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Língua Portuguesa 
NIRLEY OLIVEIRA 
O Verbo 
• Introdução ......................................................... 3 
I ­ Os Modos e Tempos Verbais ............................ 4 
II ­ Vozes Verbais ................................................ 11 
III ­ Os Verbos Impessoais .................................... 15 
Predicação Verbal 
• Classificação dos 
Verbos quanto à Predicação Verbal .................. 18 
Regência 
I ­ Introdução ..................................................... 19 
II ­ Regência Verbal ............................................ 19 
III ­ Regência Nominal .......................................... 31 
Concordância Verbal 
I ­ Introdução ..................................................... 34 
II ­ Casos Especiais de Concordância Verbal 
1ª parte ......................................................... 34 
III ­ Casos Especiais de Concordância Verbal 
2ª parte ......................................................... 40 
IV ­ Silepse ou Concordância Ideológica ............. 49 
M2 
A 
re
pr
od
uç
ão
 p
or
 q
ua
lq
ue
r m
ei
o,
 in
te
ira
 o
u 
em
 p
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te
, v
en
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, 
ex
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si
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ve
nd
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 a
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gu
el
, 
aq
ui
si
çã
o,
 o
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m
en
to
, 
em
pr
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tim
o,
 t
ro
ca
 o
u 
m
an
ut
en
çã
o 
em
 d
ep
ós
ito
 s
em
 
au
to
riz
aç
ão
 d
o 
de
te
nt
or
 d
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 d
ire
ito
s a
ut
or
ai
s é
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pr
ev
is
to
 
no
 C
ód
ig
o 
P
en
al
, A
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84
, p
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 1
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2  Língua Portuguesa ­ M2 
Anotações
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3 Língua Portuguesa ­ M2 
O VERBO 
A formiga trabalha. 
INTRODUÇÃO 
Palavra variável, que exprime 
AÇÃO  ESTADO  FENÔMENO 
Ana parece triste.  Chovia a cântaros. 
Eu amo. 
Tu amas. 
Ele ama. 
o verbo varia emPESSOA 
primeira pessoa  • a que fala 
segunda pessoa  • a com quem se fala 
terceira pessoa  • a de quem se fala 
o verbo varia em NÚMERO 
singular  • indica um só 
plural  • indica mais de um 
o verbo varia em TEMPO 
presente  • o fato acontece agora. 
pretérito  • o fato já aconteceu. 
futuro  • o fato ainda vai acontecer. 
o verbo varia em MODO 
indicativo  • indica um fato, simplesmente. 
subjuntivo  • indica um fato hipotético, duvidoso. 
imperativo  • indica um fato com idéia de ordem, pedido. 
infinitivo  • enuncia um fato vagamente, sem idéia de 
presente, passado ou futuro. 
o verbo varia emVOZ 
voz ativa  • o sujeito pratica a ação 
voz passiva  • o sujeito recebe a ação 
voz  reflexiva  • o sujeito pratica e recebe a ação 
Ele chegou. 
Nós chegamos. 
Agora eu estudo. 
Ontem eu estudei. 
Amanhã eu estudarei. 
Eu estudo inglês. 
É necessário que ele assine. 
Espere! / Não volte aqui! 
Esperar – eis o eterno suplício! 
A faca feriu a criança. 
A criança foi ferida pela faca. 
As crianças se feriram.
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4  Língua Portuguesa ­ M2 
I ­ OS MODOS E TEMPOS VERBAIS 
Conforme já dissemos, o modo indicativo exprime a certeza do falante perante o processo que anuncia. 
A seguir, você terá um modelo de cada conjugação no modo indicativo. A maioria dos verbos de nossa 
língua segue esse modelo. Esses verbos são chamados de REGULARES. Os que fogem ao modelo de conjugação 
chamam­se IRREGULARES. 
Os  Pescoçudos  GALHARDO 
(FOLHA DE S. PAULO) 
1 ­ O MODO INDICATIVO 
Presente do Indicativo 
canto 
cantas 
canta 
cantamos 
cantais 
cantam 
vendo 
vendes 
vende 
vendemos 
vendeis 
vendem 
parto 
partes 
parte 
partimos 
partis 
partem 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
Exprime  um processo  simul­ 
tâneo ao ato da fala. 
Pretérito Imperfeito 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
Exprime um fato passado, mas 
não concluído. 
cantava 
cantavas 
cantava 
cantávamos 
cantáveis 
cantavam 
vendia 
vendias 
vendia 
vendíamos 
vendíeis 
vendiam 
partia 
partias 
partia 
partíamos 
partíeis 
partiam 
Exprime processo anterior ao ato 
da fala, totalmente concluído. 
cantei 
cantaste 
cantou 
cantamos 
cantastes 
cantaram 
vendi 
vendeste 
vendeu 
vendemos 
vendestes 
venderam 
parti 
partiste 
partiu 
partimos 
partistes 
partiram 
Pretérito Perfeito 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o
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5 Língua Portuguesa ­ M2 
2­ O MODO IMPERATIVO 
O modo imperativo exprime uma imposição ao ouvinte. É o modo da ordem, do pedido. 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
Futuro do Pretérito 
Exprime  um  fato  futuro  em 
relação a um fato já passado. 
cantaria 
cantarias 
cantaria 
cantaríamos 
cantaríeis 
cantariam 
venderia 
venderias 
venderia 
venderíamos 
venderíeis 
venderiam 
partiria 
partirias 
partiria 
partiríamos 
partiríeis 
partiriam 
Futuro do Presente 
Exprime um processo posterior 
ao momento da fala. 
cantarei 
cantarás 
cantará 
cantaremos 
cantareis 
cantarão 
venderei 
venderás 
venderá 
venderemos 
vendereis 
venderão 
partirei 
partirás 
partirá 
partiremos 
partireis 
partirão 
Exprime um processo anterior 
a outro igualmente passado. 
Pretérito mais que Perfeito 
cantara 
cantaras 
cantara 
cantáramos 
cantáreis 
cantaram 
vendera 
venderas 
venderas 
vendêramos 
vendêreis 
venderam 
partira 
partiras 
partira 
partíramos 
partíreis 
partiram 
Canta (tu) 
Cante (você) 
Cantemos (nós) 
Cantai (vós) 
Cantem (vocês) 
Vende (tu) 
Venda (você) 
Vendamos (nós) 
Vendai (vós) 
Vendam (vocês) 
Parte (tu) 
Parta (você) 
Partamos (nós) 
Parti (vós) 
Partam (vocês) 
Afirmativo 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
Negativo 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
Não cantes (tu) 
Não cante (você) 
Não cantemos (nós) 
Não canteis (vós) 
Não cantem (vocês) 
Não vendas (tu) 
Não venda (você) 
Não vendamos (nós) 
Não vendais (vós) 
Não vendam (vocês) 
Não partas (tu) 
Não parta (você) 
Não partamos (nós) 
Não partais (vós) 
Não partam (vocês)
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6  Língua Portuguesa ­ M2 
4­ FORMAS NOMINAIS 
(F
O
LH
A 
D
E
 S
. P
AU
LO
) 
O infinitivo, o gerúndio e o particípio chamam­se formas nominais do verbo porque, além de seu significado 
verbal, às vezes aparecem com valor de substantivo, adjetivo ou advérbio. 
• Infinitivo: plantar, vender 
• Gerúndio: plantando, vendendo 
• Particípio: plantado, vendido 
3­ O MODO SUBJUNTIVO 
O subjuntivo é o modo da dúvida. Exprime uma ação condicionada, dependente. 
Veja, a seguir, um modelo de conjugação do modo subjuntivo. 
Níquel Náusea  FERNANDOGONSALES 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
1ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
2ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
3ª
 c
on
ju
ga
çã
o 
Futuro (quando) Pretérito Imperfeito (se) Presente (que) 
Exprime um desejo ou um fato 
presente, mas duvidoso. 
cante 
cantes 
cante 
cantemos 
canteis 
cantem 
venda 
vendas 
venda 
vendamos 
vendais 
vendam 
parta 
partas 
parta 
partamos 
partais 
partam 
Exprime um fato hipotético ou 
uma condição. 
cantasse 
cantasses 
cantasse 
cantássemos 
cantásseis 
cantassem 
vendesse 
vendesses 
vendesse 
vendêssemos 
vendêsseis 
vendessem 
partisse 
partisses 
partisse 
partíssemos 
partísseis 
partissem 
Exprime umprocesso futuro em rela­ 
çãoa outro processo também futuro. 
cantar 
cantares 
cantar 
cantarmos 
cantardes 
cantarem 
vender 
venderes 
vender 
vendermos 
venderdes 
venderem 
partir 
partires 
partir 
partirmos 
partirdes 
partirem(VESTIBULAR UNICAMP, P. 91) 
As Cobras  LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO 
TCHAU, 
FELIPE 
QUE VOCÊ ENCONTRE 
UMA MULHER DISPOSTA A 
CASAR COM VOCÊ. 
QUE VOCÊ 
SEJA 
FELIZ! 
UMA DAS 
DUAS COISAS!
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7 Língua Portuguesa ­ M2 
1) (UFMG) Em todas as alternativas, a forma verbal sublinhada está no pretérito do indicativo, EXCETO: 
a) Tu estás louco seu Laio? Onde já se viu esse despropósito? 
b) Se a barrigueira estava frouxa e o arreio meio caindo, Beija­Flor estacava e ficava quieta. 
c) Deram no vão de um córrego. Um velho, de saco nas costas, vinha de lá, passando a pinguela. 
d) E, pois, se todos continuavam trabalhando, bichinho nenhum tivera o seu susto. 
e) Pediu que o levassem para a cama; mas já era outro homem, porque chorar sério faz bem. 
2) (Fac. Milton Campos) Os verbos destacados nas estruturas abaixo encontraram­se no mesmo tempo e 
modo, EXCETO: 
a) “... como se estivessem assombrados.” 
b) “Vinham escoteiros.” 
c) Era o êxodo da seca de 1898.” 
d) “Parecia a poeira levantada.” 
e) “Andavam devagar.” 
3) (UFMG) Os verbos de cada alternativa estão no mesmo tempo e modo, EXCETO: 
a) Muda de lugar que ele aumenta. 
b) Não era fácil assim como pensavam. 
c) Perguntaram pelo rumo. Preto velho abriu a boca. 
d) Fazia um calor medonho. O povo clamava chuva. 
e) Quem nasce pra derréis não chega a vintém. 
4) (UFMG) Em todas as afirmativas, a forma destacada expressa idéia de ordem ou pedido, EXCETO: 
a) “Bebamos, pois, ao futuro!” ­ exclamava na pousada. 
b) “Levai bem pólvora e chumbo!” disse a voz aos da boiada. 
c) Ai, línguas, que sem fadiga arquitetais coisas falsas! 
d) Virgem do Rosário, deixa­nos descansar em paz. 
e) Escondei jóias e alfaias! (Que tropa é que vai chegar?)
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8  Língua Portuguesa ­ M2 
5) Observe: 
O segundo verbo empregado no anúncio acima expressa: 
a) um estado permanente. 
b) um estado provisório. 
c) uma ação. 
d) uma mudança de estado. 
1) (UFMG) Em todas as alternativas, a seqüência destacada expressa corretamente a idéia indicada, EXCETO 
em: 
a) A menina estava verde como uma folha de mato. (estado transitório) 
b) Confesso que começava a arder de curiosidade. (início de ação) 
c) Virou assustada, resguardando o peito. (mudança de estado) 
d) Está doente, então tem de tomar purgante. (obrigatoriedade de ação) 
e) Drelina era bonita de bondade. (estado permanente) 
2) (PUC­MG) A forma verbal destacada está no modo imperativo em: 
a) Desejamos, de coração, que tu triunfes e venças. 
b) Digo aos meus preciosos admiradores que falem mais alto. 
c) Não concorda com o resultado; é portanto, uma rebelde. 
d) Se você for, não escute os bons conselhos dos inimigos. 
e) Talvez sua alma seja diferente por nossa culpa. 
(A
N
Ú
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C
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A
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O
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E 
N
º 
67
, O
U
T.
 D
E 
96
) ABRA SEU PRÓPRIO NEGÓCIO. 
OU VOCÊ ESTÁ FELIZ 
COMO PILOTO DE FOGÃO? 
AREVISTA PARAQUEM QUER MUDAR DE VIDA. 
PEQUENAS EMPRESAS 
GRANDES NEGÓCIOS
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9 Língua Portuguesa ­ M2 
Recado ao senhor 903 
Vizinho, 
Quem  fala  aqui  é  o  homem  do  1003. 
Recebi, outro dia, consternado, a visita do zelador, 
que  me mostrou  a  carta  em  que  o  senhor 
reclamava contra o barulho em meu apartamento. 
Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia 
ser meia­noite – e a sua veemente reclamação 
verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo 
isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do 
prédio é  explícito e,  se não  o  fosse,  o senhor 
ainda teria ao seu lado a Lei, e a Polícia. Quem 
trabalha  o  dia  inteiro  tem direito  ao  repouso 
noturno e é impossível repousar no 903 quando 
há vozes, passos e música no 1003. Ou melhor: 
é  impossível ao 903 dormir quando o 1003 se 
agita: pois como não sei o seu nome nem o senhor 
sabe  o  meu,  ficamos  reduzidos  a  ser  dois 
números, dois números empilhados entre dezenas 
de outros. Eu, 1003, me limito, a Leste pelo 1005, 
a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, 
ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo 
pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números 
são comportados e silenciosos; apenas eu e o 
Oceano  Atlântico  fazemos  algum  ruído  e 
funcionamos  fora  dos  horários  civis;  nós  dois 
apenas agitamos e bramimos ao sabor da maré, 
dos  ventos  e  da  lua.  Prometo,  sinceramente, 
adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, 
um comportamento de manso lago azul. Prometo. 
Quem vier à minha casa (perdão; ao meu número) 
será  convidado  a  se  retirar  às  21:45,  e 
explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 
7, pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 
109 que o levará até o 527 de outra rua, onde 
ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, 
está toda numerada: e reconheço que ela só 
pode  ser  tolerável  quando  um  número  não 
incomoda  outro  número, mas  o  respeita, 
ficando dentro dos limites de seus algarismos. 
Peço­lhe desculpas – e prometo silêncio. 
... Mas que me seja permitido sonhar 
com outra vida e outro mundo, em que um 
homem batesse à porta do outro e dissesse: 
“Vizinho,  são  três  horas  da manhã  e  ouvi 
música em tua casa. Aqui estou.” E o outro 
respondesse: “Entra, vizinho, e come de meu 
pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos 
a bailar e a cantar, pois descobrimos que a 
vida é curta e a luz é bela.” 
E o homem trouxesse sua mulher, e os 
dois  ficassem entre os amigos e amigas do 
vizinho entoando canções para agradecer a 
Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da 
brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade 
entre os humanos, e o amor e a paz. 
(BRAGA, RUBEM. – . IN: ANDRADE, CARLOS 
DRUMMOND DE ET  ALII. PARA GOSTAR DE  LER; 
CRÔNICAS. SÃO PAULO, ÁTICA, 1975.)
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1 0  Língua Portuguesa ­ M2 
1) Todas as posturas abaixo relacionadas refletem a visão de mundo do 1003, EXCETO: 
a) Denuncia a despersonalização a que o ser humano está submetido. 
b) Transfere ao próximo a idealização de uma forma de vida mais solidária. 
c) Critica o esvaziamento do sentido da existência humana. 
d) Ironiza os preceitos massificantes do mundo em que vive. 
e) Enfatiza uma convivência alicerçada na espontaneidade dos próprios impulsos. 
2) Relacionadas às idéias do texto, todas as referências citadas abaixo sugerem atitudes em desacordo 
com o regulamento do prédio em que mora o 1003, EXCETO: 
a) “bramimos ao sabor da maré.” 
b) “vozes, passos e músicas” 
c) “comportamento de manso lago azul.” 
d) “são três horas da manhã (...) aqui estamos todos a bailar.” 
e) “ouvi música em tua casa.” 
3) Todas as alternativas apresentam inferências que podem ser feitas a partir da leitura do texto, EXCETO: 
a) O indivíduo tem necessidade de desrespeitar os preceitos sociais. 
b) A estrutura social é a grande responsável pela mecanização humana. 
c) O homem está solitário no meio da multidão. 
d) O automatismo anula o bem­estar emocional da criatura. 
e) Cada um deve beber no coração do outro. 
4) Todas as citações textuais metaforizam esperanças alimentadas interiormente pelo 1003, EXCETO: 
a) “... sonhar com outra vida e outro mundo...” 
b) “vizinho, são três horas da manhã, ouvi música em tua casa. Aqui estou.” 
c) “Aqui estamos a bailar e a cantar...” 
d) “... ficando dentro dos limites de seus algarismos.” 
e) “... entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas...” 
5) “... Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do 
outro e dissesse...” 
Os modos verbais indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. 
Na citação acima, o uso do subjuntivo enuncia um fato 
a) hipotético 
b) positivo 
c) habitual 
d) que exprime ordeme) que exprime um conselho. 
(EXERCÍCIO  EXTRAÍDO  DA  PROVA DE VESTIBULAR  DA FACULDADE  DE DIREITO MILTON CAMPOS  ­ BH)
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1 1 Língua Portuguesa ­ M2 
II ­ VOZES VERBAIS 
VOZ ATIVA 
O sujeito pratica a ação. 
VOZ PASSIVA 
O sujeito recebe a ação. 
VOZ REFLEXIVA 
O sujeito pratica e recebe a ação verbal. 
O menino molhou o macaco. 
O macaco foi molhado pelo menino. 
O menino molhou­se. 
A voz passiva, mais freqüentemente, é formada de duas maneiras: 
1. Verbo auxiliar ser seguido do particípio do verbo principal. Neste caso, a voz é passiva analítica. 
A criança foi conduzida pelo pai. 
2. Verbo na 3ª pessoa + pronome apassivador se. Neste caso, a voz é passiva sintética. 
Conduziu­se a criança. 
S 
S 
S
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1 2  Língua Portuguesa ­ M2 
1) Transforme em voz passiva analítica as frases a seguir: 
a) Todos esperavam ansiosamente o desfecho daquele caso. 
b) Pessoas mal intencionadas falsificaram a assinatura do diretor. 
c) Carros e ônibus transportam milhões de pessoas todos os dias. 
É muito comum a confusão entre voz passiva sintética e sujeito 
indeterminado. Eis alguns recursos que podem ajudá­lo a separar 
um caso do outro. 
1. Só existe voz passiva se o verbo é transitivo direto. 
Alugou­se a casa. 
VTD 
2. A voz passiva sintética admite a conversão em voz passiva 
analítica. O sujeito indeterminado, não. 
VP  • Alugou­se a casa. = A casa foi alugada. 
SI  • Desconfiou­se do gerente. ¹ Do gerente foi desconfiado. 
3. Na voz passiva sintética, o verbo ficará no singular ou no 
plural, dependendo do sujeito. No caso de sujeito indeterminado, 
o verbo ficará sempre na 3ª pessoa do singular. 
(A
N
Ú
N
C
IO
 P
U
B
LI
C
AD
O
 E
M
V
E
JA
 AN
O
 2
9 
N
º4
8)
 
Novo Guia de Praias 97. 
O único com fotos de satélite. 
Nas bancas. 
• Alugaram­se as casas. 
• Desconfiou­se dos gerentes
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1 3 Língua Portuguesa ­ M2 
2) Transforme em voz ativa as frases a seguir: 
a) Grande extensão de terra foi percorrida pelos bandeirantes. 
b) Seriam concedidos, pelo governo federal, os recursos necessários à finalização da obra. 
c) Em 1968, o Congresso Nacional é fechado pelo governo brasileiro. 
3) Transforme em voz passiva sintética as frases a seguir: 
a) Foram alugados dois apartamentos neste prédio. 
b) Foi aberto um novo concurso para o Banco do Brasil. 
c) Robôs de alta tecnologia são fabricados no Japão. 
4) Passe para o plural, quando possível, as frases abaixo: 
a) Ainda não se descobriu o verdadeiro responsável pelo golpe. 
b) Demoliu­se o prédio mais antigo da cidade sem nenhuma consulta ao Patrimônio Histórico. 
c) Duvida­se dessa nova decisão da diretoria. 
d) Precisa­se de professor com título de mestrado. 
e) Manteve­se a decisão do representante de turma sem questionamento. 
f) Hoje em dia, fala­se do tema sexual com muito mais naturalidade. 
g) Não se faz mais homem como antigamente. 
5) (ICÉS) A construção que corresponde, na passiva sintética, a Os assaltantes da sociedade são detidos 
pelo povo, é: 
a) Detêm­se os assaltantes da sociedade. 
b) Detém­se os assaltantes da sociedade. 
c) Detiveram­se os assaltantes da sociedade. 
d) Detêm­se aos assaltantes da sociedade. 
e) Deter­se­ão os assaltantes da sociedade.
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1 4  Língua Portuguesa ­ M2 
6) (FCMMG) O emprego, no singular, do verbo indicado entre parênteses torna­se possível somente em: 
a) _________________­se omitir certos fatos. (dever) 
b) Já se _________________os sinais da mentira. (pressentir) 
c) Não se _________________as verdadeiras causas dos ciúmes de Virgínia. (saber) 
d) Ainda se _________________as razões do rompimento familiar. (desconhecer) 
e) _________________se de novas alternativas para essa ciranda fechada. (precisar) 
7) (ICÉS) Nas frases abaixo, o sujeito está indeterminado e, por isso, o verbo vem no singular. Assinale o único 
caso em que o verbo deve estar no plural, por apresentar sujeito claro: 
a) Falou­se longamente das questões financeiras. 
b) Relatou­se, na reunião, dois casos interessantes. 
c) Durante toda a aula, tratou­se desses assuntos. 
d) Na obra, necessitava­se, com urgência, de serventes. 
e) Deve­se obedecer às ordens estabelecidas. 
1) (Newton Paiva) Observe com atenção as frases a seguir: 
1. No Japão, a tecnologia dominou o mercado. 
2. Lutava em favor de uma economia fechada. 
3. Os efeitos da inflação brasileira estão sendo estudados pelos técnicos. 
4. Agora, aprofundaram­se os estudos da economia de mercado. 
São exemplos de frases com o verbo na voz passiva: 
a) 1, 2 e 4.  c) 1 e 3 apenas.  e) 3 e 4 apenas. 
b) 2, 3 e 4.  d) 2 e 4 apenas. 
2) (CESGRANRIO) Entre as frases abaixo somente UMA apresenta sujeito indeterminado. Assinale­a. 
a) Há a marca da vida nas pessoas. 
b) Não se necessita mais do seu trabalho aqui. 
c) Vai um sujeito pela rua. 
d) Não se implementou a medida planejada. 
e) Pede­se um pouco de paciência. 
3) (ICÉS) Nas frases abaixo, o sujeito está indeterminado e, por isso, o verbo vem no singular. Assinale o único 
caso em que o verbo deve estar no plural, por apresentar sujeito claro: 
a) Falou­se longamente das questões financeiras. 
b) Relatou­se, na reunião, dois casos interessantes. 
c) Durante toda a aula, tratou­se desses assuntos. 
d) Na obra, necessitava­se, com urgência, de serventes. 
e) Deve­se obedecer às ordens estabelecidas.
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1 5 Língua Portuguesa ­ M2 
III ­ OS VERBOS IMPESSOAIS 
São chamados verbos impessoais aqueles que não apresentam sujeito. 
Por isso, devem ficar sempre na 3ª pessoa do singular. 
São verbos impessoais:
sinônimo de existir 
indicando tempo decorrido 
indicando tempo decorrido 
indicando fenômeno da natureza 
1. HAVER 
• Haverá aulas aos sábados. 
• Há vinte dias que ele não aparece aqui. 
2. FAZER 
• Faz cinco anos que ele morreu. 
• Faz 45° no Rio de Janeiro. 
3. VERBOS QUE EXPRIMEM FENÔMENOS DA NATUREZA. 
• Choveu torrencialmente ontem. 
Obs.: Os verbos “haver” e “fazer” impessoais quando usados em locução verbal transmitem sua impessoalidade 
ao companheiro. 
• Precisa haver punições mais severas aos criminosos. 
• Deve fazer dois anos que não o vemos. 
1) Preencha as lacunas com a alternativa adequada: 
a) Não  boas leis, se não  bons legisladores. (pode haver / podem 
haver ­ houver / houverem) 
b) Talvez ainda  pessoas honestas neste mundo. (haja / hajam) 
c) Por baixo dos escombros  sobreviventes. (devia haver / deviam haver) 
d) Não  rasuras na marcação do gabarito. (pode haver / podem haver) 
e)  três anos que esta escola não recebe recursos do governo federal. (vai fazer / vão fazer) 
f)  mais pessoas dispostas a lutar pelo fim da violência contra crianças. (devia existir / 
deviam existir) 
g) Se  mais homens honestos, não  tantas brigas por justiça. (existisse 
/ existissem ­ haveria / haveriam)
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1 6  Língua Portuguesa ­ M2 
h) Na sala de aula,  uns vinte alunos. (havia / haviam) 
i)  invernos muito rigorosos no sul. (faz / fazem) 
j) O pior era que eles não  encontrado ainda o carro da vítima. (havia / haviam) 
2) (F. C. Chagas­BA)  fazer cinco meses que não o vemos;  existir 
motivos imperiosos para a sua ausência, pois, se não  , ela já nos teria procurado. 
a) Vai ­ deve ­ houvessem  d) Vão ­ devem ­ houvesse 
b) Vai ­ devem ­ houvesse  e) Vão ­ devem ­ houvessem 
c) Vão ­ deve ­ houvessem 
3) (U. St a Maria ­ RS) ______ muitos anos que os ideais que ______ nos corações dos jovens estavam 
adormecidos. Hoje, os sonhos da juventuderenasceram na certeza de que ______ lutar pelo amanhã. 
a) Faziam ­ haviam ­ deve­se  d) Fazia ­ havia ­ se deve 
b) Fazia ­ haviam ­ se deve  e) Faziam ­ haviam ­ se deve 
c) Faziam ­ havia ­ deve­se 
(AS  MELHORES  PIADAS  DO ZERO. Nº4 . ED. GLOBO)
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1 7 Língua Portuguesa ­ M2 
1) Há erro de concordância, segundo a norma culta, em: 
a) Se houvesse censura, a liberdade de expressão seria prejudicada. 
b) Se existisse condições de controle, todas as informações já teriam sido censuradas. 
c) Falta, ao governo e a qualquer instituição que assim desejar, capacidade para controlar informações 
espalhadas pelo mundo inteiro. 
d) Hoje, existem programas de computador dirigidos a praticamente qualquer área de conhecimento. 
2) (PUC­ Campinas) Não se sabe quantos feridos _____ ; dizem que _____ muitos. 
a) houveram ­ devem ter havido 
b) houve ­ devem ter havido 
c) houve ­ devem ter havido 
d) houveram ­ deve terem havido 
e) houve ­ deve ter havido 
3) (Fac. Direito Milton Campos) “Há três tipos principais de explicação.” 
Considerando os padrões da língua culta, substituiu­se a forma verbal, mantendo­se correta a estrutura, em: 
I ­ Tem três tipos principais de explicação. 
II ­ Podem haver três tipos principais de explicação. 
III ­ Existem três tipos principais de explicação. 
a) I e II  b) I e III  c) II e III  d) apenas em I  e) apenas em III 
4) _____________ muitos anos que não vejo bonecas iguais às que se _____________ antigamente e que 
não _____________ mais. 
a) Faz  ­  fabricavam  ­  existem 
b) Fazem  ­  fabricava  ­  existem 
c) Fazem  ­  fabricava  ­  existe 
d) Faz  ­  fabricavam  ­  existe 
e) Fazem  ­  fabricavam  ­  existem 
5) (ICÉS) “A sala não tinha lugares para todos”. Transformando­se o sujeito dessa frase em adjunto adverbial, 
a forma verbal ficará assim: 
a) haviam 
b) havia 
c) tinham 
d) existia 
e) tinha
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18  Língua Portuguesa ­ M2 
PREDICAÇÃO VERBAL 
“Amar não é verbo intransitivo 
é verbo de ligação 
tudo depende 
dos predicativos do sujeito. “ 
(PATRÍCIA BLOWER) 
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
QUANTO À PREDICAÇÃO 
A predicação verbal trata do modo pela qual os verbos formam o predicado, isto é, se exigem ou não 
complementos. 
1) (UFLA­MG) “De certo tempo em diante não ouvi 
cousa nenhuma...” 
Na oração acima, o verbo é Transitivo Direto. A 
alternativa em que o verbo possui essa mesma 
transitividade é: 
a) Saiu apressado para a reunião. 
b) Eles chegaram ao entardecer. 
c) Necessitava da compreensão dos pais. 
d) Ele não foi ao encontro. 
e) Não aceitava o nosso convite. 
2) (Fac. Direito Milton Campos) ”Andavam devagar.” 
A estrutura que contém um verbo cuja predicação 
é a mesma da apresentada na frase acima é: 
a) Eu ando muito chateada com você. 
b) Eu andava cabisbaixo naquela tarde. 
c) Todos andavam preocupados com a miséria. 
d) Nós andávamos bastante apreensivos com a 
situação do país. 
e) Ela andava rápido pela rua. 
VERBOS INTRANSITIVOS 
São verbos que formam sentido completo. 
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS 
São verbos que exigem um objeto direto, sem o 
qual a frase estaria incompleta. 
VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS 
São verbos que exigem um objeto indireto, sem 
o qual a frase ficaria incompleta. 
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS 
São verbos que exigem um objeto direto e outro 
indireto, para que esteja completo o sentido. 
VERBOS DE LIGAÇÃO 
São verbos que ligam uma qualidade do sujeito 
ao próprio sujeito. 
O barraco desabou. 
Alcançamos a vitória. 
Todos precisam de afeto. 
Entreguei a prova ao diretor. 
A cidade parecia interessante.
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19 Língua Portuguesa ­ M2 
REGÊNCIA 
I ­ INTRODUÇÃO 
Regência é a parte da Gramática que trata das relações entre os termos de uma oração, verificando se um 
termo pede ou não complemento e, principalmente, a natureza deste complemento – se preposicionado ou não. 
Quando o termo regente é um verbo, dizemos que se trata de regência verbal. 
• Eles necessitam de apoio. 
Quando o tempo regente é um nome, dizemos que se trata de regência nominal. 
• Eles têm necessidade de apoio. 
II ­ REGÊNCIA VERBAL 
Alguns verbos costumam apresentar problemas de regência, uma vez que o uso popular se apresenta em 
desacordo com a norma culta. Outros, no entanto, costumam apresentar certa dificuldade porque possuem 
mais de um sentido e, conseqüentemente, mais de uma regência. 
Por causa dessas diversidades, convém lembrar a regência de alguns verbos que podem oferecer dúvidas. 
REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS ­ 1ª parte 
Verbo 
Aspirar 
Assistir 
Agradar 
Sentido 
• sorver, respirar 
• pretender, desejar 
• ver, presenciar 
• dar assistência 
• morar 
• fazer carinho 
• satisfazer 
Classificação 
VTD 
VTI 
VTI 
VTD 
VI 
VTD 
VTI 
Exemplo 
• Ele aspirou muita fumaça durante o incêndio. 
• Todas as pessoas aspiram ao sucesso. 
• Ele assistiu ao jogo na casa da sogra. 
• O médico assistiu o doente com presteza. 
• Naquela época, ele assistia em Goiás. 
• Aproximou­se e tentou agradar o filho. 
• O aumento no preço dos combustíveis não 
agradou ao consumidor.
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20  Língua Portuguesa ­ M2 
(FOLHA DE S. PAULO. 06/11/97) 
Verbo  Sentido  Classificação  Exemplo 
• Esqueci o aniversário dele. 
• Lembrei o nome dele. 
• Esqueci­me do aniversário dele. 
• Lembrei­me do aniversário dele. 
• Chegou ao casamento vinte minutos  atrasado. 
• Foi à festa na casa dos milionários. 
• Moro na rua São Paulo. 
• Residia na av. Afonso Pena, 9853. 
VTD 
VTI 
VI
VI 
(quando não­ 
pronominais) 
(quando pronominais, 
exigem a preposição “de”) 
(exigem a preposição 
“a” quando indicam lugar) 
(exigem adjunto adverbial 
com a preposição “em”) 
Esquecer e 
Lembrar 
Chegar 
e Ir 
Morar e 
Residir 
Verbo  Sentido  Classificação  Exemplo 
• Este trabalho custou­me sacrifícios. 
• Custou­me acreditar na sua história. 
• Sua atitude implicará demissão. 
• O professor implicava com a aluna. 
• A diretoria informou ao funcionário a demissão. 
• A diretoria informou o funcionário da demissão. 
• exigir, acarretar trabalho 
• ser custoso, difícil 
• acarretar 
• ter implicância 
• dar notícias 
Custar 
Implicar 
Informar 
(avisar, 
comunicar, 
cientificar) 
VTDI 
VTI 
(3ª pessoa do 
sing. + sujeito 
oracional) 
VTD 
VTDI 
VTI 
(FOLHA DE S. PAULO. 03/11/97) 
HAGAR ­ DIK BROWNE 
HELGA, O QUE A 
QUÁ-QUÁ ESTÁ 
FAZENDO? 
AS MÃES SEMPRE FAZEM QUESTÃO DE 
INFORMAR OS FILHOS SOBRE SEUS 
INIMIGOS NATURAIS.
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21 Língua Portuguesa ­ M2 
1) Reescreva as frases que apresentarem incorreções quanto à regência. 
1) Os alunos chegaram cedo no colégio. 
2) Todos os colegas da empresa foram no casamento. 
3) Custei a entender a matéria de ontem. 
4) Custamos a acreditar na história que ele contou. 
5) As medidas recessivas adotadas implicaram em demissão de funcionários. 
6) O presidente assistiu, como convidado, a estréia da peça em Brasília. 
7) As pesquisas de opinião, favoráveis ao seu governo, agradaram em cheio ao prefeito. 
8) Não posso acreditar que esqueci do dia do seu pagamento. 
9) Ninguém, em casa, se lembrou do compromisso assumido. 
10) As informações que tínhamos eram de que morava, ultimamente, à rua Pernambuco nº 1.300. 
2) Reescreva as frases, substituindo o verbo ou a expressão sublinhada pela forma adequada do verbo indicado 
nos parênteses. 
1) Nas tardes de domingo, inicialmente, o seu programa era ver um bom filme. (Assistir) 
2) O aluno desejava, embora fossem mínimas as chances, a aprovação no vestibular. (Aspirar) 
3) Foi difícil para nós conseguiraquele dinheiro. (Custar) 
4) Veio­lhe à lembrança o dia da sua formatura. (Lembrar­se) 
5) Jamais tiraria da memória o trágico acidente. (Esquecer) 
6) O juiz fez ver à acusada as penalidades a que estaria sujeita. (Informar) 
7) O papa desembarcou no aeroporto pontualmente às 9 horas. (Chegar)
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22  Língua Portuguesa ­ M2 
3) (Fac. Direito M. Campos) A regência verbal destacada foi CORRETAMENTEempregada seguindo os padrões 
da norma culta em: 
a) Os atletas da seleção aspiravam título de campeão na Espanha. 
b) As crianças reagem à cor, muito antes de reagirem à forma. 
c) O ministro informou à população de que os próximos meses trariam uma inflação menor. 
d) A população brasileira não poderá assistir, ao vivo, os “shows” pornográficos. 
e) A sua intenção era mostrar o público, a todo momento, que ele nada tinha a esconder. 
4) Assinale a alternativa que apresenta erro: 
a) Esqueci o nome dele. 
b) Esqueci de meu irmão. 
c) Esqueci­me do nome dele. 
d) Esqueceu­se de que haveria provas de recuperação. 
5) Aponte a alternativa INCORRETA: 
a) Você vê o filme ou assiste ao filme. 
b) O médico cuida do enfermo; assiste­o. 
c) José reside em Campinas ou assiste em Campinas. 
d) É um direito que pertence ao aluno ou que assiste ao aluno. 
e) Os torcedores viram o jogo ou assistiram­lhe. 
6) (FAFI­BH) Todas as expressões a seguir apresentam regência verbal correta, EXCETO: 
a) “... todo mundo vai gostar de mim.” 
b) “... não esqueça da gente...” 
c)”... já borrei tudo.” 
d) “... ri muito das minhas brincadeiras...” 
e) “... não mande ninguém me dar beliscão.”
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23 Língua Portuguesa ­ M2 
Verbo  Sentido  Classificação  Exemplo 
• Ele namora minha prima há dois anos. 
• No Brasil, ninguém obedece à sinalização. 
• Todos devem obedecer ao regulamento. 
• Paguei a conta. 
• Perdoei a agressão. 
• Agradeci o convite. 
• Pagarei ao garçom. 
• Perdoei ao meu marido. 
• Agradecemos ao gerente. 
VTD 
VTI 
VTD 
VTI 
(exigem a 
preposição ”a”) 
(quando o objeto 
é coisa) 
(quando o objeto 
é pessoa) 
Namorar 
Obedecer e 
Desobedecer 
Pagar 
Perdoar 
e 
Agradecer 
REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS ­ 2ª parte 
Sua companhia para escrever, desenhar e pintar. 
Homenagem da Faber-Castell a quem 
nos ensinou a crescer. 
15 de outubro. Dia do professor. 
Verbo  Sentido  Classificação  Exemplo 
Preferir 
Querer 
Simpatizar 
e 
Antipatizar 
Visar 
querer antes 
(não se usa a locução 
“do que” com este verbo) 
desejar 
estimar 
(exigem a preposição 
“com”; não são 
pronominais) 
mirar 
dar visto 
objetivar 
VTDI 
(com a 
preposição “a”) 
VTD 
VTI 
VTI 
VTD 
VTD 
VTI 
• Prefiro o amor à guerra. 
• Prefiro ficar em casa a sair com aquele troglodita. 
• Ele queria o carro a qualquer custo. 
• Quero muito bem aos meus colegas. 
• Nunca simpatizei com a diretora da escola. 
• Visou o alvo e atirou. 
• O agente acabou visando o cheque. 
• As medidas visam a diminuir a inflação.
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24  Língua Portuguesa ­ M2 
1) Complete as lacunas com a preposição adequada, se necessário: 
1) Fazia parte de sua educação obedecer _______ mais velhos. 
2) Eram falsos os passaportes _______ que o embaixador usava. 
3) O bem da sociedade é o fim _________ que visa o ensino. 
4) Ele jamais perdoará _________ rapaz que lhe roubou o cargo. 
5) Essa atitude pode implicar ________ dissabores. 
6) A medida visava _____ aumento de lucros para a empresa. 
7) Hoje foi uma correria só, por ser dia de pagar ______ funcionários. 
8) Mesmo brigando muito, é normal que os filhos queriam muito ______ pais. 
9) Os fregueses preferem o horário noturno ______ horário comercial. 
10) Depois de pagar ______ tratamento médico, acabou ficando sem um tostão. 
2) Reescreva as frases seguintes, substituindo o que estiver em destaque pelo verbo indicado: 
1) Sentia­se inclinado pela idéia exposta na reunião. (simpatizar) 
2) Os mais acomodados cumpriam as leis injustas. (obedecer) 
3) O governo propõe­se construir uma ponte aqui. (visar) 
4) Transgredir a lei é ato passível de punição. (desobedecer) 
5) As mudanças efetuadas no aparelho têm por objetivo trazer maior segurança. (visar) 
6) Quero antes paz que dinheiro. (preferir) 
7) Ela dava primazia ao sossego do campo e não à agitação da cidade. (preferir) 
8) Ele não remunerou o funcionário. (pagar) 
9) Desculpou o companheiro, mas nunca mais quis vê­lo. (perdoar) 
10) A vítima concederia perdão ao bandido. (perdoar)
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25 Língua Portuguesa ­ M2 
3) Reescreva as frases que apresentarem incorreções quanto à regência. 
1) Era incrível, mas ninguém, na empresa, obedecia o regulamento interno. 
2) Simpatizamos muito com a nova gerente regional. 
3) Prefiro muito mais estudar a trabalhar. 
4) Queria muito os colegas do cursinho. Jamais os esqueceria. 
4) O período a seguir foi construído incorretamente, segundo o padrão culto de linguagem. Corrija­o. 
Custo a crer que ele se aproveitou do amigo para conseguir o cargo que aspirava, 
por isso não sou capaz de perdoá­lo. 
5) Assinale a alternativa que apresenta erro: 
a) Simpatizei com a nova diretoria e com as novas orientações. 
b) Há alguns dos novos diretores com os quais não simpatizamos. 
c) A firma toda não se simpatizou com as novas orientações. 
d) Somente o tesoureiro não simpatizou com a nova diretoria. 
e) Nenhum dos que estavam presentes, nem mesmo o filho do novo diretor, simpatizou com as novas 
orientações. 
6) (Fac. Dir. Milton Campos) “...olhando para trás, como quem quer voltar.” 
Considerando os padrões da língua culta, usou­se o verbo sublinhado acima, mantendo­se correta a 
regência, EXCETO em: 
a) Minha filha, eu a quero muito bem. 
b) Nós queremos um lugar ao sol. 
c) Este é um trabalho duro para um organismo que está querendo repouso. 
d) Nem nos momentos mais difíceis, quero o seu apoio. 
e) Você quer ainda a pasta de documentos? 
1)  (UNA)  “Mas de que adiantam essas  intenções se estamos  impotentes para assegurar às pessoas o 
direito à vida, à sociedade, o direito de viver em paz...” 
Quanto à predicação, o verbo destacado no trecho acima é: 
a) transitivo direto e indireto. 
b) transitivo direto. 
c) intransitivo. 
d) transitivo indireto.
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26  Língua Portuguesa ­ M2 
2) (EFOA­Alfenas) Assinale a alternativa CORRETA, quanto à regência verbal. 
a) Não costumo obedecer a ordens que não emanem de autoridade. 
b) Assisti um espetáculo dantesco naquele dia. 
c) Os jogadores brasileiros preferem jogar na Europa do que nos seus clubes de origem. 
d) Dona Hermengarda foi intimada a comparecer na polícia porque não pagou o farmacêutico. 
e) Custei a entender por que Jesuíno não se simpatizava comigo. 
3) Entre os exemplos abaixo, freqüentemente empregados na linguagem informal, apenas um está de acordo 
com a norma culta da língua. Assinale­o. 
a) Com quem você está namorando agora? 
b) Lá em casa somos em quatro filhos. 
c) Tudo que o pai diz, a mãe acredita. 
d) Meu amigo, isto implicará em sua suspensão. 
e) O candidato residente na rua Cosme Velho não compareceu à prova. 
4) Em todas as opções, a expressão destacada está empregada corretamente, conforme normas da língua 
padrão, EXCETO em: 
a) Os ingratos, mais uma vez, esqueceram­se de quem sempre os ajudara. 
b) Não estou me referindo a quem começou a discussão. 
c) Era meu pai a pessoa em quem eu mais acreditava. 
d) Era realmente bela a moça por quem Abdias se apaixonara. 
e) Laura, com quem Ivo namorava, na época, era­lhe muito dedicada. 
5) (FAFI­BH) Em todas as alternativas a seguir o verbo grifado apresentaregência de acordo com a norma 
padrão, EXCETO: 
a) Assistimos, impassíveis, ao massacre de crianças no Brasil. 
b) Os cidadãos brasileiros preferem a omissão à justiça. 
c) Alfredo de Almeida Jr. não obedece as leis do país. 
d) Fazer justiça implica grande vontade política. 
e) Os meninos de rua aspiram à cidadania. 
6) (U.F.Viçosa) Dependendo do contexto, um verbo normalmente intransitivo pode tornar­se transitivo. Assinale 
a alternativa em que ocorre um exemplo: 
a) “Ponha intenções de quermesse em seus olhos...” 
b) “... e do céu descesse uma névoa de borboletas...” 
c) “... beba licor de contos de fadas...” 
d) “Ande como se o chão estivesse repleto de sons...” 
e) “... sorria lírios para quem passe debaixo da janela.” 
7) A regência verbal está CORRETAem: 
a) A herança cultural que o texto se refere é o acervo de conhecimentos históricos. 
b) Os acontecimentos históricos que assistimos devem servir­nos de exemplo. 
c) Devem ser explicitados os objetivos que visamos ao estudar a História. 
d) A busca da verdade por que o historiador anseia atinge a todos os estudiosos. 
e) Os usos práticos os quais não podemos esquivar­nos no estudo da História são numerosos. 
8) Há erro de regência em: 
a) Ela o amava e lhe obedecia.  d) É necessário obedecer as leis. 
b) É ótimo o cargo a que aspira.  e) Custa­nos acreditar no que dizes. 
c) Nós lhe desejamos o melhor.
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27 Língua Portuguesa ­ M2 
9) Assinale a alternativa que complete acertadamente a frase abaixo: 
Não aspirava  cargo, portanto não estava obrigado a obedecer  determinações 
absurdas, nem o impediriam de responder  as provocações. 
a) nenhum ­ àquelas ­ a todas 
b) a nenhum ­ aquelas ­ a todas 
c) a nenhum ­ àquelas ­ à todas 
d) a nenhum ­ aquelas ­ todas 
e) a nenhum ­ àquelas ­ a todas 
10) Há erro de regência verbal em: 
a) Do filho que muito a quer. 
b) Informo­o de que houve aula. 
c) Informo­lhe que houve aula. 
d) Este filme, não assisti a ele. 
e) Quem você namora? 
11) (Newton Paiva) Indique a alternativa que apresenta regência verbal CORRETA. 
a) Você obedece o professor? – Sim, obedeço­lhe. 
b) Você assistiu ao jogo? – Sim, assisti­lhe. 
c) Informei o fato a autoridade. 
d) Prefiro trabalhar a não ter dinheiro. 
e) Lembrei­me o dia de sua formatura. 
12) (FAFI­BH) Assinale o período que, na norma culta, esteja CORRETO: 
a) Não é de admirar que muitos não aspirem escrever. 
b) Quem prefere mais as facilidades da TV do que uma reflexão séria terá dificuldades ao escrever. 
c) É gratificante assistir o desenvolvimento cultural da humanidade, graças a uma parcela de nosso 
trabalho de comunicação. 
d) O “mundo da comunicação” procedeu a uma transformação maléfica nos hábitos de reflexão do ser 
humano. 
13) (UFMG) Em todas as alternativas, as frases foram corretamente reformuladas para se adequarem a normas 
da língua padrão, EXCETOem: 
a) O caminho que nós passamos por ele estava intransponível. 
O caminho por que nós passamos estava intransponível. 
b) Eles preferem mais a tortura do que revelar os planos de ação. 
Eles preferem a tortura do que revelar os planos de ação. 
c) Conheci o grupo de guerrilheiros que você me recomendou a ele. 
Conheci o grupo de guerrilheiros ao qual você me recomendou. 
d) Ele conhece a pessoa que me refiro a ela. 
Ele conhece a pessoa a quem me refiro. 
14) (PUC/Campinas­SP) Considere as seguintes frases: 
I ­ João informou­o de que chegaram os livros. 
II ­ João informou­lhe que chegaram os livros. 
III ­ João informou­o que chegaram os livros. 
IV ­ João informou­lhe de que chegaram os livros. 
Podemos dizer, a respeito da regência do verbo informar, que as frases: 
a) II e IV estão corretas.  d) I e II estão corretas. 
b) I e III estão corretas.  e) n.d.a. 
c) I, II, III estão corretas.
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28  Língua Portuguesa ­ M2 
15) Em todas as opções, a expressão sublinhada foi 
corretamente substituída, EXCETO em: 
a) Ensinava redação técnica aos alunos do curso 
de História. 
Ensinava­lhes redação técnica. 
b) Precisamos de melhores recursos para ajudar 
as populações carentes. 
Precisamos de melhores recursos para ajudá­ 
las. 
c) Agrediram os homens, pois eram desonestos. 
Agrediram­nos, pois eram desonestos. 
d)  Assistiremos aos melhores  espetáculos, 
porque temos ótimo gosto. 
Assistiremo­lhes, porque temos ótimo gosto. 
e) Mostrou grande interesse em namorar a prima. 
Mostrou grande interesse em namorá­la. 
16) A frase CORRETA em relação à regência é: 
a) Contento­me com pouco; aspiro pouca coisa 
neste mundo. 
b) Quem relatou o fato, assistiu­o. 
c) Nunca esqueci das coisas que me disseste. 
d) Estimo a meus pais; obedeço­os em tudo. 
e) O rádio avisou ao povo os acontecimentos. 
17) (FAFI­BH) Segundo a norma culta, há erro de 
regência em: 
a) Há livros especializados que descrevem como 
a teoria se aplica à prática. 
b)  Em algumas  tarefas,  chega­se  a  solução 
quando um ponto crucial é resolvido. 
c) Prefiro isto àquilo. 
d) O médico não havia assistido o doente. 
18) (E.Terra) Assinale a alternativa em que o uso do 
verbo custar não está de acordo com a norma 
culta: 
a) Custou­me entender o fato. 
b) Custou ao aluno entender o fato. 
c) Custa­me resolver este problema. 
d) O trabalho custou muito esforço ao aluno. 
e) O aluno custou para entender o exercício. 
19) (UFMG) A regência de todos os verbos fez­se 
CORRETAMENTE em relação à norma culta da 
língua, EXCETO em: 
a) Muitos  preferem a mentira  que  agrada  à 
verdade que dói. 
b)  Desculpe,  amigo, mas  não  informaram  o 
caseiro de que a reforma seria iniciada. 
c) Custou­me ficar alegre. 
d)  Olha,  seu  Laio,  eu  lhe  chamei  para  lhe 
aconselhar. 
e)  Lembrei­me  agora  da  conversa  com  o 
adversário. 
20) (PUC­MG) Segundo a norma culta, a regência 
verbal está CORRETA em: 
a)  O  progresso  não  implica  o  abandono  das 
tradições seculares. 
b) Os mineiros sempre aspiram o equilíbrio e a 
proporção. 
c) Atualmente, Minas prefere mais o espírito de 
iniciativa do que o espírito de contemplação. 
d) Os  homens  públicos  nunca  esquecem  da 
compostura na política. 
e)  Formas  modernas  de  pensar  e  de  agir 
chegaram muito tarde em Minas. 
21) (UFMG) Todas as sentenças escritas em pares 
são adequadas a normas cultas da língua padrão. 
A  opção  que  apresentar  uma  das  sentenças 
INCORRETA deverá ser assinalada. 
a) 1. Cientifico à turma a hora da prova. 
2. Cientifico a turma da hora da prova. 
b) 1. Certifico os estudantes de que haverá mais 
vagas. 
2. Certifico aos estudantes que haverá mais 
vagas. 
c) 1. Prefiro às louras aquelas morenas. 
2. Prefiro as louras àquelas morenas. 
d) 1. Aconselhei os transeuntes a respeitarem 
as faixas. 
2.  Aconselhei  aos  transeuntes  a  que 
respeitem as faixas. 
e) 1. Proibiram os alunos de fumar na sala. 
2. Proibiram aos alunos fumar na sala.
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29 Língua Portuguesa ­ M2 
Namorado: ter ou não, é uma questão 
Quem não tem namorado é alguém que tirou 
férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é 
a  mais  difícil  das  conquistas.  Difícil  porque 
namorado de verdade é muito raro. Necessita de 
adivinhação, de pele, de saliva, de lágrima, nuvem, 
quindim, brisa ou filosofia. 
Paquera,  gabiru,  f lerte,  caso,  transa, 
envolvimento. Até paixão é fácil. Mas namorado, 
mesmo, é muito difícil. 
Namorado não precisa ser o mais bonito, 
mas aquele a quem se quer proteger e quando se 
chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase 
desmaia pedindo proteção. 
A proteção dele não precisa ser parruda, 
decidida,  ou  bandoleira:  basta  um  olhar  de 
compreensão ou mesmo de aflição. 
Quem não tem namorado não é quem não 
tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. 
Se você tem três pretendentes, dois paqueras,um 
envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode 
não ter namorado. 
Não tem namorado quem não sabe o gosto 
da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, 
sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não 
tem namorado quem transa sem carinho, quem se 
acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa 
e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem 
faz  pactos  de  amor  apenas  com a  infelicidade. 
Namorar é fazer pactos com felicidade ainda que 
rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar. 
Não tem namorado quem não sabe o valor 
de mãos dadas; de carinho escondido na hora em 
que  passa  o  filme;  de  flor  catada  no muro  e 
entregue  de  repente;  de  poesia  de  Fernando 
Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida 
bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou 
descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar 
junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, 
nuvem, cavalo alado,  tapete mágico ou  foguete 
interplanetário. (...) 
Não tem namorado quem não tem música 
secreta com ele, quem não dedica livros, quem não 
recorta artigos, quem não se chateia com o fato de 
seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem 
ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte 
sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca 
sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de 
semana, na madrugada ou meio­dia de sol em plena 
praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama 
sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem 
vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar 
o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem 
confunde solidão com ficar sozinho, e em paz. Não 
tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si 
mesmo e quem tem medo de ser afetivo. 
Se  você  não  tem  namorado  porque  não 
descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 
duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia 
mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas 
com o ar. Enfeite­se com margaridas e ternuras e 
escove a alma com leves fricções de esperança. De 
alma escovada e coração estouvado, saia do quintal 
de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde 
com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe 
debaixo de sua janela. 
Ponha intenções de quermesse em seus olhos 
e beba  licor de contos de  fada. Ande como  se o 
chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu 
descesse  uma  névoa  de  borboletas,  cada  qual 
trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e 
palavras de galanteria. Se você não tem namorado é 
porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho 
necessário a fazer a vida parar e de repente parecer 
que faz sentido. 
Enlou­cresça. 
ANDRADE, CARLOS DRUMMOND  DE. 
TEXTO ADAPTADO
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30  Língua Portuguesa ­ M2 
Para facilitar seu trabalho, antes de cada questão, transcrevemos um fragmento do texto. Logo, você 
não precisa voltar a ele; basta atentar­se para os fragmentos transcritos antes de cada enunciado. 
1) “Quem não tem namorado é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem 
três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.” 
Certamente tem namorado quem: 
a) sabe o gosto de namorar. 
b) é triplicemente desejada. 
c) se sente paquerada por duas pessoas. 
d) se vê envolvida com uma única pessoa. 
e) mantém duplo relacionamento amoroso. 
2) “A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão    ou 
mesmo de aflição.” 
A proteção do namorado precisa ser apenas: 
a) selvagem ou truculenta. 
b) forte ou musculosa. 
c) vagabunda ou irresponsável. 
d) estabelecida ou determinada. 
e) compreensiva ou ansiosa. 
3) “Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e que você vive pesando duzentos 
quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. 
Enfeite­se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.” 
Para fugir aos “grilos”, sugeriria Drumond algumas atitudes abaixo, EXCETO: 
a) vista­se com simplicidade. 
b) sinta­se descompromissada. 
c) caminhe de mãos dadas com a realidade. 
d) enfeite­se com flores e emoções. 
e) deixe a alma limpa e o coração alegre. 
4) “De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde 
com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.” 
Se deseja ter namorado, Drumond lhe diria para NÃO: 
a) descortinar a beleza interior. 
b) voltar­se para dentro de si mesma. 
c) amanhecer com doçura e otimismo. 
d) transmitir simpatia para o outro. 
e) ser amável ao semelhante. 
5) Dependendo da frase, um verbo normalmente empregado como transitivo direto pode tornar­se verbo de 
ligação. Assinale a alternativa em que aparece um exemplo: 
a) “Não tem namorado...” 
b) ”...quem transa sem carinho...” 
c) “...quem acaricia sem vontade...” 
d) “... de virar sorvete ou lagartixa...” 
e) “...e quem ama sem alegria.” 
(EXERCÍCIO  ADAPTADO  DA  PROVA  DE  VESTIBULAR  DA UNIVERSIDADE FEDERAL  DE VIÇOSA)
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31 Língua Portuguesa ­ M2 
III ­ REGÊNCIA NOMINAL 
Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) podem apresentar problemas de regência. Esses problemas, 
na maioria dos casos, só podem ser resolvidos mediante a consulta a um dicionário especializado. Apesar 
disso, apresentamos uma lista com alguns nomes e suas preposições. 
ACOSTUMADOðA, COM Já estamos acostumados a essa situação. 
ADAPTADO ð A Nunca esteve tão adaptado à função. 
AFLITOð COM, POR 
ALHEIO ð A  Alheio à vontade popular, o governo continua sem implantar a reforma agrária. 
ALIENADOð  DE  Alienado dos problemas sociais, só pensava em ganhar dinheiro. 
ALUSÃO ð A  Assisti ontem o filme a que fizeste alusão. 
AMOR ð A, PARA, 
COM, POR 
(FOLHA DE S. PAULO. 20/07/97) 
(FOLHA DE S. PAULO. 02/05/97)
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32  Língua Portuguesa ­ M2 
ANTIPATIA ðA, CONTRA, POR  Nutria verdadeira antipatia pelos negócios. 
APAIXONADOðPOR  Eu sou apaixonado por poesia. 
APTOð PARA, A  O aluno considerava­se apto para o cargo. 
COMPATÍVELðCOM  Este trabalho não é compatível com a sua função. 
GRATOðA 
IGUALð A  Meu relatório acabou ficando igual ao seu. 
IMUNEð A  Imune às críticas, ele continuava seu trabalho. 
PASSÍVELð DE  Todos os projetos são passíveis de modificação. 
PREFERÍVELðA  O silêncio é preferível à leviandade das palavras. 
PROPENSOðA, PARA  Não estava propenso a viajar tanto. 
RESIDENTEðEM  Pessoas residentes em centros urbanos sofrem com a poluição. 
VINCULADO ð A  Seu futuro na empresa estava vinculado ao da esposa. 
1) Todas as frases se apresentam adequadas às normas do padrão culto, EXCETO: 
a) Os inseticidas eram nocivos às aves, portanto todas morreram. 
b) Sua equipe de assistentes era escassa de boas idéias. 
c) Sempre foi avesso aos bons hábitos de higiene e educação. 
d) Nunca serás digno de tuas funções como diretor da empresa. 
e) Estamos ansiosos por vê­los aprovados nos exames de vestibular. 
2) (FESP) Sua avidez  lucros,  riquezas, não era compatível  seus sentimentos de amor 
próximo. 
a) por ­ por ­ em ­ do 
b) de ­ de ­ com ­ para o 
c) de ­ de ­ por ­ para com o 
d) para ­ para ­ de ­ pelo 
e) por ­ por ­ com ­ ao 
(FOLHA DE S. PAULO. 13/06/97) 
SE O SEU MARIDO LHE COMPRAR FLORES 
INESPERADAMENTE, MOSTRE-SE GRATA A ELE. 
E TOME 
CUIDADO.
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33 Língua Portuguesa ­ M2 
1) Indique a opção que desobedece ao padrão da norma culta. 
a) Certamente, eram versados em leis e conheciam os protocolos. 
b) Estavam habituados a questionar os planos do governo. 
c) Tal cargo não é compatível de sua experiência profissional. 
d) Agiu contrariamente aos princípios da conduta humana.e) Era afável para com as idéias de boa procedência. 
2) (Fac. Direito M.Campos) “...estou desolado com tudo isso...” 
Considerando os padrões da língua culta, o termo sublinhado foi substituído por outro, mantendo­se correta 
a regência nominal em todas as opções, EXCETO em: 
a) Estou favorável com tudo isso. 
b) Estou desgostoso com tudo isso. 
c) Estou aflito com tudo isso. 
d) Estou acostumado com tudo isso. 
e) Estou revoltado com tudo isso. 
3) (UFSCAR­SP) Leia as frases abaixo: 
A conclusão do inquérito foi prejudicial  toda a categoria. 
Mostrou­se insensível  qualquer argumentação. 
Este prêmio foi atribuído  melhor aluna do curso. 
Faço restrições  ter mais elementos no grupo. 
Indique a alternativa que, na seqüência, preenche as lacunas corretamente: 
a) a, a, à, a  d) à, à, a, à 
b) à, à, à, à  e) a, a, à, à 
c) à, à, a, a
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34  Língua Portuguesa ­ M2 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
“A gente não sabemos escolher presidente 
A gente não sabemos tomar conta da gente 
A gente não sabemos nem escovar os dente 
Tem gringo pensando que nós é indigente. 
Inútil, a gente somos inútil 
Inútil, a gente somos inútil 
A gente faz carro e não sabe guiar 
A gente faz trilho e não tem trem pra botar 
A gente faz filho e não sabe criar 
A gente pede grana e não consegue pagar. 
Inútil, a gente somos inútil 
Inútil, a gente somos inútil 
A gente escreve livro e não consegue publicar 
A gente escreve peça e não consegue encenar 
A gente faz música e não consegue gravar 
A gente joga bola e não consegue ganhar. 
Inútil, a gente somos inútil 
Inútil, a gente somos inútil.” 
(ULTRAJE A RIGOR) 
I ­ INTRODUÇÃO 
Concordância Verbal é a concordância do verbo com o sujeito. 
Regra geral: O verbo concorda em número e pessoa com o seu sujeito. 
Há, entretanto, uma série de regras e exceções relativas a casos de concordância verbal, que devem ser 
examinados um a um. 
Vejamos os mais comuns. 
II ­ CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL 
1ª PARTE 
O Sujeito Simples 
1. Sujeito formado por coletivo: 
Sujeito  Verbo 
coletivo no singular  Singular 
Uma coleção nova chegou à livraria. 
Obs: Quando o coletivo for acompanhado de um determinante no plural, o verbo pode ficar no singular 
ou no plural. 
SUJEITO  VERBO 
Eu  cheguei 
Tu  chegaste 
O rapaz  chegou 
Os rapazes  chegaram
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35 Língua Portuguesa ­ M2 
(FOLHA  DE S. PAULO) 
Seja delicado! 
Ofereça flores para a 
garota. 80% do 
caminho já estará 
percorrido. 
Flores! 
Outra coisa: 
segure as flores 
pelo cabo! 
Ah! 
SIRE, UM BANDO DE CRIANÇAS 
ENTROU AQUI E ROUBOU AS 
RESPOSTAS DOS EXAMES FINAIS ISSO É 
TERRÍVEL...! 
...COMO É QUE OS 
PROFESSORES VÃO 
CORRIGIR AS 
PROVAS? 
(O MAGO DE  ID. ANO 1. Nº 06. EDITORA ARTENOVA) 
2. Sujeito formado por expressão partitiva (a maioria de, a maior parte de, grande parte de): 
Sujeito  Verbo 
expressão partitiva + determinante plural  Singular ou plural 
• A maioria dos eleitores não compareceu. 
• A maioria dos eleitores não compareceram. 
3. Sujeito formado por expressão de quantidade aproximada (perto de, cerca de, mais de...) 
Sujeito  Verbo 
expressão de quantidade aproximada  Concorda com o numeral 
• Cerca de dez carros foram vendidos. 
• Mais de um jogador foi expulso. 
4. Sujeito formado por número percentual ou número fracionário: 
Sujeito  Verbo 
Numeral percentual ou fracionário + substantivo  Concorda com o numeral 
• 20% dos operários são acidentados diariamente. 
• 1/3 dos operários não fica na obra. 
Obs.: a tendência atual, porém, é concordar o verbo com a expressão que acompanha o numeral. 
• 40% da população não vota.
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36  Língua Portuguesa ­ M2 
5. Sujeito formado pela expressão um dos que: 
Sujeito  Verbo 
Expressão “um dos que”, seguida ou não de substantivo.  Singular ou 
plural 
• Ele foi um dos alunos que mais faltou / faltaram. 
• Ela foi uma das que mais protestou /protestaram. 
6. Sujeito formado por nomes próprios que só existem no plural: 
Sujeito  Verbo 
Nome próprio plural, não precedido de artigo.  Singular 
• Canudos não se rendeu. 
Sujeito  Verbo 
Nome próprio plural, precedido de artigo.  Plural 
• Os Estados Unidos venceram a partida. 
7. Sujeito formado por pronome indefinido ou interrogativo no plural, seguido de pronome pessoal (quais 
de nós, alguns de vós, muitos de nós...) 
Sujeito  Verbo 
Pronome interrogativo ou indefinido 
no plural + pronome pessoal 
• Quais de nós terão chances? 
• Quais de nós teremos chances? 
Obs.: Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo somente poderá ficar na 
3ª pessoa do singular. 
Concorda com o pronome indefinido ou 
com o pronome pessoal. 
(O MAGO DE  ID. ANO. 1 Nº 06. EDITORA ARTENOVA)
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37 Língua Portuguesa ­ M2 
10. O sujeito é o pronome relativo “que” ou “quem”. 
Sujeito  Verbo 
Pronome relativo que  Só concorda com o antecedente do que 
• Sou eu que pago a despesa. 
Sujeito  Verbo 
Pronome relativo quem 
• Sou eu quem dou as cartas. 
• Sou eu quem dá as cartas. 
Concorda com o antecedente do 
quem ou  fica na 3ª pessoa do 
singular,  concordando  com  o 
próprio quem 
Níquel está hipnotizando o 
gatinho da vovó! 
NÍQUEL NÁUSEA ­ Fernando Gonzales 
Você é um 
passarinho. 
Você é um 
vai 
Será que vai 
dar certo?? 
PIU 
PIU 
passarinho. 
(FOLHA  DE S. PAULO) 
8. Sujeito formado pela expressão “nenhum dos” ou “nenhuma das”: 
Sujeito  Verbo 
Nenhum dos  Singular 
Nenhuma das 
• Nenhum dos aprovados compareceu à cerimônia. 
9. O sujeito é um pronome de tratamento. 
Sujeito  Verbo 
Pronome de tratamento  Fica na 3ª pessoa 
• V.Sa. leu meus relatórios? 
• Vocês desejam um café?
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38  Língua Portuguesa ­ M2 
1) Nas frases a seguir, efetue a concordância, escolhendo a forma verbal adequada: 
1. Uma porção de políticos  contra. (votou/votaram) 
2. Uma multidão de torcedores  . (gritava/gritavam) 
3. Um enxame  no telhado. (pousou/pousaram) 
4. A maioria dos custos  . (seria revista/seriam revistos) 
5. Grande parte dos seus amigos  à cerimônia. (compareceu/compareceram) 
6. A maioria ali  as reformas. (apoiava/apoiavam) 
7. Cerca de vinte pessoas  na delegacia. (acabou/acabaram) 
8. Mais de um médico  no local. (esteve/estiveram) 
9. 2/5 dos municípios  acertar suas contas com o Estado. (conseguiu/conseguiram) 
10. 80% da Mata Atlântica não  à ação do homem. (resistiu/resistiram) 
11. 1% dos eleitores, apenas,  em partidos de direita. (votou/votaram) 
12. Ele foi um dos que  pelos nossos direitos. (brigou/brigaram) 
13. Ana foi uma das que  no vestibular. (passou/passaram) 
14. Minas Gerais  grandes escritores. (revelou/revelaram) 
15. Campinas  uma das melhores Universidades do país. (possui/possuem) 
16. Os Estados Unidos  tecnologia para o mundo inteiro. (exporta/exportam) 
17. Poucos de nós  o dinheiro para viajar. (conseguirão/conseguiremos) 
18. Alguns de nós  escalados para entregar o prêmio. (fomos/foram) 
19. Qual de nós  a coragem de fazer esta traição? (terá/terão/teremos) 
20. Nenhum dos presentes  abrir a boca. (ousou/ousaram) 
21. Nenhuma delas  caráter suficiente para tomar esta atitude. (tem/têm) 
22. Vossa Excelência  a decisão? (apoiaste/apoiou) 
23. Fui eu que  o exercício. (fiz/fez) 
24. Fomos nós que  o cargo. (conseguimos/conseguiu) 
25. Fomos nós quem o  da verdade. (convencemos/convenceu) 
3)  (PUC­MG) De acordo com o  texto, assinale a 
alternativa em que o verbo NÃO concorda com 
a expressão grifada. 
a) “Tudo começa a afundar.” 
b) ”Você me diz de soslaio...” 
c)  “...  um  terremoto é quando não há mais o 
centrodas coisas.” 
d) “Os engenheiros que me perdoem...” 
e) “...nem por que milagres surgem forças...” 
2)  (PUC­MG)  Indique  a  alternativa  em  que  a 
concordância  verbal  tenha  se  dado  em 
conformidade com a norma culta escrita. 
a) O preço do frango, como também de todas as 
outras proteínas animais, vão baixar no varejo. 
b)  Ao  final  do  treino,  mais  de  um  jogador 
apresentavam sinais visíveis de desidratação. 
c) As moças,  tão  logo  entraram no Tribunal, 
pediram ao juiz que as recebesse. 
d) O desamparo de crianças, jovens e velhos, 
cada vez mais flagrante nas ruas, fazem­nos 
pensar no egoísmo humano. 
e) Aplicam­se aos trabalhadores rurais que têm 
mais de 65 anos o disposto nessa lei.
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39 Língua Portuguesa ­ M2 
4) (U.F. Viçosa) Vossa Excelência _______ ouvir a opinião dos jovens que _______ apoiaram durante _______ 
campanha. 
a) deveis, lhe, vossa 
b) deve, o, sua 
c) deve, lhe, sua 
d) deveis, vos, vossa 
e) deve, o, vossa 
5) Assinale a opção que NÃO se apresenta adequada às normas cultas da língua padrão. 
a) A maioria das pessoas está preferindo morar no meio urbano. 
b) Nenhum de nós desconhece a importância de tua tese. 
c) Quais de vocês viajariam para um deserto como a fazenda do matagal? 
d) Quantos de vós me ensinareis a viver melhor a minha vida? 
e) Qual de vocês têm algum juízo para me apontar caminhos? 
6) (UNI­RIO) Identifique a opção que pode ser completadaAPENAScom a primeira forma verbal proposta, segundo 
os padrões da norma culta: 
a) Ainda hoje _______ haver muitas Elviras em nossa sociedade. (pode ­ podem) 
b) Quais de vós _______ a primeira pedra em Elvira? (atiraria ­ atiraríeis) 
c) A maioria dos amantes de Elvira _______ no subúrbio. (morava ­ moravam) 
d) Não se _______ facilmente, em nosso meio, pessoas iguais a Elvira. (admite ­ admitem) 
7) (FAFI­BH) Todas as alternativas abaixo apresentam concordância verbal correta, EXCETO: 
a) A maior parte dos menores vive sob as marquises. 
A maior parte dos menores vivem sob as marquises. 
b) Faz anos que a questão do menor se agrava no Brasil. 
Fazem anos que a questão do menor se agrava no Brasil. 
c) Ilson Escóssia é um dos que apresenta suspeita de delinqüência. 
Ilson Escóssia é um dos que apresentam suspeita de delinqüência. 
d) Um bando de meninos morre a cada dia no País. 
Um bando de meninos morrem a cada dia no País. 
e) Quais de nós pensam nos meninos de rua? 
Quais de nós pensamos nos meninos de rua?
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40  Língua Portuguesa ­ M2 
III ­ CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL 
2ª PARTE 
O Sujeito Composto 
1. Sujeito Posposto ao Verbo: 
Sujeito  Verbo 
Tem mais de 1 núcleo. 
• Vieram a tia e o namorado. 
• Veio a tia e o namorado 
Vai  para  o  plural  ou  concorda 
com o núcleo mais próximo. 
(SCHULZ; CHARLES M. SNOOPY. 1988. CEDIBRA EDITORA BRASILEIRA LTDA.) 
2. Sujeito formado por núcleos sinônimos ou em gradação: 
Sujeito  Verbo 
Núcleos sinônimos ou em gradação  Singular ou plural 
•  O medo e o temor corroíam/corroía aquele homem. 
•  Um mês, um ano, um século não bastavam/bastava para esquecê­la. 
3. Sujeito composto resumido por um pronome indefinido (tudo, nada, ninguém...): 
Sujeito  Verbo 
Sujeito composto + expressão resumidora  Singular 
• Música, festas, reuniões, tudo o aborrece. 
O Atlântico e o Pacífico, 
a Secretaria de Estado e 
o Cabo Cod... 
(SCHULZ; CHARLES M. SNOOPY. 1988. CEDIBRA EDITORA BRASILEIRA LTDA.) 
A Idade Média, o Golfo do 
México, Nova Escócia, Nova 
York, nada ficou de fora! 
Sinto muito, professora, 
minha cabeça ‘tá’ lotada!
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41 Língua Portuguesa ­ M2 
5. Os componentes do sujeito são ligados pela conjunção “ou.” 
Sujeito  Verbo 
1º elemento + ou + 2º elemento 
• Pedro ou João ocupará a presidência. 
• Cinema ou teatro eram as opções de lazer. 
•  fica  no  singular  se  a  conjunção 
indicar exclusão. 
•  vai  para  o  plural  se  a  conjunção 
indicar que o verbo se refere aos 
dois elementos. 
4. Sujeito formado por verbos no infinitivo: 
Sujeito  Verbo 
infinitivo + infinitivo  Singular 
• Escrever e ler é a base do bom conhecimento da língua. 
Obs.: se os infinitivos vierem determinados por artigo ou se forem antônimos, o verbo poderá ir também 
para o plural. 
• O ler e o escrever são a base do bom conhecimento da língua. 
6. Os componentes do sujeito são ligados pela conjunção “nem.” 
Sujeito  Verbo 
1º elemento + nem + 2º elemento  Singular ou plural 
• Nem a riqueza nem o poder o livraram da morte. 
• Nem a aluna nem o professor suspeitou da minha atitude. 
7. O sujeito é a expressão “um ou outro.” 
Sujeito  Verbo 
Um ou outro  Singular 
• Um ou outro aluno resolverá esta questão. 
8. O sujeito é formado pelas expressões “um e outro” ou “nem um nem outro.” 
Sujeito  Verbo 
• Um e outro  Singular ou plural 
• Nem um nem outro 
• Um e outro aluno desistiu/desistiram do vestibular. 
• Nem um nem outro chegou/chegaram a tempo.
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42  Língua Portuguesa ­ M2 
O que você faria se eu desse 
um chute e o desmoronasse? 
(SCHULZ; CHARLES M. SNOOPY. 1988. CEDIBRA EDITORA BRASILEIRA LTDA.) 
Provave lmente nada 
no momento... 
Mas, daqui a alguns anos, 
quando estiver casada e você 
com seu marido quiserem 
que eu seja fiador da nova 
casa, vou me recusar. 
Irmãos mais novos aprendem 
a pensar rápido! 
9. Os componentes do sujeito são ligados por “com”. 
Sujeito  Verbo 
1º elemento + com + 2º elemento  Plural 
• O ministro com a esposa chegaram pontualmente à cerimônia. 
Obs.: O verbo pode ficar no singular quando se deseja enfatizar o primeiro elemento. 
• O ministro, com sua bonita esposa, chegou pontualmente à cerimônia. 
1) Nas frases a seguir, efetue a concordância, escolhendo a forma verbal adequada: 
1. O mapa e o dicionário  às livrarias ainda neste mês. (chegará/chegarão) 
2. Logo depois das testemunhas,  o presidente e o primeiro secretário. (falou/falaram) 
3. Um gesto, um olhar, uma palavra  suspeitas. (despertaria/despertariam) 
4. As denúncias, as insinuações de fraude, a hostilidade dos companheiros, tudo isso o  à 
renúncia. (levou/levaram) 
5. Plantar e colher os frutos da terra  parte da tradição daquele povo. (fazia/faziam) 
6. O rir e o chorar  parte da condição humana. (faz/fazem) 
7. O diretor ou seu secretário  os visitantes. (receberá/receberão) 
8. Roma ou Viena  as próximas olimpíadas. (sediará/sediarão) 
9. Nem a política nem a vida estudantil  algum interesse para ele. (despertava/despertavam) 
10. Um ou outro aluno  comparecer à entrega dos prêmios. (deverá/deverão) 
11. Nem eu nem outro  o curso superior. (concluiu/concluíram) 
12. Um e outro  desconfiando das atitudes suspeitas do gerente. (acabou/acabaram) 
13. A família com a enfermeira  hoje para a Europa. (viajou/viajaram)
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43 Língua Portuguesa ­ M2 
2) (UFMG) Em todas as alternativas, a lacuna pode ser preenchida corretamente por ambas as formas entre 
parênteses, EXCETO em: 
a) A maioria das pessoas ______ comentários sobre fatos que não existiram. (elabora ­ elaboram) 
b) Alguns de nós ______  profissionais autônomos. (são ­ somos) 
c) Boa parte dos entrevistados ______ ao concerto de Villa­Lobos. (assistiu ­ assistiram) 
d) Mais de um ______ Ulysses Guimarães posando pelado numa revista. (viu ­ viram) 
e) Na avenida Paulista, ______ a burguesia e o populacho. (transita ­ transitam) 
3) (FCMS­SP) Assinale a frase que contém ERRO, tendo em vista a concordância verbal. 
a) Eu, tu e vossos amigos fomos ao cinema.  d) Tu e teus amigos quiseram sair. 
b) Fui ao cinema eu, tu e vossos amigos.e) Tu e teus amigos quiseste sair. 
c) Tu e teus amigos quisestes sair. 
4) Em todas as opções, a lacuna pode ser preenchida apenas por uma das formas verbais indicadas, EXCETO 
em: 
a) ______  resultados completamente satisfatórios . (Havia/Haviam) 
b) Os dias tristes, nem as horas longas, nada o ______ para outro lugar. (deslocava/deslocavam) 
c) ______ ­lhe o juízo e o senso do ridículo, pois tinha medo de se exibir. (Sobrava/Sobravam) 
d) ______ ­lhe as propriedades e o dinheiro da herança misteriosa. (Faltava/Faltavam) 
5) (F. Objetivo­SP) Assinale a alternativa que contém erro de concordância verbal: 
a) Passará o céu e a terra, mas minhas palavras não passarão. 
b) Tu e ele sereis convencidos de que andais em erro. 
c) Esta foi uma das cidades que mais sofreu com as inundações. 
d) A história que vou contar só a sabe, em toda a cidade, minha mulher e eu. 
e) Acontece coisas esquisitas neste mundo: hoje vi uma delas. 
1) (FAFI­BH) Há erro de concordância, segundo a norma culta, em: 
a) Se houvesse censura, a liberdade de expressão seria prejudicada. 
b) Se existisse condições de controle, todas as informações já teriam sido censuradas. 
c) Falta, ao governo e a qualquer instituição que assim desejar, capacidade para controlar informações 
espalhadas pelo mundo inteiro. 
d) Hoje, existem programas de computador dirigidos a praticamente qualquer área de conhecimento. 
2) (FAFI­BH) Segundo a norma culta, está CORRETA a concordância verbal em: 
a) Resta ainda algumas alternativas para solucionar o problema da fome. 
b) O governo não sabe ao certo quantos famintos existe no país. 
c) Quanto custa aos cofres públicos todos esses famintos? 
d) Deve haver medidas urgentes para combater a fome. 
e) Se houvessem mais pessoas dispostas a colaborar, os problemas poderiam ser resolvidos.
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44  Língua Portuguesa ­ M2 
3) (FUVEST) Indique a alternativaCORRETA: 
“Fomos nós que o  , porque a maioria dos rapazes  dar­lhe uma surra. Quais 
de vós  isso também?” 
a) defendemos ­ queria ­ faria.  d) defendeu ­ queriam ­ fariam. 
b) defendeu ­ queriam ­ faríeis.  e) defendemos ­ queriam ­ fariam. 
c) defendemos ­ queriam ­ faria. 
4) (FUVEST­SP) Assinale a frase INCORRETA do ponto de vista da concordância verbal. 
a) Alguns de nós pretendem fazer uma viagem. 
b) Alguns de nós pretendemos fazer uma viagem. 
c) Qual de nós resolveu a questão? 
d) Qual de nós resolvemos a questão? 
e) Muitos de vós chegastes tarde. 
5) Em todas as opções, admite­se apenas uma das formas verbais indicadas entre parênteses, EXCETO: 
a) No mês das flores, ________ três anos que estou aqui. (fará/farão) 
b) No final da conferência, ________ aplausos sobre o ilustre professor. (choveu/choveram) 
c) Já ________ muitos acidentes neste local perigoso. (houve/houveram) 
d) Nenhum dos alunos ________ acertar todas as questões da prova de Física. (conseguiu/conseguiram) 
e) Por toda a cidade ________ perigo e situações constrangedoras. (existe/existem) 
6) (CEFET­MG) Há erro de concordância  verbal em: 
a) Basta, aos habitantes do Santa Fé, as presenças do Major Ursulino e de D. Mariquinha. 
b) Aconteceram, naquele ano, muitas tragédias com a família do Capitão Vitorino. 
c) Já não se faziam planos para o Santa Fé. 
d) Existem erros graves no relacionamento entre a velha Mariquinha e o genro, diziam os moradores da 
casa grande. 
e) Casas, pessoas, modos de agir, tudo era conforme Capitão Tomás. 
7) Segundo a norma culta, NÃO é admissível a concordância verbal em: 
a) Se não ocorrer urgentes providências, em breve nos transformaremos em robôs. 
b) Na redação, descobrem­se os méritos relativos das coisas e fazem­se as reflexões necessárias. 
c) No lar, precisa haver os germes da curiosidade científica que despertem a criança para o conhecimento. 
d) Deve fazer dois anos que a lei de Diretrizes e Bases da Educação está esquecida no Congresso. 
8) Em que frase a lacuna pode ser preenchida APENAS pela forma singular do verbo entre parênteses? 
a) Grande parte dos funcionários ________ a trabalhar. (recusou­se ­ recusaram­se) 
b) No mês passado, ________ muitos desastres naquela região. (aconteceu ­ aconteceram) 
c) Qual de vocês ________ da última reunião da diretoria? (participou ­ participaram) 
d) Já ________ seis horas no relógio da Igreja do Carmo. (bateu ­ bateram) 
e) Perto da fonte ________ um cesto de roupas e duas bacias velhas. (encontrava­se ­ encontravam­se) 
9) (PUC­MG) Levando­se em conta a concordância verbal, a forma entre parêntesesNÃOpreenche com correção 
a lacuna em: 
a) Mais de um dos assistentes se ________  surpresos. (entreolharam) 
b) Não só ele mas também eu não ________  com a medida. (concordamos) 
c) No plebiscito, dois terços ________  a favor da emenda. (votaram) 
d) ________ ­se a entrada e a permanência no recinto. (Proibiu) 
e) Rogo a Vossa Excelência que ________  a minha solicitação. (atendas)
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45 Língua Portuguesa ­ M2 
10) (PUC­MG) A concordância verbal, de acordo com o padrão culto da linguagem, está CORRETA em: 
a) Existe muitos privilegiados, que ocupam áreas bem localizadas na Zona Sul. 
b) A maioria dos domicílios de Belo Horizonte está localizada em favelas. 
c) Calculam­se que cerca de um milhão de pessoas sobrevive nas favelas. 
d) Já faz parte da rotina desse homem os períodos de chuva que o obrigam a alojar­se no grupo escolar. 
e) Ergueu­se centenas de casebres sobre um solo condenado, semelhante ao terreno da Barraginha. 
11) A opção cuja lacuna deve ser preenchida apenas pela forma singular, indicada nos parênteses, deverá ser 
assinalada. 
a) Um enxame de abelhas ______ em torno das rapaduras. (zumbia/zumbiam) 
b) De que me ______ o ouro, o poder e a grandeza? (serviria/serviriam) 
c) Depois é que ______ o homem e a podridão, a árvore e o verme. (surgiram/surgiu) 
d) Onde ______ a tua inteligência, a tua cultura e, principalmente, a tua verdade? (está/estão) 
e) Exatamente nesse dia ______ dois anos que seu gentil corpo fora entregue à terra. (fazia/faziam) 
12) (PUC­MG) Observe os períodos abaixo, ao lado de sua flexão no plural: 
1. A enxurrada vem morro abaixo. 
As enxurradas vêm morro abaixo 
2. Esta realidade nada tem em comum com a da moradora de Vila Izabel. 
Estas realidades nada têm em comum com as das moradoras de Vila Izabel. 
3. Quando um morador vê qualquer pessoa de fora, procura abordá­lo. 
Quando moradores vêem quaisquer pessoas de fora, procuram abordá­las. 
Pode­se afirmar que o plural está correto em: 
a) em 1, 2, 3.  c) apenas em 2.  e) apenas em 2 e 3. 
b) apenas em 1.  d) apenas em 3. 
13) (ICÉS) “O Brasil possuía grandes riquezas naturais.” 
Se se der ao sujeito dessa frase a função de adjunto adverbial, o verbo destacado deve assumir a forma: 
a) tinha  b) havia  c) existia  d) tinham  e) haviam 
14)  (ICÉS)  “Na  agricultura,  surgido  bons  resultados,  porque  havendo  incentivos  e 
planejamento no setor.” 
Na frase acima, as lacunas devem ser preenchidas por: 
a) tem e vem  c) têem e vêem  e) têm e vem 
b) têm e vêm  d) tem e vêm 
15) (FAFI­BH) Por ser sujeito, a concordância foi feita corretamente com o termo grifado em todos os itens, 
EXCETO em: 
a) Haviam algumas pessoas conversando na rua. 
b) Ali sempre ocorriam coisas estranhas. 
c) Qual de vocês pode fazer para mim? 
d) Boa parte dos alunos já havia acabado a prova. 
e) Tinha ficado na sala pouca gente. 
16) (PUC­MG) Observe os períodos abaixo: 
1. “Existem dois planos e eles devem se encontrar.” 
2. “Num mesmo país e governo não podem conviver duas propriedades.” 
3. “Aqui sempre se reduziu salário.” 
4. “Estaremos abertos a tantas aventuras que nos impingiram esses dogmas.” 
5. “Não se trata de lista de questões.” 
Se houver mudança de flexão de número dos termos destacados (plural para singular e vice­versa), o 
verbo sublinhado ficará inalterado no período de número:a) 1  b) 2  c) 3  d) 4  e) 5
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46  Língua Portuguesa ­ M2 
17) (FAFI­BH) “Mesmo alegando que a Radiobrás já  de maquinário para as atividades do novo 
veículo, o governo certamente não  de ignorar que a produção e transmissão dos programas, 
assim como os anunciados convênios com os órgãos que  o canal,  afinal custeados 
pelas mesmas minguadas verbas públicas.” 
(FOLHA  DE S. PAULO) 
a) dispõe ­ há ­ utilizariam ­ serão 
b) dispõem ­ a ­ utilizariam ­ serão 
c) dispõe ­ a ­ utilizariam ­ serão 
d) dispõem ­ há ­ utilizariam ­ serão 
18) (PUC­RJ) Indique a série que corresponde às formas verbais apropriadas para os enunciados abaixo: 
I) As diferenças existentes entre homens e mulheres  ser um fato indiscutível. 
1. parece  2. parecem 
II) Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a estrutura do cérebro, os efeitos dos hormônios 
e a psicologia infantil,  que as diferenças entre homens e mulheres não se devem apenas à 
educação. 
3. propõe  4. propõem 
III)  diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões  tidas como  tipicamente masculinas ou 
femininas. 
5. Haveria  6. Haveriam 
IV)  ainda pesquisadores que consideram os machos mais agressivos, em virtude de sua constituição 
hormonal. 
7. Existe  8. Existem 
V) Como sempre, discute­se se é a força da Biologia, ou meramente a Educação, que  sobre o 
comportamento humano. 
9. predomina  10. predominam 
a) 2, 4, 5, 8, 9 
b) 1, 3, 6, 8, 9 
c) 2, 4, 6, 7, 10 
d) 2, 3, 5, 8, 10 
e) 2, 4, 6, 7, 9
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47 Língua Portuguesa ­ M2 
O mundo e a violência 
Diz todo mundo, mostra­se na TV que São 
Paulo, Rio – e todas as grandes cidades brasileiras 
– atravessam uma fase de incrível violência. As 
pessoas se matam nas  ruas,  nas  favelas e nas 
avenidas, como o cinema conta que se matava na 
Chicago de Al Capone. 
É verdade. Mas o pior é que não é só aqui, 
num fenômeno particular. A violência ataca o mundo 
inteiro. Se você voltar à TV, lá estão, na Coréia, 
estudantes  e  policiais  se  entrematando;  e  na 
Chechênia, que ninguém sabe nem onde é? No 
Oriente Médio – e em Europa, França e Bahia. E 
só se briga, só se mata – é só tocar com o dedo 
um ponto do mapa­múndi, vai­se encontrar sempre 
sangue correndo, fogo queimando. 
E daí, não foi sempre assim? As guerras 
sempre foram o tema dominante na História. Me 
lembro de eu menina, na estante do meu avô, eu ia 
direto às guerras do Peloponeso – eu achava linda 
essa palavra! Tanto que eu quis dar o nome de 
Peloponeso  ao meu  primeiro  cavalo, mas  não 
deixaram, muito comprido e esquisito para nome 
de  cavalo.  Escolhi  então  Pirata,  deixaram. As 
pessoas são muito incoerentes. Pirata é um ladrão 
do mar, está bem para o cavalo. Contudo, o inocente 
Peloponeso é ruim! 
Mas voltando à violência. A verdade é que, 
desde que o mundo é mundo, vivemos sob a marca 
da violência, todo bicho maior usa o direito do mais 
forte e mata o menor, já os do mesmo tamanho 
batalham mortalmente entre si. Até no lar, doce lar, 
a  mamãe  castiga  o  bebê,  como?  Com  uma 
palmada. Ele não sabe falar, mas sabe que dói. 
Violência educativa. E, aliás, tudo não começou 
no Gênesis, quando o primeiro filho do primeiro 
casal humano matou o irmão? Eram só eles dois, 
mas eram dois machos. Caim sentiu que devia 
acabar com Abel para ficar o senhor da futura tribo. 
Já  vi  duas  rolinhas  brigando,  a  bicadas 
sangrentas.  Rolinha,  o  símbolo  romântico  da 
doçura, as modinhas cantavam as namoradas como 
“tímidas rolinhas.” As que vi deviam ser também 
dois machos,  disputando  fêmeas  e  território. 
Rolinhas, quem diria! 
Sim, há hoje violência demais, e isso é terrível. 
A gente  tem medo de mandar as crianças para a 
escola, de deixar os filhos adolescentes saírem para 
o futebol, morre­se de medo quando os jovens se 
juntam num bar, à noite, para um chopinho. Quem 
tem família tem medo de tudo! E com razão, o medo 
é justificado. Grande parte dos pais já teve a prova 
amarga na própria carne. 
E  volto  a  uma  minha  velha  tese:  esse 
agravamento da violência, no mundo inteiro, é porque 
tem gente demais neste dito mundo. Até as florestas 
da Amazônia, da África, da Austrália fervilham de 
índios, de negros, de “aborígenes”, como diziam os 
ingleses  colonizadores.  Os  quinhões  de  terra  e 
comida para cada um vão ficando cada vez menores, 
mais magros, e então se briga. Se mata. E, fora a 
violência  pelo  espaço  e  pelo  pão,  ainda  existe  a 
violência pela pura diversão, como espetáculo. Haverá 
espetáculo mais brutal do que uma tourada? E a farra 
do boi, em Santa Catarina? E o boxe? Milhares de 
pessoas  enlouquecidas,  ante  dois  brutamontes 
seminus se matando aos socos. 
Nas  batalhas modernas,  acabaram­se  os 
combates a espadas e lanças, depois que se inventou 
a pólvora. E depois que se inventou a dinamite, ainda 
mais mortífera. E logo se mantém uma paz relativa, 
em muitas partes da Terra, é porque uns têm medo 
dos arsenais dos outros e vice­versa. 
Já  pensou  na  quantidade  imensa  de 
explosivos que existem armazenados nesses arsenais, 
em todo o planeta? Daria talvez para liquidar não só 
com o nosso próprio planeta, mas com todo o sistema 
solar. 
Nos  hinos e  nos  discursos, nas  pregações 
religiosas,  clamamos  que  “somos  todos  irmãos”. 
Verdade, somos irmãos. Desde Caim e Abel. 
(QUEIROZ, RACHEL DE. ESTADO DE MINAS. 
CADERNO  FEMININO.)
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48  Língua Portuguesa ­ M2 
1) Em todas as opções, a palavra destacada está corretamente explicada, de acordo com o seu sentido no 
texto, EXCETOem: 
a) Se  você  voltar  à TV,  lá estão,  na Coréia,  estudantes  e  policiais  se  entrematando.  (matando­se 
reciprocamente). 
b) As pessoas são muito incoerentes. (contraditórias). 
c) Os quinhões de terra e comida para cada um vão ficando cada vez menores, mais magros, e então se 
briga. (cotas). 
d) E logo se mantém uma paz relativa, em muitas partes da Terra, é porque uns têm medo dos arsenais 
dos outros e vice­versa. (casual). 
2) A opção que introduz um argumento decisivo, apresentado como acréscimo, como se fosse desnecessário, 
para a tese defendida em “ A verdade é que, desde que o mundo é mundo, vivemos sob a marca da 
violência?” é: 
a) ”E só se briga, só se mata – é só tocar com o dedo um ponto do mapa­múndi...” 
b) “Sim, há violência demais, e isso é terrível!” 
c) “Nas batalhas modernas, acabaram­se os combates a espadas e lanças, depois que se inventou a 
pólvora.” 
d) “E, aliás, tudo não começou no Gênesis, quando o primeiro filho do primeiro casal humano matou o 
irmão?” 
3) Todas as opções indicam opiniões defendidas pela autora, EXCETO: 
a) No mundo de hoje, a violência está generalizada. 
b) A violência tem origens históricas. 
c) O aumento da violência é inversamente proporcional ao crescimento da população. 
d) A paz entre certos povos é determinada pelo material bélico que cada um possui. 
4) Há uma idéia de exagero em: 
a) “... todo bicho maior usa o direito do mais forte e mata o menor...” 
b) “... morre­se de medo quando os jovens se juntam num bar, à noite; para um chopinho.” 
c) “Os quinhões de terra e comida para cada um vão ficando cada vez menores, mais magros...” 
d) “e depois se inventou a dinamite, ainda mais mortífera.” 
5) Assinale a alternativa em que haja uma outra possibilidade de concordância verbal. 
a) Não ficaram, naquela delegacia, ocorrências ou queixas dos fatos ocorridos que pudessem ser usadas 
no inquérito policial. 
b) É claro que devemos condenar e combater duramente o banditismo e a violência de qualquer natureza, 
mas tudo absolutamente dentro da lei, com absoluto respeito aos direitos da pessoa humana, seja ela o 
pior dos criminosos. (Folha de S. Paulo) 
c) Quem tem família tem medode tudo! E com razão, o medo é justificado. Grande parte dos pais já teve 
a prova amarga na própria carne. 
d) Nas batalhas modernas, acabaram­se os combates a espadas e lanças, depois que se inventou a 
pólvora. 
(EXERCÍCIO  ADAPTADO DA PROVA DE VESTIBULAR DA FAFI­BH)
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49 Língua Portuguesa ­ M2 
IV ­ SILEPSE OU CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA 
Observe a frase: 
“A hora era de muito sol – o povo caçava jeito de ficarem debaixo da sombra das árvores de cedro.” 
(GUIMARÃES ROSA) 
Há  no  trecho  acima,  erro de  concordância  verbal? Não. Nesse  caso, a  concordância  efetuada é  a 
ideológica, ou seja, feita não com a forma gramatical da palavra, mas sim com o sentido, com a idéia que ela 
expressa. É um caso de silepse, palavra de origem grega que significa “ação de reunir, de tomar em conjunto.” 
No entanto,  é preciso  ficar alerta  para a especificidade do  emprego desse  tipo de  concordância: a 
silepse ou concordância ideológica é uma figura de construção, ficando o seu uso, por isso, mais restrito à 
Literatura. 
Já não basta ficarem mexendo toda hora no valor 
e  no  nome  do  dinheiro? Nos  juros,  no  crédito,  nas 
alíquotas de importação, no câmbio, na Ufir e nas regras 
do imposto de renda? Já não basta mudarem as formas 
da Lua, as marés, a direção dos ventos e o mapa da 
Europa?  E  as  regras  das  campanhas  eleitorais,  o 
ministério,  o  comprimento  das  saias,  a  largura  das 
gravatas? Não basta os deputados mudarem de partido, 
homens virarem mulher, mulheres virarem homem e os 
economistas  virarem  lobisomem,  quando  saem  do 
Banco Central e ingressam na banca privada? 
Já não basta os prefeitos, como  imperadores 
romanos, tentarem mudar o nome de avenidas cruciais, 
como a Vieira Souto, no Rio de Janeiro, ou se lançarem 
à aventura maluca de destruir largos pedaços da cidade 
para rasgar avenidas, como em São Paulo? Já não 
basta mudarem toda hora as teorias sobre o que engorda 
e  o  que  emagrece? Não  basta mudarem a  capital 
federal, o número de estados, o número de municípios 
e até o nome do país, que  já foi Estados Unidos do 
Brasil e depois virou República Federativa do Brasil? 
Não, não basta. Lá vêm eles de novo, querendo 
mudar as regras de escrever o idioma. “Minha pátria é 
a língua portuguesa”, escreveu Fernando Pessoa pela 
pena de um de seus heterônimos, Bernardo Soares, 
autor  do  Livro  do Desassossego.  Desassossegados 
estamos. Querem mexer na pátria. Quando mexem no 
modo de escrever o idioma, põem a mão num espaço 
íntimo e sagrado como a terra de onde se vem, o clima 
a que se acostumou, o pão que se come. 
Aprovou­se recentemente no Senado mais uma 
reforma ortográfica da Língua Portuguesa. É a terceira 
nos  últimos 52  anos,  depois das  de  1943  e 1971  – 
muita reforma, para pouco tempo. Uma pessoa hoje 
com 60 anos aprendeu a escrever “idéa”, depois, em 
1943, mudou para “idéia”, ficou feliz em 1971 porque 
“idéia” passou incólume, mas agora vai escrever “ideia”, 
sem acento. 
Reformas ortográficas são quase sempre um 
exercício vão, por dois motivos. Primeiro, porque tentam 
banhar de lógica o que, por natureza, possui extensas 
zonas infensas à lógica, como é o caso de um idioma. 
Escreve­se  “Egito”,  e  não  “Egipto”, mas  “egípcio”  e 
não “egício”, e daí? Escreve­se “muito”, mas em geral 
se fala “muinto”. Segundo, porque, quando as reformas 
se regem pela obsessão de fazer coincidir a fala com a 
escrita,  como  é  o  caso  das  reformas  da  Língua 
Portuguesa, estão correndo atrás do inalcançável. A 
pronúncia muda no tempo e no espaço. A flor que já foi 
“azálea” está virando “azaléa” e não se pode dizer que 
esteja errado o que  todo o povo vem consagrando. 
“Poder” se pronuncia “poder” no Sul do Brasil e “puder” 
no Brasil do Nordeste. Querer que a grafia coincida 
sempre com a pronúncia é como correr atrás do arco­ 
íris, e a comparação não é fortuita, pois uma língua é 
uma coisa bela, mutável e misteriosa como um arco­ 
íris. 
Acresce  que  a  atual  reforma,  além de  vã,  é 
frívola.  Sua  justif icativa  é  unificar  as  grafias  do 
Português do Brasil e de Portugal. Ora, no meio do 
caminho percebeu­se que seria uma violência  fazer 
um português escrever “fato” quando fala “facto”, ou 
“recepção” quando  fala “receção”, da mesma  forma 
como seria cruel fazer um brasileiro escrever “facto” 
ou “receção” (que ele só conhece, e bem, com dois 
ss, no sentido de inferno astral da economia). Deixou­ 
se, então, que cada um continuasse a escrever como 
está acostumado , no que se fez bem, mas, se a reforma 
era para unificar e não unifica, para que então fazê­ 
la? Unifica um pouco, responderão os defensores da 
reforma. Mas, se é só um pouco, o que adianta? Aliás, 
para que unificar? O  último argumento dos propug­ 
Instrução: As questões de 1 a 8 baseiam­se no texto 
abaixo. 
Leia, atentamente, todo o texto antes de 
resolvê­las.
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50  Língua Portuguesa ­ M2 
nadores da reforma é que, afinal, ela é pequena – mexe 
com a grafia de 600, entre cerca de 110.000 palavras 
da Língua Portuguesa, ou apenas 0,54% do total. Se é 
tão pequena, volta a pergunta: para que fazê­la? 
Fala­se que  a  reforma  simplifica o  idioma e, 
assim,  torna  mais  fácil   seu  ensino.  Engano.  A 
representação escrita da língua é um bem que percorre 
as gerações, passando uma à outra, e será tão mais 
bem transmitida quanto mais estável for, ou, pelo menos, 
quanto menos interferências arbitrárias sofrer. Não se 
mexa assim na língua. O preço disso é banalizá­la como 
já fizeram com a moeda, no Brasil. 
1) O título que melhor sintetiza o texto é: 
a) Reforma ortográfica: necessidade recorrente. 
b) Reforma ortográfica: alterações no tempo e 
no espaço. 
c) Reforma ortográfica: obsessão dos gramáticos. 
d) Reforma ortográfica: ação inútil e frívola. 
2) Uma  função dos  dois primeiros  parágrafos do 
texto é: 
a) reproduzir o conteúdo do terceiro parágrafo. 
b) fornecer o contexto para o terceiro parágrafo. 
c) sintetizar as informações presentes no terceiro 
parágrafo . 
d) explicar as idéias do terceiro parágrafo. 
3) O objetivo da reforma ortográfica aprovada pelo 
Senado Federal é: 
a) fazer coincidir a fala com a escrita. 
b) dinamizar o ensino do Português. 
c) simplificar a Língua Portuguesa. 
d) aproximar as grafias do Português do Brasil 
e de Portugal. 
4) Em todas as alternativas, as palavras destacadas 
estão corretamente interpretadas, EXCETO em: 
a) O último argumento dos propugnadores da 
reforma (...) 
propugnadores = defensores 
b) (...) ficou feliz em 1971 porque “idéia” passou 
incólume (...) 
incólume = ilesa 
c) (...) quanto mais estável for, ou pelo menos, 
quanto menos interferênciasarbitrárias sofrer. 
arbitrárias = injustas 
d) (...) e a comparação não é fortuita. 
fortuita = acidental 
5)  Todas  as  alternativas  contêm afirmações  que 
podem ser confirmadas pelo texto, EXCETO: 
a) O uso da língua é que define o certo e o errado. 
b) A língua é uma herança sócio­cultural. 
c) O autor apresenta argumentos lingüísticos e 
não­lingüísticos. 
d) A coincidência completa entre a fala e a escrita 
é viável. 
6) Desassossegados estamos. Querem mexer na 
pátria. 
Assinale a alternativa que contém a RELAÇÃO 
implícita entre essas orações. 
a) Oposição  c) Temporalidade 
b) Finalidade  d) Causalidade 
7) Em  todas  as  alternativas,  as  afirmações  que 
acompanham as frases do texto são pertinentes, 
EXCETO em: 
a) Querer que a grafia coincida sempre com a 
pronúncia é como correr atrás do arco­íris, 
e  a  comparação  não  é  fortuita,  pois  uma 
língua é uma coisa bela, mutável e misteriosa 
como um arco­íris. 
O articulador  “pois” e a  vírgula que o pre­ 
cede podem ser substituídos por dois pontos, 
sem que se altere a relação entre as idéias. 
b) Já não basta ficarem mexendo toda hora novalor e no nome do dinheiro? 
A  f rase  util iza  recursos  da  linguagem 
coloquial. 
c) (...) seria cruel fazer um brasileiro escrever 
“facto” ou “receção” (que ele só conhece, e 
bem, com dois ss, no sentido de inferno as­ 
tral da economia). 
O  articulador  “que”  remete  a  dois  termos 
antecedentes. 
d)  E  as  regras  das  campanhas  eleitorais,  o 
ministério,  o  comprimento  das  saias,  a 
largura das gravatas? 
O paralelismo entre elementos não afins cria 
uma enumeração inusitada. 
8) Todas as alternativas contêm trechos que, no texto, 
apresentam imprecisão do agente da ação verbal, 
EXCETO: 
a) Já não basta os prefeitos, como imperadores, 
tentarem mudar o nome de avenidas cruciais 
(...)? 
b) já não basta mudarem toda hora as teorias 
sobre o que engorda e o que emagrece? 
c)  Lá  vêm eles  de  novo,  querendo mudar  as 
regras de escrever o idioma. 
d) Já não basta ficarem mexendo toda hora no 
valor e no nome do dinheiro? 
ROBERTO POMPEU DE TOLEDO – VEJA, 24.05.95. 
TEXTO ADAPTADO PELA EQUIPE DE LÍNGUA PORTUGUESA DA COPEVE/UFMG.
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51 Língua Portuguesa ­ M2 
As práticas escolares de leitura 
Na escola, tal como a conhecemos, a leitura de 
textos nunca deixou de estar presente, em qualquer 
das disciplinas que nela se ministram (técnicas ou não). 
Mas é no interior daquela disciplina que teria a própria 
leitura como seu objeto de estudos (as aulas de língua 
e literatura) que esta prática é mais surpreendente. Nas 
aulas de português, a presença da leitura tem tido um 
objetivo muito particular: o da transformação do texto 
que se lê em modelo, isto por diferentes caminhos: 
a) O texto transformado em objeto de uma leitura 
vozeada (ou da oralização do texto escrito), em que se 
lê para “provar” que se sabe ler. Recomendava­se, em 
geral, que o próprio professor fizesse uma leitura em 
voz alta do texto, e depois solicitasse que seus alunos 
lessem o texto: aluno por aluno (às vezes sadicamente, 
aquele aluno que o professor percebe estar com a alma 
vagando longe da sala de aula) vão lendo partes do 
texto. Lê melhor aquele que melhor se aproxima do 
modelo  de  leitura  dado:  a  leitura  do  professor. 
Evidentemente, trata­se hoje de uma prática felizmente 
já ausente das aulas contemporâneas; 
b) O texto transformado em objeto de imitação. 
A  leitura  nada mais  é  do  que  a motivação  para  a 
produção de outros textos pelo aluno. Com ela, dois 
resultados  podem  ser  perseguidos:  ou  que  o  aluno 
escreva outro texto tratando do mesmo tema (ainda que 
tal tema lhe seja distante) ou que o aluno tome o texto 
como modelo formal para escrever, sobre outro tema, 
mas na forma do texto lido (e os alunos então escrevem 
poesias,  crônicas,  contos,  fábulas,  etc.,  sempre  de 
acordo com o modelo a ser seguido); 
c) O texto transformado em objeto de uma fixação 
de sentidos. Os sentidos que o professor ou algum outro 
leitor privilegiado tenha dado ao texto passam a ser os 
sentidos do texto. Ao aluno, em sua leitura do texto, 
cabe descobrir tais sentidos previamente definidos. Lê 
melhor quem mais se aproximar dos sentidos que já se 
atribuíram ao  texto. Não se  trata de o aluno  (leitor) 
construir sentidos do texto a partir das pistas que este 
lhe  fornece associadas à  experiência vivida por ele 
próprio, mas se trata de o aluno “redescobrir” a leitura 
desejada,  num exercício  de  adivinhações  que  não 
mobiliza a história de vida do leitor (que inclui também 
outras leituras), mas mobiliza apenas sua experiência 
escolar, que sempre lhe disse que deve “aproximar­se” 
do já dado para melhor se safar da tarefa. 
Em  resumo,  estes  três  tipos  de  práticas  não 
respondem a qualquer interesse do próprio leitor: são 
exercícios  de  leitura  cujos  objetivos  são  para  ele 
incompreensíveis. Afinal, para que aprender a ler em 
voz alta, se pretendo ser torneiro mecânico, eletricista, 
projetista, ou o que seja? Para que escrever sobre este 
tema, se sobre ele já escreveu o autor que acabo de ler 
e nada tenho de diferente para dizer? Para que aprender 
a escrever poesias, crônicas, contos, se não farei nada 
disso depois? Para que ler o texto que estou lendo, se 
não houvesse estas perguntas de  interpretação que 
tenho  que  responder  para me  ver  ”aprovado”  em 
português? 
Não de trata de leituras de sujeitos que, querendo 
aprender,  vão  em  busca  de  textos  e,  cheios  de 
perguntas próprias, sobre eles se debruçam em busca 
de respostas. O que poderia ser uma oportunidade de 
encontros de sujeitos torna­se um meio de estimular 
operações mentais (especialmente da memória), e não 
um meio de, operando mentalmente, produzir sentidos 
e,  conseqüentemente,  construir  categorias  de 
compreensão  da  realidade  viv ida  a  partir  das 
informações e opiniões dadas pelo autor do texto lido. 
GERALDI, JOÃO WANDERLEY. L INGUAGEM E ENSINO: EXERCÍCIOS DE MILITÂNCIA E DIVULGAÇÃO. CAMPINAS, SP: MERCADO 
DE LETRAS – ALB, 1996, P. 118­120. 
1) Assinale a alternativa em que a frase abaixo tenha sido reformulada de conformidade com seu sentido no 
texto. 
“Mas é no interior daquela disciplina que teria a própria leitura como seu objeto de estudos (as aulas de 
língua e literatura) que esta prática é mais surpreendente.” 
a) É nas próprias aulas de língua e literatura que a leitura mais nos apanha de surpresa. 
b) No interior da disciplina cujo objeto de estudos é a própria leitura (as aulas de língua e literatura) esta 
prática é mais admirável. 
c) O mais surpreendente é que haja prática de leitura na própria disciplina que a teria como objeto, isto é, 
nas aulas de língua e literatura. 
d) É espantoso o modo como se põe em prática a leitura nas aulas de língua e literatura – justamente 
aquelas que a têm como seu objeto. 
e) Mas é no interior daquela matéria que teria a própria leitura como seu objeto de estudos (as aulas de 
língua e literatura) que esta prática produz mais surpresas.
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52  Língua Portuguesa ­ M2 
2) Todas as alternativas trazem idéias que podem ser inferidas ou confirmadas a partir da leitura do texto de 
Geraldi, EXCETO: 
a) Não existe um único sentido para o texto. 
b) O sentido do texto deve ser construído e não descoberto. 
c) A escola não encoraja o aluno a interagir com os textos. 
d) As leituras anteriores do aluno interferem nas atuais. 
e) O leitor privilegiado é aquele que segue bem os modelos. 
3) Indique a alternativa que, de acordo com as idéias expostas no texto de Geraldi, deve ser considerada a 
pior conseqüência da modelização com que se pratica a leitura nas aulas de língua e literatura. 
a) A exclusão do aluno e de suas vivências. 
b) A supervalorização do professor. 
c) A repetição mecânica. 
d) A desvalorização do texto. 
e) A desatualização da escola. 
4) Em todos os trechos a seguir, retirados do texto lido, o autor revela aspectos desejáveis para a prática da 
leitura na escola, EXCETO: 
a) Não se trata de o aluno (leitor) construir sentidos do texto a partir das pistas que este lhe fornece 
associadas à experiência vivida por ele próprio. 
b) O que poderia ser uma oportunidade de encontro de sujeitos 
c) Não se trata de leituras de sujeitos que, querendo aprender, vão em busca de textos e, cheios de 
perguntas próprias, sobre eles se debruçam em busca de respostas. 
d) E não um meio de, operando mentalmente, produzir sentidos e, conseqüentemente, construir categorias 
de compreensão da realidade vivida a partir das informações e opiniões dadas pelo autor do texto lido. 
e) Lê melhor quem mais se aproximar dos sentidos que já se atribuíram ao texto. 
5) No penúltimo parágrafo do texto, encontram­se algumas perguntas supostamente formuladas por alunos 
sujeitos à prática de leitura condenada pelo autor.  A esse respeito, só NÃO é possível afirmar que Geraldi 
julgue que: 
a) a escola,muitas vezes, está distante das reais necessidades de seus alunos. 
b) a prática de leitura em sala de aula pode ser substituída por outras atividades. 
c) as práticas de leitura efetuadas na escola pouco contribuem para o posterior desempenho profissional 
dos alunos. 
d) os alunos não conseguem vislumbrar as finalidades da prática de leitura a eles imposta. 
e) a escrita produzida à sombra de textos lidos muitas vezes se torna uma prática gratuita. 
6) Assinale a alternativa em que as alterações de pontuação propostas para o trecho em destaque estejam de 
acordo com a norma culta. 
Em  resumo,  estes  três  tipos  de  práticas  não  respondem a  qualquer  interesse  do  próprio  leitor:  são 
exercícios de leitura cujos objetivos são, para ele, incompreensíveis. 
a) Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem, a qualquer interesse do próprio leitor: são 
exercícios de leitura, cujos objetivos são, para ele, incompreensíveis. 
b) Em resumo: estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse do próprio leitor – são 
exercícios de leitura cujos objetivos são, para ele, incompreensíveis. 
c) Em resumo, estes três tipos de práticas, não respondem a qualquer interesse do próprio leitor – são 
exercícios de leitura cujos objetivos são para ele, incompreensíveis. 
d) Em resumo; estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse, do próprio leitor: são 
exercícios de leitura cujos objetivos são para ele incompreensíveis. 
e) Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse, do próprio leitor. São 
exercícios de leitura, cujos objetivos são para ele, incompreensíveis.
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53 Língua Portuguesa ­ M2 
7) Observe o que expõem Celso Cunha e Lindley 
Cintra no trecho abaixo, transcrito da 2. ed. da 
Nova  gramática  do  português  contempo­ 
râneo. Após isso, leia as frases que o seguem. 
“Também o verbo que tem mais de um sujeito 
pode concordar com o sujeito mais próximo: a) 
quando os sujeitos vêm depois dele: [...] b) quando 
os sujeitos são sinônimos ou quase sinônimos: 
[...] c) quando há uma enumeração gradativa: [...] 
d) quando os sujeitos são interpretados como se 
constituíssem em conjunto uma qualidade, uma 
atitude: [...] 
I. Na cama, encontrava­se o corpo de PC e o de 
sua namorada. 
II. A essas alturas, já estava o dinheiro e as jóias 
num banco suíço. 
III. O zelo e o cuidado da mãe não foram capazes 
de impedir a desgraça de toda a família. 
IV. No acidente, morreram o motorista, o trocador 
e dois passageiros. 
V. O bebê, o irmão mais velho, os pais e também 
a  empregada  sofreu  complicações 
gastrointestinais depois da festa. 
Estão de acordo com a exposição de Cunha e Cintra: 
a) todas as frases. 
b) apenas I, II, III e IV. 
c) apenas II, III, IV e V. 
d) apenas I, II, e IV. 
e) apenas I, II, e V. 
8)  “Quando  nos  servimos  do modo  indicativo, 
consideramos o fato expresso pelo verbo como 
certo, real,  seja no presente, seja no passado, 
seja no futuro. 
Ao empregarmos omodo subjuntivo, é diversa 
a nossa atitude. Encaramos, então, a existência 
ou não do fato como uma coisa incerta, duvidosa, 
eventual, ou mesmo, irreal.” 
Assinale a alternativa em que o uso dos verbos 
no  subjuntivo  ou  no  indicativo  comprove  a 
descrição anterior, transcrita da Gramática da 
língua portuguesa (12. ed.), de Celso Cunha. 
a) Se há discos voadores, por que não pousam 
na Praça Sete? 
b) Embora sempre usasse preservativo, contraiu 
AIDS. 
c) Haverá uma segunda chamada, talvez. 
d) Muito me admira que você tenha tido coragem 
de me fazer essa proposta. 
e) Encontrarei uma saída, vocês verão. 
9) Para todas as alternativas, é possível, recorrendo 
às regras da norma culta escrita, a construção 
de um único período envolvendo as duas orações 
através do uso do pronome cujo (e variações), 
referente ao item grifado, EXCETO: 
a) O professor foi demitido. Não aprecio as aulas 
dele. 
b) A ponte era muito alta. Nosso barco passou 
por baixo de seus arcos. 
c)  Os  familiares  das  vítimas  nunca  foram 
contactados. Deles ninguém teve mais notícia. 
d) O livro infelizmente está esgotado. Sua leitura 
foi indicada por nosso professor de Português. 
e) Meu escritor favorito é Machado. Minha mãe 
pertencia à família dele. 
Nas questões 10, 11 e 12, assinale a alternativa 
em que  a  sentença  em destaque  (formulada 
segundo  regras do português oral)  tenha sido 
reestruturada de acordo com a norma escrita culta. 
10) Se eu ver ele, dou o recado pra ele. 
a) Vendo­o, darei­lhe o recado. 
b) Na hipótese de o vir, eu lhe darei o recado. 
c) Se eu o ver, lhe darei o recado. 
d) Se o vir, darei o recado a ele. 
e) Quando vê­lo, dar­lhe­ei o recado. 
11) Quando a gente queixa muito, a gente esquece 
de agir. 
a) Quando nós queixamos muito, esquecemos 
de agir. 
b) Quando você queixa muito, você esquece de 
agir. 
c) Quando a gente se queixa muito, a gente se 
esquece de agir. 
d) Quando se queixa muito, esquece­se de agir. 
e)  Quando  queixamo­nos muito,  a  gente  se 
esquece de agir. 
12) Pra falar a verdade, falta muitas qualidade na 
mulher que eu casei com ela. 
a) Na verdade, faltam muitas qualidades na mulher 
com quem me casei. 
b) Para falar a verdade, falta muitas qualidades 
na mulher que eu me casei. 
c) Na verdade, falta muita qualidade na mulher 
que eu casei. 
d) Para falar a verdade, falta muitas qualidades 
na mulher com a qual eu casei. 
e) Pra falar a verdade, faltam muitas qualidade 
com cuja mulher eu me casei.
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54  Língua Portuguesa ­ M2 
13) Leia com atenção o trecho a seguir, transcrito do 
Dicionário prático de regência verbal (1987), 
de Celso Pedro Luft, bem como as sentenças 
que o seguem: 
“ATENDER” 1. TI: atender a... ou TD: atendê­lo. 
INT: atender. Dar ou prestar atenção: Atender (a) 
uma explicação, (a) um conselho. Atenda, ouça 
o que vou dizer. // Responder: Seu telefone não 
atende às (ou as) chamadas; não atende. // Ser 
atencioso  com;  cuidar,  servir  (atentamente) 
(OBS.1): “Atendo aos meus doentes. Atendo os 
meus  doentes.  “Atendo­os”  (Jucá).  “Atenda  o 
freguês!”  (Melhoramentos). – OBS.1  “Se  o 
complemento for um pronome pessoal referente a 
PESSOA, só se empregam as formas objetivas 
diretas.” 
I. O paciente ficou muito nervoso depois que o 
médico  disse  que  não  poderia  atender­lhe 
naquela manhã. 
II. Atenda o telefone rapidamente. 
III.  Luís  saiu  da  sala  antes  que  o  diretor  o 
atendesse. 
IV. Não poderemosatender a suas reivindicações. 
Só  estão  de  acordo  com  a  descrição  do 
dicionarista as sentenças: 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) apenas I e III. 
e) apenas III e IV. 
14) Examine os dois verbetes abaixo, transcritos do 
Dicionário  de  sinônimos  e  antônimos  da 
l íngua  portuguesa  (1989),  de  Francisco 
Fernandes. Em seguida, assinale a alternativa que 
NÃO possibilita o uso alternado das duas formas 
– esperto e experto. 
“ESPERTO Sin. Acordado, desperto. Inteligente, fino, 
agudo,  ativo,  enérgico;  experimentado,  versado, 
entendido,  sabido,  atilado.  Vivo,  estimulado, 
espevitado:  Lume  esperto  (Séguier).  Velhaco, 
manhoso, astuto, finório, espertalhão. Ant.­ Indolente, 
simplório.” 
“EXPERTO Sin. Sabedor,  perito,  experimentado, 
versado, entendido.” 
a) Ele é experto quando se trata de matemática. 
b) Ele é um rapaz inteligente e esperto. 
c) Nada lhe passa despercebido, pois é um bebê 
muito esperto. 
d) Os detetives só foram enganados porque não 
eram expertos. 
e) Cada vez mais, o mercado de trabalho é dos 
espertos. 
15)  Em  todas  as  alternativas,  o  problema  de 
ambigüidade que a 1ª sentença apresentava foi 
satisfatoriamente  eliminado,  quando  de  sua 
reestruturação, EXCETO: 
a) A repórter deixou a cidade alarmada. 
A repórter saiu da cidade alarmada. 
b) O balconistaatendeu o cliente nervoso. 
O cliente nervoso foi atendido pelo 
balconista. 
c) Vi o rapaz com o binóculo. 
Através do binóculo, vi o rapaz. 
d) Encontrei um velho conhecido. 
Encontrei um antigo conhecido. 
e) Homens e mulheres jovens eram vistos da janela. 
Mulheres jovens e homens eram vistos da janela. 
O VERBO 
I ­ Os Modos e Tempos Verbais 
Questões de Fixação 
1) e  2) a  3) a  4) c  5) b 
Questões de Aprofundamento 
1) c  2) d 
Prática Textual 
1) b  2) c  3) a  4) d  5) a 
II ­ Vozes Verbais 
Questões de Fixação 
1)  1.  O  desfecho  daquele  caso  era  esperado 
ansiosamente por todos. 
2. A assinatura do diretor foi falsificada por pessoas 
mal intencionadas. 
3. Milhões de pessoas são transportadas todos 
os dias por carros e ônibus. 
2) 1. Os bandeirantes percorreram grande extensão 
de terra. 
2.  O  governo  federal  concederia  os  recursos 
necessários à finalização da obra. 
3. O governo brasileiro fecha o Congresso Nacional 
em 1968. 
3) 1. Alugaram­se dois apartamentos neste prédio. 
2. Abriu­se um novo concurso para o Banco do 
Brasil. 
3. Fabricam­se robôs de alta tecnologia no Japão.
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55 Língua Portuguesa ­ M2 
4)  1.  Ainda  não  se  descobriram  os  verdadeiros 
responsáveis pelo golpe. 
2. Demoliram­se os prédios mais antigos da cidade 
sem nenhuma consulta ao Patrimônio Histórico. 
3. Duvida­se dessas novas decisões da diretoria. 
4.  Precisa­se  de  professores  com  título  de 
mestrado. 
5. Mantiveram­se as decisões dos representantes 
de turma sem questionamentos. 
6. Hoje em dia, fala­se dos temas sexuais com 
muito mais naturalidade. 
7. Não se fazem mais homens como antigamente. 
5) a  6) e  7) b 
Questões de Aprofundamento 
1) e  2) b  3) b 
III ­ Os Verbos Impessoais 
Questões de Fixação 
6. O  presidente  assistiu,  como  convidado,  à 
estréia da peça em Brasília. 
7. 
8. Não posso acreditar que esqueci o dia do seu 
pagamento. 
ou 
Não posso acreditar que me esqueci do dia 
do seu pagamento. 
9. 
10. As informações que tínhamos eram de que 
morava,  nos  últimos  tempos,  na  rua 
Pernambuco nº 1300. 
2) 1.  (...) o seu programa era assistir a um bom 
filme. 
2. O aluno aspirava (...) à aprovação no vestibu­ 
lar. 
3. Custou­nos conseguir aquele dinheiro. 
4. Lembrou­se do dia da sua formatura. 
5. Jamais esqueceria o trágico acidente. 
6. O juiz informou à acusada as penalidades a 
que estaria sujeita.     ou    O juiz informou a 
acusada das penalidades a que estaria sujeita. 
7. O Papa chegou ao aeroporto pontualmente às 
9 horas. 
3) b  4) b  5) e  6) b 
Questões de Fixação 
1) 1. aos  2. ––  3. a  4. ao  5. –– 
6. ao  7. aos  8. aos  9. ao  10. o 
2) 1. Simpatizava com a idéia exposta na reunião. 
2. Os mais  acomodados  obedeciam  às  leis 
injustas. 
3. O governo visa a construir uma ponte aqui. 
4. Desobedecer à lei é ato passível de punição. 
5. As mudanças efetuadas no aparelho visam a 
trazer maior segurança. 
6. Prefiro paz a dinheiro. 
7. Ela preferia o sossego do campo à agitação 
da cidade. 
8. Ele não pagou ao funcionário. 
9. Perdoou ao companheiro, mas nunca mais quis 
vê­lo. 
10. A vítima perdoaria ao bandido. 
3) 1. (...) obedecia ao regulamento interno. 
2. ––––– 
3. Prefiro estudar a trabalhar. 
4. Queria muito aos colegas do cursinho. Jamais 
os esqueceria. 
4) Custa­me crer que se aproveitou do amigo para 
conseguir o cargo a que aspirava, por isso não 
sou capaz de perdoar­lhe. 
5) c  6) a 
1) a) pode haver / houver 
b) haja 
c) devia haver 
d) pode haver 
e) vai fazer 
f) deviam existir 
g) existissem / haveria 
h) havia 
i) faz 
j) haviam 
2) b  3) d 
Questões de Aprofundamento 
1) b  2) e  3) e 
4) a  5) b 
PREDICAÇÃO VERBAL 
Classificação dos Verbos quanto à 
Predicação 
Questões de Fixação 
1) e  2) e 
REGÊNCIA 
I ­ Introdução 
II ­ Regência Verbal 
Questões de Fixação 
1) 1. Os alunos chegaram cedo ao colégio. 
2.  Todos  os  colegas  da  empresa  foram  ao 
casamento. 
3. Custou­me entender a matéria de ontem. 
4. Custou­nos acreditar na história que ele contou. 
5. As medidas recessivas adotadas implicaram 
demissão de funcionários.
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56  Língua Portuguesa ­ M2 
Questões de Aprofundamento 
1) a  2) a  3) e  4) e  5) c 
6) e  7) d  8) d  9) e  10) a 
11) d  12) d  13) b  14) d  15) d 
16) e  17) b  18) e  19) d  20) a 
21) d 
Prática Textual 
1) a  2) e  3) c  4) b  5) d 
III ­ Regência Nominal 
Questões de Fixação 
1) b  2) e  3) a 
Questões de Aprofundamento 
1) c  2) a 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
I ­ Introdução 
II ­ Casos Especiais de Concordância 
Verbal ­ 1ª parte 
Questões de Fixação 
1) 1. votou ou votaram 
2. gritava ou gritavam 
3. pousou 
4. seria revista ou seriam revistos 
5.compareceu ou compareceram 
6. apoiava 
7. acabaram 
8. esteve 
9. conseguiram 
10. resistiu ou resistiram 
11. votou ou votaram 
12. brigou ou brigaram 
13. passou ou passaram 
14. revelou 
15. possui 
16. exportam 
17. conseguirão ou conseguiremos 
18. fomos ou foram 
19. terá 
20. ousou 
21. tem 
22. apoiou 
23. fiz 
24. conseguimos 
25. convencemos ou convenceu 
2) c  3) c  4) b  5) e  6) a  7) b 
III ­ Casos Especiais de Concordância 
Verbal ­ 2ª parte 
Questões de Fixação 
1) 1. chegarão 
2. falou ou falaram 
3. despertaria ou despertariam 
4. levou 
5. fazia 
6. faz ou fazem 
7. receberão 
8. sediará 
9. despertava ou despertavam 
10. deverá 
11. concluiu ou concluíram 
12. acabou ou acabaram 
13. viajaram 
2) d  3) e  4) c  5) e 
Questões de Aprofundamento 
1) b  2) d  3) e  4) d  5) e 
6) a  7) a  8) c  9) e  10) b 
11) e  12) a  13) b  14) e  15) a 
16) e  17) a 
Prática Textual 
1) d  2) d  3) c  4) b  5) c 
Provas 
UFMG 
1) d  2) b  3) d  4) c  5) d 
6) d  7) c  8) a 
PUC­MG
1) d  2) e  3) a  4) e  5) b 
6) b  7) b  8) e  9) c  10) d 
11) d  12) a  13) c  14) a  15) a
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