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ESA 
2024 
Prof.ª Celina Gil 
AULA 05 
Conclusão 
 
 
 
 
2 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
Sumário 
Apresentação 4 
1 - Repertório de redação 5 
2 – Conclusão 13 
2.1 – Conectivos de conclusão 15 
2.2 – Análise de redação 18 
2.3 – Exercícios: Conclusão 19 
3 - Propostas 27 
Considerações Finais 33 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 
Siga minhas redes sociais! 
 
 Professora Celina Gil @professoracelinagil @professoracelinagil 
 
 
 
 
 
4 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
Apresentação 
Olá! 
 Na aula de hoje, veremos: 
- Prática e estudo de desenvolvimento da conclusão; 
- Exercícios de identificação de temática; desenvolvimento de 
conclusão; e 
- Prática de redação. 
 
Nossas aulas de redação serão sempre compostas de 3 partes: 
 
 
Vamos lá? 
 
 
 
1 - Análise social
Apontamentos acerca de assuntos ligados ao contemporâneo. 
Esses apontamentos têm o objetivo de fortalecer seu repertório e auxiliar na elaboração de 
argumentos. 
2 - Estudo de uma parte da dissertação
Estudo aprofundado de uma das partes que compõe o texto dissertativo. 
Vamos passar por introdução, desenvolvimento, conclusão e coesão/coerência. 
3- Produção textual
Análise de redações/trechos de redações e/ou exemplo de produção textual. 
Propostas de redação inéditas para serem executadas pelo aluno. 
 
 
 
 
5 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
1 - Repertório de redação 
 Para nosso repertório de hoje, separamos alguns assuntos que tem a ver com arte, cultura 
e tecnologia. Esses são temas frequentes em sua prova e saber um pouco mais sobre eles pode 
ajudar você a encontrar repertório para suas redações. 
Tópicos 
 
 
1.1 - Indústria Cultural 
vamos pensar nas ideias de indústria cultural e cultura de massa. Esses são conceitos importantes para 
tratar de temas como consumismo, cultura e arte no contemporâneo. 
O termo Indústria Cultural foi popularizado 
enquanto conceito pela Escola de Frankfurt, 
principalmente pelos sociólogos Theodor Adorno 
(1903 – 1969) e Max Horkheimer (1895 – 1973). A 
Indústria Cultural seria uma das responsáveis pela 
formação do pensamento das sociedades mediadas 
pelo consumo e pela massificação. 
 A Indústria Cultural é como uma fábrica, que 
produz bens culturais padronizados e 
homogeneizados. Esses produtos alienam quem os 
consomem, pois não incentivam a reflexão ou o 
questionamento das estruturas. São apenas 
entretenimento, com o objetivo de domesticar as pessoas. 
 Nos habituamos sempre aos mesmo produtos, o que faz com que propostas mais inovadoras 
causem estranhamento e, por isso mesmo, nem sempre sejam capazes de atrair muito público. Por 
gerarem menos lucro, essas produções são vistas como inúteis, ou seja, colocamos na possibilidade de 
monetarização o valor da arte. 
 Outro perigo dessa estrutura é a criação de falsas necessidades: os meios de comunicação e difusão 
de cultura incentivam o consumo de modo que a felicidade parece que só pode ser atingida através dele. 
Outro conceito importante para esse assunto é a ideia de cultura de massa. Chama-se de cultura de 
massa os produtos da indústria cultural, ou seja, as expressões da cultura produzidas com o intuito de 
serem vendidas e gerar lucro. Seu objetivo é atingir o grande público. Uma de suas principais características 
é ser capaz de absorver aquilo que se opõe a ela: sabe aquele programa que passa na televisão e fala mal 
de televisão? É isso! 
 As principais influências da cultura de massa na literatura partem do cinema e da televisão. Hoje 
em dia, é possível ouvir falar também em cultura pop. São expressões, portanto, intimamente ligadas à 
ideia de consumo. 
 Nem tudo é maligno na Indústria Cultural e na produção de arte e cultura no sistema capitalista. 
Para outro pensador da Escola de Frankfurt, Walter Benjamin (1892-1940), a maior difusão da arte através 
dos meios de comunicação pode ser uma via de democratização da arte, pois a cultura alcança um número 
Indústria 
Cultural
Tecnologia 
hoje
Arte e 
Sociedade
 
 
 
 
6 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
maior de pessoas. Outra vantagem é que incentiva trabalhos não comerciais, já que incentiva o acesso às 
ferramentas de produção cultural. No nosso contexto contemporâneo, que lida com a internet, podemos 
pensar essa tensão entre alienação e tomada dos meios de produção cultural de maneira mais ampla. 
Podemos pensar desde as novas profissões da internet – como youtubers – até a facilidade de criação e 
disseminação de notícias falsas no contemporâneo (ambos temas importantes para a realidade brasileira). 
 
FILMES 
O Show de Truman (1998) Dir.: 
Peter Weir 
 
Acompanhamos a história de um 
homem que teve toda a sua vida 
televisionada num reality show. 
Coisas estranhas começam a 
acontecer e Truman passa a 
questionar sua realidade. 
Birdman (2014) Dir.: Alejandro 
G. Iñárritu 
 
Um ator de meia idade, que 
ficou muito famoso por conta de 
uma sequência de filmes de 
super-herói em que atuou 
quando jovem, tenta se 
estabelecer como um artista 
sério numa produção teatral. 
Yesterday (2019) Dir.: Danny 
Boyle 
 
Um músico em busca do sucesso 
sofre um acidente e, depois 
disso ocorre algo inusitado: 
ninguém mais no mundo se 
lembra que os Beatles existiram. 
Ele, então, passa a fazer muito 
sucesso “compondo” músicas 
dos Beatles. 
Cantando na chuva (1952) Dir.: 
Gene Kelly 
 
Em 1927, um grupo de atores e 
uma produtora cinematográfica 
enfrentam a difícil transição do 
cinema mudo para o falado. O 
filme lida com questões de 
mercado e arte dentro da 
indústria cinematográfica. 
Rebobine, por favor (2008) Dir.: 
Michel Gondry 
 
Dois funcionários de uma 
locadora acidentalmente 
apagam todos as fitas-cassetes 
do lugar. Para não sofrerem a 
represália do chefe, eles 
regravam todos os filmes de 
maneira amadora e improvisada. 
Era do rádio (1987) Dir.: Woody 
Allen 
 
O filme mostra uma série de 
pequenas histórias acerca da era 
de ouro do rádio, na primeira 
metade do século XX. Destaque 
para a passagem da suposta 
invasão alienígena transmitida 
pelo rádio. 
 
 
 
 
7 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
1.2 - Tecnologia 
 Essencialmente, o que norteia a discussão acerca dessa relação é a tentativa de tentar 
responder à pergunta: a tecnologia traz mais benefícios ou mais malefícios para o homem. 
 Ao longo do tempo, vivemos sob a ideia de que o progresso cientifico e tecnológico sempre 
levaria à evolução, ou seja, seríamos melhores na medida em que tivéssemos uma sociedade mais 
tecnológica. De fato, a tecnologia foi capaz de melhorar nossa vida e facilitar nossas ações 
cotidianas. Desde ações pequenas – como a possibilidade não precisar lavar a roupa à mão, pois 
há uma máquina – até maiores – como as viagens de avião ou a invenção de máquinas que auxiliam 
em tratamentos médicos. 
 A tecnologia, porém, não foi capaz de solucionar alguns problemas essenciais aos seres 
humanos: a igualdade não foi alcançada, não fomos capazes de eliminar a pobreza e ainda 
passamos por momentos de guerra e conflito intenso. Muitas vezes, inclusive, a tecnologia parece 
estar no centro de diversos desses problemas. Muita tecnologia, por exemplo, surge de pesquisas 
voltadas para a guerra, e as grandes corporações parecem muitas vezes incentivar a desigualdade 
social e lucrar com ela. Cabe sempre pensar como a tecnologia se insere na lógica de mercado, não 
eliminando as desigualdades, mas aprofundando-as. 
 O questionamento que fica é: 
 
 Um elemento importante ligado à tecnologia é a ideia de alienação. Vilém Flusser, filósofo, 
ao escrever sobre fotografia no livro A filosofia da caixa preta, conclui que somos alienados dosprocessos de produção que envolvem tecnologia, ou seja, nós não sabemos como as coisas 
acontecem, só que acontecem. 
 Um exemplo disso são nossos conflitos quanto ao uso de nossos dados na internet. Nós não 
sabemos de que modo nossos dados serão usados na internet, porque não conhecemos os 
processos tecnológicos. Ao não conhecer os processos, não fazemos uso da total capacidade da 
tecnologia. Além disso, corremos o risco de tratá-la como algo mágico, ou seja, de tratarmos os 
processos tecnológicos como tabu religioso e, por isso mesmo, imutáveis e inquestionáveis. 
 Veja algumas situações em que a relação com a tecnologia poderia ser um caminho para 
sua redação: 
Novos modos de relacionamento pessoal A influência da tecnologia no trabalho 
Inclusão de tecnologia na educação As diferenças geracionais do uso da tecnologia 
A onipresença da internet 
Diferença de comportamento na vida real e na 
digital 
FILMES 
A tecnologia piorou o homem?
Ou o homem é mau e a tecnologia evidencia isso?
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
Matrix (1999) - Dir.: Lana e Lilly 
Wachowski 
 
Neo é um hacker que descobre a 
verdade sobre a realidade ao 
conhecer um grupo rebelde. Eles 
mostram a Neo que o mundo e a 
relação dos homens com as 
máquinas não é exatamente o 
que ele pensava. 
Blade Runner (1982) - Dir.: 
Ridley Scott 
 
No ano de 2019, uma grande 
corporação cria clones humanos 
para trabalhar em colônias fora 
da Terra. Um ex-policial é 
chamado para caçar um grupo de 
clones que fugiu e se escondeu 
em Los Angeles. 
Ex_Machina: Instinto Artificial 
(2014) - Dir.: Alex Garland 
 
Programador vence concurso 
para passar uma semana na casa 
do CEO da companhia que 
trabalha. Lá, descobre que fará 
parte de um experimento 
interagindo com o primeiro robô 
de inteligência artificial. 
 
LIVROS 
 
1984 – George Orwell 
Em uma sociedade sempre em 
guerra, completamente vigilada 
por câmeras e telas, a 
personagem Winston Smith, um 
homem que trabalha alterando 
notícias de jornal, pensa 
secretamente em modos de 
burlar a tirania do Estado do 
Grande Irmão, entidade que 
observa a todos por telas. 
 
Admirável mundo novo – Aldous 
Huxley 
O livro conta a história de 
Bernard Marx, um homem que 
vive em uma sociedade que se 
organiza em torno da 
supervalorização do pensamento 
científico. Já não há mais 
estruturas familiares: as pessoas 
são geradas em laboratórios e 
adestradas para exercer seu 
papel na sociedade, que se 
organiza em castas. 
 
Eu, Robô – Isaac Asimov 
Coletânea de contos que, no 
entanto, se relacionam entre si. 
O livro discorre sobre a evolução 
dos robôs e a transformação de 
seu papel na sociedade ao longo 
do tempo. O último conto – e 
último estágio da evolução dos 
robôs – mostra a Terra sendo 
administrada por 4 máquinas que 
ditam desde os modos de 
produção até os de consumo. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
1.3 - Arte e Sociedade 
A relação entre arte e sociedade deve ser observada sempre a partir de algumas ideias que temos 
sobre arte. Qual o papel atribuímos às obras de arte que norteariam essa relação? 
A arte pode ser provocativa. Pode, por exemplo, criticar 
movimentos da sociedade contemporânea a ela ou produzir críticas 
contra uma pessoa ou governo em especial. A imagem ao lado, por 
exemplo, mostra um homem cercado de tecnologia. Ele está com as 
mãos amarradas e o corpo atado por fios, segurando um celular. No 
rosto, ele tem um aparelho de assistir à realidade virtual. Isso pode 
ser lido como uma crítica à sociedade que vivemos, que deposita 
expectativas demais na tecnologia e acaba ficando presa a ela, sem 
ser capaz de olhar para o real. 
Uma obra que busque despertar o senso crítico tem como 
objetivo ampliar os horizontes de pensamento, fazendo com que, 
muitas vezes, nos questionemos acerca do mundo como ele é. Por 
isso, diversos governos autoritários ao longo da história 
promoveram censura às artes. Ao longo da história, obras de arte 
foram censuradas por diversas razões, mas principalmente dois 
conteúdos provocavam maior número de proibições: questões 
morais ou críticas diretas ao governo/governante da época. 
Algumas obras que tratamos como clássicas sofreram 
oposição em sua época. A Capela Sistina de Michelangelo, por 
exemplo, foi considerada imoral por muitos por apresentar pessoas 
peladas na parede que representava o Juízo Final. Um pupilo de 
Michelangelo chegou a pintar panos sobre as personagens do 
afresco para cobrir seus órgãos genitais. No século XIX, Gustave Courbet teve sua obra “A origem do 
mundo”, que representava um órgão sexual feminino proibida de ser exposta e só foi parar nas paredes 
dos museus em 1995. Hoje em dia, obras de conteúdo “potencialmente ofensivas” são retiradas das redes 
sociais o tempo todo. 
 
 
A discussão sobre a censura às artes na sociedade é fundamental e você pode acabar encontrando-a, por 
exemplo, em uma proposta de redação. 
 
Fonte: Unsplash. Disponível 
em 
<https://unsplash.com/photo
s/uydt8hNz3hE> Acesso em 
04/05/20. 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
A arte também já serviu de propaganda e instrumento político de legitimação de governos ao longo 
da história. A sustentação de um governo depende não só de suas ações como também de apoio popular. 
Esse apoio pode ser construído através da arte e da cultura, usando das bens culturais como propaganda 
do governo. Essa mistura entre arte e política foi muito profícua na primeira metade do século XX, 
principalmente durante o período das Primeira e Segunda Guerras Mundiais. 
Veja dois exemplos abaixo: 
Arte Nazista 
Baseada em suas 
interpretações de mundo 
centradas na eugenia e na 
superioridade da raça ariana, a 
arte nazista vendia um mundo 
idílico e clássico. Representava a 
Alemanha como uma nação 
forte. 
Diferente da arte de vanguarda do 
período, a arte nazista fugia das abstrações e 
representavam o mundo de maneira mais 
naturalista. 
A escola de arte Bauhaus foi perseguida 
pelo regime por se opor ao ideal de arte do 
regime. Era parte do que eles chamavam de 
arte degenerada. 
Arte Soviética 
Após a Revolução 
Russa, em 1917, havia 
uma necessidade de 
garantir que a população 
apoiasse uma mudança 
tão brusca de governo. A 
cultura e as artes 
serviram pra por um lado 
reforçar os ideias da 
revolução e por outro 
criar um novo movo de fazer arte, com 
referenciais diferentes dos anteriores. 
Havia o incentivo à formação de grupos 
como o Proletkult (em português Cultura 
Proletária), com o objetivo de incentivar uma 
literatura de cunho social acessível ao povo. 
 
 
Intercâmbio entre culturas 
Quando se pensa em contato entre culturas diferentes, há algumas questões envolvidas, 
principalmente a ideia de Apropriação cultural. Apropriação Cultural acontece quando uma pessoa de uma 
cultura hegemônica adota aspectos de uma cultura que não é a sua, usando esses elementos sem a devida 
referência. Ela também se caracteriza pelo uso de elementos que eram originalmente fonte de opressão 
de um grupo por um outro dominante. Isso pode ocorrer principalmente em contextos de colonização. 
Muitas vezes, os grupos colonizadores se apropriam de elementos sem compreender seu verdadeiro 
significado cultural. Dentre os elementos mais comuns a terem seus usos questionado, encontramos 
acessórios e trajes, símbolos, culinária e expressões artísticas. 1 
 
 
 
1 A partir do texto disponível em < https://www.megacurioso.com.br/polemica/98787-20-fatos-para-voce-entender-o-que-e-
apropriacao-cultural.htm > Acesso em 22 dez. 2020. 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
PANTERA NEGRA 
 
 O filme “Pantera Negra” faz uma discussão importante sobre o assunto, abordando principalmente 
uma questão muito contemporânea: a devolução ou não de objetos de museus para seus países de origem. 
 
 
Fonte: Instagram Um filme medisse 
 
 Muitos dos grandes museus do mundo têm parte de seu acervo fruto de saques. O espólio das 
colonizações são entendidas hoje como parte da violência colonialista e países como França e Holanda têm 
promovido ações de devolução de obras para seus países de origem. O desafio desses países hoje é garantir 
condições de manutenção, exposição e restauro das obras que retornarem, já que um dos argumentos 
usados pelas instituições que resistem às devoluções é justamente o risco de deterioração das peças. Esse 
assunto não é apenas do passado: na Síria, desde o início da guerra, houve uma grande quantidade de 
tráfico ilícito de antiguidades. 
Mas qual a problemática envolvida? 
O problema não é você individualmente usar algo que acha bonito, mas quando um elemento de 
um grupo minoritário é "sequestrado" e passa a ser associado a outro grupo. Quando isso acontece, esse 
novo grupo é considerado inovador ou criativo, enquanto o grupo que usava originalmente pode ter sido 
marginalizado pelo mesmo elemento. Nos anos 50 nos EUA, por exemplo, o jazz era considerado música 
de negros e visto de maneira negativa. Quando músicos brancos começaram a gravar nesse ritmo, o jazz 
acabou se tornando uma música considerada refinada. A apropriação cultural, então, é um modo de 
reforçar o desequilíbrio social entre pessoas de grupos dominantes e minoritários. 
 
 
 
 
12 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 
Fonte: Pixabay 
Essencialmente, você deve aprender a diferença entre apropriação, intercâmbio e assimilação 
cultural: 
 
Relação entre artistas e poder constituído 
Um dos modos de relacionar-se com o poder, para além das críticas sociais ou questionamento de 
sistemas é através da cooperação. Uma das principais relações entre artistas e Estado está nas políticas de 
apoio às artes. Veja um breve histórico dos aportes financeiros do Estado para artes no Brasil. 
Século 19 – A vinda da Corte Real portuguesa para o país deu origem à criação de mecanismos culturais. 
Bibliotecas, teatros e casas de ópera começaram a integrar o cenário da colônia, como acontecia na Europa. 
Década de 1930 – governo Getúlio Vargas passou a ver o investimento como forma de propaganda. Nos 
20 anos seguintes, a atuação com caráter privado começou a se consolidar. 
Ano de 1986 – Período de redemocratização, criação da Lei Sarney. Considerada pioneira, instituía 
mecanismos de incentivo fiscal para atividades artísticas. Foi revogada em 1990, mas substituída em 1991 
pela Lei Federal de Incentivo à Cultura ou apenas Lei Rouanet. 
 
O meio mais utilizado para fomentar o mercado cultural é o mecenato. As pessoas físicas e jurídicas 
oferecem recursos que são usados como patrocínio para as realizações. Em troca, é comum que recebam 
contrapartidas, como o incentivo fiscal dado pelo governo e outras vantagens. 
O fomento cultural também pode surgir por meio de apoio ou parceria, mas nesses casos, não há a política 
de incentivo fiscal. 
(Disponível em <https://arteemcurso.com/blog/qual-e-a-realidade-do-incentivo-a-cultura-no-brasil/>) 
Apropriação Cultural é 
necessariamente uma 
relação de dominação, 
opressão. 
Intercâmbio Cultural ocorre 
quando diferentes culturas 
promovem trocas mútuas. 
Assimilação Cultural ocorre 
quando há uma 
obrigatoriedade por parte de 
povos oprimidos de 
performar a cultura de seu 
opressor. 
 
 
 
 
13 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 A relação entre arte e Estado, porém, sempre suscita uma série de discussões. Elencamos aqui 
algumas das principais questões que podem aparecer na sua prova ou até mesmo na sua redação. 
 
2 – Conclusão 
Na nossa aula 00, quando falamos sobre a conclusão da redação, citamos as principais estratégias 
para escrever uma conclusão. Relembre esses dados: 
• A conclusão deve ocupar apenas um parágrafo e ser tão sucinta quanto possível 
• Não se deve colocar informações novas. A conclusão é um momento de reflexão, de retomada das 
ideias principais, não de apresentação de dados. 
 
Partindo do exemplo da tese “Deve-se iniciar cedo a prática de atividade física, a fim de garantir 
uma maior qualidade de vida no futuro”: 
Modo de organização Exemplo 
Conectivos de conclusão: iniciar as 
orações da conclusão com palavras que 
tenham sentido conclusivo possibilita a 
retomada de ideias. 
Perceba que foi feito praticamente 
uma paráfrase dos argumentos. Reescrever 
os argumentos é um bom modo de finalizar 
seu texto. 
Portanto, deve-se incluir atividades físicas no dia a 
dia. Além de promover uma melhoria no aproveitamento 
do tempo no trabalho, atividades físicas também previnem 
doenças que podem encurtar a expectativa de vida. Essa 
percepção faz com que a atividade não seja uma 
obrigação, mas um novo modo de vida. 
Retomada da tese: retomar a ideia 
da tese citando os argumentos é o modo 
mais comum de concluir um texto. Se 
estiver com dificuldade de criar uma 
conclusão, esta é a maneira mais segura. 
Levando-se em consideração estes aspectos, pode-
se perceber que de fato a prática de atividades físicas influi 
em diversas áreas da vida no dia a dia. Ao mesmo tempo 
que é importante para a saúde, auxilia no trabalho 
(argumento principal) e na socialização com a família e 
amigos (argumentos secundários). Incluindo-a nos 
pequenos gestos do cotidiano, pode-se driblar a falta de 
tempo da vida moderna (contra-argumento) e realizar 
uma mudança de vida benéfica. 
O Estado deveria 
financiar a cultura e 
a arte?
A formação de 
público no Brasil é 
de responsabilidade 
de quem?
Quais as 
consequências da 
dependência de 
editais?
Como preservamos a 
Cultura e a Arte no 
Brasil?
 
 
 
 
14 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 
Antes de entrarmos nos exercícios em si, vamos pensar na ideia de progressão de texto. 
 A progressão do texto é o modo como um texto se constrói de maneira que as informações se 
conversem, ou seja, que elas estejam ligadas. Um texto não pode se construir apenas de frases soltas, 
dispostas de maneira aleatória. Nas próximas aulas, veremos sobre coesão e coerência. Por ora, vamos nos 
preocupar apenas com a ordem em que as informações são dispostas no texto. 
 
Contextualização 
Tese 
Argumento 1 
Argumento 2 
Conclusão com: 
Retomada do Argumento 2 
Retomada do Argumento 1. 
 
Para que um texto progrida, ele precisa trazer um tanto de novidade e um tanto de repetição. O 
que isso quer dizer que o texto deve trazer informações novas e remeter-se a algo dito anteriormente. 
 O desenvolvimento é o momento da novidade: você deve trazer argumentos diferentes daquilo que 
está na introdução para comprovar sua ideia. 
 A conclusão é o momento da repetição: você deve retomar o que foi dito antes, para reforçar sua 
ideia. Esse é o momento de fazer uma paráfrase dos seus argumentos. Lembre-se o que é uma paráfrase e 
estratégias para fazê-la: 
A paráfrase é uma reescrita do texto. Ocorre quando um autor reescreve, com suas próprias 
palavras, o texto de outro, mantendo o sentido original. Veja um: 
Texto Original Paráfrase 
Comprar por impulso e se livrar de bens que já 
não são atraentes, substituindo-os por outros 
mais vistosos, são nossas emoções mais 
estimulantes. Completude de consumidor 
significa completude na vida. 
Ser completo enquanto consumidor significa 
ser completo na vida. As sensações que mais 
nos estimulam vêm da compra por impulso e 
de livrar-nos de coisas menos atrativas, 
trocando-as por outras mais interessantes. 
Comprovada 
principalmente por esse 
argumento 
Retomado 
imediatamente na 
conclusão e preparando 
para a finalização com o 
argumento principal. 
 
 
 
 
15 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
(Zygmunt Bauman. A riqueza de poucos beneficia 
todos nós?, 2015. Adaptado.) 
 
Observe as possíveis estratégias utilizadas aqui para criar a paráfrase: 
• Inversão da ordem das informações – inverter os períodos ou a ordem das oraçõesajuda a diferenciar 
os textos. 
• Sinônimos – trocar palavras por outras de sentido equivalente é um modo de reescrever sem perder 
o sentido original. Ex.: “atraente” é substituído por “atrativas” na paráfrase. Termos genéricos (como 
a palavra “interessante” que utilizamos na nossa paráfrase, por exemplo) também funcionam. 
• Troca de classes gramaticais – muitas vezes, o mesmo radical pode dar origem a palavras de 
diferentes classes gramaticais. O radical “estimul-“, por exemplo, gera as palavras “estimulantes” e 
“estimulam”, respectivamente, adjetivo e verbo. 
 
 
 
Apenas mudar a ordem dos termos do texto não configura paráfrase. 
Você precisa reescrever. 
 
2.1 – Conectivos de conclusão 
Conclusivas: Relacionam pensamentos em que o segundo conclui o primeiro. 
A conjunção “pois” se emprega entre vírgulas. 
Ex.: consequentemente, logo, pois, por conseguinte, portanto. 
O carro quebrou; logo, não podemos viajar. 
Você está atrasado; deve, pois, pedir desculpas. 
 
 Veja na tabela abaixo uma lista de conectivos de conclusão com exemplos de uso: 
assim Assim, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho 
(argumento secundário), atividades físicas também previnem doenças que podem 
 
 
 
 
16 
Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
encurtar a expectativa de vida (argumento principal). Essa percepção faz com que a 
atividade não seja uma obrigação, mas um novo modo de vida (tese). 
assim sendo 
Assim sendo, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho 
(...) 
dessa forma 
Dessa forma, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho 
(...) 
dessa 
maneira 
Dessa maneira, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no 
trabalho (...) 
desse modo 
Desse modo, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho 
(...) 
em resumo 
Em resumo, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho 
(...) 
em síntese 
Em síntese, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho 
(...) 
em suma 
Em suma, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho 
(...) 
enfim Enfim, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho (...) 
logo Logo, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho (...) 
nesse 
sentido 
Nesse sentido, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no 
trabalho (...) 
portanto 
Portanto, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho 
(...) 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO 
 Muitos alunos têm dúvida quando o assunto é a famosa proposta de intervenção. Estamos 
acostumados a ouvir falar de redação sempre tendo o ENEM como referência, então é normal que essa 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
confusão ocorra. A proposta de intervenção é obrigatória na prova do ENEM, mas não em outras provas. 
Como identificar então quando você deve ou não a fazer? 
 Uma proposta de intervenção nada mais é do que uma sugestão de solução para o problema 
apresentado. Por vezes, a solução não é total, mas apenas uma ideia de como amenizar o problema. Não 
é seu ponto de vista, mas sim uma proposta prática: o que de fato pode ser feito no mundo quanto ao 
problema levantado. Ela deve ser utilizada quando a proposta da redação assim o exigir. Você reconhece a 
necessidade quando o tema faz escolhas lexicais como as a seguir: 
 
Como resolver o problema de (...) 
De que modo fazer com que (...) 
Medidas para (...) 
Modos de (...) 
 
Por vezes, não aparecerão essas expressões de maneira explícita. Pense, por exemplo, uma redação 
que o tema fosse “O conflito pode ser evitado”, que apareceu no Colégio Naval em 2019. Está implícita a 
ideia de que você deve, em sua redação, responder “Como o conflito pode ser evitado?”. É diferente, por 
exemplo, de uma proposta como a da AFA de 2020, que era “Qual, para você, seria a palavra do ano 2019”. 
Nesse caso, não há proposta de intervenção possível: você deve apenas apontar qual a palavra que você 
escolheria e defender sua escolha. Não há nenhuma questão a ser solucionada aqui. 
 A proposta nada mais é que uma demonstração do seu posicionamento enquanto cidadão, de 
maneira crítica e reflexiva. Para isso, se pergunte: 
O que deve ser feito? 
Quem deve fazer? 
Como deve fazer? 
Para que fim? 
 
DICA: sempre que for buscar responsáveis para resolve um problema, pense em três instâncias: 
- Estado: leis, políticas públicas, políticos etc. 
- Sociedade: família, instituições de ensino, empresários, cidadãos de modo geral etc. 
- Indivíduos: as pessoas diretamente envolvidas com o problema em questão. Por exemplo: em questões 
de saúde, os profissionais da área; em questões de educação, professores e pedagogos etc. 
 Se você abordar essas três instâncias na sua proposta de intervenção, ela ficará completa e 
abrangente. Lembre-se que o principal risco de uma proposta de intervenção é que ela fique rasa ou 
proponha soluções fáceis/sem materialidade. 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 
2.2 – Análise de redação 
 Na sua prova, a menos que seja expressamente pedido que haja uma intervenção, você 
deve preferir fazer uma redação que simplesmente retome os argumentos expostos. Veja um 
exemplo desse tipo de conclusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
2.3 – Exercícios: Conclusão 
Na aula de hoje vamos fazer uma dinâmica um pouco diferente do que temos feito. Você 
encontrará aqui redações prontas, apenas sem conclusão. Seu objetivo é ler a redação, identificar os 
argumentos de cada uma e escrever uma redação que retome os argumentos e a tese. 
Vamos lá? 
Proposta 
Todas as redações aqui selecionadas se referem a uma mesma proposta: FUVEST 2010, cujos textos 
de apoio eram: 
Um mundo por imagens 
 
 
A imaginação simbólica é sempre um fator 
de equilíbrio. O símbolo é concebido como uma 
síntese equilibradora, por meio da qual a alma dos 
indivíduos oferece soluções apaziguadoras aos 
problemas. 
 
Gilbert Durand 
Ao invés de nos relacionarmos diretamente 
com a realidade, dependemos cada vez mais de 
uma vasta gama de informações, que nos alcançam 
com mais poder, facilidade e rapidez. É como se 
ficássemos suspensos entre a realidade da vida 
diária e sua representação. 
Tânia Pellegrini. Adaptado. 
 
Na civilização em que se vive hoje, constroem-se imagens, as mais diversas, sobre os mais variados 
aspectos; constroem-se imagens, por exemplo, sobre pessoas, fatos, livros, instituições e situações. 
No cotidiano, é comum substituir-se o real imediato por essas imagens. 
 
 
 
 
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AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
Dentre as possibilidades de construção de imagens enumeradas acima, em negrito, escolha apenas 
uma, como tema de seu texto, e redija uma dissertação em prosa, lançando mão de argumentos e 
informações que deem consistência a seu ponto de vista. 
 
 
I. 
 
 
TESE: 
 
 
 
 
 
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AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
ARGUMENTOS: 
 
 
 
 
CONCLUSÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
II. 
 
 
 
 
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TESE: 
 
ARGUMENTOS: 
 
 
CONCLUSÃO: 
 
 
 
 
 
 
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AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
III. 
 
 
TESE: 
 
ARGUMENTOS: 
 
 
CONCLUSÃO: 
 
 
 
 
 
 
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AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
IV. 
 
TESE: 
 
ARGUMENTOS: 
 
 
 
CONCLUSÃO: 
 
 
 
 
 
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AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comentários 
I. Sem limites 
Essa redação se desenvolveu em tornoda ideia de que imagens, mais do que simplesmente 
entreter, são capazes de mudar situações vigentes, podendo mesmo trazer esperança em situações 
difíceis. 
Os argumentos são primeiro baseados em filmes em que a criação de imagens e fuga À realidade 
possibilitou a sobrevivência em um ambiente hostil. Depois, utiliza-se a citação de Martin Luther King 
(“Eu tenho um sonho”) para mostrar que uma imagem triste também pode mudar a realidade. Após o 
discurso de esperança e a morte de King, há uma diminuição da violência contra os negros nos EUA. 
 
 
 
 
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AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
A conclusão original da redação foi: 
 
 
II. Questão de sobrevivência 
Essa redação se desenvolveu em torno da ideia de que criamos imagens para tornar o mundo 
mais bonito do que ele realmente é. 
Os argumentos são: como tudo é muito breve e efêmero no mundo, criamos imagens para tentar 
aproveitar e fixar os momentos; pessoas sofrendo com a desigualdade social também criam imagens 
para tentar tornar sua realidade menos penosa; cada pessoa cria imagens de acordo com suas próprias 
concepções de mundo e contextos. 
A conclusão original da redação foi: 
 
 
 
III. Fatos: símbolos na memória 
Essa redação se desenvolveu em torno da ideia de que os fatos em si pouco importam. Mais 
importantes são suas consequências a partir das representações e símbolos obre ele. 
 Os argumentos são: o primeiro, sobre como um evento do passado pode ser compreendido no 
futuro de acordo com os anseios de seu tempo (sobre como entendemos o Quilombo dos Palmares de 
maneira diferente do que ele era entendido então); o segundo, sobre como em cada contexto, mesmo 
no presente, produz imagens diferentes sobre a mesma pessoa ou situação (a partir do exemplo do caso 
Cesare Battisti). 
A conclusão da redação original foi: 
 
 
 
 
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AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 
 
IV. Simbolizar o passado, descobrir o presente 
Essa redação se desenvolveu em torno da ideia de que a manipulação de imagens é capaz de 
transformar as pessoas, dando-lhes status diferentes do que na vida real. 
Os argumentos partem de exemplos da história brasileira: um para mostrar como uma imagem 
pode mudar o significado de algum evento ou processo histórico (o grito da independência); o outro, 
demonstrando como a atuação de pessoas pode ser ressignificada posteriormente através das imagens. 
Assim, sua conclusão deveria abordar esses assuntos, reescrevendo-os. 
A conclusão original da redação foi: 
 
 
 
 
 
3 - Propostas 
(ESA – 2016) 
Com o aumento das doações de órgãos, a lista de pessoas que esperam por um transplante - que 
em 2008 era de 64.774 - agora é de 37.336 pessoas. Disparada em primeiro lugar está a lista de espera de 
pacientes com doença renal crônica (24.687 pessoas). Em seguida vêm as pessoas que necessitam de 
transplante de fígado (2.063) e de rim e pâncreas (648 pacientes). O desafio não está apenas em obter o 
consentimento das famílias. A saúde pública precisa estar apta para captar os órgãos. 
Disponível em: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-doacao-de-orgaos-avanca-imp-,1568331. Acesso em: 
05/04/2017. (Com adaptações) 
 
 
 
 
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AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
Elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: “Desafios da doação de órgãos no 
Brasil”. Para isso, reflita sobre as principais dificuldades que envolvem o processo de doação: tomada de 
decisão das famílias, infraestrutura de hospitais e de equipes de captação e distribuição. 
 
(INÉDITA) 
“As mulheres ainda foram maioria nos cuidados com a casa: 145,1 milhões de pessoas com 14 anos 
ou mais de idade realizaram afazeres domésticos no ano passado, sendo 68 milhões de homens e 82,1 
milhões de mulheres. 
"Há um fenômeno estrutural, que é as mulheres fazerem mais afazeres domésticos que os homens. 
A taxa de participação dos homens até vem caminhando um pouco no sentido de melhorar, mas ainda é 
um problema estrutural no nosso País", explicou Aguas.” 
Por Daniela Amorim. Trecho disponível em: <https://www.terra.com.br/economia/ibge-mulheres-trabalham-quase-
o-dobro-de-horas-que-homens-nos-cuidados-da-casa-e-
parentes,2fc7106b3e9eef04f93d50ff83885bf2xcbjucbu.html> Acesso em 10 set. 2019. 
 
Elabore um texto dissertativo-argumentativo, com no mínimo 20 (vinte) e no máximo 30 (trinta) 
linhas, refletindo sobre a persistência da desigualdade de gênero no Brasil do século XXI. 
 
Estratégia Militares - 2020 
TEXTO 1 
A valorização da música e a desvalorização do músico 
A pandemia do Covid-19 expõe a vulnerabilidade do trabalho musical pós-digital 
Nas respostas à crise do coronavírus, a música tem sido uma das principais protagonistas. Nas 
varandas, nas lives no Instagram e no Facebook, nas manifestações encabeçadas por celebridades a favor 
do isolamento social, nos festivais virtuais independentes ou patrocinados, só dá ela. A música até nos 
pareceu uma resposta natural ao momento necessário de coletividade, união e conscientização, afinal 
"music makes the people come together", já cantava a bola a hitmaker Madonna na virada do milênio (em 
"Music", 2000). 
Públicos, cativos ou não, encontraram na música uma distração para a árdua tarefa de ficar em casa, 
fazer parte da construção de barreiras para frear a transmissão do vírus e aplacar a angústia que traz a falta 
de respostas governamentais efetivas para evitar o colapso econômico que se anuncia. Sem dúvidas, como 
muitos colegas críticos de música têm celebrado, são lindas e louváveis as iniciativas de músicos e 
produtores que vêm disponibilizando seu tempo e seu trabalho (frise-se!) para shows virtuais cem porcento 
na faixa. Porém, é nesse trabalho, que agora se espera gratuito, que residem questões profundas e 
complexas que devem ser postas. 
Fazer música, nesta crise humanitária, converteu-se em um sinal de altruísmo, de doação. O artista 
que não quiser/puder entrar nessa onda de shows gratuitos pode até mesmo ser considerado pouco 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
empático à situação — leitura, inclusive, que já podemos observar em comentários direcionados a 
determinados artistas nas redes sociais. Essa cobrança e até mesmo queixa que têm assolado alguns 
artistas mostra que o público, muitas vezes, está alheio a tudo o que pode envolver o fazer música ao vivo 
e online, como direitos autorais, cinegrafistas, editores, qualidade de equipamentos de imagem e som etc. 
A falta de empatia, para usar o termo do momento, talvez resida em querer de graça a única coisa que tais 
artistas têm a nos oferecer: seus shows, suas vozes e suas canções. 
Quem paga a conta dos músicos? Aplausos, visualizações e curtidas virtuais, via de regra, não 
enchem os bolsos do artista nem de toda a cadeia produtiva que está por trás de uma canção gravada, 
composta ou apresentada (destaquemos aqui a extensa rede de produtores, instrumentistas, 
compositores, técnicos de som etc.). Embora, em editais e em negociações com casas de espetáculos, o 
alcance virtual de determinado artista tem contado como um importante argumento para sua contratação, 
na nova configuração da produção musical independente, é nos shows que a grande maioria dos artistas 
ganha o seu pão, como o sociólogo Thiago Galletta já apontou em "Cena Musical Paulistana dos Anos 2000: 
a Música 'Brasileira' Pós-Internet'" (2015). 
Uma vez que todos os shows, com toda a razão, foram suspensos para auxiliar no controle da 
pandemia do Covid-19, de onde virá o sustento desses músicos que estão por aí sendo intimados a 
disponibilizarem seu trabalho como se fossem voluntários em uma espécie de Músicos Sem Fronteiras? O 
atual desamparo ao qual a classe artística musical está submetida só expõe a fragilidade, a precariedade e 
a vulnerabilidade do trabalho musical no Brasil nos últimos anos. 
(Disponível em: <https://medium.com/revista-bravo/avaloriza%C3%A7%C3%A3o-da-m%C3%BAsica-e-adesvaloriza%C3%A7%C3%A3o-do-m%C3%BAsicoc5d409008fd3> Acesso em 15 abr. 2020) 
 
TEXTO 2 
 
TEXTO 3 
Tempo e Artista 
Chico Buarque 
Imagino o artista num anfiteatro 
Onde o tempo é a grande estrela 
Vejo o tempo obrar a sua arte 
Tendo o mesmo artista como tela 
 
Modelando o artista ao seu feitio 
O tempo, com seu lápis impreciso 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
Põe-lhe rugas ao redor da boca 
Como contrapesos de um sorriso 
 
Já vestindo a pele do artista 
O tempo arrebata-lhe a garganta 
O velho cantor subindo ao palco 
Apenas abre a voz, e o tempo canta 
 
Dança o tempo sem cessar, montando 
O dorso do exausto bailarino 
Trêmulo, o ator recita um drama 
Que ainda está por ser escrito 
 
No anfiteatro, sob o céu de estrelas 
Um concerto eu imagino 
Onde, num relance, o tempo alcance a glória 
E o artista, o infinito 
(Disponível em: https://www.letras.mus.br/chico-buarque/86064/ Acesso em 15 abr. 2020) 
 
Com base nos textos da prova de Língua Portuguesa, bem como no seu conhecimento de mundo, 
escreva um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, sobre o seguinte questionamento: 
 
O papel da arte e imagem do artista no contemporâneo. 
 
(INÉDITA) 
Com base na coletânea que segue abaixo, escreva um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, 
sobre: 
Os novos arranjos familiares no século XXI 
 
TEXTO 1 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
 
 
TEXTO 2 
Por que temos filhos? 
A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a reprodução é um 
imperativo, fazendo parte de várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da história. A 
paternidade também encerra dimensões culturais, econômicas e emocionais. 
Inspirado em “Anti-Pluralism”, de William Galston, arrisco algumas reflexões sobre a matéria. 
Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho 
doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria 
para os pais. 
Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer 
contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou de 
ser um bem privado para tornar-se um bem público. 
Embora a paternidade possa trazer recompensas emocionais, do ponto de vista estritamente 
econômico, ela favorece a sociedade como um todo, enquanto a maior parte dos custos recai sobre os 
genitores. 
E por que crianças beneficiam a sociedade? A crer na análise de economistas como Julian Simon, 
riqueza são pessoas. Quanto mais gente, melhor, já que são indivíduos que têm ideias (além de consumir 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
produtos) e são as novas ideias que vêm assegurando o brutal aumento de produtividade a que assistimos 
nos últimos 200 anos. 
E isso nos coloca diante de um dos grandes dilemas dos tempos modernos. Para assegurar a 
sustentabilidade da exploração dos recursos naturais do planeta, precisaríamos estabilizar ou até reduzir a 
população. Só que fazê-lo é uma espécie de suicídio econômico, já que ficaria muito difícil manter taxas 
positivas de crescimento, sem as quais instituições como previdência e até democracia representativa 
podem entrar em colapso. 
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. Adaptado) 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Celina Gil 
 
 
 
AULA 05 – CONCLUSÃO 
 
Considerações Finais 
Não deixe de produzir as redações e enviá-las para correção. É muito importante que você não 
acumule redações para a última hora, pois não teremos tempo para corrigir. 
Na próxima aula, vamos nos aprofundar ainda mais no estudo de coesão e coerência, pensando 
também alguns aspectos gramaticais. 
 Qualquer dúvida estamos à disposição no fórum ou nas redes sociais. 
Prof.ª Celina Gil 
Siga minhas redes sociais! 
 
 Professora Celina Gil @professoracelinagil @professoracelinagil

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