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Filosofia - Aluno 2055 EMANUEL FREITAS 
 
 
 
 
• Para começarmos o resumo, antes precisamos relembrar algumas correntes que foram cobradas na TP. 
o Racionalismo – Conhecimento obtido através razão é mais confiável do que o obtido pela experiência. 
o Empirismo – É um erro desconsiderar a experiência. Conhecimento obtido através da experiência. 
• Houve o surgimento de várias doutrinas empiristas no século XVII, as quais buscavam refutar e contrapor as 
ideias apresentadas pelos racionalistas, principalmente no que diz respeito ao racionalismo cartesiano e ideias 
inatas. 
o Principais defensores de gnosiologias empiristas: Aristóteles (antiguidade), Tomás de Aquino (Id. 
Média), etc. 
• O empirismo e o iluminismo foram desenvolvidos por filósofos britânicos que se opuseram ao racionalismo 
dos filósofos continentais, defendendo concepções empiristas ► (Racionalismo → Empirismo) 
 
• No plano social, grande parte da burguesia conquistava não só poder econômico, mas também poder político 
e ideológico, impondo o fim do absolutismo monárquico durante a Revolução Gloriosa (com ela, instituiu-se a 
monarquia parlamentarista na Inglaterra – “O rei reina, mas não governa”). 
• Alguns estudiosos relacionam essa ascensão da burguesia, no plano epistemológico, com o empirismo e, no 
plano sociopolítico, ao liberalismo. 
 
• São ideias que nascem com o ser pensante (com a gente), e que independem de contato com o mundo exterior 
(material) para se formarem no pensamento. 
o Exemplos são as ideias de Deus e conceitos matemáticos. 
o Principais defensores: Platão (antiguidade), Santo Agostinho (Id. Média) e Descartes (Filo. Moderna). 
 
• Gnosiologia – Teorias a respeito do conhecimento da história da filosofia; 
• Comunidade - É um grupo social de existência mais ou menos permanente, formado por afinidades psicológicas 
e espirituais entre seus membros. 
➢ Correntes de pensamento que explicam a vida em sociedade: 
• Naturalista – Vida em sociedade é um desdobramento da natureza Humana, ou seja, o Homem tende a viver 
em sociedade. 
o Filósofos Naturalistas: Aristóteles, Cícero, Santo Thomas de Aquino. 
• Contratualista – Defende a posição de que o homem vive em sociedade por vontade própria, isto é, mediante 
um ato consciente de vontade (um contrato). 
o Filósofos Naturalistas: Thomas Hobbes, John Locke, Jean- Jacques Rousseau, Maquiavel. 
 
• Thomas nasceu em uma família pobre, na Inglaterra, ele viveu entre 1588 e 1679. 
• Ele conviveu com a nobreza, recebendo dela apoio e condições para estudar, e apoiava o rei Carlos I e o regime 
absolutista. 
o Após a morte de Carlos, na guerra civil dos monarquistas, Hobbes se exilou na França e lá teve contato 
com a filosofia de Descartes, ensinou Carlos II, futuro rei, e dedicou-se a sua obra, o Leviatã (o título da 
obra significa Estado). 
 Ficou conhecido devido a sua doutrina a respeito da maldade natural humana (“O Homem é o lobo do 
Homem”) e sua defesa ao absolutismo. 
• Thomas foi Influenciado por Bacon e Galileu. 
o Abandonou as pretensões da metafisica (busca da essência do ser) e buscou investigar as causas e 
propriedades das coisas. 
 Para Hobbes, a filosofia é a ciência dos corpos, ou seja, tudo que tem existência material. 
o Corpos Naturais – Estudado pela Filosofia da Natureza; 
o Corpos artificiais ou Estado (criado pelos Homens) – Estudado pela Filosofia da Política; 
O que não é corpóreo deve ser excluído da reflexão filosófica. 
ATENÇÃO! Os tópicos que 
aparecem marcados ( ) 
são os retirados do slide. Logo, a 
probabilidade de eles caírem é 
maior. E se tem uma é porque 
eu acho que são importantes. 
 
• Em uma concepção materialista e mecanicista, a realidade é explicada a partir de dois elementos: 
o Corpo – elemento material que existe independentemente do nosso pensamento. 
o Movimento – pode ser determinado matemática e geometricamente. 
• Para Hobbes, o processo de conhecimento inicia-se pela sensação. Logo, não há lugar para o acaso e liberdade 
(mudança não condicionada – ligada a algo, nesse caso, uma causa), ou seja, é necessário que haja uma causa que 
dará origem e não algo que venha do nada. 
 
• No plano ético, para Hobbes, o bem é tão somente o que desejamos alcançar, enquanto o mal é apenas aquilo 
de que queremos fugir. Para ele, o valor fundamental para cada indivíduo (o primeiro “bem”) é a conservação 
da vida, ou seja, mantes sua vida. 
o Assim, cada pessoa sempre tenderá a considerar como bem o que lhe agrada e como mal o que lhe 
desagrada ou ameaça. 
• Portanto, para Hobbes, não há espaço para o bem e o mal como valores universais. Mas se eles são relativos, 
determinados pelos indivíduos, como é possível a convivência entre as pessoas? 
o Hobbes, defende a necessidade de um poder absoluto que mantenha os indivíduos em sociedade e 
impeça que se destruam mutuamente. 
 
 O contratualismo é uma teoria que explica o surgimento da sociedade. Ela é baseada na ideia de que existe 
um pacto, o contrato social que retira o ser humano de seu estado de natureza e coloca-o em convivência com 
outros seres humanos em sociedade, por vontade própria. 
o EXPLICAÇÃO – Hipoteticamente, existiu um Estado de Natureza, no qual, os seres humanos se 
comportavam como animal (estado pré-moral/social). Da mesma forma, hipoteticamente, houve um 
determinado momento, onde surgiu a sociedade, o Pacto ou Contrato Social. É como se os humanos 
se reuniram, por vontade própria, e disseram “Vamos criar uma sociedade, dividir o papel de cada um, 
regras...”. Isso deu origem a Sociedade (Consolidação da Sociedade – Leis, Estado, Moral, Civilização, 
Religião e todos os elementos que fazem parte da vida do ser humano que são criados pelo ser 
humano / que não são naturais) 
 
• Para Hobbes - Cada indivíduo sempre encara seu semelhante como concorrente. Assim, se não houver 
dominação, haverá uma competição intensa. Para acabar com isso, vem o Pacto Social. 
o “O Homem é o lobo do Homem” 
• Para John Locke – O Contrato Social deve acontecer para a garantia da propriedade privada (bens materiais). 
• Para Maquiavel - O estado é um contrato entre o povo e o príncipe. A política seria uma forma de conquistar 
e se manter no poder, detalhada em sua obra “O Príncipe”. Sendo que lutas e tensões existiriam sempre. 
• Para Rousseau – Estado de Natureza é de pureza moral. Atribui-se o mito do bom selvagem. O Pacto Social é 
algo que traz benefícios, porém pode afastar o humano de sua natureza. 
 
• O principal representante do empirismo britânico viveu entre 1632 e 1704 e se formou médico. 
• Estudou o aristotelismo e escolástica, porém decepcionou-se. Entrou em contato com o pensamento de Francis 
Bacon e Descartes. 
• Em 1675, devido a problemas políticos, foi obrigado a exilar-se na França e, depois, na Holanda. Ele regressou 
para Inglaterra apenas em 1688, durante a Revolução Gloriosa. 
 Tornou-se referência nos estudos gnosiológicos com sua publicação, “Ensaio acerca do entendimento humano”, 
nela, ele combateu a doutrina cartesiana das ideias inatas e defendeu sua ideia da Tábula Rasa. 
 Além disso, para ele, não deveria existir poder inato, como difundiam os adeptos ao absolutismo monárquico. 
 
 A expressão usada por Locke significa “Tábua lisa”, onde nada foi gravado, talhado ou escrito. Ao nascer, a 
mente do ser humano seria como um papel em branco, sem ideias escritas. 
 Desse modo, as ideias poderiam ser obtidas apenas pela experiência sensível. 
 Assim, o conhecimento seria constituído por dois tipos de ideias: 
o Ideias de sensação: são as primeiras ideias, aquelas que chegam à mente através dos sentidos, gerando 
as sensações (quente, frio, amargo). 
o Ideias de reflexão: combinação das sensações por processo da reflexão, desenvolvendo ideias que não 
poderiam ser obtidas das coisas externas (percepção, crer, raciocinar). 
• Assim, a reflexão seria nosso “sentido interno” que se desenvolve quando a mente se debruça sobre si mesma. 
Das ideias simples, a mente avança em direçãoa ideias cada vez mais complexas. 
o Porém, para Locke, a mente sempre tem as coisas materiais externas, como objeto de sensação, e as 
operações de nossas próprias mentes, como objeto da reflexão. 
• Nem todo conhecimento se limita a experiência sensível (conhecimento matemático) → Locke não é um 
empirista radical. 
 
• Hume (1711 – 1776) nasceu na Escócia em ambiente religioso, mas era ateu. Ocupou importante posição na 
diplomacia inglesa e viajou por vários países, estabelecendo, assim, contato com pensadores destacados, como 
Adam Smith e Rousseau. 
o Escreveu “História natural da religião”, considerada 1ª obra científica sobre a sociologia da religião. 
 Criticava o racionalismo dogmático e o inatismo cartesiano. 
 Em sua obra “Investigação acerca do entendimento humano”, defendeu que todo conhecimento deriva da 
experiência sensível. 
 Ele dizia que tudo o que há em nossa vida psíquica (relacionado ao 
psicológico/mental) são percepções, as quais ele dividiu em: 
 Impressões - referem-se aos dados fornecidos pelos sentidos 
(impressões visuais, auditivas) 
 Ideias - referem-se às representações mentais (memória, imaginação, 
etc.) derivadas das impressões sensoriais. 
 Assim, toda a ideia é a representação de uma impressão. 
• Essa representação pode ter diferentes graus de fidelidade. 
Por exemplo, um cego de nascença nunca poderá ter uma 
ideia de cor, nem mesmo uma ideia pouco fiel. 
▪ Impressões e ideias se sucedem continuamente, combinando- 
se por semelhança ou contiguidade → associação de ideias. 
 
 
• A indução ou raciocínio indutivo vai do particular para o geral. (parte de uma percepção repetida que chega em 
experiencia sensorial, agora em uma conclusão geral, não termos experiencia sensorial.) 
o Para Hume, a conclusão indutiva, por maior que seja o número de percepções repetidas no mesmo 
fato, não possui fundamento lógico → sempre será um salto de raciocínio. 
• Esse salto seria impulsionado pela crença ou hábito 
o Por exemplo, cremos que o Sol nascerá amanhã porque até hoje ele sempre nasceu. Mas, em termos lógicos, 
nada pode garantir essa certeza. 
• Somente o raciocínio dedutivo, utilizado na matemática, fundamenta-se em uma lógica racional. 
 
• Hume questionou a validade lógica do raciocínio induto, revelando um ceticismo teórico. 
o Ele concluiu que o conhecimento científico está ancorado em bases não racionais, como a crença. 
• Para ele, o cientista não deveria renunciar ao estudo da natureza, mas apresentar suas teses como 
probabilidade e não como uma certeza irrefutável. 
o Tal atitude, estendida ao convívio social, tornaria os indivíduos mais tolerantes, democráticos e 
abertos. 
Experiência sensível: É uma 
experiência empírica, na qual 
você se coloca no meio para 
provar através das sensações 
o que se passa. Exemplo: Para 
saber o que é sentir fome, 
você deve ficar sem comer, e 
passando por esta experiência 
sensível, você descobrirá as 
sensações da fome. 
 
 
• Nos séculos XVII e XVIII houve uma grande expansão do sistema capitalista, que foi acompanhada pela ascensão 
social da burguesia e por sua tomada de consciência como classe social. 
• Apesar disso, em diversos países subsistia o Antigo Regime (absolutismo monárquico, desigualdade jurídica e 
sociedade hierarquizada). 
o Paralelamente, o racionalismo conseguia mais adeptos, consequentemente, a confiança na razão 
aumentou. Reforçava essa ideia a Revolução Industrial, com seus avanços técnicos, e o sucesso da 
ciência em vários campos. 
• As ciências experimentais eram uma das paixões de nobres e burgueses franceses. 
 
 
 Esse movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica. 
Procuraram exaltar e defender, dentre outros valores, a liberdade e a igualdade entre as pessoas, a tolerância 
entre as religiões ou formas de pensamento e o direito à propriedade privada. 
 De acordo com Lucien Goldmann, os valores iluministas constituiriam também valores burgueses, ou 
seja, os pensadores iluministas teriam sido ideólogos da burguesia. Para ela, existe alguns tópicos de 
interpretação que vincula o pensamento iluminista com os valores burgueses. 
o Igualdade jurídica – Desigualdades entre o vendedor e o comprador não são essenciais. Logo, com isso, 
todos seriam cidadãos com direitos básicos, embora com situações socioeconômicas diferentes. 
o Tolerância religiosa ou filosófica – A capacidade econômica não depende de crença religiosa ou filosófica. 
o Liberdade pessoal e social – É necessário ter pessoas livres (contra a escravidão) para realizar seus 
negócios, a fim de receber dinheiro e, consequentemente, movimentar o mercado. 
o Propriedade privada – O comércio só é possível entre pessoas que detenham a propriedade de bens 
ou de capitais, pois ela confere ao dono o direito de usar e dispor livremente do que lhe pertence. 
 Esse movimento teve como uma de suas principais características a crítica social, apesar disso, o movimento 
não foi coeso e nem uniforme. Logo, nem todos os pensadores iluministas foram ideólogos da burguesia. 
 
 
• Os iluministas andavam pelas ruas e salões exibindo e exercitando a razão → Filósofos propagandistas. 
• Assim, eles enfatizaram a capacidade humana de, pelo uso da razão, conhecer a realidade e intervir nela, no 
sentido de organizá-la racionalmente de modo a assegurar uma vida melhor para as pessoas. 
• Eles defendiam que o processo de ilustração (adquirir conhecimento) trazia a proposta de libertar o ser humano 
dos medos irracionais, superstições e crendices. 
o Isso leva a questionar as tradições e a criar, de maneira autônoma, uma nova ordem racional para a 
sociedade. 
• Os iluministas se destacaram nesse esforço de generalizar e aplicar as doutrinas críticas e analíticas aos diversos 
campos da atividade humana, ampliando os ideais do conhecimento forjado no grande racionalismo (período 
em que o racionalismo estava em seu auge). 
• Não se tratava duma racionalidade abstrata, mas de uma razão concreta, “empirista”, voltada para as questões 
práticas da existência. 
 
 
 
• Autor da obra “O príncipe” e é considerado o pai da filosofia política moderna. 
 Viu-se que na Antiguidade o conceito de política era ligado com a ética, e mais tarde na Idade Média, aos 
valores cristãos. Maquiavel, no entanto, observou que existia uma distância entre o ideal e a realidade da 
política. Além disso, para ele, a política tem como objetivo a manutenção do poder do Estado. 
 Assim, para ele, o poder político independe da moral e da religião, e deve ser conduzido por critérios restritos 
ao âmbito político. (poder político não se relaciona com outra coisa a não ser algo relacionado a política). 
o Nem sempre, uma boa pessoal moralmente, seja um bom político, e vice-versa. 
▪ Ex: vegano, ativista, religioso, ama animais → Hitler 
o Além disso, segundo ele, “os fins justificam os meios” 
 O maquiavelismo também é marcado pela interpretação de que o príncipe e seu governo são avaliados pela 
escolha de seus ministros. 
o “[...]A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens 
que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio[...]”. 
“Assim só havia uma solução: a criação artificial de uma sociedade política, administrada pelo Estado. Para tal, os 
indivíduos teriam que formar um contrato social entre si, pelo qual transfeririam seu poder de governar a si 
próprio a um terceiro (o Estado), para que houvesse ordem e segurança.” 
 
 Grande defensor do absolutismo, Hobbes defende essa forma de governo utilizando argumentos lógicos e 
estritamente racionais. 
 O filósofo diz que “o homem é o lobo do próprio homem”, com isso, quer revelar que o ser humano não é um 
ser social, o que não lhe garante uma vida harmônica com seus semelhantes. 
 O ser humano é egoísta, buscando satisfazer apenas as próprias necessidades em busca da sobrevivência. 
o Segundo Hobbes, se não houverum soberano que detenha o poder da força → O Homem fica 
vulnerável a violência. 
└ Ou seja, o contrato visa pôr fim ao estado de guerra no estado de natureza. Ademais, A 
renúncia aos direitos, não significa renunciar a favor do soberano, mas entre si (sociedade). 
 
 Segundo Locke, o pai do iluminismo, o poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do 
governo se estes violarem as condições do pacto político. 
 A diferença entre Locke e Hobbes é que Locke faz uma reflexão mais moderada sobre o estado natural. 
o Para ele, o estado de natureza constitui-se de uma relativa paz, sem guerras, que inclui a boa 
vontade, a preservação e a assistência mútua. O ser humano vivia isolado, no estado de natureza. 
o Além disso, Locke defende que a sociedade política é um meio de assegurar os direitos naturais, já 
Hobbes defende como sendo o resultado de uma transferência de direitos para o Estado. 
 Se o homem é naturalmente livre, no estado pré-civil, então a sua subordinação a qualquer poder dependerá 
sempre de seu consentimento → Isso levaria aos problemas nas relações destes indivíduos. 
 O Estado Liberal é criado justamente para evitar esses problemas, no qual os indivíduos se subordinam ao seu 
poder. Sua função é garantir a segurança e o direito de liberdade e propriedade (propriedade privada). 
o No estado pré-civil: 
▪ As pessoas são livres porque inexiste qualquer regra que limite sua ação. A liberdade das 
pessoas está limitada pela lei da natureza. 
o No estado civil: 
▪ A liberdade das pessoas edifica-se e submete-se às leis estabelecidas pelos cidadãos. 
 
 Autor da frase “o ser humano nasce bom, a sociedade o corrompe”. 
 De acordo com Rousseau, o ser humano em seu estado natural vivia isolado, livre e feliz, guiado por bons 
sentimentos e em harmonia com seu habitat → Mito do Bom Selvagem. 
o Critica seus predecessores, como Hobbes e Locke, que imaginaram um estado de natureza, onde a 
guerra perpetuasse, somente para justificar seus modelos prediletos de governo (Absolutismo e Estado 
liberal, respectivamente). 
 Perfectibilidade humana, condição de mudar seu estado para melhor ou pior → Isso difere os seres humanos 
dos animais, que sempre se mantêm iguais. 
 Segundo o filósofo a primeira desigualdade surgiu das posses e da fortuna (propriedade privada). Surgindo daí 
disputas e guerras. 
o Assim os ricos, buscando manter suas posses, e os demais, acreditando estar mais seguros assim, 
fizeram um acordo, formando a sociedade civil e estabelecendo leis (contrato social); 
 
 Para reparar esses males, ele propõe uma república, onde o soberano deve conduzir o Estado segundo a 
vontade de seu povo, sempre tendo em vista o atendimento do bem comum. 
o Assim, o contrato social só se torna possível havendo concordância entre obediência e liberdade. Além 
de que a liberdade conquistada através do contrato social é uma liberdade convencional. 
o A obediência à lei institui liberdade. 
 
 No período do iluminismo, foi escrita e publicada uma obra de 33 volumes denominada ENCICLOPÉDIA, que 
tinha como objetivo organizar e resumir os conhecimentos científicos e filosóficos da época. 
 Essa obra foi escrita e organizada pelos franceses D'Alembert e Denis Diderot (cético e ateu materialista). 
o Ela contou com a colaboração de vários pensadores, que ficaram conhecidos como enciclopedistas, 
entre ele estavam Voltaire, Rousseau, Montesquieu, Buffon, Turgot, Condorcet e Holbach 
 Defendiam o racionalismo, a independência do Estado em relação à Igreja e a confiança no progresso humano 
por meio da ciência e da tecnologia. 
 Enciclopedismo tinha aversão aos grandes sistemas filosóficos como o da antiguidade, Descartes ou Espinosa. 
 
 Destacou-se pelas críticas à prepotência dos poderosos, ao clero e à intolerância religiosa. 
 Concordava com a necessidade social da crença em Deus, chegando a dizer que se Ele não existisse seria preciso 
inventá-lo. 
 Defensor de uma monarquia respeitadora das liberdades individuas, governada por um soberano esclarecido 
(soberano que apesar de continuar a governar com a concentração do poder, adota algumas ideias iluministas). 
 Defensor da liberdade de pensamento. 
o “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o último instante o teu direito de 
dizê-la.” 
 
 Formulou a teoria da separação dos poderes em Poder Legislativo, Poder Judiciário e Poder Executivo. 
o Forma de evitar abusos dos governantes e de proteger as liberdades individuais. 
• Para ele, todo indivíduo investido de poder é tentado a abusar dele e haveria risco de tirania com uma única 
pessoa ou instituição exercendo os três poderes. 
 
 
• Um dos maiores expoente da economia clássica e o principal teórico do Liberalismo Econômico. 
 Era contrário ao mercantilismo, que se baseava na forte intervenção do Estado. 
 Para ele, a economia deveria ser dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura de mercado. 
o Com ele, o mercado se autorregula, dando conta das necessidades sociais (Ideia da Mão Invisível do 
Mercado). Logo, defende um Estado que interfira o mínimo possível na Economia. 
 Adam defendeu a tese de que o trabalho representa a verdadeira fonte de riqueza para as nações. 
 
• O maior filósofo iluminista Alemão foi influenciado por Rousseau e foi Hume que o despertou do “sonho 
dogmático” (a ilusão de que a razão pode conhecer como são as coisas em si). 
 Para Kant, a filosofia deveria responder a quatro questões fundamentais: O que posso saber? Como devo agir? 
O que posso esperar? (relacionada ao futuro e religião) E, por fim, o que é o ser humano? A última questão 
estaria implícita nas anteriores. 
o Para ele, o ser humano é dotado de razão e liberdade. 
 Em sua obra “O que é ilustração?”, Kant, positivamente, fala sobre a possibilidade de o ser humano guiar-se 
por sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. 
o Para ele iluminismo/ilustração é como um momento em que o indivíduo cresce e amadurece, 
tornando-se autônomo, tendo sua própria maneira de agir. 
• Suas investigações seriam sobre as condições nas quais se dá o conhecimento, fazendo assim, um exame crítico 
da razão. 
 
 Kant faz uma síntese entre o racionalismo e o empirismo na sua doutrina apriorista. 
 Em sua obra “Crítica da Razão Pura”, Kant trata da questão do ato de conhecer e o distingue em duas formas: 
 Conhecimento Puro (a priori): criados pela razão, isto é, as ideias inatas, sem a necessidade da 
experiência. É um conhecimento necessário e universal que é anterior a experiência. 
 Conhecimento Empírico (a posteriori): Aquele vindo dos dados fornecidos pelos sentidos, ou seja, 
posterior à experiência. 
▪ O conhecimento puro conduz a juízos universais e necessários, já o empírico não. 
 
• Juízo analítico/elucidação – Aquele em que o predicado já está contido no conceito do sujeito. 
o “O quadrado tem quatro lados”, o predicado “tem quadro lados” já define o sujeito. 
• Juízo sintético/ampliação – Aquele em que o predicado NÃO está contido no conceito de sujeito. 
o “Os corpos se movimentam”, o predicado “se movimentam” enriquecem o sujeito “corpos”. 
 
 Juízo analítico – É um juízo universal e necessário, mas serve apenas para elucidar o que já se sabe. 
 Juízo sintético a posteriori – Amplia o conhecimento sobre o sujeito, porém não constitui um juízo universal e 
necessário (“Este livro tem a capa verde”). 
 Juízo sintético a priori – Amplia o conhecimento sobre o sujeito e constitui um juízo universal e necessário 
(“Duas linhas paralelas nunca se encontram no espaço”) 
 
• Kant buscou saber como é o sujeito a priori, ou seja, o sujeito antes de qualquer experiência. Conclui que no 
humano existe estruturas que possibilitam a experiência (formas a priori da sensibilidade) e determinam o 
entendimento (formas a priori de entendimento). 
▪ Trata-se do chamado apriorismo. 
o Formas a priori da sensibilidade (intuições puras) - São o conhecimentodo tempo e do espaço. Para 
Kant, percebemos e representamos a realidade no tempo e no espaço (acima, abaixo, antes, depois...). 
o Formas a priori do entendimento – Os dados captados por nossa sensibilidade são organizados pelo 
entendimento de acordo com certas categorias (“conceitos puros”). As categorias são existentes a 
priori no entendimento, tais como causa, necessidade e relação. Serve de base para a emissão de juízo 
sobre a realidade. 
 Para Kant, é mediante a sensibilidade que os objetos são dados e é pelo entendimento que são pensados. 
 
• Não conhecemos as coisas em sim mesmas. Nós só conhecemos as coisas tal como às percebemos. Ou seja, 
as coisas são conhecidas de acordo com nossas próprias estruturas mentais. 
• O conhecimento seria o resultado entre racionalismo + empirismo: a sensibilidade, que nos oferece dados dos 
objetos, e o entendimento, que determina as condições pelas quais o objeto é pensado. 
 
 Kant compara seu papel na filosofia ao de Copérnico na astronomia. 
 O motivo por isso: Quando a teoria geocêntrica não conseguia mais explicar o movimento dos astros, 
Copérnico, lançou a sua teoria heliocêntrica. 
 No caso de Kant, antes, propunha-se que o conhecimento era regulado por objetos. E com Kant, os 
objetos passaram a ser regulados pelas formas a priori do nosso conhecimento. 
o EXPLICAÇÃO - Antes de Kant, as coisas/objetos tinham um significado aparente (tipo, quando eu vejo 
uma flor, eu literalmente vejo e entendo que é uma flor) e, além disso, tinham uma essência, algo 
mais profundo, algo que determine a verdadeira identidade das coisas. E, para conhecer esse 
caminho, o filósofo teria que usar a razão. Não conseguindo achar a verdadeira realidade das coisas, 
ficavam com aquilo e não chegavam a uma resposta. Kant defende que a essência é metafísico, ou 
seja, não da para aprender pelos sentidos. Logo, só temos que pensar na coisa como ela é, na 
aparência, na forma colo ela se apresenta a nós.

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