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Prévia do material em texto

SEMIOLOGIA
ORGANIZADOR ANA GABRIELA SILVA 
Sem
iologia
GRUPO SER EDUCACIONAL
O livro Semiologia é direcionado para estudantes da área da saúde, espe-
cialmente futuros enfermeiros e biomédicos.
Além de abordar assuntos triviais da área, o livro oferece conteúdo espe-
cí�co dos seguintes assuntos: princípios básicos da semiologia; introdução 
ao exame físico; posicionamento para o exame físico, sinais vitais e regis-
tro dos dados; exame físico.
Após a leitura da obra, o leitor vai conhecer a etapa de introdução, desen-
volvimento e o fechamento da coleta de dados; compreender os fatores 
que interferem na entrevista de enfermagem; estudar a técnica de 
inspeção e como ela deve ser feita; aprender sobre a ausculta conhecendo 
o que é �siológico e os sons que podem ser encontrados anormais; 
conhecer sobre os sinais vitais, quais os parâmetros normais e suas 
variações; adquirir conhecimento sobre o exame físico da cabeça e pescoço 
e o que deve ser observado na inspeção e palpação.
E não é só isso. Há muitos assuntos importantes e interessantes abordados 
nesta obra.
Agora é com você! 
Bons estudos!
SEMIOLOGIA
ORGANIZADOR ANA GABRIELA SILVA 
gente criando futuro
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
SEMIOLOGIA
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. 
Diretor de EAD: Enzo Moreira
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato 
Coordenadora de projetos EAD: Manuela Martins Alves Gomes
Coordenadora educacional: Pamela Marques
Equipe de apoio educacional: Caroline Guglielmi, Danise Grimm, Jaqueline Morais, Laís Pessoa
Designers gráficos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos,Tiago da Rocha
Ilustradores: Anderson Eloy, Luiz Meneghel, Vinícius Manzi 
 
Silva, Ana Gabriela.
 Semiologia / Ana Gabriela Silva:
Cengage – 2020.
 Bibliografia.
 ISBN 9788522129805 
 1. Semiologia 2. Biomedicina 3. Enfermagem
Grupo Ser Educacional
 Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro 
CEP: 50100-160, Recife - PE 
PABX: (81) 3413-4611 
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
“É através da educação que a igualdade de oportunidades surge, e, com 
isso, há um maior desenvolvimento econômico e social para a nação. Há alguns 
anos, o Brasil vive um período de mudanças, e, assim, a educação também 
passa por tais transformações. A demanda por mão de obra qualificada, o 
aumento da competitividade e a produtividade fizeram com que o Ensino 
Superior ganhasse força e fosse tratado como prioridade para o Brasil.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, 
tem como objetivo atender a essa demanda e ajudar o País a qualificar 
seus cidadãos em suas formações, contribuindo para o desenvolvimento 
da economia, da crescente globalização, além de garantir o exercício da 
democracia com a ampliação da escolaridade.
Dessa forma, as instituições do Grupo Ser Educacional buscam ampliar 
as competências básicas da educação de seus estudantes, além de oferecer-
lhes uma sólida formação técnica, sempre pensando nas ações dos alunos no 
contexto da sociedade.”
Janguiê Diniz
PALAVRA DO GRUPO SER EDUCACIONAL
Autoria
Ana Gabriela Silva
Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São João del-Rei (2020). Especialista em Programa 
de Saúde da Família pela Faculdade Batista de Minas Gerais (2019). Especialista em Urgência e 
Emergência pela Faculdade Batista de Minas Gerais (2019). Mestre em Ciências pela Universidade 
Federal de São João del-Rei (2017). Bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal de São João 
del-Rei.
SUMÁRIO
Prefácio .................................................................................................................................................8
UNIDADE 1 - Princípios básicos da semiologia ...............................................................................9
Introdução.............................................................................................................................................10
1 Introdução ao estudo da semiologia .................................................................................................. 11
2 Entrevista de enfermagem ................................................................................................................ 12
3 Fatores que interferem na coleta de dados durante a entrevista ......................................................19
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................26
UNIDADE 2 - Introdução ao exame físico ........................................................................................27
Introdução.............................................................................................................................................28
1 Avaliação clínica para o exame físico ................................................................................................. 29
2 Instrumentação no exame físico ....................................................................................................... 33
3 Técnicas básicas para o exame físico .................................................................................................. 36
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................46
UNIDADE 3 - Posicionamento para o exame físico, sinais vitais e registro dos dados ......................47
Introdução.............................................................................................................................................48
1 Posição para realização de exame físico ............................................................................................ 49
2 Sinais e sintomas ................................................................................................................................ 54
3 Prontuário e o registro dos dados do exame físico ............................................................................59
4 Sinais vitais .........................................................................................................................................61
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................71
UNIDADE 4 - Exame físico ..............................................................................................................73
Introdução.............................................................................................................................................74
1 Exame físico no sistema tegumentar ................................................................................................. 75
2 Exame físico do sistema neurológico ................................................................................................. 80
3. Exame físico da Cabeça e pescoço ................................................................................................... 81
4 Exame Físico do sistema respiratório ................................................................................................. 84
5 Exame Físico do sistema cardiovascular ............................................................................................85
6 Exame físico do sistema digestório .................................................................................................... 86
7 Exame físico do sistema gênito-urinário ........................................................................................... 88
8 Exame físico do sistema musculoesquelético .................................................................................... 90
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................93
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................94
A Semiologia é uma área muito importante da saúde, pois é ela quem estuda os 
sinais e os sintomas de doenças animais e humanas. 
Este livro aborda amplamente diversos conceitos e os principais assuntos da 
matéria: princípios básicos da semiologia; introdução ao exame físico; posicionamento 
para o exame físico, sinais vitais e registro dos dados; exame físico.
Princípios básicos da semiologia, a primeira unidade, define o que é semiologia, 
o que é a entrevista de enfermagem e os seus principais pontos norteadores e mais. 
Ainda, o leitor será introduzido ao estudo da semiologia, conhecendo sobre o que ela 
é e a sua importância no dia a dia do enfermeiro.
Biomedicina: fiscalização, entidades de classe e atualidades, a segunda, introduz o 
exame físico, como ele deve ser realizado, utilizando instrumentais e a técnica básica 
de inspeção, ausculta, palpação e percussão.
Posicionamento para o exame físico, sinais vitais e registro dos dados, terceira 
unidade, explica as posições para realizar o exame físico e quais são os sistemas 
avaliados em cada uma delas. Além disso, a unidade aborda os sinais vitais, sinais e 
sintomas e como se deve realizar o registro dessas informações no prontuário.
Para finalizar, a quarta e última unidade, Exame físico, aborda o exame físico 
geral e direcionado a cada sistema orgânico: neurológico, respiratório, cardiovascular, 
digestório, genitourinário e musculoesquelético. 
Esta é apenas uma amostra do que o leitor aprenderá após a leitura do livro. A ele, 
sorte em seus estudos!
PREFÁCIO
UNIDADE 1
Princípios básicos da semiologia
Olá,
Você está na unidade Princípios básicos da Semiologia. Conheça aqui o conceito de 
Semiologia, a sua importância no dia a dia do enfermeiro e como realizar a entrevista de 
Enfermagem do início ao fim, destacando cada etapa.
Você também conhecerá situações que podem interferir na coleta de dados da entrevista 
e como realizar essa etapa de forma sistematizada, minimizando fatores que possam 
influenciar esse processo. E ainda, aprenderá sobre a comunicação verbal e não verbal e 
a sua importância na assistência de Enfermagem. 
Bons estudos!
Introdução
11
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA SEMIOLOGIA
A Semiologia ou Propedêutica é a parte da ciência que estuda os sinais e sintomas das doenças 
humanas. A palavra Semiologia vem do grego, sendo semeion = sinal + lógos = tratado, estudo.
O estudo da Semiologia é de grande relevância para Enfermagem, pois auxilia no diagnóstico, 
na prescrição e intervenção com o objetivo de restaurar as condições fisiológicas do organismo. 
1.1 Semiologia na enfermagem
A Enfermagem, ao longo da sua evolução, passou por muitas mudanças no âmbito da ciência 
e da profissão em si, tendo como bases referências teóricas que nortearam a prática acadêmica 
e profissional.
A partir disso, a estrutura do curso de graduação da Enfermagem passou a contemplar diversas 
disciplinas básicas que fazem parte da construção do conhecimento profissional, entre elas, a 
Semiologia, que busca a investigação e busca dos sinais e sintomas que o indivíduo apresenta em 
seu quadro de saúde.
1.2 Semiologia aliada à semiotécnica
Souza et al. (2017) ressalta que a Semiologia precisa da investigação dos sinais e sintomas 
relatados pelo paciente, surgindo assim a necessidade da prática da Semiotécnica. Esta consiste 
na aplicação de técnicas para realização do exame físico, com o objetivo de assim, cumprir a 
investigação proposta pela Semiologia. O processo avalia cada sistema do organismo de forma 
sistematizada, permitindo que uma melhor sondagem do caso do paciente aconteça.
Desta forma, conclui-se que a Semiologia e a Semiotécnica, apesar de serem distintas, são 
complementares e nós só as separamos de forma didática para facilitar o aprendizado. No 
entanto, é importante esclarecer que na prática de Enfermagem, ambos os campos de estudos 
permanecem agregados.
12
Figura 1 - Semiologia processo que antecede a Semiotécnica: dois processos complementares 
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem temos um organograma que mostra a divisão da Semiologia e 
Semiotécnica em duas etapas distintas, porém indissociáveis.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
2 ENTREVISTA DE ENFERMAGEM 
A entrevista de Enfermagem é uma fonte de informação fornecida pelo indivíduo com base no seu 
psicológico, biológico e físico. Neste momento, é importante o enfermeiro estar atendo à comunicação 
13
verbal e não verbal, pois muitas informações importantes que não podem ser coletadas por exames, 
são fornecidas nessa etapa. Como exemplos, o enfermeiro pode observar no paciente sentimentos 
como tristeza, solidão, sensação de incompetência, ansiedade e até transtornos psicológicos.
Além disso, ao ser abordado sobre a sua patologia atual, cada paciente pode ter uma 
percepção e a reação diferentes, pois cada paciente é único e singular. Além disso, a percepção é 
influenciada pelas experiências anteriores e também pelo medo do desconhecido.
Ao abordar o indivíduo sobre sua saúde, algumas pessoas podem relatar toda a sua história 
pregressa de forma detalhada e cronológica, ao passo que outras pessoas podem apresentam 
dificuldade no relato devido às condições psicológicas, idade ou até a própria patologia de base, 
como por exemplo, o Alzheimer.
A seguir, veja como a entrevista de Enfermagem é dividida em introdução, desenvolvimento 
e fechamento. 
2.1 Introdução
O início da entrevista de Enfermagem é marcada por dois principais momentos: o acolhimento 
ao indivíduo e a coleta de dados. Conheça cada uma dessas fases do processo!
2.2 Acolhimento do paciente
A introdução à entrevista de Enfermagem inicia no acolhimento do indivíduo que procura 
o serviço de saúde. Trata-se de um momento importante para que o profissional consiga 
realizar um atendimento efetivo e de qualidade. Esta fase inicial não está restrita somente ao 
espaço físico, como por exemplo, uma sala de acolhimento. Mais do que isto, é o momento da 
humanização entre o profissional de saúde e o usuário do serviço, situação que irá gerar um 
vínculo e compromisso com o cuidado à saúde entre ambas as partes. Assim, o acolhimento 
permite e garante um acesso universal, resolutivo e humanizado do atendimento. 
Segundo Collet e Rozendo (2003), “quando falamos em humanização, precisamos conhecer 
o significado da palavra propriamente. O termo humanização significa a ação ou efeito de 
humanizar, ou seja, tornar humano, de forma afável. Na saúde, esse termo é muito empregado 
com o objetivo de tornar a prestação de serviço do profissional de saúde um processo de maior 
comprometimento com o paciente, e não um algo mecânico, tecnológico e frio”.
Assim, ao realizar a primeira abordagem ou ser abordado pelo indivíduo que procura o 
serviço de saúde, o profissional da Enfermagem deve acolher o paciente de forma humanizada, 
construindo assim o primeiro vínculo entre o profissional e o paciente.
Somado a essa ação, quando falamos em acolhimento do paciente, devemos estar atentos 
às diferenças entre cada pessoa, por exemplo, a idade. Ao abordarmos uma criança, um adulto e 
14
um idoso, devemos realizar o acolhimento de forma distinta, pois o fator da idade irá interferir na 
abordagem utilizada na fase inicial da entrevista de Enfermagem.
Acolhimentoàs crianças
As crianças, normalmente, associam o profissional de saúde à procedimentos invasivos como 
injeção. Por isso, no acolhimento, é importante conversar com a criança, se apresentar, explicar 
o que você irá fazer e sempre deixar alguém conhecido da criança junto com ela, com o objetivo 
de oferecer conforto e segurança;
Acolhimento aos adultos
Já os adultos podem ser abordados de uma forma mais direta, mas também sempre de forma 
humanizada. Neste caso, é importante respeitar a decisão do paciente quanto ao acompanhante, 
que pode ou não ficar presente durante o atendimento;
Acolhimento aos idosos
No atendimento aos idosos, a abordagem inicial pode começar ainda na entrada do serviço de 
saúde, como por exemplo, ajudando-os a entrar no serviço de saúde caso eles necessitem de ajuda 
para se locomover fisicamente. É importante também frisar que o acolhimento aos idosos é prioritário, 
desde que outros atendimentos urgentes não estejam acontecendo na unidade de saúde.
Figura 2 - Acolhimento ao idoso 
Fonte: Jacob Lund, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Senhora idosa com dificuldade de deambular utilizando apoio do lado direito 
sendo acolhida pela enfermeira de forma tranquila, ajudando a senhora a caminhar até o interior 
do serviço de saúde para o atendimento.
15
Além do acolhimento, a forma de comunicação é outro fator importante na introdução 
ao atendimento. O enfermeiro deve encaminhar o indivíduo para a sala de Enfermagem, se 
apresentar e explicar como será a consulta de Enfermagem. O atendimento deve ocorrer em uma 
sala privativa que possua todos os materiais necessários para a coleta de dados e realização do 
exame físico. Esse espaço pode ser a sala exclusiva de consulta de Enfermagem ou um consultório 
multiprofissional, dependendo da estrutura física que o serviço apresenta.
Além disso, antes do início da consulta, é importante atentar-se ao seguinte ponto: se for 
atendimento de indivíduos que foram previamente agendados, os prontuários precisam estar 
separados conforme a agenda, pois este processo facilitará o fluxo de atendimento e reduzirá o tempo 
de espera do paciente. Esse preparo deixa o serviço mais organizado para o enfermeiro, evitando 
assim atrasos na agenda de atendimentos devido à necessidade de buscar os prontuários no arquivo. 
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
2.3 Coleta de dados
Após o acolhimento ao paciente, deve-se iniciar a coleta de dados. Neste momento, é importante 
o enfermeiro estar atento às condições cognitivas do paciente como compreensão e fala, pois estes 
dados podem influenciar diretamente na obtenção das informações e também na compreensão do 
diagnóstico e intervenções que serão realizadas. Nos casos do indivíduo apresentar qualquer déficit 
de cognição durante o atendimento, é importante verificar se este paciente veio acompanhado de 
uma pessoa de sua escolha e confiança, que possa auxiliar nas informações fornecidas sobre a sua 
saúde e na compreensão das condutas de saúde a serem realizadas.
Aliada à análise das condições cognitivas do paciente, durante a fase introdutória da entrevista 
de enfermagem, o profissional de saúde deve explicar como acontecerão as várias fases da coleta 
de dados. Depois, deverá explicar como será realizado o exame físico, para que desta forma sejam 
16
traçadas medidas de intervenção a partir dos diagnósticos. 
Beck Porto (2007) ressalta que durante a coleta de dados, o enfermeiro deverá colher 
informações da história pregressa do indivíduo, ou seja, o histórico de doenças passadas e de 
alergias, cirurgias anteriores, medicações em uso, doenças recorrentes, doenças genéticas que 
tenham histórico na família e qual é a queixa atual do paciente. Neste último caso, é importante 
questionar o paciente sobre quais e quando surgiram os sintomas que ele apresenta e, se algum 
outro profissional de saúde já realizou alguma intervenção em seu caso. Se sim, deve-se perguntar 
qual foi a conduta realizada e os resultados obtidos.
Neste momento inicial, é importante também deixar o paciente livre para que ele relate 
todas as suas queixas, sejam elas biológicas ou psicológicas, pois em alguns casos, pode haver 
a necessidade de encaminhamento deste indivíduo para o acompanhamento psicológico ou 
social, por exemplo. Além disso, é fundamental deixar claro que o paciente pode questionar o 
profissional a qualquer momento durante a consulta.
Concluindo, com base nas informações já estudadas, devemos lembrar que o enfermeiro é a 
porta de entrada para o serviço de saúde, sendo muitas vezes, o primeiro a conhecer os fatores de 
interferência, os locais de risco à saúde e as necessidades pessoais de cada paciente do serviço.
2.4 Desenvolvimento 
Dando prosseguimento à coleta de dados, temos a etapa de desenvolvimento. Trata-se do 
momento da realização do exame físico que tem como objetivo avaliar o sistema biológico do 
paciente em busca de qualquer anormalidade.
É importante explicar ao indivíduo como o exame será realizado, questionar se o paciente 
possui alguma dúvida e pedir licença para tocá-lo. Sempre comunique que irá iniciar o exame, 
evitando assim que a pessoa se assuste ou se sinta constrangida quando você tocá-la.
Antes de começar o exame, o enfermeiro deve realizar a coleta dos sinais vitais, pressão arterial, 
FIQUE DE OLHO
A introdução ou início da entrevista de Enfermagem é um momento em que o profissional 
cria um vínculo com o indivíduo que busca assistência nos serviços de saúde. Durante 
essa fase inicial do atendimento, o enfermeiro deve dedicar-se exclusivamente ao 
paciente, evitando interrupções externas ou qualquer situação ou fato que possa interferir 
negativamente nesse processo.
17
frequência cardíaca e frequência respiratória. Esse procedimento evita qualquer desencontro de 
informações, uma vez que quando é realizado após o exame físico, pode apresentar alterações 
devido à manipulação do exame, situação que falseará o resultado encontrado.
O exame físico deve ser feito no sentido céfalo-caudal, ou seja, da cabeça para os pés, 
realizando sempre primeiro a observação seguida da palpação. Neste contexto, a ausculta deve 
ser realizada antes da palpação, pois após a palpação pode haver ruídos devido ao estímulo físico.
Potter (2009) ressalta que durante o exame da cabeça e pescoço, deve-se observar a presença 
ou ausência de movimentos involuntários, cicatrizes, presença ou ausência de cabelo e como 
está a higiene do couro cabeludo. É importante observar se há alguma alteração nos olhos e 
nas pupilas e se estes apresentam abertura normal e se são fotorreagentes. Na sequência, o 
enfermeiro deve avaliar a boca quanto à dentição, coloração da mucosa, língua e se há ou não a 
presença de lesões. E por fim, o pescoço deve ser avaliado com relação ao aumento da tireoide.
Em seguida, o profissional de saúde deve realizar a avaliação do sistema respiratório e sistema 
cardiovascular do paciente. No primeiro caso, deve ser avaliado a expansão do tórax, se há ou 
não esforço respiratório e presença de murmúrios atípicos. No segundo caso, devem ser avaliado 
os sons cardíacos e os pulsos periféricos. É fundamental verificar se há presença de varizes ou 
extremidades cianóticas, uma vez que esta situação pode indicar o mau funcionamento no 
sistema circulatório.
O exame físico do abdômen vem em seguida. O enfermeiro deve observar se há presença de 
alguma cicatriz que possa indicar a realização de cirurgias anteriores ou traumas abdominais. Ao 
realizar a palpação desta área, deve-se observar se há presença de massa palpável, se o fígado e 
baço estão palpáveis, pois isso pode indicar alguma alteração fisiológica. Lembrando que, antes 
da palpação deve-se realizar a ausculta, pois após a palpação há alteração nos ruídos. Por fim, 
deve-se realizar o exame do aparelho osteoarticular, observando a mobilidade das articulações, 
presença de dor, sinais flogísticos e a presença de deformidades.
Algumas considerações importantes o enfermeiro necessita aplicardurante a realização do 
exame físico. Conheça- as interagindo com os botões no recurso abaixo:
• Ao iniciar o exame físico, o profissional de saúde nunca deve expor o indivíduo completa-
mente, como por exemplo, pedindo que ele tire toda a sua vestimenta;
• A avaliação de cada sistema deve ser feita separadamente, expondo somente a área 
física avaliada naquele momento, garantido assim a privacidade do indivíduo;
• Ao expor regiões íntimas como mama e região genital, em exames ginecológicos, por 
exemplo, a sala deve estar com a porta trancada com o objetivo de evitar a entrada na 
sala de qualquer outra pessoa;
18
• É importante atentar-se à presença de janelas, pois estas também devem estar fechadas, 
para que não tenha risco de ninguém passar e ver o que está acontecendo dentro do 
consultório. 
2.5 Método clínico 
O método clínico é baseado na observação do indivíduo. Na Enfermagem, é uma atividade 
privativa do enfermeiro, consistindo um conjunto de técnicas e estratégias que podem ser 
aplicadas de forma individual ou para um grupo de pessoas. Neste processo, o profissional de 
saúde considera a história pessoal dos pacientes, a compreensão do meio a partir da visão do 
outro, permitindo assim que o enfermeiro compreenda o comportamento dos indivíduos. 
Conforme Marques Queiroz e Alves de Lima (2001), “durante a coleta de informações, o 
enfermeiro precisa estar atento aos problemas físicos, mas também aos problemas psicológicos 
dos pacientes. Transtornos mentais e comportamentais são comuns e muitas vezes, só são 
identificados quando ocorre uma tentativa de suicídio ou automutilação por parte dos indivíduos. 
Por isso, é importante estar atento também a esses sinais e sintomas, pois eles muitas vezes não 
são relatados, mas estão visíveis no comportamento dos pacientes”.
O método clínico, centrado na pessoa, propõe diversas orientações para que o profissional 
de saúde possa abordar o paciente de forma centrada, procurando investigar de maneira integral 
quais são as necessidades, as preocupações e as vivências deste paciente relacionadas com a sua 
saúde ou a doença.
Assim, o enfermeiro precisa explorar a doença e a experiência do indivíduo, avaliando a sua 
história clínica, familiar e seus os exames físicos, buscando conhecer a dimensão da doença para o 
indivíduo e, a partir dos sentimentos dele, observar as ideias e as expectativas que ele apresenta. 
É importante também conhecer o indivíduo como um todo, desde a comunidade em que está 
inserido e quais são seus hábitos culturais e hábitos religiosos que possam estar ligados ou não 
a sua doença e a sua forma de compreendê-la. A partir disso, é importante elaborar estratégias 
de cuidado junto ao indivíduo, pois o profissional de Enfermagem consegue traçar medidas de 
cuidados personalizadas e individuais para cada paciente. Além disso, é importante incorporar a 
prevenção para evitar novos agravos à saúde e reduzir complicações futuras. 
2.6 Fechamento 
Ao finalizar a coleta de dados pela entrevista e pelo exame físico, o enfermeiro conclui o 
diagnóstico e as intervenções. Todos os achados anormais devem ser considerados, mesmo que a 
alteração não faça parte da queixa principal do indivíduo. A partir disso, o enfermeiro irá explicar 
ao paciente o que foi encontrado, qual o diagnóstico e a conduta necessária a ser adotada.
Quando os achadores não forem suficientes para um diagnóstico, o enfermeiro pode 
19
solicitar exames complementares, desde que o serviço tenha isso pactuado pelos gestores de 
saúde segundo a Portaria do Ministério da Saúde, GM/MS 1.625/2007. Em casos dos problemas 
identificados não forem competentes ao enfermeiro solucionar, o mesmo deve encaminhar, 
por escrito, ao profissional competente. Neste momento, é importante explicar ao paciente 
os achados e o motivo do encaminhamento, pois isso irá reduzir a ansiedade e permitirá o 
empoderamento do indivíduo sobre a sua saúde.
No entanto, quando não houver necessidade de condução a outro profissional, o enfermeiro 
deve encerrar o atendimento explicando todos os achados ao indivíduo, as intervenções que 
serão realizadas como, por exemplo, exames e, ainda, questionar se as intervenções são possíveis 
para ele e se há alguma dúvida. Em caso de dúvidas, o profissional deve esclarecê-las antes de 
encerrar o atendimento e deixar agendado o retorno do paciente para avaliação das intervenções, 
sempre que for recomendado. 
A seguir, conheça os fatores que podem interferir negativamente no sucesso da entrevista de 
Enfermagem.
3 FATORES QUE INTERFEREM NA COLETA DE 
DADOS DURANTE A ENTREVISTA
Durante a entrevista, a Enfermagem encontra diversos fatores que podem influenciar 
diretamente na obtenção das informações desejadas. Começando pela comunicação, a verbal e 
não verbal é a principal forma de se obter uma efetiva coleta de dados.
Os profissionais de Enfermagem devem estar sempre atentos à comunicação com o indivíduo, 
pois o sucesso desse recurso ajuda na criação do vínculo entre o profissional de saúde e o paciente. 
No entanto, caso a comunicação seja ineficaz entre as partes, o resultado pode acontecer de 
forma contrária.
Por isso, durante o atendimento, é importante adotar alguns critérios para que a comunicação 
FIQUE DE OLHO
A consulta de Enfermagem é uma atividade exclusiva do profissional de Enfermagem 
devidamente registrado no conselho. Ela é uma atividade que não pode ser delegada a 
nenhum outro profissional da equipe de Enfermagem, ou seja, é uma atividade privativa 
do enfermeiro.
20
aconteça de forma efetiva, como por exemplo, o paciente sempre deve ser chamado pelo nome 
que ele se identificou, e o profissional de saúde deve tratá-lo de forma cordial e com uma 
comunicação verbal de fácil entendimento. Assim, esse tipo de atitude permitirá que os pacientes 
em busca do serviço de saúde possam se comunicar da melhor forma possível, facilitando 
consequentemente, o trabalho do enfermeiro na coleta de dados.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
3.1 Comunicação verbal entre paciente e profissional de saúde
O processo de comunicação só é possível quando os indivíduos apresentam algo em comum 
ou estão inseridos em uma mesma comunidade. A comunicação é um produto social e complexo 
que pode ser expresso de diversas formas. A verbal é a mais utilizada e a mais fácil de ser expressa. 
No entanto, é um tipo de comunicação nem sempre é compreendido da forma desejável.
Durante a comunicação verbal, quem fala e quem escuta se interagem de forma mútua. Essa 
situação ocorre devido à adoção de reciprocidade, no qual quem escuta se coloca no lugar do 
outro para entender o que está sendo passado. No caso da Enfermagem, essa comunicação é 
frequente, permitindo assim a interação entre o enfermeiro e o paciente.
No processo de comunicação verbal, observa-se que a forma de agir de quem recebe a 
informação influencia diretamente em quem está emitindo a mensagem. Assim, ao receber uma 
informação verbal, o profissional precisa escutar atentamente e compreender a mensagem do 
indivíduo. Acompanhe o exemplo a seguir:
Um paciente chega ao serviço de saúde com dores abdominais e episódios de diarreia 
recorrente. Na coleta de dados, o paciente informou que mora em local onde não há saneamento 
básico e nem acesso à água potável e, que por isto, tem o costume de sempre ferver a água 
antes do consumo. Como análise, o profissional de saúde pode chegar a um quadro clínico 
21
que evidencia diversas patologias, frequentemente caracterizada como virose. Por isso, 
nesse momento, é importante ouvir o que o indivíduo relatou, pois se ele não tem acesso ao 
saneamento básico e a água não é potável, o seu quadro de saúde poderá ser recorrente. O 
profissional, então, deve solicitar exames de fezes para investigação de verminoses e questionar 
sobre o quadro febril, pois o quadro clínico pode estar relacionado às verminoses ou infecções 
bacterianas, e não somente uma virose recorrente.
Conforme exemplo acima, para que a comunicaçãoaconteça de forma adequada, ou seja, 
bem-sucedida, é importante que os envolvidos possuam um patamar intelectual parecido ou que 
utilizem uma linguagem de fácil compreensão. 
No caso da Enfermagem, durante a comunicação entre o paciente e o profissional de saúde, a 
linguagem científica nem sempre pode ser utilizada, uma vez que termos médicos falados podem 
gerar incompreensão no paciente, e assim tornar inviável o processo de comunicação. Nem todos 
os pacientes apresentam o mesmo nível de instrução do profissional de Enfermagem. Por isso, é 
importante transformar a linguagem cientifica em algo mais viável no momento da comunicação 
com o paciente.
No entanto, o procedimento adotado em prontuário deverá ser o indicado na profissão: o 
uso da linguagem científica deve prevalecer no documento uma vez que este será lido por outro 
profissional de saúde, ou seja, por um indivíduo que tem o mesmo nível de instrução.
3.2 Comunicação verbal entre os profissionais da equipe
A comunicação verbal também está presente nas relações entre os integrantes da equipe de 
Enfermagem. Assim, para que o trabalho da equipe ocorra de forma adequada, é preciso que 
ocorra a integração entre todos os envolvidos. Essa relação só é possível a partir da comunicação 
verbal, que facilita a integração da equipe.
Além disso, após a transmissão da informação, é fundamental a troca de feedbacks entre os 
profissionais da equipe, pois a partir do feedback é possível que a equipe reavalie a comunicação 
e corrija algum erro, gerando assim um novo posicionamento e outra informação que será útil 
para o serviço de saúde. 
3.3 Comunicação não verbal
A comunicação não verbal encanta a humanidade desde a antiguidade, pois necessita da 
manifestação do corpo, sem expressão de palavras, utilizando apenas gestos, expressões faciais 
e corporais. Além disso, esse tipo de comunicação pode ser observada em pinturas, esculturas 
ou até mesmo na literatura, podendo ser expressa no nosso dia a dia, muitas vezes de forma 
inconsciente, passando despercebida.
22
A linguagem não verbal vai além da capacidade de ouvir, pois necessita da compreensão das 
manifestações das expressões corporais para que ocorra a comunicação. Os gestos podem ser 
variar de acordo com a diferença de cultura entre ambas as partes. O sorriso é a única expressão 
universal em todo o mundo. Mesmo assim, este ato não apresenta o mesmo significado em 
qualquer situação, pois o sorriso pode expressar uma reação de surpresa, desaprovação ou 
ironia, dependendo do contexto em que estiver presente.
No caso do profissional de Enfermagem, é preciso que ele assuma o controle de sua 
comunicação verbal em muitas situações. Como por exemplo, o enfermeiro necessita controlar 
as suas expressões faciais, pois ele precisa neutralizar o sentimento em relação à informação 
recebida para que não ocorra interferência na relação terapêutica.
Durante o atendimento no serviço de saúde, a comunicação não verbal é importante 
por fazer parte da obtenção de informações essenciais do indivíduo, como as emoções e os 
sentimentos que ele demonstra durante um relato verbal. Assim, quando o paciente relata algo, 
a Enfermagem consegue identificar se o indivíduo apresenta raiva, tristeza ou alegria, observando 
a sua expressão facial e o seu modo de gesticular.
Castro e Silva (2001) ressaltam que desta forma, para a Enfermagem, é importante a 
valorização da comunicação não verbal, pois ela permite conhecer emoções e sentimentos 
que podem ser a expressão de forma inconsciente. Esse tipo de reação é muito importante 
no atendimento de crianças e idosos, pois este tipo de paciente não consegue relatar relações 
abusivas e de violência que possa estar sofrendo em casa, por exemplo. Quando estão ao lado do 
agressor, estes pacientes mudam o seus comportamentos, ficando inquietos ou desconfortáveis, 
indicando que há algo de errado. A partir dessa observação, o profissional pode levantar a 
hipótese de algum problema e pedir que a criança desenhe o que está sentindo. Em alguns casos, 
este procedimento permite que o problema seja confirmado ou que a situação de violência ou 
abuso doméstico seja identificada.
A comunicação não verbal utiliza uma classificação, dividida em cinco conceitos:
Paralinguagem
Reprodução de som emitido por um aparelho fonador. Esses sinais fornecem ritmo para voz, 
entonação, suspiros ou até mesmo ruídos que são emitidos em situações de desconforto, por 
exemplo;
Cinésica
Linguagem corporal, ou seja, os movimentos do corpo que podem ser expressões sutis como 
uma expressão facial, um tremor das mãos ou um repuxado tipo toque, frequente, mas não intenso; 
23
Proxêmica
Espaço entre os indivíduos, ou seja, a distância física entre as partes, refletindo preferências, 
simpatias e relações, pois pessoas próximas e que se gostam tendem a ficar próximas, enquanto 
que pessoas que não se conhecem ou que apresentam alguma situação de conflito, tendem a ser 
afastar fisicamente;
Características físicas
Aparência do corpo como a faixa etária, o sexo e o estado de saúde. Além disso, informações 
secundárias como relação conjugal através do uso de aliança, número de filhos através de cordão 
com pingente de filhos, entre outros exemplos;
Tacêcia
Expressão não verbal que envolve a comunicação tátil, como a força de um abraço ou de um 
aperto de mãos.
A comunicação não verbal ainda pode complementar a comunicação verbal, como exemplo, 
a expressão facial durante a fala de um determinado assunto. Esse tipo de comunicação também 
pode contradizer o que está sendo dito verbalmente, por meio do desvio do olhar ou ainda 
demonstrar sentimentos como desconforto ao falar do assunto. 
Ambiente interno e externo 
O ambiente é um fator que influencia no processo de comunicação. Neste contexto, clique 
nos botões interativos para conhecer o que é fundamental no atendimento ao paciente:
Limpeza e organização
O ambiente é um fator que influencia no processo de comunicação. O serviço de saúde precisa 
ser organizado, limpo e apresentar uma estrutura organizacional dedicada a atender o fluxo de 
atendimento. A presença de um ambiente desorganizado pode inibir o paciente ao chegar ao 
serviço, fazendo com que o paciente desista do atendimento ou que seja breve em sua fala devido 
ao desconforto ambiental;
Acústica
A acústica do ambiente também é importante, pois um consultório em que é possível ouvir 
toda a conversa entre o enfermeiro e o paciente torna o ambiente desconfortável e inadequado 
para quem está do lado de fora da sala;
24
Iluminação e Ventilação
A iluminação e a ventilação também fazem parte do ambiente interno de um serviço de saúde. 
Salas escuras ou mal iluminadas causam reações negativas no indivíduo que busca o serviço. A 
presença de uma iluminação e ventilação adequadas é fundamental; 
Ambiente privativo
Além disso, devemos estar atentos às janelas durante o exame físico. Como exemplo, deixar 
a janela do consultório aberta e expor o indivíduo na ausculta, pode gerar constrangimento 
e desconforto no paciente. O exame físico e a conversa entre enfermeiro e paciente devem 
acontecer de forma privada. A privacidade do indivíduo deve ser sempre respeitada!
Já o ambiente externo também influencia a comunicação. O local em que o indivíduo reside 
interfere na sua forma de comunicar. A pessoa que vive em um ambiente que oferece cultura, 
lazer e estudo apresenta capacidade verbal maior, conseguindo expressar melhor os seus sinais 
e sintomas. Ao passo que pessoas que vivem em regiões com condições menos favoráveis, 
sem lazer ou formação escolar, apresentam mais dificuldades na hora de se comunicarem. Elas 
tendem a ser mais retraídas e muitas vezes só buscam assistência médica quando não aguentam 
mais o problema de saúde. Esses indivíduos são considerados vulneráveis uma vez que estão mais 
expostos às situações de risco como desnutrição e violência.
FIQUE DE OLHO
A Resolução nº 50 de 2002 dispõe sobre planejamento físico e estrutural dos serviçosde saúde. É importante que o enfermeiro fique atento à esta resolução, pois unidades 
de saúde que não estão dentro das normas podem sofrer penalidades ou até serem 
fechadas. Para mais informações detalhadas, acesse o site: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.html
25
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprender o termo Semiologia e sua aplicação na Enfermagem;
• estudar a entrevista de Enfermagem;
• conhecer a etapa de introdução, desenvolvimento e o fechamento da coleta de 
dados;
• compreender os fatores que interferem na entrevista de Enfermagem; 
• aprender sobre comunicação verbal e não verbal e a sua importância na prática de 
Enfermagem;
PARA RESUMIR
BECK PORTO, G. Do corredor ao consultório: diversidade e multifuncionalidade da con-
sulta de Enfermagem na Atenção Básica de Porto Alegre. Porto Alegre: [s.n.], 2007. 
BROCA, P.V.; FERREIRA, M.A. Leitura: nursing staff and communication: contributions 
to nursing care. Revista brasileira de Enfermagem, v. 65, n. 1, p. 97–103, 2012. DOI: 
10.1590/S0034-71672012000100014. 
COLLET, N.; ROZENDO, C.A. Leitura: humanization and nursing work. Revista brasileira de 
Enfermagem, v. 56, n. 2, p. 189–192, 2003. DOI: 10.1590/S0034-71672003000200016. 
DE CASTRO, R. B.; DA SILVA, M. J. Leitura: a comunicação não verbal nas interações enfer-
meiro-usuário em atendimentos de saúde mental. Revista Latino-Americano de Enferma-
gem, v. 9, n. 1, p. 80–87, jan. 2001. DOI: 10.1590/s0104-11692001000100012. 
DE SOUSA, G et al. Leitura: semiologia e semiotécnica da enfermagem: avaliação dos 
conhecimentos de graduandos sobre procedimentos. Rev Bras Enferm., v. 70, n. 2, p. 
265–72, 2017. DOI: 10.1590/0034-7167-2016-0417. 
MARQUES QUEIROZ, K. J.; ALVES DE LIMA, V. A. Método Clínico piagetiano nos estudos 
sobre Psicologia Moral: o uso de dilemas. v. 3, p. 110, 2010. 
POTTER, P. A.; A. P. Fundamentos de Enfermagem. [s.l.: s.n.], 2009. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 2
Introdução ao exame físico
Você está na unidade Introdução ao exame físico. Conheça aqui como realizar a avaliação 
clínica e como aplicar a instrumentação correta para que o exame físico seja bem-
sucedido.
Nessa unidade, você será introduzido ao exame físico, conhecendo como ele deve ser 
realizado utilizando instrumentais adequados para cada atendimento. Além disso, 
aprenderá a realizar as técnicas básicas para a realização do procedimento, como a 
Inspeção, a Ausculta, a Palpação e a Percussão. O enfermeiro que tem o domínio dessas 
técnicas tem a capacidade de realizar o exame físico de todos os sistemas do corpo 
humano com qualidade e precisão.
Bons estudos!
Introdução
29
1 AVALIAÇÃO CLÍNICA PARA O EXAME FÍSICO
O exame físico conta com um item muito importante para a sua realização: a avaliação clínica 
do paciente, que é baseada em técnicas que norteiam e permitem a eficácia do exame físico.
Para que avaliação clínica seja bem-sucedida, o procedimento precisa acontecer de forma 
eficaz. Embora avanços tecnológicos e o surgimento de diversos equipamentos de última geração 
propiciaram uma significativa melhora na forma de como praticar o exame físico, o mesmo só é 
bem-sucedido para paciente e enfermeiro, quando realizado corretamente. 
1.1 Exame clínico geral 
O exame clínico geral constitui a primeira parte da avaliação clínica do paciente, sendo 
realizado de forma complementar a anamnese (coleta de dados fornecida pelo paciente). Esse 
procedimento fornece uma visão do paciente como um todo de forma não segmentada, sendo 
dividido em qualitativo e quantitativo.
O exame físico qualitativo avalia aspectos subjetivos do paciente como aspectos gerais 
do indivíduo. Normalmente esses aspectos são classificados em cruzes, sendo ausência de 
anormalidade nenhuma cruz, e a intensidade da anormalidade com uma até quatro cruzes, como 
por exemplo, a desidratação 2+/4+. Esse resultado significa que o paciente está com duas cruzes de 
desidratação, estado moderado de desidratação, podendo chegar a quatro cruzes, considerado o 
estado máximo de desidratação. Conforme Potter (2009), “além disso, é importante estar atendo 
às necessidades humanas básicas de cada indivíduo. Essas necessidades devem ser avaliadas na 
entrevista e no exame físico, lembrando que as necessidades humanas são individuais”.
O enfermeiro, ao avaliar o estado geral do paciente, deve observar ele como um todo, 
verificando o seu estado de consciência, capacidade de fala e mobilidade, além do seu estado 
mental (lúcido, confuso). A partir dessas observações, o enfermeiro pode classificar o paciente 
com um bom estado geral, regular estado geral ou mau estado geral, dependendo de como o 
indivíduo se apresenta durante a observação.
Além disso, é importante estar atendo à idade do paciente, uma vez que a idade reflete 
diretamente no estado geral do indivíduo, podendo ou não estar associada a alguma patologia. 
Portanto, fique atento às considerações abaixo:
• Os adolescentes e adultos apresentam maior capacidade de memorização da história 
pregressa, noção cronológica do problema apresentado e conseguem relatar com clareza 
a queixa. 
• Já as crianças e idosos nem sempre conseguem memorizar a história pregressa e explicar 
com clareza o que estão sentindo. 
30
Outro aspecto que o enfermeiro pode avaliar a partir da observação clínica é a coloração da 
pele do indivíduo. Como exemplo, o paciente pode apresentar palidez. Se a pele do paciente está 
avermelhada, a avaliação clínica o considera corado. Se está pálido, é considerado descorado. 
Potter (2009) ressalta que a coloração da pele também pode ser observada avaliando 
a mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal das unhas e palmas das mãos. 
Durante a avaliação da palidez do paciente, o enfermeiro deve estar atento à cor da pele do 
indivíduo, pois temos uma miscigenação muito grande no Brasil e a coloração da pele pode ser 
diversa. Por isso, sempre que possível, devemos avaliar as mucosas, pois elas são mais fidedignas 
na avaliação da palidez.
Durante a avaliação da palidez, é possível examinar também o grau de hidratação do paciente, 
observando se a mucosa oral e mucosa dos olhos estão hidratadas. Além disso, avaliar o turgor da 
pele, ou seja, a capacidade de elasticidade da pele do paciente é importante. Por isso, considere 
os seguintes pontos abaixo:
• Nos indivíduos que estão hidratados, a pele apresenta elasticidade, voltando rapidamen-
te à sua formação normal depois que o enfermeiro realizada a pega da pele do paciente.
• Já no estado de desidratação, a pele não apresenta elasticidade. Neste caso, o enfermei-
ro também deve atentar-se à idade do paciente, pois a elasticidade se altera com a idade 
e não pode ser confundida com desidratação, pois é um processo natural do envelheci-
mento que ocorre com todos os seres humanos.
A coloração de tom amarelado da pele, principalmente da palma da mão, esclera e do freio 
da língua, caracteriza a icterícia. No entanto, devemos estar atentos ao padrão alimentar, pois a 
ingestão excessiva de alimentos ricos em betacaroteno, como por exemplo, abóbora, cenoura 
e mamão, podem deixar a pele e mucosa com característica semelhante ao quadro de icterícia. 
Para diferenciar, é importante questionar sobre os hábitos alimentares ao paciente, não deixando 
jamais de examinar a pele, a esclera ocular e o freio da língua, pois quando é um quadro de 
icterícia, a esclera e o freio da língua também apresentam alteração na coloração, ficando com a 
mucosa amarelada.
Ainda sobre a coloração da pele amarelada, o enfermeiro deve estar atento aos pacientes 
idosos e negros, pois eles podem apresentar a esclera amarronzada devido à hiperpigmentação, 
processo normal para eles. Portanto, para avaliar a presença da icterícia nesses indivíduos, é 
importante avaliar a porção da esclera que não fica exposta diretamente a luz, ou seja, a porção 
que fica embaixo da pálpebra, conforme exemplo na imagem.
31
Figura 1 - Exposição da esclerapara avaliação de icterícia, descoloração amarelada da esclera, 
mucosa e pele 
Fonte: Casa nayafana, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Exposição da esclera ocular de um indivíduo com icterícia, sendo observado a 
coloração amarelada da conjuntiva dos olhos embaixo da pálpebra ocular.
Outra variação da coloração da pele é a presença da coloração azulada dos lábios, leito 
ungueal e extremidades, que podem indicar baixa da circulação de oxigênio e perfusão sanguínea, 
denominada cianose. Normalmente, a coloração azulada está presente no paciente devido ao 
frio, sendo facilmente resolvida com o aquecimento do indivíduo. Porém, o enfermeiro deve estar 
atento porque se mesmo após o aquecimento o paciente não apresentar redução da cianose ou 
até mesmo o seu desaparecimento por completo, a causa deve ser investigada, pois pode haver 
algum comprometimento na circulação ou no sistema respiratório do organismo examinado.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
32
1.2 Preparo para a realização do exame físico
O exame físico faz parte da rotina do enfermeiro, podendo estar presente diariamente e 
sempre quando o paciente apresentar alteração em seu quadro clínico. O exame físico pode ser 
feito nas unidades de saúde, mas também no atendimento domiciliar, sendo que em domicilio, 
o exame deve ser feito de forma mais focada à queixa do paciente devido à falta de todos os 
equipamentos e de todas as condições adequadas para uma avaliação mais completa.
Interaja com os botões abaixo para conhecer o que é importante no preparo para a realização 
do exame físico:
Organização
É importante realizar o exame de forma organizada. Um exame físico realizado de forma 
desordenada pode levar a erros e achados incompletos. Todos os materiais devem estar 
posicionados em locais adequados.
Segurança
É fundamental o enfermeiro estar atento à segurança do paciente, nunca deixando crianças, 
idosos e os indivíduos que necessitam de apoio, sozinhos, para evitar quedas, por exemplo.
Ambiente
O local para a realização do exame físico também é relevante, necessitando estar com boa 
iluminação, ventilação e privacidade.
Higiene 
As mãos dos enfermeiros sempre devem ser higienizadas antes e após o exame físico, 
lembrando que se houver alguma lesão na pele, as mãos devem ser higienizadas durante o 
procedimento para depois dar continuidade ao exame, com o objetivo de evitar contaminar 
outras partes do corpo.
Limpeza
Além da limpeza obrigatória do local, os utensílios utilizados no exame devem ser higienizados 
com água e sabão quando houver sujidade visível, ou com álcool 70% quando não apresentar 
sujidade visível.
Temperatura
Em relação à temperatura dos utensílios, se estiverem frios, é importante não colocá-los no 
indivíduo, como por exemplo, no diafragma do paciente. Neste caso, o estetoscópio, instrumento 
33
para a avaliação clínica, deve ser aquecido antes da realização da ausculta.
O paciente também deve ser preparado para o exame. É importante que o enfermeiro 
explique cada etapa e como ela será feita. Se o exame pedir a necessidade do paciente expor as 
suas áreas íntimas, o profissional de saúde deve pedir a permissão do indivíduo, pedir ajudar do 
paciente e jamais deixá-lo exposto mais que o necessário para a realização do exame. O objetivo 
é oferecer conforto durante o exame e preservar a intimidade da pessoa. Por exemplo, no caso 
do exame físico das mamas, o enfermeiro deve expor uma mama e depois a outra, e só expor as 
duas quando for avaliar a simetria em casos de necessidade. 
2 INSTRUMENTAÇÃO NO EXAME FÍSICO 
O exame físico, para ser realizado de forma completa, precisa do auxílio de alguns 
instrumentais, que podem variar conforme a idade do indivíduo.
2.1 Balança e fita métrica
Para começar, a observação do peso e da altura do paciente faz parte do exame e são importantes 
para avaliação do desenvolvimento e crescimento da criança, principalmente, nos dois primeiros 
anos de vida. No caso da avaliação do adulto e idoso, a observação do peso também é fundamental, 
pois a partir dessa informação, é possível avaliar o estado nutricional desse tipo de paciente.
Por isso, o instrumento balança é muito utilizado para avaliação do peso dos indivíduos 
avaliados. No caso dos bebês ou crianças de até dois anos de idade ou máximo de 16 kg, a 
balança deve apresentar um prato que é onde será colocada a criança. Esse prato deve ter um 
revestimento impermeável que possa ser lavado ou estar forrado com lençol antes de colocar a 
criança. Já para o adulto, é utilizada a balança vertical em que o indivíduo fica em pé em cima da 
balança para avaliação do peso.
Conforme Potter (2009), “somando a essa ação, a avaliação da altura dos indivíduos é também 
fundamental. No caso da criança, o enfermeiro pode mensurar a sua altura com o auxílio de uma 
fita métrica, fazendo a mensuração até dois anos de idade com a criança deitada e, a partir dos 
dois anos de idade, com a criança na posição ortostática, ou seja, em pé, igual ao adulto”.
2.2 Abaixador de língua e lanterna
Outros instrumentos importantes são o abaixador de língua e a lanterna, utilizados na 
avaliação da cavidade oral tanto de adultos quanto de crianças. No caso do abaixador de língua, 
é possível que seja de madeira ou de plástico, dependendo do material disponível na instituição. 
Esse instrumento não precisa ser estéril, mas deve ser descartado. Já a lanterna é utilizada para 
iluminar o fundo da cavidade oral após baixar a língua, permitindo a avaliação da coloração e dos 
aspectos físicos. Esse procedimento é o mesmo utilizado para as crianças ou adultos. 
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2.3 Manguito
Como instrumentos do exame físico, temos ainda o manguito, importante na avaliação dos 
sinais vitais do paciente. O manguito afere a pressão arterial do paciente. Por possuir diversos 
tamanhos, instrumento deve ser utilizado de acordo com a circunferência do braço do indivíduo. 
Não devemos utilizar os manguitos muito maiores ou muito menores que o braço analisado, 
pois os dados fornecidos serão errôneos, podendo gerar um resultado falso de hipertensão, por 
exemplo. Em casos de pacientes muito obesos que não tem o aparelho adequado devido ao 
tamanho excessivo do braço ou da própria inexistência do instrumento na unidade de saúde, a 
aferição pode ser feita no antebraço, minimizando assim os erros. 
2.4 Estetoscópio
Já o estetoscópio é utilizado na avaliação da pressão arterial e também na ausculta do 
paciente, possuindo também tamanhos distintos para os adultos e crianças.
O estetoscópio é composto pelas olivas auriculares que ficam em contato com o pavilhão 
auditivo do profissional e pelas hastes de metal e o tubo de condução que conduzem o som. A 
campânula e o diafragma, também partes do instrumento, entram em contato direto com o corpo 
do paciente e por isso, devem ser escolhidas de acordo com a idade do indivíduo a ser auscultado.
Durante a avaliação da criança, é importante não utilizar um estetoscópio recomendando 
para adultos, devido ao tamanho, pois na ausculta cardíaca, por exemplo, pode ser que os pontos 
de ausculta se interliguem, inviabilizando a avaliação.
Figura 2 - Estetoscópio 
Fonte: Korrapon Karapan, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: SA imagem mostra um estetoscópio, instrumento utilizado para a ausculta 
durante o exame físico.
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2.5 Termômetro
Na avaliação da temperatura do paciente, é utilizado o termômetro. Esse instrumento precisa 
ser digital, pois a Resolução Nº 145 de 2017 proibiu a fabricação, importação e a comercialização 
de termômetros de mercúrio no Brasil devido ao risco de contaminação com o mercúrio, quando 
havia danos termômetros. 
2.6 Lupa
A lupa é outro equipamento utilizado no auxílio do exame físico. Esse instrumento é 
amplamente utilizado para avaliação de lesões de pele do paciente, pois permitem ampliar a 
lesão, permitindo melhor avaliação. Nem todos os serviços de saúde contam com esse aparelho, 
pois ele é mais utilizado nos serviços de dermatologia. No entanto, isso não significaque o 
enfermeiro não deva utilizá-lo durante o exame físico do indivíduo. 
2.7 Glicômetro
O glicômetro é outro aparelho utilizado no exame físico, principalmente nos pacientes que 
possuem o diagnóstico de diabetes. Esse aparelho tem capacidade de avaliar instantaneamente a 
taxa de glicose presente no sangue do indivíduo.
Para o uso desse instrumento e na avaliação do paciente diabético, é necessário que o 
enfermeiro providencie a lanceta, o algodão e o álcool, itens que serão utilizados juntamente 
com o glicômetro. Nesse procedimento, após ser feita a higienização do local a ser perfurado, é 
feito um pequeno furo no dedo do paciente com a lanceta. A gota de sangue é então colocada 
na fita que está no aparelho emitindo o valor da glicose naquele momento. Após a verificação do 
resultado, a fita que entra em contato com o sangue e a lanceta deverão ser descartadas.
Essa avaliação só deve ser realizada em pacientes diabéticos ou que apresentam algum sintoma 
que indica essa avaliação, pois isso não é um procedimento de rotina para todos os pacientes. 
2.8 Otoscópio
A avaliação física do sistema auditivo do paciente é feita com o auxílio de um otoscópio. Esse 
instrumento permite a visualização do interior da orelha, permitindo que o enfermeiro observe 
a parte externa e a interna do órgão, avaliando a integridade da pele, presença de resíduos e a 
integridade do tímpano. 
2.9 Maca com perneiras, espéculos e kit para coleta
Quando o atendimento for direcionado para mulheres, a enfermagem precisa estar atenta 
ao exame de rotina ginecológico, o Papanicolau. Esse exame deve ser realizado anualmente por 
todas as mulheres em idade reprodutiva, após a primeira relação sexual.
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Para a realização desse exame, é necessário camisola para a mulher utilizar durante o exame, 
maca com perneiras para posicionar a mulher, espéculo para fazer a abertura vaginal e o kit para 
realizar a coleta do Papanicolau. Já as mulheres que estiverem gestantes devem fazer esse exame 
somente se for recomendado, como alguma alteração patológica que indique esse exame. Em 
gestantes com 12 a 14 semanas de gestação, é utilizado o sonar Doppler para a ausculta dos 
batimentos cardíacos fetais.
3 TÉCNICAS BÁSICAS PARA O EXAME FÍSICO
As técnicas de Inspeção, Palpação, Percussão e Ausculta, realizadas nesta ordem, são básicas 
para o exame físico. No entanto, para a realização das mesmas, o enfermeiro necessita de muito 
conhecimento e atenção para que essas técnicas sejam realizadas de forma bem-sucedida.
Essas técnicas exigem habilidade e sensibilidade do enfermeiro, aliadas ao conhecimento da 
anatomia humana. É imprescindível conhecer o que é normal e o que está alterado em cada uma 
dessas técnicas.
Conheça a seguir, em detalhes:
3.1 Inspeção
A Inspeção, a primeira a ser realizada no exame físico, é uma técnica que requer do profissional 
de enfermagem o uso da audição, visão e olfato. Ela começa na interação com o paciente, quando 
o enfermeiro o acolhe no serviço de saúde e observa as expressões não verbais, roupas vestidas e 
higiene corporal do indivíduo. A técnica está dividida em dois campos de ação:
Clique aqui para conhecer a inspeção geral
Na inspeção geral, o enfermeiro deve avaliar vários aspectos como o sexo e a raça do paciente, 
pois o exame físico é diferente para homens e mulheres. Algumas patologias são mais comuns 
em raças brancas como o câncer de pele, enquanto que o câncer de próstata é mais comum 
em indivíduos de pele negra. O câncer de mama é mais comum nas mulheres e o de bexiga é 
FIQUE DE OLHO
O exame físico faz uso de instrumentais, porém, nem todos os instrumentais são utilizados 
em todas as consultas de enfermagem. O enfermeiro pode fazer uso direcionado dos 
instrumentais, como por exemplo, em consulta de enfermagem direcionada a Pediatria 
Preventiva, em que só há a necessidade da utilização de instrumentais pediátricos. Essa ação 
evita o excesso de instrumentais na sala e deixa o atendimento mais organizado.
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quadro vezes mais frequente nos homens. Além disso, a estrutura corporal, como a condição da 
musculatura, excesso de peso e falta de peso, são indicativos quanto às condições de saúde do 
indivíduo. 
Clique aqui para conhecer a inspeção específica
A posição corporal também interfere, podendo indicar lesões posturais ou perda da 
mobilidade de alguma parte do corpo devido às lesões como o acidente vascular cerebral. Na 
inspeção específica, o paciente deve ser examinado de frente, de lado e de costas, avaliando a 
postura, a simetria corporal e a capacidade de movimentação. Assim, o enfermeiro deve manter 
uma distância mínima do paciente para que ele possa ter uma visão geral do corpo do indivíduo, 
possibilitando a avaliação céfalo-caudal.
Conforme Potter (2009), “ao observar o indivíduo de costas, o enfermeiro deve avaliar a 
postura da cabeça e o alinhamento com o tronco, além de conferir a simetria dos ombros e a 
postura. Na avaliação frontal, é importante verificar a rotação da cabeça, podendo identificar, por 
exemplo, o torcicolo. E por fim, inspecionar o paciente de lado observando curvaturas da coluna 
normais e anormais, lembrando que os pacientes idosos apresentam curvaturas maiores”.
Durante a inspeção, ainda é importante avaliar a presença de vesículas, cicatrizes, 
deformidades e sinais traumáticos. Esses sinais podem indicar patologias ou cirurgias anteriores, 
sendo informações relevantes da história pregressa do indivíduo.
Todos os sistemas devem ser inspecionados, observando movimentos involuntários, paralisia 
unilateral e membros com tamanhos diferentes, sendo indicativos de alteração do sistema 
nervoso. E ainda, o enfermeiro deve verificar a expansão do tórax, se é simétrico e bilateral, se 
tem alguma deformidade, indicando o estado do sistema respiratório. O formato do abdômen, 
a presença de hérnia, se o abdômen é simétrico ou algum quadrante está diferente são também 
alvos da avaliação do profissional de saúde. Além disso, na inspeção, é importante avaliar o 
estado de nutrição, hidratação e higiene corporal do paciente.
Durante a inspeção, o enfermeiro deve estar atento se o indivíduo apresenta condições de 
desnutrição ou obesidade, por exemplo. Se o aspecto da pele está hidratado, ou se está ressecado 
ou com sinais de desidratação mais severa. E se a higiene corporal é satisfatória, como couro 
cabeludo limpo, corpo com aspecto de limpo e com o odor normal, ou se tem odor característico 
de má higiene.
Na fase da Inspeção, o olfato também auxilia podendo reconhecer anormalidades, tais como:
• O odor de álcool na cavidade oral é indicativo de ingestão de álcool ou diabetes.
• O odor de amônia na urina é indicativo de infecção ou insuficiência renal.
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• Odor corporal e cheiro de suor excessivo podem indicar falta de higiene ou excesso de 
transpiração.
• Odor de fezes pode indicar incontinência fecal ou má higiene corporal.
• A presença de halitose com odor adocicado é indicativo de diabetes.
• Já o odor de mofo, principalmente, em feridas ou ataduras, indicam a presença de conta-
minação fúngica.
Para que a Inspeção seja bem-sucedida, o enfermeiro também deve estar atento à necessidade 
das condições do local do exame.
3.2 Ausculta
A Ausculta, a segunda técnica a ser realizada no exame físico, é uma técnica que avalia os dados 
físicos do organismo por meio da escuta dos sons emitidos pelo corpo na avaliação pulmonar, 
cardiológica e abdominal. Essa técnica utiliza o instrumento que já estudamos, o estetoscópio, 
permitindo a avaliação do sistema pulmonar, sistema cardíaco e sistema digestivo.
Potter (2009) ressalta que durante a Ausculta dos sons pulmonares, é possível verificar a 
presença de sons normais, denominados murmúrio vesicular. Porém, alguns sons anormais podem 
ser escutados como os roncos que estão presentes quando há secreção solta nos pulmões, por 
exemplo. O estetoscópio também permite que o enfermeiro escute os sibilos, sons mais agudos, 
característico de indivíduos com asma. É possívelainda escutar os sons estertores/crepitações 
que são ruídos mais ásperos, indicando a presença de secreções retidas. E por fim, o som estridor 
que é semelhante ao gargarejo, indicando obstrução das vias aéreas.
Já a Ausculta cardíaca requer a avaliação em pontos específicos do corpo, que permitem ouvir 
os sons das valvas, sendo eles:
Foco mitral
• localizado no quarto ou quinto espaço intercostal do lado esquerdo da linha hemiclavicu-
FIQUE DE OLHO
A Inspeção deve ser iniciada ainda na chegada do indivíduo ao serviço de saúde, observando 
como ele está vestido, por exemplo, e se as roupas são adequadas para a estação do ano. 
São comuns indivíduos que sofreram violência, tentaram autoextermínio ou que fazem uso 
de drogas injetáveis, por exemplo, utilizarem roupas de mangas longas, mesmo no verão, 
com o objetivo de esconder as lesões no corpo.
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lar, correspondendo ao ictus cordis (o ápice do coração). 
Foco pulmonar
• localizado no segundo intercostal do lado esquerdo, junto ao osso esterno.
Foco aórtico
localizado no segundo intercostal do lado direito, junto ao osso esterno.
Foco aórtico
• localizado no terceiro espaço intercostal esquerdo junto ao esterno.
Foco tricúspide
• localizado na base do apêndice xifoide, levemente para a esquerda.
Além desses pontos de Ausculta, que são os mais usados frequentemente no exame físico, 
temos outros pontos que são:
Borda eternal esquerda
• corresponde um espaço entre a área pulmonar e a área tricúspide.
Borda esternal direita
• corresponde a uma área entre o foco aórtico e o quinto espaço intercostal direito.
Endoápex ou mesocárdio
• região situada entre o foco tricúspide e o mitral.
Os sons cardíacos são breves, sendo produzidos devido à abertura ou fechamento das valvas 
cardíacas. Esses sons ainda são divididos entre sons sistólicos que ocorrem durante a contração 
cardíaca e, os sons diastólicos que ocorrem durante o relaxamento cardíaco.
Entretanto, durante a Ausculta cardíaca, podem ocorrer alguns sons anormais como o sopro 
que é uma turbulência no fluxo sanguíneo. Ou ainda, o som anormal de atrito que é caracterizado 
por um som estridente e áspero, ocorrendo de dois ou três separados, como é o caso da taquicardia.
E por fim, a ausculta do abdômen deve ser realizada nos quatro quadrantes do abdômen, 
sendo eles o quadrante superior direito, quadrante superior esquerdo, quadrante inferior 
esquerdo e quadrante inferior direito. Durante essa ausculta, é importante diferenciar o som 
normal dos sons anormais. Os ruídos hidroaéreos são considerados normais.
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Durante a ausculta é importante observar que os sons não são rítmicos e pode ocorrer um 
ruído a cada 5 a 20 segundos, sendo observados os ruídos por um minuto. 
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
3.3 Palpação 
A Palpação, a terceira técnica a ser realizada no exame físico, é a avaliação do organismo por 
meio do tato. O toque do enfermeiro e a pressão das mãos permite que as estruturas anatômicas 
sejam sentidas. Desta forma, essa técnica é utilizada para avaliar as modificações de textura, 
espessura, consistência, sensibilidade, volume e dureza do organismo.
A técnica apresenta diversas variações. Conheça-as abaixo:
Palpação com a mão espalmada
O enfermeiro deve utilizar a palma da mão de forma espalmada para realizar a palpação.
Palpação com sobreposição das mãos
O enfermeiro deve manter as duas mãos sobrepostas, que conferem maior pressão, para 
avaliar órgãos como fígado e baço.
FIQUE DE OLHO
Ausculta abdominal deve ser feita entre as refeições, pois logo após a refeição ou a ingestão 
de água, os sons são mais frequentes. Quando não for possível realizar nesse intervalo, 
o enfermeiro deve colocar uma observação, relatando que os sons abdominais foram 
avaliados após a refeição.
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Palpação com a mão espalmada
O enfermeiro deve utilizar a polpa dos dedos e a parte ventral dos dedos apenas para o tato.
Palpação com a borda da mão
O enfermeiro deve exercer uma maior pressão em uma área menor com a borda de sua mão.
Palpação utilizando polegar e o indicador em forma de “pinça”
O enfermeiro deve avaliar a elasticidade da pele e estado de hidratação, utilizando os dedos 
polegar e indicador em forma de “pinça”.
Palpação dita pressão no membro
O enfermeiro deve realizar a palpação com o polegar ou dedo indicador, fazendo a compressão 
de uma área para avaliar a presença de dor e de edema, conforme imagem a seguir.
Figura 3 - Palpação dita pressão no membro 
Fonte: Sruilk, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A imagem mostra a pressão com o dedo indicador no membro inferior para 
avaliação de edema. A palpação também é utilizada para avaliar a frequência cardíaca a partir da 
avaliação do pulso, observando a amplitude do pulso, elasticidade, frequência e ritmo. A sensibilidade 
também pode ser avaliada na palpação, podendo utilizar o algodão, por exemplo, passando ele na 
pele do indivíduo e questionando se ele sente ou não. O enfermeiro deve estar atento ao avaliar 
a sensibilidade se o paciente disse que sente porque viu o algodão passando ou se realmente há 
sensibilidade, pois em casos de hanseníase e diabetes, há perda da sensibilidade da pele.
Durante a avaliação da Palpação, o enfermeiro deve realizar o exame no sentido da cabeça 
para os pés. Neste contexto, veja o que é importante avaliar na técnica da Palpação:
• Tireoide para detecção de nódulos ou irregularidades.
• Presença de nódulos em várias partes do corpo.
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• Presença de massa endurecida e qual a região do corpo que está presente.
• Presença de dor durante a Palpação, sendo um achado anormal.
• Presença de órgãos palpáveis como o fígado e baço, que em condições saudáveis, não 
devem ser palpáveis.
• Temperatura, umidade, textura, turgor, elasticidade, sensibilidade e espessura na palpa-
ção da pele. É importante que o enfermeiro esteja atento à a variação de idade, pois a 
elasticidade e sensibilidade reduzem com o avançar do tempo do organismo.
• Tamanho, forma, sensibilidade dos órgãos e se os mesmos apresentam alguma massa 
palpável.
E para completar o conhecimento referente à técnica da Palpação, é importante saber que 
existem duas modalidades nesta prática: 
Palpação leve
A técnica é feita quando o enfermeiro coloca a mão no local a ser avaliado do corpo. Neste 
caso, até pelo próprio nome da técnica, as mãos devem realizar uma pressão máxima que não 
ultrapasse um centímetro de profundidade na pele do paciente. 
Palpação profunda
A técnica é feita quando o enfermeiro usa uma ou ambas as mãos para exercer pressão maior 
na região avaliada, tendo um aprofundamento no toque de quatro centímetros. Quando for 
utilizar ambas as mãos, é importante que o profissional de saúde deixe uma mão mais relaxada e 
a outra exercer a força, permitindo que uma mão fique mais sensitiva às alterações. 
3.4 Percussão
A Percussão, a última técnica a ser aplicada no exame físico, é um procedimento baseado nas 
vibrações características do próprio corpo. Os sons produzidos apresentam intensidade, timbre e 
tonalidade, na dependência da estrutura anatômica percutida.
Essa técnica pode ser realizada utilizando a Percussão direta, a Percussão dígito-digital, a 
Punho-percussão, a Percussão com a borda da mão e a Percussão tipo piparote.
 Percussão direta
Procedimento realizado por meio do golpeamento direto na região analisada, utilizando as 
pontas dos dedos.
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Percussão dígito-digital
Procedimento realizado com golpeando da borda ungueal do dedo médio da mão direita à 
superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou o indicador da outra mão. Neste caso, o 
dedo que golpeia designa-se plexor e o que recebe o golpe é o plexímetro.
Punho-percussão
Prodecimento feito com a mão fechada, realizando o golpeamento com a borda cubital na 
região examinada. Essa manobra causa sensação dolorosa, porém quando for uma dor mais 
intensa é indicativo de alguma alteração.
Percussão com a borda da mão
Procedimento realizado com os dedos estendidos e unidos,golpeando-se a região desejada 
com a borda ulnar, procurando ver alguma sensação dolorosa. Esse procedimento é muito 
utilizado para a avaliação dos rins. 
Percussão piparote
Procedimento realizado com uma das mãos do enfermeiro golpeando o abdômen com um 
piparote, ao mesmo tempo em que a outra mão fica espalmada na região oposta. A piparote é 
utilizada para avaliar a presença de líquidos abdominais, como exemplo.
Figura 4 - Percussão digital-digital realizada no tórax para avaliação pulmonar 
Fonte: Ocskay Bence, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A imagem mostra a percussão digital-digital realizada utilizando a mão esquerda 
espalmada na parte posterior do tórax direito de um indivíduo homem e a mão direita realizando 
o golpeamento na falange do dedo médio da mão espalmada.
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Em todos os tipos de Percussão, diversos tipos de sons são gerados, tais como: 
• Som maciço em órgãos sólidos como o fígado.
• Som timpânico (semelhante de um tambor) na presença de vísceras vazias.
• Som ressonante (som oco) na percussão pulmonar.
• Som submaciço (variação do som maciço) na presença de ar em quantidade restrita lhe 
dá característica peculiar.
• Som claro pulmonar no golpe ao tórax normal.
Durante a Percussão, é importante realizar a comparação dos sons do hemitórax direito com 
o do esquerdo, os sons do ápice e da base pulmonar, observando assim a variação e se há algum 
som anormal. 
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
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Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprender sobre a avaliação clínica a ser realizada no exame físico;
• estudar e conhecer os instrumentais que são utilizados para auxiliar o exame físico;
• conhecer as técnicas básicas para a realização do exame físico;
• estudar a técnica de Inspeção e como ela deve ser feita;
• aprender sobre a Ausculta, seus sons e possíveis anormalidades;
• conhecer a Palpação, como a técnica deve ser realizada e qual o posicionamento das 
mãos.
PARA RESUMIR
POTTER, P.A.; A. P. Fundamentos da enfermagem. (s.l.: s.n.), 2009.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 3
Posicionamento para o exame físico, 
sinais vitais e registro dos dados
Introdução
Você está na unidade Posicionamento para o exame físico, sinais vitais e registro dos 
dados. Conheça aqui quais as posições indicadas para a realização do exame físico e quais 
são os sistemas do corpo humano avaliados em cada uma dessas posições. Aprenda sobre 
sinais vitais e sintomas, e como realizar o registro dessas informações no prontuário. 
Saiba quanto ao posicionamento dos pacientes, os padrões vitais normais e anormais, 
permitindo assim, realizar a primeira parte do exame físico geral.
Bons estudos!
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1 POSIÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE EXAME FÍSICO
O exame físico pode ser realizado em diversas posições do corpo humano, dependendo da 
região que se deseja examinar. À princípio, o enfermeiro deve escolher a posição que oferece 
melhor conforto para o paciente e a melhor possibilidade de investigação durante o exame físico. 
Além disso, no procedimento, pode ser necessário variar as posições em que o indivíduo avaliado 
se encontra, mas lembre-se: observe as limitações físicas do paciente com o objetivo de não 
causar desconforto ou agravamento em seu quadro de saúde.
1.1 Decúbito dorsal
A posição de decúbito dorsal é aquela em que o indivíduo se encontra deitado de costas, com 
as pernas estendidas, braços estendidos ao lado do corpo e face voltada para cima, conforme 
imagem a seguir. Nessa posição, com o objetivo de oferecer maior conforto, o enfermeiro pode 
colocar um travesseiro embaixo da cabeça do paciente (BARROS, 2010). 
Figura 1 - Posição de decúbito dorsal 
Fonte: solar22, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mulher deitada de costas, com os membros superiores e inferiores 
estendidos, rosto voltado para cima.
Essa posição é utilizada para o exame físico do tórax, abdômen e dos membros superiores e 
inferiores, na porção anterior. 
1.2 Decúbito ventral
Na posição de decúbito ventral, o paciente fica deitado com a barriga voltada para baixo. 
As pernas ficam estendidas, braços estendidos, flexionados ou apoiados em talas (quando a 
maca for muito estreita, por exemplo) e a cabeça lateralizada para evitar asfixia ou desconforto 
respiratório, conforme imagem a seguir.
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Figura 2 - Posição de decúbito ventral 
Fonte: stockfour, Shutterstock,2020.
#PraCegoVer: mulher deitada de barriga voltada para baixo, com os membros superiores 
flexionados, rosto voltado para lateral. Enfermeiro realizando a palpação do tórax na parte 
posterior, exposta.
Essa posição permite avaliar a região dorsal do tórax, abdômen e membros superiores e 
inferiores. Além disso, possibilita também que sejam avaliadas a região occipital, cervical, região 
sacral, glúteo e pulso poplíteo. Neste último caso, o pulso poplíteo é sentindo pela pulsação na 
parte posterior do joelho, devendo ser avaliado com o joelho levemente fletido ou estendido. 
1.3 Litotomia ou ginecológica
A posição de litotomia pede que o paciente fique em decúbito dorsal, com a cabeça e ombros 
levemente elevados. As pernas do paciente devem ficar flexionadas, mantendo as coxas sobre o 
abdômen. As pernas devem estar afastadas uma da outra, conforme imagem a seguir. Para maior 
conforto do paciente, são utilizadas perneiras para dar apoio aos membros inferiores. 
Figura 3 - Posição de litotomia 
Fonte: corbac40, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: mulher deitada de decúbito dorsal, membros inferiores flexionados e apoiados 
em perneiras afastadas.
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Em uma variação da posição de litotomia, a posição ginecológica, o paciente fica em decúbito 
dorsal, fletindo as pernas, porém com os pés apoiados no colchão. Nessa posição, os joelhos 
devem permanecem afastados.
Essa posição é utilizada durante o exame físico da região genital das pacientes mulheres. 
Apesar de não ser uma posição utilizada em todo exame físico, ela é utilizada para o exame de 
Papanicolau (rastreamento de câncer de colo de útero) que deve ser realizado anualmente por 
mulheres em idade reprodutiva, a partir da primeira relação sexual (BARROS, 2010).
1.4 Sentada
A posição sentada, como o próprio nome diz, pode ser feita em uma cadeira, maca ou no leito. 
Nessa posição, as mãos do paciente devem permanecer em repouso sobre as coxas, conforme a 
imagem a seguir. A posição permite avaliar os pulmões, sua simetria e capacidade de expansão.
Figura 4 - Posição sentada 
Fonte: Africa Studio, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra o homem na posição sentado, com os dois pés apoiados no 
chão, mãos sobre as coxas em repouso, cabeça levantada, com o olhar para frente.
Essa posição é utilizada para o exame físico do tórax, permitindo a ausculta cardíaca e 
pulmonar, mais facilmente. Ela proporciona conforto durante o exame físico de indivíduos que 
apresentam dispneia, por exemplo. Além disso, permite avaliação física da cabeça e pescoço, 
mais facilmente, permitindo a inspeção e palpação (BARROS, 2010).
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1.5 Decúbito Fowler
Na posição de decúbito Fowler, o paciente fica em decúbito dorsal com a cabeceira da cama 
elevada em um ângulo de 45 ou 90º em relação à cama, conforme imagem a seguir.
Figura 5 - Paciente em decúbito de Fowler 
Fonte: wavebreakmedia, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: mulher sentada no leito com as costas apoiada na cabeceira elevada. Enfermeira 
ao lado do leito conversando com a paciente.
A posição de Fowler é indicada para avaliação cardiopulmonar, como a ausculta e avaliação 
da frequência respiratória. Essa posição oferece alívio ao desconforto respiratório, pois permite a 
alimentação correta para pacientes acamados, reduzindo assim o risco de aspiração. 
1.6 Decúbito lateral 
Na posição decúbito lateral direito ou esquerdo, o indivíduo deve ser colocado deitado 
na lateral, com as pernas fletidas, braço direito ou esquerdo (depende qual o lado que estiver 
deitado) fletido em sentido da cabeça e o outro braço em repouso sobre a face lateral da coxa. 
Essa posição permite avaliaçãoda parte posterior do tórax, coluna e glúteo. 
1.7 Decúbito de SIMS 
A posição de SIMS mantém o indivíduo deitado na lateral (esquerda ou direita) com as pernas 
fletidas, que podem estar apoiadas ou não com um travesseiro nos joelhos. O braço direito ou 
esquerdo (depende qual o lado que estiver deitado) deve ficar fletido em sentido da cabeça, e o 
outro braço deve permanecer em repouso sobre a face lateral da coxa. Ainda, a cabeça deve estar 
apoiada em um travesseiro e o braço (do lado que estiver em decúbito) deve estar esticado para 
trás, conforme imagem a seguir.
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Figura 6 - Mulher em posição de SIMS 
Fonte: studiolaut, Shutterstock.com, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra uma mulher gestante em posição de SIMS, em decúbito 
direito, com a cabeça apoiado no travesseiro, braço esquerdo fletido e apoiado no travesseiro, 
membros inferiores fletidos e apoiados em travesseiro na altura dos joelhos.
Decúbito de SIMS é uma posição utilizada para avaliação das costas e região retal. Em gestantes, 
essa posição pode ser utilizada para aliviar dores nas costas, principalmente nos últimos meses de 
gestação, pois ela permite apoio na barriga e sustentação para a coluna (BARROS, 2010).
1.8 Trendelemburg
Na posição de trendelemburg, o paciente fica em decúbito dorsal horizontal, permanecendo 
com a cabeça mais baixa que o corpo. Ou seja, a cabeceira da cama fica mais baixa que o restante. 
Uma variação dessa posição é a trendelemburg reversa em que os membros inferiores ficam mais 
baixos que a parte superior, reduzindo a pressão sanguínea no cérebro. 
Essa posição é utilizada quando há queda na pressão arterial, por exemplo, visando manter a 
oxigenação do cérebro (BARROS, 2010).
1.9 Genu-peitoral
A posição genu-peitoral pede que o paciente fique ajoelhado na maca, com os joelhos 
afastados e a cabeça e tórax apoiados na maca diretamente em um travesseiro. A cabeça 
deve ficar lateralizada, apoiada nos braços. Essa posição é utilizada para exame físico genital, 
principalmente na especialidade de proctologia, com a realização do exame de toque retal com o 
objetivo de avaliação prostática (BARROS, 2010).
1.10 Posição Jacknife ou Canivete 
Na posição de jacknife, o paciente fica em decúbito ventral com o tórax apoiado na maca, 
levemente inclinado no sentido oposto das pernas e braços estendidos. Nessa posição, o quadril 
fica elevado, deixando o restante do corpo abaixado, conforme imagem a seguir.
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Figura 7 - Posição Jacknife ou Canivete 
Fonte: Mr. Rashad, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Aa imagem mostra um desenho mostrando a Posição Jacknife, em que o 
quadril fica mais elevado em relação ao tronco e membros inferiores, facilitando o exame físico 
da região anal.
A indicação para essa posição é para exame da região anal e cirurgias proctológicas. 
2 SINAIS E SINTOMAS
Durante o exame físico, o enfermeiro deve estar atento aos sinais e sintomas do paciente. 
Os sinais devem ser percebidos pelo profissional de saúde, sem que necessariamente sejam 
relatados pelo paciente.
Neste contexto, os sintomas são subjetivos e estão sujeitos à interpretação individual. 
Além disso, é importante ficar atento a cada sistema afetado uma vez que os mesmos podem 
apresentar diferentes sinais e sintomas, ou até mesmo, sinais e sintomas comuns inclusive a mais 
de um sistema orgânico. 
Veja a seguir, como avaliar os sinais e sintomas para cada sistema do corpo humano.
2.1 Sistema neurológico 
O exame físico do sistema neurológico pode identificar alguns distúrbios funcionais 
relacionadas à fala, tais como:
Dislalia
Lesão do palato.
Disartria
Lesão nos nervos cranianos VII, IX, X e XII.
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Dislexia
Dificuldade de aprender a ler e escrever. 
Além disso, a capacidade motora e suas anormalidades também estão relacionadas com 
alterações desse sistema. 
Interaja com os botões abaixo para conhecer as principais considerações que o enfermeiro 
deve se atentar em alguns exemplos clássicos de avaliação do sistema neurológico.
Idade do paciente
Para avaliar o sistema neurológico, o enfermeiro deve estar atento à idade e à história 
pregressa do indivíduo, pois crianças e idosos apresentam dificuldade de andar devido à idade, 
mas não necessariamente a uma lesão neurológica.
Pacientes lesionados
Já em pacientes que sofreram lesões anteriores, como politraumatizados, o exame físico 
pode identificar lesões que ainda não foram totalmente recuperadas, sendo importante avaliar o 
tempo entre a lesão e a avaliação.
Acidente vascular cerebral
Pacientes que sofreram acidente vascular cerebral também podem ter o sistema neurológico 
afetado, apresentando danos na fala e na capacidade locomotora. No entanto, a depender 
da região afetada pelo acidente vascular, lesões não tão evidentes podem não ser detectadas 
durante a avaliação do enfermeiro.
Sinais e sintomas comuns
Dor de cabeça, fraqueza muscular e tremor, movimentos involuntários como tiques, espasmos 
musculares, perda de sensibilidade da pele, distúrbios de visão, zumbido nos ouvidos, perda de 
equilíbrio, dificuldade de andar devem ser considerados. Outros sintomas que o organismo pode 
apresentar, em se tratando de algum mal no sistema neurológico, podem ser revelados pelo 
paciente que tem dificuldade em dormir ou dorme excessivamente.
Distúrbios mentais
Durante a avaliação neurológica, é importante o profissional estar atento aos distúrbios 
mentais, pois eles apresentam sinais e podem ser diagnosticados, precocemente, facilitando 
o tratamento devido o quadro ainda não agravado. Porém, os sinais nem sempre são de fácil 
identificação, podendo ser sintomas sutis como tristeza constante do paciente, não querer sair de 
casa, preferir ficar isolado, entre outros sintomas de depressão.
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2.2 Sistema respiratório 
O sistema respiratório é responsável pelas trocas gasosas. Por isso, durante o exame físico, 
o enfermeiro pode observar alguns sinais de comprometimento desse sistema como a cianose, 
batimento de asa de nariz, inquietação, tiragem intercostal, dispneia, sons respiratórios anormais e 
alguns padrões respiratórios distintos do normal, que podem estar associados a alguma patologia.
Clique nos boxes para conhecer dois tipos de respiração que revelam males no sistema 
respiratório do paciente:
Respiração cheyne-stokes
Caracteriza-se por uma fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais 
profundas até atingir um máximo, para depois vir decrescendo até nova pausa. Causas: 
insuficiência cardíaca, hipertensão intracraniana, acidente vascular cerebral e traumatismo 
cranioencefálico.
Respiração de biot
Caracterizada pela respiração problemática do paciente em duas fases. A primeira, a apneia, 
seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e amplitude. 
Quase sempre este tipo de respiração indica grave comprometimento cerebral. Causas: as 
mesmas da respiração de Cheyne-Stokes.
Respiração de kussmaul
Caracteriza-se pela respiração dificultosa dividida em quatro fases, sendo a primeira fase de 
inspirações ruidosas, seguida de apneia em inspiração, expiração ruidosa e apneia em expiração. 
A principal causa é a diabética.
Respiração suspirosa
Caracteriza-se por uma série de movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguidos de 
expiração rápida e breve. Outras vezes, os movimentos respiratórios normais são interrompidos 
por “suspiros” isolados ou agrupados. Essa respiração revela tensão emocional e ansiedade por 
parte do paciente, principalmente.
Durante a ausculta pulmonar, podem ser identificados sons anormais no organismo do 
paciente. Clique nos botões abaixo para conhecer:
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Ronco
São sons grosseiros que ocorrem devido ao bloqueio da passagem do ar pela presença 
de muco. O ronco pode ocorrer tanto na inspiração como na expiração. Esse tipo som ocorre, 
principalmente, em pacientes com de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica ou a presença 
de corpo estranho.
Sibilos
São sons agudos que ocorrem devido ao estreitamento das vias aéreas,sendo auscultado na 
expiração. Normalmente, esse tipo de som ocorre devido aos broncoespasmos em crises de asma 
ou doença pulmonar obstrutiva crônica. 
Ruídos estertores
São sons intermitentes, intensos, crepitantes, de totalidade média, sendo auscultados no 
início ou meio da inspiração, devido à presença de líquido nos bronquíolos e brônquios. Durante 
a tosse, eles desaparecem. 
Sons crepitantes
São estalidos que parecem chiado de rádio mal sintonizado, podendo ocorrer devido à 
presença de catarro ou secreções com bolhas nas vias aéreas inferiores. Esse tipo de som é 
comum em pacientes com quadro de pneumonia, bronquite, tuberculose, doença intersticial ou 
edema pulmonar.
Ruído estritor
É o som agudo ouvido na inspiração, que ocorre geralmente devido à obstrução do fluxo 
de ar na traqueia ou laringe. Esse tipo de som pode ser indicativo de tumor, corpo estranho ou 
estenose/espasmo laringotraqueal.
Atrito pleural
É um som contínuo, auscultado durante a inspiração e expiração, devido à fricção entre a 
pleura parietal e visceral decorrente de um processo inflamatório (pleurite) ou neoplásico (câncer 
de pulmão ou derrame pleural).
2.3 Sistema cardiovascular 
O sistema cardiovascular é responsável pela vascularização do nosso organismo, transportando 
nutrientes e oxigênio para todo o corpo. Por sua amplitude de atuação no organismo, esse 
sistema, quando afetado, pode apresentar diversos sinais e sintomas durante o exame físico, 
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podendo afetar não somente esse sistema, mas o sistema nervoso e renal em conjunto.
Um dos males mais recorrentes do sistema cardiovascular é a hipertensão, uma condição 
danosa ao organismo que aumenta o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, 
devido ao comprometimento das artérias.
Além disso, a tosse, sintoma que ocorre no sistema respiratório, se torna um problema 
cardiovascular caso persista por muito tempo no organismo do paciente. Essa situação acontece 
em decorrência da presença de líquido nos pulmões, situação esta que pode levar a uma 
insuficiência cardíaca congestiva. Nesse tipo de caso, temos o chiado e a tosse, que ao invés 
de serem confundidos com asma ou outra doença pulmonar, são na verdade, um problema no 
bombeamento cardíaco que levou ao acúmulo de líquidos nos pulmões do indivíduo.
Outros sintomas de males no sistema cardiovascular podem ser a taquicardia, angina (dor no 
peito), indigestão, náusea, sudorese intensa e fadiga. Muitas vezes, os sintomas cardíacos podem 
ser confundidos com problemas em outros sistemas, porém, o enfermeiro deve ficar atento ao 
tempo de persistência dos sintomas e se há alguma queixa que possa evidenciar o problema 
nesse sistema. 
2.4 Sistema digestório 
O sistema digestório é responsável pelo processamento de alimentos, absorção dos nutrientes 
e eliminação dos resíduos através das fezes. Por isso, em caso de males nesse sistema, os sinais 
e sintomas mais comuns são dores abdominais, náuseas e vômitos. Em alguns pacientes, pode 
ocorrer, por exemplo, sangramento no trato intestinal, causando cansaço e fraqueza devido à 
anemia provocada pelo sangramento.
Durante a palpação, o enfermeiro pode ser observar a presença de massas, podendo ser fezes 
retidas ou presença de massa tumoral. Neste último caso, a investigação do enfermeiro deverá 
ser mais profunda.
Outros males nesse sistema podem gerar também a perda de peso, problemas de deglutição 
e dor no tórax devido à presença de gases, por exemplo. O hálito também pode indicar problemas 
no sistema digestório, uma vez que nem sempre a halitose é decorrente da má higiene oral, 
podendo sim ser algum problema oriundo do trato gastrointestinal.
2.5 Sistema músculo-esquelético 
O sistema músculo-esquelético é composto pelos músculos e ossos, permitindo a sustentação 
do corpo e a locomoção. Em se tratando de males, esse sistema pode apresentar sinais e sintomas 
decorrentes de fatores físicos, biológicos, psicossociais e individuais.
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Dentre os sinais físicos estão o tipo de profissão do paciente, se o mesmo precisa carregar 
peso, qual a postura no trabalho, quanto tempo ele permanece em uma determinada posição, 
em qual temperatura e se está exposto aos agentes químicos e físicos.
Além de verificar as informações acima, é importante averiguar se o paciente exerce atividade 
repetitiva que possa causar lesões em seu organismo, decorrentes do esforço repetitivo. E 
caso possua tal atividade, o enfermeiro deve questionar se esse paciente usa equipamentos 
de proteção individual no dia a dia, e se há enfermeiro no seu local de trabalho, capacitando e 
orientando os trabalhadores com relação às possíveis lesões que podem acontecer no sistema 
músculo-esquelético.
Além disso, a avaliação do sistema deve também considerar os antecedentes clínicos, a 
capacidade física e a idade do paciente. É importante averiguar se o indivíduo é uma pessoa ativa, 
com boa alimentação e que tem pratica regular de atividade física, mantendo e fortalecendo 
esse sistema, ou se é um paciente sedentário, obeso e tabagista, por exemplo, apresentando 
dificuldade para andar e estrutura muscular frágil.
É importante que o enfermeiro esteja também atento aos fatores genéticos, como por 
exemplo, em casos de distrofias e doenças reumatoides. A presença de familiares com esse tipo 
de histórico de saúde pode ser um forte indicativo para doenças no sistema músculo-esquelético 
do paciente que está sendo avaliado.
3 PRONTUÁRIO E O REGISTRO DOS DADOS DO 
EXAME FÍSICO
O prontuário é a reunião de toda a documentação do paciente, como por exemplo, resultados 
de exames. Trata-se de um item obrigatório no dia a dia do enfermeiro, sendo estabelecido por 
lei, conforme a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) 358/2009, que dispõe 
sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a implementação do processo de 
Enfermagem em ambientes, públicos ou privados.
Segundo O artigo 6° da referida Resolução, “a execução do processo de enfermagem deve ser 
registrada formalmente”.
3.1 Resolução Cofen
 A Resolução Cofen 311/ 2007, que aprovou a reformulação do Código de Ética dos Profissionais 
de Enfermagem-CEPE, incluiu mais seis novos artigos sobre Anotações de Enfermagem que 
falam que o enfermeiro deve prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas, 
necessárias para assegurar a continuidade da assistência. Esses artigos asseguram deveres 
60
importantes do enfermeiro como registrar no prontuário e em outros documentos próprios da 
Enfermagem, informações referentes ao processo de cuidar da pessoa. E ainda, incentivar e criar 
condições para registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar.
Portanto, nas anotações de enfermagem, seja na evolução, prescrição, relatórios ou qualquer 
documento utilizado no exercício profissional, constitui responsabilidade e dever do profissional de 
saúde, apor o número e a categoria de inscrição conjuntamente a sua assinatura. Nesse contexto, o 
uso do carimbo é facultativo. No entanto, por ser material de baixo custo e cujo uso traz benefício ao 
profissional, o uso do carimbo é indicado por racionalizar a finalização da anotação de enfermagem.
A Resolução Cofen 429/ 2012, que dispõe sobre o registro das ações profissionais no 
prontuário do paciente e em outros documentos próprios da Enfermagem, independente do 
meio de suporte- Tradicional ou Eletrônico, assevera em seu artigo 1° é responsabilidade e dever 
dos profissionais de enfermagem registrar, no prontuário do paciente e em outros documentos 
próprios da área, seja em meio de suporte tradicional (papel) ou eletrônico, as informações 
inerentes ao processo de cuidar e ao gerenciamento de processos de trabalho, necessários para 
assegurar a continuidade e a qualidade da assistência.
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3.2 Registro em prontuário
Diante da ampla legislação sobre o registro e anotações das atividades de enfermagem, 
ocorrências e intercorrências, os referidos registrosse fazem necessários em qualquer área da 
assistência de enfermagem. O enfermeiro precisa também se atentar ao fato de que os registros 
dos atendimentos e/ou cuidados de enfermagem devem ser realizados no prontuário, folha de 
evolução ou folha de atendimento do paciente e que as ocorrências e intercorrências referentes à 
equipe devem ser registradas no livro de relatório de enfermagem, acessível e privativo da equipe 
de enfermagem.
61
Com base nessa exigência de documentação, durante o exame físico, o enfermeiro deve 
registrar o que foi observado ou relatado, como por exemplo:
• sinais vitais pressão arterial122/78 mmHg, deitado, MSD (membro Superior Direito);
• Frequência cardíaca 85 bpm;
• Frequência respiratória 14irm;
• Temperatura 36,8ºC (axila esquerda).
O registro sempre deve ser objetivo, porém com os detalhes relevantes, permitindo que 
quem for ler saiba todo o histórico da assistência.
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4 SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são ocorrências clínicas e fisiológicas que permitem avaliar a função orgânica 
básica do corpo humano. Os sinais permitem avaliar as interações do sistema fisiológico e a sua 
interação com as patologias, através da sua alteração.
Os sinais vitais são divididos quatro, sendo eles a pressão arterial, pulso, temperatura e 
respiração. 
Conheça, a seguir, cada um desses sinais em detalhes!
4.1 Pressão arterial
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce na parede das artérias, variando de 
acordo com a força de contração do coração, da quantidade de sangue e da resistência dos vasos 
62
sanguíneos. Neste contexto, quando a pressão é avaliada pelo enfermeiro, é possível detectar 
dois tipos de movimentos:
Sístole
Pressão exercida com a contração do coração, sendo o valor mais alto da pressão sanguínea.
Diástole
Pressão exercida com o relaxamento do coração, sendo o valor mínimo da pressão sanguínea. 
A aferição da pressão sanguínea é feita utilizando um esfigmomanômetro e um estetoscópio. 
O esfigmomanômetro tem tamanhos diferentes, desde o infantil até o adulto. A escolha correta 
é feita a partir da mensuração da circunferência do braço do paciente Por isso, é necessário que 
o enfermeiro meça utilizando uma fita métrica. Além disso, a bolsa inflável do manguito deve 
ter uma largura que corresponda a 40% da circunferência do braço do indivíduo, sendo que seu 
comprimento deve ser de 80%. E atenção: manguitos muito curtos ou estreitos podem fornecer 
leituras falsamente elevadas.
 Antes de iniciar a aferição da pressão arterial, é importante abrir o tensiômetro, identificando 
seus componentes e avaliando se o instrumento é o ideal para a circunferência do braço do 
paciente. O aparelho apresenta os seguintes itens:
• face interna com presilha e indicação do local que deve ficar a artéria;
• manômetro que registra a pressão em mmHg;
• pêra para insuflação;
• válvula para liberar o ar insuflado.
Além disso, o instrumento apresenta o conjunto manguito-bolsa pneumático, sendo o local 
em que o ar insuflado fica retido durante a insuflação, conforme imagem a seguir.
E atenção: instrumento pode ser digital ou analógico, não apresentando diferença em relação 
à precisão, desde que calibrado.
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Figura 8 - Esfigmomanômetro 
Fonte: bjphotographs, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra o esfigmomanômetro azul com a pêra, válvula de ar e a 
braçadeira.
O estetoscópio é composto pelas olivas, hastes, tubos condutores e o receptor que pode ser dividido 
em duas partes diafragma e campânula, conforme imagem a seguir. Nem todos os estetoscópios 
apresentam a campânula, sendo essa parte utilizada, principalmente, na ausculta infantil. 
Figura 9 - Estetoscópio adulto, com diafragma e campânula 
Fonte: ANTONIO TRUZZI, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: a imagem mostra um estetoscópio adulto, preto, com oliva, haste, tubo 
condutor, diafragma e campânula.
Com a instrumentação correta em mãos, o enfermeiro precisa adotar procedimentos 
importantes para realizar a correta aferição da pressão arterial. Interaja com os botões abaixo 
para compreender o passo a passo da aferição:
Posicionamento do paciente
O enfermeiro deve colocar o indivíduo em pé ou sentando, em local calmo. Antes de iniciar a 
aferição, é fundamental que o paciente não tenha ingerido bebida alcoólica, fumado nos últimos 
trinta minutos e que a bexiga esteja vazia. 
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Posicionamento do braço
O enfermeiro deve posicionar o braço que será aferido na altura do coração do paciente, 
apoiado para maior conforto do indivíduo.
Medida e inserção
O enfermeiro deve realizar a medida da circunferência do braço do paciente, selecionar o 
manguito ideal e palpar o braço localizando a arterial braquial na face interna superior do braço. 
Em seguida, deve envolver a artéria braquial com a braçadeira, de forma suave e sem pressionar 
a artéria. É importante deixar uma margem de dois dedos, ou 2,5 centímetros acima do cotovelo. 
Pressão sistólica
Após o posicionamento correto, o enfermeiro deve insuflar o manguito colocado no 
braço do paciente e sentir o pulso radial até o seu desaparecimento, registrando o valor do 
desaparecimento. Esse valor é a pressão sistólica palpada. 
Pressão sistólica máxima e diastólica mínima
Na sequência, deve desinflar o manguito e posicionar o estetoscópio na fossa anticubital, 
insuflando 30 mmHg a mais que o valor encontrado na pressão sistólica palpada. Em seguida, 
desinflar o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo, identificando a 
pressão sistólica máxima (primeiro som de Korotkoff) e a pressão diastólica (mínima) em mmHg, 
observando no manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível, ou 
seja, o IV som de Krotkoff. 
Desinflar e registrar
E por fim, o enfermeiro deve terminar de desinsuflar totalmente o aparelho com atenção 
voltada ao completo desaparecimento dos batimentos. Por fim, registrar o valor encontrado, 
estando atento se há alguma alteração que necessite intervenção.
Os sons de Korotkoff são divididos em cinco fases.
• Fase I: são os primeiros sons (pequena intensidade e alta frequência).
• Fase II: são sons suaves e prolongados. Podem ser inaudíveis (hiato auscultatório).
• Fase III: são sons mais intensos e nítidos (hiato auscultatório).
• Fase IV: são sons de baixa intensidade e abafados (pressão diastólica).
• Fase V: desaparecimento dos sons.
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Os valores de pressão arterial podem variar de paciente para paciente, sendo considerado 
normal a pressão sistólica abaixo de 120mmHg e a diastólica menor que 80mmHg. Neste contexto, 
os pacientes considerados pré-hipertensos apresentam pressão sistólica entre 120 e 129 mmHg e 
diastólica menor que 80mmHg. Já pacientes que apresentem valores acima dos registrados acima 
são considerados hipertensos.
É importante ainda entender que a hipertensão não pode ser diagnosticada em apenas uma 
aferição. Para o diagnóstico preciso, é preciso que o enfermeiro faça um acompanhamento maior 
da pressão arterial. Caso ela permaneça alterada com recorrência, aí sim é feito o diagnóstico 
para que um sequencial tratamento seja iniciado.
4.2 Pulso
O pulso é uma onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial em cada 
batimento cardíaco do corpo humano. Esse sinal vital pode ser aferido em qualquer artéria que 
possa ser comprimida levemente contra um osso pelas pontas dos dedos indicador e médio das 
mãos do profissional de saúde. Desta forma, os pontos que podem ser observados via pulso são: 
carotídeo, axilar, humoral, cubital, radial, femoral, poplíteo, tibial posterior e pedido.
Em se tratando de sua verificação, o pulso pode ser avaliado quanto à frequência, ritmo e 
volume que apresentam: 
Frequência
É o número de pulsações por minuto. Quando o valor está acima do esperado, é considerado 
taquicardia, e abaixo do esperado, bradicardia. 
Ritmo
É o intervalo entre os batimentos cardíacos, sendo o intervalo igual o pulso considerado 
rítmico e quando os intervalossão irregulares.
FIQUE DE OLHO
A pressão arterial é diferente quando o paciente está sentado ou em pé. Na posição 
ortostática, pode ocorrer uma queda brusca da pressão devido à hipotensão postural. 
É normal ocorrer uma redução discreta da pressão sistólica quando aferimos com o 
paciente em pé devido aos estímulos nos pressoreceptores carotídeos. Nesse caso, a 
elevação na pressão diastólica acontece também devido ao aumento da resistência 
periférica dos vasos sanguíneos.
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Volume
É a intensidade que o sangue bate nas paredes da artéria, sendo pulso cheio e forte ou fraco e fino. 
O local mais comum para aferir o pulso em pacientes conscientes é na artéria radial, no punho. 
Já em pacientes inconscientes, o local ideal é na carótida e no femoral, pois são artérias que 
persistem a pulsação por mais tempo, mesmo quando há hipotensão ou hipoperfusão periférica. 
Além disso, a frequência cardíaca varia com a idade, como demonstrada na tabela a seguir.
Tabela 1 - Frequência cardíaca em cada idade 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
#PraCegoVer: tabela com valores de frequência cardíaca para correlacionada à idade do 
paciente, considerando recém-nascidos, crianças, adolescentes e adultos.
É importante o enfermeiro estar atendo aos fatores que podem alterar a frequência cardíaca, 
aumentando-a, como atividade física de curta duração, febre, dor aguda, ansiedade, postura e 
falta de oxigenação. Já em atletas, a frequência cardíaca pode ser reduzida devido à hipotermia, 
dor intensa, repouso ou estado relaxado.
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67
4.3 Temperatura
A temperatura corporal verifica o equilíbrio entre a produção e eliminação de calor do corpo, 
indicando atividade metabólica, auxiliando no diagnóstico e tratamento e, permitindo avaliar a 
evolução do paciente. Variando durante o dia e à noite, esse sinal vital atinge o seu ponto mínimo 
durante o sono e o valor máximo no final da tarde. No entanto, alterações podem acontecer em 
determinadas situações, tais como: exercício físico, após as refeições e em reações de emoções, 
podendo subir em média meio grau célsius.
Em se tratando de sua medição, os locais de aferição da temperatura são axilares, retal, 
central (ouvido) e oral. Na rotina diária a avaliação, esse procedimento é feito, principalmente, 
nas axilas e ouvido. Porém, quando houver contraindicação desses locais, os outros do corpo 
podem ser utilizados, como é no caso da aferição da temperatura oral. Nesse processo, em 
especial, é importante avaliar a presença ou não de lesões que contraindique a aferição, se houve 
ingestão de alimento frio ou quente, se o paciente apresenta ou não tosse e crises convulsivas, 
e também, a idade do paciente, pois caso seja uma criança, a mesma pode morder ou cuspir o 
instrumento de aferição da temperatura, prejudicando assim todo o procedimento.
A regulação da temperatura ocorre na região do hipotálamo anterior e área pré-óptica que 
apresentam neurônios sensíveis ao calor e ao frio. A tiroxina, hormônio produzido pela tireoide, 
estimula o metabolismo celular, aumentando ou diminuindo a energia térmica produzida.
Os valores de temperatura podem variar conforme o local de aferição. A temperatura 
considerada normal é entre 36 e 37,2ºC. Valores maiores que esse são considerados hipertermia, 
e abaixo, hipotermia.
FIQUE DE OLHO
Durante a avaliação do pulso, é importante o enfermeiro estar atento e nunca utilizar 
o polegar para sentir o pulso do paciente, pois pode sentir o próprio pulso digital, 
interferindo na avaliação correta do pulso. Isso é relevante, principalmente, quando a 
avaliação é feita em pacientes com bradicardia ou taquicardia discreta.
FIQUE DE OLHO
A avaliação da temperatura pela via retal só deve ser realizada quando houver 
necessidade de precisão absoluta, pois durante a aferição ocorre o estímulo vagal, 
causando vasodilatação e bradicardia. Em pacientes com cardiopatia ou que foram 
submetidos a cirurgias recentes, esse estímulo pode agravar o quadro clínico.
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4.4 Respiração
A respiração é a entrada de oxigênio nos pulmões durante a inspiração e a eliminação de 
dióxido de carbono pela expiração. O controle respiratório é feito pelo sistema nervoso central na 
região do bulbo. Na artéria carótida e aorta, existem quimiorreceptores que captam a quantidade 
de oxigênio circulante, enviando sinais para o bulbo se há necessidade de aumentar ou reduzir a 
frequência cardíaca.
Mas como ocorre a respiração?
Inspiração
Inicialmente, o ar inspirado pelo corpo humano apresenta uma pressão menor que a 
pressão atmosférica, permitindo assim a entrada do ar. Nesse processo, o músculo diafragma 
contrai e abaixa, e os músculos intercostais se elavam aumentando o volume da caixa torácica e 
aumentando o espaço de expansão dos pulmões. 
Expiração
Na expiração, o músculo diafragma contrai, elevando-se assim como os músculos intercostais. 
A pressão dentro dos pulmões fica maior que a pressão atmosférica, permitindo que o ar seja 
expelido, ou seja, eliminado.
Tabela 2 - Terminologias da respiração 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
#PraCegoVer: tabela descrevendo o significado das terminologias eupneia, bradipneia, 
ortopneia, kussmaul, sheyne-stokes, apneia, taquipneia e dispneia.
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A frequência respiratória precisa ser avaliada quanto à frequência, profundidade e ritmo. É 
importante avaliar se a respiração é superficial, moderada ou profunda em relação à expansão 
do tórax se é simétrica. A frequência da respiração também altera com a idade, sendo normal 
para bebê de 30 a 60 movimentos respiratórios por minutos, criança de 20 a 30 movimentos por 
minutos e adultos 12 a 20 movimentos por minutos. 
FIQUE DE OLHO
A avaliação da frequência respiratória deve ser feita sem o paciente perceber para que 
ele não interfira na frequência, no ritmo e na profundidade desse sinal vital. O ideal é 
que ao finalizar a avaliação do pulso, o enfermeiro continue segurando o pulso e faça a 
avaliação da frequência respiratória.
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Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Conhecer as posições utilizadas durante o exame físico.
• Aprender as finalidades de cada posição e os sistemas que podem ser avaliados.
• Estudar sobre os sinais e sintomas mais comuns no exame físico.
• Conhecer como registrar no prontuário e a sua importância na assistência.
• Aprender sobre os sinais vitais, quais os parâmetros normais e suas variações. 
PARA RESUMIR
Potter P. A.; Perry A.G. Fundamentos de enfermagem. [tradução de Maria Inês Corrêa 
Nascimento et al] – Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 4
Exame físico
Você está na unidade Exame Físico. Conheça aqui as técnicas básicas e a funcionalidade 
do exame físico geral e como aplicá-lo nos vários sistemas do corpo humano: sistema 
orgânico, neurológico, respiratório, cardiovascular, digestório, gênito-urinário e 
musculoesquelético.
Ainda nessa unidade, aprenda quais são os achados normais relacionados a cada sistema 
orgânico e quais são as alterações mais frequentes encontradas durante o exame físico.
Bons estudos!
Introdução
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1 EXAME FÍSICO NO SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar é composto pela pele, cabelo, couro cabeludo e unhas. Antes de 
iniciar a avaliação de cada um desses componentes, é importante avaliar o histórico de saúde do 
paciente. Nessa etapa, é importante o enfermeiro questionar os seguintes pontos em relação a 
esses órgãos e estruturas do organismo:
Pele
O enfermeiro deve questionar se o paciente apresenta alguma lesão de pele, se ele faz uso de 
protetor solar, regularmente, ou se fez bronzeamento artificial e em qual a frequência. 
Cabelo e couro cabeludo
O enfermeiro deve questionar se o paciente observou alguma alteração como lesão no couro 
cabeludo ou queda de cabelo excessiva. 
Unhas
O enfermeiro deve questionar se o paciente tem hábito de higiene com as unhas e se observou 
presença de alguma lesão ou micose.
Veja, a seguir, mais detalhes sobre como realizar oexame físico nesses órgãos e estruturas do 
corpo humano. 
1.1 Exame físico da pele 
A pele, órgão que integra o sistema tegumentar, deve ser examinada inicialmente com 
a inspeção das áreas visíveis. As áreas que não estão expostas devem ser examinadas, 
posteriormente, evitando assim a exposição corporal do paciente repetidas vezes. O objetivo é 
sempre oferecer mais conforto ao indivíduo durante a realização do exame físico.
No procedimento, o enfermeiro deve usar os sentidos de visão, olfato e toque durante a 
aplicação das técnicas de inspeção e palpação. Desta forma, o procedimento poderá oferecer 
informações importantes sobre o estado de saúde do paciente, como exemplos, com relação à 
oxigenação, circulação, nutrição e hidratação do organismo avaliado.
Por isso, o enfermeiro deve atentar-se aos pontos fundamentais abaixo, que o auxiliarão para 
a realização de um exame físico da pele mais preciso.
Odor
Durante o exame, o enfermeiro deve permanecer atento aos odores da pele do paciente. 
76
Destaque para os adolescentes que, normalmente, apresentam odor mais forte no corpo devido 
ao maior número de glândulas sudoríparas. 
Pés
O enfermeiro deve ficar atento também os pés, que muitas vezes são negligenciados pelos 
profissionais de saúde. Os pés, principalmente, de pacientes diabéticos e/ou idosos, devem ser 
avaliados considerando a temperatura, a coloração e a presença de lesões, podendo ser causados 
por deficiências de oxigenação ou circulação (POTTER, 2009).
Coloração
A coloração da pele tende a ser homogênea nos bebês, podendo alterar ao longo da idade 
devido à exposição solar, por exemplo. A coloração altera dependendo da região do corpo 
examinada devido à exposição solar, principalmente, dos membros superiores, membros 
inferiores, pescoço e rosto. Outras regiões como axilas, regiões de dobra de pele e região interior 
da coxa podem apresentar coloração mais escurecida devido à fricção da pele nessas regiões. 
Hidratação
A pele hidratada é lisa e seca, normalmente, sendo um equilíbrio entre a quantidade de água 
e oleosidade da pele. As regiões de dobra-cutânea podem apresentar-se úmidas. Em dias mais 
quentes, é normal apresentar umidade na pele devido à transpiração. E ainda, após atividade 
física ou andar em longas distâncias, o paciente fica com umidade na pele, assim como acontece 
em indivíduos obesos.
Temperatura
A temperatura da pele tem relação à circulação sanguínea, sendo que o aumento ou redução 
da temperatura pode estar relacionado com o aumento ou redução do fluxo sanguíneo. O 
aumento da temperatura pode ocorrer acompanhando de coloração avermelhada na pele, e a 
baixa de temperatura pode ser acompanhada de palidez. 
Textura
A textura da pele normalmente é lisa, fina, firme e macia. As crianças apresentam a pele mais macia 
e flexível, porém os adultos apresentam a pele menos macia e com redução da flexibilidade. Em idosos, a 
pele sofre alteração, apresentando-se enrugada e mais enrijecida. Neste grupo, a sensibilidade também 
é alterada devido ao enrijecimento da pele e o aumento da espessura, com a idade. 
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Turgor
O turgor da pele é a elasticidade, função que é alterada no organismo com o avançar da idade 
do corpo. Porém, o desequilíbrio hídrico também pode influenciar o turgor devido ao edema ou 
desidratação. O turgor deve ser avaliado na região do antebraço ou área do esterno, por exemplo, 
fazendo uma pinça com o dedo indicador e o polegar, realizando a prega e, em seguida soltando, 
observando a velocidade que a pele retorna ao normal. Ao avaliar o turgor, é importante também 
verificar a velocidade de retorno da pele após a pinça. Nesse contexto, é importante não realizar a 
avaliação nas costas da mão do paciente, pois a pele nesse local é fina e solta, não sendo confiável 
a sua avaliação. 
Além das constatações acima, é fundamental entender o grau de influência que o local 
exerce na pele do paciente avaliado. O local em que se encontra o paciente, se for em ambiente 
hospitalar ou unidade de saúde básica, interfere no cuidado com a pele. Em ambiente hospitalar, 
existe o risco de lesão por pressão devido ao tempo prolongado de permanência na mesma 
posição no leito, além da umidade e imobilização, que também propiciam o aparecimento desse 
tipo de lesão. Além disso, os indivíduos que apresentam doenças neurológicas, estado mental 
diminuído, baixa oxigenação, débito cardíaco diminuído, nutrição ineficaz e idosos são grupos de 
risco para lesões de pele (POTTER, 2009).
A pele deve ser avaliada em um ambiente com iluminação adequada, podendo ser utilizada 
a luz diurna ou artificial, dependendo das condições físicas do ambiente. A temperatura do 
local do exame também é importante, pois salas com temperatura elevada podem ocasionar 
vasodilatação superficial, causando aspecto avermelhado na pele, principalmente, nos indivíduos 
de pele clara.
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1.2 Exame Físico do cabelo e couro cabeludo 
O corpo humano é recoberto por dois tipos de pelo, sendo um mais macio e fino que recobre 
a superfície corporal, e outro mais espesso, áspero e longo que recobre o couro cabeludo, axila 
e região pubiana.
Na avaliação dos pelos, é importante o enfermeiro estar atento à cor, distribuição, quantidade, 
espessura, textura e lubrificação dos cabelos.
O cabelo pode sofrer variação podendo ser liso ou crespo, mas deve estar brilhante e flexível. 
Em se tratando da coloração do cabelo, a mesma pode variar conforme a idade ou de forma 
artificial com tinturas, por exemplo. Em relação à idade, as crianças apresentam cabelo mais fino, 
adultos apresentar os fios mais espessos, e idosos, voltam a ter fios mais finos.
Figura 1 - Enfermeiro fazendo a inspeção do cabelo e couro cabeludo 
Fonte: Africa Studio, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: enfermeiro fazendo a inspeção do couro cabeludo utilizando uma lupa com 
luz acoplada. A avaliação é feita o indivíduo sentado e por mechas de cabelo, expondo o couro 
cabeludo.
Durante o exame físico, enfermeiro deve fazer a inspeção do couro cabeludo e do cabelo. 
Antes de iniciar o processo, é importante explicar ao paciente a necessidade de avaliar as áreas, 
detalhadamente, devido às possíveis anormalidades.
Ao inspecionar o couro cabeludo, o enfermeiro deve buscar pequenas lesões e manchas na 
pele, indicativos de anormalidade. Por isso, ao encontrar manchas e “pintas”, o enfermeiro deve 
questionar se o paciente ou algum outro profissional já havia notado, e se tais marcas são de 
nascença ou não.
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1.3 Exame físico das unhas
As unhas refletem muito sobre hábitos e saúde do indivíduo. As suas condições refletem o 
estado nutricional e a ocupação da pessoa. As unhas de um mecânico e de um advogado, por 
exemplo, são diferentes devido ao trabalho que desenvolvem.
A avaliação das unhas é feita pela inspeção e palpação. Na inspeção, é importante avaliar a 
forma, o tamanho, a cor, a simetria, a higiene e a configuração da unha. Em condições saudáveis, 
as unhas são transparentes, lisas e bem torneadas. Quando estão roídas, com machas e bordas 
irregulares, pode indicar a falta de higiene ou pode ser devido à exposição de graxa, dependendo 
da profissão do paciente.
Figura 2 - Inspeção das unhas dos pés 
Fonte: Sergio Sergo, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra a inspeção das unhas dos pés com lupa. No dedo maior do pé, é 
observada a unha amarelada, com possível presença de fungos, podendo ser decorrente de um indivíduo 
que só faz uso de sapato fechado e as unhas ficam úmidas propiciando o aparecimento de fungos.
Na palpação, o leito da ungueal apresenta-se firme e sem anormalidades. Já as presenças de 
anormalidades como edema, pús ou eritema indicam algum problema, podendo ser patológico ou 
infeccioso. Por isso, durante a palpação, o enfermeiro deve tocar levemente o leito ungueal e observar 
se a coloração está rosada com as pontas brancas em indivíduos que apresentam a pele clara. Já em 
indivíduos negros, a coloração do leitoungueal é mais escura, sendo um tom amarronzado. Além, 
disso, é importante saber que o crescimento das unhas ocorre de forma contínua, porém esse 
crescimento tente a reduzir com a idade e a cutícula fica mais fina (POTTER, 2009).
80
2 EXAME FÍSICO DO SISTEMA NEUROLÓGICO
O sistema neurológico é complexo, pois está relacionado a uma série de funcionalidades do 
organismo: coordenação de movimentos, recepção e envio de comandos, controle hormonal e 
controle geral de todos os outros sistemas do organismo. Por isso, a avaliação física desse sistema 
deve ser detalhada e demorada. Como por exemplo, ao se avaliar o sistema da cabeça e pescoço, 
o enfermeiro pode avaliar os nervos cranianos e o estado mental do paciente.
Conheça, em detalhes, a seguir!
2.1 Estado mental e emocional
O estado mental e emocional do indivíduo pode ser avaliado utilizando o miniexame 
do estado mental, sendo um questionário que mensura a orientação e a função cognitiva da 
pessoa. Estruturado e com score máximo de 30 pontos, esse questionário avalia situações mais 
problemáticas dos indivíduos que apresentam a seguinte pontuação: score abaixo de 21 indica 
que há alguma alteração neurológica necessitada de uma avaliação mais detalhada.
O nível de consciência do paciente também deve ser observado, uma vez que essa 
funcionalidade está relacionada com o despertar, permitindo que a pessoa fique em alerta e 
que seja responsiva aos estímulos. Os pacientes que estão comunicativos, respondem aos 
questionamentos de forma espontânea, apresentando nível de consciência máximo quando 
avaliados utilizando a escala de coma de Glasgow. Porém pacientes que apresentam qualquer 
alteração na abertura dos olhos, na resposta verbal e na resposta motora, podem apresentar 
um déficit no nível de consciência. Neste contexto, a escala de coma de Glasgow tem um score 
máximo de 15, sendo que abaixo de 12 há um comprometimento que precisa ser investigado, 
rapidamente, pois pode ser um indicativo de dano neurológico mais grave.
2.2 Memória
Ainda em se tratando do sistema neurológico, a função intelectual é a memória da pessoa, 
sendo imediata, recente e passada. Desta forma, a avaliação da memória pode ser feita solicitando 
ao paciente que fale seu nome de solteiro, por exemplo, que relate algo do passado, que conte o que 
comeu no dia anterior ou qual a primeira atividade realizada naquele dia. O enfermeiro deve ficar 
atento, pois como a rotina, atualmente, é acelerada e, com a tecnologia, temos muitas informações 
diárias, pode ser que o paciente demore a recordar completamente o que foi perguntado, sendo 
essa situação normal, não sendo, necessariamente, um distúrbio (POTTER, 2009).
2.3 Função sensorial
A avaliação do sistema neurológico ainda verifica a função sensorial, relacionada à dor, 
81
temperatura, sensações brutas ou refinadas do organismo. Normalmente, os pacientes reconhecem 
a dor, calor ou frio excessivo, e sentem o toque de algum objeto ou pessoa mesmo que tocados de 
forma suave. Porém, com a idade ou devido às patologias como diabetes e hanseníase, a perda da 
sensibilidade do paciente pode acontecer. Nesse caso, o enfermeiro, ao identificar esse problema, 
deve explicar ao paciente sobre a necessidade de cuidado com aquela região, uma vez que a mesma 
fica passível de danos e lesões como, por exemplo, queimaduras ou traumas.
2.4 Função motora
A função motora, que integra o sistema neurológico, pode ser feita durante a avaliação do 
sistema musculoesquelético. O procedimento deve avaliar a função motora fina, que ocorre 
quando o enfermeiro pede ao paciente tocar o nariz com o dedo indicador de cada mão de 
forma alternativa. Normalmente, o indivíduo faz o movimento sem nenhum problema, de forma 
coordenada e rápida.
Além disso, é importante observar o equilíbrio da pessoa. O enfermeiro pode pedir que o 
paciente ande entre a sala de espera e o consultório, avaliando também se o indivíduo fica em 
pé de forma equilibrada. Dessa forma, o profissional de saúde verifica se o paciente precisar de 
algum apoio ou se consegue permanecer em posição ortostática sem dificuldade. 
2.5 Reflexos
Por fim, o exame no sistema neurológico avalia os reflexos que fornecem informações sobre 
as vias sensoriais periféricas do paciente. Nesse caso, o enfermeiro deve estar atento, pois os 
reflexos não determinam a função do sistema nervoso central. Por isso, ao fazer a avaliação dos 
reflexos, o enfermeiro deve manter o paciente o mais relaxado possível, para evitar tensionamento 
muscular ou movimento involuntários. 
3. EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO 
O exame físico da cabeça e pescoço merece um capítulo à parte por ser complexo. Incluindo 
a cabeça, olhos, nariz, boca, faringe e pescoço, a avaliação da cabeça e pescoço utiliza as técnicas 
da inspeção e palpação.
3.1 Cabeça
A cabeça deve ser inspecionada quanto à posição, tamanho, forma e contorno. Normalmente, 
a cabeça se apresenta de forma centralizada e vertical em relação ao tronco do paciente. Quando 
o indivíduo permanece com a cabeça inclinada, pode ser indicativo de perda auditiva ou visual. 
Por isso, na palpação, observe se há presença de massa ou nódulos. No caso de pacientes 
crianças, o enfermeiro deve permanecer atento, pois em crianças recém-nascidas e até os dois 
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anos de idade, é possível observar a abertura das fontanelas. As fontanelas são aberturas dos 
ossos cranianos, que com o desenvolvimento da criança, fecham naturalmente. Ao realizar a 
palpação das fontanelas, é importante registrar quantas polpas digitais têm abertura e comparar 
com a avaliação anterior, observando se houve o fechamento (POTTER, 2009).
3.2 Olhos
Durante a avaliação dos olhos, é importante verificar a acuidade visual, que pode ser verificada 
ao solicitar que paciente leia um trecho de qualquer texto. Nesse sentido, o enfermeiro nunca 
deve se esquecer de ofertar iluminação adequada ao ambiente, para assim não prejudicar a sua 
percepção com relação ao paciente.
Além disso, o enfermeiro deve certificar-se se o paciente faz ou não uso de óculos, solicitando 
que o indivíduo permaneça de óculos durante a avaliação, caso os use com frequência.
E ainda, deve recorrer ao quadro de Snellen, sempre que o mesmo estiver disponível no 
serviço de saúde. Trata-se de um instrumento importante que pode ser usado na avaliação dos 
olhos do paciente.
Nesse exame, ao utilizar o quadro, o enfermeiro deve avaliar a acuidade dos dois olhos, 
primeiramente e, depois, cada olho, separadamente. Quando identificado qualquer dificuldade 
visual, o enfermeiro deve encaminhar o paciente para avaliação com um profissional oftalmológico. 
Os olhos são guiados por seis pequenos músculos. Na avaliação dos movimentos, o enfermeiro 
deve pedir para que o paciente olhe fixamente para o indicador do profissional de saúde, que 
levemente, deverá movimentar o dedo para direita e depois para esquerda, possibilitando assim que 
o movimento ocular do indivíduo seja observado. Ainda na avaliação dos olhos, deve ser observada 
a simetria entre os olhos, sobrancelhas e pálpebras. A distribuição de pelos dos cílios e sobrancelhas 
também é importante de ser avaliado, devido à queda em quadros de desnutrição por exemplo.
83
Figura 3 - Quadro de Snellen 
Fonte: Sahs, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra o quadro de Snellen com letras do alfabeto em diversos 
tamanho para paciente que sabem ler e o Quadro de Snellen com letra E apenas. Para pacientes 
que não sabem ler, mostrar com as mãos qual o sentido da letra E em diversos tamanhos como 
as outras letras do alfabeto.
3.3 Ouvidos
Os ouvidos são avaliados quanto a sua integridade e acuidade auditiva. O enfermeiro deve 
inspecionar e palpar as estruturas do ouvido externo, observar a simetria das orelhas e a acuidade 
auditiva. Os ouvidos devem ser avaliados em conjunto e separadamente, para identificar se há 
perda auditiva e em qual ouvido é a perda. Os idosos apresentam uma acuidade auditiva menor, 
sendo considerado grau leve,em que o indivíduo apresenta dificuldade em ouvir sons suaves, 
entender alguns sons como sons de pássaros em locais com muito ruído por exemplo. 
3.4 Nariz
O nariz e os seios paranasais devem ser inspecionados e palpados. O nariz deve ser avaliado 
quanto a sua forma, tamanho, coloração da pele e presença de secreções ou deformidades. 
Durante palpação não deve haver dor e nem secreção, porém se houver pode ser sinal de 
inflamação, como sinusite ou gripe, por exemplo.
3.5 Boca e faringe
A boca e a faringe devem ser avaliadas por inspeção e palpação. A avaliação deve ser feita 
84
utilizando luvas, abaixador de língua e lanterna para iluminação adequada da cavidade oral. A 
inspeção dos lábios deve avaliar a simetria e coloração dos lábios, se a pele está hidratada. Na 
palpação deve observa se há linfonodo ou massa palpável, que são anormais.
Na cavidade oral deve observar a coloração da língua, sua mobilidade e a presença de lesões ou 
alterações na cor ou textura que indiquem alguma alteração. Os dentes devem ser avaliados quanto 
à higiene e a presença de carie. Se o paciente fizer uso de prótese dentária é importante pedir que 
remova a prótese e avaliar a gengiva, se há presença de alguma lesão decorrente da prótese.
A faringe deve ser avaliada com auxílio do abaixador de língua e lanterna. O enfermeiro 
deve solicitar o paciente que fale “ah” prolongado ou repetidamente para que possa visualizar a 
faringe, avaliando a sua coloração e se há ou não presença de lesões (POTTER, 2009). 
3.6 Pescoço
Por fim o pescoço deve ser inspecionado e palpado. O pescoço permanece no centro do 
tronco e permite a rotação para direita e para a esquerda da cabeça. O enfermeiro deve avaliar 
se existe a mobilidade e se ela é simétrica. Na palpação é importante avaliar a glândula tireoide 
que esta localizada logo abaixo da cartilagem tireoide, conhecida popularmente como “pomo de 
adão”, se há presença de massa palpável e se o tamanho está normal (volume de cerca de 15 ml). 
4 EXAME FÍSICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
O exame físico do sistema respiratório deve avaliar as funções ventilatórias e respiratórias dos 
pulmões. O exame deve ser feito via técnicas de inspeção e ausculta no tórax e pulmões. 
 4.1 Inspeção no sistema respiratório
A inspeção deve avaliar a coloração e a presença de lesões na pele, além da simetria na 
expansão do tórax.
FIQUE DE OLHO
O exame físico da boca é importante e deve ser feito sempre que houver possibilidade, 
pois muitas vezes lesões pré-malignas não são investigadas inicialmente, por serem 
negligenciadas durante o exame físico. Pequenas lesões nos lábios ou no interior da 
cavidade oral e língua que persistem por mais de quinze dias devem ser avaliadas como 
lesões pré-malignas. O diagnostico inicial aumenta expectativa de vida e tem melhor 
prognóstico.
85
Na avaliação da expansão do tórax, é importante o enfermeiro posicionar as mãos nas costas 
do paciente, com os dedos indicadores separados cerca de 5 cm, e pedir que o paciente inspire. 
Durante a inspiração, os dedos polegares do enfermeiro devem afastar de 3 a 5 cm de distância 
devido à expansão do tórax. Nesse momento, o enfermeiro deve observar a simetria dos mamilos 
do paciente, os movimentos respiratórios, se há uso da musculatura acessória durante a respiração, 
além da altura dos ombros e sua simetria. É importante fazer a inspeção frontal e de costas. Ainda 
na inspeção deve ser avaliada a frequência respiratória, ou seja, quantas inspirações e expirações 
por minuto são observadas no organismo do paciente. O adulto é normal até vinte por minuto, 
variando conforme a idade. Já em crianças, a frequência respiratória é maior (POTTER, 2009). 
4.2 Ausculta pulmonar
A ausculta pulmonar deve ser feita em pelo menos cinco pontos frontais, sempre auscultando 
um ponto no pulmão direito, e em seguida, o mesmo ponto no outro pulmão, com o objetivo 
de comparar os sons. Em seguida, o enfermeiro deve realizar a ausculta lateral em mais quatro 
pontos, lembrando sempre de comparar um pulmão com o outro para ver se há diferença nos 
sons. E por fim, deve realizar a asculta em mais quatro pontos nas costas do paciente, comparando 
novamente o som de um pulmão com o outro.
5 EXAME FÍSICO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
O sistema cardiovascular é formado pelo coração, incluindo a rede vascular (veias, artérias, 
arteríolas e vênulas) e o sangue. O coração é formado pelo músculo cardíaco, responsável pelo 
bombeamento do sangue. Normalmente, o coração está posicionado no lado esquerdo do peito 
do paciente, com o ápice voltado mais à esquerda (ictus cordis). O órgão ainda apresenta variações 
anatômicas como Situs Inversus em que os órgãos ficam em posição contrária ao normal. Nesse 
caso, o coração fica do lado direito do peito do paciente, sendo uma condição menos comum, 
porém não é infrequente.
FIQUE DE OLHO
Durante a ausculta pulmonar, podem ser identificados sons como sibilos, crepitações, 
chiados e roncos que são indicativos de presença de secreção nas vias áreas superiores 
e/ou inferiores. O enfermeiro deve estar sempre atento a esses sons, pois o acúmulo 
de secreções nos pulmões propicia a instalação de vírus e bactérias no órgão, podendo 
levar o paciente a desenvolver uma pneumonia, por exemplo.
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Em se tratando do exame físico do sistema cardiovascular, a realização de três técnicas é 
fundamental: inspeção, palpação e ausculta.
5.1 Inspeção no sistema cardiovascular
Na aplicação da técnica da inspeção, é importante o enfermeiro observar a coloração da pele 
e a sua temperatura, uma vez que são indicativos de um bom funcionamento cardíaco.
A palpação deve ser feita avaliando os principais pontos de pulso: pulso radial, carotídeo e 
femoral. Na palpação do pulso, a frequência cardíaca deve ser avaliada, lembrando que os valores 
considerados normais para crianças, adolescentes e adultos são diferentes, como já visto nessa 
disciplina. 
5.2 Ausculta cardíaca
Os focos de ausculta cardíaca não correspondem às localizações anatômicas das valvas, 
conforme imagem a seguir. O foco Mitral está localizado no quarto ou quinto espaço intercostal 
esquerdo da linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis. O Ictus cordis em pacientes 
magros pode ser facilmente identificado na palpação, porém em mulher com mamas volumosas 
e pacientes obesos, é mais difícil de identificar.
Já o foco pulmonar está localizado segundo espaço intercostal esquerdo junto ao osso 
esterno. O foco aórtico está posicionado no segundo espaço intercostal direito junto ao osso 
esterno. Enquanto que o foco aórtico acessório está localizado no terceiro espaço intercostal 
esquerdo, junto ao osso esterno, e o foco tricúspide está localizado na base do apêndice xifoide, 
ligeiramente para a esquerda.
Na avaliação do sistema cardiovascular, o enfermeiro deve avaliar a pressão sanguínea e o 
pulso do paciente, situações já abordadas anteriormente no tópico de sinais vitais da unidade 
anterior.
A frequência cardíaca é avaliada pelo pulso, sendo que os valores na infância são maiores que 
os adultos. É importante avaliar a perfusão tecidual, realizando uma pequena pressão nos dedos 
e observando o enchimento dos vasos. Pacientes diabéticos e hipertensos apresentam alteração 
do sistema cardiovascular, podendo ocorrer, por exemplo, a redução da perfusão que propicia o 
risco de lesões de pele (POTTER, 2009). 
6 EXAME FÍSICO DO SISTEMA DIGESTÓRIO
O exame do sistema digestório é complexo devido à grande quantidade de órgãos presentes 
e sua localização, na cavidade abdominal. Para a realização do exame físico nesse sistema, são 
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aplicadas três técnicas: inspeção, ausculta e palpação.
Durante o exame físico, é importante dividir o abdômen em quadrantes, pois isso facilita o 
registro dos achados anormais.
6.1 Inspeção no sistema digestório
Na inspeção desse sistema, é importante o enfermeiro observar a postura do paciente, uma 
vez que determinadas posições podem ser indicativos de problemas. Como exemplos, indivíduosque apresentam postura com joelhos encolhidos, segurando a barriga ou encurvado sobre a 
barriga, podem estar na verdade, sofrendo de dor abdominal. Além disso, o enfermeiro deve 
realizar a inspeção da pele do paciente, devendo sempre observar a coloração, presença de 
cicatrizes, presença de lesões e simetria abdominal. O umbigo também deve ser avaliado quanto 
a sua forma, cor e sinais de inflamação. Em condições saudáveis, o umbigo deve ser plano ou 
côncavo e apresentar a coloração igual à pele adjacente (POTTER, 2009). 
6.2 Asculta no sistema digestório
A ausculta desse sistema deve ser feita sempre antes da palpação, pois a técnica aumenta os 
ruídos do organismo, podendo interferir nos resultados encontrados. Como exemplo:
O peristaltismo é o movimento do conteúdo do intestino do corpo humano, emitindo sons 
devido à passagem de ar, líquido e sólido (bolo fecal). Esses sons emitidos são chamados de 
borborismo. Os sons intestinais são irregulares, sendo que entre as refeições, o enfermeiro pode 
obter o melhor momento para a ausculta.
É importante entender que a ausência de som só pode ser determinada depois auscultar 
todos os quadrantes, e cada quadrante deve ser examinado por cinco minutos. Normalmente, a 
ausência de som ocorre em patologias que causam a obstrução intestinal, como por exemplo, em 
casos de tumores.
Ainda na ausculta, o enfermeiro pode ouvir ruídos da circulação sanguínea. No entanto, caso 
seja detectado o som de sopro, o médico deve ser rapidamente comunicado, pois o paciente 
pode estar sofrendo uma complicação renal. 
6.3 Palpação no sistema digestório
Por fim, a palpação do sistema digestório visa encontrar alterações como órgãos com o 
tamanho aumentando, principalmente, fígado e baço.
Em se tratando da aplicação da técnica em si, a palpação deve ser superficial e, em seguida, 
profunda, pois a superficial não identifica alterações mais internas dessa região do corpo humano.
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Durante a palpação, o enfermeiro pode encontrar massa abdominal não identificada no 
sistema digestório, podendo ser bolo fecal que está parado. Diante dessa situação o profissional 
de saúde deve reavaliar o paciente dentro de 1h para ver se houve alguma alteração. Caso a 
massa permaneça imóvel ou não reduza de tamanho, o paciente deve ser encaminhado para a 
avaliação médica devido ao risco de ser uma massa tumoral. 
7 EXAME FÍSICO DO SISTEMA GÊNITO-URINÁRIO 
O exame físico do sistema gênito-urinário é um procedimento que requer confiança e 
interação entre o paciente e o profissional de saúde. 
7.1 Exame físico em mulheres
Após o início da vida sexual, a mulher deve realizar o exame ginecológico denominado 
Papanicolau, com periodicidade uma vez ao ano, bem como o exame das mamas.
Em se tratando de sua realização, é importante o enfermeiro explicar o procedimento à 
paciente que fará o exame pela primeira vez. Já na mulher que já o fez antes, o profissional de 
saúde deve perguntar se a mesma tem alguma dúvida e se deseja a explicação novamente.
A sala onde será feito o exame precisa ser privativa e ventilada, de forma a oferecer 
privacidade e conforto à paciente. Além disso, para a realização do exame, é importante que o 
enfermeiro deixe todos os materiais necessários dentro do consultório, pois após iniciar o exame 
ginecológico, o profissional não deve se ausentar devido ao desconforto em deixar a paciente 
em posição ginecológica. Deixar a paciente sozinha ainda gera o risco à exposição, uma vez que 
alguma outra pessoa pode vir a abrir a porta do consultório. 
Ao iniciar o exame, o enfermeiro deve conversar com a paciente, explicando cada etapa e 
o que ele está fazendo. Inicialmente, deve realizar a inspeção, observando a coloração da pele, 
a presença dos pelos quando houver e se os mesmos estão distribuídos homogeneamente. O 
profissional de saúde deverá ainda verificar a presença de odor que indique infecção e se há 
FIQUE DE OLHO
Os hábitos alimentares interferem, diretamente, na avaliação do sistema digestórios. 
Atualmente, as várias opções de lanches rápidos, gordurosos e com pouca fibra 
têm causado diversos problemas, desde o aumento de gases, trânsito intestinal 
lento e constipação. Por isso, fique atento aos hábitos alimentantes dos pacientes, 
principalmente, em crianças e idosos, que são pacientes vulneráveis.
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sinais de violência sexual. Além disso, o enfermeiro deve observar as características dos grandes 
lábios, se são simétricos e se a coloração da pele é próxima à cor da pele da paciente. E atenção: 
os grandes lábios, com o avançar da idade da paciente, tendem a ficar mais finos e atrofiam na 
velhice (POTTER, 2009).
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
Na avaliação da genitália mais interna, com a mão dominante, o enfermeiro deve abrir os 
grandes lábios, utilizando o dedo indicador e o polegar. Já a mão não dominante deve palpar 
os pequenos lábios, e assim, o enfermeiro deve observar a sensibilidade da região e verificar a 
aparência dos mesmos. Em geral, os pequenos lábios são mais finos e, normalmente, um é maior 
que o outro. Além disso, é importante verificar a coloração da pele que tende a ser mais rosada 
e úmida.
Durante a inspeção, o enfermeiro também precisa avaliar o orifício uretral, verificando se há 
presença de lesão ou infecção. Em condições saudáveis, o clitóris possui aspecto rosado, sem 
edema e indolor. Dando continuidade, a região retal precisa ser analisada e se faz necessário a 
verificação da presença de hemorroidas ou algum indicativo de lesão ou infecção.
Ao finalizar a inspeção, o enfermeiro deve aproveitar para realizar o exame preventivo 
(Papanicolau). Com o auxílio do espéculo, o enfermeiro irá abrir o canal vaginal, observando a 
coloração da parede vaginal, que em condições saudáveis, apresenta aparência rosada e úmida. 
Em seguida, o profissional de saúde deverá observar a coloração do colo do útero, se há presença 
de manchas ou verrugas, e se está com a coloração rosada e o colo fechado. Dando continuidade, 
o enfermeiro deve coletar o material do colo do útero da paciente, utilizando uma espátula e uma 
escovinha, com o objetivo de avaliação citológica. Ao final, deve ser realizado o teste de Schiller 
utilizando o iodo e observando a coloração do colo do útero. Quando não há nenhuma alteração, 
o colo fica completamente colorido de forma homogênea.
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Ao finalizar o enfermeiro deve seguir para o exame físico das mamas e finalizar o exame. O 
enfermeiro deve conversar com a mulher durante todo exame, deixando-a tranquila, explicando 
cada etapa do exame. 
7.2 Exame físico em homem
Em relação ao exame ginecológico masculino, o enfermeiro deve avaliar a integridade da 
pele externa, a área inguinal e a distribuição dos pelos do órgão genital. Na avaliação do pênis, é 
importante verificar se o paciente é circuncidado ou não. Quando o mesmo não for, é importante 
realizar a retração do prepúcio para avaliação. Para a avaliação do canal uretra, a glande deve ser 
comprimida, suavemente, com o dedo polegar e indicador.
Dando continuidade ao exame, o escroto deve ser palpado suavemente, pois é uma área 
sensível. Antes da palpação, o enfermeiro deve avaliar se os dois testículos estão presentes, 
lembrando que eles são assimétricos, ou seja, não ficam na mesma posição. A pele do escroto 
apresenta-se com pregas e a ausência delas é um indicativo de edema testicular. Por fim, o 
profissional de saúde deve avaliar a região anal do corpo masculino, detectando assim se há a 
presença de hemorroidas ou lesões.
Tanto os homens quanto as mulheres devem ser orientados quanto às doenças sexualmente 
transmissíveis e as suas formas de prevenção.
8 EXAME FÍSICO DO SISTEMA 
MUSCULOESQUELÉTICO
O exame físico do sistema musculoesquelético pode ser feito de forma isolada ou durante a 
avaliação dos outros sistemas, utilizando as técnicas da inspeção e palpação.
FIQUE DE OLHO
Durante a avaliação gênito-urinário de crianças, adolescentes e pacientes com distúrbios 
mentais, é importante o profissionalrealizar o exame físico acompanhando de outro 
profissional. O objetivo é oferecer maior conforto a esse tipo paciente e assegurar que tenha 
alguma testemunha, caso o paciente interprete algum procedimento de maneira errônea.
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Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
8.1 Inspeção e palpação no sistema musculoesquelético
A inspeção geral desse sistema deve iniciar avaliando a marcha, em que o enfermeiro deve 
detectar se há alguma alteração quando o paciente se senta ou levanta.
A palpação deve avaliar as articulações do sistema, observando a temperatura, sensibilidade 
e a resistência à pressão. Os músculos devem estar firmes na palpação, mesmo relaxados. Em 
pacientes idosos e obesos, os músculos podem se apresentar mais flácidos ou a sua palpação ser 
mais difícil. 
A avaliação da amplitude dos movimentos das articulações é necessária. Conheça abaixo 
tipos de movimentos:
Flexão
A flexão avalia o movimento diminuído de dois ossos contínuos como joelhos e cotovelo.
Extensão
A extensão avalia o movimento do aumento do ângulo de dois ossos contínuos.
Hipertensão
A hiperextensão avalia a posição de uma parte do corpo além da sua posição de repouso, 
como a cabeça.
Pronação
A pronação é o movimento para a frontal do corpo, ou seja, para frente como a cabeça e o 
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antebraço.
Inversão
A inversão é a virada em direção à linha média do corpo, o pé, por exemplo.
Dorsiflexão
A dorsiflexão é a flexão dos dedos para cima, das mãos ou pés.
Flexão plantar
A flexão plantar é a flexão dos dedos dos pés e mais para baixo. 
Os movimentos descritos acima podem ser maiores ou menores dependendo da idade e da 
flexibilidade do indivíduo (POTTER, 2009). 
8.2 Avaliação do tônus muscular
O tônus muscular pode ser avaliado a partir da movimentação de um membro relaxado. 
Quando o existe tônus normal, há uma resistência leve nas articulações e membros.
Para a avaliação da resistência muscular, o paciente deve estar em uma posição estável e 
fazer força no antebraço flexionado. Nessa situação, o enfermeiro deve fazer força contrária para 
avaliar a força muscular. Para uma completa avaliação, o exame precisa ser feito nos dois lados e 
comparativamente. 
FIQUE DE OLHO
O sistema musculoesquelético varia de indivíduo para indivíduo. As pessoas que apresentam 
uma vida ativa, com a prática de esporte e/ou atividade de musculação, apresentam maior 
massa muscular e melhor tônus, enquanto que os sedentários podem não apresentar essa 
musculatura. Ao avaliar, o paciente a vida ativa ou sedentária precisa ser considerada.
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Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Aprender sobre o exame físico geral, da pele, couro cabeludo e cabelo e unhas.
• Estudar o exame físico do sistema neurológico o que é comum na inspeção e palpação. 
• Adquirir conhecimento sobre o exame físico da cabeça e pescoço e o que deve ser 
observado na inspeção e palpação. 
• Estudar o exame físico dos sistemas respiratório, cardiovascular e digestório e a 
avaliação pela inspeção, ausculta e palpação. 
• Compreender sobre o exame físico do sistema gênito-urinário e o sistema 
musculoesquelético. 
PARA RESUMIR
POTTER, P. A.; A. P. Fundamentos de Enfermagem. [S. l.], [S. n.], 2009.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O livro Semiologia é direcionado para estudantes da área da 
saúde, especialmente futuros enfermeiros e biomédicos.
Além de abordar assuntos triviais da área, o livro oferece 
conteúdo específico dos seguintes assuntos: princípios básicos da 
semiologia; introdução ao exame físico; posicionamento para o 
exame físico, sinais vitais e registro dos dados; exame físico.
Após a leitura da obra, o leitor vai conhecer a etapa de introdução, 
desenvolvimento e o fechamento da coleta de dados; compreender 
os fatores que interferem na entrevista de enfermagem; estudar 
a técnica de inspeção e como ela deve ser feita; aprender sobre a 
ausculta conhecendo o que é fisiológico e os sons que podem ser 
encontrados anormais; conhecer sobre os sinais vitais, quais os 
parâmetros normais e suas variações; adquirir conhecimento sobre 
o exame físico da cabeça e pescoço e o que deve ser observado na 
inspeção e palpação.
E não é só isso. Há muitos assuntos importantes e interessantes 
abordados nesta obra.
Agora é com você! Bons estudos!
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