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SEÇÃO 6 1ECONOMIA
Comunicação Empresarial
Profa. Cláudia Capello
Profa. Mary Murashima
SEÇÃO 6 2ECONOMIA
Ortografia e Acentuação Gráfica: regras gerais e 
mudanças segundo as novas normas
Apenas a leitura de bons textos e a prática escrita constantes são eficientes 
para a correção dos muitos problemas ortográficos que, em geral, assombram 
os usuários da língua portuguesa. 
SEÇÃO 6 3ECONOMIA
Ortografia
Uso de “H”
Utilizamos a letra h na língua portuguesa:
 ao fim de algumas interjeições:
Ex.: ah!, oh!
 quando a etimologia ou a tradição escrita de nosso idioma determina essa
forma para o início de algumas palavras:
Ex.: hábito, hálito, hélice, herança, herói, hesitar.
SEÇÃO 6 4ECONOMIA
Ortografia
Uso de “H”
A letra h só aparece no interior dos vocábulos quando:
 faz parte dos dígrafos ch, lh e nh:
Ex.: fecho, folha, rainha.
 se faz presente nos compostos em que o segundo elemento se une ao
primeiro com hífen:
Ex.: pré-história, anti-higiênico.
Obs.: devemos observar que, nos compostos sem hífen, eliminamos o h do
segundo elemento:
Ex.: reaver, desabitado, desonra.
SEÇÃO 6 5ECONOMIA
Ortografia
Uso de “S”
Utilizamos a letra s na língua portuguesa:
 nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso, -osa, indicadores de
abundância, estado pleno:
Ex.: formoso, horrorosa.
 nos sufixos -ês, -esa, -isa, indicadores de origem, título de nobreza ou
profissão:
Ex.: francês, duquesa, poetisa.
 depois de ditongos:
Ex.: coisa, mausoléu, maisena.
SEÇÃO 6 6ECONOMIA
Ortografia
Uso de “S”
 nas formas dos verbos pôr e querer:
Ex.: pus, puser, pusesse; quis, quiser, quisesse.
 nos substantivos cognatos de verbos terminados em -ender:
Ex.: defesa (de defender), represa (de prender).
SEÇÃO 6 7ECONOMIA
Ortografia
Uso de “Z”
 no sufixo -izar, formador de verbo:
Ex.: canalizar (que vem de canal), atualizar (que vem de atual).
 nos derivados de palavras cujo radical termina em -z.
Ex.: cruzeiro (que vem de cruz), enraizar (que vem de raiz).
Obs.: em palavras como analisar e pesquisar não ocorre o sufixo verbal -izar:
análise + ar = analisar; pesquisa + ar = pesquisar.
SEÇÃO 6 8ECONOMIA
Ortografia
Uso de “INHO” e “ZINHO”
Os sufixos -inho e -zinho são utilizados na língua para a formação do grau
diminutivo.
 Se a palavra primitiva que deu origem ao grau diminutivo termina em s ou z,
basta acrescentar o sufixo -inho(a).
 Se ela apresentar outra terminação, devemos acrescentar o sufixo -zinho(a):
Ex.: pires + inho = piresinho;
Ex.: raiz + inha = raizinha;
Ex.: pé + zinho = pezinho.
SEÇÃO 6 9ECONOMIA
Ortografia
Uso de “G” e “J”
Empregamos a letra g:
 nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio:
Ex.: pedágio, colégio, litígio, relógio, subterfúgio.
 nos substantivos terminados em -gem, exceção feita a pajem, lajem e
lambujem.
Ex.: vertigem, coragem, aragem.
Obs.: o substantivo viagem se escreve com g, mas viajem – forma do verbo
viajar – grafa-se com j.
SEÇÃO 6 10ECONOMIA
Ortografia
Uso de “G” e “J”
Empregamos a letra j:
 em palavras de origem indígena ou africana:
Ex.: pajé, canjica, jiboia.
 nos verbos terminados em -jar ou -jear:
Ex.: despejei, gorjeavam.
SEÇÃO 6 11ECONOMIA
Ortografia
Uso de “X” e “CH”
Em geral, empregamos x:
 depois de ditongo:
Ex.: ameixa, caixa, faixa.
 depois da sílaba inicial en- ou me-:
Ex.: enxame, enxoval, enxada, mexer, mexerica.
Obs: os verbos encher, encharcar e derivados, contudo, escrevem-se com ch. O
mesmo ocorre com mecha e derivados.
SEÇÃO 6 12ECONOMIA
Ortografia
Uso de “X” e “CH”
 palavras de origem indígena ou africana:
Ex.: Xangô, xará, xingar.
 palavras do inglês aportuguesadas, que trocam o sh original por x:
Ex.: xampu (de shampoo ), xerife (de sheriff).
SEÇÃO 6 13ECONOMIA
Ortografia
Uso de “E” e “I”
No que se refere ao emprego de e/i, devemos considerar que:
 os verbos terminados em -uar e -oar escrevem-se com e nas formas do
presente do subjuntivo:
Ex.: efetuar – efetues, abençoar – abençoe.
 os verbos terminados em -uir, -air e -oer escrevem-se com i na 2ª e na 3ª p.
do sing. do presente do indicativo:
Ex.: possuir – possuis, cair – cai, moer – móis.
SEÇÃO 6 14ECONOMIA
Ortografia
Uso de “E” e “I”
 nas palavras formadas com o prefixo ante (antes), utilizamos e:
Ex.: antecipar, antediluviano.
 nas palavras formadas com o prefixo anti (contra), utilizamos i:
Ex.: antiaéreo, antitetânica.
SEÇÃO 6 15ECONOMIA
Ortografia
Uso de “S”, “Ç” e “SS”
No que diz respeito ao uso de s/ç/ss, podemos afirmar que:
 verbos grafados com -ced-, -gred-, -mit-, -prim- originam substantivos e
adjetivos com -cess-, -gress-, -miss-, -press-:
Ex.: ceder > cessão, agredir > agressão, omitir > omissão, comprimir >
compressão.
SEÇÃO 6 16ECONOMIA
Ortografia
Uso de “S”, “Ç” e “SS”
 verbos com -nd-, -vert-, -pel- originam nomes com -ns-, -vers-, -puls-:
Ex.: ascender > ascensão, pretender > pretensão, converter > conversão,
expelir > expulsão.
 verbos grafados com -ter originam substantivos grafados com -tenção:
Ex.: abster > abstenção, conter > contenção.
SEÇÃO 6 17ECONOMIA
Ortografia
Uso de “K”, “W” e “Y”
Utilizamos k, w e y:
 em abreviaturas e símbolos de termos científicos:
Ex.: km – quilômetro, w – watt, Y – ítrio.
 em palavras estrangeiras não aportuguesadas:
Ex.: kart, show, hobby.
 em nomes próprios estrangeiros e derivados:
Ex.: Kant, Wagner, Hollywood, kantismo.
SEÇÃO 6 18ECONOMIA
Ortografia
Formas variantes
Há palavras que podem ser grafadas de duas maneiras, ambas aceitas pela
norma culta:
Ex.: cota/quota;
Ex.: catorze/quatorze;
Ex.: cociente/quociente;
Ex.: cotidiano/quotidiano;
Ex.: contacto/ contato;
Ex.: óptica/ótica;
Ex.: secção/seção.
SEÇÃO 6 19ECONOMIA
Ortografia
Uso do hífen
O hífen é comumente utilizado:
 nas palavras compostas para ligação de elementos que mantêm unidade de
sentido e acento próprios, tais como:
Ex.: arco-íris, decreto-lei, tenente-coronel, tio-avô.
 para ligar duas ou mais palavras que, ocasionalmente, combinam-se para
formar encadeamentos vocabulares e não, propriamente, novos vocábulos:
Ex.: ponte Rio-Niterói, relação Angola-Brasil.
SEÇÃO 6 20ECONOMIA
Ortografia
Uso do hífen
 para marcação dos pronomes átonos em ênclise ou mesóclise:
Ex.: comprá-los, lê-la, veja-as, amá-lo-ei.
 para clareza gráfica, se, no final de uma linha, a participação de palavra
composta ou a combinação de palavras coincidir com o hífen, recomenda-
se que ele seja repetido na linha seguinte:
Ex.: ex-
-presidente
Obs.: vale dizer, contudo, que essa prática ainda não foi bem aceita no
Brasil.
SEÇÃO 6 21ECONOMIA
Ortografia
Uso do hífen
Nas formações com prefixos, com elementos não autônomos também
conhecidos como falsos prefixos bem como com sufixos, só empregamos o
hífen nos seguintes casos:
 diante de palavras iniciadas por h:
Ex.: anti-histórico, sobre-humano, super-homem.
Obs.: não se usa, porém, o hífen, nas formações que contêm, em geral, os
prefixos des- e in- nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial.
Ex.: desumano, desumidificar, inábil, inumano.
SEÇÃO 6 22ECONOMIA
Ortografia
Uso do hífen
 quando o prefixo termina em vogal idêntica à do segundo elemento: 
Ex.: anti-ibérico, auto-observação, contra-ataque.
Contudo, nas formações com o prefixo co-, em geral, há a aglutinação do
prefixo com o segundo elemento, mesmo quando ele começa com o:
Ex.: coobrigação, coordenar, cooperação. 
SEÇÃO 6 23ECONOMIA
Ortografia
Uso do hífen
 nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento
começa com vogal, m ou n – além, é claro do h:
Ex.: circum-escolar, circum-navegação, pan-mágico.
 nas formações com os prefixos inter-, hiper-, super- e sub-, quando
combinados com elementos iniciados por r:
Ex.: inter-racial, hiper-requintado, super-resistente.
 nas formações com o prefixo ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-:
Ex.: ex-presidente, sota-piloto, soto-mestre, vice-reitor.
SEÇÃO 6 24ECONOMIA
Ortografia
Uso do hífen
 nas formações com os prefixos tônicospós-, pré-, pró-, além-, recém-,
aquém-, quando o segundo elemento tem vida à parte:
Ex.: pós-graduação, pré-determinado, pró-africano.
 com os sufixos de origem tupi-guarani -açu, -guaçu e -mirim, quando
o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou a
pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos:
Ex.: andá-açu, amoré-guaçu, capim-mirim.
SEÇÃO 6 25ECONOMIA
Ortografia
Uso do hífen
Não empregamos o hífen quando:
 o prefixo ou o falso prefixo terminam em vogal e o elemento seguinte
começa com r ou s – nesses casos devemos duplicar essas consoantes:
Ex.: antirrábico, antissocial, contrarregra.
 o prefixo ou o falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por consoante diferente de r ou s:
Ex.: anteprojeto, autopeça, geopolítica, seminovo.
SEÇÃO 6 26ECONOMIA
Ortografia
Uso do hífen
 o prefixo ou o falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por vogal diferente:
Ex.: antiaéreo, autoavaliação, coautor, aeroespacial.
 os prefixos inter-, hiper-, super- e sub- se unem a elementos não iniciados
por r:
Ex.: intermunicipal, hipermercado, superinteressante.
 as palavras já perderam a noção de composição:
Ex.: girassol, madressilva, paraquedas, pontapé.
SEÇÃO 6 27ECONOMIA
Acentuação gráfica
Diferença entre acento tônico e acento gráfico
Na língua portuguesa, o acento tônico corresponde à 
maior intensidade com que pronunciamos uma 
determinada sílaba em oposição às demais sílabas da 
palavra. 
Pode ser assinalado por sinais gráficos: acento agudo (´) e 
acento circunflexo (^). 
SEÇÃO 6 28ECONOMIA
Acentuação gráfica
Classificação das palavras quanto à acentuação tônica
• Palavra que possui, em sua antepenúltima sílaba, sua maior força, 
ou seja, seu acento tônico, que sempre é expresso graficamente. 
• Ex.: tática, bebíamos.
Proparoxítona
• Palavra que possui, em sua penúltima sílaba, sua maior força, ou 
seja, seu acento tônico, que pode ser expresso graficamente ou 
não. 
• Ex.: panela, órfão.
Paroxítona
• Palavra que possui, em sua última sílaba, sua maior força, ou seja, 
seu acento tônico, que pode ser expresso graficamente ou não. 
• Ex.: cajá, café. 
Oxítona
SEÇÃO 6 29ECONOMIA
Acentuação gráfica
O acento gráfico evita ambiguidades na língua no que diz respeito à 
enunciação de palavras.
Ex.: 
sábia sabia sabiá
Pessoa que tem 
sabedoria
Forma do verbo 
saber
Pássaro
A maioria das palavras paroxítonas da língua portuguesa terminam em a, e e o,
e, por isso, não são acentuadas graficamente, ao contrário das oxítonas.
Função do acento gráfico
SEÇÃO 6 30ECONOMIA
Acentuação gráfica
Paroxítonas e oxítonas
Paroxítonas com terminações mais raras – diferentes de a, e e o – são acentuadas
graficamente, ao contrário das oxítonas:
Terminações Paroxítonas Oxítonas
Terminadas em i/is Ex.: júri, júris, lápis, tênis Ex.: aqui, caqui, dividi, gentis
Terminadas em nos Ex.: elétrons Ex.: bombons
Terminadas em us Ex.: vírus, bônus Ex.: urubus, bambus
Terminadas em um/uns Ex.: fórum, álbum, 
álbuns
Ex.: comum, comuns
Terminadas em ditongo Ex.: memória, fáceis, 
imóveis, órgão, órgãos
Ex.: bebeu, partiu
Terminadas em ã/ãs Ex.: órfã, órfãs, ímã Ex.: anã, campeã
SEÇÃO 6 31ECONOMIA
Acentuação gráfica
Paroxítonas e oxítonas
Paroxítonas terminadas em ps, r, x, n e l também levam acento gráfico, ao contrário das
oxítonas:
Terminações Paroxítonas Oxítonas
Terminadas em ps Ex.: bíceps, fórceps -
Terminadas em r Ex.: caráter, mártir, 
revólver
Ex.: falar, memorizar, patamar
Terminadas em x Ex.: tórax, ônix, látex Ex.: xerox
Terminadas em n Ex.: hífen, pólen, mícron, 
próton
Ex.: anion, cation
Terminadas em l Ex.: fácil, amável, 
indelével
Ex.: pastel, anel, tonel
SEÇÃO 6 32ECONOMIA
Acentuação gráfica
Proparoxítonas
Por serem raras na língua, todas as proparoxítonas levam acento gráfico:
Ex.: lâmpada, paráfrase, lêssemos, pêndulo.
SEÇÃO 6 33ECONOMIA
Acentuação gráfica
Monossílabos
Palavras de uma única sílaba – podem ser tônicas ou átonas. 
Todos os monossílabos tônicos terminados em a, e, o – seguidos ou não de s –
são marcados com acento gráfico:
Ex.: pá, pé, nó (subst.), pás, pés, pós, lê, hás, crês.
Contudo, as formas átonas não são acentuadas graficamente:
Ex.: nas, mas, de (preposição).
SEÇÃO 6 34ECONOMIA
Acentuação gráfica
Acento diferencial
Marca diferença entre algumas palavras foneticamente semelhantes, mas
com sentidos diferentes:
 pôr (igual a colocar) versus por (prep.):
Ex: Não iremos pôr novas máquinas nas salas. 
Ex.: Não trocaremos essas máquinas por outras.
 porquê (igual a motivo) versus porque (igual a pois, antes do fim da oração):
Ex.: Não sei o porquê dessa atitude. 
Ex.: Está aqui porque foi convocado. 
SEÇÃO 6 35ECONOMIA
Acentuação gráfica
Acento diferencial
 pôde (3a. p. do sing. do pret. perf.) versus pode (3a. p. do sing. do pres. do ind.):
Ex.: A empresa não pôde realizar a entrega no prazo.
Ex.: Ele não pode nos tratar assim.
 tem e vem (3a. p. do sing.) versus têm e vêm (3a. p. do plur.):
Ex.: Ele nos tem escrito muito./Ele vem sempre aqui.
Ex.: Eles nos têm escrito muito./Eles vêm sempre aqui.
 verbos derivados de ter e vir – acento agudo na 3a. p. do sing. e acento circunflexo na 3a.
p. do plur. do pres. do ind.
Ex.: O departamento retém parte das verbas.
Ex.: Os departamentos retêm parte das verbas.
SEÇÃO 6 36ECONOMIA
Acentuação gráfica
Acento diferencial
Observação:
Não utilizamos mais o acento diferencial em pares como:
 para (verbo) e para (prep.);
 pelo (subst.) e pelo (contração de prep. e art.);
 polo (que significa extremidade) e polo (que significa gavião).
SEÇÃO 6 37ECONOMIA
Acentuação gráfica
Trema
Só usado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como
mülleriano, de Müller.
Portanto, segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, não há
mais trema em palavras que antes grafavam-se com güi, güe, qüi e qüe:
Ex.: linguística, aguentar, tranquilo, consequência.
SEÇÃO 6 38ECONOMIA
Acentuação gráfica
Dupla Possibilidade
Verbos terminados em -guar, -quar e -quir admitem duas pronúncias em
algumas formas do pres. do ind., do pres. do subj. e do imperativo:
 quando pronunciados com a e i tônicos, levam acento gráfico:
Ex: enxáguo, enxáguem, oblíquas, oblíque.
 quando pronunciados com u tônico, não têm acento gráfico:
Ex.: enxaguo, enxaguem, obliquas, oblique.
SEÇÃO 6 39ECONOMIA
Acentuação gráfica
Observações Finais
 Formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidas de -lo, -la, -los, -
las também são acentuadas como as palavras paroxítonas ou oxítonas:
Ex.: amá-lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo-á, pô-lo, comprá-la-á.
 Acentuamos os ditongos de pronúncia aberta eu, ei e oi apenas nas
palavras oxítonas:
Ex.: céu, chapéu, herói, papéis, troféus.
 Nas palavras oxítonas, usamos acento agudo nas vogais i e u tônicas que
estiverem em posição final – ou seguidas de s.
Ex.: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
SEÇÃO 6 40ECONOMIA
Acentuação gráfica
Observações Finais
 Nas palavras oxítonas e paroxítonas, as vogais i e u levam acento agudo
quando tônicas e quando sozinhas na sílaba ou seguidas de s, desde que
não sejam precedidas por ditongo ou seguidas de nh.
Ex.: baía, ciúme, egoísmo.
 Também não mais se acentuam, graficamente, os hiatos finais eem e oo(s).
Ex.: creem, leem, veem, abençoo, enjoo, voos.
SEÇÃO 6 41ECONOMIA
Concordância Nominal e Verbal: concordância nominal
É aquela que se estabelece entre substantivos ou pronomes substantivos –
conhecidos como determinados – e os diferentes elementos que os 
caracterizam – os elementos de natureza adjetiva, também chamados de 
determinantes. 
SEÇÃO 6 42ECONOMIA
Concordância nominal
Elementos de natureza adjetiva ou determinantes são aqueles que tendem a
ter gênero e número dos determinados a que se referem. São eles:
 os adjetivos propriamente ditos;
 os artigos;
 os pronomes adjetivos;
 os numerais adjetivos;
 os particípios verbais.
Determinantes e Determinados 
SEÇÃO 6 43ECONOMIA
Concordância nominalDeterminante antes dos determinados:
 Com palavras determinadas do mesmo gênero: o determinante concorda com a mais
próxima em gênero e número – o que é mais comum – ou vai para o plural e para o gênero
comum.
Ex.: Receberam oportuna visita e notícia./Receberam oportunas visita e notícia.
 Com palavras determinadas de gêneros diferentes: o determinante concorda com a mais
próxima em gênero e número – o que é mais comum – ou vai para o plural masculino.
Ex.: Escolheste má hora e lugar./Escolheste maus hora e lugar.
Um só determinante e mais de um determinado
SEÇÃO 6 44ECONOMIA
Concordância nominal
 Com palavras determinadas que se refiram a uma mesma pessoa ou coisa
ou com o determinante em referência a apenas uma delas: o determinante
irá para o singular.
Ex.: Sempre serei seu fiel amigo e servidor.
Ex.: Esperamos bom preço e qualidade.
SEÇÃO 6 45ECONOMIA
Concordância nominal
 Se o determinante é um predicativo: irá para o singular ou para o plural,
dependendo do verbo.
Ex.: Estava calmo o coordenador e a supervisora durante a vistoria.
Ex.: Estavam calmos o coordenador e a supervisora durante a vistoria.
Obs.: antes de nomes próprios, contudo, o plural é obrigatório.
Ex.: As simpáticas Cíntia e Valéria.
SEÇÃO 6 46ECONOMIA
Concordância nominal
Determinante depois dos determinados:
 Depois de palavras determinadas do mesmo gênero: o determinante concorda com a
mais próxima em gênero e número ou vai para o plural e para o gênero comum,
indiferentemente.
Ex.: Estavam ali um jovem e um homem preocupado./Estavam ali um jovem e um
homem preocupados.
 Com palavras determinadas de gêneros diferentes: o determinante concorda com a mais
próxima em gênero e número ou vai para o plural masculino, indiferentemente.
Ex.: Precisamos de material e sala adequada./Precisamos de material e sala
adequados.
SEÇÃO 6 47ECONOMIA
Concordância nominal
 Se o determinante posposto for um predicativo, o plural é obrigatório.
Ex.: O diagramador e a coordenadora estão atrasados.
 Se o determinante for um pronome possessivo, deverá concordar com o
termo mais próximo.
Ex.: Por senso de responsabilidade e vontade sua, resolveu ficar.
Obs.: é claro também que, se o adjetivo estiver se referindo somente a um
substantivo, concordará apenas com o último substantivo.
Ex.: Da janela avistava sol e mar azul.
SEÇÃO 6 48ECONOMIA
Concordância nominal
Um só determinado e mais de um determinante
 A palavra determinada vai para o plural, e os determinantes ficam sem artigo.
Ex.: Estudava os idiomas francês, inglês e italiano.
 A palavra determinada vai para o singular, e o artigo é obrigatório a partir do segundo
determinante.
Ex.: Estudava o idioma francês, o inglês e o italiano.
 Com numerais ordinais que se refiram a um único substantivo, podem ser usadas as
seguintes construções.
Ex.: A norma está relacionada a processos do 1°. e 2°. grau./A norma está relacionada
a processos do 1°. e 2°. graus.
Ex.: Os andares quinto e sexto serão interditados.
SEÇÃO 6 49ECONOMIA
Concordância nominal
As expressões é bom, é necessário, é proibido, além de tantas outras
formadas com o verbo ser mais um adjetivo são invariáveis.
Ex.: Bebida alcoólica é proibido para menores.
Obs.: com sujeito precedido de artigo – ou palavra equivalente –, a
concordância, contudo, é obrigatória.
Ex.: A bebida alcoólica é proibida para menores.
Expressões com verbo ser mais adjetivo
SEÇÃO 6 50ECONOMIA
Concordância nominal
Os adjetivos apresentados a seguir concordam em gênero e número com as
palavras determinadas a que se referem:
 Anexo, incluso.
Ex.: Seguem anexos os documentos.
Ex.: Vai inclusa a procuração.
Obs.: a expressão em anexo, contudo, é invariável, mas não é de bom tom
segundo os padrões cultos da língua:
Ex.: Os documentos seguem em anexo.
Palavras sempre variáveis
SEÇÃO 6 51ECONOMIA
Concordância nominal
 Mesmo, próprio
Ex.: Elas mesmas realizarão a correção.
Ex.: Eles próprios estarão à frente do processo.
 Leso – vem do verbo lesar, no sentido de prejudicar, mas é forma adjetiva
Ex.: Burlar essas leis constitui crime de lesa-pátria.
 Obrigado, agradecido, grato
Ex.: “Muito obrigadas”, agradeceram elas.
Ex.: Nós todos estamos agradecidos por sua colaboração.
SEÇÃO 6 52ECONOMIA
Concordância nominal
 Quite.
Ex.: Nós estaremos quites depois desses acertos.
 Tal qual – tal concorda com o termo anterior e qual com o posterior.
Ex.: Os funcionários são tais quais seus chefes.
Ex.: Os resultados são tais qual o planejamento.
SEÇÃO 6 53ECONOMIA
Concordância nominal
As seguintes expressões não constituem adjetivos propriamente ditos, mas
expressões invariáveis:
 Menos.
Ex.: Acredito que agora elas estejam menos ocupadas.
 Alerta.
Ex.: Estamos todos alerta.
 Salvo – no sentido de exceto, com exceção de.
Ex.: Salvo prescrições contrárias ao acordo, tudo ocorrerá como havíamos
previsto.
Palavras sempre invariáveis
SEÇÃO 6 54ECONOMIA
Concordância nominal
 Pseudo e todo – quando usados em termos compostos.
Ex.: Acabamos descobrindo que eles eram pseudoespecialistas.
 A olhos vistos – significa visivelmente.
Ex.: Ela definhava a olhos vistos.
 Substantivos adjetivados – alguns substantivos podem ser usados na caracterização de
outros substantivos. Nesse caso, permanecem invariáveis.
Ex.: Comprei uma nova blusa vinho.
 Adjetivos adverbiados – alguns adjetivos costumam ser usados não em referência a
substantivos, mas como advérbios, para modificar verbos, adjetivos ou outros advérbios.
Têm, assim, o mesmo sentido de advérbios terminados em -mente:
Ex.: Ela falou sério. = Ela falou seriamente.
SEÇÃO 6 55ECONOMIA
Concordância nominal
Palavras variáveis ou invariáveis
Algumas palavras e expressões ora possuem valor adjetivo, ora apresentam
valor adverbial:
Exemplos Valor adjetivo Valor adverbial
Bastante Ex.: Bastantes pessoas estão 
presentes.
Ex.: Já trabalhamos bastante por 
hoje.
Muito Ex.: Muitas pessoas estão 
preocupadas com a situação.
Ex.: Essas cópias ficaram muito
boas.
Pouco Ex.: Poucos documentos
precisarão de revisão.
Ex.: Falar pouco é apropriado nessas 
circunstâncias.
SEÇÃO 6 56ECONOMIA
Concordância nominal
Exemplos Valor adjetivo Valor adverbial
Meio Expressando metade de. Ex.: Comi 
apenas meia porção no almoço.
No sentido de mais ou menos. Ex.: A 
porta está meio aberta.
Caro Ex.: Esta reforma já está muito 
cara.
Ex.: Esses erros vão nos custar caro.
Barato Ex.: Os fichários serão baratos. Ex.: Pagamos barato a nova 
construção.
Longe Ex.: Já percorremos longes 
caminhos para chegar aqui.
Ex.: Ainda estamos longe de alcançar 
nossos objetivos.
Só Ex.: Elas estão muito sós naquela 
sala.
Ex.: Só precisamos de um pouco mais de 
paciência.
SEÇÃO 6 57ECONOMIA
Concordância nominal
Possível
 A palavra possível em expressões superlativas como o mais, o menos, o
melhor, o pior, fica no singular, afastada ou não dessas expressões.
Ex.: Quero materiais o menos possível caros./Quero materiais o menos
caros possível.
 Vai para o plural, contudo, quando o artigo vier no plural.
Ex.: Dei-lhe as respostas mais espontâneas possíveis.
 A expressão quanto possível é invariável.
Ex.: Proporcionou-lhe informação quanto possível.
SEÇÃO 6 58ECONOMIA
Concordância nominal
Um ou outro/nem um nem outro/um e outro
 Com as expressões um ou outro e nem um nem outro como sujeito: o
substantivo e o verbo aparecem no singular.
Ex.: Um ou outro estagiário será o responsável por esta árdua tarefa.
 Com a expressão um e outro como sujeito: o substantivo é usado no
singular, mas o verbo poderá aparecer no plural ou no singular.
Ex.: Um e outro problema podem ser facilmente resolvidos./ Um e outro
problema pode ser facilmente resolvido.
SEÇÃO 6 59ECONOMIA
Concordância nominal
Obs.: se as expressões nem um nem outro e um e outro se referirem a nomes
de gêneros diferentes, é mais comum o emprego de substantivo no masculino,
contudo, cada núcleo da expressão pode concordar com o termo referido:
Ex.: Quando contratamosPedro e Marta, não sabíamos quanto um e
outro seriam importantes para a empresa./Quando contratamos Pedro e
Marta, não sabíamos quanto um e outra seriam importantes para a
empresa.
SEÇÃO 6 60ECONOMIA
Concordância nominal
Adjetivos compostos
 Com adjetivos compostos que se referem a nacionalidades, a concordância
em gênero e número só ocorrerá no último adjetivo do composto:
Ex.: A cultura de negócios anglo-germânica é muito diferente da nossa.
 Com adjetivos compostos que designam nomes de cores, o mais comum é
deixar o primeiro adjetivo invariável – no masculino e no singular – e
estabelecer a concordância do segundo com o determinado:
Ex.: Havíamos escolhido folhas de papel verde-escuras.
SEÇÃO 6 61ECONOMIA
Concordância nominal
Particípios verbais
 Os particípios verbais concordam com o determinado.
Ex.: Terminados os preparativos para a vistoria, só restava a todos
aguardar.
Obs.: em um tempo composto na voz ativa, contudo, o particípio fica
invariável.
Ex.: Os diretores já tinham iniciado a reunião quando chegamos.
SEÇÃO 6 62ECONOMIA
Concordância ideológica
Concordância ideológica ou silepse é aquela que se dá não com a forma 
gramatical das palavras, mas com seu sentido.
SEÇÃO 6 63ECONOMIA
Concordância ideológica
Tipos de concordância ideológica:
• Ex.: A dinâmica São Paulo sofre com as enchentes.
Silepse de gênero
• Ex.: Os brasileiros não comemoramos a vitória da seleção.
Silepse de pessoa
• Ex.: “Os sertões” conta a guerra de Canudos.
Silepse de número
SEÇÃO 6 64ECONOMIA
Concordância verbal
É aquela que se estabelece entre os verbos e os diferentes elementos que 
praticam as ações por eles expressas – sujeitos.
SEÇÃO 6 65ECONOMIA
Concordância verbal
Regra geral: o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito.
Exemplos Forma Verbal Sujeito
Nós precisamos de mais 
ajuda por aqui.
1ª. pessoa do plural Nós
Acreditas realmente nisso? 2ª. pessoa do singular Tu (implícito no enunciado)
O novo funcionário não foi
capaz de resolver o 
problema.
3ª. pessoa do singular O novo funcionário
Todos estarão preparados 
para a entrevista.
3ª. pessoa do plural. Todos
Regra geral
SEÇÃO 6 66ECONOMIA
Concordância verbal
Regra geral: o verbo concorda com o sujeito.
Obs.: o sujeito nem sempre, vem antes do verbo ou encontra-se
explicitamente grafado na oração.
Ex.: Aconteceram muitas transformações na empresa, nos últimos
tempos = Muitas transformações aconteceram na empresa, nos últimos
tempos.
Concordância com o sujeito simples
SEÇÃO 6 67ECONOMIA
Concordância verbal
Regra geral para sujeito antes do verbo: o verbo irá para o plural. 
Ex.: Os dicionários e o mapa chegaram. 
Concordância com o sujeito composto
SEÇÃO 6 68ECONOMIA
Concordância verbal
Exceções: verbo no singular:
 Com núcleos sinônimos ou quase sinônimos.
Ex.: O rancor e o ódio deixou-o perplexo.
 Com núcleos dispostos em gradação ou resumidos por um pronome
indefinido.
Ex.: Uma indignação, uma raiva profunda, uma raiva mortal dominava-o.
Ex.: Alunos, mestres diretores, ninguém faltou.
 Com sujeito formado de dois infinitivos que não exprimem ideias contrárias.
Ex.: Trabalhar e estudar fazia dele um homem feliz.
SEÇÃO 6 69ECONOMIA
Concordância verbal
Regra geral para sujeito depois do verbo: o verbo poderá ir para o plural ou
concordar com o núcleo do sujeito mais próximo.
Ex.: Chegaram o mapa e os dicionários./Chegou o mapa e os dicionários.
SEÇÃO 6 70ECONOMIA
Concordância verbal
Sujeito composto por pessoas diferentes:
 Composição com pessoas diferentes, dentre elas a 1ª. p.: o verbo irá para a 1ª. p. do plur.
Ex.: Eu, tu e ele resolveremos o problema. = Nós resolveremos o problema.
 Composição com a 2ª. e a 3ª. p.: o verbo poderá ir para a 2ª. ou para a 3ª. p. do plur.
Ex.: Tu e teu colega chegastes/chegaram cedo. = Vós chegastes/Vocês chegaram
cedo.
 Se o verbo vier antes do sujeito, também poderá concordar com o núcleo mais próximo.
Ex.: Agora percebes tu e ele o grande erro.
SEÇÃO 6 71ECONOMIA
Concordância verbal
Núcleos do sujeito unidos por ou:
 Se o ou possui valor excludente: verbo no singular.
Ex.: Roma ou Viena será a próxima sede da companhia.
 Se o ou não possui valor excludente: verbo no plural.
Ex.: Roma ou Viena são excelentes locais para a próxima sede da
empresa.
Obs.: com a expressão um ou outro – que apresenta valor do ou excludente:
verbo no singular.
Ex.: Um ou outro coordenador poderá estar presente.
SEÇÃO 6 72ECONOMIA
Concordância verbal
Núcleos do sujeito unidos por com:
 Construção mais comum: verbo no plural.
Ex.: O Sr. Pedro Alcântara com os demais diretores da empresa
estiveram presentes à inauguração.
 Para dar mais destaque ao primeiro elemento do sujeito ou com o verbo
antes do sujeito: verbo no singular.
Ex.: Mal saíra da sala o representante com seu assistente, chegou a
notícia.
SEÇÃO 6 73ECONOMIA
Concordância verbal
Núcleos do sujeito unidos por nem:
 Construção mais comum: verbo no plural.
Ex.: Nem o cansaço nem as dúvidas abalavam sua vontade.
 Quando o verbo precede o sujeito ou quando, entre os elementos do
sujeito, existe ideia de exclusão: verbo no singular.
Ex.: Aqui nunca se recusou nem trabalho nem esforço.
Obs.: Com a expressão nem um nem outro – ou mesmo com seu contrário
um e outro: verbo no plural ou no singular.
Ex.: Nem um nem outro são capazes de responder a nossas dúvidas./Nem
um nem outro é capaz de responder a nossas dúvidas.
SEÇÃO 6 74ECONOMIA
Concordância verbal
Núcleos do sujeito correlacionados: verbo no plural.
Ex.: Não só os processos mas também a equipe foram totalmente
reestruturados.
SEÇÃO 6 75ECONOMIA
Concordância verbal
Regra especial: o verbo ora concorda com o sujeito, ora com o predicativo:
 Quando o sujeito for um pronome interrogativo quem ou que: o verbo
concorda com o predicativo.
Ex.: Que são todos esses papéis aqui esparramados?
 Quando indicar tempo, data ou distância: o verbo concorda com o numeral.
Ex.: É primeiro de maio.
Concordância com o verbo ser
SEÇÃO 6 76ECONOMIA
Concordância verbal
 Quando houver pronome pessoal: o verbo concorda sempre com ele, sendo
sujeito ou predicativo.
Ex.: Os responsáveis somos nós.
 Quando um dos elementos do sujeito ou do predicativo for pessoa: o verbo
concorda, obrigatoriamente, com ele.
Ex.: Juliana era as esperanças da equipe.
 Quando o sujeito for tudo ou um pron. demonstrativo neutro – o, isto, isso,
aquilo: o verbo concorda, preferencialmente, com o predicativo.
Ex.: Nem tudo aqui são flores./Nem tudo aqui é flores.
SEÇÃO 6 77ECONOMIA
Concordância verbal
 Quando o sujeito é um nome de coisa, no singular, e o predicativo, um
substantivo no plural: o verbo vai para o plural.
Ex.: A causa da demissão foram as reclamações constantes do chefe.
 Nas expressões do tipo é muito, é pouco, é suficiente, é bastante, é mais que
(do que), é menos que (do que), que exprimem preço, medida e quantidade:
verbo no singular.
Ex.: Cem metros é muito.
 Com o sujeito determinado: verbo no plural.
Ex.: Dois quilos é suficiente para nós./Esses dois quilos são suficientes
para nós.
SEÇÃO 6 78ECONOMIA
Concordância verbal
Concordância dos verbos passivos
Voz passiva analítica Voz passiva sintética
sujeito verbo 
auxiliar 
verbo 
principal
verbo 
transitivo 
direto
se
(partícula
apassivadora)
sujeito
Relógios são consertados Consertam- -se relógios
O verbo sempre concorda com o sujeito
SEÇÃO 6 79ECONOMIA
Concordância verbal
Orações com sujeito indeterminado
Oração com sujeito indeterminado
verbo transitivo indireto 
ou intransitivo
(voz ativa)
se 
(índice de
indeterminação 
do sujeito)
(complemento verbal ou 
adjuntos adverbiais)
Precisa- -se de funcionários
Vive- -se bem aqui
O verbo permanece no singular porque o sujeito é indeterminado.
SEÇÃO 6 80ECONOMIA
Concordância verbal
Orações com verbos impessoais
Verbos impessoais são aqueles que permanecem 
invariáveis no enunciado, sendo usados, portanto, 
apenas na 3ª. pessoa do singular para assinalarorações sem sujeito. 
SEÇÃO 6 81ECONOMIA
Concordância verbal
Os verbos impessoais na língua portuguesa são:
 os que indicam fenômenos da natureza, como chover, trovejar, relampejar,
nevar.
Ex.: Choveu muito ontem à noite.
 os verbos haver e fazer na indicação de tempo.
Ex.: Há muitos dias não o vejo.
 o verbo haver no sentido de existir.
Ex.: Há pessoas demais falando nesta sala.
SEÇÃO 6 82ECONOMIA
Concordância verbal
Concordância com coletivos:
 Com coletivos não especificados: verbo no singular.
Ex.: A multidão aplaudiu a excelente palestra com entusiasmo.
 Com coletivos especificados: verbo no singular ou no plural.
Ex.: A multidão de estudantes aplaudiu a jogada./A multidão de
estudantes aplaudiram a jogada.
Casos especiais
SEÇÃO 6 83ECONOMIA
Concordância verbal
Concordância com nomes que só se usam no plural:
 Precedido de artigo ou determinado de outra maneira: verbo concorda com o artigo ou
com o determinante, no plural.
Ex.: As férias fazem bem a todos.
Ex.: Suas núpcias estão próximas.
 Não precedido de artigo: verbo no singular.
Ex.: Pêsames significa o mesmo que expressão de condolência.
 Com substantivos próprios que só se usam no plural: o plural no verbo é determinado
pelo uso do artigo junto a esses nomes.
Ex.: Os Estados Unidos não assinaram o acordo para proteção do meio ambiente.
Ex.: Minas Gerais é um dos mais belos estados do Brasil.
SEÇÃO 6 84ECONOMIA
Concordância verbal
 Nos títulos de obras, com nomes no plural – ainda que antecedidos de artigo: é comum o
emprego do verbo no singular.
Ex.: “As Diretrizes para Apresentação do Orçamento” representa um dos documentos
mais bem elaborados deste setor.
 Com as expressões mais de, menos de e um dos que: o verbo concorda com o numeral
que se segue a essas expressões.
Ex.: Mais de um funcionário faltou hoje./Mais de dois funcionários faltaram hoje.
 Com as expressões um dos que, uma das que, um daqueles que, uma daquelas que: o
verbo irá para o plural ou para o singular, quando desejamos dar destaque ao elemento
do grupo.
 Ex.: O novo consultor é um dos que mais se destacaram na equipe neste ano./O
novo consultor é um dos que mais se destacou na equipe neste ano.
SEÇÃO 6 85ECONOMIA
Concordância verbal
 Com as expressões do tipo quais de nós e quais de vós – com o sujeito
formado por pronome indefinido no plural: o verbo pode concordar com o
pronome indefinido ou com o pronome pessoal.
Ex.: Muitos de nós ficarão até mais tarde amanhã?/ Muitos de nós
ficaremos até mais tarde amanhã?
 Com o sujeito formado por pronome indefinido no singular: o verbo ficará,
obrigatoriamente, na 3ª. p. do sing.
Ex.: Qual de nós está disposto a isso?
SEÇÃO 6 86ECONOMIA
Concordância verbal
 Com a expressão haja vista, considerando a oração com sujeito:
concordância do verbo com o sujeito da oração.
Ex.: Hajam vista os problemas recentes, adiaremos a reunião.
 Considerando a oração sem sujeito: verbo no singular.
Ex.: Haja vista os problemas recentes, adiaremos a reunião.
 Considerando a oração sem sujeito, mas com complemento preposicionado:
verbo no singular.
Ex.: Haja vista aos problemas recentes, sairemos.
SEÇÃO 6 87ECONOMIA
Concordância verbal
 Com pronomes de tratamento: o verbo fica na 3ª. p. do sing. ou do plur.
 Ex.: Sua Excelência, o Ministro das Relações Exteriores, adiou a coletiva à
imprensa.
 Ex.: Vossas Senhorias não gostariam de aguardar em um local mais confortável?
 Com o pronome relativo qual/quais na função sujeito: o verbo concorda com o
antecedente do pronome.
Ex.: Recebemos o documento e as notas as quais precisam ser corrigidas.
 Com o pronome relativo quem: o verbo fica no singular ou concorda com o antecedente
do pronome relativo.
Ex.: Sou eu quem aprovará a versão final./Sou eu quem aprovarei a versão final.
SEÇÃO 6 88ECONOMIA
Concordância verbal
 Com o pronome relativo que: o verbo concorda com o antecedente desse
pronome relativo.
Ex.: Desconhecemos as etapas que foram acrescentadas posteriormente
ao processo.
Ex.: Sou eu que farei a análise.
Obs.: quando o antecedente do relativo que funciona como predicativo da
oração principal, o verbo pode ficar no singular ou concordar com o sujeito da
oração principal.
Ex.: Nós somos os supervisores que arcarão com as consequências./Nós
somos os supervisores que arcaremos com as consequências.
SEÇÃO 6 89ECONOMIA
Concordância verbal
 Com porcentagens e numerais fracionários, quando o sujeito for indicado
por uma porcentagem seguida de substantivo: o verbo pode concordar com
o numeral que compõe a porcentagem ou com o substantivo.
Ex.: 1% dos novos contratos ainda não foram assinados./1% dos novos
contratos ainda não foi assinado.
Ex.: 25% do orçamento destina-se a aperfeiçoamento da equipe./25% do
orçamento destinam-se a aperfeiçoamento da equipe.
SEÇÃO 6 90ECONOMIA
Concordância verbal
 Com sujeitos formados por numerais fracionários, a concordância, em geral,
é feita com o numerador.
Ex.: Um terço das receitas será aplicado na área de produção.
Obs.: A concordância com o substantivo plural também não está incorreta,
quando se trata de numerador unitário.
Ex: Um quarto dos funcionários da empresa possuíam diploma de nível
superior.
SEÇÃO 6 91ECONOMIA
Concordância verbal
 Os numerais milhão, bilhão e trilhão, quando seguidos de substantivos no
plural, levam, preferencialmente, o verbo para o plural.
Ex.: Um milhão de reais serão gastos em reformas estruturais./Um
milhão de reais será gasto em reformas estruturais.
Obs.: formas predicativas que se refiram ao sujeito podem concordar com os
numerais ou com os elementos contados.
Ex.: Os dois bilhões de sementes que foram estocados./Os dois bilhões de
sementes que foram estocadas.
SEÇÃO 6 92ECONOMIA
Concordância verbal
 Com sujeito oracional: o verbo necessariamente aparecerá no singular.
Ex.: Fazer exercícios faz bem à saúde.
 Com os verbos dar, bater e soar: existe a concordância com o sujeito que,
ocasionalmente, pode ser o número de horas.
Ex.: Deram duas horas no relógio da fábrica.
Ex.: Bateu três horas em ponto o relógio.
Obs.: o verbo passar, quando se refere a horas, permanece no singular.
Ex.: A propósito, já passa das onze horas, acho que podemos encerrar por
aqui.
SEÇÃO 6 93ECONOMIA
Concordância verbal
 Com o verbo parecer + infinitivo, o verbo parecer pode ser flexionado.
Ex.: As pessoas todas pareciam não entender o que estava acontecendo.
 O infinitivo pode ser flexionado, e o verbo parecer permanece invariável.
Ex.: Os dias parece se arrastarem nesta época do ano. = Parece se
arrastarem os dias nesta época do ano.
 Sem o infinitivo e junto a uma conjunção que, o verbo parecer fica no
singular.
Ex.: As más notícias parece que voam = Parece que as más notícias 
voam.
SEÇÃO 6 94ECONOMIA
Regência verbal e nominal
Regência verbal
Regência verbal é a relação que se estabelece entre os 
verbos – termos regentes – e os elementos que os 
complementam – termos regidos. 
SEÇÃO 6 95ECONOMIA
Regência verbal
Verbos que necessitam de complementação ou caracterização podem aparecer
na forma de:
 Um termo regido sem preposição obrigatória.
Ex.: Nem sempre fazemos tudo conforme as regras.
 Um termo regido com preposição obrigatória.
Ex.: Precisamos de sua ajuda aqui com urgência.
Regra geral
SEÇÃO 6 96ECONOMIA
Regência verbal
Verbos que necessitam de complementação ou caracterização podem aparecer na forma
de:
 Um termo regido sem preposição obrigatória.
Ex.: Nem sempre fazemos tudo conforme as regras.
 Um termo regido com preposição obrigatória.
Ex.: Precisamos de sua ajuda aqui com urgência.
 Um termo regido sem preposição obrigatória e outro com preposição obrigatória.
Ex.: Oferecemos auxílio a todos.
 Mais de um termo regido de preposições obrigatórias diferentes.
Ex.: Rogue a Deus por nós.
SEÇÃO 6 97ECONOMIA
Regência verbal
 Algumas vezes, na relação entre o verbo e seu complemento, além da
preposição, pode estar envolvida ainda uma conjunção, o que ocorre quando overbo tem como complemento não apenas um termo, mas uma oração.
Ex.: Nós esperamos [que nossa presença não atrapalhe].
Ex.: Não se esqueça [de que ele virá logo].
Relação verbo-complemento
SEÇÃO 6 98ECONOMIA
Regência verbal
• Ex.: Estimamos muito a ajuda deles. 
Estimar. 
• Ex.: Apreciei o espetáculo.
Apreciar.
• Ex.: Nós favorecemos os mais capazes. 
Favorecer.
• Ex.: Não é proibido a Pedro namorar Maria. 
Namorar. 
• Ex.: Seu atraso prejudicou toda a produção. 
Prejudicar.
• Ex.: Somos trinta nesta sala. 
Ser.
Regência de alguns verbos sem preposição obrigatória
SEÇÃO 6 99ECONOMIA
Regência verbal
 Termos regidos sem preposição obrigatória que se refiram à 3ª. p. do discurso podem ser
substituídos pelos pronomes pessoais o(s), a(s).
Ex.: Encomendei muitos livros novos = Encomendei-os.
Obs.: o verbo ou o pronome podem sofrer algumas alterações, que buscam a melhor
adaptação fonética de uma forma a outra. Isso ocorre quando:
 O verbo termina em -am, -em, -ão ou -õe – os pronomes ganham um -n inicial.
Ex.: Encontraram uma amiga = Encontraram + a = Encontraram-na.
 O verbo termina em -r, -s ou -z – os pronomes ganham um
-l inicial.
Ex.: Fazer os exercícios = Fazer + os = Fazê-los.
SEÇÃO 6 100ECONOMIA
Regência verbal
 Os pronomes lhe e lhes só acompanham os verbos não regidos por
preposição obrigatória para indicar, em relação a eles, ideia de posse e não o
complemento propriamente dito.
Ex.: Precisamos entender-lhe as diretrizes = Precisamos entender as
diretrizes (complemento) deles.
Ex.: Aprecio-lhes a disposição = Aprecio a disposição (complemento)
deles.
SEÇÃO 6 101ECONOMIA
Regência verbal
Uso da preposição junto a verbos que, normalmente, não a demandariam,
para manter a clareza da frase. Isso ocorre:
 Para evitar confusão entre o sujeito e o complemento do verbo.
Ex.: Convenceu ao chefe o funcionário = O funcionário convenceu o chefe.
 Em expressões de reciprocidade.
Ex.: As pessoas convidavam-se umas às outras.
SEÇÃO 6 102ECONOMIA
Regência verbal
Uso da preposição para dar mais ênfase ou força de expressão a seus
complementos, nos seguintes casos:
 Com nomes de pessoas, principalmente na expressão de sentimentos.
Ex.: Amamos a nossos pais antes de tudo.
 Em construções em que antecipamos o complemento.
Ex.: Ao Diretor é que não podemos enganar!
 Em construções enfáticas.
Ex.: Imagine quando soubemos do caso!
SEÇÃO 6 103ECONOMIA
Regência verbal
A preposição pode ser uma exigência obrigatória não do termo regente, mas
do termo regido. É o que ocorre com os pronomes pessoais mim, ti, si, ele, ela,
nós, vós, eles, elas e com o pronome relativo quem.
Ex.: Parecia que ele hostilizava antes a mim do que a proposta.
Ex.: Era um homem a quem todos respeitavam.
SEÇÃO 6 104ECONOMIA
Regência verbal
• Ex.: Simpatizo com o novo Coordenador. 
Antipatizar e simpatizar. 
• Ex.: Chegamos à reunião atrasados. 
• Ex.: Vamos sempre aos encontros. 
Chegar e ir. 
• Ex.: Ele desobedeceu às normas
propositalmente.
Desobedecer e obedecer. 
• Ex.: Residimos na Rua Santa Sofia.
Morar e residir. 
• Ex.: Prefiro planejamento à revisão. 
Preferir.
• Ex.: Respondi a todas as questões.
Responder.
Regência de alguns verbos com preposição obrigatória
SEÇÃO 6 105ECONOMIA
Comunicação empresarial
 Em geral, verbos que precisam de complementos com preposição
obrigatória não podem ser usados na voz passiva. Atualmente, contudo,
verificamos com alguns deles essa possibilidade.
Ex.: Os sinais de trânsito devem ser obedecidos por todos, motoristas e
pedestres.
Ex.: Todas as perguntas já foram respondidas.
 Termos regidos com preposição obrigatória que se refiram à 3ª. p. do
discurso podem ser substituídos pelos pronomes pessoais lhe e lhes, que
não são preposicionados.
Ex.: Obedeço a meus superiores sem qualquer contestação = Obedeço-
lhes sem qualquer contestação.
SEÇÃO 6 106ECONOMIA
Regência verbal
 Os pronomes pessoais ele(s), ela(s) também podem funcionar como
complementos, sempre acompanhados de preposição ainda que
complementem verbos que não exijam preposição obrigatória.
Ex.: Respondeu a eles = Respondeu-lhes.
 Algumas vezes, a preposição que é obrigatoriamente pedida pelo termo
regente pode não ser usada. Isso poderá ocorrer em alguns casos em que o
complemento do verbo é uma oração. Contudo, a forma preposicionada
sempre estará correta.
Ex.: Todos concordaram [que a proposta era inviável] = Todos
concordaram [com (ou em) que a proposta era inviável].
SEÇÃO 6 107ECONOMIA
Regência verbal
 Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos – como os pronomes pessoais de
3ª. p. lhe e lhes – também não são preposicionados, mas podem substituir
complementos regidos ou não de preposição:
Ex.: Eles sempre nos obedeceram (verbo obedecer, que exige
complemento com preposição obrigatória).
Ex.: Encontraram-me no local marcado (verbo encontrar, que exige
complemento sem preposição obrigatória).
SEÇÃO 6 108ECONOMIA
Regência verbal
Alguns verbos demandam mais de uma regência, dependendo do sentido em que sejam 
empregados: 
Verbos com mais de um sentido e regências diferentes
Exemplos Sentido 1 Sentido 2
Agradar = fazer carinho
Ex.: Agradou a criança que 
chorava.
= satisfazer
Ex.: O resultado agradou a todos.
Aspirar = inspirar, sorver
Ex.: Aspirei um perfume que nunca 
antes havia sentido.
= almejar
Ex.: O candidato aspirava a uma posição 
de destaque.
Assistir = ajudar
Ex.: Uma junta de consultores 
assistiu os contadores.
= ver, caber
Ex.: Assistimos à aula.
Ex.: Isso não assiste a você.
SEÇÃO 6 109ECONOMIA
Regência verbal
Exemplos Regência 1 Regência 2
Chamar = convocar
Ex.: O chefe chamou os (pelos) 
funcionários.
= dar nome
Ex.: Chamou Pedro de incompetente./Chamou 
Pedro incompetente./Chamou a Pedro 
incompetente./Chamou a Pedro de incompetente.
Implicar = acarretar
Ex.: Os altos custos implicam cortes.
= amolar
Ex.: Ele não se cansa de implicar com os 
estagiários.
Proceder = ter fundamento
Ex.: Suas queixas não procedem.
= originar-se de
Ex.: Sua desconfiança procedia do estranho 
comportamento de todos.
Visar = mirar
Ex.: Visávamos o mesmo alvo.
= almejar
Ex.: Visavam a uma posição de mais destaque.
SEÇÃO 6 110ECONOMIA
Regência verbal
Alguns verbos podem apresentar mais de uma regência, apesar de serem 
empregados com um único sentido: 
Verbos com um só sentido e mais de uma regência
Exemplos Regências
Esquecer e lembrar Quando não pronominais, exigem complemento sem preposição; contudo, junto 
aos pronomes pedem preposição de obrigatória.
Ex.: Esqueci (lembrei) a data./Esqueci-me (lembrei-me) da data.
Informar, avisar, certificar, 
notificar e prevenir 
Pedem dois complementos, um sem e outro com preposição. Além disso, 
admitem duas construções:
Ex.: Informei a nota ao aluno./Informei o aluno da (ou sobre a) nota.
SEÇÃO 6 111ECONOMIA
Regência verbal
Exemplos Regências
Propor-se Pode ser construído com ou sem a preposição a, indiferentemente:
Ex.: Nós nos propusemos ajudá-lo./Nós nos propusemos a
ajudá-lo.
Dar-se ao 
trabalho/dar-se o 
trabalho e construções 
equivalentes
Ex.: Não nos demos ao trabalho de rever suas anotações./Não 
nos demos o trabalho de rever suas anotações. 
Passar revista a/passar 
em revista
Ex.: Passei revista a tudo que havia sido feito./Passei em 
revista tudo que havia sido feito. 
SEÇÃO 6 112ECONOMIA
Regência verbal
Outros casos de regência verbal
Exemplos Regências
Custar = ser custoso,
ser difícil
Pede complemento regido da preposição a seguido de oração com
verbo no infinitivo.
Ex.: Custou a ele aceitar o fato.
Pagar, perdoar Quando têm por complemento uma palavra que denote coisa, não 
exigem preposição, mas, com uma palavra que denote pessoa, 
exigem preposição a.
Ex.: Perdoaste o pecado. /Perdoaste ao pecador./Perdoaste o 
pecado ao pecador. 
Ex.: Pagamos um preço justo / Pagamos ao credor./Pagamos 
um preço justo ao credor. 
SEÇÃO 6 113ECONOMIA
Regência verbal
Considerações finais
 Não devemos dar o mesmo complemento a verbos de regênciasdiferentes.
Ex.: Entrou na sala e dela saiu (e não: Entrou e saiu da sala).
 Há verbos que exigem complementos regidos de preposição que, contudo,
ainda que se refiram à 3a. pessoa, não admitem os pronomes pessoais lhe e
lhes.
Ex.: Assisti ao espetáculo. = Assisti a ele (e não: Assisti-lhe).
SEÇÃO 6 114ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
A palavra crase significa fusão, junção. Em língua 
portuguesa, a crase é a fusão das vogais idênticas a
+ a, indicada por meio do acento grave à.
Pode ocorrer a fusão da preposição a com:
 o artigo feminino a ou as;
 o a dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo;
 o a do pronome relativo a qual e flexão (as quais);
 o pronome demonstrativo a ou as (= aquela, aquelas).
SEÇÃO 6 115ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
Como descobrir se existe ou não a crase?
 Se, ao trocarmos o termo posterior por um masculino correspondente,
obtivermos ao, constataremos a presença da preposição a e do artigo o e,
portanto, da crase antes dos termos femininos:
Ex.: Eu me referi ao diretor/Eu me referi à diretora.
SEÇÃO 6 116ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
Casos de crase obrigatória
Sempre haverá crase:
 na indicação de horas, desde que, ao trocarmos esse número por meio-
dia, obtenhamos ao meio-dia:
Ex.: Chegou à uma hora em ponto.
 diante da palavra moda – na expressão à moda de –, mesmo que essa
expressão esteja subentendida:
Ex.: Fez um gol à Pelé.
SEÇÃO 6 117ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
 nas expressões adverbiais femininas:
Ex.: Chegaram à noite.
Obs.: nas expressões adverbiais femininas de instrumento, não costumamos
usar o acento grave:
Ex.: Eles escreveram a máquina.
 nas locuções conjuntivas e prepositivas formadas por palavras femininas,
também se emprega o acento indicativo da crase:
Ex.: À medida que caminhava, ficava mais cansado.
SEÇÃO 6 118ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
Nunca haverá crase: 
 diante de palavras masculinas:
Ex.: Não assisto a filme de terror.
 diante de verbos:
Ex.: Estou disposto a estudar.
 nas expressões formadas por palavras repetidas:
Ex.: Ficamos frente a frente.
Casos de não utilização da crase
SEÇÃO 6 119ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
 quando um a – sem o s de plural – ficar diante de palavra feminina plural –
nesse caso, temos apenas a preposição:
Ex.: Refiro-me a pessoas interessadas.
 diante de pronomes que repelem o artigo:
Ex.: Dirijo-me a Vossa Excelência.
Obs.: se o pronome admitir artigo, haverá crase:
Ex.: Dirijo-me à senhora, D. Lurdes, humildemente.
SEÇÃO 6 120ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
Em algumas circunstâncias, podemos optar por usar ou não o acento grave, pois a crase
pode ou não ocorrer. São elas:
 diante de nomes de pessoas do sexo feminino:
Ex.: Ele fez referência a (à) Sandra.
 diante de pronomes possessivos femininos:
Ex.: Obedeço a (à) minha consciência. 
 depois da preposição até: 
Ex.: Fomos até a (à) sala de reuniões. 
Casos de crase facultativa
SEÇÃO 6 121ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
Diante de nomes de lugar:
 Se, ao formularmos uma frase com um nome de lugar mais o verbo vir, 
obtivermos a combinação da, cabe o artigo. 
 Se obtivermos, simplesmente, a preposição de, claro está que não cabe o 
artigo: 
Ex.: Vou à Itália./Venho da Itália.
Ex.: Vou a Roma./Venho de Roma. 
Outros casos
SEÇÃO 6 122ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
Diante das palavras casa e terra:
 Não ocorre crase diante das palavras casa – no sentido de lar, moradia – e
terra – no sentido de chão firme –, a menos que venham especificadas.
Ex.: Voltamos cedo a casa./Voltamos cedo à casa dos amigos.
Ex.: Os marinheiros desceram a terra./Os marinheiros desceram à terra
dos anões.
SEÇÃO 6 123ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
Diante dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo:
 Haverá crase com esses demonstrativos sempre que o termo antecedente
exigir a preposição a:
Ex.: Assisti àqueles filmes.
Ex.: Aspiro àquela vaga.
Ex.: Prefiro isto àquilo.
SEÇÃO 6 124ECONOMIA
Uso do acento grave indicativo de crase
Diante de pronomes relativos:
 Poderá ocorrer crase com o pronome relativo a qual e flexão – as quais:
Ex.: Esta é a cidade à qual nos dirigimos.
 Nunca ocorre crase diante dos relativos quem e cuja:
Ex.: Esta é a pessoa a quem obedeço.
Ex.: Este é o autor a cuja obra me refiro.
 Diante do pronome relativo que, geralmente, não há crase, uma vez que ele repele o artigo:
Ex.: Esta é a cidade a que iremos.
Obs.: no entanto, ocorrerá crase antes do relativo que quando, antes dele, aparecer o demonstrativo
a ou as (igual a aquela, aquelas).
Ex.: Sua caneta era igual à que comprei./Sua caneta era igual àquela que comprei.
SEÇÃO 6 125ECONOMIA
Regência nominal
Regência nominal é a relação que se estabelece entre os 
nomes – termos regentes, que podem ser representados 
por substantivos, adjetivos ou advérbios – e os elementos 
que os complementam – termos regidos. 
SEÇÃO 6 126ECONOMIA
Regência nominal
 Algumas vezes, certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma 
regência, ou seja, admitem construções com diferentes preposições:
Ex.: Tinha muito amor ao trabalho./Tinha muito amor pelo trabalho.
Casos de regência nominal
SEÇÃO 6 127ECONOMIA
Regência nominal
Exemplos de regência de substantivos
Substantivos Preposições Exemplos
Admiração a, por Ex.: Sua admiração ao chefe (pelo chefe) era grande.
Aversão a, para, por Ex.: Tínhamos aversão a (para/por) mudanças.
Bacharel, 
especialista,
mestre ou doutor
em Ex.: Fernando é mestre em Linguística.
Capacidade de, para Ex.: Sua capacidade de (para) se concentrar era imensa.
Devoção a, para com, por Ex.: Nossa devoção ao (para com o/pelo) trabalho 
nunca foi questionada.
Dúvida acerca de, em, 
sobre
Ex.: Os auditores tinham dúvidas acerca da (na/sobre a) 
idoneidade dos balanços.
SEÇÃO 6 128ECONOMIA
Regência nominal
Substantivos Preposições Exemplos
Horror a Ex.: Nossa equipe tem horror a (e não de) retrabalho.
Medo a, de Ex.: O medo ao (do) novo coordenador já era uma constante.
Respeito a, com, para com, 
por
Ex.: Mostraram todo o respeito à (com a/para com a/pela) 
diretora.
SEÇÃO 6 129ECONOMIA
Regência nominal
Adjetivos Preposições Exemplos
Acessível a Ex.: Os documentos estão acessíveis a todos.
Afável com, para com Ex.: Ela se mostrou afável com (para com) os novos 
funcionários.
Alheio a Ex.: Por motivos alheios a nossa vontade, não fechamos o 
contrato.
Ansioso de, por Ex.: Estamos ansiosos de (por) novas tarefas.
Capaz de, para Ex.: Todos eram capazes de (para) desenvolvimento de novas 
habilidades.
Compreensível a Ex.: O enunciado não era compreensível a nenhum de nós.
Escasso de Ex.: O depósito está escasso de materiais.
Exemplos de regência de adjetivos
SEÇÃO 6 130ECONOMIA
Regência nominal
Adjetivos Preposições Exemplos
Generoso com Ex.: Devemos ser generosos com nossos aliados.
Impróprio para Ex.: Esse equipamento é impróprio para o serviço.
Indeciso em Ex.: Estamos indecisos na cor mais adequada à tela.
Parco de, em Ex.: Trata-se de um sistema de informações parco de (em) 
recursos.
Próximo a, de Ex.: Estamos bem próximos a (de) nossa meta.
Rico de, em Ex.: Esse novo ambiente é rico de (em) novas possibilidades 
de interação.
Seguro de, em Ex.: Estamos seguros desta (nesta) escolha.
Útil a, para Ex.: Essas anotações poderão ser úteis ao (para o) trabalho.
SEÇÃO 6 131ECONOMIA
Regência nominal
Advérbios Preposições Exemplos
longe de Ex.: Estarmos mais longe de nossos objetivos é 
impossível.
perto de Ex.: Muitos gostariam de estar mais perto da sede.
Terminados em -
mente
Tendem a seguir o mesmo padrão 
dos adjetivos a partir dos quais são 
formados: paralelo a/paralelamente 
a, etc.
Ex.: Agiu contrariamente às orientações propostas.
Exemplos de regência de advérbios
SEÇÃO 6 132ECONOMIA
Lógica e estruturação de períodosRelações lógico-semânticas são aquelas que:
 caracterizam uma atividade de raciocínio que orienta a argumentação do 
enunciador para um determinado sentido e
 indicam o sentido da interface entre as orações conectadas, mesmo quando 
não exista conjunção para explicitar essas relações.
SEÇÃO 6 133ECONOMIA
Aspectos lógico-semânticos das 
conjunções coordenativas
Conjunção Valor semântico Valor lógico
Aditiva
Adição Soma, acréscimo, aumento, ação ou efeito de adir ou 
juntar. 
É a relação de ideias paralelas.
Adversativa
Adversidade Ato ou efeito de opor ou opor-se; antagonismo, 
contraste. É a relação de ideias contrárias.
Alternativa
Alternância Ação ou efeito de alternar; repetição intervalada. 
É a relação de ideias que se interpõem.
SEÇÃO 6 134ECONOMIA
Aspectos lógico-semânticos das 
conjunções coordenativas
Conjunção Valor semântico Valor lógico
Conclusiva Conclusão Ato de concluir; inferência; fim; termo; resultado; 
desfecho; epílogo. 
É a relação de uma ideia terminativa com outra ou 
outras em desenvolvimento.
Explicativa Explicação Ato de explicar, de tornar a exposição inteligível ou 
clara; esclarecimento de um ato para o justificar. 
É a relação de uma ideia que esclarece outra.
SEÇÃO 6 135ECONOMIA
Aspectos lógico-semânticos das 
conjunções subordinativas
Conjunção Valor semântico Valor lógico
Temporal Tempo Indicação do momento a que se refere o estado ou a 
ação.
Final Finalidade Fim determinado; objetivo, propósito.
Proporcional Proporção Relação de um aspecto com outro ou com um todo.
Causal Causa O que faz que uma coisa exista ou determina um 
acontecimento, razão, motivo, origem.
Condicional Condição Cláusula, encargo, circunstância ou requisito sem o 
qual determinada causa não pode produzir o seu 
efeito; imposição essencial.
SEÇÃO 6 136ECONOMIA
Aspectos lógico-semânticos das 
conjunções subordinativas
Conjunção Valor semântico Valor lógico
Concessiva Concessão Ação de conceder; permissão; licença; mercê; favor.
Comparativa Comparação Ato ou efeito de comparar; correlação ou paralelo de 
ideias.
Conformativa Conformidade Qualidade do que está ou é conforme; analogia, 
concordância.
Consecutiva Consequência Resultado; efeito; inferência; conclusão. É estabelecida 
sempre após uma ideia de intensidade.
SEÇÃO 6 137ECONOMIA
Aspectos lógico-semânticos das 
conjunções subordinativas
Exemplo:
Se o fato se confirmar, só é possível atribuir sua origem à ação de fogos subterrâneos.
Se o fato se confirmar, só é possível atribuir sua origem à ação de fogos subterrâneos.
Oração subordinada
adverbial concessiva
Oração principal
Aspecto semântico:
concessão
SEÇÃO 6 138ECONOMIA
Relacionamento sintático e lógico-semântico das orações 
no período composto
Das orações coordenadas – Relação diretamente ligada aos valores semânticos das conjunções
coordenativas.
Exemplo
Oração coordenada
sindética
Relação
semântica
Plante uma árvore e proteja a natureza. Aditiva Adição
Todos somos habitantes da Terra, porém poucos 
amam esse planeta.
Adversativa
Adversidade, 
oposição
Salvemos as florestas ou não mais respiraremos. Alternativa Alternância
A terra é o habitat humano, portanto cuidemos dela 
com carinho.
Conclusiva Conclusão
Amemos e preservemos nosso planeta, pois é nele 
que vivemos.
Explicativa Explicação
SEÇÃO 6 139ECONOMIA
Relacionamento sintático e lógico-semântico das orações 
no período composto
 Das orações subordinadas
Orações subordinadas Relação lógico-semântica
Substantivas
Não há relação semântica específica. São dependentes 
sintática e semanticamente da oração principal.
Adjetivas
Relação vinculada às ideias de delimitação e ampliação 
de significado.
Adverbiais
Relação diretamente ligada aos valores semânticos das 
conjunções subordinativas.
SEÇÃO 6 140ECONOMIA
Relacionamento sintático e lógico-semântico das orações 
no período composto
Orações subordinadas adjetivas
Exemplo
Oração subordinada
adverbial
Relação
semântica
A Terra, que é o berço da humanidade, carece de 
cuidados.
Explicativa Ampliação
Os homens que não atentam para a necessidade de 
cuidado da Terra não percebem o mal que fazem a si 
próprios.
Restritiva Delimitação
SEÇÃO 6 141ECONOMIA
Relacionamento sintático e lógico-semântico das orações 
no período composto
Orações subordinadas adverbiais
Exemplo
Oração subordinada
adverbial
Relação
semântica
Quando os homens compreenderem o valor 
da Terra, não mais haverá a poluirão.
Temporal Tempo
Todos devem agir para que este planeta seja 
salvo.
Final Finalidade
À medida que conhecemos a Terra, passamos 
a respeitá-la.
Proporcional Proporção
Precisamos cuidar da Terra, porque aqui é a 
nossa casa.
Causal Causa
SEÇÃO 6 142ECONOMIA
Relacionamento sintático e lógico-semântico das orações 
no período composto
Exemplo
Oração subordinada
adverbial
Relação
semântica
Caso não mudemos nossas atitudes a tempo, perderemos um 
bem muito precioso.
Condicional Condição
Embora haja, na sociedade, iniciativas de preservação 
ambiental, ainda há muito a fazer.
Concessiva Concessão
Devemos cuidar do planeta como cuidamos de nós mesmos.
Comparativa Comparação
Façamos conforme nos ensinaram: joguemos o lixo no lixo!
Conformativa Conformidade
Os problemas são tantos que urgem ações imediatas!
Consecutiva Consequência
SEÇÃO 6 143ECONOMIA
 Básica
 SILVEIRA, Elisabeth; MURASHIMA, Mary. Comunicação empresarial. Rio de Janeiro: 
Editora FGV, 2011.
 CAPELLO, Cláudia; MURASHIMA, M. Apostila do Curso de Comunicação Empresarial. 
Rio de janeiro: [s. l.], 2015.
 Complementar
 KOCH, Ingedore G. Villaça. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 2000.
Bibliografia

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