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ACUPUNTURA E AURICULOTERAPIA APOSTILA

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Qual é a principal causa para o adoecimento de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa?

a) Aspectos físicos.
b) Aspectos psicológicos e emoções.
c) Alimentação inadequada.

Qual é a trajetória do meridiano do Baço-pâncreas de acordo com a descrição apresentada?

a) Começa na falange distal do membro inferior, passa pelo primeiro metatarso ao maléolo medial, continua ao longo da margem póstero-medial da tíbia, atravessa pelo lado medial do joelho, direciona seu percurso pela região medial da coxa, alcança a região da virilha, segue pela região anterolateral do abdômen e pelo lado lateral do peito até a axila.
b) Inicia no canto interno do olho, sobe pela região frontal, parietal e occipital da cabeça, desce da região parietal para o ouvido, retorna ao trajeto principal na fossa suboccipital, passa pelo pescoço, pelos músculos paravertebrais, desce pelas costas até a região sacroilíaca, passa pela nádega, continua por trás da coxa, até a fossa poplítea, e desce entre os músculos atrás da perna pelo lado do tendão do calcâneo, chegando à borda do maléolo lateral do pé, até a lateral do quinto dedo do membro inferior.
c) Começa na planta do pé e ascende, pelo lado ínferomedial da cabeça do primeiro metatarso, seguindo pelo lado medial do osso cubóide, região póstero-inferior do maléolo medial e ao longo da borda medial do músculo gastrocnêmio, na região póstero-medial do joelho e, medialmente à coxa, ao longo dos músculos adutor e grácil, entre a pélvis e ventralmente às vértebras até o rim.
d) Inicia no ponto do quinto dedo da mão, sobe pelo lado ulnar da mão, passa pelo punho, segue ao longo do lado ulnar dos músculos extensor carpo-ulnar do carpo e flexor carpo-ulnar, continua seu curso pelo cotovelo passa pelo lado medial do olecrânio, mantendo seu percurso subindo pelo lado do músculo tríceps braquial até a borda posterior e lateral do ombro.

Qual das estruturas abaixo corresponde à região glútea, simpático, ciático, cóccix e cavidade pélvica?
A) Y da anti-hélix (braço superior)
B) Y da anti-hélix (braço inferior)
C) Fossa triangular
D) Concha superior
E) Concha inferior
A) Y da anti-hélix (braço superior)
B) Y da anti-hélix (braço inferior)
C) Fossa triangular
D) Concha superior
E) Concha inferior

Onde está localizada a depressão entre o trago e o antítrago, correspondendo aos ovários, glândulas endócrinas, testículos e nervos cutâneos?

A) Incisura intertraginosa
B) Trago
C) Antitrago
D) Lóbulo
E) Concha inferior

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Questões resolvidas

Qual é a principal causa para o adoecimento de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa?

a) Aspectos físicos.
b) Aspectos psicológicos e emoções.
c) Alimentação inadequada.

Qual é a trajetória do meridiano do Baço-pâncreas de acordo com a descrição apresentada?

a) Começa na falange distal do membro inferior, passa pelo primeiro metatarso ao maléolo medial, continua ao longo da margem póstero-medial da tíbia, atravessa pelo lado medial do joelho, direciona seu percurso pela região medial da coxa, alcança a região da virilha, segue pela região anterolateral do abdômen e pelo lado lateral do peito até a axila.
b) Inicia no canto interno do olho, sobe pela região frontal, parietal e occipital da cabeça, desce da região parietal para o ouvido, retorna ao trajeto principal na fossa suboccipital, passa pelo pescoço, pelos músculos paravertebrais, desce pelas costas até a região sacroilíaca, passa pela nádega, continua por trás da coxa, até a fossa poplítea, e desce entre os músculos atrás da perna pelo lado do tendão do calcâneo, chegando à borda do maléolo lateral do pé, até a lateral do quinto dedo do membro inferior.
c) Começa na planta do pé e ascende, pelo lado ínferomedial da cabeça do primeiro metatarso, seguindo pelo lado medial do osso cubóide, região póstero-inferior do maléolo medial e ao longo da borda medial do músculo gastrocnêmio, na região póstero-medial do joelho e, medialmente à coxa, ao longo dos músculos adutor e grácil, entre a pélvis e ventralmente às vértebras até o rim.
d) Inicia no ponto do quinto dedo da mão, sobe pelo lado ulnar da mão, passa pelo punho, segue ao longo do lado ulnar dos músculos extensor carpo-ulnar do carpo e flexor carpo-ulnar, continua seu curso pelo cotovelo passa pelo lado medial do olecrânio, mantendo seu percurso subindo pelo lado do músculo tríceps braquial até a borda posterior e lateral do ombro.

Qual das estruturas abaixo corresponde à região glútea, simpático, ciático, cóccix e cavidade pélvica?
A) Y da anti-hélix (braço superior)
B) Y da anti-hélix (braço inferior)
C) Fossa triangular
D) Concha superior
E) Concha inferior
A) Y da anti-hélix (braço superior)
B) Y da anti-hélix (braço inferior)
C) Fossa triangular
D) Concha superior
E) Concha inferior

Onde está localizada a depressão entre o trago e o antítrago, correspondendo aos ovários, glândulas endócrinas, testículos e nervos cutâneos?

A) Incisura intertraginosa
B) Trago
C) Antitrago
D) Lóbulo
E) Concha inferior

Prévia do material em texto

Acupuntura e 
Auriculoterapia 
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento
Reitor 
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz
Campano Santini
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e
Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
Coordenação Adjunta de Ensino
Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman 
de Araújo
Coordenação Adjunta de Pesquisa
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme
Coordenação Adjunta de Extensão
Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Coordenador NEAD - Núcleo de 
Educação à Distância
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Web Designer
Thiago Azenha
Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Caroline da Silva Marques
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Jéssica Eugênio Azevedo
Kauê Berto
Projeto Gráfico, Design e
Diagramação
André Dudatt
Carlos Firmino de Oliveira
2022 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2022 Os autores
Copyright C Edição 2022 Editora Edufatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permi-
tidoo download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem 
a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
 
N244a Nascimento, Leandro Mocci do 
 Acupuntura e auriculoterapia / Leandro Mocci do 
 Nascimento. Paranavaí: EduFatecie, 2022. 
 77 p. : il. Color. 
 
 
1. Medicina chinesa. 2. Acupuntura. 3. Massagem terapêutica. 
 I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação 
 a Distância. II. Título. 
 
 CDD: 23 ed. 615.892 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
 
 
UNIFATECIE Unidade 1 
Rua Getúlio Vargas, 333
Centro, Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 2 
Rua Cândido Bertier 
Fortes, 2178, Centro, 
Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 3 
Rodovia BR - 376, KM 
102, nº 1000 - Chácara 
Jaraguá , Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
www.unifatecie.edu.br/site
As imagens utilizadas neste
livro foram obtidas a partir 
do site Shutterstock.
AUTOR
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento
● Graduação em Enfermagem;
● Pós Graduado em Enfermagem Cardiologia;
● Pós Graduado em acupuntura e técnicas complementares.
Formado em Enfermagem pela UniCesumar, Pós graduado em Enfermagem em 
cardiologia pela Uningá. Pós graduado em acupuntura e técnicas complementares pela 
UniCesumar. Com projetos de extensão intitulados Identificação e Acompanhamento da 
Ocorrência de Pediculose e Escabiose em Crianças de Creches e Escolas da Periferia de 
Mandaguari-PR e Acompanhamento de pessoas com câncer e suas famílias. Realização 
de estudos na área de saúde coletiva e enfermagem psiquiátrica: Conhecendo o Apoio 
social a famílias preservadas do uso de drogas em uma comunidade vulnerável; Razões 
para o não uso de drogas em famílias que convivem com elevada circulação de drogas; O 
Desvelar do Cuidado Paliativo na Dinâmica da família: Um relato de experiência.
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/4640840656914678
http://lattes.cnpq.br/4640840656914678 
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), fico muito contente de ter você aqui cursando esta disciplina 
tão importante para a sua formação profissional. Serei seu guia dentro dos conhecimentos 
sobre as bases da acupuntura dentro da Medicina Tradicional Chinesa e Auriculoterapia. 
Iremos iniciar nossa viagem neste tema pela Unidade I, no qual iremos compreender 
a História da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e o seu conceito básico. Estudaremos 
também sobre a lei do Yin-Yang, junto a essa teoria vamos associar também os cinco 
elementos que são fundamentais para compreensão de qualquer distúrbio energético e 
vital. E finalizaremos essa unidade com a teoria de Zang e Fu (Órgãos e vísceras).
Com todos esses conceitos bem definidos, partiremos para a Unidade II, na qual 
compreenderemos os meridianos e pontos de acupuntura. Dessa forma, analisaremos os 
doze pares de meridianos principais, conheceremos também o nascimento dos meridianos 
extraordinários, assim como a introdução sobre os pontos Shu antigos, e finalizaremos 
essa unidade com a moxaterapia. 
Já na Unidade III, seguiremos nossa jornada abordando temas importantes para nós 
da área de atuação, que seria a auriculoterapia. Trazendo junto a essa unidade a história 
dessa terapia tão importante no seguimento de trabalho de terapia integrativa. Vamos 
compreender também o processo de saúde-doença segundo a MTC, apreenderemos a 
morfologia do pavilhão auricular, e finalizaremos com a Somatotopia auricular.
Para concluir nossa viagem, na Unidade IV, trabalharemos com atuação clínica 
em auriculoterapia. Focando nas indicações e contra indicações dessa técnica, todo o 
seu mecanismo de ação do procedimento, compreenderemos quais os métodos para um 
diagnóstico auricular e seus princípios terapêuticos.
Todo este material será um companheiro indispensável durante sua preparação e 
desenvolvimento para a vida profissional. Cuide dele com carinho e aproveite ao máximo!
Muito obrigado e bons estudos! 
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
História da Medicina Tradicional Chinesa
UNIDADE II ................................................................................................... 17
Meridianos e Pontos de Acupuntura
UNIDADE III .................................................................................................. 37
Introdução á Auriculoterapia
UNIDADE IV .................................................................................................. 54
Clínica em Auriculoterapia 
3
Plano de Estudo:
● Conceito Básico Da Mtc;
● Lei Do Yin Yang;
● Cinco Elementos;
● Teoria Zang-fu (As Vísceras E Os Órgãos).
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender de forma básica os conceitos da MTC;
● Conhecer a fundamentação do QI e a lei do Yin Yang;
● Absorver a teoria dos cinco elementos e a teoria do Zang-fu.
UNIDADE I
História da Medicina 
Tradicional Chinesa
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento
4UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, nesta unidade vamos conhecer os conceitos e características 
de forma clara, e objetiva sobre as alterações das práticas da MTC, vamos também 
compreender a lei do Yin Yang e os cinco elementos que forma a estrutura e a base de toda 
medicina chinesa. Veremos também as classificações dos elementos e a lei de dominância 
sobre eles.
Esperamos que esta unidade seja imensamente proveitosa e venha a contribuir 
ainda mais para os estudos desta prática.
Bons estudos!
5UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
1. CONCEITO BÁSICO DA MTC
A MTC (Medicina Tradicional Chinesa) teve seus primórdios em uma sociedade 
não civilizada e foi formada durante a longa era feudal da China. Nessa época, a MTC 
também foi entusiasmada pela relação cultural com a época ao qual se vivia, tendo 
referencias associadas com o budismo, a medicina muçulmana, os mongóis e, no final 
do século XVI, pela cultura ocidental. Com toda essa influência, a MTC conservou sua 
identidade e características básicas, evoluindo para o que conhecemos hoje, sendo um 
sistema independente, como conhecemos atualmente.
Cintra e Pereira (2012) explica que a carência de medicina experimental, a 
MTC empregou os conceitos filosóficos clássicos chineses para formular suas teorias e 
presunções, que foram verificadaspor meio de sua aplicação na pratica.
Estes conceitos tem origem de aproximadamente 5 mil anos atrás, tendo 
surgimento através de observações, pelos chineses, levando em consideração a natureza 
em comparação com o homem em propósito de entender os princípios que regem os 
universos, internos e externos do ser humano. 
Em contrapartida, sabendo que a vida do homem e o próprio homem fazem parte 
desse universo, compreende-se os princípios que regem o homem nesse planeta. E foi assim 
que os chineses começaram a formular a teoria da medicina chinesa, reparando a natureza 
e a comparando em relação com o homem, desse modo foi possível entender a fisiologia do 
ser humano comparada com a fisiologia do universo. Ressaltar a importância que o homem 
precisa respeitar as leis do universo para que possa viver com saúde, e fica claro que quando 
essas leis são desrespeitadas existe uma grande tendência de o homem adoecer. 
6UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
Na prática, é notado que se o homem não respeita o dia e a noite com os seus 
ciclos, ao longo dos dias ele começará a adoecer. Essa linha de raciocínio segue se não 
respeitar as estações do ano, havendo grande possibilidade de ele sofrer a quebra de 
sua concordância e apresentar desequilíbrio energético, ao qual pode desencadear um 
procedimento de doença energética que levará a lesão orgânica. Com esses exemplos, 
temos a disponibilidade de compreender que o ser humano realmente necessita compreender 
a observar as leis da natureza e aprender a respeita-la.
A filosofia chinesa observou e desenvolveu conhecimento sobre três pilares básico 
da natureza: Yin Yang; Os 5 elementos e Zang-fu.
1.1 Qi
Em uma forma de elaborar uma ponte de comunicação e compreensão, o ocidente 
teve um enorme desafio em traduzir os conceitos chineses em expressões atual, e sem 
perder a essência do conhecimento oriental. Por não existir uma tradução correta dos 
termos e conceitos, os jesuítas por exemplo traduziram o termo Qi em “energia vital”.
Para entendermos melhor, Ximenes (2014) explica que o Qi tem uma definição 
muito maior e muito mais complexa do que isso. A escritura do Qi concebe um conceito em 
que mostra um cereal cru na parte de baixo, e uma fumaça em cima, simulando o vapor que 
sobe do arroz enquanto cozinha. Trata-se de uma referência à interdimensionalidade sobre 
o que é palpável e o que não é, sendo algo entre matéria e energia. Envolve tudo o que há 
no mundo, a beleza por trás de todas as coisas dos elementos encontrados na natureza 
e no universo das emoções humanas. Aliás, para referenciar ao ser humano, a insígnia Qi 
tem por fim em interpretação como essência das substancias digeridas e transformadas na 
vitalidade de que o organismo precisa viver e realizar suas atividades. 
Na MTC o conceito do Qi tem como característica em apresentar a vitalidade do 
corpo derivado da nutrição que circula por todos os tecidos corporais, cada órgão produz 
um padrão de energia que contribui para a vitalidade geral do organismo (XIMENES, 2014).
7UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
SAIBA MAIS
“A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tem seus primeiros registros datados de 5000 
a.C. São livros antigos, com informações codificadas, muitas vezes em forma de poesia, 
música, imagens. São conceitos diferentes que implicam numa mudança do estilo de 
vida, em que se ressalta como papel fundamental a prevenção. Para isso é essencial a 
difusão de informações, fazendo-se necessário um constante “movimento” em relação 
aos hábitos e costumes. A abordagem de cada paciente é global, envolvendo corpo, 
mente, espírito e ambiente.”
Fonte: ABE, G. C. Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Revista Neurociências, v. 14, p. 80-85, 2006. 
Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8777/6311 Acesso em: 
10 mai. 2022.
https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8777/6311
8UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
2. LEI DO YIN YANG
O termo Yin/Yang vem com a representação da união de duas partes opostas que 
apontam afinidade mútua no meio natural. Bucho (2016) aponta que essa teoria representa 
de fato dois feitios em função de coexistência no mesmo ambiente. 
Nessa linha de raciocínio, Wang e Zou (2011) apontam que não existe um Yin sem 
um Yang, no qual há um Yin também está o seu oposto, o Yang. Yin é representado pela 
Lua, enquanto o Yang pelo Sol. Dessa forma, ao analisarmos em questão de classificação 
no sexo, também são considerados como feminino e o masculino. Outras classificações 
referentes ao Yin e Yang são: o escuro e o claro; o sombrio e o luminoso; o repouso e o 
movimento; interior e exterior; descendente e ascendente; frio e quente; material e funcional; 
respectivamente tudo é Yin e Yang. 
Gomes (2018) explica que não existe o Yin absoluto e nem o Yang absoluto, pois 
que um pode, em certas condições, podendo se transformar em seu oposto. Por exemplo, 
se analisarmos essa afirmativa, vemos que o dia é dividido em claro e escuro, sendo ele o 
dia e a noite. 
Portelinha et al. (2018) confirmam essa citação em que o período da manhã é 
Yang, podendo coexistir dentro do Yang, já o período da tarde é Yin dentro do Yang. Dando 
continuidade no período do dia, é visto que antes da meia noite é Yin dentro do Yin e o 
horário após a meia noite já é considerado Yang dentro do Yin.
Esta análise entre o Yin e o Yang encontra-se em qualquer revelação, expressando 
se principalmente por um condicionamento e uma oposição mútuos. 
9UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
E é sempre pela aversão que um dos dois aspectos tem um efeito de subordinação 
sobre o outro aspecto. Ambos são fortes, porém se um prevalece sobre o outro, ocorrendo 
um desequilíbrio de um ou do outro, então acontece a doença. 
Vieira e Mejia (2014) apontam que o Yin é mais forte quando o Yang está doente. 
O Yang é o mais forte quando o Yin é que está doente. Em um corpo saudável, os dois 
aspectos opostos do Yin e do Yang não se apresentam de modo pacífico e sem relação de 
um sobre o outro. 
Seguindo essa linha de raciocínio, Alves (2016) explica que, se eles se confrontam 
e gera afastamento entra as duas partes, cria um desequilíbrio dinâmico e causa o 
desenvolvimento e a transformação de patologias. 
SAIBA MAIS
“(...) Para a MTC, o desequilíbrio entre as entre as energias Yin-Yang ponde afetar o 
organismo de todas as formas, através de doenças e emoções. Assim, um indivíduo que 
não se movimenta, permanece sedentário, abriga dentro de si um excesso de energia 
Yin, dessa forma o corpo não produz calor, ou seja, gera uma deficiência de Yang, 
promovendo assim um desequilíbrio energético”.
Fonte: MARTINI, L; CARDOSO, M; SANTOS, M. C. Medicina Tradicional Chinesa no tratamento da obe-
sidade. Pós-graduação em acupuntura – Faculdade Ávila, 2009.
10UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
3. CINCO ELEMENTOS
A teoria do Movimento dos Cinco Elementos, ampara que todos os itens do 
universo são constituídos de cinco elementos básicos da natureza e de seus movimentos 
e transformações. Segundo Neto e Alves (2019) estes são: madeira, fogo, terra, metal e 
água. Circulação e mudança do mundo material são vistas como semelhanças de geração 
e dominância entre os cinco elementos. Na MTC, a teoria dos cinco elementos não apenas 
apresenta a fisiologia e a doença do corpo humano, mas também a consideração da inter-
relação do ser humano com o ambiente exterior. Além disso, essa teoria serve como um 
instrumento no diagnóstico e no tratamento das doenças.
3.1 Classificação dos Cinco Elementos
Na antiga China, um feito era classificado de acordo com suas características, suas 
funções e sua formação, isto é, os artefatos eram afastados e classificados conforme as 
particularidades dos cinco elementos. Esse raciocínio demonstra um método indutivo. Os 
predicados de diferentes elementos ouobjetos são alinhados e generalizados por termos 
contemplativos, sendo respectivamente correspondentes às características dos cinco 
elementos (NETO e ALVES, 2019).
11UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
3.2 Lei da Geração e Dominância
As relações correspondentes entre os cinco elementos são explicadas pela lei de 
geração e dominância. A lei da geração tem como referência o cultivo. Já a lei da dominância 
vem como resultado a restrição e o controle mútuos. As duas leis, a geração e dominância 
são as atividades normais de movimento e mudança na natureza. Essas atividades são 
responsáveis pela manutenção do equilíbrio da natureza e do equilíbrio fisiológico no corpo 
humano (LOSEKANN, 2016).
Sendo dividida em categoria de sequência diferenciada uma lei da outra. Sendo-as:
A sequência de geração: madeira gera fogo; fogo gera terra; terra gera metal; 
metal gera água; e água, por sua vez, gera madeira. Desse modo, os cinco elementos 
criam um ciclo generativo infindável.
A sequência de dominância: madeira domina a terra; terra domina a água; água 
domina o fogo; fogo domina o metal e o metal domina a madeira. Assim, os cinco elementos 
criam um ciclo restritivo infindável (LOSEKANN, 2016).
SAIBA MAIS
“Segundo Morant (1994), a interação entre as funções dos cinco elementos também 
comporta um ciclo de dominância que existe simultaneamente ao primeiro, no qual um 
elemento dominante possui efeito regulador sobre seu dominado. Nessa relação, Mann 
(1998) observa que a madeira domina a terra, pois as raízes das plantas podem partir 
as rochas e perfurar o solo; a terra domina a água, pois as margens de um rio impedem 
a água de fluir fora de seu leito; a água domina o fogo, pois a água lançada sobre um 
fogo o fará extinguir-se; o fogo domina o metal, pois o leva à fusão; e o metal domina a 
madeira, pois pode cortá-la”.
Fonte: COUTINHO, B. D; DULCETTI, P. G. S. O movimento Yīn e Yáng na cosmologia da medicina chi-
nesa. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 22, p. 797-811, 2015. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/hcsm/a/YWRvdMQ73bgFzvSp7SCKryM/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 10 mai. 2022.
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/YWRvdMQ73bgFzvSp7SCKryM/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/YWRvdMQ73bgFzvSp7SCKryM/?format=pdf&lang=pt
12UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
4. TEORIA ZANG-FU (AS VÍSCERAS E OS ÓRGÃOS)
O Qi circula pelo organismo através dos 12 principais meridianos. Sendo classificado 
como cinco órgãos e cinco vísceras. Para que exista uma relação em harmonia e equilibrada, 
os 12 meridianos são divididos em classificação da Lei YinYang, 6 são Yang e 6 são Yin. 
As vísceras (Fu) são Yang e os órgãos (Zang), Yin. O alimento ingerido é transformado 
pelas vísceras, que por esta razão recebem o nome de órgãos tesouros (YAMAMURA, M. 
e YAMAMURA, Y., 2015).
Segundo Gomes (2018) na classificação Yang, as vísceras são: estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, vesícula biliar e bexiga; a sexta é uma função e não uma víscera: 
triplo aquecedor, expressão de uma tripla função: sendo visto a função cardiorrespiratória, 
a digestiva e geniturinária., trata-se do conhecido sistema neurovegetativo. 
Ainda assim, Yamamura M. e Yamamura Y. (2015) apontam que os órgãos Yin, tem 
a função de purificar e armazenar o sangue produzido pela transformação dos alimentos, 
que teve origem nas vísceras. Por este motivo, recebem o nome de órgãos tesouros. 
São denominados: pulmão, baço, coração, rim e o fígado. O sexto é uma função, 
chamada circulação-sexualidade que outros chamam “os vasos” ou “mestre do coração” e 
ainda “pericárdio”; e por isso também denominado Pericárdio. 
Passos et al. (2009) referem que, o triplo aquecedor Yang, corresponde ao Sistema 
Nervoso Simpático da medicina tradicional, e a circulação sexualidade é o polo interno. Já 
o Yin corresponde ao Sistema Nervoso Parassimpático.
13UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
Segundo Lima e Raposo (2020) os Zang apresentam características Yin, são mais 
sólidos e internos e os responsáveis pela formação e regulação e liberação do Qi, Xue, 
Ching, Jin Ye e Shen. Os Fu apresentam características Yang, sendo mais ocos e mais 
externos e tem a responsabilidade de receber e armazenar comidas e bebidas.
SAIBA MAIS
“Os principais órgãos envolvidos no processo de formação da asma, de acordo com 
a Medicina Tradicional chinesa são o Pulmão, Rim e Baço-Pâncreas. O Pulmão tem 
como funções governar o Qi (que para ele é o ar) e controlar a respiração e, dessa 
forma, regula a passagem de água, nutrindo pele e cabelos. Durante a respiração há a 
inspiração do Qi para nutrir o corpo e na expiração, o exalar do Qi excedente”.
Fonte: RODRIGUES, G. M. Visão da medicina tradicional chinesa sobre asma. Revista Liberum Acces-
sum, v. 9, n. 3, p. 38-51, 2021. Disponível em: http://revista.liberumaccesum.com.br/index.php/RLA/arti-
cle/view/107/103 Acesso em: 10 mai. 2022.
REFLITA
“Para realizar o seu sonho, você tem que querer realizá-lo da mesma intensidade que 
você quer respirar, caso contrário não é um sonho, e sim um desejo”.
Fonte: O autor (2021).
http://revista.liberumaccesum.com.br/index.php/RLA/article/view/107/103
http://revista.liberumaccesum.com.br/index.php/RLA/article/view/107/103
14UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos analisar e afirmar que a separação de corpo e mente não tem sentido, nem 
é a separação de emoção e emoção, objetividade e subjetividade, Yin e Yang. Precisamos de 
razão, lógica, objetividade e análise, mas também precisamos de sensibilidade e simbolismo, 
criatividade e fantasia. Diante das demandas do mundo em que vivemos, precisamos de 
pessoas cada vez mais produtivas, inovadoras e solucionadoras de problemas que possam 
intervir com intuição, sensibilidade e imaginação. 
Portanto, trago a necessidade de perceber a importância de lidar com os problemas 
de uma forma dialética e dialética, e perceber que a polaridade em conjunto constitui o todo, 
a existência criativa, o criador e o criado, um todo, o universo.
15UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa
LEITURA COMPLEMENTAR
VISÃO DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA SOBRE ASMA
A asma é uma doença respiratória de característica crônica que pode ser ocasionada 
por vários tipos de padrões de desequilíbrio energético como invasão de Vento-calor ou 
Vento-Frio, Fleuma, padrões de deficiência de Pulmão, Baço-Pâncreas e Rim, e fatores 
emocionais relacionados aos órgãos citados. Objetivos: Identificar os principais padrões 
que tem como consequência a instalação da asma, descrever o processo de desequilíbrio 
energético e listar algumas possibilidades iniciais de tratamento obedecendo o entendimento 
oriental. Metodologia: Revisão crítica de literatura, levando em consideração referências 
bibliográficas atuais escritas em língua nacional e estrangeira e literatura clássica da 
Medicina Tradicional Chinesa. Resultados: O tratamento para asma depende do tipo de 
padrão de desequilíbrio energético que levou ao surgimento da doença. Alguns pontos 
devem ser combinados com cautela para otimizar a resposta do corpo. Conclusão: Pode 
ser tratada com pontos de acupuntura que fortalecem a energia do Pulmão, que resolvem 
Vento-Calor e Vento-Frio e Fleuma, devolvem a capacidade depurativa do Pulmão e fortaleça 
a imunidade. O acupunturista não pode incentivar o não uso da medicação solicitada pelos 
médicos. Palavras-chave: Vento-Calor, Vento-Frio, Fleuma.
Fonte: RODRIGUES, G. M. Visão da medicina tradicional chinesa sobre asma. 
Revista Liberum Accessum, v. 9, n. 3, p. 38-51, 2021. Disponível em: http://revista.liberu-
maccesum.com.br/index.php/RLA/article/view/107/103 Acesso em: 10 mai. 2022.
http://revista.liberumaccesum.com.br/index.php/RLA/article/view/107/103
http://revista.liberumaccesum.com.br/index.php/RLA/article/view/107/103
16UNIDADE I História da Medicina Tradicional ChinesaMATERIAL COMPLEMENTAR 
LIVRO 
Título: Acupuntura e Medicina Integrativa
Autor: Mário Sérgio Rossi Vieira.
Editora: MG, 2017.
Sinopse: Reconhecida como especialidade médica no Brasil 
desde 1995, a acupuntura vem sendo cada vez mais procurada 
por pacientes que desejam obter o alívio de diversos sintomas. 
Utilizada como tratamento complementar das mais variadas 
enfermidades – de insônia e depressão a infertilidade e lombalgia 
–, ela oferece o melhor da sabedoria milenar oriental aliada à 
segurança e à eficácia da medicina ocidental. Nesta obra, o 
médico fisiatra Mário Sérgio Rossi Vieira aborda, em linguagem 
clara e direta, os princípios que compõem a medicina tradicional 
chinesa, as evidências de que a acupuntura funciona, os vários 
tipos de tratamento, as principais indicações do agulhamento, os 
benefícios da técnica e as dúvidas mais comuns dos leigos. Além 
disso, mostra como a acupuntura está alinhada com uma nova 
visão de medicina, baseada na prevenção, na busca do equilíbrio 
do organismo, na qualidade de vida e no respeito ao paciente.
FILME/VÍDEO 
Título: Heal - o poder da mente
Ano: 2019.
Sinopse: Uma jornada espiritual e científica através da natureza 
do corpo humano e sua extraordinária capacidade de curar. 
Entrevistando cientistas, líderes espirituais e acompanhando três 
indivíduos em jornadas de cura, a diretora Kelly Noonan explora 
o impacto que pensamentos, crenças e emoções têm na saúde 
humana.
17
Plano de Estudo:
● Os Doze Pares De Meridianos Principais; 
● Meridianos Extraordinários;
● Pontos Shu Antigos;
● Moxaterapia.
Objetivos da Aprendizagem:
● Introdução dos 12 pares de meridianos principais;
● Conhecer os pontos extraordinários e maravilhosos;
● Absorver a teoria dos pontos Shu antigos e sua teoria de fluxo energético;
● Compreensão da Moxaterapia de forma direta e indireta.
UNIDADE II
Meridianos e Pontos de Acupuntura
Professor Esp.Leandro Mocci do Nascimento
18UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 18UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, nesta unidade vamos conhecer os meridianos principais do nosso 
corpo, seu trajeto e suas características. Vamos também compreender os meridianos 
extraordinários e os canais antigos. Veremos também a técnica de transação de calor, de 
forma terapêutica e eficaz, estou falando da moxaterapia.
Esperamos que esta unidade seja imensamente proveitosa e venha a contribuir 
ainda mais para os estudos desta prática.
Bons estudos!
19UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 19UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
1. OS DOZE PARES DE MERIDIANOS PRINCIPAIS
O Qi, é a energia que circunda por todo o corpo, porém há trajetos em que a 
energia está mais concentrada, são os chamados meridianos, ou canais de energia. Mas 
mesmo nestes canais, há locais cujo a energia se concentra mais, formando pequenos nós 
de concentração de energia, que são os pontos dos meridianos. Um meridiano é seguido 
por outro, formando um todo maior por onde circula a maior parte de energia. São os 
conhecidos meridianos principais (12 meridianos).
Quando há uma concentração acumulada de energia, ela para em algum ponto 
especifico do meridiano, inibindo a livre circulação por todo o organismo, surgindo a 
patologia que está relacionada a este meridiano e ao seu ponto em específico.
Para a MTC, uma das principais causas para o adoecimento e que são avaliadas 
de origem interna são os aspectos psicológicos e as emoções. Condições estressantes 
podem levar a uma má repartição energética nos meridianos, órgãos e vísceras, gerando 
doenças físicas, mentais e emocionais. A MTC busca alcançar e tratar o indivíduo em sua 
complexidade e como um todo, situando diagnósticos energéticos prévios e utilizando um 
conjunto de técnicas orientais podendo ser de forma exclusiva ou integrada, tais técnicas 
são: Acupuntura, Moxabustão, Acupressura, Fitoterapia, Exercícios físicos, Auriculoterapia, 
Reflexologia dos pés, Craniopuntura entre outros (LU et al., 2004).
20UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 20UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
1.1 Meridiano do pulmão
O meridiano do pulmão é de caráter Yin e apresenta-se unido ao meridiano do 
intestino grosso que é Yang. Absorve a energia do meridiano do fígado e a conduz ao 
meridiano do intestino grosso. Ao associarmos aos cinco elementos, apresenta ter relação 
ao elemento metal de Yin, sendo sua Mãe do elemento Terra (o meridiano do baço-pâncreas) 
e seu Filho de Água (o meridiano dos rins). Seus meridianos apresentam onze pontos de 
cada lado (WEN, 2014).
1.1.1 Trajetória
Nascendo no nível do centro do abdômen, atravessa o diafragma, entra nos 
pulmões e alcança as axilas, onde se localiza o ponto Zhongfu. A partir desse 
ponto, o primeiro dos nove pontos intermediários do meridiano do pulmão 
desce ao longo da face radial e palmar do braço; segue pelo antebraço, para 
terminar ao nível da unha polegar. Desse modo, o número total dos pontos 
desse meridiano principal dos pulmões. (WEN, 2014, p. 58)
1.2 Meridiano do Intestino Grosso
Este meridiano é Yang, conectado com o meridiano do pulmão, que é de categoria 
Yin. Diferente do pulmão, esse meridiano recebe sua energia do meridiano do pulmão, 
transmitindo ao meridiano do estômago. Ao analisarmos na categoria dos cinco elementos, 
tem como classificação o Metal de Yang, ao qual sua mãe do elemento Terra (o meridiano 
do estômago) e seu filho de Água (o meridiano da bexiga). Sendo vinte pontos de cada lado 
(WEN, 2014).
1.2.1 Trajetória
O meridiano do intestino grosso se inicia na ponta do dedo indicador, dando 
continuação do fluxo energético do meridiano do pulmão. O meridiano do 
intestino grosso sobe pelo dedo indicador dorso-radial da mão, passa pelo 
músculo do primeiro interósseo, a seguir pela face dorso radial do antebraço, 
dando continuidade entre os músculos extensores longo e curto do polegar; 
sobe até o dorso lateral do cotovelo, na borda lateral do músculo bíceps 
e tríceps do braço, chegando ao ombro. Desse ponto, se separa em um 
ramal pelo espaço mediastino que desce para o abdômen, ligando-se com 
o intestino grosso. Do espaço mediastinal inicia-se uma conexão que se 
liga aos pulmões. Da fossa supraclavicular, o meridiano é direcionado pela 
borda lateral do músculo esternocleidomastóideo do pescoço até a região 
mandibular pelo lado da boca chegando ao lado oposto à asa do nariz, 
cruzando na altura do lábio. (WEN, 2014, p. 63)
21UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 21UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
1.3 Meridiano do Estômago
Dando sequência aos meridianos, chegamos no meridiano do estômago que recebe 
o Qi do meridiano do intestino grosso, dando sequência a direção energética ao meridiano 
do baço-pâncreas. Tal meridiano é de característica Yang, sendo unido com o meridiano do 
baço-pâncreas, ao qual tem característica Yin. Analisando tal característica em relação aos 
cinco elementos, este é de Terra, sendo sua mãe de fogo e seu filho de metal. Possuindo 
assim 45 pontos de cada lado (WEN, 2014).
1.3.1 Trajetória
Wen (2014) expõe que o meridiano do estômago inicia seu curso aos dois lados 
do nariz e, apresentam uma comunicação com o meridiano da bexiga também na raiz 
do nariz, passando pelo arco dentário superior e saindo pela pálpebra inferior do olho. 
Dando continuidade no meridiano, descendo pelo ângulo da boca para a mandíbula. Nesse 
momento, o meridiano sobe pelo arco zigomático na frente do ouvido chega na região 
frontal da cabeça, rumo na borda do couro cabeludo. 
O mesmo autor relata que o meridiano do estômago desce pela mandíbula, 
passando pelo lado anterolateral do pescoço ao longo do lado medial do músculo 
esternocleidomastóideo até a fossa supraclavicular. A partir desse momento, o meridiano 
do estômago divide-se em duas partes, sendo um profundo e outro superficial.
Agora, o trajeto profundo do meridiano se direciona ao longo do esôfago,passando 
pelo diafragma até a região do estômago, aonde se liga aos órgãos do baço-pâncreas. 
Em análise do seu trajeto superficial Wen (2014) explica que:
O meridiano do estômago, sua linha desce pela linha do mamilo; passa na 
borda costal; atravessa a lateral do músculo reto-abdominal até a região 
inguinal na lateral do osso púbico; descendo pela borda medial da artéria 
femoral; depois seguindo pelo lado anterolateral da coxa, na origem dos 
músculos sartório e tensor da fáscia lata, continuando descendo pela borda 
lateral do músculo reto-femural ao longo da rótula dos joelhos; chegando 
então no lado anterolateral da tíbia e o lado do músculo da tíbia anterior 
até o dorso do pé, passando entre o segundo e o terceiro metatarsos até o 
segundo dedo do pé. (WEN, 2014, p. 70)
22UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 22UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
1.4 Meridiano do Baço-pâncreas
É de natureza Yin sendo conectado ao meridiano do estômago, que é de natureza 
Yang. O Meridiano baço-pâncreas adquire a energia do meridiano do estômago, e o mesmo 
transmite a energia ao meridiano do coração. O baço-pâncreas tem relação ao elemento 
terra de Yin, enquanto sua mãe é de fogo, de Yin (o meridiano do coração) e seu filho é 
de metal, de Yin (o meridiano do pulmão). Sendo assim, esse meridiano tem 21 pontos de 
cada lado (WEN, 2014).
1.4.1 Trajetória
Este meridiano começa na falange distal do membro inferior, retornando de forma 
anatômica ao longo do lado medial do dedão, passa pelo primeiro metatarso ao maléolo 
medial. Continua ao longo da margem póstero-medial da tíbia; atravessando pelo lado 
medial do joelho, direciona seu percurso pela região medial da coxa, alcançando a região 
da virilha, segue pela região anterolateral do abdômen e pelo lado lateral do peito até a 
axila. O ramo profundo região inguinal, chega ao abdômen, se ligando ao meridiano do 
baço-pâncreas e ao do estômago, dessa forma, passa pelo músculo do diafragma, contorna 
o esôfago chegando à língua. Este meridiano possui mais um outro trajeto, se ramifica 
saindo do estômago, passa pelo diafragma e se ligando então ao coração (WEN, 2014).
1.5 Meridiano do Coração
Sendo de natureza Yin, apresenta-se unido ao meridiano do intestino delgado, 
ao qual tem característica Yang. Recebe sua energia do meridiano do baço-pâncreas, 
transmitindo-a ao meridiano do intestino delgado. Ao analisarmos a sua relação aos cinco 
elementos, esse meridiano pertence ao Fogo de Yin, sendo sua Mãe o meridiano do fígado, 
de característica Madeira, e seu Filho o meridiano do baço-pâncreas terra. Esse meridiano 
tem nove pontos de cada lado (WEN, 2014).
1.5.1 Trajetória
A energia deste meridiano tem de início do coração, realizando sua trajetória 
pelo caminho do nervo autônomo do sistema cardiovascular; descendo, 
passando pelo diafragma, comunicando-se com o intestino delgado. O canal 
principal sai do coração e sobe pelo pulmão, atingindo a axila. Atravessa 
então ao longo do lado medial e ulnar do braço e desce pelo epicôndilo medial 
do cotovelo e pelo lado medial dos músculos flexores ulnar carpal. Cruza pelo 
pulso dentre o quarto e quinto metacarpo da mão e chega ao ponto do dedo 
mínimo. O ramal colateral fundo sobe do coração ao longo do esôfago, junto 
da faringe e da raiz da língua, passando atrás do nariz, e por entre os olhos, 
comunicando-se com os seus tecidos. (WEN, 2014, p. 89)
23UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 23UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
1.6 Meridiano do Intestino Delgado
Este meridiano é de natureza Yang, se apresenta conectado ao meridiano do 
coração, que é Yin. Ganha a energia do meridiano do coração, E transmite para o meridiano 
da bexiga. Se estudarmos a relação aos cinco elementos, podemos perceber que esse 
meridiano pertence ao elemento Fogo de Yang, sua Mãe, o meridiano da vesícula biliar, 
de característica de madeira, e seu Filho o meridiano do estômago, ao qual é Terra. Esse 
meridiano tem dezenove pontos de cada lado do corpo (WEN, 2014).
1.6.1 Trajetória
A energia desse meridiano tem por início o ponto do quinto dedo da mão, 
sobe pelo lado ulnar da mão, passa pelo punho, segue ao longo do lado ulnar 
dos músculos extensor carpo-ulnar do carpo e flexor carpo-ulnar, continua 
seu curso pelo cotovelo passa pelo lado medial do olecrânio, mantendo seu 
percurso subindo pelo lado do músculo tríceps braquial até a borda posterior 
e lateral do ombro. Ao chegar no ombro, o meridiano sobe ao longo do osso 
omoplata e da fossa supraclavicular, se conectando ao coração. Nesse 
momento, desce e cruza o músculo do diafragma e o abdômen, chegando 
assim ao intestino delgado. (WEN, 2014, p.93)
Dando continuidade, o autor da citação anterior explica que o meridiano se divide 
nesse momento, sendo assim, um de seus canais sobe pela fossa supraclavicular ao longo 
do lado do pescoço do músculo esternocleidomastóideo passa ao lado do rosto até o ângulo 
lateral do olho, dando continuidade então para trás do ouvido. A outra parte do meridiano da 
divisão anterior, da continuidade do ponto de divisão, desce pela lateral do rosto passando 
pela parte inferior do olho até seu ângulo medial.
1.7 Meridiano da Bexiga
Como vimos anteriormente, este meridiano então recebe a energia do meridiano 
do intestino delgado e a presta ao meridiano dos rins. Sua natureza é Yang, e se apresenta 
conectado ao dos rins que é Yin. Diz respeito ao elemento Água, sendo sua Mãe é do 
elemento Metal e seu Filho é de Madeira, o meridiano da vesícula biliar. Por sua vez, o 
meridiano da bexiga tem 67 pontos de cada lado, sendo então um dos mais complexos 
(WEN, 2014).
24UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 24UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
1.7.1 Trajetória
O meridiano da bexiga inicia seu percurso no canto interno do olho, sobe pela 
região frontal, parietal e occipital da cabeça. Apresenta uma parte energético 
que desce da região parietal para o ouvido, retorna ao trajeto principal na 
fossa suboccipital. Possui outra divisão que, se desconecta da parte mais alta 
e superficial da cabeça, entra no cérebro, retorna ao trajeto principal na fossa 
suboccipital. A partir do pescoço, passando pelos músculos paravertebrais, 
o trajeto desce pelas costas até a região sacroilíaca, passa pela nádega, 
continua por trás da coxa, até a fossa poplítea. Nesse momento há uma nova 
divisão do percurso, um ramo passa pelas costas que se liga aos rins e depois 
à bexiga, desce pelo lado da virilha e por detrás da coxa até o poplíteo. Da 
nuca sai outra parte do meridiano, que por sua vez seu percurso desce pelo 
lado medial da omoplata e pelo lado dos músculos ílio-costais até chegar à 
nádega, se ligando com o meridiano da vesícula biliar, passa atrás da região 
trocanteriana, desce pelo músculo bíceps femoral até o poplíteo. Chegando 
à fossa poplítea, o meridiano da bexiga então desce entre os músculos atrás 
da perna pelo lado do tendão do calcâneo, chega à borda do maléolo lateral 
do pé, até a lateral do quinto dedo do membro inferior. (WEN, 2014, p. 99)
1.8 Meridiano dos Rins
Este meridiano é de natureza Yin, se apresenta unido ao meridiano da bexiga, ao 
qual tem característica Yang, transmite seu Qi ao meridiano do pericárdio. Se analisarmos 
esse meridiano em comparação aos cinco elementos, é de Água; sua Mãe é o meridiano 
do pulmão, sendo metal e seu filho o meridiano do fígado, que é madeira. Tem 27 pontos 
de cada lado (WEN, 2014).
1.8.1 Trajetória
“O meridiano dos rins começa na planta do pé e ascende, pelo lado 
ínferomedial da cabeça do primeiro metatarso, seguindo pelo lado medial 
do osso cubóide, região póstero-inferior do maléolo medial e ao longo da 
borda medial do músculo gastrocnêmio, na região póstero-medial do joelho 
e, medialmente à coxa, ao longo dos músculos adutor e grácil, entre a pélvis 
e ventralmente às vértebras até o rim. O trajeto tem seu início no rim, desce 
pelo lado do músculopsoas até a pélvis e a bexiga. Saindo da pélvis, corre 
ao longo do lado medial do músculo reto-abdominal (ao lado da linha alba) 
e do externo até a frente do pescoço. Há um ramal que sai do rim, sobe, 
passando pelo diafragma e segue paralelo ao pulmão, ao longo da traqueia 
e da garganta, até a raiz da língua. Outro ramal sai do pulmão, une-se ao 
coração e, passando pelo peito, liga-se ao pericárdio, de onde transmite 
energia ao meridiano do pericárdio” (WEN, 2014, p. 115).
1.9 Meridiano do Pericárdio
O meridiano do pericárdio tem como característica Yin. Recebe sua energia do 
meridiano dos rins, e transmite para o meridiano do triplo-aquecedor ao qual tem como 
característica Yang. Em analogia aos elementos, este meridiano é de caráter de fogo. 
25UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 25UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
Ao analisar em semelhança com as estações do ano, o mesmo é considerado Yin 
no período de outono e inverno, e de Água durante a primavera e verão. Tem nove pontos 
de cada lado (WEN, 2014).
1.9.1 Trajetória
“A energia deste meridiano inicia no peito, passa pelo diafragma e se liga a 
todas as partes do triplo-aquecedor. Uma parte do meridiano sai do ponto 
central da axila e corre ao longo da borda medial do músculo bíceps do braço, 
entre o meridiano do pulmão e do coração, chega até o cotovelo. Nesse 
momento, o meridiano desce ao longo dos tendões do músculo longo da 
palma e do músculo flexor carpo-radial da mão. Focando na mão, o meridiano 
passa entre o terceiro e o quarto metacarpos do terceiro dedo. Finalizando 
seu trajeto ao quarto dedo” (WEN, 2014, p. 123).
1.10 Meridiano do Triplo-Aquecedor
Este meridiano é de natureza Yang, e vem associando ao meridiano do pericárdio, 
que lhe fornece energia e transmite para o meridiano da vesícula biliar. Em relação aos 
cinco elementos, é de elemento fogo, sendo Yang durante o outono e inverno, alterando 
para elemento água na primavera e verão. Tendo 23 pontos de cada lado (WEN, 2014).
1.10.1 Trajetória
“Este meridiano começa no ponto do quarto dedo da mão, sobe pelo lado 
dorsal da mão, entre o quarto e o quinto metacarpos, passa pelo punho 
no meio do lado dorsal do punho e do antebraço, entre os ossos rádio e 
ulnar. Sobe, passa pelo olecrano e lado radial do músculo tríceps no lado 
posterior do ombro. O fluxo passa atrás do ombro, sobe pela supra-escapular 
e atrás da nuca da região auricular até chegar à região lateral do supercílio, 
onde se conecta ao meridiano da vesícula biliar. Há um ramal que sai da 
supraclavicular, entra no tronco do corpo, declina pelo mediastino e se liga ao 
pericárdio e à pleura. Descendo, passa pelo diafragma indo até a cavidade 
abdominal, ligando-se ao peritônio e à serosa intestinal, visceral e pélvica” 
(WEN, 2014, p. 126).
1.11 Meridiano Vesícula Biliar
É de natureza Yang, se liga ao meridiano do fígado, que é de natureza Yin. Recebe 
energia do meridiano do triplo-aquecedor, e transmite para meridiano do fígado. Em 
comparação aos cinco elementos, é de madeira de Yang, sendo, sua Mãe o meridiano da 
bexiga e seu Filho o meridiano do intestino delgado. Esse meridiano possui 44 pontos de 
cada lado (WEN, 2014).
26UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 26UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
1.11.1 Trajetória
O meridiano da vesícula biliar tem início na lateral do olho, sobe para a região temporal 
da cabeça, desce por trás do ouvido, ao lado da nuca pela frente do meridiano triplo-aquecedor 
até chegar na fossa supraclavicular. Nesse momento há um trajeto que passa por trás e entra 
no ouvido, sai pela frente da orelha no ângulo lateral do olho. Nesta parte do meridiano, sai 
outro ramal que vai pelo lado medial da mandíbula, cruzando a região maxilar inferior do olho, 
e desce pelo pescoço até a fossa supraclavicular (WEN, 2014). 
Dando continuidade, o autor anterior frisa que nesse momento a outra divisória 
do meridiano, desce pelo mediastino, passa pelo músculo do diafragma e se conecta com 
o fígado e a vesícula biliar. Sai então da vesícula biliar, desce pela lateral do abdômen 
e chega na região inguinal, faz uma curva por trás, na região trocantérica. O meridiano 
principal sai do ângulo lateral do olho, passa na frente da orelha pela lateral da cabeça, e 
desce pela lateral do músculo trapézio na região supraescapular. 
Mantendo a mesma linha de raciocínio, Wen (2014) refere que o mesmo meridiano 
segue seu trajeto pela frente do ombro, ao lado da região do peitoral, desce pelo lado 
do tronco na região trocantérica, se prende com o meridiano da bexiga na região da 
nádega. Continua seu percurso descendo pela borda lateral da coxa, na perna e pela parte 
anterolateral do tornozelo até chegar no lado dorsal do pé. Passa então entre o quarto e o 
quinto metatarsos no quarto dedo do pé. 
Há uma outra divisória do meridiano, que se separa no lado dorsal do pé, passando 
entre o primeiro e o segundo metatarsos até o lado do dedão do pé, ao qual esse canal 
nesse momento se conecta com o meridiano do fígado.
1.12 Meridiano do Fígado
Este meridiano é de natureza Yin, acoplado ao meridiano da vesícula biliar, que 
é Yang. Recebe a energia do meridiano da vesícula biliar, e a transmite ao meridiano 
do pulmão. Em relação aos cinco elementos, é Madeira, de Yin; sua Mãe é de Água (o 
meridiano dos rins) e seu Filho é de Fogo (o meridiano do coração). Possui quatorze pontos 
de cada lado (WEN, 2014).
1.12.1 Trajetória
“Este meridiano começa no dedão do pé, pelo lado do pé entre o primeiro e 
o segundo metatarsos, passando no ponto Zhongfeng (F4), l tsun na frente 
do maléolo medial. Cruza com o meridiano do baço-pâncreas no ponto 
Sanyinjiao (BP6) acima do maléolo medial, e sobe pelo lado ântero-medial 
da perna na borda medial da tíbia. Segue pelo lado medial do joelho e coxa 
para a região genital externa e suprapúbica, onde se junta com o meridiano 
do Ren-Mo. Continuando sua trajetória, sobe pelo lado do abdômen, até a 
reborda costal, ligando-se ao fígado e à vesícula biliar. Este meridiano possui 
um ramal que sobe atravessando o diafragma pelo lado posterior do tórax, 
esôfago, laringe; passa pela região naso-faringeal e liga-se aos olhos. Desse 
ramal, sai dos olhos atingindo a região maxilar ao redor dos lábios. O ramal 
do fígado passa pelo diafragma e pulmão ligando-se ao meridiano do pulmão” 
(WEN, 2014, p. 144).
27UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 27UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
SAIBA MAIS
“Estudos controlados sugerem que a acupuntura é efetiva para o tratamento da dor 
orofacial. Assim, a acupuntura é considerada como uma valiosa alternativa/complemento 
ao tratamento convencional da Disfunção Temporomandibular (DTM).”
Fonte: ZOTELLI, V. L. R et al. Efeito da acupuntura na disfunção temporomandibular e no equilíbrio ener-
gético dos meridianos. Acupuncture effect in temporomandibular dysfunction and in the energy balance of 
meridians. Piracicaba, 2017. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/296887844.pdf Acesso em: 
10 jul. 2022.
https://core.ac.uk/download/pdf/296887844.pdf
28UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 28UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
2. MERIDIANOS EXTRAORDINÁRIOS
Os meridianos extraordinários consistem em um grupo de oito meridianos: Du Mai, 
Ren Mai, Chong Mai, Dai Mai, Yin Wei Mai, Yang Wei Mai, Yin Qiao Mai e Yang Qiao. Destes 
meridianos, somente Du Mai e Ren Mai são classificados de meridianos extraordinários por 
não terem uma afinidade direta com os meridianos os 12 meridianos principais. Em contra 
partida exercem influência nesses meridianos principais (LARRE, 1997).
Gomes (1994) relata que à relação entre a consideração dos meridianos 
extraordinários e a embriologia. Em visão das características do desenvolvimento 
embrionário, sendo: 
● crescimento; morfogênese e diferenciação, parecem estar subentendidas na 
estrutura dos vasos maravilhosos.
A organização do Du Mai e do Ren Maicorrespondem à formação do disco 
embrionário com duas camadas, sendo de fato: o epiblasto voltado para a cavidade 
amniótica, e o hipoblasto. A linha do Du Mai, conhecido também como, meridiano vaso 
governador, estende-se pela linha média posterior do corpo, ao qual regula o Yang e nutre 
o cérebro. Já a linha Ren Mai, também denominada de vaso concepção, percorre pela linha 
média anterior, adéqua o Yin e sustenta o útero.
Na terceira semana de gestação com o início da morfogênese, o disco embrionário 
bilaminar é transformado em disco trilaminar ao surgir a linha primitiva, uma condensação 
do epiblasto que dá origem a células mesenquimais. 
29UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 29UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
Estas células estão situadas entre o epiblasto e o hipoblasto. Então o epiblasto 
passa a ser chamado de ectoderma do embrião e o hipoblasto de endoderma do embrião. 
Nesse fato, as células mesenquimais produzidas pela linha primitiva constituem uma tercei-
ra camada germinativa, chamada de: mesoderma intraembrionário. 
Tanto Gomes (1994) como e Botasaris (1994), ambos relatam que o terceiro folheto 
germinativo ao surgimento do Chong Mai, chamado de vaso encruzilhada ou mar de sangue, 
com função de regular o sangue e o QI.
Os primeiros meridianos bilaterais a tomarem forma são os Qiao Mai Wen (2018) afirma 
que Qiao Mai têm origem comum no centro do calcanhar, sendo dividido em dois trajetos:
● Yin Qiao Mai estende-se pela parte medial. 
● Yang Qiao Mai pela parte lateral do corpo até o bordo medial dos olhos onde 
voltam a se encontrar, estabelecendo um circuito.
Wen (2018) finaliza sua explicação referindo ao respeito dos pontos de Wei Mai, 
que tem o papel de manter o corpo unido garantindo a união entre o Yin e o Yang, dividido 
em dois, sendo:
● Yin Wei Mai, reúne e influencia os principais meridianos yin;
● Yang Wei Mai os principais meridianos yang.
SAIBA MAIS
“Os Meridianos Extraordinários também conhecidos como Vasos Maravilhosos 
agem como reservatórios de energia em relação aos canais principais, os quais são 
comparados a lagos. Todos os Vasos Extraordinários derivam direta ou indiretamente do 
Rim e retêm a Essência (Jing) nele armazenada. Eles circulam a Essência ao redor do 
corpo, contribuindo assim para integrá-la a circulação do Qi Nutritivo e do Qi Defensivo. 
O Vaso Governador, Diretor e Penetrador, originam-se no Aquecedor Inferior, no espaço 
entre os rins.”
Fonte: MENEZES, R. A. Tratamento da dor: acupuntura, técnicas associadas e bloqueios analgésicos. 
Brazilian Journal of Anesthesiology, v. 32, n. 5, p. 317-338, 2020. Disponível em: https://app.periodikos.
com.br/article/5f9c9dc48e6f1a40018b4696/pdf/rba-32-5-317.pdf Acesso em: 01 jul. 2022.
https://app.periodikos.com.br/article/5f9c9dc48e6f1a40018b4696/pdf/rba-32-5-317.pdf
https://app.periodikos.com.br/article/5f9c9dc48e6f1a40018b4696/pdf/rba-32-5-317.pdf
30UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 30UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
3. PONTOS SHU ANTIGOS
Deadman, Al-Khafaji e Baker (1998) relatam que os pontos Shu Antigos, são 
localizados nos doze canais principais de energia, sendo encontrados entre os dedos das 
mãos e os cotovelos ou até mesmo entre os dedos dos pés e os joelhos. Sendo assim 
considerados um dos grupos de pontos mais importantes da acupuntura. 
Os Chineses diziam que a passagem do Qi por esses pontos é como fluxo de um 
rio, sendo iniciado pelo ponto Poço (Jing) na ponta dos dedos das mãos ou dos dedos 
dos pés, até alcançar o ponto mar (He), sendo localizado no cotovelo ou no joelho. Dando 
sequência, o QI. Inicia no ponto poço (Jing), passa gradualmente pelo ponto nascente, 
chaga no ponto do riacho e desboca no Mar (DEADMAN; AL-KHAFAJI; BAKER, 1998). 
Os canais Yin das mãos tem fluxo em direção aos dedos, e os canais Yang das 
mãos já apresentam um fluxo em direção ao tórax. Comparando com um rio, a nascente na 
ponta dos dedos e seus cotovelos aplica-se igualmente aos canais Yin e Yang. Exatamente 
o mesmo é aplicado aos canais das pernas (DEADMAN; AL-KHAFAJI; BAKER, 1998) 
Como estes meridianos se localizam mais superficialmente que os demais 
meridianos, a sua energia é muito mais dinâmica do que a dos outros pontos de acupuntura, 
sendo justificado uso frequente desses pontos em atendimentos clínicos. Além disso, esses 
pontos representa a conexão entre o organismo e o meio ambiente. Por essa análise, os 
pontos desse canal estão diretamente relacionados com as estações do ano, sendo eles 
frente o seu ciclo e são suscetíveis a entrada dos fatores patogênicos exteriores, como frio, 
umidade e vento (GIOVANNI, 2014).
31UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 31UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
SAIBA MAIS
“A acupuntura é um grande aliado em tratamentos onde a sensibilidade a fármacos 
presente, no entanto a pesquisa se o fará através de uma técnica de intervenção não 
medicamentosa, como acupuntura, sendo difícil estabelecer modelos de controles. Os 
objetivos desta revisão foram descrever os efeitos da analgesia por acupuntura como 
preparação para a técnica odontológica de biocompatibilização, utilizando acupontos 
auriculares e sistêmicos para que se possa comprovar o benefício da técnica (...)”
Fonte: FERNADEZ, R. G; SANTOS, M. C. M; TORRES, O. S. A eficácia do uso de analgesia em proce-
dimentos odontológicos de biocompatibilização baseados na medicina tradicional chinesa–Relatos de um 
estudo de caso. Faculdade Ávila, p. 1-22, 2011. Disponível em: https://silo.tips/download/fernadez-renart-
-goda-santos-michelle-cristiane-melo-dos-torres-onizia-dos-santos Acesso em: 01 jul. 2022.
https://silo.tips/download/fernadez-renart-goda-santos-michelle-cristiane-melo-dos-torres-onizia-dos-santos
https://silo.tips/download/fernadez-renart-goda-santos-michelle-cristiane-melo-dos-torres-onizia-dos-santos
32UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 32UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
4. MOXATERAPIA
A técnica de Moxabustão é uma prática que utiliza plantas como por exemplo, a 
Artemisia, sendo associado à sua queima, na geração de calor para prevenção de doenças, 
controle patológico e tratamento da dor. Assim, melhorando a resposta imunológica de 
tratamento de várias doenças agudas e crônicas.
A prática incide na aplicação de uma planta seca e processada, que é acesa sobre 
a pele, para que a energia penetre no interior do corpo e produz estímulos com o intuito de 
ajustar as funções fisiológicas. A deficiência de Q.I. e Xue propicia a penetração de Frio e 
Umidade, e nesse caso, a Moxaterapia vem para eliminá-los (YAMAMURA, 2001). 
Conforme mencionado anteriormente a aplicação desta técnica, tem como intuito 
de aquecer o Q.I. e o Xue dos Canais de Energia Principais e Secundários a partir do 
aumento da velocidade da circulação energética dos Canais potencializando a nutrição e a 
circulação de energia, e a atividade dos Zang Fu e das Vísceras Curiosas, pela regularização 
da circulação do Fogo orgânico (YAMAMURA, 2001).
4.1 Técnica Direta
Myasava e Alcântara (2020) explicam que na técnica direta, o cone de Moxabustão 
é colocado de forma diretamente sobre a pele, sendo associado nos pontos de acupuntura, 
obtendo efeito imediato, enquanto a técnica indireta tem efeito demorado com duração 
analgésica ou terapêutica mais curta.
33UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 33UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
A aplicação de Moxabustão de forma direta em cicatriz, tem a tendência de curar 
algumas doenças crônicas refratárias (MYASAVA e ALCÂNTARA, 2020). 
De acordo com Park et al. (2020) a técnica de aplicação de Moxabustão indireta 
deve ser de uma distância de 3 cm, essa distância não é somente adequada para alcançar 
a eficácia do tratamento, mas também é mais segura, pois evita danos térmicos e dor.
4.2 Técnica Indireta
A técnica indireta é realizada com a colocação de uma substância medicamentosa(rodelas de gengibre, sal grosso, alho, cebolinha, cebola, acônito, entre outros) entre o cone 
de Moxabustão e a pele, ou então utiliza-se bastões de Artemísia prontos (YAMAMURA, 
2001). São exemplos de técnicas indiretas a fumigação com fumaça ou vapor, Moxabustão 
com a utilização de 
aquecedores, caixas ou “thermies”, Moxabustão na agulha de acupuntura, 
Moxabustão suspensa com bastões ou cigarrete de Artemísia e Moxabustão na casca de 
noz (WILCOX, 2008).
SAIBA MAIS
“De acordo com Piñana (2018), vários estudos têm sido realizados com relação à 
moxabustão e a imunidade e alguns dos efeitos importantes são: aumento da produção 
de leucócitos; aumento da atividade fagocitária; aumento da produção de hemácias e 
hemoglobina; aumento do nível de sedimentação das hemácias; aumento da velocidade 
de coagulação; aumento do nível de cálcio no sangue; aumento dos complementos 
séricos; aumento da capacidade de produção dos anticorpos”
Fonte: Myasava e Alcântara (2020).
REFLITA
As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao 
mau cheiro.
Fonte: PROVÉRBIO Chinês. Pensador. Disponível em: https://www.pensador.com/frase/MzAy/ Acesso 
em: 01 jul. 2022.
https://www.pensador.com/frase/MzAy/
34UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 34UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Olá, chegamos ao fim de mais uma apostila. No nosso estudo, foi possível 
compreender que a energia circula por todo o corpo, porém há caminhos por onde a energia 
está mais concentrada, são os chamados meridianos, os canais de energia, ou vasos. 
Mesmo nestes canais, há locais em que a energia se concentra mais, formando pequenos 
nós de concentração de energia, que são os pontos dos meridianos. Um meridiano é 
seguido por outro, formando um todo maior por onde circula a maior parte de energia. São 
os conhecidos meridianos principais.
Ao chegarmos na segunda unidade, estudamos um pouco mais a fundo sobre os 
meridianos extraordinários consistem num grupo de oito meridianos: Du Mai, Ren Mai, 
Chong Mai, Dai Mai, Yin Wei Mai, Yang Wei Mai, Yin Qiao Mai e Yang Qiao Mai, descritos 
de forma sistemática pela primeira vez no Nan Jing. Destes meridianos, apenas Du Mai e 
Ren Mai são chamados de meridianos extraordinários por não terem uma relação direta 
com os meridianos principais
Ao nos depararmos com o próximo assunto, chegamos à conclusão que os pontos 
de transporte conhecido como Pontos Shu Antigos, ao qual são localizados nos doze canais 
principais de energia, entre os dedos das mãos e os cotovelos ou entre os dedos dos pés e 
os joelhos, são um dos grupos de pontos mais importantes da acupuntura. São também os 
Pontos dos Cinco Movimentos
Terminamos nosso estudo falando sobre a Moxabustão é uma prática que utiliza 
plantas como por exemplo, a Artemisia, sendo associada a queima da planta, na geração 
de calor para o controle e tratamento da dor. Assim, melhorando a resposta imunológica de 
tratamento de várias doenças agudas e crônicas. 
A técnica incide na aplicação de uma planta seca e processada, que é acesa sobre 
a pele, para que a energia penetre no interior do corpo e produz estímulos com o intuito de 
ajustar as funções fisiológicas. A deficiência de Q.I. e Xue propicia a penetração de Frio e 
Umidade, e nesse caso, a Moxaterapia vem para eliminá-los
Dessa forma, me despeço de você meu querido aluno(a) com um abraço, Sucesso 
a você!
Até a próxima!
35UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 35UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
LEITURA COMPLEMENTAR
Uso da acupuntura no manejo da dor em pacientes com alterações na articulação 
temporomandibular (ATM)
A acupuntura, técnica bastante difundida devido às suas propriedades anti-
inflamatórias, ansiolíticas, miorrelaxantes e ativadoras da função imunológica no organismo 
humano, tem sido muito utilizada como terapia coadjuvante em diversas especialidades 
odontológicas. O objetivo deste trabalho é apresentar o caso clínico de uma paciente com 
Disfunção Temporomandibular (DTM), tratada com acupuntura, e os resultados obtidos por 
essa técnica terapêutica no serviço odontológico da Faculdade de Odontologia de Piracicaba 
(FOP-UNICAMP). A paciente VASN, 34 anos, com queixa de dor na ATM, mais intensa no 
lado direito, com diagnóstico clínico de DTM e bruxismo, foi submetida ao tratamento por 
acupuntura. De acordo com a MTC (Medicina Tradicional Chinesa), foi encontrado o padrão 
de desequilíbrio energético da mesma e foi estabelecido um protocolo de tratamento que se 
demonstrou efetivo para redução dos sintomas.
Fonte: ZOTELLI, V. L. R; MEIRELLES, M. P. M. R; DE SOUSA, M. L. R. Uso da acupun-
tura no manejo da dor em pacientes com alterações na articulação temporomandibular (ATM). 
Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, v. 22, n. 2, p. 185-188, 2017. 
Disponível em: https://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_odontolo-
gia/pdf/maio_agosto_2010/unicid_22_02_185_8.pdf Acesso em: 05 jul. 2022.
https://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_odontologia/pdf/maio_agosto_2010/unicid_22_02_185_8.pdf
https://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_odontologia/pdf/maio_agosto_2010/unicid_22_02_185_8.pdf
36UNIDADE I História da Medicina Tradicional Chinesa 36UNIDADE II Meridianos e Pontos de Acupuntura
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Manual Terapêutico De Acupuntura
Autor(A): Tom Sintan Wen.
Editora: Manole.
Sinopse: Aos 72 anos, Dr. Tom Sintan Wen apresenta a sua 
obra-prima: o Manual Terapêutico de Acupuntura. Incansável 
pesquisador, rigoroso nos detalhes de difícil compreensão da 
Medicina Tradicional Chinesa, sem perder a visão moderna e 
dos avanços da medicina convencional, dedicou a sua vida ao 
ensino de Acupuntura aos seus discípulos. É lembrado pelos 
pacientes até hoje, pelo seu jeito simples de transmitir confiança, 
segurança e capacidade nos seus atendimentos, com resultados 
tão maravilhosos e de difícil reprodutibilidade. A obra é concisa e 
ao mesmo tempo completa, rica para os iniciantes e repleta de 
detalhes para os já experientes. Descreve a experiência clínica do 
autor, que classifica e trata de acordo com a Medicina Tradicional 
Chinesa 65 doenças ocidentais comumente observadas na prática 
clínica. Apresenta conteúdo nunca antes publicado, direcionado 
especialmente para os médicos acupunturistas. Apresenta um 
autêntico e prático manual de Acupuntura, com uma linguagem 
clara e precisa com abrangência e profundidade.
FILME/VÍDEO 
Título: O Último Imperador
Ano: 1987.
Sinopse: A saga de Pu Yi (John Lone), o último imperador da 
China, que foi declarado imperador com apenas três anos e viveu 
enclausurado na Cidade Proibida até ser deposto pelo governo 
revolucionário, enfrentando então o mundo pela primeira vez 
quando tinha 24 anos. Neste período se tornou um playboy, mas 
logo teria um papel político quando se tornou um pseudoimperador 
da Manchúria, quando esta foi invadida pelo Japão. Aprisionado 
pelos soviéticos, foi devolvido à China como prisioneiro político em 
1950. É exatamente neste período que o filme começa, mas logo 
retorna a 1908, o ano em que se tornou imperador.
37
Plano de Estudo:
● Introdução;
● O processo saúde-doença na perspectiva da MTC;
● Morfologia do pavilhão auricular;
● Somatotopia auricular.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer a história da Auricoloterapia e sua trajetória;
● Compreender o conceito de saúde/doença frente a visão da MTC;
● Observar a diferença entre patologias de causas internas e causas externas;
● Aprender a morfologia auricular e somatotopia frente o tratamento.
UNIDADE III
Introdução á Auriculoterapia
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento
38UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, nesta unidade vamos conhecer a trajetória e a história da 
Auriculoterapia, visando uma linha de tempo sobre uma breve apresentação da suaevolução. 
Veremos também o processo de saúde e doença de MTC, compreendendo assim 
em qual questão inicia-se a fase patologia, sabendo diferenciar as causas internas, as 
externas e as causas patológicas mistas. Aprenderemos a visão anatômica auricular e a 
somatotopia ao tratamento.
Portanto, esperamos que esta unidade seja imensamente proveitosa e venha a 
contribuir ainda mais para os estudos desta prática.
Bons estudos!
39UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
1. INTRODUÇÃO
A história da Auricoloterapia, ou como é popular conhecido por acupuntura auricular, 
inicia-se em um passado distante, com a história da acupuntura sistêmica como é conhecida 
no Brasil. Trata-se de uma prática milenar que fora aplicada pelos povos egípcios, indianos, 
chineses entre outros povos da antiguidade. No período paleolítico, as agulhas eram feitas 
de pedra, osso e bambu e eram aplicadas na aurícula e outras partes do corpo.
Com o desenvolvimento humano, buscou-se produzir materiais de estímulo corporal 
mais resistentes e menos desagregantes, passando-se a utilizar cerâmica para produção 
das agulhas, seguida de metais como o bronze, ouro e a prata. 
Neves (2009) explica que, por volta do ano IV a.C, Hipócrates fazia sangria em 
pontos auriculares, e no século XVII, fazia-se a cauterização auricular a fim de tratar dor 
ciática. Posteriormente a acupuntura desenvolveu bastante no Egito, na Pérsia e na China. 
Foi a partir de 1951 com o Dr. Paul Nogier, que houve uma compreensão que 
a orelha pode ser tratada como um microssistema e zona reflexa, Nogier foi quem de 
fato sugeriu, usando seus estudos que a orelha representaria um feto de cabeça para 
baixo. Entre seus anos de dedicação destacava-se a busca e registro de regiões hiper 
sensibilidades e álgicas na orelha de seus pacientes, em que o mesmo buscava associar as 
queixas apontadas pelos seus pacientes com a região mais sensível no pavilhão auricular 
(ROMOLI, 2009).
40UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
Acredita-se que a desarmonia no mapeamento da Auriculoterapia que se depara 
hoje no Brasil e no mundo é associado em conflitos históricos, a imigração de mestres que 
geravam escolas chinesas, francesas e coreanas de acupuntura. Junto a tudo isso, ainda, 
a informalidade em que a acupuntura foi por muitos anos ensinada, de mestre para aluno 
de forma apenas verbal. Muitas vezes era só a experiência clínica que justificava fazer de 
uma maneira ou outra. Dependia muito do olhar atento do estudante, de sua compreensão 
e interpretação das técnicas (LOPES e SEROISKA, 2013).
Se analisarmos a linha histórica da MTC, podemos iniciar na década de 80, sendo 
um marco histórico para a Auriculoterapia, pois temos já um início terapêutico. 
Já García (2003), aponta uma lista de marco histórico para a MTC, sendo-a:
● Em 1982, fundado o Grupo Nacional de Trabalho em Auriculoterapia, instituindo-
se um organismo para o estudo do método. 
● Em novembro de 1984, em Kun Ming Shao, realizou-se a Assembleia Nacional 
para o estudo da Auriculoterapia e a Craniopuntura. 
● Já em 1987, ficou instituído na cidade de Na Hui o Grupo nacional para a 
investigação em Auriculoterapia, desenvolvendo-se um Congresso onde ficou 
estabelecido o Mapa Estandardizado dos Pontos Auriculares. 
● Em outubro de 1989, realizado em Pequim o Primeiro Congresso Internacional 
de Auriculoterapia. 
No Brasil, por volta de 1985 a acupuntura tornou-se uma possibilidade de técnica 
e depois de especialidade da fisioterapia com a resolução nº 60 do Conselho Federal 
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO, 2002). Dando assim origem nos anos 
seguintes para mais 10 conselhos de classe da área da saúde.
SAIBA MAIS
“Auriculoterapia é oriunda do latim, em que auris significa orelha, auricula significa 
pequena orelha, e do grego therapien, que significa tratamento. Trata-se de uma terapia 
que é realizada mediante o estímulo de pontos específicos encontrados na superfície da 
orelha externa, empregada para o tratamento de enfermidades (JÚNIOR, 1994).” 
Fonte: SOUSA, E. M. D.; TRINDADE, A. K. F; PEREIRA, I. C. Auriculoterapia: terapia milenar e eficiente 
no tratamento de enfermidades. Ricardo de Figueiredo Lucena, p. 90, 2014.
41UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
2. O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA NA PERSPECTIVA DA MTC
O termo de manutenção, prevenção e recuperação da saúde, na perspectiva 
oriental, da MTC, está vinculado ao desequilíbrio energético, gerando assim alterações 
patológicas. Entendido como a estabilização entre Yin e Yang no organismo garantido pelo 
livre circular do Qi.
O sistema do corpo humano é arquitetado como uma união que é visto nos níveis 
físico, psíquico, emocional e espiritual em relação dinâmica com o meio ambiente, como um 
sistema energético e funcional (KUREBAYASHI, 2007).
Portanto, de acordo com Ross (1994), as alterações orgânicas são vistas como 
desequilíbrios energéticos, ou até mesmo uma quebra da harmonia das funções orgânicas, 
ou até mesmo com o espiritual. Quando isso acontece, gera assim uma desordem ou 
bloqueio do fluxo de Qi no organismo, as extensões entre Yin e Yang se alteram, o equilíbrio 
energético é rompido e assim gerando patologias orgânicas, psíquicas e/ou enérgicas.
Ainda seguindo a linha de raciocínio da referência anterior, o corpo é a base 
para a vida física, emocional, mental e espiritual e está constituído em uma estrutura 
organizacional formada pelas substâncias vitais, canais e colaterais (Jing Luo), órgãos e 
vísceras (Zang Fu) e pelos tecidos. Dentre os componentes básicos do processo saúde-
doença na compreensão clássica da MTC estão o corpo, os fatores de doença e o padrão 
de desarmonia. 
42UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
Analisando o corpo, vemos que é a representação física do microcosmo presente 
no universo, assim sendo, sobre ele se abate diretamente as influências da natureza e das 
relações situadas pelo homem com o universo, ou seja, com os macrocosmos. A partir de 
uma relação lógica os processos de organização, desorganização, equilíbrio e desequilíbrio, 
harmonia e desarmonia terão seus aspectos físicos desenvolvidos sobre o corpo, o que nos 
permite compreender os fatores de doenças como os originadores ou precipitadores do 
processo de desarmonia sobre o corpo.
As causas dessas desarmonias podem ser consideradas de classificação: internas, 
externas e mistas. Isto é, associadas com a energia ancestral e hábitos de vida. 
2.1 Causas Internas
As causas internas se relacionam com as emoções intensas e persistentes, ou 
na hipersensibilidade a determinados agentes que prejudicam os Zang-Fu. Atualmente 
percebemos o reflexo destes fatores sobre a saúde da população, sobretudo na sociedade 
no qual estamos vivendo, onde fatores emocionais parecem ganhar lugar de destaque na 
relação antipática entre o corpo e as energias Yin-Yang. O estresse da vida diária anexa 
à sobrecarga de trabalho e a construção de relações cada vez mais ilusórios entre os 
indivíduos.
Maciocia (2005) explica que dentre os fatores emocionais desencadeadores da 
alteração no equilíbrio Yin-Yang do organismo situam-se a fúria, a euforia, a tristeza ou 
melancolia, a preocupação ou abstração, o medo e o choque. 
A autora ainda explica que a fúria faz o Qi ascender e afeta o fígado; a euforia 
faz o Qi fluir lentamente e afeta o coração; a melancolia dissolve o Qi e afeta o pulmão; 
a preocupação e excesso de abstração paralisam o Qi e afetam o baço; o medo faz o Qi 
descender e afeta o rim; e o choque que dispersa o Qi afetando o rim e o coração. Um 
exemplo dessas relações pode ser visto em questões de queixas como artralgia, mialgia, e 
cefaleias sem origem aparente ou sem diagnóstico. 
2.2 Causas Externas
As causas externas abrangem as variações climáticas para além da capacidade 
de adaptação do organismo. Para uma melhor compreensão, o tempo somente se torna 
uma causa patológica quando o equilíbrio entre o organismoe o meio ambiente é afetado 
referente ao fator climático. 
43UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
Maciocia (2005) apresenta que os fatores patogênicos penetram no organismo 
através da pele, nariz e boca, podendo assim atuar isoladamente ou em associação com 
outros fatores, como, por exemplo, fatores climáticos. 
Sendo assim, os seis fatores climáticos de acordo com Pereira e Alvim (2013) são: 
o vento, o frio, o calor de verão, a umidade, a secura e o fogo, conforme descrito:
“1.O vento, fator yang, típico da primavera, ataca a porção superior do corpo 
provocando dores de cabeça, obstrução nasal, irritabilidade, dores migrantes, 
sintomas que aparecem e desaparecem como artrite, urticárias, espasmos, 
tremores, paralisia facial.
2. O frio, fator Yin, ocorre no inverno, consome Qi e Yang. Caracteriza-se por 
contração e estagnação, retardamento da circulação de Qi e Xue, que pode 
se manifestar como sensação de dormência nas extremidades, arrepios, 
calafrios, membros frios, palidez, produção e acúmulo de secreções nos 
pulmões e vias áreas, diarreia com alimentos não digeridos nas fezes, urina 
límpida com aumento de volume. Em comparação às explicações ocidentais, 
reside aqui uma das explicações da MTC para o aumento das doenças 
respiratórias nos períodos de inverno.
3. O calor de verão, fator yang, consome yin, tem direção ascendente e 
perturba a mente, provoca transpiração, sede, respiração ofegante, cansaço, 
urina concentrada, febre alta, inquietação, pele avermelhada, delírio que 
costuma associar-se à umidade causando tontura, cabeça pesada, sensação 
de sufoco no peito, náusea, falta de apetite, diarreia e lentidão. As queixas 
de desânimo e esgotamento físico vivenciado por muitas pessoas no período 
do verão, sobretudo em dias de altas temperaturas também encontram nesta 
relação, a explicação para tais eventos segundo as concepções da MTC.
4. A umidade é um fator etiológico típico da canícula, época das chuvas, ocorre 
o aumento da viscosidade dos líquidos corporais provocando estagnação. 
Manifesta-se como indolência, sensação de distensão na cabeça, tonturas, 
cansaço geral, opressão do epigástrio, náusea, vômito, viscosidade e sabor 
adocicado na boca, abcessos, úlceras, leucorreia de natureza purulenta com 
odor, urina turva, doenças prolongadas, artrite reumatoide, encefalite.
5. A secura, fator patogênico do outono, consome os líquidos, principalmente 
yin do pulmão, afeta a pele provocando ressecamento, rugas e rachaduras. 
Provoca, ainda, secura na boca, nariz e garganta, constipação intestinal, 
irritabilidade e tosse seca.
6. O fogo, fator Yang, danifica o Yin, perturba a mente, incita o vento, provoca 
distúrbio no sangue e esgota o yin do fígado. Manifesta-se como febre alta, 
coma, delírio, convulsão, rigidez no pescoço, hemorragia, hematêmese, 
epistaxe, erupções e infecção na pele, edema, calor, dor, furúnculos e úlcera” 
(PEREIRA e ALVIM, 2013, p. 6-7).
44UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
2.3 Causas Mistas
Além das emoções e dos fatores climáticos, as moléstias podem ser causadas por 
invasores que causam patogenicidades de classes variadas como a presença debilitada 
herdada dos pais ou decorrente de intercorrências na concepção e no nascimento 
(YAMAMURA, 2004).
Para Pereira e Alvim (2013) essa relação com a condição de saúde dos pais, bem 
como outros fatores como a idade dos pais à época da fecundação dos filhos, seus hábitos 
alimentares e estilo de vida, adoecimentos durante a gestação e dificuldades durante o 
parto, são determinantes importantes para a manutenção e preservação da saúde dos 
indivíduos. 
Seguindo a linha de raciocínio dos autores, os alimentos e os hábitos alimentares, 
o excesso ou a falta de atividades físicas, as lesões traumáticas e o excesso de atividade 
mental e sexual estão incluídos como fatores doença variados e também abrangem grande 
importância na manutenção, e recuperação da saúde segundo a MTC.
Outro aspecto verificado nas explicações do processo saúde-doença segundo 
esta filosofia é que na ocorrência da invasão do corpo pelos fatores de doenças, as 
relações de harmoniosa do Yin-Yang e por consequência os cinco movimentos se tornam 
desequilibrados, produzindo sobre os Zang-Fú as desarmonias energéticas, explicadas 
por meio de síndromes (conjunto de fatores patológicos de origem interna ou externa ao 
organismo), denominadas de padrões de desarmonia (ROSS, 1994; MACIOCIA, 2005).
SAIBA MAIS
“A saúde mental é um dos grandes desafios do século XXI. Neste sentido, estudo revelou 
que 30% dos paulistanos da região metropolitana sofriam de algum tipo de perturbação 
mental.”
Fonte: KUREBAYASHI, L. F Sato et al. Auriculoterapia para redução de ansiedade e dor em profissionais 
de enfermagem: ensaio clínico randomizado. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 25, 2017. 
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rlae/a/dXT34Ys9QphvTj9NPRhsW3p/?format=pdf&lang=en Acesso 
em: 10 jul. 2022.
https://www.scielo.br/j/rlae/a/dXT34Ys9QphvTj9NPRhsW3p/?format=pdf&lang=en
45UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
3. MORFOLOGIA DO PAVILHÃO AURICULAR
Analisando a anatomia auricular, o pavilhão da orelha é uma lâmina dobrada sobre 
si mesma, em diversos sentidos, oval, com uma extremidade superior espessa. O pavilhão 
auricular está composto por um tecido fibrocartilaginoso, sustentando suas estruturas 
anatômicas, composto por ligamentos, tecido adiposo e músculos. A parte inferior do 
pavilhão é rica em nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, mas os terços superiores deste 
estão formados, basicamente, por cartilagem.
A pele do pavilhão é de forma mais espessa, atribuindo-se as glândulas sebáceas, 
sudoríparas, vasos capilares, conjuntos de nervos e vasos linfáticos. O tecido adiposo e as 
glândulas sebáceas são mais abundantes nas imediações do conduto auditivo. (GARCÍA, 2003). 
A superfície do pavilhão auricular está dividida em várias áreas de acordo com sua 
anatomia e relevo. As principais áreas de atuação terapêutica na Aurículo Acupuntura são a 
região da Escalfa, cujo se localizam os membros superiores, a região da Cruz Superior da 
Anti-helix, onde apresentam os pontos que correspondem aos membros inferiores, a coluna 
vertebral na região da Anti-helix. O Sistema Nervoso Central (SNC) está localizado na Helix, 
a cabeça na região do Lóbulo, a cavidade torácica na região da Concha Cava e a cavidade 
abdominal na região da Concha Cimba, com seus órgãos e vísceras. (ENOMÓTO, 2015).
Os nervos cranianos são subdivididos em nervo aurículo temporal e o ramo auricular 
do vago. O nervo vago é considerado o mais importante pela sua inervação parassimpática 
que age praticamente em todos os órgãos internos (HIATT, 2011). 
Na visão de Souza (2013) dope ser explicado alguns acidentes anatômicos do 
pavilhão auricular e sua correlação com o corpo humano na seguinte análise:
46UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
“1. Raiz da hélix – Eminência originada do centro da orelha, que dá origem 
ao hélix e corresponde ao sistema digestivo, diafragma, cardíaco e apêndice. 
2. Hélix – Eminência de aspecto ovoide que circunda a periferia da orelha, 
possuindo pontos de ação anti-inflamatória. 
3. Tubérculo de Darwin – Eminência localizada na parte póstero-superior da 
hélix, tem ação sensitiva e age sobre a mesoderme e a endoderme, tratando 
perturbações dos membros. 
4. Escafa – Localizado entre a hélix e o ante-hélix, correspondendo aos MMII, 
clavícula, ombros e suas articulações. 
5. Anti-hélix – Eminência que se localiza frente ao hélix, de bifurcação em 
formato de cruz, correspondendo à coluna, vértebras, tronco, pescoço, peito, 
abdômen, tireóide, mamas e tórax. 
6. Y da anti-hélix (braço superior) – Parte mais superior da anti-hélix, 
correspondendo aos pés, pernas, joelhos e quadril. 
7. Y da anti-hélix (braço inferior) – Bordo inferior é ligado à concha superior e 
seu bordo superior à fossa triangular, corresponde região glútea, simpático, 
ciático, cóccix e cavidadepélvica. 
8. Fossa triangular – Localiza-se entre os dois ramos da anti-hélix, corresponde 
ao sistema reprodutor, pélvis, útero, ovário e próstata. 
9. coluna vertebral 
10. Concha superior – Localizada inferiormente pela raiz da hélix e supero-
lateralmente pelo anti-hélix, correspondendo a todos os órgãos do abdômen. 
11. Concha inferior – localizada abaixo do bordo inferior da cruz da hélix, 
corresponde ao tórax e abdômen. 
12. Antitrago – Localizado na linha posterior do trago, corresponde à cabeça, 
parótidas, fonte e tronco cerebral. 
13. Lóbulo – Porção inferior da orelha, corresponde aos olhos, face, 
mandíbula, maxilar, palato mole e duro, cavidade oral, amígdalas, língua e 
ouvido interno. 
14. Trago – Fica diante do meato acústico externo, abrange nariz, suprarrenal 
e vícios. 
15. Incisura intertraginosa – Depressão localizada entre o trago e o antítrago, 
correspondendo à ovários, glândulas endócrinas, testículos e nervos 
cutâneos” (SOUZA, 2013, p. 55-57).
47UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
A parte de trás da orelha corresponde a estruturas: Dorso da Helix, Cartilagem do 
dorso, Dorso do lóbulo e Sulco dorsal parietal. Segue a imagem (a) abaixo para um melhor 
entendimento:
FIGURA 1 – ANATOMIA DA ORELHA (PARTE ANTERIOR/PARTE POSTERIOR)
Fonte: Lopes (2021, p. 7-9)
48UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
4. SOMATOTOPIA AURICULAR
A interrelação entre a anatomia humana e os Acupontos auriculares faz alusão à 
figura de um feto em sua posição pré-natal como já descrito anteriormente em nosso estudo 
referido pelo Dr. Paul Nogier. Segundo Nogier, a anatomia humana está disposta ao pavilhão 
auditivo similarmente à figura de um corpo humano em tamanho reduzido e invertido.
Os gráficos auriculares representando diferentes órgãos do corpo são mapas 
somatotópicos que indicam a área geral em que um reflexo de ouvido específico ponto pode 
ser encontrado. No entanto, é a medida reatividade de locais específicos na orelha que 
serve como o melhor determinante da localização exata de um ponto de ouvido apropriado. 
Monitorando a sensibilidade aumentada à pressão aplicada e o aumento da condutância 
elétrica em um específico locus, pode-se selecionar aos mais relevantes pontos auriculares 
que representam patologia corporal (OLESON, 2013).
Diferentes gráficos auditivos indicam um território da aurícula em que o ponto 
correto pode ser encontrado, mas existem vários pontos possíveis dentro dessa região que 
se pode escolher. Apenas os pontos auriculares reativos representam a localização real 
do sítio somatotópico. Se não houver ouvido reativo ponto em uma região da orelha, não 
há corpo patologia indicada para tratamento. Se não há patologia na área correspondente 
do corpo, não deve haver sensibilidade ou atividade elétrica no ponto do microssistema 
relacionado na orelha. Ao escolher entre diferentes pontos de ouvido para tratamento, seja 
no sistema chinês ou no sistema europeu, seja no Nogier primeiro fase ou segunda fase, 
este princípio fundamental que o próprio ouvido é o guia final deve sempre ser seguido.
49UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
O ponto auricular real consiste em um pequeno local dentro de uma área geral 
da orelha indicada pelo mapa auricular somatotópico. O reflexo do ouvido ponto que 
representa uma parte específica do corpo pode ser encontrado em um dos vários locais 
possíveis dentro desta área. Em alguns indivíduos, o ponto da orelha será encontrado 
em um local auricular, enquanto em outras pessoas, será encontrado em uma localização 
auricular próxima, mas diferente.
A localização de um ponto pode mudar de um dia para o próximo; assim, é essencial 
que se verifique o ponto da orelha que exibe o maior grau de reatividade no momento em 
que alguém é examinado (OLESON, 2013).
SAIBA MAIS
“A auriculoterapia é amplamente utilizada para o alívio de condições dolorosas, portanto, 
com número considerável de estudos, permitindo a realização de revisões sistemáticas 
no assunto. No entanto, não propuseram um banco unificado de pontos de possível 
escolha, suas possíveis combinações ou descreveram a localização de tais pontos, 
tornando-se então, o objetivo deste estudo”.
Fonte: ARTIOLI, D. P; TAVARES, A. L. F; BERTOLINI, G. R. F. Auriculoterapia: neurofisiologia, pontos de 
escolha, indicações e resultados em condições dolorosas musculoesqueléticas: revisão sistemática de 
revisões. BrJP, v. 2, p. 356-361, 2019. Disponível em: 10 jul. 2022.
REFLITA
“Se entregar sem tentar, é aceitar o desprezo com prazer”
Fonte: O Autor (2022). 
50UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Olá meu querido aluno(a), chegamos ao fim de mais uma apostila, foi possível 
perceber nesta última unidade, uma visão objetiva da terapia da MTC no cotidiano de 
tratamento no processo de saúde e doença.
Desta forma, vimos que no Brasil, a auriculoterapia é associada com a acupuntura 
sistêmica. Compreendemos que é uma prática milenar e que já acontecia pelos povos 
egípcios, indianos, chineses entre outros povos da antiguidade. Sendo compreendido a 
forma de formação das agulhas de MTC antigamente. Sobre esse assunto, vimos de início 
que no período paleolítico, as agulhas eram feitas de pedra, osso e bambu e eram aplicadas 
na aurícula e outras partes do corpo, e hoje em dia, as agulhas são feitas de metal de uso 
único, e devem ser descartadas após o seu uso. 
Em seguida, compreendemos também que foi a partir do ano de 1951, que o Dr. 
Paul Nogier, conseguiu apresentar uma compreensão da orelha como um microssistema 
e zona reflexa. Com essa compreensão foi possível iniciar tratamentos álgicos do corpo 
pela orelha. Dr. Paul Nogier sempre buscava associar as queixas apontadas pelos seus 
pacientes com a região mais sensível no pavilhão auricular.
No próximo tema, compreendemos um pouco mais o processo de saúde e doença 
na visão da MTC. Vimos que o termo de manutenção, prevenção e recuperação da saúde, 
na perspectiva oriental, da MTC, está vinculado ao desequilíbrio energético, gerando assim 
alterações patológicas. Essa perspectiva pode ser compreendida como o equilíbrio da lei entre o 
Yin e Yang no organismo garantido pelo livre circular do Qi. Estudamos também que o organismo 
é arquitetado em uma união dos níveis físico, psíquico, emocional e espiritual em relação dinâmica 
com o meio ambiente, sendo o nosso corpo um sistema energético e funcional.
Logo adiante, estudamos o pavilhão da orelha, vimos que essa parte anatômica auricular 
é uma lâmina dobrada sobre si mesma, em diversos sentidos, oval, com uma extremidade 
superior espessa. O pavilhão auricular está constituído por um tecido fibrocartilaginoso, como 
sustentação de suas estruturas anatômicas, está formado também por ligamentos, tecido 
adiposo e músculos. A parte inferior do pavilhão é rica em nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, 
mas os terços superiores deste estão formados, basicamente, por cartilagem e o lóbulo da 
orelha é constituído, em sua maior parte, por tecido adiposo e conjuntivo.
51UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
Finalizamos nosso estudo compreendendo a inter-relação entre a anatomia 
humana e os acupontos auriculares faz alusão à figura de um feto em sua posição pré-natal. 
Estudamos também os pontos auriculares, sendo possível perceber que esses pontos do 
sistema representam diferentes órgãos do corpo, sendo assim mapas somatotópicos que 
indicam a área geral em que um reflexo de um ponto pode ser encontrado. No entanto, é a 
medida reatividade de locais específicos na orelha que serve como o melhor determinante 
da localização exata de um ponto.
Agradeço imensamente o tempo que estamos passando juntos, não deixem de 
reler e buscar mais conhecimentos sobre o assunto.
Um abraço, Sucesso a você! 
52UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
LEITURA COMPLEMENTAR
Análise do Efeito Imediato da Auriculoterapia no Sistema Nervoso Autônomo
A acupuntura tem sido investigadano âmbito neurofisiológico por parte da 
ciência moderna. No entanto, pouco se pesquisa neste contexto seus microssistemas, 
tais como a auriculoterapia. Alguns pontos auriculares têm recomendações de possíveis 
efeitos calmantes e outros revitalizantes, consagrados mais por experiência prática 
do que fundamentados em pesquisas científicas. Objetivo: Avaliar a influência imediata 
sobre o sistema nervoso autônomo (SNA) mediante estímulo com auriculoterapia através 
da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Métodos: Foram avaliados 11 indivíduos 
saudáveis do sexo masculino de 18 a 28 anos (média 23,36 ± 3,10) constituindo inicialmente 
um grupo auriculoterapia placebo (GAP) e após uma semana passavam a denominar-se 
grupo auriculoterapia teste (GAT). Foram estimulados com agulhas semipermanentes de 
1,5 mm os pontos auriculares shen men e simpático no GAT e como controle utilizou-se 
o ponto do olho no GAP por não ter relação com o SNA. O tempo de permanência das 
agulhas foi de 15 minutos, sendo realizada uma única sessão. O estudo constituiu-se de 
três fases; repouso, intervenção e recuperação, com tempos específicos. Para a coleta 
dos sinais em cada fase, foi utilizado o monitor cardíaco Polar S810ir e analisados através 
da Transformada Wavelet Contínua (TWC). Resultados: No GAT ocorreu um aumento do 
predomínio do sistema nervoso simpático e diminuição do parassimpático, demonstrando 
alterações no SNA ao observar diferenças estatisticamente significativas entre as fases do 
protocolo. No GAP não houve resultados estatisticamente significativos entre as fases da 
coleta dos sinais. Conclusão: A auriculoterapia estimulada com agulhas semipermanentes 
de 1,5 mm nos pontos shen men e simpático foi capaz de provocar alterações no SNA, com 
predomínio do sistema nervoso simpático.
Fonte: JIMENEZ, R. N et al. Análise do efeito imediato da auriculoterapia no sistema 
nervoso autônomo. Rev Bras Terap Saúde, v. 5, n. 1, p. 15-20, 2014. Disponível em: https://
docplayer.com.br/22593099-Analise-do-efeito-imediato-da-auriculoterapia-no-sistema-ner-
voso-autonomo.html Acesso em: 10 jul. 2022.
https://docplayer.com.br/22593099-Analise-do-efeito-imediato-da-auriculoterapia-no-sistema-nervoso-autonomo.html
https://docplayer.com.br/22593099-Analise-do-efeito-imediato-da-auriculoterapia-no-sistema-nervoso-autonomo.html
https://docplayer.com.br/22593099-Analise-do-efeito-imediato-da-auriculoterapia-no-sistema-nervoso-autonomo.html
53UNIDADE III Introdução á Auriculoterapia
MATERIAL COMPLEMENTAR 
LIVRO
Título: Tratado de Auriculoterapia
Autor: Marcelo Pereira de Souza
Editora: Marcelo Pereira de Souza
Sinopse: A Auriculoterapia, como parte integrante do sistema de 
terapias orientais nunca foi suficientemente divulgada no mundo 
ocidental. Mesmo em seu berço, o Oriente, suas técnicas e 
segredos fazem parte de um arsenal de terapias, de conhecimento 
apenas de poucos iluminados.
Divulgar seus segredos e apregoar suas vantagens é o propósito 
do Autor. Além dos conhecimentos que lhe foram transmitidos por 
seu Mestre Takeo Yamagachi, o autor vale-se dos ensinamentos, 
das teorias e de expressões gráficas de autores modernos como: 
Floreal Carballo, Nguyen Van Nghi, J. E.H.Niboyet, e outros. 
 
FILME/VÍDEO 
Título: The Golden Era 
Ano: 2015.
Sinopse: A jovem Xiao Hong (Tang Wei) decide fugir de casa, 
libertando-se assim do pai tirânico e de um casamento forçado. Em 
uma nova cidade, Xiao é abandonada grávida pelo namorado em 
um quarto de hotel a pagar. Em busca de ajuda, a jovem envia uma 
carta de socorro ao International Gazette. O que não se esperava 
é que a garota e Xiao Jun, o repórter enviado para atender sua 
solicitação formariam uma grande parceria. 
54
Plano de Estudo:
● Indicações e contraindicações da auriculoterapia;
● Mecanismos de ação da auriculoterapia;
● Métodos diagnósticos em auriculoterapia;
● Técnicas de aplicação da auriculoterapia.
Objetivos da Aprendizagem:
● Aprender sobre as indicações e contraindicações da técnica de auriculoterapia;
● Conhecer possíveis efeitos colaterais;
● Perceber os mecanismos de ação e métodos de diagnósticos na auriculoterapia;
● Obter compreensão de algumas técnicas de aplicação da prática de auriculoterapia. 
UNIDADE IV
Clínica em Auriculoterapia 
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento
55UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, nesta unidade vamos conhecer um pouco mais afundo sobre a 
técnica de acupuntura auricular, ou em como também é conhecida como auriculoterapia. 
Nessa etapa do nosso estudo, aprenderemos sobre as indicações e contra indicação dessa 
técnica, você acha que essa técnica tem alguma contra indicação?
Iremos conhecer também os possíveis efeitos colaterais que a técnica de 
auriculoterapia pode apresentar, caso utilizado de maneira incorreta.
Veremos também métodos de diagnóstico e as técnicas para aplicação. Iremos 
aproveitar e aprender sobre o mecanismo de ação da técnica sobre o nosso sistema 
neurológico.
Esperamos que esta unidade seja imensamente proveitosa e venha a contribuir 
ainda mais para os estudos desta prática.
Bons estudos!
 
56UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
1. INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DA AURICULOTERAPIA
As terapias complementares e alternativas são iniciativas incentivadas pela 
Organização Mundial de Saúde para tratamento em busca do reequilíbrio do processo 
saúde/doença, e vem sendo classificado como conduta claramente útil e que deve ser 
encorajada. Conforme a observação de Mafetoni e Shimo (2016), ambos descrevem que na 
Medicina Tradicional Chinesa (MTC), algumas terapias tem a possibilidade de substituir ou 
são utilizadas de forma complementar ao tratamento convencional da medicina. Como por 
exemplo a acupuntura, a auriculoterapia e o Shiatsu (técnica de acupressão), são algumas 
das terapias da MTC e da terapia integrativa.
A auriculoterapia sendo vista como alternativa de tratamento, tem sido utilizada há 
milênios. A escola chinesa tem suas bases definidas em princípios da medicina oriental, 
que enxerga o ser humano como um ser integral, sem bloqueios entre a mente, seu corpo 
e seu espírito. Assim, tanto Andrade e Costa (2010) apontam que essa técnica é baseada 
em uma visão integrativa e sistêmica, o organismo humano é considerado um campo de 
energia, de acordo com o paradigma bioenergético, que se amplia para todos os campos 
do conhecimento humano e da saúde. 
Essa linha de raciocínio se baseia nos mandamentos da medicina ocidental, de 
escolher os pontos de acupuntura dos ouvidos, tendo como embasamento o balanço 
energético do corpo humano, portanto, esses pontos de acupuntura são flutuantes e podem 
ser diferentes a cada avaliação (MOURA, 2014).
57UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
A terapia de ponto auricular tem sido usada para tratar diferentes doenças e 
promover o alívio da dor, estimulando os pontos reflexos do ouvido. Esta terapia visa 
coordenar as funções de órgãos, órgãos internos e doenças físicas e mentais, a partir 
dos reflexos exercidos por agulhas, sementes ou pressão de microesferas no Sistema 
Nervoso Central (SNC) a partir da estimulação nos pontos de acupuntura. (NOGIER e 
BOPUCINHAS, 2012). 
Antes de iniciar qualquer tipo de terapia auricular, é sempre indicado partir de um 
princípio terapêutico designado Auriculocibernética que consiste em utilizar três pontos: 1) 
Shen Men, 2) Rim e 3) Simpático, deve ser seguido nessa ordem. Esses pontos, quando 
conexos, tomam forma geométrica de um triângulo, sendo então denominado triângulo 
cibernético. Esse princípio de tratamento é importante para abrir o pavilhão auditivo ao 
procedimento terapêutico, permitindo maior execução de decodificações reflexas dos 
estímulos auriculares no córtex cerebral e maior liberação de neurotransmissores que 
beneficiam a circulação de energia, manifestando-se também positivamente sobre a função 
de oxigenação e circulação sanguínea.
1.1 Indicação da AuriculoterapiaTendo em vista que estamos falando de uma técnica utilizada tanto para diagnóstico, 
mas também para tratamento de desequilíbrios corporais e patologias. A técnica consiste na 
estimulação dos pontos específicos que indicam partes orgânicas do corpo, como alteração 
funcional, provocando estimulação periférica e desencadeando reações neurológicas 
e bioquímicas no Sistema Nervoso Central (SNC), causando a liberação de substâncias 
como endorfina e encefalina pelo cérebro (MACIOCIA, 2005).
São inúmeras as indicações da auriculoterapia, podemos citar como tratamento 
de dores por trauma externo, enfermidades reumáticas, endócrino-metabólicas, funcionais, 
alterações emocionais e crônicas, podendo ser utilizada, portanto, como tratamento de 
patologias específicas com vantagem de produzir resultados rápidos, como também em 
processos anestésicos (NEVES, 2009).
Ao compreendermos que o uso dessa técnica tem de grandeza eficácia, 
principalmente em transtornos psicológicos. É necessário dar uma atenção para o mal do 
século, que é a ansiedade (CURY, 2017). Dessa forma o transtorno de ansiedade quando 
vemos de uma forma generalizada é muito comum em adultos e é caracterizado por 
manifestações de ansiedade que oscilam ao longo do tempo, mas não ocorrem na forma 
de ataques nem se relacionam com situações determinadas. 
58UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
Estas alterações se fazem presentes na maioria dos dias e por longos períodos, 
de muitos meses ou anos, e sua evolução tende a cronicidade. O sintoma principal é a 
expectativa apreensiva ou preocupação exagerada mórbida (LEVITAN et al.,2011).
Nesses casos sempre são indicados os pontos Shen Men, Rim, Simpático, Coração, 
Estômago, Ansiedade e Depressão.
1.2 Contraindicações na Auriculoterapia
Enomóto (2015), nos explica que a prática da auriculoterapia acrescenta muitas 
vantagens tanto em associação a outras terapias, como em uso isolado pelos seguintes fa-
tores: pode ser administrada com e sem agulhas( nesse caso uso de semente de mostarda 
por exemplo), fácil administração (pode ser aplicada no cliente sentado ou deitado); técnica 
extremamente prática (o cliente não precisa se despir para o tratamento); resultados quase 
imediato (desde que localizado corretamente o ponto de aplicação e avaliação energética); 
técnica muito segura para aplicação em crianças e idosos; extensa variedade de recursos 
de estímulo terapêutico (agulhas, microesferas, magneto auricular, moxa auricular, ele-
troestimulação, laser auricular, etc.); pode ser aplicado com outros sistemas de acupuntura 
e/ou em conjunto com outras terapias. Dessa maneira, Freitas e Freire (2021) nos aponta 
que essa técnica de terapia frente a MTC, é uma técnica de extrema eficácia e sem contra 
indicação. 
Segundo Souza (2007) como a Auriculoterapia tem ação automática direta sobre 
o cérebro, seu uso deve ser criteriosamente exercido pelo um profissional capacitado, de 
conhecimento sobre a MTC, como exemplo um acupunturista, pois qualquer interpretação 
errada do diagnóstico pode levar a um esquema errado de terapia. Os efeitos de erros 
na Acupuntura ou na Auriculoterapia se manifestam a longo prazo. Poderá o paciente 
apresentar quadro de bem-estar imediato, mas o fenômeno é aparente e de pouca duração, 
cedendo lugar, depois a manifestações reversas, como vertigem, efeito rebote por exemplo. 
1.2.1 Possíveis efeitos colaterais
O principal efeito colateral da auriculoterapia são as sensações penetrantes que 
ocorrem quando as agulhas são inseridas no ouvido externo ou quando estimulação elétrica 
intensa é aplicado a um ponto de acupuntura de ouvido. Para pacientes sensíveis, a orelha 
deve ser tratada mais suavemente, e o uso de sementes de orelha podem ser preferidas. 
Se a intensidade da estimulação é desconfortável, o nível atual deve ser reduzido ou a 
duração da estimulação encurtada. 
59UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
A própria orelha às vezes pode ficar sensível e inflamada após o tratamento, alguns 
aspectos como vermelhidão ou sensibilidade geralmente desaparecem dentro pouco tempo. 
Tal como acontece com a acupuntura corporal, alguns pacientes ficam muito sonolentos 
após um auricular tratamento com acupuntura. Eles deveriam oferecer a oportunidade de 
descansar um pouco (OLESON, 2013). 
SAIBA MAIS
“A hipertensão arterial sistêmica é uma patologia crônica que afeta aproximadamente 
691 milhões de pessoas no mundo. Sua prevalência varia de 15-30%. A Auriculoterapia 
é uma técnica sem contraindicações que podem colaborar para reduzir e controlar a 
Pressão Arterial.”
Fonte: PEDRO, K. S. M; AZEVEDO, M. V. G. T. A utilização da auriculoterapia como recurso terapêu-
tico na hipertensão arterial sistêmica. UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 10, n. 18, p. 37, 2013. Disponível 
em: http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/83#:~:text=A%20hipertens%C3%A3o%20ar-
terial%20sist%C3%AAmica%20%C3%A9,e%20controlar%20a%20Press%C3%A3o%20Arterial. Acesso 
em: 20 jul. 2022.
 
http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/83#:~:text=A%20hipertens%C3%A3o%20arterial%20sist%C3%AAmica%20%C3%A9,e%20controlar%20a%20Press%C3%A3o%20Arterial.
http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/83#:~:text=A%20hipertens%C3%A3o%20arterial%20sist%C3%AAmica%20%C3%A9,e%20controlar%20a%20Press%C3%A3o%20Arterial.
60UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
2. MECANISMOS DE AÇÃO DA AURICULOTERAPIA
A auriculoterapia consegue mais do que apenas a redução da experiência de dor. 
Embora o alívio da dor seja o mais imediato efeito, tanto para a acupuntura como para a 
auriculoterapia os procedimentos facilitam o processo interno de cura do corpo. Acupuntura 
e auriculoterapia trata a condição subjacente mais profunda, não apenas a representação 
sintomática o problema. Eles afetam mais profundamente, mudanças, facilitando o natural, 
autorregulados mecanismos homeostáticos do corpo; reduzindo a tensão muscular; e 
melhorando circulação sanguínea. Tratamento de um determinado ponto de acupuntura pode 
diminuir as funções corporais hiperativas ou estimular processos fisiológicos deficientes.
Oleson (2013) explica que as localizações anatômicas dos pontos auriculares são 
descritas verbalmente e também são indicados por sua localização de zona. A maioria dos 
problemas de dor é devido à dor miofascial criado por estimulação contínua e crônica do 
neurônio sensorial estimulando um feedback muscular e espasmo. O retorno sensorial de 
tensão excessiva nos músculos reativa interneurônios espinhais que reestimulam excitação 
do neurônio motor, o que, portanto, leva a um aumento adicional da contração muscular. 
Ainda seguindo a linha de raciocínio do autor, o mesmo explica que os músculos não 
mantêm tensão crônica por si próprios, mas, sim, apenas pela ativação dos neurônios motores 
espinhais, que então fazem com que os músculos permanecem contraídos. Espasmos 
musculares mantidos são regulados pelo subconsciente reflexos espinhais, controle 
consciente por o córtex motor e o córtex pré-motor não é capaz de parar os espasmos de dor.
61UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
Os pontos auriculares que representam o sistema musculoesqueléticos estão 
associados a qualquer desordem que incluem questão de movimento, músculos, tendões, 
ligamentos e as estruturas ósseas esqueléticas da área corporal correspondente, 
bem como circulação de vasos sanguíneos para essa área. Estes pontos representam 
reflexos somáticos do sistema nervoso que afetam manutenção patológica de arcos 
reflexos na medula espinhal. Esses reflexos podem ser superestimados por neurônios 
somatossensoriais ou repetidamente reestimulado pelos músculos propriocetivos, assim 
manutenção de movimentos posturais disfuncionais. 
Problemas clínicos tratados por pontos reflexos do ouvido incluem alívio de problemas 
motores na correspondente área do corpo. Esses problemas incluem por exemplo tensão 
muscular, tensão muscular, tremores musculares,fraqueza muscular, tendinite. 
Para todos os pontos reflexos do ouvido, a superfície anterior do ouvido é usada 
para tratar o neurônio sensorial aspectos da sensação de dor nociceptiva, enquanto 
a superfície posterior da orelha é usada para tratar os aspectos do neurônio motor do 
espasmo muscular. 
Souza (2013), refere que os pontos auriculares conferem áreas específicas da 
orelha, dessa forma, esse ponto especifico possui uma relação energética de atividade 
funcional do organismo, como visto na figura A. Ou seja, cada ponto está ligado diretamente 
a um ponto especifico do encéfalo por intermédio das terminações nervosas, que estão 
contidas no pavilhão auricular. Desta forma, consequentemente possui uma conexão 
especial com órgãos e regiões do corpo humano, tendo como resultado um mecanismo de 
ação eficaz no tratamento de algumas enfermidades, conforme exposto na figura B.
FIGURA A-B - REFERENCIA ANATÓMICA DO MICROSSISTEMA AURICULAR
62UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
imagens do padrão somatotópico da orelha externa desenvolvidas pelo Dr.Terry 
Oleson, mostrando uma perspectiva invertida do feto (A) e uma orientação real do corpo 
somatotópico (B).
Fonte: Oleson (2013, p.14)
SAIBA MAIS
“Sabe-se que a Auriculoterapia é uma Prática Integrativa e Complementar que vem 
sendo indicada nas políticas públicas de saúde para o manejo da obesidade e de outras 
condições crônicas, porém, não se conhece o pano de fundo das publicações científicas 
e nem o tipo de evidência que podem embasar a implementação desta terapia nas 
estratégias do Sistema Único de Saúde.”
Fonte: FREITAS, L. C. S; TAVARES, Y. S; COUTINHO, B. D. Perfil das publicações científicas em auricu-
loterapia na obesidade. IX Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação, 2016. Disponível em: http://periodi-
cos.ufc.br/eu/article/view/14798 Acesso em: 20 jul. 2022.
 
http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/14798
http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/14798
63UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
3. MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM AURICULOTERAPIA
Maciocia (2007) explica que a observação anatômica é um dos passos importantes 
para um bom diagnóstico. A autora continua explicando que podemos seguir como exemplos, 
os diagnósticos da face, da língua, do pulso e da orelha. 
Os microssistemas são regiões do corpo específicos, que correspondem entre 
uma parte individual corpo, ou até mesmo ele como um todo. Analisando a orelha, que é 
uma área pequena do corpo humano, porém que reflete e sim, representa o corpo na sua 
totalidade, sendo assim conhecida como microssistema. Analisando essa teoria, a orelha 
se assemelha a um feto de ponta-cabeça e há um ponto no pavilhão auricular que reflete 
cada parte ou órgão do corpo (MACIOCA, 2007).
Nogier e Boucinhas (2012) nos apontam que existe três tipos de métodos para 
diagnóstico na auriculoterapia: 
Avaliação visual:
Se refere em observar o pavilhão auricular e tentar encontrar pequenas diferenças 
sobre uma região ou sobre um ponto. 
Avaliação pela dor:
Consiste em localizar pontos ou alguma área no pavilhão em que haja algum 
comprometimento. É usado um aparelho chamado apalpador de pressão, que exerce uma 
pressão constante. 
64UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
Avaliação elétrica ou eletrônica:
Quando se coloca a caneta elétrica, no ponto auricular, ela ascende, pois a 
resistência elétrica do ponto de acupuntura é menor (NOGIER e BOUCINHAS, 2012).
A cor branca das orelhas indicada um padrão de frio, ao passo que a cor azulada 
ou preta indica dor. Se os lóbulos da orelha estiverem ressecados, murchos e pretos, essa 
condição denta esgotamento extremo de Qi do Rim. Orelha intumescida: fator patogênico. 
Orelha fina: deficiência de Qi ou sangue. Lóbulo longo e cheio: constituição forte. Lóbulo 
pequeno: constituição frágil (MACIOCIA, 2007).
Segundo Fonseca (2011) as formas mais frequentes de marcas nas orelhas são:
● Orelha muito dura, pode significar pessoa rígida gosta das coisas de seu jeito, 
pode ser rígida consigo mesma; 
● Orelha ruída na hélice, se diz: “roeu de raiva”, alguém que passou muita raiva 
durante a vida a orelha apresenta-se dessa forma; 
● Orelha vermelha, ascensão do Yang do fígado, pessoa que se irrita com facilidade;
● Orelha vermelha ou não, mas com corte em diagonal no lóbulo, pode significar 
desequilíbrio no meridiano do coração;
● Orelha torta, pontuda com qualquer tipo de deformação, pessoa também muito 
irritável; 
● Orelha muito grande, deficiência de rim, é comum pessoas de idade avançada 
crescer a orelha e consequentemente quando isso acontece é um sinal de deficiência 
do meridiano dos rins.
Segundo Neves (2009) o diagnóstico em Auriculoterapia consiste na identificação 
e localização de pontos ou regiões alteradas no pavilhão auricular. Essas alterações são 
chamadas de pontos ou áreas reagentes e são localizadas por meio de inspeção, palpação 
e eletro diagnóstico.
65UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
SAIBA MAIS
“A medicina chinesa se expressa, no mundo atual, em três vertentes: medicina clássica 
chinesa, medicina tradicional chinesa e medicina chinesa contemporânea. Por medicina 
clássica chinesa entendemos as formulações das obras clássicas, surgidas a partir do 
período de formação da medicina chinesa, na dinastia Han”.
Fonte: FERREIRA, C. S; LUZ, M. T. Shen: categoria estruturante da racionalidade médica chinesa. Histó-
ria, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 14, p. 863-875, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/hcsm/a/
GKPhcM4g9hwMPWHqYDgKDXd/?lang=pt#:~:text=Shen%20na%20diagnose,sinais%20para%20ava-
lia%C3%A7%C3%A3o%20de%20Shen. Acesso em: 20 jul. 2022. 
 
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/GKPhcM4g9hwMPWHqYDgKDXd/?lang=pt#:~:text=Shen%20na%20diagnose,sinais%20para%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20de%20Shen.
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66UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
4. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DA AURICULOTERAPIA
As técnicas aplicáveis na auriculoterapia são as mesmas aplicadas a acupuntura 
sistêmica: tonificação, dispersão, sangria, massagem, eletro acupuntura e laser terapia.
Para tonificar os pontos presentes no pavilhão auricular, devemos pontuar 
superficialmente, já que no pavilhão auricular em nível superficial temos sangue em 
abundância, tornando fácil o processo.
Já no caso da dispersão, a penetração deve ser em nível profundo, devido ao fato 
de nesse nível haver presença significativa de nervos oriundos do Sistema Nervoso Central. 
Quando atingimos esses nervos pela ação da agulha, eles acabam sendo permanentemente 
estimulados, promovendo a teoria das comportas, que diz quando uma área muito estimulada, 
tem sua sinapse interrompida na coluna posterior da medula. Essa descrição anterior 
demonstra de forma clara a ação da acupuntura no tratamento de quadro doloroso. 
A sangria se torna indispensável, por ser a técnica mais importante no tratamento 
das patologias de calor e estagnação. Em caso de estagnação, iremos notar regiões 
de congestão venosa, que irá caracterizar esse quadro. Como exemplo, um quadro de 
lombalgia por estagnação de energia e de sangue na região correspondente ao segmento 
lombar, ao realizarmos sangria nesse ponto, geramos alivio de imediato. 
Quanto ao uso de sementes, as regras de tonificação e sedação são mais difíceis de 
serem mensuradas, já que ela está em aplicação superficial, e não temos penetração. Para 
dispersar, devemos pressionar as sementes de forma vigorosa, para que ela atinja os nervos.
67UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
A massagem é altamente benéfica na terapia auricular, devido as representações 
das áreas no pavilhão auricular, podemos por via deste alongar ou massagear certas áreas 
do corpo. Por exemplo, em um quadro de lombalgiapodemos utilizar a área correspondente 
no pavilhão auricular para massagear a área, melhorando assim o quadro. 
A Eletroacupuntura é uma técnica de grande importância por nos dar a noção exata 
do que estamos realizando: sabemos que se regularmos a frequência acima de 30Hz, 
promoveremos sedação, e abaixo de 30Hzgeramos tonificação (BUDRIS, 2005).
A sutura forma pouco descrita e de grande valia na prática clínica, mantendo ponto 
de estímulo por um grande período, como por exemplo em tratamento de obesidade, 
podemos unir os pontos da boca e da ansiedade.
No laser é uma técnica bastante estudada e que tem eficácia discutível. Temos 
duas formas utilizadas na pratica clínica, uma visível e uma invisível. Na acupuntura, 
podemos utilizar as duas. Com ele não conseguimos ter o parâmetro correto de tonificação 
e sedação, e o estímulo não encontra no pavilhão quantidade de sangue suficiente para a 
propagação (BUDRIS, 2005).
SAIBA MAIS
“(...) O diagnóstico na Medicina Tradicional Chinesa, visa combater principalmente o 
agente causador, e revitalizar e fortalecer a resistência natural do corpo, tendo a visão 
do microssistema e do macrossistema.”
Fonte: SILVÉRIO-LOPES, S; SEROISKA, M. A. Auriculoterapia para analgesia. Analgesia por acupuntu-
ra. Curitiba (PR): Omnipax, p. 1-22, 2013. Disponível em: https://docplayer.com.br/23620059-Auriculote-
rapia-para-analgesia-sandra-silverio-lopes-e-mariangela-adriane-seroiska.html Acesso em: 20 jul. 2022.
https://docplayer.com.br/23620059-Auriculoterapia-para-analgesia-sandra-silverio-lopes-e-mariangela-adriane-seroiska.html
https://docplayer.com.br/23620059-Auriculoterapia-para-analgesia-sandra-silverio-lopes-e-mariangela-adriane-seroiska.html
68UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
REFLITA
Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um com um pão, e, ao se 
encontrarem, trocarem os pães, cada um vai embora com um.
Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um com uma ideia, e, ao se 
encontrarem, trocarem as ideias, cada um vai embora com duas.
Fonte: PROVÉRBIO Chinês. O pensador. Disponível em: https://www.pensador.com/frase/NzQ1NjE/ 
Acesso em: 20 jul. 2022.
https://www.pensador.com/frase/NzQ1NjE/
69UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O escopo do desenvolvimento da medicina chinesa está se tornando cada vez mais 
amplo e com sua influência. A forma como o paciente é visto e como avaliar da mesma 
forma, procurando o foco dos sintomas e o que causa esta patologia, concentre-se no 
tratamento da causa, prevenção e tratamento, restaurando a harmonia do corpo. 
A medicina chinesa é vista a outros olhos, reconhecidos pelo mundo, através de 
diversos resultados de pesquisas, então, use ativamente a medicina chinesa para vários 
tratamentos, sintomas, distúrbios e patologias na área da saúde, pois tem muitas técnicas 
de tratamento e diagnóstico, a diferença é que trata o homem como um todo, vê um sistema 
microscópico, macrossistema, corpo, humor e nutrição, porque esses fatores também 
ajudam o desequilíbrio do organismo, que pode levar ao início da patologia, e seus sintomas 
são refletidos no microssistema.
Desta forma, vimos que a auriculoterapia como forma de tratamento já vem sendo 
utilizada há milênios. Escolas chinesa tem suas bases definidas em princípios da medicina 
oriental. Ao qual vimos na primeira unidade que considera o ser humano como um ser integral, 
sem barreiras entre mente, corpo e espírito. Chegamos à conclusão que são inúmeras 
as indicações da auriculoterapia, sendo possível citar como indicação de tratamento as 
dores por trauma externo, enfermidades reumáticas, endócrino-metabólicas, funcionais, 
alterações emocionais e crônicas, podendo ser utilizada, portanto, como tratamento de 
patologias específicas com vantagem de produzir resultados rápidos, como também em 
processos anestésicos. Ainda assim, o principal efeito colateral da auriculoterapia são as 
sensações penetrantes que ocorrem quando as agulhas são inseridas no ouvido externo ou 
quando estimulação elétrica intensa é aplicado a um ponto de acupuntura de ouvido. Para 
pacientes sensível, a orelha deve ser tratada mais suavemente, e o uso de sementes de 
orelha podem ser preferidas
Possibilitando também a compreensão de que como a Auriculoterapia tem ação 
automática direta sobre o cérebro, seu uso deve ser criteriosamente exercido pelo um 
profissional capacitado, de conhecimento sobre a MTC, como exemplo um acupunturista 
propriamente dito, pois vimos que qualquer interpretação errada do diagnóstico pode levar 
a um esquema errado de terapia.
70UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
Foi possível compreender também que microssistemas são regiões do corpo, que 
correspondem entre uma parte individual e o todo, como a face, a língua, o pulso, a orelha, 
que são áreas pequenas do corpo humano, porém que refletem e representam, o corpo 
na sua totalidade. A acupuntura auricular é uma aplicação bem conhecida, partindo do 
princípio que uma única parte do corpo reflete um todo. De acordo com essa teoria, a orelha 
se assemelha a um feto de ponta-cabeça e há um ponto no pavilhão auricular que reflete 
cada parte ou órgão do corpo
Em seguida, compreendemos um pouco mais o processo de saúde e doença na 
visão da MTC. O termo de manutenção, prevenção e recuperação da saúde, na perspectiva 
oriental, da MTC, está vinculado ao desequilíbrio energético, gerando assim alterações 
patológicas. Percebido como o equilíbrio entre yin e yang no organismo garantido pelo livre 
circular do Qi (energia). Você também teve a oportunidade de estudar que o organismo 
é arquitetado como uma união que compreende os níveis físico, psíquico, emocional e 
espiritual em relação dinâmica com o meio ambiente, como um sistema energético e 
funcional. E com isso, as causas dessas desarmonias podem ser classificadas em internas, 
externas e mistas, isto é, associadas com a energia ancestral e hábitos de vida.
Finalizamos nosso estudo compreendendo que as técnicas aplicáveis na 
auriculoterapia são as mesmas aplicadas a acupuntura sistêmica: tonificação, dispersão, 
sangria, massagem, Eletroacupuntura e laser terapia.
Para tonificar os pontos presentes no pavilhão auricular, devemos pontuar 
superficialmente, já que no pavilhão auricular em nível superficial temos sangue em 
abundância, tornando fácil o processo.
Dessa forma, me despeço de você meu querido aluno (a) com um abraço, Sucesso 
a você! 
 
71UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
LEITURA COMPLEMENTAR
EFEITO DA ACUPUNTURA NA MELHORA DA DOR, SONO E QUALIDADE DE 
VIDA EM PACIENTES FIBROMIÁLGICOS: ESTUDO PRELIMINAR
A fibromialgia é uma síndrome definida por dor crônica generalizada e em pelo 
menos 11 dos 18 tender points, pontos dolorosos específicos. Este ensaio clínico randômico 
visou verificar a eficácia da acupuntura na melhora da dor, sono e qualidade de vida de 
pacientes fibromiálgicos. Dentre 20 mulheres com média de idade 44 anos, com diagnóstico 
de fibromialgia segundo critérios do Colégio Americano de Reumatologia, finalizaram o 
estudo 12, distribuídas aleatoriamente em dois grupos: A (GA, n=5), que recebeu acupuntura 
segundo a medicina tradicional chinesa; e B (GB, n=7), que teve a inserção de agulhas 
nos tender points base do occipital, trapézio, supraespinhoso e epicôndilo lateral. A dor 
foi avaliada por escala visual analógica e dolorimetria; o sono, pelo Inventário do Sono; 
e a qualidade de vida, pelo Questionário de Impacto da Fibromialgia (QIF). Os grupos 
receberam acupuntura uma vez por semana, durante oito semanas, com inserção de oito 
agulhas por 25 minutos. Os dados foram tratados estatisticamente, adotando-se o nível de 
significância ±=0,05. No GA, houve melhora estatisticamente significante do sono; e no GB, 
na dor, limiar de dor nos tender points, no sono e nos itens do QIF dor, cansaço matinal, 
ansiedade e depressão (p<0,05). Os resultados sugerem que a acupuntura, especialmentecom inserção de agulhas nos tender points, promove a diminuição da dor e melhora da 
qualidade de vida e do sono em indivíduos com fibromialgia.
Fonte: TAKIGUCHI, R. S. et al. Efeito da acupuntura na melhora da dor, sono e 
qualidade de vida em pacientes fibromiálgicos: estudo preliminar. Fisioterapia e Pesquisa, 
v. 15, p. 280-284, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/fp/a/Q5tsvtjFndvYR7NS7dW-
zNcj/abstract/?lang=pt Acesso em: 20 jul. 2022.
https://www.scielo.br/j/fp/a/Q5tsvtjFndvYR7NS7dWzNcj/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/fp/a/Q5tsvtjFndvYR7NS7dWzNcj/abstract/?lang=pt
72UNIDADE IV Clínica em Auriculoterapia
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: A arte da Guerra
Autor: Sun Tzu.
Editora: Record
Sinopse: Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para 
cada vitória grande, sofrerá também uma derrota. Se você não 
conhece nem o inimigo e nem a si mesmo, perderá todas as 
batalhas”. É imprescindível que o livro A arte da guerra é sem dúvida 
a bíblia da estratégia, sendo utilizada amplamente no mundo dos 
negócios, conquistando pessoas e mercados. Na paz, preparar-
se para a guerra; na guerra, preparar-se para a paz. A arte da 
guerra é de importância vital para o Estado. Assim, em nenhuma 
circunstância deve ser negligenciada. Desta maneira começa o 
notável documento chinês, escrito há cerca de 2500 anos, no qual 
é registrada a sabedoria de Sun Tzu, filósofo que se tornou general. 
Os conselhos de Sun Tzu podem ser usados de diferentes formas 
e para diversos campos do conhecimento humano. São muito 
úteis, principalmente, para jovens executivos e empreendedores, 
assim como para chefes de Estado e comandantes. Uma obra 
para ser lida não apenas por todo comandante ou oficial, mas por 
qualquer pessoa interessada na paz. Não surpreende que o livro 
seja citado em filmes e constantemente aplicado para solucionar 
os mais recentes conflitos do nosso dia a dia.
FILME/VÍDEO
Título: A Batalha dos 3 Reinos
Ano: 2010.
Sinopse: 208 D.C. A China é governada pela dinastia Han. O 
ambicioso primeiro-ministro do norte, Cao Cao (Fengyi Zhang), 
pretende controlar todo o território chinês e para tanto decide 
derrubar as duas forças rebeldes do sul. Para isso conta com um 
exército de quase um milhão de homens. Sun Quan (Chen Chang) 
e Liu Bei (Yong You), reis de suas regiões, são obrigados a unirem-
se contra o poderoso ataque de Cao Cao. Desta forma os povos 
deixam de lado suas rivalidades e são obrigados a criar diversas 
estratégias para superar a esmagadora vantagem numérica do 
inimigo.
73
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78
CONCLUSÃO GERAL
Como você pôde perceber, prezado(a) estudante, os temas tratados nesta disciplina 
trazem importantes aspectos de natureza conceitual, contextual e histórico das Políticas 
Públicas de Saúde no Brasil, principalmente em relação a novos tratamentos de alterações 
do aspecto de saúde e doença.
Neste sentido, na Unidade I, com o tema “História da medicina tradicional chinês” 
apresentamos a você o conceito básico da MTC, abrangendo de forma clara e respeitosa 
a lei do Yin Yang, trouxemos a teoria dos cinco elementos, em seguida, finalizamos essa 
unidade com ênfase na teoria do Zang-Fu, (a teoria dos órgãos e vísceras).
Na Unidade II, com o tema “Meridianos e Pontos de Acupuntura”, você 
compreendeu o que para tratarmos o ser humano, precisamos incluir em sua linha terapêutica 
os canais de energia, ou seja, os 12 meridianos básicos. Com isso, vimos também a origem 
e a importância de lidarmos com os meridianos extraordinários, e de forma respeitosa, 
tivemos a teoria dos pontos Shu antigos. Foi possível estudar a técnica de Moxaterapia, e 
suas formas de aplicação direta e indireta. 
Na Unidade III, com o tema “Introdução à Auriculoterapia”, destacamos a 
história da auriculo-terapia e algumas referências teóricas, e todo o processo de análise 
de saúde/doença em visão da MTC. Neste aspecto, compreendemos a forma anatômica 
e as posições dos pontos chaves de aplicação nessa técnica. E terminamos essa unidade 
compreendendo a Somatotopia auricular e sua ação neurológica. 
Ao final do nosso livro, na Unidade IV, com o tema “Clínica em Auriculoterapia”, 
apresentamos as indicações e as contraindicações da Auriculoterapia, e foi possível 
compreender que temos várias indicações terapêuticas, e muito pouca ação adversa nessa 
terapia. Nesse raciocínio, trabalhamos a compreensão do seu mecanismo de ação e seus 
métodos de diagnóstico para a terapia complementar. Associado juntamente a técnicas de 
aplicação da Auriculoterapia. 
Espero, sinceramente, ter contribuído com vosso aprendizado, um abraço e Sucesso!
+55 (44) 3045 9898
Rua Getúlio Vargas, 333 - Centro
CEP 87.702-200 - Paranavaí - PR
www.unifatecie.edu.br
	UNIDADE I
	História da Medicina 
	Tradicional Chinesa
	UNIDADE II
	Meridianos e Pontos de Acupuntura
	UNIDADE III
	Introdução á Auriculoterapia
	UNIDADE IV
	Clínica em Auriculoterapia

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