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ESA 2024 Prof.ª Celina Gil AULA 06 Coesão 2 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Sumário Apresentação 4 1 – Análise social 5 2 – Coesão 10 2.3 – Exercícios de coesão 13 2.4 - Gabarito 19 2.5 – Exercícios comentados 19 3 - Propostas 28 Considerações finais 36 3 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Siga minhas redes sociais! Professora Celina Gil @professoracelinagil @professoracelinagil 4 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Apresentação Olá! Vamos mudar um pouco nosso esquema de aulas para abarcar esses pontos tão importantes de coesão e coerência. Agora, você terá alguns exercícios de múltipla escolha para praticar usos de conectivos! Na aula de hoje, veremos: AULA 06 – Coesão - Estudo dos conectivos - Exercícios de identificação de valores de conectivos; e - Prática de redação: produção de 2 textos. Nossas aulas de redação serão sempre compostas de 3 partes: Vamos lá? 1 - Análise social Apontamentos acerca de assuntos ligados ao contemporâneo. Esses apontamentos têm o objetivo de fortalecer seu repertório e auxiliar na elaboração de argumentos. 2 - Estudo de uma parte da dissertação Estudo aprofundado de uma das partes que compõe o texto dissertativo. Vamos passar por introdução, desenvolvimento, conclusão e coesão/coerência. 3- Produção textual Análise de redações/trechos de redações e/ou exemplo de produção textual. Propostas de redação inéditas para serem executadas pelo aluno. 5 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO 1 – Análise social Vamos abrir a aula de hoje com uma breve discussão acerca da relação entre homem e tecnologia na contemporaneidade. Esse assunto tem sido muito abordado em diversas redações, sob diversos ângulos. Além disso, vamos nos dedicar a pensar em algumas questões sobre vigilância e controle, muitas vezes associadas à ideia de tecnologia. Tecnologia Essencialmente, o que norteia a discussão acerca dessa relação é a tentativa de tentar responder à pergunta: a tecnologia traz mais benefícios ou mais malefícios para o homem. Ao longo do tempo, vivemos sob a ideia de que o progresso cientifico e tecnológico sempre levaria à evolução, ou seja, seríamos melhores na medida em que tivéssemos uma sociedade mais tecnológica. De fato, a tecnologia foi capaz de melhorar nossa vida e facilitar nossas ações cotidianas. Desde ações pequenas – como a possibilidade não precisar lavar a roupa à mão, pois há uma máquina – até maiores – como as viagens de avião ou a invenção de máquinas que auxiliam em tratamentos médicos. A tecnologia, porém, não foi capaz de solucionar alguns problemas essenciais aos seres humanos: a igualdade não foi alcançada, não fomos capazes de eliminar a pobreza e ainda passamos por momentos de guerra e conflito intenso. Muitas vezes, inclusive, a tecnologia parece estar no centro de diversos desses problemas. Muita tecnologia, por exemplo, surge de pesquisas voltadas para a guerra, e as grandes corporações parecem muitas vezes incentivar a desigualdade social e lucrar com ela. Cabe sempre pensar como a tecnologia se insere na lógica de mercado, não eliminando as desigualdades, mas aprofundando- as. O questionamento que fica é: Um elemento importante ligado à tecnologia é a ideia de alienação. Vilém Flusser, filósofo, ao escrever sobre fotografia no livro A filosofia da caixa preta, conclui que somos alienados dos processos de produção que envolvem tecnologia, ou seja, nós não sabemos como as coisas acontecem, só que acontecem. Um exemplo disso são nossos conflitos quanto ao uso de nossos dados na internet. Nós não sabemos de que modo nossos dados serão usados na internet, porque não conhecemos os processos tecnológicos. Ao não conhecer os processos, não fazemos uso da total capacidade da tecnologia. Além disso, corremos o risco de tratá-la como algo mágico, ou seja, de tratarmos os processos tecnológicos como tabu religioso e, por isso mesmo, imutáveis e inquestionáveis. Veja algumas situações em que a relação com a tecnologia poderia ser um caminho para sua redação: A tecnologia piorou o homem? Ou o homem é mau e a tecnologia evidencia isso? 6 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Novos modos de relacionamento pessoal A influência da tecnologia no trabalho Inclusão de tecnologia na educação As diferenças geracionais do uso da tecnologia A onipresença da internet Diferença de comportamento na vida real e na digital LIVROS 1984 – George Orwell Em uma sociedade sempre em guerra, completamente vigilada por câmeras e telas, a personagem Winston Smith, um homem que trabalha alterando notícias de jornal, pensa secretamente em modos de burlar a tirania do Estado do Grande Irmão, entidade que observa a todos por telas. Admirável mundo novo – Aldous Huxley O livro conta a história de Bernard Marx, um homem que vive em uma sociedade que se organiza em torno da supervalorização do pensamento científico. Já não há mais estruturas familiares: as pessoas são geradas em laboratórios e adestradas para exercer seu papel na sociedade, que se organiza em castas. Eu, Robô – Isaac Asimov Coletânea de contos que, no entanto, se relacionam entre si. O livro discorre sobre a evolução dos robôs e a transformação de seu papel na sociedade ao longo do tempo. O último conto – e último estágio da evolução dos robôs – mostra a Terra sendo administrada por 4 máquinas que ditam desde os modos de produção até os de consumo. DISTOPIAS Conceitualmente, uma Distopia é a antítese da utopia. Representa uma situação em que se vive sob condições de opressão, desigualdade ou privação de direitos. O primeiro uso da palavra foi em 1868, num discurso no Parlamento Britânico, para referir-se a um lugar infeliz, ruim. O conceito de Utopia foi cunhado por Thomas More a partir da junção do prefixo grego de negação ou e a palavra grega topo, que significa lugar. A união das duas partículas significa “lugar que não existe”. O livro é um longo diálogo dividido em duas partes: uma primeira parte criticando a sociedade em que vive; e uma segunda parte em que Rafael Hitlodeu, navegador português, narra a organização social, política, etc. de uma ilha que conhecera. Lá, todos são felizes, possuem o que precisam, vivem de maneira virtuosa e justa. A palavra é frequentemente utilizada para remeter a realidades perfeitas e intangíveis – pelo menos no presente. Obras distópicas são geralmente ambientadas no futuro, ainda que ligadas a situações contemporâneas. São caracterizadas por Estados autoritários, muitas vezes apresentando a tecnologia como ferramenta de controle, dilemas morais, estupidez coletiva, desigualdade social e banalização da violência. Além disso, apresenta um cenário de desesperança, como se fosse impossível sair daquela situação. 7 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO FILMES Matrix (1999) - Dir.: Lana e Lilly Wachowski No é um hacker que descobre a verdade sobre a realidade ao conhecer um grupo rebelde. Eles mostram a Neo que o mundo e a relação dos homens com as máquinas não é exatamente o que ele pensava. Blade Runner (1982) - Dir.: Ridley Scott No ano de 2019, uma grande corporação cria clones humanos para trabalhar em colônias fora da Terra. Um ex- policial é chamado para caçar um grupo de clones que fugiu e se escondeu em Los Angeles. Ex_Machina: Instinto Artificial (2014) - Dir.: Alex Garland Programador vence concurso para passar uma semana na casa do CEO da companhia que trabalha. Lá, descobre que fará parte de um experimentointeragindo com o primeiro robô de inteligência artificial. Vigilância e controle Em seu livro Vigiar e Punir, Michael Foucault mostra o nascimento da sociedade moderna a partir da maneira como eram tratados os fora da lei. Por volta do século XVII, as punições eram exemplares, mas ocasionais. Eram horríveis, sem dúvida, um espetáculo grotesco, mas eram raras. As sociedades modernas começam a abolir os suplícios e a humanizar os castigos. Contudo, isso ocorre a partir da criação de instituições disciplinares de controle e vigilância social: a escola, o quartel ou o manicômio. Na verdade, o controle se faz através do corpo. Na escola, por exemplo, o jovem é submetido a uma série de regras que devem levá-lo a controlar o corpo em nome da razão: não se pode ir ao banheiro quando quer, deve obedecer a toques de sinais, o sono não é permitido. Essa é uma forma de interiorizar a disciplina. Trata-se de mecanismos de poder “que fazem viver”, pois as práticas visam a garantir o desenvolvimento do indivíduo. Desses mecanismos, o mais bem-sucedido relaciona-se à saúde. O desenvolvimento da biologia e da medicina realmente proporcionou bem-estar ao homem. Contudo, o preço pago é o controle e a vigilância. Gilles Deleuze identifica que a sociedade contemporânea é identificada pelo controle. Isso não se refere a um encarceramento, mas a um controle aberto. Não que a ideia de disciplina tenha deixado de existir, mas foi expandida para outros campos. 8 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO INDO MAIS FUNDO: SNOWDEN Em 2015, o ex-agente da CIA, Edward Snowden, revelou a existência de programas de vigilância do governo norte-americano sobre os celulares e aparelhos pessoais. Esse sistema monitorava conversas telefônicas e demais transmissões de cidadãos dos Estados Unidos e outros países. O vazamento dessa informação, porém, fez com que Snowden fosse processado, acusado de espionagem e roubo de dados secretos do governo. Segundo Foucault, a disciplina é interiorizada a partir das noções de medo, julgamento e destruição. Numa sociedade contemporânea, em que as antigas instituições sólidas já não existem mais, os dispositivos disciplinares podem aparecer em ainda mais espaços. As instituições sociais modernas produzem indivíduos sociais muito mais moveis e flexíveis que antes. O indivíduo contemporâneo é mais flexível, fluido, não pertence a nenhuma identidade e pertence a todas. E está eternamente sob vigilância. O nomadismo e as redes de informação são fundamentais para a ideia de controle. A vigilância é virtual e onipresente, não necessariamente dominante como no esquema do Panóptico. Na sociedade do controle, todo indivíduo é um panóptico em potencial. Panóptico é o termo que designa a prisão ideal, desenvolvida por Jeremy Bentham em 1785. Sua arquitetura consiste num edifício circular. Ao centro, uma torre em que os seguranças podem observar para todas as direções. Em volta, as celas, separadas sem qualquer comunicação. Os presos nunca saberiam quando estavam sendo observados, pois não há visibilidade de dentro da torre. Veja a imagem para um exemplo possível de Panóptico. Toda a sociedade controla os passos do indivíduo. Há vigilância constante de câmeras em todos os lugares, inclusive a ameaça de que dentro de sua própria casa, seu computador pode estar vigiando você. Não é preciso que haja ninguém nos observando para sermos disciplinados: é a possibilidade de estar sendo observados que norteia nossos comportamentos. Estamos sob o efeito de controle disciplinar independente de termos ou não uma autoridade por perto. 9 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Um dos fenômenos mais exemplares para compreender a sociedade do controle são os reality shows. Os programas colocam os participantes em situações limite e o público observa o modo como eles reagem a essas situações e julga seu comportamento. Na sociedade de controle, o aspecto disciplinar não desaparece, apenas muda seu modo de atuação. Isso aparece, por exemplo, na ideia de abolição do confinamento, tanto psiquiátrico quanto criminal. FILMES Dead set (2008) Durante uma temporada do Big Brother, tem início o apocalipse zumbi. As pessoas que estão reclusas na casa, porém, não sabem que estão agora cercadas. V de vingança (2005) Dir.: James Mc Teigue Numa Inglaterra do futuro, em que um regime totalitário está em vigor, um homem mascarado, cujo codinome é V, convoca a resistência contra a tirania do regime. O leitor (2008) Dir. Stephen Daldry Em uma sociedade moralista, que pressiona as pessoas a seguir seu padrão de comportamento, uma mulher solitária e mais velha se envolve com um adolescente, num caso que mudará suas vidas. A onda (2008). Dir.: Dennis Gansel Um professor de ensino médio cria um experimento para ensinar na prática para seus alunos os mecanismos de fascismo, poder e controle, mas isso acaba se tornando real. Clube dos cinco (1985) Dir.: John Hughes Cinco adolescentes muito diferentes entre si, do ensino médio, ficam uma tarde juntos na detenção por conta de delitos que cometeram. Exemplo para a ideia de disciplina de Foucault. O círculo (2017) Dir.: James Ponsoldt The Circle, uma das empresas mais poderosas de internet do mundo, responsável por conectar os e-mails das pessoas a todas as suas atividades. Mae Holland é contratada para um experimento de mostrar sua vida 24h. 10 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO 2 – Coesão A coesão lida com as articulações no nível da morfossintaxe, ou seja, entre as palavras, frases, orações e períodos. Ela pode ser gramatical ou lexical. Coesão Gramatical • Referência e reiteração Consiste em substituir os termos que já apareceram no texto por outros que possam lhe fazer referência. São empregados, principalmente pronomes, numerais, advérbios e artigos: São mecanismos chamados de anáfora e catáfora, respectivamente: Anáfora: recupera termo anterior Ex.: A menina saiu. Ela foi à praia. Catáfora: recupera termo posterior Ex. Só espero isto: uma folga. • Elipse A elipse é uma figura linguagem que dá nome ao fenômeno de omitir um termo da oração, tendo em vista o contexto ou situação. Só se podem omitir termos que não serão prejudiciais ao entendimento, ou seja, a oração precisa fazer sentido mesmo sem eles. Supressão das formas nominais (substantivos, adjetivos, numerais, etc.) A menina caiu do cavalo, mas (a menina) dançou a noite toda. Supressão do verbo (ainda que de flexões diferentes) O menino era inteligente, mas não (era) esperto. O menino era esperto, mas as meninas (eram) inteligentes. • Conjunção A coesão por conjunção nada mais é que o uso correto dos conectivos. É muito importante para sua redação, mas é também muito comum em exercícios de interpretação em gramática. O valor dos conectivos é o assunto mais importante para coesão e coerência. Dedique-se a conhecer esses usos e aplicar em suas redações. Veja um quadro com as principais conjunções e seus valores para usar em sua redação: Conjunções coordenativas 11 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Aditivas Relacionam pensamentos similares. e; nem; também; bem como; não só...mas também. Adversativas Relacionam pensamentos opostos. mas; porém; contudo; todavia; entretanto; no entanto; não obstante. Alternativas Relacionam pensamentos excludentes. ou; ou...ou; já…já; ora...ora; quer...quer; seja...seja. Conclusivas Relacionam pensamentos em que o segundo conclui o primeiro. logo; pois; portanto; assim; por isso; por consequência; por conseguinte. Explicativas Relacionam pensamentos em que a segunda frase explica a primeira. que; porque; porquanto; pois; isto é. Conjunções subordinativas Causais Exprimem causa. porque;que; porquanto; visto que; uma vez que já que; pois que; como. Concessivas Exprimem contraste. embora; conquanto; ainda que; mesmo que; se bem que; posto que. Proporcionais Exprimem proporção. à medida que; à proporção que; Conformativas Exprimem conformidade. como; conforme; 12 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO ao passo que. consoante; segundo. Comparativas Exprimem comparação. como (relacionado a tal, tão, tanto); como se; do que (relacionado a mais, menos, maior, menor, melhor, pior); que. Consecutivas Exprimem consequência. que; tanto que; tão que; tal que; tamanho que; de forma que; de modo que; de sorte que; de tal forma que. Finais Exprimem finalidade. a fim de que; para que; porque; que. Integrantes Antecipam uma oração com valor de substantivo que; se; como. Condicionais Exprimem condição. se; caso; desde; salvo se; desde que; exceto se; contando que. Temporais Exprimem tempo. antes que; apenas; assim que; até que; depois que; logo que; quando; tanto que. Coesão Lexical • Reiteração e Nominalização Na reiteração ocorre a repetição de palavras ou expressões linguísticas. Ex.: Ele comia, comia, comia até não poder mais. Já a nominalização é a repetição de termos da mesma família, ou seja, que possuem o mesmo radical. Ex.: Ela estava muito feliz e essa felicidade a preenchia. 13 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO • Substituição Nos processos de substituição, são utilizados termos ou expressões que pertençam ao mesmo campo semântico. Assim, o texto não fica repetitivo ou difícil de assimilar. Recurso de substituição Exemplo Sinonímia: expressões linguísticas de significados semelhantes. São Paulo inspirou muitas músicas. A terra da garoa já ganhou músicas de Tom Zé, Caetano Veloso e Rita Lee. Antonímia: expressões linguísticas de significados opostos. Economizar dinheiro é difícil entre os jovens. Pessoas com menos de vinte anos tendem a gastar muito. Hiperonímia: expressões linguísticas que representam conjunto ou termo geral. Artistas tendem a ver o mundo de maneira diferente. Os pintores enxergam de modo único as cores que os circundam. Hiponímia: substituir por expressão linguística que representa individual ou termo detalhado. As abelhas são muito importantes para o equilíbrio ambiental. O desaparecimento desses insetos está causando muitas mazelas na natureza. 2.3 – Exercícios de coesão 1. (ITA SP – 2014 adaptada) Assinale a opção cujo elemento coesivo em negrito substitui os dois pontos sem alterar o sentido do período. São trechos de um texto sobre a criação do personagem, Carlito, de Charles Chaplin. a) O andar do personagem não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas e erradas. – já que b) O público riu: estava fixado o andar habitual do personagem Carlito. – visto que c) O público não achou graça: estava desapontado. – de forma que d) Cada espectador pode encontrar nele o que procura: o riso, a crítica, o lirismo ou ainda o contrário de tudo isso. – posto que e) A interpretação cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: o americano bem verdadeiramente americano, o que veda a entrada do seu território a doentes e estropiados, não poderia pensar outra coisa. – tanto que 14 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO 2. (ITA SP - 2011) Os trechos a seguir, que estão fora de ordem, fazem parte de um texto coeso e coerente. I. Estudos feitos com várias profissões que trabalham em turnos mostram que ficar acordado por mais de 19 horas ou ter uma jornada de trabalho superior a 12 horas provoca sintomas semelhantes ao de um porre. II. Se essas duas condições se sobrepõem numa madrugada, as consequências negativas se potencializam ao extremo. III. As reações ficam mais lentas e o julgamento da realidade é comprometido. IV. Um piloto dormir no manche do avião é uma cena muito mais rara do que um motorista de ônibus ou caminhão cochilar no volante. Mas pode acontecer. V. No caso da aviação, há ainda o agravante de que os pilotos trabalham a 10 mil metros do solo, no comando de aeronaves complexas e delicadas, às vezes com mais de uma centena de passageiros a bordo. (Em: Pesquisa Fapesp, agosto/2009. Adaptado) Assinale a opção que apresenta a melhor sequência. a) I – II – IV – III – V. b) IV – I – II – V – III. c) IV – I – III – II – V. d) I – V – IV – III – II. e) IV – I – II – III – V. 3. (IME – 2014 adaptada) Arte estimula o aprendizado de matemática 1 Resolver operações matemáticas foi difícil para muitos dos gênios da ciência, e 2 continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em 3 vincular matemática com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. 4 O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São 5 Paulo (USP) é um deles. "Há mais matemática nos livros de Machado de Assis, nos 6 poemas de Cecília Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didáticos de 7 matemática". Para ele, a matemática captura a lógica do raciocínio, assim como 8 acontece com o imaginário na literatura, com a harmonia na música, na escultura, na 9 pintura, nas artes em geral. 10 Para o pesquisador Antônio Conde, do Instituto de Matemática e Computação da 11 USP/São Carlos, a convivência entre arte e matemática aumentaria a capacidade de 12 absorção dos estudantes. "O lado estético da matemática é muito forte, a 13 demonstração de um teorema é uma obra de arte", conclui. 15 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO 14 O holandês Maurits Cornelis Escher é, provavelmente, um dos maiores 15 representantes dessa ligação, produzindo obras de arte geometricamente 16 estruturadas. Ele provou, na prática, que é possível olhar as formas espaciais do 17 ponto de vista matemático, ou sob o seu aspecto estético, utilizando-as para se 18 expressar plasticamente. 19 "Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas 20 observações, entro em contato com o mundo da matemática", dizia Escher, que 21 morreu em 1972. CIÊNCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemática. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017&script=sci_arttext>. Acesso em 05/05/2013. Dentre os trechos do texto nas alternativas a seguir, um revela uso inadequado do recurso coesivo. Aponte-o. a) O professor Luiz Barco, (...) é um deles. (Refs. 4 e 5) b) Para ele, a matemática captura a lógica do raciocínio, (...) (Ref. 7) c) Ele provou, na prática, que é possível (...) (Ref. 16) d) (...) ou sob o seu aspecto estético, (...) (Ref. 17) e) (...) utilizando-as para se expressar plasticamente. (Ref. 17) 4. (IME - 2010) O processo de coesão pode ser realizado através de vocábulos anafóricos – aqueles que se referem a um outro anteriormente expresso. A oração do texto, que NÃO apresenta vocábulo anafórico é: a) (…) chegou a São Vicente, a primeira vila fundada no Brasil. Lá, teve o primeiro contato com os índios. b) Para os índios, foi médico, sacerdote e educador: cuidava do corpo, da alma e da mente. c) Anchieta escreveu o "Poema em Louvor à Virgem Maria", com 5.732 versos, alguns dos quais traçados nas areias das praias. d) Em 1565, entrou com Estácio de Sá na baía de Guanabara, onde estabeleceram os fundamentos do que viria a ser a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. e) José de Anchieta nasceu em família rica, numa das sete ilhas Canárias, de onde avistava os navios que se abasteciam no porto de Tenerife para seguir rumo ao Oriente ou ao Novo Mundo. 5. (FUVEST – 2018) 1 Uma obra de arte é um desafio; não a explicamos, 2 ajustamo-nosa ela. Ao interpretá-la, fazemos uso dos nossos 3 próprios objetivos e esforços, dotamo-la de um significado que 4 tem sua origem nos nossos próprios modos de viver e de pensar. 5 Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, 6 torna-se, deste modo, arte moderna. 7 As obras de arte, porém, são como altitudes inacessíveis. 8 Não nos dirigimos a elas diretamente, mas contornamo-las. 9 Cada geração as vê sob um ângulo diferente e sob uma nova 10 visão; nem se deve supor que um ponto de vista mais recente é 11 mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge 16 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO na sua 12 altura própria, que não pode ser antecipada nem prolongada; 13 e, todavia, o seu significado não está perdido porque o 14 significado que uma obra assume para uma geração posterior 15 é o resultado de uma série completa de interpretações anteriores. Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado. No trecho “Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna” (Refs. 5-6), as expressões sublinhadas podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido do texto, respectivamente, por a) realmente; portanto. b) invariavelmente; ainda. c) com efeito; todavia. d) com segurança; também. e) possivelmente; até. 6. (FUVEST - 2015) 1 Tornando da malograda espera do tigre, alcançou o 2 capanga um casal de velhinhos, que seguiam diante dele o 3 mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios 4 particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu 5 Jão Fera que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo 6 quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer 7 um moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça. 8 – Mas chegará, homem? perguntou a velha. 9 – Há de se espichar bem, mulher! 10 Uma voz os interrompeu: 11 – Por este preço dou eu conta da roça! 12 – Ah! É nhô Jão! 13 Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham 14 por homem de palavra, e de fazer o que prometia. 15 Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que 16 estava destinado para o roçado. 17 Acompanhou-os Jão Fera; porém, mal seus olhos 18 descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele 19 esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa, 20 que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se 21 deixando-os embasbacados. José de Alencar, Til. * moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito). Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos linguísticos presentes no texto: I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos” (L. 1-2), o contexto permite identificar qual é o sujeito, mesmo este estando posposto. 17 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO II. O verbo sublinhado no trecho “que seguiam diante dele o mesmo caminho” (L. 2-3) poderia estar no singular sem prejuízo para a correção gramatical. III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis” (L. 5), pode-se apontar um uso informal do pronome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto eles por aí?”. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. 7. (UNESP – 2018) “Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.” (2o parágrafo) Os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, a a) “alavanca”, “um”, “viúva e órfãos”. b) “pedra”, “um”, “meninos”. c) “pedra”, “alavanca”, “viúva e órfãos”. d) “alavanca”, “pedra”, “viúva e órfãos”. e) “alavanca”, “pedra”, “meninos”. 8. (UNESP – 2017 adaptada) Em “Conta ela que seu Afredo, mal viu minha tia sair, chegou-se a ela com ar disfarçado.”, a conjunção destacada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por: a) assim como. b) logo que. c) enquanto. d) porque. e) ainda que. 9. (UNESP - 2016 adaptado) Leia o trecho do texto Brinquedos incendiados, e Cecília Meirelles. Assim, o bando que passava, de casa para a escola e da escola para casa, parava longo tempo a contemplar aqueles brinquedos e lia aqueles nítidos preços, com seus cifrões e zeros, sem muita noção do valor – porque nós, crianças, de bolsos vazios, como namorados antigos, éramos só renúncia e amor. Bastava-nos levar na memória aquelas imagens e deixar cravadas nelas, como setas, os nossos olhos. 18 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Abaixo, você encontra o texto reescrito, mas mantendo o mesmo sentido do texto original: ___________, o bando de crianças passava em frente ao bazar e parava ____________ pudesse contemplar aqueles brinquedos, _____________ lia os preços sem muita noção de valor, _____________ o importante era levar na memória aquelas imagens fantásticas. Para que haja coesão entre as ideias, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por: a) Portanto ... se bem que ... assim que ... pois b) Entretanto ... para que ... depois que ... à medida que c) Desse modo ... para que ... enquanto ... pois d) Apesar disso ... ainda que ... depois que ... à medida que e) Todavia ... ainda que ... enquanto ... de sorte que 10. (INSPER – 2017) Os memes – termo usado para se referir a um conceito ou imagem que se espalha rapidamente no mundo virtual – costumam surgir de um fato inusitado ou de uma situação engraçada que se espalha pela internet e começa a ganhar variadas versões. Em época de eleições, os candidatos viram alvos perfeitos dessas paródias. Especialistas ouvidos pelo Estado dizem, no entanto, que o surgimento desses “memes políticos” não significa que as pessoas estejam mais interessadas em discutir política. “Isso aconteceria se elas estivessem debatendo propostas dos candidatos. O meme surge só para divertir”, diz o consultor em marketing político Carlos Manhanelli. Rafael Sbarai, pesquisador de mídias digitais, concorda. Para ele, o fenômeno se explica pela tecnologia, não pela política. “Temos hoje mais pessoas conectadas, mais pessoas passando mais tempo nas redes sociais, especialmente no Facebook.” O especialista em marketing político digital Gabriel Rossi recomenda: quando algum candidato for alvo de um meme, desde que ele não seja ofensivo, as campanhas têm de encarar o fato com bom humor. (http://politica.estadao.com.br) No segundo parágrafo, emprega-se a expressão “no entanto”, em relação às informações do parágrafo anterior, com a finalidade de indicar uma a) comparação de ideias, com as quais se pode inferir que a análise de temas políticos já faz parte do cotidiano da maioria dos internautas. b) conclusão de ideias, com as quais se pode concluir que as pessoas têm se mostrado mais preocupadas atualmente em debater política. 19 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO c) consequência de ideias, com as quais se pode comprovar a tendência do brasileiro em analisar a situação política do país com humor. d) contrajunção de ideias, com as quais se pode concluir que a discussão política perde espaço para o humor e para o entretenimento no mundo virtual. e) explicação de ideias, com as quais se pode entender que, no campo da política nacional, o humor tem espaço bastante restrito. 2.4 – Gabarito 1. A 2. E 3. A 4. B 5. A 6. D 7. A 8. B 9. C 10. D 2.5 – Exercícios comentados 1. (ITA SP – 2014 adaptada) Assinale a opção cujo elemento coesivo em negrito substitui os dois pontos sem alterar o sentido do período. São trechos de um texto sobre a criação do personagem, Carlito, de Charles Chaplin. a) O andar do personagem não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin:foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas e erradas. – já que b) O público riu: estava fixado o andar habitual do personagem Carlito. – visto que c) O público não achou graça: estava desapontado. – de forma que d) Cada espectador pode encontrar nele o que procura: o riso, a crítica, o lirismo ou ainda o contrário de tudo isso. – posto que e) A interpretação cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: o americano bem verdadeiramente americano, o que veda a entrada do seu território a doentes e estropiados, não poderia pensar outra coisa. – tanto que Comentários: A alternativa A está correta, pois “já que” tem valor de explicação: o andar não saiu completo, pois foi partiu de uma sucessão de tentativas. Alternativa B está incorreta, pois “visto que” tem valor causal e, neste caso, a relação é de consequência: porque o público riu, fixou-se o andar de Carlito. 20 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Alternativa C está incorreta, pois “de forma que” tem valor de consequência e, neste caso, a relação é de conclusão: o público não achou graça, logo, ficou desapontado. Alternativa D está incorreta, pois “posto que” tem valor de causa e, neste caso, a relação é de explicação, enumerando tudo o que se pode encontrar na personagem. Alternativa E está incorreta, pois “tanto que” tem valor explicação e, neste caso, a relação é de causa: a interpretação cabe bem, pois é realmente isso que pensa o americano. Gabarito: A 2. (ITA SP - 2011) Os trechos a seguir, que estão fora de ordem, fazem parte de um texto coeso e coerente. I. Estudos feitos com várias profissões que trabalham em turnos mostram que ficar acordado por mais de 19 horas ou ter uma jornada de trabalho superior a 12 horas provoca sintomas semelhantes ao de um porre. II. Se essas duas condições se sobrepõem numa madrugada, as consequências negativas se potencializam ao extremo. III. As reações ficam mais lentas e o julgamento da realidade é comprometido. IV. Um piloto dormir no manche do avião é uma cena muito mais rara do que um motorista de ônibus ou caminhão cochilar no volante. Mas pode acontecer. V. No caso da aviação, há ainda o agravante de que os pilotos trabalham a 10 mil metros do solo, no comando de aeronaves complexas e delicadas, às vezes com mais de uma centena de passageiros a bordo. (Em: Pesquisa Fapesp, agosto/2009. Adaptado) Assinale a opção que apresenta a melhor sequência. a) I – II – IV – III – V. b) IV – I – II – V – III. c) IV – I – III – II – V. d) I – V – IV – III – II. e) IV – I – II – III – V. Comentários: Para compreender esta questão é preciso observar o conteúdo de cada item. Só assim pode-se auferir se o texto faz sentido. Sobre o que tratam todos os itens? Sobre as longas jornadas de trabalho dos pilotos de avião. A primeira informação, portanto, deve ser relacionada a situar o contexto. Tanto a I. quanto a IV. dão informações contextuais. Logo, deve-se observar a relação entre os itens. Em I. se apresentam duas alternativas prejudiciais à saúde: ficar acordado muito tempo e ter uma jornada de trabalho longas. Na alternativa II., a oração se inicia por “Se essas duas condições se sobrepõem numa madruga”, logo, ela deve vir automaticamente depois da alternativa I. 21 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO O item II. ainda fala sobre as consequências negativas, mas não as enumera. O item III. é o único que contém a listagem de possíveis consequências para as práticas, logo, III. deve vir automaticamente depois de II. O item V. se inicia com “no caso da aviação”, o que demonstra que deve ser precedido por uma afirmação mais geral sobre os malefícios. Por isso, deve vir automaticamente depois de III. Assim, como o item IV. não consegue estabelecer relação com a oração V., ele deve ser a primeira oração, antecipando toda a sequência que ficaria: IV – I – II – III – V. Gabarito: E Arte estimula o aprendizado de matemática 1 Resolver operações matemáticas foi difícil para muitos dos gênios da ciência, e 2 continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em 3 vincular matemática com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. 4 O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São 5 Paulo (USP) é um deles. "Há mais matemática nos livros de Machado de Assis, nos 6 poemas de Cecília Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didáticos de 7 matemática". Para ele, a matemática captura a lógica do raciocínio, assim como 8 acontece com o imaginário na literatura, com a harmonia na música, na escultura, na 9 pintura, nas artes em geral. 10 Para o pesquisador Antônio Conde, do Instituto de Matemática e Computação da 11 USP/São Carlos, a convivência entre arte e matemática aumentaria a capacidade de 12 absorção dos estudantes. "O lado estético da matemática é muito forte, a 13 demonstração de um teorema é uma obra de arte", conclui. 14 O holandês Maurits Cornelis Escher é, provavelmente, um dos maiores 15 representantes dessa ligação, produzindo obras de arte geometricamente 16 estruturadas. Ele provou, na prática, que é possível olhar as formas espaciais do 17 ponto de vista matemático, ou sob o seu aspecto estético, utilizando-as para se 18 expressar plasticamente. 19 "Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas 20 observações, entro em contato com o mundo da matemática", dizia Escher, que 21 morreu em 1972. CIÊNCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemática. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017&script=sci_arttext>. Acesso em 05/05/2013. 3. (IME – 2014 adaptada) Dentre os trechos do texto nas alternativas a seguir, um revela uso inadequado do recurso coesivo. Aponte-o. a) O professor Luiz Barco, (...) é um deles. (Refs. 4 e 5) b) Para ele, a matemática captura a lógica do raciocínio, (...) (Ref. 7) c) Ele provou, na prática, que é possível (...) (Ref. 16) d) (...) ou sob o seu aspecto estético, (...) (Ref. 17) e) (...) utilizando-as para se expressar plasticamente. (Ref. 17) 22 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Comentários: A alternativa A é a que apresenta uso inadequado, pois o a expressão “é um deles” deveria retomar a expressão “muita gente” e, portanto, deveria estar no feminino (“é uma delas”). Em B há uso correto, pois “ele” retoma “Professor Luiz Barco”. Em C há uso correto, pois “ele” retoma “Maurits Cornelis Escher”, artista plástico. Em D há uso correto, pois “seu” é pronome possessivo e concorda com o complemento, nesse caso, “aspecto estético”. Em E há uso correto, pois “as” retoma “formas espaciais”. Gabarito: A 4. (IME - 2010) O processo de coesão pode ser realizado através de vocábulos anafóricos – aqueles que se referem a um outro anteriormente expresso. A oração do texto, que NÃO apresenta vocábulo anafórico é: a) (…) chegou a São Vicente, a primeira vila fundada no Brasil. Lá, teve o primeiro contato com os índios. b) Para os índios, foi médico, sacerdote e educador: cuidava do corpo, da alma e da mente. c) Anchieta escreveu o "Poema em Louvor à Virgem Maria", com 5.732 versos, alguns dos quais traçados nas areias das praias. d) Em 1565, entrou com Estácio de Sá na baía de Guanabara, onde estabeleceram os fundamentos do que viria a ser a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. e) José de Anchieta nasceu em família rica, numa das sete ilhas Canárias, de onde avistava os navios que se abasteciam no porto de Tenerife para seguir rumo ao Oriente ou ao Novo Mundo. Comentário: Na alternativa B não há a presença de vocábulos que fazem substituição de termos que apareceram anteriormente: há a reescrita das profissões com outros termos sinônimos. A alternativa A apresenta o advérbio de lugar“lá” que retoma “São Vicente”. A alternativa C apresenta o pronome indefinido “alguns” que retoma “versos”. A alternativa D apresenta o advérbio de lugar “onde” que retoma “baía de Guanabara”. Alternativa E apresenta o advérbio de lugar “onde” que retoma “uma das sete ilhas Canárias”. Gabarito: B 5. (FUVEST – 2018) 1 Uma obra de arte é um desafio; não a explicamos, 2 ajustamo-nos a ela. Ao interpretá-la, fazemos uso dos nossos 3 próprios objetivos e esforços, dotamo-la de um significado que 4 tem sua origem nos nossos próprios modos de viver e de pensar. 5 Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, 6 torna-se, deste modo, arte moderna. 7 As obras de arte, porém, são como altitudes inacessíveis. 8 Não nos dirigimos a elas diretamente, mas contornamo-las. 9 Cada geração as vê sob um ângulo diferente e sob uma nova 10 visão; nem se deve supor que um ponto de vista mais recente é 11 mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge 23 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO na sua 12 altura própria, que não pode ser antecipada nem prolongada; 13 e, todavia, o seu significado não está perdido porque o 14 significado que uma obra assume para uma geração posterior 15 é o resultado de uma série completa de interpretações anteriores. Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado. No trecho “Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna” (Refs. 5-6), as expressões sublinhadas podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido do texto, respectivamente, por a) realmente; portanto. b) invariavelmente; ainda. c) com efeito; todavia. d) com segurança; também. e) possivelmente; até. Comentários: A alternativa A é correta, pois “de fato” funciona como locução adverbial de afirmação, ou seja, confirma e dá mais força ao verbo “afete”, podendo ser substituído por “realmente”; e “deste modo” funciona como conjunção consecutiva, ou seja, denota consequência: se a obra de arte nos afeta, logo, ela se torna arte moderna. A alternativa B está incorreta, pois “ainda” não denota consequência, mas sim adição. A alternativa C está incorreta, pois “todavia” não denota consequência, mas sim oposição. A alternativa D está incorreta pelo mesmo motivo da B: denota adição. A alternativa E está incorreta, pois “possivelmente” denota dúvida. Gabarito: A 6. (FUVEST - 2015) 1 Tornando da malograda espera do tigre, alcançou o 2 capanga um casal de velhinhos, que seguiam diante dele o 3 mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios 4 particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu 5 Jão Fera que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo 6 quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer 7 um moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça. 8 – Mas chegará, homem? perguntou a velha. 9 – Há de se espichar bem, mulher! 10 Uma voz os interrompeu: 11 – Por este preço dou eu conta da roça! 12 – Ah! É nhô Jão! 13 Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham 14 por homem de palavra, e de fazer o que prometia. 15 Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que 16 estava destinado para o roçado. 24 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO 17 Acompanhou-os Jão Fera; porém, mal seus olhos 18 descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele 19 esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa, 20 que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se 21 deixando-os embasbacados. José de Alencar, Til. * moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito). Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos linguísticos presentes no texto: I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos” (L. 1-2), o contexto permite identificar qual é o sujeito, mesmo este estando posposto. II. O verbo sublinhado no trecho “que seguiam diante dele o mesmo caminho” (L. 2-3) poderia estar no singular sem prejuízo para a correção gramatical. III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis” (L. 5), pode-se apontar um uso informal do pronome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto eles por aí?”. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. Comentários: O Item I. está correto, pois “alcançou” dá sentido à oração seguinte: “, que seguiam diante dele o 3 mesmo caminho”. Foi alcançado quem “seguiam diante dele”, portanto, essa pessoa verbal é necessariamente plural: “casal de velhinhos”. Logo, o sujeito será o outro termo da oração “capanga”. O Item II. está correto, pois apesar de se referir a duas pessoas, “casal” é substantivo de coletividade e, como tal, é tratado no singular. O uso de plural aqui – que justifica o Item I. – é útil para não causar ambiguidades, como a questionada no Item I. O Item III. está incorreto, pois o “eles” do texto assume função de sujeito (quem destinou os cinquenta mil-réis) e na frase do item, como objeto (quem foi visto por aí). Gabarito: D 7. (UNESP – 2018) “Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.” (2o parágrafo) Os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, a b) “alavanca”, “um”, “viúva e órfãos”. b) “pedra”, “um”, “meninos”. c) “pedra”, “alavanca”, “viúva e órfãos”. 25 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO d) “alavanca”, “pedra”, “viúva e órfãos”. e) “alavanca”, “pedra”, “meninos”. Comentários: O pronome “se” é reflexivo, pois se refere ao próprio sujeito da ação: quem soltou da pedra? A alavanca. O pronome “lhe” se refere à pessoa em cujo peito a alavanca bateu. Essa informação está no período anterior: “Na pedreira perdi um”: este “um” é a pessoa que morreu após ser atingida pela alavanca. O segundo “se”, também reflexivo, refere-se a quem sumiu. Aqui, fica claro que eram “a viúva e órfãos miúdos” pelo período que procede, pois explica lista o que ocorreu com cada uma das pessoas da família. Gabarito: A 8. (UNESP – 2017 adaptada) Em “Conta ela que seu Afredo, mal viu minha tia sair, chegou-se a ela com ar disfarçado.”, a conjunção destacada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por: a) assim como. b) logo que. c) enquanto. d) porque. e) ainda que. Comentários: O conectivo “mal” pode ser substituído por “nem bem”, “assim que” ou “logo que”, pois tem valor temporal sucessão (a viu sair e depois chegou-se). Por isso, a alternativa correta é a B. A alternativa A está incorreta, pois tem valor comparativo. A alternativa C está incorreta, pois tem valor temporal concomitante, ou seja, liga dois elementos que ocorrem ao mesmo tempo. A alternativa D está incorreta, pois tem valor explicativo, de causa. A alternativa E está incorreta, pois tem valor concessivo, ou seja, indica uma condição para que algo ocorra. Gabarito: B 9. (UNESP - 2016 adaptado) Leia o trecho do texto Brinquedos incendiados, e Cecília Meirelles. Assim, o bando que passava, de casa para a escola e da escola para casa, parava longo tempo a contemplar aqueles brinquedos e lia aqueles nítidos preços, com seus cifrões e zeros, sem muita noção do valor – porque nós, crianças, de bolsos vazios, como namorados antigos, éramos só renúncia e amor. Bastava-nos levar na memória aquelas imagens e deixar cravadas nelas, como setas, os nossos olhos. Abaixo, você encontra o texto reescrito, mas mantendo o mesmo sentido do texto original: 26 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO ___________, o bando de crianças passava em frente ao bazar e parava ____________ pudesse contemplar aqueles brinquedos, _____________ lia os preçossem muita noção de valor, _____________ o importante era levar na memória aquelas imagens fantásticas. Para que haja coesão entre as ideias, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por: a) Portanto ... se bem que ... assim que ... pois b) Entretanto ... para que ... depois que ... à medida que c) Desse modo ... para que ... enquanto ... pois d) Apesar disso ... ainda que ... depois que ... à medida que e) Todavia ... ainda que ... enquanto ... de sorte que Comentários: A alternativa correta é a C, pois a primeira lacuna deve ser substituída por um conectivo que denote conclusão, semelhante a “assim”; a segunda lacuna, por um conectivo que denote finalidade, semelhante à preposição “a”; a terceira lacuna e a quarta precisam dar noção de concomitância, pois é a descrição de uma ação: os meninos contemplavam os brinquedos, enquanto liam os preços sem perceber e criavam memórias. A alternativa A está incorreta, pois há erro na segunda lacuna, já que “se bem que” dá noção de concessão e na segunda lacuna “pois” dá noção de explicação. A alternativa B está incorreta, pois “entretanto” dá noção de oposição, não conclusão. A alternativa D está incorreta, pois “apesar disso” dá noção de concessão. A alternativa E está incorreta, pois “todavia” dá noção de oposição. Gabarito: C 10. (INSPER – 2017) Os memes – termo usado para se referir a um conceito ou imagem que se espalha rapidamente no mundo virtual – costumam surgir de um fato inusitado ou de uma situação engraçada que se espalha pela internet e começa a ganhar variadas versões. Em época de eleições, os candidatos viram alvos perfeitos dessas paródias. Especialistas ouvidos pelo Estado dizem, no entanto, que o surgimento desses “memes políticos” não significa que as pessoas estejam mais interessadas em discutir política. “Isso aconteceria se elas estivessem debatendo propostas dos candidatos. O meme surge só para divertir”, diz o consultor em marketing político Carlos Manhanelli. Rafael Sbarai, pesquisador de mídias digitais, concorda. Para ele, o fenômeno se explica pela tecnologia, não pela política. “Temos hoje mais pessoas conectadas, mais pessoas passando mais tempo nas redes sociais, especialmente no Facebook.” O especialista em marketing político digital Gabriel Rossi recomenda: quando algum candidato for alvo de um meme, desde que ele não seja ofensivo, as campanhas têm de encarar o fato com bom humor. (http://politica.estadao.com.br) 27 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO No segundo parágrafo, emprega-se a expressão “no entanto”, em relação às informações do parágrafo anterior, com a finalidade de indicar uma a) comparação de ideias, com as quais se pode inferir que a análise de temas políticos já faz parte do cotidiano da maioria dos internautas. b) conclusão de ideias, com as quais se pode concluir que as pessoas têm se mostrado mais preocupadas atualmente em debater política. c) consequência de ideias, com as quais se pode comprovar a tendência do brasileiro em analisar a situação política do país com humor. d) contrajunção de ideias, com as quais se pode concluir que a discussão política perde espaço para o humor e para o entretenimento no mundo virtual. e) explicação de ideias, com as quais se pode entender que, no campo da política nacional, o humor tem espaço bastante restrito. Comentários: “No entanto” é um conectivo que denota oposição. Portanto a alternativa correta é a D. A alternativa A é incorreta, pois o período afirma que o uso de memes não garante a análise política. A alternativa B é incorreta, pois o texto afirma justamente o contrário: que as pessoas não estão interessadas em discutir política. A alternativa C é incorreta, pois as ideias não estão concatenadas a partir da ideia de consequência: segundo o texto, não é porque consomem memes que as pessoas não se interessam por discutir política. A alternativa E é incorreta, pois o espaço de humor na política nacional não é restrito, uma vez que o texto versa sobre a profusão de memes de política. Gabarito: D 28 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO 3 - Propostas (ESA – 2014) Elabore um texto dissertativo, com no mínimo 20 (vinte) e no máximo 30 (trinta) linhas, sobre o tema do parágrafo abaixo abordando as causas, consequências e possíveis soluções para combater o problema. Dê um título para a sua redação. “Até a segunda metade do século 20, a desnutrição foi o nosso principal problema de saúde pública; hoje, é a obesidade. Cerca de 10% dos brasileiros adultos são obesos, e outros 30% estão acima do peso saudável. Portanto cerca de 50 milhões de pessoas deveriam perder peso para evitar doenças como ataques cardíacos, derrames cerebrais, diabetes, reumatismos e alguns tipos de câncer.” (Drauzio Varela– Folha de São Paulo, 29/05/2004) Estratégia Militares - 2020 A partir da leitura do texto motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 20 a 30 linhas, em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As consequências sociais da persistência do racismo no século XXI.”. TEXTO MOTIVADOR Desde a inserção do negro africano na América portuguesa, as práticas racistas tiveram como justificativas as teorias Teológicas e, posteriormente, "cientificas". Sabe-se que, nos últimos anos, a ciência busca desmistificar essas explicações, demonstrando que não há diferenças biológicas entre os seres humanos. Pode-se concluir que o preconceito contra negros e seus descendentes é oriundo de um contexto histórico de usurpação dos seus direitos e de uma construção paulatina de subjugação a partir da sua cor. O Brasil não vivenciou situações de discriminação latente como as da África do Sul (Apartheid) e, por isso, muitos brasileiros afirmam que o Brasil não é um país racista. Nas palavras de Maria Luiza Tucci Carneiro (2003, p.7): "No Brasil há um racismo camuflado, disfarçado de democracia racial. Tal mentalidade, se pensarmos bem, é tão perigosa quanto aquela que é assumida, declarada". O racismo está intrínseco entre os brasileiros. A incidência do preconceito pode não ser tão evidente para alguns, mas ele não deixa de existir. Dessa forma, "podem ter mudado os sistemas econômicos, as relações de trabalho e as formas de opressão, porem os negros continuam a ser ideologicamente definidos como inferiores" (VALENTE, 1987, p.58). (Disponível em: <http://www2.seduc.mt.gov.br/-/a-permanencia-do-racismo-na-sociedade-brasilei-1> Acesso em 06 jul. 2020) Estrategia Militares - 2021 Leia os textos abaixo. TEXTO I http://www2.seduc.mt.gov.br/-/a-permanencia-do-racismo-na-sociedade-brasilei-1 http://www2.seduc.mt.gov.br/-/a-permanencia-do-racismo-na-sociedade-brasilei-1 29 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Há um vácuo jurídico acerca do tema segurança pública, avalia Renato Sérgio de Lima, diretor- presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. "Nossa Constituição não diz o que é segurança pública, nenhuma lei diz que segurança pública é proteger a população ou investigar criminoso, só diz por quem a segurança vai ser exercida", disse ele à BBC Brasil. "Então segurança é um conceito que ganha significado no dia a dia da prática policial. Se olharmos para a história das instituições policiais hoje, muitas estão reguladas por outro conceito de segurança, que é a manutenção de um modelo de ordem pública, de uma situação em que o Brasil tem um inimigo interno. A lógica é que o tráfico é o inimigo a ser combatido e deixamos de lado uma série de problemas ligados à preservação da vida", explica. Para Lima, um bom conceito de segurança pública seria prevenção, investigação e punição de responsáveis por atos de violência e criminalidade e administração de conflitos para garantir direitos básicos da população para que ela possa exercer outros direitos da cidadania,como sair de casa, ir ao médico e trabalhar. (Adaptado de 5 razões por trás da crise de segurança pública no Brasil. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil38909715> Acessado em 23 mar. 2020) TEXTO II Além da preocupação diretamente relacionada ao crime, há outras evidências importantes de transformações sociais relacionadas com a expansão da segurança privada, como a ampliação dos espaços chamados de semipúblicos e dos condomínios residenciais, que criam demanda por provedores dos serviços particulares de proteção. Da mesma forma, nas décadas recentes verifica-se uma intensa especialização dos recursos e tecnologias de segurança utilizados nos centros industriais e comerciais, reformulando as tendências da segurança empresarial. Como decorrência desses processos sociais e urbanos, a segurança privada vem atender a demandas sociais existentes e cada vez mais comuns no mundo contemporâneo, assumindo em muitas localidades funções complementares com a segurança pública. Ao mesmo tempo em que temos essa grande evolução na criminalidade, o contexto metropolitano passou por grandes transformações nas últimas décadas. Além do crescimento acelerado das periferias urbanas em meio a uma grande precariedade estrutural decorrente do processo de rápida urbanização, que se deu à margem de um desenvolvimento econômico capaz de sustentar esta crescente demanda populacional, desenvolveram-se nos grandes centros novos padrões de comércio, moradia, trabalho e lazer, verificados, como já observado, no surgimento em larga escala dos espaços privados abertos para o público. Além desses espaços, nesse período há uma grande disseminação dos condomínios residenciais e centros comerciais, que requerem grande investimento privado em segurança. (Disponível em: <https://www.anpocs.com/index.php/papers-30-encontro/st-6/st01-5/3527-azanetic-a- disseminacao/file> Acessado em 23 mar. 2020) TEXTO III Um dos direitos básicos dos cidadãos de uma determinada região, a segurança pública é um serviço que visa proteger as pessoas e os seus bens, evitar a ocorrência de delitos e crimes, e possibilitar a vida em harmonia nos espaços públicos. A segurança privada, por sua vez, tem o objetivo de preservar patrimônios privados e as pessoas que neles passeiam, residem ou atuam profissionalmente. 30 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Infelizmente, nas grandes cidades brasileiras, e até mesmo nos municípios interioranos, a criminalidade e a falta de segurança suficiente têm imperado. Por isso, existe grande demanda por profissionais que desejam atuar na área, tanto oferecendo segurança para as pessoas, bens e instituições, quanto criando e gerenciando políticas e projetos que visem melhorar a situação e diminuir a insegurança. (Disponível em: <https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/seguranca-publica-e-privada> Acessado em 23 mar. 2020) TEXTO IV Em 2016, o relator especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para execuções sumárias, arbitrárias e extrajudiciais, Christof Heynz, recomendou um maior controle, por parte dos governos, dos serviços de segurança particular. Ele disse, então, que o “uso desregulado ou inadequado da força por provedores privados de segurança pode comprometer gravemente a proteção do direito à vida”. O alerta surge em um momento em que a ONU reconhece que os serviços de vigilância privativos se tornaram um grande mercado ao redor do mundo. “Os Estados são os principais responsáveis pelo cumprimento dos direitos humanos. O crescente movimento em direção à privatização da segurança levanta questões sobre os papéis, responsabilidades e, finalmente, acerca da prestação de contas em relação às violações dos direitos humanos e a abusos”, pontuou o relator especial. Em muitos países, há mais agentes privados de segurança do que públicos. Segundo a ONU, isso ocorre em locais como a Guatemala (onde existem seis seguranças particulares para cada policial), Índia (cinco para um), África do Sul (dois e meio para um) e Estados Unidos (mais de dois para um). “A ampliação do setor de segurança privada levanta a questão se seus provedores devem atender aos mesmos padrões da segurança pública no que tange ao uso da força, e se o mesmo nível de responsabilização toma lugar em casos de abuso de poder”, sustenta o relatório. (Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/03/06/Quais-s%C3%A3o-as- atribui%C3%A7%C3%B5es-daseguran%C3%A7a-privada-no-Brasil> Acessado em 23 mar. 2020) Com base nos textos de apoio e em seus conhecimentos gerais, construa um texto dissertativo- argumentativo, em terceira pessoa, de 25 (vinte e cinco) a 30 (trinta) linhas, sobreo tema: O papel da segurança pública e da segurança privada: onde começa a responsabilidade de uma e termina a de outra? (Estratégia Militares - 2020) TEXTO I Mobilidade Sustentável A questão da mobilidade urbana surge como um novo desafio às políticas ambientais e urbanas, num cenário de desenvolvimento social e econômico do país, no qual as crescentes taxas de urbanização, as limitações das políticas públicas de transporte coletivo e a retomada do crescimento econômico têm implicado num aumento expressivo da motorização individual (automóveis e motocicletas), bem como da frota de veículos dedicados ao transporte de cargas. 31 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Em outras palavras, o padrão de mobilidade centrado no transporte motorizado individual mostra- se insustentável, tanto no que se refere à proteção ambiental quanto no atendimento das necessidades de deslocamento que caracterizam a vida urbana. A resposta tradicional aos problemas de congestionamento, por meio do aumento da capacidade viária, estimula o uso do carro e gera novos congestionamentos, alimentando um ciclo vicioso responsável pela degradação da qualidade do ar, aquecimento global e comprometimento da qualidade de vida nas cidades (aumento significativo nos níveis de ruídos, perda de tempo, degradação do espaço público, atropelamentos e stress). A necessidade de mudanças profundas nos padrões tradicionais de mobilidade, na perspectiva de cidades mais justas e sustentáveis, levou à recente aprovação da Lei Federal nº 12.587 de 2012, que trata da Política Nacional de Mobilidade Urbana e contém princípios, diretrizes e instrumentos fundamentais para o processo de transição. Dentre estes, vale destacar: • integração (da Política Nacional de Mobilidade Urbana) com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos; • prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; • integração entre os modos e serviços de transporte urbano; • mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade; • incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias renováveis e menos poluentes; • priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do desenvolvimento urbano integrado; • restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados; • aplicação de tributos sobre modos e serviços de transporte urbano pela utilização da infraestrutura urbana, visando a desestimular o uso de determinados modos e serviços de mobilidade, vinculando- se a receita à aplicação exclusiva em infraestrutura urbana destinada ao transporte público coletivo e ao transporte não motorizado e no financiamento do subsídio público da tarifa de transporte público, na forma da lei; • dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e modos de transporte não motorizados; • monitoramento econtrole das emissões dos gases de efeito local e de efeito estufa dos modos de transporte motorizado, facultando a restrição de acesso a determinadas vias em razão da criticidade dos índices de emissões de poluição. (Disponível: <https://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/planejamento-ambiental-e-territorial- urbano/urbanismo-sustentavel/mobilidade-sustent%C3%A1vel.html> Acesso em 26 mai. 2020) TEXTO II Os desafios da mobilidade urbana sustentável Na América Latina, a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa são os meios de transporte. Por isso, não é possível dissociar os problemas de mobilidade das mudanças climáticas, explica Ilan Cuperstein, vice-diretor para América Latina da organização C40. A rede internacional é formada por mais de 90 cidades que se comprometeram a zerar as emissões até 2050. “Para isso, várias mudanças drásticas têm que ser feitas: utilização apenas de veículos limpos; maior uso do transporte não motorizado, através de bicicletas, mais viagens a pé, patinete; todo tipo de transporte novo”, argumenta. 32 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Segundo os especialistas, os novos modais não são a solução para os problemas de mobilidade. Eles são parte da solução. É o caso da bicicleta, mas também de novos sistemas como o BRT (Transporte rápido por ônibus) - uma criação de Curitiba que ganhou o mundo - ou o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), do Rio. O projeto carioca seguiu a tendência mundial de humanizar os grandes centros, tornando-os mais amigáveis para os pedestres. “Evidentemente o automóvel esgotou, e as novas gerações já não têm o mesmo sonho de ter um primeiro automóvel. Eles se viram muito bem com o Uber, taxi, caronas, de outra maneira. Lentamente, a cultura está mudando e é necessário aproveitar essa mudança para traçar um projeto de futuro”, aposta o filósofo Rogério da Costa, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. (Disponível em: <https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-reportagem/2019/05/os-desafios-da-mobilidade-urbana- sustentavel> Acesso em 26 mai. 2020) TEXTO III Atitudes simples, porém indispensáveis Uma campanha do DETRAN/RS, intitulada “Trânsito Seguro: o Motorista Consciente”, expressa a necessidade de todos fazerem sua parte no trânsito, sejam pedestres, ciclistas, motociclistas ou motoristas. Nela, o departamento sinaliza para a importância de adotar práticas mais seguras para que a qualidade de vida das pessoas seja garantida. A campanha elabora, ainda, uma lista com várias atitudes necessárias para a segurança no trânsito. Tais atitudes são simples e não causam quaisquer dúvidas quanto à sua realização. Uma delas, por exemplo, é a orientação para parar no sinal vermelho. Outras, com o mesmo grau de complexidade, são sinalizar antes de realizar qualquer manobra, não usar celular ao dirigir, dar a preferência para ambulâncias e outros veículos de emergência e, ainda, parar a cada 4 horas em casos de viagens longas. Outras recomendações, como ligar o pisca alerta e usar o triângulo em caso de parada causada por problemas no veículo, deixar a distância de 5 metros das esquinas ao estacionar, manter distância segura de outros veículos, usar farol baixo em dias chuvosos ou de neblina, também são feitas. Por fim, mas não menos importante, outras sugestões essenciais são não consumir estimulantes ou energéticos se for dirigir e, a recomendação mais feita em todos os lugares, se for dirigir, não beber. Neste caso, é importante ficar, pelo menos, 8 horas sem assumir o volante. Como se pode perceber, existem várias práticas para colaborar com um trânsito melhor. Muitas delas são atitudes básicas de segurança e apreço ao próximo. Basta ter consciência de que tomar medidas de precaução contribui para a manutenção da paz e da segurança em um espaço utilizado por todos os cidadãos que, como tais, devem exercer a cidadania em todas as atividades do seu dia a dia, em prol de uma vida com mais respeito e tranquilidade. (Disponível em: <https://www.politize.com.br/seguranca-transito-conscientizacao/> Acesso em 26 mai. 2020) TEXTO IV Integração de modais de transporte é o futuro A solução para a nova mobilidade urbana passa pela integração dos transportes. Esqueça aquele conceito de uma única forma de deslocamento. Vou de carro, vou de ônibus ou vou de bicicleta. Ficou no passado. As integrações são o presente e serão o futuro das cidades. E os sistemas de compartilhamento de carros, bicicletas e patinetes – e também de ônibus regular, como já vem surgindo – são os propulsores dessa mudança. Que veio para ficar. Isso é consenso. Além do caminhar, mesclar diferentes tipos de transporte para chegar de um ponto a outro ficou fácil e pode ser bem mais barato. A sociedade começa a perceber isso. As bicicletas públicas compartilhadas têm números animadores – crescimento de viagens superior a 300%, como é o caso do BikePE. Os sistemas dockless (sem estação) – patinetes elétricos e bicicletas – também crescem no País, apesar da polêmica que os envolve. Estudos começam a comprovar a constatação das ruas. Pesquisa do Instituto Ipsos e da 99 33 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO realizada nas cinco regiões do País, em junho, constatou que o brasileiro utiliza, em média, três modais diferentes durante a semana. E que a predominância na integração ainda é da caminhada – 13,9% dos entrevistados afirmaram que antes ou depois de usar um app de transporte privado caminhavam. Mas a utilização integrada com o transporte coletivo é forte – 10,2% – e com o automóvel é relevante – 9%. A avalanche de alternativas de transporte dos últimos anos também está provocando um outro fenômeno: desmistificando o automóvel e os valores sociais que sempre o envolveram. Outra pesquisa, realizada em 2018 pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS), entidade que financia projetos e estudos sustentáveis no País, mostrou que, de fato, o passageiro que hoje utiliza os aplicativos de transporte privado era usuário do transporte público (ônibus, metrô ou trem) – uma média de 50% das pessoas –, mas revela uma fuga do carro – entre 20% e 30% dos passageiros afirmaram que antes de usar um app com frequência tinham o automóvel como principal transporte. (Disponível em: <http://especiais.jconline.ne10.uol.com.br/novarotacao/integracao-de-modais-de-transporte-e-o- futuro.php> Acesso em 26 mai. 2020) TEXTO V Acessível para quem? Como o transporte divide ricos e pobres na cidade brasileira Joana Barros e Michael Batty; Especial para a BBC Brasil. 14 outubro 2016 O objetivo básico do transporte é o de melhorar a conexão entre as pessoas, mas, muitas vezes, ele só faz aumentar a divisão social As cidades brasileiras estão entre as mais divididas do mundo. Sempre foram espacialmente segregadas. Assim, um dos desafios que elas têm é aumentar o acesso a empregos e oportunidades e criar comunidades que supram, de forma efetiva, necessidades de serviços locais. Para tanto, um planejamento de transporte integrado, incluindo diferentes modais, é uma prioridade urgente. Grandes cidades brasileiras como São Paulo não se beneficiaram de investimentos no setor ferroviário, particularmente em sistemas de metrô subterrâneos, equivalentes aos ocorridos em grandes cidades de países desenvolvidos e também do Sudeste Asiático. É importante compreender que altos investimentos são necessários para que essas cidades funcionem efetivamente. Somente dessa forma a segregação que dominou o passado pode ser reduzida, permitindo que cidades brasileiras alcancem o desenvolvimento econômico que cidades no Norte Global já atingiram há muitos anos. (Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-37572962> Acesso em 26 mai. 2020) Com base nos textos de apoio e em seus conhecimentos gerais, construa um texto dissertativo- argumentativo, em terceira pessoa, de 25 (vinte e cinco) a 30 (trinta) linhas, sobre o tema: “Desafios na implantaçãode um modelo de mobilidade urbana sustentável” Estratégia Militares - 2020 TEXTO 1 O melhor controle parental ainda é a proximidade com seus filhos A Internet é livre e aberta a qualquer pessoa para que ela possa postar e criar conteúdos que, às vezes, são inadequados para crianças e adolescentes. Com isso, entende-se a preocupação dos pais sobre 34 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO o que é visto pelos filhos na web. É realmente importante estar atento aos conteúdos acessados por eles e com quem se comunicam na rede. Algumas vezes, os pais avaliam a possibilidade de instalar alguns programas que possam controlar o acesso de a algo impróprio. Porém, estes serviços de monitoramento podem não ser a melhor medida de controle, uma vez que isso pode enfraquecer o laço de confiança que existe com os filhos. Considerando esse aspecto, a orientação para boas escolhas na rede entra como prioridade em relação ao uso de tecnologias que restringem acesso na web, mesmo que esses sistemas também sejam adotados. Construir uma relação de diálogo, onde se possa conversar abertamente sobre diferentes temas, em especial aos que se referem à sexualidade e à privacidade é essencial. O mais recomendado é que a criança ou o adolescente possa ser escutado sobre a exposição que ela/ele faz de si na rede, que tipo de contatos realiza, com quem conversa, que conteúdos acessa e que sentimentos demonstra nessa relação com a vida virtual. É preciso ter habilidade para falar sobre assuntos que envolvem sentimentos de vergonha ou talvez coisas que, para eles, ainda estejam confusas. Construir um vínculo de confiança é a chave para proteger os filhos de alguns perigos, existentes também nos ambientes digitais. (Disponível em: <https://new.safernet.org.br/content/media%C3%A7%C3%A3o-parental> Acesso em 22 abr. 2020) TEXTO 2 Adolescentes sofrem bullying na internet e escondem dos pais Enquanto 21% dos jovens entrevistados contam tudo o que acessam na internet para os pais, cerca de 42% mantêm alguma privacidade e outros 12% não contam nada Muito do que é feito na internet pelos adolescentes brasileiros é escondido dos pais, que imaginam ter o controle das ações dos filhos. Essa foi uma das conclusões de uma pesquisa feita pelo Portal Educacional, divulgada nesta quinta-feira. Enquanto 21% dos jovens entrevistados contam tudo o que acessam na internet para os pais, cerca de 42% mantêm alguma privacidade e outros 12% não contam nada. Enquanto isso, apenas 28% dos pais dizem que não controlam os conteúdos acessados pelos filhos e outros 72% acreditam controlar esse conteúdo de forma total ou parcial. A pesquisa "Este Jovem Brasileiro" é feita anualmente e conta com a participação de jovens estudantes, pais dos alunos e professores. Neste ano, o projeto contou com mais de 4 mil estudantes - 95% deles com idade entre 13 e 16 anos -, mais de 300 pais e cerca de 60 profissionais da educação. O estudo foi feito em 36 escolas particulares de 14 Estados do País. A pesquisa mostrou também que mais de 90% dos jovens começaram a acessar as redes sociais com 12 anos ou menos, e 86% admitem já ter mentido a idade para acessar conteúdo proibido para menores de 18 anos. Quase 95% acessam a internet todos ou quase todos os dias. Além disso, 22% dos jovens já ficaram, 11% já namoraram e 5% já tiveram relações sexuais com pessoas que conheceram na rede. Embora a maioria dos pais seja contra esse tipo de comportamento, apenas 1% sabe que os filhos tiveram relacionamentos que começaram online. 35 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO (Trecho disponível em: <https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/adolescentes-sofrem-bullying-na- internet-e-escondem-dos-pais,0dec131bb29f7410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html> Acesso em 22 abr. 2020) TEXTO 3 Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo "atacados" porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: "Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas". Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-las para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. (Trecho de Gaiolas e asas, de Rubem Alves. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0512200109.htm> Acesso em 22 abr. 2020) Com base nos textos da prova de Língua Portuguesa, bem como no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, sobre o seguinte questionamento: Controle e liberdade na educação e na relação entre pais e filhos 36 Prof.ª Celina Gil AULA 06 – COESÃO Considerações finais Não deixe de produzir as redações e enviá-las para correção. É muito importante que você não acumule redações para a última hora, pois não teremos tempo para corrigir. Na próxima aula, vamos nos aprofundar ainda mais no estudo de coesão e coerência, pensando também alguns aspectos gramaticais. Qualquer dúvida estamos à disposição no fórum ou nas redes sociais. Prof.ª Celina Gil Siga minhas redes sociais! Professora Celina Gil @professoracelinagil @professoracelinagil