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07/04/2024 1 Prof. Silvino Moreira / UFLA Profa. Christiane Diniz Melo Cultura do feijão: fenologia, origem, grupos comerciais e exigências climáticas Fonte: Ilustração: Fábio Nolêto citado por Oliveira et al. (2018). Estádios de desenvolvimento da planta do feijoeiro 1 2 07/04/2024 2 ▪ O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) pertence à família Leguminosae (Fabaceae); ▪O gênero Phaseolus compreende cerca de 55 espécies, das quais apenas cinco são cultivadas; ▪O feijão de lima ou feijão fava (Phaseolus lunatus). É uma trepadeira que pode atingir quatro metros de altura. Produz flores branco-esverdeadas ou amarelo-pálidas; ▪ Phaseolus coccineus: Feijão-da-espanha ou feijoca, trepadeira com até 4 metros de altura, com flores vermelhas, podendo ser utilizada como ornamental ou produção de farinha para pirão; ▪ O feijão tepari (Phaseolus acutifolius); ▪Phaseolus polyanthus. Classificação botânica Feijão fava (Phaseolus lunatus) Feijão comum (Phaseolus vulgaris) Dois gêneros de feijões mais cultivados no Brasil ❑Feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.): ▪ É o mais cultivado na região Centro Sul; ▪ 80% do feijão consumido no Brasil. • Tipos comerciais principais: Carioca, Preto e Vermelho. ❑Vigna unguiculata: mais cultivado na região Norte/Nordeste: ▪ 20% do feijão consumido no Brasil; ▪ Feijão caupi, macassar ou fradinho; ▪ Vigna angulares (feijão adzulki). 3 4 https://pt.wikipedia.org/wiki/Liana 07/04/2024 3 ▪Relata-se que o feijoeiro teve dois centros de domesticação: ⮚1- América Central, principalmente México (mesoamericano); ⮚2- Sul dos Andes: Norte da Argentina e Sul do Peru (andino); ⮚ E, ainda um terceiro de menor importância, na Colômbia. ❑ Feijões de grãos grandes (ex.: Jalo), com faseolina (principal proteína de reserva), tipo T: origem andina. ❑ Feijões de grãos pequenos (ex.: Carioca) com faseolina tipo S: origem mesoamericana (México). ❑ Feijões de origem colombiana: apresentam faseolinas tipo S e T e outras. Origem do feijoeiro 10 maiores produtores milhões de toneladas em 2010 Índia 4,87 Brasil 3,20 Mianmar 3,03 China 1,53 Estados Unidos 1,44 México 1,16 Tanzânia 0,95 Uganda 0,46 Quênia 0,39 Argentina 0,34 Mundo 23,23 https://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3o. Acesso em 30/11/18 Produção de feijão seco no Mundo 10 maiores produtores milhões de toneladas em 2010 China 13,03 Indonésia 0,88 Turquia 0,59 Índia 0,58 Tailândia 0,30 Egito 0,27 Marrocos 0,20 Itália 0,18 Espanha 0,17 México 0,10 Mundo 17,65 Prod. de feijão verde (vagem) no Mundo 5 6 https://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3o 07/04/2024 4 Principais produtores de feijão seco no mundo (em toneladas) Fonte: FAOSTAT (2021). ▪O cultivo é bastante difundido em todo o território nacional, no sistema solteiro ou consorciado com outras culturas; ▪ É reconhecida como cultura de subsistência em pequenas propriedades; ▪ Nos últimos 20 anos, crescente interesse de grandes produtores, adotando tecnologias avançadas: a irrigação e a colheita mecanizada (PR, MG, MT, BA, GO). ▪ Na Bahia, as principais zonas de produção estão no semi-árido e zona de tabuleiros: Irecê, Ribeira do Pombal e Barreiras como centros de comercialização. Importância do feijoeiro no Brasil 7 8 07/04/2024 5 Produção atual de feijão no Brasil (Safra 2022/23) Fonte: CONAB (2023). https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/serie-historica-das-safras?start=20 Produção, consumo e importação de Feijão no Brasil Fonte: Elaboração da CGPOP/DAEP/SPA/MAPA e SUEST/SMAE/Embrapa com dados da CONAB. * Modelos utilizados: Para produção, consumo e importação modelo Arma. 9 10 07/04/2024 6 Quais os grupos comerciais de feijão comum? ▪ Grupo Carioca: ex.: Pérola, BRSMG Madripérola, BRS Estilo, IPR Campos Gerais; TAA Dama, BRSMG Uai, etc. ▪ Grupo Manteigão: ex.: Jalo, Jalo Precoce, BRS Radiante; ▪ Grupo Preto: ex.: BRS Supremo, Diamante Negro, BRS Grafite, IPR Tuiuiú; ▪ Grupo Roxo: ex.: BRS Timbó; ▪ Grupo Rosinha: ex.: BRS Vereda; ▪ Grupo Vermelho: ex.: Ouro Vermelho; ▪ Grupo Branco: ex.: Ouro Branco; ▪ Grupo Rajado: ex.: BRS Executivo; ▪Grupo Mulatinho: ex.: IAC Bico de Ouro, Bambuí. ▪ Grupo Bolinha: Ex.: IAC Esperança ▪Outro: Chumbinho. Grupos comerciais de feijão comum ▪Há vários tipos comerciais (cerca de 40.000 cv no mundo). ▪ No Brasil: predomina consumo de feijão Carioca e Preto (variações regionais). Carioca exclusivo do Brasil (Preços Δ); ▪ Mercado externo: feijões especiais (Branco e Rajado). 11 12 07/04/2024 7 Cultivo comercial do cultivar Perola, tipo III carioca Foto: Silvino Moreira (2008). Grupo comercial Preto Preto - Ex.: IPR Tuiuiú Destaques: Feijão preto de ampla adaptação, alto potencial produtivo, porte ereto, possibilitando colheita mecânica. Tolerância intermediária a altas temperaturas e à seca. Características: Hábito de crescimento indeterminado. Ciclo médio de 88 dias. PMS médio de 227 g. Foto: Silvino Moreira, Cultivar IPR Tuiuiu 13 14 07/04/2024 8 Feijão tipo comercial fradinho. A BRS Tapaihum é a primeira cultivar do grão Caupi, com revestimento preto para consumo humano. Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/ Feijão Caupi (Vigna unguiculata) Fotos: Francisco Rodrigues F Filho. Melhoramento genético do feijão ▪Diferentemente da soja e milho, que é feito por empresas privadas, no feijão são basicamente por empresas públicas: Universidades (UFLA, UFV e outras) e centros de pesquisa (EPAMIG, IAPAR, IAC e EMBRAPA). ▪ No feijão, deve-se aliar produtividade, tipo comercial, qualidade do produto e características desejáveis pela dona de casa (cor, cocção, etc.). ❑ Privadas: ▪ http://www.agronorte.com.br (ANfc); Agropecuária Terra Alta Ltda (TAA); ▪ Estima-se que se utilizam sementes em apenas 10% da área cultivada (Cobucci et al., 2010). De 15 a 20% segundo último CONAF (set/2017). ❑ O que é importante para o melhoramento da cultura no Pais? ▪ Produtividade? Qualidade? ▪ Feijão tem problemas com pragas e doenças? ▪ Quem estuda a cultura no País? 15 16 http://www.agronorte.com.br/ 07/04/2024 9 ▪ Planta para colheita mecanizada (+ereta e com inserção de legume + alta); ▪ Evitar proximidade dos ramos laterais com o solo (apodrescimento e doenças); ▪Para colheita mecanizada: se busca uma planta ereta ou semi-ereta, com maior altura de inserção das primeiras vagens e com ótima qualidade de grãos!!! ▪Resistente às principais doenças; ▪ Qualidade de grãos. Planta moderna de feijão? Foto: Silvino Moreira (2017) Ex.: BRS MG Uai Planta “moderna” de feijão Fotos: Silvino MoreiraBRS MG Uai Foto: Silvino Moreira, Cultivar IPR Tuiuiu Cultivares de feijão semi eretas e eretas BRS Estilo 17 18 07/04/2024 10 Feijão Vermelho “Ouro da Mata” (BRSMG Marte), tipo II Foto: Silvino Moreira (2017) Cv, prostrada. Ex. Ouro Vermelho, Pérola, Dama… Ex.: IPR Tuiuiú, TAA Gol. F o to : S il v in o M o re ir a (2 0 1 8 ) Exemplos de cv eretos ou semi-retos Tipo de planta x colheita mecanizada 19 20 07/04/2024 11 ▪ Tipos de Crescimento ▪Hábitos de Crescimento ❖ Determinado ❖ Indeterminado ❖ Tipos I, II, III e IV (arbustivo a prostado) Cultivar de Feijoeiro: Tipos e Hábitos de Crescimento Fonte: Ilustração: Fábio Nolêto citado por Oliveira et al. (2018). Tipo determinado Florescimento no último nó: Feijão, cultivar Ouro Branco. F o to : S il v in o M o re ir a ( 2 0 1 6 ). Foto: Silvino Moreira (2023). 21 22 07/04/2024 12 ❑Todas as gemas vegetativas (apicais da haste principal e dos ramos laterais) se transformam em reprodutivas, quase que simultaneamente; ▪ O aparecimento das flores ocorre do ápice para a base; ▪ Período de florescimento mais curto que os tipos II, III e IV. Plantas tipo determinado Foto: Silvino Moreira (2016). *Caule principal é pouco ramificado: planta pequeno porte (± 60 cm de altura); * Florescimento inicia às vezes antes dos 30 dias; * Ou seja, precisa de dar condições iniciais de desenvolvimentopara rápido da planta: lembrem-se “cresce e floresce”. *Ciclo precoce (60 – 80 dias); *Pouca capacidade de recuperação em condições climáticas adversas; * Uniformidade de maturação das vagens; * Exige maior população de plantas/ha; * Fertilidade do solo/adubação na semeadura +(importante); *Planta pouco ramificada, ereta e fechada; *Ex: TAA Gol, BRS FC104, IAC1849 Polaco, IAC Veloz, BRS Radiante. Foto: Silvino Moreira (2023). Plantas tipo I 23 24 07/04/2024 13 Informação do IAC: "A nova cultivar é resistente à antracnose e tolerante à murcha de fusarium. Essas características proporcionam a redução do controle químico em torno de 20%. A planta tem porte ereto, o que facilita a colheita mecânica”. https://www.cittolinalimentos.com.br/wp-content/files_mf/feija%CC%83opreto_iac%E2%80%93veloz_cittolin.pdf IAC Veloz: ciclo de 75 a 80 dias no Paraná Foto após 25 dias semeadura.. Foto após 32 dias semeadura: Faz São Miguel, Itutinga, Fev, 2022. BRS Pérola, Tipo III TAA Gol, Tipo I F o to : S il v in o M o re ir a (2 0 1 8 ) Tipo de planta x colheita mecanizada x fechamento das ruas (manejo doenças, pragas e plantas daninhas) 25 26 07/04/2024 14 Tipo de planta x colheita mecanizada Tipo de planta x colheita mecanizada Vídeo: Vítor Olivério (2022). 27 28 07/04/2024 15 Tipo de planta x colheita mecanizada Tipo de planta x colheita mecanizada Foto: Vítor Olivério (2022). Tipo de planta x colheita mecanizada Foto: Vítor Olivério (2022). 29 30 07/04/2024 16 Tipo de planta x colheita mecanizada Foto: Vítor Olivério (2022). Tipo de planta x colheita mecanizada Foto: Vítor Olivério (2022). 31 32 07/04/2024 17 Tipo de planta x colheita mecanizada Foto: Vítor Olivério (2022). Tipo indeterminado ▪Mesmo após o início do florescimento, as gemais apicais continuam a desenvolver e as plantas continuam vegetando e produzindo ramos (produz o guia); ▪ Período de florescimento: mais longo; ▪ Abertura das flores da base para o ápice das plantas (as inflorescências desenvolvem-se nas axilas das folhas, e a floração inicia-se da base para o ápice da planta). Fotos: Silvino Moreira (2015). 33 34 07/04/2024 18 Tipo indeterminado: Fotos: Silvino Moreira (2015). * Cultivares arbustivas de crescimento indeterminado; * Caule principal não numerosos ( 10 – 15 internódios); * Altura da planta ± 70 cm; * Guia curta e pouca ramificação; * Após floração, plantas continuam crescendo, porém em ritmo mais lento; *Duração média de florescimento: 15 – 20 dias; > Capacidade de compensação e recuperação com redução do estande do que as Tipo I; ▪Ciclo mais longo em relação às do tipo I (Ciclo: 80 – 90 dias) *Menor desuniformidade de maturação de vagens do que as tipo III e IV. Cultivares de Feijão Tipo II Foto: Silvino Moreira (2017) 35 36 07/04/2024 19 ▪BRS FC402, IPR Campos Gerais, BRS Estilo, BRS Supremo, IPR Tuiuiú, BRS Executivo, BRS estilo, BRS Esteio, BRSMG Uai da UFLA (cultivares adaptadas à colheita mecânica), feijão vermelho BRSMG Marte (“Ouro da mata”). Exemplo de cultivares de feijão Tipo II IPR Tuiuiú (esquerda) IAC Nepturno (direita) no estádio vegetativo (Foto: Antônio Carvalho, 2022). IPR Urutau: ciclo de 84 dias no Paraná Foto após cerca de 35 dias semeadura: Sul de Minas. Foto Flavio Moraes (Dez 2021). 37 38 07/04/2024 20 * Cultivares de crescimento indeterminado com hábito prostrado ou semi- prostrado, com ramificações desenvolvidas; * Tem grande número de ramificação; * Caule principal e laterais podem ter aptidão trepadora; * Altura da planta ± 80 cm; * Guia comprida; * Excelente capacidade de compensação em baixas populações de plantas; * Plantas continuam emitindo folhas e ramos vegetativo após o início da florada; Feijão Tipo III Foto: Silvino Moreira (2015) * Período de florescimento: 20 – 25 dias ( debaixo para cima); * Desuniformidade de maturação das vagens (colheita/manejo); * Grande quantidade de vagens localizada no terço inferior da planta; * Ciclo mais longo (média de 85 – 100 dias, mas depende do clima e variedade); *Altamente produtivas; *Ex: Carioca, IAC Carioca, Pérola, BRSMG Madriperola, BRS Grafite, BRS Majestoso, BRS Grafite, BRS Requinte, TAA Dama... Tipo III Foto: Gustavo Silva 39 40 07/04/2024 21 https://www.youtube.com/watch?v=Lfy- GIGG2Hk&list=PL6TGBNRaZ9Zn_0_nSzCdttgifYvp96WhB&index=9&t=238s Diferenças entre cultivares determinadas e indeterminadas –Indeterminado trepador; –Baixo número de ramos laterais em cada nó; – Ramos laterais pouco desenvolvidos; –Caule principal (20-30 nós) com até mais de 2 m de altura; – Ciclo mais longo; – Colheita parcelada. Tipo IV ▪Plantas de feijão-vagem aos 20 dias após a emergência. Jarinu (SP), 2014. Foto: José Braga Semis, citado por Trani et al. (2015). ▪ Espaçamento = 1,0 a 1,1 m x 0,5 a 0,7 m para feijão-vagem trepador e 0,5 x 0,2 m para as cv. anãs. 41 42 07/04/2024 22 Qual o melhor grupo de cultivares (Tipo I, II ou III)? (depende do que está buscando......) http://www.agronorte.com.br/Produtos/FeijaoCarioca/12-ANfc_9 http://www.iapar.br/pagina-1363.html https://seprotec.com.br/sementes/cultivares-de-feijao-carioca-preto-e-de-cores/cultivar-ipr-campos-gerais/ http://www.iac.sp.gov.br/cultivares/inicio/resultados.php https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1062715/catalogo-de-cultivares-de-feijao- comum. Vá nas empresas de confiança da sua região, já que o principal desafio é qualidade de sementes! Hoje de todo feijão cultivado no País, entre 80 a 90% é com semeadura com sementes salvas! •Como escolher a cultivar de feijão? 43 44 http://www.agronorte.com.br/Produtos/FeijaoCarioca/12-ANfc_9 http://www.iapar.br/pagina-1363.html https://seprotec.com.br/sementes/cultivares-de-feijao-carioca-preto-e-de-cores/cultivar-ipr-campos-gerais/ http://www.iac.sp.gov.br/cultivares/inicio/resultados.php https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1062715/catalogo-de-cultivares-de-feijao-comum https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1062715/catalogo-de-cultivares-de-feijao-comum 07/04/2024 23 Comercialização: importante cor e tamanho de grão Foto: 3W Agronegócio (2019). Com destaque para o ANFc9: Coloração e alto PMS (274 gramas) e alta produtividade (>54 sacas/ha nas águas, cultivo de sequeiro). 45 46 07/04/2024 24 ▪Cultivar Agronorte ANFC09: 21 sacas /hectare, numa área irrigada por pivô central, na 3ª safra. Perdas por Murcha de Fusarium (Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli).– Fazenda Santa Terezinha – Campo do Meio, MG F o to s : M a te u s A ra u jo ( 2 0 2 0 ). IAC Milênio: ciclo médio de 95 dias; • Massa de mil grãos de 290 gramas, alta qualidade de grão com tolerância ao escurecimento; ▪Resistente ao Fusarium oxysporum e as raças fisiológicas 81, 89 e 95 do patógeno da antracnose (Colletotrichum lindemuthianum); ▪O potencial produtivo da cultivar IAC Milênio é de 4625 kg.ha-1 Exemplo de Cultivares com resistência à Murcha de Fusarium (Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli). http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php 47 48 http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php 07/04/2024 25 IAC Imperador: com ciclo precoce ao redor de 75 dias ▪Massa de mil grãos de 270 gramas; ▪A cultivar IAC Imperador apresenta potencial produtivo de 4.600 kg.ha-1; ▪Apresenta resistência ao Fusarium oxysporum e também as raças fisiológicas 65, 81, 89 e 95 do patógeno da antracnose (Colletotrichum lindemuthianum). http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php Outros resistentes ao Fusarium: IAC Formoso Cultivares resistentes a Murcha de Fusário (Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli). Fonte: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/154713/1/catalogoFeijao-safra2016-2017-web1.pdf Cultivares resistentes à Murcha de Fusário (Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli). 49 50 http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php 07/04/2024 26 Cultivares “resistentes”a Antracnose: IAC 1849 Polaco http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php Cultivares “resistentes” a Antracnose: IAC 1850 http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php 51 52 http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php 07/04/2024 27 Cultivares “resistentes” a Antracnose: IAC 2051 http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php *TEMPERATURA Ideal 21°C Regiões aptas → 15 a 30°C ÁGUA Sensível a falta e ao excesso Consumo médio diário → 2,9 – 5,0 mm Precipitação ou irrigação → 300 – 450 mm Pico - floração → 5,3 mm dia-1 LUZ Suporta o sombreamento, permitindo o seu emprego em sistemas consorciados F o n te : D o u ra d o N e to & F a n c e lli (2 0 0 0 ); P o rte s (1 9 9 6 ) Exigências Climáticas F o to : S ilv in o M o re ir a ( 2 0 1 7 ) *Planta de soma térmica e pouca sensibilidade ao fotoperíodo. 53 54 http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/feijao.php 07/04/2024 28 Temperatura elevadas (acima de 30°C): ▪Causam grande abortamento de flores e redução do vingamento e retenção final de vagens; ▪Aumenta a [etileno] → queda de folhas, flores e vagens; ▪Há diferenças entre cultivares quanto à tolerância a altas temperaturas. Exigências Climáticas: temperatura Temperatura baixas (abaixo de 12°C): ▪Redução na formação de ramos laterais ou axilares; ▪Abortamento de flores e sementes; ▪Falhas na formação e fisiologia das estruturas reprodutivas; ▪% de germinação do grão de pólen é reduzida; ▪ Redução da taxa de fecundação. Cultivar Tuiuiu com cerca de 115 dias após a semeadura, feijão de segunda safra em ano com baixas temperaturas no outono/inverno de 2017! Foto: Silvino Moreira (2017) 55 56 07/04/2024 29 Cultivar Tuiuiu com 79 dias após a semeadura, feijão de segunda safra em ano com baixas temperaturas no outono/inverno de 2023! Foto: Maria Beatriz Bueno Marquezi (2023.) Abortamento de grãos e vagens pequenas – cerca de 30 dias sem chuva. Foto: Silvino Moreira (2023.) Cultivar IAC 1850 durante enchimento de grãos na safra de verão 2023/24 na Fazenda 3W Agronegócio, dia 14 de novembro de 2024. Fotos: Thais Campos (2023). Abortamento de grãos e vagens pequenas – cerca de 15 dias sem chuva e altas temperaturas. 57 58 07/04/2024 30 Fig. Épocas de plantio de feijão nas principais regiões produtoras, de acordo com o regime de chuvas. Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Feijão das Águas Feijão da Seca Feijão de Inverno P re ci p it aç ão P lu v ia l Fonte: Chagas, 1988. Épocas de semeadura de feijão no Brasil ▪Águas, 1a Safra, Primavera-Verão ▪Seca, 2a Safra, Verão-Outono ▪ Inverno, 3a Safra, Outono-Inverno ou Inverno-Primavera Brasil: há três safras, com grandes variações de produtividades entre regiões, épocas e sistemas de cultivo (sequeiro e irrigado). Produção do Feijoeiro Comum (Phaseolus vulgaris L.) no Brasil por safra ❑ Estados com maiores produtividade na 3a safra: ▪ MG: acima de 2650 kg/ha; ▪ GO: 2850 kg/ha; ▪ DF: 3101 kg/ha; ▪ Safra 18/19: produtividade média do Brasil: ± 1031 kg/ha; ▪ Safra 18/19: área cultivada: 2933,10 Mil ha. Fonte: CONAB (2020). Safra 2016/17 Produção Produtividade Milhões (ton) kg/ha 1a Safra 1131.6 1074 2a Safra 1131.1 858.0 3a Safra 0.858 1,276.0 Total 3,182.7 Safra 2018/19 Produção Produtividade Milhões (ton) kg/ha 1a Safra 989,1 1072 2a Safra 1.289,6 917 3a Safra 743,8 1232 Total 3022,5 59 60 07/04/2024 31 Produção de feijão por épocas de semeadura no Brasil Fonte:https://www.conab.gov.br/info- agro/safras/graos. 2ª Safra. 3ª Safra. 1ª Safra. 0 100 200 300 400 Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun 15 16 58 119 188 275 308 187 186 62 41 22 P re c ip it a ç ã o ( m m ) Feijão (1ª Safra ou das águas) nos sistemas de produção! Épocas de semeadura no Brasil Feijão das Águas ❖ Época (zoneamentos): é aquela que atende as exigências edafoclimáticas da cultura! F o n te : E la b o ra d o p o r S ilv in o M o re ir a ( 2 0 2 2 ). 61 62 https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos 07/04/2024 32 Feijão “das águas”: ▪Semeaduras: setembro a dezembro (depende da região); ▪ Início do período chuvoso: • Falta de umidade na semeadura; • Ocorrência de veranicos; • Excesso de umidade na colheita!!! Épocas de semeadura Vazio sanitário do feijão: 15 de setembro a 25 de outubro: MG, DF e GO (maiores problemas nos primeiros 40 dias da cultura). J F J A SM JA M O N D % Mosca brancaPICO DE INCIDÊNC IA REDUÇÃ O MÁXIMA Riscos do feijão das secas e das águas e vantagem do feijão irrigado! 63 64 http://agricultura.ruralbr.com.br/ultimas-noticias/tag/feijao/ 07/04/2024 33 Riscos do feijão das “águas”: chuva na colheita! Itutinga, MG, 08 de fevereiro de 2022 Riscos do plantio das “águas”: chuva na colheita! Foto: Pedro Lima 65 66 07/04/2024 34 0 100 200 300 400 Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun 15 16 58 119 188 275 308 187 186 62 41 22 Feijão irrigado Feijão 2ª Safra (ou das secas) ou de 3ª safra (ou irrigado) P re c ip it a ç ã o ( m m ) Fonte: Elaborado por Silvino Moreira (2022). ▪ Janeiro a março-abril (safrinha de algumas regiões); ▪ As plantas irão se desenvolver durante o verão e outono e a colheita ocorre em período de baixa precipitação pluvial; ▪ Problemas: • Excesso de chuvas na semeadura; • Pode ocorrer veranicos no enchimento de grãos; • Normalmente a colheita ocorre sem chuvas; • Ocorrência de geadas nas semeaduras tardias (abril), nas regiões mais frias. Feijão “da seca” 67 68 07/04/2024 35 Riscos do feijão das secas: chuva (falta dela)! F o to : S il v in o M o re ir a ( 2 0 1 8 ). Abortamento de grãos e vagem: 15 sacas/ha ▪ Abril a junho; ▪ Uso de irrigação; ▪ A colheita é realizada durante os meses de inverno; ▪ Possíveis problemas: ▪ Ocorrência de geadas (evitar regiões frias); ▪ Excesso de umidade na colheita em semeaduras tardias (julho a agosto): Colheita outubro - novembro!!! ▪ Baixas temperaturas principalmente no florescimento (abortamento de flores). Feijão “de inverno” 69 70 07/04/2024 36 ▪ Altos rendimentos; ▪ Colheita em período seco: • Produto de melhor qualidade; • Ótimas condições de produção de sementes; • Entressafra → “melhores preços”*** ▪ Diminuição da incidência de pragas e doenças (com adequado manejo da água); ▪ Menor interferência de fatores climáticos. Feijão “de inverno” *** Embora as variações de preços são muito grandes de uma semana para outra e não há como armazenar e garantir a qualidade do grão!!! http://www.bolsinha.com.br/br/acessonegado.asp Murcha de Fusarium – Faz. Santa Terezinha – Campo do Meio, MG F o to : M a te u s A ra u jo ( 2 0 2 0 ). Um dos maiores desafios em áreas irrigadas: manejo de doenças Foto: Silvino Moreira Mofo branco– Faz. São João– Inhauma, MG 71 72 07/04/2024 37 Foto: Silvino Moreira (2017) Antracnose (Colletrotrichum lindemuhiarum Sacc. & Magn.) no colmo do feijoeiro: Foto: Silvino Moreira (2007) Foto:s Silvino Moreira (2016) Mas, feijão irrigado não é sinônimo de tecnologia! Feijão de inverno normalmente apresenta as maiores prod. médias F o to : S ilv in o M o re ir a ( 2 0 0 4 ). 73 74 07/04/2024 38 Foto: Pedro Lima Acamamento devido ao excesso de chuvas! Riscos do feijão de inverno (plantio tarde): chuva na colheita! 75 Slide 1 Slide 2 Slide 3: Classificação botânica Slide 4: Dois gêneros de feijões mais cultivados no Brasil Slide 5: Origem do feijoeiro Slide 6 Slide 7 Slide 8: Importância do feijoeiro no Brasil Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17: Planta moderna de feijão? Slide 18: Planta “moderna” de feijão Slide 19 Slide 20 Slide 21: Cultivar de Feijoeiro: Tipos e Hábitos de Crescimento Slide22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54: Exigências Climáticas Slide 55: Exigências Climáticas: temperatura Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59: Épocas de semeadura de feijão no Brasil Slide 60 Slide 61 Slide 62: Épocas de semeadura no Brasil Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75