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1 
 
XIV Simpósio Brasileiro de Farmacognosia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livro de Resumos 
Apresentações Orais e Pôsteres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Maranhão - UFMA 
23 a 26 de maio de 2023 
São Luís - Maranhão - Brasil 
 
2 
 
Comissão Científica do XIV Simpósio 
Brasileiro de Farmacognosia 
 
COMITÊ CIENTÍFICO ESTADUAL 
Dra. Adriana Leandro Câmara - Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Dr. Aramys Silva dos Reis - Universidade Federal do Maranhão (UFMA – Campus Imperatriz) 
Dr. José Wilson Carvalho de Mesquita – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do 
Maranhão (IFMA) 
Dra. Karla Frida Torres Flister - Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Dra. Ludmilla Santos Silva de Mesquita – Faculdade Anhanguera 
Dra. Luiza Helena Araújo do Carmo - Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Dra. Maria Cristiane Aranha Brito – Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU) 
Dr. Nêuton da Silva Souza – Universidade Estadual do Maranhão (UFMA) 
Dr. Odair dos Santos Monteiro - Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Dra. Patrícia de Maria Silva Figueiredo - Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Dr. Tássio Rômulo Silva Araújo Luz – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC-PI) 
Dr. Wellyson da Cunha Araújo Firmo - Universidade CEUMA 
Me José Antônio Costa Leite – Faculdade Florence 
 
COMITÊ CIENTÍFICO NACIONAL 
Dra. Alessandra Valverde - Universidade Federal Fluminense (UFF) 
Dr. Leopoldo Baratto - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 
Dr. Davyson Moreira - Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JB/RJ) 
Dr. Luiz Carlos Klein Júnior/UNIVALI 
Dra. Denise Brentan - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) 
Dr. Fernando Batista Costa - - Universidade de São Paulo (USP) 
Dra. Ivana Leal - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 
Dra. Sharon Santos Lima - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) 
Dra. Silvana Zucolloto - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) 
Dr. João Carlos Palazzo de Melo - - Universidade Estadual de Maringá (UEM) 
 
COMITÊ CIENTÍFICO INTERNACIONAL 
Dr. Gerardo Barbero - Universidad de Cadiz/Espanha 
Dr. Rogelio Pereda-Miranda - UNAM/México (Editor RBFarmacognosia) 
Dr. Fabio Boylan/Trinity College/Irlanda 
Dr. Anake Kijjoa - Universidade do Porto 
Dr. Murat Kartal - BEZMIALEM CENTER 
Dr. Manuel Agustín Minteguiaga Carbajal - Universidad de la República, Uruguai 
Dr. Sumon Sakolchai Burapha - Universidade Tailândia 
Dra Patrícia Rijo - Universidade Lusófona/Lisboa 
 
 
 
3 
 
 
Sumário 
 
 
Sessão Temática 1 - Isolamento e caracterização estrutural 
de produtos naturais.................................................................. 4 
Sessão Temática 2 - Atividades biológicas de produtos 
naturais: in vitro e in vivo ............................................................ 22 
Sessão Temática 3 - Controle de qualidade de matérias-
primas vegetais e fitoterápicos .................................................. 127 
Sessão Temática 4 - Tecnologia de fitoterápicos e 
fitocosméticos ........................................................................... 172 
Sessão Temática 5 - Farmacobotânica..................................... 189 
Sessão Temática 6 - Etnobotânica/Etnofarmacologia............... 206 
Sessão Temática 7 - Produtos naturais marinhos................... 227 
Sessão Temática 8 - Biotecnologia de produtos naturais: 
cultura de células vegetais in vitro e biotransformação............... 232 
Sessão Temática 9 - Fitoterapia............................................... 236 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sessão Temática 1 
Isolamento e caracterização estrutural de 
produtos naturais 
 
 
5 
 
Prospecção fitoquímica de espécies vegetais da família Lamiaceae 
 
Julianne Rocha de Araujo1; Ellen Gleyce Reis dos Santos1; Nadia Leticia Silva Chaves1; Romulo 
Fernandes de Aquino1; Ana Paula Muniz Serejo2; Maria Cristiane Aranha Brito2. 
juliannearaujorad@gmail.com 
 
1Discentes do Curso de Farmácia - Centro Universitário Maurício de Nassau, São Luís - MA; 2Docentes do Curso de 
Farmácia – Centro Universitário Maurício de Nassau, São Luís – MA. 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: Na medicina popular, a família Lamiaceae ocupa o terceiro lugar em ordem de importância, 
com muitas espécies que possuem grandes variedades de metabólitos secundários. A espécie Ocimum 
gratissimum L., popularmente conhecida como manjericão, tem gerado muitas publicações que atestam suas 
propriedades antimicrobianas, fungicida e larvicida. Assim como a espécie Origanum vulgare L., popularmente 
denominada como orégano, possui atividades biológicas larvicidas e antibacterianas descritas na medicina 
tradicional. OBJETIVO: Realizar a padronização de extratos e a prospecção fitoquímica das espécies 
vegetais Ocimum gratissimum L. (manjericão) e Origanum vulgare L. (orégano). METODOLOGIA: As 
espécies vegetais foram obtidas por compra em lojas de produtos naturais no município de São Luís – MA, 
Brasil. Levadas para o laboratório de farmacotécnica do Centro Universitário Maurício de Nassau e utilizou-
se como método extrativo a maceração durante 14 dias, com três hidromódulos diferentes, 1:6, 1:8 e 1:10 
(m/v) e etanol à 70% como solvente. Posteriormente, os extratos foram submetidos aos testes de prospecção 
fitoquímica de acordo com a metodologia de Matos (2009). Os ensaios foram aplicados para avaliação dos 
seguintes metabólitos: alcaloides, fenóis, taninos e flavonoides. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através dos 
testes fitoquímicos, foi possível detectar na espécie O. gratissimum L., a presença moderada de alcaloides, 
elevado teor de taninos condensados e flavonoides, ressaltando que fenóis e taninos hidrolisados mostraram-
se negativos nos 3 hidromódulos. A espécie O. vulgare L. mostrou-se com moderada presença de alcaloides 
no hidromódulo de 1:8 e nos hidromódulos de 1:6 e 1:10 com presença elevada. Em todos os hidromódulos 
os testes foram positivos para taninos condensados e flavonoides, porém negativos para fenóis. Em 
consideração ao descrito, devido à significante presença de compostos fenólicos, depreende-se provável 
ação antioxidante. A presença de alcaloides em ambas as espécies sugere atividades bactericidas, fúngicas 
e larvicidas, conforme dados publicados na literatura. Os resultados desta pesquisa, portanto, ratificam as 
atividades biológicas promissoras das espécies estudadas. CONCLUSÕES: Diante do exposto, conclui-se 
que ambas as espécies exibiram amplo potencial bioprospector e apresentaram leves variações de 
metabólitos com relação aos hidromódulos. Os resultados alcançados são favoráveis para estudos 
complementares sobre a atividade antioxidante das espécies. 
 
Palavras-chave: Bioprospecção, antimicrobiano, método extrativo, Origanum vulgare L., Ocimum gratissimum L. 
 
Agradecimentos: Centro Universitário Maurício de Nassau, São Luís – MA 
 
 
6 
 
Estudo químico e avaliação da atividade antioxidante de extratos e 
frações de Clusia lanceolata (Clusiaceae) 
 
Maria Carolina Anholeti1,2; Allana Danielle Anholetti Azeredo2; Nayara de Almeida Rodrigues Venancio2; 
Maria Raquel Figueiredo3, Maria Auxiliadora C. Kaplan4; Selma Ribeiro de 
Paiva2,5. mc_anholeti@id.uff.br 
 
1Departamento de Farmácia e Administração Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, UFF; 2Laboratório de 
Botânica Estrutural e Funcional, Departamento de Biologia Geral, UFF; 3Far-Manguinhos, FIOCRUZ; 4Instituto 
de Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ; 5Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas a Produtos 
para Saúde, UFF. 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: Clusia lanceolata Cambess é uma espécie arbustiva da Mata Atlântica. Apesar de 
amplamente empregada no paisagismo, há na literatura registros de propriedades medicinais como ação 
cicatrizante, no tratamento de doenças da pele e reumatismo. É uma espécie dioica, com grandes flores 
estaminadase pistiladas, sendo comum a presença de galhas em suas folhas, principalmente em indivíduos 
estaminados. Estudos quimiossistemáticos do gênero Clusia destacam a ocorrência de terpenos 
(principalmente sesqui- e triterpenos), benzofenonas poli-isopreniladas e flavonoides, com largo espectro de 
atividades biológicas. OBJETIVO: Avaliar o potencial antioxidante de extratos de caules, frutos, flores e folhas 
de indivíduos pistilados e estaminados (com e sem galhas) de Clusia lanceolata e de suas frações e avaliar 
a composição química de extratos e frações promissores. METODOLOGIA: Partes vegetativas e reprodutivas 
de indivíduos pistilados e estaminados foram coletadas no Parque Municipal de Marapendi, RJ. Os extratos 
brutos foram obtidos por maceração estática com etanol e acetona. Parte dos extratos etanólicos dos caules 
de indivíduos pistilados e das folhas de indivíduos pistilados e estaminados, com e sem galhas, foi submetida 
a fracionamento por partição líquido-líquido. A atividade antioxidante total (AAT) das frações foi avaliada por 
método espectrofotométrico baseado no sequestro do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). As 
absorbâncias foram lidas em triplicata, em 518nm, e monitoradas a cada 5 minutos até atingir o tempo máximo 
de reação (30 minutos). Como controle positivo foram utilizados butil-hidroxitolueno (BHT) e rutina. Os 
doseamentos de flavonoides (DFT) e terpenoides (DTT) totais foram determinados através de método 
colorimétrico. Extratos e frações de interesse tiveram sua composição investigada e componentes majoritários 
isolados e purificados utilizando métodos cromatográficos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os extratos 
brutos de C. lanceolata apresentaram atividade sequestradora de radicais livres, destacando-se o extrato 
acetônico de frutos (cinética rápida) e o extrato etanólico de caules de indivíduos pistilados (cinética 
intermediária), com atividades à do BHT. A fração em acetato de etila obtida a partir do extrato etanólico de 
caules de indivíduos pistilados neutralizou 100% dos radicais livres nas concentrações de 125μg/mL (cinética 
intermediária) e 250μg/mL (cinética rápida). Os extratos etanólicos de folhas de indivíduos estaminados, as 
frações em acetato de etila das folhas sem galhas e em diclorometano das folhas galhadas apresentaram, 
respectivamente, os menores valores de CE50 e a melhor atividade antioxidante máxima entre as amostras 
analisadas. Estatisticamente, essas amostras se mostraram equivalentes ao padrão rutina (CE50 e atividade 
antioxidante máxima) e foram as únicas capazes de alcançar, na concentração de 50 μg/mL, decaimento de 
50% na concentração inicial de DPPH nos 5 primeiros minutos de reação. O DFT nos extratos brutos revelou 
percentuais mais elevados nos extratos etanólico e acetônico de frutos. Não foi identificada correlação positiva 
entre a porcentagem de flavonoides e a AAT. A investigação química da fração em acetato de etila proveniente 
do extrato etanólico dos caules de indivíduos pistilados levou ao isolamento dos triterpenos epifriedelinol e 
friedelina. O fracionamento do extrato acetônico dos frutos resultou no isolamento do componente majoritário, 
o triterpeno lanosterol. O DTT no extrato etanólico das folhas não galhadas de indivíduos estaminados 
demonstrou teor de terpenoides superior ao de flavonoides. Os dados obtidos não são suficientes para afirmar 
que os terpenos sejam os responsáveis pela atividade antioxidante da espécie, entretanto, sua presença 
como componentes majoritários dos extratos de melhor desempenho pode sugerir que eles estejam 
contribuindo para esse resultado. Outra possibilidade é a ocorrência de possível efeito sinérgico entre essas 
substâncias e os próprios flavonoides e/ou benzofenonas. CONCLUSÕES: Os resultados evidenciam o 
potencial antioxidante de C. lanceolata representando importante fonte para obtenção de substâncias 
promissoras. 
 
Palavras-chave: Clusia, Produtos naturais, Propriedades medicinais, Flavonoides, Terpenoides. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
7 
 
Validação estrutural do helianuol N por modelagem molecular: Cálculos 
teóricos de 1H e 13C RMN e Redes Neurais 
 
Alessandra L. Valverde (PQ) 1, Lucas H. Martorano (PG) 1, Rodolfo G. Fiorot (PQ) 1, Carlos Magno R. 
Ribeiro (PQ) 1, José W. M. Carneiro (PQ) 1, Fabio L. P. Costa (PQ)2, Fernando M. S. Junior 
(PQ)1. alessandravalverde@id.uff.br 
 
1Instituto de Química, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ; 2Instituto de Química, Universidade Federal de Jataí, 
Jataí, GO, Brasil. 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: O uso da modelagem molecular, especialmente simulações de parâmetros de RMN, surge 
como uma ferramenta cada vez mais valiosa na química de produtos naturais. Atualmente, é vista como uma 
estratégia alternativa e conveniente para a elucidação estrutural, ao ponto de tais estudos serem 
rotineiramente encontrados na literatura de alto impacto. Com a aplicação de protocolos computacionais, é 
possível reproduzir parâmetros experimentais de RMN com alta e adequada precisão. Assim, além de ajudar 
a elucidar a estrutura de novos produtos naturais, os métodos computacionais têm encontrado grande 
utilidade em descobrir e, principalmente, revisar a estrutura de substâncias relatadas anteriormente na 
literatura. Este tópico está presente na família dos helianuois, sesquiterpenos naturais isolados principalmente 
da espécie Helianthus annuus (girassol).3 Dos 14 membros relatados na família, 3 já tiveram sua estrutura 
reassinalada: helianuois G, H, L. Além disso, vale ressaltar que o processo de elucidação estrutural dos 
membros da classe dos helianuois, na grande maioria dos casos, é incompleto e se baseia apenas em dados 
empíricos de RMN, através da comparação de dados de 1H e 13C com membros da classe previamente 
isolados. Assim, de acordo com nosso interesse em desenvolver e aplicar novas ferramentas para a 
elucidação estrutural de produtos naturais que apresentam um esqueleto complexo através de cálculos 
mecânicos quânticos de deslocamentos químicos de RMN, decidimos analisar computacionalmente a 
estrutura química proposta para o helianuol N, o único membro da classe dos helianuois isolado de um 
organismo marinho, o coral Pseudopterogorgia rigida, por Georgantea et al. em 2016. O helianuol N possui 
em sua estrutura um anel aromático ligado a um anel heterocíclico de 5 membros, cuja estrutura nunca foi 
confirmada por síntese. OBJETIVO: Avaliar se a estrutura proposta em 2016 por Georgantea et al. é 
compatível com os dados experimentais de RMN da amostra isolada através da combinação de redes neurais 
e da simulação dos deslocamentos químicos de RMN de 1H e 13C por modelagem molecular. 
METODOLOGIA: Os cálculos de deslocamentos químicos de RMN de 1H e 13C para helianuol N foram 
realizados usando a Teoria Funcional da Densidade (DFT) utilizando nível de teoria GIAO/mPW1PW91/6-
31G(d)//mPW1PW91/6-31G(d ) no pacote de software Gaussian 09. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os 
valores de desvio médio absoluto (MAD) e desvio médio quadrático (RMSD) apresentados foram: 0,22 e 0,31 
(RMN de 1H) e 1,6 e 2,2 (RMN de 13C), respectivamente. Esses baixos valores obtidos para os descritores 
estatísticos demonstram que os dados de RMN simulados são muito similares aos dados experimentais, 
indicando que a estrutura proposta estaria correta. Para confirmar esse resultado, aplicamos a metodologia 
ANN-PRA, desenvolvida por Ariel Sarotti em 2013. ANN-PRA é um novo método de validação que combina 
cálculos de RMN com uma análise de reconhecimento de padrões por meio de redes neurais artificiais, 
classificando a estrutura avaliada como “correta” ou “incorreta”. Dito isto, obtivemos o seguinte resultado da 
análise: "A estrutura proposta parece CORRETA." CONCLUSÃO: As análises realizadas indicam que a 
estrutura proposta para o helianuol N está correta. 
 
Palavras-chave: Produtos Naturais, DFT, RMN, ANN-PRA. 
 
Agradecimentos:FAPERJ, CAPES e CNPq 
 
 
 
8 
 
Triterpenos isolados do extrato metanólico dos calos de Deguelia 
duckeana (Fabaceae) 
 
Priscila de Menezes Pinheiro1; Cristine Luciana de Souza Rescarolli1; Cecilia Veronica Nunez1. 
priscilapinheiro_@hotmail.com 
 
 1Laboratório de Bioprospecção e Biotecnologia, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, AM. 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: Deguelia duckeana A. M. G. Azevedo é conhecida como cipó-cururu ou timbó e possui 
características de ação ictiotóxica. Estudos realizados com extratos diclorometânicos (DCM) das raízes e 
hexânico dos caules da espécie forneceram onze flavonoides alguns destes, apresentando resultados 
inéditos que revelaram o potencial anticâncer de flavonoides isolados de extratos obtidos das raízes. A 
biotecnologia fornece algumas ferramentas com a finalidade de obter substâncias de interesse e uma delas 
é a técnica de Cultura de Tecidos Vegetais. A cultura de calos in vitro tem sido apontada como valioso 
instrumento para o estudo dos metabólitos primários e secundários, constituindo um sistema apropriado para 
a produção de substâncias farmacológicas importantes. OBJETIVO: Assim, o presente estudo visou fracionar 
o extrato metanólico obtido dos calos de D. duckeana a fim de isolar substâncias com interesse biológico. 
METODOLOGIA: Uma vez obtidos os calos, estes foram coletados, pesados e secos em liofilizador e então 
submetidos à extração onde, para cada 1 g de massa seca foi utilizado 10 mL do solvente. Foi utilizado 
hexano/acetato de etila (AcOEt) na proporção 1:1, após seco, o material vegetal foi extraído com metanol 
(MeOH). O extrato metanólico dos calos (14 g) foi primeiro submetido a uma partição líquido-líquido, sendo 
solubilizado em MeOH/água destilada (6:4), e extraídos por quatro vezes com AcOEt na proporção de 1:1. A 
fase AcOEt obtida (1,3 g) foi fracionada em coluna cromatográfica aberta (CCA) de vidro com altura da fase 
estacionária x diâmetro interno de 50 cm x 3 cm, usando Sephadex LH-20 como fase estacionária e eluição 
em sistema isocrático em MeOH. Após análise por Cromatografia em Camada Delgada Comparativa (CCDC) 
as frações coletadas foram agrupadas e as frações 5-7 (161 mg) foram escolhidas para continuar o processo 
de purificação. Esta foi fracionada em CCA com 40 cm de altura por 2,5 cm de diâmetro e 16 g de sílica gel 
60 (200-400 Mesh), usando gradiente de DCM 100%, DCM em acetona, acetona 100% até MeOH 100%. 
Após as análises por CCDC das 64 frações obtidas da CCA as frações 4-6 e 19-21 foram reunidas e 
submetidas a análise de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) uni e bidimensionais. RESULTADOS E 
DISCUSSÃO: Ao analisar o espectro de RMN de 1H da fração 4-6 observaram-se sinais característicos de 
triterpenoides, com vários sinais intensos com deslocamentos entre δH 0,65 e 2,35, sendo 7 metilas, e 
destacando-se a presença dos hidrogênios olefínicos da dupla ligação terminal entre δH 4,7 e 4,5. Nesta fração 
também foi observado um sinal em δH 9,6, correspondente ao sinal de hidrogênio de aldeído. Foram obtidos 
os espectros bidimensionais que possibilitaram identificar as substâncias lupeol e o betulinaldeído em mistura 
na fração 4-6. O espectro de RMN de 1H da fração 19-21 mostrou a presença de sinais de hidrogênios vinílicos 
de dupla ligação terminal em δH 4,68 e 4,65, característica dos triterpenos de estrutura lupano. Foram 
observados também sinais entre δH 0,65 e 1,70 referente às metilas. A comparação dos dados obtidos com 
os descritos na literatura permitiu concluir que este se tratava do 3β-hidroxi-lup-20(29)-en-28-oico (ácido 
betulínico). CONCLUSÕES: Pode-se verificar que o extrato metanólico dos calos de D. duckeana é rico 
principalmente em triterpenos, os quais possuem elevado potencial biológico relatado na literatura, 
principalmente por sua ação anticâncer, e por isso tem chamando à atenção da indústria farmacêutica nos 
últimos anos. Este é o primeiro relato da presença de betulinaldeído em cultura de calos de uma espécie 
vegetal. 
 
Palavras-chave: Triterpenos, Cultura de Tecidos Vegetais, Calo, Metabólitos Secundários. 
 
Agradecimentos: FAPEAM, CAPES e CNPq. 
 
 
 
9 
 
Estudo metabolômico não-alvo de múltiplas espécies da Restinga de 
Jurubatiba (RJ) usando a abordagem de Redes Moleculares 
 
Patricia H. B de Moura1; Carla M. Leal1; Elana Kysil2, Tatiana U. P. Konno3, Michelle F. Muzitano4, Ludger 
A. Wessjohann2, Ivana C. R. Leal1. patricia.homobono@ufrj.br.com 
 
1Laboratório de Produtos Naturais e Ensaios Biológicos (LaProNEB), FF, UFRJ. 2Departamento de Química 
Bioorgânica (IPB – Halle, Alemanha). 3NUPEM, UFRJ. 4Laboratório de Produtos Bioativos (LPBio), UFRJ 
Macaé. 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
O Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PARNA Jurubatiba) é uma unidade de conservação ambiental 
criada com objetivo de proteger um resquício de restinga do norte fluminense. A flora dessas zonas costeiras 
é adaptada para suportar condições ambientais extremas, como a alta exposição solar, baixa oferta hídrica e 
substrato arenoso com alta concentração salina1. Estudos recentes apontaram grupos de metabólitos 
envolvidos em mecanismos adaptativos em ambientes extremos, como aminoácidos e polifenóis2. Diante 
disso, o objetivo desse trabalho foi traçar o perfil dos metabólitos de cinco espécies endêmicas, e pouco 
estudadas, do PARNA Jurubatiba, através de uma abordagem FBMN (Feature-Based Molecular Networking) 
e de análises quimiométricas, na busca de possíveis similaridades e diferenças metabólicas. Folhas de 
Tocoyena bullata, Tapirira guianensis, Ocotea notata, Humiria balsamifera e Eremanthus crotonoides foram 
coletadas em triplicata, de diferentes espécimes. As partes vegetais foram secas em estufa de circulação e 
os extratos etanólicos (96%), obtidos por maceração estática, foram preparados de forma padronizada, e 
após evaporação foram liofilizados. As amostras (2 µL, 2,5 mg/mL - MeOH) foram injetadas em um Sistema 
ACQUITY I-Class UPLC (C18, 2,1 × 50 mm, 1,7 µm) a 40 °C, com eluição em gradiente (5% a 95%, 17 min - 
A: 0,3 mmol/L aq. formiato de amônio, B: acetonitrila), associado ao espectrômetro de massas Sciex 
TripleTOF 6600, em modo negativo, varredura na faixa m/z (65-1250). Os dados das triplicatas, controles de 
qualidade e dos brancos (*.wiff) foram convertidos no MSconvert para *.mzML. Em seguida, tratados no 
MZmine 2.53, e após as etapas do processamento dos dados obtidos (*.mgf e *.csv) foram carregados na 
plataforma do Global Natural Product Social Molecular Networking (GNPS) no modo FBMN (Tolerância de 
massa do íon precursor e do fragmento igual a 0,02, cosseno para 0,65 e topk 20). A rede molecular foi 
analisada no Cytoscape 3.9.1. Para os estudos quimiométricos, a tabela de quantificação (*.csv) foi carregada 
na plataforma do MetaboAnalyst 5.0. Foram detectadas 63 famílias espectrais, dentre estas destacou-se uma 
com 93 nodos com substâncias presentes em todas as cinco espécies analisadas. Tratam-se de derivados 
de flavonóis, principalmente glicosídeos de kaempferol e quercertina, como por exemplo: quercitrina [M-H]- 
447,1005, quercetina 3-O-glicosideo-7-O-ramnosídeo [M-H]- 609,1214, reinutrina [M-H]- 433,0754. Dentre as 
substâncias citadas, os derivados da quercetina foram os mais presentes, dado concordante com a literatura 
sobre o papel dos flavonóis na proteção de plantas após a exposição aos raios ultravioleta e à luz intensa, 
com destaque a quercetina, uma vez que é sugerido que sua hidroxila adicional em orto, no anel B, em relação 
ao kaempferol, aumenta sua capacidade protetora contra os raios UVB3. O que também foi reforçado no 
estudo com espécies do deserto do Atacama2, que evidenciam os derivados de quercetina como fortes 
preditores metabólicos para resiliência climática extrema. Os dados de PCA (PC1 29,6%, PC2 19.8%) e PLS-
DA (componente 1 27,9% e componente 2 10,9%)indicaram que as espécies com maior similaridade entre 
si foram T. guianensis, O. notata e H. balsamifera. Enquanto que E. crotonoides e T. bullata apresentaram as 
maiores diferenças entre todas as espécies estudadas, e os principais íons que apontaram esse perfil, pelo 
VIP-score e PLS loading, foram aqueles relacionados ao grupo de derivados do ácido quínico, lactonas 
sesquiterpênicas e iridoides glicosilados. Esses dados são importantes por descreverem o perfil químico das 
espécies do PARNA Jurubatiba, assim como para a química ecológica e na busca de compostos bioativos. 
 
Palavras-chave: GNPS, flavonois, metabolômica, molecular networking. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
10 
 
Compostos fenólicos isolados das partes aéreas de Sida ciliaris L. 
(Malvaceae) 
 
Wallace Amorim Machado de Queiroz1; Yuri Mangueira do Nascimento1; Janderson Barbosa Leite de 
Albuquerque1; Abrahão Alves de Oliveira Filho2; Maria de Fátima Agra3; Maria de Fátima Vanderlei de 
Souza1. wallaceamorim@ltf.ufpb.br 
 
1Programa de Produtos Naturais Sintéticos e Bioativos - Centro de Ciências da Saúde - Universidade Federal da Paraíba 
(PPgPNSB/CCS/UFPB), João Pessoa, PB; 2Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica 
em Medicamentos (UFPB/UFRN/UFC/UFRPE), João Pessoa, PB; 3Programa de Produtos Naturais Sintéticos e Bioativos 
- Centro de Biotecnologia - Universidade Federal da Paraíba (PPgPNSB/CBioTec/CCS/UFPB), João Pessoa, PB 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: Os produtos naturais fazem parte da evolução de organismos terrestres e marinhos que se 
adaptaram a estresses abióticos e bióticos, se caracterizando, portanto, como compostos bioativos nas 
espécies que os produzem e atuam principalmente como mecanismos de defesa para garantir a sua 
perpetuação na natureza. Esses compostos biossintetizados desencadeiam respostas biológicas quando 
ingeridos por outros organismos vivos. Dentre estes recursos, pode-se destacar as plantas medicinais que 
são utilizadas com finalidades curativas, entre elas a espécie Sida ciliaris L. objeto dessa pesquisa, conhecida 
popularmente por “Escova peluda” e “Guanxuminha”, que se caracteriza como uma planta nativa e de elevada 
predominância no Nordeste brasileiro. Estudos anteriores dessa espécie relatam apenas uma triagem 
fitoquímica onde foram detectados a presença de alcaloides, esteroides e taninos. Devido a essa escassez 
de informações, é de grande relevância contribuir para o seu conhecimento científico através dos estudos 
fitoquímico, farmacológicos e/ou biológicos. OBJETIVO: Buscando-se corroborar com as informações 
científicas de Sida ciliaris, o presente estudo teve como objetivo realizar o seu estudo fitoquímico contribuindo 
com o enriquecimento quimiotaxônomico da família Malvaceae sensu lato. METODOLOGIA: As partes aéreas 
de S. ciliaris foram coletadas na zona urbana do município de Brejo do Cruz/PB, em abril de 2021. O material 
botânico foi seco em estufa com ar circulante a 40ºC e em seguida, submetido à trituração com o auxílio do 
moinho mecânico. A droga vegetal (1,8 Kg) foi submetida à maceração durante 72 horas, utilizando-se como 
líquido extrator etanol a 95%, resultando na solução extrativa, que foi filtrada e concentrada em evaporador 
rotativo, obtendo-se 81,9 g do Extrato Etanólico Bruto (EEB). Uma alíquota do EEB foi submetida a uma 
filtração em Amberlite XAD-2, eluída com água ultrapura, metanol, hexano, acetona e acetato de etila, 
sozinhos ou em misturas binárias, com gradiente decrescente de polaridade. Dessa filtração foram coletadas 
7 frações que foram concentradas em evaporador rotativo sob pressão reduzida, obtendo-se as frações H2O 
(100%), H2O:MeOH (7:3), H2O:MeOH (1:1), MeOH (100%), além das frações hexânica, acetona e acetato de 
etila. A fração MeOH (100%) (2,3 g) foi submetida à uma cromatografia em coluna utilizando como fase 
estacionária, sephadex LH-20 e fases móveis, metanol e clorofórmio sozinhos ou em misturas binárias (7:3) 
e (1:1), obtendo-se desse procedimento 65 frações que foram analisadas por CCDA e reunidas de acordo 
com a semelhança do perfil cromatográfico de eluição. As frações mais promissoras foram então submetidas 
à Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) analítica para analisar qualitativamente o perfil de 
compostos presentes na amostra e posteriormente uma CLAE preparativa para isolamento destes, utilizando 
como fase estacionária sílica de fase reversa (C-18) e como fases móveis metanol grau HPLC e água 
ultrapura acidificada com ácido fórmico em modo gradiente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi possível 
isolar três substâncias sendo dois flavonoides, e um composto fenólico, codificadas como Sc-01 (20,0 mg), 
Sc-02 (7,0 mg) e Sc-03 (2,0 mg), respectivamente. Para definir as estruturas químicas dos compostos 
isolados foram obtidos espectros por técnicas espectroscópicas. Após análises dos espectros de 
Ressonância Magnética Nuclear (RMN 1H e 13C), uni e bidimensionais e comparações com modelos da 
literatura foi identificado o composto Sc-01 como sendo a diosmetina, flavonoide já isolado em estudos 
anteriores com a espécie. A substância Sc-02 identificada como diosmetina 7-O-β-D-glicopiranosídeo e a 
substância Sc-03 que foi definida como ácido O-feruloil-4’-hidroxifenil láctico. CONCLUSÃO: Os compostos 
foram isolados, identificados e relatados pela primeira vez no gênero Sida. 
 
Palavras-chave: Sida ciliaris, Compostos fenólicos, Malvaceae. 
 
Agradecimentos: PROPESQ/UFPB e CAPES. 
 
 
 
 
 
 
 
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Primeiros compostos isolados das partes aéreas de Helicteres 
macropetala A. St.-Hill (Sterculiaceae) 
 
Wallace Amorim Machado de Queiroz1; Talita Medeiros Souto Maior2; Janderson Barbosa Leite de 
Albuquerque1; Maria de Fátima Agra1; Maria de Fátima Vanderlei de Souza1. wallaceamorim@ltf.ufpb.br 
 
1Programa de Produtos Naturais Sintéticos e Bioativos - Centro de Ciências da Saúde - Universidade Federal 
da Paraíba (PPgPNSB/CCS/UFPB), João Pessoa, PB; 2Iniciação Científica - Centro de Ciências da Saúde - 
Universidade Federal da Paraíba - (IC/PIBIC/CNPq/CCS/UFPB), João Pessoa, PB 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: A humanidade busca o conhecimento dos efeitos terapêuticos e da toxicidade de espécies 
vegetais, assegurando o seu uso, sem causar danos à saúde. Nesse contexto, estudos que caracterizam, 
isolam e identificam os compostos químicos produzidos pelas plantas são fundamentais para o avanço no 
desenvolvimento de novas moléculas bioativas. A espécie Helicteres macropetala A. St.-Hill é conhecida 
popularmente por “Saca-rolha” e “Rosca”, endêmica do Brasil, está distribuída nos biomas Cerrado, Caatinga 
e Mata Atlântica. Não foram encontradas na literatura estudos que relatem quais os metabólitos primários ou 
secundários estão presentes na espécie H. macropetala, ressaltando a necessidade e a grande relevância 
de estudos que levem ao seu conhecimento fitoquímico, através do isolamento e elucidação estrutural. 
OBJETIVO: Buscando contribuir para esse enriquecimento científico, o presente estudo teve como objetivo 
realizar o estudo fitoquímico das partes aéreas de H. macropetala, enriquecendo o conhecimento 
quimiotaxônomico da família Malvaceae sensu lato. METODOLOGIA: As partes aéreas de H. macropetala 
foram coletadas pela professora Dr.ª Maria de Fátima Agra no município de Maturéia/PB, em abril de 2022. 
Esta espécie encontra-se cadastrada no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do 
Conhecimento Tradicional Associado (SiSGen) A568B8A. O material botânico (5,8 Kg) foi seco em estufa 
com ar circulante a 40ºC e em seguida, submetido à trituração com o auxílio do moinho mecânico. A droga 
vegetal foi submetida à maceração durante 72 horas, utilizando-se como líquido extrator etanol a 95%, 
resultando na solução extrativa, que foi filtrada e concentrada em evaporador rotativo, obtendo-se 260,0 g do 
ExtratoEtanólico Bruto (EEB). Uma alíquota do EEB (240,0 g) foi solubilizado em EtOH:H2O (7:3) com o 
auxílio de um agitador mecânico para obtenção da solução hidroalcoólica. Esta foi submetida à partição 
líquido-líquido, dando origem às fases hexânica (55,0 g), diclorometano (15,0 g), clorofórmica (500,0 mg), 
acetato de etila (12,0 g) e n-butanólica (15,0 g), além da fase hidroalcóolica (141,0 g). Após análise de RMN 
1H, as fases hexânica, clorofórmica e acetato de etila foram submetidas isoladamente, a fracionamentos 
cromatográficos utilizando a mesma metodologia. Para as colunas cromatográficas utilizou-se como fase 
estacionária a sílica flash e como fases móveis, hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol sozinhos ou 
em misturas binárias, obedecendo um gradiente de polaridade. Do fracionamento da fase hexânica obteve-
se as substâncias codificadas como Hm-1 (9,0 mg) e Hm-2 (5,0 mg). Frações oriundas da fase clorofórmica, 
após análise por CCDA foram cromatografadas em sephadex LH-20 como fase estacionária e metanol e 
clorofórmio sozinhos ou em misturas binárias nas proporções (7:3) e (1:1). Deste processo foi isolada a 
substância denominada como Hm-3 (14,0 mg). A fase acetato de etila submetida ao mesmo processo 
cromatográfico da fase clorofórmica levou ao isolamento da substância cognominada de Hm-4 (18,0 mg). 
Para a caracterização estrutural dos compostos isolados foram obtidos os espectros de Ressonância 
Magnética Nuclear (RMN 1H e 13C), uni e bidimensionais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após análises dos 
espectros e comparações com modelos da literatura identificou-se os compostos Hm-1 e Hm-2, como um 
álcool alifático decanol e o triterpeno lupeol, respectivamente. O composto codificado como Hm-3 foi 
identificado como o esteroide estigmasterol glicosilado e a substância Hm-4 foi identificado como o flavonoide 
canferol-3-O-β-D-(6’’-E-p-coumaroil) glicopiranosídeo, também conhecido como tilirosídeo. CONCLUSÃO: 
Essas substâncias foram relatadas anteriormente na família Malvaceae sensu lato, como também no gênero 
Helicteres, todavia isolados pela primeira vez na espécie. 
 
Palavras-chave: Helicteres macropetala, Metabólitos secundários, Malvaceae. 
 
Agradecimentos: PROPESQ/UFPB, CAPES e CNPq. 
 
 
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Ésteres naturais do ácido cafeoilquínico isolados de Pavonia 
malacophylla (Link & Otto) Garcke inéditos no gênero Pavonia 
 
Janderson Barbosa Leite de Albuquerque1; Yuri Mangueira do Nascimento1; Wallace Amorim Machado 
de Queiroz1; Maria de Fátima Vanderlei de Souza1. jandersonalbuquerque@ltf.ufpb.br 
 
1Programa de Pós-graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos - Centro de Ciências da Saúde - 
Universidade Federal da Paraíba (PPgPSNB/CCS/UFPB), João Pessoa, PB 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: As plantas medicinais, utilizadas há milhares de anos pela medicina tradicional assumem um 
papel fundamental para prevenção e recuperação da saúde, despertando assim interesse dos pesquisadores 
em conhecer seus constituintes químicos e avaliar suas atividades farmacológicas e/ou biológicas, com o 
objetivo de ratificar às atividades citadas pela medicina popular. Estudos fitoquímicos anteriores de Pavonia 
malacophylla (Link & Otto) Garcke (Malvaceae), espécie endêmica do Brasil, conhecida popularmente como 
“malva-rosa ou malva-veludo” e citada na literatura como antigripal, antitussígena e no combate à dores no 
coração, permitiram a identificação de metabólitos secundários como triterpenos, esteroides, substâncias 
porfirínicas, flavonoides e seus glicosídeos. OBJETIVO: Almejando ampliar o conhecimento dos constituintes 
químicos de Pavonia malacophylla, o presente estudo teve como objetivo realizar o estudo fitoquímico de 
suas partes aéreas contribuindo com o enriquecimento quimiotaxônomico da família Malvaceae. 
METODOLOGIA: As partes aéreas de P. malacophylla (5,5 kg) foram coletadas no município de Santa 
Rita/PB em junho de 2011. Esta espécie encontra-se cadastrada no Sistema Nacional de Gestão do 
Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SiSGen) A568B8A. O material botânico foi 
desidratado em estufa com ar circulante à temperatura de 40ºC durante 96 horas, sendo em seguida triturado 
em moinho mecânico e submetido à maceração com etanol 95% para extração dos seus constituintes 
químicos. A solução extrativa obtida foi filtrada e concentrada em rotaevaporador sob pressão reduzida a 
40ºC, fornecendo 203,0 g. Uma alíquota do EEB (160,0 g) foi solubilizada em uma solução de EtOH:H2O (7:3) 
com o auxílio de um agitador mecânico, obtendo-se assim uma solução hidroalcoólica que foi submetida a 
uma cromatografia líquido-líquido utilizando hexano, clorofórmio, e acetato de etila. As soluções resultantes 
foram concentradas sob pressão reduzida, fornecendo suas respectivas fases, além da fase hidroalcoólica. 
Após análise de RMN 1H, a fase clorofórmica (20,0 g) foi cromatografada em coluna, utilizando sílica flash 
como fase estacionária e hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol como fases móveis, sozinhos ou em 
misturas binárias, obedecendo um gradiente crescente de polaridade. As frações obtidas foram analisadas 
por Cromatografia em Camada Delgada Analítica (CCDA) e reunidas de acordo com o seu perfil de eluição 
utilizando, para tanto, a semelhança dos Fatores de Retenção (Rfs). A fração 53/63 (4,0 g) foi submetida a 
uma cromatografia em coluna utilizando como fase estacionária, sephadex LH-20 e fases móveis, metanol e 
clorofórmio sozinhos ou em misturas binárias nas proporções (7:3) e (1:1), obtendo-se desse procedimento 
76 frações, analisadas por CCDA e reunidas seguindo a metodologia anterior, que resultou em cinco grupos 
de frações. O terceiro grupo (fração 21/37) (1,98 g) foi submetida à Cromatografia Líquida de Alta Eficiência 
(CLAE) com o objetivo de analisar o perfil de compostos presentes na amostra. Após análise qualitativa 
desses constituintes adotou-se uma CLAE preparativa para isolamento destes, utilizando como fase 
estacionária, sílica C-18 e como fases móveis, metanol grau HPLC e água ultrapura acidificada com ácido 
fórmico em modo gradiente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estudo fitoquímico das partes aéreas de P. 
malacophylla executado através de métodos cromatográficos levou ao isolamento de quatro substâncias que 
tiveram suas estruturas químicas identificada após análises dos espectros unidimensionais e bidimensionais 
de RMN 1H e 13C e comparações com modelos da literatura, definidas como os isômeros de posição de 
ésteres do ácido cafeoilquínico: ácido 1-O-cafeoilquínico etil éster (4,3 mg), ácido 3-O-cafeoilquínico etil éster 
(5,1 mg), ácido 4-O-cafeoilquínico etil éster (7,4 mg) e o ácido 5-O-cafeoilquínico etil éster (9,7 mg). 
CONCLUSÃO: As substâncias foram isoladas, identificadas e descritas pela primeira vez no gênero Pavonia, 
demonstrando assim o valor e importância para a Quimiotaxonomia da família Malvaceae. 
 
Palavras-chave: Pavonia malacophylla, Ácido cafeoilquínico, Malvaceae. 
 
Agradecimentos: PROPESQ/UFPB e CAPES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Metabólitos especiais isolados do extrato foliar de Amburana acreana 
Ducke 
 
Clayton Queiroz Alves1; Adrianne Bastos Ferreira1; Jessica Lima de Souza1; Rosane Moura Aguiar2; 
Hugo Neves Brandão1; Rauldenis Almeida F. Santos3. cqalves@uefs.br 
 
1Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais (PPGRGV) – UEFS; 2Programa de Pós-
Graduação em Química (PGQUI) – UESB; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia 
(IFBA) 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: A biodiversidade do bioma brasileiro proporciona ao país uma ampla variedade de plantas, 
algumas delas endêmicas e de composição química desconhecida. A espécie Amburana acreana, conhecida 
popularmente como ‘Cumaru-de-cheiro’ e ‘Cerejeira’, é nativa do Brasil e pode ser encontrada nas regiões 
dos estados de RO, AC, AM e MT. Espécies do gênero Amburana sãoutilizadas na medicina popular para o 
tratamento de doenças do sistema respiratório, com ação anti-inflamatória e analgésica. Embora estudos 
ressaltem o potencial terapêutico do gênero, ainda são incipientes as informações sobre a composição 
química da espécie. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho foi isolar, utilizando técnicas cromatográficas 
clássicas, os metabólitos especiais extraídos das folhas de A. acreana e, identificar estes metabólitos através 
da análise dos espectros de Ressonância Magnética Nuclear de ¹H e ¹³C, bem como comparação com dados 
descritos na literatura. METODOLOGIA: Aproximadamente 300 g de folhas de A. acreana foram coletadas 
no município de Ji-Paraná – RO, Brasil. O extrato bruto foi obtido através da remaceração a frio com etanol 
94% em 4 ciclos de 24h, obtendo massa final de 88,3 g. O extrato bruto foi ressuspendido com metanol/água 
(9:1) e particionado com os solventes hexano (HAA), clorofórmio (CAA) e acetato de etila (AeAA), formando 
suas respectivas frações orgânicas. A fração CAA (14,7 g) foi submetida a coluna cromatográfica (CC), 
utilizando gel de sílica 60H (Acros, 0,063-0,200 mm) como fase estacionária e, fase móvel hexano/acetona, 
em gradiente de polaridade. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Deste procedimento foi possível isolar 3 
substâncias, as quais tiveram suas estruturas identificadas através da análise dos dados de RMN de ¹H e de 
¹³C (uni e bidimensionais), obtidos em espectrômetros Bruker, modelos DRX-500, operando a 500 MHz (¹H) 
e 125 MHz (¹³C), utilizando como padrão de referência interna o TMS (Tetrametilsilano). Através da análise 
dos dados espectrométricos obtidos, aliados à comparação com dados descritos na literatura, foi possível 
identificar as substâncias isoladas como sendo a Cumarina [(1), 1,2-benzopirona)], Ácido p-hidroxibenzoico 
(2) e Amburosídeo B [(3; Vanilato de 4-O-β-D-glicopiranosil-benzila). CONCLUSÕES: Através deste trabalho 
foi possível isolar e identificar três metabólitos especiais produzidos por Amburana acreana. Estas 
substâncias foram também encontradas na espécie A. cearensis em trabalhos anteriores. Assim, este trabalho 
contribui para a quimiossistemática do gênero em questão. 
 
Palavras-chave: Camaru-de-cheiro, Amburosideo, Compostos fenólicos, Fitoquímica, Metabolitos secundários, 
Etnofarmacologia. 
 
Agradecimentos: UEFS, CAPES, CNPq e UFG. 
 
 
 
 
 
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Análise metabolômica de plantas medicinais da região tocantina do 
Maranhão 
 
Francisco Eduardo Aragão Catunda-Jr1; Italo de Souza Mendes2; Maira Victoria Santos Moura2; Paulo 
Arthur Santos de Macêdo2; Tiago Cunha Rocha2; Jan Schripsema3. catundajr@uemasul.edu.br 
 
1Centro de Ciências Exatas, Naturais e Tecnológicas (CCENT) – UEMASUL, Imperatriz, MA; 2Centro de 
Ciências Agrárias (CCA) – UEMASUL, Imperatriz, MA; 3Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) – UENF, 
Campos dos Goytacazes, RJ. 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: Metabolômica é a área de pesquisa que se esforça para obter impressões digitais 
metabólicas completas, para detectar diferenças entre eles e fornecer hipóteses para explicar essas 
diferenças. Mas obter impressões digitais metabólicas completas não é uma tarefa fácil. A extração de 
metabólitos é uma etapa fundamental durante esse processo e muita pesquisa foi dedicada para encontrar a 
melhor mistura de solventes para extrair o máximo de metabólitos possível. Um procedimento para análise 
de RMN de metabólitos polares e apolares é usar um sistema de extração bifásico. Os solventes D2O e CDCl3 
são mais utilizados, e sua maior vantagem é que, para a identificação dos compostos, bancos de dados 
padrão podem ser usados porque D2O e CDCl3 são os solventes mais comumente usados para espectros de 
RMN de compostos puros. O procedimento permite a quantificação absoluta de componentes através da 
adição de padrões internos adequados. OBJETIVO: Obter impressão digital metabólica das espécies 
botânicas bordão de velho, canafístula e mucunã, através das análises de RMN 1H em sistema bifásico de 
solventes (D2O e CDCl3), de várias partes (folha, inflorescência e vagem) destas espécies. METODOLOGIA: 
O material vegetal seco (100mg) foi utilizado para realizar a extração em um tubo eppendorf de 2mL, então 
foi adicionado o volume 0,80 mL de D2O até que o material fique totalmente molhado, em seguida 0,80 mL 
de CDCl3 foram adicionados a este material molhado, a mistura foi agitada em vortex, e a extração da mistura 
foi acelerada por 10 minutos em aparelho ultrassom, após centrifugada a 13.500 rpm por 5 minutos, retirado 
eppendorf cuidadosamente da centrífuga, separadas as fases de extratos polar da apolar, transferidas para 
tubos de RMN e então feita aquisição dos espectros de RMN 1H (100-128 scans) em ambos os extratos. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os espectros de RMN 1H foram obtidos de cada amostra de cada parte das 
três espécies botânicas nos solventes polar (D2O) e apolar (CDCl3), estão em análise de comparação com 
compostos já isolados na literatura. O espectro de extrato apolar da vagem de canafístula mostrou sinais de 
deslocamentos químicos majoritários entre 6,4 e 8 ppm característicos de compostos aromáticos, que em 
análise mais rigorosa, mostrou ser o ácido cinâmico. Os espectros de extratos polares das folhas de bordão 
de velho, bem como da vagem de mucunã mostraram deslocamentos químicos que merecem uma melhor 
atenção. CONCLUSÕES: Pela análise dos espectros de extratos polar e apolar de cada parte das espécies 
trabalhadas, pode-se propor um controle de qualidade, visto que na espectroscopia de RMN, a 
reprodutibilidade não é um problema, o que torna a comparação do conjunto de dados mais facilmente de se 
realizar. 
 
Palavras-chave: Metabolômica, Bordão de velho, Canafístula, Mucunã, RMN, Ácido cinâmico. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
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Análise e caracterização preliminar de secreção paratóide de Rhinella 
ictérica (Spix, 1824), Bufonidae 
 
Nataly de Souza Alves1; Hélio Ricardo da Silva2; Douglas Siqueira de Almeida Chaves3. 
nataly-alvesufrrj@hotmail.com 
 
1Departamento de Ciência Farmacêuticas (DCFar) - UFRRJ; 2Departamento de Biologia Animal (DBA) - UFRRJ 
3Departamento de Ciência Farmacêuticas (DCFar) – UFRRJ 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: Muitos anfíbios possuem mecanismos com o objetivo de evitar predadores. A secreção 
encontrada nas glândulas paratóides de Rhinella icterica conhecido como sapo-cururu, é um veneno de 
elevada toxicidade e complexa composição. Seu estudo é de grande interesse devido a possibilidade de 
descoberta de novas estruturas com potencial terapêutico. OBJETIVO: Obtenção e identificação de 
componentes químicos presentes em secreção paratóide de Rhinella icterica. METODOLOGIA: Dois 
sapos-cururu foram obtidos na Reserva Flona Mário Xavier, Seropédica/RJ. As secreções foram obtidas por 
compressão das glândulas paratóide de Rhinella icterica. Em seguida as secreções foram liofilizadas (secas), 
e testes de solubilidade foram realizadas utilizando MeOH e ACN. Extrações por ultrassom foram realizadas 
com potência de 50w por 10 min e pulso de 1min em triplicada. As extrações e esgotamento químico das 
toxinas foram avaliadas por cromatografia em camada delgada utilizando BAW 3:1:1 (n-butanol:água:ácido 
acético) como eluente e Anisaldeído Sulfúrico como revelador químico. Ressonância magnética nuclear 
monodimensional (1H e 13C) em MeOD foram realizadas visando obtenção de informações sobre a classe 
química presente e possíveis estruturas químicas. O trabalho foi autorizado pela CEUA/ICBS/UFRRJ no 
23083.010529/2014-78. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As extrações apresentaram rendimentos de 6,13% 
e 12,78% respectivamente para MeOH e ACN. Na análise em cromatografia em camada delgada a amostra 
em metanol apresentou 3 substâncias com fatores de retenção (FR1:0,475; FR2:0,575; FR3:0,825) e coloração 
roxa e marrom-amarelado, quandorevelados com anisaldeído sulfúrico); em contrapartida a amostra em 
acetonitrila apresentou um único fator de retenção e uma coloração roxa (FR:0,692). Estes resultados iniciais 
sugeriram a presença de anéis esteroídicos na estrutura das substâncias presentes, isso porque, anisaldeído 
sulfúrico revela esteroides. De posse de dados da literatura, espécies da família Bufonidae apresentam muitos 
bufadienolidos em sua composição, sendo assim, podemos confirmar a presença destes (em mistura), nos 
espectros de RMN 1H e 13C. A análise dos dados de RMN apresentaram sinais compatíveis com lactonas de 
seis membros na região dos aromáticos (1H 6,0 – 8,0 ppm; e 13C 160 – 180ppm). Sinais de carbonos 
quaternários e terciários, além de CH2 e CH são visualizados na região de 0 – 125 ppm, condizentes com 
sinais de agliconas esteroidais. De posse de todos os dados cromatográficos e de ressonância, é possível 
afirmar a presença, em mistura, de duas ou mais estruturas de bufadienolidos para a espécies 
estudada. CONCLUSÕES: Os resultados encontrados na cromatografia em camada delgada e na análise de 
dados de RMN nos confirmam a presença de uma mistura de três bufadienolidos, sendo necessário a 
purificação da toxina para confirmação da estrutura dos mesmos e futuros ensaios de possível atividade 
biológica. 
 
Palavras-chave: bufadienolido, toxina, Ressonância, sapo. 
 
Agradecimentos: UFRRJ, CNPq e LQBioN. 
 
 
 
 
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Influência sazonal na composição química de geoprópolis produzida 
por Melipona scutellaris coletada em Mata de São João – BA 
 
Jéssica Lima de Souza1; Adrianne Bastos Ferreira2; Clayton Queiroz Alves2; Ícaro Gonçalves de Lima2; 
Danielle Figuerêdo da Silva1; Hugo Neves Brandão1. jessica_uefs2011@hotmail.com 
 
1Departamento de Saúde – UEFS, Brasil; 2Departamento de Exatas – UEFS, Bahia, Brasil 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: A geoprópolis é um produto com potencial econômico e terapêutico encontrado em colmeias 
de abelhas sem ferrão. As abelhas produzem a geoprópolis essencialmente a partir de resinas vegetais, 
misturando-as com barro e depositando em suas caixas para diferentes finalidades, dentre elas, atuar contra 
insetos, formigas, bactérias e fungos. A fitogeografia disponível para coleta das resinas pelas abelhas define 
a composição química e biológica da geoprópolis presente nas colmeias. OBJETIVO: Nesse sentido, o 
objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do período de coleta no rendimento e composição química da 
geoprópolis obtida em Mata de São João – BA. METODOLOGIA: As coletas foram realizadas no município 
Mata de São João – BA, no período entre janeiro e dezembro (2021). Foram utilizadas 10 g das amostras, 
que posteriormente foram trituradas e submetidas à extração por maceração em etanol 70% por 48h. A 
quantificação dos compostos fenólicos foi realizada através da técnica espectrofotométrica, com o reagente 
de Folin-Ciocalteau (ʎ=760 nm) e flavonoides através da complexação com cloreto de alumínio 2% (ʎ=415 
nm). O perfil cromatográfico foi obtido através da CLAE-DAD, em coluna LiChroCART Purospher StaR® RP18 
e a fase móvel consistiu de um gradiente de eluição (metanol e ácido acético 1%. Os dados foram submetidos 
à análise de variância (ANOVA) e para comparações entre as médias dos índices de atividade, utilizou-se o 
teste de Tukey. As diferenças foram consideradas estatisticamente significantes quando p < 0,05 com auxílio 
do programa Graph Pad Prisma® (9.5.0). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os rendimentos variaram entre 
8,04 ± 0,19% a 19,16 ± 0, 92%. Os meses com maiores rendimentos foram janeiro, março, abril, junho e 
novembro, respectivamente. Percebe-se que os períodos secos apresentaram maiores teores de resina 
vegetal. Para o teor de fenólicos totais foram encontrados valores entre 3,20 ± 0,19 a 8,58 ± 0,32 g ACG.100g-
1, com destaque para as amostras coletadas em fevereiro, março, maio, junho julho, agosto, setembro, outubro 
e novembro, respectivamente. O teor de flavonoides totais variou entre 1,12 ± 0,01 a 3,08 ± 0,06 g QE.100g -
1. Através da análise cromatográfica foram detectadas 7 substâncias com áreas que variaram entre 2,9691 ± 
0,75 a 329,0567 ± 0,5 mAU/min. Quando avaliados estatisticamente , os resultados apresentaram diferença 
estatística entre os períodos de coleta evidenciando que a sazonalidade influencia o rendimento e composição 
fenólica da geoprópolis produzida por M. scutellaris. CONCLUSÕES: Percebe-se a importância em avaliar 
a influência da sazonalidade na coleta da geoprópolis, uma vez que, os resultados evidenciam a diferença na 
composição química e rendimento dos materiais coletados nos diferentes períodos do ano. Através dos dados 
obtidos pode-se propor o período do ano que favorece a coleta de resinas vegetais pelas abelhas com 
melhores características químicas. Para as amostras coletadas no município Mata de São João – BA, sugere-
se que a coleta seja realizada nos meses com maiores precipitações de chuvas (maio, junho e julho). 
 
Palavras-chave: Flavonoides, Fenólicos, Espectrofotometria, Folin-Ciocalteau 
 
Agradecimentos: UEFS, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
17 
 
Estudo da Rede molecular de Fitoesteróis em extratos de flores, frutos 
e galhos de Avicennia schaueriana, do manguezal fluminense 
 
Catharina E. Fingolo1 ; Amanda L. S. Pontes1,2; Gabriela C. M. Silva1; Ester B. Oliveira1; Antonio J. R. 
Silva2; Filipe O. Chaves3; Maria A. C. Kaplan2. catharina.fingolo@uerj.br 
 
1Laboratório de Tecnologia em Produtos Naturais (LTPNat) - UERJ-ZO; 2Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais 
(IPPN) – UFRJ;3Núcleo de Estudos em Manguezais (NEMA) – UERJ. 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: O ecossistema manguezal é fundamental para regiões costeiras, pois além de protegê-las, 
também interage com outros ecossistemas. Avicennia schaueriana, uma espécie vegetal do manguezal 
fluminense, pertence a família Acanthaceae. Dentre os metabólitos especiais registrados na literatura para o 
gênero Avicennia, os triterpenos são considerados biomarcadores em manguezais. Os Fitoesteróis são 
originados da mesma via biossintética dos triterpenos, com estrutura molecular ciclopenta[a]fenantreno 
tetracíclica. Os fitoesteróis mais encontrados na natureza são: o sitosterol, o estigmasterol e o campesterol. 
Estudos comprovaram que os fitoesteróis previnem doenças cardiovasculares (reduzindo o LDL-c circulante), 
atuam como cardioprotetores, o β-sitosterol alivia sintomas de Alzheimer. Atenua cânceres: de mama, 
próstata, fígado, pulmão, estômago e ovário através da inibição do crescimento, da multiplicação, da invasão 
e da metástase em células cancerígenas, e induz a apoptose nessas células. A ferramenta computacional de 
rede molecular (Molecular Networking) ajuda na visualização e interpretação de dados complexos decorrentes 
da análise de Espectrometria de Massas. Nessa rede molecular são identificadas semelhanças entre todos 
os espectros EM/EM dentro do conjunto de dados e pode-se propagar a anotação para moléculas 
desconhecidas, porém relacionadas. OBJETIVO: Esta pesquisa tem como objetivo analisar a rede molecular 
de fitoesteróis construída no GNPS (Global Natural Product Social) a partir de dados complexos de 
Espectrometria de Massas associada à Cromatografia com Fase Gasosa (CG-EM), dos extratos metanólicos 
de flores, frutos e galhos de Avicennia schaueriana. METODOLOGIA: O material vegetal foi coletado na 
Reserva Biológica Estadual de Guaratiba. Cada parte da planta foi seca separadamente, fragmentada e 
extraída por maceração estática com metanol. Os extratos brutos foram analisados por CG-EM. Após o 
tratamento, todos os dados obtidos foram submetidos à deconvolução no GNPS, os espectros comparados 
com a biblioteca pública do GNPS e a rede molecular foi construída pelo software Cytoscape. RESULTADOS 
E DISCUSSÃO: Após o tratamento dos dados obtidos por CG-EM, foram feitas tabelascom as áreas 
percentuais dos fitoesteróis detectados. O γ-sitosterol foi detectado com maior área percentual nas flores 
(7,90), nos galhos (3,53), nos frutos (1,15). Seguido do estigmasterol: flores (2,27), galhos (1,06), frutos (0,31). 
Foram detectados somente nas flores o diidroergosterol (0,61) e o 24-metileno ciclo-artanol (0,96). A 4,22-
estigmastadieno-3-ona (1,15) somente nos galhos, e a sitostenona nas flores (4,81) e galhos (5,16). A rede 
molecular da classe de triterpenos englobou em sua maior composição fitoesteróis, dentre estes o sitosterol 
e o estigmasterol, comuns a biblioteca NIST (National Institute of Standards and Technology MS database) 
do equipamento de CG-EM. Entretanto, foram identificados na rede molecular fitoesteróis diferentes dos 
encontrados na biblioteca NIST, como: campesterol, lanosterol, diidrolanosterol, estigmasterona, dentre 
outros. Além de: sesquiterpeno, diterpenos, triterpenos e a vitamina A. Essa correlação dos espectros é 
esperada, pois os terpenos possuem fragmentação comum aos fitoesteróis, por serem oriundos da mesma 
via Biosintética, e dessa forma relacionados na mesma família molecular. Ao comparar os dados da biblioteca 
NIST do equipamento, a biblioteca pública no GNPS mostram a maior capacidade e eficiência na anotação e 
estudo de substâncias por essa ferramenta, pois fornece gratuitamente dados de referência de 19.808 
espectros para 19.708 padrões, com capacidade 29% maior em relação às bibliotecas públicas gratuitas 7. 
CONCLUSÕES: De acordo com os resultados obtidos conclui-se que as flores e galhos de Avicennia 
schaueriana produzem mais fitoesteróis quando comparados aos frutos. A rede molecular mostrou a 
familiaridade entre a fragmentação dos fitoesteróis e triterpenos, além de maior eficiência na anotação das 
substâncias detectadas. Estes resultados apontam para futuras pesquisas em relação às atividades 
cardioprotetoras e anticancerígenas dos extratos de A. schaueriana pela presença de fitoesteróis. 
 
Palavras-chave: Acanthaceae, Molecular Networking, Mangue, sitosterol, sitostenona, campesterol. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CNPq, NEMA/UERJ, IPPN/UFRJ e UERJ-ZO. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Prospecção de metabólitos potencialmente ativos contra protozoários 
do gênero Leishmania sp em espécies de Annonaceae 
 
Marcos V. T. e Silva1, Brendo A. Gomes1,5, Thamirys S. da Fonseca1, Hagatha B. M. Pereira1, Fernanda 
de L. F. Assis1, Tamires F. de Alencar1, Adriana Q. Lobão2, Marcus T. Scotti3, Gilda G. Leitão4, Ivana C. 
R. Leal1, Suzana G. Leitão1. mvtoledosilva@gmail.com 
 
1Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), Ilha do Fundão, Rio de Janeiro - RJ; 
2Universidade Federal Fluminense, UFF, São Domingos, Niterói – RJ; 3Laboratório de Quimioinformática, Departamento 
de Química, Centro de Ciências Exatas e da Natureza/UFPB, Castelo Branco – João Pessoa – PB; 4Instituto de Pesquisas 
de Produtos Naturais (IPPN),Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), Ilha do Fundão, Rio de Janeiro – RJ; 
5Programa de Biotecnologia Vegetal, Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), Ilha do Fundão, Rio de Janeiro – RJ 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada de evolução clínica severa e debilitante, 
podendo levar o paciente ao óbito. Embora haja tratamentos disponíveis, estes apresentam eficácia limitada 
e bastantes efeitos adversos, o que compromete o sucesso do tratamento. Portanto, novos fármacos são 
necessários para melhorar as perspectivas dos pacientes acometidos por esta doença. Historicamente, os 
produtos naturais se apresentam como uma fonte promissora de novas substâncias biologicamente ativas, 
uma vez que diversos fármacos se originaram de produtos naturais ou de seus esqueletos químicos. A busca 
de novos tratamentos para a leishmaniose entre os produtos naturais já é descrita na literatura, sendo que há 
espécies da família Annonaceae com potencial efeito antileishmania. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é 
avaliar o perfil químico de espécies da família Annonaceae em busca de substâncias ativas contra 
protozoários do gênero Leishmania sp. METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento das espécies de 
Annonaceae com registro de ocorrência no Rio de Janeiro através de consulta no herbário virtual do Instituto 
de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Após o levantamento, foi solicitado ao SisBio a autorização 
de coleta para as espécies selecionadas. Em seguida, procedeu-se à coleta de partes aéreas de cinco 
espécies, com um mínimo de três indivíduos por espécie. Folhas e galhos foram separados e secos ao ar 
livre. As folhas foram trituradas e extraídas com etanol 96 °GL, até a exaustão. Os extratos etanólicos foram 
analisados por cromatografia líquida de ultra-alta eficiência acoplada a detector de arranjo de diodos e 
espectrômetro de massas (UHPLC-DAD-ESI-MS/MS), fornecendo os dados necessários para a realização da 
desreplicação dos extratos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com o levantamento realizado e com 
os critérios estabelecidos para a coleta, cinco espécies foram selecionadas para o trabalho: Anaxagorea 
dolichocarpa, Annona dolabripetala, Annona parviflora, Guatteria australis e Xylopia langsdorffiana, 
totalizando 16 indivíduos. Os extratos foram analisados por UHPLC-DAD-ESI-MS/MS, e os resultados 
processados no software mzMine v2.53. Os dados foram, então, submetidos à desreplicação na plataforma 
Global Natural Products Social Molecular Networking (GNPS). De acordo com os critérios de análise, foram 
anotados três alcalóides - isocoridina, reticulina e tembetarina. A espécie G. australis apresentou os três 
alcaloides em seus extratos, enquanto a reticulina foi observada também em A. parviflora e X. langsdorffiana. 
A presença das referidas substâncias sugere potencial atividade biológica para esses extratos frente ao 
protozoário, já que há relatos na literatura desta atividade para as substâncias isocoridina e reticulina. No 
entanto, experimentos para isolamento dessas substancias e posterior avaliação in vitro tornam-se 
necessários para confirmar a atividade. CONCLUSÕES: A presença dos três alcaloides anotados corrobora 
os relatos observados na literatura sobre a atividade de espécies da família Annonaceae contra protozoários 
do gênero Leishmania sp, reiterando a importância da continuidade dos estudos para a descrição do perfil 
químico das espécies estudadas e a busca das substâncias eventualmente envolvidas com a atividade 
desejada. 
 
Palavras-chave: Annonaceae, CLAE-EM/EM, Leishmania sp, Alcaloides 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
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Atividade antifúngica e uso da plataforma GNPS das amostras sazonais 
de extratos de Mimosa caesalpiniifolia 
 
Marcelo José Dias Silva1; Ana Caroline Zanatta2; Norberto Peporine Lopes2; Geraldo Alves da Silva1; 
Amanda Latercia Trances Dias3; Marcelo Ap. da Silva1; Wagner Vilegas4 marcelofarmadias@gmail.com 
 
1Departamento de Alimento e Medicamentos - UNIFAL-MG; 2Departamento de Ciencias Biomoleculares - 
USP;3Instituto de Ciências Biomédicas - UNIFAL-MG; 4Instituto de Biociências do Campus do Litoral Paulista 
- UNESP 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: O uso de plantas da flora brasileira como fonte de princípios ativos tem se mostrado cada 
vez mais eficaz na busca de medicamentos. Entretanto, pouco tem sido realizado para transformar este 
potencial em desenvolvimento de novos produtos e patentes no país. A espécie Mimosa caesalpiniifolia Benth. 
(Fabaceae), conhecida popularmente como “sabiá” e “cerva viva”, é uma planta arbórea encontrada na 
caatinga nordestina brasileira, amplamente utilizada pela população na forma de infusões para o tratamento 
de feridas, bronquites e anti-inflamatório e banho de acento pela população do nordeste. OBJETIVO: Avaliar 
a atividade antifúngica dos extratos de Mimosa caesalpiniifolia (EHM)frente aos períodos de verão, outono, 
inverno e primavera coletadas as 14h00 e o perfil químico dessas amostras, através da plataforma GNPS. 
METODOLOGIA: O perfil químico dos extratos de EHM das amostras sazonais de EHM foi obtido pela análise 
por HPLC-ESI-MS/MS com modo de ionização negativa. Os dados foram convertidos e inseridos na 
plataforma GNPS seguindo o fluxo de trabalho para gerar a rede molecular. As avaliações/determinações dos 
valores de concentrações inibitórias foram realizadas segundo a metodologia de microdiluição em caldo 
conforme documento M27-S4 para leveduras. Todas as amostras recebidas foram solubilizadas na 
concentração de 0,5% usando DMSO como diluente. As amostras foram diluídas em meio Muller Hinton na 
concentração inicial de 250 μg/mL, a partir da qual as demais concentrações foram obtidas por diluição. O 
meio de cultura utilizado foi caldo Mueller Hinton e as amostras dos EHM foram avaliadas nas concentrações 
(μg/mL): 250; 125; 62,5; 31,25; 15,625; 7,81; 3,9 e 1,95. Os ensaios foram realizados sobre o isolado padrão 
Candida glabrata ATCC 90030, isolado para o qual o extrato EHM já havia se mostrado ativo em publicações 
anteriores. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise da rede molecular para EHM indicou que esta planta é 
uma rica fonte de flavonoides O-glicosilados (derivados da quercetina) e C,O-diglicosilados e C-diglicosilados 
(derivados da apigenina e luteolina), procianidinas [monômero, dímero e derivados galato da (epi)catequina] 
e outros fenóis. A partir das análises dos dados LC-MS, verificamos o perfil químico qualitativo de cada 
amostra coletada nas 4 estações (outono, inverno, primavera e verão); esta análise nos permitiu observar que 
as amostras apresentavam padrão semelhante de metabólitos secundários, diferindo principalmente em 
algumas intensidades de bandas cromatográficas. A estação do verão evidenciou uma produção maior de 
flavonoides. A produção desses metabólitos pode ser atribuída ao mecanismo de defesa da planta. Os 
flavonoides atuam como antioxidantes para reduzir o estresse oxidativo causado pelas espécies reativas de 
oxigênio que podem se formar devido às condições de alta temperatura e radiação solar que ocorrem durante 
o verão. Em relação a atividade fungistática para os extratos no período do verão, apresentou uma 
concentração de inibição de 125 μg/mL, quando comparado a outras estações do ano, o que podemos 
correlacionar com as substâncias desses flavonoides no desempenho da atividade antifúngica. 
CONCLUSÕES: Com o uso da plataforma GNPS, contribuiu de maneira rápida e segura no estudo da 
variabilidade da coleta nos períodos das estações do ano pode afetar o teor de alguns princípios ativos 
das folhas de EHM, sendo por isso importante investigar esses parâmetros para a padronização dos extratos 
vegetais e para o desenvolvimento de fitomedicamentos. Os resultados do presente estudo são promissores, 
tanto para o perfil químico quanto para o tratamento as infecções resistentes causadas por Candida spp. 
especialmente espécies de Candida não albicans. 
 
Palavras-chave: Sazonalidade, Mimosa caesalpiniifolia, GNPS, Flavonoides. 
 
Agradecimentos: FAPEMIG, FAPESP 
 
 
20 
 
Composição química do óleo essencial de quatro espécies de 
Porophyllum de ocorrência no Rio Grande do sul 
 
Iana de Carvalho Maia1; Sérgio A.L. Bordignon1; Miriam A. Apel1; Gilsane L. von Poser1 
ianamaia52@gmail.com 
 
1Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, UFRGS, Porto Alegre, RS 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: Dentre as plantas utilizadas pela população, muitas pertencem às Asteraceae. A essa família 
pertence Porophyllum sp., gênero abordado nesse trabalho, cujas espécies se caracterizam pela presença 
de óleos voláteis. O gênero tem representantes utilizados na medicina tradicional para o tratamento de 
diversas doenças. Além disso, algumas espécies, principalmente Porophyllum ruderale, são apreciadas como 
condimento em países como México, Bolívia e Peru. OBJETIVO: Realizar a extração de óleos voláteis das 
espécies Porophyllum ruderale, Porophyllum lanceolatum, Porophyllum angustissimum e Porophyllum 
curticeps, de ocorrência no Rio Grande do Sul, utilizando o método de hidrodestilação, determinar o 
rendimento e a composição química dos óleos voláteis obtidos através de cromatografia gasosa e 
espectrometria de massas. METODOLOGIA: As partes aéreas de Porophyllum ruderale e Porophyllum 
lanceolatum, foram coletadas no município de Barão do Triunfo. Amostras de Porophyllum angustissimum e 
Porophyllum curticeps foram coletadas em Balneário Pinhal e em Porto Alegre, respectivamente. As espécies 
foram coletadas e identificadas pelo botânico Dr. Sérgio Augusto de Loreto Bordignon. O óleo essencial das 
diferentes espécies em estudo foi obtido a partir do material vegetal fresco, reduzido com auxílio de um 
triturador mecânico e submetido à hidrodestilação em aparelho Clevenger, durante 4 horas. A determinação 
do rendimento foi realizada pela leitura do volume de óleo coletado. Para a análise química, os óleos voláteis 
obtidos foram diluídos em éter etílico na razão de 2:100 (v/v). As análises qualitativa e quantitativa foram 
realizadas em cromatógrafo a gás acoplado a um detector de massas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os 
rendimentos (Peso/Volume) obtidos foram em torno de 0,2%, exceto Porophyllum curticeps, cujo rendimento 
foi de 0,024%. Os óleos das espécies mostraram como compostos majoritários E-β-ocimeno (49,92%) em 
Porophyllum ruderale, n-decanal (60,24%) em Porophyllum lanceolatum, β-pineno (37,74%) em Porophyllum 
angustissimum e limoneno (28,16%) em Porophyllum curticeps. O óleo de Porophyllum lanceolatum é rico em 
decanal (60,24%), componente também encontrado no coentro (Coriandrum sativum) o que justifica o intenso 
aroma verificado nas folhas da planta. CONCLUSÕES: Verificou-se que o óleo essencial de Porophyllum 
angustissimum apresentou, entre as quatro amostras analisadas, maior percentual de monoterpenos 
hidrocarbonados e oxigenados. A amostra do óleo essencial de Porophyllum lanceolatum se mostrou rica em 
aldeídos alifáticos. O óleo essencial de Porophyllum ruderale e Porophyllum curticeps apresentou 
monoterpenos hidrocarbonados como o grupo preponderante, sendo E- β-ocimeno e limoneno os compostos 
majoritários, respectivamente. Os resultados obtidos no desenvolvimento desse trabalho demonstram que 
este gênero inclui representantes com potencial e abre caminhos para novos estudos com espécies de 
Porophyllum. 
 
Palavras-chave: Porophyllum sp., Óleos essenciais, Monoterpenos, Hidrodestilação. 
 
Agradecimentos: PPGCF, UFRGS, CAPES e CNPq 
 
 
 
 
 
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Caracterização química do óleo essencial da casca dos frutos de 
Garcinia cochinchinensis (Clusiaceae) 
 
Sandra Grzygorczyk1; Cássia Gonçalves Magalhães1. cgmagalhaes@uepg.br 
 
1Departamento de Química, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR 
 
Sessão temática: Isolamento e caracterização estrutural de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: Espécies do gênero Garcinia (Clusiaceae) são fontes de óleos essenciais, benzofenonas 
poli-isopreniladas e outros metabólitos secundários com expressivo potencial biológico. G. cochinchinensis, 
conhecida popularmente como mangostão amarelo, apresenta uma variedade de compostos fenólicos, tais 
como flavonoides, flavanonas e flavonóis. Esses metabólitos exibem atividades antimicrobiana, 
anticancerígena, antioxidante, anti-HIV e anti-inflamatória. Apesar de se tratar de uma fonte relevante de 
metabólitos secundários de interesse científico, são escassos os relatos a respeito do óleo essencial dessa 
espécie. Óleos essenciais podem ser obtidos a partir de diferentes partes do vegetal, empregando-se 
também diferentes metodologias, como a extração assistida por ultrassom. As vantagens dessa técnica estão 
na redução da quantidade de reagentes utilizados, assim como a redução do tempo de extração, sendo um 
métodoalternativo e mais verde. OBJETIVO: Extrair o óleo essencial dos frutos de G. cochinchinensis pela 
técnica de extração assistida por ultrassom e identificar os compostos presentes nessa amostra. 
METODOLOGIA: Os frutos de G. cochinchinensis foram coletados de um exemplar localizado no campus da 
Universidade Estadual de Londrina, em Londrina, Paraná. As cascas desses frutos (26 g) foram retiradas 
manualmente, e, em seguida, foram armazenadas em recipiente plástico sob refrigeração. Posteriormente, 
as cascas foram colocadas submetidas a extração com 400 mL de etanol, sendo realizada em triplicata. As 
misturas (cascas e solvente) foram levadas ao sonicador durante 30 minutos com frequência de ondas de 
25kHz, temperatura média de 38°C e amplitude de 25%. Em seguida, o conteúdo extraído foi filtrado. Para 
obtenção do óleo essencial propriamente dito, foi utilizado hexano como contra-fase. A fase orgânica foi 
concentrada por destilação a pressão reduzida em um evaporador rotatório, a aproximadamente 50°C. As 
amostras foram submetidas à análise por Cromatografia em Fase Gasosa acoplada ao Espectrômetro de 
Massas. A identificação dos compostos foi feita com base no banco de dados disponível no software do 
aparelho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Por meio da técnica de extração assistida por ultrassom, foi 
possível obter 16,5 mg de óleo essencial. O rendimento foi de 0,06%, resultado consideravelmente bom, 
comparado a outras espécies do gênero Garcinia, de acordo com a quantidade de material vegetal utilizado 
para extração (média de 26g), uma vez que para obtenção de óleo essencial de outras espécies de Garcinia 
a quantidade de material vegetal usada foi maior, como na obtenção do óleo essencial da G. mangostana, da 
qual se utilizaram 250g de material vegetal para um rendimento de 0,16% de óleo. A amostra estudada 
apresentou quatorze constituintes principais, sendo encontrados principalmente ésteres graxos. Os 
constituintes em maior proporção foram oleidato de etila (12,95%), estearato de etila (11,87%) e palmitato de 
etila (8,87%). Esse último exibe atividades biológicas anti-inflamatória e anti-fibrótica. Cabe ressaltar o uso do 
palmitato de etila como marcador químico para o consumo crônico de álcool, sendo aplicado nas análises 
clínicas e ciências forenses. Dessa forma, sugere-se que o óleo essencial de G. cochinchinensis possa ser 
avaliado em relação a seu potencial anti-inflamatório. CONCLUSÕES: A técnica de extração assistida por 
ultrassom foi eficiente na extração do óleo essencial da casca dos frutos de G. cochinchinensis. Uma vez que 
a metodologia escolhida para a extração de óleos pode afetar a qualitativa e quantitativamente o perfil da 
amostra, é de grande importância realizar a extração por outros métodos, como a hidrodestilação, a fim de 
se constatar a técnica mais vantajosa em relação ao rendimento e a composição química da amostra 
extraída. 
 
Palavras-chave: Óleo essencial, G.cochinchinensis, Ésteres graxos 
 
Agradecimentos: Fundação Araucária, CAPES e CLABMu-UEPG. 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
Sessão Temática 2 
Atividades biológicas de produtos naturais: in 
vitro e in vivo 
 
 
23 
 
Ex vivo anti-Helicobacter pylori activity of hydroalcoholic extract of 
Limonium brasiliense rhizomes 
 
Eloisa Lorenzi da Silva1; Ana Carolina Guidi1; Mariana Nascimento de Paula1; Raquel Isolani Luvizotto1; 
João Carlos Palazzo de Mello1; Augusto Santos Borges2. mello@uem.br 
 
1Department of Pharmacy, Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, Paraná, Brazil; 2Department 
of Pharmacy, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo, Brazil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUCTION: The infection caused by the Helicobacter pylori (Hp) bacterium has a high prevalence rate 
in the world, especially in developing countries. About 50% of the world's population is affected by the 
bacterium., In Brazil, its prevalence reaches 60% of the population. Hp is a Gram-negative, bacillary, or curved 
shape bacterium, which settles in the stomach. To survive the acidic environment of the stomach, the 
bacterium uses the urease enzyme, which converts urea into ammonia, which makes it possible to neutralize 
the local pH. Usually, the infection is asymptomatic, but in some people, it may present inflammation in gastric 
mucosa, peptic ulcers, and cancer. As a form of treatment, a proton pump inhibitor is associated with two or 
more antibiotics. However, resistance mechanisms can be developed by Hp, leading to therapeutic failure. 
Thus, the plant species Limonium brasiliense (Lb), which has a well-known anti-inflammatory and antioxidant 
action, may be a new source of anti-Hp drugs. OBJECTIVE: To evaluate the ex vivo anti-Hp activity of Lb 
rhizome crude extract (CE), through the rapid urease test (RUT) and histological evaluation of Hp-infected 
mice stomachs treated with Lb. METHODOLOGY: 70% (v/v) hydroalcoholic CE from dried and fragmented Lb 
rhizomes, obtained through the turbo-extraction method, was used. The stomachs of C57BL/6 mice, previously 
infected with Hp and treated with CE, were sectioned in half, dividing it into two parts: one of the parts was 
directed to the RUT and the other part to the histological analysis. It was observed the preservation of the 
gastric epithelium, the presence of inflammatory infiltrate, and the presence of bacteria. The samples (n=21) 
were divided into groups (n=7 each group): uninfected and untreated (C-), infected and untreated (C+), and 
infected and treated with CE at a dose of 50 mg/kg (T1). RESULTS AND DISCUSSION: The mice’s stomachs 
treated with CE showed about 70% of negative results for RUT. Also, for the histological analysis, about 70% 
of mice's stomachs showed preservation of the epithelium, reduction or absence of inflammatory infiltrate, and 
absence of Hp bacteria, indicating the possible anti-Hp activity of CE. These reductions may occur due to the 
known anti-inflammatory activity of the plant species since Hp virulence factors lead to increased inflammation. 
In addition, the antioxidant potential of Lb favors the neutralization of free radicals generated by neutrophils, 
which reduces one of the main aggravations caused by the infection, gastric cancer. CONCLUSIONS: The 
crude extract of Lb has anti-Hp potential, due to reduced positivity for RUT and histological presentation of 
mice’s stomachs within normal limits, reducing the number of inflammatory infiltrates. 
 
Keywords: Pharmacognosy, Limonium brasiliense, Helicobacter pylori, inflammation. 
 
Acknowledgment: Universidade Estadual de Maringá, Laboratório Palafito, CAPES, Fundação Araucária and CNPq. 
 
 
 
24 
 
Uso racional de alecrim (Rosmarinus officinalis L.): Revisão sistemática 
e metanálise do efeito hipoglicemiante em modelos animais 
 
Virginia Moura Oliveira; Caroline Pereira Domingueti; Renê Oliveira do Couto; 
virginiamouraufsj@gmail.com 
 
1Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO; 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Rosmarinus officinalis Linn., Lamiaceae, comumente conhecida como alecrim, é uma erva 
aromática com usos estabelecidos na culinária e medicina tradicional, devido à sua complexa composição 
fitoquímica e ações bioativas. Investigações pré-clínicas reportam a eficácia como antihiperglicmiante em 
modelos animais de diabetes mellitus. Visando a compreensão da segurança e promoção de seu uso racional, 
é relevante também avaliar seu efeito hipoglicemiante em animais saudáveis. OBJETIVO: Realizar revisão 
sistemática da literatura e metanálise do efeito hipoglicemiante de extratos vegetais de R. officinalis em 
modelos de animais normoglicêmicos. METODOLOGIA: O estudo foi realizado conforme as diretrizes 
PRISMA. A pesquisa foi realizada em duplicata nas plataformas PubMed (MEDLINE), Scopus, ScienceDirect, 
Web of Science(Science Citation Index), e Virtual Health Library (VHL) até dezembro de 2022, além da leitura 
das citações e Google Acadêmico para literatura cinza. Nenhuma restrição foi definida para idioma e data de 
publicação. A ferramenta SYRCLE e a lista de verificação CAMARADES foram usadas, respectivamente, para 
avaliar o risco de viés e a qualidade científica. Cada autor ficou cego com durante a seleção e avaliação dos 
estudos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: 13 estudos preencheram os critérios de elegibilidade e foram 
incluídos na análise qualitativa; dez (10) foram submetidos à meta-análise (n=156). As doses variaram de 50 
a 200 mg/kg, sendo que dois artigos avaliaram o uso de rações enriquecidas com alecrim, variando de 0,05% 
a 10%. Nos animais normoglicêmicos, os vários extratos de alecrim indicaram redução significativa nos níveis 
de glicose plasmática em jejum (9 estudos, n = 122; MD, -21.06 [95% CI, -32.24, -9.89]); aumento da liberação 
de insulina (3 estudos, n = 34; MD, 1.57 [95% CI, 0.41, 2.73])), em comparação com o grupo não tratado. 
Com base nesses resultados, a redução da glicemia plasmática foi significativa, mas dentro de um limite 
seguro, pois em média os níveis de redução na glicemia obtidos não ultrapassam os preconizados para a 
condição de hipoglicemia (< 70 mg/dL). Também, não foram reportadas mortes, efeitos adversos, ou 
alterações histopatológicas do rim e do fígado dos grupos tratados com alecrim. A avaliação de viés dos 
estudos indicou um alto risco no que concerne à alocação e cegamento, bem como falta de cálculo amostral, 
o que pode resultar em falhas de validade e generalização de dados; a avaliação de qualidade dos artigos 
indicou um índice metodológico médio, no valor de 5,5. Importante ressaltar que a falta de padronização 
analítica dos extratos foi outra limitação deste estudo. CONCLUSÕES: Rosmarinus officinalis foi capaz de 
reduzir significativamente os níveis séricos de glicose em jejum e aumentar a insulina sérica em ratos 
normoglicêmicos, sem acarretar em alterações comportamentais e/ou efeitos adversos. De forma geral, o 
alecrim deve ser utilizado com cautela em indivíduos que são passíveis de crises hipoglicêmicas, seja por uso 
de medicamentos ou condições fisiológicas, ou em atividade física intensa. Apesar das baixas qualidades dos 
artigos, presença de vieses e falta de padronização dos extratos usados nos estudos selecionados, esses 
resultados corroboram para a segurança do uso sistêmico do alecrim e apoiam seu potencial uso como agente 
terapêutico para certas condições de saúde. 
 
Palavras-chave: Rosmarinus officinalis L.; Segurança; Revisão sistemática; Metanálise; Estudos pré-clínicos, 
Hipoglicemia. 
 
Agradecimentos: UFSJ, FAPEMIG/PIBIC (Código 21092), CAPES (001) e CNPq. 
 
 
 
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Avaliação da composição química, atividade antidiabética e toxicidade 
de Annona tomentosa R. E. Fr. 
 
Aglaete de Araújo Pinheiro1; Marcelino Santos do Rosário2; Aldilene da Silva Lima1; Josivan Regis 
Farias3; Mayara Cristina Pinto da Silva3; Rosane Nassar Meireles Guerra3; Odair dos Santos Monteiro¹; 
Cláudia Quintino da Rocha¹. aglaete.araujo@discente.ufma.br 
 
1Departamento de Química (DEQUI) - UFMA; 2Departamento de Bioquímica e Química Orgânica – IQ, 
Araraquara – UNESP; 3Departamento de Patologia (DPAT) – UFMA. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que resulta de um distúrbio progressivo na 
produção ou ação da insulina. Na prática clínica, parte do tratamento antidiabético para a redução da glicemia 
pós-prandial é o uso de agentes orais. Contudo, o tratamento convencional pode apresentar uma gama de 
efeitos colaterais e alto custo. Desse modo, novas estratégias terapêuticas naturais têm sido exploradas, a 
partir de plantas medicinais, visando uma ação significante, mas com efeitos adversos e toxicidade menores. 
Assim, como uma possível fonte promissora de compostos bioativos para o tratamento do DM, tem-se então 
a espécie Annona tomentosa, popularmente conhecida como “araticum”, já utilizada pela população nativa do 
Maranhão para diversas enfermidades, como infecções, dores e inflamação. OBJETIVO: Avaliar a 
composição química, o potencial antidiabético e a toxicidade in vivo do extrato metanólico de A. tomentosa 
(EM-AT). METODOLOGIA: A caracterização química foi realizada por Cromatografia Líquida acoplada à 
Espectrometria de Massas (LC-MS). A aquisição de dados foi realizada no modo positivo de ionização, com 
fragmentação em múltiplos estágios (MS2 e MS3). Os dados brutos foram analisados usando o software Data 
Analysis 4.3 (Bruker). Uma rede molecular foi criada usando o fluxo de trabalho online no site GNPS. As 
análises das redes moleculares podem ser acessadas em: 
https://gnps.ucsd.edu/ProteoSAFe/status.jsp?task=b34b9047da9e4bd08a109df98c870874. A atividade 
antidiabética foi avaliada a partir da capacidade de inibição enzimática de α-glicosidase. Em uma microplaca 
de 96 poços, foram utilizados volumes fixos de 20,0 µL do EM-AT nas concentrações crescentes de 0,82–
52,63 µg/mL, e do controle positivo Acarbose, na concentração de 10,0 mg/mL. O experimento foi realizado 
em triplicata e o valor da concentração inibitória média (CI50) foi determinado por regressão não linear com o 
programa GraphPad Prism 8. A avaliação da toxicidade aguda do EM-AT foi realizada em modelo 
invertebrado (Tenebrio molitor L.). Para a definição dos grupos teste foram selecionadas larvas em condições 
favoráveis de peso, cor e aspecto morfológico, sendo estabelecido n=10 de larvas para cada grupo e testados 
em concentrações variando de 1,0 – 100,0 μg/Kg. A sobrevivência foi monitorada durante 7 dias e a morte 
das larvas foi avaliada através da resposta ao toque, sendo observado à falta de motilidade e a presença de 
melanização. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da plataforma GNPS, foi possível anotar quinze 
compostos presentes no EM-AT, pertencentes as classes dos flavonoides, terpenos e alcaloides, sendo a 
maioria deles relatados pela primeira vez na espécie. Em relação a capacidade de inibição enzimática de α-
glicosidase, o EM-AT apresentou inibição acima de 95%, maior que a da Arcabose, nas concentrações de 
52,63 e 26,31 μg/mL. A inibição enzimática pode estar associada principalmente a presença de compostos 
fenólicos, como a catequina e procianidinas, que foram anotadas para o EM-AT, e das hidroxilas dessas 
moléculas. Na avaliação da toxicidade aguda em larvas de T. molitor, os grupos controle e o EM-AT não 
apresentaram nenhum efeito tóxico no período determinado da pesquisa, atingindo 100% da sobrevida. A 
toxicidade aguda foi apresentada somente pelos grupos controle de letalidade (CH3OH) em 24h, 
demonstrando a viabilidade das larvas e o potencial do extrato para o desenvolvimento de um produto seguro 
e eficaz. CONCLUSÕES: O trabalho revela que a espécie A. tomentosa apresenta características típicas da 
família Annonaceae, com compostos ricos em atividades farmacológicas de interesse clínico, sendo 
promissores como futuro alvo terapêutico para o tratamento de doenças, como a Diabetes Mellitus. 
 
Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Atividade Antidiabética, Toxicidade, GNPS. 
 
Agradecimentos: CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Potencial antioxidante e antiglicante de extratos vegetais de embaúba - 
Cecropia pachystachya Trécul 
 
Pedro Henrique Santos de Freitas1; Maria Fernanda Fernandes1; Elita Scio1. elita.scio@ufjf.br 
 
1Laboratório de Produtos Naturais Bioativos, Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Biológicas, 
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora - MG, Brasil. 
 
Sessão temática: 2 - Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Cecropia pachystachya Trécul, denominada popularmente de Embaúba, é uma espécie 
vegetal nativa do Brasil. Extratos vegetais oriundos das folhas desta espécie, apresentam uma vasta 
constituição química, com a presença deácidos fenólicos e flavonoides, além de uma série de atividades 
biológicas, comumente atribuídas a essas substâncias. Esses dados incentivam o desenvolvimento de novos 
extratos vegetais com o intuito de buscar novas ações biológicas para a espécie. OBJETIVO: Neste contexto, 
o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antioxidante e antiglicante de extratos vegetais produzidos a 
partir das folhas de Embaúba. METODOLOGIA: As folhas de C. pachystachya foram secas e trituradas, 
sendo submetidas a dois processos extrativos distintos: a) O material vegetal foi submetido à maceração 
estática com etanol por quatro dias, sendo filtrado e rotaevaporado, dando origem ao extrato etanólico (EE); 
b) O material vegetal foi submetido à extração com etanol e água (75:25 v/v), aquecido e filtrado, 
rotaevaporado e liofilizado, fornecendo o extrato hidroetanólico (EH). Posteriormente, ambos os extratos 
foram empregados nos ensaios biológicos propostos, a se considerar: atividade antioxidante pelo método do 
sistema β-caroteno/ácido linoleico e potencial antiglicante pelo ensaio de glicação com albumina de soro 
bovino (BSA). RESULTADOS E DISCUSSÃO: O rendimento do processo extrativo foi de 10,37 % para o EE 
e 14,08 % para o EH, sendo a solução hidroetanólica mais efetiva na extração de fitoconstituintes, 
principalmente relacionadas às substâncias mais polares, como os ácidos fenólicos e flavonoides, como 
descreve a literatura. Além disso, o emprego de soluções hidroetanólicas extratoras é sempre preconizado, 
devido à característica desses solventes de aumentarem a permeabilidade das membranas celulares 
vegetais, permitindo, assim, a extração de constituintes de polaridade alta a intermediária. Cabe ressaltar 
também que esses solventes são menos nocivos para o meio ambiente, do que os solventes orgânicos 
comumente utilizados. No que concerne à atividade antioxidante, na concentração de 37 µg/mL, o EH (65,18 
± 5,82 %) mostrou-se mais ativo na técnica do descoramento pelo sistema β-caroteno/ácido linoleico do que 
o EE (50,82 ± 0,65 %), além de ser estatisticamente semelhante à quercetina (71,28 ± 3,42 %). Este método 
é capaz de avaliar a atividade antioxidante de compostos lipofílicos, inferindo que as variações encontradas 
entre os extratos, possam estar relacionadas com os tipos de constituintes químicos extraídos. Esperava-se 
que o EE fosse mais eficaz neste ensaio, visto que possui maior propensão à extração de compostos apolares, 
mas esse dado não foi evidenciado. Entretanto, salienta-se que apesar da variação, ambos os extratos 
apresentaram uma notável atividade antioxidante em uma baixa concentração. Em relação ao potencial 
antiglicante, também na concentração de 37 µg/mL, o EH (~ 82 %) apresentou uma melhor atividade do que 
o EE (~ 75 %), sendo capaz de inibir cerca de duas vezes mais o processo de glicação, quando comparado 
à substância de referência utilizada, a aminoguanidina (~ 40 %). Estudos relatam que o estresse oxidativo 
está diretamente envolvido no surgimento dos produtos finais de glicação avançada (AGE’s). O surgimento 
e/ou agravamento de enfermidades, como a diabetes mellitus e doenças cardiovasculares, além do 
envelhecimento cutâneo, estão relacionados com a presença dos AGE’s. Dessa forma, a neutralização e/ou 
eliminação de radicais livres, como o linoleato produzido no método do sistema β-caroteno/ácido linoleico, 
pode ser também um mecanismo proposto para a inibição da glicação. CONCLUSÕES: Diante do exposto, 
conclui-se que os extratos de C. pachystachya, principalmente o EH, apresenta uma notável atividade 
antioxidante e antiglicante, sendo passível de ser empregado em formulações farmacêuticas empregadas 
com o objetivo de reduzir a oxidação e a glicação celular. 
 
Palavras-chave: Embaúba, Cecropia, Antioxidante, Produtos finais de glicação avançada. 
 
Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG e UFJF. 
 
 
 
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Avaliação do efeito da variação sazonal e ciclo circadiano do óleo 
essencial de Pectis brevipedunculata sobre carrapatos Rhipicephalus 
microplus 
 
Isabelle S. Soares1; Marcos B. P. Camara1; Aldilene S. Lima1; Cláudia Q. da Rocha1;Cáritas de Jesus 
S. Mendonça2; Livio M. Costa-Junior3; Caio P. Tavares3. isabelle.soares@discente.ufma.br 
 
1Departamento de Química – UFMA; Laboratório de Química de Produtos Naturais, São Luís, MA. 
2Departamento de Química – UFMA. 3Laboratório de Controle de Parasitos – UFMA. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Pectis brevipedunculata é uma planta de pequeno porte, encontrada em regiões tropicais e 
subtropicais, rica em óleo essencial (OE) e com grande potencial biofarmacológico. A infestação por 
Rhipicephalus microplus é um dos principais fatores que afeta a produção da bovinocultura no Brasil e o OE 
de P. brevipedunculata tem demonstrado ação carrapaticida sobre o R. microplus, devido a presença de 
terpenos. No entanto, variações ambientais podem interferir na composição química e atividade 
biofarmacológica do OE. OBJETIVO: Nesse sentido, o presente trabalho buscou avaliar o efeito da variação 
sazonal e o ciclo circadiano no óleo essencial de P. brevipedunculata e a ação carrapaticida contra larvas de 
R. microplus. METODOLOGIA: A composição química do óleo essencial foi avaliada por meio de 
Cromatografia em Fase Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas. Avaliação carrapaticida foi realizada 
por meio do teste de imersão de larvas, este estudo foi aprovado pelo comitê de ética da UFMA sob número 
23.115.008186/2017-18. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O OE de P. brevipedunculata apresentou um maior 
rendimento nos meses de janeiro, maio e outubro. As concentrações dos componentes majoritários do OE 
apresentaram variações ao longo do ano, o α-pineno apresentou maior concentração no mês de agosto 
(19.8%); o limoneno demonstrou a mesma concentração nos meses de março e maio (9.4%); a maior 
concentração do composto neral ocorreu no mês de janeiro (33.2%). Dentre os componentes majoritários do 
OE da planta, o geranial foi o componente que apresentou maior teor, chegando a 42.7% no mês de janeiro. 
No estudo do ritmo circadiano a porcentagem foi (2,0%) às 18h, na estação chuvosa e (1,2%), estação seca 
às 18h. O óleo essencial testado contra larvas de R. microplus apresentou variação da CL 50 durante os meses 
do ano, tendo as menores CLs50 nos meses de março (1,28mg/mL), abril (1,17mg/mL) e outubro 
(1,27mg/mL). CONCLUSÕES: O óleo essencial de P. brevipedunculata exibiu variações no rendimento e nos 
seus componentes majoritários durante os meses do ano. Além disso, o óleo essencial exibiu alta atividade 
carrapaticida, demonstrando um potencial promissor do óleo essencial de P. brevipendulata para 
incorporação em uma formulação farmacêutica de ampla ação carrapaticida, sobretudo contra o R. microplus. 
 
Palavras-chave: Carrapaticida, Sazonal, Circadiano, Terpenos. 
 
Agradecimentos: UFMA, FAPEMA e PIBIC. 
 
 
 
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Citotoxicidade e capacidade antioxidante do óleo resina de Carapa 
guianensis Aubl (Andiroba) 
 
Hildegardo Seibert França1,2; Plucia Franciane Ataide Rodrigues 2; Iasmini Nicoli Galter 2; Silvia Tamie 
Matsumoto2; Tainara de Araújo Ataide Wanzeler2 hildegardo.franca@ifes.edu.br 
 
1Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Vila Velha, Vila Velha,ES; 2Programa de Pós-graduação em 
Biologia Vegetal da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O óleo de Carapa guianensis Aubl é utilizado para inúmeras indicações populares, 
frequentemente as comunidades usam esse óleo puro e extraído de forma tradicional, sendo considerada 
uma das espécies mais valiosas pelos ribeirinhos da região amazônica com comprovadas atividades 
biológicas, como ação analgésica, antibacteriana, anti-inflamatória, antifúngica, antialérgica, sendo eficaz 
contra feridas, hematomas, reumatismo, infeções de ouvido e repelente de insetos.OBJETIVO: O objetivo 
deste trabalho foi avaliar a capacidade antioxidante in vitro, a citotoxicidade do óleo vegetal de andiroba, 
assim como a composição química. METODOLOGIA O óleo vegetal de C. guianensis foi adquirida na 
Cooperativa dos Produtos da Amazônia (CAMAIPI), no município de Mazagão-AP, lote 02/2020. Para os 
testes de capacidade antioxidante foram realizadas pelos métodos de DPPH e ABTS nas concentrações 75, 
100, 150, 200, 250 e 300 mg/mL. Já a atividade citotóxica foi pelo ensaio colorimétrico por MTT usando células 
epiteliais CHO-K1com o óleo diluído em 1% Tween 80 nas concentrações 50, 100, 200, 250, 300, 350, 400 
mg/mL. Análises químicas foram realizadas pela quantificação de fenóis totais, além da prospecção 
fitoquímica por cromatografia em camada delgada (CCD) e identificação pela cromatografia de fase gasosa 
acoplada ao espectrômetro de massa (GC/EM). RESULTADOS E DISCUSSÃO: O óleo de C. guianensis 
apresentou IC50 de 254,2 ± 10 mg/mL e 274,9 ± 6,19 mg/mL para DPPH e ABTS, respectivamente. Trabalhos 
com capacidade antioxidante são demostrados por diversas pesquisas A análise da citotoxidade do óleo 
vegetal de andiroba não resultou perda significativa da função mitocondrial em comparação ao controle 
negativo, já que os tratamentos apresentaram alta porcentagem de células viáveis variando de 82 a 127% da 
viabilidade celular. Estes resultados estão de acordo com experimentos semelhantes conduzidas com outras 
células saudáveis para avaliar a segurança do uso do óleo de Andiroba. Ao analisar os fenóis totais obteve-
se um valor de 80,0 ± 0,01 mg TE/ g -1 do óleo de andiroba in natura. Nas prospecções fitoquímica pode-se 
observar somente a presença de ácidos graxos com mancha no mesmo Rf do padrão de ácido oleóico. Os 
compostos identificados por GC/EM foram derivados de ácidos graxos, como o ácido oléico, ácido palmítico, 
ácido esteárico e o ácido linoléico com área relativa de 32,85; 26,06; 13,28; 11,79 %, respectivamente. Santos 
et al. (2022), também indicaram a predominância dos ácidos oleico e palmítico na composição do óleo de 
andiroba, seguida de outros ácido graxos minoritários, dentre eles os ácidos linoléico, esteárico, palmitoleico, 
mirístico e láurico. Algumas variações encontradas geralmente estão relacionadas ao processo de extração 
e às características naturais desses recursos, como amadurecimento dos frutos, origem geográfica e 
condições climáticas durante o cultivo. CONCLUSÕES: Com esse trabalho concluímos que o óleo vegetal 
de andiroba apresenta atividade antioxidante in vitro, baixa citotoxidade em células epiteliais CHO-K1 e o 
ácido oléico e palmítico representando mais de 50% da composição química do óleo. 
 
Palavras-chave: DPPH, ABTS, ácidos graxos, cromatografia. 
 
Agradecimentos: FAPES, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
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Variação sazonal da composição química e das atividades biológicas de 
Polygala boliviensis A.W. Benn (Polygalaceae) 
 
Danielle Figuerêdo da Silva1, Glaucia Laís Pereira Lima Neco1, Diego Mota da Costa1, Camila Santiago 
Hohenfeld2, Clayton Queiroz Alves1, Hugo Neves Brandão1 dfsilva@uefs.br 
 
1Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA; 2Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz 
das Almas, BA 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Espécies do gênero Polygala são utilizadas popularmente em diferentes partes do mundo. A 
Polygala boliviensis é encontrada no Nordeste brasileiro, nos domínios da Caatinga e Mata Atlântica, e estudos 
realizados pelo grupo de pesquisa demostram potencial fitoterapêutico da espécie. Dentre as atividades avaliadas, 
a espécie demonstrou através de extratos e substâncias isoladas ação antioxidante, anticolinesterásica, 
antiplasmodial, imunomoduladora, antiedematogênica e antinociceptiva. Quanto a composição química foram 
isolados xantonas, cumarinas e esteroides. A P. boliviensis é encontrada na cidade de Feira de Santana – Ba, onde 
predomina o clima semiárido, que não apresenta as estações bem definidas, sendo caracterizado por períodos 
chuvosos e secos, implicando em forte variação climática que pode alterar a produção dos metabólitos secundários 
nos vegetais. OBJETIVO: Avaliar a composição química e atividades biológicas de P. boliviensis nas estações seca 
e chuvosa. METODOLOGIA: As coletas foram realizadas em agosto e novembro, nos anos de 2016, 2017 e 2018, 
no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Feira de Santana, BA). A identificado foi realizada pelo 
botânico Dr. Floriano Bârea Pastore, comparando o material coletado com a exsicata (HUEFS168956) depositada 
no herbário da mesma universidade. A autorização de acesso ao patrimônio genético vegetal foi obtida junto ao 
Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (A790968). Os 
extratos foram obtidos por maceração com metanol e submetidos à análise do perfil químico, identificação e 
quantificação dos componentes por CLAE-DAD. Para avaliação biológica, foram realizados os testes do sequestro 
do radical livre DPPH•, inibição da auto oxidação do β-caroteno e letalidade frente à Artemia salina. A correlação 
de Pearson e HCA foram utilizadas para avaliar a relação entre a composição química, atividades biológicas, 
elementos climáticos e períodos de coleta. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi observado que o rendimento e perfil 
químico dos extratos por CLAE-DAD não foram alterados com o período de coleta, porém houveram variações 
quantitativas dos metabólitos analisados. Apenas nas amostras de 2017 foi identificado o ácido gálico, enquanto 
rutina, poligaleno, aurapteno e mais 7 picos majoritários desconhecidos (D1-D7) foram identificados em todas as 
amostras. De acordo com as análises de espectro no UV, D1 apresentou banda característica de ácido fenólico; 
D3 e D4 bandas características de flavonoides; D5 apresentou quatro bandas na região característica para 
xantonas; D2 e D6 apresentaram bandas de absorção próximas às encontradas para o aurapteno e poligaleno, o 
que é um indicativo que essa substância seja uma cumarina; já D7 apresentou banda de absorção relacionado a 
outras classes de aromáticos, porém pelo tempo de retenção e revisão de literatura, pode ser atribuída às 
estirilpironas, sendo essas três últimas classes bastante comuns no gênero Polygala. A correlação de Pearson 
indicou que o maior teor de D1 aumenta a atividade antioxidante pelo teste de sequestro do radical livre DPPH•; 
maiores teores de D4, D5 e D7, aumenta a atividade pelo teste de inibição da auto oxidação do β-caroteno; e 
maiores teores de D1, D2, D3 e D6, aumenta a letalidade frente à A. salina. Além disso, a HCA mostrou que o 
período seco apresenta maiores teores de poligaleno e D3. Em contrapartida o período chuvoso demonstra maior 
produção de D4 e D6, menor atividade antioxidante pelo teste de sequestro do radical livre DPPH• e maior letalidade 
frente à A. salina. CONCLUSÕES: Esse estudo contribui com a caracterização química de P. boliviensis, tendo em 
vista que é o primeiro relato de ácido gálico e rutina nesta espécie. Além disso, permite concluir que os elementos 
climáticos e a sazonalidade influenciam na composição química e atividades biológicas dos extratos avaliados. 
Assim, o conhecimento dessa influência serve como base para estudos que visem o desenvolvimento de produtos 
fitoterapêuticos com P. boliviensis, facilitando a determinação do período de coleta ou condições ideais de cultivo 
para a espécie, de acordo com a finalidade pretendida. 
 
Palavras-chave: CLAE-DAD, Metabolismo secundário, Sazonalidade, Semiárido brasileiro. 
 
Agradecimentos: FAPESB, CAPES e CNPq. 
 
 
 
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In vitro evaluation of essential oils and their binary mixtures against the 
blacklegged ticks Ixodes scapularis (Acari: Ixodidae) 
 
Luís Adriano Anholeto1; Sophia Blanchard1, Ana Carolina de Souza Chagas2, Neil Kirk Hillier1, Nicoletta 
Faraone1. luis.anholeto@acadiau.ca 
 
1Acadia University, Wolfville,Nova Scotia, Canada; 2Embrapa Southeastern Livestock, São Carlos, São Paulo, 
Brazil. 
 
Thematic section: Biological activities of natural products: in vitro and in vivo 
 
INTRODUCTION: Ixodes scapularis ticks are known to transmit several infectious agents that cause illness in 
humans. The most important agent is the bacterium Borrelia burgdorferi responsible of causing Lyme disease. 
In the absence of effective vaccines against major tick-borne diseases, controlling tick population using 
acaricides and repellent products remain the main method to protect animals and humans. Synthetic acaricides 
are commonly used for tick control. However, new active ingredients for tick management have been explored, 
such as essential oils (EOs). Previous studies have demonstrated that mixtures of different plant secondary 
metabolites have synergistic effect against target pest. Lemongrass (Cymbopogon flexuosus) and geranium 
(Pelargonium x asperum) EOs exert significant repellent activity against ticks, while thyme (Thymus 
saturejoides) and white thyme (Thymus zygis) EOs are effective acaricides. OBJECTIVE: In this study we 
explored the acaricidal effect of selected EOs (lemongrass, geranium, thyme, and white thyme) alone and in 
binary mixture against I. scapularis adult ticks. In addition, we studied the effects of interactions (synergistic, 
additive, or antagonistic) of mixtures against ticks, when equal concentrations of two EOs were combined. 
METHODOLOGY: EO samples were analyzed via gas chromatography-mass spectrometry (GC–MS) to 
determine chemical composition. An in vitro bioassay (Adult Immersion Test) using I. scapularis unfed female 
ticks was carried out to determine the lethal concentration 50 (LC50) of each EO alone. Binary combinations of 
EOs were prepared by mixing equal concentrations, ranging from 0.25-, 0.5-, 1-, 2-, and 4-fold of their 
respective LC50 value. The CompuSyn software was used to make qualitative assessments of the effects 
(synergistic, additive, and antagonistic) by calculating the combination index value (CI). RESULTS AND 
DISCUSSION: Significant acaricidal activity was reported against I. scapularis female adult ticks, particularly 
for thyme and white thyme EOs with an LC50 of 28.0 and 11.0 μg/μL, respectively. Lemongrass and geranium 
EOs reported a LC50 of 49.0 and 39.7 μg/μL, respectively. The significant acaricidal activity observed might be 
related to the presence of carvacrol (26.05%) and thymol (53.6%) in the thyme and white thyme EOs 
composition, respectively. The acaricidal activities of carvacrol and thymol have been reported to be effective 
against Amblyomma cajennense, Dermacentor nitens, Rhipicephalus microplus and R. sanguineus. The 
chemical analysis of lemongrass and geranium indicated geranial (48.4%) and citronellol (54.4%) as major 
components, respectively. These active ingredients are known to be effective repellents against arthropods. 
The interaction of EO compounds can lead to different outcomes, such as additive, antagonistic, or synergistic 
effects. An additive effect occurs when the combined effect is equal to the sum of the individual effects. 
Antagonism is observed when the effect of one or both compounds is less when they are applied together than 
when individually applied. A synergistic effect is observed when the combined effect is greater than the sum 
of the individual effects. Among the combination of two EOs in the dose-response study, lemongrass + 
geranium (LC50: 61.3 μg/μL) and geranium + thyme (LC50 89.5 μg/μL) resulted to have an antagonist 
interaction. Interestingly, the combinations of thyme + white thyme (LC50: 40.2 μg/μL), lemongrass + thyme 
(LC50:59.7 μg/μL), and geranium + white thyme (LC50: 33.1 μg/μL) showed synergism only in the 0.5xLC50 
concentration. The combination of lemongrass + white thyme (LC50: 14.1 μg/μL) indicated synergistic 
interaction in the 0.25-, 0.5-, 1-, and 2-LC50 concentrations. When a synergistic combination is observed, it 
may offer a valid alternative to reduce the concentration of the individual substances and yet maintaining the 
same level of pest control. Presented results particularly for the combination of lemongrass and white thyme 
may be used as a reference for the development of future acaricide formulations. CONCLUSION: Among the 
tested EOs, thyme and white thyme had a significant acaricide effect on I. scapularis unfed female adult ticks. 
These compounds could be employed for the development of formulation with acaricidal and repellent activities 
that may contribute to control the spread of tick-borne diseases. 
 
Keywords: terpenoids, essential oils, synergistic, antagonistic, LC50. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atividade citotóxica e apoptótica do extrato de Guatteria sp.em células 
MDA-MB-231 E MCF-10A 
 
Pablo de Carvalho Domingues1; Anuska Saraiva1, Sergio A. Frana2, Mateus L.B. Paciencia1, Ivana 
Barbosa Suffredini1,2. pablocarvalhodomingues@hotmail.com 
 
1PPG Patologia Ambiental e Experimental, Universidade Paulista – UNIP, São Paulo, SP, Brasil; 2Núcleo de 
Pesquisas em Biodiversidade, Universidade Paulista – UNIP, São Paulo, SP, Brasil 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Entre as linhas de estudos relacionados à terapia antitumoral destacam-se as ligadas à morte 
celular programada, muito relevante para essa doença que apresenta como principal característica o 
crescimento celular desordenado em qualquer tipo de tecido. Essas células sofrem mutações e adquirem 
características específicas de alta resistência aos sinais de homeostase. A via da apoptose é um alvo 
primordial para a ação de fármacos antitumorais, em particular, aqueles oriundos de fontes naturais 
OBJETIVO: Avaliar a citotoxicidade e a capacidade de indução à apoptose de extratos vegetais de Guatteria 
sp. E suas frações frente às células MDA-MB-231 e MCF-10A e sua capacidade de interromper o ciclo 
mitótico. METODOLOGIA: O extrato vegetal obtido de Guatteria sp. (autorização CGen/MMA12A/2008) foi 
submetido à separação em fases de partição clorofórmica (fase de partição CHCl3), butanólica (fase de 
partição BuOH) e aquosa (fase de partição H2O). Os tratamentos foram submetidos à avaliação da atividade 
citotóxica às células de tumor de mama metastática MDA-MB-231 e células normais de mama MCF-10A, no 
modelo de viabilidade celular do sulforrodamina B (SRB), nas concentrações de 50 µg/mL, 100 µg/mL e 200 
µg/mL, realizados em 6 h, 12 h e 24 h. Por citometria de fluxo foram realizados ensaios para analisar parada 
do ciclo celular e identificar o percentual de indução de apoptose, necrose e morte das células. RESULTADOS 
E DISCUSSÃO: No modelo de viabilidade celular do SRB verificou-se que a fração H2O foi a mais citotóxica 
95%, seguida da fase de partição CHCl3 15% e da fase de partição BuOH 10% de letalidade respectivamente. 
Observou-se que as 6 horas posteriores ao tratamento são muito significativas para o aumento da 
porcentagem de apoptose observada nas células tratadas com o extrato bruto e suas fases de partição, em 
relação à curcumina, substância natural usada como referência, já na menor concentração testada, de 50 
μg/mL, ao passo que, para necrose, os dados mais significativos ocorreram em 24 h para as células normais 
de mama. Nos outros tempos observados, verificou-se diminuição na porcentagem de apoptose induzida nas 
células tratadas com extrato e fases de partição, embora ainda maiores que a porcentagem de apoptose 
observada para curcumina. A fração de partição BuOH destaca-se pela elevada indução à apoptose em todos 
os tempos e concentrações testados. CONCLUSÕES: Em todos os tempos e concentrações observa-se uma 
significativa diminuição nas porcentagens de células vivas, o que indica que, por conta dos tratamentos, as 
células encontram-se em apoptose, necrose ou mortas. 
 
Palavras-chave: Cultura Celular, Morte Celular, Célula Tumoral, Floresta Amazônica, Metástase ,Citometria de Fluxo, 
 
Agradecimentos:UNIP, CAPES, FAPESP e CNPq. 
 
 
 
 
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Genética apoptótica em células MDA-MB-231 e MCF-10A na terapia 
antitumoral in vitro com o extrato de Guatteria sp. 
 
Pablo de Carvalho Domingues1; Anuska Saraiva1, Sergio A. Frana2, Mateus L.B. Paciencia2, Ivana 
Barbosa Suffredini1,2. pablocarvalhodomingues@hotmail.com 
 
1 PPG Patologia Ambiental e Experimental, Universidade Paulista – UNIP, São Paulo, SP, Brasil; 2 Núcleo de 
Pesquisas em Biodiversidade, Universidade Paulista – UNIP, São Paulo, SP, Brasil 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Na oncogenêse, vários eventos celulares podem ser desregulados. Há um aumento do 
crescimento e proliferação celular, maior resistência ao mecanismo de morte celular e maior suscetibilidade 
a instabilidade genômica e mutações, possibilitando as células tumorais a acumularem alterações em seu 
DNA. Essa desregulação é um reflexo de alterações na atividade ou expressão das proteínas constituintes 
das vias de sinalização celular. Um melhor entendimento da participação das vias de sinalização celular na 
progressão do câncer é um passo primordial para o desenvolvimento de metodologias terapêuticas para essa 
doença. Estudos com extratos de plantas são extremamente relevantes na descoberta de novos agentes 
químicos, em especial por conta da potencialidade de se identificar novos mecanismos de ação como agentes 
antitumorais. Guatteria sp. apresenta um grande potencial para a descoberta de novas moléculas naturais 
que apresentem atividade antitumoral. Pesquisa anterior demonstrou que o extrato dessa planta desencadeia 
morte celular por apoptose em células de câncer de mama OBJETIVO: Avaliar a expressão dos genes pró-
apoptóticos BAX, BAD e BID, anti-apoptóticos BCL-2 e MCL-1 e do oncogene P53, envolvidos no processo 
apoptótico pela via intrínseca mitocondrial, por PCR Real Time e quantificar as proteínas de apoptose inicial, 
JNK, AKT, PT53, Caspase-8 e Caspase-9 envolvidas na cascata apoptótica, que são ativadas ou inibidas 
pelos genes pró-apoptóticos e anti-apoptóticos, por ensaio imunoenzimático de células de tumor de mama 
metastátivo MDA-MB-231 e de mama normais MCF-10A após tratamento com o extrato bruto de Guatteria 
sp. e três fases de partição, clorofórmica (FP.CHCl3), butanólica (FP.BuOH) e aquosa (FP.H2O). 
METODOLOGIA: Após os tratamentos com os extratos e suas fases de partição FP.CHCl3, (FP.BuOH) e 
(FP.H2O), as células foram coletadas e armazenadas em RNA later e foram analisadas quanto à expressão 
dos genes pró-apoptóticos BAX e BID, e anti-apoptóticos BCL2, MCL1, envolvidos no processo intrínseco 
mitocondrial de apoptose, e do oncogene P53, envolvido no processo de morte celular por apoptose na 
presença de falha gênica. Técnicas de RT-PCR, extração de RNA, DNAfree, transcrição reversa – cDNA, e 
de avaliação imunoenzimática foram empregadas para proteínas da apoptose precoce e avaliação dos genes 
expressos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se que o gene BCL-2 está mais expresso nas células 
MCF-10A em 6h, ao passo que fica expresso constantemente na célula tumoral, nos três tempos avaliados. 
Os genes BAX, BID e MCL-1 ficam muito estimulados nas células MCF-10A tratadas com Extrato Bruto em 
6h, ao passo que as fases de partição CHCl3 e H2O estimulam a expressão deste gene para a célula tumoral. 
O gene TP53 está muito estimulado nas células normais, sendo que muito estimulada após tratamento de 6h 
com o extrato bruto em 6h e com as FP.CHCl3 e FP.BuOH em 24h. Já para as células MDA-MB-231, observa-
se pouco estímulo, porém pouco mais elevado para a FP.H2O em 6h, e FP.CHCl3 e FP.BuOH em 12 h e 
extrato bruto em 24h. Observa-se que JKT está expressada após o tratamento das células MCF-10A com a 
FP.H2O, após 6 h de tratamento. A proteína BAD encontra-se mais evidente após 12 h dos tratamentos, 
independentemente de quais sejam, e para a FP.H2O, após 24h, nas células MCF-10A para as células MDA-
MB-231, esta proteína está em maior quantidade nas células tratadas com os extratos e fases de partição, 
após todos os tempos analisados, sendo que após 6h, foi mais expressada após tratamento com a FP.H2O; 
as FP.BuOH e FP.H2O estimularam a expressão de BAD após 12 h e 24 h. A presença da proteína BCL-2 
ocorreu mais nas células MCF-10A, após tratamento com a FP.CHCl3, em 6 h de tratamento. Nas células 
MDA-MB-231, esta proteína foi mais observada após tratamento com FP.BuOH e FP.H2O, após 12 h e 24 h 
do tratamento, além da FP.H2O tratamento de 6 h também ter sido observada em maior quantidade. 
CONCLUSÕES: Os genes pró-apoptóticos BCL-2, BAX, BID e MCL-1 encontram-se superexpressos na 
célula metastática, assim como as proteínas BAD, Caspase-9 e p53, em relação às células de mama normais 
 
Palavras-chave: DNA, Célula Tumoral, Floresta Amazônica, BCL-2, BAX, BID, BAD 
 
Agradecimentos: UNIP, CAPES, FAPESP e CNPq. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Potencial farmacológico do extrato e frações de Clusia grandiflora 
 
Amanda de Jesus Alves Miranda1; Aldilene da Silva Lima1; Josivan Régis Faria2; Marcelino dos 
Santos Rosário2; Ana Letícia Pires dos Santos3; Vinicyus Teles Chagas4; Rosane Nassar Meireles 
Guerra2; Cláudia Quintino da Rocha1; miranda.amanda@discente.ufma.br 
 
1Doutorado em Química - Laboratório de Química de Produtos Naturais – Universidade Federal do Maranhão 
(UFMA); 2Laboratório de Imunofisiologia – Universidade Federal do Maranhão; 3Núcleo de Bioensaios 
Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – 
UNESP; 4Laboratório de Fisiologia Experimental – Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vivo e in vitro 
 
INTRODUÇÃO: A Clusia é o maior gênero neotropical entre as Clusiaceae, com cerca de 300 espécies 
em todo o planeta. Os principais constituintes bioativos do gênero são representados por xantonas, 
terpenos, cumarinas, biflavonoides e benzofenonas polipreniladas que despertam grande interesse 
biofarmacológico, devido a sua complexidade estrutural e várias atividades biológicas, como atividades 
antioxidantes, antimicrobianas, antibacterianas, antitumorais e anti-inflamatórias. OBJETIVO: Este estudo 
teve como objetivo investigar o potencial antioxidante do extrato etanólico e avaliar o potencial antimicrobiano 
do extrato e frações (diclorometano e aquosa) do fruto de Clusia grandiflora. METODOLOGIA: O extrato 
etanólico (EBCG) foi obtido pelo método da maceração com etanol: água (7:3) e particionado 
com diclorometano,obtendo a fração aquosa (FACG) e a diclorometano (FDCG). A atividade antioxidante 
do extrato e das frações foram avaliadas pela eliminação do radical 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). As 
cepas padrão utilizadas para avaliação do potencial antimicrobiano foram as Staphylococcus 
aureus (ATCC®25923™), Escherichia coli (ATCC®25922™) e Candida albicans (ATCC®10231™), cedidas 
pelo laboratório de Imunofisiologia da Universidade Federal do Maranhão e o padrão testado foi o 
antibiótico Imipenem (IMP) . RESULTADOS E DISCUSSÃO: A atividade antioxidante do extrato, na 
concentração de 1000 µg.mL-1, demonstrou um percentual de 94,27% do potencial de inibição, e um IC50 = 22 
µg.mL-1. O extrato bruto e a fração diclorometano mostraram-se ativas para os três microorganismos testados. 
O extrato apresentou concentração inibitória mínima (CIM) de 4,17 ± 1,80 µg.mL-1, menor que a do fármaco 
IMP (10,4 ± 3,61 µg.mL-1) contra bactérias gram positivas (Staphylococcus aureus), para a gram (-) a CIM 
de 2,08 ± 0,90 µg.mL-1, comparado ao fármaco IMP (41,7 ± 14,4 µg.mL-1). A fração diclorometano exibiu a 
CIM de 10,4 ± 3,61 µg.mL-1 para a gram (+), valor semelhante ao controle IMP e para a gram (-) a CIM de 
16,7 ± 7,22 µg.mL-1, valor menor que o fármaco IMP (41,7 ± 14,4 µg.mL-1). CONCLUSÕES: Os resultados 
obtidos a partir deste estudo evidenciam o potencial biológico dos frutos de Clusia grandiflora como possívelagente farmacológico contra radicais livres e microorganismos. 
 
Palavras-chave: Frutos, Clusiaceae, Benzofenonas polipreniladas 
 
Agradecimentos: CAPES; FAPEMA, LQPN e a UFMA. 
 
 
 
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Avaliação da segurança in vitro de frações ricas em saponinas isoladas 
do resíduo de Agave sisalana pela técnica de cultura celular em 3D 
 
Flavia Scigliano Dabbur1; Patrícia Santos Lopes2; Jessica Nascimento da Silva Pinto2; Elissa Arantes 
Ostrosky3; Marcio Ferrari3. fladabbur@gmail.com1 
 
1Faculdade de Farmácia – Cento Universitário Cesmac, Maceió - AL; 2Laboratório de Imunologia e Biologia 
Celular de Protozoários e Fungos da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, São Paulo - SP; 
3Departamento de Farmácia – LACOS, Natal - RN. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A Agave sisalana (sisal) é originária no México e um dos metabólitos especiais de seu resíduo 
são as saponinas. Esses metabólitos são pertencentes à classe dos terpenoides e que têm como 
característica a presença de uma estrutura química formada por um esqueleto carbônico, ligado a resíduos 
de açúcar. Essa característica torna essas moléculas com propriedades anfifílicas, anfóteras ou tensoativas 
com ação detergente e emulsificante, como tensoativos naturais com potencial de inovação nas matérias-
primas cosméticas de higiene pessoal. Estabelecer a segurança de um novo ingrediente cosmético envolve 
muitas etapas como identificação da composição química, propriedades físico-químicas e avaliações de 
segurança específicas in vitro e in vivo, que são recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa), Food and Drug Administration (FDA) e European Comission. Dentre os testes de segurança in vitro 
a técnica de cultura de células bidimensional (monocamada) é a mais utilizada, mas por sua vez alguns novos 
ingredientes possuem características que não são favoráveis à sua aplicação, como por exemplo as 
saponinas que apresentam atividade hemolítica. Por sua vez o modelo de cultura celular 3D por meio de um 
sistema de levitação baseado em nanopartículas magnéticas utiliza células humanas e conseguem evitar um 
núcleo necrótico oferecendo resultados mais congruentes. OBJETIVO: Avaliar a segurança in vitro de frações 
ricas em saponinas isoladas a partir de resíduo de A. sisalana pela técnica de cultura celular 3D (esferoides). 
METODOLOGIA: Foi proposto um modelo 3D in vitro de células Hacat (linhagem de queratinócitos humanos), 
de acordo com as metodologias in vitro de citotoxicidade descritos respectivamente pela International 
Standard Organization (ISO) 10993-5 (2009) e pela Organization for Economic Co-operation and Development 
(OECD) 129 (OECD, 2010) com o intuito oferecer um sistema que mimetizasse melhor o epitélio humano para 
avaliação in vitro de segurança de amostras de frações (FR6 e FR8) de saponinas com o objetivo de novo 
ingrediente cosmético. Cada uma das amostras foi testada em 3 diferentes concentrações (0,074, 0,0375 e 
0,01875 mg/mL) e nomeadas (1), (2) e (3) respectivamente. O controle positivo utilizado foi o Triton-X e o 
como controle negativo não foi colocado amostra nas microplacas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os 
resultados das frações FR6 e FR8 demonstraram que todas as amostras apresentaram viabilidade celular 
(VB) superior ao controle positivo Triton-X. Nas amostras da FR8 foram obtidos valores de VB superiores ao 
da amostra FR6 em até 14,0%. Foi observado também que na menor concentração (0,01875 mg/mL) de 
ambas as amostras, FR6(3) e FR8(3), proporcionaram maior viabilidade celular quando comparadas às outras 
concentrações, 72,65% e 86,49% respectivamente o que faz sentido, ou seja, quanto menor a concentração 
maior a VB. Em outra pesquisa com fração obtida de resíduo de A. sisalana, onde continha 18,0% de 
saponinas dentre outros compostos, foi concluído por meio do teste in vivo pelo modelo de Caenorhabditis 
elegans que a fração estudada não apresentou toxicidade. CONCLUSÕES: Com base nos resultados obtidos 
nos testes in vitro de citotoxicidade em esferoides concluiu-se que as frações FR6 e FR8 são seguras e viáveis 
para serem utilizadas como biossurfactantes em produtos cosméticos. 
 
Palavras-chave: Avaliação de segurança, Saponinas, Agave sisalana, Fitocosmético, Fitoquímica. 
 
Agradecimentos: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN – Natal/RN) e Universidade Federal de São 
Paulo (UNIFESP - São Paulo/SP). 
 
 
 
 
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Desenvolvimento de formulação tópica sob a forma de spot-on com 
bioativos microemulsionados para controle de pulgas em animais 
 
Ingrid Lins Raquel de Jesus1; Taynara Monsores e Silva1; Fernando Rocha Miranda1; Mathias Pittizer Silva2; 
Camyla Nunes e Silva2 ; Alice Ortega do Nascimento2; Isabelle Vilela Bonfim1; Anna Julia Bessa Fernandes1; 
Diefrey Ribeiro Campos1; Yara Peluso Cid3. raquellingrid@gmail.com 
 
1Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, UFRRJ; 2Graduação em Farmácia, UFRRJ; 3Docente, 
Departamento de Ciência Farmacêuticas (DCFar)UFRRJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O aumento da proximidade entre humanos e animais, levou ao aumento da preocupação em 
torno da saúde e bem-estar desses animais, como o controle da pulga Ctenocephalides felis felis, um 
ectoparasito de grande importância na área veterinária, cujo controle é feito com produtos sintéticos. Com o 
aumento de relatos de resistência dos parasitos ao tratamento e frente aos riscos que a exposição prolongada 
a estes produtos pode causar aos animais e tutores, além da contaminação ambiental, os produtos naturais 
correspondem a uma alternativa com atividade antiparasitária descrita na área veterinária. OBJETIVO: O 
presente trabalho visou desenvolver uma microemulsão para posterior incorporação em formulação sob a 
forma de spot-on, contendo associação de eugenol e carvacrol para o controle de adultos de Ctenocephalides 
felis felis, realizar sua caracterização físico-química, estabilidade preliminar; e avaliar sua eficácia residual e 
efeito knock down através de bioensaios in vitro. METODOLOGIA: As microemulsões foram desenvolvidas 
contendo mistura de tensoativos, co-solvente e bioativos em associação, preparando-se 9 combinações de 
fase oleosa e tensoativos, variando de 90:10 a 10:90, tituladas com água destilada até atingir o ponto de 
turvação, sendo possível determinar o máximo de água que cada combinação suporta para formar uma 
microemulsão translúcida. A partir da viscosidade da microemulsão, tamanho de gotícula e índice de 
polidispersão, prosseguiu-se o estudo apenas com a combinação 90:10, que foi deixada sob agitação por um 
período de 2 horas, para posterior incorporação à formulação final, que consistia na microemulsão com os 
bioativos em associação a 10% cada, antioxidantes, tensoativos, agentes acidificante e quelante, promotor 
de penetração, agente filmogênico, co-solvente e veículo, que foram submetidas aos testes de características 
organolépticas, pH, centrifugação, ciclo de congelamento e aquecimento, tamanho de gotícula, índice de 
polidispersão, índice de refração, condutividade elétrica e microscopia óptica. Para a realização dos 
bioensaios in vitro, utilizou-se o método de impregnação de papel filtro e na avaliação do efeito knock down, 
as avaliações foram realizadas nos tempos de 15, 30, 45 e 60 minutos, 2, 4, 6, 8 e 24 horas, analisando-se 
os mesmos indivíduos; para a eficácia residual, as análises foram realizadas diariamente, até não se observar 
mais mortalidade, substituindo-se os indivíduos após cada avaliação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
Obteve-se uma formulação líquida com coloração amarelada translúcida, homogênea, sem precipitação, com 
média viscosidade, apresentando um tamanho médio de 310,38 nm com índice de polidispersão médio de 
0,27, permanecendo estável por 60 dias, com as características necessárias para aplicação tópica em cães, 
como pH dentro da faixa de 5,5a 7,0, sem alteração quando submetida a centrifugação e ao ciclo de 
congelamento e aquecimento. Quando realizada a microscopia, foi possível observar gotículas esféricas 
sugerindo uma microemulsão do tipo óleo em água, dispersa em uma formulação água em óleo, devido à 
proximidade dos valores de índice de refração e condutividade da formulação com os bioativos isolados. 
Quanto ao efeito knock down frente a pulgas, a formulação spot-on apresentou 100% de mortalidade após 30 
minutos do início da exposição, permanecendo com tal atividade durante as 24 horas de análise. Durante a 
avaliação da eficácia residual, a formulação apresentou atividade máxima nos primeiros 8 dias de análise, 
conforme o preconizado pela Agência Europeia de Medicamentos para registro de formulações pulicidas, 
sendo que a partir do 12º dia esta mortalidade ficou abaixo de 95%, reduzindo para 17% no 43º dia de análise. 
CONCLUSÃO: A formulação desenvolvida por meio da incorporação dos bioativos microemulsionados 
apresenta as características físico-químicas adequadas para aplicação tópica em animais de companhia e 
estabilidade por 60 dias, apresentando atividade pulicida com resultados promissores para prosseguimento 
dos ensaios in vivo, após avaliação da segurança e irritação dérmica destas. 
 
Palavras-chave: Ectoparasiticidas, Produtos naturais, Delineamento de formulações, Sistema microemulsionado. 
 
Agradecimentos: FAPUR e CNPq. 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Estudo químico e avaliação das atividades antioxidante e antifúngica de 
extratos de folhas de Pleroma granulosum 
 
Raquel Maria Ferreira de Sousa1; Thaywane Azevedo Marques1; Anna Lívia Oliveira Santos2; Carlos 
Henrique Gomes Martins2; Carla de Moura Martins3. rsousa@ufu.br 
 
1Instituto de Química e 2Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia-UFU, 
Uberlândia, MG; 3Instituto Federal Goiano, Campus Morrinhos, Morrinhos, GO. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O Brasil é um país que abriga uma grande diversidade de espécies vegetais e estudos têm 
sido realizados demonstrando a importância dos produtos naturais no desenvolvimento de novos 
medicamentos. Diante desse contexto, uma planta que é amplamente distribuída e de fácil acesso é a Pleroma 
granulosum (Desr.) D. Don, popularmente conhecida como Quaresmeira. Pertencente à família 
Melastomataceae, esta espécie possui poucos estudos, mas sabe-se que espécies do mesmo gênero têm 
apresentado atividades antioxidantes, anti-inflamatória e antimicrobiana. Nesse contexto, se faz necessário o 
estudo de atividades associadas à essa planta. OBJETIVO: Identificar os constituintes químicos e avaliar as 
atividades antioxidante e antifúngica de extratos das folhas da Pleroma granulosum (Desr.) D. Don. 
METODOLOGIA: A coleta do material vegetal foi realizada no município de Morrinhos, localizado na região 
sul de Goiás. Os extratos etanólicos e hexânicos das folhas foi realizado por maceração à temperatura 
ambiente até exaustão. A atividade antioxidante foi realizada pelos métodos sequestro do radical 2,2-difenil-
1-picril-hidrazil (DPPH) dado o resultado em concentração eficiente (CE50), e capacidade de redução de metal 
(FRAP) dado o resultado em µmol de Trolox equivalente/g de amostra. Foi realizado o teor de fenóis totais 
pelo método de Folin-Ciocalteau e o resultado expresso em mg equivalente de ácido gálico (EAG) por grama 
de extrato. A atividade antifúngica foi realizada pelo método de microdiluição em caldo contra espécies de 
Candida albicans, C. tropicalis e C. glabrata, e o resultado foi dado em Concentração Inibitória Mínima (CIM). 
Os metabólitos presentes nos extratos vegetais foram identificados através de cromatografia líquida acoplada 
à espectrometria de massas (LC-MS/MS-Q-TOF-Modo negativo e positivo). RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
O extrato etanólico apresentou o maior teor de fenóis totais (193 mg EAG g-1), justificando a elevada atividade 
antioxidante determinada pelos métodos DPPH (CE50 6,07±0,28 µ gmL-1) e FRAP (1212,87± 14,05 ET µmol g-
1). Quanto à atividade antifúngica, o extrato etanólico apresentou excelente resultado, com CIM de 2,93 µg mL-
1 para C. albicans e C. glabrata, e 23,44 µg mL-1 para C. tropicalis. A prospecção fitoquímica indicou a presença 
de terpernos, esteroides, açúcares e compostos fenólicos. Na análise por espectrometria de massas foi 
possível anotar compostos da classe dos flavonoides como Catequina e Quercetina (glicosilada e não 
glicosilada), Luteolina e Isorhamnetina glicosilada, Rhamnocitrina; Proantocianidinas do tipo B e trímeros; 
Ácidos fenólicos como Ácido gálico, Ácido protocatecuico e Ácido 3-O-cafeoilquínico; Ácidos graxos como 
ácido tri-hidroxioctadecadienoico e ácidohidroxioctadecadienoico. CONCLUSÕES: Os resultados mostraram 
que o extrato etanólico das folhas da espécie P. granulosum apresenta grande quantidade de compostos 
fenólicos, destacando os flavonoides, o que pode justificar a elevada atividade antioxidante observada. 
Somado a isso, esse extrato se mostrou muito eficiente quando a atividade antifúngica, indicando que essa 
espécie de planta, embora normalmente utilizada apenas em ornamentações, pode ser muito promissora 
quanto à atividade biológica. 
 
Palavras-chave: Atividade biológica, Antioxidante, Espectrometria de massas, Caracterização química, Flavonoides, 
Quaresmeira. 
 
Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, CNPq, UFU, IF GOIANO e PPGQUI. 
 
 
 
 
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Comparação do eucalipto sobre Trypanosoma cruzi extraído à frio e por 
ultrassom sobre espécies de Candida 
 
Cibele da Silva Lira dos Santos1, Juliana Luna Bilheiro Peixoto2, Glaucia Sayuri Arita2, Isis Regina 
Grenier Capoci2, Danielly Chierrito de Oliveira Tolentino2, Daniela Cristina de Medeiros Araújo2, Ana 
Paula Margioto Teston2*. apmteston@gmail.com 
 
1Departamento de Farmácia – UNINGÁ – PR, Brasil; 2Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá, 
PR, Brasil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo. 
 
INTRODUÇÃO: O óleo de semente de uva é um produto natural obtido a partir da prensagem das sementes 
da uva e/ou outros métodos extrativos. Possui uma série de propriedades benéficas para a saúde, incluindo 
atividade antimicrobiana. Dentre os microrganismos que são estudados frente ao óleo de semente de uva, 
destaca-se o gênero Candida, que inclui espécies de fungos patogênicos para os seres humanos. Estudos 
têm investigado o efeito do óleo de semente de uva sobre espécies de Candida, avaliando sua capacidade 
de inibir o crescimento e a formação de biofilmes desses microrganismos. Tais pesquisas indicam que o óleo 
de semente de uva pode ser uma alternativa natural para o tratamento de infecções causadas por Candida, 
apresentando potencial terapêutico e contribuindo para a busca por terapias mais eficazes e seguras. 
OBJETIVO: Comparar o efeito do óleo de semente de uva extraído por prensagem frio e por ultrassom sobre 
espécies de Candida. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa experimental in vitro utilizando óleo de semente 
de uva comercial, extraído a frio por prensagem (OPF) de acordo com o protocolo informado pelo fabricante; 
comparado com óleo de semente de uvas orgânicas, extraído por ultrassom (OUS) (Elmasonic, modelo P120). 
As alíquotas de óleos foram testadas em concentrações de 0,04% a 25%, por diluição seriada, em cepas de 
Candida parapsilosis, Candida albicans e Candida tropicalis cedidas pela Micoteca do Laboratório de 
Micologia Médica, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Foram testadas duas amostras clínicas 
extraídas de unhas das mãos (Comitê de Ética - UEM, processo nº 2.748.843) e uma cepa padrão (American 
Type Culture Collection - ATCC22019) de cada espécie, estocadas a -20ºC. Foi avaliado a capacidade 
fungicida e/ou fungistática do óleo de semente uva in vitro, por meio da concentração inibitória mínima (CIM) 
com base no método de microdiluição em caldo. O inóculo das espécies de Candida foi ajustadoem 0,5x103 
a 2,5x103 UFC/ml, em RPMI 1640 (Gibco). A CIM foi determinada após 24 horas de incubação a 35 ºC, por 
leitura visual. Para a avaliação da atividade fungicida dos óleos de sementes de uvas, alíquotas de 3 μl da 
CIM foram transferidas para placas de Ágar Saboraud (SDA), isento de drogas antifúngicas, e incubadas a 
35°C por 24hs. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O óleo de semente de uva OPF, mostrou inibição mínima 
com concentrações iguais ou superiores a 25%, somente para C. parapsilosis e C. albicans, mas nenhuma 
atividade para cepas ATCC. Para o óleo OUS, notou-se atividade inibitória em concentrações a partir de 
1,56% para a cepa padrão de C. parapsilosis, 25% para C. albicans e C. tropicalis e 3,12% para as cepas 
clínicas de C. parapsilosis, 6,25% para C. albicans e 25% para C. tropicalis. Quando as alíquotas foram 
transferidas para o Ágar Saboraud, o óleo de semente de uvas OUS impediu o crescimento de C. parapsilosis 
e C. albicans em concentrações muito menores do que o óleo OPF. Para C. tropicalis o óleo OPF não mostrou 
efeito algum, enquanto que o óleo OUS mostrou impedimento no crescimento em 25%. Tais fatos podem 
estar associados ao método de extração, ao tempo de armazenamento e/ou a variedade da uva da qual foi 
extraído o óleo. A produção e concentração de ativos flavonóides e demais compostos fitoquímicos, variam 
de acordo com a variedade e espécie da uva utilizada para a extração do óleo. CONCLUSÕES: O óleo de 
semente de uva OUS apresentou atividade fungicida frente a C. parapsilosis, C. tropicalis e C. albicans, 
agentes infecciosos que podem ser observados em vários isolados de infecção micóticas. A relevância do 
método empregado para extração de óleos deve ser considerada, mesmo que não levem ao melhor 
rendimento, mas podem refletir na melhor extração de ativos fitoquímicos com potencial farmacológico. 
 
Palavras-chave: Candida albicans, Candida parapsilosis, Candida tropicalis. Extração por ultrassom, Óleo de semente de 
uvas, Prensagem a frio. 
 
Agradecimentos: Uningá e Laboratório de Micologia Médica da Universidade Estadual de Maringá. 
 
 
 
38 
 
Efeito in vitro de óleo essencial de Eucalyptus globulus sobre 
Trypanosoma cruzi 
 
Bruna Medina Volpato1, Ana Paula de Abreu2, Marcella Paula Mansano Sarto2, João Carlos Palazzo 
Mello2, Thalita Prates da Silva2, Emilly Isabelli Teodoro da Silva2, Arney Eduardo do Amaral Ecker1, 
Daniela Cristina de Medeiros Araújo1, Max Jean de Ornelas Toledo2, Ana Paula Margioto Teston1*. 
apmteston@gmail.com 
 
1Departamento de Farmácia – UNINGÁ – PR, Brasil; 2Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá, 
PR, Brasil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo. 
 
INTRODUÇÃO: Trypanosoma cruzi é o parasito causador da doença de Chagas (DCh), que é uma doença 
negligenciada e um sério problema de saúde pública mundial. Devido a um arsenal terapêutico restrito e 
inúmeros efeitos colaterais, tem-se a necessidade da busca por novas alternativas de tratamento. OBJETIVO: 
Avaliar o efeito tripanocida in vitro do óleo essencial de eucalipto (Eucalyptus globulus). METODOLOGIA: 
Trata-se de uma pesquisa experimental in vitro, na qual foi utilizado óleo essencial de eucalipto (E. globulus) 
extraído por hidrodestilação por meio de arraste a vapor, sobre epimastigotas de T. cruzi. Foi utilizada a 
espécie de E. globulus cultivadas no Núcleo de Agronomia Experimental da Uningá. Foi utilizado inóculo de 
1×106/mL de epimastigotas de Trypanosoma cruzi, derivados de cultura, pertencente a cepa Y, obtida do 
banco de cepas no Laboratório de Doença de Chagas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), mantidas 
em meio LIT em estufa B.O.D. a 28ºC, por 72 h. As epimastigotas foram incubadas em placas de 24 poços 
de fundo chato onde as diluições seriadas do óleo essencial foram aplicadas posteriormente nas 
concentrações finais de 100 µg/mL, 50 µg/mL, 10 µg/mL, 5 µg/mL e 1 µg/mL, por placa, em triplicata. Após 
72h de tratamento com as diluições do óleo de eucalipto (E. globulus), foi adicionado formalina a 4% para 
imobilização dos parasitos sobreviventes. Uma alíquota foi retirada dos poços e colocada em câmara de 
Neubauer para a contagem das formas evolutivas. A partir da contagem de formas, foi calculada a 
concentração de óleo essencial necessária para inibir 50% das formas parasitárias (IC50) sendo calculada 
através das diluições do óleo em relação ao percentual de inibição. Os dados foram tabelados em Excel e a 
análise estatística realizada no software Biosestat 5.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Efeito tripanocida 
do óleo essencial de E. globulus foi maior nas concentrações de 5 µg/mL (54% de inibição) e 10 µg/mL (48% 
de inibição) (p<0,05). No entanto, apenas na concentração de 5 µg/mL alcançou o IC50. Outros achados 
mostraram que o efeito tripanocida é dose-dependente, enquanto que outros relataram ausência de atividade 
nas concentrações estudadas. Observaram que concentrações muito altas não apresentam efeitos 
tripanocidas. Como a análise foi realizada por microscopia convencional apenas para a contagem de 
parasitos, não foram utilizadas microscopias eletrônicas de varredura e de transmissão para que fosse 
possível inferir sobre o aspecto celular do parasito em relação ao tratamento. Porém, outros estudos sugerem 
que a ação dos óleos essenciais ocorre a nível citoplasmático, mas depende da permeabilidade da membrana 
celular. Tais informações podem justificar o fato de que a concentração de 5 µg/mL tenha sido a única a atingir 
a IC50, por ser mais permeável à membrana plasmática e atingir níveis celulares que promoveram a morte 
dos parasitos. CONCLUSÕES: O óleo essencial de E. globulus mostrou resultado satisfatório frente às formas 
epimastigotas de T. cruzi, especialmente na concentração de 5 µg/mL, quando alcançou a IC50. Os óleos 
essenciais podem ser considerados alternativas promissoras para tratamento de doenças parasitárias, como 
a doença de Chagas. Perspectivas futuras apontam para maiores estudos com outros modelos experimentais, 
como os estudos in vivo e com outras cepas de T. cruzi, assim como a avaliação de compostos isolados e 
combinados dos óleos essenciais que apresentaram maiores percentuais inibitórios. 
 
Palavras-chave: Epimastigotas, Eucalyptus globulus, Óleo essencial, Trypanosoma cruzi. 
 
Agradecimentos: Uningá e Laboratórios de Doença de Chagas e Laboratório Palafito da Universidade Estadual de 
Maringá. 
 
 
 
 
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Composição química de extratos da Própolis verde e avaliação in vitro 
na interação com a proteína Spike:ACE2 
 
Debora Baptista Pereira1; Nataly de Souza Alves2; Neide Mara de Menezes Estefânio2; Mariana Freire 
Campos4,5; Rosane Nora Castro3; Yara Peluso Cid2; Gilda Guimarães Leitão6, Diego Allonos4, Suzana 
Guimarães Leitão4; Douglas Siqueira de Almeida Chaves1,2. debora.d94@hotmail.com 
 
1Instituto de Química, Programa de pós-graduação em Química – UFRRJ, Seropédica/RJ; 2 Instituto de 
Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Ciências Farmacêuticas – UFRRJ, Seropédica/RJ;3 
Instituto de Química, Departamento de Química Orgânica – UFRRJ, Seropédica/RJ; 4Departamento de 
Produtos Naturais e alimentos, Faculdade de Farmácia – UFRJ; 5Programa de Pós-Graduação em 
Biotecnologia Vegetal – CCS – UFRJ; 6Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais – UFRJ; 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Entre os inúmeros produtos naturais, os ácidos fenólicos e flavonóides representam uma 
fonte importante de substâncias que possuem atividade antiviral contra vários tipos de vírus. Essas 
substâncias estão presentes em alguns tipos especiais de própolis, principalmente a verde, que tem sua 
atividade biológica associada à presença da artepilina C, seu marcador químico, além de ácido p-cumárico, 
drupanina e bacarina. Os constituintes presentes na própolis verde podem atuar bloqueando/inibindo a 
entrada do vírus ou mesmo atuando diretamente sobre ele, além de auxiliarnas inflamações e danos nos 
tecidos pulmonares causados pelo SARS-CoV-2, uma vez que a própolis verde apresenta propriedades que 
auxiliam no combate às inflamações pulmonares e na reparação aos danos do tecido pulmonar. OBJETIVO: 
Avaliar a composição química de extratos quantificados (fenóis totais, flavonoides e potencial antioxidante) 
de própolis verde, identificação de seus principais constituintes e sua eficácia na inibição da interação entre 
a proteína Spike e o receptor ACE2. METODOLOGIA: Foram preparados extratos de própolis por percolação 
(PP), maceração (PM) e ultrassom (PU) utilizando etanol a 70% (H) e metanol (Met) e estes foram submetidos 
a extração líquido-líquido com água e solventes de polaridade crescente tais como hexano (FH), acetato de 
etila (FAC) e n-butanol (FB). Os fenóis totais e os flavonoides foram quantificados por métodos 
espectrofotométricos (Folin-Ciocalteau e Cloreto de alumínio, respectivamente); e a atividade antioxidante foi 
avaliada pelos métodos DPPH e FRAP. A investigação preliminar do mecanismo de ação dos extratos e 
frações foi realizado com o kit comercial Lumit™ SARS-CoV-2 Spike RBD:hACE2 Immunoassay. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os extratos que apresentaram melhores teores na quantificação de 
fenólicos, flavonóides, FRAP e DPPH foram PPMet e PUH (45,12 e 19,45mg de gálico/100 mg de extrato, 
109,57 e 37,12mg de quercetina/100 mg de extrato, 1263,22 e 807,15 mmol Fe(II)/100 mg de extrato e CE50 
4,93 e 4,37 µg mL-1 respectivamente). Em relação às substâncias identificadas, os majoritários em todos os 
extratos, FH e FAC foram ácido p-cumárico (12;18%), drupamina (11;33%), bacarina (2;21%) e artepilina C 
(23;33%), onde PPH, PUM e FAC tiveram maior concentração de artepilina C (30.84%, 23.43% e 27.90% 
respectivamente). Com base nesses resultados, foi realizado teste com o kit comercial e extratos, onde os 
resultados de inibição da interação entre o domínio de ligação ao receptor (RBD) e o receptor ACE2 foram 
superiores a 75%, com exceção de FB (26,42%). CONCLUSÕES: Levando em consideração as variáveis 
envolvidas, é sugerido que a extração por percolação com metanol/etanol 70% seja a mais indicada para 
obtenção da artepilina C e a extração por ultrassom a mais indicada pelo custo e rapidez do processo. As 
frações enriquecidas e a utilização do kit indicaram que um ou mais constituintes têm potencial ação sobre o 
mecanismo de entrada do vírus em células hospedeiras, e dentre eles o marcador químico. 
 
Palavras-chave: Farmacognosia, própolis verde, Sars-Cov-2, artepilina C. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES, CNPq e Apis Vida. 
 
 
 
 
40 
 
Capacidade antioxidante e citotoxicidade in vitro de extrato 
padronizado das folhas de Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg em linhagem 
tumoral de glioblastoma U87-MG 
 
Virginia Moura Oliveira1; Luiza Sousa Honorato1; Edilene Santos Alves de Melo1; Dionys Souza 
Almeida2; Marx Osório Araújo Pereira2; Eric Sousa Gil2; Élson Alves Costa2; Rosy Iara Maciel Azambuja 
Ribeiro1; Renê Oliveira do Couto1; virginiamouraufsj@gmail.com 
 
1Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO); 
2Universidade Federal de Goiás (UFG). 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: As folhas de Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg são utilizadas na medicina complementar brasileira 
por suas propriedades diuréticas e no tratamento de dores no corpo, reumatismo, asma, cólicas, dispepsia, 
infecções urinárias e diabetes mellitus. Estudos recentes demonstraram que os extratos das folhas exibem 
propriedades antissecretória gástrica, gastroprotetora, anti-inflamatória, analgésica e antiproliferativas contra 
células tumorais de cólon e útero, o que tem sido atribuído à presença de fitoativos antioxidantes, como 
flavonoides, fenilpropanoides e terpenos. Não há evidências na literatura quanto à citotoxicidade de extratos 
de C. iguanaea em modelos de glioblastomas. Esses são um tipo de tumores cerebrais primários agressivos 
e que proporcionam baixa taxa de sobrevida. OBJETIVO: Determinar a capacidade antioxidante e avaliar a 
citotoxicidade in vitro do extrato acetato de etila padronizado das folhas de Celtis iguanaea (EAcCI) em 
linhagem tumoral de glioblastoma U87-MG. METODOLOGIA: O EAcCI foi obtido por Soxhlet (10 % m/v, 72 
h) e rotaevaporado (40°C) sob vácuo até 150 mg/mL. O teor de flavonoides totais (FT, % m/m; equivalentes 
de rutina) foram determinados por espectrofotometria. Para a avaliação da atividade antioxidante foi usado o 
método do radical livre DPPH, determinando o IC50 do EAcCI. O perfil e termodinâmica de óxido-redução do 
EAcCI foram determinados por voltametria de pulso diferencial (DPV) e voltametria de onda quadrada (SWV), 
que renderam o índice eletroquímico (IE) da amostra. Em ambos os casos, o ácido ascórbico (AA) foi o padrão 
comparativo. A linhagem celular humana de glioblastoma U87 foi gentilmente cedida pelo Centro de Pesquisa 
em Oncologia Molecular do Hospital do Câncer de Barretos. As células foram cultivadas em meio DMEM com 
1% de solução antibiótica, suplementada com soro fetal bovino (SFB), e mantido em estufa de CO2 a 37oC. 
As células foram semeadas (5 x 103 células/poço) em placas de 96 poços e tratadas com concentrações do 
EAcCI (0, 5, 25, 50,75 e 100 μg/mL) em DMSO (1%) e DMEM (sem FBS). O veículo foi utilizado como controle. 
A viabilidade celular foi determinada pela redução do MTT para formazan em 570 nm nos tempos de 24h e 
72h. O IC50 foi estimado pela análise de regressão não-linear. Dados de duas populações foram comparados 
por Teste T pareado. Na análise do efeito dose-resposta, os dados foram comparados por ANOVA segundo 
dois critérios (concentração e tempo de exposição). RESULTADOS E DISCUSSÃO: O teor de FT no EAcCI 
foi 0,49 ± 0,01%. No ensaio de DPPH, os IC50 obtidos foram de 236,7 ± 1,32 µg/mL e 7,9 ± 0,01 µg/mL para o 
EAcCI e AA, respectivamente (p < 0,05). A atividade antioxidante total evidenciou 5 picos anódicos para o 
EAcCI na análise de DPV (Ep1a = 0,015 V, Ep2a = 0,254 V, Ep3a = 0,37 V, Ep4a = 0,844 V e Ep5a = 1,06 V) 
e a SWV revelou 2 picos anódicos e 1 pico catódico (Ep1a e Ep1c = 0,254 V). Para o AA, foi observado um 
único pico anódico (Ep1a = 0,273 V). O resultado do IE para o EAcCI foi de 42,64 μA/V, i.e., 2,6 vezes maior 
do que o obtido para o AA (16,33 μA/V). Na avaliação da citotoxicidade, os IC50 obtidos para o EAcCI em 24h 
e 72h de tratamento foram 255,8 μg/mL e 324,9 μg/mL, respectivamente. Em maior concentração e tempo de 
tratamento, o EAcCI exerceu efeito proliferativo (p < 0,05). CONCLUSÕES: O EAcCI apresenta capacidade 
antioxidante apreciável e baixa citotoxicidade (> 100 μg/mL) frente a linhagem celular humana de glioblastoma 
U87-MG. Seu efeito na proliferação celular será o alvo de novos estudos do nosso grupo de pesquisa, e.g., 
em modelos de cicatrização de feridas. 
 
Palavras-chave: Celtis, Flavonoides, Antioxidantes, Glioblastoma. 
 
Agradecimentos: FAPEMIG (APQ-00584-22), UFSJ, CAPES (001) 
 
 
 
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Estudo farmacocinético do sal sódico do ácido perílico, um 
monoterpeno derivado do óleo essencial de cítrico 
 
Thais de Sousa Rolim1; Antonio Carlos Siani1; José Luiz Mazzei1; Francisco José Roma Paumgartten2, 
Davyson de Lima Moreira1,3. thais.rolim94@gmail.com 
 
1Departamento de Produtos Naturais, Farmanguinhos, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ; 2Laboratório de 
Toxicologia Ambiental, ENSP, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ; 3Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio 
de Janeiro, RJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O óleo essencial de laranja é rico em limoneno, um monoterpeno que pode ser bio-oxidado 
por leveduras específicas para produzir ácido perílico (PA), uma substância que vem sendo investigada 
quanto à citotoxicidade sobre linhagens celulares cancerígenas.1,2 PA também é o principal metabólito 
encontrado no plasma de animais após administração oral do agente antitumoralálcool perílico. O presente 
trabalho apresenta o estudo do perfil farmacocinético do sal perilato de sódio (PNA), obtido pela neutralização 
do ácido S-(-)-perílico com metóxido de sódio. O fundamento desta opção foi o ganho de solubilidade da 
molécula em água devido ao seu caráter iônico, o que contribuiria para sua maior biodisponibilidade. De fato, 
a atividade citotóxica do PNA foi superior a PA sobre linhagens HT-29 e HCT-116 (adenocarcinoma de cólon 
humano) (dados não publicados). Esses resultados apontam o PNA como um potencial candidato a fármaco 
anticâncer, o que leva à busca em aprofundar as investigações farmacológicas com essa molécula. O 
presente estudo estabelece dados farmacocinéticos em roedores para avaliar os parâmetros relacionados à 
dosagem e posologia de PNA em sistemas fisiológicos. A primeira etapa envolveu o desenvolvimento e a 
validação de um método cromatográfico a ser aplicado na determinação, em CLAE-DAD, de PNA no plasma 
sanguíneo de camundongos. OBJETIVO: Avaliar o perfil farmacocinético in vivo do monoterpenoide ácido 
perílico na forma do sal sódico. METODOLOGIA: O método para analisar PNA no plasma foi desenvolvido 
previamente em CLAE-DAD,4 sendo validado num Equipamento Shimadzu Nexera XR, utilizando uma coluna 
RP-fenil 250 mm × 4,6 mm × 5 μm, com leitura em 218 nm, e fase móvel isocrática 45:55 (v/v) de acetonitrila/ 
ácido acético glacial (pH 3,0), em 50 ºC e fluxo de 1ml/min. As amostras de plasma foram obtidas de 
camundongos Swiss machos, com idade entre 6 e 8 semanas, tratados por via oral com 30 mg de PNA 
(dissolvido em água destilada). Os intervalos de coleta de sangue foram de 5, 10, 15, 30, 60, 90 e 120 min 
após a administração a grupos com 5 animais cada. O sangue foi retirado por punção cardíaca em frascos 
heparinizados, com o plasma separado por centrifugação, sendo submetido à precipitação de proteínas, 
seguindo protocolo desenvolvido no laboratório de Toxicologia Ambiental.O sobrenadante foi separado e 
analisado por CLAE. A permissão para experimentação animal está registrada no CEUA/Fiocruz sob no. LW-
60/19. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estudo do perfil farmacocinético do PNA indicou boa absorção oral. 
A concentração máxima (Cmax) no plasma de 500 μg/mL do PNA foi atingida em 15 min (tmax) após a 
administração. A Cmax diminui para 260 μg/mL em 30 min. Após 120 min, a Cmax aproximou-se do Limite de 
Quantificação (3 μg/mL). Esse perfil farmacocinético sugere que o PNA é rapidamente absorvido e eliminado. 
Os animais não demonstraram nenhum desconforto após a administração da substância. CONCLUSÕES: 
Os resultados demonstram que PNA, como potencial candidato a fármaco, tem rápida disponibilidade por via 
oral. A próxima fase do trabalho consiste em determinar o perfil farmacocinético em outros roedores e analisar 
os metabólitos plasmáticos por CLAE-EM. 
 
Palavras-chave: Farmacocinética, Monoterpenoide, Ácido Perílico, CLAE-DAD. 
 
Agradecimentos: CAPES, PROEP/FAR/Fiocruz/CNPq 440023/2022-0, LABTOX/ENSP/Fiocruz. 
 
 
 
42 
 
Desenvolvimento de formulações sob a forma de spray contendo óleos 
essenciais contra pulgas em animais de companhia 
 
Camyla Nunes e Silva1, Ingrid Lins Raquel de Jesus2; Fernando Rocha Miranda2; Mathias Pittizer Silva1; 
Alice Ortega do Nascimento1; Diefrey Ribeiro Campos2; Yara Peluso Cid3. raquellingrid@gmail.com 
 
1Graduação em Farmácia, UFRRJ; 2Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, UFRRJ; 
3Docente, Departamento de Ciência Farmacêuticas (DCFar),UFRRJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Os humanos e animais possuem um vínculo milenar, desde a caça até a domesticação dos 
animais de companhia. Devido esse laço cada vez mais estreito e a maior importância dos animais para seus 
tutores, surge uma preocupação relacionada à saúde desses animais, como as infecções causadas por 
ectoparasitos que podem infestar estes animais, muitos inclusive com caráter zoonótico. Os ativos sintéticos 
normalmente utilizados para tratar estas infestações, apresentam toxicidade ao animal, à saúde humana e ao 
meio ambiente. Para contornar esse problema, estudos com produtos de origem natural ganharam 
importância, dentre eles os óleos essenciais, que apresentam características ecofriendly e mostram ampla 
atividade inseticida contra diversos insetos. OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho foi desenvolver uma 
formulação tópica sob a forma de spray contra a pulga do gato Ctenocephalides felis felis, realizar análises 
físico-químicas; testes de estabilidade preliminar; e de eficácia residual in vitro. METODOLOGIA: Para o 
desenvolvimento da formulação spray, foram utilizados fitoinsumos; antioxidantes; agentes de acidificação e 
de tamponamento, promotor de penetração; tensoativo, quelante e veículo. Foram feitas três formulações, 
sendo um placebo, uma contendo óleo essencial de Illicium verum (anis estrelado) e uma contendo óleo 
essencial de Pelargonium graveolens (gerânio). Após preparo, as formulações foram armazenadas em frasco 
de vidro âmbar e transparente e ambos foram submetidos aos estudos de estabilidade, avaliando-se as 
características organolépticas, pH, centrifugação e ciclo de congelamento/aquecimento. O teste de eficácia 
residual in vitro foi realizado através da técnica de impregnação de papel filtro, em que impregna-se 200μL 
da formulação spray em tiras de papel filtro com 10cm², inseridas em tubos contendo 5 casais de pulgas 
adultas não alimentadas. Após 24 horas, avaliou-se a mortalidade das pulgas, substituindo as mesmas por 5 
novos casais, realizando o procedimento diariamente até não se observar mais mortalidade. RESULTADOS 
E DISCUSSÃO: Após preparo, as formulações desenvolvidas contendo Illicium verum e Pelargonium 
graveolens apresentaram-se líquidas, sem coloração, translúcidas e homogêneas; e quando submetidas a 
centrifugação por 30 minutos a 3000 rpm e por 5 horas a 3800 rpm, permaneceram homogêneas, sem 
presença de precipitados ou separação de fases. Quando realizado o ciclo de congelamento/aquecimento, 
as formulações permaneceram inalteradas, sem observação de oxidação após aquecimento e incidência 
constante de luz. As formulações de Illicium verum e Pelargonium graveolens apresentaram pH de 6,08 ±0,13 
e 6,49 ±0,23, dentro da faixa adequada para aplicação tópica em animais, que corresponde a faixa de 5,5 a 
7,0. A caracterização físico-química foi realizada pelo período de 3 meses, mantendo as mesmas 
características de quando elaboradas. Quanto à eficácia, a formulação contendo óleo essencial de Illicium 
verum apresentou eficácia residual por 23 dias, levando aproximadamente 13 dias para reduzir sua atividade 
em 50%, sendo que no 18º dia a mesma ainda possuía 40% de atividade; a formulação contendo óleo 
essencial de Pelargonium graveolens por sua vez, apresentou eficácia residual por 12 dias, reduzindo sua 
atividade a metade após o 8º dia de análise. CONCLUSÃO: Com isso, conseguiu-se desenvolver uma 
formulação sob a forma de spray, com as características necessárias para a aplicação tópica nos animais de 
companhia e com atividade pulicida in vitro, apresentando potencial para uso no controle de infestações 
causadas pela pulga Ctenocephalides felis felis. 
 
Palavras-chave: Bioensaios in vitro, Produtos naturais, Ectoparasiticidas. 
 
Agradecimentos: FAPUR e CNPq. 
 
 
 
43 
 
Perfil fitoquímico e avaliação da atividade antimicrobiana in vitro de 
extratos etanólico de rasuras comerciais de Matricaria recutita L. 
 
Natasha Alves Rocha1; Letícia Geovanna Cartonilho Siqueira1; William da Silva Sousa1, Girlene Soares 
de Figueirêdo2, Johnnatan Duarte de Freitas3, Ticiano Gomes do Nascimento4, Yáscara Lopes de 
Oliveira1, Laécio Santos Cavalcante1, Beneilde Cabral de Moraes1; Valdiléia Teixeira 
Uchôa1. natashalvesrocha@gmail.com 
 
1Programa de Pós-graduação em Química (PPGQ) - UESPI; 2Departamento de Parasitologia e Microbiologia, 
Universidade Federal do Piauí – UFPI; 3Departamentode Química, Instituto Federal de Alagoas – IFAL; 
4Departamento de Farmácia, Universidade Federal de Alagoas – UFAL. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A Matricaria recutita L., popularmente conhecida como camomila, é uma das plantas 
medicinais mais consumidas mundialmente. Seu amplo consumo ocorre devido a ação de seus compostos 
químicos bioativos, em especial aos compostos fenólicos apigenina e quercitrina, que se relacionam a 
atividade antifúngica e antibactericida. OBJETIVO: Diante disso, o presente trabalho propôs a realização do 
perfil fitoquímico de extratos etanólicos provenientes de nove rasuras comerciais de M. recutita, assim como 
a avaliação da atividade antimicrobiana dos extratos frente as bactérias Staphylococcus aureus (ATCC- 
25923) e Escherichia coli (ATCC-25922) e ao fungo Candida albicans (ATCC -10231). METODOLOGIA: 
Foram obtidas nove amostras de rasuras de camomila com diferentes fornecedores de produtos naturais na 
cidade de Teresina-PI. As amostras foram codificadas de A à I e, em seguida, foram preparados extratos 
etanólicos das rasuras em uma proporção de 2:10. Os extratos foram submetidos a verificação do perfil 
fitoquímico por meio da prospecção fitoquímica preliminar e da análise de nove compostos fenólicos com o 
auxílio de um Cromatograma Líquido de Ultra Eficiência (UPLC). Por fim, através da técnica de microdiluição 
seriada, determinou-se a concentração inibitória mínima dos extratos frente S. aureus, E. Coli e C. albicans. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com base nos resultados obtidos, podemos verificar que todos os extratos 
etanólicos de camomila apresentam compostos bioativos, incluindo taninos, flavonoides, catequinas e 
cumarinas. Os extratos etanólicos analisados exibiram os nove padrões previamente caracterizados. Dentre 
os nove padrões, os bioativos vitexina, amentoflavona e crisina mostraram-se como os componentes 
minoritários dos extratos referentes às amostras A, B, C, E (vitexina), D, F, H, I (amentoflavona), C e H 
(crisina). Embora tenham apresentado concentrações baixas, a acacetina e a pinocembrina demonstraram 
possuir percentuais estatisticamente consideráveis (>1 µg/mL) nos extratos etanólicos de M. recutita 
referentes aos codificados como B, D, E, F, G e H. Os bioativos apigenina, quercitrina, luteolina e catequina 
mostraram-se em maior concentração em todos os extratos, em especial na amostra F, com a concentração 
de 23,47µg/mL de quercitrina e na amostra D, com 24,30µg/mL de apigenina. Além disso, foi possível verificar 
a ação antimicrobiana dos extratos, que possuíram a ação de inibição antimicrobiana com a Concentração 
Inibitória Mínima para as bactérias e para os fungos igual a 6,25x103 µg/mL. CONCLUSÕES: Os extratos 
etanólicos de camomila indicaram uma rica variedade de compostos bioativos, incluindo taninos, flavonoides, 
catequinas e cumarinas, possuindo os derivados de flavonas apigenina, quercitrina, luteolina e catequina em 
maior concentração. A presença de tais flavonas comumente relacionadas a ação antimicrobiana justifica a 
atividade inibitória encontrada frente aos microrganismos S. aureus, E. coli e C. albicans, sugerindo um 
potencial uso em terapias antimicrobianas e como fonte de compostos bioativos para aplicações terapêuticas 
e nutricionais. 
 
Palavras-chave: Camomila, Antibactericida, Antimicrobiana, Compostos fenólicos. 
 
Agradecimentos: UESPI, UFPI, IFAL, UFAL e CAPES. 
 
 
 
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Estudo in silico e in vitro de chalconas sobre Helicobacter pylori 
 
Rodrigo Rezende Kitagawa1; Iago Tavares Spadeti1; Campili Mendes2; Ricardo Pereira Rodrigues1; 
Reginaldo Bezerra dos Santos3. rodrigo.kitagawa@ufes.br 
 
1Departamento de Ciência Farmacêuticas - UFES, Vitória, ES; 2Programa de Pós-Graduação em Química – 
UFES, Vitória, ES; 3Departamento de Química – UFES, Vitória, ES 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O Helicobacter pylori é uma bactéria Gram-negativa, microaerofílica e urease positiva, que 
coloniza exclusivamente o epitélio gástrico humano de cerca da metade da população mundial, sendo que 
sua distribuição é maior nos países em desenvolvimento. A infecção por esse patógeno é considerada como 
principal agente etiológico de gastrite, úlcera péptica e carcinoma gástrico. Adicionalmente, H. pylori é 
classificado como carcinogênico de classe I pela organização mundial de saúde (OMS) para desenvolvimento 
de câncer gástrico. A prevalência global de Helicobacter pylori se deve aos fatores da sua virulência, aumento 
de resistência contra antibióticos amplamente prescritos e falta de adesão ao tratamento devido ao custo e 
possíveis efeitos colaterais, com isso, a busca por novas opções terapêuticas anti-H. pylori tornou-se 
prioridade em estudos científicos, no sentido de encontrar novas drogas eficazes e seguras. Neste contexto, 
no âmbito da descoberta de novos fármacos, as chalconas podem ser uma alternativa para encontrar novos 
inibidores mais potentes dada a sua diversidade estrutural e potencial atividade biológica. OBJETIVO: Avaliar 
o potencial anti-Helicobacter pylori de uma série de chalconas sintéticas através de estudos in silico e in vitro. 
METODOLOGIA: Foi realizada uma triagem virtual de 22 estruturas de chaconas obtidas por síntese orgânica 
para a seleção de um alvo biológico contra H. pylori, utilizando a Predição de Espectros de Atividade para 
Substâncias (PASS), servidor on-line, além da análise da similaridade de Tanimoto. Através desses estudos 
foram selecionadas 5 chalconas pela comparação de melhor valor, tanto pelo programa PASS, quanto pela 
similaridade de Tanimoto, e, posteriormente, docking molecular para avaliar interação das chalconas no sítio 
ativo da fumarato redutase, enzima que demonstrou no PASS alta probabilidade de atividade. Além disso, 
para a validação de modelo in silico das chalconas selecionadas, foi avaliado a atividade anti-H. pylori in vitro 
através de ensaio de microdiluição em caldo, a fim de determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e 
Concentração Bactericida Mínima (CBM). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Infere-se que de todas as 
chalconas avaliadas no PASS, apenas cinco apresentaram probabilidade de atividade e/ou um alvo de ação 
anti-H. pylori, sendo promissoras inibindo a enzima fumarato redutase, tendo o valor de probabilidade de 
atividade (Pa) variando de 0,437 à 0,541. Assim, buscou-se na literatura inibidores reportados para fumarato 
redutase ao qual foi encontrada licochalcona A, no sentido de realizar a similaridade de Tanimoto comparando 
com o PASS das 5 chalconas com resultado promissoras, a saber: Benzalacetofenona (PASS - 0,541 / 
Tanimoto - 0,49); 2,4-metoxichalcona (PASS - 0,418 / Tanimoto - 0,8); 2-Metoxichalcona (PASS - 0,437 / 
Tanimoto - 0,7); 3-Metoxichalcona (PASS - 0,500 / Tanimoto - 0,55) e 4-Metoxichalcona (PASS - 0,532 / 
Tanimoto - 0,64). O resultado de atividade anti-H. pylori in vitro aponta as chalconas mais ativas, 
Benzalacetofenona e 2-Metoxichalcona, ambas mostraram CIM de 8 (µg/ml), seguidos da 3-Metoxichalcona 
com CIM de 16 (µg/ml), sendo que 2,4-metoxichalcona e 4-Metoxichalcona não apresentaram resultados 
satisfatórios. No entanto, nenhuma das chalconas ativas exibiram valor de CBM nas concentrações testadas, 
sugerindo atividade bacteriostática. Adicionalmente, docking molecular mostrou atividade promissora para 
Benzalacetofenona, 2-Metoxichalcona e 3-Metoxichalcona de interagirem no sítio ativo de furamato redutase 
mimetizando a ligação de hidrogênio com o resíduo de aminoácido Arg404.CONCLUSÕES: Os achados in silico 
indicam um potencial de interação com a enzima fumarato redutase para as três chalconas mais ativas in 
vitro, podendo estas serem candidatas a um futuro desenvolvimento de novos fármacos contra H. pylori. 
 
Palavras-chave: Anti-Helicobacter pylori, Furamato reductase, Chalconas, Triagem virtual, Docking molecular 
 
Agradecimentos: FAPES, CAPES e CNPq.45 
 
Avaliação da eficácia no uso de solidagenona, obtida a partir da 
Solidago chilensis, no combate a esquistossomose 
 
Maria Clara Teixeira Cerri1; Ricardo Luís Nascimento de Matos2; Jéssica Bassetto Carra3; Andressa 
Maria Rorato Nascimento de Matos4; Breno Cézar da Silva5; Lizandra Guidi Magalães6 Ana Paula 
Frederico Rodrigues Loureiro Bracarense7; Janice Aparecida Rafael Arakawa8; Nilton Syogo 
Arakawa9; macerri2002@gmail.com 
 
1Departamento de Ciência Farmacêuticas – UEL; Departamento de Ciência Exatas – UEL; 2 Departamento de Medicina 
Veterinário Preventiva – UEL; 3Laboratório de Pesquisa em Parasitologia – UNIFRAN4. 
 
Sessão temática: Atividades Biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A esquistossomose é uma doença parasitária tropical causada pelo Schistosoma mansoni. 
O tratamento atual com praziquantel apresenta efeitos adversos como urticária, vômito e fraqueza. A Solidago 
chilensis, ou arnica brasileira, é uma planta pertencente à família Asteraceae foi demonstrado que o seu 
extrato bruto promoveu atividade contra o S. mansoni adulto. A solidagenona, um diterpeno furano lábdano, 
é um dos principais compostos bioativos da planta, encontrada em inflorescências, raízes e rizomas. Estudos 
indicam que a solidagenona apresenta diversos efeitos biológicos, incluindo atividade anti-inflamatória, 
gastroprotetora, anti-tumoral e leishmanicida in vitro e in vivo. Além disso, a solidagenona é uma molécula 
extremamente versátil que apresenta uma grande diversidade de análogos obtidos por modificações 
estruturais induzidas por microorganismos e/ou por semi-sintese. OBJETIVO: Avaliar a eficácia na 
motilidade/viabilidade in vitro de adultos de S. mansoni em resposta a diversas concentrações de 
solidagenona isolada a partir das raízes e rizomas de S. chilensis. METODOLOGIA: As raízes e rizomas da 
S. chilensis foram colhidas durante a floração e a exsicata foi depositada no Herbário da UEL (FUEL 54685) 
e registrado no SIGEN sob o código A14A92F. As partes subterrâneas foram secas em estufa a 37 °C e 
trituradas em moinho de facas para obtenção do extrato bruto diclorometânico. Este extrato foi submetido a 
cromatografia líquida a vácuo em gradiente crescente de polaridade, resultando em 9 frações. A fração 3 (4:1 
hexano; acetato de etila) apresentou um precipitado branco que foi lavado e posteriormente submetido ao 
processo de recristalização. Os cristais obtidos foram avaliados por RMN 1H e 13C e HRMS. Após a 
identificação da solidagenona, o composto foi submetido a testes in vitro para avaliar a mobilidade dos vermes 
adultos de S. mansoni. Para isso, os vermes adultos foram cultivados e transferidos para placas de 24 poços 
contendo meio de cultura e incubados por 24 horas para aclimatação. Em seguida, 56 casais foram 
submetidos ao teste de mobilidade, utilizando 8 casais para cada tratamento: DMSO 0,5% (controle negativo), 
praziquantel (PZQ) (controle positivo) e cinco concentrações diferentes (3,125; 6,25; 12,5; 25 e 50 µM) de 
solidagenona. As análises foram realizadas em microscópio invertido em três tempos distintos (24, 48 e 72 
horas) a fim de avaliar a mobilidade dos vermes, conforme escala de 0 a 3, de acordo com a mobilidade: 3 
para vermes normais; 2 para movimentos lentos; 1 para movimentos severamente reduzidos; 0 para nenhum 
movimento, durante 2 minutos de observação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados dos parâmetros 
espectroscópicos dos cristais quando comparados a literatura, confirmaram que fora isolado 232 mg de 
solidagenona que possui massa de 316 g/mol e deslocamentos químicos característicos O diterpeno testado 
apresentou efeito redutor na mobilidade dos vermes adultos em 29,63%, 33,33% e 35,19% após 24, 48 e 72 
horas, respectivamente na concentração de 50 µM. Quando comparado a literatura, outros compostos que 
possuem o anel furano mostraram atividade anti-esquistossomose in vitro, tais como: o ácido (-)-poliático e o 
ácido ent-hardwickiico, diterpenos, labdano e clerodano respectivamente. Ambos os compostos possuem um 
grupamento carboxílico e uma dupla ligação em parte de sua estrutura. O ácido ent-copalico, outro labdano 
que não possui o anel furano e apresenta um grupamento carboxílico e uma dupla ligação, contudo, sem 
indicar o efeito anti-esquistosoma, o que sugere a importância do grupo furano para o efeito 
esquistossomicida. CONCLUSÕES: De acordo com os resultados obtidos, observa-se que a solidagenona 
isolada de Solidago chilensis reduz a viabilidade dos vermes adultos, portanto estudos com análogos 
contendo o anel furano devem ser realizados a partir dos processos de semi-síntese ou biotransformação, 
além da possibilidade do uso de ancoragem molecular ou ensaio in sílico, visando a melhoria de seu efeito 
esquistossomicida. 
 
Palavras-chave: Anel furano, Solidagenona, Solidago chilensis, Schistosoma mansoni, lábdano diterpeno. 
 
Agradecimentos: Fundação Araucária, CNPq, FAPESP, SETI -PR 
 
 
 
 
 
 
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Efeitos da suplementação de curcumina na doença hepática gordurosa 
associada à disfunção metabólica 
 
Odara Champoudry da Silva1; Maysa Souza de Alencar1; Lucas Martins França2; Bruno Araújo Serra 
Pinto2; Perla Lopes de Freitas2; Marisa Cristina Aranha Batista3; Karla Frida Torres Flister1. 
oc.silva@discente.ufma.br 
 
1Departamento de Farmácia/ 2Departamento de Ciências Fisiológicas - Universidade Federal do Maranhão (UFMA); 
4,5Coordenação do Curso de Enfermagem, Centro de Ciências de Pinheiro/UFMA, Pinheiro, MA. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica (DHGADM) é caracterizada 
pelo acúmulo excessivo de gordura hepática (5-10% nos hepatócitos), que ocasiona desde uma esteatose 
hepática simples, podendo evoluir para esteatose hepatite não alcoólica, levando a quadros mais graves 
,como fibrose e carcinoma hepatocelular. A DHGADM é o distúrbio hepático de maior prevalência 
mundialmente, porém ainda há uma escassez de tratamentos eficazes na fisiopatologia dessa doença. Desse 
modo, a curcumina, um polifenol isolado da Curcuma longa L. , revela-se como um importante candidato para 
terapia da DHGADM. OBJETIVO: Investigar os principais efeitos terapêuticos da curcumina no tratamento da 
doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de 
literatura com inclusão de pesquisas epidemiológicas e experimentais publicadas nos últimos 5 anos. Os 
descritores utilizados foram “non-alcoholic fatty liver disease” AND “curcumin”. RESULTADOS E 
DISCUSSÃO: A DHGADM tem como principais alterações metabólicas a resistência à insulina e o aumento 
da disponibilidade de ácidos graxos (AG) ao fígado. O excesso de AG no fígado promove estresse oxidativo 
que acarreta morte celular e inflamação hepática. Nesse sentido, estudos apontam a curcumina como uma 
potencial opção terapêutica para a DHGADM, devido suas ações antioxidante, anti-inflamatória e 
hipolipemiante. O efeito anti-inflamatório da curcumina envolve a redução de citocinas pró-inflamatórias, 
proteína C reativa e produtos da peroxidação lipídica. Enquanto sua atividade antioxidante promove o 
aumento da atuação de enzimas antioxidantes: glutationa peroxidase (GPX), da superóxido dismutase 
(SOD), heme oxigenase-1 (HO-1), sobretudo da homocisteína, que inibe a síntese do radical ânion 
superóxido. É importante ressaltar que além das atividades antioxidante e anti-inflamatória, a curcumina é 
capaz de retardar a progressão da DHGADM para fibrose, devido sua capacidade de inibir a síntese e induzir 
a apoptose das células estreladas hepáticas. Nessa perspectiva, é importante enfatizar que a suplementação 
com curcumina (1500 mg/dia por 8 semanas) ocasionou reduções significativas nos níveis de alanina 
aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) de pacientes com DHGADM, indicando a 
redução de danos nos hepatócitos. Outrossim, a curcumina mostrou-se capaz dereduzir a 
hipertrigliceridemia, visto que esse polifenol atua regulando negativamente as enzimas e receptores 
envolvidos na lipogênese, tais como Acetil-CoA carboxilase, colesterol aciltransferase, 3-hidroxi-3-
metilglutaril-coenzima, apolipoproteína B-100 e colesterol-aciltransferase,e por sua vez esse efeito também 
previne as complicações cardiovasculares da DHGADM. Entretanto, é importante enfatizar que a curcumina 
apresenta baixa biodisponibilidade oral, devido a sua baixa dissolução, requerendo um tratamento com doses 
de até 1,5g/dia por pelo menos 8 semanas para promover seus efeitos sobre a DHGADM, entretanto altas 
doses (>8g/dia) podem causar dor no estômago e náuseas e devem ser evitadas. CONCLUSÕES: A 
suplementação com curcumina é uma alternativa promissora para o tratamento da DHGADM por meio 
de distintos mecanismos de ação promovendo uma melhora significativa na progressão dessa doença. 
 
Palavras-chave: Curcumina, Fitoterapia, Hepatopatia gordurosa não alcoólica. 
 
Agradecimentos: Universidade Federal do Maranhão-UFMA. 
 
 
 
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Caracterização química e avaliação in vitro e in silico da atividade 
hipoglicemiante de Clusia grandiflora (Clusiaceae) 
 
Samuel dos Santos Soares Buna1, Amanda de Jesus Alves1, Aldilene da Silva Lima1, Cláudia Quintino 
da Rocha1. samuel.buna@discente.ufma.br 
 
1Laboratório de Química de Produtos Naturais - UFMA 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A prevalência de diabetes vem aumentando nos últimos anos, o que contribui para uma grave 
ameaça à saúde humana. Nesse sentido, surge a busca de hipoglicemiantes advindos de origem natural, os 
quais podem propiciar ótima ação farmacológica e com provável redução de toxicidade, efeitos colaterais e 
custos. Clusia grandiflora pertence à família Clusiaceae e é conhecida popularmente como “cebola berrante”, 
encontrada frequentemente no estado do Maranhão. Assim, tendo em vista a riqueza fitoquímica e biológica 
de espécies da família Clusiaceae e a utilização tradicional destas para diabetes, se propôs a realização deste 
estudo com Clusia grandiflora, haja vista seu potencial químico. OBJETIVO: Caracterizar os metabólitos 
secundários presentes no extrato dos frutos de Clusia grandiflora e avaliar seu potencial hipoglicemiante in 
vitro e in silico. METODOLOGIA: Os frutos foram secos, triturados e usados para preparação do extrato 
hidroetanólico, por percolação com etanol 70% (v/v). Em seguida, foi realizado o fracionamento do extrato por 
partição líquido/líquido usando diclorometano/metanol/água. As frações diclorometânica e aquosa, e extrato 
bruto, foram diluídas em acetonitrila grau HPLC para a obtenção dos perfis cromatográficos. A caracterização 
química foi feita através da Cromatografia Líquida Acoplada à Espectrometria de Massas (LC-MS). A 
avaliação do potencial hipoglicemiante foi feita in vitro, a partir do efeito inibitório da enzima α-glucosidase, 
utilizando a arcabose como inibidor padrão. A avaliação in silico foi realizada a partir de docagem molecular 
com o pacote AutoDock Vina. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a utilização da técnica LC-MS foram 
identificadas, no extrato bruto, dez substâncias pertencentes à classe das benzofenonas. No ensaio 
enzimático, o extrato bruto e a fração aquosa mostraram inibição sobre à enzima α-glucosidase. O extrato 
bruto foi capaz de inibir a atividade da enzima nas concentrações de 500, 250 e 125 µg/mL, com inibição 
maior que 50%, em comparação a arcabose (10 mg/mL) que apresentou inibição de 45%. O estudo in silico 
demonstrou o potencial de inibição da enzima α-glucosidase dos compostos identificados por LC-MS, 
havendo destaque para os compostos nemorosona, propolona C e garcinol, que tiveram representativa 
interação do complexo (enzima + proteína) e da proteína. O garcinol, através da dinâmica molecular 
apresentou menor variação durante os 42 ns, o qual manteve uma estabilidade e consequentemente uma 
melhor interação com o alvo. CONCLUSÕES: A partir deste trabalho, foi possível caracterizar metabólitos 
presentes no extrato e identificar a presença de diferentes compostos com potencial ação hipoglicemiante, 
conforme os ensaios enzimáticos e computacionais. No entanto, baseado no potencial químico, estudos mais 
detalhados como, interações sinérgicas e isolamentos de compostos deverão ser realizados para melhorar o 
potencial biofarmacológico da espécie. 
 
Palavras-chave: Diabetes, Frutos, Benzofenonas. 
 
Agradecimentos: UFMA, FAPEMA e CAPES 
 
 
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Inibição enzimática de SARS-CoV-2 Mpro e PLpro por fenólicos de Antiviral 
Medicinal Plants and Natural Products Database (avMpNp DB) 
 
Daniela Quadros de Azevedo1; Mateus Sá Magalhães Serafim2,3. Thaís Helena Maciel Rachel Oliveira 
Castilho1; Vinícius Gonçalves Maltarollo1; Anthony J. O’Donoghue2. daniquadrosazevedo@gmail.com 
 
1Departamento de Produtos farmacêuticos - Faculdade de Farmácia (Fafar) – UFMG; 2Skaggs School of 
Pharmacy and Pharmaceutical Sciences - University of California San Diego (UCSD); 3Departamento de 
Microbiologia, Instituto de Ciências Biológicas - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); 
5Departamento de Matéria Prima , Faculdade de Farmácia, (UFRGS). 
 
Sessão temática: Atividade biológica de produtos naturais in vitro e in vivo. 
 
INTRODUÇÃO: A investigação por potenciais antivirais para o tratamento da COVID-19 e outras viroses entre 
plantas medicinais e substâncias isoladas da biodiversidade brasileira e outros ecossistemas mundiais, é uma 
relevante perspectiva para busca de novas opções terapêuticas. Há resultados de plantas medicinais e 
substâncias isoladas com atividade antiviral obtidos por vários grupos de pesquisa, e que devem ser ainda 
mais estudadas. A reunião desses resultados em BD para auxiliar a própria comunidade científica a alavancar 
suas pesquisas por meio do conhecimento que já existe, converte-se em uma ferramenta relevante para o 
desenvolvimento de novos fármacos e medicamentos. Nesse sentido, foi desenvolvido o banco de dados 
avMpNp DB (Antiviral Medicinal Plants and Natural Products database). avMpNp DB desempenha papel 
relevante como fonte de aquisição, organização e distribuição de conhecimentos voltados para a resolução 
de questões tão urgentes, como a busca de novos fármacos para COVID-19 e outras infecções virais. Suas 
informações já possibilitaram a seleção racional de substâncias promissoras para estudos in vitro e in vivo, 
as quais podem ser possíveis protótipos para o desenvolvimento de medicamentos, inicialmente para a 
COVID-19 e para outros vírus de impacto sobre a saúde pública. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é a 
avaliação da inibição enzimática in vitro de fenólicos promissores apontados por avMpNp DB, frente às 
enzimas Mpro e PLpro de SARS-CoV-2. METODOLOGIA: SARS-CoV-2 Mpro recombinante foi expressa em 
E. coli e purificada, enquanto a SARS-CoV-2 PLpro foi obtida da Acro Biosystems, PAE-C5184. A inibição 
enzimática das substâncias fenólicas foi avaliada na concentração de 20 μM. A IC50 foi avaliada para 
substâncias que inibiram a atividade enzimática em 50% ou mais. Os valores de IC50 foram calculados por 
regressão não linear e o desvio de cada ponto foi inferior a 10%. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após 
avaliação e curadoria das informações de substâncias bioativas com potencial antiviral selecionadas do 
avMpNp DB, os ácidos caféico, clorogênico, ferúlico, gálico e p-cumárico foram selecionados para ensaios de 
inibição enzimática in vitro. Entre os compostos inicialmente testados, ácido cafeico e ácido gálico inibiram 
pelo menos 50% da atividade do SARS-CoV-2 Mpro. Quanto aos ensaios de inibição enzimática com SARS-
CoV-2 PLpro, com exceção do controle positivo GRL-0617, nenhuma das substâncias testadas inibiu pelo 
menos 50% da enzima a 20 µM. A IC50 obtida para os ácidos caféico e gálico frente a Mpro foi bastante 
promissora, revelando valores de 15.795 ± 0.155 μM e 6.308 ± 0.296 μM, respectivamente. O ácidocafeico 
é um dos componentes da matriz química de Baccharis dracunculifolia, uma planta nativa do Brasil, da qual 
se obtém a própolis verde. Estudos que investigaram o potencial da própolis verde contra os mecanismos de 
infecção pelo SARS-CoV-2 indicaram os efeitos inibitórios contra a ACE2 (enzima conversora de angiotensina 
2) e TMPRSS2, que são importantes para a entrada viral na célula do hospedeiro. Além disso, a atividade 
antiviral da própolis verde para diversas viroses já foi in vitro e in vivo com resultados promissores. 
CONCLUSÕES: Das substâncias avaliadas, obtidas de avMpNp DB, frente à inibição das enzimas Mpro e 
PLpro de SARS-CoV-2, o ácido cafeico e o ácido gálico mostraram-se potencialmente promissores para novos 
estudos para o desenvolvimento de novos fármacos para o SARS_CoV-2. Adicionalmente, o 
desenvolvimento e manutenção de um sistema computacional online, avMpNp DB, alimentado com 
informações sobre produtos naturais e plantas medicinais com atividade antiviral foi uma ferramenta que 
forneceu informações químicas e biológicas de substâncias potenciais, para estudos de candidatos a 
fármacos antivirais. 
 
Palavras-chave: Antiviral, Banco de Dados, Inibição Enzimática, Produtos naturais, Plantas medicinais. 
 
Agradecimentos: CAPES. 
 
 
 
 
 
 
 
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Anti-leishmanial screening, cytotoxicity, and chemical composition 
of essential oils of two Lavandula species 
 
Ana Clara B. Maria1; Aline de S. Ramos1; Airton de J. Silva1; Maria Athana M. da Silva1; Jefferson Rocha 
de A. Silva2; Kamila M. Sette3; Igor A. Rodrigues3; Ana Claudia F. Amaral1. anaclarabm@gmail.com 
 
1 Departamento de Produtos Naturais, Farmanguinhos, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ; 2Departamento de 
Química, UFAM, Manaus, AM; 3Departamento de Produtos Naturais e Alimentos, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUCTION: Leishmaniasis is a group of diseases classified as Neglected Tropical Diseases (NTD) and 
caused by protozoa from more than 20 species of the genus Leishmania, which lead to various health, social 
and biological problems. There are no vaccines against human leishmaniasis, but there are a number of drugs 
available for the treatment, but they present high toxicity and a series of side effects. As an alternative, the 
study of medicinal plants and their derivatives have been highlighted due to the complexity and presence of 
bioactive substances. In this context, there are two species of the genus Lavandula: L. dentata and L. sp, 
which are not native to Brazil, but have good adaptation. The compositions of the essential oils vary greatly 
depending on climatic conditions and collection sites, therefore establishing the chemical profile is important. 
OBJECTIVE: Obtain the EOs of L. dentata and L. sp, establish their chemical compositions, and evaluate 
their cytotoxicity and anti-leishmanial activities. METHODOLOGY: EOs were obtained through 
hydrodistillation using Clevenger aparattus for 2 hours and the chemical analysis were conducted by Gas 
Chromatography coupled to Mass Spectrometry (GC-MS) equipped with a DB-5 column (30 m X 0.25, 0,255 
µm film thickness) and column temperature program starting at 40 °C, increasing to 300 °C at 5 °C/min. Helium 
was the carrier gas (1mL/min). The substances were identified by Wiley data system library of the equipment. 
The complementary assay of cytotoxicity in VERO cell lines were conducted by the MTT method with different 
concentrations and tested to calculate the cytotoxic concentration for 50% of cells in culture (CC50). Cell 
suspension and 1% DMSO were used as a positive control and 10% Tween 80 solution was used as a 
negative control. The anti-leishmanial screening was performed with promastigotes of Leishmania 
amazonensis by colorimetric assay using resazurin and the mean inhibition concentration (IC50) values were 
calculated and expressed in µg/mL. The species Lavandula sp. is under botanical identification process. 
RESULTS AND DISCUSSION: The chemical analysis of the EOs showed as major constituent of L. dentata, 
the monoterpene 1,8-cineol (45,14%), which is consistent with the literature data, while L. sp. presented endo-
borneol (40.23%) as the main component. Both EOs showed proliferative and non-cytotoxic activity at 
concentrations ≥ 25 µg/mL, and it was not possible to calculate CC50 values. According to the results shown 
in the anti-leishmanial assay, it was also not possible to calculate the IC50 of the L. dentata EO as it failed to 
reach 50% cell inhibition, while the EO from L. sp. resulted in a positive inhibition above 300 µg/mL. 
CONCLUSIONS: The main compounds found in the EOs of L. dentata and L. sp. grown in Brazil are classified 
as monoterpenes. The evaluated EOs were not cytotoxic. L. dentata did not exhibit anti-leishmanial activity in 
this preliminary study, while L. sp. exhibited low activity. 
 
Keywords: Essential oil, Lavender, Leishmania, Monoterpenes, Cytotoxicity. 
 
Acknowledgment: PROEP/ CNPq 440011-2022-1. 
 
 
 
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Chemical profile and anti-leishmanial activity of the aqueous 
extract and fractions of Alpinia zerumbet ‘variegata’ leaves 
 
Thiago M. M. Freitas1; Jefferson D. da Cruz1; Maria Athana M. da Silva1; Ana Clara B. Maria1; Jefferson 
Rocha de A. Silva2; Kamila Marques Sette3; Igor A. Rodrigues3; Ana Claudia F. Amaral1. 
tmmfreitas99@gmail.com 
 
1Departamento de Produtos Naturais, Farmanguinhos, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ; 2 Departamento de 
Química, UFAM, Manaus, AM; 3Departamento de Produtos Naturais e Alimentos, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUCTION: Alpinia zerumbet (Pers.) B. L. Burtt & R. M. Smith is a species from East Asia well adapted 
to Brazil and used in folk medicine, cooking and cosmetic products. In its chemical composition, the presence 
of flavonoids, aromatic hydrocarbons, phenolic acids, and terpenoids, among others, is noted. A variegation 
in the leaves of this species caused by the absence of chlorophyll in certain parts botanically designated it as 
Alpinia zerumbet (Pers.) B. L. Burtt & R. M. Smith 'Variegata' and increased its use as an ornamental plant. 
Despite the increase in the number of studies for the genus, the potential of A. zerumbet variegation remains 
unexplored, requiring further phytochemical and pharmacological studies. In addition, A. zerumbet 'Variegata' 
has few studies regarding its chemical composition and biological activities, as it is often treated as A. 
zerumbet. However, some studies indicate that despite their genetic proximity, they show differences in terms 
of chemical constituents. OBJECTIVE: Evaluate the chemical composition of the liquid liquid partition of the 
aqueous extract obtained from the leaves of A. zerumbet 'Variegata' and its anti leishmanial activity. 
METHODOLOGY: The aqueous extract of A. zerumbet 'Variegata' leaves was obtained through 
hydrodistillation in the Clevenger apparatus for 2 hours. The aqueous extract was submitted to liquid-liquid 
partition with hexane, dichloromethane and ethyl acetate, subsequently. The hexane fraction was analyzed 
by Gas Chromatography coupled to Mass Spectrometry (GC-MS) equipped with a DB-5 column (30 m X 0.25, 
0,255 µm film thickness) and column temperature program starting at 40 °C, increasing to 300 °C at 5 °C/min. 
Helium was the carrier gas (1mL/min). The substances were identified by Wiley data system library of the 
equipment and data from literature. The anti-leishmanial assays were performed with the promastigotes forms 
of Leishmania amazonensis. RESULTS AND DISCUSSION: The chemical profile by TLC (silica gel) of 
hexane, dichloromethane, and ethyl acetate fractions showed, after using chemical reagents, mainly 
terpenoids and phenolic compounds. The analysis of the hexane and dicloromethane fractions by GC-MS 
presented two kavalactonesas major compounds: dihydro 5,6- dehydrokawain and 5,6-dehydrokawain, that 
are also found in A. zerumbet without variegation and have important associated biological activities. Both 
fractions exhibited anti-leishmanial activity with values of IC50 between 60 and 90 µg/mL. CONCLUSIONS: 
This study presents the chemical classes of A. zerumbet 'Variegata' by TLC profile and GC-MS analysis. The 
reported method to obtain the aqueous extract and consequently the organic fractions proved to be effective 
for quickly obtaining kavalactones as major compounds. Other studies are underway to evaluate the 
amastigote forms of L. amazonensis and cytotoxic activity of the bioactive fractions and compounds of this 
plant. 
 
Keywords: Alpinia, Hexane extract, Leishmania, Chromatography, Variegation. 
 
Acknowledgement: CNPq, FIOCRUZ, PIBIC. 
 
 
 
51 
 
Uso da quercetina na profilaxia da doença periodontal canina: atividade 
antimicrobiana e desenvolvimento de formulação 
 
Taynara Monsores e Silva1; Ingrid Raquel Lins de Jesus1; Giovanna P. V. Santos2; Matheus Eduardo 
C. da Silva2; Karen K. S. de Lima2; Mayara Gomes Oliveira2; Thereza Cristina C. Patricio1; Shana de 
Mattos de Oliveira Coelho3; Yara Peluso Cid4. taynaramonsores@hotmail.com 
 
1Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias - UFRRJ; 2Graduação em Farmácia - UFRRJ; 3Departamento de 
Microbiologia e Imunologia Veterinária (DMIV) - UFRRJ; 4Departamento de Ciências Farmacêuticas (DCFar) - UFRRJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A doença periodontal (DP) advém de uma inflamação progressiva devido ao acúmulo de 
placa bacteriana nos dentes e nos tecidos gengivais. Estudos de prevalência demonstram que mais de 70% 
dos cães adultos dispõem da doença. Porém, devido a ação da saliva e as atividades mecânicas, o tratamento 
disponível no mercado pode ser prejudicado. A inovação no desenvolvimento de formulações bucais é 
extremamente relevante devido à alta capacidade de absorção da cavidade oral. Além disso, a aplicação 
localizada reduz significativamente a possibilidade de efeitos colaterais e potencializa a eficácia terapêutica. 
O uso de plantas medicinais pode oferecer uma alternativa aos produtos sintéticos e ao combate da 
resistência bacteriana, tornando-se uma opção considerável para a higiene bucal em animais. A quercetina 
(QRC) é um flavonóide encontrado em diferentes espécies botânicas, e tem sido amplamente estudada por 
sua eficácia contra bactérias suscetíveis e resistentes. Além disso, possui atividade regenerativa dos tecidos 
moles e duros, os mesmos presentes na mucosa oral. Deste modo, a QRC se apresenta como uma molécula 
propícia para o desenvolvimento de uma formulação com propriedades mucoadesivas e tempo de residência 
prolongado, visando a prevenção da DP. OBJETIVO: O objetivo do trabalho foi determinar a concentração 
inibitória mínima (MIC) e a concentração bactericida mínima (CBM) de QRC frente a cepas bacterianas. Bem 
como, estimar a concentração do flavonóide a ser incorporada na formulação, desenvolve-la e caracteriza-la 
preliminarmente. METODOLOGIA: Para os ensaios de MIC e CBM, foram preparadas 9 soluções com 
concentrações na faixa de 31,25µg/mL à 500µg/mL de QRC solubilizada em dimeltilsulfóxido. Sua atividade 
foi testada frente a cepas sensíveis e resistentes de E. coli, S. aureus, S. pseudointermedius, Pseudomonas 
e Streptococcus. Já no desenvolvimento da formulação foi empregada a técnica de Solvent Casting, com uma 
etapa de secagem em estufa com circulação de ar à 60 °C por 24h. Seus ensaios preliminares dispuseram 
de análise de aspecto visual, espessura, pH de superfície, grau de intumescimento em saliva artificial (pH=8) 
e uniformidade de peso. Todas as análises foram realizadas em triplicata.RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
Nos ensaios microbiológicos foi obtida MIC de 31,25µg/mL para todas as cepas testadas. A CBM para E. coli 
e S. aureus sensíveis foi obtida em 31,25µg/mL. Enquanto, para as demais seria necessária uma 
concentração acima de 500µg/mL. Estes resultados sugerem que a utilização de QRC em uma formulação é 
viável, uma vez que o valor de MIC é baixo para todas as cepas, incluindo as resistentes. Assim, foi possível 
o desenvolvimento de um filme com a seguinte composição: polímero formador de filme (4%), agente 
reticulante (0,6%), promotor de penetração (10%), solução conservante (5%), agente plastificante (5%) e ativo 
(0,5%). O produto apresentou coloração amarela e exibiu-se sem a presença de cristais, demonstrando que 
não houve precipitação de nenhum dos componentes. A espessura do filme obtida foi de 3 ± 1 mm, revelando- 
se apropriada para formulação oral, pois uma camada fina reduz o incomodo durante a aplicação. O pH de 
superfície apresentou valor médio de 6 ± 0,3, ou seja, próximo a neutralidade, sendo incapaz de induzir lesões 
na mucosa. Quanto a uniformidade de peso, análise que está diretamente associada a padronização da dose, 
foram obtidos valores de 0,0360 ± 0,0029 g/cm2.. No que se refere ao grau de intumescimento, em 5 minutos 
atingiu-se 202,8 ± 19,18 %. Estes valores estão em concordância com os parâmetros definidos na literatura, 
onde prevê que valores acima de 100% são adequados para auxiliar na capacidade de mucoadesão do filme 
e na liberação do ativo. CONCLUSÃO: Portanto, os testes até aqui realizados sugerem que a formulação 
contendo QRC apresenta características convenientes do ponto de vista microbiológico e farmacotécnico. 
Podendo ser considerada uma alternativa promissora para profilaxia da DP. 
 
Palavras-chave: Formulação veterinária, Atividade antibacteriana, Doença periodontal, Quercetina. 
 
Agradecimentos: CAPES, CNPq e FAPUR. 
 
52 
 
Caracterização química e biológica de óleos essenciais de quatro 
Plectranthus amboinicus 
 
Pedro Augusto de Souza¹; Cristiano Medri¹; Victor Hugo Montini²; Sérgio Paulo Dejato da Rocha²; 
Nilton Syogo Arakawa3; Ligia Erpen-Dalla Corte4; Luís Henrique Tutida Yokota4; Hideraldo Zampar 
Junior4; Onaur Ruano5. pedroaugusto.souza@uel.br 
 
¹Departamento de Biologia Animal e Vegetal (BAV) – UEL; ²Departamento de Microbiologia (MIC) – UEL; 3Departamento 
de Ciências Farmacêuticas (DCF) – UEL; 4Departamento de Agronomia (DA) – UEL; 5Pacha Mama Agroecologia, Ibiporã, 
PR. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A busca por antibióticos mostra-se cada vez mais necessária dada ao surgimento de mecanismos 
de resistência em microrganismos. Assim sendo, as plantas são uma fonte muito promissora de biomoléculas com 
diversas atividades biológicas: em especial as plantas aromáticas que, desde tempos antigos, são usadas como 
condimentos e remédios. Dentre as diversas plantas utilizadas, o gênero Mentha se mostra comum em usos 
populares. Logo, a espécie Mentha x piperita, muito utilizada industrialmente, produz diversos compostos voláteis 
que podem ser obtidos na forma de óleo essencial. Entretanto, uma variação genotípica é esperada dentro da 
espécie, podendo se observar distintas composições e teores em seus extratos e óleos essenciais. Dessa forma, 
explorar os vários quimiótipos conhecidos quanto a substâncias presentes e sua possível ação biológica podem ser 
uma alternativa viável para o descobrimento de novas aplicações para espécies comercialmente conhecidas. 
OBJETIVOS: Cultivo e obtenção dos óleos essenciais de quatro variedades de M. x piperita; determinação da 
composição dos óleos essenciais obtidos; e avaliação das atividades inibitória e bactericida dos óleos essenciais 
obtidos. MÉTODOS: O plantio das quatro variedades de M. x piperita (determinadas, nesse trabalho, como V1, V2, 
V3 e V4) foi feito em sistema agroflorestal. Os óleos essenciais foram obtidos por arraste a vapor e analisados em 
cromatografia gasosa-espectrometria de massas (CG-EM) para detecção dos compostos extraídos. Para 
determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericidamínima (CBM) contra Staphylococcus 
aureus ATCC 25923 e Escherichia coli ATCC 25922 foi utilizado método de microdiluição em caldo utilizando 
inóculo final ajustado para 5×106 UFC mL-1. Os dados foram submetidos aos testes estatísticos de Shapiro-Wilk, 
Bartlett e Tukey. RESULTADOS E DISCUSSÃO: a composição dos óleos essenciais, determinada por CG-EM, 
mostrou que V1 indica como os principais metabólitos o mentol (77,53%), isomentona (12,67%) e acetato de mentila 
(3,37%); V2 possui mentol (45,08%), isomentona (21,73%) e pulegona (18,27%); V3 se mostrou abundante em 
pulegona (69,92%); por fim, V4 mostrou elevados teores de p-mentan-1-ol (97,46%), um monoterpeno não usual. 
Os óleos de V1 e V2 apresentam teores de mentol e isomentona comumente descritas na literatura; V3, devido a 
seus altos teores de pulegona, composto potencialmente tóxico para uso interno, apresenta potencial para estudos 
com foco em formulações de uso externo; V4 apresentou uma composição praticamente pura de um monoterpeno 
incomum. Os resultados das CIM em E. coli mostraram que V2 se é mais efetiva na concentração aplicada (0,39%), 
seguido por V3 (0,78%), V1 (1,56%) e V4 (6,25%); para CIM em S. aureus, as concentrações encontradas foram 
as mesmas que as determinadas para E. coli, exceto para V3, que demonstrou uma maior concentração (1,56%). 
Em se tratando de CBM: para E. coli, V2 (0,78%) se mostrou mais efetiva, seguida por V1 e V3 (ambos com 3,12%), 
tendo V4 (6,25%) como o resultado menos promissor; em relação a S. aureus, os valores encontrados foram os 
mesmos que os detectados para E. coli, salvo V3 (1,56%), que apresentou menor concentração para atividade 
biológica. Os resultados de CIM e CBM mostram que as variedades V1, V2 e V3 apresentam alto potencial para 
aplicação como antimicrobianos, em especial V2 que, com a menor concentração, apresentou ação inibitória e 
bactericida contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. O óleo essencial de V4 precisou ser aplicado em 
concentrações maiores para que algum efeito pudesse ser observado. CONCLUSÕES: Desta forma, o presente 
trabalho concluiu que as variedades V1, V2 e V3 confirmam o teor e a composição de monoterpenos descritas na 
literatura. V4 pode ser explorada, em estudos futuros, visando elucidar potenciais atividades biológicas dessa 
biomolécula. Quanto aos estudos antimicrobianos: as variedades das espécies de M. x piperita confirmam a 
atividade antimicrobiana dos óleos essenciais descritas na literatura, concluindo-se que o p-mentan-1-ol não 
apresentou potencial como agente antimicrobiano. 
 
Palavras-chave: Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Cromatografia, Mentha x piperita, Óleo Essencial. 
 
Agradecimentos: CNPq, FAPESP, SETI PR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
Perfil metabólico e potencial anti-hiperglicêmico de Eugenia uniflora L. 
(Myrtaceae) 
 
Larissa A. Marques¹; Nayara Trindade Filgueiras¹; Leticia de P. Chaiben¹. Fabíola D. Rocha¹ 
fabiola.rocha@ufjf.br 
 
¹Faculdade de Farmácia, UFJF, Juiz de Fora, MG. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A diversidade de atividades biológicas atribuídas ao gênero Eugenia tem sido documentada 
ao longo dos últimos 30 anos, especialmente em relação à inibição de enzimas metabólicas e daquelas 
envolvidas no processo inflamatório, além das atividades anti-hipertensiva, antimicrobiana e antioxidante, 
bem como usos no controle da glicemia e da lipidemia. Em relação aos metabólitos micromoleculares, 
constata-se uma constituição química complexa e variada, sendo caracterizada pela presença de 
sesquiterpenos, esteroides e triterpenos, mas prevalecem os metabólitos polifenólicos, tais como flavonoides, 
taninos, bem como ácidos fenólicos simples e seus derivados, os quais são descritos para os diferentes 
órgãos das plantas. O diabete melito (DM) tem como principal característica o estado hiperglicêmico, 
resultante da deficiência na secreção de insulina ou da incapacidade da insulina em exercer seus efeitos 
corretamente, gerando sérias complicações. Dentre as diversas abordagens terapêuticas no controle do DM, 
podemos destacar o uso dos inibidores das enzimas α-amilase e α- glicosidase, as quais estão envolvidas no 
metabolismo de carboidratos. Assim, inibidores dessas enzimas contribuem diretamente na redução da 
hiperglicemia pós-prandial. OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho foi analisar o perfil dos metabólitos 
micromoleculares presentes nos ramos e folhas de E. uniflora L. (pitangueira), bem como verificar seu 
potencial anti-hiperglicêmico. METODOLOGIA: O perfil metabólico dos extratos hidroetanólicos de ramos 
(EEAgEu) e folhas (EEAfEu) de E. uniflora foi avaliado quali e quantitativamente através, respectivamente, 
de CCD e pela determinação do conteúdo de metabólitos fenólicos totais (CMFT) e de flavonoides totais 
(CFT). O potencial anti-hiperglicêmico foi verificado por ensaios in vitro de inibição das enzimas digestivas α-
amilase e α-glicosidase. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A caracterização química por CCD, empregando-
se diferentes sistemas eluentes e reveladores diversos, sugere a presença de terpenos, flavonoides e taninos, 
com predominância dessas duas últimas classes. O CMFT, expresso como equivalente em ácido gálico, foi 
determinado em 341,67± 45,8 e 399,46 ±33,28 mg EAG/g de EEAgEu e EEAfEu, respectivamente. O CFT foi 
de 3,49 ±0,1212 (EEAgEu) e 47,49 ± 2,25 (EEAfEu) mg EQ/g de amostra, expresso como equivalente em 
quercetina. Esses resultados estão em consonância com a literatura específica, sendo observado uma 
prevalência e riqueza em metabólitos fenólicos, os quais são considerados como marcadores químicos de 
Eugenia spp. Adicionalmente, verifica-se que os flavonoides representam uma pequena parte dos metabólitos 
fenólicos que constituem a espécie, havendo maior destaque para os taninos. Em relação a atividade anti-
hiperglicêmica, as CI50 sobre a enzima α-glicosidase para o EEAgEu e EEAfEu foram, respectivamente, 0,70 
±0,02 µg/mL e 0,14 ±0,002 μg/mL, enquanto para a enzima α-amilase foram estabelecidas CI50 de 24,15 ±1,46 
μg/mL e 49,61 ±1,0 μg/mL. A cinética de inibição da enzima α-glicosidase pelo EEAgEu foi estudada através 
da análise da variação da concentração do inibidor, do tempo de reação e da concentração do substrato. A 
construção do gráfico de Lineweaver-Burk permitiu a avaliação dos parâmetros Km e Vmáx, revelando um modelo 
de inibição pelo EEAgEu predominantemente mista. A análise de correlação de Pearson da atividade dos 
extratos sobre as enzimas α-glicosidase e α-amilase foram ≥ 0,9, o que representa uma correlação positiva e 
muito forte sobre ambas as enzimas envolvidas no metabolismo dos carboidratos. Assim como o CMFT e a 
inibição de ambas as enzimas, para os extratos testados, demonstrou uma correlação positiva e forte entre 
eles. Tais achados fortalecem a hipótese de que os metabólitos polifenólicos estejam correlacionados com as 
atividades biológicas atribuídas às Eugenia spp. CONCLUSÕES: Dessa forma, pode-se sugerir que os 
extratos hidroalcóolicos de ramos e folhas de E. uniflora apresentam potencial como possíveis novos alvos 
terapêuticos para o controle da hiperglicemia, destacando-se, principalmente, por mostrarem possibilidade de 
efeitos múltiplos benéficos no combate do diabete melito, bem como das complicações relacionadas a ele. 
 
Palavras-chave: Eugenia uniflora, Diabete melito, anti-hiperglicêmico, α-glicosidase, α-amilase. 
 
Agradecimentos: PROGRAD-UFJF 
 
54 
 
Efeito do extrato hidroetanólico e frações de Trichilia silvatica sobre a 
liberação do Fator de Necrose Tumoral in vitro 
 
Vera Lúcia de Almeida¹, Denise de Oliveira Scoaris¹, Andréia Fonseca Silva2, Júlio César D. Lopes3, 
Cláudia Gontijo Silva¹, Marina Pereira Rocha4, Priscilla Rodrigues Valadares Campana4 
veluca2002@gmail.com 
 
¹Serviço de Fitoquímica e Prospecção Farmacêutica, Fundação Ezequiel Dias, Belo Horizonte, MG; 2Empresa 
de pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Belo Horizonte,MG, 3Nequim, Departamento de Química, UFMG, 
Belo Horizonte, MG, 4Departamento de Produtos Farmacêuticos, Faculdade de Farmácia, UFMG, Belo 
Horizonte, MG. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Trichilia silvatica C. DC., conhecida como "catiguá", é uma árvore de porte médio, endêmica 
no Brasil, utilizada pela população no tratamento de artrite e reumatismo. Nos extratos das folhas de T. 
silvatica foram isolados sesquiterpenos, esteroides e triterpenos. Estudos recentes realizados pelo nosso 
grupo de pesquisa com o extrato hidroetanólico de galhos (TSG-E) indicaram a sua atividade antioxidante 
(AAO) nos modelos do sistema β-caroteno/ácido linoleico e potencial redutor do radical 
DPPH. OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo realizar o fracionamento preliminar de TSG-E e a 
caracterização fitoquímica do extrato e frações obtidas além de avaliar o efeito dessas amostras sobre a 
liberação do fator de necrose tumoral (TNF) in vitro e sua atividade antioxidante. METODOLOGIA: Os galhos 
de Trichilia silvatica foram coletados em São José de Almeida, MG (PAMG 56319). O extrato hidroetanólico 
(2,1g) obtido por percolação (TSG-E) foi solubilizado em EtOH: H2O (3:7) e particionado sequencialmente 
utilizando n-hexano (TSG-H), DCM (TSG-D), AcOEt (TSG-A) e n-BuOH (TSG-B). As frações foram 
concentradas e a fração hidroalcóolica final foi liofilizada (TSG-HA). Os perfis em CCD do extrato e das 
frações foram obtidos e avaliou-se o efeito desses sobre a liberação do mediador pró-inflamatório TNF em 
células THP-1 estimuladas por LPS. Além disso, a AAO foi avaliada utilizando os modelos de co-oxidação do 
sistema β-caroteno/ácido linoleico e de potencial redutor empregando o radical DPPH. Ambos os modelos 
foram realizados utilizando a CCD. Foram consideradas ativas aquelas amostras que apresentaram resultado 
positivo nos dois ensaios. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No extrato TSG-E foi detectada a presença de 
terpenos, ácidos orgânicos e flavonoides. Nas frações TSG-A, TSG-B e TSG-HA foi observada a presença 
de antocianidinas por CCD empregando o revelador vanilina sulfúrica. As amostras TSG-E, TSG-A, TSG-B e 
TSG-HA apresentaram AAO nos dois modelos utilizados. As frações TSG-HA e TSG-A inibiram a liberação 
de TNF em 88,3 ± 1,3 e 70,8 ± 1,7 %, respectivamente, sugerindo que constituintes de polaridade média a 
alta, como os flavonoides e as antocianinas podem ser os responsáveis pela AAO e pelo potencial anti-
inflamatório observado. CONCLUSÕES: Pode se concluir que os extratos TSG-HA e TSG-A foram as 
amostras que apresentaram maior porcentagem de inibição de liberação da citocina TNF, além de 
apresentarem AAO em CCD. Esses resultados estão em acordo com o uso popular da espécie Trichilia 
silvatica para tratamento de doenças inflamatórias e, futuramente, estes extratos serão avaliados em outros 
modelos in vitro e in vivo para confirmação de seu potencial anti-inflamatório, e fracionados buscando o 
isolamento das substâncias bioativas. 
 
Palavras-chave: Trichilia silvatica, Cromatografia de camada delgada, mediador pró-inflamatório TNF. 
 
Agradecimentos: FAPEMIG (Processo Nº APQ-00373-21) 
 
 
 
 
55 
 
Avaliação do potencial citotóxico de extratos de Cordia glabrata Mart. 
A.DC. (Boraginaceae) in vitro 
 
Luanne Karolyne Leal dos Santos1; Bryan Wender Debiasi1; Dênia Mendes de Sousa Valladão1; Marina 
Mariko Sugui1. marina.sugui@ufmt.br 
 
¹Instituto de Ciências da Saúde (ICS), Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Sinop, MT. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: As espécies do gênero Cordia spp. apresentam diversas propriedades biológicas, químicas 
e terapêuticas, sendo muito utilizadas pela medicina popular como anti-inflamatório, analgésico, antioxidante, 
antibiótico e antifúngico. Visto que na literatura existem poucos estudos relacionados aos efeitos biológicos e 
tóxicos da espécie Cordia glabrata (Mart.) A.DC. torna-se de extrema importância verificar a toxicidade 
presente em seu extrato, para identificar um possível efeito nocivo para a saúde da população. OBJETIVO: 
Avaliar o potencial citotóxico dos extratos de flor, folha e fração flavonoide de Cordia glabrata em cultura de 
células de rim de macaco verde africano (VERO e VERO E6). METODOLOGIA: Para a avaliação da atividade 
citotóxica in vitro, foi utilizado o teste de viabilidade celular por exclusão com azul de tripan, realizado em 
triplicata. Foram plaqueadas 0,25x 106/mL células VERO e VERO E6 por concentração testada (5.000, 2.500, 
1.000, 200, 100 e 50 μg/mL) dos extratos. As células VERO e VERO E6 foram incubadas com o extrato da 
flor, folha e fração flavonoide de Cordia glabrata e mantidas em incubadora por 3 horas. A viabilidade celular 
foi verificada pelo teste de exclusão de tripan em câmara de Neubauer, as células não viáveis coram-se de 
azul. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados obtidos em cultura de células VERO mostram que o 
extrato da folha de Cordia glabrata foi significativamente citotóxico nas concentrações maiores (5.000, 2.500 
e 1.000 μg/mL), não havendo a possibilidade de proliferação celular quando comparado com controle 
negativo. Por outro lado, não foram observados efeitos citotóxicos com o extrato da flor de Cordia glabrata 
em todas as concentrações testadas. Em relação aos resultados obtidos com cultura de células VERO E6, a 
fração flavonoide apresentou potencial citotóxico nas concentrações de 5.000 e 2.500 μg/mL, enquanto que 
o extrato da flor mostrou atividade semelhante as células VERO. Na literatura, estudos realizados referentes 
a citotoxicidade de outras espécies do gênero Cordia, mostram que algumas espécies também apresentam 
potencial citotóxico relevante in vitro. Embora extratos de Cordia glabrata apresentem a presença de 
compostos fenólicos e flavonoides, fatores ambientais podem interferir na concentração destes compostos, 
comprometendo assim suas propriedades biológicas. CONCLUSÕES: Nas condições realizadas, os extratos 
da folha e da fração flavonoide de Cordia glabrata apresentam efeito citotóxico sobre as células VERO e 
VERO E6, respectivamente, nas maiores concentrações. Contudo, o extrato da flor não mostrou potencial 
citotóxico em ambas linhagens celulares. Sendo assim, considerando a escassez de estudos que elucidem 
as atividades biológicas e tóxicas de Cordia glabrata, o estudo realizado ressalta a relevância na avaliação 
de risco quanto ao uso medicinal das flores e folhas da Cordia glabrata pela população. 
 
Palavras-chave: Cordia glabrata, Citotoxicidade, Células VERO, Células VERO E6. 
 
Agradecimentos: CNPq. 
 
 
 
56 
 
Efeito quimioprotetor de extrato de Callisthene fasciculata Mart. in vivo 
 
Mayara Verônica Dahmer1; Bryan Wender Debiasi1; Dênia Mendes de Sousa Valladão1; Marina Mariko 
Sugui1. marina.sugui@ufmt.br 
 
¹Instituto de Ciências da Saúde (ICS), Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Sinop, MT. 
 
Sessão temática: 2. Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Callisthene fasciculata Mart., conhecida como carvoeiro ou carvão-branco, é utilizada pela 
população para tratamento de hepatite, problemas estomacais e renais, icterícia e anemia. Por outro lado, há 
poucos relatos sobre o uso medicinal de Callisthene fasciculata na literatura, bem como estudos que 
assegurem o seu uso como agente terapêutico. OBJETIVOS: Avaliar a ação do extrato de Callisthene 
fasciculata sobre danos induzidos pelo N-etil-N-nitrosuréia (ENU) ao DNA de células da medula óssea de 
camundongos Swiss machos através do teste de micronúcleo, bem como a atividade citotóxica do extrato em 
cultura de células em teste in vitro. METODOLOGIAS: O extrato bruto de Callisthene fasciculata foi preparado 
a partir de folhas secas e maceração com etanol:água (70:30) por 7 dias, após foi utilizado rotoevaporador 
para obtenção do extrato seco. Para o teste do micronúcleo foram utilizadoscamundongos Swiss machos (6 
animais/grupo; Protocolo no. 23108.992455/2018-80, CEUA/UFMT) que foram tratados, via gavagem, por 15 
dias consecutivos com o extrato aquoso de Callisthene fasciculata e no 15º. dia receberam tratamento 
intraperitoneal com NaCl 0,9% ou ENU (50 mg/Kg). Após 24 horas do tratamento intraperitoneal, os animais 
foram sacrificados para coleta das células da medula óssea e avaliação da frequência de eritrócitos 
policromáticos micronucleados (MNPCE). Para o teste de viabilidade celular por exclusão com azul de tripan 
foram utilizadas as células de ovário de hamster chinês (CHO) tratadas por 3 horas com concentrações de 
5000, 2500, 1000, 200, 100 e 50 µg/mL do extrato de Callisthene fasciculata. RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
Os resultados obtidos mostram que o pré-tratamento com o extrato aquoso de Callisthene fasciculata reduziu 
significativamente (p ≤ 0,001) a frequência de MNPCEs induzidos pelo ENU quando comparado com o grupo 
controle positivo, apresentando efeito antimutagênico. Por outro lado, também foi observado efeito 
mutagênico no grupo tratado somente com o extrato aquoso de Callisthene fasciculata. O teste de 
citotoxicidade pelo azul de tripan mostrou viabilidade celular em todas as concentrações avaliadas do extrato. 
A partir dos dados obtidos foi possível observar que o extrato aquoso de Callisthene fasciculata pode conter 
substâncias que se comportam como agente antigenotóxico ou genotóxico dependendo das condições 
utilizadas e que estudos fitoquímicos são necessários para elucidar a composição química da espécie 
estudada, principalmente compostos com potencial antioxidante. Por outro lado, o estudo realizado é o 
primeiro em avaliar o potencial antimutagênico de extrato aquoso de Callisthene fasciculata, já que não foram 
encontrados nenhum relato na literatura sobre o possível efeito quimioprotetor da espécie. 
CONCLUSÕES: Nas condições realizadas, o estudo sugere que o extrato aquoso de Callisthene fasciculata 
possui um efeito quimioprotetor para o câncer e sem potencial citotóxico, mas possuem compostos com 
possível ação genotóxica, ressaltando a importância de alguns cuidados para quem faz o uso terapêutico 
indiscriminado do carvoeiro. 
 
Palavras-chave: Callisthene fasciculata, Quimioprevenção, Genotoxicidade, Citotoxicidade, Micronúcleo. 
 
 
57 
 
Avaliação da atividade antibacteriana de Marsypianthes chamaedrys 
(Vahl) Kuntze 
 
Thamyres Freitas Fernandes1; Carlos Alexandre Holanda2; Richard Pereira Dutra1,2; Victor Alves 
Carneiro4, Queli Cristina Fidelis1,3. qc.fidelis@ufma.br 
 
¹Programa de Pós-Graduação em Saúde e Tecnologia – CCSST/UFMA, Imperatriz, MA; 2Coordenadoria de Ciências 
Naturais – CCSST/UFMA, Imperatriz, MA. 3Coordenadoria de Ciência e Tecnologia CCBL/UFMA, Balsas, MA; 4Nucleo de 
Bioprospecção e Experimentação Molecular Aplicada – NUBEM, UNINTA, Sobral, CE. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Diversos estudos têm se concentrado no desenvolvimento de formulações mais efetivas para 
suprimir e eliminar microrganismos que podem causar doenças infecciosas. Isso ocorre devido à crescente 
resistência bacteriana aos antibióticos disponíveis, o que se tornou um problema de saúde pública. Portanto, 
a busca por novas alternativas é crucial e os recursos naturais podem ser uma boa opção para solucionar 
essa problemática. A espécie Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze é uma planta da família Lamiaceae, 
utilizada na região norte e nordeste do Brasil, principalmente pelo uso popular no tratamento de acidentes 
ofídicos. Estudos científicos preliminares já demonstraram atividade anti-inflamatória e moduladora do 
sistema imunológico, além da presença de ácido rosmarínico, rosmarinato de butila, ácido protocatecuico, 
ácido cafeico e aldeído protocatecuico, substâncias com potencial antibacteriano. OBJETIVO: O presente 
trabalho avaliou a atividade antibacteriana de frações da parte aérea de Marsypianthes chamaedrys in vitro e 
sua composição química. METODOLOGIA: O extrato etanólico da parte aérea da espécie foi obtido por 
maceração a frio, concentrado em rota-evaporador e seco a temperatura ambiente. Uma parte do extrato foi 
submetido a fracionamento por partição obtendo três frações, fração hexânica, diclorometano e acetato de 
etila. As três frações foram avaliada em ensaio de Concentração Inibitória Mínima (CIM) usando as cepas 
Staphylococcus aureus ATCC 6538 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. A fração de maior atividade 
bacteriana foi analisada por espectrometria de massas sequencial para identificação de seus constituintes. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A fração diclorometano apresentou efeito antibacteriano contra S. aureus e 
P. aeruginosa com um CIM de 200 μg.mL-1 para ambas as cepas, enquanto as demais frações não 
apresentaram CIM nas concentrações testadas. A análise de espectrometria de massas da fração em 
diclorometano revelou a presença de 18 compostos, sendo catorze ácidos fenólicos, dois flavonoides e dois 
ácido graxos. CONCLUSÕES: A fração em diclorometano apresentou atividade antibacteriana moderada, 
sendo o primeiro relato da ação antibacteriana para essa espécie. Entre os constituintes fenólicos 
identificados nessa fração, quatro são marcadores quimiotaxonômicos da família Lamiaceae. 
 
Palavras-chave: Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Lamiaceae, Compostos fenólicos, Flavonoides. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
 
58 
 
Atividade Anti-inflamatório de frações das folhas de Gustavia augusta 
L. (Ericales: Lecythiaceae) 
 
Queli Cristina Fidelis1,2, Efraim Costa Pereira1,2, Aramys Silva dos Reis3, Richard Pereira Dutra4. 
qc.fidelis@ufma.br 
 
¹Programa de Pós-graduação em Saúde e Tecnologia - CCSST/UFMA, Imperatriz, MA; 2Coordenadoria de 
Ciência e Tecnologia CCBL/UFMA, Balsas, MA; 3Coordenadoria de Medicina – CCSST/UFMA, Imperatriz, 
MA; 4Coordenadoria de Ciências Naturais – CCSST/UFMA, Imperatriz, MA. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A medicina tradicional de países como a Índia, Sri Lanka, Gana, Nigéria, Camarões e Brasil 
utiliza folhas, frutos e cascas do caule de várias espécies de Lecythidaceae para tratar principalmente dor, 
inflamação, feridas, ulceras e doenças parasitárias como malária e leishmaniose. No meio científico a família 
Lecythidaceae tem ganhado destaque por exibir uma potente ação anti-inflamatória. No Brasil, as Jeniparanas 
são espécies pertencentes ao gênero Gustavia, família Lecythidaceae, que apresentam propriedades 
medicinais como atividade anti-inflamatória ainda pouco estudada. OBJETIVO: O presente trabalho buscou 
determinar a atividade anti-inflamatória das folhas de Gustavia augusta L. METODOLOGIA: O extrato 
etanólico das folhas foi fracionado em coluna de gel de sílica (70-230 mesh) usando os solventes hexano 
(HEX), diclorometano (DCM), clorofórmio/metanol-7:3 (CFM-7:3), clorofórmio/metanol-1:1 (CFM-1:1) e 
metanol (MET), em ordem crescente de polaridade gerando cinco frações. Para avaliar a ação anti-
inflamatória de extrato e frações utilizou a metodologia de determinação de níveis de nitrato/nitrito pela reação 
de Griess. Nesse ensaio macrófagos RAW 264.7 foram cultivados em placa de 96 poços com diferentes 
concentrações de extrato e frações em diferentes concentrações (100-400 μg /mL) a 37 °C e 5% de CO2. 
Após 48 horas, em uma nova microplaca foram adicionados 50 µL do sobrenadante e 50 µL de reagente de 
Griess em cada poço. Após 10 min à temperatura ambiente e protegida da luz a leitura da absorbância foi 
realizada em 550 nm usando o leitor de ELISA. Os resultados foram obtidos por interpolação das absorbâncias 
das amostras em relação a uma curva-padrão com nitrito de sódio. Os resultados foram convertidos em 
percentual de inibição e expressos como µg de nitrato/nitrito por mL. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A fração 
HEX apresentou a melhor ação anti-inflamatória ao inibir a produçãode Óxido Nítrico (NO) em mais de 90%. 
A fração CFM-7:3 foi capaz de inibir a produção de NO em 80%, sendo a segunda melhor ação inibitória na 
concentração de 400 µg/mL. No entanto as frações CFM1:1 e MET reduziram a produção de NO em 
aproximadamente 25%, na concentração de 400 µg/mL. CONCLUSÕES: A capacidade das frações apolares 
em reduzir a produção de NO corrobora os usos medicinais das espécies da família Lecythidaceae. Esse é o 
primeiro estudo biológico das folhas de G. augusta L. 
 
Palavras-chave: Extrato; Frações; Macrófagos; Óxido nítrico; Anti-inflamatório 
 
Agradecimentos: FAPEMA, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
59 
 
Análise fitoquímica de frações do extrato bruto de Echinodorus 
macroplhyllus e seu potencial antinociceptivo 
 
Bruna de Paiva Martins1, Daniele Corrêa Fernandes1, Carlos Roberto Machado Gayer1, Thayane Vieira 
de Sousa1, Lygia Silva Pereira Faustino Henrique1, Felipe Aprigio1, Rafaella Ferreira Alves1, Shirley 
Vânia de Moura Santos1, Marsen Garcia Pinto Coelho1. brunadepaivamartins@gmail.com 
 
¹Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Bioquímica, IBRAG, Rio de Janeiro/RJ, Brasil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Echinodorus macrophyllus (Kunth) Mich., Alismataceae é uma planta medicinal, utilizada 
como ornamentação de aquários e no tratamento de diversas patologias e popularmente conhecida como 
chapéu de couro. Seus efeitos farmacológicos incluem ações diurética, depurativa e anti-
inflamatória. OBJETIVO: Avaliar o potencial antinociceptivo e realizar a análise fitoquímica das frações 
obtidas do extrato bruto de E. macrophyllus. METODOLOGIA: Foi utilizado o modelo de hiperalgesia induzida 
por injeção suplantar de formalina em camundongos SW♂ (25-30 g). Os animais foram tratados (v.o.) com 
as frações de E. macrophyllus (25 e 50 mg/kg) e após injeção de formalina 2% em PBS pH 7,4 na pata traseira 
direita, o tempo (s) de lambidas e mordidas na pata foi considerado como resposta nociceptiva com duas 
fases: 1ª fase neurogênica (0–5 min) e 2ª fase inflamatória (15–25 min). Os controles positivos foram morfina 
(10 mg/kg) e dipirona (50 mg/kg). O extrato bruto de E. macrophyllus foi fracionado por extração líquido-líquido 
com solventes em ordem crescente de polaridade. Todas as frações e o extrato bruto de E. macrophyllus 
(EAEm) foram analisadas por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência (CCDAE) e 
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada a Detector arranjo de fotodiodo (CLAE-DAFD) e 
comparadas a padrões pertencentes a classe química dos flavonoides. Comitê de Ética do IBRAG - UERJ 
(CEUA-IBRAG) segundo Protocolos 36/2022 e 44/2022. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na fase 1 
(neurogênica) as frações FAcE e FBut mostraram-se eficientes em diminuir os tempos (segundos) de 
lambidas e mordidas na dose de 25 mg/kg, bem como na dose de 50 mg/kg para a FBut. Na fase 2 
(inflamatória) apenas a FBut foi eficiente na redução deste tempo na dose de 25 mg/kg. Portanto, a FAcE 
apresentou, neste modelo, efeito antinociceptivo neurogênico na menor dose. Por outro lado, a FBut mostrou 
um efeito tanto antinociceptivo neurogênico dose-dependente (fase 1) quanto potencial anti-inflamatório na 
menor dose (fase 2). Uma análise dos resultados farmacológicos sugere que as frações ativas, obtidas do 
extrato bruto de E. macrophyllus, possam apresentar substância(s) com ação antinociceptiva do tipo central, 
por apresentarem resultados positivos em metodologias experimentais de nocicepção de ação central, como 
na fase 1 do modelo de formalina, relacionada com a estimulação química direta dos nociceptores. 
Adicionalmente, sugere a presença de substância(s) antinociceptiva(s) com ação periférica na FBut (por 
apresentar positividade na fase 2 do teste de formalina), podendo estas substâncias estarem envolvidas em 
diferentes mecanismos específicos de ação periférica, como na inibição da ciclooxigenase. O extrato bruto 
de E. macrophyllus foi fracionado por extração líquido-líquido, resultando em cinco frações denominadas 
FHex, FDCM, FAcE, FBut e FAq residual com perfis fitoquímicos diferentes. A análise fitoquímica do EAEm 
e suas frações apresentou picos e bandas em diferentes regiões e valores de Rf variados, indicando ser o 
EAEm um extrato rico em diferentes substâncias, e as amostras ainda não purificadas, embora com 
importante ação farmacológica. As frações FAcE e FBut apresentaram uma banda amarela de Rf e coloração 
semelhantes, por revelação da CCDAE com NP-PEG, sugerindo a presença do mesmo tipo de flavonoide em 
ambas as amostras. A presença de flavonoides nas frações FAcE, FBut e FAq também é sugerida, por 
comparação com padrões, utilizando-se CCDAE e CLAE-DAFD. CONCLUSÕES: As frações FAcE e FBut, 
obtidas por fracionamento líquido-líquido do extrato bruto de E. macrophyllus, possuem uma atividade 
antinociceptiva para este modelo experimental e as análises fitoquímicas de todas as frações por CCDAE e 
CLAE-DAFD foram elucidativas. 
 
Palavras-chave:Farmacognosia, Farmacobotânica, Fitoquímica, Echinodorus macrophyllus, Fracionamento. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
60 
 
Investigação de potenciais inibidores das proteases de SARS-CoV-2 e 
da interação Spike:ACE2 em espécies de Lippia (Verbenaceae) 
 
Beatriz A. C. de Oliveira1,2 Mariana F. Campos,1,5, Brendo A. Gomes1,5, Larissa E. C. Constant2, Thamirys 
S. da Fonseca¹, Stephany S. Costa², Giovanna B. Frensel², Gilda G. Leitão3, Diego Allonso2,4, Suzana 
G. Leitão1. beatrizalbuquerquee@ufrj.br 
 
1Departamento de Produtos Naturais e Alimentos, DPNA, Faculdade de Farmácia - UFRJ; 2Instituto de Biofísica Carlos 
Chagas Filho, IBCCF -UFRJ; ³Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais, IPPN, UFRJ; 4Departamento de Biotecnologia 
Farmacêutica, BiotecFar, Faculdade de Farmácia, UFRJ; 5Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal e 
Bioprocessos, CCS, UFRJ. 
 
Sessão temática: Atividade Biológicas de Produtos Naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, afetou cerca de 760 milhões 
de pessoas em todo mundo e causou mais de 6,87 milhões de óbitos. Declarada como pandemia em 2020 pela 
Organização Mundial da Saúde, o desenvolvimento de medicamentos anti-COVID-19 ainda é uma prioridade de 
saúde global. Nesse contexto, as espécies vegetais são vistas como recursos promissores para pesquisa, e muitas 
já demonstraram grande potencial anti-SARS-CoV-2. Ensaios biológicos com o vírus são trabalhosos, caros e 
demorados, e requerem condições de Níveis de Biossegurança (NB) 3 e 4, o que encoraja o desenvolvimento de 
metodologias e abordagens diferenciais nas quais seja possível avaliar o potencial de inibidores virais, sem de fato 
utilizar a partícula viral íntegra. OBJETIVO: Dessa maneira, foram utilizados componentes virais como a proteína 
S pike e as proteases, visando prospectar inibidores naturais das proteases quimotripsina-like (3CLpro), papain-
like (PLpro) e da proteína Spike (SP) do SARS-CoV-2 por meio de análises biológicas e métodos computacionais. 
METODOLOGIA: Extratos (em etanol e partições em hexano, diclorometano, acetato de etila e butanol) preparados 
a partir de Lippia lacunosa, L. aristata, L. rubella, L. brasiliensis, L. rotundifolia e L. origanoides foram submetidos a 
análises in vitro através do imunoensaio (Lumit® PROMEGA) que mede a interação entre o domínio de ligação (do 
inglês, Receptor Binding Domain, RBD) e o enzima conversora de angiotensina humana (do inglês, Angiotensin-
c onverting Enzyme 2, ACE2 e em ensaios de atividade de transferência ressonante de energia por 
fluorescência (do inglês, Fluorescence Resonance Energy Transfer, FRET) das proteases 3CLpro e PLpro. Todos os 
extratos foram analisados por UHPLC-ESI/APCI(+ /-)-IT3D-MS/MS, e os dados processados no software MZmine 
v. 2.53. O conjunto de dados resultante foi avaliado por diagrama de Venn (bioinformatics webserver) e ensaiosestatísticos multivariados (PLS-DA) utilizando o software The UnscramblerX v. 10.4 foram realizados. Esses dados 
também foram utilizados para construção de redes moleculares (Molecular Network - GNPS), e alguns íons de 
interesse puderam ser anotados utilizando a biblioteca de moléculas da plataforma GNPS. Posteriormente, os íons 
foram identificados experimentalmente comparando a massa unitária e os padrões de fragmentação com dados de 
uma biblioteca espectral personalizada e da plataforma GNPS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram 
selecionados 3 extratos com percentuais de inibição acima de 50% do complexo RBD/ACE2, e 4 extratos com 
inibição das proteases em cerca de 50%. Os dados obtidos na análise por espectrometria de massas usando a 
fonte APCI no modo positivo de ionização permitiram obter o modelo com maior capacidade preditiva, uma vez que 
apresentou um R2 de 0,85 e Q2 de 0,51 e uma variância explicada de 66% usando apenas dois fatores, e 88% com 
todos os fatores. Após selecionar os VIPs e recalcular o modelo, a variância explicada permaneceu a mesma, 
enquanto os valores de R2 e Q2 foram de 0,75 para ambos. O modelo permitiu prever 13 íons, m/z [M+H]+ 301, 317, 
402, 407, 409, 415, 433, 455, 476, 540, 589, 670 e 871 possivelmente associados à inibição de 3CLpro, PLpro e 
interação entre RBD:ACE2. As redes moleculares permitiram a anotação destes íons. Sendo assim, alguns nodos 
dos clusters de substâncias das classes flavonoides, fitoesteróis e triterpenos, puderam ser anotados como 6-
metoxiluteolina, vitexina, apigenina 7-O-glicosídeo, campesterol e sitosterol. CONCLUSÃO: O modelo PLS 
baseado em APCI-MS (+) foi capaz de selecionar alguns íons possivelmente relacionados às atividades inibitórias 
nos três modelos testados. A construção de redes moleculares se mostrou uma técnica eficiente para predição 
qualitativa de íons associados às atividades investigadas, e para anotação dos íons a partir da comparação da 
similaridade dos fragmentos (MS2) com os dados disponíveis na biblioteca da plataforma GNPS. Além disso, os 
resultados permitiram determinar que espécies do gênero Lippia (Verbenaceae) são promissoras na busca por 
substâncias que possam auxiliar no combate a COVID-19. 
 
Palavras-chave: Quimioinformática, Quimiometria, Verbenaceae, Espectrofotometria de massas, Redes moleculares 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
Estudo do perfil fitoquímico e potencial farmacológico de subextratos 
de Pterodon polygalaeflorus Benth 
 
Rafaella Ferreira Alves1; Thayane Vieira de Sousa1; Daniele Corrêa Fernandes1, Carlos Roberto 
Machado Gayer1, Felipe Aprigio1, Lygia Silva Pereira Faustino Henrique1, Shirley Vânia de Moura 
Santos1, Marsen Garcia Pinto Coelho1. rafsalvesf@gmail.com 
 
¹Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Bioquímica, IBRAG, Rio de Janeiro/RJ, Brasil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Pterodon polygalaeflorus Benth., popularmente conhecida como sucupira, pertence à família 
Fabaceae. O gênero Pterodon é conhecido por possuir diversas espécies sendo utilizadas na medicina 
popular. Além disso, são descritos efeitos anti-inflamatórios agudo e crônico para esta espécie. OBJETIVO: 
Avaliar o perfil fitoquímico dos subextratos obtidos após a hidrodestilação (Clevenger) dos frutos de P. 
polygalaeflorus, além de analisar seus efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório. METODOLOGIA: Após a 
hidrodestilação, onde as substâncias voláteis foram recrutadas para obtenção do óleo essencial de P. 
polygalaeflorus (OEPpg), os frutos utilizados foram macerados em etanol 100% ou metanol 100% obtendo-
se os subextratos SEEtOH e SEMetOH, respectivamente. Em sequência, as amostras foram submetidas a 
análises fitoquímicas, realizadas por técnicas cromatográficas de cromatografia em camada delgada (CCD), 
cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas 
(CG-EM). Para avaliação in vivo das frações foi utilizado o modelo bifásico de formalina, onde a resposta 
nociceptiva é avaliada pelo tempo de lambidas/mordidas do animal na pata após a injeção de formalina, se 
dividindo em duas fases, a fase 1 (0-5 min), que avalia dor neurogênica e a fase 2 (15-30 min), que avalia dor 
inflamatória. Neste experimento foram utilizados camundongos SW ♂, tratados com as doses SEEtOH e 
SEMetOH (0,1; 1, 5; 25 e 50 mg/kg v.o.), dipirona (50 mg/kg v.o) ou morfina (10 mg/kg i.p.). CEUA-IBRAG, 
protocolos 35 e 42/2022. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise por CCD confirmou a presença de 
terpenos. Os cromatogramas por CLAE-DAD mostraram diferentes TR nos perfis entre as amostras e 
reprodutibilidade da técnica. Identificou-se por CG-EM a substância metil-6α,7β- dihidroxivouacapano-17β-
oato em ambos os subextratos em comparação com a biblioteca do Instituto Nacional de Padrão e Tecnologia 
(NIST-5). No teste de formalina, os resultados para o SEEtOH mostraram redução na fase 1 para as doses 5 
mg/kg (42%) e 50 mg/kg (51,7%), de 28,7% para a dipirona e de 62,9% para a morfina, e as doses 0,1; 1 e 
25 mg/kg não apresentaram redução significativa. Já na fase 2, nenhuma das doses do SEEtOH apresentou 
redução significativa. As doses 5 e 50 mg/kg do SEMetOH apresentaram, na fase 1, redução de 
aproximadamente 57%, e as demais doses não demonstraram redução da dor neurogênica, a dipirona reduziu 
em 29,5% e a morfina em 54,4%. Na fase 2, apenas as doses 5 e 50 mg/kg do SEMetOH apresentaram 
redução de 62,9-66,6%, a dipirona apresentou redução de 50,6% e a morfina de 74%. CONCLUSÕES: 
Observou-se uma redução da ação nociceptiva nos animais tratados com o SEMetOH, em ambas as fases 
em relação ao controle negativo, indicando um potencial efeito analgésico e anti-inflamatório da amostra. Os 
resultados mostram que o SEEtOH possui atividade antinociceptiva por inibir a fase 1 do modelo de formalina. 
 
Palavras-chave: Farmacognosia, Farmacobotânica, Pterodon polygalaeflorus, Fitoquímica, Nocicepção. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
62 
 
Análise fitoquímica e toxicidade frente à Artemia salina dos extratos de 
Remijia cf. amazonica K. Schum. (Rubiaceae) 
 
Fábio Geraldo de Souza1; Luana da Conceição Moreira1; Cecilia Veronica 
Nunez1. fgeraldodesouza@gmail.com 
 
¹Laboratório de Bioprospecção e Biotecnologia (LABB) – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), 
Manaus, Brasil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo. 
 
INTRODUÇÃO: Rubiaceae é uma das famílias de Angiospermas mais importantes no mundo ocupando o 
quarto lugar em diversidade. Espécies da família são ricas em metabólitos secundários, apresentando 
terpenos, iridoides, antraquinonas e principalmente alcaloides, os quais são de grande interesse para 
bioprospecção, pois apresentam atividades anti-inflamatórias, antimicrobiana, antioxidante e antitumoral. 
Estudos com espécies do gênero Remijia indicam que é produtora de alcaloides, principalmente quinina e 
seus derivados. OBJETIVO: Considerando aspectos botânicos e escassez de estudos químicos com a 
espécie, o objetivo desse estudo foi identificar as classes químicas presentes nos extratos hexânicos e 
metanólicos de folhas e galhos de Remijia cf. amazonica e avaliar o potencial biológico frente à Artemia salina. 
METODOLOGIA: O material foi coletado, separado em partes (folhas e galhos), seco em estufa de circulação 
forçada a <50 °C, moído e extraído com solventes em ordem de polaridade crescente hexano e metanol. Para 
auxílio da extração dos constituintes foi utilizado banho de ultrassom durante 20 min, o material foi filtrado, e 
o processo foi repetido 3 vezes com cada solvente, totalizando 4 extratos, sendo 2 hexânicos e 2 metanólicos. 
Os extratos brutos foram analisados por Cromatografia em Camada Delgada Comparativa (CCDC) e 
Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H. Posteriormente, os extratos de Remijia cf. amazonica foram 
submetidos ao testede toxicidade frente ao microcrustáceo Artemia salina, para a determinação da CL50, nas 
concentrações de 1000, 500, 250, 125, 62,5, 31,25 µg/mL. O teste foi realizado em triplicata e após 24 horas 
foi realizada a contagem dos náuplios vivos e mortos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As análises em CCDC 
mostraram que os extratos hexânicos de folhas e galhos são ricos em terpenos e substâncias alifáticas 
(“graxas”), pois apresentaram manchas arroxeadas quando reveladas em sulfato cérico e azuis quando 
reveladas com anisaldeído. Ambos os extratos, quando revelados com KOH apresentou manchas rosas 
intensas, indicando possíveis indícios de antraquinonas, e manchas escuras quando reveladas com FeCl 3, 
indicando substâncias aromáticas, mas que não devem ser flavonoides pois não intensificaram com o 
revelador NP-PEG. Os espectros de RMN de 1H dos extratos hexânicos (folhas e galhos) mostraram a 
presença de hidrogênios característicos de substâncias alifáticas (“graxas”), pelos sinais observados em 1,25 
ppm e diversos sinais comuns de metilas de terpenos entre 0,6 e 1 ppm. As análises em CCDC dos extratos 
metanólicos das folhas e galhos de Remijia cf. amazonica quando revelados com Dragendorff apresentaram 
manchas de coloração laranja, indicando a presença de alcaloides, principalmente no extrato metanólico das 
folhas que foram confirmados com os espectros de 1H, onde apresentaram sinais na região entre 10 e 11 ppm 
indicativo de H ligados a N presentes em alcaloides do tipo indólico. Além disso, os extratos metanólicos 
também indicaram a presença de flavonoides quando revelados com NP-PEG, pela intensificação da 
fluorescência em luz UV λ 365 nm, que foram confirmados com os espectros de 1H onde apresentaram sinais 
na região entre 6 e 8 ppm, característicos de hidrogênios aromáticos. O extrato hexânico de galhos 
apresentou letalidade de 100% de A. salina, nas concentrações de 1000 e 500 µg/mL, e mortalidade de 
53,33% dos organismos na concentração de 250 µg/mL, quando comparados com o controle positivo 
dicromato de potássio. Ambos os extratos hexânicos e metanólicos de folhas, na concentração de 1000 µg/mL 
apresentaram uma taxa de mortalidade de 43% dos náuplios. A toxicidade frente a A. salina dos extratos, 
pode estar relacionado com a presença de terpenos, alcaloides que são reconhecidos na literatura cientifica, 
pela atividade antimicrobiana, antifúngica e antitumoral. CONCLUSÕES: Os resultados preliminares das 
análises dos extratos de Remijia cf. amazonica estimulam realizar o fracionamento cromatográfico a fim de 
isolar as substâncias presentes e avaliar frente a outras atividades biológicas. 
 
Palavras-chave: Alcaloides, Metabolitos secundários, Flavonoides, Terpenos. 
 
Agradecimentos: PPGBotânica-INPA, FAPEAM, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
 
 
63 
 
Avaliação in silico e in vitro de feniletanoides glicosilados: uma classe 
de inibidores de SARS-CoV-2 presentes em Lippia 
 
Thamirys S. Fonseca1; Caio F. de A. R. Cheohen2; Maria Eduarda A. Esteves3; Larissa E. C. 
Constant3, Fernanda de L. F. Assis1; Mariana F. Campos1,5; Diego Allonso1,3; Gilda G. Leitão6; 
Manuela L. da Silva2,3 e Suzana G. Leitão1,5. thamirysfonseca@ufrj.br 
 
¹Faculdade de Farmácia, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ; 2Programa de Pós-graduação Multicêntrico em Ciências 
Fisiológicas, Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade NUPEM, UFRJ, Macaé, RJ. 3Programa de Pós-
graduação em Biologia Computacional e Sistemas, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ. 4Programa de 
pós-graduação em ciências biológicas (Biofísica), Rio de Janeiro, RJ. 5Programa de pós graduação em 
Biotecnologia Vegetal, Rio de Janeiro, RJ. 6Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ, Rio de 
Janeiro, RJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Desde o advento da Covid-19, diversos produtos naturais foram investigados quanto às 
suas interações in silico com as proteases de SARS-CoV-2: 3CLpro e PLpro, dois importantes alvos 
farmacológicos para o desenvolvimento de antivirais. Os feniltanoides glicosilados (FGs) são uma classe de 
produtos naturais presentes em importantes plantas medicinais, como em espécies de Lippia, apresentando 
ampla diversidade de ações farmacológicas. Para espécies deste gênero, em especial L. rubella, já foram 
descritos diversos FGs como verbascosideo, isoverbascosideo e forsitosideo A, além dos recentemente 
descritos lippiarubelosideos A e B. Substâncias desta classe também estão presentes em importantes 
espécies vegetais utilizadas na medicina tradicional chinesa, como a Forsythia suspensa, que se apresenta 
na composição do medicamento Lianhuaqingwen, utilizado oficialmente na China para o tratamento da Covid 
19, indicando o potencial de ação antiviral desta classe. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi a avaliação 
in silico de FGs frente à inibição das proteases de SARS-CoV-2: 3CLpro e PLpro, bem como a verificação 
desta atividade por ensaios in vitro. METODOLOGIA: Um banco de dados contendo as estruturas de 567 
FGs foi construído a partir de revisões publicadas entre 1994 e 2020. A triagem virtual foi realizada por meio 
da avaliação de scores com base em funções de pontuação. Também foram analisados os 
parâmetros farmacocinéticos dos FGs potencialmente mais ativos e sua interação com resíduos de 
aminoácidos chave com as proteases. Os ensaios in vitro foram realizados utilizando a metodologia de 
transferência de energia de ressonância de fluorescência (FRET) na inibição das proteases frente aos FGs 
isolados e à partição em acetato de etila de Lippia rubella. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Noventa e oito 
substâncias foram identificadas por abordagens computacionais na inibição de PLpro e 80 FGs contra 3CLpro. 
Destes, quatro interagiram com resíduos catalíticos chave de PLpro, o que é um indicativo de atividade inibitória, 
e três com 3CLpro. Dentre estes FGs mais ativos, cinco ocorrem em plantas da Medicina Tradicional Chinesa 
(MTC), a saber bacomosideo B1/B2, terngimnosideo B, cis-isoverbascosideo, calceolariosideo C e 
forsitosideo P, sendo estes dois últimos presentes em F. suspensa. Esta espécie é indicada em protocolos 
de tratamento de Covid-19 na China, além de constar em formulações também empregadas para este mesmo 
propósito. Apesar de ser relacionado a diversas atividades biológicas, padrões comerciais destes PGs não 
são comumente encontrados. Ademais, esta classe apresenta maior descrição de ocorrência em espécies 
asiáticas. Este fato torna urgente a descrição de PGs em outras espécies, como exemplares nativos 
brasileiros permitindo a realização de demais estudos acerca do perfil de atividade biológica de 
substâncias desta classe a partir de espécimes de nossa flora. Espécies de Lippia se mostram como 
importante fonte de substâncias desta classe e em ensaios in silico foi verificado um perfil multitarget, com 
atividade em ambos com os alvos, de 22 FGs, como o lippiarubelosideo A, isolado anteriormente da partição 
em acetato de etila de L. rubella. Visto este indicativo de atividade, foi verificado a ação desta partição 
apresentando inibição superior a 50% frente a PLpro na concentração de 100µg/mL. Ensaios in vitro da partição 
e dos FGs isolados frente ambas proteases estão sendo realizadas. CONCLUSÕES: Os dados aqui 
apresentados demonstram o potencial dos FGs tanto como inibidores seletivos quanto com múltipla ação 
frente importantes alvos terapêutico de SARS-CoV-2, além de reforçar a potencialidade de espécies nativas 
brasileiras nesta classe de substâncias. 
 
Palavras-chave: 3CLpro, PLpro, Molecular docking, Medicina Tradicional Chinesa, Covid-19 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
Efeitos antitumorais da Brachydina G em linhagens celulares de câncer 
cervical humano relacionado ao HPV-16 e HPV-18 
 
Rafael França Lima1; Monique Marques Martins1, Mayara Bottentuit Nogueira2, Laís Araújo Souza 
Wolff1, Karla Bianca da Silva Lima1, Victor Antônio Silva Lima3, Claudia Quintinoda Rocha3, Josélia 
Alencar Lima4, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento4, Marcelo Souza de 
Andrade4. rafael.franca@discente.ufma.br 
 
¹Discente do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); 2Discente do Curso de Medicina 
UFMA, 3Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQUIM) - UFMA, 4Programa de Pós-Graduação em Saúde do 
Adulto (PPGSAD) - UFMA 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O câncer cervical, causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papiloma virus 
Humano (HPV), é um importante problema de saúde pública. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma 
o câncer cervical é a terceira neoplasia mais frequente na população feminina, sendo uma das maiores causas 
de óbito de mulheres no Brasil e está entre os mais incidentes no Norte e Nordeste com cerca de 19 casos 
para cada 100 mil habitantes. O Maranhão é o segundo estado brasileiro com o maior número de casos de 
câncer cervical, com estimativa de mais 800 novos casos para o ano de 2023. Cerca de 95% dos canceres 
cervicais são relacionados ao HPV, sendo os HPV 16 e 18 os de maior oncogenicidade. Os produtos naturais, 
principalmente de plantas têm contribuição no campo da oncologia, tendo contribuído com a maioria (60%) 
dos fármacos anticâncer introduzidos na terapêutica nas últimas décadas. A Arrabidaea brachypoda é 
conhecida popularmente como cervejinha do campo ou cipó-una, e suas raízes são utilizadas popularmente 
na forma de chá para tratamento de pedras nos rins e dores articulares. A A. brachypoda é rica em flavonoides 
como as brachydinas B, C e G. Há relatos na literatura de que as brachydinas B e C inibem o crescimento de 
células tumorais de câncer de próstata humana (DU145), o que torna importante avaliar outros flavonoides 
dessa planta. OBJETIVO: Avaliar se a brachydina G é citotóxico em linhagens de câncer cervical humano 
relacionado ao HPV-16 (SiHa) e ao HPV-18 (HeLa). METODOLOGIA: Células foram cultivadas em meio 
DMEM suplementado com 10% SFB, em frascos de cultivo mantidos a 37°C e 5% de CO2. Após crescimento, 
as células foram semeadas (1x104 células/poço) em placas de 96 poços e, após aderência, tratadas com 
concentrações de 10 – 300 µM de brachydina G, por 24, 48 e 72 h, com cada experimento realizado em 
triplicata. A citotoxicidade foi determinada pelo teste colorimétrico com brometo de 3-4,5-dimetil-tiazol-2-il-2,5-
difeniltetrazólio (MTT). RESULTADOS E DISCUSSÃO: O composto brachydina G inibiu a viabilidade celular 
de um modo dependente da concentração e do tempo de exposição, em ambas as linhagens celulares, com 
IC50 = 49,62 ± 2,36 µM para a HeLa e IC50 entre 40-60 µM para SiHa. Estes resultados são bastante 
promissores, pois demonstram alta capacidade inibitória do flavonoide brachydina G em linhagens de câncer 
cervical ainda não relatadas na literatura. CONCLUSÕES: O composto brachydina G apresenta atividade 
citotóxica para as linhagens tumorais de câncer cervical, parecendo reduzir a viabilidade celular de HeLa e 
SiHa de forma equipotente. Serão realizados em breve os ensaios de formação de colônias e migração 
celular. 
 
Palavras-chave: Arrabidaea brachypoda, Brachydina G, Câncer cervical, Câncer do colo do útero, HeLa, SiHa. 
 
Agradecimentos: FAPEMA, UFMA, CAPES e CNPq 
 
 
 
65 
 
Análise química e avaliação de citotoxicidade e atividade antioxidante 
de Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. 
 
Samara Araújo Bezerra1; Tássio Rômulo Silva Araújo Luz2; Nathalia Oliveira do Nascimento1; José 
Antonio Costa Leite2; Edilene Carvalho Gomes Ribeiro1; Flavia Maria Mendonça do Amaral1; Denise 
Fernandes Coutinho1. nathalia.on@discente.ufma.br 
 
¹Laboratório de Farmacognosia II – Universidade Federal do Maranhão; 2 – Curso de Farmácia- Faculdade 
Florence São Luís-MA 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Plectranthus amboinicus é uma espécie da família Lamiaceae, conhecida popularmente 
como hortelã-da-folha-grossa, malvariço e orégano-francês, que é amplamente utilizada na prática popular 
no tratamento de diversas patologias. No Brasil, seu uso é baseado em tradições locais, o que destaca a 
importância de estudos para comprovar a eficácia e segurança da espécie, validando seu uso terapêutico. 
OBJETIVO: Realizar avaliação da composição e efeitos biológicos do óleo essencial das folhas de 
Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. METODOLOGIA: O vegetal foi coletado no Horto Medicinal Berta 
Langes de Morretes, no município de São Luís - MA, localizado na Universidade Federal do Maranhão - 
Campus Bacanga. O óleo essencial foi obtido através do processo de hidrodestilação. Para a identificação 
dos constituintes, o óleo essencial foi submetido à técnica de cromatografia gasosa (CG), acoplada com 
espectrometria de massas (GC/MS), comparando seus dados com os de substâncias autênticas existentes 
em bibliotecas de referência. A avaliação da toxicidade foi realizada com o bioensaio de Artemia salina Leach, 
utilizando as concentrações de 10, 100, 250, 500 e 1000 μg/mL, com duração de 24 horas; O controle negativo 
foi 2 ml de salina sintética e 20 μL de DMSO, já o controle positivo foi realizado com dicromato de potássio 
(K2Cr2O7). O resultado do bioensaio foi expresso em dose letal 50% (DL50). A atividade antioxidante foi realizada 
pelo método fotocolorimétrico in vitro utilizando o radical livre estável 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH) 
utilizando as concentrações 10, 25, 50 e 100 μg/mL. Os resultados desde teste foi expresso em concentração 
inibitória 50% ((IC50) RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir do processo de extração, obteve-se o 
rendimento de 1,66% de óleo essencial, de odor característico e cor amarelo intenso. A análise por CG/EM 
permitiu a identificação de seis compostos, totalizando 98,93% da composição do óleo. O componente 
majoritário foi o carvacrol (87,94%), seguido de isocariofileno (4,82%) e trans-alfa-Bergamoteno (2,55%). Esta 
análise permitiu identificar esse óleo como de padrão terpênico, sendo o carvacrol, um monoterpeno 
oxigenado e o isocariofileno, um sesquiterpeno. Estes constituintes são descritos na literatura com potencial 
antibacteriano e anti-inflamatório. No bioensaio de letalidade das larvas de Artemia salina, determinou-se a 
CL50, dose letal capaz de matar 50% das larvas, expostas, com limite de confiança de 95%, pelo método de 
regressão linear, através do gráfico do logaritmo da concentração das amostras versus a percentagem de 
mortos. O óleo essencial de Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. foi testado em três concentrações: 10, 
100 e 1000 μg/mL, apresentando uma CL50 igual à 11 μg/mL, sendo considerado altamente tóxico, o que já 
alerta para o seu uso sem os devidos cuidados. Na avaliação antioxidante o óleo essencial apresentou 
inibição significante da oxidação do DPPH (IC50 = 10,84 µg/mL), o que demonstra esta atividade comparado 
com os dados da literatura. CONCLUSÕES: A espécie Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. apresentou 
bom rendimento de óleo essencial e a sua análise química demonstrou a presença de carvacrol como 
constituinte majoritário. Embora tenha demonstrado potencial para uso como antioxidante, o bioensaio com 
A. salina demonstrou potente ação tóxica, havendo necessidade de teste complementares que comprovem a 
segurança desse produto para uso terapêutico. 
 
Palavras-chave: Malva, Hortelã da folha grossa, Artemia salina, DPPH. 
 
Agradecimentos: UFMA. CNPQ e FAPEMA. 
 
 
 
66 
 
Composição química e atividade larvicida do óleo essencial de 
Origanum vulgare L. frente Aedes aegypti L. 
 
Tássio Rômulo Silva Araújo Luz1,2; Jadimilly Lopes Sampaio2; Samara Araújo Bezerra2; José Antonio 
Costa Leite2; Daniella Patrícia Brandão Silveira2; Ludmilla Santos Silva de Mesquita2; José Wilson 
Carvalho de Mesquita2; Elizabeth Regina de Castro Borba2; Flavia Maria Mendonça do Amaral2; Denise 
Fernandes Coutinho2. jadimilly.lopes@discente.ufma.br¹Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC – PI; 2Laboratório de Farmacognosia II – DEFAR - 
Universidade Federal do Maranhão 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais 
 
INTRODUÇÃO: Aedes aegypti L. é um inseto que nas últimas décadas tem gerado grandes problemas de 
saúde pública no mundo, sendo transmissor de diversas doenças como Dengue, Zika e Febres: Chikungunya 
e Amarela. De acordo com as Agências de Saúde de vários países, a melhor forma de prevenir esta doença 
é baseada no controle vetorial. O uso de produtos sintéticos com essa finalidade tem demonstrado problemas 
relacionados a resistência dos mosquitos e toxicidade ambiental, sendo necessários estudos que possam 
viabilizar o desenvolvimento de produtos mais seguros e eficazes. Os produtos vegetais são uma abordagem 
promissora por serem uma mistura complexa de diversos compostos. Origanum vulgare L. é uma espécie 
vegetal aromática que possui uso bastante difundido na cultura popular. OBJETIVO: Avaliar a composição 
química e atividade larvicida do óleo essencial de Origanum vulgare frente larvas de Aedes aegypti. 
METODOLOGIA: A espécie em estudo foi coletada no município de São Luís, Maranhão, Brasil, nas primeiras 
horas da manhã, no mês de setembro de 2018 (período seco). A exsicata encontra-se depositada no Herbário 
do Maranhão (MAR), sob o número 11.084. A extração do óleo essencial foi realizada com material seco e 
pulverizado, pelo método de hidrodestilação, empregando o aparelho de Clevenger. As folhas foram secas à 
temperatura ambiente e pulverizadas em moinho de facas, em seguida o pó foi submetido ao processo de 
hidrodestilação por arraste a vapor para obtenção do óleo essencial. A composição química foi analisada por 
Cromatografia gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CG-EM). O bioensaio de atividade larvicida foi 
realizado com larvas de 3º estágio, sendo imersas 10 larvas em soluções teste com óleo essencial, água 
mineral e solução de DMSO (Dimetilsulfóxido) a 0,1%, em concentrações de 20 a 400 μg/mL. A verificação 
de mortalidade foi realizada 24 horas após o início do teste, sendo expresso em valores de CL 50 e CL90. Foi 
utilizado Sumilarv® (Pyriproxyfen) a 1 μg/mL como controle positivo e DMSO a 0,1% como controle negativo. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise química evidenciou Terpinoleno (27,89%), γ-terpineno (19,03%), 
Carvacrol (14,28%) e Terninen-4-ol (13,75%) como compostos majoritários, compostos que são descritos na 
literatura como agentes com potencial larvicida. Ao entrar em contato com a solução as larvas se mostraram 
agitadas em primeiro momento e logo em seguida letárgicas, realizando movimentos desordenados até 
ficarem imóveis no fundo dos frascos de teste, e morrerem,O óleo estudado apresentou CL50= 95,6 µg/mL e 
CL90= 178,3 µg/mL, confirmando efeito larvicida quando comparados com a literatura. CONCLUSÕES: O óleo 
essencial de Origanum vulgare, apresentou considerável atividade larvicida, demonstrando ser um potencial 
candidato para o controle das populações de Aedes aegypti. Para garantir sua utilização é recomendado 
ensaios toxicológicos e farmacotécnicos para o desenvolvimento de formulações. 
 
Palavras-chave: Orégano, Terpineol, Terpinoleno, Carvacrol; Arboviroses. 
 
Agradecimentos: UFMA, CAPES e FAPEMA. 
 
 
67 
 
Quimiometria aplicada à análise cromatográfica e ensaio antioxidante 
de Pouteria caimito Radlk 
 
Ana Flávia Alvarenga Bitencourt1; Rafael Christian de Matos1,2; Alexsandro Davi Mantovani de 
Oliveira1; Vanessa Rodrigues Prado1; Júlia Mara Pacheco1, Rachel Oliveira Castilho1; Renes de 
Resende Machado1; Marina Scopel1,2. afabitencourt@gmail.com 
 
1Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG; 2Centro Especializado em Plantas 
aromáticas Medicinais e Tóxicas - CEPLAMT, Belo Horizonte, MG 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Pouteria caimito Radlk possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias relatadas pelo 
uso tradicional, mas poucas evidências científicas são voltadas para a averiguação de tais aplicações. Para 
a avaliação de variações sazonais e de cultivo, ferramentas estatísticas multivariadas podem ser empregadas. 
Destas, pode-se citar a quimiometria que possibilita a distinção e correlação entre amostras por meio de 
comparações constitucionais instrumentais. OBJETIVO: Utilizar quimiometria como ferramenta probabilística 
para comparação de extratos das folhas de P. caimito e suas correlações com atividade antioxidante. 
METODOLOGIA: Foram coletadas folhas de P caimito nas estações do inverno, primavera e verão. Estas, 
foram pulverizadas e extraídas em banho ultrassônico com diferentes solventes: água (AQ); solução 
hidroetanólica a 80% (ETOH80), e hexano (HEX). A atividade antioxidante de todos os extratos produzidos 
foi realizada pelo método de redução de DPPH radicalar (517 nm) em microplacas, na concentração final de 
50 ug/ml. Os extratos também tiveram seu perfil químico obtido utilizando cromatografia líquida de alta 
eficiência (CLAE), em coluna de fase reversa, detector de arranjo de diodos (370 nm) e sistema de eluição 
em modo gradiente de 80 min. Por fim, fez-se a análise quimiométrica dos resultados (análise dos 
componentes principais - PCA, análise hierárquica de clusters - HCA e análise discriminante com calibração 
multivariada por mínimos quadrados parciais - PLS-DA). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos nove extratos 
avaliados no método de redução de DPPH radicalar, foram considerados ativos os extratos AQ (faixa de 
27,84-33,60% de inibição) e os extratos ETOH80 (faixa de 54,25-86,84%). Após a análise cromatográfica 76 
picos foram encontrados e apresentaram variação quali e quantitativa, sendo possível observar uma maior 
riqueza de constituintes nos extratos AQ e ETOH80 indo de encontro aos melhores resultados obtidos pelo 
método de DPPH. Quanto à composição química, são observados picos cromatográficos com espectros de 
ultravioleta (UV) equivalentes à flavonoides e ácidos fenólicos. Na PCA foi possível predizer a formação de 
dois grupos distintos, sendo um referente aos extratos ativos (AQ e ETOH80) e o outro, aos não ativos (HEX). 
Tal diferenciação foi confirmada pela HCA que formou dois grandes clusters, separando novamente os 
extratos por sua atividade. No cluster referente aos extratos ativos, aquele produzido com as folhas coletadas 
no verão ETOH80 (86,84% de inibição) ficou isolado dos demais em um subcluster, justificado pela riqueza 
cromatográfica observada. Na PLS-DA, o pico cromatográfico com maior poder de predição de VIP Score 
está relacionado a não atividade, apresenta espectro de absorção no UV de 224/538 nm (VIP de ~ 8), tempo 
de retenção (TR) de 65 min. e é vinculado a todos os extratos HEX. O segundo pico preditivo de atividade 
está correlacionado com uma das substâncias que apresenta máximos de absortividade nos comprimentos 
de onda 206/265/349 nm (VIP de ~ 2,5) e TR de 25 min., que pode corresponder a um flavonoide. Este 
resultado pode predizer um possível marcador intrasazonal, bem como tem potencial de avaliar quais 
substâncias ou grupos de substâncias em sinergismo são responsáveis pelas propriedades antioxidantes da 
espécie. CONCLUSÕES: Os achados demonstram que a atividade antioxidante dos extratos das folhas de 
P. caimito sofre influência sazonal, com possível marcador a ser elucidado. A resposta antioxidante se deu 
de forma mais pronunciada no verão, o que pode vir a ser um guia para a coleta e extração de material vegetal 
nesta estação. Não obstante, são necessárias avaliações instrumentais que incluam a estação do outono e 
identificação dos metabólitos para a compreensão da composição química dos seus extratos. 
 
Palavras-chave: Pouteria caimito Radlk., Sazonalidade, Atividade antioxidante, Quimiometria, CLAE. 
 
Agradecimentos: UFMG, CAPES, CNPQ, FAPEMIG e Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo 
Horizonte. 
 
 
 
68 
 
Tilirosídeo dePavonia malacophylla (Link & Otto) Garcke inibe a 
interação entre a proteína Spike de SARS-CoV-2 e o receptor ACE2 in 
vitro 
 
Mariana Freire Campos1,5*; Janderson Barbosa Leite de Albuquerque2; Diégina Araújo Fernandes3; 
Beatriz A. Custódio de Oliveira1; Maria de Fátima Vanderlei de Souza2; Gilda Guimarães Leitão3; Diego 
Allonso4; Suzana Guimarães Leitão1 *ccamposmariana@gmail.com 
 
1Departamento de Produtos Naturais e Alimentos, Faculdade de Farmácia – UFRJ; 2Programa de Produtos 
Naturais e Sintéticos Bioativos – CCS, UFPB; 3Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais (IPPN) – UFRJ; 
4Departamento de Biotecnologia Farmacêutica, Faculdade de Farmácia – UFRJ; 5Programa de Pos-
Graduação em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, CCS, UFRJ 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Diversos produtos naturais têm demonstrado potencial anti-SARS-CoV-2 e, dentre as classes 
de metabólitos secundários apontadas como mais promissoras, destacam-se os flavonoides. Essas 
substâncias podem interferir no ciclo do virus, tendo demonstrado sua capacidade de inibir alvos virais críticos, 
tais como as proteases, a polimerase (RdRp) e a proteína Spike (S). A entrada do SARS-CoV-2 nas células 
hospedeiras acontece através da formação do complexo entre a proteína S, em seu domínio de ligação ao 
receptor (RBD), e o receptor ACE2, presente na membrana celular. Apesar da inibição enzimática viral ser o 
principal mecanismo de ação da maioria dos agentes antivirais atualmente disponíveis e em desenvolvimento, 
o bloqueio da interação da proteína S com ACE2 tem se tornado uma ação atrativa da nova geração desses 
agentes antivirais, dado seu potencial de impedir o reconhecimento viral e a infecção, prevenir a propagação 
viral dentro do organismo, bem como contribuir para a redução da taxa de mutação e, portanto, aparecimento 
de novas variantes. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial inibitório da interação entre 
a proteína Spike de SARS-CoV-2 e a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) promovido por flavonoides 
isolados de Pavonia malacophylla (Link & Otto) Garcke (Malvaceae). METODOLOGIA: O extrato etanólico 
das partes aéreas de P. malacophylla foi submetido a diversos procedimentos cromatográficos, utilizando-se 
tanto colunas cromatográficas abertas de gel de sílica 60, eluídas com hexano, clorofórmio, acetato de etila e 
metanol puros, ou em misturas binárias, como cromatografia de permeação em gel do tipo Sephadex LH-20 
e eluíção com metanol e clorofórmio puro ou em misturas binárias nas proporções (7:3) e (1:1). A elucidação 
estrutural das substâncias foi realizada através da análise dos espectros de RMN 1H e 13C, uni e bidimensionais 
a 400MHZ e comparações com dados da literatura. O potencial inibitório da interação entre a proteína Spike 
e ACE2 foi primeiramente avaliado pelo kit Lumit™ (Promega) a 10 µM (estoque de 5 mM, em DMSO). Na 
mesma concentração, a substância mais ativa foi ensaiada em um modelo de binding e uptake de células 
endoteliais humanas (HUVEC-C), tratadas com o ectodomínio da proteína Spike recombinante, através de 
citometria de fluxo. A toxicidade celular foi avaliada através do ensaio colorimétrico de MTT. RESULTADOS 
E DISCUSSÃO: O fracionamento do extrato etanólico bruto de P. malacophylla resultou no isolamento de 3 
flavonoides: a 5,8-dihidroxi-7,4’-di-O-metil-flavona, a 5,7-dihidroxi-3,8,4’-tri-O-metil-flavona e o canferol-3-O-
β-D-(6’’-E-p-coumaroil)-glicosídeo (tilirosídeo). Das substâncias testadas, o tilirosídeo reduziu em 63% a 
interação entre RBD:ACE2, contra 43% da 5,7-dihidroxi-3,8,4’-tri-O-metil-flavona e 24% da 5,8-dihidroxi-7,4’-
di-O-metil-flavona. O tilirosídeo, quando testado no modelo celular de endotélio demonstrou ser capaz de 
reduzir a ligação e internalização da proteína Spike neste modelo mais complexo. Adicionalmente, o índice 
CC50 do tilirosídeo nas células endoteliais está acima de 100 µM, demonstrando que não há redução da 
viabilidade celular na concentração investigada. CONCLUSÕES: Considerando-se que a inibição da 
interação entre a proteína Spike de SARS-CoV-2 e ACE2 está diretamente ligada ao início do mecanismo de 
entrada do vírus nas células, os dados apresentados aqui fornecem indícios de que o tilirosídeo é uma 
substância com potencial ação anti-SARS-CoV-2. Estudos adicionais estão sendo conduzidos pelo grupo 
para aprofundar o entendimento da ação observada. 
 
Palavras-chave: Flavonoides; COVID-19; Malvaceae; Malva-rosa. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
69 
 
Avaliação da toxicidade oral aguda do extrato etanólico da casca da raiz 
de Mimosa tenuiflora em camundongos Swiss 
 
Carlos Mário Freitas de Oliveira1,2; Rita de Cassia de Lima Sousa1,2; Maurício Pires de Moura do 
Amaral1,2 carlosmario920@gmail.com 
 
1Laboratório Interdisciplinar de Neurociências e Toxicologia - LINT- UFPI; 2Departamento de Farmácia-UFPI. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A Mimosa tenuiflora (M. tenuiflora), uma planta encontrada no Nordeste brasileiro é utilizada 
na preparação de bebidas empregadas em rituais religiosos indígenas. Seu uso religioso deve-se a presença 
de alcaloides alucinógenos entre seus metabólitos secundários, dentre eles, destaca-se o N, N – 
dimetiltriptamina (DMT). Assim como outros alucinógenos indólicos (ex.LSD), o DMT possui a capacidade de 
se ligar a receptores serotoninérgicos do tipo 5-HT2A no sistema nervoso central (SNC). A alcaloides indólicos, 
semelhantes ao DMT, tem sido creditado atividades farmacológicas como antidepressivas e 
ansiolíticas. Contudo, tão importante quanto a investigação de sua possível aplicação terapêutica é a 
investigação da segurança no seu uso. Algo ainda não realizado em extratos obtidos da casca da raiz da M. 
tenuiflora, parte da planta onde, segundo a literatura, o DMT é encontrado em maior quantidade OBJETIVO: 
Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a toxicidade aguda do extrato etanólico da casca da raiz 
da M. tenuiflora (EEMt) em camundongos fêmeas swiss METODOLOGIA: O protocolo utilizado foi o 
preconizado pela OECD 423. Portanto, camundongos swiss fêmeas (n=3), foram divididas em 5 (cinco) 
grupos: Veículo (NaCl, 0,9%), DMSO 1%, EEMt 300 e 2000 mg/kg. As administrações foram realizadas por 
via oral (v.o.). Após a administração foi realizado análise comportamental (sinais de toxicidade), registro de 
peso e de quantidade de ração consumida diariamente durante um período de 14 dias. RESULTADO: Foi 
constatado a ausência de morte e de sinais de toxicidade em todos os animais submetidos ao protocolo. 
Porém, foi perceptível uma diminuição significativa (***p<0,001) na variação de peso corporal e no consumo 
de ração pelos roedores em relação ao grupo veículo. CONCLUSÃO: Portanto, o extrato pode ser classificado 
como não tóxico, sendo inserido na categoria 5 do Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) de produtos 
químicos que causam toxicidade aguda, porém, sugere-se a continuidade da investigação da toxicidade do 
EEMt com protocolos de exposição prolongada. 
 
Palavras-chave: Toxicidade aguda, OECD, Administração oral, Camundongos. 
 
Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí – FAPEPI; Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Universidade Federal do Piauí (UFPI). 
 
 
 
 
70 
 
Avaliação da toxicidade subcrônica do extrato etanólico da casca da 
raiz da Mimosa tenuiflora L. em camundongos Swiss 
 
Rita de Cássia de Lima Sousa1,2; Carlos Mário Freitas de Oliveira1,2; Mauricio Pires de Moura do 
Amaral1,2. ritinhalima240000@gmail.com 
 
1 Laboratório Interdisciplinar de Neurociências e Toxicologia -LINT 2 Departamento de Farmácia-UFPI. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
. 
INTRODUÇÃO: A Mimosa tenuiflora, popularmente conhecida como jurema preta, é uma planta arbórea, 
perene e semidecídua quena fase adulta pode atingir 7 m de altura e 30 cm de diâmetro, exibe uma cor 
castanho e um aspecto rugoso e grosseiro. Esta planta é encontrada no Nordeste, predominantemente no 
bioma da caatinga. O uso etnofarmacológico da M. tenuiflora visa o seu emprego no tratamento de bronquite, 
úlceras externas e acne. A casca da sua raiz contém alcalóides indólicos como o N, N -dimetil-triptamina 
(DMT), sendo a principal matéria-prima na fabricação de uma bebida usada em rituais religiosos indígenas 
de nome “vinho Jurema”. Apesar do seu uso popular, poucos estudos foram desenvolvidos para determinar 
a segurança do extrato retirado da casca da raiz. OBJETIVOS: Determinar o grau de segurança toxicológica 
do extrato etanólico da casca da raiz de M. tenuiflora (EEMt) nas doses de 150 e 250 mg/kg através do 
protocolo de toxicidade subcrônica de administração oral repetida por 28 dias em camundongos Swiss. 
METODOLOGIA: O protocolo de toxicidade oral de dose repetida por 28 dias foi realizado de acordo com a 
OECD 407 de 2008. A amostra das cascas das raízes de mimosa tenuiflora para a realização do teste foi 
coletada no município de Picos-PI (S 06° 59′ 30′′, W 41° 08′ 15′′, altitude 247 m) entre os meses de 
fevereiro/março de 2022. A espécie foi identificada pela bióloga Profa.Dra. Gardene Maria de Sousa da 
Universidade Federal do Piauí - UFPI e a exsicata encontra-se depositada no Herbário Graziela Barroso, 
Piauí, Brasil, com o número de registro 3.253 e número do cadastro AAB530D no Sistema Nacional de Gestão 
do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SisGen). No teste foram utilizados 
camundongos Swiss fêmeas e machos com peso entre 25-35 g, oriundos do Biotério do Centro de Ciências 
Agrárias da Universidade Federal do Piauí (CCA/UFPI). Os animais foram habituados durante 7 dias, em 
temperatura de 22 ± 3ºC e umidade relativa de (60 ± 2º UR) sob um ciclo claro/escuro de 12 por 12 horas, 
com livre acesso à comida e água (“ad libitum”). Todos os protocolos foram submetidos à comissão de ética 
no uso de animais (CEUA/UFPI) estando estes aprovados sob registro 720/22. Durante o trabalho, registou-
se semanalmente o consumo de ração e o peso dos animais que receberam EEMt nas doses de 150 e 250 
mg/kg, assim como o grupo do veículo (NaCl 0,9%) e DMSO 1%. Após o término do protocolo os animais 
foram eutanasiados e foram retirados os seguintes órgãos: coração, fígado, rins e o cérebro para a análise 
macroscópica. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Quando comparado os grupos do EEMt nas doses de 150 e 
250 mg/kg em relação ao grupo controle não houve mudança nos aspectos comportamentais como agitação, 
letargia, sono e coma, alterações na pele e pelagem, alterações nos olhos e mucosas, tremores, convulsões, 
salivação, diarreia. Foi feita a análise do peso e do consumo de ração. Quando comparados os grupos do 
EEMt nas doses de 150 e 250 mg/kg com o grupo veículo, estes não apresentaram alterações significativas. 
Os órgãos não apresentaram mudanças significativas em relação ao peso dos órgãos do grupo veículo. 
CONCLUSÃO: Conclui que o EEMt nas doses 150, 250 mg/Kg não causou sinais de intoxicação nos 
camundongos machos e fêmeas referente ao peso semanal e consumo de ração diário, assim como não 
houve alteração macroscópica dos órgãos: coração, fígado, rins e cérebro. 
 
Palavras-chave: Toxicidade, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Swiss. 
 
Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí – FAPEPI; Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Universidade Federal do Piauí (UFPI). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
 
Avaliação da atividade anticoagulante in vitro do óleo essencial de 
Schinus molle L. 
 
Yasmin Barros Azevedo1; Douglas Siqueira de Almeida Chaves1; Flávia Serra Frattani 
Ferreira2. yasmin.barros.yba@gmail.com 
 
1Departamento de Ciência Farmacêuticas (DCFar) – UFRRJ, Seropédica,RJ; 2Departamento de Análises 
Clínicas e Toxicológicas (DACT) - UFRJ, Rio de Janeiro, RJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro. 
 
INTRODUÇÃO: Doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade no mundo, decorrentes 
de desordens no sistema hemostático, no qual a agregação plaquetária e a coagulação estão envolvidas. As 
terapias atuais não apresentam a eficácia esperada, além de produzir efeitos colaterais adversos, motivando 
a busca por novas fontes para serem utilizadas. Os óleos essenciais possuem propriedades biológicas 
importantes relacionadas ao sistema sanguíneos e podem ser uma alternativa interessante na busca de 
fármacos para prevenção. OBJETIVO: Avaliar a atividade do óleo essencial das folhas de S. molle, aroeira 
branca, sobre a hemóstase (coagulação sanguínea). METODOLOGIA: folhas (100g) de S. molle foram secas 
em estufa com demanda de ar forçada por 48h e em seguida pulverizadas e submetidas a hidrodestilação 
usando aparelho do tipo Clevenger por 4 h. Após a extração foi feito o cálculo do rendimento. Os ensaios de 
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa) e Tempo de Protrombina (TP) foram utilizados para avaliar 
a ação anticoagulante do óleo essencial. O tempo de coagulação do plasma foi avaliado (em segundos) 
utilizando o coagulômetro, equipado com um sistema de agitação e aquecimento para indicar o tempo 
decorrido desde o início da reação de coagulação até a formação do coágulo. O plasma pobre em plaquetas 
(PPP) liofilizado foi ressuspenso com água destilada. A Cefalina Ativada foi utilizada como reagente de TTPa 
e a tromboplastina tecidual cálcica como reagente de TP. Utilizou-se a heparina de alto peso molecular como 
controle. Os ensaios iniciaram com o controle (tampão trisNaCl: TBS). Depois foram testadas as 
concentrações do OE de 38, 58 e 115 mg.µL-1 nos ensaios de TP e TTPa em triplicata. RESULTADOS E 
DISCUSSÃO: O rendimento da extração foi de 0,28% (m/m), estando abaixo do valor encontrado a literatura 
(1 a 3%). O presente trabalho obteve rendimento abaixo do esperado, o que pode ser devido ao tempo de 
armazenamento da planta ou variações ocorridas durante o processo de obtenção do óleo essencial. O óleo 
essencial não apresentou atividade anticoagulante significante para o TTPa (responsável pela via intrínseca 
da cascata de coagulação). Observa-se que em sua maior concentração (115 mg.µl-1) atingiu o tempo de 
coagulação de 43,5s, que se comparado ao controle (41,5s) não é um resultado estatisticamente significativo. 
O tempo de protrombina (TP) é usado para avaliar as vias extrínseca (fator VII) e comum (fatores X, V, II e I). 
O óleo essencial apresentou atividade no ensaio de TP (44,1s), ao se comparado com o controle (19,1s). 
Sugerindo que o OE atua especificamente sobre fatores e processos envolvidos com a via extrínseca da 
coagulação sanguínea. CONCLUSÕES: O óleo essencial apresentou baixo rendimento, sendo necessário 
otimizar o processo de extração para obtenção e maior quantidade do óleo essencial. Estes resultados são 
preliminares para o tratamento anticoagulante, entretanto, pode-se observar que a química presente neste 
óleo essencial é de grande interesse para a continuidade dos estudos com os fatores que fazem parte da via 
extrínseca, quanto para os testes posteriores no sistema plaquetário, o qual também está envolvido com o 
desenvolvimento das doenças cardiovasculares. 
 
Palavras-chave: Aroeira, Anacardiaceae, Anticoagulante, Óleo essencial. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
72 
 
Potencial antibacteriano de extratos de Aspergillus sp. 1IP2F1, um 
fungo endofítico associado à espécie vegetal Bromelia balansae Mez 
 
Luana Bonifácio Sanches1; Fernanda Motta Ribeiro da Silva2; Nadla Soares Cassemiro3; Denise 
da Silva Brentan4. luanabonifacio85@gmail.com 
 
1Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (FACFAN) – UFMS; ²Laboratório de Produtos 
Naturais e Espectrometria de Massas – UFMS; ³Laboratório de Produtos Naturais e Espectrometria de 
Massas – UFMS; 4Laboratóriode Produtos Naturais e Espectrometria de Massas – UFMS; 
 
Sessão temáticas: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Os microrganismos como fungos e bactérias possuem grande participação no 
desenvolvimento de candidatos a fármacos devido a sua capacidade de produção de moléculas 
bioativas. Dentre estes microrganismos, destacam-se os fungos endofíticos que são microrganismos que 
colonizam o interior dos tecidos das plantas sem causar danos, resultando em uma relação simbiótica entre 
elas. Devido à grande diversidade estrutural de produtos naturais bioativos encontrados em seus extratos os 
endófitos se apresentam como uma fonte promissora na busca por metabólitos de elevado valor terapêutico 
e que possuam potencial biotecnológico para o desenvolvimento de bioprodutos. OBJETIVO: Dessa maneia, 
o presente trabalho teve como objetivo realizar a determinação e anotação dos componentes presentes nos 
extratos obtidos do cultivo do fungo endofítico Aspergillus sp. 1IP2F1 através de CLAE-DAD-EM, a obtenção 
das redes moleculares desses compostos e também analisar sua atividade antibacteriana. METODOLOGIA: 
O fungo endofítico Aspergillus sp. 1IP2F1 foi isolado das folhas de Bromelia balansae Mez (Bromeliaceae) 
coletada no Pantanal (MS) e identificado através do sequenciamento da região ITS do rDNA, utilizando os 
primers ITS-1 (forward) e ITS-4 (reverse). O microrganismo foi cultivado em meio de Batata Dextrose Ágar 
(BDA) e em meio de cultura líquido em Caldo de Batata e Dextrose (CBD), os quais foram submetidos a 
extração para obtenção de extratos brutos (EB) com acetato de etila com 1% de ácido fórmico para o EB de 
BDA, enquanto para o CBD foi realizado duas extrações sendo com acetato de etila e metanol 1:1 para o 
sobrenadante e acetato de etila com 1% de ácido fórmico para obtenção do EB dos micélios. Dessa forma 
dois extratos EB foram obtidos do cultivo em meio líquido provenientes dos micélios (EBmic) e sobrenadante 
(EMsob), além disso também foi obtido o EB a partir do cultivo em meio sólido (EB BDA). Esses extratos 
foram analisados por CLAE-DAD-EM e os dados foram utilizados apara a anotação utilizando a plataforma 
Global Natural Products Social Molecular Networking (GNPS) e também para a obtenção da rede molecular. 
As avaliações antibacterianas foram realizadas frente a Staphylococcus aureus ATCC 25904 e as 
concentrações inibitórias mínimas (CIM) foram determinadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O extrato 
micelial EBmic apresentou CIM de 32 µg/mL, enquanto que EB BDA revelou CIM de 125 µg/mL e EBsob foi 
inativo contra S. aureus. Diversos componentes foram anotados a partir desses extratos de Aspergillus sp. 
1IP2F1. A partir do extrato mais ativo EBmic, compostos diméricos de ácidos secalônicos foram anotados e 
apresentaram-se em um cluster formado por esses componentes como, por exemplo, quatro isômeros do 
ácido secalônico D de m/z 639,1702 [M+H]+ (C32H30O14) e além de outros. Também foram anotados a partir 
de EBmic alcaloides como meleagrine e asperparalina A. CONCLUSÕES: O presente trabalho possibilitou a 
ampliação do conhecimento da biodiversidade de endófitos do Pantanal, a qual é escassamente estudada 
até o momento, bem como a anotação de diversos componentes a partir do isolado Aspergillus sp. 1IP2F1 
de B. balansae, incluindo compostos diméricos de ácidos secalônicos e alcaloides. Além disso, 
demonstramos o potencial da cepa isolada em produzir compostos antibacterianos. 
 
Palavras-chave: Bioprospecção, Fungo Endofítico, Aspergillus sp., Espectrometria de Massas, CLAE-DAD-EM. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
73 
 
Antioxidant activity of Pyrostegia venusta flowers 
 
Clara Beatriz de Lima1; Daniela Cristina de Medeiros Araújo2; Danielly Cherrito2; Mariana Nascimento 
de Paula1; João Carlos Palazzo de Mello1. mello@uem.br 
 
1Pharmacy Department (DFA) Pharmaceutical Biology Laboratory – PALAFITO – State University of Maringá (UEM), 
Maringá, Brazil; 2Department of Pharmacy (DFA) Uningá University Center, Maringá, Brazil 
 
Thematic session: Biological activities of natural products: in vitro and in vivo 
 
INTRODUCTION: The formation of reactive oxygen species (ROS) can occur from endogenous sources 
(mitochondria) and also from exogenous sources (radiation and air pollutants). ROS levels in a biological 
system are determined by their production rates, and also by the presence and activities of cellular antioxidant 
defences. The ROS produced in some oxidative processes may be related to the development of physiological 
and pathophysiological processes, at lower concentrations they regulate intracellular signalling and body 
homeostasis, but when they are in high concentrations they can cause damage to proteins, lipids and DNA. 
Antioxidants can be used to decrease ROS levels or inhibit oxidative damage, which can bring benefits to the 
balance of ROS in the human body, as their imbalance can increase the chances of skin cancer. OBJECTIVE: 
The objective of this work was to analyse the antioxidant capacity of the ethyl acetate: n-butanol (6:1) (AcEt:n-
But (6:1)) fraction and the mixture of isolated substances (acteoside + β-OH-acteoside (Act+ β-OH-Act)), from 
Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers flowers, using different methodologies. METHODS: To determine the 
antioxidant activity by the DPPH method and through the xanthine/luminol/xanthine oxidase system, a linear 
absorbance curve of the different sample dilutions (1.5625 to 100 μg/mL) was performed, obtaining the 
equation of the straight line. The results were expressed in the antioxidant capacity of the samples to reduce 
50% of the DPPH radical (IC50) or inhibit 50% of the enzyme xanthine oxidase. For the ABTS and iron reduction 
(FRAP) assays, the determination of the total antioxidant activity was performed using the Trolox calibration 
curve (20 to 600 μM) and the equation of the straight line obtained from the absorbances of the different sample 
dilutions. The results were expressed in samples' antioxidant capacity equivalent to Trolox (TEAC). RESULTS 
AND DISCUSSION: For DPPH assay the Act+ β-OH-Act was the best among the samples, managing to 
reduce 50% of the DPPH radical at a concentration of 3.27 μg/mL ± 0.11, compared to the standard (quercetin) 
that presented IC50 of 2.99 μg/mL ± 0.15. The AcEt:n-But fraction (6:1) showed an IC50 of 6.57 μg/mL ± 0.11 for 
antioxidant capacity. In the ABTS assay, it was possible to observe for the AcEt:n-But fraction (6:1) 2.36 mmol 
TEAC/g ± 0.058, and for the Act+β-OH-Act 2.63 mmol TEAC/g ± 0.10, both showed a significant difference 
from the standard, which was 7.15 mmol TEAC/g ± 0.29, but these samples are capable of scavenging the 
ABTS+ radical anion. In the iron reduction assay (FRAP), Act+β-OH-Act showed the highest antioxidant activity 
among the samples, 6.09 mmol TEAC/g ± 0.25 and the AcEt:n-But fraction (6:1) was 3.44 mmol TEAC/g ± 
0.017, values close to the standard of 15.41 mmol TEAC/g ± 0.66, however with a significant difference. In the 
xanthine oxidase analysis, the AcEt:n-But fraction (6.1) and the Act+β-OH-Act fraction, showed more 
significant enzyme inhibition capacity in relation to quercetin, a flavonoid known for its antioxidant capacity, 
used as standard. In all analyses, the AcEt:n-But (6:1) and Act+ β-OH-Act fraction showed a meaningful 
antioxidant capacity compared to the standard, in the enzymatic inhibition technique these samples showed 
better results than the standard used. CONCLUSIONS: It is possible to propose that the AcEt:n-But (6:1) 
fraction and the Act+β-OH-Act of P. venusta flowers, compared to quercetin, may have the ability to prevent, 
reduce or repair damage induced by ROS, and may be a source of natural antioxidants. 
 
Keywords: Pharmacognosy, antioxidant, ROS, Pyrostegia venusta. 
 
Acknowledgment: Fundação Araucária, CAPES and CNPq. 
 
 
 
 
74 
 
Evaluation of the ability of Pyrostegia venusta flowers to reduce ROS 
induced by UVBClara Beatriz de Lima1; Daniela Cristina de Medeiros Araújo2; Danielly Cherrito2; Mariana Nascimento 
de Paula1; João Carlos Palazzo de Mello1. mello@uem.br 
 
1 Pharmacy Department (DFA) Pharmaceutical Biology Laboratory – PALAFITO – State University of Maringá 
(UEM), Maringá, Brazil; 2Department of Pharmacy (DFA) Uningá University Center, Maringá, Brazil 
 
Thematic session: Biological activities of natural products: in vitro and in vivo 
 
INTRODUCTION: Ultraviolet radiation (UV) is divided into UVA, UVB, and UVC. UVB radiation is considered 
the most intense and can cause severe sunburn, in addition to the formation of reactive oxygen species (ROS) 
that cause cell and DNA damage. The generation of ROS can be neutralized with the help of antioxidant 
substances, preventing, reducing or repairing the induced damage. Currently, substances with the ability to 
combat ROS have been sought, and a great source of these substances are the natural products. A plant 
species to be considered is Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers, Bignoniaceae, popularly known as São 
João flower. This species is an alternative due to the presence of metabolites that have known antioxidant and 
anti-inflammatory properties. P. venusta is found in several regions of Brazil and its flowers, leaves, stems, 
and roots are popularly used to treat various diseases, due to the metabolites. OBJECTIVE: The objective of 
this work was in vitro evaluation of extracts and fractions of P. venusta flowers ability to reduce ROS. 
METHODOLOGY: The in vitro assays were carried out with fibroblasts from the cell line clone L929 (ATCC® 
CCL1™). The cells were maintained in DMEM medium (Dulbecco's Modified Eagle Medium), supplemented 
with 10% (v/v) fetal bovine serum (FBS) and 1% (v/v) antibiotics (100 μg/mL of streptomycin sulfate and 100 
IU/mL of penicillin), and incubated at 37.0 ºC, 5.0% CO2, and 95% humidity. For the cellular cytotoxicity assay, 
the cells were plated (2.5×105 cells/mL) in a 96-well microplate for 24 h, after which the medium was removed 
and different concentrations of the ethyl acetate fraction: n-butanol (6 :1) (AcEt:n-But (6:1)) and a mixture of 
substances acteoside + β-OH-Acteoside (Act+β-OH-Act) from P. venusta flowers were added at 
concentrations of 100, 50 , 25, 12.5, 6.25, 3.125, and 1.5625 μg/mL. After 24 h toxicity was assessed using 
neutral red (NV) method. Subsequently, the irradiated cytotoxicity analysis was carried out in which the cells 
were plated and treated according to the cytotoxicity methodology, but after 1 h of treatment the cells were 
subjected to UVB irradiation up to the intensity of 600 mJ/cm2. After 24 h the measurement were doneusing 
the NV methodology. In the ROS determination assay, cells were cultured in 96-well black plates for 24 h, after 
being treated for 1 h at concentrations of 6.25, 3.125, and 1.5625 μg/mL, incubated with H2DCF-DA and UVB 
irradiated, fluorescence was immediately measured in a microplate reader and protein concentrations were 
quantified by the Bradford method. RESULTS AND DISCUSSION: In the NV assay, it was observed that the 
AcEt:n-But (6:1) fraction did not have a cytotoxic effect on L929 up to a concentration of 25 µg/mL. On the 
other hand the mixture of substances Act+β-OH-Act exhibited a cytotoxic effect only at the highest 
concentration tested (100 µg/mL), showing significant cell growth compared to the control. This may indicate 
a possible healing activity. In the irradiated cytotoxicity test, the irradiated group had a 45% decrease in cell 
viability when compared to the control group (CN) that was not irradiated. The AcEt:n-But fraction (6.1) 
demonstrated cell protection mainly at concentrations of 6.25; 3.125, and 1.5625 µg/mL showing an increase 
in cell viability of 1.05, 3.69, and 6.19%, respectively, while quercetin (positive control) showed an increase of 
3.35%. Act+β-OH-Act at all concentrations (50 to 1.5625 µg/mL) increased viability from 9.46 to 14.31%. 
CONCLUSIONS: It is possible to affirm that the AcEt:n-But fraction (6.1) and the Act+β-OH-Act have a 
significative potential to reduce the ROS formed by UVB radiation. It would be a great benefit to the 
pharmaceutical and cosmetic industry, a substance of natural origin with the ability to reduce ROS, avoiding 
damage to DNA or cellular proteins, and low cellular toxicity in addition. 
 
Keywords: Pharmacognosy, ROS, Pyrostegia venusta, UVB. 
 
Acknowledgmentt: Fundação Araucária, CAPES, and CNPq. 
 
 
 
75 
 
Triagem fitoquímica e atividade antimicrobiana de Handroanthus 
spongiosus 
 
Talita Lorena Nascimento Gonçalves1; Jéssica Mileny de Andrade Souza Magalhães2,3; Yuri Kelvin 
Silva Camacho Tavares2,3; Marcia Marilia de Souza Silva3; Cauê Barbosa Coelho3; Jackson Roberto 
Guedes da Silva Almeida1-3; Ana Paula de Oliveira3-4; talitalorenagoncalves@gmaill.com 
 
1Colegiado de Farmácia, Universidade Federal do Vale do São Francisco – Petrolina - PE, Brasil; 2Programa 
de Pós-graduação em Biociências, Universidade Federal do Vale do São Francisco – Petrolina - PE, Brasil; 
3Núcleo de Estudos e Pesquisas de Plantas Medicinais (NEPLAME), Universidade Federal do Vale do São 
Francisco, Petrolina - PE, Brasil; 4Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão 
Pernambucano – IFSertãoPE - Campus Petrolina, Petrolina - PE, Brasil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Handroanthus spongiosus, conhecida como ipê-amarelo ou ipê-cascudo, é uma espécie 
arbórea encontrada no nordeste brasileiro e pertencente à família Bignoniaceae. Diversas espécies do gênero 
Handroanthus são utilizadas para o tratamento de doenças dermatológicas, inflamações, infecções e os 
canceres de útero e próstata. Entretanto, apesar da importância etnofarmacológica das espécies do gênero, 
registros de estudos que reportem o perfil fitoquímico e de atividades biológicas para H. spongiosus não foram 
encontrados na literatura, demonstrando desta forma a necessidade e urgência de estudos neste sentido. 
OBJETIVO: Avaliar o perfil fitoquímico e a atividade antibacteriana in vitro de extratos e frações de 
Handroanthus spongiosus. METODOLOGIA: O material vegetal foi coletado na cidade de Petrolina-PE, em 
julho de 2021 (SisGen #A12ED98), em seguida foi seco, pulverizado e submetido a macerações exaustivas 
com hexano e metanol. As soluções extrativas foram submetidas à evaporação sob pressão reduzida, para 
obtenção dos Extrato Hexânico Bruto (EHB) e Extrato Metanólico Bruto (EMB), respectivamente. EMB foi 
fracionado por meio da cromatografia líquida sob vácuo para a obtenção das frações hexânica (Fr-HEX), 
clorofórmica (Fr-CHCl3), acetato de etila (Fr-AcOET) e metanólica (Fr-MeOH). Extratos e frações foram 
submetidos a Cromatografia em Camada Delgada Analítica (CCDA), para realização da triagem fitoquímica 
preliminar, onde foram investigadas a presença das classes de flavonoides, alcaloides e antraquinonas, com 
sistemas de eluição e reveladores adequados para cada classe. A confirmação da presença das classes de 
compostos nos extratos e fases se deu a partir da avaliação qualitativa da intensidade da coloração das 
manchas nas placas. A avaliação da atividade antibacteriana foi realizada a partir do método de microdiluicão, 
para determinação da concentração inibitória mínima (CIM) dos extratos e frações frente as cepas ATCCs de 
Staphylococcus aureus (MRSA 8536), Enterococcus faecalis (ATCC 19433) e Serratia marcescens (ATCC 
13880). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os flavonoides foram detectados em EMB, Fr-CHCl3, Fr-AcOET, Fr-
MeOH. Os alcaloides por sua vez, apresentaram resultado positivo para EMB, Fr-CHCl3, Fr-AcOET enquanto 
as antraquionas foram verificadas em EMB, Fr-AcOET e Fr-MeOH. Fr-CHCl3 mostrou forte atividade 
antibacteriana frente a cepa gram positiva de S. aureus, inibindo o seu crescimento em todas as 
concentrações testadas. Para E. faecalis foram observados baixo/moderados potenciais antibacterianos com 
valoresde CIM flutuando entre 195 – 6250 ug.mL-1 e este resultado pode estar relacionado a maior 
variabilidade de classes de metabólitos secundários identificados na fração. Para a espécie gram-negativa 
(S. marcescens), os extratos apresentaram CIM > 12500 ug.mL-1. CONCLUSÕES: A triagem fitoquímica 
preliminar permitiu verificar a presença dos flavonoides, alcaloides e antraquinonas em diferentes extratos e 
frações de H. spongiosus. Estas classes estão distribuídas de maneira distinta, resultando em potenciais de 
atividade antibacteriana particular para cada amostra. Tendo em vista o expressivo potencial antibacteriano 
da Fr-CHCl3 frente a S. aureus estudos futuros que identifiquem e permitam isolar os compostos responsáveis 
pelos resultados observados são necessários. 
 
Palavras-chave: Ipê- amarelo, Bignoniaceae, Estudo Fitoquímico, Concentração Inibitória Mínima. 
 
Agradecimentos: UNIVASF, IFSertaoPE, CAPES e CNPq. 
 
 
 
76 
 
Quantificação de fenóis e flavonoides totais de Handroanthus 
spongiosus e avaliação da atividade antioxidante in vitro 
 
Talita Lorena Nascimento Gonçalves1; Jéssica Mileny de Andrade Souza Magalhães2,3; Yuri 
Kelvin Silva Camacho Tavares2,3; Marcia Marilia de Souza Silva2,3; Cauê Barbosa Coelho3; Jackson 
Roberto Guedes da Silva Almeida1,3; Ana Paula de Oliveira3,4. talitalorenagoncalves@gmaill.com 
 
1Colegiado de Farmácia, Universidade Federal do Vale do São Francisco – Petrolina - PE, Brasil; 2Programa de Pós 
graduação em Biociências, Universidade Federal do Vale do São Francisco – Petrolina - PE, Brasil; 3Núcleo de Estudos e 
Pesquisas de Plantas Medicinais (NEPLAME), Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina - PE, 
Brasil; 4Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano - Campus Petrolina, Petrolina - 
PE, Brasil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: As espécies reativas de oxigênio (EROS), conhecidas como radicais livres estão diretamente 
relacionadas a incidência de inúmeras patologias. Os compostos fenólicos, incluindo os flavonoides, são 
vastamente explorados pelo seu potencial antioxidante. A espécie Handroanthus spongiosus pertence à 
família Bignoniaceae, e é popularmente conhecida como ipê-amarelo. A família é amplamente explorada 
pelos seus teores de flavonoides e antraquinonas, entretanto, não há registro de estudos fitoquímicos e 
atividades biológicas desenvolvidas com a espécie, o que valida a importância de estudos que atuem neste 
sentido. OBJETIVO: Quantificar os teores de fenóis e flavonoides totais, bem como avaliar a atividade 
antioxidante dos extratos e frações das folhas de Handroanthus spongiosus. METODOLOGIA: O material 
vegetal foi coletado na cidade de Petrolina-PE em julho de 2021 (SisGen #A12ED98), seco, pulverizado, e 
submetido a macerações exaustivas com hexano e metanol. Em seguida, foram submetidas à evaporação 
sob pressão reduzida, para obtenção dos Extrato Hexânico Bruto (EHB) e Extrato Metanólico Bruto (EMB), 
respectivamente. EMB foi fracionado por meio da cromatografia líquida sob vácuo para a obtenção das 
frações hexânica (Fr-HEX), clorofórmica (Fr-CHCl3), acetato de etila (Fr-AcOET) e metanólica (Fr-MeOH). A 
quantificação de fenóis totais foi feita pelo método de Folin-Ciocalteu, utilizando ácido gálico como padrão, à 
medida que, para flavonoides totais foi utilizado o método de avaliação dos complexos formados entre 
alumínio e os flavonoides, utilizando a curva de calibração da quercetina. A atividade antioxidante foi avaliada 
pelos métodos de sequestro do radical livre DPPH e inibição da auto-oxidaçãodo β caroteno, utilizando ácido 
ascórbico, BHA e BHT como padrões. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados obtidos na 
quantificação de fenóis totais demonstraram que a Fr-MeOH apresentou maiores teores de compostos 
fenólicos com 138,63 mg de Eq.AG/g, seguido do EMB com 122,3, Fr-AcOET com 80,63 e Fr CHCl3 com 
61,96 mg de Eq.AG/g. A análise de flavonoides totais resultou na quantificação de 45,91 mg de Eq.Q/g para 
o EMB, 34,31, 14,49 e 4,33 mg de Eq.Q/g para as Fr-MeOH, Fr-CHCl3 e Fr-AcOET. Os resultados do teste 
com DPPH foram expressos em CE50, e variaram de 36,88 ± 0,82 a 382,4 ± 113,6 μg/mL, sendo a Fr-MeOH 
que apresentou os menores valores (CE50= 36,88 ± 1,94), enquanto a Fr-CHCl3 apresentou o maior valor de 
CE50 (382,4 ± 113,6 μg/mL). A atividade antioxidante no sistema β-caroteno/ácido linoleico foi expressa como 
percentual de atividade antioxidante (AA%), sendo que o EHB apresentou maior valor de AA% (87,28), 
seguido de EMB (69,08), Fr-MeOH (56,07), Fr-AcOET (54,91) e Fr-CHCl3 (8,96). Os resultados da atividade 
antioxidante demonstram que a espécie possui atividade de caráter hidrofílico e lipofílico, o que é corroborado 
com os resultados de fenóis e flavonoides totais. CONCLUSÕES: Os resultados observados constam que a 
espécie Handroanthus spongiosus possui um conteúdo significativo de fenóis e flavonoides totais, sendo que 
o EMB e a Fr-MeOH obtiveram os maiores teores, podendo ser justificado pela seletividade do solvente 
utilizado, uma vez que, seu caráter polar permite uma melhor extração dessas classes de compostos. Os 
valores mais significativos de atividade antioxidante foram verificados na Fr-MeOH e EHB, nos testes de 
DPPH e β-caroteno respectivamente. Este é o primeiro estudo químico e biológico para a espécie em questão, 
sendo de extrema importância para o conhecimento e identificação de compostos bioativos de espécies da 
Caatinga. 
 
Palavras-chave: Química de produtos naturais, Ipê-amarelo, Bignoniaceae. DPPH; βcaroteno. 
 
Agradecimentos: UNIVASF, IFSertaoPE, CAPES e CNPq. 
 
 
77 
 
Atividade antiviral das folhas de Physalis angulata e compostos 
isolados frente a arbovírus epidemiológicos 
 
Allana Martins dos Santos Ataide1; Beatriz de Nazaré dos Reis Rodrigues1; Rayane Rodrigues 
Reis1; Alice Rhelly Veloso Carvalho1; Ariane Coelho Ferraza2; Marília Bueno da Silva Manegatto2; 
Rafaela Lameira Souza Lima2; José Carlos de Magalhães2; Cíntia Lopes de Brito Magalhães2; Consuelo 
Yumiko Yoshioka e Silva1. martins.allana48@gmail.com 
 
1Faculdade de Farmácia, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, Pará, Brasil; 
2Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Núcleo de Pesquisa em Ciências Biológicas, Universidade 
Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo. 
 
INTRODUÇÃO: As infecções virais podem causar desde sintomas leves (p.e, febre e dores no corpo) até 
doenças graves (p.e, encefalite e febre hemorrágica). Dentre os agentes causadores desta última 
condição estão os arbovírus, um grupo de vírus transmitidos a humanos e animais por vetores artrópodes. 
Nessa conjuntura, das buscas por medidas de cuidado e prevenção, estudos científicos a partir de fontes 
naturais, como as plantas, têm se tornado um campo bastante exitoso. Dentre essas, a espécie Physalis 
angulata (Solanaceae) é uma planta bastante utilizada na medicina tradicional para tratar várias doenças, 
como febre, inflamação e infecções respiratórias. OBJETIVO: Avaliar a atividade antiviral do extrato etanólico 
das folhas de P. angulata e de seus compostos isolados frente a arbovírus epidemiológicos. METODOLOGIA: 
O extrato etanólico das folhas de P. angulata e quatro fisalinas isoladas (D, G, B e isoB) foram avaliados pelo 
método colorimétrico de MTT frente à atividade antiviral dos arbovírus Chikungunya (CHIKV), Mayaro 
(MAYV), Oropouche (OROV) e Zika (ZIKV) a partir dos valores de índice de concentração eficaz com 50% de 
efeito antiviral (CE50) e o índice de seletividade dos compostos com ação antiviral (IS50). Previamente, uma 
análise citotóxica (linhagem celular CCL-81™, ATCC) foi realizada para estimar-se a concentração citotóxica 
para 50% de células (CC50). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os índices de CC50 para o extrato foi 
de 25,06±2,18 µg.mL-1 e 2,48±0,24µg.mL-1 para a isofisalina B, enquanto para os demais compostos foi 
>300 µg.mL-1. Considera-se imprescindível que as concentrações testadas sejam menores que o CC50 para 
garantir que o efeito observado nas células infectadas seja decorrente da ação viral e não dos efeitos tóxicos 
das drogas testadas. Frente à avaliação de atividade antiviral, o extrato expressou atividade segura 
somente para MAYV (CE50= 9,88±0,35 µg.mL-1), sendo que para os demais vírus não se observou viabilidade 
celular maior que 40%. Os vírus MAYV e CHIKV possuem algumas características comuns, como a forma 
de multiplicação e proteínas congêneres; entretanto a inibição só foi observada para o primeiro e isso sugere 
um mecanismo de inibição bem específico. Em relação aos compostos isolados, somente as fisalinas B e isoB 
exibiram atividades promissoras para pelo menos um dos quatro arbovírus testados: a fisalina B foi eficaz em 
proteger as células diante dos vírus MAYV e ZIKV em até 60%, cujos índices de CE50 foram iguais a 39,54±0,59 
µg/mL para MAYV e 9,94±0,42 µg/mL para ZIKV. A isofisalina B foi capaz de proteger as células da infecção 
viral contra todos os arbovírus testados (CE50 = 1,11±0,10 µg.mL-1[MAYV]; 1,58±0,48 µg.mL-1 [CHIKV]; 
1,05±0,09 µg.mL-1[OROV] e 0,67±0,29 µg.mL-1[ZIKV]). Contudo, da mesma forma que o extrato, ambos os 
compostos isolados também apresentaram uma única concentração em que a viabilidade celular foi ≥50 % 
para todos os vírus testados, o que sugere que a proteção celular resultante da atividade antiviral é limitada. 
Quanto ao índice IS50, o extrato apresentou baixa seletividade (IS50= 2,54), enquanto para a fisalina B 
observou-se um IS50 de 7,59 para MAYV e 30,18 para ZIKV, sendo este último considerado seguro para 
ensaios in vivo. Para a isofisalina B, observou-se baixa seletividade (IS50<2) para MAYV, CHIKV e OROV, 
embora para ZIKV seja relativamente mais seletivo (IS50= 3,73). Embora haja divergência entre um valor 
aceitável para IS50, é consenso que o IS50 é um parâmetro importante de ser mensurado devido fornecer 
informações sobre a segurança da droga, isto é, a janela terapêutica entre a dose efetiva e a dose 
citotóxica. CONCLUSÕES: Esse estudo relata pela primeira vez a atividade antiviral de P. angulata e 
compostos isolados frente a arbovírus bastante negligenciados e para os quais ainda não se tem tratamento 
específico ou vacina licenciada, sendo dois deles (CHIKV e ZIKV) com ciclo urbano instalado e 
desencadeadores de problemas de saúde pública no Brasil. Dessa maneira, espera-se futuros estudos 
possam explorar o potencial antiviral dessa espécie a fim de desenvolver fitofármacos com ação terapêutica 
antiviral. 
 
Palavras-chave: Physalis angulata, Fisalinas, Arbovírus, Ensaio in vitro. 
 
Agradecimentos: UFPA, UFOP, CAPES, CNPq. 
 
 
 
 
78 
 
Efeitos antitumorais do extrato de Geissospermum vellosii em 
linhagens de câncer cervical humano relacionado ao HPV-16 e HPV-18 
 
Lila Teixeira de Oliveira1; Karla Bianca da Silva Lima1; Vicktor Bruno Pereira Pinto2; Laís Araújo Souza 
Wolff1; Monique Marques Martins1; Andressa Bianca Reis Lima3; Lidilhone Hamerski4; Marcelo Souza 
de Andrade2; Joselia Alencar Lima2; Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento2. 
lila.to@discente.ufma.br 
 
1Curso de Ciências Biológicas – UFMA; 2Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto (PPGSAD) – 
UFMA; 3Curso de Medicina – UFMA; 4Instituto de Pesquisa em Produtos Naturais (IPPN) – UFRJ - Rio de 
Janeiro, RJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O câncer cervical representa um importante problema de saúde pública no mundo, sendo a 
quarta causa de óbito em mulheres no Brasil e terceiro tipo de câncer mais comum no estado do Maranhão. 
Cerca de 95% dos canceres cervicais são relacionados ao Papiloma virus Humano (HPV), sendo os HPV 16 
e 18 os de maior oncogenicidade. As opções terapêuticas apresentam eficácia limitada e os efeitos colaterais 
significativos. Por esses motivos, muitos estudos baseados em plantas têm buscado obter compostos com 
atividades antiproliferativas e/ou citotóxicas que possam servir como protótipo para o desenvolvimento de 
novos agentes antineoplásicos. O Geissospermum vellosii, comumente conhecido por Pau-pereira, é nativa 
do Brasil, e rica em alcaloides indólicos. O extrato das cascas do caule do pau-pereira (PP), além das 
reconhecidas atividades anticolinesterásica, antinociceptiva e anti-inflamatória, tem demonstrado atividades 
antitumorais em modelos pré-clínicos de câncer de próstata, e em linhagens celulares de câncer de pâncreas 
humano (PANC-1, AsPC-1; HPAF-II, BxPC-3 e MiaPaCa-2), de câncer ovariano (OVCAR-5, OVCAR-8; SHIN-
3). Mas, ainda não há relatos de estudos com extrato das cascas do caule do PP em células de câncer cervical 
humano. OBJETIVO: Avaliar a citotoxicidade do extrato da casca do caule de pau-pereira (PP) em linhagens 
celulares de câncer cervical HPV-positivo 18 (HeLa) e 16 (SiHa), a capacidade de formação de colônias e a 
migração celular dessas linhagens, na presença do extrato de PP. METODOLOGIA: Células foram cultivadas 
em meio DMEM suplementado com 10% SFB, em frascos de cultivo mantidos a 37°C e 5% de CO 2. Após 
crescimento, as células foram semeadas (1x104 cél/poço) em placas de 96 poços e, após aderência, tratadas 
com concentrações de 5 – 120 µg/mL de PP, por 24, 48 e 72h, com cada experimento realizado em triplicata. 
A citotoxicidade foi determinada pelo teste colorimétrico com brometo de 3-4,5-dimetil-tiazol-2-il-2,5-
difeniltetrazólio (MTT). Na formação de colônias, células foram semeadas (500 cél/poço) em placas de 24 
poços, tratadas por 72h com a concentração que inibiu 50% (IC50) da viabilidade celular, e após a retirada do 
tratamento, foram deixadas em cultivo até que as colônias dos poços controle (sem tratamento) estivessem 
confluentes. Para o teste de migração celular, as células foram semeadas (1.5x105 cél/ poço) em placas de 
24 poços e, após confluência, foram feitos a ranhura na monocamada de cada poço, e em seguida o registro 
fotográfico dos poços (tempo zero). Após, foram adicionadas diferentes concentrações de PP aos poços. 
Registros fotográficos foram realizados 48h após o tratamento, e a porcentagem de fechamento das ranhuras 
foram determinadas com o software ImageJ. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O PP inibiu a viabilidade celular 
de maneira tempo e concentração-dependente em ambas linhagens celulares, com IC50 de 25,46 ± 2,18; e 
53,08 ± 2,45 µg/mL, para HeLa e SiHa, respectivamente. Mesmo após dez dias da retirada do tratamento, 
não se observou aumento da expansão clonal de células SiHa tratadas com PP (53 µg/mL). PP inibiu a 
migração celular de um modo dependente da concentração em ambas as linhagens, com porcentagem de 
fechamento da ranhura, após 48h de exposição ao tratamento, de 22% (60 µg/mL), 38% (40 µg/mL) e 70% 
(20 µg/mL), para a SiHa; e 20% (60 µg/mL), 26% (40 µg/mL), 47% (20 µg/mL) para a HeLa. Assim, o extrato 
do PP se mostrou altamente eficaz em inibir a viabilidade, a proliferação e a migração celular em ambas as 
linhagens celulares. CONCLUSÃO: Estes resultados são bastante animadores, pois demonstram que o 
extrato do PP tem alta atividade antitumoral nestes dois tipos celulares altamente oncogênicos. Em se 
confirmando outros testes com esse extrato, a próxima etapa será de isolamento e avaliação dos alcaloides 
do extrato do PP. O ensaio clonogênico com a HeLa está em andamento. SisGen do G. vellosii: ACADBDD. 
 
Palavras-chave: Câncer Cervical, Câncer de colo do útero, Geissospermum vellosii, Pau-pereira, HeLa, SiHa. 
 
Agradecimentos: FAPEMA, UFMA, CAPES, CNPq E PPGSAD. 
 
 
 
79 
 
Efeitos antitumorais do extrato do Geissospermum vellosii (Pau-
pereira) em células de câncer de mama humana, MCF-7 e MDA-MB-231 
 
Danrley Moraes Teixeira1; Ana Luiza de Araújo Butarelli2; Lila Teixeira de Oliveira3; Monique Marques 
Martins3; Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento1; Lidilhone Hamerski4;Ana Paula Silva de 
Azevedo-Santos1,2; Josélia Alencar Lima1. lylla.de.oliveira@gmail.com 
 
1Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto (PPGSAD) - UFMA;2Programa de Pós-Graduação em 
Ciências da Saúde – UFMA; 3Curso de Ciências Biológicas – UFMA; 4Instituto de Pesquisa em Produtos 
Naturais (IPPN) – UFRJ - Rio de Janeiro, RJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2023-2025, 
segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), com maior frequência para câncer de mama (73.610 casos), 
próstata (71.730 casos), cólon e reto (45.630 casos), pulmão (32.560 casos) e estômago (21.480 casos). Em 
2022, foram registrados 3.610 novos casos de câncer de mama feminina, correspondendo a 30,1% dos 
cânceres, e 17.825 óbitos (16,5%). Cerca de 67% dos cânceres de mama são receptores hormonais positivos 
e respondem razoavelmente bem ao tratamento com quimioterápicos como o tamoxifeno. Mas, há o tipo de 
câncer de mama triplo negativo (15% dos casos), um tipo mais agressivo e invasivo, com opções limitadas 
de tratamento e alta taxa de recidiva pós-tratamento. Portanto, continua sendo crucial obter agentes 
potencialmente ativos contra os vários tipos de câncer de mama. O Geissospermum vellosii, comumente 
conhecido por Pau-pereira, é nativa do Brasil, e rica em alcaloides indólicos. O extrato das cascas do caule 
do Pau-pereira (PP), além das reconhecidas atividades anticolinesterásica, antinociceptiva e anti-inflamatória, 
tem demonstrado atividades antitumorais em modelos pré-clínicos de câncer de próstata, e em linhagens 
celulares de câncer de pâncreas humano (PANC-1, AsPC-1; HPAF-II, BxPC-3 e MiaPaCa-2), de câncer 
ovariano (OVCAR-5, OVCAR-8; SHIN-3). Mas, ainda não há relatos de estudos com extrato das cascas do 
caule do Pau-pereira em células de câncer de mama. A hipótese do trabalho é que metabólitos secundários 
do PP possuem atividade antitumoral efetiva para o câncer de mama, com potencial para tratamento do tipo 
triplo negativo. OBJETIVO: Avaliar se o extrato da casca do PP é citotóxico em linhagens de câncer mamário 
humano, receptor de estrógeno dependente (MCF-7) e triplo negativo (MDA-MB-231). METODOLOGIA: 
Células foram cultivadas em meio DMEM suplementado com 10% SFB, em frascos de cultivo mantidos a 
37°C e 5% de CO2. Após crescimento, as células foram semeadas (1x104 células/poço) em placas de 96 poços 
e, após aderência, tratadas com concentrações de 5 – 120 µg/mL de PP, por 24, 48 e 72 h, com cada 
experimento realizado em triplicata. A citotoxicidade foi determinada pelo teste colorimétrico com brometo de 
3-4,5-dimetil-tiazol-2-il-2,5-difeniltetrazólio (MTT). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nossos resultados 
mostram que o PP inibiu a viabilidade celular de um modo tempo e concentração-dependente em ambas as 
linhagens celulares, com IC50 de 35,63 ± 2,71 µg/mL e 10-20 µg/mL, para as linhagem MCF-7 e MDA-MB-231, 
respectivamente. Estes resultados demonstraram que o extrato do PP tem a capacidade de redução da 
viabilidade dessas linhagens tumorais, mostrando uma melhor atividade para a linhagem triplo negativa. 
CONCLUSÕES: PP apresenta atividade citotóxica para as linhagens tumorais de mama, com maior efeito 
nas células triplo negativo, quando comparadas com as células receptor estrógeno-dependente. Os dados se 
referem a etapa de triagem inicial tendo os ensaios de formação de colônia e migração celular em andamento. 
A se confirmarem nossas expectativas, o extrato de PP terá seus constituintes químicos isolados e testados 
contra essas duas linhagens de referência para estudos oncológicos de mama. SisGen do G. vellosii: 
ACADBDD. 
 
Palavras-chave: Geissospermum vellosii, Pau-pereira, MCF-7, MDA-MB-231, Câncer, Câncer de mama. 
 
Agradecimentos: FAPEMA, UFMA, CAPES e CNPq 
 
 
 
 
80 
 
Extratos vegetais de plantas brasileiras ativas contra Listeria 
monocytogenes 
 
José Rodrigo de Arruda1; Pablo de Carvalho Domingues1; Karen Cristina Comin Maldonado2, Ivana 
Barbosa Suffredini1,2. ivana.suffredini@docente.unip.br 
 
1Programa de Pós Graduação em patologia Ambiental e Experimental da Universidade Paulista – UNIP, São 
Paulo, SP; 2Núcleo de Pesquisas em Biodiversidade da universidade Paulista - UNIP, NPBio-UNIP, São 
Paulo, SP. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Listeria monocytogenes, bactéria Gram positiva que se encontra disseminada na natureza, 
pode ser encontrada no solo, água, fezes de animais e nichos onde vivem, e em função do tipo de 
manipulação ambiental ou animal envolvida, pode causar doença ao ser humano, sendo considerada uma 
doença zoonótica conhecida como listeriose. Novos fármacos para serem usados em listeriose são 
necessários, e a biodiversidade brasileira é fonte potencial de princípios ativos naturais. OBJETIVO: Esse 
trabalho teve como objetivo identificar extratos vegetais ativos entre os 2.280 obtidos de plantas brasileiras 
que constam da Extratoteca do NPBio. METODOLOGIA: Os extratos vegetais foram obtidos de diferentes 
órgãos vegetais, segundo sua disponibilidade de biomassa, por maceração em diclorometano:metanol (1:1) 
seguida de maceração com água, ambas de 24h. Os extratos vegetais liofilizados foram triados com o teste 
de disco difusão em ágar (DDA) na concentração de 100 mg/mL e os que apresentaram atividade foram 
testados novamente nesse teste para obtenção do diâmetro do halo de inibição, e foram testados no teste de 
microdiluição em caldo (MDC) para obtenção da concentração inibitória mínima (CIM). Foram utilizados discos 
de antibióticos como controle, como ampicilina 10, cloranfenicol 30, estreptomicina 10, gentamicina 10 e 
tetraciclina 30, para os testes de DDA, além de clorexidina 1% em solução, para os testes de MDC. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos 2.280 extratos testados, apenas 12 apresentaram atividade contra L. 
monocytogenes, o que corresponde a um rendimento de 0,53% de extratos ativos. Os extratos ativos foram 
obtidos de espécies vegetais pertencentes às famílias Flacourtiaceae (Salicaceae), Clusiaceae, Rubiaceae, 
Piperacee, Fabaceae, Convolvulaceae, Annonaceae e Simaroubaceae, sendo três extratos obtidos de 
espécies de Clusiaceae, dois de Salicacecae e dois de Piperaceae, e os outros cinco extratos obtidos de 
espécies vegetais pertencentes às outras famílias. Ao considerarmos os órgãos vegetais dos quais os extratos 
foram obtidos, cinco extratos foram obtidos de órgãos aéreos, quatro foram obtidos de folhas, dois foram 
obtidos de caule e um de frutos. Entre os 12 extratos, nove dos ativos são extratos orgânicos e três, aquosos. 
CONCLUSÕES: O trabalho demonstrou que extratos vegetais podem ser usados como fonte potencial de 
agentes antimicrobianos contra L. monocytogenes, particularmente aqueles obtidos de espécies pertencentes 
às famílias Clusiaceae, Flacourtiaceae (Salicaceae) e Piperaceae, e que os órgãos vegetais que apresentam 
maior potencial de terem substâncias ativas são as folhas e os órgãos aéreos. 
 
Palavras-chave: Listeriose, Floresta Amazônica, Epidemiologia, Teste de Sensibilidade, Triagem em Larga Escala. 
 
Agradecimentos: CAPES e CNPq. 
 
 
 
81 
 
Estudo comparativo da atividade antioxidante e perfil químico entre 
óleos essenciais e seus hidrolatos 
 
Andréa Bezerra da Nóbrega1, Lilian Rodrigues Braga2, Eliane Gomes Fabri33; Daniel Luiz Reis Simas4, 
Ellen Tanus Rangel5. pdi@hajeorganic.com 
 
1Plataforma Agroecológica de Fitomedicamentos, Farmanguinhos, Fiocruz; 2Pesquisadora UnB e Professora 
UNIP-DF/BRASÍLIA,3Centro de Horticultura - Instituto Agronômico IAC/APTA/SAA/SP, Campinas/SP; 4Bio 
Assets SA; Laboratório de Análise Fitoquímica, IPPN – UFRJ; 5Pesquisadora Haje Insumos Orgânicos, 
Anápolis/GO e Professora UNIP-DF/BRASÍLIA. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Os óleos essenciais (OE) e hidrolatos (HL) são obtidos doresultado da destilação por arraste 
a vapor de plantas aromáticas. Os OE são misturas complexas de compostos naturais bastante voláteis, de 
caráter hidrofóbico e líquidos a temperatura ambiente, já o hidrolato (HL) é a fração aquosa do OE, sua 
composição química é geralmente constituída pelos mesmos componentes químicos da fração oxigenada dos 
OE correspondentes. A enorme variedade de compostos químicos confere aos OE e HL odores 
característicos e diversas funções terapêuticas. Os OE são utilizados pela humanidade desde a antiguidade, 
já os HL por muito tempo foi considerado como um subproduto descartável da produção de OE, mas 
atualmente vêm sendo estudados e fornecendo resultados promissores com várias atividades. OBJETIVO: 
O objetivo deste estudo consiste na comparação da caracterização química e da avaliação antioxidante de 
quatro OE e seus HL extraídos na Haje Insumos Orgânicos. METODOLOGIA: Os OE e HL utilizados foram 
obtidos pelo processo de destilação por arraste a vapor obtidos das folhas das espécies: Melaleuca - ME 
(Melaleuca alternifolia), Manjericão - MA (Ocimum basilicum), Erva baleeira - EB (Varronia curassavica), 
Gerânio - GE (Pelargonium graveolens) em dornas de aço inoxidável. Para a caracterização química os OE 
e os HL foram analisados em CG/EM, os OE analisados diretamente dos HL foram recuperados por extração 
líquido-líquido com éter etílico e saltting in. Para avaliação da atividade antioxidante (AA) empregou-se o 
método de DPPH (1,1-difenil-2-picrilhidrazil) onde foram adicionados 50 µL de amostra (OE ou HL), em 
triplicata, nos epedorff, e acrescentados 1950 mL de DPPH·0,03 mol/L etanólico, seguido de homogeneização 
e repouso por 60 minutos ao abrigo de luz. O controle foi composto por etanol puro. As leituras após reação 
foram realizadas em 517 nm e a AA de cada amostra foi expressa pela capacidade do sequestro do radical 
DPPH como percentual de inibição da oxidação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos resultados obtidos o 
OEMA e o HLMA foram os de maior destaque, pois ambos obtiveram excelente AA (102,4 ± 0,2% e 68,7 ± 
0,3%, respectivamente); quanto ao perfil químico o linalol foi majoritário ressaltando que o hidrolato é 
considerado bem mais diluído com rendimento orgânico de apenas 0,05%. A atividade antioxidante dos óleos 
OEGE (98,7 ± 0,1%) e OEME (94,0 ± 0,1%) também foram bastante relevantes; porém seus hidrolato não 
apresentaram o mesmo perfil antioxidante HLGE (27,3% ± 2,3) e HLME (22,0 ± 1,0%). Apesar de 
quimicamente os majoritários dos OEGE e HLGE serem os mesmos, a AA não se manteve o que pode estar 
relacionado a concentração do hidrolato. No do caso do perfil químico do OEME e HLME, o majoritário 
principal é o terpinen-4-ol que se mantém para ambos, porém no OE temos os terpinenos também como 
majoritários, contudo, não aparece no HL. O OEEB apresentou a menor AA (61,0 ± 1,0%) comparado aos 
outros OE, inclusive por apresentar menor atividade que a do HLMA. Por sua vez, o HLEB (22,5 ± 0,3%) 
mostrou atividade próxima ao HLME (22,0±1,0%); do ponto de vista químico, a OE de erva baleeira é a que 
mais se difere dos outros OE e entre o seu OE e HL. A atividade antioxidante dos OE pelo método DPPH já 
é bem consolidada, mostrando que esses óleos podem ser usados como aditivos antioxidantes; mas essa 
atividade se estendeu ao hidrolatos, em especial, HLMA com considerável ação antioxidante quando 
comparado ao seu OE. CONCLUSÕES: Pode-se verificar que o hidrolato (HLMA) foi o que apresentou 
significativo potencial de ação antioxidante comparado ao seu OE e as demais espécies estudadas. Assim a 
perspectiva do uso não só do óleo essencial como insumo antioxidante natural, mas também de hidrolatos, 
tende a contribuir nas formulações de cunho cosmético, alimentício e farmacêutico. 
 
Palavras-chave: Óleo essencial, Hidrolato, Antioxidante, Insumos natural. 
 
Agradecimentos: UNIP/DF, HAJE PDI, FAPDF e UnB. 
 
 
 
82 
 
Avaliação da atividade anti-inflamatória in vitro do extrato e das frações 
obtidas das folhas de Calophyllum brasiliense 
 
Guilherme Moreschi Gerhardt1; Larissa Benvenutti1; Otto Mauricio Santos Gerlach1; Ruth Meri Lucinda 
da Silva1; Nara Lins Meira Quintão1; José Roberto Santin1; Valdir Cechinel Filho1; Luiz Carlos Klein-
Júnior1. guilherme.gerhardt@univali.br 
 
1Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) – Universidade do Vale do Itajaí 
(UNIVALI), Itajaí, SC. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo. 
 
INTRODUÇÃO: Calophyllum brasiliense, também conhecida popularmente como guanandi, é a espécie mais 
abundante de seu gênero na América Latina, característica de florestas pluviais do Brasil. Derivados obtidos 
desta planta são usados na medicina popular como analgésico e para tratamento de inflamações, 
provavelmente devido à presença de diversas substâncias bioativas, como xantonas, cumarinas, cromonas e 
flavonoides. Apesar deste uso terapêutico potencial, o tema ainda carece de estudos para avaliar as vias 
pelas quais extratos de C. brasiliense podem exercer tal efeito. OBJETIVO: O objetivo do trabalho foi avaliar 
a atividade anti-inflamatória in vitro do extrato bruto e de 3 frações obtidas a partir das folhas de Calophyllum 
brasiliense. METODOLOGIA: As folhas de C. brasiliense foram coletadas (SisGen A7EBEE2), secas, moídas 
e extraídas com metanol por maceração estática. O solvente foi evaporado e o extrato bruto obtido foi 
suspenso em água/metanol (1:1) para partição líquido-líquido com diclorometano e acetato de etila. Dessa 
forma, avaliou-se inicialmente o potencial citotóxico através de MTT e a atividade anti-inflamatória do extrato 
bruto, da fração diclorometano, fração acetato de etila e fração residual metanol/água. Células RAW 264.7 
foram cultivadas em placas de 96 poços por 24 h e estimuladas com LPS (5µg/mL) e tratadas com amostras 
nas concentrações de 1, 10 e 100 µg/mL para determinação de nitrito, dosagem de IL-6 e TNF no 
sobrenadante. Para avaliar o efeito do extrato e frações na migração de neutrófilos in vitro foi utilizado um 
ensaio de quimiotaxia em agarose e o efeito do tratamento na resolução de inflamação foi determinado pelo 
ensaio de eferocitose, sendo avaliado a fagocitose de neutrófilos apoptóticos por macrófagos e a produção 
de IL-10 e TNF. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O extrato seco apresentou rendimento de 8,8%. As frações 
diclorometano, acetato de etila e resíduo metanol/água apresentaram rendimento de 12,7g, 3,1g e 8,0g, 
respectivamente. A viabilidade celular das células tratadas com extrato e frações não apresentou redução 
significativa. A dosagem de nitrito em células RAW 264.7 demonstrou que todas as concentrações testadas 
do extrato e frações foram eficazes em reduzir a liberação de nitrito de forma significativa. Na menor 
concentração testada de 1µg/mL, a fração metanol/água obteve a melhor resposta, com inibição de 67,4 ± 
5,4%. Em relação às citocinas, a fração residual de metanol/água teve melhor resposta para dosagem de 
TNF com inibição de 18,8 ± 3,3% e a fração acetato de etila para dosagem de IL-6, com inibição de 64,9 ± 
4,8%. Na avaliação da quimiotaxia, a migração de células após 4 horas foi comparada entre as frações e 
extrato bruto na menor concentração dos testes anteriores (1 µg/mL) e a melhor resposta foi da fração 
metanol/água, com inibição de 38,1 ± 4,3% da quimiotaxia. Por fim, a fração de metanol/água apresentou 
maior taxa de eferocitose, de 58% com redução de TNF (inibição de 16,2%) e concomitante aumento de IL-
10 (fold increase de 77,5%). CONCLUSÕES: O extrato das folhas de Calophyllum brasiliense apresenta 
potencial anti-inflamatório in vitro. A fração residual metanol/água foi a que apresentou melhores resultados 
frente aos testes realizados. Novos ensaios serão realizados para os compostos isolados e subfrações obtidas 
ao longo do estudo. 
 
Palavras-chave: Guanandi, Inflamação, Macrófago. 
 
Agradecimentos: Universidade do Vale do Itajaí, FAPESC, CNPq e Sr. Rubens Szpilman (Serra/MT).83 
 
Bioprospecção de extrato de sementes de Persea americana Mill: 
Potencial biológico (antioxidante, antimicrobiana e larvicida) 
 
Ana Paula Muniz Serejo1; Ana Patricia Matos Pereira1; Julianne Rocha de Araújo2; Nádia Leticia Silva 
Chaves3; Rômulo Fernandes Aquino3; Maria Cristiane Aranha Brito2; Gustavo Oliveira Everton3; 
Claudia Quintino da Rocha4, Flavia Maria Mendonça do Amaral1,5; Denise Fernandes Coutinho1,5 
 
1Doutorado em Biotecnologia (Renorbio-UFMA), 2Uninassau – São Luís, 3Doutorado em Química- UFMA, 
4Programa de Pós-graduação em Química/Departamento de Química-UFMA, 5Programa de Pós-graduação 
Saúde e Ambiente/ Departamento de Farmácia- UFMA 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O mercado de fruticultura está em constante crescimento, o Brasil ocupa terceira posição no 
ranking mundial. Como consequência nota-se uma relevante geração de lixo orgânico. Sabe-se que os frutos 
da espécie vegetal Persea americana Mill. (abacate) são comercialmente significativos e apresentam elevado 
valor nutricional. No entanto as sementes, são considerados subprodutos da agroindústria com alto potencial 
poluidor, pelo volume e descarte impróprio. Logo o reaproveitamento desses subprodutos pode contribuir de 
forma expressiva com a movimentação da economia e minimizar o impacto ambiental. OBJETIVO: Este 
estudo tem como objetivo avaliar o perfil químico e as ações biológicas do extrato de sementes de Persea 
americana Mill. METODOLOGIA: Os frutos de Persea americana foram adquiridos por fornecedor local na 
cidade de São Luís, encaminhados para identificação botânica no Herbário do Maranhão (UFMA). As 
sementes foram separadas e secas da polpa do fruto, com auxílio de martelo (devidamente higienizado) foram 
fragmentadas e posteriormente trituradas em liquidificador. Material resultante foi submetido a extração por 
maceração com etanol a 70% em hidromódulo (1:4) durante 7 dias, posteriormente foi filtrado e concentrado 
em rotaevaporador. A caracterização química foi realizada por Cromatografia Líquida acoplada à 
Espectrometria de Massas (LC-MS). A determinação da atividade antioxidante foi executada pelos métodos 
de descoloração do radical ABTS, DPPH e R-OH e a determinação do potencial antimicrobiano pelo Método 
de Difusão de Disco (MDD) e Diluição em Caldo para obtenção da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e 
Bactericida Mínima (CBM), utilizando cepas de Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas 
aeruginosa e Salmonella typhi. Para a atividade larvicida frente Aedes aegypti, utilizou-se o método da OMS, 
obtendo concentração letal 50% (CL50), calculados por regressão linear. estatística por método Probit. Já o 
teste de toxicidade para organismos não-alvos foi verificado pelo bioensaio com Artemia salina L. Vale 
ressaltar por se tratar de teste com animais invertebrados não há necessidade de submissão ao comitê de 
ética. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O extrato revelou os seguintes constituintes químicos: Perseitol, Ácido 
cafeoilquinico, Cinamtannin B1 (procianidina trímero A isômero), isômero de Ácido cafeoilquinico, Ácido 
hidroxiabscísico glicosídeo e Quercetina-3-O-glicosideo. Estas substâncias pertencem a classe de fenóis e 
procianinas, descritos na literatura com ação antiflamatória. Pode-se relacionar a sua atividade antioxidante 
que obteve resultados significativos com IC50 pelo método ROH de 211,00 (mg L-1), pelo método ABTS, de 
158,69(mg L-1) e pelo método DPPH, de 186,30 (mg L-1). Estes dados representam grande potencial 
sequestrador de radicais livres, já que quanto menor o valor expresso em IC50, melhor é a propriedade 
antioxidante do extrato. Quanto a ação antimicrobiana, o extrato não exibiu resultados expressivos contra as 
cepas de E. coli, S. aureus, P. aeruginosa e S.a typhi. Em contrapartida a atividade larvicida apresentou a 
CL50 de 181.72 mg L-1 com 95% de intervalo de confiança, evidenciando moderada ação larvicida, porém com 
menor potencial de letalidade, exigindo maior concentração do extrato para obter a morte de 50% das larvas. 
E no ensaio de toxicidade o extrato demonstrou baixa toxicidade a organismos não alvos. CONCLUSÕES: 
Os compostos químicos presentes nas sementes de P. americana como perseitol, quercetina e ácido 
cafeoilquínico podem ter grande impacto no mercado alimentício e farmacêutico por serem grande 
sequestradores de radicais livres como o superóxido. Podendo ser também uma ferramenta de combate ao 
mosquito Aedes aegypti e ser um mecanismo sustentável no reaproveitamento de resíduos orgânicos, 
promovendo minimização da problemática dos aterros sanitários. 
 
Palavras-chave: resíduos orgânicos; perseitol; quercetina; Aedes aegypt; arboviroses. 
 
Agradecimentos: CAPES e CNPQ. 
 
 
 
 
84 
 
Potenciais biológicos de extrato hidroetanólico de sementes de 
Theobroma grandflorum Willd. ex Spreng. 
 
Ana Paula Muniz Serejo1; Ana Patricia Matos Pereira1; Julianne Rocha de Araújo2; Nádia Leticia Silva 
Chaves2; Rômulo Fernandes Aquino2; Maria Cristiane Aranha Brito2; Gustavo Oliveira Everton3 
;Cláudia Quintino da Rocha4, Flavia Maria Mendonça do Amaral1,5; Denise Fernandes 
Coutinho1,5. apsmuniz1@gmail.com 
 
1Doutorado em Biotecnologia (Renorbio-UFMA), 2Uninassau – São Luís, 3Doutorado em Química- UFMA, 
4Programa de Pós-graduação em Química/Departamento de Química-UFMA, 5Programa de Pós-graduação 
Saúde e Ambiente/ Departamento de Farmácia- UFMA 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O mercado da agroindústria de frutas movimenta intensamente a economia do Brasil e do 
mundo, no entanto é responsável por um grande volume de resíduos alimentares descartados que além de 
representar um grande desperdício alimentar, também pode provocar transtornos ambientais pela eliminação 
inadequada, gerando grande volume de lixo. Dentre as frutas exploradas economicamente em nosso país, 
podemos destacar o cupuaçu, fruto da espécie vegetal Theobroma grandflorum Willd. ex Spreng, bastante 
apreciado na alimentação humana, mas também com potencial de uso na cosmética. OBJETIVO: Neste 
estudo investigou os principais constituintes químicos e atividades biológicas (antioxidante, antimicrobiana e 
larvicida) do extrato hidroetanólico da semente dos frutos de Theobroma grandflorum Willd. ex Spreng.) 
METODOLOGIA: Os frutos de cupuaçu foram obtidos de um produtor local da cidade de São Luís-MA. As 
sementes foram separadas da polpa de maneira manual, com auxílio de tesouras, em seguida, as sementes 
foram trituradas em liquidificador. As sementes fragmentadas foram submetidas a extração por maceração 
com etanol 70%, elaborado hidromódulo na diluição 1:6, durante 7 dias e posteriormente foram filtrados e 
concentrados em rotaevaporador. A caracterização química foi realizada por Cromatografia Líquida acoplada 
à Espectrometria de Massas (LC-MS). A determinação da atividade antioxidante foi executada pelos métodos 
de descoloração do radical ABTS, DPPH e R-OH e a determinação do potencial antimicrobiano pelo Método 
de Difusão de Disco (MDD) e Diluição em Caldo para obtenção da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e 
Bactericida Mínima (CBM), utilizando cepas de Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas 
aeruginosa e Salmonella typhi. Para a atividade larvicida frente Aedes aegypti, utilizou-se o método da OMS, 
obtendo concentração letal 50% (CL50), calculados por regressão linear. estatística por método Probit. Já o 
teste de toxicidade para organismos não-alvos foi verificado pelo bioensaio com Artemia salina L. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram evidenciados 10 constituintes químicos: ácido quínico, procianidina 
B1, epi-catequina, clovamida, quercetina-glucoronídeo, luteolina-glucoronídeoa, kaempferol 3-glucoronideo, 
isorhaminetina3-glucoronídeo, quercetina-3-O-desoxihexosil pentosídeo e theograndina II. Ressalta-se que a 
maioria dos componentes pertencem a classe de flavonoides, que podem apresentardiversas atividades 
biológicas, destacando alta capacidade de sequestrar radicais livres, o que foi evidenciado na avaliação 
antioxidante do extrato, com IC50 pelo método ROH de 295,40 (mg L-1), pelo método ABTS, de 222,17(mg L-
1) e pelo método DPPH, de 260,82 (mg L-1). Estes resultados demonstram potente ação antioxidante logo 
quanto menor o valor expresso em IC50, melhor é a capacidade antioxidante do extrato. Já na ação 
antimicrobiana, no qual foram testadas atividades contra as bactérias E. coli, S. aureus, P. aeruginosa e S.a 
typhi, o extrato não demonstrou efeitos significativos em nenhuma das cepas analisadas. Por outro lado, na 
atividade larvicida, a CL50 foi de 35,018 mg L-1 com 95% de intervalo de confiança, evidenciado uma ação 
larvicida relevante. Ressalta-se também que o extrato não apresentou toxicidade no ensaio com Artemia 
salina L. CONCLUSÕES: Nota-se que o reaproveitamento dos resíduos oriundos da exploração econômica 
de T. grandiflorum, como a semente do seu fruto (cupuaçu), demostra ser um estratégia promissora, tanto na 
redução de acúmulo de resíduos orgânicos nos aterros sanitários, bem como uma alternativa no controle de 
vetores de arboviroses transmitidas por A. aegypti , além de obtenção de produtos alta capacidade 
antioxidante e possível baixa toxicidade, tanto para indústria alimentícia como cosmética e farmacêutica. 
 
Palavras-chave: resíduos orgânicos; Aedes aegypti; flavonoides; antioxidante; arboviroses. 
 
Agradecimentos: CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
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Eficácia residual e repelência das dos óleos essenciais de Baccharis 
trimera (Less. DC) e Mimosa verrucosa Benth contra Ctenocephalides 
felis felis 
 
Nayana de Figueiredo Pereira1; Bianca Augusto de Souza2; Diefrey Ribeiro Campos2; Nathalia 
Camargo1; Daniel Falcão Lopes Princisval Carlos2; Cristiano Jorge Riger1, Yara Peluso Cid2; Douglas 
Siqueira de Almeida Chaves1. nayanafpereira@hotmail.com 
 
1Departamento de Química – UFRRJ; 2Departamento de Ciências Veterinárias - UFRRJ. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Óleos essenciais têm se mostrado promissores no controle de ectoparasitas de importância 
animal. Para evitar os possíveis efeitos negativos dos repelentes comerciais, como resistência, produtos 
naturais à base de plantas, podem ser uma alternativa como ectoparasiticidas. OBJETIVO: Analisar a 
composição química, e potencial pulicida e repelente dos óleos essenciais de espécies brasileiras B. trimera 
e M. verrucosa, e caracterizar seu efeito residual. METODOLOGIA: As análises químicas foram realizadas 
em um Cromatógrafo Gasoso, equipado com um detector de ionização de chama e massas. Os experimentos 
biológicos utilizaram pulgas adultas (CEUA/IV nº 4313110419). A eficácia residual dos OEs foi avaliada pela 
técnica de impregnação contendo pulgas adultas. A cada 24h por 6 dias, as pulgas vivas foram contadas e 
novas adicionas. Os testes foram realizados em concentrações de 40000 μg.mL -1 para B. trimera e 100000 
μg.mL-1 para M. verrucosa. O bioensaio de atividade repelente contra pulga foi realizado para determinar a 
resistência de pulgas aos inseticidas utilizando DEET como controle positivo, por meio da impregnação do 
papel com soluções dos OEs de B. trimera e M. verrucosa a concentrações de 5000, 20000 e 40000 μg.mL-1. 
Os resultados foram avaliados após 1, 3, 6, 12, 24 e 48 h. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os compostos 
majoritários para B. trimera foram acetato de carquejila (33,0%) e álcool cariofileno (6,9%) e para M. verrucosa 
foram β-pineno (14,2%) e γ-himachaleno (8,1%). Os melhores resultados de eficácia repelente foram 
encontrados para o OE de B. trimera em concentrações de 20000 e 40000 μg.mL-1, sendo que a maior 
concentração manteve uma eficácia de repelência em 84,6% por 12 h. OE de M. verrucosa na concentração 
de 40000 µg/mL, 1 h de avaliação, atingiu 83,1% e em 12 horas 37,8% de repelência. O OE de B. trimera 
atingiu taxa de 83,3% de mortalidade no 2º dia de exposição, e no 4º dia ainda foi capaz de eliminar 18,3% 
dos pulgas. OE de B. trimera apresentou menor concentração capaz de promover 80% de mortalidade, mas 
sendo eficaz por 4 dias, um período maior que o OE de M. verrucosa, que não apresentou nenhuma atividade 
no 4º dia. CONCLUSÕES: O efeito residual e a atividade repelente para o OE de B. trimera apresentou melhor 
eficácia e durabilidade quanto comparados aos dados referente ao OE de M. verrucosa, apresentando 
mortalidade por 4 dias e repelência por 12 horas, sendo uma espécie em potencial para seguimento aos 
estudos e possível formulação, visto que se os OEs permanecem ativos no hospedeiro após o uso, são 
evitadas reinfestações pelas pulgas, o que é interessante para o desenvolvimento de produtos para a 
medicina veterinária. 
 
Palavras-chave: Óleos essenciais, Repelência, Efeito residual, Pulgas. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CAPES 
 
 
 
 
86 
 
Avaliação da atividade antibacteriana de extratos metanólicos de 
fungos endofíticos de Deguelia duckeana 
 
Lesliê de Azevedo Gomes1,2; Weison Lima da Silva1; Cecilia Veronica 
Nunez1. leslieagomes.28@gmail.com 
 
1Laboratório de Bioprospecção e Biotecnologia (LABB) – Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – INPA, 
AM; 2Depto. de Química, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM, Brasil 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Os fungos endofíticos têm se destacado por produzirem uma rica variedade de metabólitos 
secundários, representando um espaço químico valioso e diversificado de produtos naturais. Esses 
metabólitos podem ser isolados e testados quanto às suas propriedades antibacterianas, o que pode levar à 
descoberta de novos agentes terapêuticos para o tratamento de diversas doenças infecciosas, visto que as 
doenças antibacterianas são um problema mundial. OBJETIVO: Avaliar a atividade antibacteriana dos 
extratos metanólicos de 3 fungos endofíticos isolados de Deguelia duckeana. METODOLOGIA: Os fungos 
identificados como Diaporthe oculi e Diaporthe sp. e Colletotrichum sp., foram repicados em placas de Petri 
e meio sólido batata-dextrose e ágar. Após o crescimento dos micélios, quatro fragmentos foram inoculados 
no meio líquido Czapek acrescido de 0,2% de extrato de levedura. Em seguida, foram acondicionados em 
agitador orbital shaker a 120 rpm na temperatura de 30 °C, por 20 dias. Posteriormente, os micélios foram 
submetidos à extração com MeOH usando banho ultrassom. Após isso, os extratos foram concentrados em 
evaporador rotatório a 40 oC. Para avaliar a atividade antibacteriana dos extratos fúngicos utilizou-se a técnica 
de microdiluição em caldo, de acordo com o método CLSI, 2015. Neste ensaio utilizaram-se as seguintes 
cepas: Acinetobacter baumannii (CBAM 0664), Pseudomonas aeruginosa (CBAM 0519) e Staphylococcus 
aureus (CBAM 0026). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os três extratos fúngicos apresentaram atividade 
antibacteriana, sendo que o extrato metanólico de Colletotrichum sp. foi ativo sobre Staphylacoccus aureus 
(13,2%), o extrato metanólico de Diaporthe sp. foi ativo sobre Pseudomonas aeruginosa (24,4%) e o destaque 
foi para Diaporthe oculi que foi ativo sobre Acinetobacter baumannii (11,6%), Pseudomonas aeruginosa 
(44,9%) e sobre Staphylococcus aureus (55,3%), todos na concentração de 1000 µg/mL. A literatura relata 
que espécies tanto do gênero Diaporthe como Colletotrichum, são produtoras de substâncias com atividade 
antibacteriana, especialmente sobre Staphylacoccus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Também já foi 
constatada na literatura a atividade antibacteriana no extrato da planta hospedeira frente a Staphylacoccus 
aureus. Diante disso, pode-se considerar a possibilidade da planta hospedeira e seus fungos endofíticos 
sintetizarem as mesmas substâncias detentoras de atividade antibiótica. CONCLUSÕES: Portanto, os 
resultados obtidos neste estudo indicam que os extratos avaliados dos fungos endofíticos isolados da espécieDeguelia duckeana apresentam potencial antibacteriano, mostrando-se promissores para futuras pesquisas 
visando isolar as substâncias ativas. 
 
Palavras-chave: Deguelia duckeana, fungos endofíticos, metabólitos secundários, potencial antibacteriano. 
 
Agradecimentos: FAPEAM, CAPES e CNPq. 
 
 
 
87 
 
Avaliação da atividade antipromastigota e citotóxica do Xylodiol obtido 
das folhas de Xylopia langsdorffiana St.Hilaire & Tulasne 
 
Julyanne Maria Saraiva de Sousa1,3; Airton Lucas Sousa dos Santos1,3; Francisco Alex da Rocha 
Coelho3; Raiza Raianne Luz Rodrigues1,3; Vanessa Maria Rodrigues de Souza1,3; Yasmim Alves Aires 
Machado2,3; Maria Gabrielly Gonçalves da Silva Sousa2,3; Josean Fechine Tavares4; Klinger Antonio da 
Franca Rodrigues3,5. julyannesaraiva@gmail.com 
 
1Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) – Universidade Federal do Delta do Parnaíba 
(UFDPar), Parnaíba, PI; 2Graduação em Biomedicina – UFDPar; 3Laboratório de Doenças Infecciosas 
(LADIC) – UFDPar; 4Laboratório de Tecnologia Farmacêutica – Universidade Federal da Paraíba (UF PB); 
5Docente no curso de Medicina – UFDPar. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: As leishmanioses são um conjunto de doenças infecciosas zoonóticas endêmicas que 
constituem um grave problema de saúde pública. São causadas por parasitos do gênero Leishmania, os quais 
são transmitidos aos hospedeiros vertebrados através do repasto sanguíneo de flebotomíneos fêmeas 
infectadas. A atual terapêutica contra as leishmanioses oferece poucas opções de tratamento para uma 
doença presente em grande parte do globo. Tais fármacos estão associados a muitas limitações relevantes 
como falha terapêutica, alto custo, toxicidade, emergência de cepas resistentes e administração parenteral 
prolongada. Nesta conjuntura, novos agentes terapêuticos estão sendo investigados, dentre eles, produtos 
naturais, como o xilodiol, um composto orgânico denominado de diterpeno encontrado como metabólito 
secundário das folhas de Xylopia langsdorffiana St.Hilaire & Tulasne. OBJETIVO: Avaliar a atividade 
antileishmania in vitro do composto xylodiol contra a espécie de Leishmania (Leishmania) amazonensis, bem 
como sua citotoxicidade contra macrófagos J774A.1. METODOLOGIA: Folhas secas de Xylopia 
langsdorffiana foram extraídas exaustivamente com etanol 95% rendendo um extrato verde escuro. A fração 
hexânica do extrato foi submetida a cromatografia em camada fina (TLC) em coluna com sílica gel e eluída 
com hexano/acetato de etila em gradiente de polaridade crescente, obtendo o xilodiol e as demais frações. 
Para avaliação da atividade antileishmania, promastigotas de Leishmania amazonensis foram cultivados em 
placa de 96 poços na quantidade de 1 x 106 por poço com meio Schneider contendo diluições seriadas (100 
– 1,56µM) de xylodiol e acondicionados a 26° C em incubadora de demanda biológica de oxigênio por 72 h. 
A inibição de crescimento foi avaliada através do ensaio de MTT. Para avaliação da citotoxicidade, 
macrófagos da linhagem J774A.1 foram cultivados em placa de 96 poços na quantidade de 1 x 105 células por 
poço contendo meio RPMI 1640 mantidos na estufa a 37°C e 5% CO2 durante 72 h. A viabilidade celular foi 
avaliada através do ensaio de MTT. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O xylodiol apresentou atividade 
antileishmania, inibindo o crescimento de formas promastigotas de L. amazonensis resultando em uma 
inibição de 37,28 %, 58,05 %, 77,8 %, 78,42 %, 79,18 %, 82,09 % e 83,5 % nas concentrações seriadas de 
1,56 a 100 µM, respectivamente. A concentração que inibe 50% do crescimento (CI 50) foi de 2,93 + 0,12 µM; 
valor abaixo de substâncias consideradas como potenciais agentes antileishmania para formas promastigotas 
demonstradas na literatura. Quando se compara aos compostos naturais da mesma classe (diterpenos), o 
xylodiol também apresenta superioridade em sua atividade antileishmania. Quanto à citotoxicidade em 
macrófagos J774A.1, a concentração citotóxica para 50% dos macrófagos (CC50), foi de 279,5 ± 3,1 µM em 
macrófagos J774A. O índice de seletividade (IS) avalia o quão o composto é mais seletivo para o parasito 
quando comparado a células. A anfotericina B, fármaco de referência utilizado neste estudo, apresentou-se 
apenas 1,05 vezes mais seletivo contra o parasito quando comparado a macrófagos J774A.1. O xylodiol, por 
sua vez, apresentou-se 95,39 vezes mais seletivo (IS) para o parasito do que para células fagocitárias, 
apresentando melhor seletividade comparado ao fármaco de referência e sendo considerado um promissor 
candidato a testes in vivo. CONCLUSÕES: O xylodiol apresentou potencial atividade antileishmania em 
baixas concentrações contra formas promastigotas de L. amazonensis. Além disso, exibiu toxicidade contra 
células apenas em altas concentrações apresentando um bom índice de seletividade e promissora atividade 
antileishmania e possível composto a ser usado no desenvolvimento de uma nova terapêutica para as 
leishmanioses. 
 
Palavras-chave: Xylodiol, Leishmania amazonensis, Antileishmania, Promastigota, Citotoxicidade. 
 
Agradecimentos: CAPES e CNPq. 
 
 
 
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Avaliação da atividade antileishmania do Xylodiol em modelo de 
infecção in vitro por Leishmania (Leishmania) amazonensis 
 
Julyanne Maria Saraiva de Sousa1,3; Airton Lucas Sousa dos Santos1,3; Francisco Alex da Rocha 
Coelho3; Raiza Raianne Luz Rodrigues1,3; Vanessa Maria Rodrigues de Souza1,3; Yasmim Alves Aires 
Machado1,3; Josean Fechine Tavares4; Klinger Antonio da Franca Rodrigues3,5. 
julyannesaraiva@gmail.com 
 
1Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) – Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), 
Parnaíba, PI; 2Graduação em Biomedicina – UFDPar; 3Laboratório de Doenças Infecciosas (LADIC) – UFDPar; 
4Laboratório de Tecnologia Farmacêutica – Universidade Federal da Paraíba (UF PB); 5 Docente no curso de Medicina – 
UFDPar.. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: As leishmanioses são um grupo de doenças infecciosas causadas por parasitos da ordem 
Kinetoplastidae, família Trypanossomatidae e do gênero Leishmania. São consideradas problema de saúde 
pública mundial e pertencem a lista das chamadas Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs), que são 
doenças que afetam principalmente populações residentes em regiões de extrema pobreza e com carência 
de saneamento básico. Apesar da relevância epidemiológica, o tratamento farmacológico segue o mesmo 
padrão há mais de um século, com medicamentos cardiotóxicos, nefrotóxicos e hepatotóxicos e, além disso, 
nos últimos anos foi observado um grande aumento de parasitas resistentes aos tratamentos convencionais. 
Portanto, é necessário a pesquisa por um tratamento alternativo eficaz com menos toxicidade aos pacientes. 
O xylodiol é um diterpeno atisano, composto orgânico encontrado nas folhas de Xylopia langsdorffiana 
St.Hilaire & Tulasne com poucos relatos de atividade biológica na literatura. OBJETIVO: Avaliar a atividade 
antileishmania do xylodiol contra formas amastigotas de L. amazonensis em modelo de infecção in vitro. 
METODOLOGIA: Folhas secas de Xylopia langsdorffiana foram extraídas exaustivamente com etanol 95% 
rendendo um extrato verde escuro. A fração hexânica do extrato foi submetida a cromatografia em camada 
fina (TLC) em coluna com sílica gel e eluída com hexano/acetato de etila em gradiente de polaridade 
crescente, obtendo o xilodiol e as demais frações. Em placa de 24 poços contendo lamínulas de 13 mm 
estéreis, macrófagos J774A.1 foram cultivados em 1 mL de meio RPMI 1640 suplementado com soro fetal 
bovino, na quantidade de 1 x 105 células por poço. Após 3 h de adesão a 37°C e 5% CO2, foi adicionado um 
novo meio contendo 10 promastigotas para cada macrófago e a placa incubada por mais 4 h. A cultura 
infectada foi então tratada por 72 h com xylodiol nas concentrações de 1,56 μM, 3,12 μM, 6,25 μM e 12,5 μM. 
Decorrido o tempo, aslamínulas foram removidas, fixadas e coradas utilizando o kit de coloração panótico 
rápido. Por fim, as lamínulas foram analisadas por microscopia óptica e foram contados 300 macrófagos. Os 
dados foram avaliados utilizando a variância one-way (ANOVA), seguida do teste de Tukey, com o valor de 
p<0,05 como nível mínimo necessário para significância estatística. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O 
xylodiol foi capaz de induzir uma redução da infecção comparado ao controle negativo, com uma redução de 
43,36 %, 78,22 %, 98,3 % e 100 % nas concentrações de 1,56 μM, 3,12 μM, 6,25 μM e 12,5 μM, 
respectivamente. O xylodiol apresentou concentração efetiva para 50% das amastigotas (EC50) de 1,68 + 0,06 
μM e o antimoniato de meglumina apresentou um EC50 de 526,4 + 23 μM, demonstrando que o composto 
apresentou melhores resultados quando comparado ao fármaco de referência. Além disso, neste trabalho, foi 
possível observar que houve uma diminuição do número de amastigotas por macrófagos infectados em 50,28 
%, 66,7 %, 91,6 % e 100 % nas concentrações de 1,56 μM, 3,12 μM, 6,25 μM e 12,5 μM. Este modelo 
experimental simula a maneira de como ocorre a infecção no hospedeiro vertebrado, desse modo o xylodiol 
apresenta resultados iniciais promissores, tendo em vista que a eficácia na redução da infecção promove 
diminuição da multiplicação do parasita e consequentemente de manifestações clínicas. CONCLUSÕES: O 
xylodiol apresenta atividade antileishmania contra formas amastigotas intramacrofágicas de L. amazonensis, 
reduzindo a porcentagem de infecção e o número de amastigotas por macrófago, sendo um provável 
candidato a avaliação de atividade in vivo em modelo de leishmaniose tegumentar para desenvolvimento de 
um novo agente antileishmania. 
 
Palavras-chave: Xylodiol, Leishmaniose, Tratamento, Antileishmania, Amastigota. 
 
Agradecimentos: CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
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Potencial antifúngico do óleo essencial de Origanum vulgare frente a 
cepas de Malassezia spp. isoladas de cães com otite externa 
 
Giovanna Pereira do Valle Santos1; Taynara Monsores e Silva2; Isabelle Vilela Bonfim2; Anna Julia 
Bessa Fernandes2; Matheus Eduardo Costa da Silva1; Karen Kuhfuss da Silva de Lima1; Águida 
Aparecida de Oliveira3; Yara Peluso Cid4. giovannadovalle@ufrrj.br 
 
1Graduação em Farmácia - UFRRJ; 2Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias (PPGCV) - 
UFRRJ; 3Departamento de Microbiologia e Imunologia Veterinária (DMIV) - UFRRJ; 4Departamento de 
Ciência Farmacêuticas (DCFar)- UFRRJ 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O gênero Malassezia spp. compreende leveduras que estão presentes na microbiota natural 
de humanos e animais. Este gênero encontra-se principalmente no canal auditivo de cães, podendo causar 
doenças dermatológicas como a otite externa. A otite é uma afecção do epitélio que reveste o conduto auditivo 
resultando no acúmulo de cerúmen de odor característico, prurido excessivo e hiperemia. O tratamento 
baseia-se no uso de agentes chamados ceruminolíticos, que amolecem e dissolvem o cerúmen, e de sua 
associação com fármacos anti-inflamatórios e antifúngicos tópicos. Contudo, a inovação na terapêutica torna-
se necessária tendo em vista a ocorrência do aumento de casos de resistência fúngica, urgindo assim a busca 
por novas substâncias. Neste contexto, o uso do óleo essencial (OE) da planta Origanum vulgare surgiu como 
substância alternativa. OBJETIVO: O presente trabalho visou avaliar o potencial antifúngico do OE de 
Origanum vulgare frente a cepas de Malassezia spp isoladas do canal auditivo de cães. METODOLOGIA: As 
leveduras de Malassezia spp. foram coletadas do conduto auditivo canino usando um swab estéril e depois 
semeadas em Ágar Sabouraud Dextrose durante 6 dias (37º C) para o crescimento das colônias. O OE de 
Origanum vulgare foi obtido da empresa Quinari e sua concentração inibitória mínima (MIC) foi determinada 
a partir da técnica de microdiluição em caldo. O meio utilizado foi o Roswell Park Memorial Institute (RPMI) - 
1640 com L-glutamina, sem bicarbonato de sódio e com vermelho de fenol como indicador de pH. Para o 
teste, foram utilizadas placas Elisa estéreis de 96 poços. No primeiro poço de cada linha adicionou-se 200 μL 
dos ativos com concentrações pré-determinadas, sendo eles: Itraconazol (32 µg/mL), Nistatina (16 µg/mL) e 
o OE de Origanum vulgare puro (4628 µg/mL) e também diluído com dimetilsulfóxido (2777 µg/mL). 
Posteriormente, realizou-se a transferência de uma alíquota de 100 μL para a coluna seguinte realizando a 
diluição seriada. Após a diluição, foram adicionados 100µL de solução salina contendo as leveduras em todos 
os poços, exceto na última coluna correspondente ao controle negativo. Ao final, as placas foram incubadas 
em uma estufa a 37ºC por 24 horas para em seguida realizar a leitura. A MIC foi determinada visualmente 
(com auxílio de lupa) como a menor concentração do ativo capaz de inibir o crescimento fúngico. A 
concentração fungicida mínima (CFM), ou seja, a menor concentração do OE que impediu o crescimento 
visível do cultivo, foi determinada a partir de cada inóculo do teste de MIC que não apresentou crescimento, 
além dos poços de controle (negativo e positivo). Os inóculos foram cultivados em placas de Ágar Sabouraud 
Dextrose, onde após 24 horas de incubação a 37ºC, realizou-se leitura, para observar o crescimento das 
colônias. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados deste estudo indicaram que o OE é capaz de inibir 
o crescimento da Malassezia spp., obtendo inclusive um efeito fungicida. Tanto a MIC quanto a CFM do OE 
apresentaram-se na concentração de 1157 µg/mL para o óleo puro e na concentração de 694,25 µg/mL para 
o óleo diluído. Os antifúngicos Itraconazol e Nistatina não tiveram ação fungicida, esse resultado pode ser 
justificado pelo fato de que ambos os ativos não são utilizados em formulações comerciais para tratamento 
de otite. CONCLUSÃO: Desse modo, conclui-se que o OE de Origanum vulgare representa uma substância 
com alto potencial antifúngico e fungicida, podendo ser associado a agentes ceruminolíticos para uma futura 
formulação otológica no tratamento de otite externa, visando diminuir a frequência de tratamento, além de 
atuar na problemática da resistência aos antimicrobianos. 
 
Palavras-chave: Malassezia, Otite, Antifúngico, Óleo essencial. 
 
Agradecimentos: FAPUR, CAPES e CNPq. 
 
 
 
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Bebida probiótica mista reduz a disseminação polimicrobiana para o 
sangue 
 
Tatielle Gomes Dias1; David Samuel Silva Madeira1, Priscila Mendonça Mendes2, Josivan Regis Farias2 
Valério Monteiro Neto2, Rosane Nassar Meireles Guerra2, Ana Lúcia Fernandes Pereira1, Aramys Silva 
Reis1, Márcia Cristina Gonçalves Maciel3. tatielle.dias@discente.ufma.br 
 
1Universidade Federal do Maranhão, Departamento de Medicina, Centro de Ciências Sociais, Saúde e 
Tecnologia, Imperatriz, Maranhão, Brasil, 2Universidade Federal do Maranhão, Departamento de Patologia, 
São Luís, Maranhão, Brasil. 3Universidade de Brasília, Departamento de Biologia Celular, Brasília, Distrito 
Federal, Brasil. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A microbiota intestinal é essencial para a saúde do indivíduo. Logo, situações que geram 
desequilíbrio homeostático nesta, possibilitam a adesão e proliferação de microrganismos potencialmente 
patogênicos. A sepse altera a composição do microbioma intestinal, levando a translocação microbiana, na 
qual micróbios intestinais e/ou seus produtos disseminam para outros locais, como a corrente sanguínea, 
contribuído para a patogênese da doença. Desta forma, a reversão a disbiose intestinal, através da modulação 
do microbioma é uma estratégia alternativa de tratamento para sepse. Essa restauração da população 
benéfica pode ser realizada pelos probióticos, microrganismos vivos que quando administrados em 
quantidades adequadas, promovem efeitos positivos na saúde do hospedeiro.OBJETIVO: Assim, esse 
trabalho alberga como objetivo investigar o efeito da Bebida Mista Probiótica elaborada com frutos do 
semiárido maranhense (BPM) na disseminação polimicrobiana para o sangue. METODOLOGIA: Foi realizado 
um estudo in vivo em camundongos Swiss, tratados por 15 dias com 200µL da BPM, diariamente contendo 
Lacticaseibacillus casei (8 log/ UFC/mL). Em seguida, foi estabelecida a sepse pelo método de Ligadura e 
Punção Cecal (CLP). Depois de 24 horas, os animais foram anestesiados e o sangue retro-orbital coleto e 
semeado nos meios em Ágar Mueller Hinton e Ágar MacConkey por 24 horas a 37ºC, com posterior análise 
quanto as Unidades Formadoras de Colônias (UFC) nos grupos testados: infecção (CLP), Tratamento com 
bebida mista probiótica sem infecção (BPM) e Tratamento com bebida mista probiótica com infecção 
(CLP+BPM). O estudo foi realizado após aprovação pela CEUA n° 23115.031277/2019-19. RESULTADOS E 
DISCUSSÃO: A CLP promove uma intensa carga microbiana no lavado peritoneal, que é o foco da infecção 
devido à disseminação de micróbios residentes do lúmen intestinal. Nossos dados confirmaram esse fato. No 
entanto, outros fatores também podem contribuir para a disseminação sistêmica de microrganismos durante 
a sepse, como a barreira intestinal prejudicada. Em nossos estudos o tratamento com BPM reduziu 
significativamente as UFC no sangue, demonstrando uma redução na disseminação polimicrobiana em 
resposta a sepse. A hipótese é que isso se deve a diminuição da translocação de microrganismo. Estudos 
similares demonstraram que a administração de probióticos reduz a translocação de bactérias patogênicas 
em modelos in vivo. A sepse altera diretamente a população da microbiota, causando disbiose e alterações 
na barreira intestinal, o que promove a passagem de micróbios para outros tecidos, como linfonodos 
mesentéricos e sangue. A BPM reestabeleceu o equilíbrio perdido na sepse e auxiliou de maneira preventiva 
uma composição benéfica da microbiota. CONCLUSÕES: A administração oral profilática da bebida probiótica 
mista elaborada com frutos do semiárido maranhense reduziu a translocação polimicrobiana para o sangue, 
indicando que é um promissor produto de origem não láctea para a manutenção de uma microbiota saudável 
e um tratamento alternativo complementar para a sepse. 
 
Palavras-chave: Probiótico, Bebida probiótica, Sepse, Translocação microbiana. 
 
Agradecimentos: CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
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Avaliação da atividade virucida do extrato de Cordia glabrata (Mart.) A. 
DC. frente ao vírus HSV-1 
 
Cristiangela Silva Santos1; Suzy Hellen Alves Dourado2; Bryan W. Debiasi3; Dênia Mendes de Sousa 
Valladão1,3; Elton Brito Ribeiro1; Carla Regina Andrighetti1,2. crandrei20@yahoo.com.br 
 
1Curso de Farmácia; 2Programa de Pós-Graduação em Ciências em Saúde; 3Programa de Pós-Graduação 
em Ciências Ambientais - UFMT. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O Herpes simplex vírus tipo 1 (HSV-1) e o tipo 2 (HSV-2) são patógenos humanos altamente 
prevalentes com prevalência mundial de cerca de 67% e 13%, respectivamente. O HSV-1 normalmente está 
associado às infecções orofaciais, entretanto, existem relatos descritos para um aumento das infecções 
genitais desencadeadas por este sorotipo, enquanto que o HSV-2 é geralmente responsável por infeções da 
região genital. Estudos sugerem também, uma ligação entre a infecção por HSV-1 e doenças 
neurodegenerativas, entre elas a doença de Alzheimer. Além disso, a infecção por estes vírus aumenta o 
risco dos indivíduos portadores se infectarem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). OBJETIVO: 
Avaliar a potencial atividade antiviral e virucida do extrato etanólico das folhas de Cordia glabrata (Mart.) A. 
DC. contra o vírus HSV-1 cepa KOS. METODOLOGIA: As folhas de Cordia glabrata (Mart.) A.DC. foram 
colhidas em Cuiabá (56°03’44.6”O 15°36’30.5”S) e a exsicata foi depositada no Herbário Centro-Norte 
Matogrossense (CNMT 7364). O material botânico foi seco em estufa de circulação de ar forçado, moido e 
submetido a extração por maceração com etanol absoluto, por sete dias, a temperature ambiente. O solvente 
foi eliminado por rotaevaporação obtendo-se o extrato etanólico bruto das folhas de C. glabrata (EBC). A 
triagem fitoquimica preliminar do extrato obtido foi realizada por cromatografia de camada delgada. A 
avaliação da citotoxicidade do extrato EBC frente as células Vero E6 foi realizada através do Ensaio 
colorimétrico do MTT e a avaliação das atividades antiviral e virucida contra o vírus HSV-1 cepa KOS foram 
realizadas pelo ensaio de redução de placas de lise. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estudo fitoquímico 
preliminar do extrato EBC por cromatografia de camada delgada demonstrou a presença de flavonoides, 
taninos e terpenos. A citotoxicidade do extrato EBC foi determinado pelo Ensaio do MTT e apresentou um 
valor de concentração citotóxica a 50% (CC50) igual a 87,43 ± 17,26 μg.mL-1, contra as células Vero E6. O 
extrato EBC apresentou somente 17,72 ± 2,79 % de inibição da replicação do HSV-1 cepa KOS, na 
concentração máxima não tóxica de 50 μg.mL-1, através do ensaio de redução de placas de lise. Entretanto, 
este extrato apresentou atividade virucida apresentando um valor de concentração virucida a 50% (CV50) < 
0,78 μg.mL-1 e um Índice de Seletividade (IS = CC50 / CV50) maior que 112. Os agentes virucidas são materiais 
que inativam as partículas virais fora da célula (vírions). Em geral, isso é realizado ao danificar as proteínas 
do capsídeo ou a substância penetra e destrói o material genético. A busca de agentes que apresentem uma 
ação virucida é uma das maneiras para evitar a transmissão do HSV. Estudos anteriores demonstraram que 
o extrato EBC também apresentou atividade virucida contra o vírus HSV-2 cepa 333 e manteve a atividade 
virucida quando incorporado em microemulsões. CONCLUSÕES: O extrato etanólico bruto das folhas de C. 
glabrata não inibiu a replicação do virus HSV-1, mas apresentou atividade virucida contra este virus. Por 
causa da importante associação entre HSV e HIV, bem como a recorrência de lesões genitais produzidas por 
infecção com HSV-1 a identificação de agentes profiláticos contra esses vírus são de grande interesse para 
os sistemas de saúde pública em todo o mundo. 
 
Palavras-chave: Virucida, Herpes Simplex Vírus, Plantas medicinais 
 
Agradecimentos: UFMT e CNPq. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Avaliação da atividade antifúngica de Libidibia ferrea frente a 
Aspergillus flavus 
 
Jeyse Rani de Sales Nascimento1; Emanuel Pereira Silva1; Gessymara Cainã Sales da Silva1; Widson 
Michael dos Santos2; Fillipe de Oliveira Pereira1; Francinalva Dantas de Medeiros1. 
jeyse.rani@estudante.ufcg.edu.br 
 
1Unidade Acadêmica de Saúde - CES/UFCG; 2Centro de Biociências - UFPE. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: A espécie Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz, conhecida popularmente como Jucá 
ou pau-ferro, é uma espécie nativa do Brasil, com ocorrência principalmente no Nordeste sendo na caatinga 
e mata atlântica. Essa espécie tem grande importância terapêutica com base nas suas indicações na medicina 
popular, sendo as principais atividades atribuídas, antiinflamatória, antibacteriana, analgésica e antifúngica, 
despertando o interesse de pesquisadores por explorar seu potencial biológico, tendo em vista que as 
infecções fúngicas vem se mostrando cada vez mais recorrentes, resistentes e tolerantes aos agentes já 
existentes. É importante salientar que a Caesalpinia ferrea, sinonímia botânica, compõe a relação de plantas 
medicinais RENISUS. OBJETIVO: Avaliar a atividade antifúngica de diferentes formas de extração 
hidroalcoólica de L. ferrea frente a diferentes cepas de Aspergillus flavus. METODOLOGIA: Os frutos de L. 
ferrea foram coletados no Centro de Educação (CES) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 
no município de Cuité-PB. Aespécie foi identificada pelo botânico Prof. Dr. Carlos Alberto Garcia Santos 
(UFCG - Cuité), a exsicata depositada no Herbário do CES/UFCG, com o nº de registro 2151. O processo de 
extração foi realizado seguindo planejamento experimental, de modo a selecionar as condições que resultem 
na melhor atividade microbiana frente a A. flavus. O planejamento foi realizado com as seguintes variáveis: 
técnica de extração (turbólise por 15 minutos, maceração por 5 dias e ultrassom por 1 hora) e concentração 
do solvente (soluções hidroalcoólicas a 50, 70 e 90% v/v). Os extratos foram secos por spray dryer, com 
temperatura de entrada de 120 ºC, temperatura de saída entre 90 e 95 ºC e fluxo de alimentação de 8 mL.min-
1. Para a análise da atividade antifúngica in vitro, foram utilizadas 6 cepas, sendo elas AS27, AS29, AS35, 
AS101, AS103, AS118. A determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi realizada pela técnica de 
microdiluição seriada em razão de 2, utilizando microplaca de 96 poços estéril, em cada poço foi adicionado 
100 µL do RPMI 1640, em seguida adicionado na primeira linha 100 µL do extrato na concentração de 8192 
µg/mL e por fim foi adicionado em cada poço 100 µL do inóculo previamente preparado (2-5 x 105 UFC/mL), 
seguidamente a placa foi incubada a 28ºC por 72 horas. Após o período de incubação, a menor concentração 
capaz de inibir visivelmente o crescimento do microrganismo corresponde a CIM. Para determinação da 
Concentração Fungicida Mínima (CFM), 10 µL do material nos poços da placa, indicada anteriormente, em 
que não houve crescimento do microrganismo foram semeadas em placa de Petri estéreis, contendo Ágar 
Sabouraud Glicose, e incubadas a 28°C por 72h. A CFM consiste na concentração de extrato mais baixa que 
não resulta no crescimento de colônias. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os extratos obtidos por maceração, 
turbólise e ultrassom com etanol a 50% (v/v), obteve-se CIM a partir da concentração máxima, sendo 4096 
µg/mL, para todas as cepas. Já para os extratos obtidos por ultrassom, com solvente a 70% (v/v), observou-
se CIM para as linhagens AS27, AS29, AS103. Com relação a CFM, todos os extratos, para as concentrações 
testadas, não foi possível determinar efeito fungicida frente às cepas utilizadas (CFM > 4096). Estudos 
realizados por Venâncio e colaboradores (2020) constatou que a vagem de L. ferrea vem se mostrando 
promissora frente a outros a outros microrganismos como Streptococcus mutans, Lactobacillus casei, 
Streptococcus salivarius, assim também como a C. albicans, em altas concentrações. CONCLUSÕES: Com 
isso, foi possível observar que os extratos de L. ferrea obtidos utilizando etanol a 50% (v/v) inibiu o 
crescimento do A. flavus na concentração máxima, assim como a extração realizada por meio da técnica de 
ultrassom 70% v/v inibiu, na concentração 4096 µg/mL, as cepas AS27, AS29, AS103, sendo promissora a 
avaliação da atividade antifúngica, para verificar seus efeitos por completo, sendo necessário a realização de 
novos estudos. 
 
Palavras-chave: Libidibia ferrea, Atividade biológica, Fitoquímica. 
 
 
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Potential effects of trans-nerolidol in triple-negative breast cancer: a 
mini review and in silico study 
 
Letícia Barbosa Santos1; Felipe Augusto Pedroz Lima1; Rachel Oliveira Castilho1. 
leticiabsantos@ymail.com 
 
1Faculdade de Farmácia, Departamento de Produtos Farmacêuticas - UFMG; 
 
Sessão temática: Atividade biológica de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUCTION: Despite the availability of chemotherapeutic drugs, cancer remains the leading cause of 
death worldwide due to limited effectiveness and drug resistance. Therefore, there is an urgent need for new 
cancer treatments with efficacy and low side effects. Medicinal plants have emerged as a promising source of 
effective anti-cancer agents. Our research group has investigated the essential oil of native Piper species 
which showed significant cytotoxicity against triple negative breast cancer cells (MDA-MB-231) with IC50 values 
of 5 µg/mL. Further analysis using gas chromatography and mass spectrometry revealed that trans-nerolidol 
makes up 98% of this oil. AIM: The aim of this study was to gather and integrate existing data from studies 
exploring the impacts of trans-nerolidol on MDA-MB-231 cell lines. Additionally, an in silico analysis was carried 
out to investigate the effects of trans-nerolidol on the same cell lines and a comparison was made between 
the outcomes of the two approaches. METHODS: In order to identify relevant studies reporting the effects of 
trans-nerolidol on MDA-MB-231 cell lines, a mini review was conducted using various scientific databases, 
including PubMed, Google Scholar, Scopus, Web of Science, and Embase, until April 2021.The main search 
terms were (“nerolidol” OR “trans-nerolidol OR “E-nerolidol” OR “3,7,11-trimethyldodeca-1,6,10-tried-3-ol”) 
AND (“cancer” OR “cancer cell” OR “tumor” OR “in vitro”) AND (“MDA-MB-231”). In addition, an in silico 
analysis was performed to assess the interaction between trans-nerolidol and the target protein 3krr in MDA-
MB-231 cells. This analysis involved preprocessing the ligant and target protein, followed by docking using the 
Autodock software. RESULTS AND DISCUSSION: A total of 3 studies were included in the final analysis and 
all of them assessed the cytotoxic effects of trans-nerolidol over MDA-MB-231 cell lines. In addition, two of 
these studies investigated the antiproliferative effects of trans-nerolidol, while the third explored the activation 
of apoptosis signaling pathways in cancer cells in vitro. To measure the viability of trans-nerolidol-treated 
cancer cells, different colorimetric assays were employed, and apoptosis was assessed using the annexin V/PI 
flow assay. Western blot was used to assess the expression of various proteins, including alfa-tubulin, 
caspase-3, p53, Bax, ICAM-1, p-FAK - Tyr397, N-cadherin, E-cadherin, CD44 andcatenin. The ability of the 
cancer cells to migrate was tested using the x-CELLigence system and Matrigel Invasion. The analysis 
revealed that trans-nerolidol significantly affects the viability in MDA-MB-231 cancer cells (ES, 78.53) with high 
heterogeneity (I2 = 99.98%). The result of apoptotic factors showed that trans-nerolidol mediate their effects 
through caspase-3 dependent apoptosis. This substance also reduce the invasiveness of these cells and 
increased E-cadherin expression. Furthermore, the molecular docking studies suggested that trans-nerolidol 
has the potential to bind to the active side of 3Krr and form a stable protein-ligant complex. This biding is 
facilitated by the formation of hydrogen-bond and other important interactions with key binding residues, which 
are critical for the stability and specificity of the complex. The 3Krr-signal transducers and activators of 
transcription signaling pathway play a significant role in breast cancer cell proliferation, targeting anti-apoptotic 
proteins as well as cell cycle regulatory molecules and proteins associated with mitochondrial apoptosis, 
including Bax, Bak, and Caspase 3. Thus, the review and docking results are consistent with each other, as 
the review indicates that trans-nerolidol induces caspase-3 dependent apoptosis, and the docking show that 
this substance binds to a protein that activates the same pathway. CONCLUSIONS: The results of the mini-
review and the in silico study indicates that trans-nerolidol has potential for the development of a drug for the 
treatment of cancer and to be used as a prototype for molecular optimization. Nevertheless, additional research 
is required to establish the safety of using trans-nerolidol for medicinal purposes, particularly through in vivo 
studies. There investigations are critical for determining the potential side effects and toxicity of the compound, 
as well as its effectiveness as a therapeutic agent. 
 
Palavras-chave: Trans-nerolidol, MDA-MB-231, Câncer, In silico 
 
Agradecimentos: CAPES e CNPq.94 
 
 
Avaliação da atividade anti-inflamatória aguda de um gel a base de 
Momordica charantia L. em modelos animais 
 
Naara Quaresma de Carvalho1; Francisco Assis dos Santos Moreira2; Brenda Lois Barros dos 
Santos2; Alda Cássia Alves da Silva2; Clailson da Silva Pinheiro2; Francisco de Assis Oliveira2; 
Melânia Lopes Cornélio3. naaraquaresma@gmail.com 
 
1Graduanda do Curso de Farmácia - UFPI; 2Pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Plantas Medicinais - 
UFPI; 3Laboratório de Tecnologia Cosmética, Departamento de Engenharia Química - UFPB. 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo. 
 
INTRODUÇÃO: A inflamação trata-se de um processo desencadeado pelo sistema imunológico, após 
estimulação de algum agente potencialmente nocivo ao organismo, como forma de defesa. A fim de 
minimizar os efeitos deletérios do processo inflamatório, desenvolveu-se diversos medicamentos sintéticos, 
ditos convencionais que são disponibilizados pelo mercado farmacêutico. Porém, devido aos eventos 
adversos e colaterais provocados por tais medicamentos e a grande diversidade de plantas, têm-se estudado 
novas opções terapêuticas derivadas de plantas. A Momordica charantia L., conhecida como “Melão São 
Caetano” ou “Melão amargo” faz parte da família Cucurbitaceae, apresenta grande relevância médica, devido 
às suas atividades biológicas encontradas, como antioxidante, antidiabética entre outras. OBJETIVO: Avaliar 
o efeito do extrato da planta Momordica charantia L. veiculada em gel no edema de pata induzido por 
carragenina, dextrana, histamina e prostaglandina em ratas Wistar (Rattus norvegicus) por via tópica e 
determinar a toxicidade aguda dérmica e DL50 in vivo em ratas Wistar. METODOLOGIA: No presente 
trabalho, investigou se o potencial anti-inflamatório de uma formulação gel à base de extrato glicólico de 
Momordica charantia L (Gel MCH) na concentração de 15% em ratos. Inicialmente, foi realizado o ensaio de 
toxicidade em ratas, em que a formulação foi aplicada uniformemente sobre a pele limpa do animal na dose 
de 2000mg/kg de massa corporal. Em seguida, foram avaliadas asações antiedematogênica e anti-
inflamatória em modelos de edema de pata (n=8) induzido por carragenina, dextrana, histamina e 
prostaglandina em ratos, onde foi avaliado a espessura do edema com paquímetro digital. A aprovação para 
desenvolvimento da pesquisa foi obtida pelo CEUA sob o número de protocolo nº 697/21. RESULTADOS E 
DISCUSSÃO: Os resultados não demonstraram toxicidade dérmica com a administração por via tópica da 
formulação Gel MCH até a dose de 2000mg/kg. Não foram observadas mortes dos animais ou mesmo perda 
de massa corporal significativa. Na análise das lâminas histológicas confeccionadas após os 14 dias de 
realização do teste não houve sinis de infiltração leucocitária, hemorragia cutânea, hiperemia ou presença de 
outros indicativos de resposta inflamatória. Ao observar os edemas induzidos por carragenina, dextrana, 
histamina e prostaglandina, notou se uma redução significativa com o pré-tratamento do Gel MCH. À luz disso, 
o pré-tratamento com Gel MCH (v.t.) reduziu significativamente o edema de pata induzido por carragenina 
nas 6 horas de observação na dose de 200 mg/kg comparada ao grupo controle. Também foi observada 
redução significativa na dose de 100 mg/kg, noentanto a redução foi observada apenas nas horas 2, 3, 4 e 5 
aspecto similar observado na dose de 50 mg/kg. O pré-tratamento com Gel MCH (200 mg/kg, v.t.) atenuou 
significativamente o edema na pata dos camundongos nos três primeiros tempos de observação no edema 
de pata induzido por dextrana (1% 50µL,i.pl.) quando comparado ao grupo veículo. Já em relação a indução 
do edema por prostaglandina E2(0,01% 50µL, i.pl.) comparado ao grupo negativo, o pré-tratamento com Gel 
MCH (200 mg/kg, v.t.) reduziu de maneira significativa o edema, assim como, o grupo positivo. O pré-
tratamento com Gel MCH (200 mg/kg, v.t.) reduziu de maneira significativa o edema na pata traseira direita 
dos animais em todos os tempos de observação do protocolo experimental de edema de pata induzido por 
histamina (1% 50µL, i.pl.) em comparação ao grupo veículo. CONCLUSÃO: O tratamento com Gel MCH 
(2000 mg/kg) não desenvolveu sinais de toxicidade dérmica ou irritação cutânea visíveis macro ou 
microscópicamente. A formulação Gel MCH (200 mg/kg) foi capaz de reduzir o edema induzido por 
carragenina, histamina, dextrana e prostaglandina E2, comprovando seu potencial anti-inflamatório e 
indicando mecanimo de ação envolvendo os mediadores histamina e prostaglandina E2. 
 
Palavras-chave: Momordica charantia L., Formulação tópica, Gel. 
 
Agradecimentos: UFPI, UFPB, CAPES e CNPq. 
 
 
 
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Atividade antileishmania do ácido morólico sobre formas promastigotas 
e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis 
 
Yasmim Alves Aires Machado1,2; Nicolle Barreira Maciel1; Vanessa Maria Rodrigues de Sousa2,3; 
Julyanne Maria Saraiva de Sousa2,3; Airton Lucas Sousa dos Santos2,3; Raiza Raianne Luz Rodrigues2,3; 
Klinger Antonio da Franca Rodrigues2,4. machado03@ufpi.edu.br 
 
1Graduação em Biomedicina – Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Parnaíba, PI; 
2Laboratório de Doenças Infecciosas (LADIC) – UFDPar; 3 Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia 
(PPGBiotec) – UFDPar); 4Docente no curso de Medicina – UFDPar. 
 
Sessão temática: 2. Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as leishmanioses estão presentes na lista 
de doenças tropicais negligenciadas (DTNs) que afetam países subdesenvolvidos. São causadas por 
protozoários do gênero Leishmania e transmitidas durante o repasto sanguíneo do inseto vetor. Ainda que a 
sua relevância clínica seja de grande importância, os tratamentos são escassos e têm poucos medicamentos 
disponíveis no mercado, que apesar de eficazes, são drogas altamente tóxicas, o que resulta na limitação de 
seu uso. A utilização de compostos naturais tem se mostrado promissora na busca de novas alternativas 
terapêuticas, com isso, metabólitos secundários de plantas como os triterpenos vêm sendo estudados devido 
a biodiversidade de suas moléculas. O ácido morólico é um triterpeno do tipo oleanano derivado do germanicol 
que ainda é pouco abordado na literatura, sendo considerado um composto a ser melhor explorado em 
atividades biológicas. OBJETIVO: O presente estudo investigou a efetividade do ácido morólico, um triterpeno 
pentacíclico, sobre promastigotas e amastigotas de L. amazonensis. METODOLOGIA: O composto, ácido 
morólico, C3OH48º3, 97% de pureza, foi adquirido pela BioCrick. Formas promastigotas e amastigotas axênicas 
foram cultivadas em placas de 96 poços com meio de Schneider completo, com 1 × 106 parasitas/mL e 
concentrações seriadas de ácido morólico (100 –1,56 μL). As placas foram incubadas em estufa de demanda 
biológica a 26 °C para formas promastigotas e 32 °C para amastigotas por 72 h. Após esse tempo, os efeitos 
do ácido morólico sobre a inibição de crescimento das diferentes formas foram avaliados utilizando o método 
colorimétrico do MTT e então realizada uma leitura em espectrofotômetro a um comprimento de onda de 540 
nm. O ensaio de citotoxicidade foi realizado cultivando em placa de 96 poços macrófagos da linhagem 
J774A.1 na quantidade de 1 x 105 células por poço contendo meio RPMI 1640 mantidos em estufa a 37°C e 
5% CO2 por 72 h. Foi utilizado MTT para observação da viabilidade celular. RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
Nas concentrações de 100 µM – 12,5 µM, o composto foi capaz de inibir o crescimento das formas 
promastigotas em 100 %, seguido de inibições de 83,3 %, 57,85 % e 57,61 % para as concentrações de 6,25 
µM 3,12 µM e 1,56 µM, obtendo-se um CI50 de 1,13 ± 0,04 µM. Na avaliação da atividade antileishmania sobre 
formas amastigotas axênicas foi observada uma inibição de crescimento significativo promovido pelo ácido 
morólico, com taxas de inibição de 34,12 %, 68,6 %e 76,4 % nas concentrações de 1,56 μM, 3,12 μM e 6,25 
μM, respectivamente, chegando a inibir totalmente o crescimento 100 % nas quatro maiores concentrações 
(100 μM – 12,5 μM), apresentando um CE50 de 2,74 ± 0,03 µM. A atividade antileishmania encontrada para o 
composto foi mais acentuada que outros triterpenos relatados na literatura e considerados potenciais agentes 
leishmanicidas, como o ácido ursólico, com um CI50 de 14,1 µg/mL para promastigotas e 2,24 µg/mL para 
amastigotas axênicas de L. amazonensis, e o Lupeol com CI50 39,06 µg/mL sobre promastigotas e um 44,1 
501 µg/mL para formas amastigotas de L. amazonensis. Outro importante critério na busca por novos 
compostos que apresentem atividade antileishmania são os ensaios de citotoxicidade, pois uma das maiores 
problemáticas do atual tratamento é a alta toxicidade dos fármacos, pois para desenvolvimento de novos 
fármacos é interessante que o composto seja seletivo ao parasito em baixas concentrações e não tóxico as 
células. Em relação à citotoxicidade, o triterpeno obteve um CC50 de 68,61 ± 2,46 µM para macrófagos, 
demonstrando ser 60,7 vezes mais seletivo ao parasito do que para macrófagos. CONCLUSÕES: Baseado 
nos resultados encontrados pode-se inferir que o ácido morólico foi seletivo e eficaz no controle de formas 
promastigotas e amastigotas axênicas de L. amazonensis. Os achados suportam a conclusão de que o ácido 
morólico é um potencial candidato antileishmania, encorajando futuros estudos in vivo no desenvolvimento 
de novos agentes antileishmania. 
 
Palavras-chave: Ácido morólico, Leishmania amazonensis, Triterpenos. 
 
Agradecimentos: CAPES e CNPq. 
 
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Avaliação de atividade antioxidante de um gel à base de Mormodica 
charantia L. em modelos animais 
 
Francisco Assis dos Santos Moreira1; Francisco de Assis Oliveira1; Melânia Lopes Cornélio2; Maria 
Beatriz Leal dos Santos2; Brenda Lois Barros dos Santos2; Alda Cássia Alves da Silva¹; Clailson da 
Silva Pinheiro1. beatrizzlds@gmail.com 
 
1Pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Plantas Medicinais- UFPI; 2 Laboratório de Tecnologia Cosmética, 
Departamento de Engenharia Química – UFPB; 3Graduanda em Farmácia – UFPI 
 
Sessão temática: Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Por ser uma doença inflamatória autoimune sistêmica que leva à destruição e incapacidade 
de articulações pela erosão óssea da cartilagem, por formação de autoanticorpos, a artrite reumatoide (AR) 
afeta de 1 a 3% da população mundial. O tratamento da AR é com base no uso anti-inflamatórios não 
esteroidais (AINEs), glicocorticoides (GC), e antirreumáticos modificadores da doença (DMARDS). Por mais 
que eficazes, esses fármacos apresentam várias reações adversas. Nesse sentido, mostra-se relevante a 
aparição de novas opções terapêuticas, que visam a produção de formulações à base de plantas medicinais, 
não só sendo mais seguras, como apresentando uma menor taxa de efeitos adversos. Várias plantas 
medicinais têm sido estudadas ao longo dos anos com terapêutica eficiente e avaliada, dentre elas a 
Momordica charantia L. na qual vários estudos já relacionaram o uso da espécie à atividades como antiviral, 
antitumoral, antidiabética, anti-HIV e antioxidante. OBJETIVO: Objetiva-se com a presente pesquisa verificar 
o potencial antioxidante de uma formulação em gel à base do extrato glicerinado fluido de Momordia charantia 
L. (Gel MCH). METODOLOGIA: Os animais tiveram monoartrite induzida por Adjuvante Completo de Freund 
(CFA) na articulação tibiotársica, foram divididos em 4 grupos de 8 animais, seguido de um tratamento tópico 
de 14 dias com gel de carbopol (controle negativo), diclofenaco (4,5 mg/kg), Acheflan (10mg/kg) ou Gel 
(MCH), após o período de tratamento foram coletadas amostras de sangu para doseamento de nitrito (NO2 - 
), mieloperoxidase (MPO), glutationa reduzida (GSH), e espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) 
através de espectofotometria em cumprimento de onda específico para cada marcador. A aprovação para 
desenvolvimento da pesquisa foi obtida pelo CEUA sob o número de protocolo nº 697/21. RESULTADOS E 
DISCUSSÃO: Os animais tratados com o Gel MCH (200mg/kg) apresentaram melhora nos níveis séricos de 
GSH e redução do tempo de MPO, TBARS e Nitrito. O sistema antioxidante de glutationa (GSH) atua em 
conjunto com três enzimas, reduzindo a quantidade de radicais livres. A formulação foi capaz de aumentar de 
forma significativa os níveis séricos de glutationa reduzida em comparação com a concentração no grupo 
veículo, indicando um aumento da atividade no sistema antioxidante endógeno desempenhado pela essa 
enzima. O grupo apresentou redução significativa de MPO em comparação ao grupo controle, sugerindo uma 
menor taxa de infiltração neutrofílica e menor produção de espécies reativas de oxigênio. O doseamento de 
MPO funciona como uma marcação indireta para os níveis de infiltração neutrofílica. A formulação também 
reduziu significativamente o nitrito sérico em comparação ao grupo veículo, demonstrando uma menor 
concentração do radical óxido nítrico durante os dias de tratamento. O doseamento de nitrito é uma marcação 
indireta da produção de óxido nítrico, que em condições inflamatórias tem sua produção estimulada pela 
expressão da enzima iNOS. Com relação aos níveis de produtos da peroxidação lipídica, reação em cadeia 
que acontece com os lipídeos de membrana das células ao qual resulta na formação de radicais livres e dano 
celular, o doseamento de TBARS fornece informações acerca da concentração de malonaldeído, um produto 
originado da peroxidação lipídica utilizado como marcador. A formulação Gel MCH demonstrou redução 
significativa das TBARS quando comparado ao grupo veículo, indicando uma menor taxa de peroxidação 
lipídica. CONCLUSÕES: O estudo realizado em modelo subcrônico demonstra a atuação do gel MCH na 
diminuição das concentrações de nitrito, TBARS e MPO, com aumento significativo de GSH, podendo esta 
ser uma formulação com potencial anti-inflamatório atuando pela diminuição de estresse oxidativo. 
 
Palavras-chave: Momordica, Artrite, Antioxidante, Formulação, Gel. 
 
Agradecimentos: UFPI, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Predição de metabólitos de espécies de Siparuna potencialmente 
inibidoras da 3CLpro, PLpro e da interação RBD:ACE2 de SARS-CoV-2 
 
Brendo A. Gomes1,5, Diégina A. Fernandes², Mariana F. Campos¹, Larissa E. C. Constant³, Simony C. 
Mendonça¹, Stephany S. Costa³, Giovanna B. Frensel³, Gilda G. Leitão², Diego Allonso3,4, Suzana G. 
Leitão¹. brendoo.bc@gmail.com 
 
1Departamento de Produtos Naturais e Alimentos (DPNA), Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do 
Rio de Janeiro (UFRJ); 2Instituto de Pesquisas Produtos Naturais (IPPN) – UFRJ; 3Instituto de Biofísica 
(IBCCF) - UFRJ; 4Departamento de Biotecnologia Farmacêutica (BiotecFar), Faculdade de Farmácia – UFRJ; 
5Programa de Pos-Graduação em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos, CCS, UFRJ. 
 
Sessão temática: Atividade Biológicas de Produtos Naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: Produtos naturais têm se mostrado como importante fonte de substâncias bioativas frente ao 
SARS-CoV-2, causador da COVID-19. Esta doença culmina, principalmente, em casos graves de insuficiência 
cardiorrespiratória, e até a morte. Até o momento, há cerca de 761 milhões de casos confirmados em todo o 
mundo e 6,9 milhões de mortes, e mesmo com o avanço na vacinação, o desenvolvimento de medicamentos 
anti-COVID-19 ainda é uma prioridade de saúde global. Espécies do gênero Siparuna são utilizadas na 
medicina popular brasileira para o tratamento e profilaxia de diversas doenças virais, como a gripe, e seus 
sintomas como febre e tosse. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo a predição computacional de 
substâncias presentes nos extratos de cinco espécies de Siparuna como potenciais agentes antivirais contra 
o SARS-CoV-2. METODOLOGIA: Extratos etanólicos de S. cristata, S. decipiens, S. glycycarpa, S. reginae 
e S. sarmentosaforam submetidos a partição com diferentes solventes de polaridade crescente (hexano, 
diclorometano, acetato de etila e n-butanol), e ensaiados in vitro frente à interação entre o domínio de ligação 
ao receptor (RBD) da proteína spike de SARS-CoV-2 e a enzima conversora de angiotensina II (Lumit® 
PROMEGA), e em ensaios de atividade de transferência ressonante de energia por fluorescência das 
proteases 3CLpro e PLpro. Além disso, os extratos foram analisados por UHPLC-IT-MS/MS, usando as fontes 
ESI e APCI nos modos negativo e positivo de ionização. Os dados foram processados no software MZmine 
v. 2.53, e avaliados por ensaios estatísticos multivariados utilizando o software The UnscramblerX v. 10.4. 
Estes dados também foram utilizados para construção de redes moleculares e anotação de alguns íons de 
interesse ambos utilizando a plataforma GNPS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Diferentes extratos 
apresentaram atividade na inibição da 3CLpro, PLpro e interação RBD:ACE2, mostrando o potencial de algumas 
espécies. Os resultados estatísticos dos dados de APCI(-)-MS/MS apresentaram maior capacidade 
classificatória e preditiva. A PCA teve uma variância explicada de 75%, indicando uma diferença química 
expressiva de S. cristata e S. glycycarpa das demais espécies. O modelo PLS apresentou R2 de 0,83, Q2 de 
0,72, RMSE de 0,1 e uma variância explicada de 84% permitindo uma predição confiável dos íons 
potencialmente associados a inibição multitarget das proteínas avaliadas. O extrato em diclorometano de S. 
cristata possui o maior potencial para inibir Spike (RBD:ACE2), 3CLpro e PLpro conjuntamente. Nesta análise, foi 
possível predizer oito íons em comum para os extratos ativos em todos em ensaios: m/z [M-H]- 313, 329, 343, 
357, 384, 388, 415 e 500. As redes moleculares permitiram um assinalamento preliminar destes íons, 
indicando-os como pertencentes à classe de flavonoides metoxilados, como a kumatakenina, a 3,3',4'-tri-O-
metil-quercetina e a retusina. CONCLUSÃO: Os resultados computacionais destas espécies amazônicas 
ratificam trabalhos anteriores realizados pelo nosso grupo de pesquisa, que já mostraram a atividade de 
algumas das substâncias anotadas na inibição da replicação in vitro do SARS-CoV-2. O modelo PLS baseado 
em APCI(-)-MS/MS foi capaz de predizer 8 íons possivelmente relacionados às atividades inibitórias e a 
construção de redes moleculares se mostrou uma técnica eficiente para predição qualitativa e anotação dos 
íons preditos. Os resultados obtidos encorajam a continuação deste estudo na busca de substâncias que 
possam auxiliar no enfrentamento da COVID-19. 
 
Palavras-chave: Espectrometria de massas, Quimiometria, Quimioinformática, Redes Moleculares, Siparunaceae, 
COVID-19. 
 
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES e CNPq. 
 
 
 
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Efeitos do extrato de Euterpe oleracea Mart. em modelo tumoral sólido 
de Ehrlich 
 
Laís Araújo Souza Wolff1; Katia Regina Assunção Borges 2; Marcelo Antonio Pascoal Xavier3; Maria do 
Carmo Lacerda Barbosa4; Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento5; João Ernesto de Carvalho6; 
Marcos Antonio Custódio Neto da Silva7. laiswolff19@gmail.com 
 
1Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada (NIBA) – UFMA; 2Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia 
(RENORBIO) – UFMA; 3Instituto René Rachou (IRR), FIOCRUZ - Belo Horizonte, MG; 4Departamento de 
Medicina I – UFMA - São Luís, MA; 5Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto (PPGSAD) – 
UFMA; 6Faculdade de Ciências Farmacêutica (FCF) – UNICAMP - Campinas, SP; 7Departamento de 
Medicina – UFMA - Imperatriz, MA. 
 
Sessão temática: Atividade Biológicas de Produtos Naturais: in vitro e in vivo 
 
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é um problema de saúde pública, sendo a doença com maior incidência 
e mortalidade no mundo entre as mulheres e estima-se em 73.610 casos novos para o triênio de 2023-2025. 
Apesar dos avanços terapêuticos, o tratamento do câncer ainda é um desafio. A Euterpe oleracea Mart. (EO) 
conhecida como açaí, é uma palmeira nativa da Amazônia rica em propriedades fitoquímicas que apresentam 
diversas atividades farmacológicas presentes na casca, polpa e sementes. Nesse sentido, estudos 
evidenciam a importância dos produtos naturais como fontes de compostos bioativos que possam atuar na 
quimioprevenção do câncer. A EO possui componentes como os polifenóis com atividades antioxidantes, 
além de ácidos fenólicos, lignanas e flavonoides com atividades anti-inflamatória e antitumoral. OBJETIVO: 
Avaliar a atividade antitumoral do extrato da semente do açaí rico em flavonoides em modelo in vivo de tumor 
sólido de Ehrlich como esquema preventivo. METODOLOGIA: A coleta do fruto foi realizada no Parque da 
Juçara (Maracanã, São Luís, Maranhão). O extrato de EO foi obtido e caracterizado através de análise 
fitoquímica. O tumor de Ehrlich é um adenocarcinoma mamário de camundongos agressivo que encontramos 
de forma ascítica e sólida. O modelo experimental utilizou-se /camundongos Swiss machos (Certificado 
07/2021) que foram divididos em 5 grupos (n=4/grupo): Grupo controle negativo (tratamento com salina), 
Grupo controle positivo (tratamento com ciclofosfamida 20 mg/Kg após inoculação do tumor), Grupo 
preventivo 100 mg/Kg (tratado com extrato de EO), Grupo preventivo 300 mg/Kg (tratado com extrato EO), 
Grupo preventivo 1000 mg/Kg (tratado com extrato de EO). O tratamento preventivo com extrato de açaí 
iniciou 30 dias antes da inoculação, assim como o controle negativo com salina por gavagem. As células do 
inóculo com tumor sólido de Ehrlich foram preparadas com densidade de 2,5 x106 células/60μL/animal em 
PBS (inóculo no dorso). Após o inóculo, o tratamento preventivo foi mantido por 15 dias de gavagem do 
extrato de EO, assim com o controle negativo por gavagem de salina. O controle positivo iniciou aos demais 
dias com o tratamento quimioterápico a ciclofosfamida, via intraperitoneal. Posteriormente, o 16º dia ocorreu 
a eutanasia, coletando amostras de sangue parâmetros hematológicos, tecido tumoral para avaliação 
histopatológica e imunohistoquímica, remoção de órgãos (rim, baço e fígado) para avaliação de toxicidade. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados mostraram que o extrato de EO não demonstrou toxicidade, 
assim como não houve variação de peso e nem peso dos órgãos (rim, baço e fígado) após indução com tumor 
sólido de Ehrlich. No entanto, no grupo controle positivo houve redução de peso, assim como reduções de 
leucócitos totais, neutrófilos e linfócitos devido ao efeito citotóxico proveniente do quimioterápico tratado com 
ciclofosfamida. Também houve o aumento de TNF nos grupos preventivos 100 e 1000 mg/Kg. O extrato de 
EO mostrou uma redução significativa no tamanho do tumor no grupo preventivo com tratamento na 
concentração 1000 mg/Kg, desta forma evidenciando a efetividade em efeitos antiproliferativos e antitumorais 
com o açaí. CONCLUSÕES: Com isso, o extrato de EO apresentou em sua composição uma grande 
quantidade de flavonoides e antocianinas que contém o potencial farmacológico terapêutico promissor no 
tratamento adjuvante do câncer de mama. 
 
Palavras-chave: Euterpe oleracea Mart., Açaí, Câncer de mama, Tratamento preventivo. 
 
Agradecimentos: FAPEMA, UFMA, UNICAMP, IRR, LIAC, NIBA, CAPES e CNPq. 
 
 
 
 
 
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Atividade antileishmania e ativação de macrófagos pelo ácido morólico 
 
Yasmim Alves Aires Machado1,3; Ana Joérica Lopes Vieira1,3; Nicolle Barreira Maciel1; Vanessa Maria 
Rodrigues de Sousa2,3; Julyanne Maria Saraiva de Sousa2,3; Raiza Raianne Luz Rodrigues2,3; Airton 
Lucas Sousa dos Santos2,3; Klinger Antonio da Franca Rodrigues3,4. machado03@ufpi.edu.br 
 
1Graduação em Biomedicina – Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Parnaíba, PI; 2Pós-
graduação em Biotecnologia – Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Parnaíba, PI; 
3Laboratório de Doenças Infecciosas (LADIC) – UFDPar; 4 Docente no curso de Medicina – UFDPar. 
 
Sessão temática: 2. Atividades biológicas de produtos naturais: in vitro e in vivo.

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