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Filosofia - Aluno 2055 EMANUEL FREITAS • Para começarmos o resumo, antes precisamos relembrar algumas correntes que foram cobradas na TP. o Racionalismo – Conhecimento obtido através razão é mais confiável do que o obtido pela experiência. o Empirismo – É um erro desconsiderar a experiência. Conhecimento obtido através da experiência. • Houve o surgimento de várias doutrinas empiristas no século XVII, as quais buscavam refutar e contrapor as ideias apresentadas pelos racionalistas, principalmente no que diz respeito ao racionalismo cartesiano e ideias inatas. o Principais defensores de gnosiologias empiristas: Aristóteles (antiguidade), Tomás de Aquino (Id. Média), etc. • O empirismo e o iluminismo foram desenvolvidos por filósofos britânicos que se opuseram ao racionalismo dos filósofos continentais, defendendo concepções empiristas ► (Racionalismo → Empirismo) • No plano social, grande parte da burguesia conquistava não só poder econômico, mas também poder político e ideológico, impondo o fim do absolutismo monárquico durante a Revolução Gloriosa (com ela, instituiu-se a monarquia parlamentarista na Inglaterra – “O rei reina, mas não governa”). • Alguns estudiosos relacionam essa ascensão da burguesia, no plano epistemológico, com o empirismo e, no plano sociopolítico, ao liberalismo. • São ideias que nascem com o ser pensante (com a gente), e que independem de contato com o mundo exterior (material) para se formarem no pensamento. o Exemplos são as ideias de Deus e conceitos matemáticos. o Principais defensores: Platão (antiguidade), Santo Agostinho (Id. Média) e Descartes (Filo. Moderna). • Gnosiologia – Teorias a respeito do conhecimento da história da filosofia; • Comunidade - É um grupo social de existência mais ou menos permanente, formado por afinidades psicológicas e espirituais entre seus membros. ➢ Correntes de pensamento que explicam a vida em sociedade: • Naturalista – Vida em sociedade é um desdobramento da natureza Humana, ou seja, o Homem tende a viver em sociedade. o Filósofos Naturalistas: Aristóteles, Cícero, Santo Thomas de Aquino. • Contratualista – Defende a posição de que o homem vive em sociedade por vontade própria, isto é, mediante um ato consciente de vontade (um contrato). o Filósofos Naturalistas: Thomas Hobbes, John Locke, Jean- Jacques Rousseau, Maquiavel. • Thomas nasceu em uma família pobre, na Inglaterra, ele viveu entre 1588 e 1679. • Ele conviveu com a nobreza, recebendo dela apoio e condições para estudar, e apoiava o rei Carlos I e o regime absolutista. o Após a morte de Carlos, na guerra civil dos monarquistas, Hobbes se exilou na França e lá teve contato com a filosofia de Descartes, ensinou Carlos II, futuro rei, e dedicou-se a sua obra, o Leviatã (o título da obra significa Estado). Ficou conhecido devido a sua doutrina a respeito da maldade natural humana (“O Homem é o lobo do Homem”) e sua defesa ao absolutismo. • Thomas foi Influenciado por Bacon e Galileu. o Abandonou as pretensões da metafisica (busca da essência do ser) e buscou investigar as causas e propriedades das coisas. Para Hobbes, a filosofia é a ciência dos corpos, ou seja, tudo que tem existência material. o Corpos Naturais – Estudado pela Filosofia da Natureza; o Corpos artificiais ou Estado (criado pelos Homens) – Estudado pela Filosofia da Política; O que não é corpóreo deve ser excluído da reflexão filosófica. ATENÇÃO! Os tópicos que aparecem marcados ( ) são os retirados do slide. Logo, a probabilidade de eles caírem é maior. E se tem uma é porque eu acho que são importantes. • Em uma concepção materialista e mecanicista, a realidade é explicada a partir de dois elementos: o Corpo – elemento material que existe independentemente do nosso pensamento. o Movimento – pode ser determinado matemática e geometricamente. • Para Hobbes, o processo de conhecimento inicia-se pela sensação. Logo, não há lugar para o acaso e liberdade (mudança não condicionada – ligada a algo, nesse caso, uma causa), ou seja, é necessário que haja uma causa que dará origem e não algo que venha do nada. • No plano ético, para Hobbes, o bem é tão somente o que desejamos alcançar, enquanto o mal é apenas aquilo de que queremos fugir. Para ele, o valor fundamental para cada indivíduo (o primeiro “bem”) é a conservação da vida, ou seja, mantes sua vida. o Assim, cada pessoa sempre tenderá a considerar como bem o que lhe agrada e como mal o que lhe desagrada ou ameaça. • Portanto, para Hobbes, não há espaço para o bem e o mal como valores universais. Mas se eles são relativos, determinados pelos indivíduos, como é possível a convivência entre as pessoas? o Hobbes, defende a necessidade de um poder absoluto que mantenha os indivíduos em sociedade e impeça que se destruam mutuamente. O contratualismo é uma teoria que explica o surgimento da sociedade. Ela é baseada na ideia de que existe um pacto, o contrato social que retira o ser humano de seu estado de natureza e coloca-o em convivência com outros seres humanos em sociedade, por vontade própria. o EXPLICAÇÃO – Hipoteticamente, existiu um Estado de Natureza, no qual, os seres humanos se comportavam como animal (estado pré-moral/social). Da mesma forma, hipoteticamente, houve um determinado momento, onde surgiu a sociedade, o Pacto ou Contrato Social. É como se os humanos se reuniram, por vontade própria, e disseram “Vamos criar uma sociedade, dividir o papel de cada um, regras...”. Isso deu origem a Sociedade (Consolidação da Sociedade – Leis, Estado, Moral, Civilização, Religião e todos os elementos que fazem parte da vida do ser humano que são criados pelo ser humano / que não são naturais) • Para Hobbes - Cada indivíduo sempre encara seu semelhante como concorrente. Assim, se não houver dominação, haverá uma competição intensa. Para acabar com isso, vem o Pacto Social. o “O Homem é o lobo do Homem” • Para John Locke – O Contrato Social deve acontecer para a garantia da propriedade privada (bens materiais). • Para Maquiavel - O estado é um contrato entre o povo e o príncipe. A política seria uma forma de conquistar e se manter no poder, detalhada em sua obra “O Príncipe”. Sendo que lutas e tensões existiriam sempre. • Para Rousseau – Estado de Natureza é de pureza moral. Atribui-se o mito do bom selvagem. O Pacto Social é algo que traz benefícios, porém pode afastar o humano de sua natureza. • O principal representante do empirismo britânico viveu entre 1632 e 1704 e se formou médico. • Estudou o aristotelismo e escolástica, porém decepcionou-se. Entrou em contato com o pensamento de Francis Bacon e Descartes. • Em 1675, devido a problemas políticos, foi obrigado a exilar-se na França e, depois, na Holanda. Ele regressou para Inglaterra apenas em 1688, durante a Revolução Gloriosa. Tornou-se referência nos estudos gnosiológicos com sua publicação, “Ensaio acerca do entendimento humano”, nela, ele combateu a doutrina cartesiana das ideias inatas e defendeu sua ideia da Tábula Rasa. Além disso, para ele, não deveria existir poder inato, como difundiam os adeptos ao absolutismo monárquico. A expressão usada por Locke significa “Tábua lisa”, onde nada foi gravado, talhado ou escrito. Ao nascer, a mente do ser humano seria como um papel em branco, sem ideias escritas. Desse modo, as ideias poderiam ser obtidas apenas pela experiência sensível. Assim, o conhecimento seria constituído por dois tipos de ideias: o Ideias de sensação: são as primeiras ideias, aquelas que chegam à mente através dos sentidos, gerando as sensações (quente, frio, amargo). o Ideias de reflexão: combinação das sensações por processo da reflexão, desenvolvendo ideias que não poderiam ser obtidas das coisas externas (percepção, crer, raciocinar). • Assim, a reflexão seria nosso “sentido interno” que se desenvolve quando a mente se debruça sobre si mesma. Das ideias simples, a mente avança em direçãoa ideias cada vez mais complexas. o Porém, para Locke, a mente sempre tem as coisas materiais externas, como objeto de sensação, e as operações de nossas próprias mentes, como objeto da reflexão. • Nem todo conhecimento se limita a experiência sensível (conhecimento matemático) → Locke não é um empirista radical. • Hume (1711 – 1776) nasceu na Escócia em ambiente religioso, mas era ateu. Ocupou importante posição na diplomacia inglesa e viajou por vários países, estabelecendo, assim, contato com pensadores destacados, como Adam Smith e Rousseau. o Escreveu “História natural da religião”, considerada 1ª obra científica sobre a sociologia da religião. Criticava o racionalismo dogmático e o inatismo cartesiano. Em sua obra “Investigação acerca do entendimento humano”, defendeu que todo conhecimento deriva da experiência sensível. Ele dizia que tudo o que há em nossa vida psíquica (relacionado ao psicológico/mental) são percepções, as quais ele dividiu em: Impressões - referem-se aos dados fornecidos pelos sentidos (impressões visuais, auditivas) Ideias - referem-se às representações mentais (memória, imaginação, etc.) derivadas das impressões sensoriais. Assim, toda a ideia é a representação de uma impressão. • Essa representação pode ter diferentes graus de fidelidade. Por exemplo, um cego de nascença nunca poderá ter uma ideia de cor, nem mesmo uma ideia pouco fiel. ▪ Impressões e ideias se sucedem continuamente, combinando- se por semelhança ou contiguidade → associação de ideias. • A indução ou raciocínio indutivo vai do particular para o geral. (parte de uma percepção repetida que chega em experiencia sensorial, agora em uma conclusão geral, não termos experiencia sensorial.) o Para Hume, a conclusão indutiva, por maior que seja o número de percepções repetidas no mesmo fato, não possui fundamento lógico → sempre será um salto de raciocínio. • Esse salto seria impulsionado pela crença ou hábito o Por exemplo, cremos que o Sol nascerá amanhã porque até hoje ele sempre nasceu. Mas, em termos lógicos, nada pode garantir essa certeza. • Somente o raciocínio dedutivo, utilizado na matemática, fundamenta-se em uma lógica racional. • Hume questionou a validade lógica do raciocínio induto, revelando um ceticismo teórico. o Ele concluiu que o conhecimento científico está ancorado em bases não racionais, como a crença. • Para ele, o cientista não deveria renunciar ao estudo da natureza, mas apresentar suas teses como probabilidade e não como uma certeza irrefutável. o Tal atitude, estendida ao convívio social, tornaria os indivíduos mais tolerantes, democráticos e abertos. Experiência sensível: É uma experiência empírica, na qual você se coloca no meio para provar através das sensações o que se passa. Exemplo: Para saber o que é sentir fome, você deve ficar sem comer, e passando por esta experiência sensível, você descobrirá as sensações da fome. • Nos séculos XVII e XVIII houve uma grande expansão do sistema capitalista, que foi acompanhada pela ascensão social da burguesia e por sua tomada de consciência como classe social. • Apesar disso, em diversos países subsistia o Antigo Regime (absolutismo monárquico, desigualdade jurídica e sociedade hierarquizada). o Paralelamente, o racionalismo conseguia mais adeptos, consequentemente, a confiança na razão aumentou. Reforçava essa ideia a Revolução Industrial, com seus avanços técnicos, e o sucesso da ciência em vários campos. • As ciências experimentais eram uma das paixões de nobres e burgueses franceses. Esse movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica. Procuraram exaltar e defender, dentre outros valores, a liberdade e a igualdade entre as pessoas, a tolerância entre as religiões ou formas de pensamento e o direito à propriedade privada. De acordo com Lucien Goldmann, os valores iluministas constituiriam também valores burgueses, ou seja, os pensadores iluministas teriam sido ideólogos da burguesia. Para ela, existe alguns tópicos de interpretação que vincula o pensamento iluminista com os valores burgueses. o Igualdade jurídica – Desigualdades entre o vendedor e o comprador não são essenciais. Logo, com isso, todos seriam cidadãos com direitos básicos, embora com situações socioeconômicas diferentes. o Tolerância religiosa ou filosófica – A capacidade econômica não depende de crença religiosa ou filosófica. o Liberdade pessoal e social – É necessário ter pessoas livres (contra a escravidão) para realizar seus negócios, a fim de receber dinheiro e, consequentemente, movimentar o mercado. o Propriedade privada – O comércio só é possível entre pessoas que detenham a propriedade de bens ou de capitais, pois ela confere ao dono o direito de usar e dispor livremente do que lhe pertence. Esse movimento teve como uma de suas principais características a crítica social, apesar disso, o movimento não foi coeso e nem uniforme. Logo, nem todos os pensadores iluministas foram ideólogos da burguesia. • Os iluministas andavam pelas ruas e salões exibindo e exercitando a razão → Filósofos propagandistas. • Assim, eles enfatizaram a capacidade humana de, pelo uso da razão, conhecer a realidade e intervir nela, no sentido de organizá-la racionalmente de modo a assegurar uma vida melhor para as pessoas. • Eles defendiam que o processo de ilustração (adquirir conhecimento) trazia a proposta de libertar o ser humano dos medos irracionais, superstições e crendices. o Isso leva a questionar as tradições e a criar, de maneira autônoma, uma nova ordem racional para a sociedade. • Os iluministas se destacaram nesse esforço de generalizar e aplicar as doutrinas críticas e analíticas aos diversos campos da atividade humana, ampliando os ideais do conhecimento forjado no grande racionalismo (período em que o racionalismo estava em seu auge). • Não se tratava duma racionalidade abstrata, mas de uma razão concreta, “empirista”, voltada para as questões práticas da existência. • Autor da obra “O príncipe” e é considerado o pai da filosofia política moderna. Viu-se que na Antiguidade o conceito de política era ligado com a ética, e mais tarde na Idade Média, aos valores cristãos. Maquiavel, no entanto, observou que existia uma distância entre o ideal e a realidade da política. Além disso, para ele, a política tem como objetivo a manutenção do poder do Estado. Assim, para ele, o poder político independe da moral e da religião, e deve ser conduzido por critérios restritos ao âmbito político. (poder político não se relaciona com outra coisa a não ser algo relacionado a política). o Nem sempre, uma boa pessoal moralmente, seja um bom político, e vice-versa. ▪ Ex: vegano, ativista, religioso, ama animais → Hitler o Além disso, segundo ele, “os fins justificam os meios” O maquiavelismo também é marcado pela interpretação de que o príncipe e seu governo são avaliados pela escolha de seus ministros. o “[...]A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio[...]”. “Assim só havia uma solução: a criação artificial de uma sociedade política, administrada pelo Estado. Para tal, os indivíduos teriam que formar um contrato social entre si, pelo qual transfeririam seu poder de governar a si próprio a um terceiro (o Estado), para que houvesse ordem e segurança.” Grande defensor do absolutismo, Hobbes defende essa forma de governo utilizando argumentos lógicos e estritamente racionais. O filósofo diz que “o homem é o lobo do próprio homem”, com isso, quer revelar que o ser humano não é um ser social, o que não lhe garante uma vida harmônica com seus semelhantes. O ser humano é egoísta, buscando satisfazer apenas as próprias necessidades em busca da sobrevivência. o Segundo Hobbes, se não houverum soberano que detenha o poder da força → O Homem fica vulnerável a violência. └ Ou seja, o contrato visa pôr fim ao estado de guerra no estado de natureza. Ademais, A renúncia aos direitos, não significa renunciar a favor do soberano, mas entre si (sociedade). Segundo Locke, o pai do iluminismo, o poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem as condições do pacto político. A diferença entre Locke e Hobbes é que Locke faz uma reflexão mais moderada sobre o estado natural. o Para ele, o estado de natureza constitui-se de uma relativa paz, sem guerras, que inclui a boa vontade, a preservação e a assistência mútua. O ser humano vivia isolado, no estado de natureza. o Além disso, Locke defende que a sociedade política é um meio de assegurar os direitos naturais, já Hobbes defende como sendo o resultado de uma transferência de direitos para o Estado. Se o homem é naturalmente livre, no estado pré-civil, então a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre de seu consentimento → Isso levaria aos problemas nas relações destes indivíduos. O Estado Liberal é criado justamente para evitar esses problemas, no qual os indivíduos se subordinam ao seu poder. Sua função é garantir a segurança e o direito de liberdade e propriedade (propriedade privada). o No estado pré-civil: ▪ As pessoas são livres porque inexiste qualquer regra que limite sua ação. A liberdade das pessoas está limitada pela lei da natureza. o No estado civil: ▪ A liberdade das pessoas edifica-se e submete-se às leis estabelecidas pelos cidadãos. Autor da frase “o ser humano nasce bom, a sociedade o corrompe”. De acordo com Rousseau, o ser humano em seu estado natural vivia isolado, livre e feliz, guiado por bons sentimentos e em harmonia com seu habitat → Mito do Bom Selvagem. o Critica seus predecessores, como Hobbes e Locke, que imaginaram um estado de natureza, onde a guerra perpetuasse, somente para justificar seus modelos prediletos de governo (Absolutismo e Estado liberal, respectivamente). Perfectibilidade humana, condição de mudar seu estado para melhor ou pior → Isso difere os seres humanos dos animais, que sempre se mantêm iguais. Segundo o filósofo a primeira desigualdade surgiu das posses e da fortuna (propriedade privada). Surgindo daí disputas e guerras. o Assim os ricos, buscando manter suas posses, e os demais, acreditando estar mais seguros assim, fizeram um acordo, formando a sociedade civil e estabelecendo leis (contrato social); Para reparar esses males, ele propõe uma república, onde o soberano deve conduzir o Estado segundo a vontade de seu povo, sempre tendo em vista o atendimento do bem comum. o Assim, o contrato social só se torna possível havendo concordância entre obediência e liberdade. Além de que a liberdade conquistada através do contrato social é uma liberdade convencional. o A obediência à lei institui liberdade. No período do iluminismo, foi escrita e publicada uma obra de 33 volumes denominada ENCICLOPÉDIA, que tinha como objetivo organizar e resumir os conhecimentos científicos e filosóficos da época. Essa obra foi escrita e organizada pelos franceses D'Alembert e Denis Diderot (cético e ateu materialista). o Ela contou com a colaboração de vários pensadores, que ficaram conhecidos como enciclopedistas, entre ele estavam Voltaire, Rousseau, Montesquieu, Buffon, Turgot, Condorcet e Holbach Defendiam o racionalismo, a independência do Estado em relação à Igreja e a confiança no progresso humano por meio da ciência e da tecnologia. Enciclopedismo tinha aversão aos grandes sistemas filosóficos como o da antiguidade, Descartes ou Espinosa. Destacou-se pelas críticas à prepotência dos poderosos, ao clero e à intolerância religiosa. Concordava com a necessidade social da crença em Deus, chegando a dizer que se Ele não existisse seria preciso inventá-lo. Defensor de uma monarquia respeitadora das liberdades individuas, governada por um soberano esclarecido (soberano que apesar de continuar a governar com a concentração do poder, adota algumas ideias iluministas). Defensor da liberdade de pensamento. o “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o último instante o teu direito de dizê-la.” Formulou a teoria da separação dos poderes em Poder Legislativo, Poder Judiciário e Poder Executivo. o Forma de evitar abusos dos governantes e de proteger as liberdades individuais. • Para ele, todo indivíduo investido de poder é tentado a abusar dele e haveria risco de tirania com uma única pessoa ou instituição exercendo os três poderes. • Um dos maiores expoente da economia clássica e o principal teórico do Liberalismo Econômico. Era contrário ao mercantilismo, que se baseava na forte intervenção do Estado. Para ele, a economia deveria ser dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura de mercado. o Com ele, o mercado se autorregula, dando conta das necessidades sociais (Ideia da Mão Invisível do Mercado). Logo, defende um Estado que interfira o mínimo possível na Economia. Adam defendeu a tese de que o trabalho representa a verdadeira fonte de riqueza para as nações. • O maior filósofo iluminista Alemão foi influenciado por Rousseau e foi Hume que o despertou do “sonho dogmático” (a ilusão de que a razão pode conhecer como são as coisas em si). Para Kant, a filosofia deveria responder a quatro questões fundamentais: O que posso saber? Como devo agir? O que posso esperar? (relacionada ao futuro e religião) E, por fim, o que é o ser humano? A última questão estaria implícita nas anteriores. o Para ele, o ser humano é dotado de razão e liberdade. Em sua obra “O que é ilustração?”, Kant, positivamente, fala sobre a possibilidade de o ser humano guiar-se por sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. o Para ele iluminismo/ilustração é como um momento em que o indivíduo cresce e amadurece, tornando-se autônomo, tendo sua própria maneira de agir. • Suas investigações seriam sobre as condições nas quais se dá o conhecimento, fazendo assim, um exame crítico da razão. Kant faz uma síntese entre o racionalismo e o empirismo na sua doutrina apriorista. Em sua obra “Crítica da Razão Pura”, Kant trata da questão do ato de conhecer e o distingue em duas formas: Conhecimento Puro (a priori): criados pela razão, isto é, as ideias inatas, sem a necessidade da experiência. É um conhecimento necessário e universal que é anterior a experiência. Conhecimento Empírico (a posteriori): Aquele vindo dos dados fornecidos pelos sentidos, ou seja, posterior à experiência. ▪ O conhecimento puro conduz a juízos universais e necessários, já o empírico não. • Juízo analítico/elucidação – Aquele em que o predicado já está contido no conceito do sujeito. o “O quadrado tem quatro lados”, o predicado “tem quadro lados” já define o sujeito. • Juízo sintético/ampliação – Aquele em que o predicado NÃO está contido no conceito de sujeito. o “Os corpos se movimentam”, o predicado “se movimentam” enriquecem o sujeito “corpos”. Juízo analítico – É um juízo universal e necessário, mas serve apenas para elucidar o que já se sabe. Juízo sintético a posteriori – Amplia o conhecimento sobre o sujeito, porém não constitui um juízo universal e necessário (“Este livro tem a capa verde”). Juízo sintético a priori – Amplia o conhecimento sobre o sujeito e constitui um juízo universal e necessário (“Duas linhas paralelas nunca se encontram no espaço”) • Kant buscou saber como é o sujeito a priori, ou seja, o sujeito antes de qualquer experiência. Conclui que no humano existe estruturas que possibilitam a experiência (formas a priori da sensibilidade) e determinam o entendimento (formas a priori de entendimento). ▪ Trata-se do chamado apriorismo. o Formas a priori da sensibilidade (intuições puras) - São o conhecimentodo tempo e do espaço. Para Kant, percebemos e representamos a realidade no tempo e no espaço (acima, abaixo, antes, depois...). o Formas a priori do entendimento – Os dados captados por nossa sensibilidade são organizados pelo entendimento de acordo com certas categorias (“conceitos puros”). As categorias são existentes a priori no entendimento, tais como causa, necessidade e relação. Serve de base para a emissão de juízo sobre a realidade. Para Kant, é mediante a sensibilidade que os objetos são dados e é pelo entendimento que são pensados. • Não conhecemos as coisas em sim mesmas. Nós só conhecemos as coisas tal como às percebemos. Ou seja, as coisas são conhecidas de acordo com nossas próprias estruturas mentais. • O conhecimento seria o resultado entre racionalismo + empirismo: a sensibilidade, que nos oferece dados dos objetos, e o entendimento, que determina as condições pelas quais o objeto é pensado. Kant compara seu papel na filosofia ao de Copérnico na astronomia. O motivo por isso: Quando a teoria geocêntrica não conseguia mais explicar o movimento dos astros, Copérnico, lançou a sua teoria heliocêntrica. No caso de Kant, antes, propunha-se que o conhecimento era regulado por objetos. E com Kant, os objetos passaram a ser regulados pelas formas a priori do nosso conhecimento. o EXPLICAÇÃO - Antes de Kant, as coisas/objetos tinham um significado aparente (tipo, quando eu vejo uma flor, eu literalmente vejo e entendo que é uma flor) e, além disso, tinham uma essência, algo mais profundo, algo que determine a verdadeira identidade das coisas. E, para conhecer esse caminho, o filósofo teria que usar a razão. Não conseguindo achar a verdadeira realidade das coisas, ficavam com aquilo e não chegavam a uma resposta. Kant defende que a essência é metafísico, ou seja, não da para aprender pelos sentidos. Logo, só temos que pensar na coisa como ela é, na aparência, na forma colo ela se apresenta a nós.