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CINESIOLOGIA E 
BIOMECÂNICA
Noura Reda Mansour
Cinesiologia da 
coluna vertebral
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Analisar as curvaturas da coluna vertebral nas fases do desenvolvi-
mento humano.
 � Identificar os movimentos e as adaptações da coluna vertebral nos 
eixos e planos.
 � Relacionar a postura corporal e a ação do centro de gravidade sobre 
as adaptações da coluna vertebral.
Introdução
A coluna vertebral é uma estrutura do esqueleto axial constituída de 
vértebras, sendo uma de suas funções suportar o peso corporal e manter 
a postura ereta do corpo. Ela se torna suscetível às patologias dege-
nerativas ou adquiridas pela má postura durante as atividades diárias 
e pode danificar as vértebras e estruturas que lhe dão suporte, como 
músculos, articulações e ligamentos. Essa condição gera quadro álgico, 
fraqueza muscular, posturas antálgicas, entre outros, portanto, para 
diferenciar uma estrutura normal de uma alterada devido à presença 
de patologias, é indispensável conhecer a anatomia e cinesiologia da 
coluna vertebral.
Neste capítulo, você estudará as vértebras e curvaturas normais da 
coluna vertebral nas fases do desenvolvimento humano; as posturas 
que podem alterá-las; bem como seus movimentos e adaptações nos 
eixos e planos.
Curvaturas da coluna vertebral nas fases do 
desenvolvimento humano
Para entender as curvaturas da coluna vertebral nas fases do desenvolvimento 
humano, você precisa rever sua anatomia e suas estruturas.
Anatomia da coluna vertebral
A coluna vertebral, também conhecida como espinha dorsal, se estende da 
base do crânio até o ápice do cóccix e tem o formato de uma haste flexível que 
constitui o esqueleto axial (LIPPERT, 2014). No adulto, ela mede aproximada-
mente de 71 a 75 cm. Entre suas inúmeras funções, pode-se citar (MOORE; 
AGUR; DALLEY, 2013):
 � proteger a medula espinal;
 � fornecer a sustentação e o suporte da cabeça e do tronco;
 � fornecer a passagem dos nervos espinais que emergem da medula 
espinal;
 � manter a postura ereta do corpo;
 � permitir a inserção de músculos;
 � permitir a movimentação da cabeça e do pescoço;
 � permitir a fixação das costelas no tórax.
A coluna vertebral de um adulto é constituída de 26 ossos, denominados 
de vértebras, que estão localizadas em cinco regiões. Observe a seguir. 
 � Região cervical, composta de sete vértebras.
 � Região torácica, composta de 12 vértebras.
 � Região lombar, composta de cinco vértebras.
 � Região sacral, que consiste em um sacro com cinco vértebras fundidas.
 � Região coccígea, composta de um cóccix com 3 a 5 vértebras fundidas.
Na Figura 1, você pode visualizar as regiões da coluna vertebral.
Cinesiologia da coluna vertebral2
Figura 1. Regiões da coluna vertebral.
Fonte: Martini et al. (2009, p. 160).
Descrição das vértebras
Dependendo de sua localização, as vértebras podem variar de tamanho, forma 
e ter outras características. Cada uma apresenta partes básicas que incluem os 
processos articulares, o arco, forame e corpo vertebral, este último é a parte 
anterior mais maciça do osso da vértebra que propicia resistência à coluna 
vertebral e sustenta o peso corporal. A partir da quarta vértebra torácica (T4), 
esses corpos aumentam gradativamente de tamanho para suportar cada vez 
mais o peso do corpo. 
3Cinesiologia da coluna vertebral
Já os processos articulares possuem inclinação superior ou inferior para 
se articularem com a próxima vértebra. O arco vertebral, por sua vez, está 
localizado posteriormente ao corpo da vértebra e se divide em quatro partes 
diferentes: processo espinhoso, lâminas, processo transverso e pedículos. 
A face anterior do corpo vertebral e o arco formam as paredes do forame e, 
quando as vértebras são empilhadas uma sobre a outra, os sucessivos forames 
desenvolvem o canal vertebral para acomodar a medula espinal. Na Figura 2, 
você pode conferir as partes básicas de uma vértebra.
Figura 2. Partes básicas de uma vértebra, representando a segunda vértebra lombar.
Fonte: Moore, Agur e Dalley (2013).
Processos
articulares
Processo espinhoso
Processo transverso
Funções das partes em C
Fixação e movimento
musculares
Restrição do 
movimento
Proteção da medula
espinal
Sustentação do peso
do corpo
Arco vertebral
Arco 
vertebral
Corpo vertebral
Vistas superiores
Processo e faces
articulares inferiores
Processo
transverso
Face articular superior
Corpo vertebral
(osso derivado do centro)
Processo espinhoso
Lâmina
Pedículo
Forame vertebral
Margem epi�sial
(osso liso derivado
da epí�se anular)
Cinesiologia da coluna vertebral4
Região cervical
As vértebras cervicais são delicadas por terem o corpo vertebral pequeno, 
estão localizadas na região do pescoço e têm um forame transverso em cada 
processo transverso, pelo qual passam as artérias vertebrais. A primeira, 
segunda e sétima vértebras se diferenciam das demais cervicais, pois possuem 
peculiaridades diferenciadas (MARTINI et al., 2009; VANPUTTE; REGAN; 
RUSSO, 2017).
 A primeira vértebra cervical chama-se atlas, se articula diretamente 
com o crânio por meio de côndilos occipitais e tem como função sustentar 
a cabeça. O atlas (C1) se diferencia das outras devido à ausência de corpo 
vertebral; à presença dos arcos vertebrais anterior e posterior; à existência 
de faces articulares superiores com formato oval e inferiores circulares; 
e ao forame ser maior em relação às outras vértebras. A articulação entre 
o crânio e o atlas permite os movimentos de flexão e extensão da cabeça 
(MARTINI et al., 2009). 
A segunda vértebra é denominada de áxis (C2) e, diferentemente da pri-
meira, tem um corpo vertebral e um processo espinhoso. Ela articula-se com 
o atlas por meio de um processo chamado de dente do áxis ou odontoide, 
em que os dois estão ligados pelo ligamento transverso, formando um pivô 
ou uma articulação do tipo trocoide e permitindo o movimento de rotação 
da cabeça (de um lado para o outro) — entre a C1 e a C2 não há presença 
de disco intervertebral. Da segunda a sétima vértebra cervical, o processo 
espinhoso se torna bífido (MARTINI et al., 2009). Veja na Figura 3 a primeira 
e a segunda vértebras.
O disco intervertebral é uma articulação cartilaginosa que permite fixações resistentes 
entre os corpos vertebrais e atua como absorvente de impactos, sendo que suas formas 
variadas criam as curvaturas secundárias da coluna vertebral.
5Cinesiologia da coluna vertebral
Figura 3. Primeira e segunda vértebras cervicais.
Fonte: VanPutte, Regan e Russo (2016, p. 217).
Região torácica
As vértebras torácicas (Figura 4) se diferenciam das outras, pois apre-
sentam processos espinhosos longos que se direcionam inferiormente e 
fóveas articulares para fixar as costelas em seus processos transversos. As 
vértebras de T1 a T8 possuem fóveas inferiores e superiores articuladas 
com os dois pares de costelas, já as de T9 a T12 têm somente uma fóvea 
costal em cada lado. Os movimentos dessa região são limitados devido 
à fixação das costelas no externo (MARTINI et al., 2009; VANPUTTE; 
REGAN; RUSSO, 2017). 
Cinesiologia da coluna vertebral6
Figura 4. Vértebra torácica, vistas lateral e superior.
Fonte: Tank e Gest (2010, p. 9).
Vértebra torácica (TVI), vista lateral Vértebra torácica (TVI), vista superior
Corpo vertebral
Corpo 
vertebral
Forame 
vertebral
Fóvea costal
superior
Fóvea costal
inferior
Fóvea 
costal
superior
Pedículo do
arco vertebral
Pedículo do
arco vertebral
Fóvea costal
do processo
transverso
Fóvea costal
do processo
transverso
Lâmina do
arco vertebral
Processo
espinhoso
Processo
espinhoso
Processo
articular
superior
Processo
articular
inferior
Processo
transverso
Processo
transverso
Incisura
vertebral
superior
Incisura
vertebral
superior
Incisura
vertebral
inferior
Processo a face
articulares superiores
Regiões lombar, sacral e coccígea
As vértebras lombares são as maiores da coluna vertebral e se diferenciam 
das demais por apresentarem umcorpo vertebral grande e maciço; processos 
transversos curtos e retangulares; lâminas robustas; e um forame vertebral 
triangular. Devido ao seu formato, elas sustentam grande parte do peso cor-
poral, sendo mais suscetíveis à aparição das hérnias de disco. A maior de 
todas as vértebras móveis se trata da L5, da qual o peso é transmitido para 
a base do sacro (TORTORA; DERRICKSON, 2018; VANPUTTE; REGAN; 
RUSSO, 2017). Veja na Figura 5 uma vértebra lombar.
Figura 5. Vértebra lombar.
Fonte: Tortora e Derrickson (2018, p. 167).
POSTERIOR
ANTERIOR
ANTERIOR
Localização
das vértebras
lombares
Lâmina do
arco vertebral
Pedículo do
arco vertebral
Processo espinhhoso
Face articular superior
do processo articular
superior
Processo transverso
Forame vertebral
Corpo vertebral
Visão superior
7Cinesiologia da coluna vertebral
As vértebras lombares realizam movimentos amplos e suportam grande parte do 
peso corporal, com o passar do tempo e com a realização de posturas incorretas 
durante o levantamento de objetos do solo, o disco intervertebral pode evoluir com 
uma defeneração.
O sacro tem o formato triangular e é constituído de cinco vértebras sacrais 
fundidas, cuja fusão começa na puberdade e termina até os 30 anos. Sua região 
superior, denominada de base do sacro, apresenta faces que se articulam com 
a quinta vértebra lombar. Já seus lados anterior e posterior possuem quatro 
pares de forames, dos quais passam nervos e vasos sanguíneos (TORTORA; 
DERRICKSON, 2018).
O sacro tem, ainda, o canal sacral que representa a continuação do canal 
vertebral, cuja entrada inferior é denominada de hiato. A borda anterior da 
sua primeira vértebra se curva para formar o promontório da base do sacro, o 
qual serve como um ponto de referência para medir a pelve antes do parto. Os 
processos transversos das vértebras sacrais fundidas formam uma sequência 
ao longo da crista mediana.
Em algumas pessoas, a vértebra L5 é parcial (hemissacralização) ou completamente 
fundida ao sacro (sacralização da vértebra), o que gera dores na região lombar.
O cóccix está situado na porção mais inferior da coluna vertebral, tem 
formato triangular e é composto de 3 a 5 vértebras fundidas pequenas, que não 
possuem forame vertebral, nem processos desenvolvidos. Por ser sensível, ele 
se torna suscetível às fraturas se a pessoa cair na posição sentada. Na Figura 
6, você pode observar tanto o cóccix como o sacro.
Já na Figura 7, você pode conferir como é a curvatura normal da coluna 
vertebral na vista lateral.
Cinesiologia da coluna vertebral8
Figura 6. Vista do sacro e do cóccix.
Fonte: Tortora e Derrickson (2018, p. 143).
Figura 7. Curvatura normal da coluna vertebral na vista lateral.
Fonte: Martini et al. (2009, p. 160).
9Cinesiologia da coluna vertebral
A coluna vertebral de um feto se difere da de um adulto, apresentando 
uma única curvatura côncava. A curvatura cervical começa a se desenvolver 
a partir do momento em que o bebê mantém a cabeça ereta no terceiro mês 
após seu nascimento. Já a curvatura lombar se desenvolve quando a criança 
aprende a sentar, levantar e andar (TORTORA; NIELSEN, 2013).
As lordoses cervical e lombar são denominadas de curvaturas secun-
dárias, pois aparecem alguns meses após o nascimento e se desenvolvem à 
medida que o bebê aprende a sentar, andar e correr. Elas também auxiliam 
na descarga de peso sobre os membros inferiores quando ele começar a ficar 
de pé. O lactente levanta a cabeça ao ser colocado na posição prona dos 2 
aos 4 meses; e a partir dos 5 aos 6 meses, começa a elevar os dois membros 
inferiores, esses movimentos antigravitacionais permitem o surgimento 
dessas curvaturas. Na Figura 8, você pode ver o desenvolvimento das cur-
vaturas da coluna vertebral.
Figura 8. Desenvolvimento das curvaturas da coluna vertebral.
Fonte: Martini et al. (2009, p. 160).
Cinesiologia da coluna vertebral10
Movimentos e adaptações da coluna vertebral 
nos eixos e planos
O corpo e seus componentes se movem nos planos de movimento ao redor de 
três eixos. Tanto os planos como os eixos são descritos sempre referenciando 
à posição anatômica, que é mencionada ao se tratar dos movimentos articu-
lares e caracterizada universalmente da seguinte forma: o corpo se posiciona 
em pé na postura ereta; a cabeça, os olhos e os dedos dos pés apontam para 
frente; os membros superiores pendem ao lado dele; e as palmas das mãos 
ficam viradas para frente.
Para facilitar a análise dos movimentos da coluna vertebral, você estudará 
a descrição dos três planos de referência imaginários que atravessam o corpo: 
sagital, frontal e transversal. O plano sagital divide-o em metades direita e 
esquerda; o frontal separa em regiões anterior e posterior; e o transversal, em 
partes superior e inferior.
Já os eixos são linhas imaginárias que atravessam as articulações, per-
pendiculares aos planos, em torno dos quais ocorrem os movimentos. O 
eixo látero-lateral é perpendicular ao plano sagital e, ao redor deste, tem-se 
a flexão e extensão dos segmentos corporais. Já o eixo anteroposterior fica 
perpendicular ao plano frontal, em torno do qual há a adução e abdução; na 
coluna, executa-se movimentos de inclinação lateral esquerda e direita. O eixo 
longitudinal, perpendicular ao plano transversal, permite as rotações medial 
e lateral dos segmentos do corpo.
A coluna vertebral é considerada uma articulação triaxial, porque realiza 
movimentos nos três eixos e planos. No plano sagital, são executados os mo-
vimentos de flexão, extensão e hiperextensão em torno do eixo látero-lateral; 
no frontal, ocorrem os movimentos de inclinação do tronco para a direita e 
esquerda ao redor do eixo anteroposterior; e a rotação para direita e esquerda 
se executa no plano transversal em torno do eixo longitudinal.
Devido às articulações, há movimentos em torno dos eixos entre a coluna 
vertebral e outras estruturas. Entre o crânio e o atlas, por exemplo, a articulação 
atlantoccipital permite a extensão e a flexão (balançar a cabeça para responder 
sim); entre C1 e C2, a atlantoaxial possibilita o movimento de rotação da 
cabeça sobre o pescoço (balançá-la para responder não).
11Cinesiologia da coluna vertebral
Durante uma colisão de veículos, os impactos traseiros produzem a hiperextensão 
da cabeça e do pescoço, um movimento conhecido como chicote e que afeta o 
meniscoide, causando uma inflamação e dor no pescoço. Esse tipo de lesão é fatal, 
pois pode gerar sequelas neurológicas graves (OATIS, 2014).
As articulações entre as vértebras executam os movimentos em torno 
de seus eixos de acordo com a orientação das vértebras. As articulações 
facetarias das vértebras torácicas mais altas se movem em direção ao plano 
frontal limitando, desta forma, a flexão e o cisalhamento e o movimento de 
inclinação lateral é mantido. Já as vértebras torácicas mais baixas das articu-
lações facetarias têm orientação no plano sagital, o que torna o movimento 
menos restrito, com flexão, extensão e inclinação lateral, a rotação é mais 
limitada (LIPPERT, 2014).
As articulações facetarias da coluna lombar têm formato semilunar e estão 
orientadas nos planos sagital e frontal. Das vértebras L5 a S1, movimentos 
como rotação e cisalhamento anterior não estão presentes. Já nas articulações 
sacroilíacas (ASI), os movimentos são pequenos, porém elas permitem seus 
três graus: rotação anteroposterior em torno eixo látero-lateral no plano sagital, 
abdução e adução ao redor do eixo anteroposterior no plano frontal e rotação 
médio-lateral ao redor do eixo longitudinal no plano transversal (FLOYD, 
2011; LIPPERT, 2014).
Os movimentos da coluna vertebral ocorrem nas regiões cervical e lom-
bar, sendo discretos na torácica. Em relação às angulações de movimento, 
a cervical faz a flexão e extensão em 45º e uma rotação lateral de 60º. A 
maior parte do movimento do tronco é realizado pela coluna vertebral, na 
qual a flexão acontece em torno de 80º e a extensão em cerca de 20 a 30º. 
Já a flexão lombar lateral e a rotaçãolombar ocorrem em 35 e 45º, respec-
tivamente (FLOYD, 2011).
 No sacro, há também dois movimentos específicos: a nutação, responsável 
pela inclinação anterior da ASI e a contranutação, que se responsabiliza pela 
inclinação posterior da ASI, conforme você pode ver na Figura 9.
Cinesiologia da coluna vertebral12
Figura 9. Movimentos de nutação e contranutação do sacro.
Fonte: Houglum e Bertoti (2014, p. 333).
Promontório
Promontório
Nutação Contranutação
Relação da postura corporal e ação do centro 
de gravidade sobre as adaptações da coluna 
vertebral
O equilíbrio fisiológico da coluna vertebral é sustentado por meio de curvaturas 
no plano sagital (lordoses cervical e lombar, cifoses dorsal e sacral), que se 
definem durante o desenvolvimento e o crescimento do corpo, têm variações 
em graus e permitem a distribuição uniforme de forças em toda a coluna. O 
centro de gravidade em uma postura ereta e em pé está situado ao nível da 
segunda vértebra sacral (S2) (HAHN; ULGUIM; BADARAÓ, 2011). 
Controle da cabeça
De acordo com Houglum e Bertoti (2014), a linha de gravidade incide sobre 
o lado côncavo de cada curva vertebral quando a pessoa está na postura 
ortostática. Seu centro de massa se localiza aproximadamente 2,5 cm acima 
13Cinesiologia da coluna vertebral
do eixo longitudinal da articulação atlantoccipital, de tal forma que a cabeça 
se mantém em equilíbrio instável. A linha de gravidade da cabeça é refletida 
um pouco anteriormente a esse eixo para a execução da flexão e extensão 
na postura normal. Já quando a cabeça se inclina para atrás (hiperextensão 
cervical), o centro de gravidade se posiciona posteriormente ao eixo.
Postura sentada
Durante a postura sentada, o peso do corpo é transferido para as musculaturas 
dorsal e pélvica. Quando a pessoa senta em uma cadeira sem apoio, a lordose 
lombar diminui e resulta em um aumento da pressão no disco intervertebral, 
pois ele se desloca do centro para a região posterior da vértebra. Na postura 
sentada ereta, a lordose lombar se mantém, e a pressão no disco diminui.
Postura em decúbitos dorsal e ventral
Quando está em decúbito dorsal, a coluna vertebral se mantém em repouso e 
com uma menor pressão nos discos intervertebrais. Para manter a boa postura, 
a superfície para descanso deve ser firme a fim de evitar a perda da curvatura 
lombar e macia para moldar as curvaturas normais da coluna vertebral. Já a 
posição em decúbito ventral precisa ser evitada, pois aumenta a pressão na 
coluna cervical.
1. A coluna vertebral de um 
adulto é formada por quatro 
curvaturas, classificadas como 
primárias e secundarias. Com 
base no seu conhecimento sobre 
curvaturas fisiológicas, escolha 
a alternativa que apresente 
os nomes e as características 
normais delas. 
a) As curvaturas torácica, 
sacral, cervical e lombar são 
convexas anteriormente.
b) As curvaturas torácica e cervical 
são côncavas anteriormente, já 
as curvaturas sacral e lombar 
são côncavas posteriormente.
c) As curvaturas sacral e lombar 
são convexas posteriormente, 
Cinesiologia da coluna vertebral14
já as curvaturas torácica 
e cervical são convexas 
anteriormente. 
d) As curvaturas sacral e torácica 
são côncavas anteriormente, 
já as curvaturas lombar 
e cervical são côncavas 
posteriormente. 
e) As curvaturas lombar e torácica 
são côncavas posteriormente, 
já as curvaturas cervical e sacral 
são convexas anteriormente.
2. João, um senhor de 75 anos, 
relata que tem dificuldades para 
caminhar devido às fortes dores na 
região lombar que irradiam para o 
membro inferior esquerdo. Após 
a realização de uma tomografia, 
observou-se uma degeneração 
em L5. Em relação às lesões e 
deformidades da coluna vertebral, 
escolha a alternativa correta.
a) Cifose.
b) Hiperlordose.
c) Hérnia de disco. 
d) Escoliose com curva em C.
e) Escoliose com curva em S.
3. Ao voltar de viagem, um casal 
bateu o carro violentamente e, 
durante a batida, um deles teve 
uma brusca hiperextensão cervical 
seguida de uma flexão. Essa lesão 
ocorreu em quais vértebras?
a) Entre L1 e S1.
b) Entre T2 e L5.
c) Entre C7 e T1.
d) Entre as vértebras cervicais.
e) Entre L1 e L5.
4. Sabe-se que as vértebras cervicais 
C1 e C2 são atípicas e têm 
características especiais, como 
o atlas ser articulado com o áxis 
por meio do processo odontoide 
e do ligamento transverso. Essa 
articulação executa o movimento 
de ________, realizado no plano 
transverso. Escolha a alternativa que 
se encaixa corretamente no espaço.
a) flexão e extensão do pescoço.
b) flexão e rotação lateral 
direita do pescoço.
c) rotação lateral direita e esquerda.
d) flexão e rotação lateral.
e) extensão e rotação lateral.
5. Quando o indivíduo senta em uma 
cadeira sem apoio, seu tronco tende 
a flexionar para manter o equilíbrio, 
causando grandes pressões nas 
vértebras devido ao deslocamento 
do ponto de gravidade em 
relação à coluna vertebral, o 
que pode resultar em uma lesão 
degenerativa. Escolha a alternativa 
que corresponde ao local da lesão.
a) Pode gerar uma escoliose 
torácica devido ao deslocamento 
do núcleo pulposo fora do 
centro do disco intervertebral.
b) Pode lesionar o disco 
intervertebral situado entre o 
C1 e os côndilos occipitais.
c) Pode lesionar o ligamento 
deltoide, responsável pela 
articulação entre C1 e C2.
d) Pode causar uma hérnia 
de disco, pois o núcleo 
pulposo é deslocado do 
centro para a periferia.
e) Causa uma provável 
fratura em L1 ou L5.
15Cinesiologia da coluna vertebral
FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri: Manole, 2011. 432 p.
HAHN, P. T.; ULGUIM, C. B.; BADARAÓ, A. F. V. Estudo retrospectivo das curvaturas da 
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Maria, v. 37, n. 1, p. 31–42, jan. –jun. 2011. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/
revistasaude/article/view/2901>. Acesso em: 18 fev. 2019.
HANKIN, M. H.; MORSE, D. E.; BENNETT-CLARKE, C. A. Anatomia clínica: uma abordagem 
por estudos de casos. Porto Alegre: AMGH; Artmed, 2016. 432 p.
HOUGLUM, P. A.; BERTOTI, D. B. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 6. ed. Barueri: Manole, 
2014. 740 p.
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2014. 340 p.
MARTINI, F. H. et al. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 870 p.
MOORE, K. L.; AGUR, A. M. R.; DALLEY, A. F. Fundamentos de anatomia clínica. 4. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 720 p.
OATIS, C. A. Cinesiologia: a mecânica e a patomecânica do movimento humano. 2. ed. 
Barueri: Manole, 2014. 960 p.
TANK, P. W.; GEST, T. R. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed, 2010. 448 p.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 
10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. 704 p.
TORTORA, G. J.; NIELSEN, M. T. Princípios de anatomia humana. 12. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013. 1092 p.
VANPUTTE, C.; REGAN, J.; RUSSO, A. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: 
AMGH; Artmed, 2017. 1264 p.
Leituras recomendadas
FONSECA, M. P. M.; CARDOSO, F.; GUIMARÃES, A. Fundamentos biomecânicos da 
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p. 86–107, jan.–jun. 2015. Disponível em: <http://www.musica.ufmg.br/permusi/port/
numeros/31/resumo05.htm>. Acesso em: 18 fev. 2019.
PUDLES, E.; DEFINO, H. L. A. (Orgs.). A coluna vertebral: conceitos básicos. Porto Alegre: 
Artmed; Sociedade Brasileira de Coluna, 2015. 424 p.
STRIANO, P. Coluna saudável: anatomia ilustrada: guia completo para alongamento, 
fortalecimento e estabilização. Barueri: Manole, 2015. 160 p.
Cinesiologia da coluna vertebral16

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