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ESA 
2024 
Prof.ª Celina Gil 
AULA 06 
Coesão 
 
 
 
 
2 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
Sumário 
Apresentação 4 
1 – Análise social 5 
2 – Coesão 10 
 2.3 – Exercícios de coesão 13 
 2.4 - Gabarito 19 
 2.5 – Exercícios comentados 19 
3 - Propostas 28 
Considerações finais 36 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
 
Siga minhas redes sociais! 
 
 Professora Celina Gil @professoracelinagil @professoracelinagil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
Apresentação 
Olá! 
 Vamos mudar um pouco nosso esquema de aulas para abarcar esses pontos tão importantes de 
coesão e coerência. Agora, você terá alguns exercícios de múltipla escolha para praticar usos de conectivos! 
Na aula de hoje, veremos: 
 
AULA 06 – Coesão 
 
- Estudo dos conectivos 
- Exercícios de identificação de valores de conectivos; e 
- Prática de redação: produção de 2 textos. 
Nossas aulas de redação serão sempre compostas de 3 partes: 
 
 
Vamos lá? 
 
1 - Análise social
Apontamentos acerca de assuntos ligados ao contemporâneo. 
Esses apontamentos têm o objetivo de fortalecer seu repertório e auxiliar na elaboração de 
argumentos. 
2 - Estudo de uma parte da dissertação
Estudo aprofundado de uma das partes que compõe o texto dissertativo. 
Vamos passar por introdução, desenvolvimento, conclusão e coesão/coerência. 
3- Produção textual
Análise de redações/trechos de redações e/ou exemplo de produção textual. 
Propostas de redação inéditas para serem executadas pelo aluno. 
 
 
 
 
5 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
1 – Análise social 
Vamos abrir a aula de hoje com uma breve discussão acerca da relação entre homem e tecnologia 
na contemporaneidade. Esse assunto tem sido muito abordado em diversas redações, sob diversos 
ângulos. Além disso, vamos nos dedicar a pensar em algumas questões sobre vigilância e controle, muitas 
vezes associadas à ideia de tecnologia. 
Tecnologia 
Essencialmente, o que norteia a discussão acerca dessa relação é a tentativa de tentar responder à 
pergunta: a tecnologia traz mais benefícios ou mais malefícios para o homem. 
Ao longo do tempo, vivemos sob a ideia de que o progresso cientifico e tecnológico sempre levaria 
à evolução, ou seja, seríamos melhores na medida em que tivéssemos uma sociedade mais tecnológica. De 
fato, a tecnologia foi capaz de melhorar nossa vida e facilitar nossas ações cotidianas. Desde ações 
pequenas – como a possibilidade não precisar lavar a roupa à mão, pois há uma máquina – até maiores – 
como as viagens de avião ou a invenção de máquinas que auxiliam em tratamentos médicos. 
 A tecnologia, porém, não foi capaz de solucionar alguns problemas essenciais aos seres humanos: 
a igualdade não foi alcançada, não fomos capazes de eliminar a pobreza e ainda passamos por momentos 
de guerra e conflito intenso. Muitas vezes, inclusive, a tecnologia parece estar no centro de diversos desses 
problemas. Muita tecnologia, por exemplo, surge de pesquisas voltadas para a guerra, e as grandes 
corporações parecem muitas vezes incentivar a desigualdade social e lucrar com ela. Cabe sempre pensar 
como a tecnologia se insere na lógica de mercado, não eliminando as desigualdades, mas aprofundando-
as. 
O questionamento que fica é: 
 
 
Um elemento importante ligado à tecnologia é a ideia de alienação. Vilém Flusser, filósofo, ao 
escrever sobre fotografia no livro A filosofia da caixa preta, conclui que somos alienados dos processos de 
produção que envolvem tecnologia, ou seja, nós não sabemos como as coisas acontecem, só que 
acontecem. 
Um exemplo disso são nossos conflitos quanto ao uso de nossos dados na internet. Nós não 
sabemos de que modo nossos dados serão usados na internet, porque não conhecemos os processos 
tecnológicos. Ao não conhecer os processos, não fazemos uso da total capacidade da tecnologia. Além 
disso, corremos o risco de tratá-la como algo mágico, ou seja, de tratarmos os processos tecnológicos como 
tabu religioso e, por isso mesmo, imutáveis e inquestionáveis. 
Veja algumas situações em que a relação com a tecnologia poderia ser um caminho para sua 
redação: 
A tecnologia piorou o homem?
Ou o homem é mau e a tecnologia evidencia isso?
 
 
 
 
6 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
Novos modos de relacionamento pessoal A influência da tecnologia no trabalho 
Inclusão de tecnologia na educação As diferenças geracionais do uso da tecnologia 
A onipresença da internet Diferença de comportamento na vida real e na digital 
 
LIVROS 
 
1984 – George Orwell 
Em uma sociedade sempre em 
guerra, completamente vigilada 
por câmeras e telas, a 
personagem Winston Smith, um 
homem que trabalha alterando 
notícias de jornal, pensa 
secretamente em modos de 
burlar a tirania do Estado do 
Grande Irmão, entidade que 
observa a todos por telas. 
 
Admirável mundo novo – Aldous 
Huxley 
O livro conta a história de 
Bernard Marx, um homem que 
vive em uma sociedade que se 
organiza em torno da 
supervalorização do 
pensamento científico. Já não há 
mais estruturas familiares: as 
pessoas são geradas em 
laboratórios e adestradas para 
exercer seu papel na sociedade, 
que se organiza em castas. 
 
Eu, Robô – Isaac Asimov 
Coletânea de contos que, no 
entanto, se relacionam entre si. 
O livro discorre sobre a evolução 
dos robôs e a transformação de 
seu papel na sociedade ao longo 
do tempo. O último conto – e 
último estágio da evolução dos 
robôs – mostra a Terra sendo 
administrada por 4 máquinas 
que ditam desde os modos de 
produção até os de consumo. 
 
DISTOPIAS 
Conceitualmente, uma Distopia é a antítese da utopia. Representa uma situação em que se vive sob 
condições de opressão, desigualdade ou privação de direitos. O primeiro uso da palavra foi em 1868, num 
discurso no Parlamento Britânico, para referir-se a um lugar infeliz, ruim. 
 O conceito de Utopia foi cunhado por Thomas More a partir da junção do prefixo grego de negação 
ou e a palavra grega topo, que significa lugar. A união das duas partículas significa “lugar que não existe”. 
 O livro é um longo diálogo dividido em duas partes: uma primeira parte criticando a sociedade em 
que vive; e uma segunda parte em que Rafael Hitlodeu, navegador português, narra a organização social, 
política, etc. de uma ilha que conhecera. Lá, todos são felizes, possuem o que precisam, vivem de maneira 
virtuosa e justa. A palavra é frequentemente utilizada para remeter a realidades perfeitas e intangíveis – 
pelo menos no presente. 
Obras distópicas são geralmente ambientadas no futuro, ainda que ligadas a situações 
contemporâneas. São caracterizadas por Estados autoritários, muitas vezes apresentando a tecnologia 
como ferramenta de controle, dilemas morais, estupidez coletiva, desigualdade social e banalização da 
violência. Além disso, apresenta um cenário de desesperança, como se fosse impossível sair daquela 
situação. 
 
 
 
 
7 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
 
FILMES 
Matrix (1999) - Dir.: Lana e 
Lilly Wachowski 
 
No é um hacker que descobre 
a verdade sobre a realidade ao 
conhecer um grupo rebelde. 
Eles mostram a Neo que o 
mundo e a relação dos 
homens com as máquinas não 
é exatamente o que ele 
pensava. 
Blade Runner (1982) - Dir.: 
Ridley Scott 
 
No ano de 2019, uma grande 
corporação cria clones 
humanos para trabalhar em 
colônias fora da Terra. Um ex-
policial é chamado para caçar 
um grupo de clones que fugiu 
e se escondeu em Los Angeles. 
Ex_Machina: Instinto Artificial 
(2014) - Dir.: Alex Garland 
 
Programador vence concurso 
para passar uma semana na 
casa do CEO da companhia 
que trabalha. Lá, descobre 
que fará parte de um 
experimentointeragindo com 
o primeiro robô de 
inteligência artificial. 
 
Vigilância e controle 
Em seu livro Vigiar e Punir, Michael Foucault mostra o nascimento da sociedade moderna a partir 
da maneira como eram tratados os fora da lei. Por volta do século XVII, as punições eram exemplares, mas 
ocasionais. Eram horríveis, sem dúvida, um espetáculo grotesco, mas eram raras. As sociedades modernas 
começam a abolir os suplícios e a humanizar os castigos. Contudo, isso ocorre a partir da criação de 
instituições disciplinares de controle e vigilância social: a escola, o quartel ou o manicômio. 
 Na verdade, o controle se faz através do corpo. Na escola, por exemplo, o jovem é submetido a uma 
série de regras que devem levá-lo a controlar o corpo em nome da razão: não se pode ir ao banheiro 
quando quer, deve obedecer a toques de sinais, o sono não é permitido. Essa é uma forma de interiorizar 
a disciplina. Trata-se de mecanismos de poder “que fazem viver”, pois as práticas visam a garantir o 
desenvolvimento do indivíduo. 
Desses mecanismos, o mais bem-sucedido relaciona-se à saúde. O desenvolvimento da biologia e 
da medicina realmente proporcionou bem-estar ao homem. Contudo, o preço pago é o controle e a 
vigilância. 
Gilles Deleuze identifica que a sociedade contemporânea é identificada pelo controle. Isso não se 
refere a um encarceramento, mas a um controle aberto. Não que a ideia de disciplina tenha deixado de 
existir, mas foi expandida para outros campos. 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
 
INDO MAIS FUNDO: SNOWDEN 
Em 2015, o ex-agente da CIA, Edward Snowden, revelou a existência de programas de 
vigilância do governo norte-americano sobre os celulares e aparelhos pessoais. Esse 
sistema monitorava conversas telefônicas e demais transmissões de cidadãos dos 
Estados Unidos e outros países. O vazamento dessa informação, porém, fez com que 
Snowden fosse processado, acusado de espionagem e roubo de dados secretos do 
governo. 
 
Segundo Foucault, a disciplina é interiorizada a partir das noções de medo, julgamento e destruição. 
Numa sociedade contemporânea, em que as antigas instituições sólidas já não existem mais, os dispositivos 
disciplinares podem aparecer em ainda mais espaços. 
As instituições sociais modernas produzem indivíduos sociais muito mais moveis e flexíveis que 
antes. O indivíduo contemporâneo é mais flexível, fluido, não pertence a nenhuma identidade e pertence 
a todas. E está eternamente sob vigilância. O nomadismo e as redes de informação são fundamentais para 
a ideia de controle. A vigilância é virtual e onipresente, não necessariamente dominante como no esquema 
do Panóptico. Na sociedade do controle, todo indivíduo é um panóptico em potencial. 
 
 
Panóptico é o termo que designa a prisão ideal, desenvolvida por 
Jeremy Bentham em 1785. Sua arquitetura consiste num edifício circular. 
Ao centro, uma torre em que os seguranças podem observar para todas as 
direções. Em volta, as celas, separadas sem qualquer comunicação. Os 
presos nunca saberiam quando estavam sendo observados, pois não há 
visibilidade de dentro da torre. Veja a imagem para um exemplo possível 
de Panóptico. 
 
Toda a sociedade controla os passos do indivíduo. Há vigilância constante de câmeras em todos os 
lugares, inclusive a ameaça de que dentro de sua própria casa, seu computador pode estar vigiando você. 
Não é preciso que haja ninguém nos observando para sermos disciplinados: é a possibilidade de estar sendo 
observados que norteia nossos comportamentos. Estamos sob o efeito de controle disciplinar 
independente de termos ou não uma autoridade por perto. 
 
 
 
 
9 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
Um dos fenômenos mais exemplares para compreender a sociedade do controle são os reality 
shows. Os programas colocam os participantes em situações limite e o público observa o modo como eles 
reagem a essas situações e julga seu comportamento. 
Na sociedade de controle, o aspecto disciplinar não desaparece, apenas muda seu modo de 
atuação. Isso aparece, por exemplo, na ideia de abolição do confinamento, tanto psiquiátrico quanto 
criminal. 
FILMES 
Dead set (2008) 
 
Durante uma temporada do Big 
Brother, tem início o apocalipse 
zumbi. As pessoas que estão 
reclusas na casa, porém, não sabem 
que estão agora cercadas. 
V de vingança (2005) Dir.: James 
Mc Teigue 
 
Numa Inglaterra do futuro, em que 
um regime totalitário está em vigor, 
um homem mascarado, cujo 
codinome é V, convoca a resistência 
contra a tirania do regime. 
O leitor (2008) Dir. Stephen Daldry 
 
Em uma sociedade moralista, que 
pressiona as pessoas a seguir seu 
padrão de comportamento, uma 
mulher solitária e mais velha se 
envolve com um adolescente, num 
caso que mudará suas vidas. 
A onda (2008). Dir.: Dennis Gansel 
 
Um professor de ensino médio cria 
um experimento para ensinar na 
prática para seus alunos os 
mecanismos de fascismo, poder e 
controle, mas isso acaba se 
tornando real. 
Clube dos cinco (1985) Dir.: John 
Hughes 
 
Cinco adolescentes muito 
diferentes entre si, do ensino 
médio, ficam uma tarde juntos na 
detenção por conta de delitos que 
cometeram. Exemplo para a ideia de 
disciplina de Foucault. 
O círculo (2017) Dir.: James 
Ponsoldt 
 
The Circle, uma das empresas mais 
poderosas de internet do mundo, 
responsável por conectar os e-mails 
das pessoas a todas as suas 
atividades. Mae Holland é 
contratada para um experimento de 
mostrar sua vida 24h. 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
2 – Coesão 
A coesão lida com as articulações no nível da morfossintaxe, ou seja, entre as palavras, frases, 
orações e períodos. Ela pode ser gramatical ou lexical. 
 
Coesão Gramatical 
• Referência e reiteração 
Consiste em substituir os termos que já apareceram no texto por outros que possam lhe fazer 
referência. São empregados, principalmente pronomes, numerais, advérbios e artigos: 
São mecanismos chamados de anáfora e catáfora, respectivamente: 
Anáfora: recupera termo anterior Ex.: A menina saiu. Ela foi à praia. 
Catáfora: recupera termo posterior Ex. Só espero isto: uma folga. 
• Elipse 
 A elipse é uma figura linguagem que dá nome ao fenômeno de omitir um termo da oração, tendo 
em vista o contexto ou situação. Só se podem omitir termos que não serão prejudiciais ao entendimento, 
ou seja, a oração precisa fazer sentido mesmo sem eles. 
Supressão das formas nominais 
(substantivos, adjetivos, numerais, etc.) 
A menina caiu do cavalo, mas (a menina) dançou a noite 
toda. 
Supressão do verbo (ainda que de flexões 
diferentes) 
O menino era inteligente, mas não (era) esperto. 
O menino era esperto, mas as meninas (eram) 
inteligentes. 
• Conjunção 
A coesão por conjunção nada mais é que o uso correto dos conectivos. É muito importante para sua 
redação, mas é também muito comum em exercícios de interpretação em gramática. 
O valor dos conectivos é o assunto mais importante para coesão e coerência. Dedique-se a conhecer 
esses usos e aplicar em suas redações. 
Veja um quadro com as principais conjunções e seus valores para usar em sua redação: 
Conjunções coordenativas 
 
 
 
 
11 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
Aditivas 
Relacionam pensamentos similares. 
 
e; 
nem; 
também; 
bem como; 
não só...mas também. 
Adversativas 
Relacionam pensamentos opostos. 
 
mas; 
porém; 
contudo; 
todavia; 
entretanto; 
no entanto; 
não obstante. 
Alternativas 
Relacionam pensamentos excludentes. 
 
ou; 
ou...ou; 
já…já; 
ora...ora; 
quer...quer; 
seja...seja. 
Conclusivas 
Relacionam pensamentos em que o segundo 
conclui o primeiro. 
 
logo; 
pois; 
portanto; 
assim; 
por isso; 
por consequência; 
por conseguinte. 
Explicativas 
Relacionam pensamentos em que a segunda frase explica a primeira. 
 
que; 
porque; 
porquanto; 
pois; 
isto é. 
 
Conjunções subordinativas 
Causais 
Exprimem causa. 
 
 porque;que; 
porquanto; 
visto que; 
uma vez que 
já que; 
pois que; 
como. 
Concessivas 
Exprimem contraste. 
 
embora; 
conquanto; 
ainda que; 
mesmo que; 
se bem que; 
posto que. 
Proporcionais 
Exprimem proporção. 
 
à medida que; 
à proporção que; 
Conformativas 
Exprimem conformidade. 
 
como; 
conforme; 
 
 
 
 
12 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
ao passo que. consoante; 
segundo. 
Comparativas 
Exprimem comparação. 
 
como (relacionado a tal, tão, tanto); 
como se; 
do que (relacionado a mais, menos, maior, menor, 
melhor, pior); 
que. 
Consecutivas 
Exprimem consequência. 
 
que; 
tanto que; 
tão que; 
tal que; 
tamanho que; 
de forma que; 
de modo que; 
de sorte que; 
de tal forma que. 
Finais 
Exprimem finalidade. 
 
a fim de que; 
para que; 
porque; 
que. 
Integrantes 
Antecipam uma oração com valor de substantivo 
 
que; 
se; 
como. 
 Condicionais 
Exprimem condição. 
 
se; 
caso; 
desde; 
salvo se; 
desde que; 
exceto se; 
contando que. 
Temporais 
Exprimem tempo. 
 
antes que; 
apenas; 
assim que; 
até que; 
depois que; 
logo que; 
quando; 
tanto que. 
 
Coesão Lexical 
• Reiteração e Nominalização 
 Na reiteração ocorre a repetição de palavras ou expressões linguísticas. 
Ex.: Ele comia, comia, comia até não poder mais. 
Já a nominalização é a repetição de termos da mesma família, ou seja, que possuem o mesmo 
radical. 
Ex.: Ela estava muito feliz e essa felicidade a preenchia. 
 
 
 
 
 
13 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
• Substituição 
 Nos processos de substituição, são utilizados termos ou expressões que pertençam ao mesmo 
campo semântico. Assim, o texto não fica repetitivo ou difícil de assimilar. 
 
Recurso de substituição Exemplo 
Sinonímia: expressões linguísticas de 
significados semelhantes. 
São Paulo inspirou muitas músicas. A terra da garoa já 
ganhou músicas de Tom Zé, Caetano Veloso e Rita Lee. 
Antonímia: expressões linguísticas de 
significados opostos. 
Economizar dinheiro é difícil entre os jovens. Pessoas com 
menos de vinte anos tendem a gastar muito. 
Hiperonímia: expressões linguísticas que 
representam conjunto ou termo geral. 
Artistas tendem a ver o mundo de maneira diferente. Os 
pintores enxergam de modo único as cores que os 
circundam. 
Hiponímia: substituir por expressão 
linguística que representa individual ou 
termo detalhado. 
As abelhas são muito importantes para o equilíbrio 
ambiental. O desaparecimento desses insetos está 
causando muitas mazelas na natureza. 
 
 
2.3 – Exercícios de coesão 
 
1. (ITA SP – 2014 adaptada) 
Assinale a opção cujo elemento coesivo em negrito substitui os dois pontos sem alterar o sentido do 
período. São trechos de um texto sobre a criação do personagem, Carlito, de Charles Chaplin. 
a) O andar do personagem não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em 
que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas e erradas. – já que 
b) O público riu: estava fixado o andar habitual do personagem Carlito. – visto que 
c) O público não achou graça: estava desapontado. – de forma que 
d) Cada espectador pode encontrar nele o que procura: o riso, a crítica, o lirismo ou ainda o contrário 
de tudo isso. – posto que 
e) A interpretação cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: o americano bem verdadeiramente 
americano, o que veda a entrada do seu território a doentes e estropiados, não poderia pensar outra 
coisa. – tanto que 
 
 
 
 
 
14 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
 
2. (ITA SP - 2011) Os trechos a seguir, que estão fora de ordem, fazem parte de um texto coeso e 
coerente. 
 
I. Estudos feitos com várias profissões que trabalham em turnos mostram que ficar acordado por 
mais de 19 horas ou ter uma jornada de trabalho superior a 12 horas provoca sintomas semelhantes 
ao de um porre. 
II. Se essas duas condições se sobrepõem numa madrugada, as consequências negativas se 
potencializam ao extremo. 
III. As reações ficam mais lentas e o julgamento da realidade é comprometido. 
IV. Um piloto dormir no manche do avião é uma cena muito mais rara do que um motorista de ônibus 
ou caminhão cochilar no volante. Mas pode acontecer. 
V. No caso da aviação, há ainda o agravante de que os pilotos trabalham a 10 mil metros do solo, no 
comando de aeronaves complexas e delicadas, às vezes com mais de uma centena de passageiros a 
bordo. 
(Em: Pesquisa Fapesp, agosto/2009. Adaptado) 
 
Assinale a opção que apresenta a melhor sequência. 
 
a) I – II – IV – III – V. 
b) IV – I – II – V – III. 
c) IV – I – III – II – V. 
d) I – V – IV – III – II. 
e) IV – I – II – III – V. 
 
3. (IME – 2014 adaptada) 
Arte estimula o aprendizado de matemática 
 
1 Resolver operações matemáticas foi difícil para muitos dos gênios da ciência, e 2 continua pouco 
atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em 3 vincular matemática com a arte 
para tornar o aprendizado mais estimulante. 
4 O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São 5 Paulo (USP) é 
um deles. "Há mais matemática nos livros de Machado de Assis, nos 6 poemas de Cecília Meireles e 
Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didáticos de 7 matemática". Para ele, a matemática 
captura a lógica do raciocínio, assim como 8 acontece com o imaginário na literatura, com a harmonia 
na música, na escultura, na 9 pintura, nas artes em geral. 
10 Para o pesquisador Antônio Conde, do Instituto de Matemática e Computação da 11 USP/São Carlos, 
a convivência entre arte e matemática aumentaria a capacidade de 12 absorção dos estudantes. "O lado 
estético da matemática é muito forte, a 13 demonstração de um teorema é uma obra de arte", conclui. 
 
 
 
 
15 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
14 O holandês Maurits Cornelis Escher é, provavelmente, um dos maiores 15 representantes dessa 
ligação, produzindo obras de arte geometricamente 16 estruturadas. Ele provou, na prática, que é 
possível olhar as formas espaciais do 17 ponto de vista matemático, ou sob o seu aspecto estético, 
utilizando-as para se 18 expressar plasticamente. 
19 "Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas 20 observações, entro 
em contato com o mundo da matemática", dizia Escher, que 21 morreu em 1972. 
CIÊNCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemática. Disponível em: 
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017&script=sci_arttext>. Acesso em 
05/05/2013. 
 
Dentre os trechos do texto nas alternativas a seguir, um revela uso inadequado do recurso coesivo. 
Aponte-o. 
a) O professor Luiz Barco, (...) é um deles. (Refs. 4 e 5) 
b) Para ele, a matemática captura a lógica do raciocínio, (...) (Ref. 7) 
c) Ele provou, na prática, que é possível (...) (Ref. 16) 
d) (...) ou sob o seu aspecto estético, (...) (Ref. 17) 
e) (...) utilizando-as para se expressar plasticamente. (Ref. 17) 
 
 
4. (IME - 2010) 
O processo de coesão pode ser realizado através de vocábulos anafóricos – aqueles que se referem a 
um outro anteriormente expresso. A oração do texto, que NÃO apresenta vocábulo anafórico é: 
a) (…) chegou a São Vicente, a primeira vila fundada no Brasil. Lá, teve o primeiro contato com os 
índios. 
b) Para os índios, foi médico, sacerdote e educador: cuidava do corpo, da alma e da mente. 
c) Anchieta escreveu o "Poema em Louvor à Virgem Maria", com 5.732 versos, alguns dos quais 
traçados nas areias das praias. 
d) Em 1565, entrou com Estácio de Sá na baía de Guanabara, onde estabeleceram os fundamentos do 
que viria a ser a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. 
e) José de Anchieta nasceu em família rica, numa das sete ilhas Canárias, de onde avistava os navios 
que se abasteciam no porto de Tenerife para seguir rumo ao Oriente ou ao Novo Mundo. 
 
5. (FUVEST – 2018) 
1 Uma obra de arte é um desafio; não a explicamos, 2 ajustamo-nosa ela. Ao interpretá-la, fazemos uso 
dos nossos 3 próprios objetivos e esforços, dotamo-la de um significado que 4 tem sua origem nos 
nossos próprios modos de viver e de pensar. 5 Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos 
afete, 6 torna-se, deste modo, arte moderna. 
7 As obras de arte, porém, são como altitudes inacessíveis. 8 Não nos dirigimos a elas diretamente, mas 
contornamo-las. 9 Cada geração as vê sob um ângulo diferente e sob uma nova 10 visão; nem se deve 
supor que um ponto de vista mais recente é 11 mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge 
 
 
 
 
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na sua 12 altura própria, que não pode ser antecipada nem prolongada; 13 e, todavia, o seu significado 
não está perdido porque o 14 significado que uma obra assume para uma geração posterior 15 é o 
resultado de uma série completa de interpretações anteriores. 
Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado. 
 
No trecho “Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte 
moderna” (Refs. 5-6), as expressões sublinhadas podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido do 
texto, respectivamente, por 
a) realmente; portanto. 
b) invariavelmente; ainda. 
c) com efeito; todavia. 
d) com segurança; também. 
e) possivelmente; até. 
 
6. (FUVEST - 2015) 
 
1 Tornando da malograda espera do tigre, alcançou o 2 capanga um casal de velhinhos, que seguiam 
diante dele o 3 mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios 4 particulares. Das poucas 
palavras que apanhara, percebeu 5 Jão Fera que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo 6 quanto 
possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer 7 um moquirão*, com que pretendiam abrir uma 
boa roça. 
8 – Mas chegará, homem? perguntou a velha. 
9 – Há de se espichar bem, mulher! 
10 Uma voz os interrompeu: 
11 – Por este preço dou eu conta da roça! 
12 – Ah! É nhô Jão! 
13 Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham 14 por homem de palavra, e de fazer o que 
prometia. 15 Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que 16 estava destinado para o 
roçado. 
17 Acompanhou-os Jão Fera; porém, mal seus olhos 18 descobriram entre os utensílios a enxada, a qual 
ele 19 esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa, 20 que sem mais deu costas ao par de 
velhinhos e foi-se 21 deixando-os embasbacados. 
José de Alencar, Til. 
* moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito). 
 
Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos linguísticos presentes no texto: 
I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos” (L. 1-2), o contexto permite identificar qual é o 
sujeito, mesmo este estando posposto. 
 
 
 
 
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II. O verbo sublinhado no trecho “que seguiam diante dele o mesmo caminho” (L. 2-3) poderia estar 
no singular sem prejuízo para a correção gramatical. 
III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis” (L. 5), pode-se apontar um uso informal do 
pronome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto eles por aí?”. 
 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II e III. 
 
7. (UNESP – 2018) 
“Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e 
órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último 
teve angina e a mulher enforcou-se.” (2o parágrafo) 
 
Os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, a 
a) “alavanca”, “um”, “viúva e órfãos”. 
b) “pedra”, “um”, “meninos”. 
c) “pedra”, “alavanca”, “viúva e órfãos”. 
d) “alavanca”, “pedra”, “viúva e órfãos”. 
e) “alavanca”, “pedra”, “meninos”. 
 
8. (UNESP – 2017 adaptada) 
Em “Conta ela que seu Afredo, mal viu minha tia sair, chegou-se a ela com ar disfarçado.”, a conjunção 
destacada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por: 
 
a) assim como. 
b) logo que. 
c) enquanto. 
d) porque. 
e) ainda que. 
 
9. (UNESP - 2016 adaptado) 
Leia o trecho do texto Brinquedos incendiados, e Cecília Meirelles. 
Assim, o bando que passava, de casa para a escola e da escola para casa, parava longo tempo a 
contemplar aqueles brinquedos e lia aqueles nítidos preços, com seus cifrões e zeros, sem muita noção 
do valor – porque nós, crianças, de bolsos vazios, como namorados antigos, éramos só renúncia e amor. 
Bastava-nos levar na memória aquelas imagens e deixar cravadas nelas, como setas, os nossos olhos. 
 
 
 
 
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Abaixo, você encontra o texto reescrito, mas mantendo o mesmo sentido do texto original: 
 
___________, o bando de crianças passava em frente ao bazar e parava ____________ pudesse 
contemplar aqueles brinquedos, _____________ lia os preços sem muita noção de valor, 
_____________ o importante era levar na memória aquelas imagens fantásticas. 
 
Para que haja coesão entre as ideias, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por: 
 
a) Portanto ... se bem que ... assim que ... pois 
b) Entretanto ... para que ... depois que ... à medida que 
c) Desse modo ... para que ... enquanto ... pois 
d) Apesar disso ... ainda que ... depois que ... à medida que 
e) Todavia ... ainda que ... enquanto ... de sorte que 
 
10. (INSPER – 2017) 
 Os memes – termo usado para se referir a um conceito ou imagem que se espalha rapidamente no 
mundo virtual – costumam surgir de um fato inusitado ou de uma situação engraçada que se espalha 
pela internet e começa a ganhar variadas versões. Em época de eleições, os candidatos viram alvos 
perfeitos dessas paródias. 
 Especialistas ouvidos pelo Estado dizem, no entanto, que o surgimento desses “memes políticos” 
não significa que as pessoas estejam mais interessadas em discutir política. “Isso aconteceria se elas 
estivessem debatendo propostas dos candidatos. O meme surge só para divertir”, diz o consultor em 
marketing político Carlos Manhanelli. 
 Rafael Sbarai, pesquisador de mídias digitais, concorda. Para ele, o fenômeno se explica pela 
tecnologia, não pela política. “Temos hoje mais pessoas conectadas, mais pessoas passando mais 
tempo nas redes sociais, especialmente no Facebook.” 
 O especialista em marketing político digital Gabriel Rossi recomenda: quando algum candidato for 
alvo de um meme, desde que ele não seja ofensivo, as campanhas têm de encarar o fato com bom 
humor. 
(http://politica.estadao.com.br) 
 
No segundo parágrafo, emprega-se a expressão “no entanto”, em relação às informações do parágrafo 
anterior, com a finalidade de indicar uma 
a) comparação de ideias, com as quais se pode inferir que a análise de temas políticos já faz parte do 
cotidiano da maioria dos internautas. 
b) conclusão de ideias, com as quais se pode concluir que as pessoas têm se mostrado mais 
preocupadas atualmente em debater política. 
 
 
 
 
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c) consequência de ideias, com as quais se pode comprovar a tendência do brasileiro em analisar a 
situação política do país com humor. 
d) contrajunção de ideias, com as quais se pode concluir que a discussão política perde espaço para o 
humor e para o entretenimento no mundo virtual. 
e) explicação de ideias, com as quais se pode entender que, no campo da política nacional, o humor 
tem espaço bastante restrito. 
 
2.4 – Gabarito 
 
1. A 
2. E 
3. A 
4. B 
5. A 
6. D 
7. A 
8. B 
9. C 
10. D 
 
2.5 – Exercícios comentados 
 
1. (ITA SP – 2014 adaptada) 
Assinale a opção cujo elemento coesivo em negrito substitui os dois pontos sem alterar o sentido do 
período. São trechos de um texto sobre a criação do personagem, Carlito, de Charles Chaplin. 
a) O andar do personagem não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin:foi uma criação em 
que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas e erradas. – já que 
b) O público riu: estava fixado o andar habitual do personagem Carlito. – visto que 
c) O público não achou graça: estava desapontado. – de forma que 
d) Cada espectador pode encontrar nele o que procura: o riso, a crítica, o lirismo ou ainda o contrário 
de tudo isso. – posto que 
e) A interpretação cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: o americano bem verdadeiramente 
americano, o que veda a entrada do seu território a doentes e estropiados, não poderia pensar outra 
coisa. – tanto que 
Comentários: A alternativa A está correta, pois “já que” tem valor de explicação: o andar não saiu 
completo, pois foi partiu de uma sucessão de tentativas. 
Alternativa B está incorreta, pois “visto que” tem valor causal e, neste caso, a relação é de 
consequência: porque o público riu, fixou-se o andar de Carlito. 
 
 
 
 
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Alternativa C está incorreta, pois “de forma que” tem valor de consequência e, neste caso, a relação 
é de conclusão: o público não achou graça, logo, ficou desapontado. 
Alternativa D está incorreta, pois “posto que” tem valor de causa e, neste caso, a relação é de 
explicação, enumerando tudo o que se pode encontrar na personagem. 
Alternativa E está incorreta, pois “tanto que” tem valor explicação e, neste caso, a relação é de 
causa: a interpretação cabe bem, pois é realmente isso que pensa o americano. 
Gabarito: A 
 
2. (ITA SP - 2011) 
Os trechos a seguir, que estão fora de ordem, fazem parte de um texto coeso e coerente. 
 
I. Estudos feitos com várias profissões que trabalham em turnos mostram que ficar acordado por 
mais de 19 horas ou ter uma jornada de trabalho superior a 12 horas provoca sintomas semelhantes 
ao de um porre. 
II. Se essas duas condições se sobrepõem numa madrugada, as consequências negativas se 
potencializam ao extremo. 
III. As reações ficam mais lentas e o julgamento da realidade é comprometido. 
IV. Um piloto dormir no manche do avião é uma cena muito mais rara do que um motorista de ônibus 
ou caminhão cochilar no volante. Mas pode acontecer. 
V. No caso da aviação, há ainda o agravante de que os pilotos trabalham a 10 mil metros do solo, no 
comando de aeronaves complexas e delicadas, às vezes com mais de uma centena de passageiros a 
bordo. 
(Em: Pesquisa Fapesp, agosto/2009. Adaptado) 
 
Assinale a opção que apresenta a melhor sequência. 
 
a) I – II – IV – III – V. 
b) IV – I – II – V – III. 
c) IV – I – III – II – V. 
d) I – V – IV – III – II. 
e) IV – I – II – III – V. 
Comentários: Para compreender esta questão é preciso observar o conteúdo de cada item. Só 
assim pode-se auferir se o texto faz sentido. Sobre o que tratam todos os itens? Sobre as longas 
jornadas de trabalho dos pilotos de avião. A primeira informação, portanto, deve ser relacionada a 
situar o contexto. Tanto a I. quanto a IV. dão informações contextuais. Logo, deve-se observar a 
relação entre os itens. 
Em I. se apresentam duas alternativas prejudiciais à saúde: ficar acordado muito tempo e ter uma 
jornada de trabalho longas. Na alternativa II., a oração se inicia por “Se essas duas condições se 
sobrepõem numa madruga”, logo, ela deve vir automaticamente depois da alternativa I. 
 
 
 
 
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O item II. ainda fala sobre as consequências negativas, mas não as enumera. O item III. é o único 
que contém a listagem de possíveis consequências para as práticas, logo, III. deve vir 
automaticamente depois de II. 
O item V. se inicia com “no caso da aviação”, o que demonstra que deve ser precedido por uma 
afirmação mais geral sobre os malefícios. Por isso, deve vir automaticamente depois de III. 
Assim, como o item IV. não consegue estabelecer relação com a oração V., ele deve ser a primeira 
oração, antecipando toda a sequência que ficaria: IV – I – II – III – V. 
Gabarito: E 
 
Arte estimula o aprendizado de matemática 
 
1 Resolver operações matemáticas foi difícil para muitos dos gênios da ciência, e 2 continua pouco 
atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em 3 vincular matemática com a arte 
para tornar o aprendizado mais estimulante. 
4 O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São 5 Paulo (USP) é 
um deles. "Há mais matemática nos livros de Machado de Assis, nos 6 poemas de Cecília Meireles e 
Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didáticos de 7 matemática". Para ele, a matemática 
captura a lógica do raciocínio, assim como 8 acontece com o imaginário na literatura, com a harmonia 
na música, na escultura, na 9 pintura, nas artes em geral. 
10 Para o pesquisador Antônio Conde, do Instituto de Matemática e Computação da 11 USP/São Carlos, 
a convivência entre arte e matemática aumentaria a capacidade de 12 absorção dos estudantes. "O lado 
estético da matemática é muito forte, a 13 demonstração de um teorema é uma obra de arte", conclui. 
14 O holandês Maurits Cornelis Escher é, provavelmente, um dos maiores 15 representantes dessa 
ligação, produzindo obras de arte geometricamente 16 estruturadas. Ele provou, na prática, que é 
possível olhar as formas espaciais do 17 ponto de vista matemático, ou sob o seu aspecto estético, 
utilizando-as para se 18 expressar plasticamente. 
19 "Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas 20 observações, entro 
em contato com o mundo da matemática", dizia Escher, que 21 morreu em 1972. 
CIÊNCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemática. Disponível em: 
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017&script=sci_arttext>. Acesso em 
05/05/2013. 
 
3. (IME – 2014 adaptada) 
Dentre os trechos do texto nas alternativas a seguir, um revela uso inadequado do recurso coesivo. 
Aponte-o. 
a) O professor Luiz Barco, (...) é um deles. (Refs. 4 e 5) 
b) Para ele, a matemática captura a lógica do raciocínio, (...) (Ref. 7) 
c) Ele provou, na prática, que é possível (...) (Ref. 16) 
d) (...) ou sob o seu aspecto estético, (...) (Ref. 17) 
e) (...) utilizando-as para se expressar plasticamente. (Ref. 17) 
 
 
 
 
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Comentários: A alternativa A é a que apresenta uso inadequado, pois o a expressão “é um deles” 
deveria retomar a expressão “muita gente” e, portanto, deveria estar no feminino (“é uma delas”). 
Em B há uso correto, pois “ele” retoma “Professor Luiz Barco”. 
Em C há uso correto, pois “ele” retoma “Maurits Cornelis Escher”, artista plástico. 
Em D há uso correto, pois “seu” é pronome possessivo e concorda com o complemento, nesse 
caso, “aspecto estético”. 
Em E há uso correto, pois “as” retoma “formas espaciais”. 
Gabarito: A 
 
4. (IME - 2010) 
O processo de coesão pode ser realizado através de vocábulos anafóricos – aqueles que se referem a 
um outro anteriormente expresso. A oração do texto, que NÃO apresenta vocábulo anafórico é: 
a) (…) chegou a São Vicente, a primeira vila fundada no Brasil. Lá, teve o primeiro contato com os 
índios. 
b) Para os índios, foi médico, sacerdote e educador: cuidava do corpo, da alma e da mente. 
c) Anchieta escreveu o "Poema em Louvor à Virgem Maria", com 5.732 versos, alguns dos quais 
traçados nas areias das praias. 
d) Em 1565, entrou com Estácio de Sá na baía de Guanabara, onde estabeleceram os fundamentos do 
que viria a ser a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. 
e) José de Anchieta nasceu em família rica, numa das sete ilhas Canárias, de onde avistava os navios 
que se abasteciam no porto de Tenerife para seguir rumo ao Oriente ou ao Novo Mundo. 
Comentário: Na alternativa B não há a presença de vocábulos que fazem substituição de termos 
que apareceram anteriormente: há a reescrita das profissões com outros termos sinônimos. 
A alternativa A apresenta o advérbio de lugar“lá” que retoma “São Vicente”. 
A alternativa C apresenta o pronome indefinido “alguns” que retoma “versos”. 
A alternativa D apresenta o advérbio de lugar “onde” que retoma “baía de Guanabara”. 
 Alternativa E apresenta o advérbio de lugar “onde” que retoma “uma das sete ilhas Canárias”. 
Gabarito: B 
 
 
5. (FUVEST – 2018) 
1 Uma obra de arte é um desafio; não a explicamos, 2 ajustamo-nos a ela. Ao interpretá-la, fazemos uso 
dos nossos 3 próprios objetivos e esforços, dotamo-la de um significado que 4 tem sua origem nos 
nossos próprios modos de viver e de pensar. 5 Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos 
afete, 6 torna-se, deste modo, arte moderna. 
7 As obras de arte, porém, são como altitudes inacessíveis. 8 Não nos dirigimos a elas diretamente, mas 
contornamo-las. 9 Cada geração as vê sob um ângulo diferente e sob uma nova 10 visão; nem se deve 
supor que um ponto de vista mais recente é 11 mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge 
 
 
 
 
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AULA 06 – COESÃO 
 
na sua 12 altura própria, que não pode ser antecipada nem prolongada; 13 e, todavia, o seu significado 
não está perdido porque o 14 significado que uma obra assume para uma geração posterior 15 é o 
resultado de uma série completa de interpretações anteriores. 
Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado. 
 
No trecho “Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte 
moderna” (Refs. 5-6), as expressões sublinhadas podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido do 
texto, respectivamente, por 
a) realmente; portanto. 
b) invariavelmente; ainda. 
c) com efeito; todavia. 
d) com segurança; também. 
e) possivelmente; até. 
Comentários: A alternativa A é correta, pois “de fato” funciona como locução adverbial de 
afirmação, ou seja, confirma e dá mais força ao verbo “afete”, podendo ser substituído por 
“realmente”; e “deste modo” funciona como conjunção consecutiva, ou seja, denota 
consequência: se a obra de arte nos afeta, logo, ela se torna arte moderna. 
A alternativa B está incorreta, pois “ainda” não denota consequência, mas sim adição. 
A alternativa C está incorreta, pois “todavia” não denota consequência, mas sim oposição. 
A alternativa D está incorreta pelo mesmo motivo da B: denota adição. 
A alternativa E está incorreta, pois “possivelmente” denota dúvida. 
Gabarito: A 
 
6. (FUVEST - 2015) 
 
1 Tornando da malograda espera do tigre, alcançou o 2 capanga um casal de velhinhos, que seguiam 
diante dele o 3 mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios 4 particulares. Das poucas 
palavras que apanhara, percebeu 5 Jão Fera que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo 6 quanto 
possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer 7 um moquirão*, com que pretendiam abrir uma 
boa roça. 
8 – Mas chegará, homem? perguntou a velha. 
9 – Há de se espichar bem, mulher! 
10 Uma voz os interrompeu: 
11 – Por este preço dou eu conta da roça! 
12 – Ah! É nhô Jão! 
13 Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham 14 por homem de palavra, e de fazer o que 
prometia. 15 Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que 16 estava destinado para o 
roçado. 
 
 
 
 
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17 Acompanhou-os Jão Fera; porém, mal seus olhos 18 descobriram entre os utensílios a enxada, a qual 
ele 19 esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa, 20 que sem mais deu costas ao par de 
velhinhos e foi-se 21 deixando-os embasbacados. 
José de Alencar, Til. 
* moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito). 
 
Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos linguísticos presentes no texto: 
I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos” (L. 1-2), o contexto permite identificar qual é o 
sujeito, mesmo este estando posposto. 
II. O verbo sublinhado no trecho “que seguiam diante dele o mesmo caminho” (L. 2-3) poderia estar 
no singular sem prejuízo para a correção gramatical. 
III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis” (L. 5), pode-se apontar um uso informal do 
pronome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto eles por aí?”. 
 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II e III. 
Comentários: O Item I. está correto, pois “alcançou” dá sentido à oração seguinte: “, que seguiam 
diante dele o 3 mesmo caminho”. Foi alcançado quem “seguiam diante dele”, portanto, essa pessoa 
verbal é necessariamente plural: “casal de velhinhos”. Logo, o sujeito será o outro termo da oração 
“capanga”. 
O Item II. está correto, pois apesar de se referir a duas pessoas, “casal” é substantivo de 
coletividade e, como tal, é tratado no singular. O uso de plural aqui – que justifica o Item I. – é útil 
para não causar ambiguidades, como a questionada no Item I. 
O Item III. está incorreto, pois o “eles” do texto assume função de sujeito (quem destinou os 
cinquenta mil-réis) e na frase do item, como objeto (quem foi visto por aí). 
Gabarito: D 
 
7. (UNESP – 2018) 
“Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e 
órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último 
teve angina e a mulher enforcou-se.” (2o parágrafo) 
 
Os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, a 
b) “alavanca”, “um”, “viúva e órfãos”. 
b) “pedra”, “um”, “meninos”. 
c) “pedra”, “alavanca”, “viúva e órfãos”. 
 
 
 
 
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d) “alavanca”, “pedra”, “viúva e órfãos”. 
e) “alavanca”, “pedra”, “meninos”. 
 Comentários: O pronome “se” é reflexivo, pois se refere ao próprio sujeito da ação: quem soltou da 
pedra? A alavanca. 
 O pronome “lhe” se refere à pessoa em cujo peito a alavanca bateu. Essa informação está no período 
anterior: “Na pedreira perdi um”: este “um” é a pessoa que morreu após ser atingida pela alavanca. 
 O segundo “se”, também reflexivo, refere-se a quem sumiu. Aqui, fica claro que eram “a viúva e órfãos 
miúdos” pelo período que procede, pois explica lista o que ocorreu com cada uma das pessoas da 
família. 
Gabarito: A 
 
8. (UNESP – 2017 adaptada) 
Em “Conta ela que seu Afredo, mal viu minha tia sair, chegou-se a ela com ar disfarçado.”, a conjunção 
destacada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por: 
 
a) assim como. 
b) logo que. 
c) enquanto. 
d) porque. 
e) ainda que. 
Comentários: O conectivo “mal” pode ser substituído por “nem bem”, “assim que” ou “logo que”, 
pois tem valor temporal sucessão (a viu sair e depois chegou-se). Por isso, a alternativa correta é a 
B. 
A alternativa A está incorreta, pois tem valor comparativo. 
A alternativa C está incorreta, pois tem valor temporal concomitante, ou seja, liga dois elementos 
que ocorrem ao mesmo tempo. 
A alternativa D está incorreta, pois tem valor explicativo, de causa. 
A alternativa E está incorreta, pois tem valor concessivo, ou seja, indica uma condição para que 
algo ocorra. 
Gabarito: B 
 
9. (UNESP - 2016 adaptado) 
Leia o trecho do texto Brinquedos incendiados, e Cecília Meirelles. 
Assim, o bando que passava, de casa para a escola e da escola para casa, parava longo tempo a 
contemplar aqueles brinquedos e lia aqueles nítidos preços, com seus cifrões e zeros, sem muita noção 
do valor – porque nós, crianças, de bolsos vazios, como namorados antigos, éramos só renúncia e amor. 
Bastava-nos levar na memória aquelas imagens e deixar cravadas nelas, como setas, os nossos olhos. 
 
Abaixo, você encontra o texto reescrito, mas mantendo o mesmo sentido do texto original: 
 
 
 
 
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AULA 06 – COESÃO 
 
___________, o bando de crianças passava em frente ao bazar e parava ____________ pudesse 
contemplar aqueles brinquedos, _____________ lia os preçossem muita noção de valor, 
_____________ o importante era levar na memória aquelas imagens fantásticas. 
 
Para que haja coesão entre as ideias, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por: 
a) Portanto ... se bem que ... assim que ... pois 
b) Entretanto ... para que ... depois que ... à medida que 
c) Desse modo ... para que ... enquanto ... pois 
d) Apesar disso ... ainda que ... depois que ... à medida que 
e) Todavia ... ainda que ... enquanto ... de sorte que 
Comentários: A alternativa correta é a C, pois a primeira lacuna deve ser substituída por um 
conectivo que denote conclusão, semelhante a “assim”; a segunda lacuna, por um conectivo que 
denote finalidade, semelhante à preposição “a”; a terceira lacuna e a quarta precisam dar noção 
de concomitância, pois é a descrição de uma ação: os meninos contemplavam os brinquedos, 
enquanto liam os preços sem perceber e criavam memórias. 
A alternativa A está incorreta, pois há erro na segunda lacuna, já que “se bem que” dá noção de 
concessão e na segunda lacuna “pois” dá noção de explicação. 
A alternativa B está incorreta, pois “entretanto” dá noção de oposição, não conclusão. 
A alternativa D está incorreta, pois “apesar disso” dá noção de concessão. 
A alternativa E está incorreta, pois “todavia” dá noção de oposição. 
Gabarito: C 
 
10. (INSPER – 2017) 
 Os memes – termo usado para se referir a um conceito ou imagem que se espalha rapidamente no 
mundo virtual – costumam surgir de um fato inusitado ou de uma situação engraçada que se espalha 
pela internet e começa a ganhar variadas versões. Em época de eleições, os candidatos viram alvos 
perfeitos dessas paródias. 
 Especialistas ouvidos pelo Estado dizem, no entanto, que o surgimento desses “memes políticos” 
não significa que as pessoas estejam mais interessadas em discutir política. “Isso aconteceria se elas 
estivessem debatendo propostas dos candidatos. O meme surge só para divertir”, diz o consultor em 
marketing político Carlos Manhanelli. 
 Rafael Sbarai, pesquisador de mídias digitais, concorda. Para ele, o fenômeno se explica pela 
tecnologia, não pela política. “Temos hoje mais pessoas conectadas, mais pessoas passando mais 
tempo nas redes sociais, especialmente no Facebook.” 
 O especialista em marketing político digital Gabriel Rossi recomenda: quando algum candidato for 
alvo de um meme, desde que ele não seja ofensivo, as campanhas têm de encarar o fato com bom 
humor. 
(http://politica.estadao.com.br) 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
No segundo parágrafo, emprega-se a expressão “no entanto”, em relação às informações do parágrafo 
anterior, com a finalidade de indicar uma 
a) comparação de ideias, com as quais se pode inferir que a análise de temas políticos já faz parte do 
cotidiano da maioria dos internautas. 
b) conclusão de ideias, com as quais se pode concluir que as pessoas têm se mostrado mais 
preocupadas atualmente em debater política. 
c) consequência de ideias, com as quais se pode comprovar a tendência do brasileiro em analisar a 
situação política do país com humor. 
d) contrajunção de ideias, com as quais se pode concluir que a discussão política perde espaço para o 
humor e para o entretenimento no mundo virtual. 
e) explicação de ideias, com as quais se pode entender que, no campo da política nacional, o humor 
tem espaço bastante restrito. 
Comentários: “No entanto” é um conectivo que denota oposição. Portanto a alternativa correta é 
a D. 
A alternativa A é incorreta, pois o período afirma que o uso de memes não garante a análise 
política. 
A alternativa B é incorreta, pois o texto afirma justamente o contrário: que as pessoas não estão 
interessadas em discutir política. 
A alternativa C é incorreta, pois as ideias não estão concatenadas a partir da ideia de consequência: 
segundo o texto, não é porque consomem memes que as pessoas não se interessam por discutir 
política. 
 A alternativa E é incorreta, pois o espaço de humor na política nacional não é restrito, uma vez 
que o texto versa sobre a profusão de memes de política. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
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AULA 06 – COESÃO 
 
3 - Propostas 
(ESA – 2014) 
Elabore um texto dissertativo, com no mínimo 20 (vinte) e no máximo 30 (trinta) linhas, sobre o 
tema do parágrafo abaixo abordando as causas, consequências e possíveis soluções para combater o 
problema. Dê um título para a sua redação. 
“Até a segunda metade do século 20, a desnutrição foi o nosso principal problema de saúde pública; 
hoje, é a obesidade. Cerca de 10% dos brasileiros adultos são obesos, e outros 30% estão acima do peso 
saudável. Portanto cerca de 50 milhões de pessoas deveriam perder peso para evitar doenças como 
ataques cardíacos, derrames cerebrais, diabetes, reumatismos e alguns tipos de câncer.” 
(Drauzio Varela– Folha de São Paulo, 29/05/2004) 
Estratégia Militares - 2020 
A partir da leitura do texto motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 20 a 30 linhas, 
em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As consequências sociais da persistência 
do racismo no século XXI.”. 
TEXTO MOTIVADOR 
Desde a inserção do negro africano na América portuguesa, as práticas racistas tiveram como 
justificativas as teorias Teológicas e, posteriormente, "cientificas". Sabe-se que, nos últimos anos, a ciência 
busca desmistificar essas explicações, demonstrando que não há diferenças biológicas entre os seres 
humanos. Pode-se concluir que o preconceito contra negros e seus descendentes é oriundo de um contexto 
histórico de usurpação dos seus direitos e de uma construção paulatina de subjugação a partir da sua 
cor. O Brasil não vivenciou 
situações de discriminação latente como as da África do Sul (Apartheid) e, por isso, muitos 
brasileiros afirmam que o Brasil não é um país racista. Nas palavras de Maria Luiza Tucci Carneiro (2003, 
p.7): "No Brasil há um racismo camuflado, disfarçado de democracia racial. Tal mentalidade, se pensarmos 
bem, é tão perigosa quanto aquela que é assumida, declarada". 
O racismo está intrínseco entre os brasileiros. A incidência do preconceito pode não ser tão evidente 
para alguns, mas ele não deixa de existir. Dessa forma, "podem ter mudado os sistemas econômicos, as 
relações de trabalho e as formas de opressão, porem os negros continuam a ser ideologicamente definidos 
como inferiores" (VALENTE, 1987, p.58). 
(Disponível em: <http://www2.seduc.mt.gov.br/-/a-permanencia-do-racismo-na-sociedade-brasilei-1> 
Acesso em 06 jul. 2020) 
 
Estrategia Militares - 2021 
Leia os textos abaixo. 
TEXTO I 
http://www2.seduc.mt.gov.br/-/a-permanencia-do-racismo-na-sociedade-brasilei-1
http://www2.seduc.mt.gov.br/-/a-permanencia-do-racismo-na-sociedade-brasilei-1
 
 
 
 
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AULA 06 – COESÃO 
 
Há um vácuo jurídico acerca do tema segurança pública, avalia Renato Sérgio de Lima, diretor-
presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 
"Nossa Constituição não diz o que é segurança pública, nenhuma lei diz que segurança pública é 
proteger a população ou investigar criminoso, só diz por quem a segurança vai ser exercida", disse ele à 
BBC Brasil. 
"Então segurança é um conceito que ganha significado no dia a dia da prática policial. Se olharmos 
para a história das instituições policiais hoje, muitas estão reguladas por outro conceito de segurança, que 
é a manutenção de um modelo de ordem pública, de uma situação em que o Brasil tem um inimigo interno. 
A lógica é que o tráfico é o inimigo a ser combatido e deixamos de lado uma série de problemas ligados à 
preservação da vida", explica. 
Para Lima, um bom conceito de segurança pública seria prevenção, investigação e punição de 
responsáveis por atos de violência e criminalidade e administração de conflitos para garantir direitos 
básicos da população para que ela possa exercer outros direitos da cidadania,como sair de casa, ir ao 
médico e trabalhar. 
(Adaptado de 5 razões por trás da crise de segurança pública no Brasil. Disponível em: 
<https://www.bbc.com/portuguese/brasil38909715> Acessado em 23 mar. 2020) 
TEXTO II 
Além da preocupação diretamente relacionada ao crime, há outras evidências importantes de 
transformações sociais relacionadas com a expansão da segurança privada, como a ampliação dos espaços 
chamados de semipúblicos e dos condomínios residenciais, que criam demanda por provedores dos 
serviços particulares de proteção. Da mesma forma, nas décadas recentes verifica-se uma intensa 
especialização dos recursos e tecnologias de segurança utilizados nos centros industriais e comerciais, 
reformulando as tendências da segurança empresarial. Como decorrência desses processos sociais e 
urbanos, a segurança privada vem atender a demandas sociais existentes e cada vez mais comuns no 
mundo contemporâneo, assumindo em muitas localidades funções complementares com a segurança 
pública. 
Ao mesmo tempo em que temos essa grande evolução na criminalidade, o contexto metropolitano 
passou por grandes transformações nas últimas décadas. Além do crescimento acelerado das periferias 
urbanas em meio a uma grande precariedade estrutural decorrente do processo de rápida urbanização, 
que se deu à margem de um desenvolvimento econômico capaz de sustentar esta crescente demanda 
populacional, desenvolveram-se nos grandes centros novos padrões de comércio, moradia, trabalho e 
lazer, verificados, como já observado, no surgimento em larga escala dos espaços privados abertos para o 
público. Além desses espaços, nesse período há uma grande disseminação dos condomínios residenciais e 
centros comerciais, que requerem grande investimento privado em segurança. 
(Disponível em: <https://www.anpocs.com/index.php/papers-30-encontro/st-6/st01-5/3527-azanetic-a-
disseminacao/file> Acessado em 23 mar. 2020) 
TEXTO III 
Um dos direitos básicos dos cidadãos de uma determinada região, a segurança pública é um serviço 
que visa proteger as pessoas e os seus bens, evitar a ocorrência de delitos e crimes, e possibilitar a vida em 
harmonia nos espaços públicos. A segurança privada, por sua vez, tem o objetivo de preservar patrimônios 
privados e as pessoas que neles passeiam, residem ou atuam profissionalmente. 
 
 
 
 
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AULA 06 – COESÃO 
 
Infelizmente, nas grandes cidades brasileiras, e até mesmo nos municípios interioranos, a 
criminalidade e a falta de segurança suficiente têm imperado. Por isso, existe grande demanda por 
profissionais que desejam atuar na área, tanto oferecendo segurança para as pessoas, bens e instituições, 
quanto criando e gerenciando políticas e projetos que visem melhorar a situação e diminuir a insegurança. 
(Disponível em: <https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/seguranca-publica-e-privada> Acessado 
em 23 mar. 2020) 
TEXTO IV 
Em 2016, o relator especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para execuções sumárias, 
arbitrárias e extrajudiciais, Christof Heynz, recomendou um maior controle, por parte dos governos, dos 
serviços de segurança particular. Ele disse, então, que o “uso desregulado ou inadequado da força por 
provedores privados de segurança pode comprometer gravemente a proteção do direito à vida”. 
O alerta surge em um momento em que a ONU reconhece que os serviços de vigilância privativos 
se tornaram um grande mercado ao redor do mundo. “Os Estados são os principais responsáveis pelo 
cumprimento dos direitos humanos. 
O crescente movimento em direção à privatização da segurança levanta questões sobre os papéis, 
responsabilidades e, finalmente, acerca da prestação de contas em relação às violações dos direitos 
humanos e a abusos”, pontuou o relator especial. 
Em muitos países, há mais agentes privados de segurança do que públicos. Segundo a ONU, isso 
ocorre em locais como a Guatemala (onde existem seis seguranças particulares para cada policial), Índia 
(cinco para um), África do Sul (dois e meio para um) e Estados Unidos (mais de dois para um). 
“A ampliação do setor de segurança privada levanta a questão se seus provedores devem atender 
aos mesmos padrões da segurança pública no que tange ao uso da força, e se o mesmo nível de 
responsabilização toma lugar em casos de abuso de poder”, sustenta o relatório. 
(Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/03/06/Quais-s%C3%A3o-as-
atribui%C3%A7%C3%B5es-daseguran%C3%A7a-privada-no-Brasil> Acessado em 23 mar. 2020) 
 
Com base nos textos de apoio e em seus conhecimentos gerais, construa um texto dissertativo-
argumentativo, em terceira pessoa, de 25 (vinte e cinco) a 30 (trinta) linhas, sobreo tema: 
O papel da segurança pública e da segurança privada: onde começa a responsabilidade de uma e 
termina a de outra? 
 
(Estratégia Militares - 2020) 
TEXTO I 
Mobilidade Sustentável 
A questão da mobilidade urbana surge como um novo desafio às políticas ambientais e urbanas, 
num cenário de desenvolvimento social e econômico do país, no qual as crescentes taxas de urbanização, 
as limitações das políticas públicas de transporte coletivo e a retomada do crescimento econômico têm 
implicado num aumento expressivo da motorização individual (automóveis e motocicletas), bem como da 
frota de veículos dedicados ao transporte de cargas. 
 
 
 
 
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AULA 06 – COESÃO 
 
Em outras palavras, o padrão de mobilidade centrado no transporte motorizado individual mostra-
se insustentável, tanto no que se refere à proteção ambiental quanto no atendimento das necessidades de 
deslocamento que caracterizam a vida urbana. A resposta tradicional aos problemas de congestionamento, 
por meio do aumento da capacidade viária, estimula o uso do carro e gera novos congestionamentos, 
alimentando um ciclo vicioso responsável pela degradação da qualidade do ar, aquecimento global e 
comprometimento da qualidade de vida nas cidades (aumento significativo nos níveis de ruídos, perda de 
tempo, degradação do espaço público, atropelamentos e stress). 
A necessidade de mudanças profundas nos padrões tradicionais de mobilidade, na perspectiva de 
cidades mais justas e sustentáveis, levou à recente aprovação da Lei Federal nº 12.587 de 2012, que trata 
da Política Nacional de Mobilidade Urbana e contém princípios, diretrizes e instrumentos fundamentais 
para o processo de transição. Dentre estes, vale destacar: 
• integração (da Política Nacional de Mobilidade Urbana) com a política de desenvolvimento urbano 
e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do 
solo no âmbito dos entes federativos; 
• prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de 
transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; 
• integração entre os modos e serviços de transporte urbano; 
• mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na 
cidade; 
• incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias renováveis e menos 
poluentes; 
• priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do 
desenvolvimento urbano integrado; 
• restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados 
em locais e horários predeterminados; 
• aplicação de tributos sobre modos e serviços de transporte urbano pela utilização da infraestrutura 
urbana, visando a desestimular o uso de determinados modos e serviços de mobilidade, vinculando-
se a receita à aplicação exclusiva em infraestrutura urbana destinada ao transporte público coletivo 
e ao transporte não motorizado e no financiamento do subsídio público da tarifa de transporte 
público, na forma da lei; 
• dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e 
modos de transporte não motorizados; 
• monitoramento econtrole das emissões dos gases de efeito local e de efeito estufa dos modos de 
transporte motorizado, facultando a restrição de acesso a determinadas vias em razão da 
criticidade dos índices de emissões de poluição. 
(Disponível: <https://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/planejamento-ambiental-e-territorial-
urbano/urbanismo-sustentavel/mobilidade-sustent%C3%A1vel.html> Acesso em 26 mai. 2020) 
 
 
TEXTO II 
Os desafios da mobilidade urbana sustentável 
Na América Latina, a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa são os meios de transporte. 
Por isso, não é possível dissociar os problemas de mobilidade das mudanças climáticas, explica Ilan 
Cuperstein, vice-diretor para América Latina da organização C40. A rede internacional é formada por mais 
de 90 cidades que se comprometeram a zerar as emissões até 2050. “Para isso, várias mudanças drásticas 
têm que ser feitas: utilização apenas de veículos limpos; maior uso do transporte não motorizado, através 
de bicicletas, mais viagens a pé, patinete; todo tipo de transporte novo”, argumenta. 
 
 
 
 
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AULA 06 – COESÃO 
 
Segundo os especialistas, os novos modais não são a solução para os problemas de mobilidade. Eles 
são parte da solução. É o caso da bicicleta, mas também de novos sistemas como o BRT (Transporte rápido 
por ônibus) - uma criação de Curitiba que ganhou o mundo - ou o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), do Rio. 
O projeto carioca seguiu a tendência mundial de humanizar os grandes centros, tornando-os mais 
amigáveis para os pedestres. “Evidentemente o automóvel esgotou, e as novas gerações já não têm o 
mesmo sonho de ter um primeiro automóvel. Eles se viram muito bem com o Uber, taxi, caronas, de outra 
maneira. Lentamente, a cultura está mudando e é necessário aproveitar essa mudança para traçar um 
projeto de futuro”, aposta o filósofo Rogério da Costa, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 
(Disponível em: <https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-reportagem/2019/05/os-desafios-da-mobilidade-urbana-
sustentavel> Acesso em 26 mai. 2020) 
TEXTO III 
Atitudes simples, porém indispensáveis 
Uma campanha do DETRAN/RS, intitulada “Trânsito Seguro: o Motorista Consciente”, expressa a 
necessidade de todos fazerem sua parte no trânsito, sejam pedestres, ciclistas, motociclistas ou motoristas. 
Nela, o departamento sinaliza para a importância de adotar práticas mais seguras para que a qualidade de 
vida das pessoas seja garantida. A campanha elabora, ainda, uma lista com várias atitudes necessárias para 
a segurança no trânsito. 
Tais atitudes são simples e não causam quaisquer dúvidas quanto à sua realização. Uma delas, por 
exemplo, é a orientação para parar no sinal vermelho. Outras, com o mesmo grau de complexidade, são 
sinalizar antes de realizar qualquer manobra, não usar celular ao dirigir, dar a preferência para ambulâncias 
e outros veículos de emergência e, ainda, parar a cada 4 horas em casos de viagens longas. 
Outras recomendações, como ligar o pisca alerta e usar o triângulo em caso de parada causada por 
problemas no veículo, deixar a distância de 5 metros das esquinas ao estacionar, manter distância segura 
de outros veículos, usar farol baixo em dias chuvosos ou de neblina, também são feitas. Por fim, mas não 
menos importante, outras sugestões essenciais são não consumir estimulantes ou energéticos se for dirigir 
e, a recomendação mais feita em todos os lugares, se for dirigir, não beber. Neste caso, é importante ficar, 
pelo menos, 8 horas sem assumir o volante. 
Como se pode perceber, existem várias práticas para colaborar com um trânsito melhor. Muitas 
delas são atitudes básicas de segurança e apreço ao próximo. Basta ter consciência de que tomar medidas 
de precaução contribui para a manutenção da paz e da segurança em um espaço utilizado por todos os 
cidadãos que, como tais, devem exercer a cidadania em todas as atividades do seu dia a dia, em prol de 
uma vida com mais respeito e tranquilidade. 
(Disponível em: <https://www.politize.com.br/seguranca-transito-conscientizacao/> Acesso em 26 mai. 2020) 
 
 
 
TEXTO IV 
Integração de modais de transporte é o futuro 
A solução para a nova mobilidade urbana passa pela integração dos transportes. Esqueça aquele 
conceito de uma única forma de deslocamento. Vou de carro, vou de ônibus ou vou de bicicleta. Ficou no 
passado. As integrações são o presente e serão o futuro das cidades. E os sistemas de compartilhamento 
de carros, bicicletas e patinetes – e também de ônibus regular, como já vem surgindo – são os propulsores 
dessa mudança. Que veio para ficar. Isso é consenso. 
Além do caminhar, mesclar diferentes tipos de transporte para chegar de um ponto a outro ficou 
fácil e pode ser bem mais barato. A sociedade começa a perceber isso. As bicicletas públicas compartilhadas 
têm números animadores – crescimento de viagens superior a 300%, como é o caso do BikePE. Os sistemas 
dockless (sem estação) – patinetes elétricos e bicicletas – também crescem no País, apesar da polêmica 
que os envolve. Estudos começam a comprovar a constatação das ruas. Pesquisa do Instituto Ipsos e da 99 
 
 
 
 
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AULA 06 – COESÃO 
 
realizada nas cinco regiões do País, em junho, constatou que o brasileiro utiliza, em média, três modais 
diferentes durante a semana. E que a predominância na integração ainda é da caminhada – 13,9% dos 
entrevistados afirmaram que antes ou depois de usar um app de transporte privado caminhavam. Mas a 
utilização integrada com o transporte coletivo é forte – 10,2% – e com o automóvel é relevante – 9%. 
A avalanche de alternativas de transporte dos últimos anos também está provocando um outro 
fenômeno: desmistificando o automóvel e os valores sociais que sempre o envolveram. Outra pesquisa, 
realizada em 2018 pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS), entidade que financia projetos e estudos 
sustentáveis no País, mostrou que, de fato, o passageiro que hoje utiliza os aplicativos de transporte 
privado era usuário do transporte público (ônibus, metrô ou trem) – uma média de 50% das pessoas –, mas 
revela uma fuga do carro – entre 20% e 30% dos passageiros afirmaram que antes de usar um app com 
frequência tinham o automóvel como principal transporte. 
(Disponível em: <http://especiais.jconline.ne10.uol.com.br/novarotacao/integracao-de-modais-de-transporte-e-o-
futuro.php> Acesso em 26 mai. 2020) 
 
 
TEXTO V 
Acessível para quem? Como o transporte divide ricos e pobres na cidade brasileira 
Joana Barros e Michael Batty; Especial para a BBC Brasil. 
14 outubro 2016 
O objetivo básico do transporte é o de melhorar a conexão entre as pessoas, mas, muitas vezes, ele 
só faz aumentar a divisão social 
As cidades brasileiras estão entre as mais divididas do mundo. Sempre foram espacialmente 
segregadas. 
Assim, um dos desafios que elas têm é aumentar o acesso a empregos e oportunidades e criar 
comunidades que supram, de forma efetiva, necessidades de serviços locais. 
Para tanto, um planejamento de transporte integrado, incluindo diferentes modais, é uma 
prioridade urgente. 
Grandes cidades brasileiras como São Paulo não se beneficiaram de investimentos no setor 
ferroviário, particularmente em sistemas de metrô subterrâneos, equivalentes aos ocorridos em grandes 
cidades de países desenvolvidos e também do Sudeste Asiático. 
É importante compreender que altos investimentos são necessários para que essas cidades 
funcionem efetivamente. Somente dessa forma a segregação que dominou o passado pode ser reduzida, 
permitindo que cidades brasileiras alcancem o desenvolvimento econômico que cidades no Norte Global 
já atingiram há muitos anos. 
(Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-37572962> Acesso em 26 mai. 2020) 
 
Com base nos textos de apoio e em seus conhecimentos gerais, construa um texto dissertativo-
argumentativo, em terceira pessoa, de 25 (vinte e cinco) a 30 (trinta) linhas, sobre o tema: 
“Desafios na implantaçãode um modelo de mobilidade urbana sustentável” 
 
Estratégia Militares - 2020 
TEXTO 1 
O melhor controle parental ainda é a proximidade com seus filhos 
A Internet é livre e aberta a qualquer pessoa para que ela possa postar e criar conteúdos que, às 
vezes, são inadequados para crianças e adolescentes. Com isso, entende-se a preocupação dos pais sobre 
 
 
 
 
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AULA 06 – COESÃO 
 
o que é visto pelos filhos na web. É realmente importante estar atento aos conteúdos acessados por eles 
e com quem se comunicam na rede. Algumas vezes, os pais avaliam a possibilidade de instalar alguns 
programas que possam controlar o acesso de a algo impróprio. Porém, estes serviços de monitoramento 
podem não ser a melhor medida de controle, uma vez que isso pode enfraquecer o laço de confiança que 
existe com os filhos. 
Considerando esse aspecto, a orientação para boas escolhas na rede entra como prioridade em 
relação ao uso de tecnologias que restringem acesso na web, mesmo que esses sistemas também sejam 
adotados. Construir uma relação de diálogo, onde se possa conversar abertamente sobre diferentes temas, 
em especial aos que se referem à sexualidade e à privacidade é essencial. 
O mais recomendado é que a criança ou o adolescente possa ser escutado sobre a exposição que 
ela/ele faz de si na rede, que tipo de contatos realiza, com quem conversa, que conteúdos acessa e que 
sentimentos demonstra nessa relação com a vida virtual. É preciso ter habilidade para falar sobre assuntos 
que envolvem sentimentos de vergonha ou talvez coisas que, para eles, ainda estejam confusas. Construir 
um vínculo de confiança é a chave para proteger os filhos de alguns perigos, existentes também nos 
ambientes digitais. 
(Disponível em: <https://new.safernet.org.br/content/media%C3%A7%C3%A3o-parental> Acesso em 22 abr. 2020) 
 
TEXTO 2 
Adolescentes sofrem bullying na internet e escondem dos pais 
Enquanto 21% dos jovens entrevistados contam tudo o que acessam na internet para os pais, cerca 
de 42% mantêm alguma privacidade e outros 12% não contam nada 
Muito do que é feito na internet pelos adolescentes brasileiros é escondido dos pais, que imaginam 
ter o controle das ações dos filhos. Essa foi uma das conclusões de uma pesquisa feita pelo Portal 
Educacional, divulgada nesta quinta-feira. 
Enquanto 21% dos jovens entrevistados contam tudo o que acessam na internet para os pais, cerca 
de 42% mantêm alguma privacidade e outros 12% não contam nada. Enquanto isso, apenas 28% dos pais 
dizem que não controlam os conteúdos acessados pelos filhos e outros 72% acreditam controlar esse 
conteúdo de forma total ou parcial. 
A pesquisa "Este Jovem Brasileiro" é feita anualmente e conta com a participação de jovens 
estudantes, pais dos alunos e professores. Neste ano, o projeto contou com mais de 4 mil estudantes - 95% 
deles com idade entre 13 e 16 anos -, mais de 300 pais e cerca de 60 profissionais da educação. O estudo 
foi feito em 36 escolas particulares de 14 Estados do País. 
A pesquisa mostrou também que mais de 90% dos jovens começaram a acessar as redes sociais 
com 12 anos ou menos, e 86% admitem já ter mentido a idade para acessar conteúdo proibido para 
menores de 18 anos. Quase 95% acessam a internet todos ou quase todos os dias. 
Além disso, 22% dos jovens já ficaram, 11% já namoraram e 5% já tiveram relações sexuais com 
pessoas que conheceram na rede. Embora a maioria dos pais seja contra esse tipo de comportamento, 
apenas 1% sabe que os filhos tiveram relacionamentos que começaram online. 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
(Trecho disponível em: <https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/adolescentes-sofrem-bullying-na-
internet-e-escondem-dos-pais,0dec131bb29f7410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html> Acesso em 22 abr. 2020) 
 
TEXTO 3 
Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei 
que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo 
"atacados" porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são 
visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: "Há escolas que são 
gaiolas. Há escolas que são asas". 
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros 
engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-las para onde quiser. Pássaros 
engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. 
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. 
Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo 
já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. 
(Trecho de Gaiolas e asas, de Rubem Alves. Disponível em: 
<https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0512200109.htm> Acesso em 22 abr. 2020) 
 
Com base nos textos da prova de Língua Portuguesa, bem como no seu conhecimento de mundo, 
escreva um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, sobre o seguinte questionamento: 
Controle e liberdade na educação e na relação entre pais e filhos 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 06 – COESÃO 
 
Considerações finais 
Não deixe de produzir as redações e enviá-las para correção. É muito importante que você não 
acumule redações para a última hora, pois não teremos tempo para corrigir. 
Na próxima aula, vamos nos aprofundar ainda mais no estudo de coesão e coerência, pensando 
também alguns aspectos gramaticais. 
 Qualquer dúvida estamos à disposição no fórum ou nas redes sociais. 
Prof.ª Celina Gil 
Siga minhas redes sociais! 
 
 Professora Celina Gil @professoracelinagil @professoracelinagil

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