o escore total da MIF, quais sejam: 18 corresponde à dependência 
completa; 19 a 60, à dependência modificada (assistência de até 50% das tarefas); 61 a 103, 
à dependência modificada (assistência de até 25% das tarefas); 104 a 126 à independência 
completa/modificada.
2. As quedas são classificadas em: “quedas acidentais”, “quedas fisiológicas não antecipáveis” 
e “quedas fisiológicas antecipáveis”. “Quedas acidentais” são as que ocorrem por fatores 
externos às pessoas, em pessoas sem risco de quedas, não sendo possível prever. “Quedas 
fisiológicas não antecipáveis” são aquelas que acontecem em pessoas sem fatores de risco 
para queda, não sendo possível de prever, mas podem ocorrer devido a fatores fisiológicos, 
como convulsão, perda de força. “Quedas fisiológicas antecipáveis” ocorrem em pessoas 
com alterações fisiológicas e que apresentam risco de queda, correspondendo a quase 
80% do total de quedas. A pontuaçãototal dessa escala é de 125, discriminando as pessoas 
em função do nível do risco de queda. Dessa maneira, a pessoa não tem qualquer risco se 
a pontuação for igual ou inferior a 24. Se a pontuação total estiver entre 25 e 50, a pessoa 
tem baixo risco. Um risco elevado de queda atribui-se à pessoa que obtiver uma pontuação 
total igual ou superior a 51. 
3. Opção B. Itens I, III e IV estão corretos. II está incorreto, pois refere-se à escala EAPA. V está 
incorreto, pois a descrição trata-se da escala ASIA para pacientes lesados medulares. 
4. Opção D. Itens II, IV e V estão corretos. I está incorreto, pois trata-se da Escala ASIA; o item 
III está incorreto, pois refere-se à MIF.
5. Opção E. Opção A está incorreta, pois refere-se à Escala GAS. B está incorreta, pois trata-se 
da Escala de Hoehn e Yahr modificada. C está incorreta, porque se trata da Escala de Quedas 
de Morse. D está incorreta, porque se trata da Escala GAS.
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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UNIDADE 6
MINHAS METAS
GROSS MOTOR FUNCTION 
CLASSIFICATION SYSTEM (GMFCS)/
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO 
MOTOR
Desenvolver a habilidade de realizar avaliação do sistema nervoso.
Aprender e treinar o Gross Motor Function Classification System 
(GMFCS) ou Sistema de Classificação da Função Motora Grossa.
Aprender e treinar a avaliação das fases do desenvolvimento motor.
Relacionar a avaliação com aspectos clínicos de pacientes com 
disfunções neurológicas. 
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6
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INICIE SUA 
JORNADA 
Caro estudante, neste tema, 
falaremos sobre a avaliação fí-
sico-funcional do sistema nervoso, 
abordando a Gross Motor Function Classification 
System (GMFCS), ou Sistema de Classificação 
da Função Motora Grossa, traduzido para o por-
tuguês, e a avaliação do desenvolvimento motor 
(crianças). O GMFCS foi construído com intuito 
de avaliar a função motora grossa e contribuir para 
o estabelecimento do prognóstico das crianças com 
paralisia cerebral. 
A partir do nascimento, a criança sofre inúmeras modificações, 
graças à maturação do Sistema Nervoso Central e da interação com o ambiente 
e os estímulos dados durante o desenvolvimento. Portanto, é muito importante 
que você saiba reconhecer um desenvolvimento motor normal na criança de 0 a 
12 meses, os reflexos e reações neonatais e posturais para, então, fazer a avaliação. 
Neste tema, apresentaremos os itens indispensáveis à anamnese, a maneira 
de avaliar os reflexos e reações neonatais e posturais, assim como as fases de 
desenvolvimento motor das crianças.
Paralisia cerebral, ou encefalopatia não progressiva, refere-se a um grupo de de-
sordens do desenvolvimento e da postura que causam alguma limitação da ati-
vidade. Tais desordens são atribuídas a distúrbios não progressivos ocorridos em 
cérebro em desenvolvimento, durante a gestação ou em bebês (ROSENBAUM et 
al., 2007). Para aprofundar seu conhecimento e demonstrar uma aplicação prática, 
fizemos um podcast sobre desenvolvimento motor. Recursos de mídia disponí-
veis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Caro estudante, neste tema, abrangeremos dois instrumentos de avaliação bas-
tante utilizados na fisioterapia: o GMFCS e a avaliação do desenvolvimento 
motor (crianças), os quais requerem conhecimento teórico-prático bem como 
treinamento e capacitação técnica para aplicação pelo profissional fisioterapeuta.
O desenvolvimento motor, psíquico e social da criança é dependente de um 
processo de maturação do Sistema Nervoso Central, principalmente no pri-
meiro ano de vida. Lefèvre (1975) afirma que o processo de maturação do sistema 
nervoso central está intimamente relacionado com a mielinização, arborização 
e formação de sinapses neuronais que, progressivamente, inibirão as atividades 
reflexas primitivas, permitindo o comando voluntário de tais atividades. 
A necessidade de construção do GMFCS se deu devido à ampla heteroge-
neidade da paralisia cerebral. Os sistemas de classificação tradicionais não dão 
conta das informações acerca da mobilidade, além de não indicarem o nível de 
gravidade e, portanto, pouco contribuem ao estabelecimento do prognóstico. 
O GMFCS tem o intuito de avaliar a função motora grossa e contribuir com o 
estabelecimento do prognóstico das crianças com paralisia cerebral. Ele é um 
VAMOS RECORDAR?
Para o adequado acompanhamento do desenvolvimento da criança, é importan-
te que você saiba reconhecer um desenvolvimento motor típico do atípico, por 
meio de marcos motores: estes são aquisições que ocorrem na criança de 0 a 12 
meses. Dentro desse período, também são observados os reflexos bem como as 
reações neonatais e posturais, que são fundamentais na avaliação. 
Vamos recordar quais são? Os reflexos e reações que você deve aprender a ava-
liar são: Reflexo de Gallant, Reflexo Tônico Labiríntico (RTL), Reflexo Tônico Cervical 
Assimétrico (RTCA), Reflexo Tônico Cervical Simétrico (RTCS), reflexo de paraque-
das, Reflexo de Moro, reação positiva de apoio, reflexo de marcha, reflexo de suc-
ção e deglutição e reflexo de busca. 
Se você quiser visualizar melhor tais exames reflexos, acesse o link. Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem 
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sistema de classificação de fácil aplicação e confiabilidade bem estabeleci-
da, organizado em cinco níveis e baseado no movimento iniciado de maneira 
voluntária, com ênfase no sentar-se, nas transferências e mobilidade. Inclui cinco 
grupos etários: entre 0 e 2 anos; 2 a 4 anos; 4 a 6 anos; 6 a 12 anos; 12 a 18 anos. 
Veja, a seguir, no próximo tópico, um conteúdo mais aprofundado do GM-
FCS e as características gerais para cada nível.
GROSS MOTOR FUNCTION CLASSIFICATION SYSTEM 
(GMFCS)
O GMFCS é um sistema de classificação em cinco níveis baseado no movimento 
iniciado de maneira voluntária, com ênfase no sentar-se, nas transferências e 
mobilidade (PALISANO et al., 1997 apud SILVA; DIAS; PFEIFER, 2016). As 
distinções de níveis são baseadas nas limitações funcionais, na necessidade de 
dispositivos manuais para mobilidade ou mobilidade sobre rodas e na qualidade 
do movimento (PALISANO et al., 2007). 
Ferreira (2014) afirma que as descrições do sistema de classificação são 
abrangentes e não têm como função avaliar, em detalhe, o desenvolvimento 
de cada criança, mas determinar qual dos cinco níveis está mais próximo da 
função motora de determinada criança. A ênfase deve ser dada no desem-
penho habitual em casa, na escola ou nos ambientes comunitários ao invés 
na capacidade. Dessa maneira, você deve focar em classificar o desempenho 
atual da função motora grossa e não incluir julgamentos sobre a qualidade do 
movimento ou um prognóstico de melhora.
O GMFCS inclui cinco grupos etários: 0 a 2 anos; 2 a 4 anos; 4 a 6 anos; 6 a 
12 anos; 12 a 18 anos. Como características gerais para cada nível, encontramos: 
 ■ Nível I: anda sem limitações. 
 ■ Nível II: anda com limitações. 
 ■ Nível III: anda utilizando um dispositivo manual de mobilidade (benga-
las, muletas etc.). 
 ■ Nível IV: automobilidade com limitações. Pode utilizar mobilidade mo-
torizada (a criança controla ativamente o interruptor elétrico que permite 
a mobilidade independente). 
 ■ Nível V: transportado em uma cadeira de rodas manual.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
De acordo com os cinco grupos etários por nível do GMFCS, apresentaremos, 
a seguir, como esses níveis são descritos de acordo com Palisano et al. (2007). 
 ■ Antes do aniversário de 2 anos 
 ■ Nível I: os bebês sentam-se no chão, mantêm-se sentados com ambas 
as mãos livres para manipular objetos. Engatinham, puxam-se para ficar 
de pé e dão passos segurando-se nos móveis. Andam entre 18 meses e 2 
anos de idade sem necessidade de aparelhos para auxiliar a locomoção.
 ■ Nível II: os bebês mantêm-se sentados no chão, mas podem necessitar 
de ambas as mãos como apoio para manter o equilíbrio.Rastejam em 
prono ou engatinham. Podem puxar-se para ficar de pé e dar passos 
segurando-se nos móveis. 
 ■ Nível III: mantêm-se sentados no chão apenas quando há apoio na parte 
inferior do tronco. Os bebês rolam e rastejam para frente em prono. 
 ■ Nível IV: apresentam controle de cabeça, porém precisam de apoio 
de tronco para sentarem-se no chão. Conseguem rolar para a posição 
supina e podem rolar para o prono. 
 ■ Nível V: as deficiências físicas limitam o controle voluntário do movi-
mento. São incapazes de manter posturas antigravitacionais de cabeça e 
tronco em prono e sentados. Necessitam de ajuda de adultos para rolar.
 ■ Entre o segundo e o quarto aniversário 
 ■ Nível I: as crianças sentam-se no chão com ambas as mãos livres para 
manipular objetos. Os movimentos de sentar-se e levantar-se do chão 
são realizados sem assistência do adulto. Andam sem necessidade de 
aparelho auxiliar de locomoção. 
 ■ Nível II: as crianças sentam-se no chão, mas têm dificuldades de equi-
líbrio quando as mãos estão livres para manipular objetos. Os movi-
mentos de sentar-se e levantar-se são conseguidos sem a assistência 
de um adulto. Engatinham em padrão alternado, andam de lado segu-
rando-se nos móveis e andam, como forma preferida de locomoção, 
usando aparelho que auxilia a locomoção. 
 ■ Nível III: frequentemente, sentam-se na posição de W (sentam-se 
entre os quadris e os joelhos em flexão e rotação interna) e podem 
necessitar de um adulto para ficar na posição sentada. Rastejam em 
prono ou engatinham (sem movimentos alternados) como maneira 
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principal de locomoção. Podem 
andar de lado segurando-se 
nos móveis por pequenas 
distâncias. Podem andar 
pequenas distâncias nos es-
paços internos usando um 
andador e a ajuda de um 
adulto para direcioná-las. 
 ■ Nível IV: apenas sentam-
-se no chão quando colo-
cadas. Só ficam na posição 
com auxílio de suas mãos 
como apoio. Geralmente, 
necessitam de equipamento 
de adaptação para sentar-se e 
ficar de pé. A locomoção para 
curtas distâncias é alcançada 
por meio do rolar, rastejar 
em prono ou engatinhar 
sem alternar pernas. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
 ■ Nível V: as deficiências físicas limitam o controle voluntário do movi-
mento. Todas as áreas da função motora estão prejudicadas. Tais crian-
ças não têm meios de se mover independentemente, apenas quando 
são transportadas.
 ■ Entre o quarto e o sexto aniversário
 ■ Nível I: sentam-se na cadeira, mantêm-se sentadas e levantam-se dela 
sem necessidade de apoio das mãos. Saem do chão e da cadeira para a 
posição de pé sem necessidade de objeto de apoio. Andam sem auxílio 
e iniciam o correr e o pular. 
 ■ Nível II: saem do chão e da cadeira para a posição de pé, mas necessi-
tam do apoio dos membros superiores ao impulsionarem-se. Andam 
com a necessidade de auxílio em curtas distâncias. Sobem escadas se-
gurando-se no corrimão, mas são incapazes de correr ou pular. 
 ■ Nível III: sentam-se em cadeira, mas podem necessitar de apoio pélvi-
co e de tronco para melhorar a função manual. Andam com dispositivo 
manual de mobilidade em superfícies planas e sobem escadas com au-
xílio de um adulto. Geralmente, são transportadas quando percorrem 
longas distâncias. 
 ■ Nível IV: sentam-se em cadeira adaptada para manter o controle de 
tronco e permitir função manual. Necessitam, na comunidade, serem 
transportadas. Podem adquirir autolocomoção, por meio de uma ca-
deira de rodas motorizada.
 ■ Nível V: todas as áreas da função motora estão prejudicadas. O sentar 
e o ficar de pé não são completamente compensadas por meio de tec-
nologia assistiva. Alcançam autolocomoção usando cadeira de rodas 
motorizada com grandes adaptações. 
 ■ Entre o sexto e o décimo segundo aniversário
 ■ Nível I: são capazes de caminhar em casa, na escola e comunidade. 
Apresentam habilidades motoras grossas como correr, pular, mas o 
equilíbrio e a coordenação são limitados. Podem participar de ativi-
dades físicas e esportes. 
 ■ Nível II: são capazes de caminhar na maioria dos ambientes, 
apresentando dificuldades em terrenos irregulares. Sobem e descem 
escadas segurando no corrimão. Apresentam limitações nas habilidades 
motoras grossas, como correr e pular. 
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 ■ Nível III: andam com necessidade de dispositivo manual de mobili-
dade, na maioria dos espaços. A transferência de sentado para em pé 
requer assistência física de uma pessoa. Quando se movem por longas 
distâncias, necessitam de alguma forma de mobilidade sobre rodas. As 
limitações na marcha podem necessitar de adaptações para permitir 
participação em atividades físicas e esportes. 
 ■ Nível IV: as crianças necessitam de métodos de mobilidade que re-
querem assistência física ou mobilidade motorizada na maioria dos 
ambientes. Em casa, movem-se no chão (rolam, arrastam, engati-
nham), andam curtas distâncias com assistência física ou utilizam 
mobilidade motorizada. 
 ■ Nível V: as crianças são transportadas em uma cadeira de 
rodas manual em todos os ambientes. É necessária tecno-
logia assistiva para melhorar o alinhamento da cabeça, 
o sentar, o levantar, mas as limitações não são totalmen-
te compensadas pelo equipamento. As transferências 
requerem assistência física total de um adulto.
 ■ Entre o décimo segundo e o décimo oitavo aniversário
 ■ Nível I: os jovens andam em casa, na escola e comu-
nidade sem qualquer auxílio. Desempenham mobi-
lidades motoras grossas. como correr e pular, mas 
o equilíbrio e a coordenação são limitados. Podem 
participar de atividades físicas e esportes. 
 ■ Nível II: os jovens têm dificuldades em andar em 
terrenos irregulares, inclinações. Em espaços ex-
ternos, podem utilizar a mobilidade sobre rodas 
quando percorrem longas distâncias. As limitações 
no desempenho das habilidades motoras grossas 
podem necessitar de adaptações para permitir a 
participação nas atividades físicas e esportes. 
 ■ Nível III: caminham utilizando um dispositivo 
manual de mobilidade. Em espaços externos, são 
transportados em cadeira de rodas ou utilizam 
mobilidade motorizada. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
 ■ Nível IV: utilizam mobilidade sobre rodas, na maioria dos ambientes. 
É necessária assistência física de 1 ou 2 pessoas para as transferências. 
Em espaços internos, podem andar por curtas distâncias com assis-
tência física. 
 ■ Nível V: são transportados em cadeira de rodas manual em todos os 
ambientes. É necessária assistência física de 1 ou 2 pessoas ou mesmo 
elevação mecânica para as transferências. Até podem conseguir a au-
tomobilidade, mas utilizam a mobilidade motorizada com extensas 
adaptações para sentar-se e para o controle do trajeto. 
Acredita-se que esse é um sistema de classificação de fácil aplicação e a confia-
bilidade é bem estabelecida em diferentes países.
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR (CRIANÇAS)
Inicialmente, é importante fazer a seguinte pergunta: 
o que é desenvolvimento motor? Podemos entender 
como um processo de mudanças no comportamento motor que envolve 
tanto a maturação do Sistema Nervoso Central quanto a interação com 
o ambiente e os estímulos dados durante o desenvolvimento da criança 
(SHEPHERD, 1998; NETO, 2002). A partir do nascimento, a criança 
sofre inúmeras modificações, permitindo-a evoluir de uma condição 
de dependência, controlada por movimentos reflexos, para a indepen-
dência total. À medida que o sistema nervoso central amadurece, os 
reflexos primitivos do bebê recém-nascido são inibidos (SHEPHERD, 
1998). Portanto, é muito importante que você saiba reconhecer um de-
senvolvimento motor típico na criança de 0 a 12 meses, os reflexos e reações 
neonatais e posturais e, então, avaliar. 
Agora, apresentaremos os itens indispensáveis à anamnese, a maneira de 
avaliar os reflexos e reações neonatais e posturais, assim como as fases de desen-
volvimento motor das crianças na faixa etária de 0 a 12 meses. 
Na avaliação do desenvolvimento motor infantil, a anamnese é uma etapa 
fundamental e importantepara conhecer a queixa principal e a história clínica 
da criança. A coleta de dados precisa ser detalhada, antes mesmo de examinar 
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a criança. Isso inclui informações sobre a família, a gravidez, o parto, o período 
neonatal, a ocorrência de doenças, a presença de convulsões, o comportamento 
atual e pregresso e o ambiente em que vive a criança (GESSEL, 1995).
Você pode iniciar coletando as informações de identificação dessa criança, 
dando sequência à anotação da queixa principal, ou seja, o motivo pelo qual a 
criança foi levada até você. Anote, então, a história atual (HDA), em que veri-
ficará, por exemplo, se a criança já foi internada alguma vez, o motivo da inter-
nação e tempo de duração, pesquisará os exames complementares, se a criança 
faz uso de medicações, se a vacinação está em dia. 
Na história pregressa (HDP), pergunte se a criança já teve alguma doença, 
alguma infecção, história de convulsão e traumatismos, visto que tais condições 
podem ter sido pré-requisitos à condição atual dela (DIAMENT; CYPEL, 1996). 
A história da gestação e do parto é de extrema importância na anamnese, 
visto que várias encefalopatias congênitas têm origem gestacional e muitas pa-
tologias neurológicas apresentam sua causa durante a gestação ou no momento 
do parto. Questione a duração da gestação, se houve história de traumatismo 
durante esse período, quando correu; se houve hemorragias; se a mãe fez 
uso de drogas (lícitas e ilícitas); se houve hipertensão arterial durante a 
gestação; tentativa de aborto; presença de infecções (sífilis, toxoplas-
mose, rubéola, HIV). Questione se o parto foi vaginal ou cesáreo; 
duração do parto; se foram utilizadas manobras obstétricas ou uso 
de fórceps; sinal de sofrimento fetal; se ocorreu cianose no bebê; se 
necessitou de aspiração, ressuscitação; nota de Apgar, entre outros 
(DIAMENT; CYPEL, 1996). 
Diament e Cypel (1996) ainda recomendam pesquisar por hábitos 
familiares, tais como: sono, higiene, alimentação, lazer, condições de 
moradia. Nos antecedentes familiares, devem ser levanta-
dos dados com relação à patologia da criança: questionar 
se há alguém na família com a mesma patologia, ocorrência de natimortos e 
sua causa. Colhidos os itens anteriores, passa-se à avaliação da criança. 
Para avaliar a criança, você deve saber como avaliar os reflexos primitivos 
e reações neonatais bem como as posturais importantes ao desenvolvimento 
motor, visto que a maturação reflexa é a base para a movimentação voluntária e 
a exploração do meio ambiente (LIMA, 1998). Segundo Shepherd (1998), esses 
são os reflexos:
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
REFLEXO DE GALLANT
Com o bebê em suspensão ventral, o fisioterapeuta estimula a lateral da coluna verte-
bral, desde a última costela até a crista ilíaca. Espera-se uma flexão lateral do tronco 
para o lado do estímulo. Tal reflexo inicia nas 30 semanas de gestação e segue até os 
dois meses de idade do bebê. 
REFLEXO TÔNICO LABIRÍNTICO (RTL)
Nesse exame, a posição da cabeça influencia o resultado, já que o labirinto se encontra 
no ouvido interno. Quando colocada em decúbito dorsal, você observará na criança o 
aumento do tônus extensor, já em decúbito ventral, o aumento do tônus flexor. Reflexo 
presente até o quarto mês. 
REFLEXO TÔNICO CERVICAL ASSIMÉTRICO (RTCA)
Na posição supina, o fisioterapeuta roda a cabeça do bebê para o lado. O reflexo se ma-
nifesta pelo aumento do tônus extensor dos membros para o lado em que a face está 
voltada e pelo aumento do tônus flexor nos membros do lado contralateral. Em geral, 
esse reflexo permanece até o quinto mês. 
REFLEXO TÔNICO CERVICAL SIMÉTRICO (RTCS)
Esse reflexo é avaliado colocando o bebê em suspensão ventral. Quando a cabeça é 
fletida, seus membros superiores também se fletem, e os membros inferiores se esten-
dem. Quando a cabeça é estendida, seus membros superiores também se estendem, 
enquanto os membros inferiores se fletem. Tal reflexo permanece até o sexto mês.
REFLEXO DE PARAQUEDAS
O fisioterapeuta segura a criança com suas duas mãos pela cintura e aproxima- a cabe-
ça do solo com certa rapidez. Antes de a cabeça chegar ao solo, os braços da criança 
se estendem, como se ela fosse apoiar-se. Tal reflexo inicia aos seis meses e torna-se 
mais evidente aos nove meses. 
REFLEXO DE MORO
O fisioterapeuta coloca a criança sobre um antebraço e apoia a cabeça com a outra 
mão. Aquela mão que segura a cabeça da criança move-se para baixo, fazendo a cabe-
ça cair sobre a mão aberta. A criança responderá com elevação e abdução dos mem-
bros superiores. 
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REAÇÃO POSITIVA DE APOIO
O fisioterapeuta coloca a criança sustentada verticalmente com os pés apoiados sobre 
uma superfície. Como resposta, a criança contrai os músculos das pernas e estende o 
tronco, ficando na posição de pé. Esse reflexo está presente até o quinto mês. 
REFLEXO DE MARCHA
Depois de colocar a criança em posição ereta, se o fisioterapeuta inclinar seu tronco para 
frente, ela iniciará movimentos alternantes dos membros inferiores, dando a impressão 
de marcha. Presente desde as 38 semanas de gestação até o segundo mês de vida. 
REFLEXO DE SUCÇÃO E DEGLUTIÇÃO
Esse reflexo pode ser estimulado colocando uma chupeta, cotonete ou chumaço de 
algodão embebido em água nos lábios do bebê recém-nascido. A resposta será um 
movimento rítmico e contínuo da mandíbula, língua e deglutição, fundamental à vida do 
bebê. Esse reflexo está presente até o quinto mês. 
REFLEXO DE BUSCA
O fisioterapeuta estimula o canto da boca do recém-nascido e, em resposta, ele deslo-
ca o rosto e a boca à procura do estímulo. Na maioria das vezes, essa resposta é seguida 
por movimentos de sucção dos lábios e da língua. Presente até o terceiro mês.
Agora que você já aprendeu a examinar os reflexos e reações neonatais e pos-
turais, lhe convidamos a aprender a avaliar as típicas aquisições da criança em 
desenvolvimento, segundo Flehmig (2004), Bobath e Bobath (1989): 
 ■ Primeiro mês: posicione a criança em decúbito dorsal e ventral no ta-
tame de exames/exercícios, observe sua postura, posição dos membros e 
movimentação. Nesse mês, predomina a assimetria. Em decúbito dorsal, 
a criança é capaz de virar a cabeça em ambas as direções. Em decúbito 
ventral, consegue estender os membros inferiores reciprocamente e vira a 
cabeça para ambos os lados, visando a liberar as vias aéreas. Move braços, 
pernas e o corpo inteiro ao mesmo em tempo (movimento em bloco). Os 
olhos acompanham com a cabeça à estimulação feita por um objeto ou 
pelo rosto da mãe. Uma criança com alguma lesão neurológica, por exem-
plo, talvez não consiga liberar as vias aéreas quando em decúbito ventral. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
 ■ Segundo mês: observe a criança nos decúbitos ventral e dorsal sobre o 
tatame de exames/exercícios. Anote todos os achados em sua ficha de 
avaliação. Em decúbito dorsal, ainda apresenta predomínio de flexão. O 
corpo já está simétrico. Na posição ventral, consegue estender o tórax. A 
cabeça levanta-se por curtos intervalos, oscilando ligeiramente. Quando 
puxada para sentar, a cabeça oscila. Objetos que se movem são percebidos 
e fixados em linha visual. 
 ■ Terceiro mês: observe a criança nos decúbitos ventral e dorsal sobre 
o tatame de exames/exercícios. Observe o rolar, pois, nessa idade, a 
criança é capaz de rolar para os dois lados com certa rotação (não tanto 
em bloco). As mãos podem ser trazidas para a linha média. Já brinca 
com as mãos, segura objetos e leva-os à boca. Estimule-a com algum 
brinquedo, a fim de verificar se ela o alcança e interage. Em decúbito 
ventral, ela ergue a cabeça a 45º e apoia-se nos antebraços, apesar de ser 
um apoio instável. Quando puxada para sentar, a cabeça acompanha 
com melhor controle. Uma criança com marcada hipotonia, por exem-
plo, provavelmente não conseguirá erguer a cabeça em decúbito ventral 
e também não trará a cabeça (mesmo com pobre controle), quando 
puxada para se sentar. 
 ■ Quarto mês: a partirdesse mês, observe a criança na posição sentada, 
além das posições ventral e dorsal. Ainda, puxe-a para sentar-se, obser-
vando a reação da cabeça. Nessa idade, as mãos são trazidas à linha média 
e contempladas. Em decúbito ventral, a cabeça se ergue a quase 90º e 
apoia-se nos antebraços com mais estabilidade. Quando puxada para se 
sentar, apresenta bom controle de cabeça. Na posição sentada, o tronco 
ainda não é estável. Mãos e objetos são levados à boca e sugados. Inicia 
o movimento de rastejar.
 ■ Quinto mês: em supino, pode virar-se de um lado para o outro e, às vezes, 
atinge a posição prona. Em decúbito ventral, a cabeça ergue-se bem até 
90º. Inicia deslocamento de peso para um dos lados com intuito de libe-
rar os braços. Leva os pés à boca. Estabilidade incipiente do tronco. Uma 
criança hemiplégica, por exemplo, não gosta da posição prona, porque 
consegue se apoiar apenas em um dos braços, não tendo habilidade para 
brincar com o braço afetado pela hemiplegia. Seu braço hemiplégico ou 
hemiparético fica flexionado sob seu peito. 
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 ■ Sexto mês: uma característica bem marcante dessa idade é que a crian-
ça se senta com apoio, conseguindo tirar as mãos por curtos períodos. 
Controle de tronco está sendo treinado. Fique atento(a): uma criança he-
miplégica, por exemplo, senta-se tardiamente e tem dificuldade de equilí-
brio, caindo com facilidade para o lado plégico, sem reação de proteção. 
 ■ Sétimo mês: já não permanece mais em decúbito dorsal, vira-se para um 
dos lados. Em decúbito ventral, por vezes, tenta ficar em gato. Quando 
sentada, apresenta bom equilíbrio quando se inclina para frente. A crian-
ça agarra objetos pequenos e grandes, quase sempre com a palma das 
mãos. Uma criança com diplegia, por exemplo, geralmente não consegue 
ficar sentada sem ajuda, pois não existe equilíbrio de tronco, além disso, a 
base do sentar-se é muito pequena, as costas permanecem arredondadas 
por conta da flexão insuficiente dos quadris. As pernas estão aduzidas e 
rígidas em extensão. 
 ■ Oitavo mês: a partir desse mês, observe se a criança já consegue ficar 
de pé, nem que seja apoiando-se em algum móvel. Da posição ventral 
pode passar para a posição sentada. Sentada, já consegue rodar o tronco, 
demonstrando bom controle. Consegue ficar de pé apoiando-se. Fica de 
pé apoiada ainda com pouca segurança. 
 ■ Nono mês: senta-se com estabilidade. Fica em pé com mais estabilidade. 
Pega pequenos objetos com o polegar e o indicador (pinça).
 ■ Décimo mês: senta-se sem apoio com bastante equilíbrio. Fica em pé sozi-
nha segurando em objetos. Passa da posição sentada para de pé e vice-versa. 
 ■ Décimo segundo mês: ainda prefere engatinhar por conta da velocida-
de da locomoção, mas já começa a dar os primeiros passos 
(base larga e marcha em bloco, pois ainda 
não está muito segura).
Confira aqui a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no con-
teúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
NOVOS DESAFIOS 
Neste tema de aprendizagem, você aprendeu sobre avaliação do desenvolvimento 
motor da criança e, também, o uso do GMFCS para avaliar a função motora gros-
sa, além de contribuir com o prognóstico de crianças com paralisia cerebral. Na 
avaliação do desenvolvimento motor, você observou a necessidade de conhecer 
e saber como avaliar os reflexos primitivos, as reações neonatais e posturais, visto 
que a maturação reflexa é a base tanto da movimentação voluntária quanto da 
exploração do meio ambiente. O profissional fisioterapeuta precisa desse conhe-
cimento para, dentro da sua prática clínica, conhecer, com profundidade e de 
maneira detalhada, o quadro clínico da criança. Os seus campos de atuação vão 
desde o atendimento em clínicas, como em hospitais e ambulatórios até centros 
de pesquisa e de saúde coletiva.
O profissional fisioterapeuta tem importante papel na área de saúde coletiva, 
contribuindo para o diagnóstico precoce de distúrbios de movimento e o início 
do tratamento o mais rápido possível. Muitas crianças ficam com deformida-
des devido ao tempo demorado em iniciar a reabilitação, sendo necessária uma 
avaliação médica com encaminhamento à fisioterapia assim que é identificado 
algum possível atraso no desenvolvimento motor. 
É importante ressaltar que, ao avaliar o desenvolvimento mo-
tor infantil, você deverá lançar mão da observação atenta e de 
materiais lúdicos, para tentar chamar a atenção da criança. Ela 
deve estar à vontade, e lembre-se de que nenhuma criança é 
igual a outra, diferenças sutis são comuns e absolutamente 
normais. Os reflexos primitivos, reações neonatais e 
posturais fazem parte da avaliação do desenvolvimento 
motor infantil. Para você praticar, teste com algum brin-
quedo, como boneca, urso de pelúcia, caso tenha em casa, 
ou peça emprestado a algum familiar. 
Dentro da prática clínica, é importante saber avaliar 
as típicas aquisições da criança em desenvolvimento, 
principalmente, para ter uma base, caso identifique al-
guma alteração ou possível atraso. Dessa forma, para você 
realizar sua avaliação com segurança, saiba o que ocorre com 
a criança em cada mês desde o primeiro mês de vida. 
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1. O desenvolvimento motor é o processo de mudanças no comportamento motor que envol-
ve tanto a maturação do Sistema Nervoso Central quanto a interação com o ambiente e os 
estímulos recebidos durante o desenvolvimento. Rápidas mudanças ocorrem durante os 
primeiros 24 meses após o nascimento e influenciam drasticamente toda a vida. Relate as 
principais aquisições motoras das crianças desde o primeiro mês de vida até o terceiro mês.
2. Para avaliar a criança, avaliar os reflexos primitivos bem como as reações neonatais e pos-
turais são importantes, a fim de verificar como está ocorrendo o desenvolvimento motor, 
visto que a maturação reflexa é a base para a movimentação voluntária e a exploração 
do meio ambiente. Descreva, a seguir, como é realizado o Reflexo de Moro e a resposta 
esperada na criança.
3. Na avaliação do desenvolvimento motor infantil, a anamnese é uma etapa fundamental 
e importante para conhecer a queixa principal e a história clínica. Além da anamnese e 
exame físico, os reflexos e as reações são avaliadas e expressam como está a evolução do 
desenvolvimento da criança. Com relação à avaliação do desenvolvimento motor típico e 
atípico que pode ser identificado na criança com paralisia cerebral, julgue os itens, a seguir:
I - O GMFCS objetiva avaliar a função motora grossa e contribuir para o estabelecimento 
do prognóstico das crianças com paralisia cerebral. 
II - O desenvolvimento motor é o processo de mudanças no comportamento motor que en-
volve tanto a maturação do sistema nervoso central quanto a interação com o ambiente 
e os estímulos recebidos durante o desenvolvimento da criança. 
III - Na avaliação do desenvolvimento motor infantil, a coleta de dados não precisa incluir 
informações sobre a família, a gravidez, o parto, o período neonatal, a ocorrência de 
doenças, a presença de convulsões, o comportamento atual e pregresso e o ambiente 
em que vive a criança, pois esses fatores não influenciam o seu desenvolvimento.
IV - No primeiro mês de vida extrauterina, predomina a simetria. 
V - Uma criança com paralisia cerebral e alteração do movimento pode sentar-se tardiamen-
te e ter dificuldade de equilíbrio, tendendo a cair com facilidade para o lado acometido, 
sem reação de proteção. 
É correto o que se afirma em:
a) I, III e IV, apenas. 
b) I, IV e V, apenas
c) I, II e V, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) II, IV e V, apenas. 
VAMOS PRATICAR
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4. O Gross Motor Function Classification System (GMFCS), ou Sistema de Classificação da Função 
Motora Grossa, foi construído com intuito de avaliar a função motora grossa e contribuir 
para o estabelecimento do prognóstico das crianças com paralisia cerebral. O GMFCS é um 
sistema de classificação em cinco níveis, baseado no movimento iniciado voluntariamente,com ênfase no sentar, nas transferências e mobilidade. Com relação ao GMFCS, julgue os 
itens, a seguir: 
I - O fisioterapeuta deve focar em classificar o desempenho atual da função motora grossa 
e não incluir julgamentos sobre a qualidade do movimento. É importante valorizar as 
habilidades e não as limitações. 
II - O GMFCS inclui cinco grupos etários: 0 a 2 anos; 2 a 4 anos; 4 a 6 anos; 6 a 12 anos; 12 a 
18 anos. No nível I, os bebês sentam-se no chão, mantêm-se sentados com ambas as 
mãos livres para manipular objetos. Engatinham, puxam-se para ficar de pé e dão passos 
segurando-se nos móveis. Andam entre 18 meses e 2 anos de idade sem necessidade 
de aparelhos para auxiliar a locomoção.
III - No nível II do GMFCS de 0 e 2 anos, mantêm-se sentados no chão apenas quando há 
apoio na parte inferior do tronco. Os bebês rolam e rastejam para frente em prono. 
IV - No nível IV do GMFCS entre o sexto e décimo segundo aniversário, as crianças necessi-
tam de métodos de mobilidade que requerem assistência física ou mobilidade motoriza-
da na maioria dos ambientes. Em casa, movem-se no chão (rolam, arrastam, engatinham), 
andam curtas distâncias com assistência física ou utilizam mobilidade motorizada.
V - No nível III do GMFCS entre o décimo segundo e o décimo oitavo aniversário, os jovens 
andam em casa, escola e comunidade sem qualquer auxílio. Desempenha mobilidades 
motoras grossas como correr e pular, mas o equilíbrio e a coordenação são limitados. 
Podem participar de atividades físicas e esportes.
É correto o que se afirma em: 
a) I, II e IV, apenas. 
b) I, III e IV, apenas. 
c) I, IV e V, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) II, IV e V, apenas. 
VAMOS PRATICAR
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5. O exame dos reflexos e reações neonatais e posturais são parte da avaliação do desen-
volvimento motor da criança. Analise as alternativas, a seguir, e identifique a que descreve 
corretamente o respectivo reflexo ou reação com a resposta esperada: 
a) Reflexo de Gallant: o fisioterapeuta segura, com suas duas mãos, a criança pela cintura 
e aproxima a cabeça dela o solo com certa rapidez. Antes da cabeça chegar ao solo, 
os braços da criança se estendem, como se ela fosse apoiar-se. Tal reflexo inicia aos 6 
meses e torna-se mais evidente aos 9 meses de idade.
b) Nesse exame, a posição da cabeça influencia o resultado, já que o labirinto se encontra 
no ouvido interno. Quando colocada em decúbito dorsal, você observará na criança o 
aumento do tônus extensor, já em decúbito ventral, o aumento do tônus flexor. Reflexo 
presente até o quarto mês. 
c) Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA): esse reflexo pode ser avaliado colocando 
o bebê em suspensão ventral. Quando a cabeça é fletida, seus membros superiores 
também se fletem, e os membros inferiores se estendem. Quando a cabeça é estendida, 
seus membros superiores também se estendem, enquanto os membros inferiores se 
fletem. Tal reflexo permanece até o sexto mês. 
d) Reflexo de paraquedas: a reação positiva de apoio ocorre com o bebê em suspensão 
ventral, o fisioterapeuta estimula a lateral da coluna vertebral, desde a última costela 
até a crista ilíaca. Espera-se uma flexão lateral do tronco para o lado do estímulo. Tal 
reflexo inicia-se nas 30 semanas de gestação e segue até os 2 meses de idade do bebê.
e) Reflexo Tônico Cervical Simétrico (RTCS): na posição supina, o fisioterapeuta roda a ca-
beça do bebê para o lado. O reflexo se manifesta pelo aumento do tônus extensor dos 
membros para o lado em que a face está voltada e pelo aumento do tônus flexor nos 
membros do lado contralateral. Em geral, esse reflexo permanece até o quinto mês.
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
BOBATH, B.; BOBATH, K. Desenvolvimento motor nos diferentes tipos de paralisia cerebral. 
Barueri: Manole, 1989.
DIAMENT, A.; CYPEL, S. Neurologia infantil. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 1996. 
FERREIRA, M. da G. de S. C. F. da S. As versões portuguesas da GMFM-66 B&C e da GMFM-66 
IS. 2014. 188 f. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) – Especialização em Movimento Humano, 
Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Coimbra, 2014.
FLEHMIG, I. Texto e atlas do desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: 
Atheneu, 2004.
GESSEL, A. Diagnóstico do desenvolvimento. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995.
LEFÈVRE, A. B. Exame neurológico da criança. In: TOLOSA, A. P. M.; CANELAS, H. M. Propedêuti-
ca neurológica. 2. ed. São Paulo: Sarvier, 1975.
LIMA, A. J. Pediatria essencial. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 1998.
NETO, F. R. Manual da avaliação motora. Porto Alegre: Artemed, 2002.
PALISANO, R. et al. GMFCS – E&R: Sistema de Classificação da Função Motora Grossa Ampliado 
e Revisto. Tradução de Daniela Baleroni Rodrigues Silva, Luzia Iara Pfeifer e Carolina Araújo Ro-
drigues Funayama. Ontário: CanChild Centre for Childhood Disability Research, 2007. Disponível 
em: https://canchild.ca/system/tenon/assets/attachments/000/000/075/original/GMFCS-
-ER_Translation-Portuguese2.pdf. Acesso em: 22 jan. 2024. 
ROSENBAUM, P. et al. A report: the definition and classification of cerebral palsy. Developmental 
Medicine & Child Neurol Suppl , [s. l.], v. 49, n. 6, p. 8-14, 2007.
SHEPHERD, R. B. Fisioterapia em pediatria. 3. ed. São Paulo: Santos, 1998.
SILVA, D. B. R.; DIAS, L. B.; PFEIFER, L. I. Confiabilidade do Sistema de Classificação da Função 
Motora Grossa Ampliado e Revisto (GMFCS E&R) entre estudantes e profissionais e saúde no 
Brasil. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 23, n. 2, abr./jun. 2016.
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1. As principais aquisições do primeiro ao terceiro mês são:
• Primeiro mês: posicione a criança em decúbito dorsal e ventral no tatame de exames/
exercícios, observe sua postura, posição dos membros e movimentação. Nesse mês, pre-
domina a assimetria. Em decúbito dorsal, a criança é capaz de virar a cabeça em ambas as 
direções. Em decúbito ventral, consegue estender os membros inferiores reciprocamente 
e vira a cabeça para ambos os lados, visando a liberar as vias aéreas. Move braços, pernas 
e o corpo inteiro ao mesmo em tempo (movimento em bloco). Os olhos acompanham 
com a cabeça à estimulação feita por um objeto ou pelo rosto da mãe. Uma criança com 
alguma lesão neurológica, por exemplo, talvez não consiga liberar as vias aéreas quando 
em decúbito ventral. 
• Segundo mês: observe a criança nos decúbitos ventral e dorsal sobre o tatame de 
exames/exercícios. Anote todos os achados em sua ficha de avaliação. Em decúbito 
dorsal, ainda apresenta predomínio de flexão. O corpo já está simétrico. Na posição 
ventral, consegue estender o tórax. A cabeça levanta-se por curtos intervalos, oscilando 
ligeiramente. Quando puxada para sentar, a cabeça oscila. Objetos que se movem são 
percebidos e fixados em linha visual. 
• Terceiro mês: observe a criança nos decúbitos ventral e dorsal sobre o tatame de exa-
mes/exercícios. Observe o rolar, pois, nessa idade, a criança é capaz de rolar para os 
dois lados com certa rotação (não tanto em bloco). As mãos podem ser trazidas para a 
linha média. Já brinca com as mãos, segura objetos e leva-os à boca. Estimule-a com 
algum brinquedo, a fim de verificar se ela o alcança e interage. Em decúbito ventral, 
ela ergue a cabeça a 45º e apoia-se nos antebraços, apesar de ser um apoio instável. 
Quando puxada para sentar, a cabeça acompanha com melhor controle. Uma criança 
com marcada hipotonia, por exemplo, provavelmente não conseguirá erguer a cabeça 
em decúbito ventral e também não trará a cabeça (mesmo com pobre controle), quando 
puxada para se sentar. 
2. O fisioterapeuta pode colocar a criança sobre um antebraço e apoiar a cabeça dela com 
a outra mão. Aquela mão que segura a cabeça da criança move-se para baixo, fazendo a 
cabeça cair sobre a mão aberta. A criança responderá com elevação e abdução dos mem-
bros superiores. 
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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3. Opção C. 
Os itens I, II e V estão corretos. O item III está incorreto, pois trata-se de fatores de risco para 
o desenvolvimento infantil.O item IV está incorreto, pois a assimetria é predominante no 
primeiro mês. 
4. Opção A. 
Os itens I, II e IV estão corretos. O item III está incorreto, pois os bebês mantêm-se sentados 
no chão, mas podem necessitar de ambas as mãos como apoio para manter o equilíbrio. 
Rastejam em prono ou engatinham. Podem puxar-se para ficar de pé e dar passos seguran-
do-se nos móveis. O tem V está incorreto, pois, no nível III, os bebês caminham utilizando 
um dispositivo manual de mobilidade. Em espaços externos, são transportados em cadeira 
de rodas ou utilizam mobilidade motorizada. 
5. Opção B. 
Reflexo de Gallant: Com o bebê em suspensão ventral, o fisioterapeuta estimula a lateral da 
coluna vertebral, desde a última costela até a crista ilíaca. Espera-se uma flexão lateral do 
tronco para o lado do estímulo. Tal reflexo inicia nas 30 semanas de gestação e segue até 
os 2 meses de idade do bebê. 
Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA): Na posição supina, o fisioterapeuta roda a cabeça 
do bebê para o lado. O reflexo se manifesta pelo aumento do tônus extensor dos membros 
para o lado em que a face está voltada e pelo aumento do tônus flexor nos membros do 
lado contralateral. Em geral, esse reflexo permanece até o quinto mês. 
Reflexo Tônico Cervical Simétrico (RTCS): Esse reflexo é avaliado colocando o bebê em 
suspensão ventral. Quando a cabeça é fletida, seus membros superiores também se fle-
tem, e os membros inferiores se estendem. Quando a cabeça é estendida, seus membros 
superiores também se estendem, enquanto os membros inferiores se fletem. Tal reflexo 
permanece até o sexto mês.
Reflexo de paraquedas: O fisioterapeuta segura a criança com suas duas mãos pela cintura 
e aproxima- a cabeça do solo com certa rapidez. Antes de a cabeça chegar ao solo, os 
braços da criança se estendem, como se ela fosse apoiar-se. Tal reflexo inicia aos 6 meses 
e torna-se mais evidente aos 9 meses. 
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 7
MINHAS METAS
OBTENÇÃO DO HISTÓRICO 
DO PACIENTE, MECÂNICA 
RESPIRATÓRIA, INSPEÇÃO ESTÁTICA 
E INSPEÇÃO DINÂMICA
Aprender sobre avaliação físico-funcional do sistema respiratório.
Realizar a anamnese do paciente.
Conhecer a mecânica respiratória.
Realizar a inspeção do tórax.
Correlacionar princípios da avaliação do sistema respiratório com a prática clínica do 
profissional fisioterapeuta. 
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7
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INICIE SUA JORNADA
Caro estudante, neste tema, abordaremos a obtenção do histórico de saúde do 
paciente, a mecânica respiratória e a inspeção do tórax, a qual se divide em inspe-
ção estática e dinâmica. Todos esses assuntos compreendem assuntos essenciais 
da avaliação do sistema respiratório. 
A obtenção do histórico de saúde do paciente torna-se 
importante na avaliação do sistema respiratório, visto que, 
com frequência, encontramos, relacionados, sintomas 
como tosse e dispneia. Da mesma forma, a inspeção do 
tórax é necessária para que se observe a sua aparência, 
estrutura óssea, movimentação e padrão respiratório 
do paciente. Dentro desse contexto, faz-se necessário 
o conhecimento da mecânica respiratória, a fim 
de entendermos como forças mecânicas produzem 
a respiração.
Para você realizar uma boa avaliação físico-funcional do sistema respirató-
rio, entender a mecânica respiratória pelo fisioterapeuta faz-se necessário, com 
intuito de obter o conhecimento mais preciso de possíveis alterações da função 
respiratória decorrentes de alterações no estado de saúde ou de alterações pos-
turais, que podem ser avaliadas pela inspeção. O conhecimento da mecânica 
respiratória e saber como realizar a inspeção de maneira eficiente norteiam as 
escolhas terapêuticas e seus efeitos. 
Preparamos para você um podcast sobre avaliação fisioterapêutica do sistema 
respiratório. Aprofunde seu conhecimento e aprenda um pouco mais sobre esse 
tema de aprendizagem. Dê o play no seu conhecimento!
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
VAMOS RECORDAR?
Dentro deste tema de avaliação físico-funcional do sistema respiratório, é bastante 
importante recordar a anatomofisiologia dele, pois, em condições patológicas, as 
estruturas e/ou o próprio funcionamento do sistema ou de partes dele podem 
estar alterados, coincidindo, muitas vezes, a disfunção com as manifestações 
clínicas do paciente. 
Vamos, então, a partir desse momento, recordar as estruturas do sistema 
respiratório e suas principais funções? 
A árvore respiratória começa no nariz, através das cavidades nasais que permitem 
a entrada do ar, onde é filtrado e aquecido a partir do muco e pelos, passando 
pela faringe, a qual transporta o ar na sequência até a laringe. Esta, por sua vez, 
apresenta as pregas vocais que emitem som juntamente com a cavidade oral e 
a traqueia, uma estrutura composta por anéis cartilaginosos, possui epitélio com 
cílios que participam do reflexo de tosse, além de ser responsável por levar o ar até 
os pulmões. Dentre as funções da traqueia, estão: filtrar, umedecer e aquecer o ar 
para conduzi-lo aos pulmões. Eles se dividem em dois brônquios principais, direito 
e esquerdo, os quais penetram nos pulmões direito e esquerdo, respectivamente.
À medida que o ar penetra pela árvore respiratória, ele encontra regiões de calibres 
(diâmetros) cada vez menores, começando pelo nariz, depois, faringe, laringe, 
traqueia e brônquios principais, passando por várias gerações de brônquios e, 
finalmente, pelos bronquíolos, que terminam nos alvéolos pulmonares. À medida 
que o ar passa por regiões de calibre cada vez menor, ele sofre atrito contra as 
paredes da árvore respiratória, gerando resistência para entrar e sair dos pulmões. 
Em condições fisiológicas, essa resistência não provoca mudanças ou dificuldade 
para a respiração, mas em condições patológicas, o paciente é capaz de apresentar 
dificuldade na respiração, como exemplo, citaremos a pessoa com asma, que, 
geralmente apresenta algum tipo de alergia a diferentes substância, como a 
poeira e ácaro. Em resposta à inalação de tais substâncias, os pacientes asmáticos 
podem apresentar crises de asma com dificuldade para inspirar e expirar, devido 
ao aumento da resistência dos bronquíolos à passagem do ar.
Para você, estudante, entender melhor o movimento do diafragma na inspiração 
e na expiração, recomendamos que assista ao breve vídeo disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=LyyMkaJeuRc
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem 
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Inicialmente, na sua avaliação físico-funcional do sistema respiratório, é muito 
importante você obter o histórico de saúde do paciente, contemplando a queixa 
principal dele, o histórico da condição atual e pregressa. É importante questioná-lo 
sobre antecedentes de doenças respiratórias bem como exposições ambientais 
e ocupacionais (fumo, poluição, venenos agrícolas, por exemplo). Quando se 
realiza uma avaliação do sistema respiratório torna-se necessário interrogar o 
paciente a respeito de sintomas frequentemente relacionados.
Para lhe introduzir a este tema, iniciaremos pela obtenção 
do histórico de saúde do paciente. Andris et al. (2006) 
sugerem alguns questionamentos que podem direcio-
nar o diagnóstico, veja os exemplos, a seguir, na pre-
sença do sintoma de tosse apresentado pelo paciente: é 
possível perguntar se a tosse é intensa, e se há interrup-
ção das atividades diárias. A tosse é seca ou produtiva? 
Tosse produtiva sugere algum resfriado, pneumonia ou 
bronquite. O que melhora ou piora a tosse? Quando 
ela surge, ocorre no início da manhã? Sugere 
inflamação das vias respiratórias. Ocorre à 
noite? Sugere gotejamento nasal posterior 
ou sinusite. Se a tosse for produtiva, 
Júnior e Souza (2019) sugerem questionar 
quanto a cor, quantidade, odor, consistên-
cia e presença de sangue. 
A anamnese é a parte inicial da sua 
avaliação, devecontemplar a identifica-
ção do paciente, a queixa principal 
e a sua história clínica. Existem 
algumas manifestações bastante co-
muns ao paciente com disfunção 
do sistema respiratório que se 
destacam pela presença de 
tosse, secreção, dispneia e, em 
alguns casos, a dor torácica. 
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
A tosse, muitas vezes, é acompanhada pela presença de secreção. Outro sintoma 
bastante comum numa avaliação do sistema respiratório é a presença de dispneia ou 
falta de ar, a qual pode ser avaliada de acordo com a apresentação do sintoma em 
relação ao tipo de esforço ou atividade. Outro sintoma 
frequentemente encontrado numa avaliação desse sis-
tema é a dor torácica, desse modo, é sugerido investigar 
dados de local, duração e tipo de dor. A partir de agora. 
você se aprofundará um pouco mais nesses assuntos, 
iniciando pela obtenção do histórico de saúde.
Na inspeção, é importante avaliar os aspectos do escarro devido ao fato de 
sua presença, com o aumento da viscosidade, provavelmente estar associada a 
quadros de infecção pulmonar. O escarro pode ser aquoso e translúcido, mucoso, 
mucopurulento, e essas variações indicam a presença de condições clínicas, como 
a bronquite crônica associada ao escarro mucoso, enquanto as infecções bacte-
rianas são associadas ao escarro purulento. Além da tosse e escarro, a dispneia 
e a dor torácica são manifestações clínicas que também podem estar presentes.
A dispneia é entendida como falta de ar que ocorre quando a respiração 
se torna difícil ao paciente em determinada atividade, enquanto a dor torácica 
costuma estar associada à alteração da respiração.
OBTENÇÃO DO HISTÓRICO DE SAÚDE
A obtenção do histórico de saúde do paciente inicia-se pela anamnese, por meio 
da coleta de seus dados pessoais, queixa principal e história clínica. Na avalia-
ção cinético-funcional do sistema respiratório é bastante importante coletar as 
histórias atual e pregressa, familiar e profissional, para entender o contexto que 
este paciente está inserido. 
A tosse é um dos sintomas que esse(a) paciente pode apresentar. A tosse 
pode ser seca ou produtiva. Se a tosse for produtiva, Júnior e Souza (2019) 
sugerem questionar quanto a cor, quantidade, odor, consistência e presença de 
sangue. Tais questionamentos se fazem necessários para pensar em alguma infecção 
pulmonar. Para avaliar as características da secreção eliminada, Palombini et 
al. (2001) sugerem que o paciente expectore em um lenço de papel branco, por 
exemplo, para melhor avaliar o conteúdo. 
A tosse, muitas 
vezes, é 
acompanhada 
pela presença de 
secreção
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Niederman, Sarosi e Glassroth (1994) afirmam que a viscosidade aumenta conside-
ravelmente em casos de infecção pulmonar. Na inspeção, o escarro aquoso e trans-
lúcido, característico de infecções virais, é chamado de escarro seroso (SILVA, 2004). 
O escarro mucoso, encontrado na bronquite crônica, é esbranquiçado e um 
pouco viscoso, tem um aspecto muito parecido com a clara de ovo. O escarro 
purulento é altamente viscoso, amarelado ou esverdeado, muito encontrado 
nas infecções bacterianas (PALOMBINI et al., 2001). A coloração do escarro nas 
infecções bacterianas muda de acordo com os agentes causadores da infecção: 
o escarro ferruginoso é encontrado na pneumonia pneumocócica; um escarro 
arroxeado é encontrado em infecções causadas por Klebsiella pneumoniae; já 
a Pseudomonas aeruginosa causa uma coloração esverdeada ao escarro 
(NIEDERMAN; SAROSI; GLASSROTH, 1994). 
Silva (2004) acrescenta que o escarro mucopurulento leva esse nome pela 
presença de características mucosas e purulentas no mesmo material. Já o escarro 
hemático se refere àquele que apresenta traços de sangue, podendo ocorrer em 
casos de tuberculose pulmonar, por exemplo. A coloração rósea e um aspecto 
espumoso sugerem congestão pulmonar.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
A dispneia, ou falta de ar, ocorre quando a respiração se torna difícil para a 
atividade do paciente naquele momento. Andris et al. (2006) e Júnior e Souza 
(2019) sugerem utilizar a classificação da dispneia em graus distintos, a fim de 
avaliá-la de forma mais objetiva. São eles:
 ■ Grau 0: falta de ar somente com exercício vigoroso.
 ■ Grau 1: falta de ar ao andar com rapidez ou subir uma inclinação pequena.
 ■ Grau 2: a pessoa anda mais lentamente no plano, pois tem menos fôlego 
do que outras pessoas da mesma idade, ou precisa parar quando anda, 
no plano, em seu próprio ritmo.
 ■ Grau 3: a fim de respirar, a pessoa para após andar, aproximadamente, 
90 m no plano.
 ■ Grau 4: a falta de ar impede que a pessoa saia de casa, ou ela sente falta 
de ar ao vestir ou despir suas roupas.
Quanto à dor torácica, Andris et al. (2006) sugerem questionar a localização, o 
tempo de duração e o tipo de dor. Pode-se encontrar:
 ■ Dor subesternal: caracteriza uma dor aguda e penetrante no meio do 
tórax, o que pode indicar um pneumotórax espontâneo (presença de ar 
na cavidade da pleura).
 ■ Dor traqueal: caracterizada por uma sensação de queimação que aumenta 
com a respiração profunda ou tosse, sugerindo aspiração ou toxicidade 
do oxigênio.
 ■ Dor esofágica: sensação de queimação que aumenta com a deglutição, 
indicando possível inflamação local.
 ■ Dor pleural: associada a infarto pulmonar, pneumotórax. É caracterizada 
por uma dor penetrante, como uma facada, que aumenta com respiração 
profunda ou tosse.
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
A função muscular ventilatória desempenha um papel crucial na capacidade 
funcional, determinada pelas propriedades mecânicas dos pulmões e da parede 
torácica, juntamente com a capacidade dos músculos ventilatórios de gerar tensão 
(NEDER et al., 1999).
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Os músculos indispensáveis na respiração tranquila são o diafragma e os 
músculos intercostais externos, que se contraem na inspiração e relaxam na ex-
piração (ANDRIS et al., 2006). O diafragma, uma cúpula que separa a cavidade 
torácica da abdominal, desce e se achata durante a inspiração, aumentando o 
diâmetro vertical do tórax. Os músculos intercostais externos elevam as costelas, 
aumentando o volume intratorácico (OLIVEIRA, 2018).
Músculos escalenos são considerados por Oliveira (2018) músculos primários 
da respiração, atuando na elevação das costelas e do esterno, enquanto Andris et 
al. (2006) os veem como músculos acessórios, os quais entram em ação durante 
maior demanda ventilatória, por exemplo, em situações de dispneia.
Os principais músculos acessórios da inspiração incluem esternocleido-
mastóideos, escalenos, peitoral menor e serrátil anterior. Músculos acessórios 
da expiração são os oblíquos internos e externos do abdome, reto abdominal e 
transverso do abdome (ANDRIS et al., 2006).
A avaliação dos músculos respiratórios é realizada por meio da medição das 
pressões inspiratórias e expiratórias máximas pela manovacuometria. Na ventilação 
pulmonar, o ar flui entre a atmosfera e os alvéolos dos pulmões devido às diferenças 
alternadas de pressão criadas pela contração e relaxamento dos músculos respiratórios. 
A velocidade do fluxo de ar e a quantidade de esforço necessário para respirar são 
influenciadas pela tensão superficial dos alvéolos, complacência dos pulmões e 
resistência das vias aéreas (TORTORA, 2010). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Para o entendimento da mecânica ventilatória, é necessário o conhecimento de 
alguns conceitos, de acordo com Tortora (2010):
• Pressão pleural: é a pressão do líquido no estreito espaço entre pleura visceral 
e pleura parietal, esta mantém os pulmões abertos no nível do repouso. 
• Pressão alveolar: refere-se à pressão de ar dentro dos alvéolos pulmonares. 
• Pressão transpulmonar: diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural, 
sendo a medida das forças elásticas nos pulmões que tendem a colapsá-los 
a cada instante da respiração, a chamada pressão de recuo.
• Tensão superficial do líquido: fina lâmina de líquido alveolar que recobre a 
face luminaldos alvéolos e produz força direcionada para dentro, levando o 
alvéolo a assumir o menor diâmetro possível. 
• Surfactante: responsável por reduzir a tensão superficial do líquido alveolar, 
assim, evita o colapso dos alvéolos ao final da expiração. 
• Complacência: refere-se à quantidade de esforço necessária para estirar os 
pulmões e a parede do tórax. Também é relacionada às elasticidade e tensão 
superficial. 
• Resistência de Vias Aéreas (RVA): entende-se como o grau de dificuldade 
que o fluxo de ar tem para se movimentar através das vias aéreas, sendo esse 
um parâmetro importante na avaliação funcional pulmonar. É calculada pela 
diferença de pressão entre o alvéolo e a boca, dividida pela taxa de fluxo 
aéreo. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
Além desses conceitos, é preciso saber determinar os volumes e capacidades 
pulmonares ilustrados no gráfico, a seguir:
1
9
4
6000
5000
4000
3000
2000
1000
Volumes Capacidades
Inspiração
V
ol
u
m
e 
p
u
lm
on
ar
 (m
l) Volume de
reserva
inspiratório
Volume
corrente
Volume de
reserva expiratório
Capacidade
inspiratória
Capacidade
vital
Capacidade
funcional
residual
Capacidade
pulmonar total
Expiração
Tempo
Volume
residual
Figura 1 – Volumes e capacidades pulmonares 
Fonte: Guyton e Hall (2006, p. 476).
Descrição da Imagem: representação gráfica ilustrativa dos volumes e capacidades pulmonares, onde pode-se 
observar os seguintes volumes: de reserva inspiratório, corrente, de reserva expiratório e residual. Pode-se ob-
servar, também, as seguintes capacidades: inspiratória, vital, funcional residual e pulmonar total, bem como os 
mecanismos de inspiração e expiração nas regiões superior e inferior da figura, respectivamente.
Os volumes pulmonares, quando somados, são iguais ao volume máximo que 
os pulmões podem expandir: 
Volumes pulmonares
1. Volume Corrente (VC):
 ■ Quantidade de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal.
 ■ Cerca de 500 mililitros no adulto.
2. Volume de Reserva Inspiratório (VRI):
 ■ Volume extra de ar que pode ser inspirado, com uma inspiração total, 
acima do volume corrente normal.
 ■ Geralmente, em torno de 3000 mililitros.
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3. Volume de Reserva Expiratório (VRE):
 ■ Máximo volume extra de ar que pode ser expirado numa expiração forçada 
após uma expiração corrente normal.
 ■ Normalmente, cerca de 1100 mililitros.
4. Volume Residual (VR):
 ■ Volume de ar que permanece nos pulmões após a expiração mais forçada.
 ■ Cerca de 1200 mililitros.
Capacidades pulmonares
1. Capacidade Inspiratória (CI):
 ■ Igual ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratório.
 ■ Quantidade de ar (cerca de 3500 mililitros) que pode ser respirada ao 
começar num nível expiratório normal, distendendo os pulmões à sua 
quantidade máxima.
2. Capacidade Residual Funcional (CRF):
 ■ Igual ao volume de reserva expiratório mais o volume residual.
 ■ Quantidade de ar que permanece nos pulmões no final de uma expiração 
normal (cerca de 2300 mililitros).
3. Capacidade Vital (CV):
 ■ Igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o 
volume de reserva expiratório.
 ■ Quantidade máxima de ar que pode ser expelida dos pulmões após en-
chê-los à sua extensão máxima (cerca de 4600 mililitros).
4. Capacidade Pulmonar Total (CPT):
 ■ Volume máximo em que os pulmões, com maior esforço, podem ser ex-
pandidos.
 ■ Igual à capacidade vital mais o volume residual (cerca de 5800 mililitros) 
(GUYTON; HALL, 2006). 
INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA
Agora que você já conhece conceitualmente como funciona a mecânica respiratória, 
daremos continuidade à avaliação do paciente, por meio da qual observaremos, 
de forma prática, o funcionamento da mecânica respiratória.
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Para que você realize uma inspeção estática, é necessário lembrarmos que 
o tórax é constituído por osso esterno, 24 costelas (sendo 12 de cada lado), car-
tilagens costais e vértebras torácicas. Também é importante lembrar os limites 
do tórax, que são: o osso esterno, na região anterior; os corpos 
das 12 vértebras torácicas, como limite posterior; a clavícula, 
como limite superior; e o músculo diafragma, como limite 
inferior. O diâmetro horizontal do tórax é maior do que o 
diâmetro sagital (ANDRIS et al., 2006; COSTA, 1999). 
A caixa torácica tem uma função muito impor-
tante, pois protege coração, pulmões, aorta, timo, 
parte da traqueia e do esôfago, linfonodos e nervos. 
As sete costelas superiores, ou verdadeiras, arti-
culam-se anteriormente com o osso esterno. Da 
oitava à décima costelas são chamadas de costelas 
falsas, porque se articulam com o osso esterno por 
meio de cartilagens costais que se unem à cartilagem costal da sétima costela. A 
décima primeira e a décima segunda costelas são chamadas de costelas flutuan-
tes, pois não se articulam anteriormente (LIPPERT, 2013). 
Para orientar o exame e favorecer o registro dos achados, o tórax pode ser di-
vidido por meio de pontos anatômicos de referência e linhas imaginárias. Quais 
são esses pontos anatômicos? A incisura supraesternal; o ângulo de Charpy e o 
ângulo de Louis. 
O ângulo de Charpy é formado pelo cruzamento das últimas costelas in-
feriores, tendo como vértice a base do apêndice xifoide, utilizado para avaliar o 
biotipo. Quando o ângulo for igual a 90º, a pessoa é classificada como normolí-
nea. As pessoas normolíneas apresentam pescoço, tórax, membros e estatura 
dentro dos padrões considerados normais. 
Quando o ângulo for maior do que 90º, a pessoa é considerada brevilínea. Os 
brevilíneos têm pescoço e membros curtos, tórax largo e baixa estatura. O tórax 
brevilíneo é encontrado em algumas patologias, como tuberculose pulmonar e 
Doença Bronco-Pulmonar Obstrutiva Crônica (DBPOC). 
Se o ângulo for menor do que 90º, a pessoa é considerada longilínea. Os lon-
gilíneos apresentam pescoço e tórax longos, membros compridos e alta estatura 
(JÚNIOR; SOUZA, 2019). Observe o ângulo de Charpy na figura, a seguir:
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Figura 2 – Ângulo de Charpy 
Fonte: o autor.
Descrição da Imagem: a figura apresenta a representação esquemática do ângulo de Charpy, formado pelo cruzamento 
das últimas costelas inferiores, tendo como vértice a base do apêndice xifoide, utilizado para avaliar o biotipo.
O ângulo de Louis é representado por uma crista óssea horizontal, no mesmo 
nível do segundo arco costal. Logo abaixo dele está o segundo espaço intercostal. 
Ele se apresenta como uma leve elevação facilmente reconhecida pelo tato, pal-
pado ao deslizar os dedos indicador e médio lateralmente ao esterno (JÚNIOR; 
SOUZA, 2019). Sabendo a localização do ângulo de Louis, você conseguirá loca-
lizar, com mais precisão, os outros espaços intercostais e as costelas. Dessa forma, 
você poderá registrar, por exemplo, uma retração encontrada no segundo espaço 
intercostal. Observe o ângulo de Louis na figura, a seguir:
Figura 3 – Ângulo de Louis 
Fonte: Júnior e Souza (2019, p. 192).
Descrição da Imagem: a figura demonstra, por meio de 
uma fotografia colorida, o ângulo de Louis, representado 
por uma crista óssea horizontal, como uma leve elevação 
facilmente reconhecida pelo tato, palpado ao deslizar os 
dedos indicador e médio lateralmente ao esterno, locali-
zado no mesmo nível do segundo arco costal. Logo abaixo 
dele, encontra-se o segundo espaço intercostal. 
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Quanto às linhas imaginárias, é importante tê-las em mente para registrar cor-
retamente seus achados. Por exemplo, em sua avaliação, você poderá encontrar 
uma cicatriz no tórax e, para registrá-la, se baseará nas linhas imaginárias, além 
do ângulo de Louis. Portanto, você poderá registrar que encontrou uma cicatriz 
na linha hemiclavicular direita, no terceiro espaço intercostal, por exemplo. 
Faremos, agora, a descrição delas: a linha traçada verticalmente no centro 
do esterno chama-se linha médio-esternal, ela divide a região em hemitórax 
direito e esquerdo. A linha paraesternal ou esternal situa-seao lado da borda 
do esterno. Por meio dos pontos médios das clavículas e em paralelo com a linha 
médio-esternal, encontramos a linha hemiclavicular (de cada lado). Visualize 
a linha médio-esternal e a linha hemiclavicular na figura, a seguir:
Figura 4 – Linha médio-esternal e linha hemiclavicular 
Fonte: Júnior e Souza (2019, p. 193). 
Descrição da Imagem: a fotografia colorida apre-
senta a linha médio-esternal, traçada vertical-
mente no centro do esterno, que divide a região 
em hemitórax direito e esquerdo; e a linha hemi-
clavicular, localizada pelos pontos médios das cla-
vículas e em paralelo com a linha médio-esternal.
Na região lateral do tórax, tanto à direita quanto à esquerda, três linhas traçadas 
verticalmente e paralelas à linha médio-esternal dividem a região em três por-
ções: linha axilar anterior, que desce a partir da linha axilar anterior; a linha 
axilar posterior, a qual desce a partir da linha axilar posterior; a linha axilar 
média, localizada a partir da linha axilar média. Para melhor compreensão, 
observe a figura, a seguir:
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Figura 5 – Linha axilar anterior, linha axilar média e linha axilar posterior
Fonte: Júnior e Souza (2019, p. 193). 
Descrição da Imagem: a fotografia colorida apre-
senta a região lateral do tórax na vista perfil ou late-
ral, por meio de três linhas traçadas verticalmente e 
paralelas à linha médio-esternal, dividindo a região 
em três porções: linha axilar anterior, que desce a 
partir da linha axilar anterior; linha axilar posterior, 
que desce a partir da linha axilar posterior; linha axi-
lar média, localizada a partir da linha axilar média.
Na região posterior do tórax, a linha médio-espinhal ou vertebral divide os 
hemitórax em direito e esquerdo, passando sobre os processos espinhosos das 
vértebras. As linhas escapulares passam pelo ângulo inferior das escápulas e 
estão em paralelo com a linha médio-espinhal ou vertebral. As linhas escapulares 
são demarcadas com os membros superiores estendidos junto ao corpo. Observe 
a figura, a seguir:
Descrição da Imagem: : a fotografia colorida apre-
senta a região posterior do tórax, demonstrando 
a linha médio-espinhal ou vertebral que divide os 
hemitórax em direito e esquerdo, passando sobre 
os processos espinhosos das vértebras; e as linhas 
escapulares que passam pelo ângulo inferior das 
escápulas e estão em paralelo com a linha médio-espi-
nhal ou vertebral. 
Figura 6 – Linha médio-espinhal ou vertebral e linhas 
escapulares 
Fonte: Júnior e Souza (2019, p. 193). 
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Para realizar a inspeção do tórax, tanto o paciente quanto o fisioterapeuta de-
vem estar em uma posição confortável. O tórax deve estar desnudo, e o paciente, 
sentado ou em decúbito dorsal. 
Numa inspeção estática do tórax, você procurará por abaulamentos (au-
mento do volume de algum dos hemitórax), lesões na pele, cicatrizes, retrações 
(restrição do volume de um hemitórax) e presença ou não de edema (SILVA, 
2005; ANDRIS et al., 2006; JÚNIOR; SOUZA, 2019). 
Na inspeção, é possível observar um abaulamento unilateral do tórax (dis-
tensão total de um hemitórax) nos grandes derrames líquidos ou gasosos da 
pleura, nos neoplasmas de pulmão, por exemplo. Também pode ser observado 
um abaulamento parcial, localizado em um ponto da parede torácica, possivel-
mente determinado por enfisema parcial de uma parte do pulmão, por afecções 
dos ossos da caixa torácica, por exemplo (JÚNIOR; SOUZA, 2019). 
Você também poderá encontrar uma retração unilateral. O achatamento uni-
lateral atingindo todo o hemitórax pode ser observado em casos de tuberculose 
pulmonar crônica, em casos de atelectasia e diminuição do volume do pulmão. 
Já as retrações localizadas são observadas, com frequência, nas regiões superiores 
do tórax (JÚNIOR; SOUZA, 2019). 
Caro estudante, na inspeção estática, você também deverá verificar os tipos 
de tórax. Uma forma normal usualmente mantém uma relação entre os diâme-
tros anteroposterior e látero-lateral de 1:2, ou seja, o diâmetro lateral do tórax é 
duas vezes maior do que o diâmetro anteroposterior (SARMENTO, 2009). 
Para Sarmento (2009), existem diferentes tipos anormais de tórax, que serão 
descritos, a seguir: o tórax chato caracteriza-se por um tórax longo e estreito, 
encontrado nos longilíneos. O diâmetro anteroposterior está diminuído, já que a 
parede anterior do tórax tem a sua convexidade reduzida. As costelas inclinam-se 
bastante anteriormente, tomando uma direção descendente; os espaços intercos-
tais são largos, e o ângulo de Louis, muito saliente. As clavículas apresentam-se 
bem proeminentes, enquanto as fossas infra e supraclaviculares são profundas. 
Segundo Sarmento (2009) e Andris et al. (2006), o tórax enfisematoso carac-
teriza-se pelo seu arredondamento exagerado. É um tórax largo e curto, também 
chamado de tórax em barril, e os espaços intercostais também são largos. Esse 
tipo de tórax é muito encontrado em pacientes com Doença Pulmonar Obs-
trutiva Crônica, pois o formato arredondado é proveniente da hiperinsuflação 
pulmonar e do aumento da resistência ao fluxo aéreo.
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O tórax raquítico caracteriza-se por apresentar uma saliência óssea na união 
de cada costela com sua cartilagem (a essa condição dá-se o nome de rosário 
raquítico). As costelas não apresentam a curvatura normal encontrada na altura 
das articulações costocondrais, resultando em uma aparência de sulco de cada 
lado do peito. Há uma depressão horizontal situada na parte inferior do peito, na 
altura da mudança das costelas verdadeiras para as falsas (SARMENTO, 2009). 
Observe a figura, a seguir:
Figura 7 – Tórax raquítico 
Fonte: Sarmento (2009, p. 12).
Descrição da Imagem: a fotografia em preto e branco apresenta a demonstração de um tórax raquítico, no qual 
é possível observar uma saliência óssea na união de cada costela com sua cartilagem, onde as costelas não apre-
sentam a curvatura normal encontrada na altura das articulações costocondrais, resultando em uma aparência de 
sulco de cada lado do peito bem como uma depressão horizontal situada na parte inferior do peito, na altura da 
mudança das costelas verdadeiras para as falsas.
O tórax de pombo é conhecido pela protrusão do esterno e das costelas, aumen-
tando, assim, o diâmetro anteroposterior do tórax. Esse tipo de tórax é comum 
em certas afecções crônicas das vias respiratórias (SARMENTO, 2009; ANDRIS 
et al., 2006). Observe a figura, a seguir:
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Figura 8 – Tórax de pombo 
Fonte: Sarmento (2009, p. 13).
Descrição da Imagem: a fotografia 
em preto e branco mostra o tórax de 
pombo, no qual se observa uma pro-
trusão do esterno e das costelas, o 
que aumenta o diâmetro anteropos-
terior do tórax.
O tórax infundibuliforme apresenta-se com uma depressão na parte inferior do 
esterno. Esse tipo de tórax, normalmente, é congênito, mas pode ser adquirido, 
como no caso dos sapateiros, os quais costumam apoiar suas ferramentas na pa-
rede anterior do peito, resultando em uma depressão do esterno (SARMENTO, 
2009; ANDRIS et al., 2006). 
Um tipo raro de se encontrar é o tórax piriforme, porém, Sarmento (2009) 
o inclui nos tipos anormais. Nesse tipo de tórax, o osso esterno e a extremidade 
esternal das clavículas são proeminentes, mas nos dois terços inferiores, o tórax 
é achatado e estreito. Os músculos escalenos e esternocleidomastóideos são bas-
tante desenvolvidos e se contraem de forma visível, mesmo quando a pessoa está 
respirando tranquilamente. 
O tórax em batel também é mais difícil de encontrar e se caracteriza por uma 
depressão mediana da parte superior do tórax chegando até a quinta costela, com 
possibilidade de atingir até 5 cm de profundidade (SARMENTO, 2009). No tórax 
cônico, ou em forma de sino, a base é muito mais larga do que a parte superior, e 
as clavículas se inclinam para baixo e para fora. Esse tipo de tórax é encontrado em 
todas as condições patológicas que produzem considerávelalargamento da base in-
ferior do tórax, como nas hepatoesplenomegalias e na ascite (SARMENTO, 2009). 
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Ainda, há tipos de tórax produzidos por deformações da coluna vertebral e 
do esqueleto torácico. No tórax escoliótico, por exemplo, a coluna apresenta 
desvio lateral. A concavidade da escoliose reduz as dimensões da caixa torácica 
e percebe-se, geralmente, um desvio do esterno. Observe a figura, a seguir:
Figura 9 – Tórax escoliótico
Fonte: Sarmento (2009, p. 14).
Descrição da Imagem: a fotografia em preto e branco mostra uma representação do tórax escoliótico, no qual a 
coluna vertebral apresenta um desvio lateral, sendo possível observar, também, um desvio do esterno.
Além dos tipos de tórax, Andris et al. (2006) afirmam que a inspeção da pele e das 
unhas do paciente fornece uma visão geral do seu estado clínico bem como uma 
avaliação de sua oxigenação periférica. Um tom azulado da pele do paciente pode 
indicar saturação da hemoglobina com oxigênio diminuído. A cianose periférica 
resulta de vasoconstrição, oclusão vascular, diminuição do débito cardíaco. É 
visível em leitos ungueais, nariz, orelhas e dedos. 
Além de observar a presença de cianose no leito ungueal, verifique os dedos 
de seu paciente. Os dedos em “baqueta de tambor” são comuns em alguns distúrbios 
pulmonares, como em tumores pulmonares, fibrose pulmonar, bronquiectasia. 
Os dedos em baqueta de tambor caracterizam-se por um ângulo maior do que 
180º na região de onde surge a unha, como mostra a figura seguinte:
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Figura 10 – Dedos em “baqueta de tambor” 
Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-viasrespirat%C3%B3rias/
sintomas-de-dist%C3%BArbios-pulmonares/dedos-em-baqueta-de-tambor. Acesso em: 23 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: a figura apresenta, por meio de uma ilustração, a demonstração de um dedo que exem-
plifica a condição “baqueta de tambor”, em que é possível observar um ângulo maior do que 180º na região de 
onde surge a unha. 
A inspeção dinâmica tem o objetivo de verificar a frequência respiratória, o 
sincronismo, as alterações do ritmo e a expansibilidade torácica (SARMENTO, 
2009; JÚNIOR; SOUZA, 2019). Enquanto a inspeção estática avalia a estrutura 
torácica, a dinâmica encarrega-se de avaliar o funcionamento da estrutura, por 
isso sua importância. Por meio dela, verificamos se o paciente está ou não em 
sofrimento respiratório, se há utilização de musculatura acessória da respiração, 
se a caixa torácica apresenta boa mobilidade e expansibilidade. A diminuição 
da expansibilidade costuma indicar, por exemplo, a presença de pneumonia, 
pneumotórax ou derrame pleural (JÚNIOR; SOUZA, 2019). 
Para iniciar, você deve saber que a caixa torácica apresenta movimentos 
pequenos, visto que a maioria das costelas está articulada anterior e posterior-
mente. Os movimentos realizados são a elevação (associados com a inspiração) 
e o abaixamento (associados com a expiração). Na inspiração, a caixa torácica 
se move superior e anterolateralmente; já na expiração, que é o movimento de 
volta à posição inicial, a caixa torácica se move inferior e posteromedialmente, 
diminuindo o diâmetro do tórax (LIPPERT, 2013; NEUMANN, 2011).
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Como você pôde observar, nos movimentos da respiração, há uma variação 
do diâmetro horizontal. Esse tipo de movimento é comparado a uma “alça de 
balde”. Vamos lá: quando a alça está em repouso na lateral do balde, corresponde 
à posição abaixada da caixa torácica durante a expiração. Quando a alça (fazendo 
referência ao ângulo das costelas) sobe e se afasta do balde (fazendo referência 
à coluna vertebral e ao esterno), equivale ao aumento do diâmetro horizontal 
durante a inspiração (LIPPERT, 2013).Observe a figura, a seguir, do diâmetro 
torácico horizontal comparado à “alça de balde”.
Figura 11 – “Alça de balde” 
Fonte: Lippert (2013, p. 209). 
Descrição da Imagem: a figura ilustra o diâmetro torácico horizontal por meio de uma representação que compara 
esse movimento ao formato de uma “alça de balde”. Quando a alça repousa na lateral do balde, isso corresponde 
à posição abaixada da caixa torácica durante a expiração, mas quando a alça (associada ao ângulo das costelas) 
se eleva e se afasta do balde (referindo-se à coluna vertebral e ao esterno), ocorre o aumento do diâmetro ho-
rizontal durante a inspiração.
Outra variação a ser considerada é a do diâmetro sagital ou anteroposterior, 
também conhecida como “efeito de alavanca de bomba” ou “braço de bomba”. 
Durante a inspiração, o esterno e as costelas movem-se superior e anteriormente, 
ampliando o diâmetro sagital do tórax, assemelhando-se ao movimento ascen-
dente do “braço de bomba de água”. Em contraste, na expiração, quando as cos-
telas e o esterno se movem inferiormente, o movimento lembra a descida desse 
braço (LIPPERT, 2013). Você pode visualizar essa dinâmica na figura, a seguir, 
do diâmetro torácico sagital comparado ao “braço de bomba de água”.
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Figura 12 – “Efeito de alavanca de bomba” ou “braço de bomba” 
Fonte: Lippert (2013, p. 209). 
Descrição da Imagem: a figura representa a variação do diâmetro sagital ou anteroposterior, conhecida como 
“efeito de alavanca de bomba” ou “braço de bomba”. Durante a inspiração, o esterno e as costelas movem-se 
superior e anteriormente, ampliando o diâmetro sagital do tórax, o que se assemelha ao movimento ascendente 
do “braço de bomba de água”. Em contraste, durante a expiração, quando as costelas e o esterno se movem 
inferiormente, o movimento assemelha-se à descida do braço. 
Para avaliar a frequência respiratória (FR), é necessário contar as incursões to-
rácicas (inspiração e expiração) por um minuto. De acordo com Júnior e Souza 
(2019), a partir dos 10 anos de idade, a FR em repouso varia entre 14 e 20 in-
cursões por minuto. Eles destacam diferentes padrões respiratórios, incluindo 
eupneia (FR dentro dos parâmetros normais); apneia (pausa respiratória com 
mais de 10 segundos de duração); bradipneia (diminuição da FR); taquipneia 
(aumento da FR). A taquipneia pode ser fisiológica, como durante o exercício, 
mas também pode indicar condições patológicas, como febre e lesões pleurais e 
pulmonares (JÚNIOR; SOUZA, 2019).
Falamos em dispneia quando nos referimos àquela respiração curta, que é 
desconfortável para o paciente. A encontramos de algumas formas, como: ortop-
neia (dispneia de decúbito que melhora na posição ortostática, muito encontrado 
em casos de insuficiência cardíaca); tropopneia (dispneia relacionada com o de-
cúbito lateral, encontrado por exemplo, em casos de derrame pleural); dispneia 
suspirosa (presença de suspiros seguidos entre respirações normais, presente 
em estados de ansiedade) (JÚNIOR; SOUZA, 2019). 
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Lembre-se de que, em uma inspeção dinâmica, outro item a ser observado é 
a sincronia respiratória. Para Júnior e Souza (2019), o sincronismo é observado 
quando o tórax e o abdome se elevam na inspiração e retraem-se na expiração. O 
assincronismo respiratório é observado quando há retração abdominal durante 
a inspiração, também chamado de “Sinal de Hoover”. Essa condição evidencia a 
fadiga do músculo diafragma e dos músculos acessórios da respiração e, muitas 
vezes, está associada à contração dos lábios.
Outra condição que evidencia a fadiga dos músculos acessórios da respiração 
é a tiragem ou retração inspiratória. A tiragem corresponde ao aumento da 
contração e retração musculares, devido à pressão negativa aumentada no inte-
rior da caixa torácica quando existe algum obstáculo na via aérea, dificultando a 
entrada de ar e a expansão do pulmão. As tiragens são comumente visualizadas 
nas fossas supraclaviculares, na fúrcula esternal e nos terços inferiores do tórax 
(JÚNIOR; SOUZA, 2019). 
Bem, talvez você já tenha percebido como a inspiração é um pouco mais curta 
do que a expiração, sucedendo-se os dois movimentos coma mesma amplitude. 
Os dois movimentos são intercalados por uma breve pausa, o que se refere a uma 
condição fisiológica. Agora, quando uma dessas características se modifica, são 
observados os ritmos respiratórios anormais. Segundo Sarmento (2009), são eles:
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RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES
Caracteriza-se por uma fase de apneia seguida por incursões inspiratórias cada vez 
mais profundas até chegar ao máximo e decrescerem até nova pausa. Suas causas 
principais são insuficiência cardíaca e acidentes vasculares encefálicos. 
RESPIRAÇÃO DE BIOT
Caracteriza-se por respirações rápidas e profundas, com pausas súbitas. A profundida-
de das respirações é uniforme. 
RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL
É composta por quatro fases: inspirações ruidosas (soa uma inspiração forçada), gra-
dativamente mais amplas, alternadas com expirações rápidas, de pequena amplitude; 
expirações ruidosas (soa uma expiração forçada) gradativamente mais amplas, alter-
nadas, com inspirações rápidas e de pequena amplitude; apneia em expiração. Sua 
causa principal é a acidose diabética.
Confira aqui a aula referente a este tema.
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
NOVOS DESAFIOS
A atuação do profissional fisioterapeuta é bastante ampla, e a avaliação físi-
co-funcional do sistema respiratório ocorre em diferentes contextos. O paciente 
com disfunção do sistema respiratório pode estar em um ambiente clínico, ambu-
latorial, hospitalar e, mesmo nesse cenário, talvez ele esteja em uma enfermaria, 
no pronto-socorro ou na Unidade de Terapia Intensiva. Independentemente 
de qualquer um desses cenários, o fisioterapeuta precisará obter o histórico de 
saúde do paciente e, quanto maior o número de informações coletadas, melhor 
será a capacidade de elaborar um raciocínio clínico, incluindo o diagnóstico 
cinético-funcional, os objetivos, o prognóstico clínico e as condutas terapêuticas.
O profissional fisioterapeuta pode se especializar na área respiratória e, como 
ficou evidente na pandemia de Covid-19, a fisioterapia respiratória é de muita 
relevância tanto na prevenção, quanto no controle dos agravos em saúde e no 
tratamento de pacientes com doenças respiratórias e pulmonares. Os campos de 
atuação são os mais diversificados: consultorias, clínicas, centros de pesquisa, 
saúde coletiva, hospitais, preceptorias em centros de saúde universitários. 
O conhecimento sobre as pressões, volumes e capacidades será bastante usa-
dos na prática do profissional fisioterapeuta que atua principalmente em ambien-
te hospitalar e de terapia intensiva no manejo do paciente em ventilação mecâni-
ca, quando esse necessitar de suporte ventilatório. Há também o uso em pacientes 
em ambiente domiciliar que convivem com doenças do sistema respiratório e 
que necessitam de cuidado integral, por meio de uma equipe multidisciplinar. 
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1. Os vários tipos de tórax são verificados em uma inspeção estática. Quais são os tipos anor-
mais de tórax existentes? Descreva as características do tórax de pombo. 
2. Para verificar a Frequência Respiratória (FR), é necessário contar, durante um minuto, as 
incursões torácicas (inspiração e expiração). Júnior e Souza (2019) afirmam que, a partir dos 
10 anos de idade, a FR em repouso varia entre 14 e 20 incursões/minuto. Segundo os mes-
mos autores, a respiração pode se apresentar dentro de parâmetros variáveis. Descreva, a 
seguir, como a respiração é classificada, características e possíveis causas de modificação.
3. A inspeção do tórax é um item indispensável em uma avaliação cinético-funcional do sis-
tema respiratório e divide-se em estática e dinâmica. Com base nessa informação, assinale 
V para as sentenças Verdadeiras e F para as Falsas: 
( ) A incisura supraesternal, o ângulo de Charpy e o ângulo de Louis são pontos anatômicos 
de referência do tórax. 
( ) A respiração de Cheyne-Stokes caracteriza-se por respirações rápidas e profundas, com 
pausas súbitas. 
( ) Nos movimentos da respiração, observa-se variação dos diâmetros horizontal e sagital. 
A variação do diâmetro horizontal é comparada a uma “alça de balde”. 
( ) Chama-se “Sinal de Hoover” o assincronismo respiratório, observado quando há retração 
abdominal durante a inspiração. 
( ) A frequência respiratória dentro dos parâmetros normais é chamada de eupneia. 
É correto o que se afirma em: 
a) F, V, F, F, V. 
b) V, F, V, V, V.
c) V, V, F, V, F.
d) F, F, V, V, V. 
e) F, V, V, V, F. 
4. De acordo com Sarmento (2009) e Júnior e Souza (2019), a inspeção dinâmica tem o objetivo 
de verificar a frequência respiratória, o sincronismo, as alterações do ritmo, a expansibilida-
de torácica. Enquanto a inspeção estática avalia a estrutura torácica, a dinâmica encarre-
ga-se de avaliar o funcionamento da estrutura, por isso sua importância. Sobre a inspeção, 
assinale V para as sentenças Verdadeiras e F para as Falsas: 
VAMOS PRATICAR
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( ) Para realizar a inspeção do tórax, tanto o paciente quanto o fisioterapeuta devem estar 
em uma posição confortável. O tórax deve estar desnudo, e o paciente, sentado ou em 
decúbito dorsal. 
( ) A dispneia refere-se à respiração curta, que é desconfortável para o paciente, e pode 
ser encontrada na forma da ortopneia: dispneia relacionada com o decúbito lateral, en-
contrado, por exemplo, em casos de derrame pleural.
( ) A inspeção da pele e das unhas do paciente fornece uma visão geral do seu estado clí-
nico e uma avaliação de sua oxigenação periférica. O tom azulado da pele do paciente 
costuma indicar saturação da hemoglobina com oxigênio diminuído.
( ) O tórax enfisematoso caracteriza-se por apresentar uma saliência óssea na união de 
cada costela com sua cartilagem.
( ) Uma condição que evidencia a fadiga dos músculos acessórios da respiração é a tira-
gem ou retração inspiratória, a qual corresponde ao aumento da contração e retração 
musculares, devido à pressão negativa aumentada no interior da caixa torácica quando 
existe algum obstáculo na via aérea, dificultando a entrada de ar e a expansão do pulmão.
É correto o que se afirma em: 
a) F, V, V, F, V.
b) V, F, V, V, F.
c) V, V, F, V, F.
d) F, V, F, V, F.
e) V, F, V, F, V. 
5. De acordo com Neder et al. (1999), a função muscular ventilatória desempenha um papel 
fundamental na capacidade funcional, e o desempenho ventilatório é determinado pelas 
propriedades mecânicas dos pulmões e da parede torácica bem como pela capacidade 
dos músculos ventilatórios gerarem tensão. Para o entendimento da mecânica ventilatória, 
é necessário o conhecimento de conceitos de pressão e saber determinar os volumes e 
capacidades pulmonares. Sobre as pressões, volumes e capacidades pulmonares, analise 
as opções, a seguir, e identifique a correta:
VAMOS PRATICAR
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a) Pressão pleural: pressão de ar dentro dos alvéolos pulmonares. 
b) Pressão alveolar: diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural, sendo a medida 
das forças elásticas nos pulmões que tendem a colapsá-los a cada instante da respira-
ção, a chamada pressão de recuo.
c) Pressão transpulmonar: é a pressão do líquido no estreito espaço entre a pleura visceral.
d) Volume residual: volume de ar que fica nos pulmões após a expiração mais forçada, de 
cerca de 1200 mililitros. Ao descrever os eventos no ciclo pulmonar, algumas vezes, é 
desejável considerar dois ou mais volumes combinados. Tais combinações são chamadas 
de capacidades pulmonares. 
e) Capacidade residual funcional: é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume 
residual. É a quantidade de ar que permanece nos pulmões no final de uma expiração 
normal (cerca de 2300 mililitros). 
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
ANDRIS, A. D. et al. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2006.
COSTA, D. Fisioterapia respiratória básica. São Paulo: Atheneu, 1999.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 11. ed. São Paulo:Elsevier Brasil, 2006.
JÚNIOR, F. V. A.; SOUZA, A. B. G. Manual de exame físico. São Paulo: Elsevier, 2019.
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
NEDER, J. A. et al. Reference values for lung function tests. I. Static volumes. Brazilian Journal of 
Medical and Biological Research, [s. l.], v. 32, p. 703-717, 1999.
NEUMANN, D. A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
NIEDERMAN, M. S.; SAROSI, G. A.; GLASSROTH, J. Respiratory infections. Philadelphia: WB 
Saunders, 1994.
OLIVEIRA, M. S. Ciências morfofuncionais do aparelho locomotor: membros superiores, cabe-
ça e tronco. Londrina: Educacional, 2018.
PALOMBINI, B. C. et al. Doenças das vias aéreas: uma visão clínica integradora (viaerologia). Rio 
de Janeiro: Revinter, 2001.
SARMENTO, G. J. V. O ABC da fisioterapia respiratória. Barueri: Manole, 2009.
SILVA, R. M. Semiologia do aparelho respiratório: importância da avaliação do escarro. Arquivos 
Catarinenses de Medicina, Florianópolis, v. 33, n. 3, p. 28-30, 2004.
SILVA, R. M. Semiologia para o estudante de medicina. Tubarão: Editora da Universidade do Sul 
de Santa Catarina, 2005.
TORTORA, G. J. Princípio de anatomia e fisiologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2010. 
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1. Os tipos anormais de tórax são: tórax chato, tórax enfisematoso, tórax raquítico, tórax de 
pombo, tórax infundibuliforme, tórax piriforme, tórax em batel, tórax cônico, tórax escoliótico. 
O de pombo é conhecido pela protrusão do esterno e das costelas, aumentando, assim, o 
diâmetro anteroposterior do tórax. Esse tipo de tórax é comum em certas afecções crônicas 
das vias respiratórias. 
2. Eupneia: FR dentro dos parâmetros normais; apneia: pausa respiratória com mais de 10 
segundos de duração; bradipneia: diminuição da FR e que pode ser indicativa de obstrução 
brônquica; taquipneia: aumento da FR, capaz de surgir em condições fisiológicas, como 
quando realizamos algum exercício físico, de maneira patológica, ela está presente nos 
casos de febre bem como de lesões pleurais e pulmonares. 
3. Opção B. V, F, V, V, V. 
4. Opção E. V, F, V, F, V. 
5. Opção D. O volume residual é o volume de ar que fica nos pulmões após a expiração mais 
forçada, esse volume é de cerca de 1200 mililitros. Ao descrever os eventos no ciclo pulmonar, 
algumas vezes, é desejável considerar dois ou mais volumes combinados. Tais combinações 
são chamadas de capacidades pulmonares. 
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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UNIDADE 8
MINHAS METAS
PALPAÇÃO DE TÓRAX E TRAQUEIA, 
PERCUSSÃO E AUSCULTA 
PULMONAR
Aprender a realizar a palpação do tórax e da musculatura respiratória. 
Aprender a realizar a percussão e a ausculta pulmonar. 
Compreender a importância da avaliação físico-funcional do sistema respiratório dentro 
da prática clínica profissional.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8
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INICIE SUA JORNADA
Caro estudante, neste tema de aprendizagem, abordaremos a palpação do tórax 
e da traqueia, a percussão e a ausculta pulmonar, que não podem faltar em uma 
avaliação físico-funcional do sistema respiratório. Silva (2005) e Júnior e Souza 
(2019) afirmam que, por meio da palpação, é possível investigar as estruturas da 
parede torácica, a expansibilidade do tórax e o frêmito toracovocal (FTV). 
A palpação exige sensibilidade tátil, a percussão exige sensibilidade tátil 
e auditiva, portanto, é necessário que você estude bastante, leia com atenção os 
conteúdos que serão compartilhados e treine para adquirir a habilidade desses 
exames físicos, a qual é conquistada com a prática.
Neste tema de aprendizagem, preparamos um podcast sobre ausculta pulmonar, 
para que você se aprofunde mais nessa avaliação tão presente dentro da prática 
profissional do fisioterapeuta.
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
VAMOS RECORDAR?
Neste tema de aprendizagem, você está aprendendo sobre palpação, percussão e 
ausculta pulmonar, que fazem parte da avaliação do sistema respiratório. Visando 
ao seu sucesso com essas novas técnicas de avaliação, é importante relembrar 
a anatomia de superfície dessa região correspondente ao tórax. Vamos, então, 
recordar as principais estruturas que estão presentes nela?
Na região posterior do tórax, pode-se observar os processos transversos das 
vértebras, os músculos superficiais que são bastante visíveis, a espinha da 
escápula, a qual é possível de ser palpada, além da possibilidade de identificar as 
regiões escapular, infraescapular e vertebral.
O músculo mais evidente do tórax, localizado na região anterior, é o peitoral 
maior, cujas principais regiões são: clavicular, peitoral, mamária, inframamária, 
esternal, clavipeitoral (entre a clavícula e o músculo peitoral). As costelas podem 
ser palpadas e visualizadas. A incisura jugular pode ser vista na parte superior do 
manúbrio do esterno.
A estrutura que fica localizada na região inferior do tórax, como uma delimitação 
entre tórax e abdome, é o músculo diafragma. O abdome é a região abaixo do 
músculo diafragma.
Saber a anatomia de superfície é essencial para todas as avaliações do sistema 
respiratório, pois é ela utilizada como base na identificação de possíveis alterações 
identificadas na palpação, ausculta e/ou na percussão. Por esta razão, trouxemos 
essa breve revisão e orientamos que você, estudante, busque sempre revisar e 
recordar os conteúdos componentes do seu conhecimento básico, porque sempre 
estarão presentes ao longo da sua formação. 
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
A palpação, a percussão e a ausculta pulmonar são avaliações que permitem iden-
tificar alterações clínicas do sistema respiratório para elaboração do diagnóstico 
cinético-funcional, além de descrever o quadro clínico do paciente durante sua 
evolução, no momento da avaliação inicial e ao longo do tratamento fisiotera-
pêutico, traçar os objetivos de tratamento, as condutas e os recursos terapêuticos 
que serão utilizados.
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Um exemplo que você pode trazer à 
mente é o de um paciente hiperssecretivo 
cujo objetivos principal é favorecer a eli-
minação da secreção. Essa alteração pode 
ser acompanhada de outros sintomas res-
piratórios, possíveis de serem avaliados 
pela palpação, percussão e ausculta.
A palpação é uma técnica presen-
te no exame físico e permite avaliar o 
paciente, por meio do uso das mãos de 
diferentes formatos, com objetivo de 
identificar localização de estrutu-
ras, possíveis alterações e 
presença de dor.
A percussão do 
tórax lhe possibilitará 
identificar os limites 
dos pulmões, determi-
nar o conteúdo desses 
órgãos e avaliar o mo-
vimento do diafragma 
(ANDRIS et al., 2006). Ainda 
na percussão do tórax, você perceberá 
que os sons produzidos são audíveis e 
as vibrações provocadas podem ser pal-
padas devido à movimentação do tórax 
e dos tecidos subjacentes bem como da 
proporção ar-tecido.
A ausculta pulmonar é um dos méto-
dos mais antigos utilizados para avaliar o 
sistema respiratório e, ainda hoje, é muito 
usada na investigação dos sons produzi-
dos pelos pulmões. Você é capaz de aus-
cultar tanto sons normais quanto sons 
patológicos (JÚNIOR; SOUZA, 2019). 
Os sons classificados como nor-
mais são: som traqueal (som res-
piratório brônquico, que é frequen-
temente identificado em derrames 
pleurais e em consolidação do parên-
quima pulmonar); som respiratório 
normal (a diminuição desse tipo é 
associada com o grau de obstrução 
das vias aéreas). Já os sons patológi-
cos são denominados ruídos adventí-
cios e indicam alterações da ausculta 
pulmonar normal (PASTERKAMP et 
al., 2016). Quando um ruído 
adventício é auscultado, 
ele deve ser descrito 
quanto às suas loca-
lização, cronologia e 
intensidade. 
A Sociedade 
Europeia Respira-
tória (ERS) propõe os 
termos “sons contínuos” 
e “sons descontínuos” (RE-
FRENCE..., [202-?], on-line). 
Os sons contínuos são ouvidos em 
qualquerfase da respiração, podem 
ser caracterizados por sons graves, 
cujo termo usado é “ronco”; e por sons 
agudos denominados “sibilos” (AN-
DRIS et al., 2006; JÚNIOR; SOUZA, 
2019). Os sons descontínuos são ca-
racterizados como intermitentes, de curta 
duração, representados pelas crepitações 
ou estertores finos e grossos. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
Então, agora, daremos início ao aprofundamento do nosso tema de aprendi-
zagem sobre avaliação do sistema respiratório, iniciando pela palpação do tórax 
e da traqueia, seguida pela percussão e ausculta pulmonar. 
Para este de tema de aprendizagem, separamos um conteúdo sobre os sons pul-
monares, o qual você pode ter acesso a partir do seguinte endereço: https://www.
ers-education.org/e-learning/reference-database-of-respiratory-sounds/whee-
zes/. Assista a vídeos com os sons pulmonares e aproveite para treinar, além de 
aprender um pouco mais as diferenças entre eles. Basta inscrever-se como mem-
bro da ERS gratuitamente!
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EU INDICO
PALPAÇÃO DO TÓRAX E TRAQUEIA
Dando início ao conteúdo sobre palpação, Andris et al. (2006) sugerem realizar 
a palpação da traqueia, para verificar se ela está na linha média. Um desvio da 
traqueia da linha média pode demonstrar uma atelectasia (colapso do tecido 
pulmonar), um derrame pleural (acúmulo de líquido na cavidade pleural) ou 
até mesmo um pneumotórax.
Andris et al. (2006) afirmam que a parede torácica precisa ser lisa, morna e 
seca e alertam que a palpação não deve ser dolorosa, portanto, se houver queixa 
de dor, anote a localização e a intensidade. A dor que aumenta durante a palpação 
traz alguns indícios: dor musculoesquelética, irritação dos nervos que cobrem o 
apêndice xifoide, inflamação da articulação costocondral. 
Ao palpar a traqueia, Andris et al. (2006) recomendam que o fisioterapeuta 
fique em frente ao paciente e coloque um polegar sobre cada lado da traqueia, 
acima da incisura supraesternal. Então, deve-se escorregar os polegares sobre a 
borda superior da clavícula, até encontrar o músculo esternocleidomastóideo. Os 
dois polegares precisam percorrer a mesma distância, o que indica uma traqueia 
localizada na linha média.
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Silva (2005) afirma que a avaliação de lesões tanto superficiais quanto profundas 
compreende o exame através da sensibilidade tátil das lesões visualizadas na inspe-
ção, verificando, dessa maneira, a forma, o volume, a consistência, o calor local e a 
presença de crepitação no tecido subcutâneo (sensação de plástico bolha estalando 
sob a pele). Porto e Porto (2017) afirmam que lesões extensas do ápice pulmonar, 
geralmente, causam contratura dos músculos dessa região. Além disso, o aumento 
na temperatura da pele costuma indicar comprometimento pleuropulmonar. 
De acordo com Porto e Porto (2017), a avaliação da expansibilidade torácica 
é realizada nos ápices e nas bases pulmonares. Para realizar a palpação da expan-
sibilidade torácica nos ápices pulmonares, Júnior e Souza (2019) sugerem que 
o fisioterapeuta se posicione atrás do paciente, repousando suas mãos sobre as 
regiões que correspondem aos ápices dos pulmões, de maneira que os polegares 
se toquem, praticamente em ângulo reto, na sétima vértebra cervical. Então, o 
fisioterapeuta precisa solicitar que o paciente respire lenta e profundamente. Deve 
ser observada a movimentação de ambas as mãos, comparando a simetria dos 
hemitórax. Sarmento (2009) afirma o seguinte: em um deslocamento normal, os 
polegares devem se mover entre 3 e 5 cm. 
Ao realizar a palpação da expansibilidade torácica nas bases pulmonares, 
Porto e Porto (2017) sugerem que o fisioterapeuta permaneça atrás do paciente e 
apoie seus polegares unidos na linha vertebral, enquanto os outros dedos repou-
sam sobre os últimos arcos costais. É preciso observar se o movimento das mãos 
acompanha as incursões respiratórias com a mesma amplitude e se os polegares 
afastam-se simetricamente. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
O fisioterapeuta deve anotar se a expansibilidade do tórax é normal ou di-
minuída, simétrica ou assimétrica. A diminuição da expansibilidade torácica 
bilateral pode sugerir enfisema pulmonar. Diminuições localizadas da expansão 
pulmonar indicam derrame pleural, atelectasia, condensações, enquanto o au-
mento da expansibilidade nos ápices pulmonares sugere algum processo abdomi-
nal que impeça boa excursão do diafragma (BRITO; BRITO; YASOJIMA, 2016). 
Observe a figura, a seguir, que mostra a posição inicial das mãos do fisiote-
rapeuta durante a palpação da expansibilidade torácica nos ápices pulmonares. 
Figura 1 – Palpação para avaliação da expansibilidade torácica 
Fonte: Porto e Porto (2017, p. 165).
Descrição da Imagem: a fotografia colorida apresenta a palpação da expansibilidade torácica, na qual se observa, 
superiormente, na figura, a posição inicial das mãos do fisioterapeuta durante a palpação da expansibilidade torá-
cica nos ápices pulmonares, seguida da posição das mãos após inspiração, em uma condição normal. Nas imagens 
inferiores, observa-se a posição inicial das mãos do fisioterapeuta durante a palpação da expansibilidade torácica 
nas bases pulmonares, seguida da posição das mãos após inspiração, em uma condição normal.
O frêmito toracovocal (palpação de vocalizações) fornece dados sobre o con-
teúdo dos pulmões (ANDRIS et al., 2006). A partir da mão do fisioterapeuta na 
parede torácica, o frêmito é percebido como vibrações que provêm das cordas 
vocais quando o paciente emite sons. 
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Comumente, o frêmito toracovocal é melhor percebido no ápice direito, mas 
a vocalização deve produzir vibrações de igual intensidade em ambos hemitórax. 
A diminuição do frêmito é percebida nos casos de pneumonia, derrame pleural, 
ou seja, condições que restringem o movimento de ar. O aumento do frêmito é 
observado em condições nas quais há condensação de tecido ou líquido em uma 
parte da área pleural, por exemplo, na fibrose pulmonar (ANDRIS et al., 2006). 
Como realizar a palpação das vocalizações? Júnior e Souza (2019) suge-
rem que você coloque o lado ulnar da mão ou os dedos sobre a região superior 
do tórax anterior. Veja na figura, a seguir, os locais de palpação do tórax:
Figura 2 – Locais de palpação das regiões do tórax 
Fonte: Júnior e Souza (2016, p. 196).
Descrição da Imagem: a fotografia colorida apresenta os locais de palpação das regiões do tórax, onde o fisiotera-
peuta deve colocar o lado ulnar da mão ou os dedos sobre a região superior do tórax anterior, enquanto o paciente 
pronuncia “trinta e três”. Perceba a vibração e compare com a região contralateral. Na sequência, as mãos devem 
ser direcionadas sobre as demais regiões do tórax anterior, lateral e posterior, conforme visualizado nas imagens.
PERCUSSÃO
Agora que você aprendeu a palpação, passaremos para a percussão. Você tem 
ideia sobre ela? A percussão do tórax permite localizar os limites dos pulmões, 
determinar o conteúdo desse órgão (ar, líquido, material sólido) e avaliar o mo-
vimento do diafragma entre a inspiração e a expiração. A percussão possibilita 
avaliar estruturas até a profundidade de 7,5 cm (ANDRIS et al., 2006).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
Na percussão do tórax, os sons são audíveis, as vibrações podem ser palpadas 
graças à movimentação do tórax, dos tecidos subjacentes e da proporção ar-tecido. 
Os locais de percussão são os mesmos locais da palpação do tórax, conforme visto na 
figura anterior, e deve ser realizada em ambiente silencioso (JÚNIOR; SOUZA, 2019).
Para percutir, utilize a percussão dígito-digital, estendendo o dedo médio 
da mão esquerda (se destro), ou o dedo médio da mão direita (se canhoto). Co-
loque a mão com firmeza sobre o tórax do paciente e use a ponta do dedo médio 
da mão dominante, a fim de percutir sobre o dedo médio da outra mão, na arti-
culação interfalangeana distal (JÚNIOR; SOUZA, 2019; ANDRIS et al., 2006). 
Apercussão é realizada com o paciente sentado ou deitado, em todas as 
regiões torácicas. Inicie percutindo a região anterior, seguindo a linha hemiclavi-
cular, de cima para baixo. Para percutir a região lateral do tórax, peça ao paciente 
que coloque as mãos na cabeça, e siga a linha axilar média. Já a percussão da 
área posterior é realizada na linha vertebral. Você deve comparar cada região, 
alternando a percussão entre os lados esquerdo e direito.
Júnior e Souza (2019) e Andris et al. (2006) reconhecem cinco sons produzidos 
pela percussão avaliados quanto a intensidade, tom e duração. Uma percussão 
pulmonar normal tem as seguintes características: som claro atimpânico ou 
ressonância; intensidade alta; tom grave; longa duração. 
Os sons encontrados em uma percussão pulmonar são os seguintes, de acordo 
com Júnior e Souza (2019):
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MACICEZ PÉTREA
Intensidade suave, tom agudo e curta duração. Esse som pode ser produzido por um 
derrame pleural extenso ou em uma atelectasia.
MACICEZ E SUBMACICEZ
Intensidade média, tom médio e de média duração. Esse som é caracterizado por 
abafamento ou diminuição e indica a inexistência ou redução de ar nos alvéolos. Pode 
ser produzido por neoplasia, tuberculose, pneumonia lobar. 
HIPERSSONORIDADE OU HIPER-RESSONÂNCIA
Intensidade muito alta, tom mais alto e longa duração. Esse som indica aumento de ar 
nos alvéolos. Pode ser produzido por enfisema, pneumotórax, asma. 
TIMPANISMO
Intensidade alta, tom agudo e longa duração. Esse som indica aprisionamento de ar 
no espaço pleural ou em uma cavidade intrapulmonar. Pode ser produzido por um 
grande pneumotórax.
Caro estudante, você deve observar que diferentes sons são ouvidos em áreas 
diferentes do tórax. A percussão é ressonante na maior parte do tórax (em um 
tecido pulmonar normal), mas na região anterior do tórax, do terceiro ou quarto 
espaço intercostal na altura do esterno até a linha hemiclavicular, é possível perce-
ber a submacicez, a qual é detectada porque esse espaço é ocupado pelo coração. 
Portanto, você perceberá que a ressonância reinicia no sexto espaço intercostal 
(JÚNIOR; SOUZA, 2019). 
No momento de avaliar a movimentação do diafragma, Andris et al. (2006) 
sugerem que você solicite ao paciente para expirar, então, percuta de um dos 
lados das costas até localizar a borda superior do diafragma, ponto em que a 
ressonância normal do pulmão muda para macicez. Marque o ponto com uma 
caneta, pois esse ponto indica a posição do diafragma em uma expiração com-
pleta. Depois, solicite que o paciente inspire o mais profundamente possível e 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
percute até localizar o diafragma. Você também deve marcar esse ponto com a 
caneta. Repita no outro lado das costas e utilize uma fita métrica ou régua para 
medir a distância entre as marcas da caneta. Uma distância normal precisa medir 
entre 3 e 5 cm e ser igual nos dois lados das costas.
AUSCULTA PULMONAR
Você já ouviu falar em ausculta pulmonar? Ela é uma técnica utilizada há muitos 
anos e, mesmo com o surgimento de novas tecnologias para diagnosticar doen-
ças pulmonares, a ausculta ainda é muito usada e fornece informações valiosas 
(PASTERKAMP et al., 2016). 
A Sociedade Respiratória Europeia (ERS) tem se esforçado para padronizar 
a nomenclatura dos sons produzidos pelo pulmão, devido à ampla variedade de 
nomes utilizados em todo o mundo. Portanto, o que apresentaremos aqui é a 
nomenclatura recomendada pela ERS. 
A ausculta pulmonar é possível pela utilização de um instrumento chamado 
estetoscópio. Ele deve ser utilizado de forma correta para permitir a melhor iden-
tificação dos sons pulmonares. Portanto, você deve posicionar o paciente sentado 
em um ambiente silencioso, com o tórax despido, e oriente-o a respirar pela boca. 
Lembre-se de que a ausculta deve ser comparativa nos dois hemitórax, nas regiões 
anterior, lateral e posterior do tórax. Os locais da ausculta são os mesmos locais da 
palpação e percussão (JÚNIOR; SOUZA, 2019).
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De acordo com Júnior e Souza (2019), você pode auscultar os seguintes sons 
normais: 
 ■ Som traqueal: é auscultado à altura da traqueia, durante a inspiração e a 
expiração, tem caráter tubular. O som é mais intenso na expiração. 
 ■ Som respiratório brônquico: é escutado sobre as zonas de projeção dos 
brônquios maiores, na inspiração e expiração. Sua detecção em zonas pe-
riféricas pulmonares não é normal, sendo encontrado em casos de derra-
mes pleurais e em consolidação do parênquima pulmonar, por exemplo.
 ■ Som respiratório normal: som escutado na periferia pulmonar, em uma 
respiração tranquila, apenas durante a inspiração e no início da expiração. 
A diminuição dos sons respiratórios normais costuma ter relação com 
o grau de obstrução das vias aéreas. Em caso de derrame pleural, o som 
pode estar diminuído ou abolido. 
Para Pasterkamp et al. (2016), os ruídos adventícios são alterações da auscul-
ta pulmonar normal. Quando um ruído adventício é identificado, ele deve ser 
descrito quanto às sua localização, cronologia e intensidade. A ERS propõe os 
termos: sons contínuos e sons descontínuos. Andris et al. (2006) e Júnior e Souza 
(2019) utilizam tal terminologia e as descrevem: 
 ■ Sons contínuos: podem ser ouvidos em qualquer fase da respiração, têm 
caráter musical e sobrepõem-se ao som vesicular. Para os sons graves, 
utiliza-se o termo “ronco”, para os sons agudos, utiliza-se “sibilos”. Os 
roncos podem ser ouvidos em pacientes com ex-
cesso de secreções nas vias aéreas e ocorrem tanto 
na inspiração quanto na expiração. Andris et al. 
(2006) afirmam que os roncos mudam de timbre 
ou desaparecem com a tosse. Os sibilos ocorrem 
tanto na inspiração quanto na expiração e são dis-
seminados quando observados em doenças que 
acometem toda a árvore brônquica, por exemplo, 
na asma e na bronquite. O sibilo não se altera com 
a tosse. Já o estridor é um som musical de alta fre-
quência, ouvido durante a inspiração, causado 
por obstrução das vias aéreas superiores, capaz 
de observado em pacientes com edema de glote. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
 ■ Sons descontínuos: são explosivos, intermitentes, de curta duração, 
representados pelas crepitações ou estertores finos ou grossos. Eles 
podem ser escutados tanto na inspiração quanto na expiração. A 
maioria dos estertores resultam da abertura das vias aéreas, fechadas 
na expiração precedente. Os estertores grossos resultar do acúmulo de 
secreções e, por isso, podem desaparecer depois da tosse. Os estertores 
finos são audíveis no meio ou no final da inspiração, têm frequência 
alta (som agudo), curta duração e não se modificam com a tosse. 
Costumam ser comparados com o ruído produzido pelo atrito de fios 
de cabelo junto ao ouvido. Geralmente, são percebidos nas bases pul-
monares, em casos de pneumonia ou edema pulmonar, por exemplo. 
Os estertores grossos têm frequência menor e duração maior que os 
estertores finos. Sofrem alteração com a tosse bem como são auscul-
tados em todas as regiões do tórax. Você pode ouvi-los no início da 
inspiração e em toda a expiração, são capazes de aparecer devido a 
abertura e fechamento de vias respiratórias que contêm secreção vis-
cosa e espessa. Outro som descontínuo anormal é o chamado atrito 
pleural. Ele se diferencia dos estertores por ter um som de maior dura-
ção e frequência baixa (tom grave). É escutado no final da inspiração 
e no início da expiração, se compara ao ranger de couro novo.
Confira aqui a aula referente a este tema.
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
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NOVOS DESAFIOS
Conforme abordado neste tema de aprendizagem, você pode perceber que a 
palpação, a percussão e a ausculta pulmonar são técnicas muito utilizadas den-
tro da prática clínica do fisioterapeuta. Elas são fundamentais dentro do exame 
físico e, principalmente, em alterações clínicas do sistema respiratório. É muito 
importante as treinar para adquirir habilidade,a qual vem com a prática. 
Você deve se lembrar de que a inspeção precede a palpação, e que a pal-
pação é capaz de identificar a presença de dor que deve ser investigada junto ao 
paciente em relação ao local, à intensidade e ao tipo. É importante verificar a 
presença de lesões, características da expansibilidade torácica, se é normal ou 
diminuída, simétrica ou assimétrica, sabendo relacioná-la com clínica. A dimi-
nuição da expansibilidade torácica bilateral geralmente está associada ao enfise-
ma pulmonar, enquanto o aumento da expansibilidade nos ápices pulmonares 
sugere alguma alteração abdominal que impede a boa excursão do diafragma. 
Já a percussão do tórax provoca sons audíveis, enquanto as vibrações podem 
ser palpadas devido à movimentação do tórax e dos tecidos subjacentes e da 
proporção ar-tecido. Para sua aplicação prática, você aprendeu que os locais de 
percussão são os mesmos locais da palpação do tórax, o que torna mais fácil a 
sua prática. A percussão pulmonar normal tem como características som claro 
atimpânico ou ressonância, intensidade alta, tom grave, longa duração. Conhe-
cendo as características normais, você deve aprender a reconhecer quando são 
anormais, por exemplo, o timpanismo, som que indica o aprisionamento de ar no 
espaço pleural ou em uma cavidade intrapulmonar, provavelmente ser produzido 
por um grande pneumotórax.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
Como abordamos neste conteúdo, a 
ausculta pulmonar é uma técnica utiliza-
da há muito tempo e que, mesmo com o 
aparecimento de novas tecnologias para 
diagnosticar doenças pulmonares, conti-
nua sendo usada dentro da prática clínica 
do profissional fisioterapeuta. Você deve 
se lembrar sempre que precisará saber re-
conhecer os sons patológicos, reconheci-
mento no qual serão necessários treino e 
prática, lembrando que os sons ou ruídos 
adventícios são classificados como sons 
contínuos, representados pelos roncos, 
sibilos e estridores; e os sons descontínuos, 
caracterizados por crepitações ou estertores 
finos ou grossos, e atrito pleural.
A palpação, a percussão e a ausculta 
pulmonar são técnicas avaliativas que você 
fará uso para o diagnóstico fisioterapêutico, 
planejamento dos objetivos de tratamento 
e das condutas ou recursos a serem usados, 
lembrando que todo esse planejamento é 
variável de acordo com a condição clínica 
de cada paciente, mesmo com um mesmo 
diagnóstico médico. É por meio de uma 
avaliação bem estruturada e realizada 
que você terá mais assertividade em relação 
à evolução clínica do paciente mediante ao 
tratamento proposto.
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1. A ausculta pulmonar é uma técnica utilizada há muitos anos e fornece informações valiosas. 
Com relação à ausculta pulmonar, relacione:
1. Som respiratório normal
2. Som respiratório brônquico 
3. Sons contínuos
4. Sons descontínuos
( ) É escutado sobre as zonas de projeção dos brônquios maiores, na inspiração e na expiração.
( ) Pode ser ouvido em qualquer fase da respiração, tem caráter musical e sobrepõe-se ao 
som vesicular. Para os sons graves, utiliza-se o termo “ronco”, aos sons agudos, utiliza-se 
“sibilos”.
( ) Som ouvido na periferia pulmonar em uma respiração tranquila. Ele é ouvido apenas 
durante a inspiração e no início da expiração.
( ) São explosivos, intermitentes, de curta duração. Os sons descontínuos são representados 
pelas crepitações ou estertores finos ou grossos.
É correto o que se afirma em: 
a) 1-2, 2-3, 3-1, 4-4.
b) 1-3, 2-4, 3-1, 4-2.
c) 1-1, 2-4, 3-2, 4-3.
d) 1-2, 2-3, 3-4, 4-1.
e) 1-4, 2-2, 3-1, 4-3.
2. De acordo com Andris et al. (2006), percussão do tórax permite localizar os limites dos pul-
mões, determinar o conteúdo dos pulmões (ar, líquido, material sólido) e avaliar o movimen-
to do diafragma entre a inspiração e a expiração. A percussão possibilita avaliar estruturas 
até a profundidade de 7,5 cm. Na percussão do tórax, os sons são audíveis e as vibrações 
podem ser palpadas graças à movimentação do tórax e dos tecidos subjacentes e da pro-
porção ar-tecido. Sobre os sons e a percussão, identifique a opção correta:
VAMOS PRATICAR
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a) Macicez pétrea possui intensidade muito alta, tom mais alto e longa duração. Esse som 
indica aumento de ar nos alvéolos. Pode ser produzido por enfisema, pneumotórax, asma.
b) Macicez e submacicez são descritas por intensidade alta, tom agudo e longa duração. 
Esse som indica aprisionamento de ar no espaço pleural ou em uma cavidade intrapul-
monar. Pode ser produzido por um grande pneumotórax.
c) Hiperssonoridade ou hiper-ressonância possui intensidade suave, tom agudo e curta 
duração. Esse som pode ser produzido por um derrame pleural extenso ou em uma 
atelectasia.
d) Timpanismo é caraterizado por intensidade média, tom médio e de média duração. Esse som 
é caracterizado por abafamento ou diminuição do som e indica a inexistência ou redução de 
ar nos alvéolos. Pode ser produzido por neoplasia, tuberculose e pneumonia lobar.
e) A percussão é ressonante na maior parte do tórax (em um tecido pulmonar normal), mas 
na região anterior do tórax, do terceiro ou quarto espaço intercostal na altura do esterno 
até a linha hemiclavicular, é possível perceber a submacicez.
3. Por meio da palpação, é possível investigar as estruturas da parede torácica, a expansibi-
lidade do tórax e o frêmito toracovocal. Com relação à palpação do tórax e da traqueia, 
assinale V para as sentenças Verdadeiras e F para as Falsas: 
( ) Um desvio da traqueia da linha média pode demonstrar uma atelectasia, um derrame 
pleural ou até mesmo um pneumotórax.
( ) A dor que aumenta durante a palpação traz alguns indícios, como dor musculoesquelética, 
irritação dos nervos que cobrem o apêndice xifoide, inflamação da articulação costocondral. 
( ) Para realizar a palpação da expansibilidade torácica, o fisioterapeuta deve se posicionar 
atrás do paciente, repousando suas mãos sobre as regiões que correspondem às bases 
dos pulmões, de maneira que os polegares se toquem, praticamente em ângulo reto, 
na sétima vértebra cervical. 
( ) A diminuição da expansibilidade torácica bilateral sugere enfisema pulmonar. Diminuições 
localizadas da expansão pulmonar sugerem derrame pleural, atelectasia, condensações. 
( ) O frêmito toracovocal fornece dados sobre o conteúdo dos pulmões. A diminuição do 
frêmito é percebida nos casos de pneumonia, derrame pleural, ou seja, condições que 
restringem o movimento de ar.
É correto o que se afirma em: 
a) V, F, V, V, F.
b) F, V, V, F, F.
c) V, V, V, V, V.
d) F, F, F, V, V.
e) V, V, F, V, F.
VAMOS PRATICAR
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4. Descreva como deve ser avaliada a movimentação do diafragma.
5. Como deve-se realizar a palpação das vocalizações?
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
ANDRIS, A. D. et al. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2006.
BRITO, M. V. H.; BRITO, A. P. S. O.; YASOJIMA, E. Y. Manual teórico de semiotécnica médica. Belém: 
Ximango, 2016.
JÚNIOR, F. V. A.; SOUZA, A. B. G. Manual de exame físico. São Paulo: Elsevier, 2019.
PASTERKAMP, H. et al. Towards the standardization of lung sound nomenclature Eur Respir. 
J., [s. l.], v. 47, p. 724-732, 2016.
PORTO, C. C.; PORTO, A. L. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
REFERENCE Database of Respiratory Sounds – Wheezes. ERS – European Respiratory Society, 
[s. l.], [202-?]. Disponível em: https://www.ers-education.org/e-learning/reference-database-of-
-respiratory-sounds/wheezes/. Acesso em: 23 jan. 2024. 
SARMENTO, G. J. V. O ABC da fisioterapia respiratória. Barueri: Manole, 2009.
SILVA, R. M. Semiologia para o estudante de medicina. Tubarão: Editora da Universidade do Sul 
de Santa Catarina, 2005.
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1. Opção A. 1-2, 2-3, 3-1, 4-4.
2. Opção E. A percussão é ressonante na maior parte do tórax (em um tecido pulmonar normal), 
mas na região anterior do tórax, do terceiro ou quarto espaço intercostal na altura do esterno 
até a linha hemiclavicular, é possível percebera submacicez.
3. Opção C. V, V, V, V, V.
4. Solicite ao paciente que expire, então, percuta de um dos lados das costas até localizar a 
borda superior do diafragma, ponto em que a ressonância normal do pulmão muda para 
macicez. Marque o ponto com uma caneta, pois esse ponto indica a posição do diafragma 
em uma expiração completa. Depois, solicite que o paciente inspire o mais profundamente 
possível e percute até localizar o diafragma. Você também deve marcar esse ponto com 
a caneta. Repita no outro lado das costas e utilize uma fita métrica ou régua para medir a 
distância entre as marcas da caneta. Uma distância normal precisa medir entre 3 e 5 cm e 
ser igual nos dois lados das costas. 
5. Deve-se colocar o lado ulnar da mão ou os dedos, sobre a região superior do tórax anterior, 
enquanto o paciente pronuncia “trinta e três”. Você deve perceber a vibração e comparar 
com a região contralateral, então, desloque as mãos sobre as regiões do tórax anterior, 
lateral e posterior.
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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UNIDADE 9
MINHAS METAS
MANOVACUOMETRIA, 
VENTILOMETRIA, PICO DE FLUXO 
EXPIRATÓRIO, ESPIROMETRIA E 
IMAGINOLOGIA
Aprender sobre manovacuometria e ventilometria.
Aprender sobre os volumes e fluxos pulmonares e Pico de Fluxo Expiratório. 
Saber como realizar a espirometria.
Compreender a importância da imaginologia como meio auxiliar na avaliação físico-funcional 
do sistema respiratório.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9
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INICIE SUA JORNADA
Estudante, neste tema de aprendizagem, abordaremos diversos componentes 
do processo de avaliação do sistema respiratório, enfatizando sua importância 
para uma assistência fisioterapêutica objetiva e eficiente, guiada por marcadores 
funcionais, capazes de contribuir na melhora do prognóstico clínico. Dentre 
eles, podemos destacar a manovacuometria, a ventilometria, o Pico de Fluxo 
Expiratório, a espirometria e a imaginologia usados como recursos diagnósticos 
complementares ao exame físico. 
A manovacuometria é uma avaliação usada para quantificar a força dos mús-
culos respiratórios em indivíduos saudáveis de idades variadas e em pacientes 
com distúrbios de causas variadas. A ventilometria é uma avaliação voltada à 
identificação das alterações da mecânica respiratória.
O Pico de Fluxo Expiratório (PFE) é uma medida empregada na avaliação 
da função pulmonar, a espirometria, por ser um método preventivo, permite o 
diagnóstico, além da quantificação dos distúrbios ventilatórios. A radiografia 
convencional é o exame de imagem usado para avaliação do tórax e alterações 
do sistema respiratório.
Está preparado(a) para iniciar essa nova jornada de conhecimento? Vamos 
lá, então!
Neste podcast, abordaremos, como conteúdo, o uso da espirometria dentro da 
área respiratória, a fim de que você aprimore seu conhecimento. 
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
VAMOS RECORDAR?
Neste tema de aprendizagem, você está aprendendo sobre alguns métodos usados 
na avaliação físico-funcional do sistema respiratório, dentre eles, destacamos 
a manovacuometria, a ventilometria, o Pico de Fluxo Expiratório, a espirometria 
e a radiografia. Mas, para ter um aprendizado eficaz sobre esses métodos de 
avaliação, é importante recordar alguns princípios básicos da fisiologia do sistema 
respiratório, que significa entender como se dá o funcionamento desse sistema. 
Dessa forma, você recorda como ocorre a fisiologia da respiração? Ela é um 
processo fundamental para a nossa sobrevivência, cuja produção e energia celular 
dependem do processo de respiração que acontece nas mitocôndrias e, também, 
é dependente da eficiência respiratória. Os processos fisiológicos da respiração 
são diretamente relacionados com os mecanismos fisiológicos cardiovasculares. 
Você recorda quais são os principais objetivos do sistema respiratório? Dentre 
eles, encontra-se o transporte de oxigênio, mas nossa respiração também 
possui determinadas funções, como: captação de oxigênio e eliminação do gás 
carbônico, processo de hematose correspondente às trocas gasosas, manutenção 
da homeostase, proteção e atuação no processo de termorregulação.
Várias condições patológicas podem estar associadas a mudanças no 
funcionamento do sistema respiratório, comprometendo a respiração, a ventilação 
e a função pulmonar. 
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
A manovacuometria é uma avaliação relativamente simples, de baixo custo e não 
invasiva, que pode ser utilizada para quantificar a força dos músculos respiratórios 
em indivíduos saudáveis de idades variadas e em pacientes com distúrbios de 
diferentes origens (SARMENTO, 2009). 
A avaliação das pressões respiratórias máximas é um método para investigar as 
condições de força dos músculos respiratórios, realizada por meio de um 
equipamento chamado de manovacuômetro. Essa avaliação compreende a 
mensuração da pressão inspiratória máxima (PImáx) e da pressão expiratória 
máxima (PEmáx) (LUQUE et al., 2012).
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Outro método é a ventilometria, bastante simples e de rápida aplicação, 
amplamente utilizado pela fisioterapia respiratória para identificação das al-
terações da mecânica respiratória, de determinados volumes e da capacidade 
vital, que corresponde aproximadamente a 80% da capacidade pulmonar total 
(AMERICAN THORACIC SOCIETY, 1995), apesar de tal avaliação depender 
da compreensão das instruções a serem executadas e da vontade do indivíduo 
em colaborar. A avaliação é realizada pelo ventilômetro. 
Além da manovacuometria e da ventilometria, você também aprenderá sobre 
o Pico de Fluxo Expiratório (PFE), a espirometria e a radiografia como método 
de exame de imagem.
O Pico de Fluxo Expiratório (PFE) é uma medida 
usada para avaliar a função pulmonar, definida como o 
maior fluxo obtido em uma expiração forçada a partir 
de uma inspiração completa ao nível da capacidade 
pulmonar total (QUANJER et al., 1997).
Outro teste que auxilia na prevenção e permite o 
diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventila-
tórios é a espirometria, realizada por um aparelho 
chamado de espirômetro. Esse teste mede o volume 
de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, 
sendo especialmente útil a análise dos dados derivados 
da manobra expiratória forçada. Esta deve ser parte integrante da avaliação de pacientes 
com sintomas respiratórios ou doença respiratória conhecida (PEREIRA, 2002).
A imaginologia é outro recurso utilizado, e o seu termo refere-se aos exames 
de imagem. Neste conteúdo, abordaremos o uso da radiografia convencional de 
tórax para avaliação de alterações do sistema respiratório.
MANOVACUOMETRIA
A pressão inspiratória máxima (PImáx) e a pressão expiratória máxima (PEmáx) 
são medidas como indicadores de forças musculares inspiratória e expiratória, res-
pectivamente. Tais pressões são medidas com um bocal ao nível da boca do paciente, 
estando a via aérea ocluída. Podem ser medidas a qualquer nível pulmonar, devendo-se 
levar em conta que a pressão gerada é dependente do comprimento da fibra muscular. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
 Seguindo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia 
(2002 apud PESSOA et al., 2014), a PImáx costuma ser medida a partir da posição 
de expiração máxima, quando o volume de gás contido nos pulmões é o volume 
residual (PImáxVR); contudo pode ser medida a partir do final de uma expiração 
calma, quando o volume de gás contido nos pulmões é a capacidade residual 
funcional (PImáxCRF). A PEmáx é, geralmente, medida a partir da posição de 
inspiração máxima, quando o volume de gás contido nos pulmões é a capacidade 
pulmonar total (PEmáxCPT), mas também há a possibilidade de medi-la a partir 
do final de uma expiração calma (PEmáxCRF). 
Ao realizar a avaliação, o paciente deve executar de três a cinco manobras, 
visando a obter três manobras aceitáveis e, pelo menos, duas manobras repro-
dutíveis dentre elas.O valor anotado será o maior obtido entre as manobras 
reprodutíveis. Veja, a seguir, orientações à avaliação para PIMáx e PEmáx:
 ■ Pressão inspiratória máxima (PImáx) 
 ■ Paciente na posição sentada. 
 ■ Colocar o clipe nasal no nariz do paciente para garantir ideal vedação.
 ■ Com o paciente posicionado, solicitar exalação máxima do ar. 
 ■ Realizar oclusão do orifício de exalação do aparelho. 
 ■ Solicitar esforço inspiratório máximo do paciente até a estabilização 
do ponteiro de mensuração. 
 ■ Solicitar interrupção do esforço. 
 ■ Realizar a leitura. 
 ■ Repetir o procedimento por três vezes, para mensuração do maior 
valor. 
 ■ Pressão expiratória máxima (PEmáx) 
 ■ Paciente na posição sentada. 
 ■ Colocar o clipe nasal no nariz do paciente para garantir ideal vedação. 
 ■ Com o paciente posicionado, solicitar inspiração máxima do ar. 
 ■ Realizar oclusão do orifício de exalação do aparelho. 
 ■ Solicitar esforço expiratório máximo do paciente até a estabilização do 
ponteiro de mensuração. 
 ■ Solicitar interrupção do esforço. 
 ■ Realizar a leitura. 
 ■ Repetir o procedimento por três vezes, para mensuração do maior 
valor.
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As pressões respiratórias máximas constituem um meio eficiente de avaliar a força 
muscular respiratória. Existem diferentes técnicas e tipos de interfaces e aparelhos 
utilizados, o que interfere também no nível de cooperação do paciente avaliado, sendo 
que esses fatores costumam gerar diferença nos valores encontrados.
Diversos autores mediram as pressões respiratórias máximas em pessoas sau-
dáveis pertencentes a diferentes faixas etárias e publicaram seus achados sob a 
forma de tabelas ou equações de regressão para o cálculo dos valores de referên-
cia. A fórmula mais conhecida é a proposta pelo estudo de Neder et al. (1999), 
que leva em consideração a idade e o sexo. 
Na tabela, a seguir, é possível verificar equações para o cálculo dos valores preditos 
da pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx):
PIMÁX
Mulheres 110,4 - (0,49 x idade)
Homens 155,3 - (0,80 x idade)
PEMÁX
Mulheres 115,6 - (0,61 x idade)
Homens 165,3 - (0,81 x idade)
Tabela 1 – Equações para o cálculo dos valores preditos da pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão 
expiratória máxima (PEmáx)
 Fonte: Foletto e Gardenghi (2014, on-line). 
Além dessas, existem outras fórmulas preditoras, porém, Pessoa et al. (2014) 
apresentaram o primeiro estudo brasileiro que estabeleceu valores de referência 
às pressões respiratórias máximas, pautado nas recomendações metodológicas 
propostas por American Thoracic Society, European Respiratory Society e Socie-
dade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. 
Veja, na tabela a seguir, equações preditivas para as pressões respiratórias 
máximas.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
EQUAÇÕES PREDITIVAS
PImáx (cmH2 O) = 63,27 – 0,55 (idade) + 17,96 (sexo) + 0,58 (peso)
PEmáx (cmH2 O) = 61,41 + 2,29 (idade) – 0,03 (idade2 ) + 33,72 (sexo) + 1,40 (cintura)
PImáx = pressão inspiratória máxima; PEmáx = pressão expiratória máxima; cintura = 
circunferência abdominal em cm; peso em kg. Para o sexo feminino, multiplica-se a 
constante por zero (sexo = 0). Para o sexo masculino, multiplica-se a constante por 
um (sexo = 1)
Tabela 2 – Equações preditivas para as pressões respiratórias máximas 
Fonte: Pessoa et al. (2014, p. 414).
Hoje, além da utilização da medida estática para avaliação da PImáx, utiliza-se 
também a medida dinâmica, fazendo uso de um aparelho chamado PowerBreathe, 
em que o paciente realiza a manobra inspiratória por uma válvula com passagem de 
ar livre. Os sensores registram a variação de fluxo inspiratório em cada incursão e, 
por meio de um algoritmo patenteado, calculam a pressão em centímetros de água 
(cmH2O). Você pode visualizar um aparelho PowerBreathe Plus na figura, a seguir:
Figura 1 – PowerBreathe Plus 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/Fi-
le:Powerbreathe_Plus_Green.jpg. 
Acesso em: 24 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: fotografia colorida de apa-
relho chamado PowerBreathe Plus para avaliação 
da PImáx, utilizado na medida dinâmica. 
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Por meio desse aparelho, a força muscular inspiratória é calculada em toda variação 
do volume pulmonar inspirado. Diferentemente da medida estática, a medida 
dinâmica mensura a força em toda amplitude de movimento do tórax. Além 
disso, a vantagem desse aparelho é a possibilidade de ser utilizado tanto para a 
avaliação quanto para o treinamento muscular respiratório.
VENTILOMETRIA
O ventilômetro é o equipamento utilizado na ventilometria. O equipamento é 
portátil, bastante utilizado pelos fisioterapeutas na avaliação de alguns volumes 
e algumas capacidades pulmonares. Veja na figura, a seguir, um ventilômetro:
Figura 2 – Ventilômetro
Fonte: http://www.aamed.eco.br/imagens/informacoes/ventilometro-03.jpg. Acesso em: 24 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: a fotografia colorida mostra um equipamento denominado ventilômetro, o qual é empregado 
na ventilometria.
Apresentaremos, a seguir, para você, os principais parâmetros avaliados na ven-
tilometria (WEST, 2010): 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
VOLUME MINUTO
Volume total de ar inspirado e expirado nesse espaço de tempo, seja em repouso, 
seja durante o exercício. Indica a resposta da musculatura à demanda ventilatória. São 
considerados normais os valores entre 6 e 8 L/min, valores superiores a 10 L/min são 
indicativos de aumento da demanda ventilatória. 
VOLUME CORRENTE
Volume de ar que entra e sai do pulmão em cada ciclo respiratório. Valores inferiores 
a 5 mL/kg estão associados à hipoventilação alveolar e ao prejuízo nas trocas gasosas. 
CAPACIDADE VITAL
Representa a máxima quantidade de ar possível de ser movimentada para dentro e 
para fora dos pulmões, desde a mais profunda inspiração até a mais forçada expi-
ração. A capacidade vital representa a soma do volume de reserva inspiratória de ar 
circulante (ou corrente) e do volume de reserva expiratório (SPENCER, 1991). Valores 
superiores a 45 mL/kg são considerados normais, enquanto valores inferiores a 12 
mL/kg refletem inabilidade ventilatória com consequente prejuízo do intercâmbio 
gasoso bem como a necessidade de algum tipo de suporte ventilatório.
PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE)
O Pico de Fluxo Expiratório (PFE) é uma das medidas de função pulmonar que 
pode ser definida como o maior fluxo obtido em uma expiração forçada a partir 
de uma inspiração completa ao nível da capacidade pulmonar total (QUANJER et 
al., 1997). As medidas do PFE são obtidas por meio de um espirômetro (unidade 
L/s) ou de um sistema manual portátil (unidade L/min). Este último é um instru-
mento simples, confiável, de baixo custo, fácil transporte, manejo e compreensão, 
sendo os peakflow meters os mais utilizados (McCOY et al., 2010).
O aparelho de peakflow faz a medida em litros por minuto, a qual indicará o 
grau de obstrução das vias aéreas, sendo dependente do esforço, por isso, requer 
a colaboração do paciente. Veja na figura, a seguir, um desses aparelhos: 
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Figura 3 – Aparelho peakflow meter
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6c/Peak_
flow_meter_Rossmax_PF120A_2020-06-20_9484.jpg. 
Acesso em: 24 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: fotografia colorida do aparelho peakflow 
meter usado na avaliação do Pico de Fluxo Expiratório.
Para a obtenção dessa medida, o paciente permanece sentado e realiza uma ma-
nobra expiratória forçada a partir da inspiração máxima, ao nível da capacidade 
pulmonar total, sendo esta executada pelo menos três vezes, computando-se a 
média dos três valores. 
Os dados obtidos são comparados aos valores preditos por Leiner et al. 
(1963), que leva em consideração a idade e a altura, separadas por gêneros. De 
acordo com o grau de limitação do fluxo expiratório os indivíduos são classifi-
cados com ausência de limitação, limitação leve, moderada e grave. 
ESPIROMETRIA 
O termo “espirometria” vem do latim, ou seja, spirare, que significarespirar, e metrum, 
cujo significado é medida (SARMENTO, 2009). A espirometria é um teste que 
auxilia na prevenção e permite tanto o diagnóstico quanto a quantificação dos 
distúrbios ventilatórios, além de medir o volume de ar inspirado e expirado e os 
fluxos respiratórios, sendo especialmente útil a análise dos dados derivados da ma-
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
nobra expiratória forçada. Esta deve ser parte integrante da avaliação de pacientes 
com sintomas respiratórios ou doença respiratória conhecida (PEREIRA, 2002). 
Veja, a seguir, uma figura de um aparelho espirômetro integrado ao computador:
Figura 4 – Aparelho espirômetro integrado ao computador
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Spirometer_opstelling_2.jpg. Acesso em: 24 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: fotografia colorida de um aparelho denominado espirômetro usado para avaliação de 
espirometria. Na imagem, ele encontra-se conectado a um computador.
Descrição de imagem: fotografia colorida de um aparelho denominado espirô-
metro usado para avaliação de espirometria. Na imagem, ele encontra-se conec-
tado a um computador.
Leia as definições e símbolos usados em espirometria, segundo a American 
Thoracic Society (1995):
 ■ Volume Residual (VR): representa o volume de ar que permanece no 
pulmão após uma expiração máxima. 
 ■ Capacidade Pulmonar Total (CPT): o volume de gás nos pulmões após 
a inspiração máxima.
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 ■ Capacidade Residual Funcional (CRF): o volume de ar que permanece 
nos pulmões ao final de uma expiração usual, em volume corrente. 
 ■ Capacidade Vital (CV): representa o maior volume de ar mobilizado. Tem 
possibilidade de ser medido tanto na inspiração quanto na expiração. 
 ■ Capacidade Vital Forçada (CVF): representa o volume máximo de ar 
exalado com esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração. 
 ■ Volume Expiratório Forçado no Tempo (VEFt): representa o volume de ar 
exalado num tempo especificado durante a manobra de CVF. Por exemplo, 
VEF1 é o volume de ar exalado no primeiro segundo da manobra de CVF. 
 ■ Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1): a quantidade 
de ar eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória forçada. É 
a medida de função pulmonar mais útil clinicamente.
 ■ Fluxo Expiratório Forçado Máximo (FEFmáx): representa o fluxo máxi-
mo de ar durante a manobra de capacidade vital forçada. Essa grandeza 
também é denominada Pico de Fluxo Expiratório (PFE). 
 ■ Fluxo (FEFx ou FIFx): representa o fluxo expiratório ou inspiratório for-
çado instantâneo relacionado a um volume do registro da manobra de 
CVF. Essa grandeza é expressa em litros/segundo (BTPS). 
 ■ Fluxo Expiratório Forçado Médio (FEFx-y%): representa o Fluxo Expira-
tório Forçado Médio de um segmento obtido durante a manobra de CVF. 
Por exemplo, FEF25-75% é o Fluxo Expiratório Forçado Médio na faixa 
intermediária da CVF, isto é, entre 25 e 75% da curva de CVF. 
 ■ Tempo da Expiração Forçada (TEF): tempo decorrido entre os momentos 
escolhidos para “início” e “término” da manobra de CVF. Essa grandeza 
é expressa em segundos. 
 ■ Tempo Expiratório Forçado Médio (TEFx-y%): representa o Tempo Ex-
piratório Forçado Médio de um segmento, obtido durante a manobra da 
CVF. Por exemplo, TEF25-75% é o Tempo Expiratório Forçado Médio 
entre 25 e 75% da CVF. Essa grandeza é expressa em segundos. 
 ■ Ventilação Voluntária Máxima (VVM): o volume máximo de ar ventilado 
em um período de tempo, por repetidas manobras respiratórias forçadas.
A manobra básica da espirometria consiste em realizar uma expiração máxima 
até o volume residual, a partir da capacidade pulmonar total. Esta pode ser rápi-
da, sendo denominada Capacidade Vital Forçada, ou lenta, neste caso, recebe o 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
nome de Capacidade Vital Lenta. Essa manobra é visualizada em duas curvas: a 
de fluxo-volume, na qual é detectada se o esforço inicial, isto é, o Pico de Fluxo 
Expiratório realizado pelo paciente, foi máximo ou submáximo; a de volume-
-tempo, em que é possível detectar o término do esforço expiratório, devido à 
manutenção de um mesmo volume ao longo do tempo (SARMENTO, 2009).
Observe no gráfico, a seguir, curvas espirométricas, onde: (a) curva fluxo-volume; 
(b) volume-tempo:
Fl
u
xo
 (l
it
ro
s 
po
r s
eg
u
n
do
)
Pico de fluxo expiratório
Expiração
Volume (litros)
Inspiração
Tempo (segundos)
V
ol
u
m
e 
(li
tr
os
)
VC
VC
FEV1
FEV1
A
B
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10
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6
4
2
0
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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Figura 5 (a) – Curva fluxo-volume; Figura 5 (b) – Curva volume-tempo 
Fonte: o autor.
Descrição da Imagem: no gráfico de curvas espirométricas, é possível observar em (a): curva fluxo-volume; em (b): 
curva volume-tempo. Na curva de fluxo-volume, detecta-se o esforço inicial, isto é, se o Pico de Fluxo Expiratório 
realizado pelo paciente foi máximo ou submáximo. Na curva de volume-tempo, identifica-se o término do esforço 
expiratório, devido à manutenção de um mesmo volume ao longo do tempo. 
Uma observação importante: para o fisioterapeuta, a espirometria é uma ferra-
menta adicional que quantifica o grau de comprometimento da função pulmonar. 
É fundamental o conhecimento dos critérios de qualidade envolvendo a prova 
espirométrica bem como a interpretação dos valores numéricos e das curvas 
apresentadas no teste.
A interpretação da espirometria deve ser feita com a correlação de dados 
clínicos, epidemiológicos e radiológicos. 
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A espirometria pode ser classificada em: 
• Índices espirométricos dentro dos limites de normalidade. 
• Distúrbio ventilatório obstrutivo. 
• Distúrbio ventilatório restritivo. 
• Distúrbio ventilatório combinado (obstrutivo-restritivo/misto). 
• Distúrbio ventilatório inespecífico.
Observe na figura, a seguir, a morfologia das curvas fluxo-volume em cada tipo 
de distúrbio ventilatório:
Fluxo inspiratório
Volume (L)
Fl
u
xo
 (L
/s
eg
)
Fluxo expiratório
V
ol
u
m
e 
(L
)
VEF1 CVF
Normal
Obstrução
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4
3
2
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1 2 3 4 5 60
Tempo (s)
Figura 6 – Morfologia das curvas fluxo-volume em relação ao distúrbio ventilatório
Fonte: o autor..
Descrição da Imagem: no gráfico apresentado, é possível observar curvas fluxo-volume. As curvas em azul 
representam um padrão normal, as em vermelho, um padrão obstrutivo.
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IMAGINOLOGIA DE TÓRAX
O estudo radiológico do tórax é, em todo o mundo, largamente utilizado, visto a 
sua importância no diagnóstico das doenças pulmonares, pleurais, mediastinais 
e do arcabouço ósseo. O pré-requisito básico para a análise correta da imagem é 
um bom conhecimento da anatomia e fisiologia dos órgãos torácicos (MARCHIO-
RI; SANTOS, 2009). 
Os exames por imagem na avaliação pneumológica restringem-se, basicamente, 
a estudo radiológico simples (RX), tomografia computadorizada (TC) e 
alguns exames relacionados à medicina nuclear. Em algumas situações muito 
especiais, a ressonância magnética ou a ultrassonografia contribuem na investigação 
diagnóstica (SARMENTO, 2009).
Nesse contexto, a radiografia convencional de tórax tem papel importante, 
visto seu baixo custo e disponibilidade. Dessa forma, é necessário o conheci-
mento a respeito desse exame para, juntamente com a análise do quadro clínico, 
determinar o tratamento e avaliar a evolução do paciente. Embora não substitua 
uma boa história clínica e o minucioso exame físico, a radiografia de tórax pode 
demonstrar lesões não identificadas na avaliação física ou em pacientes assinto-
máticos (MARCHIORI; SANTOS, 2009).
As incidências radiográficas mais comumente 
utilizadas à avaliação do tórax são: posteroan-
terior (PA), perfil esquerdo (mais comum, 
porém o perfil direito também pode ser 
solicitado, caso seja encontrada alguma lesão 
do lado direito) e anteroposterior (AP), quando 
houver limitações para que o paciente realize a 
incidência em PA. 
Na figura, a seguir, observa-se uma radiografia 
de tórax normale, em incidência PA, visualiza-se 
as seguintes estruturas: A: clavícula; B: escápula; 
C: costela posterior; D: costela anterior; E: es-
tômago; F: hemicúpula diafragmática; G: seio costofrênico, 
H: campo pulmonar; I: tronco aórtico; J: silhueta cardíaca, 
K: hilos pulmonares, L: vértebras.
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Figura 7 – Radiografia de tórax normal, em incidência PA 
Fonte: https://www.researchgate.net/publication/260164712_A_radiografia_de_torax. Acesso em: 24 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: radiografia de tórax normal, em incidência PA. As estruturas são indicadas por letras que 
vão de A até L. 
Na próxima figura, é possível observar uma radiografia de tórax normal, na incidência 
perfil, onde visualiza-se: A: coluna vertebral; B: esterno; C: escápulas; D: hemicúpula 
diafragmática direita; F: estômago; G: seio costofrênico; H: espaço retroesternal.
Figura 8 – Radiografia de tórax normal, em incidência 
perfil
Fonte:https://www.researchgate.net/publica-
tion/260164712_A_radiografia_de_torax. Acesso 
em: 24 jan. 2024.
Descrição da Imagem: radiografia de tórax nor-
mal, em incidência perfil. As estruturas são indi-
cadas por letras que vão de A até H. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
Em comparação com a incidência PA, temos, na próxima figura, uma radiografia 
de tórax na incidência AP, no qual estão as mesmas estruturas citadas na Figura 7, 
porém são evidentes as cúpulas diafragmáticas elevadas e o aumento da área cardíaca.
Figura 9 – Radiografia de tórax, em incidência AP
Fonte: https://www.saudebemestar.pt/pt/exame/imagiologia/radiografia-de-torax/. Acesso em: 24 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: radiografia de tórax, em incidência AP. É possível observar a elevação das cúpulas diafragmáticas 
e a área cardíaca aumentada.
Para você realizar a análise da radiografia de tórax, é necessário considerar se a 
penetração, inspiração, rotação e angulação estão adequadas e aptas a fornecer 
uma avaliação normal ou apresentar achados passíveis de compor um diagnós-
tico clínico. Além disso, é preciso: 
 ■ Identificar o nome do paciente na radiografia. 
 ■ Revisar a técnica e a qualidade do filme. 
 ■ Revisar todas as estruturas anatômicas. 
Após analisar se o conteúdo e o posicionamento da radiografia estão adequados, 
deve-se observar as estruturas anatômicas em busca de possíveis anormalidades. 
Listaremos algumas delas, a seguir: 
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Estruturas ósseas: a avaliação da parede torácica deve incluir a procura 
por simetria, fraturas de costelas ou outras alterações ósseas. Cerca de 80% a 
90% do parênquima pulmonar são superpostos por tecido ósseo, na forma de 
costelas, clavículas e coluna vertebral (SCANLAN; WILKINS; STOLLER, 2000). 
Na próxima figura, você pode observar uma radiografia de tórax que evidencia 
múltiplas fraturas de arcos costais à esquerda:
Figura 10 – Radiografia de tórax evidenciando múltiplas fraturas de arcos costais à esquerda
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fratura_da_costela. Acesso em: 24 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: radiografia de tórax que evidencia múltiplas fraturas de arcos costais à esquerda. Um 
círculo na cor vermelha é usado para destacar o local das fraturas.
 ■ Contorno diafragmático: o diafragma é o principal músculo do processo 
de respiração e separa as cavidades torácica e abdominal, formando, lateral-
mente, os ângulos costofrênicos, e medianamente, os ângulos cardiofrênicos 
(SARMENTO, 2009). Na figura, a seguir, você pode observar a ruptura dia-
fragmática com herniação do conteúdo intestinal para a cavidade torácica.
 ■ Pulmões: a avaliação dos pulmões começa pela avaliação de seu tamanho 
e densidade do parênquima pulmonar, traqueia e brônquios. Na Figura 12, 
podemos observar a área de colapso alveolar à direita, em que, ao invés de ar, 
há uma área com hipotransparência, pinçamento de costelas e tracionamento 
da traqueia para a região colapsada, característico das atelectasias. 
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 ■ Pleura (parietal e visceral): a presença de líquido em excesso, sangue ou 
coleção de ar no espaço pleural determina achados pulmonares, respecti-
vamente, hidrotórax ou derrame pleural, hemotórax e pneumotórax. Na 
figura, a seguir, veja um exemplo de radiografia de tórax que evidencia 
líquido na cavidade torácica, característico do derrame pleural. 
Figura 11 – Radiografia de tórax evidenciando derrame de líquido no mediastino e na pleura
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Radiografia-de-torax-evidenciando-derrame-de-liquido-no-
-mediastino-e-na-pleura_fig1_250053138. Acesso em: 24 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: radiografia de tórax demonstrando a presença de líquido no mediastino e pleura, sugestivo 
de derrame.
Na próxima figura, você pode observar uma radiografia de tórax que evidencia 
um pneumotórax:
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Figura 12 – Radiografia de tórax evidenciando pneumotórax
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pneumothorax_CXR.jpg. Acesso em: 24 jan. 2024. 
Descrição da Imagem: radiografia de tórax que demonstra um pneumotórax.
 ■ Mediastino, coração e grandes vasos: devem ser analisados quanto a 
posição, densidade e contorno. Também há o risco de ocorrer desloca-
mento por retração, em casos de atelectasia ou por compressão, como 
ocorre em tumores intratorácicos, pneumotórax e grandes derrames 
pleurais (SARMENTO, 2009).
Embora não seja responsável pelo diagnóstico clínico da doença, a interpretação 
por meio da imagem faz parte da boa avaliação funcional do fisioterapeuta. É pelo 
processo de avaliação que todo o conhecimento adquirido durante a formação 
profissional é despertado. 
A imaginologia é uma importante ferramenta no manejo de pacientes e, du-
rante a avaliação, deve ser utilizada com o objetivo de entender o processo pato-
lógico e definir um plano terapêutico apropriado, além de analisar as evoluções 
apresentadas após o tratamento.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
Confira aqui a aula referente a este tema.
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
Neste tema de aprendizagem, você aprendeu sobre métodos usados na avalia-
ção físico-funcional do sistema respiratório que são complementares, na prática 
clínica profissional, ao exame físico. Em muitos casos, será necessário compreen-
der a história clínica do paciente para selecionar quais desses métodos serão 
utilizados, e essa seleção variará de paciente para paciente. 
O fisioterapeuta, dentro sua atuação, precisará interpretar e analisar os resul-
tados desses exames para chegar a uma hipótese diagnóstica ou à confirmação 
do seu diagnóstico cinético-funcional, lembrando que o diagnóstico médico é o 
que determina a doença do paciente, enquanto o diagnóstico do fisioterapeuta 
refere-se às alterações provocadas por ela, por exemplo, dificuldade respiratória, 
mudanças da expansibilidade torácica, aumento da secreção, entre outros sinto-
mas que o paciente poderá apresentar.
Traçar um roteiro de avaliação pode ser bastante útil e eficaz dentro da prática 
clínica, incluindo os espaços destinados ao preenchimento dessas avaliações, 
capazes de ajudar no momento da sua avaliação com o paciente.
Conforme abordado neste tema, você pode perceber que há uma infinida-
de de técnicas avaliativas a serem realizadas, a fim de determinar os distúrbios 
cinético-funcionais e nortear o diagnóstico fisioterapêutico, o planejamento dos 
objetivos a serem atingidos bem como a tomada de decisão sobre as condutas 
que serão realizadas durante o tratamento. 
A aplicação de cada um desses testes dependerá da disponibilidade dos re-
cursos para a utilização do fisioterapeuta e do quadro clínico apresentado pelo 
paciente. Somente uma avaliação bem estruturada e bem conduzida resultará 
em uma terapêutica bem-sucedida.
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1. De acordo com o que foi apresentado neste tema de aprendizagem em relação a métodos 
usados na avaliação físico-funcional do sistema respiratório, relacione o nome da coluna 
esquerda comas suas respectivas definições na coluna à direita:
1. Manovacuometria. 
2. Peakflow. 
3. Espirometria.
4. Ventilometria. 
( ) Avalia o Pico de Fluxo Expiratório.
( ) Os parâmetros avaliados são: volume minuto, volume corrente e capacidade vital. 
( ) Avalia as pressões ventilatórias máximas.
( ) Auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatórios.
É correto o que se afirma em: 
a) 1-3, 2-1, 3-4, 4-2.
b) 1-4, 2-2, 3-1, 4-3.
c) 1-2, 2-3, 3-1, 4-4.
d) 1-1, 2-2, 3-3, 4-4.
e) 1-3, 2-4, 3-1, 4-2.
2. De acordo com as definições e símbolos usados em espirometria, segundo a American 
Thoracic Society (1995), relacione o nome da coluna esquerda com as suas respectivas 
definições na coluna à direita:
1. Volume Residual (VR). 
2. Capacidade Pulmonar Total (CPT).
( ) Representa o volume máximo de ar exalado com esforço máximo a partir do ponto de 
máxima inspiração. 
( ) Quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória forçada. É a 
medida de função pulmonar mais útil clinicamente.
( ) Capacidade Vital Forçada (CVF) 
( ) Representa o volume de ar que permanece no pulmão após uma expiração máxima.
( ) ( ) Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1). 
VAMOS PRATICAR
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( ) Representa o volume de ar exalado num tempo especificado durante a manobra de CVF. 
Por exemplo, VEF1 é o volume de ar exalado no primeiro segundo da manobra de CVF.
( ) Volume Expiratório Forçado no Tempo (VEFt). 
( ) Volume de gás nos pulmões após a inspiração máxima.
É correto o que se afirma em: 
a) 1-3, 2-1, 3-4, 4-5, 5-2.
b) 1-4, 2-2, 3-1, 4-3, 5-5.
c) 1-3, 2-4, 3-1, 4-5, 5-2.
d) 1-4, 2-3, 3-2, 4-5, 5-4.
e) 1-3, 2-4, 3-1, 4-2, 5-5.
3. Segundo Marchiori e Santos (2009), o estudo radiológico do tórax é, em todo o mundo, 
largamente utilizado, visto a sua importância no diagnóstico das doenças pulmonares, 
pleurais e mediastinais e do arcabouço ósseo. O pré-requisito básico para a análise correta 
da imagem é um bom conhecimento da anatomia e fisiologia dos órgãos torácicos. Sobre 
a radiografia como método de avaliação, assinale V para as afirmativas Verdadeiras e F 
para as Falsas: 
( ) A radiografia convencional de tórax tem papel importante, visto seu baixo custo e dis-
ponibilidade. 
( ) A radiografia convencional pode substituir a história clínica e o exame físico.
( ) As incidências radiográficas mais comumente utilizadas para a avaliação do tórax são: 
posteroanterior (PA); perfil esquerdo (mais comum, porém o perfil direito também pode 
ser solicitado, caso seja encontrada alguma lesão do lado direito); anteroposterior (AP), 
quando houver limitações para que o paciente realize a incidência em PA. 
( ) Na análise da radiografia de tórax, é necessário considerar se as penetração, inspiração, 
rotação e angulação estão adequadas e aptas a fornecer uma avaliação normal ou apre-
sentar achados passíveis de compor um diagnóstico clínico.
( ) Após analisar se o conteúdo e posicionamento da radiografia estão adequados, é preciso 
observar as estruturas anatômicas, em busca de possíveis anormalidades.
É correto o que se afirma em: 
a) V, F, V, V, V.
b) F, F, V, V, F.
c) V, V, F, F, V.
d) F, V, F, V, V.
e) F, V, V, V, F.
VAMOS PRATICAR
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4. A espirometria é um teste que auxilia na prevenção e permite tanto o diagnóstico quanto a 
quantificação dos distúrbios ventilatórios, além de medir o volume de ar inspirado e expi-
rado e os fluxos respiratórios, sendo especialmente útil a análise dos dados derivados da 
manobra expiratória forçada. Apresente, a seguir, a classificação da espirometria. 
5. A ventilometria é outro método muito utilizado pela fisioterapia respiratória para identificação 
das alterações da mecânica respiratória, de determinados volumes e da capacidade vital 
(AMERICAN THORACIC SOCIETY, 1995). Descreva, a seguir, quais são os principais parâmetros 
avaliados na ventilometria.
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
AMERICAN THORACIC SOCIETY. Standardization of Spirometry, 1994 Update. Am J Respir Crit 
Care Med., [s. l.], v. 152, n. 3, p. 1107-1136, 1995.
FOLETTO, F. J.; GARDENGHI, G. Avaliação da Efetividade do Treinamento Muscular Respiratório 
sobre a Mecânica Respiratória em Pacientes Submetidos à Cirurgia Bariátrica. FisioWeb, [s. l.], 13 
out. 2014. Disponível em: http://www.fisioweb.com.br/portal/artigos/40-art-respiratoria/1528-a-
valiacao-da-efetividade-do-treinamento-muscular-respiratorio-sobre-a-mecanica-respiratoria-
-em-pacientes-submetidos-a-cirurgia-bariatrica.html. Acesso em: 24 jan. 2024. 
LEINER, G. C. et al. Expiratory Peak Flow Rate: Standard Values for Normal Subjects. Use as a clinical 
test of ventilatory function. Am Rev of Respiratory Disease, [s. l.], v. 88, n. 5, p. 644-651, 1963.
LUQUE, A. et al. Tratado da fisioterapia hospitalar: assistência integral ao paciente. São Paulo: 
Atheneu, 2012.
MARCHIORI, E.; SANTOS, M. L. O. Introdução à radiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
McCOY, E. K. et al. An evaluation of peak expiratory flow monitoring: a comparison of sitting ver-
sus standing measurements, JABFM, [s. l.], v. 23, n. 2, p. 166- 170, mar./abr. 2010.
NEDER, J. A. et al. Reference values for lung function tests. I. Static volumes. Brazilian Journal of 
Medical and Biological Research, [s. l.], v. 32, p. 703-717, 1999.
PEREIRA, C. A. C. Espirometria. J Pneumol., [s. l.], v. 28, n. 3, p. 1-81, 2002. 
PESSOA, I. M. B. S. et al. Preditos para a força muscular respiratória. Braz J Phys Ther., [s. l.], v. 18, 
n. 4, p. 410-418, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbfis/a/8cMsnDRDnYBcwxWXPh-
gtnBh/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 24 jan. 2024.
QUANJER, P. H. et al. Peak expiratory flow: conclusions and recommendations of Working Party 
of the European Respiratory Society. Eur Respir J Suppl., [s. l.], v. 24, p. 2-8, 1997.
SARMENTO, G. J. V. O ABC da fisioterapia respiratória. Barueri: Manole, 2009.
SCANLAN, C. L.; WILKINS, R. L.; STOLLER, J. K. Avaliação do paciente à beira do leito. In: SCAN-
LAN, C. L.; WILKINS, R. L.; STOLLER, J. K. Fundamentos da Terapia Respiratória de Egan. 7. ed. 
Barueri: Manole, 2000. p. 325-330.
SPENCER, A. P. Anatomia humana básica. Barueri: Manole, 1991.
WEST, J. B. Fisiologia respiratória: princípios básicos. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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1. Opção A. Manovacuometria: avalia as pressões ventilatórias máximas; peakflow: avalia o 
Pico de Fluxo Expiratório; espirometria: auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a 
quantificação dos distúrbios ventilatórios; ventilometria: os parâmetros avaliados são volume 
minuto, volume corrente e Capacidade Vital. 
2. Opção C. (1) Volume Residual (VR): representa o volume de ar que permanece no pulmão 
após uma expiração máxima. (2) Capacidade Pulmonar Total (CPT): o volume de gás nos 
pulmões após a inspiração máxima. (3) Capacidade Vital Forçada (CVF): representa o vo-
lume máximo de ar exalado com esforço máximo a partir do ponto de máxima inspiração. 
(4) Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1): quantidade de ar eliminada no 
primeiro segundo da manobra expiratória forçada. É a medida de função pulmonar mais útil 
clinicamente. (5) Volume Expiratório Forçado no Tempo (VEFt): representa o volume de ar 
exalado num tempo especificado durante a manobra de CVF. Por exemplo, VEF1 é o volume 
de ar exalado no primeiro segundo da manobra de CVF. 
3. Opção A. a alternativa F (falsa) está incorreta, pois radiografia é um método complementar 
de diagnóstico, não fazendo a substituição da anamnese e exame físico.
4. Índices espirométricos são aqueles dentro dos limites de normalidade; distúrbio ventilatório 
obstrutivo; distúrbio ventilatório restritivo; distúrbio ventilatório combinado (obstrutivo-res-
tritivo/misto); distúrbio ventilatório inespecífico.
5. Volume minuto: volume total de ar inspirado e expirado nesse espaço de tempo, seja em 
repouso, seja durante o exercício. Indica a resposta da musculatura

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