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3ANO Maria Clara Medeiros ENSINO FUNDAMENTAL MANUAL DO EDUCADOR CIÊNCIAS o FORMAÇÃO CONTINUADA FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 1 09/07/2020 14:45:09 Manual do Educador Ciências 3o ano - Ensino Fundamental Maria Clara Medeiros Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos, das ilustrações e dos textos contidos neste livro. A Formando Cidadãos Editora pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes. ISBN: 978-85-8207-687-3 4a edição EDITORAS Isabela Nóbrega Márcia Regina Silva REVISÃO DE TEXTO Elenita Maciel PROJETO GRÁFICO, ILUSTRAÇÕES, CAPA E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Mirai Assessoria em Comunicação Ltda. CNPJ: 07.209.351/0001-56 COORDENAÇÃO EDITORIAL IMAGENS VETORIAIS Freepik.com Shutterstock.com FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 2 15/06/2020 16:09:00 Apresentação Caro Educador, Este Manual foi elaborado e organizado com a finalidade de auxiliá-lo em suas aulas de Ciências e está estruturado de forma prática, funcional e didática, dinamizando sua atuação pedagógica. Nele, você encontrará dinâmicas, fundamentações, orientações didáticas e pedagógicas que ajudam no despertar do interesse dos alunos pelos estudos. A você, um maravilhoso ano de trabalho e que o seu empenho e a sua dedicação proporcionem a formação de saberes aos novos cidadãos. A autora FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 3 15/06/2020 16:09:00 Sumário 07 09 11 12 13 Conhecendo o Manual Estrutura do livro do aluno Sumário do livro do aluno Planejamento de aulas Fundamentação Unidade 1 Conteúdos da unidade e a BNCC 1a Semana – Grade semanal Dinâmica: Jogo da convivência Fundamentação: Os elementos de uma aula 2a Semana – Grade semanal Dinâmica: Bolo dos sentimentos bons Páginas do livro do aluno Fundamentação: Por que ensinar Ciências Natu- rais no Ensino Fundamental: Ciências Naturais e cidadania 3a Semana – Grade semanal Dinâmica: Sol e Lua Páginas do livro do aluno Fundamentação: E quanto a nós, docentes? 4a Semana – Grade semanal Dinâmica: Do país ao Universo Páginas do livro do aluno Fundamentação: Lição de casa para o professor 5a Semana – Grade semanal Dinâmica: Jogo: Procure seu par Semana de revisão Fundamentação: Gratidão aos sentidos 6a Semana – Grade semanal Dinâmica: Ajudando meu amigo Páginas do livro do aluno Fundamentação: Um por todos... A escola ideal só depende de você 7a Semana – Grade semanal Dinâmica: Final feliz Páginas do livro do aluno Fundamentação: 10 coisas que você não deve fazer em sala de aula 8a Semana – Grade semanal Dinâmica: Bola imaginária Páginas do livro do aluno Fundamentação: Educação sem limites 9a Semana – Grade semanal Dinâmica: Caixinha de surpresa Páginas do livro do aluno 23 24 26 27 28 30 31 32 34 36 37 38 40 44 45 46 48 50 51 52 53 54 55 56 59 62 63 64 66 68 69 70 72 74 75 76 79 80 81 82 84 Dinâmica: Sementes de luz 10a Semana – Grade semanal Dinâmica para trabalhar o socioemocional Semana de avaliação Fundamentação: A importância das relações afetivas e sociais no desenvolvimento do auto- conceito em crianças Ge lp i / D ep os itp ho to s. co m FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 4 09/07/2020 14:45:22 Unidade 2 Conteúdos da unidade e a BNCC 11a Semana – Grade semanal Dinâmica: A água conta o segredo Páginas do livro do aluno Fundamentação: Motivos para não abandonar a carreira 12a Semana – Grade semanal Dinâmica: Desenho em dupla Página do livro do aluno Fundamentação: Revelando talentos 13a Semana – Grade semanal Dinâmica: Movimento em grupo Páginas do livro do aluno Fundamentação: Só ensina bem quem sabe fazer 14a Semana – Grade semanal Dinâmica: Falar frases positivas Projeto: Dia de Gincana Fundamentação: A importância de se avaliar a competência de quem ensina 15a Semana – Grade semanal Dinâmica: Bota o chapéu Semana de revisão Fundamentação: Inquieto ou hiperativo? 16a Semana – Grade semanal Dinâmica: Pense antes de decidir Páginas do livro do aluno Fundamentação: Responsabilidade do professor 17a Semana – Grade semanal Dinâmica: Trabalhando em equipe Página do livro do aluno Fundamentação: Ensinar a criança a agir natu- ralmente com respeito 18a Semana – Grade semanal Dinâmica: Reaproveitamento do lixo Páginas do livro do aluno Fundamentação: Algumas dimensões do pensamento de Edgar Morin 19a Semana – Grade semanal Dinâmica: Aprender a escutar Páginas do livro do aluno Fundamentação: O que fazer e o que não fazer em sala de aula 20a Semana – Grade semanal Dinâmica para trabalhar o socioemocional Semana de avaliação 85 86 88 89 90 93 94 95 96 97 98 99 100 103 106 107 108 110 112 113 114 115 116 117 118 120 122 123 124 125 128 129 130 134 138 139 140 142 144 145 146 147 148 149 150 151 154 156 157 158 160 161 162 165 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 181 184 185 186 188 190 191 192 195 198 199 200 202 204 205 206 208 Unidade 3 Conteúdos da unidade e a BNCC 21a Semana – Grade semanal Dinâmica: Um abraço animal Páginas do livro do aluno Fundamentação: Teu tempo não é dinheiro, é vida 22a Semana – Grade semanal Dinâmica: Animal-irmão Projeto: Animais vertebrados 23a Semana – Grade semanal Dinâmica: Surpresa! Páginas do livro do aluno Fundamentação: Prática docente 24a Semana – Grade semanal Dinâmica: Mensagens positivas Página do livro do aluno Fundamentação: Esforço criativo 25a Semana – Grade semanal Dinâmica: Dinâmica do robô Semana de revisão Fundamentação: É possível provar a diversi- dade cerebral? 26a Semana – Grade semanal Dinâmica: Balão do desejo Páginas do livro do aluno Fundamentação: Princípios educacionais que sempre se deve levar em conta 27a Semana – Grade semanal Dinâmica: Gentileza na floresta Páginas do livro do aluno Fundamentação: Oito maneiras de estimular a criatividade 28a Semana – Grade semanal Dinâmica: Painel coletivo Páginas do livro do aluno Fundamentação: Como ajudar os filhos nas tarefas escolares 29a Semana – Grade semanal Dinâmica: Animais nas mãos Páginas do livro do aluno Fundamentação: Risque do seu caderno 30a Semana – Grade semanal Dinâmica para trabalhar o socioemocional Semana de avaliação Fundamentação: O desafio de ser professor FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 5 09/07/2020 14:45:25 Unidade 4 Conteúdos da unidade e a BNCC 31a Semana – Grade semanal Dinâmica: Quebra-cabeça de união Páginas do livro do aluno Fundamentação: 10 dicas para ser um professor excelente 32a Semana – Grade semanal Dinâmica: Enchendo de carinho Páginas do livro do aluno Fundamentação: O aprendizado do trabalho em grupo 33a Semana – Grade semanal Dinâmica: Pesquisando gentileza Páginas do livro do aluno Fundamentação: Para uma grande educadora, com carinho 34a Semana – Grade semanal Dinâmica: Dificuldades que ensinam Página do livro do aluno Fundamentação: Autoconfiança 35a Semana – Grade semanal Dinâmica: Direito à vida e à saúde Semana de revisão Fundamentação: ...lidar com a diversidade 36a Semana – Grade semanal Dinâmica: Ouvir e não ouvir Páginas do livro do aluno Fundamentação: Docência, a que será que se destina? 37a Semana – Grade semanal Dinâmica: Mutirão do obrigado(a) Páginas do livro do aluno 38a Semana – Grade semanal Dinâmica: Barco de valores Páginas do livro do aluno 39a Semana – Grade semanal Dinâmica: Direito à paz Página do livro do aluno Fundamentação: O ciclo da desigualdade 40a Semana – Grade semanal Dinâmica para trabalhar o socioemocional Semana de avaliação Fundamentação: Sem tempo a perder 209 210 212 213 214 217 218 219 220 224 226 227 228 231 234 235 236 237 240 241 242 243 244 245 246 250 252 253 254 258 259 260 264 265 266 267 268 269 270 272 Ro nn ac ha i P al as / S hu tt er st oc k. co m FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 6 09/07/2020 14:45:35 Conhecendo o Manual Estrutura do livro do aluno São apresentadas informações sobre a estrutura do livro do aluno, apontando tudo que é necessário para o professor explorá-lo da melhor maneira. Sumáriodo livro do aluno É apresentada a página de sumário do livro do aluno para que o professor possa ter acesso ao conteúdo anual que será proposto para as crianças. Planejamento de aulas O planejamento de aulas foi pensado para 40 se- manas com cinco dias letivos, totalizando 200 dias. Cada semana tem uma estrutura própria: grade se- manal, dinâmica, páginas do livro do aluno e suporte por meio de orientações didáticas, pedagógicas e sugestões de atividades. São apresentadas funda- mentações ao longo do Manual, e, nas semanas de revisão e avaliação, sugestões de atividades para serem trabalhadas com os alunos. Conteúdos da unidade e a BNCC Antes da abertura de cada unidade, serão apresen- tados os conteúdos didáticos, os objetos de conhe- cimento e as habilidades de cada unidade. Assim, o educador poderá identificar os objetos e as habilida- des que as crianças deverão demonstrar ao final do trabalho em cada unidade. Grade semanal Traz o planejamento semanal dos momentos em que cada área de conhecimento deverá ser trabalhada. Inclusive, apresenta breves orientações de atividades que poderão ser realizadas em sala de aula e a indi- cação das páginas do livro do aluno que deverão ser trabalhadas. Além disso, há espaço para registrar as datas correspondentes às semanas. Dinâmica São apresentadas sugestões de atividades para explo- rar a integração e a socialização das pessoas por meio de propostas que focam na ludicidade e no conheci- mento de seus próprios limites e possibilidades. Páginas do livro do aluno São apresentadas as páginas do livro do aluno propostas para serem trabalhadas ao longo da semana. Esta seção acompanha as orientações didáticas, orientações pedagó- gicas, além de sugestões de atividades em algumas semanas. Este Manual foi concebido para ser um material pedagógico que auxilie o trabalho de professores em sala de aula. Por isso apresenta, além de fundamentações, planejamento de aulas em grades semanais e dinâmicas, a estrutura e o sumário do livro do aluno. 7 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 7 09/07/2020 14:45:46 Atividades de avaliação: Nas semanas de avaliação, preparamos sugestões de avaliação para que cada aluno reflita sobre o que estudou e como fez isso. A re- flexão sobre o próprio desempenho é um meio eficiente para o aluno aprender a identificar e corrigir seus erros, e para isso, o papel do professor é fundamental. Atividades de revisão: Nas semanas de revisão são apresentadas algumas atividades referentes aos conteúdos trabalhados. Há, também, as sugestões de atividades para o professor trabalhar em sala de aula, caso queira aprimorar os conteúdos com seus alunos. Fundamentação : Os textos apresentados, em geral, têm caráter de formação, ou seja, foram selecionados para dar embasamento e segu- rança ao professor em relação ao seu trabalho diário com as crianças. Todo o Manual contém páginas do livro do aluno reduzidas. Abaixo de cada página reduzida, serão apresentadas orientações didáticas, pedagógicas ou sugestões de atividades relacionadas ao conteúdo da página. Assim, materiais complementares com informações preciosas serão disponibilizados para o educador. Inserimos também um boxe com as habilidades de aprendizagem e desenvolvimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nas páginas que são con- templadas com tais conteúdos. 8 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 8 09/07/2020 14:46:10 Textos didáticos São textos explicativos que abordam os as- suntos de maneira simples, clara e objetiva. Título Localiza-se, em geral, antes da apresenta- ção de algum conteúdo específico que será trabalhado. Comandos No início de cada atividade, são apresenta- dos comandos que, em geral, se iniciam com o verbo que orienta a realização da atividade proposta. Isso porque, ao ouvir ou ler o co- mando, a criança deverá identificar qual é a ação que se espera dela para que faça a ativi- dade corretamente. Atividades Seção com propostas de atividades relaciona- das aos conteúdos e assuntos que estão sendo trabalhados, de maneira que a construção de conhecimento possa acontecer por meio de su- gestões literais, inferenciais e de opinião própria. O livro do aluno está organizado com elementos gráficos específicos: títulos, textos didáticos, atividades, comandos, boxes e imagens. Estrutura do livro do aluno 9 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 9 09/07/2020 14:46:25 Livro Atividades de Reforço Esse livro é composto de atividades extras que servem para reforçar os conteúdos trabalhados nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemá- tica, Ciências, História e Geografia. A Coleção Formando Cidadãos, pensando em dinamizar suas aulas, preparou este mate- rial complementar para você. Trata-se de um recurso visual que ajudará seus alunos na compreensão e na memorização dos conteúdos propostos. A apresentação do material pode ser feita no início da aula, para despertar a curio- sidade e a atenção do aluno para o que será trabalhado; pode ser em um momento interme- diário, para explorar o que já foi mencionado; ou pode ser no final da aula, para reforçar todo o conteúdo abordado. Como cada educador(a) tem a sua própria dinâmica, você também pode criar outras possibilidades, da maneira mais adequada a cada turma. Páginas do aluno As páginas do aluno aparece- rão, ao longo do Manual, com as respostas. Boxes Não têm localização predetermina- da na página, mas são destacados por cores e, em geral, seu conteúdo corresponde aos temas e assuntos complementares e vinculados ao conteúdo principal, podendo apre- sentar curiosidades e dicas. 10 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 10 09/07/2020 14:46:41 Sumário do livro do aluno 11 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 11 15/06/2020 16:09:09 Planejamento de aulas Dividimos o planejamento de todos os livros em 40 semanas: 32 semanas com aulas, 4 semanas para revisões e 4 semanas para avaliações. Assim, sugerimos que as atividades sigam a seguinte sequência: 1a 3a 2a 4a 4 semanas 4 semanas 4 semanas 4 semanas 1 semana 1 semana 1 semana 1 semana 4 semanas 4 semanas 4 semanas 4 semanas 1 semana 1 semana 1 semana 1 semana Este Manual foi pensado para ser um facilitador do seu trabalho, educador(a). AvaliaçãoAulaRevisãoAulaUnidade JeniFoto / Shutterstock.com 12 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 12 15/06/2020 16:09:10 Fundamentação Base Nacional Comum Curricular A área de Ciências da Natureza A sociedade contemporânea está fortemente organizada com base no desenvolvimento científico e tecnológico. Da metalurgia, que produziu ferramentas e armas, passando por máquinas e motores automa- tizados, até os atuais chips semicondutores, ciência e tecnologia vêm se desenvolvendo de forma integra- da com os modos de vida que as diversas socieda- des humanas organizaram ao longo da história. No entanto, o mesmo desenvolvimento científi- co e tecnológico que resulta em novos ou melhores produtos e serviços também pode promover desequi- líbrios na natureza e na sociedade. Para debater e tomar posição sobre alimentos, medicamentos, combustíveis, transportes, comuni- cações, contracepção, saneamento e manutenção da vida na Terra, entre muitos outros temas, são im- prescindíveis tanto conhecimentos éticos, políticos e culturais quanto científicos. Isso por si só já justifica, na educação formal, a presença da área de Ciências da Natureza, e de seu compromisso com a formação integral dos alunos. Portanto, ao longo do Ensino Fundamental, a área de Ciências da Natureza tem um compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências. Em outras palavras, apreender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desen- volvimento da capacidade de atuação no e sobre o mundo, importante ao exercício pleno da cidadania. Nessa perspectiva, a área de Ciências da Natu- reza,por meio de um olhar articulado de diversos campos do saber, precisa assegurar aos alunos do Ensino Fundamental o acesso à diversidade de conhecimentos científicos produzidos ao longo da história, bem como a aproximação gradativa aos principais processos, práticas e procedimentos da investigação científica. Espera-se, desse modo, possibilitar que esses alunos tenham um novo olhar sobre o mundo que os cerca, como também façam escolhas e intervenções conscientes e pautadas nos princípios da sustentabi- lidade e do bem comum. Para tanto, é imprescindível que eles sejam progressivamente estimulados e apoiados no pla- nejamento e na realização cooperativa de atividades investigativas, bem como no compartilhamento dos resultados dessas investigações. Isso não significa realizar atividades seguindo, necessariamente, um conjunto de etapas predefinidas, tampouco se restrin- gir à mera manipulação de objetos ou à realização de experimentos em laboratório. Ao contrário, pressupõe organizar as situações de aprendizagem partindo de questões que sejam desafiadoras e, reconhecendo a diversidade cultural, estimulem o interesse e a curio- sidade científica dos alunos e possibilitem definir problemas, levantar, analisar e representar resultados; comunicar conclusões e propor intervenções. (...)a área de Ciências da Na- tureza tem um compromisso com o desenvolvimento do letramento científico(...) Lo rel yn M edina / S hutterstock.com 13 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 13 15/06/2020 16:09:10 Dessa forma, o processo investigativo deve ser entendido como elemento central na formação dos estudantes, em um sentido mais amplo, e cujo de- senvolvimento deve ser atrelado a situações didáti- cas planejadas ao longo de toda a educação básica, de modo a possibilitar aos alunos revisitar de forma reflexiva seus conhecimentos e sua compreensão acerca do mundo em que vivem. Sendo assim, o en- sino de Ciências deve promover situações nas quais os alunos possam: Definição de problemas • Observar o mundo a sua volta e fazer perguntas. • Analisar demandas, delinear problemas e planejar investigações. • Propor hipóteses. Comunicação • Organizar e/ou extrapolar conclusões. • Relatar informações de forma oral, escrita ou multimodal. • Apresentar, de forma sistemática, dados e resultados de investigações. • Participar de discussões de caráter científico com colegas, professores, familiares e comuni- dade em geral. • Considerar contra-argumentos para rever pro- cessos investigativos e conclusões. Levantamento, análise e representação • Planejar e realizar atividades de campo (experimentos, observações, leituras, visitas, ambientes virtuais, etc.). • Desenvolver e utilizar ferramentas, inclusive digitais, para coleta, análise e representação de dados (imagens, esquemas, tabelas, grá- ficos, quadros, diagramas, mapas, modelos, representações de sistemas, fluxogramas, ma- pas conceituais, simulações, aplicativos, etc.). • Avaliar informação (validade, coerência e adequação ao problema formulado). • Elaborar explicações e/ou modelos. • Associar explicações e/ou modelos à evolu- ção histórica dos conhecimentos científicos envolvidos. • Selecionar e construir argumentos com base em evidências, modelos e/ou conhecimentos científicos. • Aprimorar seus saberes e incorporar, gra- dualmente, e de modo significativo, o conheci- mento científico. • Desenvolver soluções para problemas coti- dianos, usando diferentes ferramentas, inclu- sive digitais.D en is N at a / Sh ut te rs to ck .c om 14 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 14 15/06/2020 16:09:10 Intervenção • Implementar soluções e avaliar sua eficácia para resolver problemas cotidianos. • Desenvolver ações de intervenção para me- lhorar a qualidade de vida individual, coletiva e socioambiental. Considerando esses pressupostos, e em articula- ção com as competências gerais da BNCC, a área de Ciências da Natureza – e, por consequência, o componente curricular de Ciências –, devem garantir aos alunos o desenvolvimento de compe- tências específicas. Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental 1. Compreender as ciências da natureza como empreendimento humano, e o conhecimento cien- tífico como provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estru- turas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimen- tos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3. Analisar, compreender e explicar característi- cas, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conheci- mentos das Ciências da Natureza. 4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles rela- tivos ao mundo do trabalho. 5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conheci- mentos e resolver problemas das Ciências da Natu- reza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, auto- nomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambien- tais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentá- veis e solidários. 15 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 15 15/06/2020 16:09:11 Ciências Ao estudar Ciências, as pessoas aprendem a res- peito de si mesmas, da diversidade e dos processos de evolução e manutenção da vida, do mundo ma- terial – com os seus recursos naturais, suas trans- formações e fontes de energia –, do nosso planeta no Sistema Solar e no Universo e da aplicação dos conhecimentos científicos nas várias esferas da vida humana. Essas aprendizagens, entre outras, possi- bilitam que os alunos compreendam, expliquem e intervenham no mundo onde vivem. Para orientar a elaboração dos currículos de Ciências, as aprendizagens essenciais a serem asse- guradas nesse componente curricular foram organi- zadas em três unidades temáticas que se repetem ao longo de todo o Ensino Fundamental. A unidade temática Matéria e Energia contempla o estudo de materiais e suas transformações, fon- tes e tipos de energia utilizados na vida em geral, na perspectiva de construir conhecimento sobre a natu- reza da matéria e dos diferentes usos da energia. Dessa maneira, nessa unidade, estão envolvi- dos estudos referentes à ocorrência, à utilização e ao processamento de recursos naturais e energéti- cos empregados na geração de diferentes tipos de energia e na produção e uso consciente de materiais diversos. Discute-se, também, a perspectiva histórica da apropriação humana desses recursos, com base, por exemplo, na identificação do uso de materiais em diferentes ambientes e épocas e sua relação com a sociedade e a tecnologia.Nos anos iniciais, as crianças já se envolvem com uma série de objetos, materiais e fenômenos em sua vivência diária e na relação com o entorno. Tais expe- riências são o ponto de partida para possibilitar a construção das primeiras noções sobre os materiais, seus usos e propriedades, bem como suas intera- ções com luz, som, calor, eletricidade e umidade, entre outros elementos. Além de prever a construção coletiva de propostas de reciclagem e reutilização de materiais, estimula-se ainda a construção de hábi- tos saudáveis e sustentáveis por meio da discussão acerca dos riscos associados à integridade física e à qualidade auditiva e visual. Espera-se também que os alunos possam reconhecer a importância, por exemplo, da água, em seus diferentes estados, para a agricultura; o clima, a preservação do solo; a geração de energia elétrica, a qualidade do ar atmosférico e o equilíbrio dos ecossistemas. Em síntese, valorizam-se, nessa fase, os ele- mentos mais concretos e os ambientes que o cer- cam (casa, escola e bairro), oferecendo aos alunos a oportunidade de interação, compreensão e ação no seu entorno. Por sua vez, nos anos finais, a ampliação da rela- ção dos jovens com o ambiente possibilita que se es- tenda a exploração dos fenômenos relacionados aos materiais e à energia ao âmbito do sistema produtivo e ao seu impacto na qualidade ambiental. Assim, o aprofundamento da temática dessa unidade, que envolve inclusive a construção de modelos explicati- vos, deve possibilitar aos estudantes fundamentar-se no conhecimento científico para, por exemplo, avaliar vantagens e desvantagens da produção de produtos sintéticos a partir de recursos naturais, da produção e do uso de determinados combustíveis, bem como da produção, da transformação e da propagação de diferentes tipos de energia e do funcionamento de artefatos e equipamentos que possibilitam novas for- mas de interação com o ambiente, estimulando tanto a reflexão para hábitos mais sustentáveis no uso dos recursos naturais e científico-tecnológicos quanto a produção de novas tecnologias e o desenvolvimento de ações coletivas de aproveitamento responsável dos recursos. Evara / Shutterstock.c om 16 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 16 15/06/2020 16:09:11 A unidade temática Vida e Evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos (incluindo os seres humanos), suas características e necessidades, e a vida como fenômeno natural e social, os elementos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos processos evolutivos que geram a diversidade de formas de vida no plane- ta. Estudam-se características dos ecossistemas, destacando-se as interações dos seres vivos com outros seres vivos e com os fatores não vivos do ambiente, com destaque para as interações que os seres humanos estabelecem entre si e com os demais seres vivos e elementos não vivos do am- biente. Abordam-se, ainda, a importância da pre- servação da biodiversidade e como ela se distribui nos principais ecossistemas brasileiros. Nos anos iniciais, as características dos seres vivos são trabalhadas a partir das ideias, represen- tações, disposições emocionais e afetivas que os alunos trazem para a escola. Esses saberes dos alu- nos vão sendo organizados a partir de observações orientadas, com ênfase na compreensão dos seres vivos do entorno, como também dos elos nutricionais que se estabelecem entre eles no ambiente natural. Nos anos finais, a partir do reconhecimento das relações que ocorrem na natureza, evidencia-se a participação do ser humano nas cadeias alimenta- res e como elemento modificador do ambiente, seja evidenciando maneiras mais eficientes de usar os re- cursos naturais sem desperdícios, seja discutindo as implicações do consumo excessivo e descarte inade- quado dos resíduos. Contempla-se, também, o incen- tivo à proposição e adoção de alternativas individuais e coletivas, ancoradas na aplicação do conhecimento científico, que concorram para a sustentabilidade socioambiental. Assim, busca-se promover e incen- tivar uma convivência em maior sintonia com o meio ambiente, por meio do uso inteligente e responsável dos recursos naturais, para que estes se recompo- nham no presente e se mantenham no futuro. Outro foco dessa unidade é a percepção de que o corpo humano é um todo dinâmico e articulado, e que a manutenção e o funcionamento harmonioso deste conjunto dependem da integração entre as funções específicas desempenhadas pelos diferentes sistemas que o compõem. Além disso, destacam- -se aspectos relativos à saúde, compreendida não somente como um estado de equilíbrio dinâmico do corpo, mas como um bem da coletividade, abrindo espaço para discutir o que é preciso para promover a saúde individual e coletiva, inclusive no âmbito das políticas públicas. Lo re ly n M ed in a / Sh ut te rs to ck .c om 17 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 17 15/06/2020 16:09:12 Nos anos iniciais, pretende-se que, em continui- dade às abordagens na Educação Infantil, as crianças ampliem os seus conhecimentos e o apreço pelo seu corpo, identifiquem os cuidados necessários para a manutenção da saúde e integridade do organismo e desenvolvam atitudes de respeito e acolhimento pelas diferenças individuais, tanto no que diz respei- to à diversidade étnico-cultural quanto em relação à inclusão de alunos da educação especial. Nos anos finais, são abordados também temas relacionados à reprodução e à sexualidade humana, assuntos de grande interesse e relevância social nes- sa faixa etária, assim como são relevantes, também, o conhecimento das condições de saúde, do sanea- mento básico, da qualidade do ar e das condições nutricionais da população brasileira. Pretende-se que os estudantes, ao terminarem o Ensino Fundamental, estejam aptos a compreender a organização e o funcionamento de seu corpo, assim como a interpretar as modificações físicas e emocio- nais que acompanham a adolescência e a reconhecer o impacto que elas podem ter na autoestima e na se- gurança de seu próprio corpo. É também fundamen- tal que tenham condições de assumir o protagonis- mo na escolha de posicionamentos que representem autocuidado com seu corpo e respeito com o corpo do outro, na perspectiva do cuidado integral à saúde física, mental, sexual e reprodutiva. Além disso, os estudantes devem ser capazes de compreender o papel do Estado e das políticas públicas (campanhas de vacinação, programas de atendimento à saúde da família e da comunidade, investimento em pesquisa, campanhas de esclarecimento sobre doenças e veto- res, entre outros) no desenvolvimento de condições propícias à saúde. Na unidade temática Terra e Universo, busca-se a compreensão de características da Terra, do Sol, da Lua e de outros corpos celestes – suas dimen- sões, composição, localizações, movimentos e forças que atuam entre eles. Ampliam-se experiências de observação do céu, do planeta Terra, particularmen- te das zonas habitadas pelo ser humano e demais seres vivos, bem como de observação dos principais fenômenos celestes. Além disso, ao salientar que a construção dos conhecimentos sobre a Terra e o céu se deu de diferentes formas em distintas culturas ao longo da história da humanidade, explora-se a rique- za envolvida nesses conhecimentos, o que permite, entre outras coisas, maior valorização de outras for- mas de conceber o mundo, como os conhecimentos próprios dos povos indígenas originários. Assim, ao abranger com maior detalhe caracte- rísticas importantes para a manutenção da vida na Terra, como o efeito estufa e a camada de ozônio, espera-se que os estudantes possam compreender também alguns fenômenos naturais, como vulcões, tsunamis e terremotos, bem como aqueles mais relacionados aos padrões de circulação atmosféri- ca e oceânica e ao aquecimento desigual causado pela forma e pelos movimentos da Terra, em uma perspectiva de maior ampliação de conhecimentos relativos à evolução da vida e do planeta, ao climae à previsão do tempo, entre outros fenômenos. Os estudantes dos anos iniciais se interessam com facilidade pelos objetos celestes, muito por conta da exploração e da valorização dessa te- mática pelos meios de comunicação, brinquedos, desenhos animados e livros infantis. Dessa forma, a intenção é aguçar ainda mais a curiosidade das Af ric a St ud io / S hu tt er st oc k. co m 18 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 18 15/06/2020 16:09:12 crianças pelos fenômenos naturais e desenvolver o pensamento espacial a partir das experiências cotidianas de observação do céu e dos fenômenos a elas relacionados. A sistematização dessas obser- vações e o uso adequado dos sistemas de referên- cia permitem a identificação de fenômenos e regu- laridades que deram à humanidade, em diferentes culturas, maior autonomia na regulação da agricul- tura, na conquista de novos espaços, na construção de calendários, etc. Nos anos finais, há uma ênfase no estudo de solo, ciclos biogeoquímicos, esferas terrestres e interior do planeta, clima e seus efeitos sobre a vida na Terra, no intuito de que os estudantes possam desenvolver uma visão mais sistêmica do planeta com base em princípios de sustentabilidade socioambiental. Além disso, o conhecimento espacial é ampliado e aprofundado por meio da articulação entre os co- nhecimentos e as experiências de observação viven- ciadas nos anos iniciais, por um lado, e os modelos explicativos desenvolvidos pela ciência, por outro. Dessa forma, privilegia-se, com base em modelos, a explicação de vários fenômenos envolvendo os as- tros Terra, Lua e Sol, de modo a fundamentar a com- preensão da controvérsia histórica entre as visões geocêntrica e heliocêntrica. A partir de uma compreensão mais aprofundada da Terra, do Sol e de sua evolução, da nossa galáxia e das ordens de grandeza envolvidas, espera-se que os alunos possam refletir sobre a posição da Terra e da espécie humana no Universo. Essas três unidades temáticas devem ser con- sideradas sob a perspectiva da continuidade das aprendizagens e da integração com seus objetos de conhecimento ao longo dos anos de escolarização. Portanto, é fundamental que elas não se desenvol- vam isoladamente. Essa integração se evidencia quando temas im- portantes, como a sustentabilidade socioambiental, o ambiente, a saúde e a tecnologia são desenvolvidos nas três unidades temáticas. Por exemplo, para que o estudante compreenda saúde de forma abrangen- te, e não relacionada apenas ao seu próprio corpo, é necessário que ele seja estimulado a pensar em saneamento básico, geração de energia, impactos ambientais, além da ideia de que medicamentos são substâncias sintéticas que atuam no funcionamento do organismo. De forma similar, a compreensão do que seja sustentabilidade pressupõe que os alunos, além de entenderem a importância da biodiversidade para a manutenção dos ecossistemas e do equilíbrio dinâ- Fo xy Im ag e / Sh ut te rs to ck .c om 19 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 19 15/06/2020 16:09:13 mico socioambiental, sejam capazes de avaliar há- bitos de consumo que envolvam recursos naturais e artificiais e identifiquem relações dos processos atmosféricos, geológicos, celestes e sociais com as condições necessárias para a manutenção da vida no planeta. Impossível pensar em uma educação científica contemporânea sem reconhecer os múltiplos pa- péis da tecnologia no desenvolvimento da socieda- de humana. A investigação de materiais para usos tecnológicos, a aplicação de instrumentos óticos na saúde e na observação do céu, a produção de material sintético e seus usos, as aplicações das fontes de energia e suas aplicações e, até mesmo, o uso da radiação eletromagnética para diagnós- tico e tratamento médico, entre outras situações, são exemplos de como ciência e tecnologia, por um lado, viabilizam a melhoria da qualidade de vida humana, mas, por outro, ampliam as desigualdades sociais e a degradação do ambiente. Dessa forma, é importante salientar os múltiplos papéis desem- penhados pela relação ciência-tecnologia-socie- dade na vida moderna e na vida do planeta Terra como elementos centrais no posicionamento e na tomada de decisões frente aos desafios éticos, cul- turais, políticos e socioambientais. As unidades temáticas estão estruturadas em um conjunto de habilidades cuja complexidade cresce progressivamente ao longo dos anos. Essas habili- dades mobilizam conhecimentos conceituais, lingua- gens e alguns dos principais processos, práticas e procedimentos de investigação envolvidos na dinâ- mica da construção de conhecimentos na ciência. Assim, quando é utilizado um determinado verbo em uma habilidade, como “apresentar” ou “relatar”, estes se referem a procedimentos comuns da ciência, neste caso relacionado à comunicação, que envolve também outras etapas do processo investigativo. A ideia implícita está em relatar, de forma sistemática, o resultado de uma coleta de dados e/ou apresentar a organização e a extrapolação de conclusões, de tal forma a considerar os contra-argumentos apresenta- dos, no caso de um debate, por exemplo. Da mesma forma, quando é utilizado o verbo “ob- servar”, tem-se em mente o aguçamento da curiosi- dade dos alunos sobre o mundo, em busca de ques- tões que possibilitem elaborar hipóteses e construir explicações sobre a realidade que os cerca. Cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em unidades temá- ticas) expressam um arranjo possível (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser tomados como modelo obrigatório para o desenho dos currículos. Se rg iy B yk hu ne nk o / Sh ut te rs to ck .c om 20 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 20 15/06/2020 16:09:14 Ciências no Ensino Fundamental – anos iniciais: unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades Antes de iniciar sua vida escolar, as crianças já convivem com fenômenos, transformações e com aparatos tecnológicos de seu dia a dia. Além disso, na Educação Infantil, como proposto na BNCC, elas têm a oportunidade de explorar ambientes e fenô- menos e também a relação com seu próprio corpo e bem-estar, em todos os campos de experiências. Assim, ao iniciar o Ensino Fundamental, os alunos possuem vivências, saberes, interesses e curiosida- des sobre o mundo natural e tecnológico que devem ser valorizados e mobilizados. Esse deve ser o ponto de partida de atividades que assegurem a eles cons- truir conhecimentos sistematizados de Ciências, oferecendo-lhes elementos para que compreendam desde fenômenos de seu ambiente imediato até te- máticas mais amplas. Nesse sentido, não basta que os conhecimentos científicos sejam apresentados aos alunos. É pre- ciso oferecer oportunidades para que eles, de fato, envolvam-se em processos de aprendizagem nos quais possam vivenciar momentos de investigação que lhes possibilitem exercitar e ampliar sua curiosi- dade, aperfeiçoar sua capacidade de observação, de raciocínio lógico e de criação, desenvolver posturas mais colaborativas e sistematizar suas primeiras explicações sobre o mundo natural e tecnológico, e sobre seu corpo, sua saúde e seu bem-estar, tendo como referência os conhecimentos, as linguagens e os procedimentos próprios das Ciências da Natureza. É necessário destacar que, em especial nos dois primeiros anos da escolaridade básica, em que se investe prioritariamente no processo de alfabetiza- ção das crianças, as habilidades de Ciências buscam propiciar um contexto adequado para a ampliação dos contextos de letramento. Lo re ly n M ed in a / S hu tt er st oc k. co m 21 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 21 15/06/2020 16:09:15 Ciências - 3o ano Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Matéria e Energia Produção de som Efeitos da luz nos materiais Saúde auditiva e visual (EF03CI01) Produzir diferentes sonsa partir da vibração de varia- dos objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno. (EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passa- gem da luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no contato com superfí- cies polidas (espelhos) e na intersecção com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e outros objetos de uso cotidiano). (EF03CI03) Discutir hábitos necessários para a manutenção da saúde auditiva e visual considerando as condições do am- biente em termos de som e luz. Vida e Evolução Características e desenvolvimento dos animais (EF03CI04) Identificar características sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI05) Descrever e comunicar as alterações que ocorrem desde o nascimento em animais de diferentes meios terres- tres ou aquáticos, inclusive o homem. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). Terra e Universo Características da Terra Observação do céu Usos do solo (EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). (EF03CI08) Observar, identificar e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. (EF03CI09) Comparar diferentes amostras de solo do entorno da escola com base em características como cor, textura, chei- ro, tamanho das partículas, permeabilidade etc. (EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e extração de materiais, dentre outras possibilidades), reconhe- cendo a importância do solo para a agricultura e para a vida. 22 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 22 15/06/2020 16:09:16 Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental 1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar apren- dendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Base Nacional Comum Curricular – BNCC O que vamos estudar: • O Universo • O Sistema Solar • A Terra e suas características • Os movimentos da Terra • A orientação pelo Sol • A Lua • As camadas da Terra • Dinâmica para trabalhar o socioemocional 23 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 23 15/06/2020 16:09:16 Conteúdos da unidade e a BNCC Unidade 1 Conteúdo Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades O Universo • Terra e Universo • Características da Terra • Observação do céu • Usos do solo (EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). O Sistema Solar • Terra e Universo • Características da Terra • Observação do céu • Usos do solo (EF03CI08) Observar, identificar e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. A Terra e suas características • Terra e Universo • Características da Terra • Observação do céu • Usos do solo (EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 24 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 24 09/07/2020 14:46:45 Conteúdo Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Os movimen- tos da Terra • Terra e Universo • Características da Terra • Observação do céu • Usos do solo (EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). A orientação pelo Sol • Terra e Universo • Características da Terra • Observação do céu • Usos do solo (EF03CI08) Observar, identificar e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. A Lua • Terra e Universo • Características da Terra • Observação do céu • Usos do solo (EF03CI08) Observar, identificar e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. As camadas da Terra • Terra e Universo • Características da Terra • Observação do céu • Usos do solo (EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). Dinâmica para trabalhar o so- cioemocional — — NOTA: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define o conjunto de competên- cias gerais que servem como um guia para o aprendizado das crianças e que devem ser desenvolvidas de forma inte- grada ao currículo. 25 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 25 15/06/2020 16:09:16 a 1a Semana - Grade semanal 1o dia Semana de adaptação. 2o dia Semana de adaptação. 3o dia Semana de adaptação. 4o dia Semana de adaptação. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Africa Studio / Shutterstock.com 26 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 26 15/06/2020 16:09:17 Dinâmica Jogo da convivência 1. Coloque cadeiras em pares, formando um círculo. 2. Debaixo do assento de algumas cadeiras, coloque um papel descreven do alguma atividade que deve ser assumida pelo ocupante da cadeira: oferecer carinho a uma criança, cuidar de um doente, ajudar um idoso a atravessar a rua, expressar amor por um colega, conversar com uma pessoa triste, auxiliar um colega que está com dificuldades, etc. 3. Quando todos estiverem sentados, peça-lhes que procurem os papéis debaixo de suas cadeiras. Os alunos formam duplas, que vão realizar as tare- fas descritas. 4. Para concluir, proponha uma discussão: “Como se sentiram?”, “Em ocasiões mais tristes, procuramos ajuda ou isolamento?”, “No dia a dia, qual é a nossa tendência: manifestamos amor com os outros ou só queremos receber amor?” Revista Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I. São Paulo: Oceano. sp as s / Sh ut te rs to ck .c om 27 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 27 15/06/2020 16:09:17 Fundamentação Os elementos de uma aula Qual é a diferença entre uma boa refeição e uma aula bem-sucedida? Nenhuma, pois ambas devem incluir ingredientes frescos, bem balanceados, sele- cionados de acordo com as preferências e as neces- sidades dos consumidores. Aulas bem-sucedidas incorporam vários ingre- dientes essenciais ao processo de aprendizagem. O equilíbrio desses ingredientes determina a quali- dade da aula — o que, por sua vez, determina o nível de aprendizagem e a consequente satisfação dos alunos. Por isso, devemos examinar, com frequência, como os elementos de nosso trabalho se entrosam. Decisões concernentes à preparação, à passa- gem de instruções, à linguagem na sala, às técnicas de apresentação e ao ritmo são numerosas, e cada uma merece reflexão. É essencial considerar como todas as possíveis opções podem afetar nossas au- las — e nossos alunos — antes de, realmente, entrar na sala. Não há fórmulas mágicas para a realização de aulas eficazes o tempo todo. O processo de reflexão poderia parecer bastante evasivo,sobretudo para professores novatos. No entanto, ele é altamente be- néfico, pois nos torna mais capazes de predizer o que poderia ocorrer na sala e, com isso, prevenir algumas áreas potencialmente problemáticas. NIKOLIC, Vesna; CABAJ, Hanna. Estou ensinando bem? Estraté- gias de autoavaliação para professores. São Paulo: Loyola, 2001, p. 143. 28 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 28 15/06/2020 16:09:17 Pensamento Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo. Paulo Freire 29 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 29 15/06/2020 16:09:17 a 1o dia Ciências: O Universo – página 6 Orientação didática: • Realize uma roda de conversa com seus alunos para discutir com eles que somos parte do Universo. É importante que o aluno se sinta integrante do mun- do no Universo. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: O Universo – página 7 Orientação didática: • Realize, com os alunos, uma pesquisa, em jornais, em revistas e na Internet, dos astros luminosos e iluminados e monte um painel interativo. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 2a Semana - Grade semanal Pablo Scapinachis / Shutterstock.com 30 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 30 15/06/2020 16:09:18 Dinâmica Bolo dos sentimentos bons Os educandos recebem um papel em forma de círculo e material de desenho. O educador esclarece que eles desenharão um bolo de sen timentos. Terão de, primeiro, criar um bolo com todos os enfeites e, a seguir, cortarão as fatias. O educador dá um tempo para desenharem o bolo e, depois, ajuda-os a corta- rem as fatias. Informa que, atrás de cada uma dessas fatias, eles escreverão um sentimento bom. Quando finaliza rem a escrita, o educador pede que distribuam as fatias para os colegas. Cada um fala ao grupo qual sentimento está escrito em cada fatia que pegou. Conversa-se sobre o significado de doar sentimentos bons para as pessoas. Ao final, o educador explica que as fatias que restaram poderão ser doadas para alguém em casa ou na rua. WENDELL, Ney. Praticando a gentileza na sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2012. Jacek Chabraszewski / Shutterstock.com 31 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 31 15/06/2020 16:09:29 Orientação didática Realize uma roda de conversa com seus alunos para discutir com eles que somos parte do Universo. É importante que o aluno sinta-se integrante do mun- do no Universo. Oriente seus alunos a montar, com sucatas, a repre- sentação do Universo, se possível, pendurada no teto da sala com fio de náilon. BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 6 Oralidade 1. Você já observou o céu durante o dia e a noite? 2. Conte o que você vê no céu durante o dia. 3. Conte o que você vê no céu à noite. 4. Na sua opinião, os elementos que você vê no céu estão perto ou distantes? 5. Você consegue ver os planetas? Explique por quê. 32 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 32 15/06/2020 16:09:30 1. Procure, no diagrama, as palavras que completam cada frase ao lado. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 7 Q C O R P O S * C E L E S T E S G P N G C E Y I O V C A D E A P Á N B V U N I V E R S O L M B O S U B M A Q P E C Z X A O I U E A E S P A Ç O * S I D E R A L I A C F L O Y U A M C X Z L U I R X S M U E X P L O S Ã O D S P A a. O é o conjunto de tudo o que existe. b. Em um certo momento, houve uma grande . c. Após a explosão, espalharam-se várias partículas no . d. No princípio, havia uma imensa quantidade de e . e. Essas partículas começaram a emitir luz e a se mo- vimentar, formando os . Universo explosão espaço sideral poeira gás corpos celestes 33 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 33 15/06/2020 16:09:30 Fundamentação Por que ensinar Ciências Naturais no Ensino Fundamental: Ciências Naturais e cidadania Numa sociedade em que se convive com a su- pervalorização do conhecimento científico e com a crescente intervenção da tecnologia no dia a dia, não é possível pensar na formação de um cidadão crítico à margem do saber científico. Mostrar a Ciência como um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas transformações, para reconhecer o homem como parte do universo e como indivíduo é a meta que se propõe para o ensino da área na escola fundamental. A apropriação de seus conceitos e procedimentos pode contribuir para o questionamento do que se vê e ouve, para a ampliação das explicações acerca dos fenômenos da natureza, para a compreensão e valo- ração dos modos de intervir na natureza e de utilizar seus recursos, para a compreensão dos recursos tecnológicos que realizam essas mediações, para a reflexão sobre questões éticas implícitas nas rela- ções entre Ciência, Sociedade e Tecnologia. É importante que se supere a postura “cientificis- ta” que levou durante muito tempo a considerar-se ensino de Ciências como sinônimo da descrição de seu instrumental teórico ou experimental, divorciado da reflexão sobre o significado ético dos conteúdos desenvolvidos no interior da Ciência e suas relações com o mundo do trabalho. Durante os últimos séculos, o ser humano foi con- siderado o centro do Universo. O homem acreditou que a natureza estava à sua disposição. Apropriou- -se de seus processos, alterou seus ciclos, redefiniu seus espaços. Hoje, quando se depara com uma crise ambiental que coloca em risco a vida no planeta, in- clusive a humana, o ensino de Ciências Naturais pode contribuir para uma reconstrução da relação homem- -natureza em outros termos. O conhecimento sobre como a natureza se com- porta e a vida se processa contribui para o aluno se posicionar com fundamentos acerca de questões bastante polêmicas e orientar suas ações de forma mais consciente. São exemplos dessas questões: a manipulação gênica, os desmatamentos, o acúmulo na atmosfera de produtos resultantes da combustão, o destino dado ao lixo industrial, hospitalar e domés- tico, entre muitas outras. Também é importante o estudo do ser humano considerando-se seu corpo como um todo dinâmico, que interage com o meio em sentido amplo. Tanto os aspectos da herança biológica quanto aqueles de ordem cultural, social e afetiva refletem-se na arqui- tetura do corpo. O corpo humano, portanto, não é uma máquina e cada ser humano é único como único é seu corpo. Nessa perspectiva, a área de Ciências pode contribuir para a formação da integridade pessoal e da autoestima, da postura de respeito ao próprio corpo e ao dos outros, para o entendimento da saúde como um valor pessoal e social, e para a compreen- são da sexualidade humana sem preconceitos. A sociedade atual tem exigido um volume de informações muito maior do que em qualquer época do passado, seja para realizar tarefas corriqueiras e opções de consumo, seja para incorporar-se ao mun- do do trabalho, seja para interpretar e avaliar infor- mações científicas veiculadas pela mídia, seja para YA KO BC H U K VI AC H ES LA V / Sh ut te rs to ck .c om 34 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 34 15/06/2020 16:09:31 interferir em decisões políticas sobre investimentos à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias e suas aplicações. Apesar de a maioria da população fazer uso e conviver com incontáveis produtoscientíficos e tecnológicos, os indivíduos pouco refletem sobre os processos envolvidos na sua criação, produção e distribuição, tornando-se, assim, indivíduos que, pela falta de informação, não exercem opções autônomas, subordinando-se às regras do mercado e dos meios de comunicação, o que impede o exercício da cidada- nia crítica e consciente. O ensino de Ciências Naturais também é espa- ço privilegiado em que as diferentes explicações sobre o mundo, os fenômenos da natureza e as transformações produzidas pelo homem podem ser expostos e comparados. É espaço de expressão das explicações espon- tâneas dos alunos e daquelas oriundas de vários sistemas explicativos. Contrapor e avaliar diferentes explicações favorece o desenvolvimento de postu- ra reflexiva, crítica, questionadora e investigativa, de não aceitação a priori de ideias e informações. Possibilita a percepção dos limites de cada modelo explicativo, inclusive dos modelos científicos, cola- borando para a construção da autonomia de pensa- mento e ação. Ao se considerar ser o Ensino Fundamental o nível de escolarização obrigatório no Brasil, não se pode pensar no ensino de Ciências como um ensino propedêutico, voltado para uma aprendizagem efetiva em momento futuro. A criança não é cidadã do futu- ro, mas já é cidadã hoje, e, nesse sentido, conhecer ciência é ampliar a sua possibilidade presente de participação social e viabilizar sua capacidade plena de participação social no futuro. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais/ Ministé- rio da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. – 3. Ed. Brasília. A secretaria, 2001. H ug o Fe lix / Sh ut te rs to ck .c om 35 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 35 15/06/2020 16:09:33 a 1o dia Ciências: O Sistema Solar – página 8 Orientação didática: • Realize, com seus alunos, uma pesquisa sobre os movimentos de rotação e de translação e confeccio- ne um mural com imagens e informações obtidas. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: O Sistema Solar – página 9 Orientação didática: • Apresente jogos, como o jogo da memória dos pla- netas ou o dominó dos planetas. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 3a Semana - Grade semanal Serg64 / Shutterstock.com 36 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 36 09/07/2020 14:46:58 Dinâmica Sol e Lua “Brilhe e transmita esse brilho em todos os lugares onde não se foi possível brilhar.” Passo a passo: 1. Escolha dois voluntários. Divida o resto do gru- po em quatro fileiras iguais. Se o grupo for grande, aumentam-se as fileiras. É importante ter, ao menos, quatro pessoas por fileira. 2. Já organizados em filas, o coordenador orienta que, quando ele falar Sol, as pessoas da fila abram os braços para frente, de forma horizontal; quando disser Lua, abram os braços lateralmente, na vertical. 3. Após um pequeno ensaio, para o grupo se inteirar e entrar em sintonia, começa-se o jogo. 4. Pode-se denominar os voluntários de: gato e rato, um e dois, conforme quiserem. Um participante deve correr atrás do outro, por entre as filei ras, e, após alguns segundos, o outro é quem pega. 5. O coordenador vai falando Sol e Lua e as pessoas da fileira vão mudan do a posição dos braços, como na brincadeira “vivo ou morto”. Os parti cipantes não podem quebrar as fileiras entre os braços, devendo correr pelos corredores, de frente, de costas. É conve- niente, para que não haja reclamações, que o coor- denador fique de costas. Ele pode falar Sol e Lua de forma aleatória, até para testar o grupo. 6. Após o participante ser capturado, ele é trocado. MEIRELES, Mário. Dinâmicas, gincanas e jogos: atividades para brincar e aprender. São Paulo: Paulinas, 2001. Pe ps co S tu di o / Sh ut te rs to ck .c om 37 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 37 15/06/2020 16:09:34 Orientação didática Monte, com os alunos, um quadro-mural e mante- nha-o sempre atualizado com as notícias e imagens do Universo emitidas por telescópios ou satélites que estão em órbita no espaço sideral. São válidas informações de qualquer natureza, desde que tra- gam novidades sobre descobertas científicas feitas no cosmos. Exiba vídeos sobre as viagens à Lua e sobre outras viagens espaciais, mostrando não apenas o Univer- so que vai sendo desvendado, mas também a vida do astronauta fora da gravidade terrestre. BNCC (EF03CI08) Observar, identifi- car e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. 8 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 38 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 38 09/07/2020 14:47:10 Orientação didática Construa um planetário com botões coloridos de roupas de tamanhos diferentes. Cole em uma folha guache e realize uma exposição em sala de aula. Proponha aos alunos que se organizem em grupos, elaborem questões sobre os assuntos já trabalhados, e realize o jogo do passa ou repassa entre os grupos. BNCC (EF03CI08) Observar, identifi- car e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. 9 Oralidade 1. Em que período do dia você percebe o Sol? 2. O que você imagina que acontece com o Sol durante a noite? 3. Por que o Sol é importante para a vida humana? 4. Na sua opinião, o que acontecerá se o Sol parar de iluminar os astros do Sistema Solar? 39 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 39 15/06/2020 16:09:35 Fundamentação Ao pensar na educação no século XXI, uma encren- ca muito séria se anuncia. Algumas escolas e alguns educadores, vez ou outra, deixam-se levar por uma ar- madilha: acham que já sabem, que já conhecem, que a melhor maneira de fazer é como já fazem, e deixam de lado algo que alerta. A arrogância é um elemento muito perigoso na educação. Nossa área é muito complexa para que achemos que ela possa ser simplificada. Conhece professor arrogante? Sabe gente que acha que já sabe, que já conhece, que não precisa mais aprender? Gente arrogante costuma dizer o seguinte: “Existem dois modos de fazer as coisas, o meu e o errado, você escolhe”. Gente arrogante não tem dúvida. Cuidado com gente que não tem dúvida. Gente que não tem dúvida não inova, não cresce, não avan- ça, só repete. Gente que não tem dúvida é incapaz de fazer o novo. É gente que cai no risco de repetir o velho. Por isso, cuidado com professor velho. Não confunda idoso com velho; idoso é quem tem bas- tante idade, enquanto velho é quem acha que já está pronto e não precisa ou não conseguirá mais mudar. Há colegas com mais de 60 anos de idade que não envelheceram, enquanto alguns, em meados de car- reira, já estão vetustos. O docente velho tem uma característica: passa o tempo todo tentando mostrar que algo não vai dar certo, em vez de usar o mesmo tempo para que aqui- lo dê certo. Aliás, o professor velho, de maneira geral, é pessi- mista. E o pessimismo é o refúgio de quem não quer ter muito trabalho. Afinal de contas, o pessimista tem duas “vanta- gens” sobre o otimista: ele não precisa fazer esforço algum, a única coisa que tem de fazer é sentar e esperar dar errado e, consequentemente, também quase não tem cansaço. O otimista, por sua vez, tem uma “desvantagem”: ele tem de levantar, ir atrás, juntar-se com outros, ir à atividade no sábado de manhã, ir ao encontro, estu- dar, participar de um seminário. E quanto a nós, docentes? w av eb re ak m ed ia / S hu tt er st oc k. co m 40 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 40 15/06/2020 16:09:35 Aliás, o professor velho e a professora velha, as- sim como o aluno velho e a aluna velha, colidem com uma importanteregra da Ordem dos Beneditinos, fundada por São Bento no século VI. A regra 34, que enuncia: “É proibido resmungar”. Toda escola deveria ter esse lema exposto bem na entrada. Não é proi- bido reclamar, não é proibido debater, não é proibido discordar, mas é proibido resmungar. Em latim está escrito: “É proibido murmurar”. Gente que murmura, em vez de fazer, fica resmungando. Em vez de acen- der vela, fica amaldiçoando a escuridão. Em vez de partir e fazer o que precisa ser feito, fica dizendo: “Assim não dá”, “Onde já se viu?”, “Alguém tem de fazer alguma coisa”. “É proibido resmungar”, olha que coisa boa! No século XXI, educadores e educadoras têm de enten- der isso. Do contrário, vão ficar repetindo a frase: “Os de hoje não são mais os mesmos”. Quando comecei a dar aula, nos anos 1970, na PUC-SP, os alunos, obviamente, eram outros. Já imaginou como tudo mudou de lá para cá? E se eu continuasse a fazer como fazia? Já imaginou o im- pacto de continuar a fazer do mesmo jeito, do mesmo modo, esquecendo o contexto em que estamos? O aluno que entrou este ano na universidade com 17, 18 anos não chegou a ver um filme antigo, cha- mado Titanic, que é de 1997. Ele pode até ter ouvido falar do afundamento do Titanic há mais de um sé- culo, mas o filme, em si, está muito distante da vida dele. E muitos educadores que têm o Titanic como uma obra cinematográfica recente ainda se emocio- nam. Os alunos que entraram agora na universidade não conheceram os Mamonas Assassinas. Outro dia, eu estava dando aula na universidade, falei dessa banda, e um aluno perguntou: — Mamonas o quê, professor? O que eles faziam? — Eram um conjunto, eles cantavam. — Cantavam o quê? — Aquela música Brasília Amarela. — Brasília? — É, aquele carro com dois carburadores. — Carburador? Num mundo de mudança veloz, nós, nascidos no século XX, estamos no século XXI usando métodos que vinham do século XIX. E quando dá errado em sala de aula, qual o nosso argumento? “Esses alunos não sabem nada” ou “Eles não querem saber de nada”. Cuidado, o comandante do Titanic achou que estava seguro. Ele não deu atenção ao iceberg que estava se aproximando. Por que estou dizendo isso? Pela necessidade de prestarmos atenção. O profes- sor velho acha que já sabe, que já conhece, e, quando vai atrás, muitas vezes é da novidade, porque o novo o incomoda. A novidade é passageira, o novo é aquilo que vem, muda e entra no circuito. Por isso, cau- tela: “É proibido resmungar”. Nessa hora vale essa ideia. Retomemos: há colegas nossos que passam o tempo falando: “Os alunos de hoje não são mais os mesmos”. Claro que não são. Então, como podemos continuar a fazer do mesmo modo? O aluno que está na universidade ou no Ensino Médio não conheceu Ayrton Senna e menos ainda o que está em etapas anteriores. Já imaginou uma escola que organiza o material, o projeto todo em cima da Fórmula 1? Inclusive os mais jovens nem imaginam por que nós, os mais idosos, assistimos a corridas de Fórmula 1. A última vez em que o Brasil venceu um campeo- nato de F-1 foi em 1991, com o próprio Ayrton Sen- na. O presidente da República era Fernando Collor, a União Soviética ainda existia, e a seleção brasileira era tricampeã de futebol. D m itr y A / Sh ut te rs to ck .c om 41 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 41 15/06/2020 16:09:36 O aluno não entende por que assistimos a cor- ridas de F-1. Tanto que as tevês, que não são tolas, estão migrando da F-1, que já não tem tanto público, para as lutas do tipo MMA, modalidade que está se tornando mais próxima dessa geração. Assim como as grandes companhias de telefonia móvel estão mu- dando o modo de fazer negócio, com o lucro migran- do da cobrança de pulso para a de SMS, de torpedo. Se eu falasse isso há 10 anos, considerariam-me louco. Isto é, a área de telefonia ia deixar de ganhar dinheiro com a ligação para ganhar com a mensagem. Até o uso dos aparelhos mudou radicalmente! Durante séculos, nós, humanos, quisemos um tele- fone. Tele + fone: algo para falar a distância. Usamos tambor, fumaça, o que deu. Na metade do século XIX, inventamos o telégrafo. Não falávamos, mas escrevíamos e líamos a distância. No final do século XX, inventamos o tele- fone de verdade, que é o telefone móvel. Pois bem, seu aluno, seu filho, seu neto não utilizam mais esse equipamento para falar. Eles usam para escrever. Eles reinventaram o telégrafo. Você está dirigindo o carro, seus dois filhos no banco de trás, um conver- sando com o outro por mensagens. As pessoas com menos de 18 anos não usam celular para falar, usam para escrever. Elas acham, inclusive, que quem usa esse aparelho para falar é idoso. Usam para escrever e ainda fazem algo inacre- ditável: acionam somente o polegar para fazer todas as coisas. Você sabe que alguém é idoso quando este segura o aparelho com uma mão e digita com a outra. Nesse contexto, qual a chance que a escola perde? Essa geração com menos de 18 anos voltou a escrever. A minha geração — eu sou dos anos 1950 — cresceu, nos anos 1960, com o telefone. Nossos pais ficavam irritadíssimos porque passávamos um tempão pendurados no telefone. Mas, de vez em quando, escrevíamos cartas. Meus pais cultivavam esse hábito. E era preciso aprender a escrever bem. Eu usava parte o telefone, parte a carta, mas o telefone era muito caro, e o meu pai ficava bravo. Depois, a geração dos meus filhos passou a usar só o telefone, e não se escrevia mais. Essa geração que está entrando nas escolas voltou a escrever, nas redes sociais, como no Twitter... Pode-se argumen- tar: “Mas são 140 caracteres só”. A diferença entre zero e 140 é de 140. Se a Escola não prestar atenção a essa dinâmica, no material didático, na leitura, vamos perder essa condição de interação e de aproximação. “Voltaram a escrever!”, dizem uns. “Ah, mas eles escrevem errado...”, “Ah, em vez de escreverem ‘você’, eles escrevem vc”. Cuidado! Há 300 anos, eu diria vossa mercê; há 200 anos, diria vosmecê; há 100 anos, diria você. E hoje eles escrevem vc. Não estou afirmando que vale qualquer coisa, mas que a língua, sendo viva e dinâmica, vai sofren- do alterações. Essa nova geração voltou a escrever, e pode ser que nós consigamos encantá-la também para a leitura. Porque as duas coisas, evidentemente, são conexas. Esse é um novo paradigma, e parte das escolas ainda não entendeu isso. Quem escreve precisa ler para escrever melhor e não passar ridículo. A geração atual retornou à comunicação por intermédio da “telefonia escrita”, e não mais “vocal”. Num primeiro momento, essa comunicação veio com caracteres mais reduzidos, no Twitter ou no torpedo, mas eles voltaram a ler. Voltaram a falar melhor. Eles se comunicam melhor verbalmente, oralmente? Não. Por quê? Porque houve uma redução da comunicação oral. A tecnologia faz com que pessoas estejam no mesmo ambiente e estabeleçam uma comunicação verbal por meio da mensagem. Isso significa que tive- mos um rareamento da comunicação oral, que foi a grande marca das gerações anteriores, X e Y, dos Sy da P ro du ct io ns / S hu tt er st oc k. co m 42 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 42 15/06/2020 16:09:36 anos 1970 para cá. Esta agora é, em grande medi- da, verbal sem ser oral. E esse oral é extremamente telegráfico e sintético. Um grande indício disso é que as pessoas não têm mais nome completo. Hoje é “Má”, “Fê”, “Alê”, “Lê”, “Dé”... O sincopamento nesse modo de chamar o outro faz com que haja uma economia oral muito grande, mas não necessariamente vocabular. Porque o vocabulário persiste no escrito. Os alunos podem voltar a escrever bem? Sim, alguns blogs são muito bem escritos por gente jovem. Até os anos 1960 e 1970, pessoas, especial- mente as meninas, por conta da cultura machista, mantinham o diário com cadeadinho. Hoje esse diário é público, com o blog e a página nas redes sociais. O diário é tão público que os pais estão lendo. E, portanto, vigiando e controlando. Isso preocupa parte dosjovens, que está migrando para tecnologias mais privativas. A comunicação escrita está numa melhor hoje. As pessoas, ao manter seus blogs, procuram poe- sias, textos, citações — ainda que muitas vezes não verdadeiras de Pessoa, Veríssimo, Borges, mas isso é inerente à própria rede. Essa melhoria não acontece tão acentuadamente na oralidade. Há uma restrição vocabular e um modo de comunicação que trouxeram uma mudança muito acelerada para a sintaxe, tanto que algumas escolas estão elaborando atividades para que o aluno vol- te a se expressar oralmente, como a leitura em voz alta, algo que é antigo, mas não é velho. No passado, essa tarefa cumpria a função de mostrar o domínio da leitura; no entanto, havia também uma intenção recôndita, que era aferir se o aluno fazia alterações na gramática, seja em pontuação, seja em acentua- ção. Isso era levado tão a sério por alguns que as crases eram enfatizadas com uma espécie de eco dentro do “a”. Isso hoje até carrega certo humor, não faz sentido. A leitura em voz alta aprimora a capaci- dade de pronunciar os vocábulos com clareza e de se apropriar de um mundo de oralidade que ultrapasse a linguagem sincopada e restrita. A tecnologia também confere a possibilidade de ganho de repertório, de conteúdo. Não é casual que as grandes redes de livraria tenham montado espa- ços para jovens e crianças e que as grandes edito- ras tenham carreado parte da literatura para o que interessa à criança e ao jovem, como as histórias de Harry Potter, os livros ligados ao vampirismo (a nova forma de lidar com os hormônios, aquilo que é alta- mente sexualizado), que despertam interesse e são lidos. E isso aproxima crianças e jovens dos livros, estejam em plataforma digital ou em papel. Docentes que somos, ou entendemos e apren- demos a ter tudo isso como referência ou ficamos apenas com um grande passado pela frente... CORTELLA, Mario Sergio. Educação, escola e docência: novos tempos, novas atitudes. São Paulo: Cortez, 2014. espies / Shutterstock.com 43 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 43 15/06/2020 16:09:37 a 1o dia Ciências: A Terra e suas características – página 10 Orientação didática: • Proponha atividades em que as crianças possam utilizar o planisfério como ferramenta de identifica- ção dos elementos do globo terrestre. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: A Terra e suas características – página 11 (primeira coluna) Orientação didática: • Confeccione, com a turma, um globo terrestre a par- tir das informações vistas e estudadas no conteúdo. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 4a Semana - Grade semanal Syda_Productions / Shutterstock.com 44 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 44 15/06/2020 16:10:15 Dinâmica Do país ao Universo Cada educando recebe um papel com o nome de um país. Esses papéis são divididos em cinco cores diferentes, que são os continentes. O educador esclarece que eles cuidam agora desse país. Cada um deve pensar que sentimento bom daria ao país neste momento. Os edu- candos falam o nome de seu país e o sentimento escolhido. O educador pede que se reúnam pelas cores e revela que o azul é o continente das Américas; o vermelho, o continente da África; o verde, o continente da Europa; o amarelo, o continente da Ásia; e o laranja, o continente da Oceania. Os membros de cada grupo decidem juntos que sentimento bom darão ao continente. Cada grupo fala o nome do continente e o sentimento definido. Depois, os grupos se reúnem em círculos con- cêntricos. Primeiro, a África; depois, as Américas, a Ásia, a Europa e a Oceania. O educador afirma que agora eles formam o planeta inteiro. Pergunta qual sentimento doariam para o planeta inteiro. Cada um fala. O educador pede para eles se espalharem pela sala e abrirem os bra- ços. Avisa que agora eles formam vários planetas no Universo pergun- ta qual sentimento dariam ao Universo, e eles falam para o grupo. O educador convida-os para dialogar perguntando o que aprenderam ao doarem sentimentos bons para os países, depois para os continentes, para o planeta Terra e para vários outros planetas. O professor valoriza o olhar dos educandos para o local e o global sabendo que os senti- mentos bons de uns interferem nos outros. WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013. le on el lo c al ve tt i / S hu tt er st oc k. co m 45 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 45 15/06/2020 16:10:16 Orientação didática Leve, à sala de aula, um globo para apresentar sua primeira aula sobre o planeta Terra. Essa forma de representação do planeta é importante, porque desperta a curiosidade dos alunos, além de fixar a aprendizagem. 10 BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). kz w w / S hu tt er st oc k. co m 46 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 46 15/06/2020 16:10:16 Orientação didática Realize uma maratona de perguntas e respostas. Divida a turma em dois grandes grupos – grupo 1 e grupo 2. Solicite aos alunos que elaborem quatro questões sobre o tema em estudo. Cada grupo vai responder à pergunta do outro grupo. Ganha a equipe que acertar mais questões. BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 11 Se rg iyN / Sh ut te rs to ck .co m 47 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 47 15/06/2020 16:10:17 Fundamentação 1. Orientar os pais de que não devem fazer as tarefas escolares no lugar de seus filhos, no entanto devem acompanhar, orientar, trocar ideias e estar informa- dos sobre os deveres, sua regularidade e se realmen- te estão sendo interessantes. 2. A lição não deve ser vista como obrigação pelo estudante. Para isso, é preciso criar um envolvimento com os temas trabalhados, estabelecendo elos entre os conceitos e as ideias expostos com a realidade dos estudantes. 3. Os próprios alunos sabem que as tarefas escolares ajudam a fixar e a concretizar o aprendizado, mas, mesmo assim, não gostam de cumpri-Ias. Então, é preciso criar atividades que os desafiem, que os colo- quem em situação de busca e pesquisa de respostas. 4. Utilizar a tecnologia é válido, desde que não se restrinja simplesmente ao tradicional “copiar e colar” executado por alunos de todas as idades. Softwares, sites e portais são muito úteis para pesquisas. 5. Associar os conteúdos à cultura em geral, como música, cinema, artes plásticas, dança, artesanato, li- teratura, histórias em quadrinhos, teatro, entre outros, sempre dá bons resultados. Lição de casa para o professor João Luís Almeida Machado, pesquisador e doutorando em Educação, dá dez dicas para ajudá-lo a estimular seus alunos nessa empreitada. vg st ud io / S hu tt er st oc k. co m 48 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 48 15/06/2020 16:10:18 6. Pedir a leitura semanal de jornais e revistas, com a seleção de artigos que possam ser trazidos para as salas de aula e comparados ou equiparados aos temas trabalhados nas disciplinas também é uma ótima forma de dar aos estudantes mais argumento, força e criatividade à composição de respostas, aos deveres escolares e até mesmo às atividades de sala de aula. 7. Compartilhar projetos, trabalhos e tarefas com outras matérias escolares faz muito bem para todos. 8. Projetos e tarefas a serem executados em casa devem ser sempre bem explicados, paraque não fiquem dúvidas quanto à sua execução pelos alunos. 9. Trabalhos em pequenos grupos devem ocorrer com certa frequência, até mesmo para que os alu- nos aprendam a cooperar uns com os outros, trocar ideias e debater. 10. Corrigir tarefas em sala de aula não é aconselhável. O melhor a ser feito é recolher as produções e corrigi- -las depois. PERISSÉ, Gabriel. In: Revista Profissão Mestre. Curitiba: Humana Editorial. gf du nt / S hu tt er st oc k. co m 49 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 49 15/06/2020 16:10:18 a 1o dia Semana de revisão. 2o dia Semana de revisão. 3o dia Semana de revisão. 4o dia Semana de revisão. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 5a Semana - Grade semanal Early Spring / Shutterstock.com 50 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 50 15/06/2020 16:10:19 Dinâmica Jogo: Procure seu par Local: quadra, pátio ou espaço similar. Desenvolvimento: o jogo é dividido em três partes, todas explicadas a seguir. Revista Guia Prático para Professores de Educação Infantil. São Paulo: Oceano. Parte III Nesta parte do jogo, você deverá juntar duas duplas. Por exem plo: uma dupla que movimentou os pés e outra que movimentou as mãos. O quarteto terá um tempo para criar um novo movimento ou uma posição corporal que utilize ambas as partes. Por exemplo, neste caso elas precisarão usar mãos e pés. Dica para variar a parte III: Com maiores de 5 anos, aumente mais uma dupla, formando grupos de 6 pessoas. Parte II Assim que as duplas se unirem, elas poderão inventar outros movimentos com a mesma parte do corpo. Cada dupla terá um tempinho para criar os movimentos e, depois, abre-se uma roda em que cada dupla vai se apresentar (ou melhor, apresentar o mo vimento criado). Parte I • Leve todas as crianças para o espaço a ser utilizado e peça-lhes que se espalhem por ele. • Depois, explique que chamará uma por uma e falará ao ouvido o nome de uma parte do corpo. Ao ouvir, a criança deverá voltar ao seu lugar e, assim por diante, até todos os alunos terem sido chama dos. A regra é: ninguém pode falar ou mostrar a ninguém que parte do corpo é a sua, somente quando o professor apitar. • Ao apito do professor, as crianças começam a movimentar a parte do corpo falada ao seu ouvido ao mesmo tempo em que todas começam a procurar no grupo quem movimenta uma parte igual à sua. Ao encontrar, deve formar dupla. Por exemplo: para uma criança foi falado “perna” e para a outra também. Ao sinal do apito, elas come- çam a movimentar a mesma parte. Mas, atenção: os movi mentos podem ser diferen- tes, pois cada criança cria o seu. É preciso observar a parte do corpo que está sendo movimentada, e não que movimento está sendo feito. Dica: professor, tome cuidado para sempre falar a mesma parte do corpo para cada duas crianças. 51 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 51 15/06/2020 16:10:19 Semana de revisão 1. Escreva resumidamente como você percebe a dimensão do Universo. 2. Complete as afirmativas, escrevendo, nas lacunas, as palavras ou os números que formam a frase correta. Unidade 1 • O Universo • O Sistema Solar • A Terra e suas características Resposta pessoal a. A energia do Sol chega à Terra por meio dos solares, que trazem e . b. A energia do Sol é essencial para a . c. Acredita-se que o , como o conhecemos hoje, só durará o tempo em que o Sol conseguir . d. Acredita-se ainda que o Sol queima há bilhões de anos. e. Acredita-se que o Sol ainda queimará por cerca de bilhões de anos. f. Depois, o Sol começará a , e é provável que suas camadas caiam no . raios luz calor vida Sistema Solar queimar 5 4,6 esfriar externas espaço 3. Observe os desenhos e complete as frases abaixo com o nome correspondente. a. As são astros luminosos. b. A faz parte do Universo. c. O e os astros que giram ao seu redor formam o Sistema Solar. d. O Sol é a estrela mais próxima do nosso . a. c. b. d. estrelas Sol Lua planeta 4. Com suas palavras, explique o que foi o Big Bang. 5. Pesquise o que são os satélites artificiais e como esses satélites são enviados pelo homem ao espaço. Resposta pessoal Resposta pessoal iofoto / Depositphotos.com 52 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 52 15/06/2020 16:10:20 Fundamentação Gratidão aos sentidos O educador coloca nas paredes cinco desenhos grandes, representando os cinco sentidos, com um outro papel vazio ao lado. Cada grande cartaz traz uma destas imagens: nariz, boca, olhos, orelhas e mãos. Os educandos são convidados a falar sobre a im- portância desses cinco sentidos para a vida. Depois do diálogo, o educador pede para que cada um escre- va por que é tão importante cada um desses sentidos em sua vida. Por exemplo, eles devem escrever por que a audição é fundamental para sua convivência com os outros. Em seguida, o educador divide o gru- po em cinco equipes, e cada uma delas fica com um dos sentidos. A equipe pegará o papel com as frases escritas e organizará uma leitura criativa desses textos. Eles podem, por exemplo, declamar juntos, cantar ou ler as frases como personagens. Separa-se um tempo para eles prepararem a apresentação. Cada grupo mostra o que elaborou em frente à imagem dos sentidos. Depois que finalizarem, o educador pergunta aos edu- candos o que eles aprenderam com essa dinâmica. WENDELL, Ney. Praticando a gratidão em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2015. TizianoPappalardo / Shutterstock.com 53 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 53 15/06/2020 16:10:20 a 1o dia Ciências: Os movimentos da Terra – página 11 (se- gunda coluna) Orientação didática: • Apresente imagens dos Hemisférios Norte e Sul e identifique em qual deles está localizado o Brasil. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: Os movimentos da Terra – páginas 12 e 13 (primeira coluna) Orientação didática: • Discuta sobre a formação dos anos bissextos e descubra quando acontecerá o próximo. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 6a Semana - Grade semanal Early Spring / Shutterstock.com 54 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 54 15/06/2020 16:10:27 Dinâmica 1. Divida a turma em duplas e peça aos alunos que formem um grande círculo. 2. Peça-lhes que tirem seus sapa tos, coloquem-nos em um único monte no centro do círculo e retor nem aos seus lugares. 3. Misture os calçados. 4. Ao seu sinal, as crianças devem se dirigir ao monte e procurar os próprios sapatos e os do parceiro. 5. A dupla que encontrar os dois pares primeiro, cal- çar e amarrar os cadarços será a vencedora. 6. Aqueles que terminarem a dinâmica com sapatos que não são seus nas mãos devem entregá-los aos donos, favorecendo, assim, a interação. 7. Verbalize o momento vivido com o grupo. Revista Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I. São Paulo: Oceano. H ugo Felix / Shutterstock.com Ajudando meu amigo 55 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 55 15/06/2020 16:10:27 Orientação didática Introduza o assunto com atividades lúdicas no pátio da escola. As crianças rodam imitando um pião. Converse com as crianças, tirando conclusões sobre a brincadeira. Trace um círculo e proponha a uma criança que fique no centro, enquanto as demais giram como um pião em torno dela. BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 11 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 56 FC_ME_CIEN3F_UN 1.indd 56 09/07/2020 14:47:12 Orientação didática Objetivo específico: Apresentar os movimentos da Terra. Utilizando-se da representação do Universo depen- durada no teto da sala, ilumine-a com luz artificial (lanterna), mostrando aos alunos corpos que ficaram iluminados e de que forma: parcial, total... Sugestão: Utilize-se de um globo, uma lanterna caseira (para ser o Sol) e vá mostrando aos alunos como se dá a iluminação da Terra. Depois, fixando a lanterna, movi- mente o globo em torno dela para explicar os movi- mentos do nosso planeta. Organize a turma em quatro grupos (1º grupo: verão; 2º grupo: outono; 3º grupo: inverno; 4º grupo: prima- vera) e trabalhe com eles as características de cada estação do ano por meio de pesquisa na biblioteca. A culminância se dará com a apresentação dos grupos em plenária. Utilize-se de colagem, de pintura, entre outras possibilidades de atividade, para a montagem das apresentações. BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 12 57 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 57 15/06/2020 16:10:28 Orientação didática Solicite aos alunos que façam, individualmente, uma lista das comidas, das roupas e das atividades carac- terísticas de cada estação. Apresente essa lista em plenária, verificando os pontos em comum, e pendu- re-a em um varal: O varal das estações. BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 13 plepann / Shutterstock.com 58 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 58 15/06/2020 16:10:29 Fundamentação Um por todos... A escola ideal só depende de você Talvez você não saiba que, no dia 15 de março, come mora-se o Dia da Escola. Em um momento como esse, fica difícil não perguntar: o que você tem feito para cuidar da sua escola? Vale qualquer resposta: pintura recente, melhora na instalação elétrica, aumento do espaço físico, compra de novas carteiras, mas, princi palmente, o tratamento dado às pessoas que fazem uso desse ambiente. Você tem cuidado da saúde física e emocional dos pro fessores? Tem dado ouvidos aos conselhos da associa ção de pais e mestres? Tem convidado a comunidade a entrar na escola para bate-papos ou participação em jogos? E quanto a seus alunos, você tem prestado atenção ao aprendizado e à motivação deles? Sp ee dK in gz / S hu tt er st oc k. co m 59 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 59 15/06/2020 16:10:29 Infraestrutura Quando se fala em escola, a primeira coisa que vem à cabeça pode ser o espaço físico, mas não é só de car teiras bonitas e jardins bem cuidados que se faz um bom ambiente escolar. Um espaço de apren- dizagem harmonioso é aquele no qual os professores e os alu nos gostam de estar. A comunidade respeita, cuida e ajuda no que é preciso. A gestão – ou o cuidado com a escola – não é só res ponsabilidade sua, diretor, mas cabe a você aceitar os auxílios prestados por outras pessoas. Um pai de aluno pode não ter condições de pagar a mensalida- de, mas, se ele souber ensinar judô para as crianças, a troca está feita. Um aluno pode pichar as portas, mas voltar no final de semana para limpar os banheiros. Com negociação, tudo se ajeita. Mas cabe a você to mar a frente e propor algo. A professora Sandra Costa Ulsan, do colégio Dona Branca do Nascimento Miranda, enfrentou – por muito tempo – o problema da violência e do desrespeito na escola. “Discutimos com os professores como eles agiam perante os alu- nos e chegamos à conclusão de que, antes de cobrar ou exigir o cumprimento do regimento escolar, eles deveriam dar exemplo de união entre a equipe e ter a mesma postura perante os alunos”, relembra. Convivência “Assim, conseguimos uma diminuição signifi- cativa do desrespeito mútuo, havendo mais diálogo, inclusive com a participação dos pais”. Segundo a diretora, isso possibilitou uma melhor compreensão sobre os atos agressivos de alguns alunos e resul- tou em uma melhora significativa no relacionamento professor-aluno. Essa preocupação com o bem-estar dos alunos também é crescente no dia a dia do professor Eduar- do Costa Mielke, que leciona Matemática e Economia para alunos do Ensino Fundamental, Médio e Supe- rior. “No decorrer do ano, a distância entre professor e aluno tem de diminuir, você tem de sair do pedestal e mostrar para os alunos que é acessível, que eles podem falar com você, dizer que estão com essa ou aquela dificuldade, que você não vai cobrar que eles saibam, vai ajudar também”, afirma Mielke. “Acredito que, principalmente, na área de exatas, o aprendizado está diretamente ligado ao professor”, declara. “Se eu sei que um aluno tem mais dificul- dade que outro, paro ao lado dele, falo bem baixinho com ele, pergunto se entendeu a explicação, faço outro exercício e digo: ‘Eu sei que os outros estão fazendo diferentes exercícios, mas eu quero que você faça esse aqui para mim’. E acompanho a resolução para saber se ele aprendeu”. Outra dica do professor é fazer com que os alu- nos aprendam a respeitar uns aos outros. “Eu peço para arrumarem as carteiras de modo que todas fiquem em forma de U. Assim eles são obrigados a se ver, assistem à aula, trocam ideia se acostumam uns com os outros, discutem, interagem”, explica. w av eb re ak m ed ia / S hu tt er st oc k. co m 60 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 60 15/06/2020 16:10:30 Recursos da comunidade Foi esse segundo ponto que conquistou o in- teresse de todos. Agora a escola é mantida com o dinheiro arrecadado e a diretora não precisa mais se preocupar com pichações. “Se houver uma discus- são com todos e forem eleitas prioridades antes de gastar o dinheiro, os recursos são suficientes para manter e até fazer melhorias necessárias”, acredita. Mesmo assim, para provar aos alunos e funcioná- rios que todos são responsáveis pela manutenção da escola, a diretora organizou um projeto segundo o qual, no início de cada ano, os pais de alunos e as pessoas da comunidade recebem carnês para doações voluntárias que podem ser feitas no decorrer do ano. “Fazemos uma lista de prioridades e a aplicação dos recursos arrecada- dos é discutida amplamente com todos”, conta. “Esses recursos têm nos possibilitado efetuar as despesas com a segurança do colégio, contratação de estagiário para auxiliar no laboratório de informática e viabilização de Internet 24 horas, além de melhorias do espaço físico”. Sandra afirma ainda que todos têm acesso facilmente à prestação de contas desses recursos. Ideias novas, criatividade, um pingo de loucura, muito desprendimento, um imenso amor pela educa- ção. Não existe fórmula pronta nem um lugar ideal, muito menos o “momento certo” para fazer o que é necessário. Existem apenas necessidades que devem ser sanadas. Como e quando isso vai acontecer, só depende de você. Limites Um método parecido precisou ser cultivado pela escola Maria Madalena Santana de Lima. Lá os problemas eram brigas de gangues que começavam nos corredores da escola e se estendiam para a sala de aula. A saída encontrada pela direção, segundo relatos no livro Escolas Inovadoras, publicado pela Unesco em 2003, foi abrir os portões e deixar a co- munidade entrar. Sem os muros que separavam os estudantes de sua própria comunidade, o respeito começou a nascer e hoje a escola conta até com voluntários e pessoas da comunidade que se disponibilizam a ajudar nos cursos e encontros que são realiza- dos no contraturno escolar e nos finais de semana. “Agora que as pessoas frequentam a escola e se conscientizaram da importância dela no bairro, não existem mais problemas de brigas nem de vandalis- mos”, diz relatório. A professoraSandra sabe bem o que é encontrar uma escola à beira da ruína. Há dois anos, quando tomou a frente da direção, o caos estava instalado em todos os lugares. O jeito foi se mudar com a famí- lia para a casa do caseiro e mostrar aos moradores do bairro que a escola estadual é um bem público. Ou seja, cabe a toda sociedade pagar pela construção dela e por quantas reconstruções se fizerem neces- sárias, mas também há a possibilidade de se usufruir de tudo o que ela fornece. Tom Wang / Shutterstock.com 61 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 61 15/06/2020 16:10:30 a 1o dia Ciências: A orientação pelo Sol – página 13 (segunda coluna) Orientação didática: • Proponha atividades em que as crianças possam reconhecer a importância de saber localizar-se. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: A orientação pelo Sol – página 14 Orientação didática: • Leve os alunos ao pátio ou à quadra da escola e de- senhe uma grande rosa dos ventos no chão. É impor- tante que você indique apenas o Leste (ponto cardeal onde o Sol nasce) e proponha desafios aos alunos: “Dirijam-se ao ponto cardeal oposto ao do nascimen- to do Sol” (resposta: Oeste). “Onde está o Sul?”, etc. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 7a Semana - Grade semanal Darq / Shutterstock.com 62 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 62 09/07/2020 14:47:17 Dinâmica Final feliz O educador lê para a turma três pedaços de histórias diferentes, mas sem fim. Elas acabam no momento em que as coisas estão complicadas e prestes a chegar a uma solução. Pode-se escolher histórias comuns, mas recortadas do meio para o fim. Esclarece aos educandos que eles esco lherão uma das três histórias para construir um final feliz. O educador lê novamente, pedindo a atenção do grupo e que cada um faça sua esco lha entre as três histó- rias. O educando define em qual ele quer colocar um final feliz. Quando acaba a leitura, pergunta a cada um qual história escolheu e qual o final feliz que ele criou. Depois que cada um falar, o educador conver- sa um pouco sobre o que é construir histórias com finais felizes, destacando as diferenças de interpreta- ção da felicidade. WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Reci- fe: Prazer de Ler, 2013. Al lia nc e / Sh ut te rs to ck .c om 63 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 63 15/06/2020 16:10:31 Orientação didática Localize, com as crianças, a direção dos pontos cardeais na sala de aula e em outros locais da escola. Assim, as crianças poderão ter maior noção de como se localizar espacialmente. BNCC (EF03CI08) Observar, identifi- car e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. 13 kw anchai.c / Shutterstock.com 64 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 64 15/06/2020 16:10:32 1. Observe a imagem e complete as frases. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI08) Observar, identifi- car e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. 14 a. Com o braço direito apontado para o nascente, você descobre a no Leste. b. Com o braço esquerdo apontado na direção do poente, você descobre o no Oeste. c. À sua frente, fica a no Norte. d. Atrás de você, fica a no Sul. praça igreja edifício escola 65 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 65 15/06/2020 16:10:33 Fundamentação 1. Amigos demais, cedo demais Você é uma pessoa alegre, divertida, simpática, cheia de amigos que o adoram. Você quer que seus alunos conheçam esse seu lado. Mas, acredite: por mais que doa, é melhor mostrar a eles, em primeiro lugar, que você sabe comandar e pode ser bastante exigente. Assim que eles souberem que quem man- da na sala é você, sua vida vai ficar muito mais fácil. Um professor amigo que não consegue controlar a sala acaba se tornando um alvo fácil de críticas de pais, colegas e dos próprios alunos, que mais cedo ou mais tarde vão perceber que estão perdendo. Por isso, aperte o nó desde o começo e vá soltando aos poucos. Assim, respeito e amizade vão caminhar de mãos dadas em sua sala de aula. 2. Ensinar pelos motivos errados “É tão fácil ser professor... Professores têm férias mais longas, trabalham menos horas por dia, só ficam mandando nas crianças... Marmelada!”. Quem pensava assim quando escolheu a pro- fissão, enganou-se redondamente. Ser professor dá muito trabalho — além das horas em sala de aula, o mestre tem uma imensa carga de tarefas a fazer em casa, corrigindo provas, preparando lições, estu- dando e se aprimorando. Se você não ama ensinar, se não se sente realizado quando vê que os alunos entenderam a matéria, está na profissão errada. Seus alunos vão perceber a sua falta de entusiasmo. 3. Chegar à aula despreparado Depois de algum tempo dando aula, você percebe que as coisas seguem uma certa rotina. Mas alguma coisa sempre pode mudar; nem sempre seu dia vai ser tão previsível quanto você gostaria, e nem sempre o plano de aula vai seguir da forma como você imaginou. Tenha sempre um plano B para emergência, interrup- ções, problemas, falta de tempo ou tempo de sobra. 4. Não admitir quando está errado Perder a paciência com um aluno desbocado é muito comum e pode acontecer com qualquer profes- sor. Todos têm um dia ruim... Agora, se você perceber que foi injusto ou excessivamente grosseiro com um aluno, peça desculpas, de preferência diante de toda a sala. Isso não vai fazer com que eles percam o respei- to por você – pelo contrário, você estará ensinando uma lição de humildade que eles jamais esquecerão. 5. Agir primeiro, pensar depois Não importa que você esteja lidando com crianças. Sua postura deve ser sempre absolutamente profis- sional e controlada. Quando enfrentar uma daquelas situações em que o que você quer realmente fazer é gritar, bater o pé ou sair chorando da sala, pare, feche os olhos, respire, concentre-se. Você não é o primeiro a lidar com um aluno difícil e não será o último, e nin- guém vai respeitá-lo se você não mostrar autocontrole. 10 coisas que você não deve fazer em sala de aula Todo mundo erra, e os professores não estão livres de cometer enganos – alguns mais sérios do que outros. Alguns erros, porém, geram problemas que são mais difíceis de resolver. E você, sabe o que deve evitar em sala de aula? Confira estas dicas do professor americano Michael Kelley e avalie-se... 66 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 66 15/06/2020 16:10:33 6. Descuidar da aparência Na sala de aula, você é o show. Todos vão estar prestando absoluta atenção ao que você faz, ao que está vestindo e em sua aparência. Não dê motivos para risos ou desrespeito: vista-se apropriadamente, sem mostrar pele demais. Use sapatos confortáveis, evite maquiagem pesada e exagero no perfume. O que mais importa é o seu conteúdo, mas a primeira impressão é a que fica. 7. Afastar-se dos outros professores Manter um bom relacionamento com os colegas é essencial em qualquer tipo de trabalho. Você não precisa virar melhor amigo de ninguém, mas partici- pe das conversas e não se esconda. Dê sua opinião sobre os assuntos que atingem a todos. Mas não se envolva em fofocas e brigas internas. Tente ficar alheio a esse tipo de confusão, que nunca acaba bem e pode sujar sua imagem. 8. Imaturidade O trabalho de um professor inclui tornar seus alunos pessoas maduras, que saibam como tratar diferentes tipos de pessoa, de acordo com a autori- dade. É claro que eles têm que gostar de você, mas isso tem que ser resultado da sua personalidade e do seu método de ensino, não de uma aproximação excessiva. Você não é um colega, é professor, e deve ser respeitado pela posiçãoque ocupa. 9. Inocência Cuidado com o famoso “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Como você se sentiria se tives- se um professor que adorasse fazer piadinhas com você, mas não deixasse que você brincasse com ele também? Respeito é mútuo, e os alunos vão lutar pela dignidade de direitos. Em resumo: não faça nada em sala de aula que seus alunos não possam fazer também. 10. Esquecer que eles são só crianças Por mais que você faça tudo por eles e seja realmente um excelente professor, seus alunos são apenas crianças (ou jovens). Eles nem sempre agem como achamos que deveriam agir, e podem ser mal- -educados ou desrespeitosos sem motivo aparente. Mas todo bom professor sabe que mesmo o aluno mais difícil merece uma segunda chance. Afinal, eles são apenas crianças. Revista Profissão Mestre, Ano 10, n. 109, out. Curitiba: Humana Editorial, 2008. Luis Louro / Shutterstock.com 67 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 67 15/06/2020 16:10:33 a 1o dia Ciências: A Lua – página 15 Orientação didática: • Promova uma exposição de imagens da Lua em suas diferentes fases. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: A Lua – página 16 Orientação didática: • Solicite uma pesquisa sobre as consequências das fases da Lua. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 8a Semana - Grade semanal bloodua / Depositphotos.com 68 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 68 15/06/2020 16:10:34 Dinâmica Revista Guia Prático para Professores de Ensino Fun- damental I. São Paulo: Oceano. Ao final, quando todas as duplas tiverem par- ticipado, verbalize a experiência com o grupo. Estabeleça um tempo para que “ar- remessem” a bola ima- ginária entre si. Explique que todas as partes do corpo podem ser usa- das, exceto as mãos e os pés. Chame a primeira dupla e peça a cada um que fique de um lado da sala, de frente um para o outro. Solicite ao grupo que crie uma bola imaginária, definindo suas carac- terísticas: de plástico, de tecido, grande, pequena, etc. Peça aos alunos que se or- ganizem em duplas. Bola imaginária 1 2 3 4 5 69 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 69 15/06/2020 16:10:34 Orientação didática Explique aos alunos o que são corpos iluminados e luminosos. Use uma lanterna ou luminária represen- tando o Sol e quaisquer outros objetos para repre- sentar a Lua e a Terra. Esses objetos não deverão ter luz e a lanterna não poderá ser apagada na hora da explicação. BNCC (EF03CI08) Observar, identifi- car e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. 15 Trabalhar com a oralidade 1. Você já observou a Lua? Conte como é a Lua para você. 2. Em alguns dias do mês, podemos ver a Lua, em outros dias a Lua não aparece na região onde você mora. Por que será que isso acontece? 3. Você gosta mais do Sol ou da Lua? Por quê? 70 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 70 15/06/2020 16:10:34 1. Marque, apenas, a frase correta. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI08) Observar, identifi- car e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. 16 A Lua é maior do que a Terra. A Lua é do mesmo tamanho que o Sol. A Lua é menor do que a Terra.X 2. Represente, por meio de desenho, como a Lua está no céu esta semana. Depois, escreva o nome da fase em que ela se encontra. Resposta pessoal 71 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 71 09/07/2020 14:47:19 Fundamentação Educação sem limites Armando Correa de Siqueira Neto A coisa mais difícil que existe nessa vida é educar um ser humano, o que demanda a nossa atenção por um determinado tempo, depois do qual deixamos de perceber que, até o último momento, podemos dar e receber educação. Alguns fatores apontam as causas da falta de limites na educação das crianças de um modo geral, destacando os valores morais que sumiram do nosso cenário, haja vista o enorme número de casos de cor- rupção ininterrupta; na política, nas empresas, igre- jas, etc., apresentados na mídia, em que dificilmente, a lei consegue ser cumprida; ademais, instaurou-se na cultura a ideia de que ser esperto é a grande joga- da; o contrário, uma tremenda burrice; então, por qual razão seguir regras? Outro ponto importante vem a ser a ausência dos pais na vida da criança, em virtude da carga horária de- dicada ao trabalho, deixando a convivência educacional aos cuidados da escola, desde os primeiros momentos, nas creches e nas instituições educacionais, do gover- no ou particulares. Essa necessidade familiar gerou um sentimento de culpa nos pais, que, para compensar tais circunstâncias, acabam sendo permissivos em demasia com os seus filhos, impedindo, por conseguinte, momen- tos de se educar e proporcionar os valores que devem ser seguidos, derivados dos próprios valores existentes nos pais e na constituição da personalidade da criança. Contudo, abre-se nova polêmica nesse rastro de educação sem limites, ao lembrarmos que muitos pais com filhos hoje adolescentes e outros adultos vêm de uma geração a qual pregou, por muitos anos, a ideia de que a liberdade total era a melhor saída, contrapondo à ideia de repressão sócio-histórica vivida por eles em sua juventude, o que acarretou em juízo de valores distorcidos, vindo de um radicalismo social para outro, sem fazer escola dessa forma de se educar. Não houve ponderação, consequentemente faltando um plano mediano que fosse sendo ajustado à medida que as demandas surgissem. Simplesmen- te, foi-se estabelecendo esse modelo de educação até o momento em que se evidenciaram os desas- trosos resultados. Outra condição a ser pensada é o exagero que os pais têm com relação aos traumas que poderão causar, caso venham a ser mais enérgi- cos na educação dos seus filhos. Usar o bom senso e algumas regras para estabe- lecer limites na Educação Infantil não arranca pedaço de ninguém. Faz-se necessária a consciência de que, para educar, é preciso esforço, dedicação, perseverança e paciência; muita paciência. Nas escolas, a relação entre o aluno e o profes- sor chegou a uma condição muito favorável, quando entendemos que a participação do aluno está maior, diferentemente de outras épocas quando o papel se restringia apenas a ouvir e a guardar as informações que chegavam. A criança de hoje está mais bem es- timulada e responde com maior agilidade ao meio, o que lhe confere a boa posição de ser participante nos grupos sociais na casa e na escola especialmente. Todavia, dada a falta de condução por conta da edu- cação sem limites, a criança acaba se tornando um Jacek Chabraszewsk / Shutterstock.com 72 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 72 15/06/2020 16:10:36 canhão sem direção, que atira para vários lados ao acaso e acerta em quem estiver na trajetória. Para ilustrar esse contexto da educação sem limites, relata-se uma cena vista na sala de diretoria de uma escola do governo. De um lado, encontrava- -se a vice-diretora dessa instituição, a qual descrevia o descaso de um aluno com relação aos estudos, seu comportamento rebelde e desrespeitador mediante as regras daquela escola, exaltando o fato de que esse menino, de aproximadamente onze anos, já ha- via “bombado” em ano anterior e que, em seu boletim, constavam muitas faltas. De outro lado, a mãe, estupefata com aquelas faltas, tentando compreender aquele furacão que lhe apresentavam. Ao lado da mãe, que estava sentada, encontrava-se sua filha menor, à frente do referido estudante, e, ao lado dele, outra irmã, presumivelmente mais velha. O quadro estava formado; o garoto perma- neceu imóvel entre as pessoas de sua família e apenas comentou em tom humildeque a direção da escola o perseguia há muito tempo e que ele era bonzinho. Apesar da postura de cobrança por parte da dire- toria da escola, é quase impossível obter do aluno um comportamento adequado, uma vez que lhe falta o dire- cionamento educacional, sutilmente revelado pela mãe quando alegou não ter tempo de poder criar o próprio filho, permanecendo ausente em virtude do trabalho. Tal situação é comum e é clara quanto às di- ficuldades existentes para todas as partes: para o aluno, que precisa da educação primordial de ser acompanhado em casa por seus responsáveis, mas não a tem; para os pais, que não têm tempo e sentem a dificuldade de ampliar conforme o tempo passa, desestimulando-se, cada vez mais, a ter de mexer com essa situação; e para a escola, que acaba arcando com tal responsabilidade sem ter estru tura para isso. A situação dessas várias crianças e de suas famílias é caótica, não existindo meio-termo para classi ficar o que se passa nessa inversão de valores, em que inexiste a educação pautada em acompanhamento e com limites. Muitos pais creem que o tempo dará jeito na questão, deixando à sorte o futuro de seus filhos. O exercício do viver só é realizável vivendo-se, na prática, e o mesmo ocorre com a educação. Portan- to, é preciso arregaçar as mangas e assu mir o papel de orientador, de guia, de educador. Começar, antes tarde do que nunca, a se envolver nesse pro cesso im- portante e determinador da vida do ser humano, ca- vando tempo e espaço para esta empreitada. Sem pre que desejamos muito alguma coisa, damos um jeito no tempo e espaço para alcançá-la. O que nos impe- de de lutar por essa causa mais do que nobre? Qual medo existe em tentar educar os próprios filhos? Como em qualquer situação da vida, haverá tropeços, que darão lugar ao adequado proceder confor me a prática e a persistência dessa convivên- cia. Os rumos poderão ser diferentes e certamente o serão. Ou tros benefícios virão naturalmente, como um maior sentimento de amor próprio e, em muitos casos, a unida de familiar. Mas é preciso começar, tentar fazer acontecer. Confie em si mesmo e mude o cenário, assumindo as responsabili dades e transmi- tindo muitos valores aos seus filhos, por via de uma educa ção que dá segurança e conforto, pois todos nós sempre desejamos isso. w av eb re ak m ed ia / S hu tt er st oc k. co m 73 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 73 15/06/2020 16:10:37 a 1o dia Ciências: As camadas da Terra – páginas 17 e 18 Orientação didática: • Explore a origem das palavras que dão nome às camadas da Terra. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: As camadas da Terra – página 19 Orientação didática: • Por meio de ilustrações, identifique as camadas da Terra. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 9a Semana - Grade semanal Diana Taliun / Shutterstock.com 74 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 74 15/06/2020 16:10:37 Dinâmica Caixinha de surpresa Materiais: • canetas; • pequenos pedaços de papel; • uma caixa vazia. Passo a passo: Preparar uma caixinha contendo tarefas engraçadas. A dinâmica continua enquanto houver tarefas. Quando parar a música, quem estiver com a caixinha na mão tira uma tarefa e a executa para o grupo. O coordenador coloca uma música ou pode contar uma história, enquanto faz circular a caixinha de mão em mão. Pedir aos participantes do grupo que se sentem em círculo. MEIRELES, Mário. Dinâmicas, gincanas e jogos: atividades para brincar e aprender. São Paulo: Paulinas, 2001. 1 2 3 4 5 Julia Kuznetsova / Shutterstock.com 75 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 75 15/06/2020 16:10:37 Orientação didática Entregue a seus alunos três pedaços de massa de modelar com cores variadas. De acordo com o seu comando, as crianças deverão escolher uma cor e formar uma bola; depois, fazer uma bola maior e amassá-la, igual a uma pizza, e colocá-la em volta da primeira bola. Por último, elas devem fazer o mesmo procedimento com a massa que sobrou e cobrir as demais, formando uma única bola, que representa- rá a Terra. Depois, peça a elas que cortem a bola ao meio para que possam observar as camadas da Terra (crosta terrestre, manto e núcleo). BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 17 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 76 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 76 09/07/2020 14:47:23 Orientação didática Explique aos alunos o motivo de a Terra ser o ter- ceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior dos oito planetas do Sistema Solar. Justifique que este planeta é o lar de milhões de espécies de seres vivos e o único corpo celeste onde é conhecida a existência de vida. Converse com eles sobre as diferenças entre: litosfe- ra, atmosfera e hidrosfera. 18 BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 77 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 77 15/06/2020 16:10:39 Orientação didática Divida a turma em equipes, distribua uma folha de papel 40 kg para cada equipe, peça a cada uma que confeccione um painel com as camadas da Terra (atmosfera, hidrosfera e litosfera) e que registre, no painel, um pequeno texto sobre o conteúdo explora- do. Exponha na sala de aula para que haja a sociali- zação entre os alunos. BNCC (EF03CI07) Identificar caracterís- ticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, ma- nipulação e compa- ração de diferentes formas de repre- sentação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). 19 EllenMol / Depositphotos.com 78 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 78 15/06/2020 16:10:40 Dinâmica Sementes de luz A sala deve estar com o centro esvaziado e com vários papéis ou tapetes para os educandos poderem se deitar. O educador fala para eles que vão fazer uma pequena dramatização de uma semente que se transformará numa grande árvore. Essa semente é diferente, pois ela é de luz e se transformará numa árvore de luz com a cor que cada um vai escolher. Os educandos se dirigem para qualquer ponto na sala, ficando distribuídos uniformemente. O educador guia-os para inspirar e expirar algumas vezes, rela- xando os ombros e os braços. Pede para esticarem o corpo o máximo possível e, depois, diminuírem, apertando a si mesmos. Faz isso algumas vezes. É somente expandir e contrair o corpo. Após essa sequência, o educador explica que colocará uma música calma e que todos vão deitar e se transformar em uma semente, como um pequeno ponto de luz, contraindo ao máximo o corpo. Pede que imaginem que são uma luz brilhante e que es- colham a cor para essa luz, que é bastante pequena. Pede aos educandos que escolham também um sen- timento bom para a luz transmitir. Aos poucos, bem lentamente, a semente começa a se desenvolver. É importante que o movimento seja muito lento. Cres- ce, abrindo o corpo; depois, levantando-se calma- mente, abrindo os braços e dedos ao máximo. Essa sequência tem de ser falada aos poucos, e alguma outra orientação pode ser acrescentada. Quando eles estiverem em pé, o educador pede que imaginem a árvore de luz que brilha forte e ilumina toda a nature- za e as pessoas, transmitindo o sentimento bom. Ao finalizarem, guia-os para inspirar e expirar e solicita que deixemo corpo normal, em pé. Orienta-os para se espreguiçarem, abrirem os olhos, conversarem sobre as sensações que tiveram e o que é ser uma árvore de luz e transmitir sentimentos bons. WENDELL, Ney. Praticando a generosidade na sala de aula. Reci- fe: Prazer de Ler, 2013. 79 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 79 15/06/2020 16:10:40 a 1o dia Semana de avaliação. 2o dia Semana de avaliação. 3o dia Semana de avaliação. 4o dia Semana de avaliação. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 10a Semana - Grade semanal Viktoriia Hnatiuk / Shutterstock.com 80 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 80 15/06/2020 16:10:40 20 Trabalho e projeto de vida O que: Valorizar e apropriar-se de conhecimentos e experiências. Para: Entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida com liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade. Promover uma educação voltada para o desenvolvi- mento das competências socioemocionais é formar- mos seres humanos que consigam compreender o todo em vez das partes, saibam resolver conflitos, tenham criatividade para se reinventar diante de crises e conseguir superá-las. FONTE, Paty. Competências socioemocionais na escola. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019. Competências Gerais - BNCC NOTA: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define um conjunto de compe- tências gerais que servem como um guia para o aprendizado das crianças, e que devem ser desenvol- vidas de forma inte- grada ao currículo. DINÂMICA PARA TRABALHAR O SOCIOEMOCIONAL 81 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 81 15/06/2020 16:10:41 Semana de avaliação T R A N S L A Ç Ã O Z F V A N T A J O Ç O S U E E J U H Y T F V D E S S T H E N O R M E H F R C O O Z I A W L R O D E A B W R O T A Ç Ã O B I S V A N T A J O O O S A S C X C P R I M A V E R A O O L K U Ã G T R Ç E A I N V E R N O T G B I S V O U T O N O Ç O S A S Unidade 1 • O Universo • O Sistema Solar • A Terra e suas características • Os movimentos da Terra • A orientação pelo Sol • A Lua • As camadas da Terra 1. Explique o que foi o Big Bang. 2. Marque a imagem que melhor representa a órbita que os planetas fazem ao redor do Sol. Foi uma grande explosão que espalhou as partículas de gás e de poeira por todo o espaço sideral. Essas partículas começaram a emitir luz e a se movimentar. Daí os corpos celestes que conhece mos hoje surgi- ram. Após um certo tempo, essa enorme quantidade de gás e poeira co meçou a unir-se em quantidades menores de massa, mas ainda muito grandes. Foi aí que começaram a surgir as estrelas, os planetas, a Lua e os asteroides. X 3. Como é o formato da Terra? A Terra tem formato semelhante ao de uma esfera, porém ela possui um pequeno achatamento nos po- los. Essa forma especial é chamada de geoide. 4. Observe e complete as questões abaixo. 5. Encontre, no caça-palavras, o nome dos movimen- tos da Terra e das estações do ano. a. Quando a Terra gira em torno do Sol, realiza o mo- vimento de . b. Para completar esse movimento, a Terra leva dias e horas, ou seja, ano. c. Esse movimento determina as quatro estações do ano, que são a , o , o e o . translação primavera 6 outono 365 verão 1 inverno 82 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 82 15/06/2020 16:10:41 6. Observe a imagem e complete. a. Ao apontar o braço direito para a direção na qual o Sol surge, a criança indica o . b. Apontando o braço esquerdo para a direção em que ele desaparece, ela indica o . Leste, ou Nascente Oeste, ou Poente 7. Identifique a fase em que a Lua representada abai- xo está e escreva o seu tempo de duração. A Lua representada é a minguante. Cada fase da Lua dura aproximadamente 7 a 8 dias. 8. O que é a litosfera? É a camada sólida mais externa do planeta Terra, constituída de rochas e solos. É nela que nós, seres humanos, habitamos e plantamos para nos alimentar, ou seja, tiramos dela os meios para sobreviver. N at ur sp or ts / S hu tt er st oc k. co m 9. Quais são os planetas do Sistema Solar? 10. Explique, com as suas palavras, o que você en- tendeu sobre as camadas da Terra. 11. Desenhe, no espaço abaixo, o Sistema Solar. Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno Resposta pessoal Resposta pessoal 83 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 83 15/06/2020 16:10:42 Fundamentação O desenvolvimento psicológico do ser humano acontece durante toda a sua vida, mas é na infância que as principais aquisições referentes à organização da personalidade são consolidadas. Quando nos re- ferimos ao autoconceito, remetemos à ideia de como a criança se vê. Esta autopercepção é formada pelas diversas experiências que ela vai estabelecendo nas interações com as outras pessoas, em especial os adultos, que têm o papel de sinalizar durante todo o tempo as dificuldades e potencialidades da criança. As informações vindas das figuras significativas, geralmente os pais, são essenciais no processo de formação da autopercepção. O autoconceito é construído ao longo de toda a in- fância e os ambientes em que a criança convive, como a família, a escola e outros ambientes sociais, assim como as experiências que ela tem de sucesso e fracas- so durante todo o processo de seu desenvolvimento. Podemos definir como autoconceito as atribui- ções cognitivas que o sujeito vai formando sobre si mesmo, do seu comportamento em diversas situa- ções e das suas características pessoais. O autoconceito é construído ao longo de toda a infância e é influenciado pelas pessoas e os ambien- tes em que a criança convive, como a família, a esco- la e outros ambientes sociais, assim como as expe- riências que ela tem de sucesso e fracasso durante todo o processo de seu desenvolvimento. Podemos definir como autoconceito as atribui- ções cognitivas que o sujeito vai formando sobre si mesmo, do seu comportamento em diversas situa- ções e das suas características pessoais. O início da vida escolar tem uma importância significativa para o desenvolvimento da criança, pois é neste momento que ela estreita vínculos afetivos com os pares e com o professor, sendo este uma fi- gura muito valiosa em sua vida. A relação afetiva que deve ser estabelecida entre crianças e professores é fundamental para que elas possam enfrentar com maior motivação as situações de aprendizagem. A criança que tiver uma percepção positiva dos seus atributos cognitivos e pessoais terá maiores chances de aprender os conteúdos escolares e ob- ter sucesso. O olhar afetuoso do professor para a criança, sua disponibilidade de perceber dificuldades e potenciali- dades, sua capacidade de acolher a família, que mui- tas vezes se encontra angustiada por não saber lidar com o filho, todos esses quesitos são facilitadores no processo de formação do autoconceito da crian- ça, oferecendo possibilidades de superação para os momentos de encruzilhadas que ela possa enfrentar durante sua vida escolar. Pensemos sobre isso, caros educadores! Ana Cristina Bragheto é psicóloga e doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) – Ribeirão Preto. Site: www. revistaonline.com.br A importância das relações afetivas e sociais no desenvolvimento do autoconceito em crianças w av eb re ak m ed ia / S hu tt er st oc k. co m 84 FC_ME_CIEN 3F_UN 1.indd 84 15/06/2020 16:10:42 Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental 3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exer citando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. 4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecno logias para propor alternativas aos desafios do mundocontemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. Base Nacional Comum Curricular – BNCC O que vamos estudar: • A água • As doenças transmitidas pela água contaminada • O saneamento básico • O solo • Descartando o lixo • Dinâmica para trabalhar o socioemocional 85 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 85 15/06/2020 15:43:59 Conteúdos da unidade e a BNCC Unidade 2 Conteúdo Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades A água • Terra e Universo • Características da Terra • Observação do céu • Usos do solo (EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). As doenças transmitidas pela água contaminada ― – A BNCC não define o estudo de: As doenças transmitidas pela água conta- minada como competência a ser de senvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fundamental, porém consideramos ser este conteúdo de gran de importância para a formação estudantil, por isso, as páginas a seguir abordam este objeto de conhecimento. O saneamento básico ― – A BNCC não define o estudo de: O sanea- mento básico como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Funda mental, porém considera mos ser este conteúdo de gran de importância para a formação estudan til, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. 86 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 86 15/06/2020 15:43:59 Conteúdo Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades O solo • Terra e Universo • Características da Terra • Observação do céu • Usos do solo (EF03CI09) Comparar diferentes amos tras de solo do entorno da escola com base em características, como: cor, textura, cheiro, tamanho das partículas, permeabilidade etc. (EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e extração de mate riais, dentre outras possibilidades), reco nhecendo a importância do solo para a agricultura e para a vida. Descartando o lixo ― – A BNCC não define o es tudo de: Des- cartando o lixo como compe tência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fun damental, porém conside ramos ser este conteúdo de gran de importância para a formação estudan til, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. Dinâmica para trabalhar o socioemocional ― – A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define o conjunto de competên cias gerais que servem como um guia para o aprendizado das crianças e que devem ser desenvolvidas de forma inte grada ao currículo. 87 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 87 15/06/2020 15:43:59 a 1o dia Ciências: A água – páginas 22 e 23 Orientação didática: • Confeccione um círculo em uma cartolina cuja parte referente à quantidade de água em nosso planeta esteja pintada. Mostre o gráfico aos alunos e ques tioneos sobre o que ele representa. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: A água – página 24 Orientação didática: • Confeccione um painel coletivo mostrando o ciclo da água na natureza. Utilize, para esta atividade, dife rentes materiais. Após a confecção, exponha o painel em sala. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 11a Semana - Grade semanal katemlk023 / Depositphotos.com 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 88 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 88 15/06/2020 15:44:01 Dinâmica A água conta o segredo Para começar, recorte papéis com este formato: Divida a classe em grupos de cinco. O grupo decide a ordem em que cada um vai jogar e se reúne ao redor de uma bacia com água. Quem começa escolhe um de seus três papéis dobrados para jogáIo dentro da bacia. Só o verso da parte onde está a palavra deve tocar na água. Quando o papel se abre e a palavra aparece, o segun do jogador começa a contar uma história com ela. Depois será a vez de ele escolher um de seus papéis para jogálo na água. Quando o segundo papel se abre e a palavra aparece, o terceiro jogador continua a história, incluindo nela a segun da palavra. O jogo prossegue assim até que o último parti cipante dê um final à história. Devemse fazer três rodadas, até que terminem os papéis. MARQUES, Francisco. O Chico dos Bonecos. In: Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, Set, 1999. Qualquer papel serve, mas prefira os mais porosos, como jornal. Os papéis porosos absorvem água depressa, assim as dobraduras abremse rápido, o que dá agilidade ao jogo. Você pode usar as bordas em branco dos jornais. Cada aluno deve receber três papéis recortados e escrever, na parte central deles, um substantivo qualquer. Ninguém pode contar que palavra escreveu. Aproveite para discutir as classes morfológicas. Depois, todos dobram seus pa péis da seguinte forma: oo co sk un / D ep os itp ho to s. co m 89 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 89 15/06/2020 15:44:02 Orientação didática Faça, com os alunos, uma rodada musical. Cada um deverá trazer uma música que fale da água e fazer uma ilustração para a música que trouxe. Essas ilustrações e respectivas músicas deverão ser des- tacadas no mural da sala. BNCC (EF03CI07) Identificar carac- terísticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na obser- vação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do pla- neta (mapas, globos, fotografias etc.). 22 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 90 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 90 09/07/2020 14:52:47 Orientação didática Explore o esquema do ciclo da água, enfatizando a noção de movimento. Ressalte que as nuvens, formadas pela evaporação da água de rios, mares e lagos, podem se des- locar pelo vento. Dessa forma, a chuva nem sempre cai no mesmo local onde ocorreu a evaporação de água. Trabalhe a música Planeta Água, de Guilherme Arantes. Cante com os alunos e faça a interpretação da letra, pois facilitará o entendimento do ciclo da água na natureza. BNCC (EF03CI07) Identificar carac- terísticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na obser- vação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do pla- neta (mapas, globos, fotografias etc.). 23 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 91 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 91 09/07/2020 14:52:51 Sugestão de atividade BNCC (EF03CI07) Identificar carac- terísticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na obser- vação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do pla- neta (mapas, globos, fotografias etc.). 24 1. Marque, com um x, as afirmativas verdadeiras. 2. Explique a seguinte afirmação: “A água das nuvens pode cair também em estado sólido”. Em temperaturas baixas, a água pode cair em forma de neve ou granizo. Todos os seres vivos precisam de água. A água do organismo humano é eliminada atra- vés da urina e do suor. Água potável é a água em condições ideais para ser consumida. Toda água mineral tem um cheiro de rosas. É necessário ferver a água para matar bactérias, vírus e fungos. x x x x 92 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 92 03/08/2020 17:21:47 Fundamentação Motivos para não abandonar a carreira Há muitos. O mais forte deles: os professores são os verdadeiros protagonistas das mudanças, pois podem transformar a realidade da escola. Esta coluna tem comunicação direta com profes sores em condições bem diversas, pois Nova Escola fala com quem chega à escola de metrô, ônibus, barco,carro e bicicleta; com aqueles que carecem de materiais básicos e com quem acessa a Internet em classe; com quem ainda não se formou e quem já se especializou. Por e-mail e em visitas a escolas, os diálogos que travo com docentes dão lições de espe rança e de superação, mas também mostram por que alguns pensam em deixar a escola. Entre o fim do ano de 2011 e o começo de 2012, correspondime com um professor disposto a mudar de profissão. Desanimado, ele se queixava da carrei ra, mal estruturada e mal remunerada, da dificuldade de tratar com estudantes inquietos e famílias ausen tes e da falta de políticas para apoiar seu trabalho. Cada uma das razões tem fundamento e, quando se somam, parecem justificar o desânimo de quem tra balha demais, ganha de menos e ainda leva a culpa por insucessos causados por razões estruturais. Como não concordo com a desistência diante dessas adversidades, tentei mostrar a ele que, a des peito disso tudo, vale a pena prosseguir. Portanto, vou tratar de cada um desses aspectos, pois podem servir de alento para professores que, à semelhança desse leitor, estejam cogitando abandonar a profissão. Começo pelo mais difícil: carreira. É fato que a ampliação do atendimento escolar no Brasil deman dou enorme aumento no número de professores, com perda de status e salário. No entanto, a exigên cia da formação superior para todos os educadores e do piso nacional para sua remuneração, mesmo que não totalmente cumprida, já sinaliza um novo entendimento sobre o trabalho docente. Hoje, por exemplo, valorizamos quem trabalha na Educação Infantil, o que antes nem sequer era considerado profissão. Esse é ainda um caminho acidentado, que estamos pavimentando. Segundo problema: o atendimento a alunos inquietos. Lecionar para esse público requer difíceis mudanças de estratégia. Aliás, essas novas maneiras de ensinar — bem diferentes do que vimos em nos sa formação — são necessárias para acompanhar o novo mundo do trabalho, que exige pessoas autôno mas. Essa tarefa tem tornado o trabalho de educar muito mais criativo e estimulante. Por último, trato das políticas públicas. Os professores têm sido os reais protagonistas da reinvenção da escola. Afinal, o ensino deixou de ser li nha de transmissão. O desejado, agora, é promover si tuações de aprendizagem e, para isso, os educadores precisam se aperfeiçoar. Nesse sentido, contam com o apoio de programas governamentais que facilitam o acesso à formação superior e às especializações. Já as políticas de avaliação escolar, apesar de estimularem discutíveis classificações de escolas, protegem os docentes de julgamentos, por vezes, arbi trários ao darem critérios de aferição do aprendizado. Enfim, há um difícil caminho ainda por percorrer, mas estamos no rumo certo. Os argumentos aqui reunidos retomam minha correspondência com leito res, suas conquistas e seus desencantos. No entan to, há outras dezenas de razões para continuarmos nossa tarefa. Muitas delas estão por trás de cada par de olhos que nos acompanham em aula. Ignorálas seria abandonar as perspectivas de todos os nossos jovens, algo bem mais difícil do que contestar meus argumentos. Felizmente, eles foram aceitos pelo leitor que me escreveu. Eu me alegro em dizer que ele continua em sala de aula, desempe nhando suas funções. MENEZES, Luiz Carlos. In: Revista Nova Escola. Maio, 2012. 93 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 93 15/06/2020 15:44:08 a 1o dia Ciências: A água – página 25 Orientação didática: • Peça aos alunos que coloquem em um copo alguns cubos de gelo, observem o que acontece, registrem nos seus cadernos e escrevam um texto explicando como a água pode passar do estado sólido para o estado líquido. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 12a Semana - Grade semanal 3o dia Ciências: A água Orientação didática: • Solicite aos alunos que pesquisem figuras que apresentem a água em diversos ambientes. Depois, pegue as figuras e, junto com eles, organize um pai nel mostrando para todos a água no meio ambiente. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Holmes Su / Shutterstock.com 94 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 94 15/06/2020 15:44:09 Dinâmica Desenho em dupla O educador divide a turma em duplas e explicalhes que eles farão um desenho conjuntamente. Para isso, são distribuídos os materiais para o desenho e a regra vai ser “um faz e outro completa”. O educador elucida que, cada vez que ele der o sinal, o que está fazendo o desenho para e o outro continua. É importante ficar muito atento ao que o outro está fazendo e construir algo que seja sempre uma complementação. O tema é livre e, para decidir quem vai começar, será feito um sorteio entre os dois. Iniciase o trabalho e, em um interva lo de 1 minuto, o educador vai dando o sinal para trocarem. Passado um tempo, quando o educador perceber que estão finalizando, ele solicitalhes que encerrem o desenho e colo quem o nome dos dois na parte de baixo da folha. Cada dupla mostra e explica o seu desenho para o grupo. O educador vai perguntandolhes sobre as dificuldades de se trabalhar com o outro, o que foi mais interessante, como foi esperar, completar e o que eles aprenderam com esta atividade. WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2012. D av e Po t / S hu tt er st oc k. co m 95 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 95 15/06/2020 15:44:10 Orientação didática BNCC (EF03CI07) Identificar carac terísticas da Terra (como seu formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na obser vação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do pla neta (mapas, globos, fotografias etc.). 25 Solicite aos alunos que pesquisem figuras que apresentem a água em diversos ambientes. Depois, pegue as figuras e, junto com eles, orga nize um painel mostrando a pre sença da água no meio ambiente. Fotos: Peter Bocklandt, Milosz Maslanka, egd, Brett Allen / Shutterstock.com 96 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 96 15/06/2020 15:44:14 Fundamentação Revelando talentos Com as rapidíssimas mudanças verificadas em todos os segmentos da sociedade humana atual, a nova organização familiar merece alguma análise. Antes, a mulher era “do lar”. Agora, ela passou a ter duas jornadas de trabalho: em casa e fora de casa. A escola, por sua vez, passou a ser correspon sável pela educação das crianças. Nesse cenário, o papel das instituições educacionais tornouse não só o de mero transmissor de conhecimentos formais, mas, muito mais, assumiu parte fundamental na edu cação não formal. Com a Constituição Federal de 1988 (Art. 5º I), o Brasil resgatou o lugar justo da mulher. “Homens e mulheres são iguais perante a lei em direitos e obriga ções”. Com isso, o homem deixou de ter a responsa bilidade de ser o único provedor da família. A mulher passou a ajudar no sustento da casa. Na maioria das vezes, passou a trabalhar, também, fora de casa. Se a mulher passa menos tempo dentro de sua casa, alguém tem que ajudar substancialmente na educação de seus filhos. Esse papel foi repassado à escola. Houve uma “terceirização” da educação familiar. A criança, ainda pequena, vai — ou deveria ir — para a creche em horário integral. Os educadores permanecem mais tempo com as crianças. Para isso, receberam capacitação. Repen saram seus planos de aula. Até por força da lei, inte graram aos currículos os temas transversais como a ética, a educação para a saúde, o cuidado com o meio ambiente, o respeito pela pluralidade cultural. Passaram a cuidar da educação sexual. A lei educacional (LDB 9394/96) atualizou e flexi bilizou os currículos. Conferiu maior enfoqueà parte prática dos conteúdos. Além do enfoque conceitual, os conteúdos passaram a valorizar o fazer e o ser. A escola ficou mais sensível. Passou a cuidar do desenvolvimento abrangente e multifacetado da criança e do adolescente. Como princípios funda mentais da nova lei, a estética da sensibilidade, a política da igualdade e a ética da identidade dão aos professores maior autonomia na transmissão de conhecimentos e de valores. Na prática, as escolas passaram, também, a oferecer aulas de teatro, jorna lismo, esportes... muitas escolas criaram uma rádio interna para veicular informações. Assim, talentos foram sendo revelados. A escola repensou o seu papel junto aos pais. Antes, convocava a família para lhe informar o não sucesso ou a indisciplina de seus filhos. Agora, con vida os pais a virem à escola para lhes mostrar os talentos e as potencialidades que o(a) filho(a) detém. Passou a valorizar o aluno e a cultivar sua autoesti ma. Busca revelar talentos e desenvolver competên cias que, a seu tempo, poderão desabrochar em uma futura profissão do educando. WEBER, Marly Maria. In: Revista Profissão Mestre. Curitiba: Hu mana Editorial, jun, 2008. De kl of en ak / Shutte rstock.com 97 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 97 15/06/2020 15:44:16 a 1o dia Ciências: As doenças transmitidas pela água conta minada – páginas 26 e 27 Orientação didática: • Solicite à sua turma que colete informações sobre as doenças que são transmitidas pela água, expon doas em um painel em sala de aula. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 13a Semana - Grade semanal 3o dia Ciências: As doenças transmitidas pela água conta minada – página 28 Orientação didática: • Solicite à sua turma que pesquise e liste alguns sinto mas das doenças provocadas pela água contaminada. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Halfbottle / Shutterstock.com 98 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 98 15/06/2020 15:44:19 Peça às crianças que se espalhem em um espaço amplo. Solicite que todos res pirem lentamente, de mãos dadas. Sente com as crianças em um cír culo para refletir sobre os seguintes pontos: Pare a música várias vezes. A cada vez que a música parar, os alunos devem formar grupos maiores (trios, quartetos, e assim sucessivamente, até que todos estejam se movimentando junto ao ritmo da música). Dinâmica Movimento em grupo Revista Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I. São Paulo: Oceano. Quais as facilidades e dificuldades encontradas? Como foi se movimentar em duplas, trios, quartetos e em grupo? Como se sentiram durante a dinâmica? Coloque uma música e peça lhes que se movimentem. Explique que, ao parar a música, elas devem formar duplas com o colega mais próximo. De braços dados, devem continuar se movi mentando quando a música for retomada. Fr ee pi k. co m 99 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 99 15/06/2020 15:44:19 Orientação didática Procure trabalhar com as crianças as formas de transmissão, os sintomas e o tratamento de doenças adquiridas por meio da água contaminada. Solicite aos alunos que pesquisem as doenças que são transmitidas pela água contaminada e façam cartazes para informar à população sobre como se prevenir. NOTA: A BNCC não define o estudo de: As doenças transmitidas pela água contaminada como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fundamental, porém consideramos ser esse conteúdo de grande importância para a formação estudantil, por isso, as páginas a seguir abor- dam esse objeto de conhecimento. 26 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 100 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 100 09/07/2020 14:52:55 Orientação didática 27 Solicite a seus alunos que pesquisem, no bairro onde vivem, se algum morador já contraiu doenças transmitidas pela água poluída, e anotem o nome da doença, os sintomas e como foi a recuperação. O re sultado da pesquisa deve ser apresentado para toda a turma em uma tabela. ANOTAÇÕES 101 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 101 15/06/2020 15:44:24 28 Sugestão de atividade 1. Encaixe, na cruzadinha, as principais doenças transmitidas pela água contaminada de acordo com sua característica. a. Causada por bactéria. b. Chamada de doença do caramujo. c. Existe dos tipos A, B, C, D e E. d. É comum em crianças. e. Seu agente causador é o vibrião colérico. d. a. b. c. e. L E O D C H E S R S Ó E R T T P Q O S O A L P A I E T U S O S R R A O I E M I E S S I P T 102 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 102 09/07/2020 14:52:58 Fundamentação Só ensina bem quem sabe fazer Não é só o aluno que tem de desenvolver competências. O professor precisa dominar seu ofício. A professora Tatiana conseguiu despertar em sua turma de 3o ano o gosto pela leitura: a mudança só ocorreu depois que ela própria começou a ter prazer em aprender com os livros. No início da carreira, Tatiana Almeida Vieira sofria para despertar o interesse de sua turma de 3o ano pela leitura. Ela já tinha concluído e frequentava o curso de Pedagogia, quando percebeu que era parte do problema. “Eu não gostava de ler”, reconhece. “Eu trabalhava a leitura apenas por obrigação.” Tatiana tem 24 anos, leciona na Escola Cenecista São José da Mata, interior da Paraíba, e conseguiu reverter a situação. Na verdade, ela enfrentava um problema que atinge milhares de colegas, principalmente ago ra, que a sociedade cobra cada vez mais, exige que o professor ensine de uma maneira que ele mesmo não aprendeu. “Quem não adquiriu determinada compe tência jamais vai conseguir desenvolvêla nos alu nos”, afirma Gisela Wajkop, diretora do Curso Normal Superior do Instituto Singularidades, de São Paulo. Essa dificuldade é comum porque a maioria dos docentes foi formada apenas para transmitir informa ções, sem desenvolver as habilidades dos estudantes. Só que a escola mudou. “Portanto, cabe a nós, edu cadores, mudar também”, afirma Marcos Masetto, do Programa de PósGraduação em Educação da Pon tifícia Universidade Católica de São Paulo. No dia a dia, isso inclui dominar competências básicas, como buscar informações ou ler com desenvoltura. No caso de Tatiana, a euforia por ter passado no ves tibular foi um estímulo para estudar mais. “Eu queria crescer”, lembra. Em conversas com professores, ela pedia sugestões de textos e livros. Com base nessas leituras, foi modificando a forma de pensar. “Sonho em ser uma profissional atualizada e percebi que ler é o caminho para chegar lá.” A determinação provocou um efeito colateral. Na sala de aula, começou a criar situações para fazer da leitura algo útil e agradável – exatamente como havia se tornado para ela. Como? “Procuro entender os interesses da turma”, ensina. As crianças adoravam música. Tatiana, então, en sinou que era possível aprender as letras lendo os encartes dos CDs. Além disso, os gibis, verdadeira paixão da moçada, passaram a frequentar as aulas. Ela conta, orgulhosa, que a leitura deixou de ser obri gação para grande parte dos estudantes. “Eles sabem buscar as informações de que necessitam e se diver tem com textos, tanto na escola como em casa”, diz. “Percebi que, quando você gosta de algo, transmite isso para a classe naturalmente”. Para garantir esse aprimoramento, um passo foi fundamental: a autoavaliação. “O professor precisa ter consciência das capacidades que possui e das que lhes faltam”, afirma Masetto. NOVA ESCOLA sele cionou seis competências essenciais para todo edu cador e meios para que você comece a desenvolvê las já, caso ainda não as possua. Avalie sua situaçãoe, se perceber dificuldades, não se aflija. Tanto Ma serro como Gilesa garantem que sua formação pode ser feita junto com a dos alunos. 103 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 103 15/06/2020 15:44:27 Ler e escrever Para ser um bom leitor, é preciso ler muito e recor rer a fontes variadas – jornais diários, revistas e livros. Gisela Wajkop lembra que é importante estabele cer um critério de escolha do texto (por prazer ou obri gação, por exemplo). “Assim, fica mais fácil emitir uma opinião sobre o material. Isso é fundamental”, garante. No que se refere à escrita, frequência e avaliação também são pontos básicos. Escreva bastante, leia e releia em voz alta. Para praticar, a consultora Odonir Araújo de Oliveira, de São Paulo, sugere o seguinte exercício: experimente escrever a própria biogra fia. “Além de nos permitir repensar a vida pessoal e profissional, essa tarefa nos leva a redigir em estilo muito diferente do que usamos nos planejamentos e relatórios com os quais estamos acostumados.” Apreciar a cultura Veja os filmes e as peças em cartaz, vá a shows e espetáculos de dança, conheça bailes de forró, karaokês e festas populares. Para Miriam Celes te Martins, do Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, é preciso opinar sobre o que não agradou à primeira visita. “Se o espetáculo provoca estranhamento, procure mais informações sobre o tema”, sugere. Segundo ela, há obras que não existem para ser amadas, mas para fazer pensar. A quem reclama da falta de dinhei ro, Miriam destaca: “A TV tem material de qualidade.” Além disso, praças, igrejas e cemitérios refletem a cultura local. “Um bom trabalho é refletir sobre o ar tesanato de sua cidade. Será que ele é criativo?”. Está lançado o desafio. Tornar-se criativo É necessário viver diferentes experiências e ter vários modelos para poder criar. Você se torna mais inventivo experimentando coisas e sensações. Isso vale até na hora de resolver um problema cotidiano. Antes de optar por uma solução, abra um leque de possibilidades, evitando repetir as atitudes. Na opinião de Miriam, é importante ficar atento para observar fatos que ocorrem o tempo todo ao nosso redor e estabelecer relações. A receita dela é buscar o estranho no familiar. “Ouse, procure alternativas para os ingredientes do café da manhã, para o itine rário a seguir em direção ao trabalho ou mesmo na combinação das roupas.” Nanette Grebe / Shutterstock.com 104 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 104 15/06/2020 15:44:29 Localizar informações Seja curioso e passe a olhar tudo com mais atenção. Assim, você vai localizar diferentes fontes de pes quisa, muito além da Internet, dos livros, das revistas, dos jornais e vídeos. Não hesite em consultar um morador antigo da cidade ou o padre da igreja matriz. “O professor é professor 24 horas por dia”, avalia Ricardo Ribeiro, da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, em Araraquara, interior da São Paulo. Tudo o que vê, ou mesmo as histórias que lhe são contadas, servem para alimentar o acervo pedagógico. Seus alunos nunca vão aprender a recorrer a diferentes fontes se você se vale apenas do livro didático. Trabalhar em grupo Saber pedir ajuda e ouvir são fundamentais para quem quer trabalhar em grupo. Para Gisela, é pre ciso aprender a escutar o que outros falam e sele cionar o que interessa. “Assim, você mantém sua individualidade”, ensina. Da mesma forma, esteja disposto a ajudar quando necessário, oferecendo as informações de que os colegas necessitam e não aquelas que você quer dar. Lembrese: as trocas só acontecem quando há objetivos comuns e a respon sabilidade pelo ensino é coletiva. O que você acha de começar a conversa com quem deu aulas para seus alunos no ano passado e com quem vai receber sua antiga turma?. “Solidão é garantia de frustração”, alerta Ricardo Ribeiro. Ser ético Um caminho para se tornar ético passa pela re flexão sobre ações de ordem moral e atitudes do dia a dia, o que inclui os conflitos entre os estudantes. Busque também ter coerência e introduza cri térios e avaliações juntos na sua prática cotidiana. Além disso, procure entender pressupostos éticos, como a solidariedade e a generosidade. “Alguns princípios e valores essenciais para dar base à competência ética estão presentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos, um documento de referência”, diz Ulisses Araújo, da Faculdade de Edu cação de Universidade Estadual de Campinas. 105 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 105 15/06/2020 15:44:30 a 1o dia Realização do projeto. 2o dia Realização do projeto. 3o dia Realização do projeto. 4o dia Realização do projeto. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 14a Semana - Grade semanal Ana Blazic Pavlovic / Shutterstock.com 106 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 106 15/06/2020 15:44:30 Dinâmica Falar frases positivas O educador leva para a sala uma frase positiva para cada educando. Frases que tragam mensagens sobre coragem, amor, alegria de viver, família, agir para a paz, etc. São frases simples. Ele distribui e solicita aos educandos que leiam a frase para o grupo. Depois disso, explica à turma que ela terá, no máximo, 10 minutos para memorizar a frase. Nesse momento, o educador vai de um em um, ajudandoo. Depois de memorizadas, o educador esclare ce que eles andarão pela sala, e, ao sinal dado, cada um fala sua frase para um colega. Repete isso algumas vezes. Depois faz uma roda, e cada um vai ao meio e fala a frase para todos. Pede que prestem atenção ao sentido de cada texto. Ao final, conversa com a turma sobre como é falar frases que trazem coisas boas para si e para os outros. WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013. 107 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 107 15/06/2020 15:44:30 Projeto Dia de Gincana As crianças aprendem a se organizar, trabalhar em grupo e identificar suas próprias potencialidades e as de seus colegas Por Mônica Krausz Objetivos: • Socialização e trabalho em equipe • Elaboração e organização de estratégias • Identificação de líderes • Identificação de potencialidades • Faixa etária: do 1o ao 5o ano No Colégio Santo Américo, em São Paulo, as gincanas são realizadas semanalmente nas aulas de Educação Física porque estimulam o trabalho em grupo e a socialização das crianças, ao mesmo tem- po em que lhes apresentam possibilidades de brin- cadeiras com movimentos muito parecidas com as brincadeiras de rua realizadas no passado. As ginca- nas incluem tarefas que exigem habilidades diversas, como força, equilíbrio, velocidade e raciocínio rápido. “As crianças hoje são muito presas a atividades individuais e sedentárias, devido às questões de falta de segurança nas cidades e de facilidade de acesso aos eletrônicos, como TV, computador e videogame”, considera Gedeon Piller, coordenador de esportes do colégio. “Precisamos fazer com que elas descubram as suas potencialidades e as habilidades motoras que antigamente eram exercitadas na rua”, explica o professor. Segundo ele, as gincanas provam que ninguém nunca será o melhor em tudo. “No cabo de guerra, por exemplo, aqueles alunos mais fortes e até mais gordinhos podem ser mais importantes que aqueles mais magrinhos e rapidinhos”, comenta. Assim, com as gincanas, a criança que se sentia péssima nas aulas de Educação Física pode des- cobrir que é importante para o grupo e começa a se gostar muito mais, ao passo que aquela que se sen- tia o máximo e era até individualista demais percebe que precisa dos outros. Aproveite as sugestões a seguir para criar o Dia da Gincana na sua escola. “Numa gincana, a criança que tem alguma dificul- dade consegue dividi-la com alguém que tem mais habilidade naquela área, ao mesmo tempo em que demonstra outras facilidades que os colegas talvez não tenham”. Professor Gedeon Piller Assoprar a bolinha Haja fôlego! Além de divertida, esta atividadeexercita a noção de espaço, a coordenação e a resis- tência respiratória. 1. Divida a turma em equipes e determine um alvo no espaço da quadra. 2. As crianças têm de assoprar uma bolinha de pingue-pongue até aquele determinado lugar. 3. Em cada equipe, duas crianças de cada vez asso- pram a bolinha em direção ao alvo, pois assim eles têm de combinar como vão assoprar. 4. Cada vez que a equipe leva uma bolinha ao alvo, ganha um ponto. Bola ao cesto Esta brincadeira exercita as habilidades com a bola de basquete e o espírito de equipe. Os alunos têm de se organizar para definir quem vai arremessar e de onde e quem vai ser o apanhador. 1. A equipe recebe uma bola de basquete e tem um tempo exato para fazer com que essa bola seja arre- messada para a tabela. 2. A bola não pode cair no chão, então a equipe esco- lhe um apanhador e os outros vão ser arremessado- res. Cada um tem direito a apenas um arremesso. 3. Sempre que a bola for arremessada para a tabela, o apanhador deve estar atento para apanhá-la e não deixar que caia no chão. Cada cesta vale um ponto, cada bola que cai no chão é um ponto a menos. 108 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 108 09/07/2020 14:52:58 Encontrar o par Os mais observadores e rápidos sairão na frente nesta brincadeira típica de gincanas. 1. Peça que todos tirem os tênis e coloquem no cen- tro da quadra. 2. Misture os tênis para que os pares não fiquem juntos. 3. As equipes se dividem, formando três ou quatro fileiras de frente para o centro da quadra. 4. O professor dá o sinal e um aluno de cada equipe corre para o centro da quadra para procurar um par de tênis. Quando encontrar, amarra um no outro e vai para a final da sua fileira. 5. Quem está na frente da fileira corre para o centro para procurar outro par e repete a operação do cole- ga anterior, e assim por diante. 6. O jogo acaba quando todos os pares de tênis tive- rem sido encontrados. 7. Cada equipe recebe a pontuação de acordo com o número de pares que conseguiu apanhar. Pontuação Preocupe-se em pontuar todos os alunos ou grupos: o primeiro recebe a maior pontuação, mas o segundo recebe uma pontuação um pouco menor e o terceiro e o quarto também. Numa gincana, todas as crianças pontuam mais ou menos nas diferentes atividades e assim percebem que podem não ser tão boas aqui, mas muito fortes ali. Feijão no canudinho Esta atividade é interessante porque foge do uso das bolas esportivas e do espírito de competição típicos das aulas de Educação Física, dando a alunos menos desen- voltos a oportunidade de mostrar suas habilidades. 1. Distribua um canudinho de refrigerante para cada criança 2. Coloque alguns punhados de feijão nas extremi- dades da quadra e, no centro da quadra, um copinho plástico para cada equipe (aumente ou diminua a distância entre os feijões e o copinho de acordo com a idade dos participantes). 3. As crianças devem sugar o feijão para que fique preso na outra extremidade do canudinho e levar o feijão até o copinho da sua equipe. Se a criança não conseguir sugar o tempo todo, o feijão cai. 4. Elas também têm de se organizar, porque apenas um de cada vez pode colocar o feijão no copinho da sua equipe. Isso desenvolve a noção espacial e de tempo, pois eles têm de estar atentos ao tempo que os seus colegas levam para colocar o feijão no copinho. Limpeza da piscina As escolas que tiverem piscina podem incluir gincanas aquáticas em sua programação. No Colé- gio Santo Américo, esta é uma das provas preferidas pelos alunos. Eles são divididos em duas equipes. 1. Jogue bolas, espaguetes e todos os apetrechos de piscina no centro dela. 2. Estipule um tempo para as equipes recolherem tudo da piscina e colocarem num determinado lugar. 3. Deixe que eles decidam se todos vão ficar dentro da água e sair para levar as peças ou se uma parte da equipe fica dentro da piscina e outra parte fica fora, para levar os objetos até o local mais rapidamente. Assim, eles vão definir estratégias, observar quem nada melhor, quem corre melhor, etc. 4. Vence a equipe que colocar mais peças no local determinado em um tempo determinado. KRAUSZ, M. Revista Guia Prático para Professores de Ensino Fun- damental I. Ano 7. N°75, Junho de 2010. São Paulo: Editora Escala Pa ul C ot ne y / S hu tt er st oc k. co m 109 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 109 09/07/2020 14:53:02 A importância de se avaliar a competência de quem ensina Primeiro, é importante avaliar o professor, porque seria contraditório ao extremo avaliar e evitar ser avaliado. Tais contradições são, porém, comuns em nossa vida concreta. Por exemplo, não se pode contestar e impedir que nos contestem nem podemos querer inovar os outros sem que nós mesmos nos inovemos. Os lógicos chamam a essa contradição de “contradição performativa”, sugerindo que, com ela, desfazemos o que propomos, por ser contraditório. Assim, um professor que foge de ser avaliado não pode avaliar, porque nega para si o que pretende fazer com os alunos. Hipocrisia grossa! Quando questionamos os outros e impedimos que os outros nos questionem, não estamos propriamente molestando os outros; estamos, mais propriamente, anulando nossa condi ção de questionar. É um bumerangue: volta contra a nossa própria cara. Segundo, fugindo da avaliação, o professor tenta ignorar — muito inutilmente — que chegou a ser reco nhecido como professor, porque, entre outras coisas, foi sistematicamente avaliado durante seu período formal de formação. Por isso mesmo, não “elegemos” o professor em assembleia, por exemplo, pois valori zamos nele a competência técnica própria, amealha da no processo de estudo bem avaliado. O professor não se reduz à competência técni ca (há outras muito decisivas, como competência emocional, política, pedagógica), mas é referência fundamental. Um alfabetizador que, por acaso, não soubesse alfabetizar teria sido reconhecido como professor sem devida avaliação, assim como um cirurgião que não soubesse fazer cirurgia. Fundamentação Nanette Grebe / Shutterstock.com 110 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 110 15/06/2020 15:44:33 Na verdade, a autoridade reconhecida para avaliar provém, em grande parte, de ter sido bem avaliado. Quando se convida um palestrante, esse convite está proximamente vinculado à avaliação que se faz dele. Seria procedimento estranho e incorreto convidar um palestrante sem avaliar se merece ser convidado. Terceiro, observando os dados de rendimento escolar produzidos sistematicamente, por exemplo, pelo Saeb (Inep/MEC), e que são muito amargos — sugerem que a aprendizagem é péssima —, somos induzidos fortemente a não só lamentar o baixíssimo desempenho dos alunos, mas principalmente a ques tionar o desempenho dos professores. Quando quase 20% dos alunos, estando já no 4º ano, não sabem ainda quase nada, duas coisas vêm à cabeça: nunca foram avaliados minimamente e o professor não dá conta da sua tarefa de alfabetização. Por certo, a baixa aprendizagem não depende apenas da escola ou do professor. Seria absurdo co locar isso apenas nos ombros da comunidade esco lar. Há fatores externos poderosíssimos, como pobre za das famílias e das suas crianças, neoliberalismo, políticas educacionais ineptas, desvio de recursos da educação, etc. Entretanto, se o aluno frequentar os 200 dias de aula previstos desde 1997, não poderia, mesmo sendo muito pobre, chegar ao 4º ano não sabendo quase nada. Aí há um problema também com os professores alfabetizadores. Isso precisa ser aberto e sistematicamente avaliado, não encoberto. Os dados produzidos pelo Saeb são, como todos os dados, questionáveis. Eles não refletem direta mente a realidade, mas apenas um olhar interpretati vo limitado e contextualizado. Por isso, os dados do Saeb são ilustrativos, não compulsórios. Avaliar o professor é indispensável por uma ra zão muito maior: cuidar do professor. Não se avalia para humilhar, excluir, maltratar, mas cuidar tanto mais e melhor. Compreendeseo medo da avaliação, porque pode facilmente desandar em arma contra o professor. Todavia, se o objetivo é garantir a aprendizagem dos alunos, a avaliação do professor inserese nesse mesmo objetivo. É feita em favor, não em desfavor do professor. DEMO, Pedro. In: Revista ABC EDUCATIO. São Paulo: CriArp, ano 7, n. 57, Jul. 2006. Nanette Grebe / Shutterstock.com 111 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 111 15/06/2020 15:44:34 a 1o dia Semana de revisão. 2o dia Semana de revisão. 3o dia Semana de revisão. 4o dia Semana de revisão. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 15a Semana - Grade semanal Africa Studio / Shutterstock.com 112 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 112 15/06/2020 15:44:35 Dinâmica Bota o chapéu Número de jogadores: de 15 a 30. Idade: de 6 a 13 anos. Material: Três chapéus ou gorros e três vendas para cobrir os olhos. Descrição Todo o grupo sentase formando um círculo, menos dois alunos, escolhidos pelo orientador do jogo, que vão para o centro do círculo, onde também se sentam, e serão os prota gonistas da primeira rodada do jogo. Os dois são vendados e têm de encontrar três chapéus ou gorros espalhados de forma aleatória pelo chão; quando encontram um, precisam colocálo na cabeça de qualquer dos colegas que formam o círculo e, depois, continuar procurando outro chapéu para colocálo em mais um colega. Vence quem conseguir colo car dois chapéus. Regras penalidades Os jogadores do círculo não podem deixar que os dois do centro saiam do perímetro e também não podem orientálos. Variações 1) O número de jogadores dentro do círculo poderá ser mu dado, assim como o número de chapéus ou gorros, conforme o total de jogadores (começando por apenas um). 2) É possível substituir os chapéus por lenços, que devem ser amarrados no pulso de um colega. 3) Outra forma de jogar poderia ser não vendando os alunos do centro do círculo. Espalhamse 10 a12 lenços que, como na variação anterior, devem ser amarrados em alguma parte do corpo de um colega. Quando os lenços acabarem, conta bilizase o número que cada jogador amarrou nos colegas para se definir o vitorioso. 4) Os jogadores só podem colocar o chapéu em determina dos colegas designados a cada um deles e sentados separa dos entre si no círculo. A dinâmica é igual à explicada ante riormente, mas é permitido tirar o chapéu colocado em uma cabeça pelo adversário e deixálo no chão novamente. Se um jogador coloca o chapéu por engano na cabeça de um colega designado ao seu adversário, o ponto vale mesmo assim. JURADO, Juan José. 101 jogos para motricidade limitada e espaços redu- zidos – Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. Se rg ei K ol es ni ko v / S hu tte rs to ck .c om 113 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 113 15/06/2020 15:44:36 Semana de revisão O ciclo da é o movimento circular que a água faz na . Esse movimento ocorre por meio do processo de das águas da superfície do nosso e também pela e respi ração dos e das plantas. Unidade 2 • A água • As doenças transmitidas pela água contaminada 1. Faça um desenho que represente o uso da água com responsabilidade. 2. Sublinhe a expressão que melhor define o signifi- cado de desperdício. Resposta pessoal a. É a forma correta de se economizar água. b. É não utilizar de forma adequada, é gastar em exagero. 3. Organize as sílabas e descubra palavras que com- pletam corretamente o texto abaixo. 4. Responda. a. O que é cólera? b. Quais são os seus sintomas? É uma infecção intestinal aguda causada pelo vibrião colérico, que é uma bactéria. São diarreia e vômito. Andando descalça ou ingerindo água contaminada. planeta planeta evaporação evaporação transpiração transpiração natureza natureza animais animais água água c. Como uma pessoa se contamina com diarreia infecciosa? 5. Cite três cuidados que devemos ter para evitar doenças transmitidas pela água. Sugestão de resposta: Beber somente água potável, podendo ser filtrada ou fervida, ter sistema de esgoto, evitando a contaminação das águas, ter siste- ma de distribuição e de tratamento da água eficiente. ta mais pla a ne ni e gua ra á va ção po pi tu trans re ção za ra na 114 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 114 09/07/2020 14:53:06 Fundamentação Inquieto ou hiperativo? Qual a diferença entre a agitação natural das crianças e o transtorno de déficit de atenção? Sintomas de desatenção e hiperatividade ansiosa podem ser considerados normais em crianças que acabaram de passar por situações traumáticas, como a perda de uma pessoa querida. Nesses casos, em ge ral, as manifestações são passageiras. O que os dife rencia do transtorno de déficit de atenção é a duração do problema. Fique atento e verifique se a inquietude é insistente — mais de cinco ou seis meses. Pode ser sinal de que a desatenção é provocada não por ques tões pontuais, mas por distúrbios mais profundos. A consultora Iza Locatelli diz que a principal característica dos alunos que possuem transtorno de déficit de atenção é a dificuldade de se concen trar, de manter o foco. “Eles não param quietos e são confusos na organização das ideias e dos trabalhos. Fogem das tarefas que exigem esforço mental e se esquecem de cumprir atividades diárias. Em sala de aula, causam a impressão de que não escutam uma palavra do que é dito, pois estão sempre dispersos, ‘no mundo da Lua’. Em geral, passam de uma ativida de a outra sem se concentrar em nenhuma delas — e sem terminálas.” Como lidar: Verifique se o aluno tem problemas auditivos ou vi suais que prejudicam a atenção. Ao falar com ele, olheo nos olhos e leve suas dúvi das em consideração. Coloqueo sentado em uma cadeira próxima a você. Ajudeo a organizar cadernos, pesquisas e ativida des em sala. Divida o trabalho em pequenas tarefas e ensine a utilizar de forma sistemática agendas e cronogramas. Sem ferir as regras da escola, permita que ele saia da sala em pequenos intervalos de tempo. Faça com que participe de atividades físicas. Estimule e elogie pequenos avanços, para melhorar sua autoestima. Mantenha o ambiente organizado e sem focos de distração. Tenha paciência e simplifique as instruções das ati vidades. Estabeleça regras e limites e repita as diretrizes sem pre que possível. Encaminheo à avaliação psicológica. SILVA, Reginaldo da. Revista Escola. Ano XVIII, n. 162. São Paulo: Abril. Maio, 2003. Alunos que apresentam essa síndrome distraem se com qualquer estímulo, como uma buzina de automóvel ou uma pessoa que passa. Em brincadei ras e jogos, não dão atenção às regras, remexemse na cadeira, falam demais e interrompem quem está falando. Enfim, estão sempre “a mil”. É comum esses estudantes serem excluídos do grupo e os profes sores perderem a paciência com eles. Por isso, não espere resolver o problema sozinho. Você vai precisar da ajuda dos pais, de um psicólogo ou psiquiatra e de colegas mais experientes. w or ke r / S hu tt er st oc k. co m 115 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 115 15/06/2020 15:44:38 a 1o dia Ciências: O saneamento básico – página 29 Orientação didática: • Solicite a seguinte atividade: Pesquise diversas formas de melhorar o ambiente incluindo o problema do lixo. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 16a Semana - Grade semanal 3o dia Ciências: O saneamento básico – página 30 Orientação didática: • Organize uma campanha para conscientizar a so ciedade da necessidade do saneamento básico em todas as localidades. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Oleksandr_Delyk / Shutterstock.com 116 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 116 15/06/2020 15:44:39Dinâmica Pense antes de decidir 1 2 4 3 5 6 Inicie perguntando como cada um se sente participando das atividades. Organize o grupo em círculo, com todos sentados. Peçalhes que reflitam: “Vale a pena dizer SIM ao que é bom para nós e NÃO ao que nos prejudica?” Destaque com o grupo situações que, em um primeiro momento, pa recem boas, mas que podem causar arrependimento depois, como, por exemplo, aceitar balas de estranhos.Solicite às crianças que respondam às questões com sinceridade, preenchen do dois cartazes presos na parede. No primeiro, deve estar escrito: “Vale a pena dizer SIM porque...” e, no segun do: “Vale a pena dizer NÃO porque...” Abra um plenário analisando todas as colocações. 117 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 117 15/06/2020 15:44:39 Orientação didática Ressalte com os alunos que medidas de saneamento básico (rede de tratamento de água e esgoto), além de medidas de higiene, do consumo de água tratada e filtrada, podem reduzir o número de casos de doenças transmitidas pela água. Proponha à turma que escreva uma carta conscientizando a população em geral sobre a importância do saneamento básico para a prevenção de muitas doenças. Organize uma exposição das cartas dos alunos em sala de aula a fim de que outras pessoas que visitem a sala percebam o envolvimento da turma com o assunto. NOTA: A BNCC não defi- ne o estudo de: O saneamento básico como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fundamental, porém consideramos ser esse conteúdo de grande importância para a formação estudantil, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. 29 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 118 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 118 09/07/2020 14:53:08 Orientação didática 30 Apresente às crianças características rela cionadas à poluição do meio ambiente, ao desperdício e ao lixo. Solicite às crianças que escrevam, em cartelas, nome de materiais que podem ser reciclados e peçalhes que montem uma exposição com objetos feitos com mate riais recicláveis. M at ee N us er m / S hu tt er st oc k. co m 119 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 119 15/06/2020 15:44:42 Fundamentação Responsabilidade do professor Analisando fatores que intervêm na qualidade do processo educativo Vivemos um momento no qual muitas críticas são feitas à escola: aulas desmotivadoras, má quali dade de ensino, autoritarismo por parte dos profes sores, dentre outras. Por sua vez, professores também se queixam da falta de disciplina, falta de interesse e de respeito de parte de seus alunos. É comum ouvirse a frase: “A escola é legal, as au las é que são chatas!” sendo proferida por adolescen tes que apontam nesse dizer que a escola é um espa ço socializador, onde amigos e amigas se encontram, onde as relações se tecem, onde se aprende a viver com o outro. Por outro lado, a frase sinaliza que a sala de aula não possui atrativos, que os alunos ali estão por obrigação, que ensinar e aprender são processos desinteressantes que nada ou muito pouco acrescen tam à formação da personalidade do aluno. Tornar esse espaço agradável, não apenas fora da sala, mas especialmente dentro dela, é um de safio para professores e alunos. Podemos pensar que muitos fatores estão contribuindo para que tal aconteça, como a dificuldade em aplicar a justiça, a ausência de diálogo, a falta de solidariedade, o desrespeito reinante. Piaget e seus seguidores entendem que a relação da criança com o adulto caminha do respeito unila teral, da obediência cega da criança em relação ao adulto, para um outro tipo de respeito, o mútuo, que acontece na medida em que a criança cresce e co meça a perceber que as regras estabelecidas não são imutáveis e podem ser negociadas, a fim de servir a todas as partes envolvidas em um acordo, de que elas devem ser obedecidas por todos quantos estão envolvidos no processo. Ai r I m ag es / S hu tt er st oc k. co m 120 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 120 15/06/2020 15:44:43 É importante, então, analisarmos como está a qualidade do respeito entre educandos e educado res. Como um professor, em seu fazer pedagógico, pode demonstrar respeito aos seus alunos? Questão bastante complexa essa. Mas poderíamos começar a refletir, por exemplo, a partir da questão da ava liação. Avaliar alguém é complexo e bastante sério, exigindo muito respeito por parte daquele que faz o julgamento. Como estão ocorrendo as avaliações em nossas escolas? Professores usam da avaliação para rever as lacunas do processo de ensinar e aprender, para verificar as dificuldades dos alunos e, então, poder ajudálos a crescer em seu saber, ou usam da avaliação como instrumento de punição ou, ainda, como forma de coação, para que alunos assistam às suas aulas? A avaliação devidamente utilizada é, em verdade, fator de influência positiva sobre os atos de aprender e ensinar, que respeita as individualidades, ao mesmo tempo em que considera o contexto global e coletivo. Para que se instaure o respeito mútuo, é preciso criar os canais de mãodupla, atingindo em igual intensidade alunos e professores. Outro ponto que pode nos ajudar a refletir sobre a questão do respeito é a metodologia usada em sala de aula. Será que nossos alunos estão podendo dia logar sobre os conteúdos propostos pelos professo res, estimulando assim a coletividade à participação? Os momentos de interação em sala de aula estão sendo oferecidos, ou será que o abuso do método frontal (aula expositiva) continua prevalecendo nas escolas sobre estratégias mais significativas? Não que esse método não possa, eventualmente, ser aplicado, mas deve sêIo com parcimônia, ceden do espaço para outros mais modernos. O professor deve atuar como articulador entre o seu saber, cul turalmente acumulado, e os saberes em desenvolvi mento de seus alunos, quebrando assim com a edu cação bancária, termo usado por Paulo Freire, para designar aquela forma de ensinar, em que o aluno, ser passivo no processo, assimila o saber do mestre, sem que se instale um processo intelectivo. Muitas outras questões ainda poderiam ser levantadas. Muitas críticas também poderiam ser feitas para justificar o malestar docente: salários insuficientes, tempo exíguo para planejar, excesso de burocracia, turmas lotadas, problemas sociais (como situações de risco, crianças na rua, fome), falta de interesse político para mudar a situação. Esses poderiam ser apenas os primeiros de uma lista infindável de motivos que justificam o não fazer melhor. Porém não podemos deixar que esses motivos interfiram na qualidade de nossas aulas. A responsabilidade do educador é muito grande. Re solvamos nossos conflitos, sim, mas fora da sala de aula, de forma a não prejudicar nossos alunos, para que possamos ter a certeza de que estamos contri buindo para a formação de cidadãos éticos, compro missados com a justiça, com a solidariedade entre os povos, com a igualdade de direitos, enfim, compro missados com o humano! RUIZ, Maria José Ferreira. In: Revista do professor. Porto Alegre: CPOEC, jul/set. 2004. Natti ka / S hutte rst ock .co m 121 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 121 15/06/2020 15:44:44 a 1o dia Ciências: O saneamento básico – página 31 Orientação didática: • Apresente e responda com eles a exercícios sobre a importância da observação e dos cuidados com os ambientes. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 17a Semana - Grade semanal 3o dia Ciências: O saneamento básico Orientação didática: • Promova, com os alunos, uma conversa sobre o sa- neamento básico do município em que residem, qual é a opinião deles em relação ao tema e se há algo para ser melhorado. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Diareservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Africa Studio / Shutterstock.com 122 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 122 09/07/2020 14:53:09 Dinâmica Trabalhando em equipe Material: bexigas (uma para cada participante). Espaço necessário: sala ampla, quadra ou pátio. Disposição: Iniciase o jogo com as pessoas em círculo com uma bexiga para cada participante. Desenvolvimento: Cada pessoa pega e enche a sua bexiga e, após amarrála, é pro posto o desafio para o grupo que será manter as bexigas voando. O professor deverá, então, ir retirando os participantes lentamente, um por vez. O número de bexigas continuará o mesmo, porém o número de pessoas será cada vez menor, até chegar ao momento em que quem fica não consegue manter as bexigas no ar. SOLER, Reinaldo. 110 jogos cooperativos com balões: voando com os sonhos. Rio de Janeiro: Sprint, 2009. ar ap ix / Sh ut te rs to ck .c om 123 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 123 15/06/2020 15:44:46 Orientação didática Faça uma campanha por toda a escola intitulada “Lixo no lixo” a fim de envolver todos os alunos, e produza, com eles, as lixeiras próprias para coleta seletiva. Pesquise a importância da reciclagem, produ zindo objetos com sucatas. Realize uma exposi ção para visitação das outras turmas. NOTA: A BNCC não defi ne o estudo de: O saneamento básico como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fundamental, porém consideramos ser esse conteúdo de grande importância para a formação estudantil, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. 31 ANOTAÇÕES 124 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 124 15/06/2020 15:44:47 Fundamentação Ensinar a criança a... agir naturalmente com respeito O QUE É... Uma fina linha de sutil diferença parece separar os conceitos de “autoritário” e de “respeito”, levando muitas pessoas a confundilos. Alguém autoritá rio é respeitado pelo medo que transmite ou impõe, conquistando alguma veneração pela força; dessa forma, é completamente diferente de algum outro, respeitado pela coerência entre suas palavras e seus atos, pela verdade simples de sua forma de viver, pela segurança que a todos oferece, sem se preocupar em anunciála. Hitler foi um político extremamente autoritário e despertava verdadeira veneração pela arrogância de seus discursos e pelos atos satânicos que perpetrou contra a humanidade. Quem o via po deria supor que era respeitado, mas a subserviência nascia da imposição, jamais da admiração. Gandhi, ao contrário, não precisou de exércitos ou lacaios e, com mostras de verdadeira valentia, persistência, coerência e tolerância, dobrou diante de sua verdade a colossal força do Império Britânico. Frequentemente ouvimos por toda parte que vive mos tempos de desrespeito, que os jovens já não res peitam seus pais, seus professores, os mais velhos, e que a arrogância os leva a ironizar os valores da religião e da família. Há uma ponta de verdade nessa afirmação. Apenas uma ponta porque nem todos os jovens se encaixam nessa generalização e também porque passamos, em relativamente pouco tempo, de uma sociedade fortemente hierarquizada, em que as pessoas eram respeitadas pelo lugar que ocupavam na família e na sociedade, para outra sociedade, mais democrática e autêntica, pagando o preço dessa tran sição com a quebra da figura de qualquer autoridade. A mudança social se radicalizou e não houve nuança entre a hipocrisia de ontem e a permissividade de hoje. Isso não significa, entretanto, que o respeito perdeu seu valor e menos ainda que clamar por ele seja sinal de querer viver agora os tempos de antes. É consenso que o respeito é um valor inestimável e que é possível associarmos uma educação para a liberdade com uma educação com respeito. Existem pessoas que conquistam o respeito por sua fama ou fortuna, outras que procuram impor respeito valendose de sua posição ou força. Essas são formas torpes e equivocadas de respeito, pois o verdadeiro e autêntico respeito é o que se conquista com a imensa grandeza da simplicidade e da percepção do outro em si. gb h0 07 / De po si tp ho to s. co m 125 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 125 15/06/2020 15:44:48 COMO FAZER... Uma das primeiras coisas que importa mos trar a uma criança é nossa grande dependência em relação ao universo das profissões. Podemos ser muito eficientes em tudo quanto fazemos profissio nalmente, mas estamos à mercê do mecânico, do encanador, do marceneiro e de outros prestadores de serviço, pois, por mais humilde que seja o ofício de cada um, eles nos são essenciais. Isso não deve ser expresso na forma de discurso em uma noite qualquer antes do jantar, mas manifestarse coti dianamente em nossa relação com a criança, fazen doa descobrir que existe uma divisão de ofícios e de saberes essencial e que o respeito por todos eles não constitui apenas uma necessidade social, mas uma harmonia na forma de viver com os outros a fim de que faça parte de nós. Muitas vezes, o des respeito nasce do não reconhecimento da impor tância e do valor do outro. Esse exercício pode ser uma ponte para levar essa criança a compreender que na família também existem posições e que, por mais democráticas e abertas que sejam as relações familiares, é essencial que cada um cumpra coeren te e verdadeiramente seu papel. O pai não é apenas aquele que provê, a mãe não é apenas aquela que consola; pais e mães possuem funções e papéis fundamentais, assim como os irmãos, os primos, os avós e os outros familiares, concretizando a maneira de ensinar o essencial para o desenvolvimento. De forma paciente, esperando os momentos certos, não esquecendo as sanções, os cuidados, os conselhos e o carinho necessários, é possível levar a criança a descobrir seu papel na família e a respeitar os demais papéis. Amar um filho jamais pode justificar envolvêlo na febre de relações igualitárias: a criança pode rolar com o pai pelo piso da sala, mas deverá sempre saber que nesse ato de ternura existe o respeito pela diferença de papéis. Compreender e aceitar essa diferença revela a apren dizagem do respeito. Fazer a criança descobrir o respeito é etapa essencial de sua educação, mas não etapa única. Seguelhe a aprendizagem das formas de manifes tar o respeito, aprendendo a cumprimentar, a ce der, às vezes, o lugar, a agradecer. É fácil para uma criança “decorar” frases respeitosas, mas essa me morização não a conduz ao respeito verdadeiro, pois ela necessita compreender que ele nasce na cons ciência e se externa nos atos. Essa diferença não se descobre sozinho, mas pode ser demonstrada por meio do exemplo, exercitandoa em “pequenas dramatizações” que assumem ares de brincadeira. Respeitase quem se ama, mas o respeito vai muito além do amor. A criança não deve negar o beijo para a tia distante apenas porque não a sente em seu coração. Essa tia, assim como as outras pessoas, deve ser respeitada pelo que é, como é. Afinal , o mais importante é aprender a respeitar o distante e o diferente — como gente de outros países, culturas ou costumes —, pois o que e aqueles a quem ama mos já respeitamos espontaneamente. harmkruyshaar / Depositphotos.com 126 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 126 15/06/2020 15:44:49 E AINDA MAIS... O desenvolvimento do sentimento de respeito começa com sua legitimação, isto é, a criança neces sita aprender que o ser humano possui sentimentos diferentes, que são expressos mesmo sem palavras, e que é essencial que saibamos diferenciálos. Res peitar o outro é também respeitar seus sentimentos. Com o passar do tempo, os adultos aprendem a dife rença entre tristeza e alegria, felicidade e frustração, orgulho e vergonha, euforia e mágoa, preocupação e ansiedade, abandono e acolhida, energia e tédio, rejeição e afeto e um mundo imenso de outras pa lavras que expressamos sentimentos, mas, para as crianças, essa descoberta é lenta. Experimente fazer uma relação de sentimentos, escrevêlos em um pedacinho de papel e depois recorte de revistas velhas uma porção de rostos de pessoas. Proponha à(s) criança(s) uma espécie de jogo em que elas deve(m) colocar, em cada ex pressão encontrada, o sentimento correspondente. Isso a(s) ajudará a descobrir a associação entre as expressões corporal e facial e a palavra que melhor designa o sentimento vivido. Faça desse jogo uma oportunidade para um batepapo e pergunte pelos sentimentos que a(s) criança(s) aprecia(m) e dos quais não gosta(m). Se for possível, depois abra um álbum de fotografias e transfira para personagens familiares a busca dos sentimentos expressos pela fisionomia. Nesse batepapo, destaque que o bom respeito é a compreensão dos sentimentos alheios. O jogo é uma boa oportunidade para perguntas interessantes: O que você gosta que eu faça quando está triste? O que você acha que eu gosto quando estou triste? O que seria bom fazer para as pessoas tristes? O que podemos fazer para diminuir a triste za do mundo? Continuando a brincadeira, ajude a(s) criança(s) a descobrir como manifestar, de forma apropriada, o que sentimos. Invente também uma tabela de crescimento emo cional. Faça, em folhas de papel coladas, uma tabela da altura da criança com espaços separados a cada dez centímetros. Diga que, cada vez que você perce ber a prática do respeito autêntico — na rua, em casa, no carro, na escola —, você irá pintar um quadradinho na tabela. Combine que, quando a tabela chegar à altura da criança, haverá uma comemoração. Não importa que essa comemoração seja apenas um doce ou um refrigerante, mas, para a criança, a tabela representa uma forma engraçada de materializar e valorizar suas ações de respeito. Invente uma lousa de sentimentos e escreva no alto: “Hoje estou...”. Deixe em um vidro ao lado, peda ços de papel em que haja previamente escritas pa lavras expressando sentimentos diferentes. Vez por outra, vá com a criança verificar essa pequena lousa. Pergunte a ela o que poderia ser feito para melhorar seus sentimentos e tornar pessoas conhecidas mais felizes. Ajudea a imaginar que, em cada casa, atrás da porta, existiria uma lousa como essa e peça ajuda para descobrir boas palavras para que sejam escritas nessa lousa imaginária de pessoas amigas e conhecidas. ANTUNES, Celso. – A linguagem do afeto: como ensinar virtude e transmitir valores. Campinas, SP: Papirus, 2005. VGstockstudio / Shutterstock.com 127 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 127 15/06/2020 15:44:50 a 1o dia Ciências: O solo – páginas 32 e 33 Orientação didática: • Solicite aos alunos que escrevam um texto sobre a seguinte afirmação: “O solo é muito importante para os seres vivos”. Em seguida, eles deverão discutir oralmente, expressando as ideias formuladas ante riormente. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: O solo – páginas 34 e 35 Orientação didática: • Monte um catálogo com as crianças com diversos tipos de solo existentes na região onde moram. Se possível, seria interessante que elas também cole tassem amostras de solo de outras regiões. Depois, é imprescindível fazer a comparação entre os diferen tes tipos de solo. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 18a Semana - Grade semanal 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. ampcool / Shutterstock.com 128 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 128 15/06/2020 15:44:51 Dinâmica Reaproveitamento do lixo Primeira tarefa: Antes de iniciar as atividades, discuta com os alunos sobre a importância de reaproveitar os materiais descartados pelo ser humano. Se possível, leve à sala de aula reportagens, artigos ou histórias relacionados com o tema ”Lixo“. Siga os seguintes passos: • Peça aos alunos que recolham, no colégio, lixos secos, como copos descartá veis, latinhas de refrigerante, tampinhas de plástico, garrafas de vidro. • Reúna a turma formando uma grande roda e deposite os materiais recolhidos pelos alunos no centro. • Cada aluno vai escolher um objeto. Forme, então, grupos de acordo com a semelhança de material que cada um tem em mãos. • Oriente cada grupo a pesquisar os seguintes temas relacionados ao material escolhido: o tempo de de composição, o impacto no meio ambiente causado pela produção da embalagem, qual seria a opção para reutilizar o material. • Organize uma dinâmica na qual cada grupo vai expor os resultados obtidos. photka / Shutterstock.com ampcool / Shutterstock.com 129 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 129 15/06/2020 15:44:52 Orientação didática Realize uma atividade a longo prazo com os alunos. Plante, com eles, algumas mudas no solo ao redor da escola ou em vasos preparados por você, e peça- -lhes que, com o decorrer do tempo, documentem as características das plantas nesses solos, estabele- cendo uma relação. BNCC (EF03CI09) Comparar diferen- tes amostras de solo do entorno da escola com base em características como cor, textura, cheiro, ta- manho das partículas, permeabilidade etc. (EF03CI10) Identificar os dife- rentes usos do solo (plantação e extração de materiais, dentre outras possibilida- des), reconhecendo a importância do solo para a agricultura e para a vida. 32 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 130 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 130 09/07/2020 14:53:10 Orientação didática BNCC (EF03CI09) Comparar diferen tes amostras de solo do entorno da escola com base em características como cor, textura, cheiro, ta manho das partículas, permeabilidade etc. (EF03CI10) Identificar os dife rentes usos do solo (plantação e extração de materiais, dentre outras possibilida des), reconhecendo a importância do solo para a agricultura e para a vida. 33 Explique aos alunos a diferença entre solo e subsolo. Para facilitar a compreensão deles, utilize gravuras para que observem essas diferenças. Solicite aos alunos que confeccionem cartazes iden tificando o solo e o subsolo. Depois, comente com eles a função de cada camada. ANOTAÇÕES 131 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 131 15/06/2020 15:44:54 Sugestão de atividade 1. Escolha a palavra que completa corretamente cada frase. 2. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira. BNCC (EF03CI09) Comparar diferen tes amostras de solo do entorno da escola com base em características como cor, textura, cheiro, ta manho das partículas, permeabilidade etc. (EF03CI10) Identificar os dife rentes usos do solo (plantação e extração de materiais, dentre outras possibilida des), reconhecendo a importância do solo para a agricultura e para a vida. 34 a. O solo é a parte da crosta . b. O subsolo está do solo. interna acima das rochas externa abaixo dos lagos terrestre terrenaxx x abaixo externa terrestre 1 Solo arenoso 2 Solo argiloso 3 Solo humífero 2 1 3 Rico em argila, apresenta partículas muito pequenas. Permite que o ar e a água penetrem com facilidade. Solo de coloração es cura, rico em restos de animais e vegetais em decomposição. 132 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 132 15/06/2020 15:44:55 Orientação didática BNCC (EF03CI09) Comparar diferen tes amostras de solo do entorno da escola com base em características como cor, textura, cheiro, ta manho das partículas, permeabilidade etc. (EF03CI10) Identificar os dife rentes usos do solo (plantação e extração de materiais, dentre outras possibilida des), reconhecendo a importância do solo para a agricultura e para a vida. 35 Monte um catálogo, com as crianças, com diversos tipos de solo existentes na região onde moram. Se possível,seria interessan te que elas também coletassem amostras de solo de outras regiões. Depois, é im prescindível fazer a comparação entre os diferentes tipos de solo. domnitsky / Shutterstock.com 133 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 133 15/06/2020 15:44:57 Fundamentação Algumas dimensões do pensamento de Edgar Morin O pensamento complexo compreende o princípio da incerteza, tal como formulado pelo físico Werner Heisenberg, um dos fundadores da Mecânica Quânti ca. Esse princípio tem sua base assentada na falibili dade lógica, no surgimento da contradição e na inde terminabilidade da verdade científica. O pensamento complexo é desprovido de fundamentos de certezas absolutas e permeia os diversos aspectos do real. A estrutura de seu pensamento é baseada na complexidade que presume a interação de saberes os mais diversos. A verdade da Ciência não está em um único saber adquirido e oficializado, como presume a racionalidade moderna, mas em um caráter aberto à complexidade do real, com o objetivo de construir um conhecimento multidimensional, em detrimento do pensamento simplista e reducionista; não há certe zas absolutas e, consequentemente, não pode haver um saber total — o conhecimento se constrói conti nuamente e nunca se esgota. O todo é uma unidade complexa e não se reduz à soma das partes isoladas que o constituem. Na verdade, cada parte específica, em contato com as outras, modifica a si própria e também o todo. É ne cessária a superação de toda fragmentação nos mais variados aspectos do conhecimento e, paralelamente, tornar, simultaneamente, o sujeito do conhecimento em objeto do conhecimento. Como o conhecimento e a ação são inseparáveis, se o pensamento for redu cionista e fragmentado, as ações também o serão, tornando o saber simplista e incompleto. Edgar Morin entende que as características par ticulares do indivíduo, que o singularizam, ao mesmo tempo o diferenciam como autor de seu projeto orga nizador. Isso o torna sujeito, um ser complexo, capaz de se autoorganizar e de estabelecer relações com o outro, e é nessa relação que o sujeito, interferindo e modificando o seu meio em um processo de “auto ecoorganização”, a partir de sua dimensão ética, reflete seus valores, suas escolhas e suas percep ções do mundo. A noção de sujeito, para Morin, compreende a inseparabilidade das concepções humanística, bioló gica e metafísica, configurando um ser único, no seu aspecto subjetivo maior que as diferenças genéticas, psicológicas e morfológicas. Dessa forma, o indivíduo está presente na so ciedade que, por sua vez, está contida no indivíduo. Ou seja, o total das normas, linguagem e cultura que representam uma comunidade está inserido parti cularmente em cada sujeito que a compõe, sujeitos esses responsáveis pela produção e manutenção desses mesmos elementos normativos, linguísticos e culturais. E há ainda uma outra distinção do ser humano, extremamente importante para Morin: a sua capa cidade reflexiva e de consciência, que lhe permite ir além de si mesmo e questionarse, determinando seus princípios de lógica e ética. Associada à ética está a solidariedade, a única arma de que dispomos para, efetivamente, transformar a humanidade. m yp ok cik / Shu tte rs to ck .co m 134 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 134 15/06/2020 15:44:58 Em conjunto com as mudanças, tornase in dispensável uma educação crítica que, ao valorizar todos os saberes, ensine às novas gerações, em vez de ações rígidas e padronizadoras, atitudes mais abrangentes e emancipatórias, nesse contexto de complexidade e contradições. Sob esse ponto de vis ta, “podese incluir as reflexões de Edgar Morin, que critica a razão produtivista e a racionalização moder nas, propondo uma lógica do vivente. Esses paradig mas [holonômicos] sustentam um princípio unifi cador do saber, do conhecimento, em torno do ser humano, valorizando o seu cotidiano, o seu vivido, o pessoal, a singularidade, o entorno, o acaso e outras categorias, como: decisão, projeto, ruído, ambigui dade, finitude, escolha, síntese, vínculo e totalidade.” (GADOTTI, 2006, p. 9) Perspectivas para a Educação, segundo Edgar Morin As mudanças que vêm ocorrendo nas metodo logias de ensinoaprendizagem estão intimamente relacionadas às discussões que acontecem no plano epistemológico. O pensamento complexo é, ao mesmo tempo, antagônico e complementar, em constante trans formação e assim também são o ensino e a apren dizagem. A escola deve incentivar a comunicação entre as diversas áreas do saber, desmoronando as fronteiras que reprimem a aprendizagem como um todo. Transdisciplinaridade é a prática do que une (e não separa) o múltiplo e o diverso no processo de construção do conhecimento. Viver sob a égide da incerteza é o grande desafio da condição humana na atualidade, e a escola deve ria preparar o sujeito para conviver com essa ambi valência. Tal como a vida humana, a busca de conhe cimento é uma aventura incerta. As escolas precisam transmitir a compreensão dessa diversidade para o aprendizado da aceitação do outro como diferente, garantindo a afirmação da solidariedade que envolve o respeito à liberdade. Martin Allinger / Shutterstock.com 135 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 135 15/06/2020 15:44:59 Tratase não só de mudanças em níveis da escola e do aluno, mas, também, de uma colossal transformação das posturas frente ao mundo e à sua apreensão e compreensão, em que os sujeitos tornamse seres mais abrangentes, “planetários”, no dizer de Morin, renovados e a caminho de uma refor ma do pensamento. Em “Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro”, Edgar Morin expõe os tópicos necessários à Educação no século XXI: 1. Cegueira do conhecimento: a educação deve prepararse para o enfrentamento dos riscos perma nentes de erro e ilusão. 2. Princípios do conhecimento pertinente: é necessá rio substituir o saber fragmentado por um modo de conhecimento capaz de aprender os objetos em seu contexto, em sua complexidade. 3. Ensinar a condição humana: ensinar a unidade e a complexidade do ser humano, restaurandoa, de modo que cada indivíduo tome consciência de sua identidade complexa e, ao mesmo tempo, comum a todos os homens. 4. Ensinar a identidade terrena: todos os seres hu manos enfrentam os mesmos problemas de vida e de morte, da mesma forma que partilham um mesmo destino comum na era planetária. 5. Enfrentar as incertezas: o caráter desconhecido da evolução humana exige que a educação prepare as mentes para lidar com o inesperado e para enfrentálo. 6. Ensinar a compreensão: a reforma das mentalidades para uma educação para a compreensão implica no es tudo da incompreensão em todas as suas modalidades. 7. A ética do gênero humano: a educação deve levar em conta o caráter ternário da condição humana: in divíduo/sociedade/espécie. As mentes devem ser for madas com base no fato de que o ser humano é parte da sociedade e, ainda, da humanidade planetária. Em seu artigo publicado recentemente para “O Suplemento Especial de Memórias da Pedagogia, Desafios para a Era do Conhecimento”, Moacir Ga dotti (2006, p.10) fala do resgate da “totalidade do sujeito, valorizando a sua criatividade, valorizando o micro, a complementaridade, a convergência, a complexidade [...] todos os elementos da complexi dade da vida e do real”. As dimensões sociais, políticas e ideológicas fazemse necessárias quando se afirma que a edu cação tem como um dos seus objetivos preparar as novas gerações para o futuro. Levando em consi deração as postulações dos analistas que expõem a situação de risco em que se encontra a educação na atualidade, o contexto efervescente de debates, polêmicas e incertezas deve ser utilizado como ma terial propulsor (tanto para os educadores como para os educandos), para a revisão e reconstrução tanto da estrutura organizacional educativa, como dos conteúdos e procedimentos didáticos, bem como as relações entre educadorese alunos. Estamos diante de um mundo singularmente novo, em meio às importantes evoluções ocorridas nas últimas décadas, que ocasionaram uma revo lução radical na nossa visão de espaço, tempo, da evolução humana e, também, do papel da educação. Possuímos, hoje, a representação de novos mundos e novas maneiras de pensar o ser humano; ao nos apropriarmos dela, não é possível deixar que permaneça fora desse contexto. A representação deve pretender um conhecimento pertinente, comple xo, que reúna, contextualize, globalize as informações e os saberes, garantindo a existência de uma unidade em toda a pluralidade e, da mesma maneira, uma pluralidade em toda a unidade. Revista ABC Educatio. Ano 8, n. 64, março, 2007. Ed. Criarp. zelenka68 / Depositphotos.com 136 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 136 15/06/2020 15:45:01 zelenka68 / Depositphotos.com Pensamento Educação gera conhecimento; conhecimento, sabedoria; e só um povo sábio pode mudar seu destino. Samuel Lins 137 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 137 15/06/2020 15:45:01 a 1o dia Ciências: Descartando o lixo – página 36 Orientação didática: • Apresente os tipos de doença causados pelo lixo. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 19a Semana - Grade semanal 3o dia Ciências: Descartando o lixo – página 37 Orientação didática: • Confeccione, com os alunos, cartazes alertando sobre a necessidade do descarte adequado do lixo. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Chones copy / Shutterstock.com 138 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 138 15/06/2020 15:45:02 Dinâmica Ch er ne nk o Ti m of ey / S hu tt er st oc k. co m O educador pergunta o que os educandos estão ouvindo na sala, identificando a maioria dos sons que chegam ao ambiente. Enquanto eles falam, o educador anota algumas respostas na lousa. A partir dessas anotações, informa que eles irão construir uma lista de sons dos variados espaços. Todos passeiam pelos diversos ambien tes da instituição e anotam todos os tipos de som que ouvirem. Cada um pega o seu caderno e um lápis e sai seguindo o educador. Para cada som que ouvirem, devem escrever uma explicação do seu jeito. O educador passeia por lugares diferen tes e que possam ter sons os mais variados pos síveis. Ao retornarem à sala, solicita que cada um leia o que anotou. Após as leituras, o educador avalia com a turma o que essa atividade trouxe de aprendizagem. É interessante dar valor à capaci dade de escutar. WENDELL, Ney. Praticando a generosidade na sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013. Aprender a escutar 139 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 139 15/06/2020 15:45:03 Sugestão de atividade 1. Descreva os locais onde devemos descartar: 2. Pesquise e escreva o significado de: 3. Numere corretamente. NOTA: A BNCC não define o estudo de: Descar- tando o lixo como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fundamental, porém consideramos ser esse conteúdo de grande importância para a formação estudantil, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. 36 a. incinerar – b. isolar – a. pilhas e baterias – b. óleo de cozinha – c. cascas de frutas e verduras – queimar, reduzir a cinzas. entregar em locais onde vendem utilizar como adubo. entregar em postos de coleta. 1 2 3 colocar à parte, separar. Reduzir Reutilizar Reciclar 1 2 3 Diminuir Transformar Reaproveitar eletrônicos. 140 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 140 09/07/2020 14:53:12 Orientação didática 37 Peça aos alunos que recolham, no colégio, lixos secos, como copos descartáveis, latinhas de refri- gerante, tampinhas de plástico, garrafas de vidro. Reúna a turma, formando uma grande roda e depo- site os materiais recolhidos pelos alunos no centro. Cada aluno vai escolher um objeto. Forme, então, grupos de acordo com a semelhança do material que cada um tem em mãos e peça-lhes que expli- quem a importância da reciclagem. Solicite aos alunos que produzam, no caderno, um texto abordando o lixo como um grande problema para a população. Depois, peça-lhes que listem al- gumas medidas que podemos tomar para descartar o lixo de maneira a não prejudicar a natureza nem poluir o ambiente. 141 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 141 03/08/2020 17:21:47 Fundamentação O que fazer e o que não fazer em sala de aula O que fazer: Exponha os trabalhos para que as crianças vejam a sua produção e a dos demais cole guinhas, seja em casa ou na escola. Assim a criança reforça o conhecimento, faz com parações e até descobre novas possibilida des, enriquecendo seu repertório. Dê o tempo necessário para que a criança explore os materiais, faça suas próprias descobertas e satisfaça seus sentimentos internos. Enquanto os adultos partem do geral para o particular, elas fazem o inverso. Respeite a forma de seu aluno ver e expres sar o mundo, pois cada um tem o seu jeito de perceber e manifestarse, e o tempo de reação da criança nessa faixa etária é muito longo, ela não reage diretamente. Coloquese no lugar da criança, realizando, você mesmo, previamente, as atividades planejadas para a aula, assim você con segue se libertar dos préconceitos e fica mais aberto para as certezas, inseguranças e assertividade da criança. Preocupese com os espaços e com os materiais, pois são eles que vão servir de estímulo para os sentidos dos pequenos. O que NÃO fazer: Não faça um planejamento rígido, ele deve ser aberto e compartilhado com as crianças. Não se preocupe com o produto final do trabalho, mas sim com o processo. Não faça correções nas produções das crianças, como a árvore não é azul, o céu não é vermelho e outras desse tipo, pois a expressão artística é da criança e devese respeitar a forma de ela ver, perceber e expressar o mundo. Não se preocupe com a informação, como história da arte, leitura de obras, etc., mas sim com a vivência, a expe riência e a fruição. Não ofereça muitas opções de materiais ao mesmo tempo, pois a criança pode perder o foco. No caso de tintas, por exemplo, três a quatro cores são suficien tes para ela explorar. Revista Projetos Escolares: Creche. São Paulo: On Line Editora, 2007, ano 2, n. 6. 142 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 142 15/06/2020 15:45:06 Pensamento Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e, terceiro, por experiência, que é o mais amargo. Confúcio 143 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 143 15/06/2020 15:45:06 a 1o dia Semana de avaliação. 2o dia Semana de avaliação. 3o dia Semana de avaliação. 4o dia Semana de avaliação. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 20a Semana - Grade semanal Tom Wang / Shutterstock.com 144 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 144 15/06/2020 15:45:07 Autoconhecimento e autocuidado DINÂMICA PARA TRABALHAR O SOCIOEMOCIONAL NOTA: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define um conjunto de compe- tências gerais que servem como um guia para o aprendizado das crianças, e que devem ser desenvol- vidas de forma inte- grada ao currículo. 38 O que: Conhecer-se, compreender-se na diversidade humana e apreciar-se. Para: Cuidar de sua saúde física e emocional, reco- nhecendo suas emoções e as dos outros, com auto- crítica e capacidade para lidar com elas. • Educação socioemocional é a habilidade de identifi- car e gerenciar emoções, estabelecer relacionamen- tos saudáveis e contornar comportamentos destruti- vos – qualquer ação que a pessoa realize em prejuízo de si mesma. • Para educar, é preciso sentir, impregnar-se de emoção. • A palavra emoção vem o Latim movere, mover-se parafora, externalizar-se. É a máxima intensidade do afeto. • Na prática, devemos instigar a curiosidade e o interesse do aluno a partir das suas paixões e pro- mover o sujeito autônomo. Permitir o fazer, o desper- tar, favorecer situações de aprendizagem, promover situações-problema valorizar cada aluno e sua forma de pensar, exercitar a ludicidade e empoderar o pen- sar da criança. FONTE, Paty. Competências socioemocionais na escola. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019. 145 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 145 09/07/2020 14:53:13 Semana de avaliação 1. Observe a imagem. Unidade 2 • A água • As doenças transmitidas pela água contaminada • O saneamento básico • O solo • Descartando o lixo 2. E você? a. Como utiliza a água? b. O que faz para evitar o desperdício em casa? c. Já presenciou uma situação de desperdício de água? Descreva-a e, em seguida, escreva uma possí- vel solução para ela. 3. Pesquise e escreva o nome dos órgãos abaixo, em seguida, pinte o órgão que pode desenvolver a hepatite. Resposta pessoal Clara deve consertar o vazamento. cérebro intestino fígado rins Resposta pessoal 4. Use V, para as frases verdadeiras, e F, para as falsas. 5. Sublinhe, de vermelho, as alternativas falsas. 6. Marque a resposta que explica o sentido de coleta seletiva. a. As queimadas ajudam a melhorar a qualidade do solo. b. Encontramos, na superfície terrestre, diversos tipos de solo. c. Na superfície terrestre, existem apenas dois tipos de solo. d. O solo é formado por pedaços de rochas e restos de plantas e animais. x F F V V É a forma adequada de guardar o lixo. É onde se joga o lixo. É reciclar o material. É levar o lixo separado de acordo com o material com o qual foi fabricado. Saneamento básico engloba apenas um procedimento que visa proporcionar uma situação higiênica. Nos locais onde não há água tratada, a água poderá ser utilizada sem que haja um tratamento. Todo cidadão tem direito ao saneamento básico. No Brasil, muitas cidades ainda sofrem com a falta de saneamento básico. O que Clara deve fazer para evitar o desperdício? Resposta pessoal 146 FC_ME_CIEN 3F_UN 2.indd 146 09/07/2020 14:53:15 Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental 5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defen- der ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natu- reza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. Base Nacional Comum Curricular – BNCC O que vamos estudar: • Os animais • Reprodução dos animais • Animais ameaçados de extinção • Dinâmica para trabalhar o so- cioemocional 147 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 147 15/06/2020 14:13:39 Conteúdos da unidade e a BNCC Unidade 3 Conteúdo Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Os animais • Vida e evolução • Características e desenvolvi- mento dos animais (EF03CI04) Identificar características so- bre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em caracterís- ticas externas comuns (presença de pe- nas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). Reprodução dos animais • Vida e evolução • Características e desenvolvi- mento dos animais (EF03CI04) Identificar características so- bre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI05) Descrever e comunicar as al- terações que ocorrem desde o nascimento em animais de diferentes meios terrestres ou aquáticos, inclusive o homem. Animais ameaçados de extinção • Vida e evolução • Características e desenvolvi- mento dos animais (EF03CI04) Identificar características so- bre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. Dinâmica para trabalhar o so- cioemocional — — NOTA: A Base Nacional Comum Curricu- lar (BNCC) define um conjunto de com- petências gerais que servem como um guia para o aprendizado das crianças, e que devem ser desenvolvidas de forma integrada ao currículo. 148 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 148 15/06/2020 14:13:40 a 1o dia Ciências: Os animais – páginas 40 e 41 Orientação didática: • Mostre aos alunos algumas gravuras de animais. Peça-lhes que escolham alguns exemplos de ani- mais. Em seguida, eles deverão classificá-los de acordo com alguns critérios escolhidos, pode ser tamanho, cobertura do corpo, etc. Elabore cartazes com a atividade que os alunos realizaram. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: Os animais – página 42 Orientação didática: • Pesquise diferentes animais vertebrados. É impor- tante que os alunos tentem encontrar os mais diver- sos animais. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 21a Semana - Grade semanal Fotoksa / Shutterstock.com 149 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 149 15/06/2020 14:13:40 Dinâmica Um abraço animal Antes que a “Confraternização dos Bichinhos” comece, tome alguns cuidados. Afinal, as crianças vão estar de olhos vendados! Na sala de aula, afaste mesas e cadeiras, isole degraus e proteja janelas. Na quadra, retire as traves e impeça a passagem para es- cadas. Local arrumado, faça papeizinhos com o nome de seis animais, de modo que a turma fique distribuí- da por grupos com um número aproximado de mem- bros. Dobre os papéis e coloque-os em um saco. Cada aluno pega um papel para identificar o bicho que será. Para evitar confusão, peça às crian- ças que imitem os sons dos seis animais. Vendadas, elas saem à procura dos membros de sua equipe guiando-se só por esses sons. Quando dois cachor- ros, por exemplo, encontram-se, eles se abraçam e continuam procurando, juntos, o restante do grupo. O jogo termina quando todos os grupos se completam. Sugira, então, um grande abraço entre as crianças. Revista Nova Escola. Ano XIV. N. 120. Se rg ey S uk ho ru ko v / Sh ut te rs to ck .c om 150 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 150 15/06/2020 14:13:41 Orientação didática Inicie a aula pedindo aos alunos que desenhem o seu animal preferido em uma folha de papel sulfi- te. Depois, no verso da folha, eles deverão escrever algumas características desse animal. Faça um trabalho interdisciplinar com Matemática construindo uma tabela e um gráfico de barras a partir dos dados levantados sobre o animal preferido dos alunos. BNCC (EF03CI04) Identificar caracterís- ticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. 40 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 151 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 151 09/07/2020 14:59:12 Orientação didática Os assuntos sobre animais são, na maioria das ve- zes, envolventes. Nessa oportunidade, a partir de tex- tos, pesquisas e outras atividades, explore bastante a oralidade e a imaginação das crianças. É importante que a criança compreenda que o ho- mem, embora sendo um animal racional, é parte integrante do ambiente, estando sujeito às mesmas regras naturais. Promova uma visita ao zoológico de sua cidade para as crianças terem mais contato com o mundo ani- mal. Depois, solicite-lhesque façam uma produção de texto sobre a visita. BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 41 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 152 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 152 09/07/2020 14:59:13 Orientação didática Converse com os alunos a fim de que reconheçam os aspectos semelhantes e diferentes entre todos os animais. Faça um levantamento de hipóteses a respeito dos critérios de classificação dos animais vertebrados. Peça aos alunos que classifiquem os grupos dos animais vertebrados (aves, mamíferos, répteis, anfíbios e peixes) segundo suas característi- cas quanto ao meio ambiente onde vivem, às formas de locomoção, ao revestimento do corpo e à forma de reprodução. BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 42 153 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 153 15/06/2020 14:13:43 Fundamentação Teu tempo não é dinheiro, é vida A vida está tão corrida que não temos tempo nem mesmo para aprender a poupá- -lo. Antes de mais nada, saber gerenciar o tempo é conseguir diferenciar o que é im- portante do que é emergencial. Para fazer esse bem tão precioso render, fique atento às seguintes dicas: • Planeje seu dia. Planos são corrimões que o guiam por meio das distrações do dia e o mantêm no curso. Planeje, logo no começo, o que fará durante o dia, avalie o pro- gresso durante intervalos regulares e meça os resultados no final. • Programe suas tarefas. Os trabalhos da lista “para fazer” mostram apenas sua in- tenção em lidar com eles, mas programar tarefas importantes revela um compromis- so para terminá-las. Empenhe-se nas atividades de sua prioridade e mantenha suas obrigações. • Organize sua área de trabalho. Um local de trabalho bem organizado não é sinal de uma mente doentia, e sim organizada. As pessoas são mais produtivas no trabalho quando tudo está arranjado de maneira ordeira e de fácil acesso. • Mantenha seus arquivos em ordem. Quanto mais papelada se tem, mais difícil en- contrar qualquer coisa. Não mantenha cópias de documentos que podem ser encon- trados em outro lugar. Arquive temporariamente, marcando um “jogar fora no dia...” nos papéis que você poderá necessitar no futuro. Na dúvida, guarde-os em local separado. Faça uma “limpeza” em seu material regularmente. • Não se apresse. Os erros ocorrem mais frequentemente quando um trabalho é feito com pressa. Se você não puder terminar tudo, eleja prioridades e finalize as tarefas mais importantes. • Na dúvida, pergunte. Comunicação inadequada é um verdadeiro “ralo” por onde o tempo escoa. Tenha orgulho de um trabalho bem-feito e não da capacidade de adivi- nhar o que é requerido. Perguntar é bem mais rápido que tentar remendar. • Ponha no papel. Nós todos precisamos de ajuda (lembretes) para impedir que uma enxurrada de tarefas essenciais morra por negligência. Revista Profissão Mestre. ano 10. n. 110. Curitiba: Humana Editorial, novembro, 2008. 154 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 154 15/06/2020 14:13:43 PENSAMENTO Roberto Shinyashiki Vencer não é competir com o outro. É derrotar seus inimigos interiores. 155 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 155 15/06/2020 14:13:43 a 1o dia Realização do projeto. 2o dia Realização do projeto. 3o dia Realização do projeto. 4o dia Realização do projeto. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 22a Semana - Grade semanal verkoka / Depositphotos.com 156 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 156 15/06/2020 14:13:44 Dinâmica Animal-irmão O educador coloca um crachá com o nome de um animal na metade da turma. Esclarece que eles vão ser esse animal durante toda a atividade. A outra metade fica sem crachá. O educador já terá espalhado no meio da sala desenhos de dez grandes linhas (ou mais) com dois pontos. É um ponto de início e outro de final, e em cada um deles está escrita a palavra “irmãos”. Os que não têm crachá devem se posicionar em uma das pontas das linhas, e os que têm crachá com o nome de um animal devem ficar na outra ponta. Os sem crachá devem ficar parados nos pontos, e os que são ani- mais deverão mudar sempre ao sinal do educador. Quando estes chegarem à outra linha, devem falar: “Eu sou o animal (diz o nome), eu sou seu irmão(ã), obrigado(a) por você existir”. Depois que este fala, o outro educando deve dizer: “Eu sou (seu nome) e eu sou seu(sua) irmão(ã), obrigado(a) por você existir também”. O educador solicita que o educando “ani- mal” mude, fazendo isso algumas vezes; e todos devem efetivar as devidas falas. Depois de um tempo, o educador inverte os educandos e repete a mesma dinâmica. Ao final, todos avaliam como é ser irmão dos animais e a necessidade de agradecer-lhes. WENDELL, Ney. Praticando a gratidão em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2015. M on ke y Bu si ne ss Im ag es / S hu tt er st oc k. co m 157 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 157 15/06/2020 14:13:45 Projeto Animais vertebrados O que eles têm em comum? Incentive a pesquisa sobre os animais vertebra- dos e desperte a curiosidade dos alunos! Ano: 1° e 2° anos Disciplinas: Ciências; e Língua Portuguesa. Objetivos: observar, registrar e comunicar semelhan- ças e diferenças entre os animais; avançar no conhe- cimento sobre o sistema de escrita; ler para localizar informações e desenvolver o comportamento de lei- tor e escritor; ampliar o conhecimento sobre a diver- sidade entre os animais; interessar-se pela pesquisa; e estimular a curiosidade e o desejo pelo desafio. Orientação pedagógica: Valquíria Miguel Luchezi, professora do Ensino Fundamental, consultora peda- gógica e formadora de professores. Redação: Gabriela Meschini Toda criança gosta de pesquisar e buscar infor- mações. Ainda mais se for assunto de seu interesse. Pensando nisso, preparamos esse interessante pro- jeto com seis atividades que estimulam a curiosidade e o desafio de buscar informações. Ainda é possível aguçar o interesse em produzir textos sobre os ani- mais pesquisados. Preparados? Vamos nessa! Registrando os animais vertebrados Materiais: folha sulfite; imagens de animais vertebra- dos; lápis preto; livros e revistas para consulta. Colocando em prática: Na primeira parte dessa ativi- dade, os alunos irão realizar uma pesquisa sobre os animais. Leve livros, revistas e as imagens de animais vertebrados para a sala de aula. Agrupe as crianças em duplas, solicite que leiam as informações dos livros e que interpretem as imagens com o objetivo de verificar as características desses animais. É impor- tante que você explique como funciona o índice de livros e revistas, a fim de facilitar a pesquisa. Converse com cada dupla e aguce o olhar dos alunos. Entregue uma folha de papel sulfite por dupla e solicite aos alunos que escrevam uma lista de animais vertebrados. Faça uma roda de apresenta- ção com os nomes que as duplas colheram. Depois, oriente cada aluno para que volte ao texto e justifique suas escolhas. O objetivo é fazer com que a turma desenvolva os procedimentos utilizados para ler, escrever e associar as respostas. Registrando informações Materiais: canetas hidrográficas; a papel kraft (opcional) Colocando em prática: Esta atividade tem como obje- tivo sintetizar as descobertas feitas sobre os animais vertebrados. Para isso, os alunos deverão registrar as observações e informações encontradas. Explique a função social que a escritapossui para essas anotações. É importante que essa atividade seja feita coletivamente, pois servirá de modelo para as próximas etapas. Escolha uma criança para ser o escriba. No in- tuito de aguçar a curiosidade dos alunos, proponha perguntas, como: “No tema que estamos estudando, o que pareceu ser muito importante?”. Enquanto eles respondem, o escriba fica responsável por escrever o que é ditado na lousa no papel kraft. Faça interven- ções, como: “Vocês estão dizendo que existem ani- mais que não possuem ossos. Então, quem lembra qual foi a palavra que utilizei?”. Todos os animais possuem ossos? Materiais: livros e revistas para consulta. Colocando em prática: Inicie a aula explicando aos alunos que eles irão estudar as semelhanças e as dife- renças presentes nos animais. Aguce o interesse deles com algumas perguntas, como: “Todos os animais têm ossos?”, “A cobra possui coluna vertebral?”, “Como é formado o corpo dos animais grandes?”, “Animais pe- quenos possuem ossos?”, “Quais as diferenças entre animais que possuem coluna vertebral daqueles que não a possuem?” e “No que eles se assemelham?”. Verifique na biblioteca da classe ou da escola se existem livros com figuras e informações sobre diversos animais. Disponibilize esse material aos alunos e os instigue a procurar informações sobre os animais que consideram semelhantes e diferentes. Verbalmente, leve-os a classificar os animais com hábitos noturnos e diurnos, domésticos e sel- vagens, grandes e pequenos, entre outros. Quanto maior a diversidade observada, melhores serão as possibilidades de agrupamentos e mais ricas serão as discussões. Ao fim desse momento, socialize as informações descobertas em uma roda de conversa. 158 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 158 15/06/2020 14:13:45 Aperfeiçoando o nosso mascote Materiais: canetas hidrográficas; livros e revistas para consulta e papel kraft Colocando em prática: O objetivo dessa atividade é produzir um texto coletivo sobre o animal mais vota- do anteriormente. Certamente os alunos levantarão características, como tamanho, tipo de alimentação e hábitos. Estimule-os a voltar ao acervo da classe, para verificar outros dados, e tentar coletar várias informações, como no texto lido no início da ativida- de passada. As crianças terão o desafio de compor o texto, tomar decisões sobre o que escrever e como organizar a linguagem escrita. Aqui, seu papel como professor é ser o escriba da turma, apenas intermediando informações e as regis- trando. Portanto, a função dos alunos não é apenas de dar ideias, mas transformar essas ideias em um texto informativo. Auxilie-os no modelo da escrita e compartilhe as etapas desse processo. Discuta as diversas formas de se expressar, argumentar e textualizar. Auxilie na revisão do texto escrito. Após terminar o registro, leia o texto para os alunos e o quanto ampliaram o seu repertório sobre diferentes tipos de animal. Note se são capazes de agrupá-los de acordo com os critérios trabalhados. Analise o quanto cada aluno avançou em relação ao sistema de escrita e na aquisição da leitura e da escrita convencional. Avalie também o desenvolvi- mento do comportamento leitor e escritor durante as atividades da leitura e escrita. Revista Projetos Escolares Ensino Fundamental. Ano 6, N°59. São Paulo: Editora On line. Vamos escolher um mascote Materiais: lápis preto; livros e revistas para consulta; papel kraft; e texto trazido pelo professor. Colocando em prática: Selecione alguns textos sobre animais vertebrados a que os alunos ainda não tive- ram acesso, mas que tenham curiosidade e interesse em estudar, como um texto sobre gorilas. A intenção é ampliar as informações e aproximá- -los de um material informativo de divulgação cientí- fica. Antes de iniciar a leitura, comente como e onde encontrar o material. É interessante que cada criança tenha uma cópia do texto em mãos para poder acompanhar a leitura. Ao realizar esta atividade, espera-se que os alu- nos aprofundem a compreensão sobre vertebrados, identificando semelhanças e diferenças com outros animais, ao mesmo tempo que interagem com a lin- guagem escrita desses textos. Feita a leitura, pergunte aos alunos se com- preenderam o que foi lido. Explique quais são os há- bitos dos gorilas, por exemplo. Auxilie-os a estabe- lecer relações entre o que foi lido e o que já sabem sobre os gorilas e releia fragmentos do texto para confirmar interpretações e para relacionar informa- ções do texto. Aprofunde o conhecimento sobre as particularidades de outros vertebrados com revistas, gravuras e livros que retratem outros animais com características semelhan- tes, neste prego, entre outros. Faça uma roda de conver- sa e discuta os critérios para incluir esses animais no estudo dos vertebrados, analisando essa categoria. Proponha uma votação sobre o animal a ser escolhido como mascote da classe. Use papel kraft para registrar o nome dos animais pesquisados e estudados. Durante as anotações, faça intervenções que valorizem o avanço da escrita dos alunos. Em seguida, deixe exposta a lista e realize a votação. Escrever e aprender Materiais: folhas de sulfite; imagens de animais vertebrados; lápis para colorir; lápis preto; livros e revistas para consulta. Colocando em prática: Deixe ao alcance de todos as letras do alfabeto, livros, revistas e as imagens sobre os animais estudados. Então, solicite a cada dupla que escolha um dos animais presentes na lista da ativida- de anterior e encontre uma imagem correspondente. Entregue a cada dupla uma folha de papel sulfite e proponha que façam uma ilustração desse animal com uma legenda informativa. Incentive-os a escre- ver da melhor forma que puderem. Para aqueles que não leem convencionalmente, mas que já conhecem o valor sonoro das letras, selecione páginas com uma informação específica do animal em estudo. Leia o tí- tulo da página e comente o que as imagens revelam. Em seguida, proponha que busquem onde está es- crito “animal vertebrado”, por exemplo. Nesse momen- to, esses alunos lançarão mão da disposição gráfica do texto, dos índices e do valor sonoro convencional que conhecem. Ou seja, colocarão em jogo tudo o que sabem sobre o sistema de escrita para descobrir o que ainda não dominam. Enquanto as crianças escrevem, circule pelas duplas e auxilie a escrita. 159 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 159 09/07/2020 14:59:14 a 1o dia Ciências: Os animais – página 43 Orientação didática: • Faça com os alunos um levantamento dos alimen- tos dos animais vertebrados e classifique-os quanto à sua origem e aos grupos aos quais pertencem. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: Os animais – páginas 44 e 45 Orientação didática: • Solicite que os alunos pesquisem imagens de ani- mais vertebrados recém-nascidos e escrevam infor- mações sobre eles, como tempo de gestação. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 23a Semana - Grade semanal Africa Studio / Shutterstock.com 160 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 160 15/06/2020 14:13:45 Dinâmica Surpresa! Um jeito simples de movimentar a turma e traba- lhar o seu cérebro para fazer sempre mais por você é surpreender. Antes de cada aula, faça uma atividade diferente com a sua turma. Algumas possibilidades: • Coloque, na lousa, uma imagem de pessoa, ambiente ou objeto. Esse material deve estar de ponta-cabeça. Os alunos, no entanto, devem desenhá-lo de cabeça para cima. Para isso, a imagem precisa ser bastante simples, só com traços, sem pintura nenhuma. • Convide um palestrante ou ator para fazer uma apresentação para os alunos no decorrer da aula. Mas não chegue com ele à sala de aula,explican- do tudo direitinho: “Esse é o ator tal, ele vai fazer tal coisa”. Inicie a aula como se nada demais fosse acontecer e depois receba o ator ou palestrante com naturalidade, deixando que ele, por meio de seu tra- balho, faça os alunos descobrirem que é o convidado especial da aula. • Tenha, em seus arquivos, o nome e a data de ani- versário de seus alunos, mas sem que eles saibam! Escolha algumas datas e celebre os aniversários dos estudantes. Lembre-se de que eles só devem ser informados sobre a festa e seu objetivo na hora mar- cada. Essa é uma maneira de mostrar aos estudantes que eles são importantes, que você os conhece e que eles são especiais. Revista Profissão Mestre. ano 10, n. 110. Curitiba: Humana Edito- rial, novembro, 2008. Leve uma música que tenha a ver com o conteú- do que você estiver ministrando e cante-a na sala junto aos alunos. Providencie alguns instrumentos musicais e pessoas que saibam tocá-los. Dessa for- ma, sua aula ganha ares de recital, o clima fica leve, os alunos interagem, relaxam e aprendem. ik os tu di o / D ep os itp ho to s. co m 161 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 161 15/06/2020 14:13:46 1. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 43 a. Peixes b. Mamíferos c. Répteis d. Aves e. Anfíbios vivem na terra e na água. alimentam-se pelo bico. rastejam no solo. geralmente, respiram por brânquias. mamam quando são pequenos. e d c a b paulaphoto / Shutterstock.com 162 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 162 15/06/2020 14:13:46 1. Responda às seguintes questões. 2. Desembaralhe as letras e descubra como os ani- mais vertebrados são classificados. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 44 a. De qual outro nome podemos chamar a coluna vertebral? b. Como chamamos os ossos que formam a coluna vertebral? Espinha dorsal. Vértebras. A F M M O S Í E R T E R P S I É E P I E X S A F N B O I Í S E S V A Mamíferos Anfíbios Répteis aves Peixes 163 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 163 15/06/2020 14:13:47 1. Leia a informação e complete os quadrinhos. 2. Leia e complete. Sugestão de atividade 45 BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). Sou um animal que possui coluna vertebral e crânio. Como sou chamado? V ER R DE BT A O a. Mamífero que vive no deserto: . b. Único mamífero que voa: . c. Ave que vive nas regiões geladas: . d. Único réptil que não tem patas: . camelo pinguim morcego cobra 164 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 164 15/06/2020 14:13:48 Fundamentação Prática docente Autor americano Doug Lemov defende que o engaja- mento é a essência do sucesso dos estudantes Na sala de aula é que ocorre a maior parte do processo de ensino e aprendizagem, sob a respon- sabilidade do docente. O professor estadunidense Doug Lemov, diretor-executivo da rede Uncommon Schools, formada por escolas que atendem a jovens pobres nos Estados Unidos, analisou durante cin- co anos como os professores poderiam aperfeiçoar suas técnicas didáticas para melhorar o desempenho do aluno e concluiu que o engajamento é a essência do sucesso dos estudantes. Os alunos dessa rede normalmente tiveram uma formação deficiente nos primeiros anos de escolariza- ção, o que os coloca em desvantagem com os alunos mais abastados quando concorrem a vagas na uni- versidade, sinônimo de sucesso e ascensão social nos Estados Unidos. Por isso, o professor Lemov voltou sua pesquisa ao melhor aproveitamento do tempo em sala, para reduzir essa distância social de aprendiza- gem, o que torna essencial o engajamento do aluno. As técnicas propostas por Lemov foram conso- lidadas no livro “Aula Nota 10 – 49 técnicas para se tornar um professor campeão de audiência”, lança- do no Brasil em 2010 pela editora Da Boa Prosa, em parceria com a Fundação Lemann. Na obra, o enga- jamento do aluno é considerado um dos cinco prin- cípios básicos necessários ao professor para cons- truir uma forte cultura escolar propícia ao ensino e à aprendizagem (os outros quatro são: disciplina, que é ensinar os alunos a serem alunos; gestão, entendi- da como o reforço de comportamentos com base na consciência de suas consequências; controle, ou seja, convencer os alunos a realizarem o que se pede; e influência, sendo um inspirador para os estudantes). Para Lemov, é comum os alunos mudarem de dentro para fora. “A aparência prosaica de suas inte- rações diárias define aquilo em que acreditam e que valorizam em sua vida escolar, mais do que o contrá- rio. As pessoas agem (ou são levadas a agir) de certa maneira e, depois, explicam seus atos com ideolo- gia”, defende. Para eles, se engajados, os estudantes pensarão que são bons alunos, o que se tornarão efetivamente, estando, de fato, aplicados na própria aprendizagem. Nesse sentido, a primeira ação em sala de aula é criar altas expectativas acadêmicas, o que, segundo o autor, “pode servir como motor para o sucesso escolar”. Nesse caso, o professor deve, de acordo com Lemov, considerar que os alunos são capazes de realizar as atividades e o trabalho cogni- tivo proposto e estimulá-los a oferecer sempre mais no desempenho em aula. As aulas também devem ser estruturadas para transferir para o aluno a responsabilidade pelo seu conhecimento e pelo uso da própria capacidade de aplicá-lo. Começa-se com uma fase em que o pro- fessor passa as informações-chave da maneira mais direta possível, depois acompanha o aluno na execu- ção de tarefas para construção do conhecimento e, finalmente, oferece ao estudante múltiplas oportuni- dades de praticar autonomamente. Outras observações do autor são evitar, na moti- vação dos alunos, desempenhos performáticos des- providos de conteúdo, construir valores de autocon- fiança, estimular os alunos a pensarem criticamente e ensiná-los a tirar o máximo da leitura [...]. XiXinXing / Depositphotos.com 165 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 165 15/06/2020 14:13:48 Técnicas didáticas motivacionais Entre as 49 técnicas didáticas propostas por Doug Lemov, seis são voltadas a estimular os alunos e a buscar o engajamento nas aulas. O autor, contudo, alerta: a melhor forma de engajar o aluno é fazê-lo acreditar que precisa dos conhe- cimentos e das competências trabalhadas nas atividades da aula. Plumas e paetês Realização de curtas apresentações ou ativida- des lúdicas, geralmente de viés artístico, performá- tico ou audiovisual, seguindo um programa especí- fico de aprendizado e com cuidados para que não se torne um evento tratado com desdém, displi- cência ou que se desvie dos objetivos da aula. Todo mundo escreve Também tem por objetivo fazer com que o aluno organize suas ideias antes de responder. Consiste em pedir que as respostas sejam primei- ramente redigidas para, depois, uma vez bem pen- sadas e elaboradas, serem apresentadas à turma. Tempo de espera Após fazer uma pergunta, aguardar alguns segundos para que os alunos pensem na respos- ta antes de pedir aos voluntários ou até mesmo escolheralguém para participar. Esse interstício ajuda na organização das ideias do aluno antes de falar perante a turma. Bate-rebate Usar um tempo no início da aula com jogos de perguntas e respostas rápidas para exercitar a cognição, retomar e reforçar conteúdos, com o objetivo de fixar o conhecimento de aulas anterio- res e, por consequência, facilitar a introdução de novos temas. Todos juntos A turma toda responde em coro, desde que não seja para repetição de aforismos ou refrãos. É indicada pelo autor como ferramenta para repe- tição de tópicos comportamentais acadêmicos, relatar resultados de tarefas concluídas, reforço de novas informações, revisão de conteúdo e resolu- ção de problemas. De surpresa Garantir que todos tenham a expectativa de ser chamados para responder a uma pergunta a qualquer momento da aula, mesmo os que não levantaram a mão indicando voluntariedade. Para tanto, o critério do professor sobre quem chamar deve ser sistemático e garantidor da equidade. paulista / Shutterstock.com 166 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 166 15/06/2020 14:13:48 Impulsionando o engajamento No Brasil, os professores de Física Josimeire Júlio, Arnaldo Vaz e Alexandre Fagundes defendem que o engajamento do aluno atualmente é concen- trado no aspecto cognitivo, gerando o desinteresse. Contudo, a aprendizagem pode se dar pelo incentivo ao envolvimento do aluno em práticas investigativas. Os pesquisadores analisaram um grupo de alunos do Ensino Médio na investigação em sala de aula sobre o tema “Atividade das estrelas variáveis”, com os resultados publicados no artigo científico “Atenção: alunos engajados – análise de um grupo de apren- dizagem em atividade e investigação”. Eles partiram do princípio de que a relação que os alunos desen- volvem com uma atividade é influenciada por fatores contextuais, como o estilo de atividade, as interações com os colegas, a postura do professor e as expe- riências anteriores. O engajamento, no caso, seria um constructo que se refere justamente a essa relação entre indivíduos e atividade, atrelada ao contexto no qual ela ocorre. “O caráter aberto e desafiador das atividades de investigação potencializa o engaja- mento dos alunos nos níveis comportamental, emo- cional e cognitivo. Em uma mesma atividade, pode haver momentos de engajamento pautado pelas proposições do professor, engajamento pautado pelo interesse dos próprios alunos ou, mesmo, falta de engajamento. A maneira como a atividade é propos- ta, portanto, é uma das componentes do contexto”, explicam os professores. Os pesquisadores defendem que a consciência do professor quanto à dinâmica do engajamento dos alunos durante uma atividade é necessária para que ele julgue se cabe modificar o desenvolvimento das atividades que propõe no sentido de buscar o envol- vimento dos estudantes. Revista Gestão Educacional: Prática docente. Ano 9. n. 99. Curiti- ba: Humana Editorial. gu al tie ro b of fi / Sh ut te rs to ck .c om 167 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 167 15/06/2020 14:13:49 a 1o dia Ciências: Os animais – página 46 Orientação didática: • Apresente perguntas referentes aos animais e suas relações com outros de sua espécie e de espécies diferentes. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: Os animais Orientação didática: • Continuação do trabalho com o assunto “Os animais”. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 24a Semana - Grade semanal Samuel Borges Photography / Shutterstock.com 168 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 168 09/07/2020 14:59:14 Dinâmica Mensagens positivas O educador traz uma caixa pequena com vários papéis com mensa gens positivas sobre amor, paz, alegria, etc. São frases simples e que os educandos entendem rapidamente. Explica que cada um deve- rá escolher a frase de que mais gostou. Depois de escolhidas, ele explica que os educandos deverão gravar essa mensagem para a turma em um apare- lho de gravação (pode ser um celular). O elemento importante é que essa mensagem será dire cionada para um colega sorteado pelo educador. Ele pede que peguem um papel com o nome e guardem-no para ninguém ver. Depois, pede que esperem na sala, pois vai gravar com cada um numa sala ao lado ou no corredor. Chama de um em um e grava. No mo- mento da gravação, orienta que falem no início: “Esta mensagem é para... (nome do colega)”. Ao termina- rem de gravar, o educador liga o aparelho no som e todos irão ouvir para identificar quem é e, principal- mente, o que a mensagem traz de importante. Ao final, todos conversam sobre como foi falar o texto, ouvir seu nome, sua voz, etc. O educador pergunta o que acharam de receber uma mensagem positiva. Paz no mundo! Viva a alegria! Amizade verdadeira! WENDELL, Ney. Praticando a generosidade na sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013. w av eb re ak m ed ia / S hu tt er st oc k. co m St ud io By Th eS ea / S hu tt er st oc k. co m 169 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 169 15/06/2020 14:13:50 1. Escreva, na cruzadinha, os cinco grupos em que se classificam os animais vertebrados. a. c. b. d. e. Sugestão de atividade 46 BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). R É M P A T M E F Í A B O N I S F V S X P E E S I R S O S 170 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 170 15/06/2020 14:13:51 Fundamentação Esforço criativo É relativamente comum as pessoas dizerem “eu estava esperando uma inspiração para fazer esse texto, para começar essa obra, para pensar na orga- nização de um jantar, para refletir sobre um projeto”... Ora, existe um esforço imenso para ser criativo e, mais do que isso, para que essa inspiração possa ter o seu lugar. Vale citar aqui Igor Stravinsky (1882-1971), um compositor russo que morreu em Nova York, uma personalidade inesquecível da música sinfônica, com uma influência imensa em toda a música contempo- rânea. Alguém que, com seus grandes balés e peças, deixou um legado extremamente criativo. Mas ele mesmo dizia: “Um leigo pensaria que, para criar, é preciso aguardar uma inspiração. É um erro. Não que eu queira negar a importância da inspi- ração. Pelo contrário, considero-a uma força motriz, que encontramos em toda a atividade humana e que, portanto, não é apenas um monopólio dos artistas. Essa força, porém, só desabrocha quando algum esforço a põe em movimento”. O que Stravinsky chamava de trabalho é o esfor- ço a ser feito para que a inspiração seja colocada em movimento. A capacidade de fazer a inspiração desa- brochar, emergir, vir à tona quando nós conseguimos, com esforço, fazer com que ela se desate. Não é sentar e aguardar, não é repousar e, então, seremos possuídos por um momento de grande movi- mento cerebral. Não é só isso, é colocar-se no esforço. CORTELLA, Mario Sergio. Pensar nos faz bem!: 4. Vivência fa- miliar, vivência profissional, vivência intelectual, vivência moral. Petrópolis, RJ : Vozes, 2015. monkeybusiness / Depositphotos.com 171 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 171 15/06/2020 14:13:51 a 1o dia Semana de revisão. 2o dia Semana de revisão. 3o dia Semana de revisão. 4o dia Semana de revisão. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 25a Semana - Grade semanal Early Spring / Shutterstock.com 172 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 172 15/06/2020 14:13:52 Dinâmica Dinâmica do robô • Sorteie um aluno para sero robô e outro para aguardar fora da sala de aula enquanto você dá algu- mas orientações ao grupo. • Combine com os alunos quais partes do corpo do robô serão os botões para ligá-lo e desligá-lo. Exem- plo: liga no nariz e desli ga na orelha esquerda. • Chame o aluno que estava fora da sala e explique que ele terá de encontrar os “botões” de ligar e desli- gar o robô. As outras crianças podem ajudar dizendo “está quente”, quando o colega estiver próximo de acertar ou “está frio” quando estiver longe do objetivo. • Faça um fechamento da atividade, contando para o grupo o que você observou durante a brincadeira (houve cooperação? Eles estavam atentos?, etc.). Revista Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I. São Paulo: Oceano. 173 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 173 15/06/2020 14:13:52 Semana de revisão 1. Pense e responda às perguntas abaixo. 2. Quantos e quais são os grupos em que os animais vertebrados estão divididos? São cinco grupos: mamíferos, aves, peixes, anfíbios e répteis. Unidade 3 • Os animais a. Você é mamífero? Justifique sua resposta. b. Cite alguns mamíferos úteis para o homem. Sugestão de resposta: Sim, porque mamei quando era bebê, possuo pelos e fui gerado na barriga da minha mãe. Resposta pessoal. 3. Observe a imagem e depois responda às perguntas. a. Que animal aparece na imagem? b. Faça um desenho representando o esqueleto do animal acima e escreva o nome do grupo de vertebra- dos ao qual ele pertence. Sapo/rã Resposta pessoal anfíbios. Podemos encontrar em ambientes aquáticos. É coberto por escamas. São os órgãos de respiração dos peixes. As nadadeiras. 4. Responda ao que se pede. a. Em que ambientes podemos encontrar peixes? d. Que parte do corpo dos peixes ajuda a controlar a direção dos seus movimentos? c. De que é coberto o corpo da maioria dos peixes? b. O que são as brânquias? an to ni od ia z / Sh ut te rs to ck .c om Ch ro s / Sh ut te rs to ck .c om 174 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 174 15/06/2020 14:13:53 Fundamentação Claro que sim! E de inúmeras maneiras: simples, mas convincentes. Uma delas é observar que não existem ou existiram gênios com inteligências iguais. Alguns deles, reconhecidos pela humanidade pelo fantástico poder mental, mostravam-se espetacu- lares em talento matemático, como por exemplo: Einstein, Pitágoras, Euclides e muitos outros. Outros talentos, não menos geniais, e entre eles Mozart, Strauss ou Beethoven, encantaram o mundo com seu talento musical. Nesta relação, também é importante incluir gênios que não lidavam muito bem com números ou com notas musicais, mas eram verdadeiros “craques” na fértil imaginação e no uso de palavras, e nesse time se incluiriam Camões, Cer- vantes, Machado de Assis e tantos outros de agora e do passado. A relação prossegue, e mesmo raros gênios em quase tudo, como Michelângelo e Goethe, diferenciavam-se nisto ou naquilo, e nem por isso eram menos geniais. Mas, é claro, além dessas ainda existem outras, inúmeras outras provas sobre essa diversidade cerebral. Veja, por exemplo, o caso de afecções cerebrais agudas que causam doenças limitadoras, como acidentes vasculares cerebrais ou traumas violentos, produto de acidentes. Suas vítimas perdem capa- cidades cerebrais específicas às áreas atingidas e, assim, alguns são afetados em sua fala, outros são atingidos em seu poder de memorização e existem os que comportam limitações motoras ou inúmeras outras. Se todos os cérebros fossem iguais, causas idênticas gerariam limitações iguais, e não é, absolu- tamente, o que acontece. Além dessas, outras razões e que dependem de estudos e análises científicas específicas confirmam a diversidade mental. Exames feitos por aparelhos rastreadores da mente destacam essa diversidade, e isso tudo garante que você tem uma mente muito especial, diferente de outras mentes. Essa diversida- de, entretanto, não impede que melhor conhecimento e maneiras inteligentes de estimulá-la não sejam benéficos para todos. O cérebro humano é único, di- ferente em cada pessoa, mas todas elas respondem positivamente a quem quer que aprenda maneiras simples de saber utilizá-lo. Você tem muito a ganhar. Basta querer. ANTUNES, Celso. O poder do foco: o cérebro e seu papel essen- cial para uma carreira de sucesso. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. É possível provar a diversidade cerebral? Pressmaster / Shutterstock.com 175 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 175 15/06/2020 14:13:53 a 1o dia Ciências: Os animais – Animais invertebrados – páginas 47 (segunda coluna) e 48 Orientação didática: • Crie, com seus alunos, um painel mostrando os animais invertebrados que transmitem doenças ao homem. Cole figuras desses animais e, embaixo de- las, escreva o nome de cada um deles. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: Os animais – Animais invertebrados – página 49 Orientação didática: • Em uma ficha informativa contendo figuras de animais invertebrados, escreva os seguintes itens: nome popular, nome científico, hábitos alimentares, doenças que transmitem, ambiente em que vivem. Exponha esse quadro na escola. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 26a Semana - Grade semanal Patrick Foto / Shutterstock.com 176 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 176 09/07/2020 14:59:15 Dinâmica Balão do desejo Finalidade: levantar as expectativas por meio do simbólico. Materiais: papel, caneta e balão. Descrição: 1. Distribua, entre os participantes, um balão (cada um deve escolher a cor que qui- ser), três tiras pequenas de papel e uma caneta. 2. Peça que todos escrevam nas tiras de papel as perguntas: • Quais as qualidades que você admira nas pessoas? • O que você deseja para os seus colegas? • O que você está disposto a nos dar? 3. Pede-se para cada um responder às perguntas. 4. Cada um escreve o nome em cada tira depois de responder às pergun tas, em seguida, enrole-as bem fino. 5. Coloque, então, as três tiras dentro do balão, encha-o e amarre-o. 6. Todos ficam em pé e jogam os balões para o alto, sem deixá-lo cair por um minuto. 7. Depois, cada um pega um balão qualquer, desde que não seja o seu. Estoura-o e fica com as tiras que estão dentro dele. 8. Em círculo, sentados, cada um começa a ler as perguntas e respostas que têm. Comentário: Essa técnica serve para o autoconhecimento; para que todas as pessoas de um grupo se expressem; para o grupo levantar suas expectativas; e para delimitar as possibilidades e os limites do grupo e da atividade proposta. 177 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 177 15/06/2020 14:13:54 1. Assinale, com um x, o nome dos animais abaixo que são vertebrados. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 47 Leão Mosca Vaca Besouro Minhoca Cobra Rato Pomba CentopeiaX X X X X Evgenyi / Shutterstock.com PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 178 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 178 09/07/2020 14:59:17 Orientação didática Solicite às crianças que levem figuras de insetos para a sala de aula. Depois, junto com elas, analisan- do cada espécie apresentada, procure identificar as características desses animais. Assim, as crianças poderão aprender que os insetos são os animais invertebrados que têm o corpo dividido em cabeça, tórax e patas; a cabeçatem um par de antenas; o tórax, geralmente, tem um par de asas; e apresentam seis patas em três pares. BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 48 gl en da / S hu tt er st oc k. co m 179 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 179 15/06/2020 14:13:55 1. Compare cada dupla de animais e escreva uma semelhança e uma diferença entre eles. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 49 CANÁRIO MORCEGO Semelhança Diferença vertebrado que voa vertebrado que voa tem penas tem pelos COBRA MINHOCA Semelhança Diferença rasteja rasteja vertebrado invertebrado BALEIA PIRANHA Semelhança Diferença vertebrado que vive na água vertebrado que vive na água é mamífero é ovíparo BEIJA-FLOR BORBOLETA Semelhança Diferença voa voa vertebrado invertebrado 180 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 180 15/06/2020 14:13:57 1. Um grande mestre é sempre o bom exemplo. Crianças e adolescentes, mesmo quando não de- monstram, são capazes de perceber a contradição entre o que se diz e o que se faz. Se não resistir à tentação de fazer algo diferente do que prega, faça- -o longe dos olhos da criança ou, com sinceridade, “abra o jogo” e confesse sua fraqueza e prometa esforço para mudar. 2. Jamais compare a capacidade de aprendizagem de um filho com outro ou com seus colegas e ami- gos. No cérebro humano, existem cerca de duzentos bilhões de neurônios que recebem de mil a dez mil sinapses, emitindo axônios que se ramificam e co- municam uns neurônios com os outros. Imaginar que existam dois cérebros iguais é absolutamente im- plausível, por isso não percam de vista as limitações naturais de qualquer pessoa, nunca acreditando que uma aprende tal como outra ou avaliando crianças diferentes com instrumentos comuns. 3. Saiba “ler e interpretar” a maneira e o jeito próprio de ser das crianças e dos adolescentes que tem em casa. Perceba, observando e conversando sobre suas facilidades e suas dificuldades, veja-as lidando com suas palavras ou com a experiência proporcionada, descobrindo o quanto se sentem frustrados ou se revelam orgulhosos com seus feitos. Princípios educacionais que sempre se deve levar em conta Débora Corigliano Nunca fomos muito amigos de conselhos generalistas, por saber que cada criança e cada adolescente é único e que, desta maneira, o que vale para alguns pode não valer para outros. Mas, mesmo fugindo dessas “regras gerais”, a vida e a experiência ajudaram-nos a relacionar alguns princípios educativos, que, devidamente adaptados à condição específica de cada família, podem ser de significativa validade. Leia, com atenção, estes princípios e se fixe nos que mais se ajustam à educação que você desenvolve ou pretende desenvolver: As hw in / S hu tt er st oc k. co m Fundamentação 181 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 181 15/06/2020 14:13:57 4. Não se deixe levar pela ilusão de que tudo que um filho aprende seja capaz de expressar com palavras. Faça-se um “educador de sentimentos” e, portanto, não se preocupe se seu filho pode ou não repetir com palavras os ensinamentos assimilados. Valorize mais as ações geradas pela aprendizagem que uma nota. 5. Conheça muito bem a si mesmo para não fazer dos filhos alguém com sua imagem e semelhança. Aprenda a descobrir a beleza que existe em sermos únicos e jamais faça de um filho o que a vida e a ex- periência não fizeram em você. 6. Considere sempre o “estilo” de aprendizagem de cada filho e nunca generalize ações comparativas. Algumas crianças se sensibilizam mais com histó- rias do que com jogos, outras preferem o caminho do humor do que da bronca. Uma boa educação no lar consegue ser “única”, mesmo que para muitos. 7. Jamais deixe de levar em conta o ambiente e o “clima emocional” em que se desenvolvem as ativi- dades de estudo e lazer. O que vale nem sempre é sala cheia de brinquedos e jogos eletrônicos — men- sagens vazias —, mas a capacidade emocional de fazer de cada cantinho, em todos os momentos, um mundo encantado repleto de boas surpresas. 8. Não se preocupe em restringir o ato de educar a horários fixos. É importante que a criança e o adoles- cente percebam que existem momentos para brincar e momentos para comer, como existem momentos para dormir e outros para passear e, assim, é impor- tante reservar um tempo diário para estudos e lições. No entanto, também nos passeios, nos bate-papos ou em outras oportunidades, é sempre válido o refor- ço do bom conselho por meio do comentário amigo, da observação atenta, da boa anedota na hora certa. 9. Não creia que o bom castigo deseduca. É inaceitá- vel, sejam quais forem as razões, o uso da força para obrigar uma criança a fazer ou não fazer algo, mas se qualquer palmada constitui agressão injustificável, é importante que os filhos descubram que a vida é cheia de regras e que o não cumprimento desta ou daquela envolve sanções, tal como ocorre na prática de qualquer jogo esportivo. Perder, por exemplo, uma festa porque não se agiu corretamente não faz com que o filho cresça odiando o pai ou a mãe, e ensina que a vida é formada de causas e de consequências e que boas ações merecem elogios ou recompensas. As atitudes negativas e contrárias ao que se combi- nou implicam algum tipo de preço. 10. Procure sempre ser um bom ouvinte e não espere que os filhos demonstrem “vontade” de falar. Tenha sempre uma porção de desafios e os coloque em todas as oportunidades possíveis, provoque bate- -papos, faça-os falar de seu dia, seus amigos, sua escola e seus sonhos. ANTUNES, Celso. Educar em um mundo interconectado: um livro para pais e professores: Petrópolis, RJ. Editora: Vozes, 2016. Ev ge ny V or ob ie v / Sh ut te rs to ck .c om 182 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 182 15/06/2020 14:13:58 PENSAMENTO George Duhamel Quando um livro é lido, se- gundo o estado de ânimo, nesse livro são encontradas interpretações desse estado. 183 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 183 15/06/2020 14:13:58 a 1o dia Ciências: Os animais – Animais invertebrados – páginas 50 e 51 (primeira coluna) Orientação didática: • Apresente imagens de animais vertebrados e inver- tebrados e compare-os, destacando suas principais características. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: Os animais – Animais invertebrados Orientação didática: • Continuação do trabalho com o assunto “Os ani- mais – Animais invertebrados”. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 27a Semana - Grade semanal parinyabinsuk / Shutterstock.com 184 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 184 15/06/2020 14:13:59 1 2 3 4 5 6 Dinâmica Gentileza na floresta O educador leva, para a sala, doze crachás com nome de doze animais, que serão usados pelos educandos. Ele distribui os cartões para toda a turma e explica-lhe que os animais são personagens que irão realizar uma ação de faz de conta, em um espaço na sala que representará a floresta. Quando o educador chamar cada dupla de animais, os educandos deverão se dirigir a esse es- paço e executar a ação que será dita por ele, como se fossem os animais, com seu jeitocorporal e, também, com a respectiva fala deles: Algumas regras devem ficar claras: é importante ter diálogo, agradecer a ajuda e não fazer a ação de forma rápida. Depois que todos fizerem as pequenas cenas, o educador conduz uma conversa sobre como foi representar o animal, de que eles mais gostaram, o que se aprendeu com essas situações, etc. WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula. Recife: Prazer de ler, 2012. A raposa está correndo e cai em uma armadilha. Vem um urso, destrói a armadilha, e a raposa fica solta. O peixe está nadando e se prende no anzol. Vem um ganso, tira-o de lá, e o peixe volta a nadar. O coelho está comendo uma cenoura e aparece uma zebra e rouba-a. O coelho chora e a zebra devolve o alimento. O elefante está andando e cai. Vem um leão e o levanta. O gato sobe em uma árvore alta e não consegue descer. Vem um macaco e o salva de lá. O pombo cai em um buraco. Vem a águia e o tira de lá do fundo. 185 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 185 15/06/2020 14:13:59 A F V G A F A N H O T O S T A E O V E A V A I S I L A T O B R R E T E E B I B U N E P V E E M I N H O C A S E E R U E L T I D R P I O L H O S O L N H M G A B R A I S J O O J G T A O A V D B O R B O L E T A S R R S A N O S E S P I Ç O S N O R E L A G A R T A S S S E S X 1. Encontre, no diagrama, o nome de oito invertebra- dos e complete as frases. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 50 a. A maioria das não voa como os , mas ambos destroem as plantações. b. As cavam túneis na terra e facilitam a entrada de ar para as plantas. c. Andando nas cabeças mal cuidadas, os provocam coceira e doenças. d. Dos ovos das , nascem as , que fazem o casulo. e. A voa e produz mel, enquanto as pulam ou saltam e não fazem bem ao homem. formigas minhocas borboletas gafanhotos piolhos lagartas abelha pulgas 186 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 186 15/06/2020 14:13:59 1. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira. Sugestão de atividade 51 BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 1 Invertebrados terrestres que voam. 2 Invertebrados que vivem na água. 3 Invertebrados terrestres. Aranha e minhoca. Barata e abelha. Água-viva e camarão. 3 1 2 187 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 187 15/06/2020 14:14:00 Fundamentação Oito maneiras de estimular a criatividade A chave para aumentar a criatividade em qualquer organização é ajudar as pes- soas a começarem a agir criativamente como um grupo. Mas como? Suponha que você queira ser um artista. Você pode começar a comportar-se como um artista pintando todos os dias, por exemplo. Você pode não tornar-se um Van Gogh, mas provavelmente vai tornar-se muito mais artista que qualquer outra pessoa que não tenha tentado. Da mesma maneira, as pessoas numa empresa podem tornar-se mais criativas e começarem a se comportar criativamente. Michael Michalko, autor do livro Thinkertoys (sem tradução no Brasil), diz que existem 16 maneiras de estimular a criatividade numa empresa. Vamos citar oito delas, veja qual pode ser aplicada à sua realidade (seja criativo): 1. Melhore todos os dias: Peça para os membros de sua equipe me- lhorarem um aspecto de seus trabalhos todos os dias, focando nas áreas que estejam sob seu controle. Ao final do dia, faça com que se reúnam e pergunte o que fizeram de maneira diferente ou melhor do que no dia anterior. As melhores histórias podem ser aproveitadas pelo resto da equipe. 2. Pendure um edital de brainstorming: Coloque um quadro de avisos numa área central e encoraje as pessoas a participarem com ideias. Escreva um tema ou problemas numa cartolina colorida e cole-a no centro do quadro. Providencie notas do tipo Post-it (auto- colantes) para que as pessoas possam escre- ver e colar suas ideias no quadro. 3. Promova uma loteria de ideias: • Dê um cartão numerado para cada pessoa que tiver uma ideia criativa. • No final do mês, compartilhe todas as ideias com sua equipe. • Faça um sorteio e dê um prêmio para quem tiver o cartão premiado. Sy da P ro du ct io ns / S hu tt er st oc k. co m 188 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 188 15/06/2020 14:14:00 8. Organize a Semana de Ideias Estúpidas: Faça com que ter ideias seja divertido. Organize uma “Semana das Ideias Estúpidas” e promova um concurso. Coloque as ideias em um lugar visível, e depois faça uma votação e premie a ideia mais estúpida apresentada. Todos vão se divertir e, no processo, você vai descobrir que algumas ideias não eram tão estúpidas assim... 4. Crie um Cantinho da Criatividade: Crie na sua escola um local (de preferên- cia, uma sala) onde as pessoas possam ir para pensar criativamente. Coloque no local livros, vídeos e jogos que estimulem a criatividade. Algumas empresas chegam a decorar esse tipo de área com fotos de funcionários quando eram bebês, reforçando a ideia de que todos nasce- mos espontâneos e criativos. 5. Inspire através de ícones: Peça às pessoas que coloquem em suas mesas objetos que representem sua própria interpretação pessoal do que é criatividade no trabalho. Por exemplo, uma bola de cristal para representar o planejamento do futuro, pilhas ou baterias novas para simbolizar energia criado- ra, etc. 6. Almoce com propósito: Encoraje almoços semanais, com no máximo cinco pessoas, só para fazer um brainstorming. Primeiro, peça que leiam alguma coisa sobre criatividade. Se for um livro, peça que cada um leia um capítulo diferente. Assim, cada pessoa vai ter uma perspectiva diferente sobre como aplicar a criatividade na empresa. Convide pes- soas criativas da sua cidade para almoçar com o grupo. Peça-lhes que sugiram como ser mais criativo no que vocês fazem na empresa. 7. Use agendas de ideias brilhantes: Dê a todos uma “agenda de ideias brilhan- tes” e peça que escrevam três ideias por dia, durante um mês. No final do mês, recolha as agendas e categorize as ideias. Discuta-as depois, decidindo quais as melhores e como implantá-las. CANDELORO, Raúl. In: Revista Profissão Mestre. Curitiba: Humana Editorial, mar. 2009. Se rh iy K ob ya ko v / Sh ut te rs to ck .c om 189 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 189 15/06/2020 14:14:01 a 1o dia Ciências: Reprodução dos animais – páginas 51 (segunda coluna) e 52 Orientação didática: • Converse, com os alunos, sobre como os animais se reproduzem. Apresente imagens para tornar o assun- to mais lúdico de ser abordado. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: Reprodução dos animais – página 53 Orientação didática: • Leve imagens de animais para sala de aula e per- gunte aos alunos a forma de reprodução de cada animal, à medida em que você mostra as ilustrações. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 28a Semana - Grade semanal pressmaster / Depositphotos.com 190 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 190 15/06/2020 14:14:01 Dinâmica Painel coletivo Esta atividade propõe a construção de um gran- de painel coletivo. O educador estende, no chão, um papel grande e explica à turmaque cada um vai construir um painel, com tintas e pincéis, seguindo a imaginação livre. Haverá quatro regras: escolher um lugar e co- meçar a fazer o seu desenho; ajudar no desenho do outro, se a pessoa quiser, e também, pedir ajuda; respeitar sempre o colega; e, quem atrapalhar a ativi- dade será convidado a sentar-se e apenas observar. O educador explica quais são os materiais e a quan- tidade máxima que cada um poderá pegar, deixando os alunos livres para a confecção. Esta atividade pode ser realizada com outros tipos de material, como cola, papel, tesoura com ponta arredondada, elementos de reciclagem, etc., para serem usados pelos educandos da forma como quiserem no painel. É importante não interromper a atividade, pois tudo que vai acontecer, mesmo parecendo caótico, será um aprendizado, e o educador deve ficar atento à atividade e anotar tudo. Ao final, todos vão apreciar o que fizeram e deixar o trabalho exposto no espaço escolar. Os educandos podem fazer uma reflexão sobre o que aconteceu de bom, de ruim, o que os deixou felizes ou tristes e podem argumentar sobre o que aprenderam com essa experiência. Pode-se repetir a atividade dias depois, expli- cando aos educandos que, dessa vez, será diferente, pois eles já aprenderam o que devem e o que não devem fazer em um trabalho coletivo e como seguir as regras. WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2012. StockLite / Shutterstock.com Photographee.eu / Shutterstock.com Rawpixel.com / Shutterstock.com 191 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 191 15/06/2020 14:14:02 Orientação didática Reprodução dos animais Leve um ovo de galinha para a sala de aula e mostre- -o aos alunos. Faça perguntas, como: O que é isto? Para que serve? Explique que muitos animais nascem do ovo, como o pintinho. Diga, ainda, que há outros animais que nascem de maneira diferente. BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI05) Descrever e comu- nicar as alterações que ocorrem desde o nascimento em animais de diferentes meios terrestres ou aquáticos, inclusive o homem. 51 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 192 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 192 09/07/2020 14:59:18 1. Responda: a. O que são animais vivíparos? 2. Pesquise e descreva, no espaço abaixo, como fun- ciona a reprodução de alguns animais. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI05) Descrever e comu- nicar as alterações que ocorrem desde o nascimento em animais de diferentes meios terrestres ou aquáticos, inclusive o homem. 52 Animais vivíparos são aqueles cujos filhotes se for- mam dentro da barriga da mãe. Gestação é o período em que o animal se desenvolve dentro da barriga da mãe antes de nascer. Ovíparos são animais que põem ovos que se desen- volvem fora da fêmea. c. O que é gestação? b. O que são ovíparos? Nome do animal: Reprodução: Resposta pessoal 193 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 193 15/06/2020 14:14:03 Orientação didática Promova um “Dia do Mascote” e peça aos alunos que têm animaizinhos que levem fotografias deles para a escola. A partir daí, converse com a turma sobre as formas de reprodução dos animais e traga para a conversa animais que não foram apresentados pelos alunos, de diferentes espécies e que tenham proces- sos reprodutores distintos. BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI05) Descrever e comu- nicar as alterações que ocorrem desde o nascimento em animais de diferentes meios terrestres ou aquáticos, inclusive o homem. 53 Samuel Borges Photography / Shutterstock.com 194 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 194 15/06/2020 14:14:04 Fundamentação Como ajudar os filhos nas tarefas escolares Ganhe um amigo para toda a vida e alguns minu- tos por dia de felicidade, ouvindo dos seus filhos as informações sobre o dia deles na escola. Pergunte-lhes sobre o que aprenderam, faça-os falar de seus professores e de suas atividades, inda- gue sempre sobre seus amigos. É sempre importante criar um clima amistoso e agradável nessas con- versas, algo como um alegre “bate-papo”, nada que possa se assemelhar a um interrogatório. Além disso, não esqueça: Mostre interesse por suas lições. Peça para ver seus livros e seus cadernos, não para “fiscalizar” seu trabalho, mas para se interessar pelo que faz, para aplaudir seus desenhos e seus trabalhos. Manifes- te significativo interesse pelo que os filhos estão apreendendo, não escondendo a sensação de autên- tico orgulho por seus progressos. Pergunte sobre as aulas assistidas, peça que falem de seus professores e que comentem fatos apreendidos; isso representa incontestável estímulo. bb er na rd / S hu tt er st oc k. co m 195 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 195 15/06/2020 14:14:04 Com paciência e com ternura, proponha que ele apresente a você uma aula, pelo menos uma vez a cada semana. Invente uma brincadeira de “faz de conta” em que você é o aluno e o filho ou a filha, o(a) professor(a); interesse-se por uma aula de mentirinha sobre qual- quer assunto que a criança deseje ensinar. Interesse-se em conhecer as brincadeiras com que seu filho gosta de brincar e, quando possível, brinque da forma como a criança faz com seus amigos. Nunca assuma o “comando” da brincadeira, deixe que a criança faça as regras e seja árbitro de sua participação. Vez por outra, jogue seus jogos, ainda que por pouco tempo. Jamais esconda a sensação de orgulho que sente pelo fato de os filhos estarem estudando e manifeste apreço por seus acertos ou compreensão por suas dificuldades. Coloque-se como verdadeiro coadjuvante da situação, mostrando críticas quando imprescindível e elogios sempre que possível. Tais atitudes consti- tuem verdadeiros “tônicos” estimulantes e necessá- rios. Uma das mais frequentes causas do insucesso ou até mesmo abandono da escola é a indiferença dos pais. Não perca a oportunidade de pedir aos filhos pequenos que expliquem duas vezes a mesma coisa, mudando as palavras empregadas na primeira e na segunda explicação. Essa atividade não apenas estimula a ampliação do vocabulário, como sugere desafios para formas diferentes de pensar. Evite ensinar para a criança tudo quanto ela pode aprender sozinha. Ao invés de apresentar respostas, anime-a a consultar um dicionário, ajude-a a fazer uma pesquisa em livros ou na Internet. Em conversas com os filhos, não mostre sua escola e seus estudos como “obrigação”, mas como oportunidade para crescimento pessoal e futuro su- cesso profissional. Faça referência a amigos, colegas e pessoas conhecidas que estudam, e mostre a admiração que sente por seu esforço e sua dedicação. s_ ol eg / S hu tt er st oc k. co m 196 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 196 15/06/2020 14:14:05 An dr es r / S hu tt er st oc k. co m Converse com os filhos sobre a escola, sobre seus professores, sobre professores que admirou em seu tempo de estudante. Insista para que falem de seus colegas, sobre as estratégias de aula, sobre os conteúdos passados. Ajude-os a perceber que tudo quanto aprendem sempre pode estar ligado aos seus momentos, às no- tícias do dia a dia e aos seus anseios e expectativas. Mostre entusiasmo sobre as amizades da criança. Pergunte sempre sobre seus amigos, saiba seus no- mes, indague sobre algo de que gostam e de que não gostam e desperte na criança o apreço e a admiração por descobrir que a amizade pode ser forte, mesmo entre pessoas com hábitos e com gostos diferentes. Cuide para que a criança aprenda a conservar seu materialescolar. Elogie uma lição bem-feita, um caderno ou livro bem-cuidado, um estojo arrumado e em ordem e sempre guardado após seu uso. Não guarde nada para a criança, acompanhe-a em sua ta- refa de guardar. Não se esqueça de aplaudir seu zelo sobre a maneira como cuida de seus livros e cader- nos. Peça aos filhos para, vez por outra, olhar seus apontamentos. Insista em perguntar sobre o que sabem e sobre o que buscam saber. Colecione os desenhos da criança. Construa um álbum de recortes que, como verdadeiro diário, vai mostrando os desenhos feitos em cada etapa da vida. Anime a criança a explicar os desenhos que faz e quando possível faça, no verso deles, uma síntese sobre as explicações dadas. Mostre interesse sobre a agenda de seus filhos, informe-se sobre datas festivas na escola, sobre reu- niões de pais. Ajude os filhos a sentirem a importância de uma agenda e de seu cumprimento e converse so- bre suas metas e seus objetivos semanais e mensais. Essas medidas não custam muito tempo, não en- volvem custos e, além de despertar nos filhos a au- têntica sensação de orgulho pelo que fazem, ajudam os pais a intervir sobre problemas que devem sempre ser evitados. ANTUNES, Celso. Educar em um mundo interconectado: um livro para pais e professores/ Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. 197 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 197 15/06/2020 14:14:05 a 1o dia Ciências: Animais ameaçados de extinção – página 54 Orientação didática: • Solicite aos alunos que busquem informações sobre diversas espécies de animais ameaçadas de extin- ção. Converse com eles sobre a pesquisa realizada. É necessário esclarecer as informações que foram pesquisadas para que haja uma regularidade na reto- mada e a socialização dessas informações. Confec- cione, com os alunos, um fichário ou caderno com o nome dos animais que foram pesquisados. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: Animais ameaçados de extinção – página 55 Orientação didática: • Junto às crianças, confeccione um fichário com informações sobre diversas espécies ameaçadas de extinção. Distribua o nome dos animais para cada criança e indique as informações que ela deverá pesquisar sobre cada animal. É necessário indicar as informações para que haja uma regularidade na retomada e na socialização dessas informações. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 29a Semana - Grade semanal Garsya / Depositphotos.com 198 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 198 15/06/2020 14:14:06 Dinâmica Animais nas mãos O educador distribui uma venda de olhos para todos os edu- candos. Explica que vai colocar um som e que eles deverão ficar em pé e de olhos vendados, escutando o que for reproduzido. Todos colocam as vendas nos olhos; o educador põe um som de animais durante 2 ou 3 minutos (esses sons estão disponíveis na Internet) e pede que eles percebam quais são os animais, concentrando ao máximo a atenção na escuta. Depois de um tempo, pede que posicionem as mãos juntas em forma de con- cha e começa a entregar um pequeno pedaço de papel. Ele fala que é um papel que tem algo escrito e que eles são responsáveis por cuidar dele com muito carinho. Avisa que tirem as vendas lentamente e vejam o que está escrito. É o nome de um animal que foi distribuído para cada educando. O educador cessa o som e explica que eles vão andar na sala entregando o papel recebido uns para os outros, sempre segurando-o em forma de concha, simbolizando o cuidado. No momento que entre garem o papel ao outro, os educandos devem falar: “Cuide bem deste ser vivo. É um animal muito importante para o nosso planeta”. O edu cador dá o sinal para andarem e pararem em frente a outro. Eles falam e trocam os papéis. Seguem repetindo o mesmo movimento algumas vezes. Em seguida, ficam em círculo e dizem qual foi o animal que ficou em suas mãos, qual a sua importância para o planeta e qual a responsa bilidade que têm para com ele. Ao final, dialogam sobre a necessidade de agradecer e reconhecer a importância da existência de cada animal. Essa mesma técnica pode ser repetida, utilizando-se outros elementos escritos no papel, como elementos da flora e minerais, organizando a mes- ma sequência e mudando o som no início. WENDELL, Ney. Praticando a gratidão em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2015. 199 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 199 15/06/2020 14:14:06 Orientação didática Leia, com seus alunos, algumas atitudes que pode- mos praticar para ajudar a preservar os animais. • Não destrua ou modifique o hábitat dos animais. • Não compre animais silvestres, pois, assim, você incentiva o tráfico. • Não medique ou alimente os animais com comidas impróprias para o seu consumo. • Procure sempre a ajuda de um veterinário. • Evite caçar ou pescar na época em que os animais estão se reproduzindo. Forme grupos com os alunos e, em seguida, entregue folhas de A3 solicitando-lhes que façam cartazes com uma propaganda em defesa dos animais em ex- tinção. Identifique, junto com os alunos, as espécies de animais brasileiros em extinção. Se possível, consulte um profissional que conheça a legislação sobre o crime de tráfico de animal, inclu- sive sobre as penalidades. Será interessante que esse trabalho de pesquisa seja exposto no mural da escola. Com isso, você incentivará os seus alunos a realizarem e exporem os trabalhos manuais. BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. 54 PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 200 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 200 09/07/2020 14:59:20 1. O que significa extinção? 2. Substitua os símbolos por vogais e descubra o que provoca a extinção de espécies. Sugestão de atividade BNCC (EF03CI04) Identificar carac- terísticas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. 55 Desaparecimento definitivo de uma espécie ou táxon. C U AA S S H NM SU AA N T AA RU I S A II A ET DV D S A IE O U c n t t h m n s v d d s r s s s 201 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 201 15/06/2020 14:14:07 Fundamentação Risque do seu caderno É muito comum perguntarem a nós, educadores, como é possível formar pessoas com uma concepção ética, honesta e solidária e, depois, essas mesmas pessoas terem de se deparar com o “mundo real” das empresas, da competitividade e das leis inclementes de mercado. Aliás, a afirmação é mais direta ainda, especialmente quando feita por pais e mães aflitos: “Sei que devo dar a meu filho uma formação voltada para a cooperação, mas, o mundo lá fora não é as- sim e, quando ele for trabalhar, vai ter de entrar em uma ‘guerra’ diária para vencer os outros e sobreviver como um vencedor”. Outro dia, fui novamente inter- rogado sobre esse difícil dilema. A seguir, recupero quatro reflexões gerais que respondi, antes que nos curvemos, subservientes à perigosa aceitação do destino supostamente inescapável. B- D -S P io tr M ar ci ns ki / S hu tt er st oc k. co m 202 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 202 15/06/2020 14:14:08 4. Há um movimento organizado, do qual fazem parte corporações sérias e nada cínicas, em direção a uma mudança significativa nos padrões de comportamen- to empresarial. É ainda incipiente, sem deixar de ser importante; aumenta hoje o número de empresas que entende que a prática de uma ética que eleve, prote- ja e preserve as comunidades nas quais se insere, é uma postura que precisa ir para além da cosmética, da fachada, da ostentação transitória. Como lembra- vam com razão os latinos da Antiguidade,nemo dat quod non habet, isso é, “ninguém dá o que não tem”. 1. A ética é, antes de mais nada, a compreensão que cada um e cada uma de nós tem sobre as possibi- lidades, os limites, as restrições e as conveniências da ação humana individual e coletiva na convivência social e com a natureza. Isso significa que a ética é a “reflexão prévia” que dá sustentação à resposta pes- soal e livre para as três grandes questões que devem anteceder qualquer ação: Quero? Devo? Posso? Há coisas que quero, mas não devo; outras, devo, mas não posso; outras ainda, posso, mas não quero, e assim por diante. É preciso ressaltar: a ética é uma dimensão exclusivamente humana, pois, por pressu- por a capacidade de decisão, escolha, opção e julga- mento, está na dependência direta da liberdade. 2. Uma empresa é uma instituição presen- te em comunidades reais. Nesse sentido, o modo como se comporta pública e priva- damente afeta essa inserção e, com maior vigor, a consolidação de futuro que precisa ter. Credibilidade é garantia de futuro, e uma empresa da qual se ausentem os valores da lealdade, honestidade, solidariedade e inte- gridade pode, até, obter sucesso eventual; no entanto, tal trajetória se esboroa com o tempo. Afinal, como escreveu Ary Barroso na canção Risque: “Creia, toda quimera se esfuma/ Como a brancura da espuma/ Que se desmancha na areia”. 3. A ética que se apoie no princípio do “fazemos qualquer negócio” é uma perspectiva deletéria, ma- léfica. O “jeitinho” não é sempre atitude exemplar de flexibilidade e, muitas vezes, sinaliza mero descom- promisso e atuação desregrada e utilitarista. Porém, embora nos refiramos sempre ao “jeitinho” brasilei- ro, ele não é exclusividade da nossa nacionalidade — está presente em qualquer lugar e circunstância nas quais se fragilize o compromisso recíproco com a transparência no convívio. Podemos, sim, aspirar e procurar em nosso País por uma sociedade mais eticamente verdadeira e moralmente sincera. CORTELLA, Mario Sergio. Risque do seu caderno. Educação. Ano 9, n.94, fevereiro, 2005 Li gh tF ie ld S tu di os / S hu tt er st oc k. co m 203 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 203 09/07/2020 14:59:21 a 1o dia Semana de avaliação. 2o dia Semana de avaliação. 3o dia Semana de avaliação. 4o dia Semana de avaliação. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 30a Semana - Grade semanal photastic / Shutterstock.com 204 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 204 15/06/2020 14:14:09 O que: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação. Para: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza. Cabe considerar que Vygotsky e Wallon (1992) afir- mam que a relação entre afetividade e inteligência possui um caráter social e fundamental para todo o processo de desenvolvimento do ser humano. E cabe ao educador integrar o que amamos com o que pen- samos, trabalhando razão e emoção, de modo que todo indivíduo tenha condições de usar tanto a razão quanto os sentimentos e aprenda a conhecer-se a si mesmo e a seus semelhantes. FONTE, Paty. Competências socioemocionais na escola. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019. Empatia e cooperação 56 NOTA: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define um conjunto de compe- tências gerais, a que servem como um guia para o aprendi- zado das crianças, e que devem ser desenvolvidas de forma integrada ao currículo. DINÂMICA PARA TRABALHAR O SOCIOEMOCIONAL 205 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 205 09/07/2020 14:59:22 Semana de avaliação Unidade 3 • Os animais • Reprodução dos animais • Animais ameaçados de extinção 1. Observe as ilustrações e faça a correspondência correta. 2. O que é, o que é? 3. Qual é a principal diferença entre um animal verte- brado e um animal invertebrado? 4. Os animais ilustrados abaixo servem para nossa ali- mentação e são invertebrados. Escreva o nome deles. Têm escama Rastejam no solo Todas possuem bico A pele é úmida e lisa Têm o corpo coberto de pelos peixes répteis aves anfíbios mamíferos Os animais vertebrados possuem crânio e coluna vertebral, e os invertebrados não possuem essas estruturas. 1 Mamíferos 2 Aves 3 Peixes 1 2 1 4 5 5 2 4 3 Fo to s: li fe on w hi te , f ot os la z, Iv an km it, Ir in 71 7 / D ep os itp ho to s. co m ; T se kh m is te r, Al ex ey S ea fa re r, Po po va V al er iy a, P ix el M em oi rs / S hu tt er st oc k. co m Siri Polvo Pl an ct on Vi de o / D ep os itp ho to s. co m al ex sv iri d / D ep os itp ho to s. co m 4 Anfíbios 5 Répteis 206 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 206 09/07/2020 14:59:27 Leão Boi Jacaré Tartaruga Cobra Cavalo G A L I N H A C E H U E A R U H Y T P O R C O S T A E N O R A E H F R C O R L K U N T L R D E A B A D C X S A H O M E M V A N T A J O O O S A S F O R M I G A K I U Y O C X C A B E L H A U Y O C A C H O R R O O S A S 5. Leia o nome dos animais e coloque cada um no lugar correto. 6. Desenhe um animal invertebrado. V V O O O V Resposta pessoal 7. Encontre, no diagrama, o nome de dez animais e escreva-os no quadro abaixo, indicando como eles nascem. 8. Escreva V, para os animais vivíparos e, O, para os ovíparos. 9. Quando um ser vivo pode estar ameaçado de extinção? 10. Escreva que sugestões você daria para proteger os animais silvestres. Quando corre o risco de desaparecer. Resposta pessoal To m si ck ov a Ta ty an a / Sh ut te rs to ck .o m leão besouro golfinho tigre escorpião tucano borboleta caranguejo animais vertebrados animais invertebrados tucano leão golfinho tigre escorpião besouro caranguejo borboleta Ovíparos Vivíparos galinha pata formiga arara abelha cachorro coelho porco homem gato 207 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 207 09/07/2020 14:59:28 Fundamentação O desafio de ser professor Ana Paula J. de Sousa e Rosângela A. F. Cabrera Caymel Nos últimos anos, uma avalanche de informações tem tomado conta de nossa vida. As informações deixaram de ser buscadas e vieram até nós, fazendo parte do dia a dia. Os alunos, hoje, estão mais ágeis, conseguem fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo e, ainda, lidam de uma maneira descompro- missada com o conhecimento, pois este acontece de diferentes maneiras e, na maioria das vezes, de um modo mais atrativo (TV, CD-ROM e canais por assina- tura) ou interativo (Internet), propiciando ao aprendiz a estimulação em todos os sentidos (visual, auditivo e sinestésico). Crianças e adolescentes passam horas na frente de um computador em “salas de bate-papo”, e isso tem refletido diretamente na sala de aula. Não precisam mais ir à escola para tomar posse da infor- mação. Mas como o professor deve reagir a tal situa- ção? Cabe a ele captar o maior número possível de informações, transpô-las para a sala de aula de modo atrativo e relacioná-las com a matéria que leciona. Porém, esse não é o único desafio do educador nos dias atuais. Ele ainda tem de estar apto a lidar com os adventos tecnológicos e acompanhar como os alunos fazem uso de tais adventos. Por exemplo, a Internet trouxe, além da agilidade das informações, a criação de uma nova comunidade — a comunidade virtual. E esta foi, aos poucos, tomando diferentes identidades de acordo com os grupos de usuários. Hoje, temos tribos virtuais, com linguagens e inte- resses próprios. Facebook, Whatsapp, blog são termos que separam os que têm acesso à tecnologia daqueles que não têm. Para acompanhar tais adventos, o pro- fissional tem de estar o tempo todo acompanhando as informações, adequando-se e desenvolvendo novas habilidades e competências, que hoje vão além do domínio técnico do conteúdo que leciona. Criatividade, dinamismo, capacidade de análise e síntese, habilidade para trabalhar em equipe, espírito empreendedor, carisma e dedicação passarama ser condição para o professor, que deve fazer uso de tais habilidades e competências associadas às novas tecnologias para manter o processo de ensino- -aprendizagem prazeroso. Lembrando, é claro, de adequá-las ao público-alvo, sem perder as relações humanas. Não é pouca coisa. Tornando o aprendizado mais prazeroso Considerando as habilidades e competências hoje esperadas do profissional de educação, relacio- namos algumas sugestões que podem ser aplicadas em todos os níveis, adequando-se à faixa etária que se pretende atingir: Conheça seu público-alvo: ouça mais os alunos, procure saber de quais escolas são provenientes, seu histórico familiar e social, qual(is) seu(s) objetivo(s) com o ensino, se eles têm visão do que querem ou se necessitam de uma orientação vocacional e/ou profissional. Desenvolva atividades que abordem o conteúdo de modo claro e objeti- vo, mostrando a aplicabilidade do conhecimento e permitindo ao aluno vivenciar a teoria; ou seja, torne o aprendizado significativo. Faça uso de recursos diferenciados, desde os mais simples, como sucatas, jornais e revistas, aos mais aprimorados. Dentre eles, podemos destacar: • Recursos audiovisuais (filmes, slides, transparên- cias, músicas, datashow); • Ferramentas computacionais (CD-ROM, games); • Jogos, desafios, atividades em grupo, dramatiza- ções, simulações profissionais, trabalhos com a co- munidade, projetos disciplinares e interdisciplinares; • Softwares educacionais; • Ferramentas virtuais (alguns professores têm cons- truído sites, utilizado e-mails e salas de bate-papo para dar suporte à matéria, passar e corrigir exer- cícios, receber trabalhos, apresentar resumos, e os mais conectados dão aulas de reforço a distância). Há necessidade de se resgatar valores, incentivar o trabalho em equipe e o prazer pelas descobertas que o ensino pode trazer. 208 FC_ME_CIEN 3F_UN 3.indd 208 15/06/2020 14:14:12 Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Base Nacional Comum Curricular – BNCC O que vamos estudar: • Os recursos naturais • A matéria e a energia • A luz • O som e a vibração da matéria • A tecnologia no cotidiano • As novas tecnologias • Dinâmica para trabalhar o socioemocional 209 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 209 15/06/2020 14:15:37 Conteúdos da unidade e a BNCC Unidade 4 Conteúdo Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Os recursos naturais ― – A BNCC não define o estudo de Os re- cursos naturais como competên cia a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3º ano – Ensino Funda mental, porém considera mos ser esse conteúdo de gran- de importância para a formação estudan- til, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. A matéria e a energia ― – A BNCC não define o estudo de A maté- ria e a energia como competên cia a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3º ano – Ensino Funda mental, porém considera mos ser esse conteúdo de gran- de importância para a formação estudan- til, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. A luz • Matéria e energia • Produção de som • Efeitos da luz nos materiais • Saúde auditiva e visual (EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem da luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no con- tato com superfícies polidas (espelhos) e na intersecção com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e outros objetos de uso cotidiano). O som e a vibração da matéria • Matéria e energia • Produção de som • Efeitos da luz nos materiais • Saúde auditiva e visual (EF03CI01) Produzir diferentes sons a partir da vibração de variados objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno. (EF03CI03) Discutir hábitos necessários para a manutenção da saúde auditiva e visual considerando as condições do am- biente em termos de som e luz. 210 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 210 15/06/2020 14:15:37 Conteúdo Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades A tecnologia no cotidiano ― ― A BNCC não define o estudo de: A tecno- logia no cotidiano como compe tência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3º ano – Ensino Fun damental, porém conside ramos ser esse conteúdo de gran- de importância para a formação estudan- til, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. As novas tec- nologias ― ― A BNCC não define o estudo de: As no- vas tec nologias como competên cia a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3º ano – Ensino Funda mental, porém considera mos ser esse conteúdo de gran- de importância para a formação estudan- til, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. Dinâmica para trabalhar o so- cioemocional ― – Nota: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define o conjunto de competên- cias gerais que servem como um guia para o aprendizado das crianças e que devem ser desenvolvidas de forma inte- grada ao currículo. 211 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 211 15/06/2020 14:15:37 a 1o dia Ciências: Os recursos naturais – páginas 58 e 59 Orientação didática: • Represente, por meio de desenhos, materiais elabo- rados a partir de recursos naturais. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: Os recursos naturais – página 60 (primeira coluna) Orientação didática: • Demonstre, por meio de imagens, exemplos de trans- formações de recursos naturais em produtos finais. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 31a Semana - Grade semanal B-D-S Piotr Marcinski / Shutterstock.com 212 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 212 15/06/2020 14:15:38 Dinâmica Quebra-cabeça de união O educador realiza uma atividade junto aos outros educadores da ins- tituição. Ele programa para, num mesmo dia, os educadores distribuí- rem um pedaço de quebra-cabeça com a palavra “união” entre as turmas. Essa distribuição se dará em duas ou três salas. A ideia é entregar aos educandos um pedaço de um quebra-cabeça que tem o pedaço de uma letra e, embaixo, a numeração, por exemplo, colocar 1. Eles são infor mados que, durante o intervalo, terão de buscar todos os que tenham o número 1 das outras salas e formar o quebra-cabeça. Os educadores distribuem os pedaços e, após o intervalo, pergunta se eles conseguiram e o que descobriram. Conversam sobre o que é união quando se trabalha em equipe. WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013. G eo rg e Ru dy / S hu tt er st oc k. co m 213 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 213 15/06/2020 14:15:39 Sugestão de atividade NOTA: A BNCC não defi- ne o estudo de: Os recursos naturais como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fundamental, porém consideramos ser esse conteúdo de grande importância para a formação estudantil, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. 58 1. O que significa a expressão recurso natural? 2. Uma coisa que percebemos em nossa vida prática é o ciclo de produção das coisas que utilizamosem nosso dia a dia. Realize uma pesquisa sobre produ- tos e preencha a tabela abaixo desde a origem do produto até o seu descarte. É tudo que os seres vivos retiram da natureza para satisfazer às suas necessidades. Resposta pessoal Produtos Matéria-prima Insumos Descarte PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 214 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 214 09/07/2020 15:02:51 59 Faça uma sondagem sobre os conhecimentos prévios dos alunos sobre a importância das florestas e a ne- cessidade de lutarmos por sua preservação. Questio- ne-os sobre o desmatamento e a exploração intensa dos minérios. Analise, também, a extinção de alguns animais e o gasto abusivo de água no planeta. Orientação didática ANOTAÇÕES 215 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 215 15/06/2020 14:15:40 Sugestão de atividade 60 1. Use a sigla abaixo para classificar os seguintes recursos. 2. Explique a frase. A água é um recurso natural não renová- vel, por isso não devemos desperdiçá-la. Espera-se que a criança explique que não devemos desperdiçar a água, pois ela pode acabar.RR RR RR RNR RNR Recurso não renovável Recurso renovável R N R R R Sol Peixe Madeira Pedra Petróleo 216 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 216 15/06/2020 14:15:40 Estudantes aprendem quan- do os professores mostram o quanto eles precisam aprender. Os alunos não têm a ideia exata do que é realmente importante e o que poderão ter de benefício com a aprendizagem. Será seu papel mostrar, dividir, ensinar e praticar com eles. Fundamentação 10 dicas para ser um professor excelente Não seja o centro das atenções. Os melhores professores são aque- les que guiam, dividem o que sabem, e não se tornam o centro das aten- ções. Os estudantes é que são o objetivo final de tudo. Estude os seus alunos. Você precisa conhecer o seu grupo, saber quem são as pessoas a quem você vai ensinar. Os talentos, os defeitos, as riquezas. Mantenha o seu programa claro e simples. Uma das grandes funções de um mestre é fazer as coisas complicadas parecerem simples. A grande ação de um grande líder é exatamente fazer com que seus seguidores o entendam. 1 8 9 6 2 4 5 3 Alunos podem procurar desafios desde que você dê segurança a eles. A aprendizagem, às vezes, determina alguns riscos. Se você for capaz de dar segurança e confiança a seus alunos, eles poderão seguir e correr estes ris- cos. Os alunos precisam saber que você confia neles e que eles podem confiar em você. Excelentes professores são aqueles que ensinam com paixão. A diferença entre um bom professor e um excelente professor está exatamente na paixão com que eles atuam, e não no conhecimento ou experiência. Paixão pelo material, pelo pro- grama, pelo ensino. O desejo é contagioso. Aprenda com os alunos. Algumas vezes, a melhor resposta que você pode dar a seus alunos é “não sei”. Ao invés de perder credibilidade, você mostrará humildade e reconhecimento. Mas não se esqueça de pesquisar com eles e sanar a dúvida. O ensinamento começa no coração. A melhor forma de ensinar não é uma fórmula, é algo pessoal. Diferentes pessoas ensinam a mesma matéria de forma diferente porque são diferentes e veem o mundo de forma diferente. Nós ensinamos o que somos. O ato de ensinar requer coragem para explorar o sentimento de identidade. Pare de falar, comece a escutar. Dê espaço para seus alunos se manifesta- rem. Isso mostra o valor que você dá a eles. A linguagem do escutar é muito importante e dá a você um feedback do seu programa. Deixe seus alunos ensinarem uns aos outros. Você não é a única pessoa com quem eles podem aprender. Eles também podem ajudar uns aos outros. Mantenha um ambiente propício para a troca. Fonte: Informe “A Gazeta na Sala de Aula”. Maio/2004. Ed. 58. Vitória – ES. 7 10 217 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 217 15/06/2020 14:15:40 a 1o dia Ciências: A matéria e a energia – páginas 60 (segun- da coluna) e 61 Orientação didática: • Peça a turma que pesquise imagens dos três esta- dos da matéria, como, por exemplo: as rochas, a água e a presença do ar em diversas situações. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 32a Semana - Grade semanal 3o dia Ciências: A matéria e a energia – páginas 62 e 63 Orientação didática: • Solicite a seguinte atividade: construa, em equipes, textos relacionados ao assunto: matéria e energia. Depois, faça apresentações das suas construções. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Somchai Som / Shutterstock.com 218 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 218 15/06/2020 14:15:41 Dinâmica Enchendo de carinho O educador desenha uma grande espiral na sala e, no meio, coloca uma caixa com diversos envelopes fechados e coloridos. O educador avisa que os envelopes trazem um presente muito especial para cada educando. Explica que eles deverão andar na espiral até o meio, pegar um envelope e pensar em alguém da sala a quem eles o dariam. Os educandos voltam lentamente pela espiral com o envelope encostado no coração, inspirando e expirando calmamente. O educador diz para eles imagi- narem que estão enchendo o envelope de carinho para a pessoa escolhida. Ao final da espiral, vão até a pessoa, entregam-no e a abraçam. A pessoa que o recebeu faz agora o caminho dentro da espiral, escolhe um envelope e volta, também, inspirando e expirando. O educador lembra-lhes que sempre es- tão enchendo o envelope de carinho. Ao final, entregam-no e abraçam o colega escolhido. Assim vão seguindo até chegar ao ponto em que todos já tenham sido entregues. O educador coloca, então, uma música calma e pede para eles sentarem e abrirem lentamente o envelope, lendo a frase que está escrita. A frase é: “Você é uma pessoa muito especial em minha vida. Obrigado(a) por sua amizade e seu carinho fraterno. Hoje eu aprendi com você a agradecer a um(a) amigo(a) de quem gosto muito”. O educador solicita que se levantem e, com calma, abracem novamente o colega que lhes deu o envelope. Ao final, dialogam sobre o que sentiram com a atividade e como essa experiência pode se repetir com outros amigos. WENDELL, Ney. Praticando a gratidão em sala de aula. Recife: Prazer de ler, 2015. Hugo Felix / Shutterstock.com 219 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 219 15/06/2020 14:15:42 Orientação didática NOTA: A BNCC não define o estudo de: A matéria e a energia como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fundamental, porém consideramos ser esse conteúdo de grande importância para a formação estudantil, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. 60 Antes de iniciar o assunto, sonde seus alunos sobre o que eles compreendem por matéria e energia, e peça- -lhes que citem exemplos de um e do outro, anotando suas respostas na lousa. O objetivo dessa ação é fazer com que os alunos estabeleçam, mentalmente, a ligação entre a impressão que eles têm desse con- ceito e o assunto a ser abordado. PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 220 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 220 09/07/2020 15:02:57 Orientação didática Solicite aos alunos que façam uma pesquisa com os pais ou parentes sobre quais alimentos ingeriram du- rante o dia em que foram entrevistados. As crianças de- vem anotar todas as informações e calcular o valor ca- lórico da alimentação do entrevistado, os alimentos que fortalecem os ossos, que fornecem energia e protegem contra doenças. Além disso, devem projetar, a partir da informação, qual o valor calórico da semana e do mês. Essa atividade será interessante para que os alunos percebam aprodução de energia dentro do corpo. 61 ANOTAÇÕES 221 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 221 15/06/2020 14:15:43 Orientação didática Solicite aos seus alunos que se reúnam em grupo e escolham um tipo de fonte de energia utilizado no dia a dia. Em seguida, peça-lhes que pesquisem, em jornais, em revistas e na Internet, outras informações sobre a fonte escolhida e identifiquem: - tipo de energia; - forma de extração; - prejuízos causados ao meio ambiente em decorrência de sua utilização. Utilizando imagens, esquemas e vídeos, peça-lhes que façam uma síntese do que descobriram e apre- sentem o resultado em sala de aula. Faça uma discussão com os alunos para que digam quais são, na opinião deles, as melhores fontes de energia. 62 222 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 222 15/06/2020 14:15:44 Sugestão de atividade 1. Responda. 63 a. Quais os objetos existentes em sua sala de aula? 2. Leia as afirmações e escreva certo ou errado. b. Agora, escreva de que elementos esses objetos são feitos e em que estado físico a matéria se encontra. Resposta pessoal Resposta pessoal Certo Errado Certo Errado a. As fontes renováveis são as formas naturais que nos ajudam a obter energia. b. Para a folha de uma árvore balançar, não é necessária a energia do vento. c. Energia é a capacidade que os corpos têm de realizar um trabalho. d. Na natureza, só podemos encontrar a energia eólica. 223 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 223 15/06/2020 14:15:45 Fundamentação O aprendizado do trabalho em grupo O professor pode ensinar a turma a cooperar, escolher e decidir ao mesmo tempo em que dá conta dos conteúdos das disciplinas Por Luis Carlos de Menezes Na família e na vida profissional e social, é preciso saber se expressar, consultar, questionar, fazer planos, tomar decisões, esta- belecer compromissos e partilhar tarefas. Essas ações, envolvendo aspectos práticos, éticos e estéticos, podem ser relativamente sim- ples, como é o caso de escolher o que preparar para uma refeição ou qual trajeto percorrer. Outras vezes, são complexas, como esta- belecer prioridades em um orçamento e atribuir responsabilidades na realização de um projeto. Na escola, atividades em grupo quali- ficariam para desafios como esses, tão necessários na vida social. Mas isso, frequentemente, esbarra em obstáculos. Quem acha que o papel do professor é só “passar” conhecimen- tos talvez veja a aprendizagem ativa e interativa como um devaneio teórico ou como ilusões de certas propostas pedagógicas. Isso, na prática, reduz o ensino à instrução individual em massa, quando as classes não são coletivos de trabalho cooperativo. Essa visão leva a uma prática em que só o professor tem a palavra e a interação dos estudantes é desprezada. Por isso, as turmas são simplesmente reunidas — não se pensa em construí-las. Atitudes dessa natureza, aliás, têm o respaldo de famílias que veem um convite à diversão quando se abre espaço à participação dos filhos. Já quem reconhece a importância dessa participação ativa e interativa e se dispõe a promovê-la em situações reais enfrenta bem o desafio de colocá-la em prática, mesmo em classes nume- rosas. Para promover a autonomia, não bastam materiais didáti- cos e um professor protagonista. É preciso propor à classe ativi- dades coletivas mais estruturadas do que as aulas expositivas, pois todos devem estar motivados e conscientes do sentido delas. Hugo-Felix / Shutterstock.com 224 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 224 15/06/2020 14:15:45 Para isso, cabe ao professor atuar com seus colegas e com a coordenação pedagógi- ca, aliás, com a mesma dinâmica que pretende propor em sala de aula. Além de se perguntar “De que forma a atividade em grupo melhora o ensino da minha disciplina?”, é necessário formular outra pergunta: “De que forma minha disciplina pode promover, nos grupos, a apren- dizagem cooperativa?” Sim, é possível também ter a disciplina a serviço dessa formação cole- tiva e não apenas o inverso. Com isso, tem-se o foco na aprendizagem e no desenvolvimento da turma, não somente no ensino de conteúdos. É claro que nem tudo deve ser feito de for- ma coletiva, pois são igualmente essenciais a exposição do professor e as tarefas individuais de crianças e jovens, mas é preciso compor esses momentos articulando com coerência as ações pessoais e coletivas. Essa construção conceitual e afetiva de- pende do trabalho em grupo, em que se desen- volvem afinidade e confiança, identificam-se potencialidades e aprende-se com os demais. Com a diversificação do planejamento, são contempladas as diferentes necessidades e propensões dos alunos. Não só na rede públi- ca, mas especialmente nela, os mais benefi- ciados por essa construção são os que vêm de contexto cultural limitado, sem outras opor- tunidades que não as da escola para a sua emancipação. As boas escolas desenvolvem práticas apropriadas a cada faixa etária. Isso porque é bem diferente desenvolver conteúdos de instrução em atividades cooperativas, quer seja em uma classe de alfabetização com professora única, ou em uma sala de adoles- centes com vários professores de disciplinas diferentes. Mas a prática faz sentido desde a Educação Infantil até a pós-graduação. Aliás, logo mais estarei com quase 40 mestrandos, que não esperam minha chegada para come- çar a aula. Já estarão discutindo as leituras da semana em seus grupos de referência. Atitu- des semelhantes podem ser encontradas em diferentes cursos, famílias e empresas, mas sempre em coletivos que valorizem a autono- mia e a cooperação. Revista Nova Escola. Ano XXIV. n. 222. Maio, 2009. 225 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 225 15/06/2020 14:15:46 a 33a Semana - Grade semanal 1o dia Ciências: A luz – páginas 64 e 65 Orientação didática: • Solicite à turma a seguinte atividade: Observe ima- gens e indique se houve reflexão ou refração da luz. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: A luz – página 66 Orientação didática: • Solicite à turma seguinte atividade: Pesquise sobre a influência do Sol nos corpos. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Quang Ho / Shutterstock.com 226 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 226 09/07/2020 15:03:05 Dinâmica Por meio de vários questionamentos, estimule os educandos a pensar sobre a gentileza. Pode-se perguntar a eles sobre qual o significado de “gentileza” em uma palavra, quais são as atitudes gentis, o que é ser gentil com o outro, como fazer para ser gentil, se eles se consideram pessoas gentis, etc. Depois desse diálogo, explique que eles, agora, vão ser pesquisadores sobre a gentileza. Para isso, eles receberão um cartão com a pergun- ta: “O que é gentileza?” e deverão levá-lo para casa. No caminho, em casa, na rua, com os familiares e amigos, vão fazer essa pergunta às pessoas e ouvir as respostas. No outro dia, conduza uma conversa sobre o que os educandos conseguiram aprender por meio das respostas das pessoas pesquisadas. WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2012. Pesquisando gentileza fr ee pi k. co m 227 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 227 15/06/2020 14:15:48 Orientação didática BNCC (EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem da luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no contato com superfícies polidas (espelhos) e na inter- secção com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e outros objetos de uso cotidiano). 64 Faça, com os alunos, experimentos com objetos de diferentes materiais – transparentes, opacos, trans- lúcidos – e uma lanterna para que eles visualizem, na prática, o comportamento da luz. Será importante,também, que você trabalhe com ângulos diversos e estruturas mais complexas, como caixas com espe- lhos, etc. ANOTAÇÕES PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 228 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 228 09/07/2020 15:03:06 Orientação didática Realize, com os alunos, experimentos com o ângulo de refração da luz. Mesmo que superficialmente, será interes- sante as crianças verem, conscientemente, como a luz se comporta em um copo com água e uma colher, por exem- plo, observando a impressão de que a colher está torta dentro do copo. 65 BNCC (EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem da luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no contato com superfícies polidas (espelhos) e na inter- secção com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e outros objetos de uso cotidiano). Gelpi / Depositphotos.com 229 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 229 15/06/2020 14:15:49 Sugestão de atividade 1. Leia e responda às questões abaixo. 66 BNCC (EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem da luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no contato com superfícies polidas (espelhos) e na inter- secção com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e outros objetos de uso cotidiano). a. Quando a luz atinge um objeto, o que pode acontecer? b. Como é chamado o raio de luz que chega a um espelho? c. Como se chama o raio que rebate do espelho? d. O que é ponto de incidência? Raio incidente. Raio refletido. É o ponto em que o raio de luz atinge uma superfície. Dependendo do material de que é feito o objeto, a luz pode ser refletida, absorvida ou pode atravessar o objeto. 230 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 230 15/06/2020 14:15:50 Fundamentação Para uma grande educadora, com carinho Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta. Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor. É preciso ter graça. É preciso ter sonho sempre. Quem traz na pele essa marca pos- sui a estranha mania de ter fé na vida.... Milton Nascimento Quem são os grandes educadores? Será que todos são famosos? Como é possível reconhecer um grande educador? Os grandes educadores não são apenas aqueles que estão nos livros e vivem sendo estudados nos cursos de Educação. Existem milhões de profissionais espalhados pelo País que realizam um trabalho essencial para a vida daqueles que deles precisam, podendo ser reconhecidos pela sua maneira habilidosa de enfrentar e solucionar os conflitos e desafios que aparecem, bem como pelo seu altruísmo, que os fazem ter a capacida- de de se colocar no lugar do outro para sentir melhor o que este vive. Há grandes edu- cadores neste País, espalhados pelas escolas que pensam e olham a Educação como algo que evolui, sabendo reavaliar e transformar o próprio discurso. O mundo não os conhece, mas eles são parte integrante do cotidiano de muita gente e, nesse lugar que frequentam diariamente, saem do anonimato para fazer brilhar a humildade, a generosidade e a afetividade, destruindo barreiras e criando pontes. Os grandes educadores, desconhecidos da maioria, não são donos de teorias, pois carre- gam consigo o dom do discernimento, que aponta o melhor caminho a seguir e as melhores palavras a serem proferidas. studiovin / Shutterstock.com 231 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 231 15/06/2020 14:15:50 Depois de se aposentar da sala de aula, Fátima Porfírio permanece contribuindo para a Educação. Agora, coordenando professores e alunos. Sua postura ética e flexível serve de exemplo tanto para docentes como para discentes; uma lição de amabi- lidade, tolerância e honestidade perante as situações da vida. O diálogo sempre age como o seu principal instrumento de trabalho; isso representa escutar o outro, apurar os fatos como eles verdadeiramente ocorreram e apontar condutas inadequadas, com a ternura de quem quer comunicar para o bem, e não criticar, a fim de abalar a autoestima alheia. A bondade das palavras e das atitudes abre canais de comunicação entre essa educadora e os estudantes. Mesmo fazendo parte da boa idade, ela é figura de destaque entre os adolescentes, quando o assunto é Educação. Fátima Porfírio permanece sendo a es- colhida por esses jovens para orientá-los em seus conflitos estudantis e conduzir o trabalho pedagógi- co que os impulsionará em seu crescimento pessoal e intelectual. Fátima Porfírio está no universo dos grandes educadores. Desde cedo, quando ainda era crian- ça, começou a lecionar. Na sua casa simples, com poucos recursos, juntava o que tinha e atraía alguns pequeninos para ensiná-los a ler e escrever em troca de receber alguns trocados para ajudar no sustento da família. Conforme Fátima Porfírio crescia, ganhava grandes proporções também a sua vocação, e, um dia, ela estava formada em Pedagogia. Muitos foram os alunos que por ela passaram e, mesmo depois de adultos, sempre se lembravam da fisionomia dela quando a encontravam na rua. Dessa geração de alunos, outra nasceu, e lá estava Fátima Porfírio para orientá-la. Muitos afirmavam que ela tinha sido professora do pai ou da mãe deles. O prestígio dessa educadora continuava o mesmo, apesar dos vários anos dedicados à Educação, pois ela soube usar a afetividade para conquistar os seus alunos e tornar valorativos os seus ensinamentos. Syda Productions / Shutterstock.com 232 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 232 15/06/2020 14:15:53 No contato diário com os professores, Fátima Porfírio procura mostrar o valor dessa profissão e o poder transformador que ela tem quando exercida com amor e esperança. Ela é persistente e insiste para que seus colegas professores reflitam constan- temente sobre a maneira deles de ensinar e de se re- lacionar com os alunos. Essa educadora não se can- sa de buscar a inovação, mesmo com tantos anos de profissão. Acompanha as mudanças com vontade de realizá-las e acredita na alegria do docente para des- pertar os melhores sentimentos nos alunos. Sempre prega que o professor, ao entrar na sua escola, deve sorrir e deixar em casa os seus problemas, pois os estudantes percebem seu ânimo e são contagiados por ele, influenciando o ambiente da sala de aula e todo o trabalho que nele é desenvolvido. Fátima Porfírio é uma grande educadora por- que não se deixou vencer pelo cansaço de anos na mesma realidade árdua de sua profissão e continuou a firmar os pés e fixar o olhar em novas maneiras de educar. Ideias nunca lhe faltaram para dinamizar o processo de aprendizagem, e disposição sempre foi o seu combustível para levar adiante a luta por uma Educação que contemple não só conteúdos, mas principalmente experiências que retratem os desafios da vida. Nem sempre foi compreendida por aqueles que também navegavam no seu barco, pois muitos profissionais acreditam que uma Educação autoritá- ria é a melhor solução para encarar a falta de forma- ção doméstica dos jovens e agem como se vivessem em uma ditadura. Porém, Fátima Porfírio nunca dei- xou de combater as atitudes de intolerância e insen- satez dos professores que tiveram a oportunidade de aprender algo com a larga experiência profissional dela. Sobretudo, essa fiel educadora zelou pela justi- ça no cotidiano escolar porque ela caminha de mãos dadas com tantos outros valores que contribuem para a formação do cidadão ético. Fátima Porfírio frequentemente afirma que, se tivesse que começar outra vez, escolheria novamente a mesma profissão e atuaria com a mesma paixão. ANDRADE, Fabiana. A pedagogia do afeto na sala de aula; – 2ª ed – Recife: Prazer de Ler, 2014. Syda Productions / Shutterstock.com Li gh tF ie ld S tu di os / S hu tt er st oc k. co m 233 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 233 15/06/2020 14:15:54 a 34a Semana - Grade semanal 1o dia Ciências: A luz – página 67 (primeira coluna) Orientação didática: • Solicite à turma a seguinte atividade:Pesquise e de- senhe objetos translúcidos, opacos e transparentes. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: A luz Orientação didática: • Continuação do trabalho com o assunto “A luz”. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. 234 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 234 15/06/2020 14:15:54 Dinâmica Para começar a atividade, o educador já deve ter organizado um aglomerado de cadeiras no meio da sala, formando uma bar- reira que a dividiu ao meio. Ele terá colocado, debaixo do acento, algumas frases que falam de agradecer pelas dificuldades na vida (esses textos serão lidos pelos educandos durante o exercício). O educador pede para que a turma fique apenas de um lado da sala. Explica que cada educando terá que passar por debaixo das cadei- ras e ir para o outro lado. No momento em que passarem, devem ler algumas das frases que estão debaixo delas. Quando chegarem ao outro lado, ficam em silêncio, esperando os outros passarem. Depois que todos terminarem de passar, o educador mostra um vídeo que fala de superação das dificuldades (são vídeos facilmente encontrados na Internet). Em seguida, pede para que eles articulem pensamentos a partir do que vivenciaram com as cadeiras e com o que viram no vídeo. Focaliza a discussão no saber agradecer pelas dificuldades, que acabam trazendo um aprendizado. WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2012. Dificuldades que ensinam 235 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 235 15/06/2020 14:15:54 Orientação didática 67 BNCC (EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem da luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no contato com superfícies polidas (espelhos) e na inter- secção com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e outros objetos de uso cotidiano). Converse com seus alunos sobre a importância da luz para a nossa vida e peça-lhes que façam, livre- mente, desenhos representando a utilização da luz no cotidiano deles. Sabemos que há muitas maneiras de propagação da luz, é importante que eles tenham consciência desse processo. ANOTAÇÕES 236 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 236 15/06/2020 14:15:55 Fundamentação Autoconfiança Débora Corigliano Para alcançar o sucesso, é necessária a autoconfiança. Para ter certeza do sucesso, você precisa acreditar em si. No entanto, isso só vai acontecer se os outros também acreditarem em você, e os outros só vão acreditar em você se fizer por merecer. Se hoje todos os seus conhecidos lhe disserem que parece doente, é provável que você se sinta doente, de fato, e consulte um médico antes do anoitecer. Por outro lado, se todos comentarem que você é uma pessoa digna de admiração, se o seu patrão elogiar todo dia o seu trabalho, se os colegas disserem que o seu desempenho está melhorando, isso vai contribuir para a sua autoconfiança. Se rg iy N / Sh ut te rs to ck .c om 237 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 237 15/06/2020 14:15:56 Todos precisamos de quem acredite em nós e nos incentive. Já se disse que, para lançar o marido ao sucesso, a mulher deve despedir-se todo dia, quando ele sair para o trabalho, com um sorriso e uma palavra de encorajamento. O homem que descobriu o caminho para o sucesso credita boa parte do sucesso que alcançou à sua mulher. Todo dia, ao sair de casa, ele a ouvia dizer: – Você vai fazer um bom trabalho hoje! Ela nunca se impacientou. Nunca o criticou. Nun- ca reclamou dos atrasos dele. Sempre deixou claro que o considerava um homem brilhante. Certa vez, teve uma atitude pouco comum: escreveu uma espé- cie de oração para o marido assinar e afixou diante da mesa de trabalho, de modo que ele a tivesse dian- te dos olhos durante o dia todo. Leia: “Acredito em mim. Acredito nos que trabalham comigo. Acredito no meu patrão. Acredito nos meus amigos. Acredito na minha família. Acredito que Deus vai me dar todos os recursos de que preciso para alcançar o sucesso, se eu fizer por merecer oferecen- do um serviço confiável, honesto e eficiente. Acredito na oração e jamais fecharei os olhos para dormir sem pedir a Deus orientação, paciência e tolerância com os que pensam de modo diferente do meu. Acredito que o sucesso resulta de esforços inteligentes e não depende da sorte, de esperteza, de cumplicidade, dos colegas nem do empregador. Acredito que vou receber da vida exatamente o que dou. Assim, terei o cuidado de agir em relação aos outros como gostaria que agissem comigo. Não vou maldizer aqueles de quem não gosto. Não vou negli- genciar o meu trabalho, ainda que veja alguém fazer isso. Vou prestar o melhor serviço possível, pois me comprometi a ser uma pessoa bem-sucedida, e sei que o sucesso sempre resulta do esforço cons- ciente. Finalmente, vou perdoar os que me ofendem porque sei que posso vir a ofender alguém e preci- sar de perdão.” Ao ler essa profissão de fé, que foi assinada e cumprida, você consegue imaginar por que aquele jovem, que começou como trabalhador de minas de carvão, conquistou sucesso e riqueza? Uma boa sugestão é copiar essa profissão de fé e afixar no local de trabalho, onde você e as outras pessoas possam ver todos os dias. De início, talvez ache difícil cumprir, mas tudo que vale a pena tem um preço. E o preço da autoconfiança é o esforço cons- ciente para cumprir a profissão de fé. Se você é casado – ou casada - mostre o texto da Sra. Hill para a sua mulher – ou marido. Se não, escolha alguém com quem queira estabelecer uma parceria na vida e peça que ajude no cumprimento do que diz a profissão de fé. Para que os outros acreditem em você, acredite em si. Para que os outros contem com o seu suces- so, conte com o sucesso para si. O mundo aceita a avaliação que fazemos de nós. Valorize-se, portanto. A maioria das pessoas bem-sucedidas começou de uma posição muito inferior à que você ocupa ago- ra. Elas se encontraram, conheciam-se bem e sabiam do poder daquele que diz “eu vou”. As oportunidades só chegam para quem se acredita suficientemente forte para agarrá-las. Você não nasceu para ficar no mesmo lugar. Se quiser subir, vai encontrar espaço acima. A escalada também é prazerosa. Cabe a nós fazermos do traba- lho um prazer. Não existe trabalho penoso para quem tem um objetivo na vida. 238 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 238 15/06/2020 14:15:56 Disponha-se a fazer um trabalho melhor. Mostre que é capaz de produzir mais, com menos gasto de energia física e mental. Desempenhe bem o trabalho que vai aparecer – melhor do que o atual – e se prepare para o próximo. O mundo precisa de gente que se tenha em alta conta e se dignifique pelo cumprimento eficiente de tarefas, com resultados que causem orgulho. Para merecer e alcançar a posição melhor que está à sua espera, cumpra as tarefas atuais de modo que a sua capacidade pareça transbordar. Alguém vai per- ceber e vai querer aproveitar. Se vale a pena ter, vale a pena trabalhar para ter. Não se irrite nem se martirize por causa do sucesso dos outros. Dedique-se aos seus objetivos, às suas tarefas imediatas, sem se preocupar com os resultados. Eles virão. É inevitá- vel. É a lei. Valorize-se. Exija muito de si, como se fosse o chefe mais exigente. Você é o que há de mais importante. Aja certo. Tenha opiniões positivas a seu respeito. Trabalhe duro. Outros se beneficiarão do processo; não procure impedir. Tenha a certeza de que a sua recompensa é certa. Tão certa quanto o trabalho que você faz para merecê-la. Não tenha pena de si. Não se desvalorize. Confie em si. Você é a pessoa mais importante do mundo, e pode ser o que quiser. Não existe quem faça mais por você do que você faz.Está tudo nas suas mãos. As dúvidas são traidoras e nos fazem perder, por medo de tentar, coisas boas que poderíamos obter. Abraham Lincoln começou em uma cabana de madeira e acabou na Casa Branca – porque acreditou em si. Napo- leão Bonaparte começou como um menino pobre nascido na Córsega e chegou a ter a metade da Europa aos seus pés – porque acreditou em si. Henry Ford começou como empregado de uma fazenda e fez girar mais rodas do que qualquer pessoa sobre a face da Terra – porque acreditou em si. Eles alcançaram o que queriam porque confiaram na própria capacidade. A pergunta é: POR QUE VOCÊ NÃO DECIDE O QUE QUER, VAI LÁ E PEGA? HILL, Napoleon. Só tem sucesso quem quer. 1. ed. São Paulo: Funda- mento Educacional Ltda., 2014. m ic ha el ju ng / Sh ut te rs to ck .c om 239 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 239 15/06/2020 14:15:56 a 35a Semana - Grade semanal 1o dia Semana de revisão. 2o dia Semana de revisão. 3o dia Semana de revisão. 4o dia Semana de revisão. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Vitaly Korovin / Shutterstock.com 240 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 240 15/06/2020 14:15:57 Dinâmica Direito à vida e à saúde Srs. Responsáveis Em sala de aula, realizamos atividades para prevenir pequenos acidentes, partindo do autoconhecimen to e de situações vivenciadas pelos alunos. Foi uma experiência muito valiosa. Propomos, agora, um momento em família para complementar os nossos estudos. Revista Guia prático para Professores Ensino Fundamental. Desenvolvimento: 1o passo: Atividade de autoconhecimento Eu me chamo Gosto de ser chamado por Gosto muito de Do que eu mais gosto em mim é Minha brincadeira predileta é Gosto de passear em lugares No recreio, brinco de 2o passo: Solicite às crianças que observem situações que ofere- cem riscos de pequenos acidentes na escola, como andar com o tênis desamarrado, correr com piruli to na boca, etc. 3o passo: Fotografe, filme ou acompanhe cenas que ocorrem na escola e que podem causar acidentes. O registro também pode ser feito por meio de desenhos. 4o passo: Reúna o grupo e comente as observações registradas. 5o passo: Forme subgrupos e peça aos alunos que escolham um dos temas trabalhados. 6o passo: Proponha que confeccionem cartazes com orientações para prevenir pequenos acidentes. 7o passo: Cada grupo apresenta seu cartaz. 8o passo: Coloque os cartazes nos lugares indicados, por exem- plo, “Subir e descer a escada com atenção” próximo à escada. 9o passo: Semanalmente, avalie com os alunos a ação e se os resultados foram atingidos satisfatoriamente. 10o passo: Peça às crianças que conversem com os pais sobre a prevenção de acidentes e registrem no caderno. Envie um comu- nicado/formulário aos pais. 241 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 241 15/06/2020 14:15:57 Semana de revisão Unidade 4 • Os recursos naturais • A matéria e a energia • A luz 1. Leia as palavras e organize-as no lugar correto. 2. Relacione a resposta a cada frase. Depois, copie a resposta correta abaixo da frase. 3. Responda às perguntas. a. Quais aparelhos eletroeletrônicos que utilizam energia elétrica você conhece? Cite alguns. b. E na sua escola? c. Há pouco mais de 150 anos, não existia, no Bra- sil, energia elétrica nas casas. Imagine-se vivendo naquela época. Descreva como seria a sua vida sem a energia elétrica. Sugestão de resposta: Bebedouros, lâmpadas, fotocopiadoras, ventiladores, etc. Resposta pessoal Resposta pessoal petróleo metais energia solar água madeira A energia de movimento se transformou em energia térmica. Recursos naturais não renováveis Recursos naturais Recursos naturais renováveis Sugestão de resposta: Eletrodomésticos em geral, lâmpadas, computadores, televisão, etc. 4. Leia a informação abaixo. 5. Pesquise e desenhe: Carlos estava com muito frio e movimentou suas mãos uma contra a outra para aquecê-las. Que transformação de energia ocorreu na situação descrita? Objeto translúcido Objeto opaco Objeto transparente Recursos renováveis Recursos não-renováveis energia solar – madeira petróleo – água – metais a. Explorados continuamente, podem se esgotar e acabar. b. Tudo o que os seres vivos retiram da natureza para satisfazer às suas necessidades. c. Após seu uso, renovam-se. Recursos naturais Recursos naturais renováveis Recursos naturais não renováveis 242 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 242 15/06/2020 14:15:57 Fundamentação ...lidar com a diversidade Na mesma proporção em que, felizmente, aumen- ta o acesso das crianças brasileiras à escola, cresce a diversidade nas salas de aula. Uma turma pode reunir crianças de diferentes classes, regiões, cultu- ras, crenças. Elas respondem, de modos distintos, a conteúdos, objetivos e exigências — planejados para serem iguais para todos. O desafio, portanto, é não mascarar essas diferenças, mas valer-se delas para enriquecer o aprendizado e a vivência do grupo. A diversidade entre os indivíduos é uma condi- ção da natureza humana e está sempre presente em qualquer abordagem pedagógica. Isso não signifi- ca que lidar com ela seja simples. "Ainda estamos aprendendo a conviver com a diversidade", diz Roseli Fischmann, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Segundo ela, o caminho é "refletir em grupo, partilhar, buscar se compreender". O que você deve ter em mente é encontrar um equilí- brio entre objetos comuns e necessidades pessoais de cada estudante. A busca desse equilíbrio não é fácil. Primeira- mente, é preciso saber até que ponto todos os envol- vidos, da equipe escolar aos pais de alunos, estão de acordo em aceitar que cada aluno tem direito a um ensino adaptado, na maior medida possível, às suas possibilidades e limitações. Nem toda diversidade, no entanto, significa de- sigualdade. É o caso das diversidades culturais e de aptidões específicas. Esses são aspectos individuais que enriquecem a convivência coletiva. A você, cabe ter sensibilidade para detectá-las e lidar com elas sem transformá-las em estigmas. "Trabalhar com a diversidade é normal; querer fomentá-la é discutível; regular toda a variabilidade nos indivíduos é perigoso", escreve o educador espanhol José Gimeno Sacristán. Viva a diferença Para lidar com a diversidade, é essencial: • definir o que é comum a todos e o que é particular em cada aluno; • criar diferentes ambientes de aprendizagem; • conhecer as particularidades dos alunos para esti- mular o interesse de cada um; • diversificar o material didático; • acompanhar a aprendizagem de cada estudante; • trocar informações e opiniões com outros professores; • não tentar mascarar nem destacar em excesso as diferenças dentro da turma. Currículo e avaliação flexíveis Quando as respostas da turma são desiguais em relação aos padrões de aprendizagem exigidos, é recomendável, além da revisão dos métodos de ava- liação, adotar currículos flexíveis. Para isso, é preciso definir claramente o que deve ser comum a todos os alunos e quais podem ser os conteúdos diferencia- dos. Finalmente, cabe a você cultivar conceitos como flexibilidade e tolerância. Eles são pré-requisitos para a boa convivência e a adaptação de pessoas diferentes a ambientes e objetivos comuns. "O mais importante é não ficar no discurso, mas adotá-lo na prática", diz a educadora Roseli Fischmann. Revista Nova Escola. Ano 18. n. 164. São Paulo: Abril, agosto 2003. 243 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 243 15/06/2020 14:15:57 a 36a Semana - Grade semanal 1o dia Ciências: O som e a vibração da matéria – páginas 67 (segunda coluna) e 68 Orientação didática: • Confeccione com a turma instrumentos musicais com sucata. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: O som e a vibração da matéria – páginas 69 e 70 Orientação didática: • Leve diferentes objetos para sala de aula e reprodu- za vibraçõescom eles. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. jbryson / Depositphotos.com 244 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 244 09/07/2020 15:03:11 Dinâmica Os educandos são convidados a assistir a um vídeo de um clipe musical que está na moda. No primeiro momento, o edu- cador coloca o clipe sem áudio, apenas a imagem. Pede aos alunos que prestem atenção, mesmo achando estranho sem som. Num segundo momento, passa o mesmo clipe com áudio. Depois, o educador pergunta ao grupo o que ele sentiu ao ver o vídeo das duas formas e guia a discussão para focalizar no tema do escutar. Em seguida, distribui um papel com diferentes mensagens para cada educando. São mensagens que falam do saber agradecer ao corpo, à própria saúde e aos sentidos sau- dáveis do corpo. A turma é dividida em duplas, e o educador solicita que se separem em “1” e “2”. Os que são número “1” devem se espalhar pela sala e ficar parados. Eles irão apenas ficar de olhos fechados e escutar. Os outros, que são o número “2”, vão andar pela sala e, ao sinal do educador, devem parar do lado de um educando “1” e ler a mensagem baixinho perto do seu ouvido. Voltam a andar, e logo o educador dá outro sinal para pararem e falarem a mensagem a outro colega. Seguem por alguns instantes e, depois, inverte-se o papel dos educan- dos, ficando o “2” parado e o “1” andando e falando ao ouvido. Após terem executado o exercício algumas vezes, o educador pede que fiquem no círculo e conversem sobre a importância da escuta e da orelha como órgão fundamental a que sempre se deve agradecer pela oportunidade de poder ouvir. WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2015. Ouvir e não ouvir 245 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 245 15/06/2020 14:15:58 Orientação didática BNCC (EF03CI01) Produzir diferen- tes sons a partir da vibração de variados objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno. 67 Realize atividades com músi- ca e peça aos alunos que ob- servem as características de determinados instrumentos e o comportamento do som no ambiente. Aproveite para pergun- tar-lhes sobre hábitos de saúde auditiva rela- cionados à música alta. PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 246 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 246 09/07/2020 15:03:13 Orientação didática Pergunte aos alunos se eles têm algum instrumento musical e, em seguida, solicite que quem o tiver traga-o para a aula prática que você deverá elaborar. Leve você também um instrumento musical e proporcione uma aula diferente, obser- vando as características de cada instrumento e o modo como o som é produzido. Para trabalhar a propagação das ondas sonoras, proponha para a turma a formação de “bandas” musicais. Oriente os grupos para que façam os instrumentos com mate- riais alternativos. 68 BNCC (EF03CI01) Produzir diferen- tes sons a partir da vibração de variados objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno. (EF03CI03) Discutir hábitos necessários para a manutenção da saúde auditiva e visual con- siderando as condi- ções do ambiente em termos de som e luz. 247 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 247 15/06/2020 14:15:59 Sugestão de atividade 1. Pesquise e complete. 2. Troque os números pelas sílabas correspondentes e forme uma frase. 69 O ruído pode causar danos permanentes à audição. BNCC (EF03CI01) Produzir diferen- tes sons a partir da vibração de variados objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno. a. O galo . b. O gato . c. O lobo . d. O tigre . canta mia uiva ruge 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ru nos po ma di do tes cau per 10 11 12 13 14 15 16 17 18 sar da í ção à O nen au de 15 1 12 6 3 18 8 10 11 2 9 4 16 7 14 17 5 13 248 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 248 15/06/2020 14:16:00 Orientação didática 70 BNCC (EF03CI01) Produzir diferen- tes sons a partir da vibração de variados objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno. Incentive e auxilie seus alunos a produzirem folders indicando algumas medidas que podem ser tomadas no dia a dia para amenizar a poluição sonora. Depois, reproduza e compartilhe esse material criado por sua turma com as demais turmas da escola. ANOTAÇÕES 249 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 249 15/06/2020 14:16:01 Fundamentação Docência, a que será que se destina? A docência é uma forma de desdobramento… Piegas? Não; verdadeiro. Ser professor (ou professo- ra, claro) é ser aquele que, antes de tudo, se compraz no encontro, na junção, na relação. É ser aquele que tem como mote algo que é extremamente românti- co – e por isso bonito, jamais descartável: termos uma humanidade que viva em confraternização, com fraternos, irmanados. Não há nenhum risco em assumir essa amo- rosidade. Fernando Pessoa já dizia que todas as cartas de amor são ridículas, mas mais ridículo é quem não as escreve. Quem não ama é incapaz de se desdobrar. Em tempos egonarcísicos como os nossos (nos quais a palavra de ordem continua sendo acumular o máximo possível de bens e aumentá-los a qualquer custo, em benefício individual), a docência parece caminhar na contramão dessa lógica: sempre que pudermos, queremos é aumentar o que de melhor temos para poder repartir ainda mais. Quanto mais aquilo que acumulamos (conhecimentos, valores, emoções) puder ser partilhado, mais nos sentimos bem. Somos incontidos; parece que não cabemos em nós mesmos e é preciso, sempre, transbordar. É fundamental valorizar a atividade docente como um ato de amorosidade. Há quem diz que, em se tratando da realidade brasileira, isso é praticamente impossível. Como adotar uma postura de amorosida- de quando se tem de dar aula em salas repletas, sem carteiras suficientes, sem material suficiente, sem salário suficiente? Mas é exatamente em condições absolutamente difíceis que a amorosidade aparece e é imprescindível. Só se desiste de algo quando se deixou de amá- -lo. O mesmo serve para o ato docente: não se pode desistir. É preciso alimentar essa amorosidade, colo- cá-la em conjunto, debatê-la, lutar por ela. Educação e atividade docente não se fazem isoladamente. A briga que vale a pena ser brigada é a briga coleti- va, ensinou Paulo Freire. Organizar-se e reivindicar condições dignas de trabalho servem para fortalecer esse amor; estudar, aperfeiçoar-se, refletir sobre a docência também ajuda a manter sadia a amorosi- dade. Porque ela tem que ser competente; senão, é mera boa disposição. mirtmirt / Shutterstock.com wavebreakmedia / Shutterstock.com 250 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 250 15/06/2020 14:16:02 Há alguns professores hoje que, se pudessem, escolheriam o dia 2 de novembro, Finados, como Dia do Professor; ora, Finados é a desistência. Fico ten- tado a nos colocar em 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, não porque santos sejamos, mas porque, dos santos, partilhamos a sã loucura, que é fazer o que precisa ser feito, e que pareceria um contrassen- so fazer. Claro que muitas políticas públicas, de uma maneira geral, quase colocam o Dia do Professor em 31 de outubro, Dia das Bruxas. Esotéricas ou pedago- gicamente dissimuladas, a verdade é que, na maioria das vezes, as políticas hegemônicas para a Educação vêm sendo assustadoras. O dia 19 de setembro, em que nasceu Paulo Frei- re, também poderia ser um belo Dia do Professor (e da Professora, como ele exigiria), não? Afinal, o que fez nosso Mestre foi engravidar mi- lhares de homens e mulheres pelo mundo afora com sonhos e ideias, entre as quais a principal é que a finalidade da Educação é proteger e manter a vida. No entanto, como sempre ele nos lembrava, é preciso estar vigilante a respeito da própria amorosi- dade e não permitir o enfraquecimento da esperança. Por isso, quando fazemosuma lista das razões pelas quais somos docentes, a coluna dos “apesar de” não pode ficar maior do que a dos “por causa de”… Pensatas pedagógicas: nós e a escola: agonias e alegrias. CORTEL- LA, Mario Sergio. 2. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. Blaj Gabriel / Shutterstock.com 251 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 251 15/06/2020 14:16:03 a 37a Semana - Grade semanal 1o dia Ciências: A tecnologia no cotidiano - páginas 71 e 72 Orientação didática: • Construa, coletivamente, um texto sobre a utilização dos recursos tecnológicos no cotidiano. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: A tecnologia no cotidiano – páginas 73 e 74 Orientação didática: • Colete informações sobre tecnologias sustentáveis. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Duplass / Shutterstock.com 252 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 252 15/06/2020 14:16:03 Dinâmica O educador lança o desafio para o grupo. A sala deverá ficar sem nenhuma cadeira. Para tirá-las, o grupo deve- rá se organizar em uma fila, que começa dentro da sala e finaliza na área externa. Um passará a cadeira para o outro. Aquele que receber a cadeira de alguém deve sempre di- zer “Obrigado(a)”. A proposta é nunca se esquecer de dizer “Obrigado(a)” ao outro no momento de pegar a cadeira. Organizam-se a fila e o lugar onde ficarão, e começa-se o trabalho até esvaziar a sala. Em seguida, todos se reúnem, e o educador comunica que agora eles terão que limpar juntos o espaço. O educa- dor divide as equipes e as tarefas (limpar os armários e as janelas, varrer o chão, pegar o lixo, etc.). Disponibiliza os materiais e começa a limpeza. Avisa que, sempre que al- guém lhes ajudar ou que receberem algo, etc., devem dizer “Obrigado(a)”. Depois de tudo limpo, ele explica que agora farão a mes- ma fila do início para recolocar as cadeiras de volta no lugar, recordando-se de dizer “Obrigado(a)”. Cumprem a última tarefa e se sentam juntos para avaliar o que aprenderam com o mutirão. WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2015. Mutirão do obrigado(a) Oleksii M ishchenko / Shutterstock.com 253 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 253 15/06/2020 14:16:04 Orientação didática NOTA: A BNCC não define o estudo de: A tecno- logia no cotidiano como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fundamental, porém consideramos ser esse conteúdo de grande importância para a formação estudantil, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. 71 Em uma roda de conversa, apresente aos alunos ima- gens de alguns recursos naturais, como o petróleo e, em seguida, imagens de produtos que são gerados a partir dessa matéria-prima, como batons, plásticos e combustíveis, por exemplo. A ideia é ressaltar a importância da tecnologia para a sociedade produtiva como um todo. michaeljung / Depositphotos.com 254 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 254 09/07/2020 15:03:20 Orientação didática Construa, com os alunos, um painel com imagens das tecnologias mais presentes no dia a dia deles. É provável que os alunos tragam imagens de computadores, celulares, tablets, etc. Solicite aos alunos que pesquisem sobre tecnologias sustentáveis e debatam entre si sobre as que acharam mais interessantes. Em uma roda de conversa, aborde a questão da exploração excessiva dos recursos naturais, alertando os alunos para a necessidade do uso consciente desses recursos. 72 255 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 255 15/06/2020 14:16:06 Sugestão de atividade 1. Marque as frases corretas. 2. Faça a correspondência. 73 A tecnologia nos ajuda em nosso cotidiano. A retirada, em excesso, de recursos naturais não prejudica a natureza. Os seres humanos extraem da natureza diversos recursos para sua sobrevivência.x x Recursos retirados da natureza Tecnologia Conjunto de processos construídos pelo homem para produção em geral. Tratores, colhei- tadeiras, trans- portes, etc. Tecnologias cons- truídas pelo homem. Metais, água, alimentos, etc. 256 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 256 15/06/2020 14:16:06 Sugestão de atividade 74 1. Você acha que a tecnologia facilita a vida das pes- soas? Por quê? 2. Observe as figuras abaixo. Em relação ao recurso que foi retirado da natureza, esses alimentos: Resposta pessoal 1 122 Não sofreram transformações. Sofreram transformações.1 2 Fotos: mexrix, Kompor, Nattika / Shutterstock.com; lucielang / Depositphotos.com 257 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 257 15/06/2020 14:16:07 a 38a Semana - Grade semanal 1o dia Ciências: As novas tecnologias – páginas 75 e 76 Orientação didática: • Proponha a seguinte atividade: Elabore, em grupo, uma apresentação sobre as novas tecnologias de- senvolvidas em uma área de conhecimento específi- ca, a ser indicada pelo professor para cada equipe. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: As novas tecnologias – páginas 77 e 78 Orientação didática: • Continuação do trabalho com o assunto “As novas tecnologias”. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. pathdoc / Shutterstock.com 258 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 258 15/06/2020 14:16:08 Dinâmica Primeiramente, os educandos veem um mapa do plane- ta que mostra os oceanos. O educador guia os olhares para observarem a integração das águas e realiza questões sobre o que acontece na atualidade com ela. É importante se lembrar da rede dos rios que se integram com a maioria desses mares e como eles se interligam comple- tamente. Após o diálogo, o educador distribui papéis e orienta os educandos para a construção de um barquinho. Depois de pronto, o educador explica que esse barquinho passará por to- das essas águas e levará mensagens positivas para as pessoas sobre a importância de agradecer as águas. Pede que escrevam, no barquinho, algumas frases que façam as pessoas refletirem e também agradecerem as águas. Após a escrita, o educador solicita que todos se levantem e coloquem cada um seu barqui- nho na mão, como se estivessem navegando, movimentando a mão em várias direções. O educador esclarece que eles irão andar pela sala mostrando seu barco navegando e, quando for dado um sinal, eles param em frente a um colega para ler as frases do barco. Dá-se o sinal, e eles andam; outro sinal é dado para eles pararem e lerem o que está escrito no barco do colega. Segue a atividade, pedindo para pararem algumas vezes. Por fim, convida-os para ficarem em círculo e falarem o que mais leram e qual o aprendizado que tiveram nessas leituras. WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2015. Barco de valores 259 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 259 15/06/2020 14:16:08 Orientação didática NOTA: A BNCC não define o estudo de: As novas tecnologias como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Fundamental, porém consideramos ser esse conteúdo de grande importância para a formação estudantil, por isso, as páginas a seguir abordam esse objeto de conhecimento. 75 Estimule a imaginação dos alunos: divida-os em grupos de até cinco pessoas e peça-lhes que pensem em uma tecnologia de que gostariam que existis- se no mundo, mas que ainda não foi criada, como o teletransporte, por exemplo. Deixe-os livres para que pensem em cada detalhe, elaborem croquis ou façam montagens com recortes de revistas, jornais,etc. Em seguida, cada grupo deverá apresentar a tecnologia na qual pensou para o restante da turma. ANOTAÇÕES PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO MATERIAL DE APOIO COMO UM RECURSO VISUAL PARA A MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO. 260 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 260 09/07/2020 15:03:32 Orientação didática Apresente aos alunos imagens de diversas máqui- nas modernas, explicando a utilidade de cada uma delas. Depois, solicite-lhes que desenvolvam textos individuais, descrevendo aquela de que mais gosta- ram e justificando a escolha. Em uma roda de con- versa, leve-os a refletir sobre como seria o mundo sem as máquinas. 76 wavebreakmedia / Shutterstock.com 261 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 261 15/06/2020 14:16:09 77 Orientação didática Para trabalhar a temática da robótica, exiba, em sala de aula, o filme Robôs. Solicite a cada aluno que, com ajuda, construa um robô com material de sucata: caixas de papelão, tampinhas de garrafas, etc. Cada robô deve ter uma fichinha de identificação, informando seu nome, o que ele faz e a data em que foi criado. Combine com a direção da escola um dia para expor todos os robôs que foram construídos. kirill_makarov / Shutterstock.com 262 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 262 15/06/2020 14:16:10 Sugestão de atividade 78 1. Observe as imagens e escreva o nome de cada uma delas abaixo. 2. O que você acha sobre a importância dessas máquinas nos dias atuais? 3. Sublinhe as frases verdadeiras. Celular, impressora, tablet e televisão. Resposta pessoal a. O computador tem ocupado cada vez mais espaço no cotidiano das pessoas. b. As máquinas não trouxeram benefícios à sociedade. c. Atualmente, usamos muitas máquinas no dia a dia. Fo to s: B lo om ua , N ik M er ku lo v, Ru sl an Iv an ts ov / Sh ut te rs to ck .c om ; e re m m m / D ep os itp ho to s. co m 263 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 263 15/06/2020 14:16:11 a 39 a Semana - Grade semanal 1o dia Ciências: As novas tecnologias – página 79 Orientação didática: • Peça aos alunos que levem imagens de aparelhos tecnológicos. Divida-os em grupos e peça-lhes que construam um painel com as imagens levadas e falem um pouco sobre as novas tecnologias. Depois, exponha todos os painéis na sala de aula. Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática. 2o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 3o dia Ciências: As novas tecnologias Orientação didática: • Em uma roda de conversa, promova uma discus- são com seus alunos sobre o lado bom e o lado ruim das novas tecnologias. Escute-os e esclareça possíveis dúvidas. Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Geografia. 4o dia Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. mimagephotography / Shutterstock.com 264 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 264 09/07/2020 15:04:02 Direito à paz Objetivos: Motivar os alunos a construírem um mundo melhor, com dedicação e entusiasmo. Mostrar ao grupo que são as pequenas coisas que compõem um clima agradável, que animam as pessoas a trabalharem com cooperação e respeito mútuo. Desenvolvimento: Proponha ao grupo a montagem do “Espaço da Paz”. Veja como fazê-lo. Coloque para o grupo os seis pontos do Manifesto 2000: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, redescobrir a solidariedade, preservar o planeta e ouvir para compreender. Em seguida, os alunos pre- param um painel de papel para desenhar ou escolhem uma parede da escola que será personalizada com uma pintura. Cada aluno poderá representar como quiser o que entende por cultura da paz. A criança começa traba- lhando em um pedaço do painel e, depois, todas podem interagir e com- plementar os desenhos feitos pelos colegas. Fechamento – Como se deram as interações? Houve conflito por causa do espaço? Como cada um percebeu a paz? O que falta na nossa vida pessoal e coletiva para alcançar essa paz? Variação: Proponha um “Espaço da Paz” feito com dobraduras, que podem ser confeccionadas pelas crianças. O grupo se reúne para criar, trocar experiências e ajudar uns aos outros. • Antes de oferecer modelos prontos, peça àqueles que sabem fazer alguma dobra- dura que ensinem aos demais. Distribua papéis e deixe os alunos livres para criarem suas dobraduras. • Estimule a troca de experiências entre os alunos. Todos ensinam o que sabem fazer. • Faça uma exposição dos trabalhos, assim outras pessoas terão a oportunidade de receber as mensagens de paz. Dinâmica 265 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 265 15/06/2020 14:16:12 Sugestão de atividade 1. Escreva V, para verdadeiro e F, para falso nas afirmações. 79 NOTA: A BNCC não defi- ne o estudo de: As novas tecnologias como competência a ser desenvolvida na disciplina de Ciências do 3o ano – Ensino Funda- mental, porém con- sideramos ser esse conteúdo de grande importância para a formação estudan- til, por isso, aborda- mos esse objeto de conhecimento. 2. Complete as frases com as palavras do quadro. a. O ser humano transforma os para fabricar objetos. b. Por meio da os materiais voltam a ser matéria-prima para novos produtos. c. os materiais é uma boa manei- ra de poupar matéria-prima. materiais reciclagem Reaproveitar Reaproveitar - materiais – reciclagem V V F A tecnologia é o conjunto de conhecimentos e técnicas utilizados para transformar os materiais. O excesso de extração dos recursos naturais afeta o meio ambiente. A tecnologia não é importante nos dias atuais. 266 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 266 09/07/2020 15:04:04 Fundamentação Professores com menor formação e remune- ração estão despreparados para promover quem mais precisa da educação, que é o aluno do ensino público. Em muitos aspectos de nossa vida social e econômica, a desigualdade, mais do que um pro- blema crônico, parece ser um problema histórico. O orçamento nacional, por exemplo, é um permanente concentrador de riquezas, pois usa recursos subtraí- dos de investimentos sociais para pagar a dívida pú- blica e remunerar aplicações financeiras. A educação vive semelhante círculo vicioso, regido pela lógica de mercado, que amplia continuamente as dispa- ridades. A profissão de professoras e professores, sua formação e sua condição de trabalho deveriam ser estratégicas, se quisermos romper esse ciclo de desigualdade crescente: quem tem melhor condição social obtém educação com mais qualidade e quem recebe essa educação boa avança socialmente. A seleção socioeconômica no acesso às carreiras mais competitivas nas universidades públicas reflete um dos sentidos dessa desigualdade, pois escolas privadas de elite proveem melhor formação que a média das públicas. Reequilibrar essa disparidade implica aperfeiçoar as escolas e as oportunidades de acesso à cultura e, para tanto, é essencial dar boa formação aos educadores. Isso, no entanto, colide com o outro sentido da desigualdade, como é fácil demonstrar. O desprestígio e a expectativa de baixa remune- ração do trabalho de professor fazem com que os cursos de Pedagogia e as licenciaturas estejam, de acordo com dados oficiais, entre os menos disputa- dos, o que contribui para uma inversão na seleção de entrada. Os dados também mostram que isso resulta em cursos mais fracos nas instituições privadas e em altas taxas de abandono nas públicas, reduzin- do, assim, o número dos que recebem boa formação teórica e prática. O ciclo da desigualdade Acompanho o trabalho magnífico feito na rede pública por professoras e professores e defendo que, por sua qualificação e dedicação, eles deveriam ser contratados como tutores na formação prática de novos colegas. No entanto, nessa lógica perversa, eles não são reconhecidos nem pagos por seu em- penho ou excelência, já que são “funcionários públi- cos como os demais”. Assim, muitos dos que têm melhor qualificaçãocultural e técnico-pedagógica acabam atraídos pelas escolas particulares (que já atendem a alunos de melhor condição econômica e oferecem um ensino um pouco mais qualificado). O círculo, mais uma vez, fecha-se. Que fazer, então? No curto prazo, é preciso reforçar propostas de aperfei- çoamento da formação docente, baseadas no apoio direto ao trabalho feito nas salas de aula e comple- mentadas com oportunidade de mais vida cultural para alunos e professores. As redes públicas de ensino, até por serem grandes, podem pôr em prática essas propostas com baixo custo unitário. Mas es- sas são ações compensatórias, que não substituem um programa que foque a formação e as condições de trabalho. É preciso tornar a formação de professores mais atraente e eficaz, disponibilizando bolsas de estudos vinculadas ao desempenho e subsidiando centros que, associados a escolas fundamentais e médias, disponham-se a formar uma vanguarda de profis- sionais. Ao mesmo tempo, é essencial difundir uma nova lógica de reconhecimento do trabalho docen- te, especialmente dos que ensinam nas condições sociais mais carentes, por meio de avaliação dos alunos no início e no fim do ano, premiando e promo- vendo os responsáveis pela evolução dos que mais precisam da escola. MENEZES, Luis Carlos de. In: Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, setembro, 2007. _zhekos_ / Depositphotos.com 267 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 267 15/06/2020 14:16:13 a 40a Semana - Grade semanal 1o dia Semana de avaliação. 2o dia Semana de avaliação. 3o dia Semana de avaliação. 4o dia Semana de avaliação. 5o dia Livre para atividades complementares da sua turma. Samuel Borges Photography / Shutterstock.com 268 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 268 15/06/2020 14:16:13 Responsabilidade e cidadania 80 NOTA: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define um conjunto de compe- tências gerais que servem como um guia para o aprendizado das crianças, e que devem ser desenvol- vidas de forma inte- grada ao currículo. DINÂMICA PARA TRABALHAR O SOCIOEMOCIONAL O que: Agir, pessoal e coletivamente, com autono- mia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação. Para: Tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. É preciso compreender que, tanto no âmbito familiar quanto no escolar, deve haver uma relação de afeto, pois é isso que nos ajudará a construir um ser humano psicologicamente saudável. O ato de cuidar é maravilhoso – é o sentimento que vai tornar o outro importante. O pai e o professor, educadores que são, devem entender que têm uma missão: construir um ser humano. Isso somente acontecerá pela obra do amor, amor esse que cobra, que é duro, que traz sofri- mento e preocupação, mas, por outro lado, traz muito prazer e a realização do ato humano mais criador – fazer nascer um ser de verdade. FONTE, Paty. Competências socioemocionais na escola. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019. 269 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 269 09/07/2020 15:04:05 Semana de avaliação Unidade 4 • Os recursos naturais • A matéria e a energia • A luz • O som e a vibração da matéria • A tecnologia no cotidiano • As novas tecnologias 1. Explique com as suas palavras a importância dos recursos naturais abaixo para a existência dos seres vivos. 2. Quais atitudes você tem na sua casa que podem ser consideradas falta de cuidado com o meio ambiente? 3. Observe as imagens e escreva quais transforma- ções de energia estão ocorrendo em cada uma. 4. Observe a imagem abaixo. Depois, responda. 5. Desenhe um arco-íris com as sequências de suas cores e explique o fenômeno. A energia elétrica é transformada em energia térmica. A energia elétrica é transformada em energia luminosa. Na TV, a energia elétrica é transformada em energia sonora, térmica e luminosa. Resposta pessoal Resposta pessoal A TV aqueceu porque é um aparelho elé trico que, além de transformar a energia elétrica em energia sonora e luminosa, também libera energia térmica. a. Qual(is) tipo(s) de energia ocorre(m) enquanto a TV está ligada? b. A TV já está ligada há algum tempo, por que ela está quente? “Com o azul, eu vou sentir tranquilidade. O laranja tem sabor de amizade. Com o verde, eu tenho a esperança que existe em qualquer criança e enfeitar o céu nas cores do amor.” Xuxa água ar solo Sol Resposta pessoal ph ot og ra ph ee .e u / D ep os itp ho to s. co m pe sh ko va / D ep os itp ho to s. co m Olha, pai! A TV ficou quente. 270 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 270 15/06/2020 14:16:15 6. Relacione. A perda gradativa de nossa audição. 7. Pesquise e responda. 8. O que a exposição a barulhos muito altos pode causar? 9. Pesquise e escreva exemplos de recursos naturais com as características indicadas. 11. Escreva o que você acha que poderia ser inven- tado para melhorar a qualidade de vida dos seres humanos. 12. Faça uma análise sobre o uso das novas tecnolo- gias e escreva-a abaixo. a. O é o som do sapo. b. A galinha . c. O burro . d. O som da vaca é o . e. O som do cão é o . coaxar cacareja mugido zurra latido 10. Escreva o que é tecnologia sustentável. É um processo tecnológico com equipa- mentos, roupas, mobiliário, comidas, enfim, tudo que consumimos sendo feito de forma útil e eficaz, mas que, ao mesmo tempo, garanta os recursos naturais em quantida- de e qualidade suficientes para as próximas gerações. Resposta pessoal Resposta pessoal Resposta pessoal Resposta pessoal Escassos Intensamente extraídos Não podemos enxergar com nitidez através deles. Não é possível ver através deles. Podemos ver os objetos através deles. Materiais transparentes1 2 3 Materiais translúcidos Materiais opacos 2 3 1 Ta ty an aG l / D ep os itp ho to s. co m 271 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 271 15/06/2020 14:16:15 Ollyy / Shutterstock.com Fundamentação Sem tempo a perder Férias! Sonho de vários: aproveitar o tempo livre! Então, vai ao fast-food... Para que serve o fast-food? Ele deveria ser uma opção de alimento, não um sinal de exclusiva qualidade. Parece que muitas crian- ças são dotadas de um sistema de comunicação de massa que as impulsiona a dizer o tempo todo: “Se você não come lá, você é menos”. Esse é um siste- ma, mas há um outro, que é a pressão do dia a dia. É mais prático levar as crianças para comer no fast- -food porque lá elas não dão tanto trabalho. Além disso, adoram. Sabe por que elas adoram? O que podem lá não podem em casa? Escolher a comida e, atenção, escolhe-se pelo número. Você para, olha e aponta, como qualquer primata não hominídeo faria. A combinação é a mesma; você não precisa racioci- nar, já está pronto. É a mesma comida, com o mesmo gosto, em qualquer lugar. É por isso que as pessoas são capazes de ir a Paris ou a Caruaru e, em vez de experimentar o novo e aprender, vão atrás do familiar, procuram aquilo que já conhecem, o que significa uma redundância: ficam onde estavam, no lugar de aumentar a experiência de saborosidade. Por que crianças gostam de restau- rante fast-food? Primeiro: Elas podem escolher e não precisam pensar. Segundo: não demora. Terceiro: o que pode fazer lá? Sujar. Pode sujar à vontade, derru- bar, fazer o que quiser, não precisa cuidar. Aliás, tudo é descartável. No restaurante fast-food também pode-se (e deve-se) comer com as mãos. A humanidade passou séculos tentando não comer com a mão, milênios para desenvolver talheres e pratos. Lá você ganha a comida num saco de papel. Quem ganhava a comida num saco de papel até 20 anos atrás era cachorro. E você ainda acha que aquilo é qualidade, porque o saco de papel é colorido e está escrito que ele é re- ciclado. Você pega a sua comida, que murcha dentro daquele saco – porque fica abafado e com o mesmo cheiro –, tanto faz o que você come, o sabor será o mesmo, mas é reciclável, é natural e ainda por cima não precisa mastigar. Olha que delícia!Em casa, você é obrigado a mastigar. No fast-food não precisa por- que aquilo é tão mole que você põe na boca e engole. Vamos ao fast-food para conversar? Não, porque você entra, olha a placa, escolhe, paga, o vendedor entrega a comida em 40 segundos numa bandeja, você pega aquilo e procura um lugar para sentar. Nunca a cadeira e a mesa são compatíveis. Não pode ser confortável porque, se for confortável, você fica e fast-food não é para ficar e, sim, sair logo, fazendo girar o movimento. Agora, o ápice da modernidade e da “qualidade de vida”: o drive-thru. A lógica é essa: você entra com o carro, fala com uma máquina, dá uma volta, e, quan- do chega ao lado de lá, a pessoa entrega para você um saco de comida, um saco com bebida e você sai comendo, bebendo, guiando e falando ao celular ao mesmo tempo. Ganhando tempo. Tempo para quê? Essa é uma questão. Está ganhando tempo para quê? CORTELLA, Mario Sergio. Pensatas pedagógicas: nós e a escola: agonias e alegrias. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. 272 FC_ME_CIEN 3F_UN 4.indd 272 09/07/2020 15:04:07 FC_ME_CIEN 3F_UN 1_GRAFICA_web FC_ME_CIEN 3F_UN 2_GRAFICA_web FC_ME_CIEN 3F_UN 3_GRAFICA_web FC_ME_CIEN 3F_UN 4_GRAFICA_web