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Farmacologia Aplicada à Enfermagem Professora: Esp. Roseli Monteiro CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS A responsabilidade em administrar medicamentos é um dos maiores pesos sobre a equipe de enfermagem. Deve-se conhecer: ü A ação do fármaco no organismo; ü A dosagem e os fatores que a modificam; ü As vias de administração; ü Absorção e eliminação ( Farmacocinética); Medicamento certo Dose certa Paciente certo Via certa 01 02 03 04 Regra do 5 C Hora certa05 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTIFLAMATÓRIOS ANTIFLAMATÓRIOS • A inflamação é uma resposta normal de proteção às lesões teciduais causadas por trauma físico, agentes químicos ou microbiológicos nocivos. • Exclusiva de tecido conjuntivo, tecido ósseo e cartilaginoso,vasos sanguíneos e linfáticos e do tecido muscular. Seus objetivos são os seguintes: • Eliminar a causa inicial do dano/lesão • Remover restos celulares • Iniciar o reparo tecidual ANTIFLAMATÓRIOS • As alterações presentes englobam os sinais cardiais (calor, rubor, dor, edema e perda de função), derivada de eventos vasculares (vasodilatação) e eventos celulares (migração leucocitária). ANTIFLAMATÓRIOS Os antiflamatórios são medicamentos capazes de reduzir ou curar uma infamação. Tipos Antiflamatórios não esteróides (AINEs) São utilizados para inibir as prostaglandinas (COX) atuando na cascata inflamatória,diminuindo o processo de inflamação. Antiflamatórios esteróides (AIEs) São análogos sintéticos do cortisol. Que inibem Ação fosfolipase A2.Hormônio que apresenta potente ação anti- inflamatória e imunossupressora e anti-alérgica. ANTIFLAMATÓRIOS (EICOSANÓIDES) Inflamação aguda: quebra as cadeias por enzimas • Lipooxigenase • Forma os metabólitos, chamam as células para o fenômenos inflamatórios • Vasoconstrição, broncoespasmo e aumento da permeabilidade • Ciclo-Oxigenase • Produz prostaglandina (modificam os fenômenos inflamatórios e fazem os mesmos aumentarem) • Formam a PGE2 =causa a dor, e o tromboxano (metabólito) • Fazem vasoconstrição para diminuir a hemorragia. • Causa vasodilatação, inibe a agregação plaquetária e evita as células inflamatórias de se expandirem muito. Tecido lesionado/ Mediadores inflamatórios Fosfolipídios da membrana celular (Ação fosfolipase A2) Ácido Araquidônico Via da Lipoxigenase 5 - HIPETE Leucotrieno A (LTA) Leucotrieno B (Quiotaxia) Leucotrieno C (LTC) Leucotrieno D (LTD) Leucotrieno E (LTE) Via da Cicloxigenase (COX) Prostaglandina G2 (PGG2) Prostaglandina H2(PGH2) Prostaciclina (PGI2) COX- 1, constitutiva (fisiológica)e COX- 2 indutiva(Patológica) PGD2 PGE2 PGF2a Tromboxano (TXA2) ANTIFLAMATÓRIOS ANTIFLAMATÓRIOS • As prostaglandinas, que tem ação no aumento da permeabilidade capilar e atuam como fatores quimiotáticos, atraindo leucócitos em direção ao local da lesão ou infecção.São sintetizadas, sendo rapidamente metabolizadas em produtos inativos em seus locais de ação. • Têm seu papel principal na modulação da dor, da inflamação e da febre. • Secreção ácida e a produção de muco no TGI. • Contração uterina e o fluxo de sangue nos rins. • Mediadores químicos liberados nos processos alérgicos e inflamatórios. ANTIFLAMATÓRIOS ANTIFLAMATÓRIOS • PGD2 (induzida por COX-1) – Broncoconstrição, termorregulação, vasodilatação renal, promove sono, evita a agregação plaquetária. • PGE2 (induzida por COX-1): Broncoconstrição,vasodilatação sistémica (não inibe a agregação plaquetária), vasodilatação renal, inibição da secreção gástrica de HCl, aumento da secreção de muco pela mucosa gástrica, inibição da lipólise, aumento da contractilidade do músculo liso uterino (indutor do parto). ANTIFLAMATÓRIOS • PGI2 (induzida por COX-1) – ativa receptores de prostaciclina (IP) e causa vasodilatação, inibe a proliferação celular e agregação plaquetária. • TXA2 (induzida por COX-1) – produzido por plaquetas ativadas, estimula a ativação de outras plaquetas, aumentando a agregação plaquetária. • PGE2 (induzida por COX-2) – estímulo inflamatório (vasodilatação – formação de edema), hiperalgesia, aumento da produção de histamina e bradicinina. Antiflamatórios Não Esteróides(AINEs) ANTIFLAMATÓRIOS ANTIFLAMATÓRIOS Antiflamatórios não esteróides (AINEs): Agem inibindo a Enzima Ciclo-OXigenase(COX) ü Os AINEs são um grupo de fármacos quimicamente heterogêneos que se diferenciam na sua atividade antipirética, analgésica, anti-inflamatória e antitrombose. ü Antipirética: redução de febre ü Analgésica: redução de dor ü Anti-inflamatória: redução da inflamação ANTIFLAMATÓRIOS Antiflamatórios não esteróides (AINEs): Antipirética: redução de febre Regulação térmica via hipotalâmica. Reajustam o “termostato” hipotalâmico. Inibição das Prostaglandinas de ação hipotalâmica (PGE2) Analgésica: redução de dor São eficazes contra a dor. Diminuem a produção de prostaglandinas que sensibilizam os nociceptores. Utilizados nas cefaléias como objetivo de diminuir a vasodilatação cerebral Anti-inflamatória: redução da inflamação Variam muito em potencial de ação: Indometacina, Piroxicans (fortes); Ibuprofeno (média); Paracetamol (pouca). Reduzem: Vasodilatação, Edema (vasogênico) e Dor. ANTIFLAMATÓRIOS Antiflamatórios não esteróides (AINEs): Agem inibindo a Enzima Ciclo-OXigenase(COX) COX-1 • Está presente nas células em condições fisiológicas, principalmente nos vasos sanguíneos, plaquetas, estômago e rins. • Broncoconstrição, termorregulação, vasodilatação renal, promove sono, evita a agregação plaquetária. COX-2 • Sua produção pode ser induzida na presença de citocinas(IL1 e IL2, e FTN),produzida por células envolvidas no processo inflamatório. ANTIFLAMATÓRIOS AINEs,inclui derivados: ü Ácido salicílico:(ácido acetilsalicílico [AAS],diflunisal e salsalato) ü Ácido propiônico:(ibuprofeno, fenoprofeno,flurbiprofeno, cetoprofeno,naproxeno e oxaprozina) ü Ácido Fenilacético:(diclofenaco, etodolaco, indometacina, cetorolaco, nabumetona, sulindaco e tolmetina) ü Fenamatos:(ácido mefenâmico e meclofenamato) ü Ácido enólico (OXICAM):(meloxicam e piroxicam) ü Inibidor COX-2 seletivo:(celecoxibe)e nimesulida N ã o s e l e t i v o s d e C o x ANTIFLAMATÓRIOS Não seletivos de Cox Ácido salicílico:(ácido acetilsalicílico [AAS],diflunisal e salsalato) Indicações: Antinflamatório, Antitérmico, Antiagtrgante plaquetário e queratolílitico Analgésico: dores leves e moderadas Contra-indicações: Crianças - Síndrome de Reye Gestsntes Insivíduos gastrite Ácido propiônico:(ibupro feno, fenoprofeno,flurbi profeno, cetoprofeno,naprox eno e oxaprozina) Indicações: antinflamatório Analgésicos: dores leves e moderadas Ácido Fenilacético:(di clofenaco, etodolaco, indometacina, cetorolaco, nabumetona, sulindaco e tolmetina) Indicações: antinflamatório Artrite reumatoide e Osteoartrite Espondilite anquilosante Analgésicos de uso prolongado: Fenamatos:(ácido mefenâmico e meclofenamato). Ponstan Indicações: Antinflamatório e Analgésicos Ácido enólico (OXICAM):(meloxic am e piroxicam) Indicações: antinflamatório Analgésico de uso prolongado Seletivos de Cox Inibidor COX-2 seletivo:(celec oxibe)e nimesulida Indicações: antinflamatório, Artrite reumatoide e Osteoartrite, dor aguda e Analgésicos. ANTIFLAMATÓRIOS Farmocinética: • A maioria dos AINES são administrados oralmente, com as exceção do cetorolaco e do parecoxibe (administração intravenosa), e do diclofenaco (administração oral, intravenosa e retal). • Sua absorção é rápida (entre 1 a 4 horas) e completa no sistema gastrointestinal, depois da administração oral. • Não atravessam imediatamente a barreira hematoencefálica e são metabolizados principalmente pelo fígado.• Todos AINEs são convertidos em metabólitos inativos pelo fígado e são, predominantemente, excretados pela urina ANTIFLAMATÓRIOS Escolha do AINEs: • Perfil de toxicidade x Quadro clínico • Intervalos entre doses • Experiência prévia do paciente • Custo ANTIFLAMATÓRIOS Indicações: ü Doenças musculoesqueléticas como osteoartrite, artrite reumatoide, gota e espondilite anquilosante, lombalgia, dor ciática e dor pós-operatória e dismenorreia. ü Todos os AINEs têm eficácia anti-inflamatória similar; assim, a escolha deve ser feita de acordo com a tolerância aos efeitos adversos, com a idade posológica, com a experiência de uso e com os custos. ANTIFLAMATÓRIOS Antiflamatórios não esteróides (AINEs): Inibidores da COX-1 • Ácido acetilsalicílico; • Ibuprofeno; • Piroxicans; • Diclofenaco de sódio; • Fenoprofeno cálcico; • Cetoprofeno; • Naproxeno. Inibidores da COX-2 • Celecoxibe • Etoricoxibe • Parecoxibe • Lumiracoxibe • Nimesulida ANTIFLAMATÓRIOS Antiflamatórios não esteróides (AINEs): ANTIFLAMATÓRIOS Efeitos adversos: • Inibidores da COX-1 • Irritação Gástrica • Erosão Gástrica • Sangramento (Inibição plaquetária) • Lesão Renal • Inibidores da COX-2 • Riscos cardiovasculares e os benefícios (gastrintestinais) dos Coxibs devem ser levados em consideração, e sua indicação deve ser individualizada a cada paciente. ANTIFLAMATÓRIOS Contra - Indicações e efeitos colaterais: ü Os AINEs não são recomendados na gestação, pois estão associados a efeitos teratogênicos e ao fechamento precoce do dueto arterioso no 3ºtrimestre de gestação. Mas, se os riscos superarem os benefícios, o paracetamol é provavelmente o mais seguro e AAS. ü Os idosos estão mais predispostos aos seus efeitos adversos, devendo ser utilizados com cautela nessa faixa etária. ü A principal limitação dos AINEs é a toxicidade gastrintestinal(Irritação da mucose e/ou úlcera). ü Indicar ingerir com alimentos ANTIFLAMATÓRIOS Contra - Indicações e efeitos colaterais: ü Aumento do risco de sangramentos (efeito antiplaquetário) ü Ação sobre os rins: retenção de sódio e água e, pode causar edema em alguns pacientes. ü Efeitos cardíacos:o aumento do risco de eventos cardiovasculares é associado a todos os AINEs, com exceção do AAS. ü Pacientes com asma: a inibição da síntese de PGs pode causar desvio em direção à produção de leucotrienos e,aumentando as manifestações de asma. ü Toxicidade ANTIFLAMATÓRIOS Aula 2 Antiflamatórios Esteróides(AIEs) ANTIFLAMATÓRIOS ANTIFLAMATÓRIOS Antiflamatórios esteróides (AIEs): • A glândula suprarrenal consiste do córtex e da medula. • Córtex: secreta dois tipos de corticosteroides (glicocorticoides e mineralocorticoides). • Medula: secreta epinefrina. • . Epinefrina ANTIFLAMATÓRIOS Antiflamatórios esteróides (AIEs): • Os corticosteroides ligam-se a receptores intracelulares citoplasmáticos específicos nos tecidos-alvo. • As propriedades terapêuticas mais importantes dos glicocorticoides são suas potentes atividades anti- inflamatórias e imunossupressoras. • Inibem a habilidade dos leucócitos e dos macrófagos de responder a mitógenos e antígenos (Supressora). • Diminuem a produção e a liberação de citocinas pró- inflamatórias. ANTIFLAMATÓRIOS ANTIFLAMATÓRIOS (EICOSANÓIDES) Inflamação aguda: quebra as cadeias por enzimas • Lipooxigenase • Forma os metabólitos, chamam as células para o fenômenos inflamatórios • Vasoconstrição, broncoespasmo e aumento da permeabilidade • Ciclo-Oxigenase • Produz prostaglandina (modificam os fenômenos inflamatórios e fazem os mesmos aumentarem) • Formam a PGE2 =causa a dor, e o tromboxano (metabólito) • Fazem vasoconstrição para diminuir a hemorragia. • Causa vasodilatação, inibe a agregação plaquetária e evita as células inflamatórias de se expandirem muito. Tecido lesionado/ Mediadores inflamatórios Fosfolipídios da membrana celular (Ação fosfolipase A2) Ácido Araquidônico Via da Lipoxigenase 5 - HIPETE Leucotrieno A (LTA) Leucotrieno B (Quiotaxia) Leucotrieno C (LTC) Leucotrieno D (LTD) Leucotrieno E (LTE) Via da Cicloxigenase (COX) Prostaglandina G2 (PGG2) Prostaglandina H2(PGH2) Prostaciclina (PGI2) COX- 1, constitutiva (fisiológica)e COX- 2 indutiva(Patológica) PGD2 PGE2 PGF2a Tromboxano (TXA2) ANTIFLAMATÓRIOS Antiflamatórios esteróides (AIEs): • Inibem a fosfolipase A2, que bloqueia a liberação de ácido araquidônico (o precursor de prostaglandinas e leucotrienos)dos fosfolipídeos ligados à membrana. • Acredita-se que a diminuição da produção de prostaglandinas e leucotrienos é fundamental à ação anti- inflamatória. • Influenciam a resposta inflamatória estabilizando membranas de mastócitos e basófilos, o que resulta em menor liberação de histamina. ANTIFLAMATÓRIOS Antiflamatórios esteróides (AIEs): Classificação se deve em função de sua duração de efeito AÇÃO CURTA (< 12 horas) AÇÃO INTERMEDIÁRIA (18 - 36 horas) AÇÃO LONGA (36 - 54 horas) Hidrocortisona Prednisona Betametasona Cortisona Prednisolona Dexametasona Metilprednisolona Parametasona Triancinolona ANTIFLAMATÓRIOS Indicações: • Artrite reumatoide e osteoartrite • Condições inflamatórias da pele, incluindo vermelhidão, inchaço, calor e sensibilidade. • Controle os sintomas de asma persistente.Rinite alérgica e das reações alérgicas por fármacos,soro e transfusões. • Doença intestinal inflamatória ativa. • Doença de Addison e Suprarrenal • Diagnóstico da Síndrome de Cushing; • Aceleração de maturação pulmonar em prematuros. ANTIFLAMATÓRIOS Farmacocinética: • Absorção e destino: As preparações de corticosteroides administrados por via oral são facilmente absorvidas. • Compostos selecionados também podem ser administrados por via intravenosa(IV), IM, intra-articular (p. ex., em articulações artríticas), topicamente, por inalação ou aplicação intranasal. • O fármaco se liga às proteías plasmáticas, chamadas de globinas de ligação dos glicocorticóides (CGB) no sangue. Estas penetram nas células por difusão e serão metabolizadas no fígado. ANTIFLAMATÓRIOS Mecanismo de ação: • O principal mecanismo de ação anti-inflamatória dos corticoides é o bloqueio duplo da cascata do ácido araquidônico, por meio da indução da lipocortina, que age inibindo a fosfolipase A2 e da inibição das COXs, que possuem papel crucial na mediação da inflamação ao produzir prostaglandinas e prostaciclinas. • Inibem a síntese e liberação de TNF-α, interleucinas de 1 a 8, interferon γ e a ativação de células T por citocinas. ANTIFLAMATÓRIOS Principais ações metabólicas dos corticoides • Carboidratos: reduz a captação e utilização da glicose. Aumenta a gliconeogênese; • Proteínas: aumento do catabolismo e redução do anabolismo; • Lipídios: efeito permissivo sobre os hormônios lipolíticos e redistribuição da gordura (Síndrome de Cushing). ANTIFLAMATÓRIOS Efeitos adversos: • Os efeitos adversos em geral são dose-dependentes. • Osteoporose é o efeito adverso mais comum, devido à propriedade dos glicocorticoides de suprimir a absorção intestinal de Ca2+, inibir a formação do osso e diminuir a síntese de hormônios sexuais. • Os pacientes são orientados a tomar suplementos de cálcio e vitamina D. • Contraindicados em pacientes com infecções fúngicas sistêmicas ou hipersensibilidade à corticosteroides. ANTIFLAMATÓRIOS Efeitos adversos: • Síndrome de Cushing iatrogênica; • Aumento da incidência de cataratas/glaucoma para predispostos geneticamente; • Hiperglicemia com possibilidade de desenvolvimento de diabetes; • Supressão da resposta a infecções, com possível agravamento de infecções oportunistas. ANTIFLAMATÓRIOS Contra - Indicações e feitos colaterais: • A descontinuação abrupta pode precipitar recidiva do quadro de base ou sintomas de retirada, por isso a suspensão do tratamento prolongado deve ser lenta e gradual. • Os sintomas associadosà retirada do GC são hipotensão postural, anorexia,náusea e vômitos, mialgia e artralgia, febre e descamação cutânea. ANTIFLAMATÓRIOS • Interações medicamentosas: • Se usado juntamente com fenobarbital, fenitoína, rifampicina ou efedrina pode aumentar o metabolismo dos corticosteroides, reduzindo o efeito da terapia. • Os glicocorticoides associados a AINEs ou álcool podem aumentar a incidência/gravidade de úlceras gastrointestinais. • Com diuréticos que reduzem a concentração de potássio pode intensificar a hipocalemia, assim como o uso com glicosídeos cardíacos pode aumentar os eventos arrítmicos e intoxicação digitálica associada a hipocalemia. ANTIFLAMATÓRIOS ANTIFLAMATÓRIOS Obrigada!!!! Aula 3 - Resolução de Exercício Aula 4 Analgésicos Narcóticos Introdução Diferenças Analgesia Sedação Anestesia Introdução Diferenças Analgesia Alívio da dor, sem afetar os níveis de consciência dos pacientes. Sedação Técnica que permite a diminuição dos níveis de consciência do paciente, não afetando a sua habilidade de respirar e responder apropriadamente aos estímulos. Anestesia Refere-se à cessação induzida da percepção dolorosa. Implica na perda reversível e controlada da consciência (O paciente não consegue sentir, ouvir ou lembrar de nada) Analgésicos Tipos: • Analgésicos não narcóticos: • Inibem a produção de determinadas substâncias e, com isso, diminuem a sensação de dor.Exemplo: AINEs e AIEs. • Analgésicos narcóticos: • Reduzem a percepção da dor e diminuem a atividade cerebral, provocando sono. São os analgésicos mais fortes, utilizados em dores de maiores intensidades.Exemplo: Analgégicos opioides. Analgésicos narcóticos Analgésicos opioides: • São substâncias com grande potência para diminuir a dor , que agem a nível de sistema nervoso central. • Podem causar dependência, devendo ser utilizadas com cautela. • Os alcalóides derivados, mais utilizados: Morfina, Codeína, e Papaverina. São derivados do ópio (Naturais ou sintéticos) Papaver somniferum Analgésicos opioides Tipos: • Sulfato de Morfina; • Fosfato de Codeína; • Cloridrato de Meperidina; • Sistema Fentanil Transdêrmico; • Oxicodona; • Cloridrato de Oximorfona; • Cloridrato de Tramadol; • Cloridrato de Sulfentamil; • Tartarato de Butorfanol Analgésicos opioides Tipos: Opioides naturais Produzidos a partir da resina do ópio. Exemplos: morfina, codeína, tebaína ou papaveverina. Opioides semissintéticos Produzido através de modificações parciais na molécula de morfina ou codeína. Exemplos:oxicodona, oximorfona,buprenorfina, hidrocodona, diidrocodeína ou diamorfina. Ilegal: heroína. Opioides sintéticos Produzidos a partir da replicação da estrutura química do opiáceos. Exemplo: Fentanil,metadona,tramadol, sulfentanil,butofarnol, pentazocina, ou dextropropoxifeno. Analgésicos opioides A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os opioides sejam utilizados no controle da dor de intensidade moderada a grave, sendo que alguns preceitos devem ser seguidos: • 1. Os opioides devem ser administrados com cautela, e o esquema, individualizado para cada paciente. • 2. A via oral deve ser utilizada sempre que possível pelo baixo custo e fácil administração. • 3. Horários regulares, e não o esquema "se necessário'', devem ser utilizados. Analgésicos opioides A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os opioides sejam utilizados no controle da dor de intensidade moderada a grave, sendo que alguns preceitos devem ser seguidos: • 4. A seleção de acordo com as propriedades farmacológicas e a situação clínica a ser abordada. • 5. Deve-se prescrever fármacos coadjuvantes que potencializam os seus efeitos ou controlem os efeitos colaterais. Analgésicos opioides A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os opioides sejam utilizados no controle da dor de intensidade moderada a grave, sendo que alguns preceitos devem ser seguidos: • 6. Deve-se reavaliar constantemente o esquema terapêutico. O objetivo é encontrar uma dose que propicie alívio total da dor ou desconforto mínimo. • 7. O uso parenteral dos opioides pode ser endovenoso, subcutâneo ou intramuscular, sendo essa última via desencorajada por ser irritante, dolorosa e de absorção variável. Analgésicos opioides Receptores fisiológicos: • Os 3 tipos clássicos de receptores opióides: μ(mu),δ (delta) e κ (kapa) O corpo humano também produz opioides naturais, chamados opioides endógenos, como as endorfinas ou encefalinas Analgésicos opioides Receptores fisiológicos: • μ(mu): A propriedade analgésica dos opioides é mediada primariamente pelos receptores μ, que modulam respostas nociceptivas térmicas, mecânicas e químicas. • κ (kapa): Os receptores κ no corno dorsal também contribuem para a analgesia modulando a resposta à nocicepção química e térmica. • δ (delta): As encefalinas interagem mais seletivamente com os receptores δna periferia. Analgésicos opioides Receptores fisiológicos: • Os três receptores opioides são membros da família de receptores acoplados à proteína G e inibem a adenilatociclase. • Estão associados a canais iônicos, aumentando o efluxo pós-sináptico de K+ (hiperpolarização) ou reduzindo o influxo pré-sináptico de Ca2+, impedindo, assim, o disparo neuronal e a liberação do transmissor. Analgésicos opioides Mecanismo de ação: Analgésicos opioides Mecanismo de ação: • Os opioides agem ligando-se aos receptores opioides que se encontram principalmente no sistema nervoso central e periférico e no trato gastrointestinal. • Ativando Analgésicos opioides Mecanismo de ação: • Todos os opioides agem ligando-se a receptores opioides específicos no SNC para produzir efeitos que imitam a ação de neurotransmissores peptídeos endógenos (p. ex., endorfinas, encefalinas e dinorfinas). Analgésicos opioides Entre os principais opioides utilizados na terapêutica encontram-se: • Agonista opioide forte (potente): morfina,metadona, oxicodona, fentanila,hidrocodona,hidromorfona,meperidina e oximorfona.São empregados em dores intensas. • Agonista opioide fraco: codeína e tramadol.São empregados em dores menos intensas. • Antagonista opioide: naloxona, naltrexona e naloxegol Os antagonistas dos receptores opioides, naloxona e naltrexona, são úteis na reversão da intoxicação pelos agonistas desses receptores e podem precipitar síndrome de abstinência. Analgésicos opioides Indicação de uso terapêutico: • Alívio da dor intensa aguda e crônica; • Controle da dor pós-operatória; • Suplementar a anestesia geral, regional ou local. • Dor crônica sem câncer Analgésicos opioides Indicação de uso terapêutico: Analgésicos opioides • Tratamento da dor Analgésicos opioides Kraychete DC, Siqueira JT, Garcia JB. Recomendações para uso de opioides no Brasil: parte I. Revista Dor. 2013;14:295-300. Analgésicos opioides Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. Analgésicos opioides Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. Analgésicos opioides Principais efeitos adversos: • Sedação ou sonolência • Náuseas e vômitos • Depressão respiratória • Constipação • Hipotensão ortostática • Alterações de humor • Alterações hormonais: diminuição dos níveis hormonais Analgésicos opioides Principais efeitos adversos: Analgésicos opioides Tolerância ou aumento dos efeitos adversos: • É feita Rotação opioide: mudança de fármaco ou de via de administração com o objetivo de melhorar os resultados, ou seja, é a troca de um opioide por outro quando a analgesia é inadequada e/ou os efeitos colaterais relacionados devidos ao opioide são incontroláveis. • Dose equianalgésica ou equipotente de um opioide: é a dose que produz analgesia equivalente em relação ao composto de referência, que geralmente é a morfina, permitindo obter uma relação de dose de modo que os dois opioides proporcionem aproximadamenteo mesmo alívio da dor. Analgésicos opioides Síndrome da abstinência aos opioides • obrigaada!! Aula 4 - Anestésicos Anestésicos Anestésicos Locais: Induzem a anestesia a nível local sem produzir inconsciência. Anestésicos Gerais: Produzem a inconsciência. São drogas depressoras do SNC. Anestésicos Locais Mecanismo de ação Anestésicos Os anestésicos locais bloqueiam a condução dos impulsos sensoriais, e, em concentrações mais alta, os impulsos motores da periferia ao SNC. Os canais de sódio são bloqueados, prevenindo o aumento transitório na permeabilidade da membrana do nervo ao sódio, o que é necessário para o potencial de ação. Quando a propagação dos potenciais de ação é bloqueada, a sensação não pode ser transmitida desde a fonte do estímulo até o cérebro. Anestésicos locais Cloridrato de: • Lidocaína • Mepivacaína • Procaína • Bupivacaína • Cloroprocaína • Etidocaína • Prilocaína • Ropivacaína • Tetracaína • O início e a duração do efeito dos anestésicos locais são influenciados por vários fatores, incluindo pH do tecido, morfologia dos nervos, concentração e lipossolubilidade do fármaco. Destes, o pH do tecido é o fator mais importante Anestésicos locais Aminoamidas Bupivacaína Ropivacaína Lidocaína Etidocaína Mepivacaína Prilocaína Fígado (Sistema P50) Raras reações alérgicas Aminoésteres Procaína Cloroprocaína Tetracaína Pseudocolinesterase plasmática Reações alérgicas frequentes Anestésicos As técnicas de administração incluem: • Via tópica • Infiltração • Bloqueio de nervo periférico • Bloqueio neuraxial (espinal, epidural ou caudal). • As fibras não mielinizadas, pequenas, para a dor, temperatura e atividade autônoma, são mais sensíveis aos anestésicos locais. Anestésicos As técnicas de administração incluem: • Anestesia tópica: • É uma anestesia superficial sem extensão para estruturas mais profundas. • A anestesia das mucosas com lidocaína, com efeito anestésico máximo dentro de 2 a 5 minutos e a anestesia dura cerca de 30 a 45 minutos. • O uso de anestésicos nas mucosas tem o risco de reações tóxicas sistêmicas, pela rápida absorção na circulação. Anestésicos As técnicas de administração incluem: • Anestesia por infiltração: • Anestesia que atua na pele e tegumentos, usada para sutura de ferimentos. • É importante a observação das doses clínicas seguras preconizadas para não haver risco de neuro e cardiotoxicidade. Anestésicos As técnicas de administração incluem: • Anestesia por bloqueio regional: • O anestésico é injetado para atuar em um ponto distal ao local da aplicação, como no bloqueio axilar para cirurgia de mão. Anestésicos locais Anestésicos Anestésicos • Indicações e ações • Causam vasodilatação, levando à rápida difusão para fora do local de ação e diminuindo a duração quando esses fármacos são administrados sozinhos. • Acrescentando um vasoconstritor, a velocidade de absorção e de difusão do anestésico local diminui. • Isso minimiza a toxicidade sistêmica e aumenta a duração da ação. Anestésicos • Indicações e ações • A função hepática não afeta a duração de ação da anestesia local, que é determinada pela redistribuição, e não por biotransformação. • Alguns anestésicos locais têm outros usos terapêuticos, por exemplo, a lidocaína, que pode ser usada com um antiarritímico. Anestésicos • Efeitos adversos • As reações adversas mais importantes dos anestésicos locais são as reações alérgicas. • Seu uso deve ser cauteloso em crianças e idosos. • Antes de administrar um anestésico local em uma criança, deve ser calculada a dose máxima com base na sua massa corporal para prevenir dosagem excessiva acidental. Anestésicos • Efeitos adversos • É prudente ficar bem abaixo da dosagem máxima recomendada em pacientes idosos, que com frequência têm comprometimento da função hepática. • Como pode haver certo grau de comprometimento cardiovascular em pacientes idosos, pode ser prudente reduzir a dose de epinefrina. • Os anestésicos locais são seguros para pacientes suscetíveis à hipertermia maligna. Anestésicos Gerais Anestésicos Anestésicos • A anestesia geral é um estado reversível de depressão do sistema nervoso central; causa perda da percepção e de resposta a estímulos. Oferece cinco vantagens importantes para os pacientes submetidos à cirurgia e a outros procedimentos médicos: • Sedação e diminuição da ansiedade. • Perda da consciência e amnésia. • Relaxamento da musculatura esquelética. • Supressão dos reflexos indesejados. • Analgesia Anestésicos Tipos: Anestésicos IV (intravenoso): • Tiopental sódico • Cloridrato de Quetamina • Cloridrato de midazolam • Diazepam Anestésicos Voláteis: • Halotano • Enflurano • Éter, éter vinílico • Metoxiflurano • Óxido nitroso • Nenhum fármaco sozinho provoca todos os efeitos desejados, várias classes de fármacos são associadas para produzir uma anestesia ideal. Anestésicos • MPA: A medicação pré-anestésica ajuda a acalmar o paciente, aliviar a dor e prevenir os efeitos indesejados do anestésico administrado na sequência ou do próprio procedimento cirúrgico. • Bloqueadores neuromusculares facilitam a intubação e a cirurgia. • Anestésicos gerais potentes são administrados por inalação e/ou por injeção intravenosa. • Com exceção do óxido nitroso, os anestésicos inalatórios são hidrocarbonetos halogenados e voláteis. • Anestésicos IV consistem em vários tipos de fármacos, comumente usados para induzir rapidamente a anestesia. Anestésicos Exemplo: • Pré-oxigenação para preencher os pulmões com oxigênio e permitir um período mais longo de apneia durante a intubação sem afetar os níveis de oxigênio no sangue. • Lidocaína para sedação e analgesia sistêmica para intubação. • Fentanila para analgesia sistêmica e intubação. • Propofol para sedação e intubação. Anestésicos Anestésicos Estágios e profundidade da anestesia • Indução é o tempo desde a administração de um anestésico potente até a instalação de anestesia efetiva. • A indução da anestesia depende de quão rapidamente a concentração efetiva do anestésico alcança o cérebro. • Manutenção assegura anestesia sustentada. • Recuperação é o tempo desde a interrupção do anestésico até o retor_x0002_no da consciência e dos reflexos protetores. • A recuperação é, essencialmente, o reverso da indução e depende da velocidade com que o anestésico difunde do cérebro. • Profundidade da anestesia é o grau ao qual o SNC é deprimido. Anestésicos Estágios da anestesia • Estágio I – Analgesia: A perda da sensação de dor resulta da interferência na transmissão sensorial no trato espinotalâmico. • O paciente passa da consciência e da capacidade de conversar para a sonolência. A amnésia e a redução da percepção da dor ocorrem à medida que se aproxima o estágio II. • Estágio II – Excitação: O paciente apresenta delírio e possivelmente comportamento combativo. • Ocorre aumento e irregularidade na pressão arterial e na respiração, bem como risco de laringoespasmo. • Para diminuir ou eliminar este estágio, são administrados fármacos de ação rápida, IV, antes de administrar anestesia por inalação. Anestésicos Estágios da anestesia • Estágio III – Anestesia cirúrgica: Há perda gradual do tônus muscular e dos reflexos conforme o SNC vai sendo deprimido. • Ocorre respiração regular e relaxamento dos músculos esqueléticos com eventual perda dos movimentos espontâneos. • Este é o estágio ideal para a cirurgia. Monitoração cuidadosa é necessária para evitar o avanço indesejado ao estágio IV. • Estágio IV – Paralisia bulbar: Ocorre grave depressão da respiração e dos centros vasomotores. Ventilação e/ou circulação devem receber atenção, para prevenir a morte. Anestésicos Fatores do paciente na seleção da anestesia • Os fármacos são escolhidos para obter a anestesiasegura e eficiente baseada no tipo de procedimento e nas características do paciente, como função dos órgãos, condições médicas e medicações concomitantes. • Sistema cardiovascular: suprimem • Sistema respiratório: deprimem a respiração, mas também atuam como broncodilatadores. • Fígado e rins:influenciam a distribuição de longo prazo e a depuração dos fármacos e são também alvos orgânicos para os efeitos tóxicos • Sistema nervoso: presença de distúrbios neurológicos • Gestação:efeitos na organogênese fetal Anestésicos • Os agentes anestésicos podem ser administrados por várias vias, incluindo inalação, injeção (intravenosa, intramuscular ou subcutânea), oral e retal. • Uma vez que entram no sistema circulatório, os agentes são transportados para os seus sítios bioquímicos de ação nos sistemas nervoso central e autônomo. • A maioria dos anestésicos gerais são induzidos por via intravenosa ou por inalação. • OBs: A injeção intravenosa funciona mais rapidamente do que a inalação, levando cerca de 10 a 20 segundos para induzir inconsciência total. Isso minimiza a fase excitatória (estágio 2) e, portanto, reduz as complicações relacionadas à indução da anestesia. Anestésicos • Anestésicos inalatórios • É um composto químico que possui propriedades anestésicas gerais que podem ser administradas por inalação. • • São administrados por máscara de anestesia ou tubo traqueal conectado a um vaporizador anestésico e a um sistema de entrega anestésica. Anestésicos • Anestésicos inalatórios • Incluem agentes anestésicos voláteis, como isoflurano, sevoflurano, desflurano e halotano, bem como certos gases anestésicos, como o óxido nitroso. Anestésicos Anestésicos • Anestésicos intravenosos • Causam indução rápida, dentro do “tempo de circulação braço-cérebro”, ou seja, o tempo que o fármaco gasta para ir do local de injeção (geralmente o braço) até o cérebro, onde tem seu efeito. • Podem ser usados como agentes únicos para procedimentos curtos ou administrados como infusão para manter a anestesia durante procedimentos longos. • Em dosagens baixas, podem ser usados para sedação. Anestésicos • Anestésicos intravenosos • Os anestésicos intravenosos incluem: • Barbitúricos (amobarbital, metohexital, tiamilal e tiopental) • Benzodiazepinas (diazepam, lorazepam e midazolam) • Etomidato • Propofol • Ketamina (dissociativo) (Venda Ilícita) OBRIGADA!! AULA 5 FÁRMACOS QUE ATUAM NO TRATO RESPIRATÓRIO Introdução Anatomia do Trato respiratório Introdução Introdução • As principais doenças que afetam o trato respiratório são a asma, a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). • Cada uma dessas condições pode estar associada à tosse incoercível, que pode ser a única queixa do paciente. Introdução Asma: Doença crônica caracterizada por vias aéreas hiperresponsivas Rinite alérgica: Caracterizada por olhos lacrimejantes, prurido, rinorreia e tosse não produtiva,e que diminui a qualidade de vida. DPOC: Inclui enfisema e bronquite crônica. Tosse: Defesa respiratória importante contra os agentes irritantes. A tosse coercível pode representar diversas etiologias, como resfriado, sinusite ou doença respiratória crônica subjacente. Antiasmáticos Introdução • Asma • Doença crônica com fisiopatologia inflamatória subjacente, que, se não tratada, pode evoluir para remodelação das vias aéreas, resultando em agravamento e incidência de exacerbações e/ou morte. • Caracterizada por episódios de broncoconstrição aguda, causando encurtamento da respiração, tosse, tensão torácica, respiração ruidosa e rápida. • Não é uma doença progressiva (ou seja, não evolui para a degradação das vias aéreas inevitavelmente). • Esses sintomas agudos podem ser resolvidos espontaneamente, com exercícios de relaxamento não farmacológico ou com fármacos de “alívio rápido”, como um agonista beta-2 adrenérgico de ação curta. Introdução • Asma Fármacos utilizados no tratamento da asma Podem ser aplicados: • Topicamente na mucosa nasal • Inalados • Administrados por via oral • Parenteral para a absorção sistêmica. • Os métodos de aplicação local, como nebulizadores ou inaladores, são os preferidos, pois o fármaco atinge o tecido-alvo e minimiza os riscos sistêmicos. Fármacos utilizados no tratamento da asma Os objetivos do tratamento da asma são: • Diminuir a intensidade • Frequência dos sintomas • Grau de limitações que o paciente apresenta devido a esses sintomas. • Todos os pacientes necessitam de medicação de alívio rápido para tratar de sintomas agudos. • O tratamento farmacológico para controle de longo prazo objetiva reverter e prevenir a inflamação das vias aéreas. Fármacos utilizados no tratamento da asma • As principais classes terapêuticas estão listadas a seguir: • Beta-2 agonistas adrenérgicos • Modificadores de leucotrieno • Cromolina • Antagonistas colinérgicos • Teofilina • Omalizumabe • Corticosteroides Fármacos utilizados no tratamento da asma Beta-2 agonistas adrenérgicos: Classe terapêutica é divida em fármacos de alívio rápido e fármacos para controle a longo prazo. Alívio rápido Salbutamol e levossalbutamol Os beta-2 agonistas de curta duração (BACAs) têm rápido início de ação (5 minutos) e proporcionam alívio durante 4 horas. Controle a longo prazo Salmeterol e formoterol São beta-2 agonistas de longa duração (BALAs) e são parecidos quimicamente com o salbutamol. Promovem broncodilatação por 12 horas. Fármacos utilizados no tratamento da asma Beta-2 agonistas adrenérgicos: • Alívio rápido • Salbutamol e levossalbutamol: Os beta-2 agonistas de curta duração (BACAs) têm rápido início de ação (5 minutos) e proporcionam alívio durante 4 horas. • Mecanismo de ação: esses fármacos promovem broncodilação significativa com poucos efeitos indesejáveis de estimulação dos outros receptores adrenérgicos. • Indicação: os BACAs não têm efeitos anti-inflamatórios, são usados no tratamento sintomático do broncoespasmo e dão alívio rápido na broncoconstrição aguda. Todos os pacientes asmáticos devem fazer uso de um BACA. • Efeitos adversos: taquicardia, hiperglicemia, hippotassemia, hipomagnesemia e tremores dos músculos esqueléticos. Fármacos utilizados no tratamento da asma Beta-2 agonistas adrenérgicos: • Controle a longo prazo • Salmeterol e formoterol: São beta-2 agonistas de longa duração (BALAs) e são parecidos quimicamente com o salbutamol. • Promovem broncodilatação por 12 horas. • Mecanismo de ação: são semelhantes aos BACAs, possuem apenas tempo de meia-vida maior. • Indicação: não devem ser empregados como monoterapia e nem para alívio rápido durante o ataque de asma aguda. • São considerados úteis como tratamento auxiliar para esse controle. • Efeitos adversos: são similares aos efeitos adversos dos BACAs. Fármacos utilizados no tratamento da asma Modificadores de leucotrieno: • Montelucaste e o Zafirlucaste. • Os leucotrienos são produzidos a partir do ácido araquidônico pela via da 5- lipoxigenase e parte da cascata inflamatória. • Os leucotrienos atuam no recrutamento dos eosinófilos e neutrófilos, além de gerar a contração dos músculos lisos dos bronquíolos, podem aumentar a permeabilidade endotelial e promover a secreção de muco. Fármacos utilizados no tratamento da asma Modificadores de leucotrieno: • Montelucaste e o Zafirlucaste. • Mecanismo de ação: atuam como antagonistas seletivos do receptor de leucotrieno. • Indicação: esses fármacos são aprovados para prevenir os sintomas da asma. Eles não devem ser utilizados em situações em que é necessária a broncodilatação imediata. • Os antagonistas de leucotrieno também podem atuar na prevenção do broncoespasmo induzido pelo exercício. • Efeitos adversos: ocorre elevação das enzimas hepáticas, exigindo monitorização periódica e interrupção do tratamentose houver aumento de mais que três vezes dos valores normais das enzimas hepáticas no soro. Outros efeitos incluem cefaleia e dispepsia. Fármacos utilizados no tratamento da asma Cromolina • Mecanismo de ação: é um anti-inflamatório profilático que inibe a desgranulação e a liberação de histaminas dos mastócitos. • Indicação: é um tratamento alternativo contra a asma leve persistente. Contudo, não é útil no manejo dos ataques agudos da asma, pois não é broncodilatador. • Efeitos adversos: são mínimos, mas podem surgir tosse, irritação e gosto desagradável. Fármacos utilizados no tratamento da asma Antagonistas colinérgicos • Ipratrópio e o tiotrópio: • Mecanismo de ação: os anticolinérgicos bloqueiam a contração dos músculos lisos das vias aéreas e a secreção de muco mediadas pelo nervo vago. • Indicação: são indicados para pacientes que possuem baixa tolerância a outros broncodilatadores durante os episódios de asma. • Oferecem vantagens terapêuticas sobre os demais broncodilatadores durante o tratamento de crises agudas de asma em emergências. • Efeitos adversos: xerostalmia e gosto amargo. Esses efeitos estão relacionados a efeitos locais. Fármacos utilizados no tratamento da asma Teofilina • Mecanismo de ação: a teofilina é um broncodilatador que promove o alívio das vias aéreas na asma crônica. • Possui atividade anti-inflamatória, embora o mecanismo ainda não esteja esclarecido. • Indicação: antigamente, a teofilina foi a base do tratamento da asma, sendo amplamente substituída pelos agonistas adrenérgicos e corticosteroides devido à janela terapêutica estreita. • Efeitos adversos: os principais efeitos adversos relatados são convulsões e arritmias potencialmente fatais. • Apresenta numerosas interações medicamentosas. Fármacos utilizados no tratamento da asma Omalizumabe • Mecanismo de ação: este fármaco é um anticorpo monoclonal que se liga seletivamente à imunoglobulina E (IgE), diminuindo a ligação do IgE ao seu receptor na superfície dos mastócitos e basófilos. • A ligação do omalizumabe ao IgE impede, portanto, a liberação de histamina e de outros mediadores inflamatórios. • Indicação: é indicado para o tratamento de asma persistente, de moderada a grave, em pacientes que são mal controlados com o tratamento convencional. • Efeitos adversos: seu uso é limitado devido ao alto custo e à administração subcutânea. • Os efeitos adversos mais prevalentes são artralgias e urticárias. Fármacos utilizados no tratamento da asma Corticosteroides (CSIs): • Fármacos de escolha para controle de longo prazo em pacientes com algum grau de asma persistente (prednisolona, metilprednisolona, prednisona, beclometasona, budesonida, mometasona e fluticasona). • Mecanismo de ação: • Inibem a liberação de ácido araquidônico por meio da inibição da fosfolipase A2, produzindo assim efeito anti-inflamatório direto nas vias aéreas. • Não afetam diretamente o músculo liso das vias aéreas, ao contrário, os CSIs inalados visam diretamente à inflamação subjacente das vias aéreas, diminuindo a cascata inflamatória, revertendo o edema da mucosa, diminuindo a permeabilidade dos capilares e inibindo a liberação de leucotrienos. Fármacos utilizados no tratamento da asma Corticosteroides (CSIs): • Após algum período de administração, os CSIs diminuem a responsividade das vias aéreas aos alérgenos, como irritantes, ar frio e exercício. • Indicação: nenhuma outra medicação é tão eficaz no tratamento da asma crônica em longo prazo que os CSIs, tanto em crianças como em adultos. Devem ser usados regularmente para obter a máxima eficácia. A asma grave e persistente pode exigir o uso de glicocorticoides oral. • Efeitos adversos: candidíase orofarígea e rouquidão. Podem apresentar efeitos sistêmicos semelhantes a outros CSIs. Antialérgicos Anti-histamínicos A histamina é um aminoácido em muitos tecidos, quando entra em contato comuma substância tóxica, ocorre uma resposta tecidual, acredita-se que a resposta tecidual libera a Histamina que provoca sinais e sintomas de reação alérgica(urticária, erupções cutâneas, espirros, coriza lacrimejamento ocular com vermelhidão da esclera, constrição dos brônquios, podendo levar a anafilaxia ou choque anafilático, levando o paciente ao risco iminente de morte. Os anti-histamínicos inibem essa reação. Classes terapêuticas Primeira geração são: • Prometazina (Fenergan ou Profergan); • Dexclorfeniramina(Polaramine ou Histamin); • Hidroxizina(Hixizine ou Pruri-gran); • Clemastina(Emistin); • Difenidramina (Difenidrin). Segunda geração são: • Loratadina(Claritin, Histadin ou Loratamed); • Cetirizina(Zyrtec ou Reactine); • Bilastina (Alektos); • Ebastina (Ebastel); • Epinastina(Talerc ou Relestat). Terceira geração são: • Levocetirizina(Zyxem, Zina ou Rizi); • Desloratadina(Desalex, Leg ou Esalerg); • Fexofenadina(Allegra, Fexx ou Allexofedrin). Antagonistas dos receptores H1 de histamina Introdução Rinite alérgica • Inflamação no nariz que ocorre quando o sistema imune reage em excesso aos alérgenos no ar. • Sinais e sintomas incluem um nariz entupido, espirros, olhos vermelhos, pruridos e inchaço ao redor dos olhos. O líquido do nariz geralmente é claro. • O início dos sintomas é geralmente em poucos minutos após a exposição e pode afetar o sono, a capacidade de trabalhar e a capacidade de se concentrar na escola. Aqueles cujos sintomas são devidos ao pólen geralmente desenvolvem sintomas durante épocas específicas do ano. • Muitas pessoas com rinite alérgica também têm asma, conjuntivite alérgica ou dermatite atópica. Classes terapêuticas • Anti-histamínicos • Corticosteroides intranasais • Agonistas alfa adrenérgicos Classes terapêuticas Anti-histamínicos • Loratadina, desloratadina, cetirizina, fexofenadina e azelastina. • Mecanismo de ação: são antagonistas dos receptores H1 de histamina que estão constitutivamente distribuídos pelo organismo. Dessa forma, a histamina liberada pelos mastócitos durante a crise alérgica não produzirá os efeitos histamínicos da inflamação. • Indicação: os anti-histamínicos são úteis no manejo dos sintomas de rinite alérgica causada pela liberação de histamina (espirros, rinorreia aquosa e prurido nasal e ocular). Contudo, são menos eficazes na prevenção dos sintomas do que no tratamento após o aparecimento dos sintomas. A combinação de anti-histamínicos com descongestionantes nasais tem uma eficácia maior. • Efeitos adversos: os efeitos mais comuns são sedação e efeitos anticolinérgicos. Classes terapêuticas Corticosteroides intranasais • Beclometasona, budesonida, fluticasona, ciclesonida, mometasona e triancinolona. • Mecanismo de ação: inibem a liberação de ácido araquidônico por meio da inibição da fosfolipase A2, produzindo assim efeito anti- inflamatório direto nas vias aéreas. • Indicação: são os medicamentos mais eficazes no tratamento da rinite alérgica, contudo, há um período de latência antes que os efeitos terapêuticos sejam notados pelos pacientes. • Efeitos adversos: a absorção sistêmica deve ser evitada para não apresentar os efeitos adversos sistêmicos típicos dos corticosteroides, portanto, o paciente deve ser instruído a não aspirar profundamente as soluções. As principais reações adversas locais são sangramento, irritação e dor de garganta. Classes terapêuticas Agonistas alfa adrenérgicos • Descongestionantes nasais e incluem a fenilefrina e a oximetazolina. • Mecanismo de ação: os alfas agonistas adrenérgicos atuam na contração das arteríolas dilatadas na mucosa nasal e na redução da resistência das vias aéreas. • Indicação: são eficazes no tratamento da rinite alérgica. Podem ser classificados como de longa duração (oximetazolina) ou de curta duração (fenilefrina) e, quando administrados como aerossol, esses fármacos apresentam um início de ação rápido e poucos efeitos sistêmicos. • Efeitos adversos: infelizmente,as formulações intranasais de agonistas alfa adrenérgicos não devem ser usadas por mais de três dias devido ao risco de congestão nasal de rebote (rinite medicamentosa) Antitussígenos Introdução • A tosse é um mecanismo de defesa importante do sistema respiratório contra os agentes irritantes e é uma causa comum para a procura por cuidados médicos. • Tosse incoercível tem diversas etiologias, como resfriado comum, sinusite e/ou doença respiratória crônica subjacente. • É a presença ou não de muco que estabelece a diferença. • Tosse produtiva: a secreção se movimenta e é eliminada; • Tose seca: a secreção parece não existir. • É importante avaliar se a tosse é, realmente, seca ou se a secreção não flui por desidratação ou tratamento incorreto. Introdução Antitussígenos e expectorantes • São medicamentos utilizados para o alívio da tosse, podem estar associados a expectorantes que liqüefazem o muco nos brônquios e facilitam a expulsão de secreçãodo sistema respiratório. • Expectorante de reflexo: Iodeto de potássio e Guaifenesina. • Mucolíticos • São medicamentos utilizados para tratar doenças respiratórias que envolvem a produção excessiva de muco. • Atuam reduzindo a viscosidade e facilitando a eliminação do muco das vias aéreas. • Incluem: Acetilcisteína, bromexina, carbocisteína e erdosteína. Introdução Tipos: • Codeína, dextrometadona, levodropropizina, levopropoxifeno.. Broncodilatadores: Promovem a dilatação brônquica , promovendo melhor oxigenação. • Anticolinérgico de curta duração: Brometo de ipratrópio • Anticolinérgico de longa duração: Brometo de tiotrópio • Beta2-agonista de curta duração: Fenoterol; Salbutamol; Terbutalina • Beta2-agonista de longa duração: Formoterol; Salmeterol • Xantinas de curta duração: Aminofilina; Teofilina • Xantinas de longa duração: Bamifilina Introdução Tratamento da tosse: Introdução Opioides • Codeína e dextrometorfano • Mecanismo de ação: a codeína diminui a sensibilidade do centro da tosse no sistema nervoso central aos estímulos periféricos e diminui a secreção da mucosa. • Esse efeito terapêutico ocorre em dosagens menores do que as necessárias para causar analgesia. • Indicação: são utilizados para diminuir os reflexos e estímulos da tosse. Introdução Benzonatato • Mecanismo de ação: suprime o reflexo da tosse por ação periférica. • Age anestesiando os receptores de estiramento localizados nas passagens respiratórias, nos pulmões e na pleura. • Indicação: é indicado para alívio de tosse. • Efeitos adversos: tonturas, dormência da língua, da boca e da garganta. Obrigada!!!