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LIVIA HONORATO DOS SANTOS - 049.094.326-80
 
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LIVIA HONORATO DOS SANTOS - 049.094.326-80
 
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Amigo (a)! 
 
Bem-vindo (a) a mais uma aula do Curso Completo de Enfermagem. 
O tema abordado nesta aula também é de grande importância nas provas de concursos. 
Inicialmente abordaremos a teoria e depois passaremos às questões referentes ao conteúdo de 
Oncologia. 
 
 
Boa aula a todos! 
 
 
Profª. Joanna Melo 
Profº. Caíque Jordan 
Profº. Dimas Nascimento 
 
 
 
 
www.romulopassos.com.br 
 
LIVIA HONORATO DOS SANTOS - 049.094.326-80
 
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ONCOLOGIA 
 
Embora o câncer afete as pessoas de todas as idades, a maioria dos cânceres ocorre em pessoas com 
mais de 65 anos de idade. No geral, a incidência de câncer é mais elevada em homens que nas mulheres e 
mais alta nos setores e países industrializados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O câncer é um processo patológico que começa quando uma célula anormal é transformada por 
mutação genética do DNA celular. Essa célula anormal forma um clone e começa a proliferar de maneira 
anormal, ignorando os sinais de regulação do crescimento no ambiente adjacente à célula. Essas células 
adquirem características invasivas e as alterações acontecem nos tecidos adjacentes. As células infiltram esses 
tecidos e ganham acesso aos vasos sanguíneos e linfáticos, os quais transportam as células para outras regiões 
do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIVIA HONORATO DOS SANTOS - 049.094.326-80
 
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As categorias de agentes ou fatores implicados na carcinogênese incluem vírus e bactérias, agentes 
físicos, agentes químicos, fatores genéticos ou familiais, fatores da dieta e agentes hormonais. 
Durante o espectro de vida, diversos tecidos orgânicos normalmente sofrem períodos de crescimento 
rápido ou proliferativo que devem ser diferenciados da atividade de crescimento maligno. Existem vários 
padrões de crescimento da célula: hiperplasia, metaplasia, displasia, anaplasia e neoplasia. As células 
cancerosas são descritas como neoplasias malignas. Elas demonstram o crescimento celular descontrolado 
que não segue à demanda fisiológica (neoplasia). Os crescimentos benignos (não cancerosos) e malignos são 
classificados e nomeados pela origem do tecido (p. ex., tumores benignos das meninges são chamados de 
meningiomas e os tumores malignos das meninges são chamados de sarcomas meníngeos). 
As células benignas e malignas diferem em muitas características do crescimento celular, incluindo o 
método e a taxa de crescimento, capacidade de metastatizar ou de se disseminar, efeitos gerais, destruição do 
tecido e capacidade de provocar a morte. O grau de anaplasia (células que carecem das características 
celulares normais e diferem no formato e organização com relação as suas células de origem) determina, por 
fim, o potencial maligno. 
 
CARCINOGÊNESE 
 
Acredita-se que a transformação molecular, ou carcinogênese, seja um processo celular no mínimo de 
três etapas, envolvendo o início, a promoção e a progressão. Durante o início, os iniciadores (carcinógenos), 
como substâncias químicas, fatores físicos e agentes biológicos, escapam dos mecanismos enzimáticos 
normais e alteram a estrutura genética do DNA celular. Normalmente, essas alterações são revertidas pelos 
mecanismos de reparação do DNA ou as alterações iniciam a morte celular programada. Ocasionalmente, as 
células escapam desses mecanismos de proteção e ocorrem mutações celulares permanentes. Em geral, essas 
mutações não são significativas para as células até a segunda etapa da carcinogênese. 
Durante a promoção, a exposição repetida aos agentes promotores (cocarcinógenos) provoca a 
expressão da informação genética anormal ou mutante, mesmo depois de longos períodos de latência. Os 
períodos de latência para a promoção das mutações celulares variam com o tipo de agente e com a dosagem 
do promotor, assim como com as características inatas da célula-alvo. 
Durante a progressão, as células alteradas exibem comportamento maligno aumentado. Essas células 
têm propensão para invadir os tecidos adjacentes e para metastatizar. Os agentes que iniciam ou promovem a 
transformação celular são referidos como carcinógenos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CÉLULAS BENIGNAS X CÉLULAS MALIGNAS 
Critérios Benigno Maligno 
Encapsulação Presença Frequente Geralmente ausente 
Metástase Não invade o tecido circundante 
Infiltra e invade o tecido 
circundante 
Morfologia 
Reproduz o aspecto do tecido de 
origem 
Caracteres diferentes do tecido 
de origem 
Crescimento 
Lento, expansivo e bem 
delimitado 
Rápido, infiltrativo com 
delimitação imprecisa 
Mitoses Raras e típicas Frequentes e atípicas 
 
INVASÃO E METÁSTASE 
 
Os processos patológicos malignos apresentam a capacidade de permitir a disseminação ou a 
transferência das células cancerosas de um órgão ou região do corpo para outra por invasão e metástase. 
A invasão, que se refere ao crescimento do tumor primário para dentro dos tecidos adjacentes do 
hospedeiro, acontece de diversas maneiras. A pressão mecânica exercida por neoplasias com rápida 
proliferação pode forçar a formação de projeções digitiformes das células tumorais para dentro do tecido e 
espaços intersticiais adjacentes. As células malignas aderem menos e podem desprender-se do tumor primário 
e invadir as estruturas adjacentes. Acredita-se que as células malignas contêm ou produzem enzimas 
destrutivas específicas (proteinases), como colagenases (específicas para o colágeno), ativadores do 
plasminogênio (específicos para o plasma) e hidrólises lisossomais. Acredita-se que essas enzimas destroem o 
tecido adjacente, inclusive os tecidos estruturais da membrana basal vascular, facilitando a invasão das células 
malignas. A pressão mecânica de um tumor rapidamente crescente pode estimular esse processo. 
A metástase é a disseminação das células malignas a partir do tumor primário para locais distantes por 
disseminação direta das células tumorais para as cavidades corporais ou por meio das circulações linfática e 
sanguínea. Os tumores que crescem ou penetram em cavidades orgânicas podem desprender células ou 
êmbolos que viajam dentro da cavidade corporal e semeiam as superfícies de outros órgãos. Isso pode ocorrer 
no câncer de ovário quando as células malignas entram na cavidade peritoneal e semeiam as superfícies 
peritoneais de certos órgãos abdominais como o fígado ou o pâncreas. Os padrões de metástase podem ser 
parcialmente explicados por padrões circulatórios e por afinidade específica por determinadas células 
malignas para se ligar a moléculas em tecidos orgânicos específicos. 
 
DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA E HEMATOGÊNICA 
 
O sangue e a linfa são mecanismos primordiais pelos quais as células cancerosas se espalham. A 
disseminação linfática (o transporte das células tumorais através da circulação linfática) é o mecanismo de 
metástase mais comum. Os êmbolos tumorais entram nos canais linfáticos por meio do líquido intersticial, o 
qual se comunica com o líquido linfático. As células malignas também podem penetrar nos casos linfáticos por 
invasão. Depois de entrarem na circulação linfática, as células malignas se alojam nos linfonodos ou passam 
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entre as circulações linfática e venosa. Os tumores que se originam em regiões do corpo com circulação 
linfática rápida e extensa estão em alto risco para a metástase através dos canais linfáticos. Os tumores da 
mama frequentemente geram metástase dessa maneira, através dos canaislinfáticos axilar, clavicular e 
torácico. 
A disseminação hematogênica é a disseminação das células malignas por meio da corrente sanguínea e 
está diretamente relacionada com a vascularização do tumor. Poucas células malignas podem sobreviver à 
turbulência da circulação arterial, oxigenação insuficiente ou destruição pelo sistema imune. Além disso, a 
estrutura da maioria das artérias e arteríolas é muito segura para possibilitar a invasão maligna. Aquelas 
células malignas que sobrevivem são capazes de se prender ao endotélio e atrair fibrina, plaquetas e fatores 
de coagulação para se proteger contra a vigilância do sistema imune. O endotélio retrai, permitindo que as 
células malignas penetrem na membrana basal e secretem enzimas lisossomais. Essas enzimas destroem os 
tecidos adjacentes, possibilitando a implantação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOMENCLATURA DO TUMOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTADIAMENTO E GRADAÇÃO DO TUMOR 
 
Uma avaliação diagnóstica completa inclui identificar o estágio e o grau do tumor. Isso é feito antes do 
tratamento para proporcionar os dados basais para avaliar os resultados da terapia e para manter uma 
conduta sistemática e consistente para o diagnóstico e tratamento continuados. As opções de tratamento e o 
prognóstico baseiam-se no estadiamento e gradação. 
O estadiamento determina o tamanho do tumor e a existência de invasão local e metástase a distância. 
Existem diversos sistemas para classificar a extensão anatômica da doença. O sistema tumor, linfonodos e 
metástase (TNM) é utilizado com frequência (American Joint Committee on Cancer, 2006). Outros vários 
sistemas de estadiamento também são empregados para descrever a extensão dos cânceres, como os 
cânceres do sistema nervoso central (SNC), cânceres hematológicos e melanoma maligno, que não são bem 
descritos pelo sistema TNM. Os sistemas de estadiamento também fornecem uma notação abreviada 
conveniente que condensa as descrições prolongadas em termos controláveis para comparações dos 
tratamentos e prognóstico. 
A gradação refere-se à classificação das células tumorais. Os sistemas de gradação procuram definir o 
tipo de tecido a partir do qual o tumor se originou e o grau em que as células tumorais retêm as características 
funcionais e histológicas do tecido de origem (diferenciação). As amostras de células usadas para estabelecer o 
grau de um tumor podem ser obtidas a partir de raspagens teciduais, líquidos orgânicos, secreções ou lavados, 
biopsia ou excisão cirúrgica. Essa informação ajuda a equipe de cuidados de saúde a predizer o 
comportamento e o prognóstico de vários tumores. O tumor recebe um valor numérico que vai de I a IV. Os 
tumores de grau I, também conhecidos como tumores bem diferenciados, assemelham-se muito ao tecido de 
origem em estrutura e função. Os tumores que não se assemelham claramente ao tecido de origem em 
estrutura e função são descritos como precariamente diferenciados ou indiferenciados e recebem grau IV. 
Esses tumores tendem a ser mais agressivos e menos responsivos ao tratamento que os tumores bem 
diferenciados. 
 
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TRATAMENTO DO CÂNCER 
 
As opções de tratamento oferecidas para os pacientes com câncer devem basear-se nas metas do 
tratamento para cada tipo de câncer específico. A gama de possíveis metas de tratamento podem incluir a 
erradicação completa da doença maligna (cura), sobrevida prolongada e contenção do crescimento das células 
cancerosas (controle) ou alívio dos sintomas associados à doença (paliativo). 
A equipe de cuidados de saúde, o paciente e a família do paciente devem ter uma clara compreensão 
das opções e metas de tratamento. A comunicação aberta e o apoio são vitais quando o paciente e a família 
reavaliam periodicamente os planos e metas do tratamento, quando as complicações da terapia se 
desenvolvem ou a doença progride. 
Múltiplas modalidades são comumente usadas no tratamento do câncer. Várias condutas, inclusive a 
cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia direcionada, podem ser usadas em vários momentos durante 
todo o tratamento. É importante entender os princípios de cada uma delas e como elas se inter-relacionam na 
compreensão da justificativa e metas do tratamento. 
 
CIRURGIA 
A remoção cirúrgica de todo o câncer permanece como o ideal e constitui o método de tratamento mais 
frequentemente utilizado. No entanto, a conduta cirúrgica específica pode variar por diversos motivos. A 
cirurgia diagnóstica é o método definitivo para identificar as características celulares que influenciam todas as 
decisões de tratamento. A cirurgia pode ser o principal método de tratamento ou ela pode ser profilática, 
paliativa ou reconstrutora. 
 
CIRURGIA DIAGNÓSTICA 
A cirurgia diagnóstica, como uma biopsia, é em geral realizada para obter uma amostra tecidual para a 
análise das células suspeitas de ser malignas. Na maioria dos casos, a biopsia é obtida a partir do tumor real, 
mas, em alguns casos, é necessário biopsiar os linfonodos próximos ao tumor suspeito. 
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Os três métodos de biopsia mais comuns são os métodos excisional, incisional e por agulha (Szopa, 
2005). A escolha da biopsia é determinada pelo tamanho e localização do tumor, o tipo de tratamento 
antecipado quando o diagnóstico de câncer é confirmado, e pela necessidade de cirurgia e anestesia geral. 
Escolhe-se o método de biopsia que permite a conduta menos invasiva, enquanto permite a amostra tecidual 
mais representativa. Ocasionalmente, as técnicas de diagnóstico por imagem são utilizadas para assistir na 
localização da lesão suspeita e para facilitar a amostragem tecidual exata. 
A biopsia excisional é mais frequentemente empregada para tumores da pele, mama e tratos 
gastrintestinal superior ou inferior e respiratório superior de fácil acesso. Em muitos casos, o cirurgião pode 
remover todo o tumor, bem como os tecidos marginais adjacentes. A remoção do tecido normal além da área 
tumoral diminui a possibilidade de as células patológicas microscópicas residuais levarem a uma recidiva do 
tumor. Essa conduta não apenas propicia ao patologista que estagia e dá o grau às células ter a amostra 
tecidual inteira, como também diminui a possibilidade de disseminar o tumor (disseminação das células 
cancerosas por todo o tecido adjacente). 
A biopsia incisional é realizada quando a massa tumoral é muito grande para ser removida. Nesse caso, 
uma cunha de tecido a partir do tumor é removida para análise. As células da cunha tecidual devem ser 
representativas da massa tumoral, de tal modo que o patologista possa fornecer um diagnóstico exato. 
Quando a amostra não contém tecidos e células representativas, os resultados negativos da biopsia não 
garantem a ausência do câncer. 
As condutas excisional e incisional são frequentemente realizadas através da endoscopia. No entanto, a 
incisão cirúrgica pode ser necessária para determinar a extensão anatômica ou estágio do tumor. Por exemplo, 
uma laparotomia diagnóstica ou de estadiamento (a abertura cirúrgica do abdome para examinar a doença 
abdominal maligna) pode ser necessária para avaliar as malignidades, como o câncer gástrico. 
As biopsias por agulha são realizadas para coletar amostras das massas suspeitas que são facilmente 
acessíveis, como alguns crescimentos nas mamas, tireoide, pulmão, fígado e rim. As biopsias por agulha são 
mais comumente realizadas em uma base ambulatorial. Elas são rápidas, relativamente baratas, fáceis de 
realizar e, comumente, requerem apenas a anestesia local. Em geral, o paciente experimenta desconforto 
físico leve e temporário. Além disso, os tecidos adjacentes são conturbados apenas de forma mínima, 
diminuindo, assim,a probabilidade de semear células cancerosas. A biopsia por aspiração com agulha envolve 
aspirar fragmentos teciduais através de uma agulha orientada para dentro de uma área suspeita de comportar 
a doença. Ocasionalmente, a radiografia, a tomografia computadorizada (TC), a ultrassonografia ou a imagem 
por ressonância magnética (RM) são utilizadas para ajudar a localizar a área suspeita e orientar a aplicação da 
agulha. Em alguns casos, a biopsia por aspiração não fornece tecido suficiente para permitir o diagnóstico 
exato. Uma biopsia de núcleo por agulha usa uma agulha especialmente idealizada para obter um pequeno 
núcleo de tecido. Com maior frequência, essa amostra é suficiente para permitir o diagnóstico exato. 
 
CIRURGIA COMO TRATAMENTO PRIMÁRIO 
Quando a cirurgia é a conduta primária no tratamento do câncer, a meta consiste em remover todo o 
tumor ou o máximo possível (um procedimento por vezes chamado de desmassificar) e qualquer tecido 
adjacente envolvido, inclusive os linfondos regionais. 
 
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CIRURGIA PROFILÁTICA 
A cirurgia profilática envolve remover os tecidos desvitalizados ou órgãos que estão em risco 
aumentado para desenvolver câncer. Os seguintes fatores são considerados quando os médicos, enfermeiras, 
pacientes e famílias discutem a possível cirurgia profilática: 
• História familiar e predisposição genética. 
• Presença ou ausência de sintomas. 
• Riscos e benefícios potenciais. 
• Capacidade de detectar o câncer em um estágio precoce. 
• A aceitação do paciente do resultado pós-operatório. 
 
CIRURGIA PALIATIVA 
Quando a cura não é possível, as metas do tratamento são colocar o paciente o mais confortável 
possível e promover a qualidade de vida, conforme definido pelo paciente e sua família. A cirurgia paliativa é 
realizada em uma tentativa de aliviar as complicações do câncer, como a ulceração, obstrução, hemorragia, 
dor e derrame maligno. A comunicação honesta e informativa com o paciente e a família sobre a meta da 
cirurgia é essencial para evitar falsas esperanças e desapontamento. 
 
CIRURGIA RECONSTRUTORA 
A cirurgia reconstrutora pode suceder a cirurgia curativa ou radical em uma tentativa de melhorar a 
função ou obter um efeito cosmético mais desejável. Ela pode ser realizada em uma operação ou em estágios. 
O cirurgião que realizará a cirurgia discute as possíveis opções de reconstrução cirúrgica com o paciente antes 
que a cirurgia primária seja efetuada. A cirurgia reconstrutora pode estar indicada para os cânceres de mama, 
cabeça e pescoço e pele. 
 
RADIOTERAPIA 
A radiação pode ser usada para curar o câncer, como nos carcinomas de tireoide, cânceres localizados 
da cabeça e pescoço e cânceres do colo do útero. A radioterapia também pode ser usada para controlar a 
doença maligna quando um tumor não pode ser removido por meios cirúrgicos ou quando a metástase para 
linfonodos locais está presente, ou então pode ser usada de modo neoadjuvante (antes do tratamento 
definitivo local), com ou sem quimioterapia, para reduzir o tamanho de um tumor para capacitar a ressecção 
cirúrgica. A radioterapia pode ser utilizada de forma profilática para evitar a disseminação de um câncer 
primário para uma região distante (p. ex., irradiar o cérebro para evitar a infiltração leucêmica ou câncer de 
pulmão metastático). A radioterapia paliativa é usada para aliviar os sintomas da doença metastática, 
principalmente quando o câncer se disseminou para o cérebro, osso ou tecidos moles, ou para tratar as 
emergências oncológicas, como a síndrome da veia cava superior, obstrução da via respiratória brônquica ou 
compressão da medula espinal. 
 
 
 
 
 
Efeitos colaterais 
imediatos 
Anovulação ou azoospermia, epitelites, 
mucosites e mielodepressão (leucopenia 
e plaquetopenia). 
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QUIMIOTERAPIA 
Na quimioterapia, os agentes antineoplásicos são usados em uma tentativa de destruir as células 
tumorais ao interferir com as funções celulares, inclusive a replicação. A quimioterapia é usada principalmente 
para tratar a doença sistêmica em lugar de lesões localizadas que são apropriadas para a cirurgia ou radiação. 
A quimioterapia pode ser combinada à cirurgia, radioterapia ou a ambas, visando reduzir o tamanho do tumor 
no período pré-operatório (neoadjuvante), para destruir qualquer célula tumoral remanescente no período 
pós-operatório (adjuvante) ou para tratar algumas formas de leucemia ou linfoma (primário). As metas da 
quimioterapia (cura, controle, paliativa) devem ser realistas porque elas determinarão os medicamentos que 
são usados e a agressividade do plano de tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os agentes quimioterápicos podem ser classificados por sua relação com o ciclo celular. Determinados 
agentes quimioterápicos que são específicos para determinadas fases do ciclo celular são denominados 
agentes específicos do ciclo celular. Esses agentes destroem as células que estão se reproduzindo ativamente 
por meio do ciclo celular; muitos deles afetam as células na fase S interferindo com a síntese de DNA e RNA. 
Outros agentes, como os alcaloides da vinca ou de vegetais, são específicos para a fase M, em que eles 
estancam a formação do fuso mitótico. Os agentes quimioterápicos que agem de forma independente das 
fases do ciclo celular são os agentes inespecíficos para o ciclo celular. Esses agentes comumente apresentam 
um efeito prolongado sobre as células, levando ao dano ou morte celular. Muitos planos de tratamento 
combinam agentes específicos e inespecíficos para o ciclo celular para aumentar o número de células tumorais 
vulneráveis mortas durante um período de tratamento (Polovich, White & Kelleher, 2005). 
Os agentes quimioterápicos também são classificados pelo grupamento químico, cada qual com um 
diferente mecanismo de ação. Estes incluem os agentes alquilantes, nitrosoureias, antimetabólitos, 
antibióticos antitumorais, alcaloides vegetais, agentes hormonais e agentes mistos. 
 
 
Efeitos colaterais 
tardios 
Atrofias e fibroses 
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Os agentes quimioterápicos podem ser administrados no hospital, centro ambulatorial ou ambiente 
domiciliar pelas vias tópica, oral, intravenosa, intramuscular, subcutâneo, arterial, intracavitária e intratecal. A 
via de administração depende do tipo de agente; da dose necessária; e do tipo, localização e extensão do 
tumor que está sendo tratado. As diretrizes para a administração segura da quimioterapia foram 
desenvolvidas pela Oncology Nursing Society (Polovich, et al., 2005). 
A dosagem de agentes antineoplásicos baseia-se principalmente na área de superfície corporal total do 
paciente, na resposta prévia à quimioterapia ou radioterapia e na função dos principais sistemas orgânicos. As 
dosagens são determinadas para maximizar a morte celular, reduzindo o impacto sobre os tecidos saudáveis e 
as subsequentes toxicidades. O efeito terapêutico pode ser comprometido quando a dosagem inadequada é 
necessária em virtude das toxicidades. Com frequência, há necessidade da modificação da dosagem quando os 
valores laboratoriais críticos ou os sintomas do paciente indicam toxicidades inaceitáveis ou perigosas. 
Diversos exames laboratoriais são realizados antes, no decorrer e depois da quimioterapia para determinar as 
opções de tratamento ótimas, avaliar a resposta do paciente e monitorar a toxicidade. Os exames laboratoriais 
e físicos dos sistemas hematológico, hepático, renal, cardiovascular e pulmonar são críticos na avaliação da 
resposta à quimioterapia (Duong & Loh, 2006; Nirenburg, Bush, Davis, et al., 2006). 
Os regimes de tratamento quimioterápicos incluem a terapia em dosagem padronizada, regimes de 
dose densa e regimes mieloablativos com transplante de medula óssea ou de células-troncoperiféricas. Para 
determinados agentes quimioterápicos, existe um limite de dose máximo na vida que deve ser aderido por 
causa do perigo de complicações orgânicas irreversíveis a longo prazo (p. ex., por causa do risco da 
miocardiopatia, a doxorrubicina [Adriamycin] tem um limite de dose cumulativa na vida de 550 mg/m2). 
Os agentes quimioterápicos antineoplásicos são ainda classificados por seu potencial para lesionar o 
tecido mole quando eles acidentalmente infiltram a partir de uma veia (extravasamento). As consequências 
do extravasamento variam desde o desconforto brando até a destruição tecidual grave, dependendo de o 
agente ser classificado como não vesicante, irritante ou vesicante. 
A toxicidade associada à quimioterapia pode ser aguda ou crônica. As células com velocidade de 
crescimento rápido (p. ex., epitélio, medula óssea, folículos pilosos, esperma) são muito suscetíveis ao dano, e 
vários sistemas orgânicos também podem ser afetados. 
 
C
la
ss
if
ic
a
çã
o
 
Agentes Alquilantes 
- Alterações na cadeia de DNA; 
- Ciclo inespecífico. 
Antimetabólitos 
- Bloqueia a produção de enzimas; 
- Ciclo especifico (fase S). 
Alcalóides 
- Bloqueio da divisão celular; 
- Ciclo especifico (fase M). 
Antibióticos 
- Interfere na síntese dos ácidos nucleicos 
impedindo a duplicação e separação do DNA 
e RNA; 
- Ciclo inespecífico. 
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QUESTÕES COMENTADAS 
Meu amigo (a), o foco e disciplina nos estudos o levará a aprovação, então vamos ver algumas 
questões importantes a respeito do tema abordado! 
 
1. (Prova Sarah 2011) Uma paciente de 60 anos realizou uma biópsia renal, recebeu alta do serviço de 
recuperação pós-anestésica e foi encaminhada para unidade de internação. O enfermeiro sabe que a 
prioridade no cuidado desta paciente é: 
a) Usar precaução de contato nas próximas 48 horas. 
b) Manter a paciente em jejum até 8 horas, após o procedimento cirúrgico. 
c) Monitorar o sangramento pós-operatório. 
d) Encorajar a paciente a deambular a cada 2 horas. 
e) Trocar o curativo compressivo do local da biópsia. 
 COMENTÁRIOS: 
A biopsia renal é utilizada como método de diagnostico e prognostico de doenças renais. Após a amostra 
ser obtida, o enfermeiro deverá fazer as seguintes orientações ao paciente: 
 Manter decúbito ventral imediatamente após a biopsia; 
 Repouso no leito de 6 a 8 horas; 
 Monitorar sinais vitais a cada 5 a 15 minutos durante a primeira hora; 
 Ficar alerta quanto aos sinais sugestivos de hemorragia: elevação ou queda de PA, taquicardia, 
anorexia, vômitos, desconforto maciço e doloroso no abdome; Justifica-se pela alta vascularização renal. 
 Ficar atento quanto à dor nas costas, no ombro ou disúria; 
 Inspeção da urina eliminada comparando com a anterior; 
 Instruir a evitar atividades extenuantes, esportes e levantamento de peso por no mínimo 2 semanas. 
 
TOXICIDADE 
 Sistema gastrointestinal: náusea, vômito, estomatite, mucosite, diarreia. 
 Sistema hematopoético: mielossupressão. 
 Sistema renal: cistite hemorrágica. 
 Sistema cardiopulmonar: toxicidades cardíacas, fibrose pulmonar, síndrome do 
extravasamento capilar. 
 Sistema reprodutor: esterilidade. 
 Sistema neurológico: alteração sensorial, perda de reflexo tendinoso profundo, 
fraqueza muscular, íleo paralítico. 
Portanto, gabarito letra C. 
 
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2. (EBSERH/HU-UFGD/Instituto AOCP/2014) “Presença de células malignas provenientes do tumor, atingindo 
outros órgãos”. O enunciado refere-se a 
a) à nuliparidade. 
b) à neoplasia. 
c) à menarca. 
d) à metástase. 
e) ao nódulo. 
COMENTÁRIOS: 
Prezados concurseiros, a metástase é a disseminação das células malignas a partir do tumor primário 
para locais distantes por disseminação direta das células tumorais para as cavidades corporais ou por meio das 
circulações linfática e sanguínea (SMELTZER et al., 2011). 
Nuliparidade é um termo utilizado frequentemente em Obstetrícia para se referir à mulheres que nunca 
pariram. 
Neoplasia refere-se a uma proliferação celular rápida e desordenada. Pode ser benigna ou maligna 
(câncer). 
Menarca é o termo utilizado para se referir à primeira menstruação da mulher. 
Nódulo é uma lesão primária da pele de consistência sólida, elevado, duro ou macio, > 1 cm. Pode se 
estender mais profundamente na derme que a pápula. 
 
 
 
3. (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) Podemos afirmar que as medicações abaixo, não são antineoplásicos, 
exceto: 
a) Methotrexate. 
b) Metergin. 
c) Ciprofloxacino. 
d) Cabergolina. 
e) Policresuleno. 
COMENTÁRIOS: 
O metotrexato (4-amino-N10 ácido pteroglutamico) (MTX), estruturalmente similar ao ácido fólico, é um 
potente inibidor da enzima dihidrofolato redutase, à qual se liga irreversivelmente, com maior afinidade que o 
ácido fólico. Esta ligação previne a conversão do dihidrofolato para tetrahidrofolato, que é o cofator necessário 
à transferência de átomos de carbono, essenciais à síntese dos nucleotídeos purina e timina, necessários à 
síntese do DNA e RNA. 
(FONTE:http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340065364Arquivos_Pdfs_Capitulo8.pdf). 
Pode ser indicado para leucemia linfoblástica aguda. Tumores trofoblásticos, linfossarcomas, outros 
tumores de cabeça e pescoço, bexiga, mama, ovário, próstata, pulmão, rim e testículo. 
Methergin (metilergometrina) é um medicamento utilizado no tratamento da atonia e hemorragia 
uterinas que ocorrem em decorrência de cirurgias cesarianas, pós-aborto ou no terceiro período clínico do 
parto. 
Ciprofloxacina é um antibiótico do grupo das quinolonas. 
Isto posto, a resposta correta é a letra D. 
 
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Cabergolina é um fármaco agonista dopaminérgico derivado do ergot com longa ação, utilizado na 
como inibidor da secreção de leite, bloqueando a prolactina. 
Policresuleno pomada para o alívio da dor e afecções causadas pela hemorroida em associação com 
anestésicos tópicos. 
 
 
4. (MPE-RS/MPE-RS/2014) O termo risco é usado para definir a chance de uma pessoa sadia, exposta a 
determinados fatores, ambientais ou hereditários, adquirir uma doença. Alguns tipos de câncer parecem ter 
forte componente familiar, como ocorre com 
a) o Câncer de pele. 
b) o Câncer de intestino. 
c) a Leucemia linfocítica. 
d) o Sarcoma de Ewing. 
e) a Síndrome de Cushing. 
COMENTÁRIOS: 
O câncer não é uma doença única com uma única causa; ao contrário, é um grupo de doenças distintas 
com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. Trata-se de um processo patológico que 
começa quando uma célula anormal é transformada por mutação genética do DNA celular. 
Por se tratar de uma doença genética, algumas dessas mutações são herdadas (presentes nas células da 
linhagem germinativa), porém a maioria (90%) é de mutações somáticas que são mutações adquiridas nas 
células específicas. Os exemplos de cânceres influenciados pela hereditariedade incluem: 
* Síndrome de Cowden 
* Polipose adenomatosa familial 
* Síndrome do melanoma familial 
* Câncer de mama e ovário hereditário 
* Câncer de cólon não polipose hereditário 
* Neurofibromatose do tipo 1 
* Retinoblastoma 
FONTE: Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 12ª ed. (SMELTZER et al., 2011). 
 
 
5. (MPE-RS/MPE-RS/2014) Mundialmente, os cânceres da cabeça e pescoço correspondem a 10% dos 
tumores malignos, e aproximadamente 40% dos cânceres dessa localização ocorrem na cavidade oral. Como 
em outras neoplasias malignas, o câncer de boca tem o seu desenvolvimento estimulado pela interação de 
fatores ambientais e fatores do hospedeiro, próprios do indivíduo. São os chamados fatores de risco. Entre os 
fatores de risco de câncer de boca, está 
a) o consumo excessivo de refrigerantes. 
b) a deficiência de vitamina K. 
c) o uso de tabacode forma cumulativa. 
d) o vírus da Hepatite A. 
e) o excesso de adrenalina. 
Portanto, o gabarito da questão é a letra A. 
 
Diante do exposto, a resposta correta é a letra B. 
 
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COMENTÁRIOS: 
O câncer não é uma doença única com uma única causa; ao contrário, é um grupo de doenças distintas 
com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. Trata-se de um processo patológico que 
começa quando uma célula anormal é transformada por mutação genética do DNA celular (SMELTZER et al., 
2011). 
O câncer de boca afeta lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca devem ser observados 
gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da boca) e língua (principalmente as bordas), assoalho 
(região embaixo da língua). O câncer do lábio é mais comum em pessoas brancas e ocorre mais 
frequentemente no lábio inferior. 
O câncer de boca acomete mais os homens acima dos 40 anos. Os fatores de risco mais conhecidos para 
este tipo de câncer são: 
- TABACO: de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados 
com câncer de boca eram tabagistas. O cigarro representa o maior risco para o desenvolvimento dessa doença, 
e o risco varia de acordo com o consumo. Ou seja, quanto mais frequente for o ato de fumar, maiores serão as 
chances de desenvolver câncer de boca. 
- Etilismo: o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca. A 
associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta muito o risco para câncer de boca. 
- Vírus HPV: Pesquisas comprovam que o vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de boca. 
- Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de lábios. 
Além destes fatores, observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal deficiente e uma 
dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e ricas em gorduras (INCA, 2015). 
 
 
6. (Universidade Federal Fluminense-UFF/UFF-COSEAC/2014) Quando a quimioterapia tem a finalidade de 
melhorar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas decorrentes da proliferação tumoral e 
aumentando seu tempo de sobrevida em função de uma redução importante do número de células 
neoplásicas, é classificada como: 
a) curativa. 
b) adjuvante. 
c) neoadjuvante. 
d) potencializadora. 
e) paliativa. 
COMENTÁRIOS: 
A quimioterapia é usada principalmente para tratar a doença sistêmica em lugar de lesões localizadas. 
Os agentes antineoplásicos são usados em uma tentativa de destruir as células tumorais ao interferir com as 
funções celulares, inclusive a replicação. Suas metas podem ser cura, controle ou paliativo. 
Pode ser combinada à cirurgia, radioterapia ou ambas, visando: 
* reduzir o tamanho do tumor no período pré-operatório (neoadjuvante); 
* para destruir qualquer célula tumoral remanescente no período pós-operatório (adjuvante); 
* para tratar algumas formas de leucemia e linfoma (primário). 
FONTE: Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 12ª ed. (SMELTZER et al., 2011). 
Portanto, a resposta correta é a letra C. 
 
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A quimioterapia curativa objetiva a erradicação de evidências da neoplasia. Já a paliativa, visa melhorar 
a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas decorrentes da proliferação tumoral, aumentando 
seu tempo de sobrevida em função de uma redução importante do número de células neoplásicas (BARBOSA, 
et al, 2008). 
 
 
 
7. (Prefeitura de Almino Afonso-RN/CONPASS/2014) Lançado em 2001 pelo Instituto Nacional de Câncer 
(Inca) e pelo Ministério da Saúde, tem o principal objetivo de estruturar a integração da assistência oncológica 
no Brasil, a fim de obter um padrão de alta qualidade na cobertura da população. O texto trata do: 
a) Melhor em casa 
b) Programa de controle do câncer 
c) QualiSus-Rede 
d) De volta pra casa 
e) Projeto Expande 
COMENTÁRIOS: 
Expansão da Assistência Oncológica no Brasil - Projeto Expande é uma estratégia criada pelo INCA 
visando à ampliação da assistência oncológica no Brasil pela implantação de serviços que integram os diversos 
tipos de recursos necessários à atenção oncológica de alta complexidade em hospitais gerais. 
 
 
 
8. (Prefeitura de Serra-ES/FUNCAB/2014) Ao examinar a pele, o enfermeiro deve estar atento à presença de 
tumores malignos. Qual é a denominação do tumor mais comum, de crescimento lento, que raramente 
metastatiza, e que tem tendência a ocorrer em pessoas de pele clara, e em locais de exposição ao sol? 
a) Melanoma. 
b) Basocelular. 
c) Nevos melanocíticos. 
d) Xantelasmo. 
e) Cisto epitelial. 
COMENTÁRIOS: 
O câncer não é uma doença única com uma única causa; ao contrário, é um grupo de doenças distintas 
com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. Trata-se de um processo patológico que 
começa quando uma célula anormal é transformada por mutação genética do DNA celular. 
O câncer de pele é o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos 
registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. Entre os tumores de 
pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e mais baixa mortalidade. 
O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças 
e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores. Pessoas de pele clara, sensível 
à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas. 
Logo, a resposta correta é a letra E. 
 
Portanto, a resposta correta é a letra E. 
 
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Como a pele - maior órgão do corpo humano - é heterogênea, o câncer de pele não-melanoma pode 
apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais frequentes são carcinoma basocelular, responsável por 
70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide, representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, 
apesar de mais incidente, é também o menos agressivo. 
FONTE: Instituto Nacional do Câncer 
(http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/pele_nao_melanoma) 
 
 
9. (Prefeitura de Arapongas–PR/IBFC/2014) Considerando a Leucemia Aguda, leia as frases abaixo e a seguir 
assinale a alternativa correta. 
I - É mais comum em homens do que mulheres; em pessoas da raça branca; em crianças de 2 a 5 anos, sendo 
que 80% de todas as leucemias dessa faixa etária são linfoblásticas (linfocíticas) agudas e em indivíduos que 
vivem em regiões urbanas e industrializadas. 
II - Um dos possíveis diagnósticos de enfermagem é o risco para infecção relacionado a contagem anormal de 
leucócitos. 
III. O plano de cuidados para o paciente deve estar voltado para o seu conforto, minimizar efeitos adversos da 
quimioterapia, assegurar a preservação da rede venosa, controlar as complicações e fornecer orientação e 
apoio psicológico. 
a) Apenas as frases II e III estão corretas. 
b) As frases I, II e III estão corretas. 
c) Apenas a frase III está correta. 
d) Apenas a frase II está correta. 
COMENTÁRIOS: 
A leucemia é uma proliferação neoplásica de um tipo celular específico (granulócitos, monócitos, 
linfócitos ou, raramente, eritrócitos ou megacariócitos). O defeito origina-se na célula-tronco mieloide ou 
linfoide. A característica comum das leucemias consiste na proliferação desregulada dos leucócitos na medula 
óssea. Nas formas agudas, pode ocorrer infiltração de células leucêmicas em outros órgãos, como as meninges, 
os linfonodos, as gengivas e a pele. 
As causas da leucemia ainda não estão definidas, mas, suspeita-se da associação entre determinados 
fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos: 
· Tabagismo: leucemia mieloide aguda 
· Radiação (radioterapia, raios X): leucemia mieloide aguda e crônica e leucemia lifoide aguda 
· Síndrome de Downe outras doenças hereditárias: leucemia aguda 
· Benzeno (encontrado na fumaça do cigarro, gasolina e largamente usado na indústria química): 
leucemia mieloide aguda e crônica, leucemia linfoide aguda 
· Quimioterapia (algumas classes de drogas): leucemia mieloide aguda e leucemia linfoide aguda 
· Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas: leucemia mieloide aguda 
A leucemia linfocítica aguda resulta de uma proliferação descontrolada de células imaturas (linfoblastos) 
derivadas da célula tronco linfoide. Os linfócitos imaturos proliferam na medula óssea e impedem o 
desenvolvimento das células mieloides normais. Em consequência, a hematopoese normal é inibida, resultando 
em números reduzidos de leucócitos, eritrócitos e plaquetas conferindo um risco de infecção e sangramento. É 
Portanto, a resposta correta é a letra B. 
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mais comum em crianças pequenas, sendo os meninos mais afetados mais frequentemente do que as meninas. 
A incidência máxima é 4 anos de idade. 
As principais metas para o paciente podem consistir na ausência de complicações e dor, obtenção e 
manutenção de uma nutrição adequada, tolerância à atividade, capacidade de realizar o autocuidado e lidar 
com o diagnóstico e o prognóstico, imagem corporal positiva e compreensão do processo patológico. 
Diante do exposto, percebemos que todas as alternativas estão corretas. 
 
 
 
10. (Prefeitura de Arapongas–PR/IBFC/2014) Considerando os agravos, homens acima de 40 anos de idade, 
fumantes e portadores de próteses mal adaptadas são fatores de risco para a ocorrência: 
a) Câncer de boca. 
b) Fluorose. 
c) Cárie Dentária. 
d) Doença Periodontal. 
COMENTÁRIOS: 
O câncer não é uma doença única com uma única causa; ao contrário, é um grupo de doenças distintas 
com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. Trata-se de um processo patológico que 
começa quando uma célula anormal é transformada por mutação genética do DNA celular (SMELTZER et al., 
2011). 
O câncer de boca afeta lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca devem ser observados 
gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da boca) e língua (principalmente as bordas), assoalho 
(região embaixo da língua). O câncer do lábio é mais comum em pessoas brancas e ocorre mais 
frequentemente no lábio inferior. 
O câncer de boca acomete mais os homens acima dos 40 anos. Os fatores de risco mais conhecidos para 
este tipo de câncer são: 
 TABACO: de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados 
com câncer de boca eram tabagistas. O cigarro representa o maior risco para o desenvolvimento dessa doença, 
e o risco varia de acordo com o consumo. Ou seja, quanto mais frequente for o ato de fumar, maiores serão as 
chances de desenvolver câncer de boca. 
- Etilismo: o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca. A 
associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta muito o risco para câncer de boca. 
- Vírus HPV: Pesquisas comprovam que o vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de boca. 
- Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de lábios. 
Além destes fatores, observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal deficiente, uso de 
próteses mal adaptadas e uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em gorduras (INCA, 
2015). 
 
 
 
 
Logo, a resposta é a letra B. 
 
Isto posto, a resposta correta é a letra A. 
 
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GABARITO 
 
1. C 
2. D 
3. A 
4. B 
5. C 
6. E 
7. E 
8. B 
9. B 
10. A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
C., SMELTZER, S., HINKLE, L., BARE, G., CHEEVER, H.. Brunner e Suddarth 
Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, 12ª edição. Guanabara Koogan, 08/2011. 
VitalBook file. 
 
ABC do câncer: abordagens básicas para controle do câncer/ Instituto Nacional de 
Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação geral de ações estratégicas. 
Coordenação de educação; organização Luiz Claudio Santos Thuler – 2 ed. rev e atual. 
– Rio de Janeiro: INCA 2012. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de câncer. TNM: classificação de 
tumores malignos / traduzido por Ana Lúcia Amaral Eisenberg. 6. ed. - Rio de Janeiro: INCA, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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