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Suporte Básico de Vida Prof. Verônica Couto Suporte Básico de Vida Refere-se ao estágio do Atendimento Cardíaco de Emergência que previne a parada ou a insuficiência respiratória ou cardíaca, pelo rápido reconhecimento e rápida intervenção, ou sustenta a ventilação e circulação da vítima de parada cardíaca com RCP Suporte Básico de Vida • O principal objetivo de se realizar a respiração de resgate ou a RCP é suprir oxigênio ao cérebro e ao coração • A administração rápida do SBV é a chave para o sucesso. • Nos casos de parada cardíaca, o maior índice de alta hospitalar foi obtido em pacientes que receberam SBV dentro de 4 minutos do início da parada. Suporte Básico de Vida Quando a interrupção da circulação e da respiração não ultrapassar 4 minutos, a vítima tem excelentes chances de recuperação, se a RCP for feita rapidamente e seguida do SAV dentro dos 4 minutos seguintes. * Reconhecer a necessidade de ação rápida. Telefonar Primeiro!* * Realizar os passos da RCP de maneira eficiente. Suporte Básico de Vida PARADA RESPIRATÓRIA: Falta de respiração Interrupção da entrada e/ou saída de ar para os pulmões INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA: Respiração inadequada para manter os níveis normais de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue. Suporte Básico de Vida PARADA RESPIRATÓRIA: * Causas: Afogamento; Acidente vascular cerebral; Obstrução das vias aéreas por corpo estranho; Inalação de fumaça; Inflamação da epiglote; Overdose de drogas; Eletrocussão; Sufocação; Trauma ou qualquer estado de inconsciência que cause obstrução das vias aéreas. Suporte Básico de Vida PARADA CARDÍACA: A parada cardíaca é definida como uma cessação súbita e inesperada dos batimentos cardíacos. O coração para de bombear o sangue para o organismo e os tecidos começam a sofrer os efeitos da falta de oxigênio No início da parada cardíaca pode haver um quadro de respiração “ofegante”e ineficiente que não deve ser confundido com respiração normal. Procedimentos Imediatos “Nenhuma vítima deve ser submetida a procedimentos mais intrusivos de ressuscitação cardiopulmonar até que a necessidade para tal seja determinada por uma avaliação apropriada”. (American Heart Association) Suporte Básico de Vida A sequência do SBV: 1. Avaliação 2. Ativação do SME 3. (ABC) da RCP Procedimento 1: Resposta Você está bem? http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/images/20041028-serginho2.jpg&imgrefurl=http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u82516.shtml&h=115&w=150&sz=8&hl=pt-BR&start=108&tbnid=k2SiRZC8wehjVM:&tbnh=74&tbnw=96&prev=/images%3Fq%3Dparada%2Bcardiaca%26start%3D100%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D%26rls%3DACRA,ACRA:2006-40,ACRA:pt-BR%26sa%3DN Procedimento 2: Chame o Resgate OBS: RCP primeiro ( 5 ciclos de aproximadamente 2`) para lactentes e crianças sem responsividade (exceto lactentes e crianças com colapso súbito testemunhado) e para todas as vítimas de parada cardíaca provavelmente por hipóxia (asfixia), por exemplo, afogamento, traumatismo, overdose de drogas. Posicione-se ao lado da vítima: Procedimento 3: Posicione a Vítima e Desobstrua vias aéreas Posicionamento e Desobstrução • Posicione a vítima: Decúbito dorsal Braços ao longo do corpo Ajoelhe-se ao lado dela Em caso de movê-la: alinhe cabeça e pescoço Cuidado com coluna • Desobstrua vias aéreas Incline a cabeça para trás e eleve o queixo, abra cuidadosamente a boca Retire corpos estranhos Manobra de elevação do ângulo da mandíbula- em caso de suspeita de lesões medulares • Manobra da Mandíbula: lesão medular Determine a Ausência de Respiração • Ver, Ouvir e Sentir (A-B-C)-> C-A-B • A (Airway – Vias aéreas), • B (Breathing – respiração) • C (Circulation – circulação/compressão) • O tórax movimenta-se? • O ar é expelido? • Você sente o ar em sua face? O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração” foi removido da sequência de RCP. Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho deverá abrir a via aérea da vítima e aplicar duas ventilações. A vítima está respirando? Sim. Posição de Recuperação: Determine a Ausência de Respiração A vítima não está respirando... 🡪 O volume de cada ventilação de resgate deve produzir uma elevação torácica visível com um volume tidal de cerca de 500 ml a 600ml. 🡪Hiperventilação (respiração em número excessivo ou com um volume muito grande) não é necessária. A vítima não está respirando... 🡪Ventilacão de Resgate sem Compressão Torácica: INDICAÇÃO: Vítima não respira mas tem pulso presente. Adulto: 10-12 ventilações de resgate por minuto (aproximadamente 1 ventilação a cada 5 a 6 ``) Lactentes ou crianças: 12-20 ventilações por minuto (aproximadamente 1 ventilação a cada 3 a 5 ``) Respiração de Resgate • A vítima não respira: 1. Oclua narinas e inicie respiração artificial 2. Inspire profundamente e exale na boca da vítima 3. Observe movimento do tórax • Verifique pulso carotídeo • A vítima tem pulso. Continue ventilando . • Aguarde respiração espontânea ou chegada da equipe de emergência. Respiração de Resgate Respiração de Resgate Boca-a-boca: - Mantenha as vias aéreas desobstruídas, - Levemente, pince o nariz usando o polegar e o dedo indicador (da mão que está na testa), para que o ar não escape pelo nariz da vítima, - Respire e coloque seus lábios na boca da vítima, vedando-a e criando um selo à prova de vazamento de ar, - Em seguida, insufle duas vezes, lentamente. Respiração de Resgate Boca-a-nariz: Recomendada quando for impossível ventilar através da boca da vítima, quando não se consegue abrir a boca, quando houver trauma grave de boca. - Mantenha a cabeça da vítima inclinada para trás com uma das mãos na sua testa. - Use a outra mão para levantar o queixo da vítima e feche a boca. - Inspire, coloque os lábios ao redor do nariz da vítima e insufle. - Em seguida, interrompa a respiração de resgate e deixe a vítima expirar passivamente. Respiração de Resgate Boca-a-estoma: Recomendada às pessoas laringectomizadas (remoção cirúrgica da laringe) ou traqueostomizadas que têm uma abertura permanente que conecta a traquéia diretamente à parte anterior do pescoço. Respiração de Resgate Boca-a-protetor: Há dois tipos de protetores: ✔Máscaras faciais; ✔Lenços faciais. -Coloque a máscara ao redor da boca e do nariz do paciente, utilizando a parte superior da crista nasal como guia para a posição correta. - Faça a vedação com o polegar e a região hipotenar da mão ao longo das bordas da máscara. - Coloque os outros dedos ao longo da borda óssea da mandíbula e levante-a ao mesmo tempo em que a cabeça é inclinada. - Insufle na mesma sequência e no mesmo ritmo da respiração de resgate, observando os movimentos do tórax. Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) • Parada cardíaca: o músculo cardíaco não recebe sangue e o coração para de bater. Acima de 85% das vezes, a parada súbita do coração é provocada por uma lesão aguda chamada ataque cardíaco, geralmente, um infarto agudo do miocárdio. Quando um acidente desses acontece, um dos mecanismos do coração para preservar a si mesmo é desencadear arritmias que podem progredir para uma das modalidades mais freqüentes de parada cardíaca: a fibrilação ventricular. RCP • Objetivos: Desobstruir e manter vias aéreas Respiração de resgate Circulação artificial por compressões torácicas RCP 1. VOCÊ ESTÁ BEM? Ruídos, som, “grunhido”, movimentos de pálpebras, atividade muscular... Peça Ajuda!!! RCP 2. ATIVE O RESGATE MÉDICO 192 (SAMU) 193 (BOMBEIROS) Local onde você está, número de vítimas, telefone para contato, o que aconteceu... RCP 3. Posicione a vítima e Desobstrua vias aéreas RCP 4. Determinar ausência de Respiração A-B-C🡪 C-B-A Apenas um socorrista • Houve uma alteração na sequência recomendada para o socorristaque atua sozinho para que ele inicie as compressões torácicas antes de aplicar ventilações de ventilações de resgate (C-A-B, em vez de A-B-C). • O socorrista atuando sozinho deve iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, para reduzir a demora na aplicação da primeira compressão. RCP 5. Respiração de Salvamento Forneça 02 respirações e em seguida cheque o pulso carotídeo. RCP 6. Verifique o pulso carotídeo Procure o pulso por até 10 segundos. http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.saludehijos.com/cms/UPIMGS/contenidos/CONT_246/GR/03.jpg&imgrefurl=http://www.redcomunitaria.cl/index_sub.php%3Fid_seccion%3D302%26id_portal%3D119%26contenidoPage%3D3&h=169&w=200&sz=5&hl=pt-BR&start=12&tbnid=z6eSt40It6NkuM:&tbnh=88&tbnw=104&prev=/images%3Fq%3Dpulso%2Bcarot%25C3%25ADdeo%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D%26sa%3DG RCP 7. Compressões Torácicas 🡪 Compressões torácicas eficazes restabelecem o fluxo sanguíneo durante a RCP. “COMPRESSÃO FORTE, RÁPIDA, SEM PARAR” 🡪Comprimir o tórax em uma frequência de aproximadamente 100 compressões/min para todas as vítimas, exceto recém-nascidos 🡪Permitir que o tórax retorne totalmente após cada compressão, e utilizar aproximadamente o mesmo tempo para compressão e relaxamento. 🡪 Tentar minimizar as interrupções das compressões torácicas. Cada vez que as compressões são interrompidas o fluxo sanguíneo cessa. 🡪 Em lactentes e crianças relação compressão-ventilação de 15:2 (dois socorristas) 🡪 Caso a frequência cardíaca do lactente ou da criança seja inferior a 60 bpm com sinais de perfusão sistêmica inadequada, o profissional de saúde deve iniciar compressões torácicas. 🡪 Quando houver mais de um socorrista, eles devem se revezar no papel de “compressor” aproximadamente a cada 2`ou 5 ciclos de RCP. 🡪A desfibrilação imediata é adequada para todos os socorristas que atendem casos de colapso súbito testemunhado, com DEA disponível (vítimas ≥ 1 ano) 🡪Um choque seguido de RCP imediata, começando com compressões torácicas é utilizado para tentar a desfibrilação. O ritmo cardíaco é verificado após 5 ciclos de RCP ou 2’ 🡪Para tentativa de desfibrilação em uma vítima adulta, a dose utilizada para um desfibrilador manual monofásico é de 360 J. Caso não se saiba o tipo de onda bifásica utilizada a dose padrão de 200J. 🡪A dose inicial para lactentes e crianças, com um desfibrilador manual monofásico ou bifásico é de 2J/kg, a segunda e as subsequentes de 4J/kg. Compressões torácicas Posicionamento Compressões torácicas POSICIONANDO AS MÃOS: 1. Posicione a vítima em decúbito dorsal sobre uma superfície plana e rígida; 2. Verifique o pulso na artéria carótida para certificar-se da ausência de batimentos cardíacos. Somente inicie a compressão torácica externa quando não houver pulso; 3. Localize a metade inferior do esterno; 4. Colocar a região hipotenar da mão sobre a metade inferior do esterno e colocar a outra mão sobre a primeira no esterno da vítima, de modo que as mãos fiquem paralelas; 5. Os dedos podem estar estendidos ou entrelaçados, mas devem ser mantidos afastados da caixa torácica Compressões torácicas REALIZANDO COMPRESSÕES TORÁCICAS: 1. Com as mãos corretamente posicionadas, endireite os braços, firme os cotovelos e posicione os ombros diretamente acima das mãos. O nariz, os ombros e a cicatriz umbilical devem estar quase alinhados verticalmente. Nessa posição, os impulsos recairão diretamente sobre o esterno da vítima. 2. Pressione direto para baixo, usando o peso da parte superior do corpo para comprimir o esterno da vítima. 3. Libere completamente a pressão para permitir que o sangue volte para o coração. Deixe o tórax voltar para a posição normal após cada compressão. Compressões torácicas: REALIZANDO COMPRESSÕES TORÁCICAS: 1.Mantenha as mãos sobre o tórax da vítima durante toda a compressão – não as levante nem troque de posição. As compressões torácicas devem ser suaves e rítmicas; não deve haver movimentos bruscos, golpes ou movimentos de início-parada durante o procedimento. Compressões torácicas POR QUE É EFICIENTE? 1º “TEORIA DA BOMBA CARDÍACA”: Compressão direta do coração entre o esterno e a coluna aumenta a pressão entre os ventrículos e o fechamento das válvulas (mitral e tricúspide) 🡪 Movimenta o sangue para a artéria pulmonar (pulmões) e aorta (órgãos). 2º “MECANISMO DA BOMBA TORÁCICA”: A compressão torácica acarreta um aumento da pressão intratorácica que é transmitida igualmente a todas as estruturas vasculares intratorácicas. Compressões torácicas FATORES LIMITANTES 1. A vítima não está posicionada sobre uma superfície rígida; 2. A vítima não está em posição horizontal (se a cabeça está elevada, o fluxo sangüíneo cerebral ficará deficitário); 3. As vias aéreas não estão permeáveis; 4. A boca ou máscara não está apropriadamente selada na vítima e o ar escapa; 5. As narinas da vítima não estão fechadas; 6. As mãos foram posicionadas incorretamente ou em local inadequado sobre o tórax; 7. As compressões são muito profundas ou demasiadamente rápidas (não impulsionam volume sangüíneo adequado); 8. A razão entre as ventilações e compressões é inadequada; 9. A RCP deixa de ser executada por mais de 5 segundos (alto risco de lesão cerebral). Compressões torácicas COMPLICAÇÕES 1. Fratura das costelas ou do esterno; 2. Separação da cartilagem da costela (comum em idosos); 3. Pneumotórax; 1. Hemotórax; 2. Contusão pulmonar; 3. Lacerações no fígado. Compressões torácicas QUANDO PARAR? 1. Haja o retorno espontâneo da circulação (retorno do pulso). Continuar a ventilar; 2. Haja o retorno da respiração e da circulação; 3. Pessoal mais capacitado chegar ao local da ocorrência; 4. Socorrista estiver completamente exausto e não conseguir realizar as manobras de ressuscitação. REFERÊNCIAS • http://www.americanheart.org/presenter.jhtml?identif ier=3035517 • OSELKA, Gabriel; TROSTER, Eduardo Juan. Aspectos éticos da ressuscitação cardiopulmonar. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 47, n. 1, 2001. • Hafen, B Q et al. Guia de Primeiros Socorros para Estudantes. Manole, 2002 http://www.americanheart.org/presenter.jhtml?identifier=3035517 http://www.americanheart.org/presenter.jhtml?identifier=3035517