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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO AULAS PRÁTICAS Curso: Fisioterapia Disciplina: Eletroterapia Aluno: Kátia Cilene santos Vasconcellos R.A: 2223703 Polo: Brasília DF – Asa Sul Data: 24/02 - 09/04 - 13/04 - 11/05 e 07/06/2014. Mobile User Sumário 1. Introdução 2. Aula 1 Roteiro 1: Introdução a Eletroterapia 3. Aula 2 Roteiro 2: Fisiologia da dor /TENS /Interferencial 4. Aula 3 Roteiro 3: Correntes Excitomotoras (FES/ RUSSA/ AUSSIE) 5. Conclusão Introdução A estimulação elétrica é utilizada como fisioterapia para diversas patologias. Além da patologia tratada, o terapeuta também deve conhecer o mecanismo pelo qual a estimulação elétrica afeta os tecidos. A eletroterapia desempenha um papel crucial na prática da fisioterapia, oferendo uma variedade de opções para alívio da dor e reabilitação. Este campo abrange uma gama de tipos de correntes elétricas, cada uma com seus próprios mecanismos de ação e aplicações clínicas especificas. Para atender completamente seu impacto, é essencial explorar a fisiologia da dor e como essas correntes podem intervir nesse processo. Entre as correntes mais comuns estão o Tens, onde os eletrodos são colocados na pele sobre área afetada pela dor, e a corrente é ajustada para fornecer alívio da dor através da estimulação dos nervos periféricos. Já o Interferencial envolve a sobreposição de duas correntes de média frequência para penetrar mais profundamente nos tecidos, muitas vezes utilizando a técnica de varredura para abranger uma área mais ampla. A FES, é frequentemente usada para promover contração muscular em pacientes com fraqueza muscular ou lesões neurológicas, onde os eletrodos são colocados estrategicamente para estimular os músculos específicos se contraírem. Na corrente russa, por sua vez ela é empregada para fortalecimento muscular e tonificação, com eletrodos colocados em locais estratégicos para minimizar os resultados. Vimos que na corrente Aussie, ela é conhecida por sua capacidade de penetrar profundamente nos tecidos musculares, sendo útil para alívio da dor, reabilitação e fortalecimento muscular. Em todas essas modalidades, a configuração dos parâmetros da corrente, como frequência, intensidade e duração, é ajustada de acordo com a condição do paciente e os objetivos terapêuticos estabelecidos pelo fisioterapeuta. Aula 1 - Roteiro 1 Introdução à eletroterapia 1.Conceitos fundamentais em eletricidade e suas relações com a eletroterapia a. Eletricidade: é definida como uma forma básica de energia e pode produzir efeitos significativos sobre os tecidos biológicos. (Robinson e Snyder- Mackler; 2010). A matéria é feita de átomos, com um átomo sendo a menor partícula de um elemento que pode ser identificada como sendo daquele elemento. O átomo é feito de um núcleo central carregado positivamente (constituído de prótons carregados positivamente e nêutrons sem carga), com partículas carregadas negativamente (elétrons) orbitando ao seu redor, lembrando um sistema solar em miniatura. (KITCHEN, 2003). b. Carga elétrica: definida como a propriedade básica da matéria carregada por algumas partículas elementares que governa como essas partículas são afetadas por um campo elétrico ou magnético. (KITCHEN, 2003). c. Íons: Um átomo que não está mais em seu estado neutro original. Um íon negativo é um átomo que ganhou um ou mais elétrons, apresentando então uma carga líquida negativa; um íon positivo é um átomo que perdeu um ou mais elétrons, tornando-se carregado positivamente. Os íons estão presentes em soluções eletrolíticas de ácidos, bases e sais, tais como aqueles que compõem os tecidos biológicos. (KITCHEN, 2003). d. Cátodos e ânodos: O cátodo é o eletrodo com carga negativa, que sofre uma reação de redução na reação química, onde seu estado de oxidação é reduzido quando recebe elétrons. Os cátions (elétrons com carga positiva) se dirigem ao cátodo (polo negativo). Ânodo é o eletrodo que perde elétrons em uma reação de oxidação, m0as nem sempre é o caso. Os ânions (elétrons com carga negativa) se dirigem ao ânodo (polo positivo). Nas células galvânicas, com um condutor metálico, a corrente gerada na reação segue o caminho do polo positivo para o negativo. (KITCHEN, 2003). e. Campo Elétrico: É definida como força por unidade de carga em uma partícula colocada no campo. o campo de força provocado pela ação de cargas elétricas, (elétrons, prótons ou íons) ou por sistemas delas. Cargas elétricas colocadas num campo elétrico estão sujeitas à ação de forças elétricas, de atração e repulsão. (YOUNG, H.D.; FREEDMAN, R.A.;2009). Fonte: https://osfundamentosdafisica.blogspot.com Figura 1 – Campo elétrico f. Voltagem: também conhecida como diferença de potencial (ddp) ou simplesmente tensão. É a força impulsora que induz aos elétrons a deslocarem-se de uma região com excesso para outra com falta, é conhecida também corno força eletromotriz. Está representada pela letra V. (Ripka P.; 2010). g. Corrente elétrica: é definida como a quantidade de carga (elétrons ou íons) que flui, por segundo, em um condutor, em determinada direção, geralmente medida em ampères15 ou miliamperes (mA). Para que o fluxo ocorra, é necessário que haja uma força “impulsionando” as cargas (chamada de força eletromotriz). (Ripka P 2010). h. Condutores e isolantes: Condutores e isolantes são materiais elétricos que se comportam de maneiras opostas no que respeita à passagem de corrente elétrica. Enquanto os condutores permitem a movimentação dos elétrons ou íons, os isolantes dificultam essa movimentação, ou seja, a passagem da eletricidade. (HALLIDAY, DAVID. 2009). https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_(f%C3%ADsica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Carga_el%C3%A9trica https://pt.wikipedia.org/wiki/Carga_el%C3%A9trica https://pt.wikipedia.org/wiki/El%C3%A9tron https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%B3ton https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Don https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_el%C3%A9trica https://osfundamentosdafisica.blogspot.com/ I. Resistencia e condutância: Resistência reduz ou impede o fluxo de corrente, enquanto condutância permite que a corrente passe. O termo condutância é o inverso dessa expressão, define a resistência como a razão de tensão sobre corrente. É a razão da corrente sobre tensão. A unidade de condutância é o Siemens, abreviado S. (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010). 2. Classificação das correntes elétricas terapêuticas a. Tipos de corrente eletroterapêuticas I. Continua: define corrente contínua (CC) (polarizada) como aquela que tem sempre o mesmo sentido, de um polo a outro, podendo variar sua intensidade no tempo. o fluxo deve continuar ininterrupto por, no mínimo, um segundo para ser considerada corrente contínua. Os elétrons se mexem de acordo com a polaridade, sendo que sob o eletrodo negativo acontece uma reação básica forte e sob o eletrodo positivo ocorre uma reação ácida fraca, mecanismo este que faz com que ocorra uma modificação no metabolismo celular. (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010). II. Corrente alternada: (CA) (despolarizada) é quando a polaridade dos elétrons da fonte muda de forma periódica no tempo, e em consequência mudando também o sentido de circulação dos elétrons. Essa é uma corrente elétrica sem polaridade definida, pois apresenta pulsos balanceados. Ideal para atividade exitomotora. (AGNE, 2006). III. Correntepulsada: As correntes pulsadas distinguem-se das demais, por possuir um fluxo unidirecional ou bidirecional de partículas carregadas, que periodicamente são interrompidas, por um período finito. Estas por sua vez, são caracterizadas pela presença de uma unidade elementar, definida como pulso elétrico. (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010). Fonte: http://eletro90.blogspot.com.br/2013. Figura 2 – Corrente continua, alternada e pulsada. http://eletro90.blogspot.com.br/2013 b. Características descritivas das correntes alternadas e pulsadas I. Número de fases O termo refere-se ao fluxo de corrente unidirecional em um diagrama corrente/tempo. Um pulso que se afasta da linha de corrente zero (linha base) em apenas uma direção, é chamada de monofásico. Em um pulso monofásico as partículas carregadas no meio condutor movem-se brevemente em uma direção, de acordo com a sua carga, depois param. (KASATKIN; PERELALIN,1960). Um pulso que se afasta da linha base primeiro em uma direção e depois na direção oposta é chamado de bifásico. Este tipo de pulso pode ser produzido pela interrupção intermitente de uma fonte de voltagem alternada, aplicada a um circuito elétrico. Em pulso bifásico, as partículas carregadas movem-se primeiro em uma direção e depois se movem para trás na direção oposta. (KASATKIN; PERELALIN,1960). II. Simetria Para pulsos bifásicos ou ciclos de CA, a maneira na qual a cargas se move para trás e para frente pode ou não ser a mesma. Se a maneira na qual, a amplitude de corrente varia durante o tempo para a primeira fase de uma forma de onda bifásica, é idêntica em natureza, mas oposta na direção daquela da segunda fase, a forma de onda bifásica é descrita como simetria. Para formas de ondas bifásicas simétricas, a quantidade total de corrente para uma fase é igual ao valor absoluto da corrente total que flui na segunda fase. Essa condição pode ou não ser verdadeira para formas de onda bifásicas assimétricas. (HAAR, 2003; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2001). Fonte: ROBINSON, SNYDER-MACKLER, 2001. Figura 3 – Características de forma de onda de corrente pulsada e alternada. III. Equilíbrio Dito de forma mais simples, se a área sob a primeira fase de uma forma de onda bifásica não é a mesma que a área sob a segunda fase, a forma de onda é chamada desequilibrada. Se a área sob a primeira fase de uma forma de onda bifásica for igual à área sob a segunda fase, a forma de onda é descrita como equilibrada. A partir de uma perspectiva clínica, o uso de formas de onda desiquilibrada pode resultar em diferenças notáveis na sensação de estimulação sob eletrodos de superfície. (HAAR, 2003; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2001). IV. Forma Uma abordagem descritiva muito comum para a caracterização de formas de ondas pulsadas e CA é o uso de termos para indicar a forma geométrica das fases do pulso, ou o ciclo como elas aparecem no gráfico da corrente (ou voltagem), versus tempo. Designação de formas frequentemente encontradas na literatura profissional e comercial inclui: retangular, quadrada, triangular, dente de serra e pontiaguda. Alternativamente as formas podem ser baseadas na função matemática que daria origem a um gráfico (ou parte de um gráfico) de forma similar. Dois exemplos de tais designações são formas de ondas baseadas em mudanças sinusoidal ou exponencial na corrente (ou voltagem) durante o tempo. A figura acima ilustra várias formas de ondas comuns. (MILLMAN; TAUB, 1965; NELSON; HAYES; CURRIER, 2003). C. Descrição de correntes pulsadas ou alternadas por meio das características qualitativas. A partir do exame das formas de onda, primeiro determina-se que tipo de corrente é mostrada. Depois, o número de fases da forma de onda é determinado, seguindo pela assimetria e pelo equilíbrio de carga para formas de onda bifásicas. Finalmente, uma designação de forma pode ser nomeada para todo pulso ou muitas vezes para a primeira fase de pulsos bifásicos. (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2001). D. características descritivas das correntes alternadas e pulsadas. As características qualitativas e quantitativas dos pulsos de corrente (ou um único ciclo de CA), são mais facilmente compreendidas, examinando-se graficamente as mudanças de amplitude de corrente que ocorrem durante o tempo. A forma da apresentação visual de um pulso único, ou ciclo de CA em um diagrama de corrente versus tempo (ou voltagem versus tempo) é chamado de forma de onda. Um pulso único ou ciclo número de tipos de formas de onda de corrente pulsada ou CA pode ser gerado nos condutores. Um pulso único ou ciclo de CA pode ser evidenciado por suas características dependentes da amplitude e do tempo, assim como várias outras características descritivas. (LOW; REED, 2001; STILL WELL, 1984; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2001). E. Características de pulsos únicos. As formas de onda de corrente pulsada ou correntes alternadas são classificadas quantitativamente com base em variáveis relacionadas tanto à amplitude quanto ao tempo. - Amplitude máxima: a corrente (voltagem) máxima alcançada em um pulso monofásico ou para cada fase em um pulso bifásico. - Amplitude entre picos: a corrente (voltagem) máxima medida de pico da primeira fase até o pico da segunda fase de um pulso bifásico. Desses dois métodos de medir amplitude de corrente(voltagem), a amplitude máxima de cada fase e recomendada outras maneiras para descrever amplitude de corrente, tal como amplitude eficaz (RMS ou eficaz) ou corrente média por unidade de tempo depende da forma de onda examinada. (LANGFORD-SMITH, 1953). Fonte: ROBINSON, SNYDER-MACKLER, 2001. Figura 4 – Amplitude de correntes máxima e entre picos. 3. Corrente galvânica ou corrente direta terapêutica É um tipo de corrente polarizada, unidirecional, ou seja, os elétrons caminham em um só sentido do polo negativo para o positivo. Sendo assim, essa corrente produz um efeito eletroquímico. Antes de aplicar esse tipo de corrente, é necessário se atentar ao local de aplicação de cada polo e ao tipo de molécula que cada um desses polos atrai, não devendo esquecer que o polo negativo atrai os íons positivos, e vice-versa. O polo negativo atua produzindo reação alcalina e hiperemia, repelindo íons negativos, atraindo íons positivos, fazendo vasodilatação, fluidificando e hidratando os tecidos e estimulando a circulação. Já o polo positivo atua produzindo reação ácida, repelindo os íons positivos e atraindo os negativos, promovendo a vasoconstrição, reduzindo a hiperemia de forma difusa, desidratando e endurecendo os tecidos e tendo efeito bactericida, anti-inflamatório e analgésico. Essa corrente utiliza eletrodos metálicos com esponja umedecida, fixados com ataduras e fitas adesivas. (LOW; REED, 2001). Efeitos fisiológicos e terapêuticos da corrente galvânica ou corrente direta I. Estimulação sensorial a. A passagem da corrente galvânica pela pele do paciente promoverá leve sensação de formigamento ou pontada, que, ao longo da terapia, poderá evoluir para leve irritação ou coceira. Essas sensações são provenientes das alterações bioquímicas sofridas abaixo dos eletrodos e, especialmente, sob o eletrodo negativo, como o processo de irritação química em decorrência da formação de substâncias alcalinas. Essas alterações promovem grande vasodilatação local, que, clinicamente, gera um vigoroso eritema sob os eletrodos, especialmente sob cátodo. O eritema fica restrito à área do eletrodo porque esses efeitos acontecem, principalmente, nas camadas mais superficiais do tecido biológico. (LOW; REED, 2001). II. Hiperemia a. hiperemia produzida sob o eletrodo como resultado da ativação da circulação e do movimentoiônico intracelular, sua duração é variável e em geral desaparece uma hora após a estimulação. Promove aumento do metabolismo ao aportar maior quantidade de oxigênio. (LOW; REED, 200). III. Eletrotônus O eletrodo negativo produz um potencial despolarizante local, gerando uma condição facilitatória, enquanto o eletrodo positivo, por gerar hiperpolarização das membranas, dificulta a geração de potenciais de ação e, portanto, é considerado um eletrodo inibitório. A superfície externa da membrana menos positiva reduz o limiar, aumentando a excitabilidade do nervo, num fenômeno chamado cateletrotônus, enquanto torná-la mais positiva diminui a excitabilidade neural pelo processo conhecido por aneletrotônus. (LOW; REED, 2001). IV. Analgesia A função da corrente galvânica como analgésica não é bem explorada por não se saber seu mecanismo de ação, embora encontremos explicações que relatem duas explicações para este fenômeno: primeiro, se afirmar que a corrente galvânica promove analgesia devido à hiperemia provocada por esta corrente, o que induz ao aumento da absorção de substâncias que poderiam estar causando esta dor; segundo, afirma-se também que esta corrente aumenta o limiar dos receptores. A técnica de aplicação consta da colocação de dois eletrodos esponjosos embebido em água, sendo o eletrodo negativo colocado em cima do local da dor. (LOW; REED, 2001). a. V. Cicatrização b. A estimulação elétrica pode favorecer a cicatrização tecidual, tanto ao que se refere à consolidação de fraturas, quanto à cicatrização de ferimentos em tecidos moles. Os autores afirmam que a capacidade de promover vasodilatação local, com consequente aumento de nutrientes e oxigênio para a região em processo de reparação tecidual, assim como seus efeitos bactericidas, estimuladores de células de defesa e fibroblastos, podem justificar os efeitos benéficos do uso dessas correntes na aceleração dos processos de reparação tecidual. (LOW; REED, 2001). c. IV. Destruição de tecidos d. ocorrem efeitos fisiológicos e bioquímicos diferentes abaixo de cada um dos eletrodos. Se usada em grande densidade de corrente, a corrente direta gera coagulação de proteínas sob o eletrodo positivo (ânodo) e liquefação sob o eletrodo negativo (cátodo). (LOW; REED, 2001). Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-galvanica-na-fisioterapia. Figura 5 – Aparelho de Corrente Galvânica. b. Iontoforese É uma fonte de corrente provoca uma corrente continuada, constante e de baixa intensidade (corrente galvânica), que circula entre dois eletrodos condutores, prestando calor ao tecido dérmico e admitindo a penetração superficial de substâncias iônicas encontradas em produtos cosméticos (SILVA, 1988). De acordo com Low e Reed (2001), a passagem de íons irá ocorrer especialmente nos ductos das glândulas sudoríparas, e em menor expansão nos folículos pilosos e glândulas sebáceas. Já a taxa de difusão de produto ionizado tende a continuar mais reunida dentro dos tecidos diretamente subcutâneos ao local de introdução, e progressivamente em menor concentração nos tecidos mais profundos e periféricos ao tratamento, numa profundidade de 6 a 20 mm. (Salgado; 1999). I. Mecanismo de ação Esse recurso serve como um veículo que pode potencializar a administração transdérmica de uma droga. Quando esses medicamentos são colocados em solução eletrolítica eles se dissociam em componentes polares que são eletricamente carregados, ou seja, que assumem carga positiva ou negativa, e, dependendo do átomo, podem perder ou ganhar elétrons. Seguindo a lei os opostos se atraem, íons positivamente carregados (cátions) são atraídos pelo polo negativo, enquanto íons negativamente carregados (ânions) são atraídos para o polo positivo. (KITCHEN, 2003). II. Efeitos colaterais e contraindicações da corrente direta e da iontoforese Efeitos colaterais: parestesia local; coceira; irritação; eritema; edema; urticária galvânica. Contraindicações: Gestação, Pacientes com alteração de sensibilidade, Pele não íntegra, Pacientes cardíacos e portadores de marca-passos, renais crônicos. Patologias circulatórias (trombose, flebite), Neoplasias, Epilepsia, Dermatite na área a ser tratada, Próteses ou implantes metálicos. (AGNE, 2006). I. Procedimentos de aplicação na corrente direta Fazer uma boa avaliação, a fim de identificar em si possíveis contraindicações apresenta algum histórico de arritmia cardíaca ou de hipercoagulabilidade. Testar a sensibilidade local, pois isso é fundamental para a segurança e o sucesso da terapêutica. Antes da aplicação da corrente, é muito importante explicar ao paciente a natureza do tratamento, assim como todas as sensações que ele poderá referir ou sentir ao longo dele. Informar ao paciente que será normal se, ao longo da aplicação da corrente, ele sentir formigamento ou coceira. No entanto, você deve deixar claro para o(a) seu(sua) paciente que ele(a) deve informar imediatamente caso esteja sentindo aquecimento e/ou formigamento em intensidades desconfortáveis. Antes de iniciar a operação verificar se a chave está na posição desligada. Determinar os polos dos eletrodos. A substância a ser ionizada deverá ser introduzida pelo polo homólogo, ou seja, substância positiva pelo polo positivo, substância negativa pelo polo negativo. Determinar os polos dos eletrodos. A substância a ser ionizada deverá ser introduzida pelo polo homólogo, ou seja, substância positiva pelo polo positivo, substância negativa pelo polo negativo. (ROBINSON; SNYDERMACKLER, 2010). Se forem utilizados eletrodos de placa metálica com esponja umedecida, esses devem estar umedecidos em solução salina a 1% ou água e fixados na pele de forma a favorecer um bom contato. (AGNE, 2006). Depois da aula teórica, fomos colocar em prática o que nos foi passado. A princípio aprendemos sobre cabos de conexão, catodo e anodo, e tipos de conectores, que podem ser condutores ou isolantes. Usamos a corrente galvânica, foi explicado que a galvânica e uma corrente contínua e não precisa ser calculada. O tempo vai ser de acordo com o tratamento. Foi dito que quando for fazer uso de medicamentos ele deve ser colocado sempre embaixo do polo negativo, exemplo: dexametasona. Realizamos a aplicação dos eletrodos das correntes polarizadas e seus efeitos, realizando a dosimetria de aplicação através da formula: ÁREA ELETRODO X 0,2= QUANTIDADE DE MILIAMPÉRES DISTRIBUIDOS. Uma colega foi a paciente e a outra a terapeuta, na hora de preparar a paciente ela esqueceu de limpar área onde seria colocado o elétrodo, sendo corrigido pelos colegas. Em seguida fizemos o uso da espoja onde ela e o condutor e tem que estar sempre entre a pele e o eletrodo, a mesma coisa com o uso do gel, nunca colocar os eletrodos direto na pele pois pode provocar desconforto ou queimadura no paciente. Primeiro coloquei a esponja molhada no braço da minha paciente, em seguida o eletrodo, e para fixar usei esparadrapo ao redor do braço para evitar que caísse. No caso o medicamento estava embaixo da espoja, onde coloquei o eletrodo negativo. Depois de concluído, foi observado que a paciente teve maior hiperemia no polo negativo. Não foi feito o experimento das correntes polarizadas nos tecidos utilizando: batata ou carne. Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-galvanica-na-fisioterapia. Figura 6 – Corrente Galvânica. 4. Corrente Diadinâmica de Bernard As correntes Diadinâmica foram desenvolvidas na França no início da década de 50 por Pierre Bernard. São correntes alternadas senoidais de baixa frequência (50 a 100 Hz) com retificação monofásica ou bifásica. Elas são interrompidas com alternância rítmica e podem trocar continuamente de frequência, ou ainda combinar- se em defasagem de uma corrente senoidal monofásica.Produzem intensos efeito analgésico e hiperemiastes, atuando sobre nervos e sobre a musculatura através de processos elétricos e químicos. Dentre suas principais características, destaca-se o fato de ser uma corrente polarizada, ou seja, trata-se de uma corrente com fluxo unidirecional de partículas carregadas, tendo, portanto, a capacidade de promover mudanças eletroquímicas sob os eletrodos. Cada eletrodo, de acordo com a sua polaridade, pode induzir a efeitos específicos. Por exemplo, no caso do edema, o polo positivo causa desidratação e o negativo causa hidratação. (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Existem cinco tipos de correntes diadinâmica: Corrente Difásica (DF), Corrente Monofásica (MF), Longos Períodos (LP), Curtos Períodos (CP) e Ritmo Sincopado (RS). A corrente difásica fixa (DF) consiste em uma retificação em ondas completas de 100 Hz, com duração de fase de 10 ms sem intervalo entre os pulsos. A separação dos pulsos ocorre apenas nas cristas das fases. Essa corrente provoca, inicialmente, uma forte sensação de formigamento ou parestesia, no entanto, essa sensação diminui drasticamente em poucos minutos em razão da habituação sensorial ao estímulo. (Martín R.; 2008). Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia. Figura 7 – Corrente difásica fixa em 100 Hz com duração de fase de 10 ms. A corrente monofásica (MF) consiste em uma retificação monofásica fixa em 50 Hz, com duração de fase de 10 ms e intervalo também de 10 ms entre os pulsos. Diferente da corrente DF, a aplicação dessa corrente promove uma sensação de vibração ou, dependendo da intensidade, de leve câimbra gerada eletricamente. (Martín R.; 2008). Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia. Figura 8 - Corrente monofásica fixa em 50 Hz, com duração de fase e intervalo entre os pulsos de 10 ms cada. Na modulação em curtos períodos (CP), o equipamento gera uma modulação na frequência de pulsos da corrente, alternando a cada 1 s entre as correntes DF (100 Hz) e MF (50 Hz), sem interrupção do estímulo. A alternância de correntes dessa modalidade é claramente percebida por quem recebe a aplicação. (Martín R.; 2008). Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia. Figura 9 - Modulação em curtos períodos com DF de 100 Hz e MF de 50 Hz a cada segundo. A modulação em longos períodos (LP) consiste em uma corrente MF fixa, que mantém a amplitude (intensidade) constante em 100% do que foi programado pelo https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia terapeuta. Durante 10 s o equipamento emite apenas essa corrente e, na sequência, gera uma segunda corrente MF ocupando o intervalo interpulsos da corrente MF fixa, elevando e reduzindo sua amplitude gradualmente de 0 até 100%, no tempo de 5 s, repetindo esse ciclo sem a interrupção do estímulo. (Martín R.; 2008). A ritmo sincopado consiste em uma corrente MF com 100% de amplitude durante 1 s e 0% de amplitude em 1 s. A sensação do paciente é a mesma descrita para a corrente MF, com interrupções cíclicas do estímulo. (Martín R.; 2008). Não Foi possível realizar a aula prática de Corrente diadinâmica, por problemas no cabo de conexão, a professora achou melhor não colocar uma carga muita alta para não corremos o risco de machucar o paciente (aluno). Aula 2 – roteiro 2 Fisiologia da dor / Tens / Interferencial A Associação Internacional para Estudo da Dor (International Association for the Study of Pain, IASP) de ne a dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial ou definida em termos de tal dano. Melzack e Casey propõem 3 dimensões da dor. O componente sensorial discriminativo abrange intensidade, localização, qualidade e duração da dor; o componente afetivo motivacional abrange o impacto da experiência desagradável no indivíduo e o componente cognitivo avaliativo contextualiza a dor a partir das experiências atuais e passadas. (Melzack R, Casey KL. 1968). Dor Crônica: é aquela que persiste por mais de 3 meses ou que permanece após 1 mês da resolução de uma lesão, e geralmente indica que há disfunções no sistema nervoso ou nas fibras nervosas do membro afetado, surgindo na maioria dos casos em associação com uma doença crônica, como artrite reumatoide, artrose da coluna ou dos joelhos, fibromialgia ou câncer, por exemplo. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Os principais tipos de dor crônica e suas possíveis causas são: Dor nociceptiva ou somática: é a dor que surge devido a uma lesão ou inflamação dos tecidos da pele, o que é detectado pelos sensores do sistema nervoso como uma ameaça, e persiste enquanto a causa não for resolvida. Possíveis causas: Corte; Queimadura; Pancada; Fratura; Entorse; Tendinite; Infecção; Contraturas musculares. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Dor neuropática: dor que acontece por disfunção do sistema nervoso, seja no cérebro, medula ou nervos periféricos. É comum que surja na forma de queimação, agulhadas ou formigamento. Possíveis causas: Neuropatia diabética; Síndrome do túnel do carpo; Neuralgia do trigêmeo; Estreitamento do canal medular; Após AVC; Neuropatias de causas genéticas, infecciosas ou por substâncias tóxicas. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Dor mista ou inespecífica: é a dor que é causada tanto por componentes da dor nociceptiva e neuropática, ou por causas desconhecidas. Possíveis causas: Dor de cabeça; Hérnia de disco; Câncer; Vasculite; Osteoartrose que pode atingir diversos locais como joelhos, coluna ou quadril, por exemplo. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). A dor aguda, que ocorre em condições tais como um trauma ou inflamação ativa, está frequentemente associada a respostas do sistema nervoso simpático (“luta ou fuga”). E frequentemente definida pelo caráter de sua duração efêmera, autolimitada, como a dor que se resolve rápido. Entretanto, pode arrastar-se durante meses enquanto a cura do dano real não se desenvolve, mas em geral desaparece dentro dias ou semanas. Apesar de a dor em resposta ao dano tecidual ser um fenômeno normalmente, ela pode estar associada a distúrbios físicos, psicológicos e significativos e desnecessários. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). A Professora nos falou sobre dor crônica que é complexo que envolve cuidados específicos indicados pelo médico, além do uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Assim, sempre que houver uma dor persistente, é necessário procurar atendimento médico, que através da avaliação irá determinar o tipo de dor e o que pode estar causando. E o tratamento para a dor crônica é individualizado, orientado de acordo com as necessidades de cada pessoa, e pode ser feito pelo clínico geral ou, em casos mais complexos, por médicos especialistas em dor. Ferramentas para avaliação da dor A Escala Visual Analógica (EVA) consiste em escore de aferição da intensidade de dor pelo paciente. Trata-se de uma linha reta, indicando em uma extremidade a marcação “sem dor” e, na outra, “pior dor possível”. Para utilizar a EVA, o médico deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor, sendo que 0 significa ausência total e 10 o nível de dor máxima suportável pelo paciente. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Fonte: https://www.vidaativa.pt/como-avaliar-a-dor/ Figura 10 - Escala visual analógica. Na Escala Qualitativa, solicita-se ao doente que classifique a intensidade da sua dor, de acordo com os seguintes adjetivos: “Sem Dor”, “Dor Ligeira”, “Dor Moderada”, “Dor Intensa”ou “Dor Máxima”. . (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Com a Escala de Faces, o doente classifica a intensidade da sua dor de acordo com a mímica representada em cada face desenhada. Fonte: https://www.vidaativa.pt/como-avaliar-a-dor/ Figura 11 - Escala Qualitativa e Escala de faces. Casos clínicos a presença da sensibilização central e periférica Central: Paciente com diabetes apresentou ferida na perna direita, realizou tratamento sem nenhuma melhora, com o aumento da lesão foi indicado a amputação https://www.vidaativa.pt/como-avaliar-a-dor/ https://www.vidaativa.pt/como-avaliar-a-dor/ do membro. Mesmo depois do procedimento, o paciente continuou se que fixando de dor, coceiras e uma sensibilidade que já não existia. . (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Periférica: paciente levou uma facada no braço direito, precisou levar pontos. Depois de alguns dias foi feita a retirada dos pontos, mesmo depois da cicatrização o paciente continuava a sentir a área sensível. . (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Modelo biopsicossocial: Quando se olha para a dor somente no físico, mas existe fatores sociais, comportamentos negativos, transtornos psicológicos. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Um estoquista, começa a sentir dor no ombro, não procura atendimento médico por medo de perder o emprego. Então começa com automedicação, indicado por outras pessoas. Quando ele resolver procurar ajuda médica ele já está na dor crônica, porque na aguda ele não quis tratar por medo de perder o emprego. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Modelo de educação em neurociência da dor Em primeiro lugar explicar para o paciente que a dor é normal, que ele tem que realizar os exercícios, mostrando que a dor pode ser controlada. Paciente com fratura no maléolo lateral direito, depois de um mês de imobilização tira-se o gesso. Nessa fase temos que explicar que aos poucos ele tem que colocar o pé no chão, que ele vai sentir dor, mas que não precisa se preocupar pois o osso já está calcificado. Que ele só não poderá correr e jogar bola por enquanto, é que ele precisa aumentar a DM e fazer alongamentos mesmo sentindo dor. (KITCHEN, S.; BAZIN, S.; 1998). Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) A estimulação elétrica nervosa transcutânea consiste na aplicação de correntes elétricas na superfície da pele por meio de eletrodos com a finalidade de estimular fibras nervosas a produzirem efeitos fisiológicos. Frequentemente, é designada pela sigla em inglês TENS, que significa Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation. Trata-se de um método não farmacológico, de custo acessível, seguro, não invasivo e de manuseio simples para o controle da dor. (Jones I, Johnson MI. 2009). Aplicação clínica da TENS: o TENS deve ser realizado por um fisioterapeuta especializado, utilizando diferentes intensidades dos impulsos elétricos, de acordo com a condição a ser tratada. São o alívio sintomático e o controle de dores crônicas intratáveis e como um tratamento coadjuvante no controle de dores agudas pós- cirúrgicas e pós-traumáticas. De uma forma geral, a TENS não tem poder curativo. Entretanto, existem evidências de que a corrente elétrica aplicada externamente possa afetar a reparação tecidual, o que pode estar associado ao alívio da dor. (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). Teoria sobre analgesia por TENS: é uma técnica de analgesia aplicada em uma variedade de frequências, intensidades e duração de pulso, classificada como alta freqüência (>50Hz), baixa freqüência (<10Hz) e burst (alta e baixa freqüência alternadas). (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). A TENS do tipo convencional é uma estimulação de alta freqüência (50 e 150Hz) e baixa intensidade, que estimula de forma contínua as fibras nervosas de condução rápida. A intensidade não deve provocar contrações musculares, mas apenas percepção parestésica não-desagradável, ajustada de acordo com a sensibilidade do indivíduo. Acredita-se que a TENS promova analgesia predominantemente por meio do mecanismo do portão ou teoria das comportas, proposta por Melzack e Wall, que provoca analgesia mediante a ativação seletiva das fibras táteis de diâmetro largo (A-beta), sem ativar fibras nociceptivas de menor diâmetro (A-delta e C). A atividade gerada nas fibras A-beta inibe a atividade em curso dos neurônios nociceptivos no corno dorsal da medula espinal. (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). Teoria da comporta: estes interneurônios dependem da competição entre o estímulo nocivo e o proprioceptivo. Como a velocidade do estímulo proprioceptivo é maior, sua chegada no corno posterior irá ativar os interneurônios e facilitará a liberação de substâncias opioides e da GABA3,4. (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). Teoria dos opioides endógenos: a TENS de alta frequência produz analgesia pela ativação de mecanismos endógenos inibitórios no SNC envolvendo o opioide GABA, enquanto a TENS de baixa frequência usa a via inibitória clássica ativando além de GABA, a serotonina. (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). Principais indicações da TENS na prática Clínica A TENS pode ser usada em diversos casos, tanto no alívio da dor aguda (pós- operatória, obstétrica, dismenorréica, musculoesquelética…) quanto no alívio da dor crônica (osteomusculares, inflamatórias, lesões nervosas, anginas pectoris, neuralgias…). Outros usos incluem o uso da TENS com efeitos antieméticos (redução de náusea pós-operatória associada com medicamentos opioides, náusea associada com quimioterapia, enjoo matinal e enjoo por movimento/viagem) e o uso para a melhora do fluxo sanguíneo (redução da isquemia devido à cirurgia reconstrutiva, redução dos sintomas associados com doença de Raynaud, neuropatia diabética e melhora da regeneração de feridas e úlceras). (Witters D. Hinkley S. Lapp A. 1989). Princípios físicos A TENS Convencional é o modo mais frequentemente usado de TENS, sendo denominado, também, como TENS sensorial ou de alta frequência/baixa intensidade. Com esse modo de estimulação é possível ativar, principalmente, as fibras nervosas aferentes do grupo II (Aβ), o que produz uma confortável sensação de parestesia, ou seja, trata-se de um efeito prioritariamente sensorial. Os parâmetros desse modo de estimulação são frequência alta (geralmente de 80 a 110 Hz), duração de pulso curta (50 a 100 µ s) e intensidade baixa. Vale a pena destacar que as evidências atuais demonstram que para uma analgesia efetiva a intensidade da estimulação não pode ser demasiadamente fraca. (Walsh DM.; 1997). O TENS Acupuntura, ou também denominada TENS de baixa frequência/alta intensidade, é uma forma de estimulação elétrica realizada com intensidade alta o suficiente para evocar contrações musculares visíveis em miótomos relacionados à área de dor. Nessa modalidade utiliza-se frequência abaixo de 10 Hz (geralmente 1-4 Hz) e longa duração de pulso (~200 μs). Como a estimulação ocorre em nível motor, além da ativação das fibras do grupo II (Aβ) ocorre a ativação das fibras do grupo I (Aα), levando à produção de contrações musculares rítmicas. (Walsh DM.; 1997). O TENS breve e intenso é aplicado na maior intensidade suportada pelo paciente por um curto período (no máximo 15 minutos), em alta frequência (100-150 Hz) e longa duração de pulso (150-250 µ s). Essa modalidade vem sendo utilizada para promover analgesia durante procedimentos dolorosos como troca de curativos, desbridamentos, punção venosa e remoção de suturas.19 Por ser uma técnica que causa desconforto ao paciente, não é a primeira escolha dos clínicos, sendo utilizada quando os outros modos não promovem os resultados satisfatórios na modulação da dor. (Walsh DM.; 1997). Fonte: Resende L, Merriwether E, et al. 2018. Figura 13 - Aplicaçãoda TENS na região cervical (p. ex., cervicalgia unilateral em decorrência de síndrome dolorosa miofascial nas fibras descendentes do músculo trapézio. TENS na prática clínica Paciente Marina relata dor no ombro, irradiando até o cotovelo a mais de 3 meses. Disse que dói muito quando dorme, que quando acordou percebeu que estava dormindo em cima do ombro e que a dor era forte, ela não soube identificar o ponto certo, as vezes na parte interna, lateral. Avaliando a característica da dor ela é crônica. Fizemos o uso do TENS de baixa frequência (Burst) por 20min. Foi colocado gel no eletrodo e em seguida colocado na área que a paciente estava sentido dor. Começamos com a intensidade nos dois primeiros eletrodos que estavam próximo ao ombro, depois fomos para os outros que estavam no cotovelo e antebraço. Houve alguns erros por parte da profissional que estava atendendo a paciente como: espalhar o gel com o dedo e não limpar a área com álcool antes de aplicar os eletrodos. A minha dúvida foi em como posicionar os eletrodos, mas a professora logo explicou como fazer e consegui executar. Situações em que a aplicação da TENS é contraindicada: Regiões internas do corpo como olhos, boca e órgãos reprodutores. Área cardíaca ou região torácica: em pacientes com doenças cardíacas como por exemplo, arritmias ou insuficiências cardíacas. Trombose venosa profunda ou trombo flebite: não se deve aplicar a TENS nos membros acometidos por essas afecções uma vez que pode promover o aumento da circulação sanguínea e a possibilidade de deslocamentos de trombos, causando embolia. Tumores malignos: são se conhece o efeito da TENS no crescimento de células cancerígenas ou metástases, assim, não deve ser administrada. No entanto, a TENS pode ser utilizada no tratamento da dor de pacientes em cuidados paliativos. Hemorragia: a TENS pode aumentar o fluxo sanguíneo e intensificar o sangramento em pacientes com hemorragias recentes ou áreas com sangramento tecidual ativo. Tecidos com infecção, feridas com osteomielite subjacente e tuberculose. Marca- passo cardíaco ou (desfibriladores) implantados: estudos demonstraram que a TENS pode interferir no funcionamento de alguns marca-passos cardíacos e implantes elétricos ativos, portanto, não deve ser aplicada próximo ou sobre a região. Seio carotídeo: o seio carotídeo se encontra localizado na origem das artérias carótidas internas e contêm barorreceptores que detectam alterações na pressão arterial, assim, a estimulação com a TENS na região anterior do pescoço deve ser evitada uma vez que pode provocar quedas na frequência cardíaca e pressão arterial. Além disso, pode estimular os nervos vagos e frênicos e causar espasmos laríngeos. Convulsão: não utilizar na região da cabeça e pescoço de pacientes que apresentem convulsão. Gestação: ainda não existem evidências que comprovem que a aplicação de correntes elétricas no útero de gestantes seja segura. Assim, os eletrodos não devem ser posicionados no abdome, pelve, região lombar ou quadril (com exceção no trabalho de parto), principalmente durante o primeiro trimestre. (Walsh DM.; 1997). Corrente interferencial A corrente interferencial (Interferential Current, IFC) foi desenvolvida na década de 1950 pelo Dr. Hans Nemec, em Viena, tornando-se cada vez mais popular no Reino Unido durante a década de 1970. (Ganne JM.; 1976). A terapia interferencial consiste na aplicação transcutânea de correntes alternadas de média frequência (ou seja, entre 1 e 10 [kHz]), com amplitude modulada em baixa frequência (0 250 Hz), formando “pacotes” ou bursts de corrente, com finalidades terapêuticas. A corrente interferencial, portanto, é formada mesclando-se duas correntes de média frequência, que apresentam frequências ligeiramente distintas e que sofrem interferência. (Goats GC.; 1990). Ela tem a frequência relativamente alta, cerca de 4000 Hz, e é alternada. Por permitir a aplicação de duas correntes ao mesmo tempo (o que gera a emissão de uma terceira corrente), a terapia é indicada para melhora da dor, cicatrização, reparo dos tecidos e contração muscular. (Goats GC.; 1990). Diferença entre TENS e Corrente Interferencial De acordo com esses estudos a TENS foi eficaz em reduzir dores agudas e crônicas, como em casos de osteoartrite de joelho, síndrome do túnel do carpo, dor pélvica crônica, dor neuropática, dismenorreia primária, histeroscopia, dor lombar crônica e dor pós-operatória. Para outras condições clínicas como bromialgia, dor lombar aguda, dor cervical, doença falciforme, tendinopatia do manguito rotador, dor fantasma e dor no coto são necessários mais ensaios clínicos controlados randomizados que tenham alta qualidade metodológica para certificar se a TENS deve ser utilizada. Além disso, estudos experimentais em animais e humanos e ensaios clínicos demonstraram que a TENS promove além de analgesia local, analgesia remota, ou seja, em locais distais a estimulação. (Gozani SN.; 2019). Corrente Interferencial é uma corrente utilizada na prática clínica, principalmente, para promover analgesia, produzir contração muscular e reduzir edemas. Atualmente é uma das correntes elétricas mais utilizadas em serviços de Fisioterapia em países como Canadá, Austrália e Inglaterra. Trata-se de um tratamento relativamente simples, não farmacológico e não invasivo. (Goats GC.; 1990). Parâmetros ajustáveis da Corrente Interferencial Frequência portadora: os equipamentos de IFC normalmente permitem o ajuste da frequência portadora de 1 a 10 kHz. Geralmente utiliza-se a frequência de 2 kHz para promover fortalecimento muscular e frequência de 4 kHz para promover analgesia. Isto porque, quando se utiliza a frequência de 2 kHz, a duração da fase da onda é de 250 microssegundos (µ s), e na frequência de 4 kHz a duração da fase da onda é 125 µ s. Assim, de acordo com as curvas força-duração, a duração de fase mais longa da frequência de 2 kHz é mais indicada para ativação de fibras nervosas motoras, enquanto a duração de fase menor da frequência de 4 kHz é mais adequada para a ativação de fibras nervosas sensitivas. A frequência de 1 kHz promoveu melhor efeito hipoalgésico quando comparada às frequências de 8 e 10 kHz. Contudo, foi observado que as frequências de 4, 8 e 10 kHz foram mais confortáveis comparadas às frequências de 1 e 2 kHz. (Goats GC.; 1990). AMF (frequência modulada): também conhecida como frequência de batida ou de batimento, foi considerada por muitos anos o principal parâmetro da IFC. Acreditava-se que esse parâmetro seria capaz de simular os efeitos produzidos pelas correntes de baixa frequência, sendo que, teoricamente, os componentes da média frequência seriam responsáveis por agir como correntes portadoras conduzindo a AMF de baixa frequência para o interior dos tecidos. A maioria dos equipamentos de IFC permite que a AMF seja ajustada entre 1 e 250 Hz e para cada efeito fisiológico e terapêutico desejado recomendava-se determinado valor de AMF. (Goats GC.; 1990). Delta F: na maior parte dos equipamentos da IFC, a AMF pode ser ajustada de duas formas: modo contínuo (constante) e modo frequência de varredura (∆ F ou sweep Frequency). Nessa, a AMF é aumentada e diminuída dentro de uma faixa (espectro) preestabelecida de forma automática e rítmica. O ∆ F é uma variação da AMF em que ocorrem aumentos e diminuições da frequência em padrões estabelecidos no equipamento. Portanto, se utilizada uma AMF de 100 Hz, com ∆ F de 50 Hz, a variação da AMF ocorrerá entre 100 e 150 Hz. É preconizado que o ∆ F seja ajustado com valor de 50 a 60% da AMF base, com exceção em casos crônicos, em que o ∆ F pode ser utilizado com valores iguais ou próximos da AMF base escolhida. O objetivo da frequência de varredura é prevenir ou reduzir a ocorrência de habituação sensorial no paciente. (Goats GC.; 1990). Slope: o padrão de varredura,também chamado de sweep mode ou slope, é caracterizado pelo aumento da AMF a partir da frequência mais baixa para a mais alta durante certo período. A esse ajuste seja feito pelo clínico. No padrão de varredura de 6:6 (s), a AMF aumento da frequência mínima para a máxima durante o período de 6 segundos e retorna à AMF base em mais 6 segundos. O padrão de varredura também pode ser de 1:5:1 (s). Nesse, a frequência aumenta em 1 segundo, passando por todos os valores do espectro, mantém-se por 5 segundos com o maior valor do espectro e retorna à AMF base em 1 segundo, passando novamente por todos os valores do espectro. No padrão de 1:1 (s), a AMF base é mantida por 1 segundo, segue para a frequência mais alta e permanece por 1 segundo. (Goats GC.; 1990). Fonte: Guerra TEC, Bertolini GRF.;2012. Figura 14 - Padrão de varredura de 6:6 (s). Fonte: Guerra TEC, Bertolini GRF.;2012. Figura 15 - Padrão de varredura de 1:5:1 (s). Fonte: Guerra TEC, Bertolini GRF.;2012. Figura 16 - Padrão de varredura de 1:1 (s). Intensidade: a maioria dos autores defende uma intensidade de corrente que produza uma sensação “forte, porém confortável" (Goats, 1990). Por definição, a estimulação “forte, porém confortável" deve ser determinada pelo relato do indivíduo e não pelas regulagens da intensidade do pico de corrente. A intensidade deve ser lentamente aumentada até que o paciente indique que a sensação almejada foi atingida. O ajuste periódico da intensidade é recomendado para compensar qualquer adaptação (Goats, 1990). Tempo de tratamento: Tem-se sugerido dez a quinze minutos de tratamento com IC, com não mais de 20 minutos para uma área (Savage, 1984). Contudo, a elaboração dessas durações de tratamento recomendadas e clinicamente usadas tem uma base teórica obscura e pode ser resultado de restrições práticas, e não de uma base científica. Há alguma evidência de que a IC tenha efeitos de curta duração, com o aumento do limiar à dor induzida experimentalmente pelo frio retornando aos valores basais dentro de 10 a 20 minutos (Johnson e Tabasam, 1999). Com base no conhecimento existente, as recomendações sobre durações específicas dos tratamentos são potencialmente enganosas. As restrições de tempo nos estabelecimentos clínicos normalmente limitam o uso da IC a 10-20 minutos. (McQuay et al., 1997). Mecanismo de analgesia Teoria de comporta: A teoria mais utilizada para explicar os mecanismos envolvidos na analgesia promovida pela IFC é a Teoria das Comportas da dor. De acordo com essa teoria, os estímulos sensoriais ativam fibras não nociceptivas (fibras Aβ) e essas ativam interneurônios que inibem a transmissão do impulso nervoso das fibras nociceptivas no corno posterior da medula espinal (fibras Aδ e C), gerando analgesia localizada. Outros mecanismos de analgesia têm sido sugeridos, como o aumento do fluxo sanguíneo, que poderia remover substâncias algogênicas do sítio de lesão, ativação de vias analgésicas descendentes, bloqueio fisiológico da condução nervosa das fibras de dor e efeito placebo. No entanto, esses mecanismos sugeridos ainda não foram confirmados em estudos experimentais e clínicos. (Palmer S, Martin D.; 2003. Contraindicações: as contraindicações em relação ao uso da IFC são semelhantes a outras formas de estimulação com corrente elétrica. Algumas contraindicações são: portadores de marca-passo, trombose venosa profunda, câncer, útero gravídico e portadores de doenças cardíacas. Além disso, é necessário precaução ao aplicar a corrente em indivíduos que tenham alteração de sensibilidade ou alergia no local de aplicação dos eletrodos. (Palmer S, Martin D.; 2003). Fonte: Bear, M. et al. 2017 Figura 17 - Teoria das comportas da dor. Caso Clínico sala de aula dia 11/05/2024. M.S.A, sexo masculino, 40 anos, tabagista, advogado, submetido a uma revascularização do miocárdio e ainda em sala de recuperação se queixou de dor (EVA 7), na região do esterno. Foi usado no paciente a frequência portadora de 4 khz para gerar analgesia com AMF de 120 Hz, foi recomendado frequência de varredura de ∆F 70Hz (60% AMF), usamos a padrão de varredura 6꞉6, com a técnica estático bipolar. Arquivo pessoal Aula 3 – Roteiro 1 Correntes Excitomotoras (FES/ Russa/ Aussie) As correntes elétricas terapêuticas que recrutam muitas unidades motoras (particularmente as maiores) com uma taxa de ativação alta são as formas de NMES mais efetivas para produzir um aumento de força. A chamada corrente russa é um exemplo de características de estimulação efetivas para aumentar a força muscular; outras formas de onda com características apropriadas podem ser equivalentes ou mais efetiva. (Bélanger A. 2015). Estimulação elétrica neuromuscular (Neuromuscular Electrical Stimulation – NMES) é o termo convencional para descrever o uso da eletroestimulação para promover ganhos de força muscular ou prevenir a perda de força e massa muscular (ou seja, prevenir atrofia). Estimulação elétrica funcional (Functional Electrical Stimulation – FES) é o termo usado quando a eletroestimulação é usada para promover contrações musculares que facilitem ou auxiliem no desempenho de algum tipo de atividade funcional que faz parte do programa de reabilitação. O objetivo primário da FES é promover a função motora pela substituição ou auxílio a uma capacidade voluntária de um paciente para executar ou controlar as funções prejudicadas, como aperto de mão, andar ou manutenção de determinada postura. (Bélanger A. 2015). 1. Estimulação Elétrica Funcional (FES): são uma corrente alternada de baixa frequência, tipo excito motor que provoca contração muscular utilizada em terapias específicas por profissionais da fisioterapia e estética através de eletrodos sobre a pele do paciente. A corrente gera pulsos elétricos, bifásicos, não polarizados, que variam geralmente na frequência, na configuração do pulso, simetria ou assimetria e nas modulações e possui alta resistência do tecido e uma baixa profundidade de penetração devido a sua baixa frequência. Há controvérsias em relação ao que seria definido como baixa, média e alta frequência. (Kitchen, Sheila; 2003). a. Descrição da Corrente e os parâmetros: A FES é aplicada em formas de onda que se caracterizam por três parâmetros: frequência, amplitude e largura de pulso. A força de contração do músculo é controlada pela manipulação desses parâmetros. https://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_el%C3%A9trica https://pt.wikipedia.org/wiki/Contra%C3%A7%C3%A3o_muscular https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/El%C3%A9trodo https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pulso_el%C3%A9trico&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Apolar https://pt.wikipedia.org/wiki/Apolar De acordo com Petrofsky (2004) e Agne (2005) as frequências de estimulação inferiores a 20 Hz são ineficazes para geração de movimentos funcionais, enquanto as superiores a 70 Hz, segundo Packman-Braun (1988), provocam desconforto sensorial em pessoas hígidas. Escolheu-se a frequência de estimulação típica igual a 50Hz, podendo ser variada entre 50Hz e 100Hz, de acordo com a preferência do voluntário,ou seja, se o voluntário percebesse que uma frequência diferente de 50Hz, mas entre 50Hz e 100Hz fosse mais confortável, essa seria a frequência usada. A amplitude e a largura dos pulsos estão relacionadas ao recrutamento das fibras musculares que serão excitadas e a frequência dos pulsos controla a taxa de disparo das unidades motoras (Nathan; Tavi, 1990). Os parâmetros para modular são : largura da onda (t ou w em torno de 100 microssegundos), freqüência ( f = 100Hz), intensidade (i = vibração sem causar beliscões). Tempo (T = 30 minutos) e o repouso (r ). (Nathan; Tavi, 1990). Fonte: Livro texto Figura 18 - Controle do aparelho de baixa frequência. b. Técnica de aplicação dos eletrodos - Técnica mioenergéntica e Técnica ponto motor (localização do ponto): existem duas técnicas conhecidas de colocação dos eletrodos. Em uma delas, chamada “mioenergéntica”, coloca-se um eletrodo no início do ventre muscular e outro do mesmo canal mais distal, nesse mesmo músculo. A outra técnica é chamada de “ponto motor”, colocando-se um eletrodo no ponto motor de determinado músculo e o outro mais proximal, preferencialmente no mesmo músculo. (Ward AR. 2009). c. Prática Segura de eletroestimulação: Avaliar o paciente como um todo. Posicionar o paciente no leito, cadeira ou em pé. Determina os parâmetros da corrente como forma de impulso (retangular ou sensorial), frequência dos impulsos em ON/OFF, tempo da sessão bem como o tipo, tamanho e quantidade de eletrodos a serem empregados. Determinar a posição correta dos eletrodos, respeitando o ponto motor muscular. Limpar a região e se necessário retirar o excesso de pelos que ficarão sob os eletrodos. Antes de iniciar explicar para o paciente as sensações percebidas durante a eletroestimulação. Ligar o equipamento e gradativamente incrementar a intensidade da corrente. Na percepção de dor, fadiga ou impossibilidade em continuar a eletroestimulação, o fisioterapeuta deve interromper o tratamento e reavaliar os parâmetros. (Ward AR. 2009). d. Indicações: a eletroterapia pode ser utilizada para paralisia medular, pós AVE (Acidente Vascular Encefálico), incontinência urinária e fecal, contratura muscular ou afecções estéticas com o objetivo de diminuir gordura localizada e celulite, melhorar contorno corporal através do estímulo de contração muscular, ... Precaução: Deve ser aplicada com cautela sobre áreas anestésicas para melhorar a cicatrização ou aumentar a força muscular em pessoas com lesões neurológicas como AVC: Contraindicação: esse tipo de tratamento não deve ser feito por pessoas com marcapasso, ou sobre o coração, seio carotídeo, em caso de espasticidade, se houver lesão no nervo periférico da região. (Ward AR. 2009). e. Eletroestimulação em condições neurológicas - Subluxação do ombro após acidente vascular cerebral: A aplicação da eletroestimulação em pacientes com subluxação do ombro decorrente de hemiplegia após AVC pode ser iniciada assim que a flacidez de ombro ocorrer e antes que a dor se manifeste. O protocolo de eletroestimulação pode ser iniciado com segurança de 24 e 72 horas após a lesão. (Barker, R. N; Brauer, S. G; Carson, R. G; 2008). A aplicação para este caso deve ser feita no ventre muscular do supraespinhal e deltoide posterior. As fibras musculares do trapézio devem ser evitadas, pois elevam a escapula e não é o objetivo da aplicação. (Barker, R. N; Brauer, S. G; Carson, R. G; 2008). - Funcionalidade do membro superior: A eletroestimulação também pode ser utilizada nos extensores de punho e de dedos após AVC, visto a lesão alterar o sinergismo muscular entre flexores e extensores de punho e de dedos e implicar nas funções do membro superior. O uso pode evitar atrofia e contraturas por desuso e incentivar o uso funcional da mão parética. (Barker, R. N; Brauer, S. G; Carson, R. G; 2008). - Funcionalidade dos membros inferiores: A eletroestimulação pode ser utilizada nos membros inferiores em pacientes após AVC, que evoluem com queda do pé, caracterizada por incapacidade de realizar dorsiflexão do tornozelo. Essa característica altera a velocidade da marcha, aumenta o gasto energético e o risco de quedas. . (Barker, R. N; Brauer, S. G; Carson, R. G; 2008). - Controle de espasticidade: A espasticidade (também chamada de hipertonia espástica) é uma consequência complexa das lesões neurológicas e leva o paciente a dor, luxação, encurtamentos, deformidades, paralisia dos movimentos e incapacidade funcional. Uma das técnicas utilizadas pela fisioterapia na reabilitação após o AVC é a Eletroestimulação, sua atuação consiste na recuperação da funcionalidade do paciente por meio da estimulação das fibras musculares para produção de contrações através de uma corrente elétrica, possibilitando um aumento da força muscular além de auxiliar na melhoria da espasticidade (SILVA et al, 2021). - Tratamento da escoliose: A escoliose é uma deformidade da coluna vertebral bastante complexa, caracterizada por um desvio tridimensional o qual promove uma torção generalizada, podendo gerar um desvio lateral no plano frontal, rotação vertebral no plano axial e ocorrência de lordose ou cifose no plano sagital . Estudos utilizando a eletroestimulação verificaram resultados satisfatórios nessa população e pode ser utilizada, desde que os pacientes satisfaçam os seguintes critérios de seleção: Curvas medindo 20° a 45° pelo ângulo de Cobb; • Pelo menos um ano de crescimento espinal remanescente; • Uma curva de natureza idiopática e progressiva; • Cooperativo e psicologicamente estável; • Condescendente e tolerante com a estimulação. A tabela a seguir demonstra os parâmetros recomendados para essa população. (Penha, P. J., Penha, N. L. J., 2017). f. Eletroestimulação em condições musculoesqueléticas - Tratamento conservador e pós – operatório de reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho: A fisioterapia procura sempre métodos que sejam capazes de reestabelecer as amplitudes para a recuperação da marcha funcional o mais precoce possível. Com isso, a utilização de correntes de eletroestimulação muscular, como a corrente AUSIE, busca os efeitos tanto de fortalecimento de musculatura de quadríceps quanto no ganho de amplitude de movimento do joelho quando associado a um movimento de extensão após a reconstrução do ligamento cruzado anterior. Uma das formas de treinamento para fortalecimento muscular e associado a flexibilidade. Alguns exercícios priorizam fortalecimento de adutores e abdutores, glúteo médio e mínimo, fortalecimento de quadríceps, mobilização de articulação de quadril, joelho, tornozelo, tríceps Sural. (Penha, P. J., Penha, N. L. J., 2017). - Síndrome da dor femoropatelar: síndrome da Dor Femoropatelar (SDFP) pode ser ocasionada por um desequilíbrio biomecânico, que atinge a articulação do joelho. O paciente que desenvolve a síndrome da dor femoropatelar queixa-se de dor ao subir e descer escadas, agachar e saltar e até mesmo ao ficar sentado por um longo período. Outros sintomas incluem os estalos ao andar e correr e “sensação de areia” dentro da articulação. O tratamento é conservador e primordialmente fisioterapêutico, visando o alívio das dores através de recursos de Eletrotermofototerapia (laser, gelo, terapia combinada) e melhorar o deslizamento da patela sobre o sulco troclear no fêmur, utilizando exercícios de fortalecimento muscular, controle motor e correções biomecânicas. (Penha, P. J., Penha, N. L. J., 2017). - Artrite degenerativa ou osteoartrose de joelho: é um processo degenerativo que pode ou não estar ligado a processos inflamatórios. Ela ocorre pela perda da homeostasia da unidade funcional menisco-cartilagem-osso subcondral e tem evolução progressiva, com perda de cartilagem e mais tardiamente de tecido ósseo.Ela é classificada segundo sua etiologia como primária quando o fator causal é desconhecido, ou secundária, quando ocorre em decorrência de patologias inflamatórias ou sequelas de lesões menisco ligamentares, fratura ou infecção, por exemplo. Muitas pesquisas demonstraram que a estimulação elétrica pode modular a dor. A aplicação recomendada para esses pacientes são dois eletrodos grandes, um sobre a região proximal do quadríceps e outro distal, sobre o vasto medial e lateral. Essa forma de aplicação não leva em consideração a densidade de corrente durante a aplicação da eletroestimulação, ou seja, a quantidade de corrente por área de condução. As principais vantagens na aplicação do recurso nessa população são: melhora da força muscular, aumento da função autorrelatada pelo paciente através de questionários e através de testes funcionais e melhora da dor. (LOW, J.; REED, A. 2001). - Substituição total da articulação: A evolução da osteoartrose, com a falha do tratamento conservador, é a substituição total da articulação acometida por uma prótese. As mais comuns são artroplastia total de joelho, artroplastia total ou parcial de quadril, artroplastia de tornozelo e ombro. Após a intervenção cirúrgica, o processo descrito anteriormente de inibição muscular artrogênica ocorre; além disso, a fraqueza muscular antes da intervenção cirúrgica também é um fator que deve ser revertido, portanto a eletroestimulação é um recurso muito importante associado ao exercício. (LOW, J.; REED, A. 2001). 2. Corrente Russa Aplica-se aos estimuladores nos quais uma saída contínua de corrente de onda sinusóide de aproximadamente 2.500 a 5.000 Hz é modulada de forma a produzir 50 bursts por segundo (bps). Cada burst é, na verdade, um pulso polifásico. As características importantes da corrente de um ponto de vista estritamente eletrônico, a corrente russa pode ser definida como uma CA modulada em tempo.(Adnes, J. E. 2005). Fonte: Fonte: https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia Figura 19 - Corrente russa. Notar que, ao serem introduzidos intervalos interbursts, reduz-se a corrente RMSA. a – Descrição de Parâmetros e as características especificas da corrente: Parâmetros da corrente russa Frequência portadora: 2500hz a 5000hz Frequência de modulação: 10 a 150hz Intensidade: 0 a 150mA Tempo on: 1 a 30Seg Tempo off: 1 a 60hz Tempo de sessão acima de 60hz. (Adnes, J. E. 2005). https://portal.lupmed.com.br/corrente-diadinâmica-fisioterapia Fonte: Livro texto Figura 20 - Controles em aparelho de corrente russa digital. b – Corrente russa em condições ortopédicas: No pós-operatório de cirurgias reparadoras de ruptura do Ligamento Cruzado Anterior (LCA), é comum a apresentação de déficit de força e hipotrofia da musculatura da coxa. A corrente Russa vem sendo utilizada como uma boa alternativa na reabilitação focada no fortalecimento e aumento do trofismo, visto que a estimulação elétrica neuromuscular ativa ramos intramusculares dos motos neurônios, induzindo a contração muscular. Objetivo: Verificar a resposta da musculatura extensora e flexora da coxa decorrente da utilização da corrente Russa através da avaliação da força, trofismo e marcha em pacientes que foram submetidos a cirurgia de reconstrução de LCA. (Adnes, J. E. 2005). c – Corrente Russa em condições cardiorrespiratórias: pacientes com DPOC com retenção de secreção devem ser ensinados a respeito de técnicas apropriadas para remover secreções adequadamente. É tarefa do fisioterapeuta selecionar a técnica adequada ou a combinação de técnicas, baseando-se na observação clínica, como na ausência de força expiratória e no colapso traqueobrônquico. Pacientes devem ser ensinados e encorajados a usar estas técnicas sem supervisão. O grupo eletroestimulação realizou os mesmos exercícios do grupo fisioterapia convencional e utilizou a corrente russa com frequência portadora de 2.500 Hz, frequência de 5 Hz por 5 minutos com o objetivo de condicionamento muscular, 40 Hz por 10 minutos para treino de fibras musculares de contração lenta, 120 Hz por 5 minutos para treino de fibras de contração rápida e finalizando com 5 Hz por 5 minutos para relaxamento muscular. O tempo de subida e descida estipulado foi de 1 segundo, com o tempo ativo de 4 segundos ocorrendo durante a fase expiratória e o tempo inativo de 1 segundo para a fase inspiratória. (Jones I, Johnson MI. 2009). 3. Corrente Aussie: é uma corrente elétrica terapêutica alternada com freqüência na faixa de kHz com alguma semelhança em relação à terapia interferencial e corrente Russa. A diferença está no valor da corrente de kHz utilizada bem como no formato de onda. Evidências recentes sobre a corrente Aussie (corrente Australiana) mais recentemente Ward et al. (2004) mensuraram a produção de torque bem como o desconforto produzido por correntes alternadas de freqüência de kHz (500 Hz a 20 kHz). Os autores também compararam variações de Bursts para ciclos de pulsos individuais de corrente alternada (corrente pulsada bifásica) com Bursts de duração máxima (corrente alternada constante). Os autores encontraram que para a produção de torque máximo, a freqüência de pulso de 1kHz e a duração de Bursts de 2-2,5ms foram as melhores. Assim, pode-se notar que a Corrente Aussie (corrente Australiana) deve ser utilizada quando os objetivos terapêuticos forem a estimulação sensorial e nesse caso a modulação da dor pode ser alcançada bem como para se conseguir a estimulação motora eficiente por meio da ativação dos motos neurônios. Para a estimulação sensorial a freqüência de 4 kHz e modulação em Bursts com duração de 4 ms devem ser utilizadas. Já para a estimulação motora a freqüência de 1 kHz e modulação em Bursts com duração de 2 ms deve ser eleita. (Martín R. 2008). a. Descrição de parâmetros e características especificas da corrente: • frequência portadora; • frequência de modulação; • duração do burst; • tempo ativo; • tempo inativo; • tempo de subida; • tempo de descida; • intensidade; • tempo de aplicação. (Martín R. 2008). Caso Clínico sala de aula dia 13/04/2024. Paciente 32 anos apresenta escoliose idiopática, curvatura para a direita. Foi indicado tratamento com FES (Estimulação Elétrica Funcional), corrente exitomotora de baixa frequência. Foi realizado o procedimento com FES de baixa intensidade para estimular os músculos específicos afetados pela escoliose. Foi feito através de eletrodos colocados na pele sobre os músculos que precisam ser fortalecidos. Os parâmetros utilizados foram: Frequência: 35Hz, largura do pulso: 250us, intensidade da corrente: ajustada individualmente de acordo com a tolerância da paciente, ficando abaixo do limiar de dor, tempo de estimulação: 10min. Os parâmetros foram ajustados de acordo com a resposta da paciente ao tratamento. Este tipo de tratamento pode ajudar a fortalecer os músculos para corrigir a curvatura da escoliose e melhorar a postura. Conclusão Concluindo, a eletroterapia é uma ferramenta fundamental na prática da fisioterapia, oferecendo uma variedade de modalidades que podem ser adaptadas para atender às necessidades especificas de cada paciente. Seu uso pode promover analgesia, redução da inflamação, fortalecimento muscular e acelerar o processo de recuperação. No entanto, é crucial que os profissionais de saúde estejam devidamente capacitados para utilizar essas técnicas de forma segura e eficaz, respeitando sempre as indicações e contraindicações de cada modalidade. A integração da eletroterapia com outras técnicas fisioterapêuticas pode potencializar os resultados e proporcionar um tratamentomais completo e individualizado aos pacientes. Referências ADNES, J. E. Eletrotermoterapia: teoria e prática. Orium, 2005. AGNE, J. E. Eletrotermoterapia: teoria e prática. Santa Maria: Palotti, 2006. BARKER, R. N; Brauer, S. G; Carson, R. G. 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