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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RELATÓRIO AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Fisioterapia Disciplina: Eletroterapia 
Aluno: Kátia Cilene santos Vasconcellos 
R.A: 2223703 
Polo: Brasília DF – Asa Sul 
Data: 24/02 - 09/04 - 13/04 - 11/05 e 07/06/2014. 
 
 
 
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Sumário 
1. Introdução 
2. Aula 1 Roteiro 1: Introdução a Eletroterapia 
3. Aula 2 Roteiro 2: Fisiologia da dor /TENS /Interferencial 
4. Aula 3 Roteiro 3: Correntes Excitomotoras (FES/ RUSSA/ AUSSIE) 
5. Conclusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
A estimulação elétrica é utilizada como fisioterapia para diversas patologias. 
Além da patologia tratada, o terapeuta também deve conhecer o mecanismo pelo qual 
a estimulação elétrica afeta os tecidos. A eletroterapia desempenha um papel crucial 
na prática da fisioterapia, oferendo uma variedade de opções para alívio da dor e 
reabilitação. Este campo abrange uma gama de tipos de correntes elétricas, cada uma 
com seus próprios mecanismos de ação e aplicações clínicas especificas. Para 
atender completamente seu impacto, é essencial explorar a fisiologia da dor e como 
essas correntes podem intervir nesse processo. 
Entre as correntes mais comuns estão o Tens, onde os eletrodos são colocados 
na pele sobre área afetada pela dor, e a corrente é ajustada para fornecer alívio da 
dor através da estimulação dos nervos periféricos. Já o Interferencial envolve a 
sobreposição de duas correntes de média frequência para penetrar mais 
profundamente nos tecidos, muitas vezes utilizando a técnica de varredura para 
abranger uma área mais ampla. A FES, é frequentemente usada para promover 
contração muscular em pacientes com fraqueza muscular ou lesões neurológicas, 
onde os eletrodos são colocados estrategicamente para estimular os músculos 
específicos se contraírem. Na corrente russa, por sua vez ela é empregada para 
fortalecimento muscular e tonificação, com eletrodos colocados em locais estratégicos 
para minimizar os resultados. 
Vimos que na corrente Aussie, ela é conhecida por sua capacidade de penetrar 
profundamente nos tecidos musculares, sendo útil para alívio da dor, reabilitação e 
fortalecimento muscular. 
Em todas essas modalidades, a configuração dos parâmetros da corrente, 
como frequência, intensidade e duração, é ajustada de acordo com a condição do 
paciente e os objetivos terapêuticos estabelecidos pelo fisioterapeuta. 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 1 - Roteiro 1 
Introdução à eletroterapia 
 
1.Conceitos fundamentais em eletricidade e suas relações com a eletroterapia 
 
a. Eletricidade: é definida como uma forma básica de energia e pode 
produzir efeitos significativos sobre os tecidos biológicos. (Robinson e Snyder-
Mackler; 2010). A matéria é feita de átomos, com um átomo sendo a menor partícula 
de um elemento que pode ser identificada como sendo daquele elemento. O átomo é 
feito de um núcleo central carregado positivamente (constituído de prótons carregados 
positivamente e nêutrons sem carga), com partículas carregadas negativamente 
(elétrons) orbitando ao seu redor, lembrando um sistema solar em miniatura. 
(KITCHEN, 2003). 
 
b. Carga elétrica: definida como a propriedade básica da matéria carregada 
por algumas partículas elementares que governa como essas partículas são afetadas 
por um campo elétrico ou magnético. (KITCHEN, 2003). 
 
c. Íons: Um átomo que não está mais em seu estado neutro original. Um 
íon negativo é um átomo que ganhou um ou mais elétrons, apresentando então uma 
carga líquida negativa; um íon positivo é um átomo que perdeu um ou mais elétrons, 
tornando-se carregado positivamente. Os íons estão presentes em soluções 
eletrolíticas de ácidos, bases e sais, tais como aqueles que compõem os tecidos 
biológicos. (KITCHEN, 2003). 
 
d. Cátodos e ânodos: O cátodo é o eletrodo com carga negativa, que sofre 
uma reação de redução na reação química, onde seu estado de oxidação é reduzido 
quando recebe elétrons. Os cátions (elétrons com carga positiva) se dirigem ao cátodo 
(polo negativo). Ânodo é o eletrodo que perde elétrons em uma reação de 
oxidação, m0as nem sempre é o caso. Os ânions (elétrons com carga negativa) se 
dirigem ao ânodo (polo positivo). Nas células galvânicas, com um condutor metálico, 
a corrente gerada na reação segue o caminho do polo positivo para o negativo. 
(KITCHEN, 2003). 
 
e. Campo Elétrico: É definida como força por unidade de carga em uma 
partícula colocada no campo. o campo de força provocado pela ação de cargas 
elétricas, (elétrons, prótons ou íons) ou por sistemas delas. Cargas elétricas 
colocadas num campo elétrico estão sujeitas à ação de forças elétricas, de atração e 
repulsão. (YOUNG, H.D.; FREEDMAN, R.A.;2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: https://osfundamentosdafisica.blogspot.com 
 Figura 1 – Campo elétrico 
 
 
f. Voltagem: também conhecida como diferença de potencial (ddp) ou 
simplesmente tensão. É a força impulsora que induz aos elétrons a deslocarem-se de 
uma região com excesso para outra com falta, é conhecida também corno força 
eletromotriz. Está representada pela letra V. (Ripka P.; 2010). 
 
g. Corrente elétrica: é definida como a quantidade de carga (elétrons ou 
íons) que flui, por segundo, em um condutor, em determinada direção, geralmente 
medida em ampères15 ou miliamperes (mA). Para que o fluxo ocorra, é necessário 
que haja uma força “impulsionando” as cargas (chamada de força eletromotriz). (Ripka 
P 2010). 
 
h. Condutores e isolantes: Condutores e isolantes são materiais elétricos 
que se comportam de maneiras opostas no que respeita à passagem de corrente 
elétrica. Enquanto os condutores permitem a movimentação dos elétrons ou íons, os 
isolantes dificultam essa movimentação, ou seja, a passagem da eletricidade. 
(HALLIDAY, DAVID. 2009). 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_(f%C3%ADsica)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carga_el%C3%A9trica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carga_el%C3%A9trica
https://pt.wikipedia.org/wiki/El%C3%A9tron
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%B3ton
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Don
https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_el%C3%A9trica
https://osfundamentosdafisica.blogspot.com/
I. Resistencia e condutância: Resistência reduz ou impede o fluxo de 
corrente, enquanto condutância permite que a corrente passe. O termo condutância é 
o inverso dessa expressão, define a resistência como a razão de tensão sobre 
corrente. É a razão da corrente sobre tensão. A unidade de condutância é o Siemens, 
abreviado S. (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010). 
 
 2. Classificação das correntes elétricas terapêuticas 
a. Tipos de corrente eletroterapêuticas 
I. Continua: define corrente contínua (CC) (polarizada) como aquela que tem 
sempre o mesmo sentido, de um polo a outro, podendo variar sua intensidade no 
tempo. o fluxo deve continuar ininterrupto por, no mínimo, um segundo para ser 
considerada corrente contínua. Os elétrons se mexem de acordo com a polaridade, 
sendo que sob o eletrodo negativo acontece uma reação básica forte e sob o eletrodo 
positivo ocorre uma reação ácida fraca, mecanismo este que faz com que ocorra uma 
modificação no metabolismo celular. (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010). 
 II. Corrente alternada: (CA) (despolarizada) é quando a polaridade dos elétrons 
da fonte muda de forma periódica no tempo, e em consequência mudando também o 
sentido de circulação dos elétrons. Essa é uma corrente elétrica sem polaridade 
definida, pois apresenta pulsos balanceados. Ideal para atividade exitomotora. 
(AGNE, 2006). 
III. Correntepulsada: As correntes pulsadas distinguem-se das demais, por 
possuir um fluxo unidirecional ou bidirecional de partículas carregadas, que 
periodicamente são interrompidas, por um período finito. Estas por sua vez, são 
caracterizadas pela presença de uma unidade elementar, definida como pulso elétrico. 
(ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010). 
 
 
 Fonte: http://eletro90.blogspot.com.br/2013. 
 Figura 2 – Corrente continua, alternada e pulsada. 
http://eletro90.blogspot.com.br/2013
b. Características descritivas das correntes alternadas e pulsadas 
I. Número de fases 
O termo refere-se ao fluxo de corrente unidirecional em um diagrama 
corrente/tempo. Um pulso que se afasta da linha de corrente zero (linha base) em 
apenas uma direção, é chamada de monofásico. Em um pulso monofásico as 
partículas carregadas no meio condutor movem-se brevemente em uma direção, de 
acordo com a sua carga, depois param. (KASATKIN; PERELALIN,1960). 
Um pulso que se afasta da linha base primeiro em uma direção e depois na 
direção oposta é chamado de bifásico. Este tipo de pulso pode ser produzido pela 
interrupção intermitente de uma fonte de voltagem alternada, aplicada a um circuito 
elétrico. Em pulso bifásico, as partículas carregadas movem-se primeiro em uma 
direção e depois se movem para trás na direção oposta. (KASATKIN; 
PERELALIN,1960). 
 
II. Simetria 
Para pulsos bifásicos ou ciclos de CA, a maneira na qual a cargas se move 
para trás e para frente pode ou não ser a mesma. Se a maneira na qual, a amplitude 
de corrente varia durante o tempo para a primeira fase de uma forma de onda bifásica, 
é idêntica em natureza, mas oposta na direção daquela da segunda fase, a forma de 
onda bifásica é descrita como simetria. 
Para formas de ondas bifásicas simétricas, a quantidade total de corrente para 
uma fase é igual ao valor absoluto da corrente total que flui na segunda fase. Essa 
condição pode ou não ser verdadeira para formas de onda bifásicas assimétricas. 
(HAAR, 2003; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2001). 
 
 
 Fonte: ROBINSON, SNYDER-MACKLER, 2001. 
 Figura 3 – Características de forma de onda de corrente pulsada e alternada. 
III. Equilíbrio 
Dito de forma mais simples, se a área sob a primeira fase de uma forma de 
onda bifásica não é a mesma que a área sob a segunda fase, a forma de onda é 
chamada desequilibrada. Se a área sob a primeira fase de uma forma de onda bifásica 
for igual à área sob a segunda fase, a forma de onda é descrita como equilibrada. A 
partir de uma perspectiva clínica, o uso de formas de onda desiquilibrada pode resultar 
em diferenças notáveis na sensação de estimulação sob eletrodos de superfície. 
(HAAR, 2003; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2001). 
 
IV. Forma 
 Uma abordagem descritiva muito comum para a caracterização de formas de 
ondas pulsadas e CA é o uso de termos para indicar a forma geométrica das fases do 
pulso, ou o ciclo como elas aparecem no gráfico da corrente (ou voltagem), versus 
tempo. Designação de formas frequentemente encontradas na literatura profissional 
e comercial inclui: retangular, quadrada, triangular, dente de serra e pontiaguda. 
Alternativamente as formas podem ser baseadas na função matemática que daria 
origem a um gráfico (ou parte de um gráfico) de forma similar. Dois exemplos de tais 
designações são formas de ondas baseadas em mudanças sinusoidal ou exponencial 
na corrente (ou voltagem) durante o tempo. A figura acima ilustra várias formas de 
ondas comuns. (MILLMAN; TAUB, 1965; NELSON; HAYES; CURRIER, 2003). 
 
C. Descrição de correntes pulsadas ou alternadas por meio das características 
qualitativas. 
A partir do exame das formas de onda, primeiro determina-se que tipo de 
corrente é mostrada. Depois, o número de fases da forma de onda é determinado, 
seguindo pela assimetria e pelo equilíbrio de carga para formas de onda bifásicas. 
Finalmente, uma designação de forma pode ser nomeada para todo pulso ou muitas 
vezes para a primeira fase de pulsos bifásicos. (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 
2001). 
 
D. características descritivas das correntes alternadas e pulsadas. 
As características qualitativas e quantitativas dos pulsos de corrente (ou um 
único ciclo de CA), são mais facilmente compreendidas, examinando-se graficamente 
as mudanças de amplitude de corrente que ocorrem durante o tempo. A forma da 
apresentação visual de um pulso único, ou ciclo de CA em um diagrama de corrente 
versus tempo (ou voltagem versus tempo) é chamado de forma de onda. Um pulso 
único ou ciclo número de tipos de formas de onda de corrente pulsada ou CA pode 
ser gerado nos condutores. Um pulso único ou ciclo de CA pode ser evidenciado por 
suas características dependentes da amplitude e do tempo, assim como várias outras 
características descritivas. (LOW; REED, 2001; STILL WELL, 1984; ROBINSON; 
SNYDER-MACKLER, 2001). 
 
E. Características de pulsos únicos. 
As formas de onda de corrente pulsada ou correntes alternadas são 
classificadas quantitativamente com base em variáveis relacionadas tanto à amplitude 
quanto ao tempo. 
- Amplitude máxima: a corrente (voltagem) máxima alcançada em um pulso 
monofásico ou para cada fase em um pulso bifásico. 
- Amplitude entre picos: a corrente (voltagem) máxima medida de pico da 
primeira fase até o pico da segunda fase de um pulso bifásico. 
Desses dois métodos de medir amplitude de corrente(voltagem), a amplitude 
máxima de cada fase e recomendada outras maneiras para descrever amplitude de 
corrente, tal como amplitude eficaz (RMS ou eficaz) ou corrente média por unidade de 
tempo depende da forma de onda examinada. (LANGFORD-SMITH, 1953). 
 
 
 Fonte: ROBINSON, SNYDER-MACKLER, 2001. 
 Figura 4 – Amplitude de correntes máxima e entre picos. 
 
 
3. Corrente galvânica ou corrente direta terapêutica 
É um tipo de corrente polarizada, unidirecional, ou seja, os elétrons caminham 
em um só sentido do polo negativo para o positivo. Sendo assim, essa corrente produz 
um efeito eletroquímico. Antes de aplicar esse tipo de corrente, é necessário se atentar 
ao local de aplicação de cada polo e ao tipo de molécula que cada um desses polos 
atrai, não devendo esquecer que o polo negativo atrai os íons positivos, e vice-versa. 
O polo negativo atua produzindo reação alcalina e hiperemia, repelindo íons 
negativos, atraindo íons positivos, fazendo vasodilatação, fluidificando e hidratando 
os tecidos e estimulando a circulação. Já o polo positivo atua produzindo reação ácida, 
repelindo os íons positivos e atraindo os negativos, promovendo a vasoconstrição, 
reduzindo a hiperemia de forma difusa, desidratando e endurecendo os tecidos e 
tendo efeito bactericida, anti-inflamatório e analgésico. Essa corrente utiliza eletrodos 
metálicos com esponja umedecida, fixados com ataduras e fitas adesivas. (LOW; 
REED, 2001). 
Efeitos fisiológicos e terapêuticos da corrente galvânica ou corrente direta 
I. Estimulação sensorial 
a. A passagem da corrente galvânica pela pele do paciente promoverá leve 
sensação de formigamento ou pontada, que, ao longo da terapia, poderá evoluir para 
leve irritação ou coceira. Essas sensações são provenientes das alterações 
bioquímicas sofridas abaixo dos eletrodos e, especialmente, sob o eletrodo negativo, 
como o processo de irritação química em decorrência da formação de substâncias 
alcalinas. Essas alterações promovem grande vasodilatação local, que, clinicamente, 
gera um vigoroso eritema sob os eletrodos, especialmente sob cátodo. O eritema fica 
restrito à área do eletrodo porque esses efeitos acontecem, principalmente, nas 
camadas mais superficiais do tecido biológico. (LOW; REED, 2001). 
II. Hiperemia 
a. hiperemia produzida sob o eletrodo como resultado da ativação da 
circulação e do movimentoiônico intracelular, sua duração é variável e em geral 
desaparece uma hora após a estimulação. Promove aumento do metabolismo ao 
aportar maior quantidade de oxigênio. (LOW; REED, 200). 
III. Eletrotônus 
O eletrodo negativo produz um potencial despolarizante local, gerando uma 
condição facilitatória, enquanto o eletrodo positivo, por gerar hiperpolarização das 
membranas, dificulta a geração de potenciais de ação e, portanto, é considerado um 
eletrodo inibitório. A superfície externa da membrana menos positiva reduz o limiar, 
aumentando a excitabilidade do nervo, num fenômeno chamado cateletrotônus, 
enquanto torná-la mais positiva diminui a excitabilidade neural pelo processo 
conhecido por aneletrotônus. (LOW; REED, 2001). 
IV. Analgesia 
A função da corrente galvânica como analgésica não é bem explorada por não 
se saber seu mecanismo de ação, embora encontremos explicações que relatem duas 
explicações para este fenômeno: primeiro, se afirmar que a corrente galvânica 
promove analgesia devido à hiperemia provocada por esta corrente, o que induz ao 
aumento da absorção de substâncias que poderiam estar causando esta dor; 
segundo, afirma-se também que esta corrente aumenta o limiar dos receptores. A 
técnica de aplicação consta da colocação de dois eletrodos esponjosos embebido em 
água, sendo o eletrodo negativo colocado em cima do local da dor. (LOW; REED, 
2001). 
a. V. Cicatrização 
b. A estimulação elétrica pode favorecer a cicatrização tecidual, tanto ao 
que se refere à consolidação de fraturas, quanto à cicatrização de ferimentos em 
tecidos moles. Os autores afirmam que a capacidade de promover vasodilatação local, 
com consequente aumento de nutrientes e oxigênio para a região em processo de 
reparação tecidual, assim como seus efeitos bactericidas, estimuladores de células 
de defesa e fibroblastos, podem justificar os efeitos benéficos do uso dessas correntes 
na aceleração dos processos de reparação tecidual. (LOW; REED, 2001). 
c. IV. Destruição de tecidos 
d. ocorrem efeitos fisiológicos e bioquímicos diferentes abaixo de cada um 
dos eletrodos. Se usada em grande densidade de corrente, a corrente direta gera 
coagulação de proteínas sob o eletrodo positivo (ânodo) e liquefação sob o eletrodo 
negativo (cátodo). (LOW; REED, 2001). 
 
 
 Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-galvanica-na-fisioterapia. 
 Figura 5 – Aparelho de Corrente Galvânica. 
 
b. Iontoforese 
É uma fonte de corrente provoca uma corrente continuada, constante e de 
baixa intensidade (corrente galvânica), que circula entre dois eletrodos condutores, 
prestando calor ao tecido dérmico e admitindo a penetração superficial de substâncias 
iônicas encontradas em produtos cosméticos (SILVA, 1988). De acordo com Low e 
Reed (2001), a passagem de íons irá ocorrer especialmente nos ductos das glândulas 
sudoríparas, e em menor expansão nos folículos pilosos e glândulas sebáceas. Já a 
taxa de difusão de produto ionizado tende a continuar mais reunida dentro dos tecidos 
diretamente subcutâneos ao local de introdução, e progressivamente em menor 
concentração nos tecidos mais profundos e periféricos ao tratamento, numa 
profundidade de 6 a 20 mm. (Salgado; 1999). 
I. Mecanismo de ação 
Esse recurso serve como um veículo que pode potencializar a administração 
transdérmica de uma droga. Quando esses medicamentos são colocados em solução 
eletrolítica eles se dissociam em componentes polares que são eletricamente 
carregados, ou seja, que assumem carga positiva ou negativa, e, dependendo do 
átomo, podem perder ou ganhar elétrons. Seguindo a lei os opostos se atraem, íons 
positivamente carregados (cátions) são atraídos pelo polo negativo, enquanto íons 
negativamente carregados (ânions) são atraídos para o polo positivo. (KITCHEN, 
2003). 
II. Efeitos colaterais e contraindicações da corrente direta e da iontoforese 
Efeitos colaterais: parestesia local; coceira; irritação; eritema; edema; urticária 
galvânica. 
Contraindicações: Gestação, Pacientes com alteração de sensibilidade, Pele 
não íntegra, Pacientes cardíacos e portadores de marca-passos, renais crônicos. 
Patologias circulatórias (trombose, flebite), Neoplasias, Epilepsia, Dermatite na área 
a ser tratada, Próteses ou implantes metálicos. (AGNE, 2006). 
I. Procedimentos de aplicação na corrente direta 
 Fazer uma boa avaliação, a fim de identificar em si possíveis contraindicações 
apresenta algum histórico de arritmia cardíaca ou de hipercoagulabilidade. Testar a 
sensibilidade local, pois isso é fundamental para a segurança e o sucesso da 
terapêutica. Antes da aplicação da corrente, é muito importante explicar ao paciente 
a natureza do tratamento, assim como todas as sensações que ele poderá referir ou 
sentir ao longo dele. Informar ao paciente que será normal se, ao longo da aplicação 
da corrente, ele sentir formigamento ou coceira. No entanto, você deve deixar claro 
para o(a) seu(sua) paciente que ele(a) deve informar imediatamente caso esteja 
sentindo aquecimento e/ou formigamento em intensidades desconfortáveis. Antes de 
iniciar a operação verificar se a chave está na posição desligada. Determinar os polos 
dos eletrodos. A substância a ser ionizada deverá ser introduzida pelo polo homólogo, 
ou seja, substância positiva pelo polo positivo, substância negativa pelo polo negativo. 
Determinar os polos dos eletrodos. A substância a ser ionizada deverá ser introduzida 
pelo polo homólogo, ou seja, substância positiva pelo polo positivo, substância 
negativa pelo polo negativo. (ROBINSON; SNYDERMACKLER, 2010). 
Se forem utilizados eletrodos de placa metálica com esponja umedecida, esses 
devem estar umedecidos em solução salina a 1% ou água e fixados na pele de forma 
a favorecer um bom contato. (AGNE, 2006). 
Depois da aula teórica, fomos colocar em prática o que nos foi passado. A 
princípio aprendemos sobre cabos de conexão, catodo e anodo, e tipos de conectores, 
que podem ser condutores ou isolantes. Usamos a corrente galvânica, foi explicado 
que a galvânica e uma corrente contínua e não precisa ser calculada. O tempo vai ser 
de acordo com o tratamento. Foi dito que quando for fazer uso de medicamentos ele 
deve ser colocado sempre embaixo do polo negativo, exemplo: dexametasona. 
Realizamos a aplicação dos eletrodos das correntes polarizadas e seus efeitos, 
realizando a dosimetria de aplicação através da formula: ÁREA ELETRODO X 0,2= 
QUANTIDADE DE MILIAMPÉRES DISTRIBUIDOS. Uma colega foi a paciente e a 
outra a terapeuta, na hora de preparar a paciente ela esqueceu de limpar área onde 
seria colocado o elétrodo, sendo corrigido pelos colegas. Em seguida fizemos o uso 
da espoja onde ela e o condutor e tem que estar sempre entre a pele e o eletrodo, a 
mesma coisa com o uso do gel, nunca colocar os eletrodos direto na pele pois pode 
provocar desconforto ou queimadura no paciente. Primeiro coloquei a esponja 
molhada no braço da minha paciente, em seguida o eletrodo, e para fixar usei 
esparadrapo ao redor do braço para evitar que caísse. No caso o medicamento estava 
embaixo da espoja, onde coloquei o eletrodo negativo. Depois de concluído, foi 
observado que a paciente teve maior hiperemia no polo negativo. Não foi feito o 
experimento das correntes polarizadas nos tecidos utilizando: batata ou carne. 
 
 
 Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-galvanica-na-fisioterapia. 
 Figura 6 – Corrente Galvânica. 
 
 
4. Corrente Diadinâmica de Bernard 
As correntes Diadinâmica foram desenvolvidas na França no início da década 
de 50 por Pierre Bernard. São correntes alternadas senoidais de baixa frequência (50 
a 100 Hz) com retificação monofásica ou bifásica. Elas são interrompidas com 
alternância rítmica e podem trocar continuamente de frequência, ou ainda combinar-
se em defasagem de uma corrente senoidal monofásica.Produzem intensos efeito 
analgésico e hiperemiastes, atuando sobre nervos e sobre a musculatura através de 
processos elétricos e químicos. Dentre suas principais características, destaca-se o 
fato de ser uma corrente polarizada, ou seja, trata-se de uma corrente com fluxo 
unidirecional de partículas carregadas, tendo, portanto, a capacidade de promover 
mudanças eletroquímicas sob os eletrodos. Cada eletrodo, de acordo com a sua 
polaridade, pode induzir a efeitos específicos. Por exemplo, no caso do edema, o polo 
positivo causa desidratação e o negativo causa hidratação. (GUIRRO e GUIRRO, 
2002). 
Existem cinco tipos de correntes diadinâmica: Corrente Difásica (DF), Corrente 
Monofásica (MF), Longos Períodos (LP), Curtos Períodos (CP) e Ritmo Sincopado 
(RS). 
A corrente difásica fixa (DF) consiste em uma retificação em ondas completas 
de 100 Hz, com duração de fase de 10 ms sem intervalo entre os pulsos. A separação 
dos pulsos ocorre apenas nas cristas das fases. Essa corrente provoca, inicialmente, 
uma forte sensação de formigamento ou parestesia, no entanto, essa sensação 
diminui drasticamente em poucos minutos em razão da habituação sensorial ao 
estímulo. (Martín R.; 2008). 
 
 
 Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia. 
 Figura 7 – Corrente difásica fixa em 100 Hz com duração de fase de 10 ms. 
 
 
A corrente monofásica (MF) consiste em uma retificação monofásica fixa em 
50 Hz, com duração de fase de 10 ms e intervalo também de 10 ms entre os pulsos. 
Diferente da corrente DF, a aplicação dessa corrente promove uma sensação de 
vibração ou, dependendo da intensidade, de leve câimbra gerada eletricamente. 
(Martín R.; 2008). 
 
 
 Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia. 
 Figura 8 - Corrente monofásica fixa em 50 Hz, com duração de fase e intervalo 
entre os pulsos de 10 ms cada. 
 
Na modulação em curtos períodos (CP), o equipamento gera uma modulação 
na frequência de pulsos da corrente, alternando a cada 1 s entre as correntes DF (100 
Hz) e MF (50 Hz), sem interrupção do estímulo. A alternância de correntes dessa 
modalidade é claramente percebida por quem recebe a aplicação. (Martín R.; 2008). 
 
 
 Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia. 
Figura 9 - Modulação em curtos períodos com DF de 100 Hz e MF de 50 Hz a cada segundo. 
 
A modulação em longos períodos (LP) consiste em uma corrente MF fixa, que 
mantém a amplitude (intensidade) constante em 100% do que foi programado pelo 
https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia
https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia
https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia
terapeuta. Durante 10 s o equipamento emite apenas essa corrente e, na sequência, 
gera uma segunda corrente MF ocupando o intervalo interpulsos da corrente MF fixa, 
elevando e reduzindo sua amplitude gradualmente de 0 até 100%, no tempo de 5 s, 
repetindo esse ciclo sem a interrupção do estímulo. (Martín R.; 2008). 
A ritmo sincopado consiste em uma corrente MF com 100% de amplitude 
durante 1 s e 0% de amplitude em 1 s. A sensação do paciente é a mesma descrita 
para a corrente MF, com interrupções cíclicas do estímulo. (Martín R.; 2008). 
 Não Foi possível realizar a aula prática de Corrente diadinâmica, por problemas no 
cabo de conexão, a professora achou melhor não colocar uma carga muita alta para não 
corremos o risco de machucar o paciente (aluno). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 – roteiro 2 
 Fisiologia da dor / Tens / Interferencial 
 
A Associação Internacional para Estudo da Dor (International Association for 
the Study of Pain, IASP) de ne a dor como uma experiência sensorial e emocional 
desagradável associada a dano tecidual real ou potencial ou definida em termos de 
tal dano. Melzack e Casey propõem 3 dimensões da dor. O componente sensorial 
discriminativo abrange intensidade, localização, qualidade e duração da dor; o 
componente afetivo motivacional abrange o impacto da experiência desagradável no 
indivíduo e o componente cognitivo avaliativo contextualiza a dor a partir das 
experiências atuais e passadas. (Melzack R, Casey KL. 1968). 
 Dor Crônica: é aquela que persiste por mais de 3 meses ou que permanece 
após 1 mês da resolução de uma lesão, e geralmente indica que há disfunções no 
sistema nervoso ou nas fibras nervosas do membro afetado, surgindo na maioria dos 
casos em associação com uma doença crônica, como artrite reumatoide, artrose da 
coluna ou dos joelhos, fibromialgia ou câncer, por exemplo. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 
1998). 
 
Os principais tipos de dor crônica e suas possíveis causas são: 
Dor nociceptiva ou somática: é a dor que surge devido a uma lesão ou 
inflamação dos tecidos da pele, o que é detectado pelos sensores do sistema nervoso 
como uma ameaça, e persiste enquanto a causa não for resolvida. Possíveis causas: 
Corte; Queimadura; Pancada; Fratura; Entorse; Tendinite; Infecção; Contraturas 
musculares. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). 
Dor neuropática: dor que acontece por disfunção do sistema nervoso, seja no 
cérebro, medula ou nervos periféricos. É comum que surja na forma de queimação, 
agulhadas ou formigamento. Possíveis causas: Neuropatia diabética; Síndrome do 
túnel do carpo; Neuralgia do trigêmeo; Estreitamento do canal medular; Após AVC; 
Neuropatias de causas genéticas, infecciosas ou por substâncias tóxicas. (KITCHEN, 
S.; BAZIN, S.; 1998). 
 Dor mista ou inespecífica: é a dor que é causada tanto por componentes da 
dor nociceptiva e neuropática, ou por causas desconhecidas. Possíveis causas: Dor 
de cabeça; Hérnia de disco; Câncer; Vasculite; Osteoartrose que pode atingir diversos 
locais como joelhos, coluna ou quadril, por exemplo. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). 
A dor aguda, que ocorre em condições tais como um trauma ou inflamação 
ativa, está frequentemente associada a respostas do sistema nervoso simpático (“luta 
ou fuga”). E frequentemente definida pelo caráter de sua duração efêmera, 
autolimitada, como a dor que se resolve rápido. Entretanto, pode arrastar-se durante 
meses enquanto a cura do dano real não se desenvolve, mas em geral desaparece 
dentro dias ou semanas. Apesar de a dor em resposta ao dano tecidual ser um 
fenômeno normalmente, ela pode estar associada a distúrbios físicos, psicológicos e 
significativos e desnecessários. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). 
A Professora nos falou sobre dor crônica que é complexo que envolve cuidados 
específicos indicados pelo médico, além do uso de analgésicos e anti-inflamatórios. 
Assim, sempre que houver uma dor persistente, é necessário procurar atendimento 
médico, que através da avaliação irá determinar o tipo de dor e o que pode estar 
causando. E o tratamento para a dor crônica é individualizado, orientado de acordo 
com as necessidades de cada pessoa, e pode ser feito pelo clínico geral ou, em casos 
mais complexos, por médicos especialistas em dor. 
 
 Ferramentas para avaliação da dor 
 
A Escala Visual Analógica (EVA) consiste em escore de aferição da intensidade 
de dor pelo paciente. Trata-se de uma linha reta, indicando em uma extremidade a 
marcação “sem dor” e, na outra, “pior dor possível”. Para utilizar a EVA, o médico deve 
questionar o paciente quanto ao seu grau de dor, sendo que 0 significa ausência total 
e 10 o nível de dor máxima suportável pelo paciente. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). 
 
 
 Fonte: https://www.vidaativa.pt/como-avaliar-a-dor/ 
 Figura 10 - Escala visual analógica. 
 
 
Na Escala Qualitativa, solicita-se ao doente que classifique a intensidade da 
sua dor, de acordo com os seguintes adjetivos: “Sem Dor”, “Dor Ligeira”, “Dor 
Moderada”, “Dor Intensa”ou “Dor Máxima”. . (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). 
Com a Escala de Faces, o doente classifica a intensidade da sua dor de acordo 
com a mímica representada em cada face desenhada. 
 
 
 Fonte: https://www.vidaativa.pt/como-avaliar-a-dor/ 
 Figura 11 - Escala Qualitativa e Escala de faces. 
 
Casos clínicos a presença da sensibilização central e periférica 
 
Central: Paciente com diabetes apresentou ferida na perna direita, realizou 
tratamento sem nenhuma melhora, com o aumento da lesão foi indicado a amputação 
https://www.vidaativa.pt/como-avaliar-a-dor/
https://www.vidaativa.pt/como-avaliar-a-dor/
do membro. Mesmo depois do procedimento, o paciente continuou se que fixando de 
dor, coceiras e uma sensibilidade que já não existia. . (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 
1998). 
Periférica: paciente levou uma facada no braço direito, precisou levar pontos. 
Depois de alguns dias foi feita a retirada dos pontos, mesmo depois da cicatrização o 
paciente continuava a sentir a área sensível. . (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). 
 Modelo biopsicossocial: Quando se olha para a dor somente no físico, mas 
existe fatores sociais, comportamentos negativos, transtornos psicológicos. 
(KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). 
Um estoquista, começa a sentir dor no ombro, não procura atendimento médico 
por medo de perder o emprego. Então começa com automedicação, indicado por 
outras pessoas. Quando ele resolver procurar ajuda médica ele já está na dor crônica, 
porque na aguda ele não quis tratar por medo de perder o emprego. (KITCHEN, S.; 
BAZIN, S.; 1998). 
 
 Modelo de educação em neurociência da dor 
 
Em primeiro lugar explicar para o paciente que a dor é normal, que ele tem que 
realizar os exercícios, mostrando que a dor pode ser controlada. 
Paciente com fratura no maléolo lateral direito, depois de um mês de 
imobilização tira-se o gesso. Nessa fase temos que explicar que aos poucos ele tem 
que colocar o pé no chão, que ele vai sentir dor, mas que não precisa se preocupar 
pois o osso já está calcificado. Que ele só não poderá correr e jogar bola por enquanto, 
é que ele precisa aumentar a DM e fazer alongamentos mesmo sentindo dor. 
(KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). 
 
Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) 
 
A estimulação elétrica nervosa transcutânea consiste na aplicação de correntes 
elétricas na superfície da pele por meio de eletrodos com a finalidade de estimular 
fibras nervosas a produzirem efeitos fisiológicos. Frequentemente, é designada pela 
sigla em inglês TENS, que significa Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation. 
Trata-se de um método não farmacológico, de custo acessível, seguro, não invasivo 
e de manuseio simples para o controle da dor. (Jones I, Johnson MI. 2009). 
Aplicação clínica da TENS: o TENS deve ser realizado por um fisioterapeuta 
especializado, utilizando diferentes intensidades dos impulsos elétricos, de acordo 
com a condição a ser tratada. São o alívio sintomático e o controle de dores crônicas 
intratáveis e como um tratamento coadjuvante no controle de dores agudas pós-
cirúrgicas e pós-traumáticas. De uma forma geral, a TENS não tem poder curativo. 
Entretanto, existem evidências de que a corrente elétrica aplicada externamente 
possa afetar a reparação tecidual, o que pode estar associado ao alívio da dor. 
(Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). 
Teoria sobre analgesia por TENS: é uma técnica de analgesia aplicada em 
uma variedade de frequências, intensidades e duração de pulso, classificada como 
alta freqüência (>50Hz), baixa freqüência (<10Hz) e burst (alta e baixa freqüência 
alternadas). (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). 
A TENS do tipo convencional é uma estimulação de alta freqüência (50 e 
150Hz) e baixa intensidade, que estimula de forma contínua as fibras nervosas de 
condução rápida. A intensidade não deve provocar contrações musculares, mas 
apenas percepção parestésica não-desagradável, ajustada de acordo com a 
sensibilidade do indivíduo. Acredita-se que a TENS promova analgesia 
predominantemente por meio do mecanismo do portão ou teoria das comportas, 
proposta por Melzack e Wall, que provoca analgesia mediante a ativação seletiva das 
fibras táteis de diâmetro largo (A-beta), sem ativar fibras nociceptivas de menor 
diâmetro (A-delta e C). A atividade gerada nas fibras A-beta inibe a atividade em curso 
dos neurônios nociceptivos no corno dorsal da medula espinal. (Witters D. Hinkley S. 
Lapp A. 1989). 
Teoria da comporta: estes interneurônios dependem da competição entre o 
estímulo nocivo e o proprioceptivo. Como a velocidade do estímulo proprioceptivo é 
maior, sua chegada no corno posterior irá ativar os interneurônios e facilitará a 
liberação de substâncias opioides e da GABA3,4. (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). 
Teoria dos opioides endógenos: a TENS de alta frequência produz analgesia 
pela ativação de mecanismos endógenos inibitórios no SNC envolvendo 
o opioide GABA, enquanto a TENS de baixa frequência usa a via inibitória clássica 
ativando além de GABA, a serotonina. (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). 
 
Principais indicações da TENS na prática Clínica 
 
A TENS pode ser usada em diversos casos, tanto no alívio da dor aguda (pós-
operatória, obstétrica, dismenorréica, musculoesquelética…) quanto no alívio da dor 
crônica (osteomusculares, inflamatórias, lesões nervosas, anginas pectoris, 
neuralgias…). Outros usos incluem o uso da TENS com efeitos antieméticos (redução 
de náusea pós-operatória associada com medicamentos opioides, náusea associada 
com quimioterapia, enjoo matinal e enjoo por movimento/viagem) e o uso para a 
melhora do fluxo sanguíneo (redução da isquemia devido à cirurgia reconstrutiva, 
redução dos sintomas associados com doença de Raynaud, neuropatia diabética e 
melhora da regeneração de feridas e úlceras). (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). 
 
Princípios físicos 
A TENS Convencional é o modo mais frequentemente usado de TENS, sendo 
denominado, também, como TENS sensorial ou de alta frequência/baixa intensidade. 
Com esse modo de estimulação é possível ativar, principalmente, as fibras nervosas 
aferentes do grupo II (Aβ), o que produz uma confortável sensação de parestesia, ou 
seja, trata-se de um efeito prioritariamente sensorial. Os parâmetros desse modo de 
estimulação são frequência alta (geralmente de 80 a 110 Hz), duração de pulso curta 
(50 a 100 µ s) e intensidade baixa. Vale a pena destacar que as evidências atuais 
demonstram que para uma analgesia efetiva a intensidade da estimulação não pode 
ser demasiadamente fraca. (Walsh DM.; 1997). 
O TENS Acupuntura, ou também denominada TENS de baixa frequência/alta 
intensidade, é uma forma de estimulação elétrica realizada com intensidade alta o 
suficiente para evocar contrações musculares visíveis em miótomos relacionados à 
área de dor. Nessa modalidade utiliza-se frequência abaixo de 10 Hz (geralmente 1-4 
Hz) e longa duração de pulso (~200 μs). Como a estimulação ocorre em nível motor, 
além da ativação das fibras do grupo II (Aβ) ocorre a ativação das fibras do grupo I 
(Aα), levando à produção de contrações musculares rítmicas. (Walsh DM.; 1997). 
O TENS breve e intenso é aplicado na maior intensidade suportada pelo 
paciente por um curto período (no máximo 15 minutos), em alta frequência (100-150 
Hz) e longa duração de pulso (150-250 µ s). Essa modalidade vem sendo utilizada 
para promover analgesia durante procedimentos dolorosos como troca de curativos, 
desbridamentos, punção venosa e remoção de suturas.19 Por ser uma técnica que 
causa desconforto ao paciente, não é a primeira escolha dos clínicos, sendo utilizada 
quando os outros modos não promovem os resultados satisfatórios na modulação da 
dor. (Walsh DM.; 1997). 
 
 
 Fonte: Resende L, Merriwether E, et al. 2018. 
Figura 13 - Aplicaçãoda TENS na região cervical (p. ex., cervicalgia unilateral em 
decorrência de síndrome dolorosa miofascial nas fibras descendentes do músculo trapézio. 
 
 
TENS na prática clínica 
Paciente Marina relata dor no ombro, irradiando até o cotovelo a mais de 3 
meses. Disse que dói muito quando dorme, que quando acordou percebeu que estava 
dormindo em cima do ombro e que a dor era forte, ela não soube identificar o ponto 
certo, as vezes na parte interna, lateral. Avaliando a característica da dor ela é crônica. 
Fizemos o uso do TENS de baixa frequência (Burst) por 20min. Foi colocado gel no 
eletrodo e em seguida colocado na área que a paciente estava sentido dor. 
Começamos com a intensidade nos dois primeiros eletrodos que estavam próximo ao 
ombro, depois fomos para os outros que estavam no cotovelo e antebraço. 
Houve alguns erros por parte da profissional que estava atendendo a paciente 
como: espalhar o gel com o dedo e não limpar a área com álcool antes de aplicar os 
eletrodos. 
A minha dúvida foi em como posicionar os eletrodos, mas a professora logo 
explicou como fazer e consegui executar. 
Situações em que a aplicação da TENS é contraindicada: Regiões internas do 
corpo como olhos, boca e órgãos reprodutores. Área cardíaca ou região torácica: em 
pacientes com doenças cardíacas como por exemplo, arritmias ou insuficiências 
cardíacas. Trombose venosa profunda ou trombo flebite: não se deve aplicar a TENS 
nos membros acometidos por essas afecções uma vez que pode promover o aumento 
da circulação sanguínea e a possibilidade de deslocamentos de trombos, causando 
embolia. Tumores malignos: são se conhece o efeito da TENS no crescimento de 
células cancerígenas ou metástases, assim, não deve ser administrada. No entanto, 
a TENS pode ser utilizada no tratamento da dor de pacientes em cuidados paliativos. 
Hemorragia: a TENS pode aumentar o fluxo sanguíneo e intensificar o sangramento 
em pacientes com hemorragias recentes ou áreas com sangramento tecidual ativo. 
Tecidos com infecção, feridas com osteomielite subjacente e tuberculose. Marca-
passo cardíaco ou (desfibriladores) implantados: estudos demonstraram que a TENS 
pode interferir no funcionamento de alguns marca-passos cardíacos e implantes 
elétricos ativos, portanto, não deve ser aplicada próximo ou sobre a região. Seio 
carotídeo: o seio carotídeo se encontra localizado na origem das artérias carótidas 
internas e contêm barorreceptores que detectam alterações na pressão arterial, 
assim, a estimulação com a TENS na região anterior do pescoço deve ser evitada 
uma vez que pode provocar quedas na frequência cardíaca e pressão arterial. Além 
disso, pode estimular os nervos vagos e frênicos e causar espasmos laríngeos. 
Convulsão: não utilizar na região da cabeça e pescoço de pacientes que apresentem 
convulsão. Gestação: ainda não existem evidências que comprovem que a aplicação 
de correntes elétricas no útero de gestantes seja segura. Assim, os eletrodos não 
devem ser posicionados no abdome, pelve, região lombar ou quadril (com exceção no 
trabalho de parto), principalmente durante o primeiro trimestre. (Walsh DM.; 1997). 
 
Corrente interferencial 
 
A corrente interferencial (Interferential Current, IFC) foi desenvolvida na década 
de 1950 pelo Dr. Hans Nemec, em Viena, tornando-se cada vez mais popular no Reino 
Unido durante a década de 1970. (Ganne JM.; 1976). 
A terapia interferencial consiste na aplicação transcutânea de correntes 
alternadas de média frequência (ou seja, entre 1 e 10 [kHz]), com amplitude modulada 
em baixa frequência (0 250 Hz), formando “pacotes” ou bursts de corrente, com 
finalidades terapêuticas. A corrente interferencial, portanto, é formada mesclando-se 
duas correntes de média frequência, que apresentam frequências ligeiramente 
distintas e que sofrem interferência. (Goats GC.; 1990). 
Ela tem a frequência relativamente alta, cerca de 4000 Hz, e é alternada. Por 
permitir a aplicação de duas correntes ao mesmo tempo (o que gera a emissão de 
uma terceira corrente), a terapia é indicada para melhora da dor, cicatrização, reparo 
dos tecidos e contração muscular. (Goats GC.; 1990). 
 
Diferença entre TENS e Corrente Interferencial 
 
 De acordo com esses estudos a TENS foi eficaz em reduzir dores agudas e 
crônicas, como em casos de osteoartrite de joelho, síndrome do túnel do carpo, dor 
pélvica crônica, dor neuropática, dismenorreia primária, histeroscopia, dor lombar 
crônica e dor pós-operatória. Para outras condições clínicas como bromialgia, dor 
lombar aguda, dor cervical, doença falciforme, tendinopatia do manguito rotador, dor 
fantasma e dor no coto são necessários mais ensaios clínicos controlados 
randomizados que tenham alta qualidade metodológica para certificar se a TENS deve 
ser utilizada. Além disso, estudos experimentais em animais e humanos e ensaios 
clínicos demonstraram que a TENS promove além de analgesia local, analgesia 
remota, ou seja, em locais distais a estimulação. (Gozani SN.; 2019). 
Corrente Interferencial é uma corrente utilizada na prática clínica, 
principalmente, para promover analgesia, produzir contração muscular e reduzir 
edemas. Atualmente é uma das correntes elétricas mais utilizadas em serviços de 
Fisioterapia em países como Canadá, Austrália e Inglaterra. Trata-se de um 
tratamento relativamente simples, não farmacológico e não invasivo. (Goats GC.; 
1990). 
Parâmetros ajustáveis da Corrente Interferencial 
 
Frequência portadora: os equipamentos de IFC normalmente permitem o 
ajuste da frequência portadora de 1 a 10 kHz. Geralmente utiliza-se a frequência de 2 
kHz para promover fortalecimento muscular e frequência de 4 kHz para promover 
analgesia. Isto porque, quando se utiliza a frequência de 2 kHz, a duração da fase da 
onda é de 250 microssegundos (µ s), e na frequência de 4 kHz a duração da fase da 
onda é 125 µ s. Assim, de acordo com as curvas força-duração, a duração de fase 
mais longa da frequência de 2 kHz é mais indicada para ativação de fibras nervosas 
motoras, enquanto a duração de fase menor da frequência de 4 kHz é mais adequada 
para a ativação de fibras nervosas sensitivas. A frequência de 1 kHz promoveu melhor 
efeito hipoalgésico quando comparada às frequências de 8 e 10 kHz. Contudo, foi 
observado que as frequências de 4, 8 e 10 kHz foram mais confortáveis comparadas 
às frequências de 1 e 2 kHz. (Goats GC.; 1990). 
AMF (frequência modulada): também conhecida como frequência de batida 
ou de batimento, foi considerada por muitos anos o principal parâmetro da IFC. 
Acreditava-se que esse parâmetro seria capaz de simular os efeitos produzidos pelas 
correntes de baixa frequência, sendo que, teoricamente, os componentes da média 
frequência seriam responsáveis por agir como correntes portadoras conduzindo a 
AMF de baixa frequência para o interior dos tecidos. A maioria dos equipamentos de 
IFC permite que a AMF seja ajustada entre 1 e 250 Hz e para cada efeito fisiológico e 
terapêutico desejado recomendava-se determinado valor de AMF. (Goats GC.; 1990). 
Delta F: na maior parte dos equipamentos da IFC, a AMF pode ser ajustada de 
duas formas: modo contínuo (constante) e modo frequência de varredura (∆ F ou 
sweep Frequency). Nessa, a AMF é aumentada e diminuída dentro de uma faixa 
(espectro) preestabelecida de forma automática e rítmica. O ∆ F é uma variação da 
AMF em que ocorrem aumentos e diminuições da frequência em padrões 
estabelecidos no equipamento. Portanto, se utilizada uma AMF de 100 Hz, com ∆ F 
de 50 Hz, a variação da AMF ocorrerá entre 100 e 150 Hz. É preconizado que o ∆ F 
seja ajustado com valor de 50 a 60% da AMF base, com exceção em casos crônicos, 
em que o ∆ F pode ser utilizado com valores iguais ou próximos da AMF base 
escolhida. O objetivo da frequência de varredura é prevenir ou reduzir a ocorrência de 
habituação sensorial no paciente. (Goats GC.; 1990). 
Slope: o padrão de varredura,também chamado de sweep mode ou slope, é 
caracterizado pelo aumento da AMF a partir da frequência mais baixa para a mais alta 
durante certo período. A esse ajuste seja feito pelo clínico. No padrão de varredura de 
6:6 (s), a AMF aumento da frequência mínima para a máxima durante o período de 6 
segundos e retorna à AMF base em mais 6 segundos. O padrão de varredura também 
pode ser de 1:5:1 (s). Nesse, a frequência aumenta em 1 segundo, passando por 
todos os valores do espectro, mantém-se por 5 segundos com o maior valor do 
espectro e retorna à AMF base em 1 segundo, passando novamente por todos os 
valores do espectro. No padrão de 1:1 (s), a AMF base é mantida por 1 segundo, 
segue para a frequência mais alta e permanece por 1 segundo. (Goats GC.; 1990). 
 
 
 Fonte: Guerra TEC, Bertolini GRF.;2012. 
 Figura 14 - Padrão de varredura de 6:6 (s). 
 
 
 
 
 Fonte: Guerra TEC, Bertolini GRF.;2012. 
 Figura 15 - Padrão de varredura de 1:5:1 (s). 
 
 
 
 
 Fonte: Guerra TEC, Bertolini GRF.;2012. 
 Figura 16 - Padrão de varredura de 1:1 (s). 
 
Intensidade: a maioria dos autores defende uma intensidade de corrente que 
produza uma sensação “forte, porém confortável" (Goats, 1990). 
Por definição, a estimulação “forte, porém confortável" deve ser determinada 
pelo relato do indivíduo e não pelas regulagens da intensidade do pico de corrente. A 
intensidade deve ser lentamente aumentada até que o paciente indique que a 
sensação almejada foi atingida. O ajuste periódico da intensidade é recomendado 
para compensar qualquer adaptação (Goats, 1990). 
 
Tempo de tratamento: Tem-se sugerido dez a quinze minutos de tratamento 
com IC, com não mais de 20 minutos para uma área (Savage, 1984). Contudo, a 
elaboração dessas durações de tratamento recomendadas e clinicamente usadas tem 
uma base teórica obscura e pode ser resultado de restrições práticas, e não de uma 
base científica. Há alguma evidência de que a IC tenha efeitos de curta duração, com 
o aumento do limiar à dor induzida experimentalmente pelo frio retornando aos valores 
basais dentro de 10 a 20 minutos (Johnson e Tabasam, 1999). 
Com base no conhecimento existente, as recomendações sobre durações 
específicas dos tratamentos são potencialmente enganosas. As restrições de tempo 
nos estabelecimentos clínicos normalmente limitam o uso da IC a 10-20 minutos. 
(McQuay et al., 1997). 
 
Mecanismo de analgesia 
 
Teoria de comporta: A teoria mais utilizada para explicar os mecanismos 
envolvidos na analgesia promovida pela IFC é a Teoria das Comportas da dor. De 
acordo com essa teoria, os estímulos sensoriais ativam fibras não nociceptivas (fibras 
Aβ) e essas ativam interneurônios que inibem a transmissão do impulso nervoso das 
fibras nociceptivas no corno posterior da medula espinal (fibras Aδ e C), gerando 
analgesia localizada. Outros mecanismos de analgesia têm sido sugeridos, como o 
aumento do fluxo sanguíneo, que poderia remover substâncias algogênicas do sítio 
de lesão, ativação de vias analgésicas descendentes, bloqueio fisiológico da 
condução nervosa das fibras de dor e efeito placebo. No entanto, esses mecanismos 
sugeridos ainda não foram confirmados em estudos experimentais e clínicos. (Palmer 
S, Martin D.; 2003. 
Contraindicações: as contraindicações em relação ao uso da IFC são 
semelhantes a outras formas de estimulação com corrente elétrica. Algumas 
contraindicações são: portadores de marca-passo, trombose venosa profunda, 
câncer, útero gravídico e portadores de doenças cardíacas. Além disso, é necessário 
precaução ao aplicar a corrente em indivíduos que tenham alteração de sensibilidade 
ou alergia no local de aplicação dos eletrodos. (Palmer S, Martin D.; 2003). 
 
 
 Fonte: Bear, M. et al. 2017 
 Figura 17 - Teoria das comportas da dor. 
 
 
Caso Clínico sala de aula dia 11/05/2024. 
 
M.S.A, sexo masculino, 40 anos, tabagista, advogado, submetido a uma 
revascularização do miocárdio e ainda em sala de recuperação se queixou de dor 
(EVA 7), na região do esterno. 
Foi usado no paciente a frequência portadora de 4 khz para gerar analgesia 
com AMF de 120 Hz, foi recomendado frequência de varredura de ∆F 70Hz (60% 
AMF), usamos a padrão de varredura 6꞉6, com a técnica estático bipolar. 
 
 
 Arquivo pessoal 
 
Aula 3 – Roteiro 1 
Correntes Excitomotoras (FES/ Russa/ Aussie) 
 
As correntes elétricas terapêuticas que recrutam muitas unidades motoras 
(particularmente as maiores) com uma taxa de ativação alta são as formas de NMES 
mais efetivas para produzir um aumento de força. A chamada corrente russa é um 
exemplo de características de estimulação efetivas para aumentar a força muscular; 
outras formas de onda com características apropriadas podem ser equivalentes ou 
mais efetiva. (Bélanger A. 2015). 
 Estimulação elétrica neuromuscular (Neuromuscular Electrical Stimulation – 
NMES) é o termo convencional para descrever o uso da eletroestimulação para 
promover ganhos de força muscular ou prevenir a perda de força e massa muscular 
(ou seja, prevenir atrofia). Estimulação elétrica funcional (Functional Electrical 
Stimulation – FES) é o termo usado quando a eletroestimulação é usada para 
promover contrações musculares que facilitem ou auxiliem no desempenho de algum 
tipo de atividade funcional que faz parte do programa de reabilitação. O objetivo 
primário da FES é promover a função motora pela substituição ou auxílio a uma 
capacidade voluntária de um paciente para executar ou controlar as funções 
prejudicadas, como aperto de mão, andar ou manutenção de determinada postura. 
(Bélanger A. 2015). 
1. Estimulação Elétrica Funcional (FES): são uma corrente alternada de 
baixa frequência, tipo excito motor que provoca contração muscular utilizada 
em terapias específicas por profissionais da fisioterapia e estética através 
de eletrodos sobre a pele do paciente. A corrente gera pulsos elétricos, bifásicos, não 
polarizados, que variam geralmente na frequência, na configuração do pulso, simetria 
ou assimetria e nas modulações e possui alta resistência do tecido e uma baixa 
profundidade de penetração devido a sua baixa frequência. Há controvérsias em 
relação ao que seria definido como baixa, média e alta frequência. (Kitchen, Sheila; 
2003). 
a. Descrição da Corrente e os parâmetros: A FES é aplicada em formas de 
onda que se caracterizam por três parâmetros: frequência, amplitude e 
largura de pulso. A força de contração do músculo é controlada pela 
manipulação desses parâmetros. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_el%C3%A9trica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contra%C3%A7%C3%A3o_muscular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/El%C3%A9trodo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pulso_el%C3%A9trico&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apolar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apolar
 
De acordo com Petrofsky (2004) e Agne (2005) as frequências de estimulação 
inferiores a 20 Hz são ineficazes para geração de movimentos funcionais, enquanto 
as superiores a 70 Hz, segundo Packman-Braun (1988), provocam desconforto 
sensorial em pessoas hígidas. Escolheu-se a frequência de estimulação típica igual a 
50Hz, podendo ser variada entre 50Hz e 100Hz, de acordo com a preferência do 
voluntário,ou seja, se o voluntário percebesse que uma frequência diferente de 50Hz, 
mas entre 50Hz e 100Hz fosse mais confortável, essa seria a frequência usada. 
A amplitude e a largura dos pulsos estão relacionadas ao recrutamento das 
fibras musculares que serão excitadas e a frequência dos pulsos controla a taxa de 
disparo das unidades motoras (Nathan; Tavi, 1990). 
Os parâmetros para modular são : largura da onda (t ou w em torno de 100 
microssegundos), freqüência ( f = 100Hz), intensidade (i = vibração sem causar 
beliscões). Tempo (T = 30 minutos) e o repouso (r ). (Nathan; Tavi, 1990). 
 
 
 Fonte: Livro texto 
 Figura 18 - Controle do aparelho de baixa frequência. 
 
 
b. Técnica de aplicação dos eletrodos 
- Técnica mioenergéntica e Técnica ponto motor (localização do ponto): 
existem duas técnicas conhecidas de colocação dos eletrodos. Em uma delas, 
chamada “mioenergéntica”, coloca-se um eletrodo no início do ventre muscular e outro 
do mesmo canal mais distal, nesse mesmo músculo. A outra técnica é chamada de 
“ponto motor”, colocando-se um eletrodo no ponto motor de determinado músculo e o 
outro mais proximal, preferencialmente no mesmo músculo. (Ward AR. 2009). 
c. Prática Segura de eletroestimulação: Avaliar o paciente como um todo. 
Posicionar o paciente no leito, cadeira ou em pé. Determina os parâmetros da corrente 
como forma de impulso (retangular ou sensorial), frequência dos impulsos em 
ON/OFF, tempo da sessão bem como o tipo, tamanho e quantidade de eletrodos a 
serem empregados. Determinar a posição correta dos eletrodos, respeitando o ponto 
motor muscular. Limpar a região e se necessário retirar o excesso de pelos que ficarão 
sob os eletrodos. Antes de iniciar explicar para o paciente as sensações percebidas 
durante a eletroestimulação. Ligar o equipamento e gradativamente incrementar a 
intensidade da corrente. Na percepção de dor, fadiga ou impossibilidade em continuar 
a eletroestimulação, o fisioterapeuta deve interromper o tratamento e reavaliar os 
parâmetros. (Ward AR. 2009). 
d. Indicações: a eletroterapia pode ser utilizada para paralisia medular, pós 
AVE (Acidente Vascular Encefálico), incontinência urinária e fecal, contratura 
muscular ou afecções estéticas com o objetivo de diminuir gordura localizada e 
celulite, melhorar contorno corporal através do estímulo de contração muscular, ... 
Precaução: Deve ser aplicada com cautela sobre áreas anestésicas para melhorar a 
cicatrização ou aumentar a força muscular em pessoas com lesões neurológicas como 
AVC: Contraindicação: esse tipo de tratamento não deve ser feito por pessoas com 
marcapasso, ou sobre o coração, seio carotídeo, em caso de espasticidade, se houver 
lesão no nervo periférico da região. (Ward AR. 2009). 
e. Eletroestimulação em condições neurológicas 
- Subluxação do ombro após acidente vascular cerebral: A aplicação da 
eletroestimulação em pacientes com subluxação do ombro decorrente de hemiplegia 
após AVC pode ser iniciada assim que a flacidez de ombro ocorrer e antes que a dor 
se manifeste. O protocolo de eletroestimulação pode ser iniciado com segurança de 
24 e 72 horas após a lesão. (Barker, R. N; Brauer, S. G; Carson, R. G; 2008). 
A aplicação para este caso deve ser feita no ventre muscular do supraespinhal 
e deltoide posterior. As fibras musculares do trapézio devem ser evitadas, pois elevam 
a escapula e não é o objetivo da aplicação. (Barker, R. N; Brauer, S. G; Carson, R. G; 
2008). 
- Funcionalidade do membro superior: A eletroestimulação também pode ser 
utilizada nos extensores de punho e de dedos após AVC, visto a lesão alterar o 
sinergismo muscular entre flexores e extensores de punho e de dedos e implicar nas 
funções do membro superior. O uso pode evitar atrofia e contraturas por desuso e 
incentivar o uso funcional da mão parética. (Barker, R. N; Brauer, S. G; Carson, R. G; 
2008). 
- Funcionalidade dos membros inferiores: A eletroestimulação pode ser 
utilizada nos membros inferiores em pacientes após AVC, que evoluem com queda 
do pé, caracterizada por incapacidade de realizar dorsiflexão do tornozelo. Essa 
característica altera a velocidade da marcha, aumenta o gasto energético e o risco de 
quedas. . (Barker, R. N; Brauer, S. G; Carson, R. G; 2008). 
- Controle de espasticidade: A espasticidade (também chamada de hipertonia 
espástica) é uma consequência complexa das lesões neurológicas e leva o paciente 
a dor, luxação, encurtamentos, deformidades, paralisia dos movimentos e 
incapacidade funcional. Uma das técnicas utilizadas pela fisioterapia na reabilitação 
após o AVC é a Eletroestimulação, sua atuação consiste na recuperação da 
funcionalidade do paciente por meio da estimulação das fibras musculares para 
produção de contrações através de uma corrente elétrica, possibilitando um aumento 
da força muscular além de auxiliar na melhoria da espasticidade (SILVA et al, 2021). 
- Tratamento da escoliose: A escoliose é uma deformidade da coluna vertebral 
bastante complexa, caracterizada por um desvio tridimensional o qual promove uma 
torção generalizada, podendo gerar um desvio lateral no plano frontal, rotação 
vertebral no plano axial e ocorrência de lordose ou cifose no plano sagital . Estudos 
utilizando a eletroestimulação verificaram resultados satisfatórios nessa população e 
pode ser utilizada, desde que os pacientes satisfaçam os seguintes critérios de 
seleção: Curvas medindo 20° a 45° pelo ângulo de Cobb; • Pelo menos um ano de 
crescimento espinal remanescente; • Uma curva de natureza idiopática e progressiva; 
• Cooperativo e psicologicamente estável; • Condescendente e tolerante com a 
estimulação. A tabela a seguir demonstra os parâmetros recomendados para essa 
população. (Penha, P. J., Penha, N. L. J., 2017). 
 
f. Eletroestimulação em condições musculoesqueléticas 
- Tratamento conservador e pós – operatório de reconstrução do ligamento 
cruzado anterior do joelho: A fisioterapia procura sempre métodos que sejam capazes 
de reestabelecer as amplitudes para a recuperação da marcha funcional o mais 
precoce possível. Com isso, a utilização de correntes de eletroestimulação muscular, 
como a corrente AUSIE, busca os efeitos tanto de fortalecimento de musculatura de 
quadríceps quanto no ganho de amplitude de movimento do joelho quando associado 
a um movimento de extensão após a reconstrução do ligamento cruzado anterior. 
Uma das formas de treinamento para fortalecimento muscular e associado a 
flexibilidade. Alguns exercícios priorizam fortalecimento de adutores e abdutores, 
glúteo médio e mínimo, fortalecimento de quadríceps, mobilização de articulação de 
quadril, joelho, tornozelo, tríceps Sural. (Penha, P. J., Penha, N. L. J., 2017). 
- Síndrome da dor femoropatelar: síndrome da Dor Femoropatelar (SDFP) pode 
ser ocasionada por um desequilíbrio biomecânico, que atinge a articulação do 
joelho. O paciente que desenvolve a síndrome da dor femoropatelar queixa-se de dor 
ao subir e descer escadas, agachar e saltar e até mesmo ao ficar sentado por um 
longo período. Outros sintomas incluem os estalos ao andar e correr e “sensação de 
areia” dentro da articulação. O tratamento é conservador e primordialmente 
fisioterapêutico, visando o alívio das dores através de recursos de 
Eletrotermofototerapia (laser, gelo, terapia combinada) e melhorar o deslizamento da 
patela sobre o sulco troclear no fêmur, utilizando exercícios de fortalecimento 
muscular, controle motor e correções biomecânicas. (Penha, P. J., Penha, N. L. J., 
2017). 
 - Artrite degenerativa ou osteoartrose de joelho: é um processo degenerativo 
que pode ou não estar ligado a processos inflamatórios. Ela ocorre pela perda da 
homeostasia da unidade funcional menisco-cartilagem-osso subcondral e tem 
evolução progressiva, com perda de cartilagem e mais tardiamente de tecido ósseo.Ela é classificada segundo sua etiologia como primária quando o fator causal é 
desconhecido, ou secundária, quando ocorre em decorrência de patologias 
inflamatórias ou sequelas de lesões menisco ligamentares, fratura ou infecção, por 
exemplo. Muitas pesquisas demonstraram que a estimulação elétrica pode modular a 
dor. A aplicação recomendada para esses pacientes são dois eletrodos grandes, um 
sobre a região proximal do quadríceps e outro distal, sobre o vasto medial e lateral. 
Essa forma de aplicação não leva em consideração a densidade de corrente durante 
a aplicação da eletroestimulação, ou seja, a quantidade de corrente por área de 
condução. As principais vantagens na aplicação do recurso nessa população são: 
melhora da força muscular, aumento da função autorrelatada pelo paciente através 
de questionários e através de testes funcionais e melhora da dor. (LOW, J.; REED, A. 
2001). 
 
 
- Substituição total da articulação: A evolução da osteoartrose, com a falha do 
tratamento conservador, é a substituição total da articulação acometida por uma 
prótese. As mais comuns são artroplastia total de joelho, artroplastia total ou parcial 
de quadril, artroplastia de tornozelo e ombro. Após a intervenção cirúrgica, o processo 
descrito anteriormente de inibição muscular artrogênica ocorre; além disso, a fraqueza 
muscular antes da intervenção cirúrgica também é um fator que deve ser revertido, 
portanto a eletroestimulação é um recurso muito importante associado ao exercício. 
(LOW, J.; REED, A. 2001). 
 
2. Corrente Russa 
Aplica-se aos estimuladores nos quais uma saída contínua de corrente de onda 
sinusóide de aproximadamente 2.500 a 5.000 Hz é modulada de forma a produzir 50 
bursts por segundo (bps). Cada burst é, na verdade, um pulso polifásico. As 
características importantes da corrente de um ponto de vista estritamente eletrônico, 
a corrente russa pode ser definida como uma CA modulada em tempo.(Adnes, J. E. 
2005). 
 
Fonte: Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia 
Figura 19 - Corrente russa. Notar que, ao serem introduzidos intervalos interbursts, 
reduz-se a corrente RMSA. 
 
 
a – Descrição de Parâmetros e as características especificas da corrente: 
Parâmetros da corrente russa Frequência portadora: 2500hz a 5000hz Frequência de 
modulação: 10 a 150hz Intensidade: 0 a 150mA Tempo on: 1 a 30Seg Tempo off: 1 a 
60hz Tempo de sessão acima de 60hz. (Adnes, J. E. 2005). 
 
https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia
 
 
 Fonte: Livro texto 
 Figura 20 - Controles em aparelho de corrente russa digital. 
 
b – Corrente russa em condições ortopédicas: No pós-operatório de cirurgias 
reparadoras de ruptura do Ligamento Cruzado Anterior (LCA), é comum a 
apresentação de déficit de força e hipotrofia da musculatura da coxa. A corrente Russa 
vem sendo utilizada como uma boa alternativa na reabilitação focada no 
fortalecimento e aumento do trofismo, visto que a estimulação elétrica neuromuscular 
ativa ramos intramusculares dos motos neurônios, induzindo a contração muscular. 
Objetivo: Verificar a resposta da musculatura extensora e flexora da coxa decorrente 
da utilização da corrente Russa através da avaliação da força, trofismo e marcha em 
pacientes que foram submetidos a cirurgia de reconstrução de LCA. (Adnes, J. E. 
2005). 
c – Corrente Russa em condições cardiorrespiratórias: pacientes com DPOC 
com retenção de secreção devem ser ensinados a respeito de técnicas apropriadas 
para remover secreções adequadamente. É tarefa do fisioterapeuta selecionar a 
técnica adequada ou a combinação de técnicas, baseando-se na observação clínica, 
como na ausência de força expiratória e no colapso traqueobrônquico. Pacientes 
devem ser ensinados e encorajados a usar estas técnicas sem supervisão. O grupo 
eletroestimulação realizou os mesmos exercícios do grupo fisioterapia convencional e 
utilizou a corrente russa com frequência portadora de 2.500 Hz, frequência de 5 Hz 
por 5 minutos com o objetivo de condicionamento muscular, 40 Hz por 10 minutos 
para treino de fibras musculares de contração lenta, 120 Hz por 5 minutos para treino 
de fibras de contração rápida e finalizando com 5 Hz por 5 minutos para relaxamento 
muscular. O tempo de subida e descida estipulado foi de 1 segundo, com o tempo 
ativo de 4 segundos ocorrendo durante a fase expiratória e o tempo inativo de 1 
segundo para a fase inspiratória. (Jones I, Johnson MI. 2009). 
3. Corrente Aussie: é uma corrente elétrica terapêutica alternada com 
freqüência na faixa de kHz com alguma semelhança em relação à terapia 
interferencial e corrente Russa. A diferença está no valor da corrente de kHz utilizada 
bem como no formato de onda. Evidências recentes sobre a corrente Aussie (corrente 
Australiana) mais recentemente Ward et al. (2004) mensuraram a produção de torque 
bem como o desconforto produzido por correntes alternadas de freqüência de kHz 
(500 Hz a 20 kHz). Os autores também compararam variações de Bursts para ciclos 
de pulsos individuais de corrente alternada (corrente pulsada bifásica) com Bursts de 
duração máxima (corrente alternada constante). Os autores encontraram que para a 
produção de torque máximo, a freqüência de pulso de 1kHz e a duração de Bursts de 
2-2,5ms foram as melhores. Assim, pode-se notar que a Corrente Aussie (corrente 
Australiana) deve ser utilizada quando os objetivos terapêuticos forem a estimulação 
sensorial e nesse caso a modulação da dor pode ser alcançada bem como para se 
conseguir a estimulação motora eficiente por meio da ativação dos motos neurônios. 
Para a estimulação sensorial a freqüência de 4 kHz e modulação em Bursts com 
duração de 4 ms devem ser utilizadas. Já para a estimulação motora a freqüência de 
1 kHz e modulação em Bursts com duração de 2 ms deve ser eleita. (Martín R. 2008). 
a. Descrição de parâmetros e características especificas da corrente: • 
frequência portadora; • frequência de modulação; • duração do burst; • tempo ativo; • 
tempo inativo; • tempo de subida; • tempo de descida; • intensidade; • tempo de 
aplicação. (Martín R. 2008). 
 
 Caso Clínico sala de aula dia 13/04/2024. 
Paciente 32 anos apresenta escoliose idiopática, curvatura para a direita. Foi 
indicado tratamento com FES (Estimulação Elétrica Funcional), corrente exitomotora 
de baixa frequência. 
Foi realizado o procedimento com FES de baixa intensidade para estimular os 
músculos específicos afetados pela escoliose. Foi feito através de eletrodos colocados 
na pele sobre os músculos que precisam ser fortalecidos. Os parâmetros utilizados 
foram: Frequência: 35Hz, largura do pulso: 250us, intensidade da corrente: ajustada 
individualmente de acordo com a tolerância da paciente, ficando abaixo do limiar de 
dor, tempo de estimulação: 10min. Os parâmetros foram ajustados de acordo com a 
resposta da paciente ao tratamento. Este tipo de tratamento pode ajudar a fortalecer 
os músculos para corrigir a curvatura da escoliose e melhorar a postura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 
Concluindo, a eletroterapia é uma ferramenta fundamental na prática da 
fisioterapia, oferecendo uma variedade de modalidades que podem ser adaptadas 
para atender às necessidades especificas de cada paciente. Seu uso pode promover 
analgesia, redução da inflamação, fortalecimento muscular e acelerar o processo de 
recuperação. No entanto, é crucial que os profissionais de saúde estejam 
devidamente capacitados para utilizar essas técnicas de forma segura e eficaz, 
respeitando sempre as indicações e contraindicações de cada modalidade. A 
integração da eletroterapia com outras técnicas fisioterapêuticas pode potencializar 
os resultados e proporcionar um tratamentomais completo e individualizado aos 
pacientes. 
 
 
 
 
 
 
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