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1. Processo de Planejamento Financeiro do Profissional CFP
2. Responsabilidade Fiduciária e Conduta Profissional
3. Perfil de competência do Planejador Financeiro
4. Gestão Financeira
4.1 Orçamento e Fluxo de Caixa
4.2 As contas do Balanço Patrimonial Pessoal
4.3 Crédito e Gestão de Dívidas
5. Ambiente Macroeconomico, Regulatórioe Fundamentos de Economia de Finanças
5.1 Fundamentos de Economia
5.2 Sistema Financeiro Nacional
5.3 Normas e Regulação
5.4 Fundamentos de Finanças e Análise de Investimentos
CONTEÚDO
MÓDULO I
PROCESSO DE 
PLANEJAMENTO
FINANCEIRO
PROCESSO DE 
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO DO PROFISSIONAL CFP
Um bom planejamento financeiro é o que permitirá a um indivíduo ou a uma família a realização 
dos seus objetivos, sejam de curto, de médio ou de longo prazo. Muitas vezes se observam pessoas 
que têm uma renda alta, mas mesmo assim não conseguem ter organização financeira, resultando 
em endividamento ou mesmo em situações onde não se tem o mínimo de reservas, nem para uma 
eventual emergência.
No nosso país, infelizmente, são poucas as famílias/indivíduos que possuem um bom planejamento 
financeiro, devido à baixa educação financeira que temos. O planejamento financeiro deveria fazer 
parte da rotina de todos os indivíduos, independente da renda, pois é ferramenta essencial na 
construção de patrimônio, organização financeira, construção de reservas para emergências e, em 
última análise, gerador de qualidade de vida para quem o realiza.
Se for suficientemente preciso e bem elaborado, ele pode proporcionar uma vida financeira 
pessoal saudável e equilibrada, ponderando as conquistas de metas de curto e médio prazo com a 
necessidade poupar recursos para o futuro.
ETAPAS DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 4
O profissional CFP deve, obrigatoriamente, seguir as seis etapas abaixo para a construção de um 
planejamento financeiro junto ao seu cliente:
1. Definir e Estabelecer o Relacionamento com o Cliente
Esse é a primeira etapa e nela o profissional CFP irá demonstrar e explicar para o cliente o processo 
de planejamento financeiro e também as competências do planejador financeiro. Após um primeiro 
contato, é importante o planejador financeiro entender se tem as competências para satisfazer 
as necessidades do cliente, isso porque nem sempre o profissional terá todo o conhecimento 
necessário para a solução de uma determinada demanda trazida pelo cliente. Nesse sentido, deve 
o profissional CFP encaminhar para outro profissional, caso não tenha a capacidade mínima.
Se identificar que possui a capacidade, deve-se então definir o escopo do relacionamento, ou seja, 
o objetivo do trabalho, o tempo de duração do mesmo e também as responsabilidades de cada um 
(planejador e cliente) na execução da demanda.
É muito importante que o profissional informe o cliente de forma detalhada e objetiva a respeito do 
processo de planejamento financeiro que será colocado em prática no atendimento a esse cliente.
Definir a forma de remuneração do planejador financeiro
Existem diversas formas de remuneração que podem ser cobradas pelos planejadores financeiros:
 • Tarifas/Mensalidades: refere-se ao serviço de consultoria prestado pelo planejador, 
calculado geralmente com base em horas trabalhadas. Esse formato de compensação 
independe do volume investido ou administrado pelo profissional.
 • Taxas de administração: o planejador pode ser remunerado também por meio do rebate 
de taxa de administração cobrada por determinado fundo de investimento em que o cliente 
investiu recursos.
 • Comissões: o profissional pode também, eventualmente, intermediar a venda de produtos 
e serviços a seus clientes, tais como Planos de Previdência e Seguros e, portanto, receber 
comissões por isso.
 • Taxas de performance: a compensação do profissional pode envolver também taxas de 
performance, que seriam devidas em função da superação de algum resultado previamente 
estabelecido.
 • Composição das anteriores: é possível também ao planejador oferecer ao cliente uma 
combinação de duas ou mais formas de cobrança. Por exemplo, um valor fixo cobrado 
mensalmente mais o rebate que receber de um fundo de investimento em que o cliente 
investir o dinheiro.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 5
Responsabilidades do planejador financeiro, 
do cliente e de outros assessores
São responsabilidades básicas do planejador financeiro:
 • Proteger os dados e informações do cliente (confidencialidade);
 • Analisar e respeitar o perfil de risco do cliente nas suas recomendações;
 • Evitar potenciais conflitos de interesses e quando houver, informar os mesmos ao cliente;
 • Ser claro, independente, objetivo e colocar sempre na frente os objetivos do cliente;
 • Fazer estudos e análises de todo o cenário e características antes de apresentar as 
recomendações ao cliente.
 • Ser um bom ouvinte e fazer uma investigação profunda para conhecer o cliente
 • Educar, explicar e explicitar formalmente as características básicas das aplicações, incluindo 
riscos
 • Informar o cliente sobre taxas e comissões
 • Realocar a carteira quando necessário, observando benefícios e custos de tal 
rebalanceamento
 • Monitorar constantemente os investimentos
São responsabilidades básicas do cliente:
 • Explicitar dúvidas ao consultor;
 • Ser claro e honesto em relação à sua situação econômica e patrimonial, incluindo origens 
de recursos;
 • Cumprir todas as demandas tributárias;
 • Arcar com os custos do trabalho do planejador, conforme acordado;
 • Ser claro honesto com relação ao entendimento e conhecimento dos produtos e cenário 
econômico;
 • Tentar seguir ao máximo as estratégias traçadas no planejamento financeiro;
 • Entender as limitações de resultados de acordo com a situação atual do seu patrimônio.
É muito importante que num processo de planejamento financeiro de longo prazo se tenha metas 
e objetivos, e mais que isso, foco para o atingimento. Evidente que poderão existir alterações nas 
metas e objetivos e pra isso é muito importante definir um cronograma de reuniões periódicas 
focadas em monitorar a aderência da estratégia aos objetivos de curto, médio e longo prazo do 
cliente.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 6
2. Coletar informações necessárias para elaboração de um plano financeiro 
e que permitam uma visão completa do cliente.
Essa é a segunda etapa do planejamento financeiro e tem como objetivo que o planejador consiga 
ter uma visão completa do cliente nos seguintes temas:
 • Gestão Financeira;
 • Gestão de Investimentos;
 • Gestão de Risco e Seguros;
 • Planejamento de Aposentadoria;
 • Planejamento Fiscal;
 • Planejamento Sucessório.
A partir dessa visão geral, deve estar identificado quais os objetivos pessoais e financeiros do cliente, 
como comprar uma casa em alguns anos, viajar com a família, entre outros. Também nessa etapa 
serão coletados dados quantitativos/documentos e também qualitativos (perfil de investimento, 
por exemplo). Assuntos como padrão de vida, desejos, receitas e despesas, e possíveis limitações 
são mais bem ilustradas nessa fase. 
A coleta de informações costuma ser feita através de duas ferramentas principais com objetivo de 
elaborar o perfil do cliente: 
 • Questionário: perguntas, normalmente fechadas, com objetivos de localizar e situar o 
cliente numa faixa ou classificação específica com relação, por exemplo, a idade, renda e 
patrimônio.
 • Entrevistas: costumam trazer perguntas mais abertas, possibilitando ao planejador uma 
avaliação global e mais qualitativa da situação, com obtenção de opiniões, reações e 
pontos de vista do cliente.
Ao final da coleta de dados é comum o planejador elaborar um elaborar um relatório com objetivos 
de organizar as informações. Os dados coletados são fundamentais para se definir a situação 
específica do cliente e iniciar as análises com vistasà elaboração do planejamento financeiro.
3. Analisar e avaliar a situação financeira do cliente
A atividade de um planejador financeiro é muito abrangente, vai além da orientação sobre 
investimentos. Para que a orientação multidisciplinar tenha sucesso, é fundamental ouvir o cliente 
e entender seu contexto. Com base nas informações coletadas, o planejador deve ser capaz de 
identificar:
 • Os objetivos financeiros do cliente, por exemplo: gestão financeira, aquisição de imóvel, 
troca de carro, projeções para a aposentadoria etc.
 • Os objetivos pessoais (realização de viagens, fazer um MBA no exterior etc.).
 • Situações específicas, tais como: divórcio, invalidez, doença terminal, filhos com 
necessidades especiais etc.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 7
Primeiro passo nessa etapa é a determinação da capacidade de correr riscos por parte do cliente. 
Capacidade de correr riscos é uma medida técnica, calculada a partir do quanto a carteira/cenário 
suporta de risco. Já a disposição para assumir riscos é uma definição psicológica, a partir de cada 
investidor e como o mesmo lida com uma eventual perda.
Capacidade: Quanto o cliente pode correr de risco
Disposição: Quanto o cliente quer correr de risco
Importante:
CENÁRIO O QUE FAZER
Disposição menor ou igual à capacidade Respeitar a disposição
Disposição maior que a capacidade Respeitar a capacidade
Naturalmente, em alguns casos não é possível atingir um determinado resultado financeiro com 
uma carteira, de acordo com disposição/capacidade de correr risco do cliente. Nesse tipo de 
situação, é papel do planejador financeiro orientar o cliente sobre a realidade e à readequação de 
objetivos de acordo com o cenário. 
Os principais objetivos de acumulação de capital costumam ser:
 • Patrimônio: envolve algum plano de aquisição em um prazo futuro de um imóvel, títulos, 
etc.
 • Geração de Renda: envolve situação onde cliente deseja alguma renda no futuro para 
ele ou para um herdeiro. Nesse caso o planejador precisa entender qual o percentual da 
carteira precisa ser alocado para garantir a renda desejada pelo cliente.
 • Aposentadoria: Envolve situação onde o cliente deseja alguma renda/retorno específico 
para a sua aposentadoria. Normalmente, é o percentual da carteira que será alocado em 
títulos com prazo maior.
Também é importante avaliar e identificar se o cliente possui exposição a riscos (vida, patrimônio, 
saúde, responsabilidade, etc). Nesses casos, usualmente, o planejador indica contratação de 
seguros (de risco ou de acumulação) para mitigar esses riscos.
4. Desenvolver as recomendações de 
planejamento financeiro e apresentá-las ao cliente
Ao apresentar as recomendações, o planejador deve assegurar-se que o cliente tem um adequado 
entendimento:
 • dos fatores e premissas atuais que foram fundamentais para as recomendações;
 • dos riscos da estratégia sugerida;
 • do provável impacto das recomendações sobre a capacidade de o cliente atingir seus 
objetivos, devendo evitar apresentar sua opinião como um fato.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 8
Nessa fase, é importante informar que as recomendações de planejamento financeiro 
provavelmente serão modificadas, à medida que mudem as condições pessoais, econômicas e 
outras variáveis do cliente.
Antes de apresentar ao cliente, o planejador financeiro precisa desenvolver as estratégias do 
planejamento financeiro. Com relação específica aos investimentos, a gestão pode ser de dois 
tipos:
 • Ativa: Tem como objetivo performar acima de algum indicador de rentabilidade, por 
exemplo o CDI ou Ibovespa. Ou seja, essa carteira pretende ter rentabilidade melhor do 
que a do mercado.
 • Passiva: Tem como objetivo performar “indexado” a algum indicador de rentabilidade. Se 
escolhe o índice que se deseja seguir e a rentabilidade deverá estar atrelada a esse índice.
Obs.: Alguns autores também tratam de uma terceira forma de gestão, que seria a semiativa, 
que seria uma forma menos arriscada que a gestão ativa, estando indexado também a um índice, 
porém, com um peso maior da carteira em setores que se acredita que tenham um forte potencial 
no futuro.
5. Implementar as recomendações de planejamento financeiro
Após apresentar as recomendações, é necessário executar as possíveis alterações na carteira do 
cliente. Nesse sentido, a responsabilidade pela execução das ordens de compra e venda para 
reposicionamento da carteira pode ser de responsabilidade do próprio planejador financeiro, 
como administrador de carteira ou do cliente, sendo o profissional CFP apenas um consultor.
A responsabilidade pela implementação do plano poderá ou não estar a cargo do planejador 
financeiro, conforme acordado na etapa que definiu o relacionamento das partes. Se estiver a 
cargo do planejador, um cronograma deverá ser definido e os passos da execução detalhados e 
apresentados ao cliente para conhecimento e aprovação.
O envolvimento do cliente também será imprescindível nessa fase, uma vez que quaisquer 
movimentações financeiras dependerão de autorização do titular. Com base no escopo da 
contratação, o profissional de planejamento financeiro identifica e orienta em relação a produtos 
e serviços apropriados que sejam consistentes com as recomendações de planejamento financeiro 
aceitas pelo cliente e que atendam a seus objetivos, necessidades e prioridades.
Caso haja previsão de alocação de parcela do patrimônio em fundos de investimento, diferentes 
gestores poderão ser avaliados. A expertise na gestão, idoneidade do administrador e gestor, 
a consistência na entrega dos resultados e histórico de volatilidade são aspectos a serem 
considerados.
Alocação em títulos de crédito privado deve ser feita considerando o risco de crédito do emissor. 
Se necessário, o planejador deverá auxiliar o cliente na abertura de cadastro junto a instituições 
fornecedoras de produtos selecionados e a corretoras.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 9
6. Monitorar a situação do cliente
Mesmo com a implementação das eventuais mudanças, o trabalho do planejador financeiro ainda 
não está concluído. Isso porque o último passo seria o monitoramento da situação do cliente, após 
as alocações. Isso é importante por dois motivos, principalmente:
 • Os produtos escolhidos podem estar performando abaixo do que era a expectativa inicial 
e/ou abaixo da necessidade definida anteriormente.
 • Houve alterações no perfil do cliente ou fatos novos (nascimento de um filho, perda de 
emprego, etc) que irão impactar no balanceamento atual da carteira.
Via de regra, se aconselha a revisão do planejamento anualmente, mas nada impede que revisões 
sejam feitas antes desse período, de acordo com fatos e acontecimentos novos que possam surgir 
na realidade do cliente.
Nas reuniões periódicas de monitoramento será identificado se:
 • As condições do cliente, estabelecidas originalmente, permanecem ou houve alterações 
importantes de patrimônio, geração de renda, sucessão, saúde, metas, desafios, 
necessidades e objetivos;
 • O resultado obtido pela carteira de investimentos é condizente com o esperado;
 • As condições de mercado para os diversos segmentos (renda fixa, ações, câmbio etc.) 
mudaram desde a última revisão? Caso positivo, será necessário ajustar o portfólio em 
razão das novas expectativas de mercado e do cliente.
RESPONSABILIDADE FIDUCIÁRIA 
E CONDUTA PROFISSIONAL
Código de conduta ética e responsabilidade profissional da Planejar
Aplicabilidade e Cumprimento 
O Código de Conduta Ética e Responsabilidade Pro¬fissional da Planejar estabelece Princípios e 
Regras aplicáveis a: 
a) pessoas físicas certifi¬cadas para o uso das marcas CFP® (Planejadores CFP®); 
b) pessoas jurídicas e físicas não certi¬ficadas para o uso das marcas que sejam associadas à 
Planejar (Associados). Tanto os Princípios quanto as Regras contidos neste Código constituem 
normas de observância obrigatória. O descumprimento de quaisquerdestas normas pelos 
Planejadores CFP® e Associados acarreta a instauração de procedimentos disciplinares para 
sua apuração, conforme previsto na seção IV deste Código. 
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 10
Termos e Expressões (Seção I)
Quando utilizados neste Código e em seu anexo, os termos e expressões abaixo terão o respectivo 
signi¬ficado a eles atribuído conforme esta seção:
Planejar 
Associação Brasileira de Planejadores Financeiros.
Associado 
Qualquer pessoa física ou jurídica associada à Planejar, ainda que não seja certi¬ficada como 
Planejador CFP®.
Planejador 
Qualquer profi¬ssional atualmente certifi¬cado pela Planejar, sendo-lhe autorizado o uso das 
marcas CFP®.
Cliente 
Qualquer pessoa, física ou jurídica, que contrate um Planejador CFP® e associado para lhe prestar 
serviços pro¬fissionais de planejamento ¬financeiro. Quando os serviços são prestados a uma 
pessoa jurídica, o cliente é a própria pessoa jurídica, agindo por meio de seu representante legal. 
Código 
O presente Código de Conduta Ética e Responsabilidade Pro¬fissional da Planejar. 
Conflito de interesses 
Situação ou circunstância em que o Planejador CFP® e associado obtenham ou possam obter, para 
si ou para terceiros, vantagem indevida e de que resulte, ou possa resultar, prejuízo para seus 
clientes, ou que impeça ou restrinja sua capacidade de prestar aconselhamento, recomendações 
ou serviços de forma isenta.
Processo de planejamento fi¬nanceiro pessoal ou processo de planejamento financeiro
Compreende a análise de dados dos clientes, tais como objetivos, perfi¬l de tolerância ao risco 
e avaliação da situação ¬financeira para o correto desenvolvimento e monitoramento de 
recomendações e/ou alternativas de planejamento ¬financeiro. 
Remuneração 
Signi¬fica todo e qualquer ganho do Planejador CFP® ou Associado no desenvolvimento de suas 
atividades junto aos clientes, contemplando todas as fontes e formas, pecuniárias ou não, diretas 
e indiretas, de remuneração, independentemente da denominação utilizada, que configurem 
benefício econômico, tais como taxas, comissões, honorários, “rebates”, entre outras.
Suitability 
Análise cuidadosa da situação fi¬nanceira, experiência e objetivos do cliente, para fi¬ns de 
apresentação de aconselhamento ¬financeiro. Para a defi¬nição do perfi¬l do cliente, devem ser 
analisados, no mínimo, os seguintes aspectos: (I) experiência em matéria de investimentos; (II) 
horizonte de tempo; (III) objetivos; e (IV) capacidade de tolerância ao risco.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 11
Princípios (seção II)
Princípio 1: Cliente em primeiro lugar
Colocar os interesses do cliente em primeiro lugar e não considerar ganhos ou vantagens pessoais 
acima dos interesses do cliente.
Princípio 2: Integridade
Agir com integridade, observando, não apenas o conteúdo, mas também o espírito do Código. A 
confiança depositada pelos clientes pressupõe atuação honesta, íntegra e transparente. Agindo 
com integridade, o Planejador CFP® e associado mantêm e aprimoram a imagem pública do uso 
das marcas CFP® e o compromisso de bem servir.
Princípio 3: Objetividade
A objetividade requer honestidade intelectual e imparcialidade na atuação no âmbito do escopo de 
serviço acordado. As recomendações devem ser feitas de forma pragmática, isenta, transparente e 
respaldada em princípios técnicos.
Princípio 4: Imparcialidade
A imparcialidade traduz-se na identificação, informação e administração de possíveis conflitos de 
interesses envolvidos no processo de planejamento financeiro. O Planejador CFP® e associado 
devem informar clientes e colegas de forma imparcial sobre seus direitos e deveres, assim como 
tratá-los como gostariam de ser tratados.
Princípio 5: Profissionalismo
O profissionalismo exige comportamento digno e respeitoso com clientes, colegas, instituições 
vinculadas ou concorrentes e órgãos reguladores, sempre em conformidade com a legislação 
vigente e o Código. O profissionalismo pressupõe o espírito de cooperação e requer que 
posicionamentos públicos sejam feitos com moderação.
Princípio 6: Competência
A competência exige atingir e manter um nível adequado de habilidades, capacidades e 
conhecimentos para o fornecimento de serviços profissionais de planejamento financeiro pessoal. 
Inclui, também, sabedoria e maturidade para conhecer suas limitações e situações em que a 
consulta ou o encaminhamento para outro(s) profissional(is) sejam apropriados. A competência 
requer compromisso constante com a educação continuada.
Princípio 7: Confidencialidade
Proteger a confidencialidade de todas as informações dos clientes, de forma a permitir acesso 
apenas às pessoas autorizadas. Um relacionamento de confiança com o cliente só pode ser 
construído sob o entendimento de que as informações serão tratadas de forma discreta e segura, 
sem revelações inadequadas.
Princípio 8: Diligência
Fornecer serviços profissionais de forma diligente. A diligência exige que o Planejador
CFP e Associado atendam aos compromissos profissionais com zelo, dedicação e rigor, cuidando e 
supervisionando adequadamente a execução dos serviços profissionais de acordo com o escopo, 
condições e prazos acordados com o cliente.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 12
Regras (seção III)
Regra 1 – O planejador CFP deverá assegurar que suas preferências ou interesses pessoais não 
afetem de forma adversa os serviços prestados ao cliente.
Regra 2 – O planejador CFP não deve omitir a clientes ou terceiros os potenciais benefícios 
gerados em proveito próprio pelos serviços prestados.
Regra 3 – O planejador CFP não deve fornecer, direta ou indiretamente, informações falsas ou 
enganosas relacionadas às suas qualificações ou serviços.
Regra 4 – O planejador CFP não deve incorrer em conduta desonesta, fraudulenta, enganosa 
ou falsa.
Regra 5 – O planejador CFP deve exercer julgamento prudente ao oferecer e prestar serviços.
Regra 6 – O planejador CFP não deve adotar conduta que possa impactar negativamente a 
imagem das Marcas CFP e da profissão de planejador financeiro.
Regra 7 – O planejador CFP deve comunicar todos os fatos relevantes para evitar que clientes 
ou partes relacionadas sejam induzidos a erros ou enganos.
Regra 8 – O planejador CFP deve fazer e/ou implementar recomendações adequadas 
(suitability) a seu cliente.
Regra 9 – O planejador CFP deve acordar com seus clientes os serviços e remuneração a serem 
fornecidos, necessariamente, antes de implementá-los.
Regra 10 – O planejador CFP deve comunicar-se de forma a garantir que o cliente compreenda 
as recomendações de seu planejamento financeiro e tome decisões conscientes.
Regra 11 – O planejador CFP deve segregar o patrimônio do cliente do seu patrimônio 
individual, de seu empregador ou de quaisquer outros, a menos que tal procedimento seja 
legalmente previsto e/ou expressamente autorizado por escrito entre as partes.
Regra 12 – O planejador CFP não deve tomar dinheiro emprestado do cliente ou emprestar 
dinheiro ao cliente, exceto se:
a) O cliente tiver relação de parentesco até o segundo grau com o Planejador CFP ou, ainda, 
quando for seu cônjuge ou companheiro;
b) O cliente for uma instituição pertencente ao Sistema Financeiro Nacional e o empréstimo 
não estiver relacionado com os serviços prestados.
Regra 13 – O planejador CFP deve respeitar as diretrizes e regras do Guia de Uso das Marcas 
CFP.
Regra 14 – O planejador CFP deve cumprir e respeitar os procedimentos da Planejar, incluindo 
as obrigações de educação continuada, para manter o direito de uso das Marcas.
Regra 15 – O planejador CFP que receber notificação de instauração de processo judicial ou 
administrativo relacionado à sua atividade profissional deverá notificar a Planejar por carta ou 
e-mail com Aviso de recebimento (AR) ou protocolo em até 30 dias corridos do recebimento da 
notificação. Após a conclusão do processo, a Planejar deverá ser informada sobre o resultado.PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 13
Regra 16 – O planejador CFP deve manter atualizados seus dados cadastrais no sistema da 
Planejar, em até 30 dias corridos da alteração.
Regra 17 – O planejador CFP deve assessorar os clientes apenas naquelas áreas de sua 
competência. Nas áreas em que não forem competentes, o Planejador CFP deve buscar 
consultoria e/ou encaminhar os clientes para profissionais qualificados.
Regra 18 – O planejador CFP deve realizar análise técnica e imparcial dos produtos e serviços 
a serem recomendados aos clientes, podendo valer-se da análise de terceiros de reputação 
comprovada.
Regra 19 – O planejador CFP deve manter seus conhecimentos atualizados em todas as 
áreas que envolvam o processo de planejamento financeiro e cumprir todas as exigências de 
educação continuada da Planejar.
Regra 20 – O planejador CFP deve conhecer e observar os seguintes documentos da Planejar, 
disponíveis no site:
a) Perfil de competência do planejador financeiro;
b) Melhores práticas de planejamento financeiro.
Regra 21 – O planejador CFP deve tratar as informações do cliente como confidenciais, exceto 
se tiver que:
a) Responder a processos legais;
b) Satisfazer a legislação e regulamentação oficiais vigentes;
c) Atender a obrigações para com empregadores ou sócios;
d) Defender-se contra acusações de conduta irregular em disputa civil ou criminal;
e) Prestar serviços profissionais em nome do cliente com sua autorização por escrito.
Regra 22 – O planejador CFP deve agir com prudência para proteger as informações e a 
propriedade do cliente, incluindo a segurança de informações armazenadas, seja ela de forma 
física ou eletrônica.
Regra 23 – O planejador CFP deve devolver documentos ou qualquer outro bem do cliente 
mediante sua solicitação, assim que possível, ou em conformidade com os prazos estabelecidos 
com o cliente.
Regra 24 – O planejador CFP deve, sempre que aplicável, documentar, identificar e manter 
atualizadas as informações do cliente sobre as quais exerça qualquer tipo de supervisão.
Regra 25 – O planejador CFP deve supervisionar ou direcionar, de forma prudente e 
responsável, quaisquer subordinados ou terceiros a quem deleguem responsabilidades por 
quaisquer serviços para o cliente.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 14
Procedimentos Disciplinares (Seção IV)
O eventual descumprimento dos Princípios e Regras contidos neste Código será objeto de apuração 
pela Planejar, seja de ofício ou mediante o recebimento de denúncia, devendo o respectivo 
procedimento disciplinar ser conduzido de acordo com o estabelecido no documento “Normas 
Disciplinares e Procedimentos Para Apuração de Descumprimentos às Regras do Código de 
Conduta Ética e Responsabilidade Profi-ssional da Planejar”, anexo a este Código.
Serão assegurados, na condução do procedimento disciplinar, a ampla defesa e o contraditório, 
sendo observadas também a celeridade, a razoabilidade e a simplifi-cação dos atos (informalidade). 
Na hipótese de reconhecimento da irregularidade atribuída ao Planejador CFP® e Associado, serão 
aplicadas as penalidades também previstas no documento “Normas Disciplinares e Procedimentos 
Para Apuração de Descumprimentos às Regras do Código de Conduta Ética e Responsabilidade Pro-
fissional da Planejar”.
Melhores práticas (seção V)
Recomenda-se que o planejador CFP:
a) Desenvolva mecanismos para formalizar com seu cliente o escopo do trabalho, os custos
envolvidos, a remuneração pelos serviços, os prazos acordados e outros itens que as partes
julguem necessários;
b) Comunique ao cliente qualquer informação que possa afetar sua decisão de contratá-lo;
c) Informe ao cliente que a Planejar é o canal oficial para reclamações.
PERFIL DE COMPETÊNCIAS 
DO PLANEJADOR FINANCEIRO
A Planejar traduziu e publicou uma brochura denominada “Perfil de Competências do Planejador 
Financeiro”, elaborada pelo Financial Planning Standards Board (FPSB).
O material visa informar ao público e a todos os interessados na atividade de planejamento 
financeiro pessoal as habilidades, os atributos, as competências e as atitudes esperadas de um 
planejador financeiro certificado pela Planejar.
A figura mostra o Perfil de Competências do Planejador Financeiro, composto por capacidades, 
habilidades profissionais e conjunto de conhecimentos.
Capacidades do planejador financeiro: coleta, análise e síntese
O material “Capacidades do Planejador Financeiro” descreve as diversas tarefas que os 
profissionais de planejamento financeiro devem ser capazes de realizar no decorrer dos trabalhos 
de planejamento financeiro para clientes, qualquer que seja o tipo, o contexto ou sua localização.
O profissional de planejamento financeiro utiliza uma ou mais capacidades, além de habilidades, 
atitudes, juízos e conhecimento relacionados ao trabalho, para fornecer com competência um 
planejamento financeiro aos clientes. Cada capacidade descreve determinada tarefa que o 
profissional de planejamento financeiro certificado executa ao fornecer o planejamento financeiro 
a um cliente.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 15
O FPSB classificou as capacidades do planejador financeiro em três funções:
Coleta
Durante a coleta, o profissional de planejamento financeiro obtém as informações necessárias para 
preparar um plano financeiro. Essa fase vai além da simples reunião de informações, incluindo 
também a identificação de fatos relacionados, por meio de cálculos requeridos e a ordenação das 
informações do cliente para análise.
Análise
Durante a análise, o profissional de planejamento financeiro identifica e considera problemas, 
faz pesquisa financeira e avalia as informações resultantes para poder formular estratégias para o 
cliente.
Síntese
Durante a síntese, o profissional de planejamento financeiro sintetiza as informações para formular 
e avaliar estratégias para criar um plano financeiro.
Habilidades profissionais do planejador financeiro: responsabilidade profissional, prática, 
comunicação e cognição
O FPSB classificou as habilidades profissionais requeridas de um profissional de planejamento 
financeiro em quatro áreas:
Responsabilidade profissional
 • Demonstrar discernimento ético, honestidade intelectual e imparcialidade;
 • Reconhecer os limites de sua competência;
 • Reconhecer o papel de interesse público da profissão.
Prática
 • Cumprir com as leis e os regulamentos do mercado financeiro como também com o Código 
de Conduta Ética na prática da profissão;
 • Fazer julgamentos adequados em campos não abordados pela legislação de regulação da 
prática profissional;
 • Manter-se atualizado com as mudanças nos ambientes econômicos, políticos e 
regulatórios;
 • Aprender continuamente para assegurar a atualização dos conhecimentos e habilidades;
 • Fazer pesquisas adequadas durante a realização e o desenvolvimento de estratégias;
 • Exercer autonomia e iniciativa no desempenho das atividades profissionais.
Comunicação
 • Ouvir o cliente;
 • Estabelecer um bom relacionamento com o cliente e outras pessoas;
 • Comunicar verbalmente informações e ideias de forma compreensível;
 • Construir boa comunicação escrita;
 • Apresentar raciocínios lógicos e persuasivos;
 • Lidar eficazmente com objeções e reclamações;
PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO | CFP | EA BANKING SHOOL 16
Cognição
 • Aplicar métodos ou fórmulas matemáticas, conforme a necessidade;
 • Analisar e integrar informações de várias fontes para chegar a soluções;
 • Usar raciocínio lógico para avaliar pontos fortes e fracos de eventuais linhas de ação;
 • Tomar decisões fundamentadas perante informações incompletas ou inconsistentes;
 • Demonstrar capacidade de adaptação de seus pensamentos e comportamentos.
A Planejar acredita que o Planejamento financeiro transforma a vida das pessoas e entende que 
estabelecer o relacionamento com o cliente, entender seus valores, sonhos, objetivos e momento 
de vida, além de realizar a coleta detodas as informações pertinentes, são imprescindíveis para 
elaborar um bom planejamento financeiro.
GESTÃO
FINANCEIRA
GESTÃO 
FINANCEIRA
GESTÃO FINANCEIRA
Orçamento e Fluxo de Caixa
Na gestão financeira e constituição de patrimônio, dois exercícios são fundamentais para que 
qualquer indivíduo possa maximizar seus resultados, sejam eles ter equilíbrio financeiro ou 
constituir patrimônio. O primeiro exercício consiste na elaboração de um orçamento pessoal ou 
familiar, onde o objetivo principal é estabelecer um fluxo de caixa que permita o cumprimento dos 
compromissos mensais ou, ainda melhor que isso, estabelecer um fluxo superavitário que permita 
a geração de poupança. O outro exercício consiste na construção de um balanço patrimonial, cujo 
objetivo é demonstrar as posições patrimoniais do indivíduo. 
O orçamento pessoal engloba dois tipos de informação, as entradas de recursos, ou seja, os 
rendimentos, salários e outras receitas auferidas e as saídas de recursos, gastos diversos, aplicações 
ou custos em geral. Um bom orçamento deve estabelecer metas e objetivos para que as entradas 
de recursos sejam maiores que as saídas. Pra isso é importante que exista um planejamento onde 
serão definidas necessidades e prioridades onde o indivíduo possa estabelecer os seus hábitos de 
consumo dentro da renda disponível.
Alguns passos importantes para elaboração de um orçamento consistente:
1. Criar uma planilha mapeando todas as entradas e saídas de recursos dos últimos doze 
meses. Pra isso podem ser usados como fonte de informação extratos bancários, canhotos de 
cheques, extratos dos cartões de crédito. O ideal é que a planilha já seja criada separando as 
diferentes categorias de gastos, fixos, variáveis, obrigatórios, facultativos, etc.
2. Fazer um levantamento dos gastos futuros (12 meses), considerando também despesas 
sazonais, como férias e outros. Nesse ponto já é possível identificar gastos que poderão ser 
reduzidos ou eliminados.
3. Orçar despesas imprevistas, é importante reservar uma parte dos recursos para eventos 
inesperados.
4. Estimar custos que podem ser sofrer alteração em virtude de algum reajuste, como por 
exemplo o aluguel que costuma ser reajustado pelo IGPM
5. Após determinar os valores mensais por categoria, calcular os custos como um percentual 
da receita líquida.
6. Projetar também as receitas mensais estimadas para os próximos 12 meses.
7. Determinar o total de despesas e em quais meses irão ocorrer despesas maiores, como 
impostos, seguros ou outras despesas com recorrência anual.
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 4
8. Projetar o orçamento completo para os próximos 12 meses ajustando eventuais desencaixes 
para que as obrigações de cada mês possam cumpridas.
9. No decorrer dos meses, fazer o comparativo entre as despesas reais e as projetadas, fazendo 
os ajustes necessários para cumprimento dos objetivos propostos
10. Fazer uma análise contínua do que pode ser otimizados nas diferentes categorias de 
despesas sobre as quais é possível ter algum controle e, se possível, por que não, pensar em 
alternativas que permitam criar novas fontes de receitas e ampliar o poder de poupança. 
Informações que costumam fazer parte de um orçamento:
Entradas Saídas
Salário Aplicações mensais (Investimentos, Previdência)
Receitas de alugueis
Custos fixos obrigatórios
- Despesas de moradia (aluguel, financiamento, água, luz, etc)
- Despesas com veículo (prestação, seguro,
estacionamento, combustíveis, manutenção)
- Impostos
- Seguros
Dividendos
Custos fixos facultativos
- Internet, Serviços de streaming, telefone, etc
- Academia/clube
Receitas de juros Custos variáveis obrigatórios- Alimentação
Reembolso de impostos
Custos variáveis facultativos
- Lazer
- Férias
Outras receitas Fluxo de caixa líquido = Entradas – Saídas
O orçamento doméstico se refere nada mais é do que uma previsão de entradas e saídas de um 
indivíduo ou família durante um determinado período. Já o fluxo de caixa relaciona as movimentações 
financeiras (entradas e saídas) por seus valores reais e na data em que efetivamente ocorrem. Se 
o orçamento se concretizar, o fluxo de caixa será composto pelas mesmas informações, porém 
organizadas por data e com detalhamento maior. Importante também planejar um orçamento que 
permita reservar uma parcela das receitas para poupança e investimentos.
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 5
Exemplo de Orçamento 
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 6
As contas do Balanço Patrimonial Pessoal
O balanço patrimonial é uma demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e 
qualitativamente, a posição patrimonial e financeira de uma empresa em determinada data. 
Podendo também ser utilizado para verificar as posições patrimoniais e financeiras de uma família 
ou indivíduo. No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas conforme os elementos 
patrimoniais registrados e agrupados de modo a facilitar o conhecimento e análise da situação 
financeira.
O balanço patrimonial pessoal pode ser considerado também uma fotografia da situação 
patrimonial da pessoa em determinado momento. Ele aponta o que foi feito com a renda percebida 
ao longo da vida e indica se os recursos foram utilizados de forma construtiva, visando formar um 
patrimônio. Considerando que essa situação sofre alterações ao longo do tempo, é preciso refazer 
esse balanço periodicamente (pelo menos uma vez por ano). A época de entrega da Declaração de 
Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) é ideal para analisar a evolução patrimonial do ano de 
referência, já que, no formulário, são reportados os ativos (bens e direitos) e os passivos (dívidas 
e obrigações). A soma de todos os ativos (valor atual de mercado), descontadas as dívidas (saldo 
devedor), resultará no patrimônio líquido do indivíduo, que é a riqueza formada até aquela data.
Ativos
Todos os bens e direitos, como imóveis, veículos, investimentos, dinheiro guardado, direitos 
a receber de terceiros, seja por serviços prestados, seja por devolução de empréstimos são 
considerados ativos. É importante registrar o valor de mercado dos bens, isto é, o valor que o 
mercado estaria disposto a pagar por aquele bem. No caso de investimentos, considerar o valor 
líquido, após pagamento de taxas e impostos. 
Ao elaborar o balanço patrimonial, é interessante distinguir os ativos de uso pessoal, (que geram 
despesas), e os ativos que geram renda. O imóvel residencial, a casa de campo ou de praia e os 
veículos da família são considerados ativos de uso pessoal. Proporcionam conforto, bem-estar, 
entretanto, são fontes de despesa. Aplicações financeiras e imóveis adquiridos para locação ou 
venda futura são exemplos de ativos que geram renda. Essa parte do patrimônio será fundamental 
para gerar renda complementar na aposentadoria, por exemplo.
Passivos
São as dívidas contraídas, tanto de curto como de longo prazo. 
Dívidas de curto prazo 
São consideradas dívidas de curto prazo as parcelas de empréstimos vincendos em até 1 ano, 
tais como crédito rotativo (limite do cheque especial e cartão de crédito), crédito consignado, 
empréstimo pessoal, crediários etc. 
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 7
Dívidas de longo prazo 
Parcelas vincendas em prazo superior a um ano, tais como financiamento imobiliário, financiamento 
de automóvel e empréstimos em geral.
Patrimônio líquido
O Patrimônio Líquido, resultante do total de ativos menos o total dos passivos, indica a riqueza de 
uma pessoa, sendo um dos mais importantes indicadores das finanças pessoais, e o monitoramento 
de sua evolução evidencia se estamos construindo ou destruindo riqueza. Se boa parte ou toda 
a renda é dispendida em consumo, não haverá crescimento patrimonial. O ideal é que parte da 
renda seja destinada à expansão do patrimônio.
Exemplo de Balanço Patrimonial Pessoal
Depois de compreendermos os conceitos de orçamento doméstico, que relaciona receitas e 
despesas e balanço patrimonial, que relacionaos ativos, passivos e patrimônio líquido, vamos 
analisar um exemplo que engloba ambas as ferramentas:
Considere as informações financeiras sobre uma família composta pelo casal Adriano e Taís e sua 
filha Giovana:
Telefones (Gasto mensal) R$ 150,00 
Restaurantes (Gasto mensal) R$ 1.000,00 
Salário Líquido Mensal Taís R$ 5.000,00 
Imóvel Residencial R$ 300.000,00 
Saldo Aplicação CDB (Liquidez diária) R$ 150.000,00 
Parcela Mensal Financiamento Imobiliário R$ 2.500,00 
Saldo Acumulado VGBL R$ 50.000,00 
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 8
Seguro Automóveis (Mês) R$ 400,00 
Combustível (Gasto mensal) R$ 800,00 
IPVA (Gasto mensal) R$ 400,00 
Condomínio (Gasto mensal) R$ 500,00 
Supermercado (Gasto mensal) R$ 2.000,00 
Contas Mensais (Água, Energia, Telefone, Gás) R$ 500,00 
Saldo Devedor Fin. Imobiliário R$ 100.000,00 
Mensalidade Faculdade Taís R$ 500,00 
Parcela Carro Adriano R$ 2.000,00 
Estacionamento (Gasto mensal) R$ 200,00 
Manutenção (Gasto mensal) R$ 300,00 
Saldo Devedor Carro Adriano Parcelas Restantes: 10) R$ 25.000,00 
Outras Despesas Pessoais R$ 1.000,00 
IPTU (Gasto mensal) R$ 200,00 
Internet/Serviços de Streaming R$ 200,00 
Saldo Aplicação Ações R$ 50.000,00 
Aporte Mensal VGBL R$ 1.000,00 
Carro Adriano R$ 95.000,00 
Carro Taís R$ 80.000,00 
Mensalidade Escola Giovana R$ 1.500,00 
Planos de Saúde (Gasto mensal) R$ 1.500,00 
Cálculo do orçamento doméstico 
e o patrimônio líquido da família.
Primeiro passo é classificar todos os lançamentos conforme devem ser alocados no orçamento e 
balanço:
 • Orçamento Doméstico: agrupa as entradas e saídas de caixa que ocorrem com recorrência. 
Exemplo: Salários, supermercado, manutenção automóveis, etc.
 • Balanço Patrimonial: separa os ativos, ou seja, bens que podem ser transformados em 
dinheiro, e passivos, itens para os quais será preciso despender de recursos financeiros 
para quitação. A diferença entre ativos e passivos resulta no patrimônio líquido. 
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 9
Reagrupamento dos lançamentos conforme classificação Orçamento/Balanço:
RUBRICA VALOR CLASSIFICAÇÃO DEMONSTRATIVO
Telefones (Gasto mensal) R$ 150,00 Saída Orçamento
Restaurantes (Gasto mensal) R$ 1.000,00 Saída Orçamento
Salário Líquido Mensal Taís R$ 5.000,00 Entrada Orçamento
Imóvel Residencial R$ 300.000,00 Ativo Balanço
Saldo Aplicação CDB (Liquidez 
diária) R$ 150.000,00 Ativo Balanço
Parcela Mensal Financiamento 
Imobiliário R$ 2.500,00 Saída Orçamento
Saldo Acumulado VGBL R$ 50.000,00 Ativo Balanço
Seguro Automóveis (Mês) R$ 400,00 Saída Orçamento
Combustível (Gasto mensal) R$ 800,00 Saída Orçamento
IPVA (Gasto mensal) R$ 400,00 Saída Orçamento
Condomínio (Gasto mensal) R$ 500,00 Saída Orçamento
Supermercado (Gasto mensal) R$ 2.000,00 Saída Orçamento
Contas Mensais (Água, Energia, 
Telefone, Gás) R$ 500,00 Saída Orçamento
Saldo Devedor Fin. Imobiliário R$ 100.000,00 Passivo Balanço
Mensalidade Faculdade Taís R$ 500,00 Saída Orçamento
Parcela Carro Adriano R$ 2.000,00 Saída Orçamento
Estacionamento (Gasto mensal) R$ 200,00 Saída Orçamento
Manutenção (Gasto mensal) R$ 300,00 Saída Orçamento
Saldo Devedor Carro Adriano 
(Parcelas Restantes: 10) R$ 25.000,00 Passivo Balanço
Outras Despesas Pessoais R$ 1.000,00 Saída Orçamento
IPTU (Gasto mensal) R$ 200,00 Saída Orçamento
Internet/Serviços de Streaming R$ 200,00 Saída Orçamento
Saldo Aplicação Ações R$ 50.000,00 Ativo Balanço
Aporte Mensal VGBL R$ 1.000,00 Saída Orçamento
Carro Adriano R$ 95.000,00 Ativo Balanço
Carro Taís R$ 80.000,00 Ativo Balanço
Mensalidade Escola Giovana R$ 1.500,00 Saída Orçamento
Planos de Saúde (Gasto mensal) R$ 1.500,00 Saída Orçamento
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 10
Organizando os itens do orçamento:
RUBRICA VALOR CLASSIFICAÇÃO DEMONSTRATIVO
Salário Líquido Mensal Adriano e 
Taís R$ 25.000,00 Entrada Orçamento
Total de Entradas R$ 25.000,00 
Telefones (Gasto mensal) R$ 150,00 Saída Orçamento
Restaurantes (Gasto mensal) R$ 1.000,00 Saída Orçamento
Parcela Mensal Financiamento 
Imobiliário R$ 3.500,00 Saída Orçamento
Seguro Automóveis (Mês) R$ 400,00 Saída Orçamento
Combustível (Gasto mensal) R$ 800,00 Saída Orçamento
IPVA (Gasto mensal) R$ 400,00 Saída Orçamento
Condomínio (Gasto mensal) R$ 500,00 Saída Orçamento
Supermercado (Gasto mensal) R$ 2.000,00 Saída Orçamento
Contas Mensais (Água, Energia, 
Telefone, Gás) R$ 500,00 Saída Orçamento
Mensalidade Faculdade Taís R$ 500,00 Saída Orçamento
Parcela Carro Adriano R$ 2.000,00 Saída Orçamento
Estacionamento (Gasto mensal) R$ 200,00 Saída Orçamento
Manutenção (Gasto mensal) R$ 300,00 Saída Orçamento
Outras Despesas Pessoais R$ 1.000,00 Saída Orçamento
IPTU (Gasto mensal) R$ 200,00 Saída Orçamento
Internet/Serviços de Streaming R$ 200,00 Saída Orçamento
Aporte Mensal VGBL R$ 1.000,00 Saída Orçamento
Mensalidade Escola Giovana R$ 1.500,00 Saída Orçamento
Planos de Saúde (Gasto mensal) R$ 1.500,00 Saída Orçamento
Total de Saídas R$ 17.650,00 
Saldo (Entradas – Saídas) R$ 8.350,00 
O saldo de R$ 8.350,00 evidencia que a família possui um orçamento superavitário, valor este que 
pode ser poupado e investido mensalmente. Se o resultado encontrado tivesse sido negativo, a 
família possuiria um orçamento deficitário. Nesse caso, precisa utilizar partes dos 
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 11
Ativo Circulante Passivo Circulante
Saldo Aplicação CDB 
(Liquidez diária) R$ 150.000,00 Saldo Devedor Carro Adriano R$ 25.000,00 
Saldo Aplicação Ações R$ 50.000,00 Exigível a Longo Prazo
Total Ativo Circulante R$ 200.000,00 Saldo Devedor Fin. Imobiliário R$ 100.000,00 
Ativo Permanente Total Passivo (Exigível) R$ 125.000,00 
Imóvel Residencial R$ 300.000,00 Patrimônio Líquido (A – P) R$ 600.000,00 
Carro Adriano R$ 95.000,00 
PASSIVO TOTAL
+
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
R$ 725.000,00
Carro Taís R$ 80.000,00 
Saldo Acumulado VGBL R$ 50.000,00 
Total Ativo Permanente R$ 525.000,00 
ATIVO TOTAL R$ 725.000,00 
Ativos de uso e não uso
Através da análise do Balanço Patrimonial, é possível classificar também os ativos segundo a sua 
utilização:
 • Ativos de uso: são aqueles que com os quais a família ou indivíduo pode contar.
Ex: Aplicações financeiras de baixo risco e alta liquidez, automóveis utilizados no dia-a-dia, o imóvel 
que a família mora, etc.
 • Ativos de não uso: são ativos de menor liquidez ou sem previsão de utilização no curto 
prazo.
Ex: Plano de previdência privada destinada a complemento de renda na aposentadoria, um terreno 
não gerador de renda, etc.
Principais indicadores de análise de Balanço Patrimonial e Orçamento Familiar
Ainda mais importante que fazer o controle e organização para construção de um Balanço ou 
Orçamento, é análise dos dados para que o Planejador Financeiro possa fazer recomendações com 
propriedade. 
Entre diversos indicadores existentes alguns possuem maior relevância:
 • Índices de Liquidez (Liquidez Corrente)
 • Cobertura de Despesas Mensais
 • Endividamento 
 • Poupança
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 12
Liquidez Corrente (LC)
LC = AC/PC
Indicador utilizado para mensurar a capacidade de pagamento no curto prazo e é calculado a 
partir do quociente entre Ativo Circulante (AC) e Passivo Circulante (PC). Quanto maior a liquidez 
corrente, mais recursos de curto prazo a família tem para fazer frente às dívidas de curto prazo. Ou 
seja, um índice elevado de liquidez corrente reduz o risco de solvência, de não possuir recursos 
para pagar dívidas. O problema disso é que, um volume elevado em ativos de alta liquidez, também 
compromete a rentabilidade da carteira de investimentos, já que estes aspectos costumam ter 
uma relação inversa.
Índice de Cobertura de Despesas Mensais
Cobertura de Despesas Mensais = Ativo Circulante/Despesas Mensais
Este índice mede a proporção das despesas mensais que podem ser cobertas com ativos circulantes. 
É umaanálise bastante importante, pois se a renda da família for interrompida por algum motivo 
de forma repentina (Exemplo: demissão), são os ativos circulantes que serão usados para honrar as 
despesas mensais, enquanto renda não for reestabelecida. Este índice informa por quantos meses 
a família teria recursos para cobrir suas despesas.
Exemplo: Gustavo foi demitido e recebeu R$ 22.000,00 de rescisão. Tem despesas mensais de 
R$ 7.500,00 e recursos na poupança no valor de R$ 10.000,00. Quantos meses ele consegue 
sobreviver mantendo o padrão de vida atual? 
Índice de cobertura = (22.000+10.000)/7.500 = 4,27 meses. 
Gustavo consegue manter o padrão de vida por 4 meses. Esse é o tempo que ele tem para se 
recolocar no mercado de trabalho e voltar a gerar renda. Assim que possível, o fundo de reserva 
deve ser recomposto.
Índice de Endividamento
Endividamento = PE/AT
Este índice é calculado através do quociente entre o Passivo Exigível (PE), que é formado pelo total 
de dívidas da família (Passivos Circulantes + Exigíveis de Longo Prazo) e o Ativo Total.
Índice de Poupança
Poupança = Saldo Positivo do Orçamento Doméstico/Total de Receitas
O índice de poupança é obtido através da divisão entre o saldo positivo do orçamento doméstico 
(disponível para investimento) e o total de receitas. Este índice pode ser calculado com relação 
às receitas brutas (sem incidência de impostos) ou receitas líquidas (já deduzidos impostos e 
descontos). Pensando-se em planejamento financeiro familiar. O formato mais adequado é levar 
em consideração as receitas líquidas, pois é o valor que realmente estará à disposição da família 
mensalmente.
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 13
CRÉDITO E GESTÃO DE DÍVIDAS
Modalidades de crédito
O termo crédito provém do latim credere, que significa crer ou confiar. Por extensão, uma pessoa 
que merece crédito é alguém confiável, com bom nome e boa reputação. Quem empresta dinheiro 
a alguém é chamado de “credor”, pois ele acredita (crê) que receberá seu dinheiro de volta 
conforme combinado. 
O principal custo da operação de crédito é a taxa de juros cobrada pela instituição financeira. No 
entanto, quando são acrescidos tributos, tarifas, seguros, custos relacionados a registro de contrato 
e outras despesas cobradas na operação, a taxa real da operação aumenta. A essa taxa – calculada 
levando-se em consideração todos os custos incluídos na operação de crédito – damos o nome de 
Custo Efetivo Total (CET).
Existem várias modalidades de crédito no mercado, com características e objetivos diferentes. 
Para fins didáticos, classificamos os tipos de crédito em três grupos:
 • Créditos rotativos
 • Empréstimos pessoais: crédito pessoal e crédito consignado
 • Financiamentos de bens
Créditos Rotativos
O crédito rotativo é uma linha de crédito concedida à pessoa física ou jurídica com limite 
preestabelecido e que pode ser utilizado de forma automática pelo tomador, de acordo com suas 
necessidades. Não tem vencimento e o pagamento da dívida não tem fluxo predefinido. Esta é a 
modalidade de crédito do Cheque Especial e do Cartão de Crédito.
No cheque especial, o tomador simplesmente emite cheques ou efetua saques e/ou transferências 
de sua conta corrente, utilizando os recursos desse limite. É um produto decorrente de uma 
relação contratual, em que é fornecida ao cliente uma linha de crédito pra cobrir os débitos que 
ultrapassem o valor existe em conta. Logo, o produto fica atrelado à conta corrente e os recursos 
são disponibilizados automaticamente, conforme a necessidade do cliente.
Os recursos utilizados do limite do cheque especial, geralmente possuem juros e encargos que são 
descontados de uma única vez por mês, em uma data de vencimento predeterminada. Isso implica 
que este tipo de empréstimo deva ser utilizado apenas em situações de emergência, para que o 
cliente não caia na armadilha de pagamento de juros por tempo indefinido, já que esta modalidade 
não prevê um prazo para amortização do saldo devedor. Se houver uma previsão de necessidade 
de utilização do crédito por prazos estendidos, o ideal é a contratação de outras operações de 
crédito pessoal, com prazos de pagamento definidos e menores taxas de juros.
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 14
No cartão de crédito, o usuário paga suas compras com o cartão e, no vencimento da fatura, pode 
quitar o saldo devedor ou pagar apenas o valor mínimo da fatura, contraindo dívida do saldo 
remanescente. As compras no cartão também possibilitam o pagamento à vista (incluídos na 
próxima fatura) ou parcelados (com as parcelas incluídas em diversas faturas futuras).
Uma das vantagens deste produto é a possibilidade de concentrar compras efetuadas em diversas 
datas para o pagamento em único dia. Atualmente o pagamento mínimo da fatura praticado pelas 
instituições financeiras é de 15%, permitindo ao cliente parcelar o valor residual da fatura.
O Banco Central dividiu o cartão de crédito em duas modalidades:
 • Básico: cartão de crédito exclusivo para o pagamento de compras, contas ou serviços. 
O preço da anuidade deste produto deve ser o menor entre todas as possibilidades de 
cartões oferecidos. Este tipo de cartão pode ser nacional e/ou internacional, mas não pode 
estar associado a programas de benefícios ou recompensas.
 • Diferenciado: cartão que além de permitir as transações básicas de pagamentos de 
compras, também está associado a programas de benefícios e recompensas. Normalmente 
o preço da anuidade é um pouco mais elevado, mas já inclui os programas de benefícios. 
Além da cobrança de anuidade, o Banco Central autoriza ao todo a cobrança de cinco tarifas, 
válidas tanto para os cartões básicos como para os diferenciados:
 • Anuidade
 • Retiradas em espécie em caixas eletrônicos na função saque
 • Emissão de segunda via do cartão em caso de perda ou roubo
 • Uso do cartão para pagamento de contas
 • Pedido de avaliação emergencial do limite de crédito
Em síntese, essa modalidade de crédito pode ser bastante interessante quando usada de forma 
correta. Entre os principais benefícios destacam-se a concentração dos pagamentos numa única 
data, a possibilidade de não precisar carregar dinheiro em espécie e os diversos benefícios 
oferecidos pelas bandeiras de cartões, como programas de milhagens, cashback, entre outros.
O principal risco do produto para o orçamento doméstico é o descontrole das compras, podendo 
levar à falta de recursos para honrar a totalidade da fatura e por consequência levar o cliente a 
parcelar a fatura com pagamento de juros elevados.
Empréstimos pessoais: crédito pessoal e crédito consignado
São operações de crédito onde não há uma destinação definida dos recursos. Diferentemente do 
crédito rotativo, a operação de crédito tem vencimento e será pago em quantidade de parcelas de 
valor predefinido na concessão.
Crédito Pessoal
Contrato celebrado entre uma pessoa e a instituição financeira, segundo o qual ele (agora 
devedor) recebe uma quantia que deverá ser devolvida à instituição financeira (credor) em 
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 15
prazo determinado, acrescida dos juros acertados. Os recursos obtidos no empréstimo não têm 
destinação específica.
Considerando que a quantidade e o valor das parcelas são predeterminados, essa modalidade 
permite melhor planejamento do pagamento da dívida que será inserida no orçamento pessoal 
ou familiar. Do ponto de vista da instituição financeira, pelo fato de ter maior previsibilidade no 
recebimento, esta modalidade é ofertada com taxas de juros mais baixas do que as taxas do crédito 
rotativo.
Crédito Consignado
É uma modalidade de empréstimo em que o desconto da prestação é feito diretamente na folha 
de pagamento ou de benefício previdenciário do tomador de recursos. A consignação em folha 
de pagamento ou de benefício depende de autorização prévia e expressa do cliente à instituição 
financeira concedente do empréstimo. 
Existem duas modalidades de consignação: 
 • Créditoconsignado tradicional: o cliente recebe o crédito em conta e efetua o pagamento 
em parcelas, descontadas do salário ou da aposentadoria. Um conceito muito importante 
dessa operação é a margem consignável, que é o valor máximo da remuneração recebida, 
que pode ser comprometida com o empréstimo consignado. De acordo a legislação, a 
parcela do empréstimo não pode ser superior a 30% da renda mensal.
 • Cartão consignado: o valor mínimo da fatura é descontado automaticamente do salário ou 
do benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 
Considerações importantes:
 • Por ser uma modalidade de crédito que oferece menos risco à instituição financeira, as 
taxas de juros do consignado são as mais baixas do mercado, e os prazos são maiores. O 
Governo fixa periodicamente as taxas de juros máximas que podem ser cobradas, assim 
como o número máximo de parcelas. 
 • É vedada a cobrança de tarifas ou qualquer taxa administrativa. 
 • Incide Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) na operação, que está 
incluído no Custo Efetivo Total (CET) a ser informado pela instituição financeira. 
 • Com o desconto direto das parcelas em folha ou da aposentadoria, uma parte da renda já 
fica comprometida antes de os recursos serem creditados na conta do cliente. Se não for 
bem planejado, o crédito consignado pode comprometer o orçamento, pois aumenta as 
despesas com juros e leva ao superendividamento.
Financiamento de bens
Nos financiamentos, os recursos são destinados à aquisição de bens. Usualmente a garantia do 
financiamento é a alienação fiduciária (transmissão da propriedade de um bem ao credor para 
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 16
garantia do cumprimento de uma obrigação do devedor, que permanece na posse direta do bem, 
na qualidade de depositário) do bem financiado (veículo ou imóvel).
Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
É uma modalidade de financiamento direcionada à aquisição de bens de consumo duráveis, de 
origem nacional ou estrangeira, que possam ser alienados fiduciariamente. Esse tipo de linha de 
crédito é adequado para financiamento de bens (exemplo: veículos). No caso de CDC – Veículos, o 
carro financiado é a garantia do financiamento (alienação fiduciária do bem). Como se trata de um 
crédito com garantia real, as taxas de juros são inferiores às praticadas em outras modalidades de 
crédito. No caso de pagamento antecipado haverá redução proporcional de juros. Há incidência de 
IOF na operação.
Os percentuais do custo de aquisição dos bens que serão financiáveis e os prazos mínimos 
e máximos do financiamento são definidos por regras do Bacen, determinadas por políticas 
governamentais de liberação ou contenção de crédito, também são consideradas as políticas 
internas de cada instituição financeira, que para fixa-las levam em consideração aspectos relativos 
a riscos e disponibilidade de recursos. As taxas de juros cobradas podem ser pré ou pós-fixadas e as 
formas de pagamento em geral, são contraprestações iguais, mensais e sucessivas.
As vantagens do produto para o cliente são a disponibilidade dos recursos para aquisição imediata 
de bens, o formato parcelado de pagamentos com prazos mais flexíveis e taxas atrativas se 
comparadas a outros empréstimos sem garantias.
Para a instituição financeira, banco ou financeira, as principais vantagens são representadas pela 
diluição do risco por se tratar de crédito pulverizado, e normalmente, com garantia real. A facilidade 
de administração do produto também costuma ser um ponto positivo, além da possibilidade 
de receitas adicionais com tarifa de contrato e seguros, já que a regra geral das instituições que 
operam com o produto é exigir seguro do bem, com garantias contra fogo, roubo, colisão, danos 
elétricos, de acordo com as características do bem financiado.
Com relação à tributação, incidem sobre operações de crédito o IOF – Crédito, cobrado de duas 
formas:
 • 0,38% sobre o saldo devedor, cobrado na liberação do empréstimo (normalmente as 
intuições financeiras oferecem também a opção de financiamento do IOF)
 • 0,0082% ao dia, limitado a 365 dias
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 17
Financiamento Imobiliário
O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) são os 
dois sistemas mais utilizados nas atuais concessões de financiamento imobiliários no País. O 
SFH foi criado pela Lei 4.380/64 e tem como característica a regulamentação das condições de 
financiamento imobiliário, por exemplo, taxa de juros, quota e prazos. O Governo Federal pode 
intervir em qualquer um dos aspectos do financiamento. Nesse sistema, estão incluídas as 
operações contratadas com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e 
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), inclusive o Programa Minha Casa, Minha Vida 
(PMCMV). As operações com recursos do FGTS observam, ainda, regulamentação própria. Por sua 
vez, o SFI não apresenta regulamentação das condições de financiamento, sendo elas definidas 
pelos agentes financeiros. 
A maior parte dos recursos captados em depósitos de poupança pelas entidades integrantes 
do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo também deve ser aplicada em operações de 
financiamento imobiliário em operações de financiamento habitacional no âmbito do Sistema 
Financeiro da Habitação (SFH) e o restante (menor parte) em operações de financiamento 
imobiliário contratadas a taxas de mercado. Os percentuais são definidos pelo Banco Central.
Assim como na grande maioria dos empréstimos e financiamento, cada prestação de um 
financiamento imobiliário tem duas partes: 
 • Amortização: parte do capital que o devedor está devolvendo para a instituição financeira. 
 • Juros: preço a pagar pela utilização desses recursos, que incide sobre todo o saldo devedor 
da dívida.
Na compra de um imóvel financiado pelo SFH, ou mesmo fora desse sistema, a instituição 
financeira contrata um seguro prestamista com as coberturas para morte e invalidez permanente 
do mutuário (MIP), as coberturas concedidas nesta modalidade referem-se aos riscos de morte do 
mutuário/segurado decorrentes de causas naturais ou acidentais e invalidez permanente, ocorrida 
em data posterior à data de assinatura do contrato, causada por acidente pessoal ou doença 
que provoque a incapacidade total ou permanente do seguro de exercer sua atividade laboral, 
devidamente comprovada, sendo a indenização limitada ao valor do saldo devedor do contrato de 
financiamento na data do sinistro.
Também é contratado um seguro para danos físicos ao imóvel (DFI), a cobertura de DFI abrange 
os riscos de incêndio, queda de raio, explosão, inundação e alagamento, destelhamento e 
desmoronamento total ou parcial. O limite máximo de cobertura é o valor da avaliação inicial do 
imóvel que serviu como base para a contratação do financiamento, devidamente atualizado pelo 
índice previsto em contrato, se for o caso.
Outras modalidades de crédito: leasing, consórcio, penhor, crédito rural, BNDES, crédito 
educacional
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 18
Leasing
Também conhecido como arrendamento mercantil, este tipo de operação se configura como um 
aluguel de um bem por determinado período, após o qual o usuário (arrendatário) poderá ou não 
adquirir a propriedade deste bem. O preço de compra é livremente pactuado entre as partes, 
podendo ser estabelecido, por exemplo alguma avaliação de preço de mercado.
O conceito de leasing está associado à ideia de que o valor do bem está vinculado ao seu uso 
econômico e não à sua propriedade.
Vantagens de um leasing para pessoa física:
 • Opção normalmente mais barata de aquisição a prazo comparada às linhas tradicionais de 
financiamentos de bens
 • Casamento do prazo da operação financeira ao uso econômico
 • Constante atualização dos equipamentos durante o contrato
Tipos de leasing:
 • Leasing Financeiro: caracterizado como uma operação de financiamento integral de bens 
móveis e imóveis. Entretanto,é estabelecido via um contrato, sob a forma de locação 
do bem entre o usuário (arrendatário) e uma empresa de leasing (arrendador). Essa 
modalidade se assemelha a um empréstimo que utiliza o bem como garantia e que pode 
ser amortizado num determinado número de prestações.
Ao final do prazo, o arrendatário pode: 
 • Comprar o bem pelo valor estabelecido
 • Encerrar o contrato e devolver o bem
 • Renovar o contrato por um valor estabelecido
O prazo da operação é de dois anos para bens com vida econômica útil igual ou inferior a cinco 
anos e três anos para bens com superior a cinco anos. Despesas adicionais (seguro, manutenção, 
impostos, registro de contrato) ficam a cargo do arrendatário. As contraprestações mais o valor 
residual na venda formam o retorno financeiro da aplicação para o arrendador. É permitida a 
utilização do Valor Residual Garantido (VRG).
 • Leasing Operacional: se assemelha mais ao aluguel de um bem do que a financiamento. 
A operação também é regida por contrato entre o produtor de bens e seus usuários. O 
arrendador pode ficar responsável pela manutenção do bem e assistência técnica ou não. 
Ao contrário do leasing financeiro, o arrendatário pode rescindir o contrato a qualquer 
tempo mediante aviso prévio contratualmente especificado.
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 19
Características básicas do leasing operacional:
 • Prazo mínimo da operação é de 90 dias
 • Prazo máximo da operação está limitado a 75% da vida útil econômica do bem 
arrendado
 • O valor presente das contraprestações não pode exceder ao valor de 90% do bem 
arrendado, sendo a taxa de desconto utilizada a equivalente aos encargos financeiros 
constantes no contrato
 • Não é permitido a utilização do Valor Residual Garantido – VRG
 • A opção de compra do bem ao final do contrato é pelo valor de mercado
Nos EUA, raramente alguém fica com bem fruto de uma operação de leasing. Já no Brasil ocorre 
o contrário, o leasing operacional praticamente não existe par pessoas físicas. Os bancos fazem o 
leasing financeiro, onde a operação praticamente inviabiliza a devolução do bem. 
Se comparado com o tradicional CDC (Crédito Direto ao Consumidor), o leasing geralmente possui 
taxas mais competitivas, porém, a desvantagem é a impossibilidade de quitação antecipada antes 
do prazo mínimo estipulado em contrato. Caso seja quitado antes do prazo mínimo o leasing perde 
as caraterísticas de legais de arrendamento mercantil e a operação passa a ser classificada como 
compra e venda a prazo.
Consórcio
Os consórcios são formados por grupos de pessoas que reúnem fundos comuns e arrecadam 
contribuições mensais com o objetivo de proporcionar a cada consorciado a possibilidade de 
aquisição de um bem, conjunto de bens ou determinados serviços especificados na proposta de 
adesão ao longo do tempo. Normalmente, a cada mês são disponibilizados recursos para aquisição 
de dois bens (um por sorteio e outo por lance). Os lances correspondem a pagamentos antecipados 
de prestações.
Cada grupo de consórcio é constituído após uma Assembleia Geral Ordinária (AGO) convocada 
pela administradora do consórcio, entidade responsável por todas as etapas administrativas e 
pelos recursos coletados.
Os consórcios geralmente são destinados à aquisição de bens de consumo de mais valores mais 
elevados como veículos e imóveis. Podendo chegar a 7 meses no caso de consórcio de automóveis 
e 180 meses, em imóveis. A parcela ou contribuição mensal é resultado do valor do bem dividido 
pelo prazo contratado, somando-se um percentual de taxa de administração e outros custos 
(tarifas, seguro prestamista, etc).
Embora o produto não tenha a incidência de juros como uma operação de crédito tradicional, 
é importante destacar que há incidência de taxa de administração e outros custos. Outro ponto 
de atenção é que não há disponibilidade dos recursos para compra do bem a qualquer tempo, é 
preciso que o consorciado seja contemplado por lance ou por sorteio, e nem sempre é possível 
esperar até mesmo anos para a aquisição do bem pretendido. É possível inclusive, que no mesmo 
prazo do consórcio, o cliente guarde por conta própria os recursos, investindo o valor que pagaria 
em parcelas e auferindo rentabilidade sobre o capital, sem ônus com taxas de administração ou 
seguros. 
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 20
Quando contemplado o consorciado recebe uma carta de crédito, a qual pode ser utilizada para 
compra do bem pretendido. Quando ainda há saldo devedor a ser pago à administradora, o bem 
adquirido fica alienado fiduciariamente à administradora, como garantia.
Penhor
É uma forma de direito real de garantia que consiste na transferência de algo móvel ou imobilizável 
(qualquer objetivo que garante o direito imaterial). Os sujeitos desta operação são o devedor e o 
credor. O devedor é o sujeito passivo da obrigação principal ou um terceiro que ofereça o ônus 
real como fiador. Já o credor é aquele que empresta o dinheiro e recebe o bem empenhado, isso 
implica em também receber a posse deste bem.
Crédito Rural
O crédito rural é um financiamento destinado a produtores rurais, cujas atividades envolvam o 
custeio, investimento ou comercialização de produtos do setor agropecuário. 
 • Créditos de Custeio: são disponibilizados quando os recursos se destinam a cobrir despesas 
habituais dos ciclos produtivos, da compra de insumos à fase da colheita.
 • Créditos de Investimento: são aplicados em bens ou serviços duráveis, cujos benefícios 
repercutem durante muitas safras ou anos.
 • Créditos de Comercialização: asseguram ao produtor rural ou cooperativas, recursos 
para adoção de mecanismos que garantam o abastecimento e transporte da produção ou 
armazenamento da colheita nos períodos de quedas de preços.
O produtor rural pode pleitear as três modalidades de crédito rural como pessoa física ou jurídica. 
As cooperativas rurais também são beneficiárias naturais do sistema.
BNDES (Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social)
Fundado em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um 
dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento do Governo 
Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia 
brasileira. Fornece linhas de financiamento para empreendedores e empresas nas seguintes 
modalidades: investimentos para implantação, expansão, modernização, ampliação e recuperação 
da capacidade produtiva de empresas; produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, 
de fabricação nacional credenciados pelo BNDES e capital de giro.
São passiveis de obter financiamento com recursos do BNDES:
 • Empresas privadas, sediadas no país
 • Associações e fundações
 • Empresário individual, que exerça atividade produtiva e esteja inscrito no Registro Público 
de Empresas Mercantis e no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ)
GESTÃO FINANCEIRA | CFP | EA BANKING SHOOL 21
 • Pessoas físicas (microempreendedor, produtor rural e transportador autônomo de cargas)
 • Administração Púbica (Direta e Indireta)
 • Empresas sediadas no exterior, com a condição de que o acionista com maior capital 
votante e que exerça influência dominante sobre as atividades nelas desempenhadas, 
conforme juízo a ser feito pelo BNDES, seja:
 • Pessoa jurídica controlada, direta ou indiretamente, por pessoa física ou grupo de 
pessoas físicas, domiciliadas e residentes no Brasil
 • Pessoa jurídica controlada por pessoa jurídica de direito público interno
Crédito Educacional
O crédito educacional é uma maneira de o estudante conseguir financiar a faculdade particular 
sem ter que arcar com o valor integral de uma mensalidade. É uma iniciativa que vem de empresas 
e governos (federal, municipal e estadual). O aluno se compromete, após o término dos estudos, 
a pagar pelo financiamento. O valor é pago de volta a entidade que emprestou o dinheiro e serve 
para, na maioria das vezes, financiar outro estudante. 
Essainiciativa ajuda a inserir cada vez mais pessoas dentro das universidades, incentiva os estudos 
e dá a possibilidade de quem não tem condições financeiras, de ingressar em um curso de ensino 
superior. O crédito educacional pode ser parcial: nesses casos, o aluno paga apenas uma parte da 
mensalidade, ou pode ser integral onde o aluno não arca com nenhum valor sobre a mensalidade.
Atualmente há diversas linhas voltadas para o crédito educacional, o financiamento público se dá 
no âmbito federal por meio do FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior). O 
FIES é um programa do Ministério da Educação do Brasil, criado em 1999, destinado a financiar a 
graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas. Podem 
recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação 
positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação. Para isso o Governo Federal, abre 
novas inscrições semestralmente para o programa. 
O FIES financia até 70% do valor das mensalidades, a partir da data de ingresso no programa pelo 
período remanescente para a conclusão do curso. O contrato de crédito é feito pelo aluno ou 
responsável legal, se o aluno for menor de 18 anos, juntamente com o fiador e o seu cônjuge com 
a Caixa Econômica Federal. O fiador deve ter renda pelo menos duas vezes superior ao valor da 
mensalidade integral do curso. 
Existem também diversos modelos de crédito privado para financiar a educação, desde o de 
instituições financeiras como o das próprias instituições de ensino superior. No crédito concedido 
pelas instituições de ensino, geralmente o ex-aluno, já em atividade no mercado de trabalho, 
financia o aluno novo, como pagamento de suas mensalidades.
De qualquer forma, os programas educacionais, públicos ou privados, são fundamentais para ajudar 
no desenvolvimento social do país e diminuir aos poucos o grande problema da desigualdade 
social.
FUNDAMENTOS
DE ECONOMIA
FUNDAMENTOS
DE ECONOMIA
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
INDICADORES ECONÔMICOS
Os indicadores econômicos são usados para medir fatores que refletem o comportamento 
econômico de uma localidade geográfica, seja um bairro ou até a nível global. Uma analogia 
interessante é pensar nos indicadores como sendo o painel de uma aeronave, onde o condutor 
da política econômica (o governo, através do Ministério da Economia) é o piloto, a aeronave é a 
economia em si e o aeroporto de destino seria onde se quer chegar. Para chegar de forma mais 
rápida, mas também mais segura, usa-se os instrumentos de voo. É verdade que sem eles pode-
se chegar ao destino, porém o risco é bem maior. Assim como é possível que haja falha no painel, 
que nos levem na direção errada. Também a própria viagem em si pode nos reservar surpresas 
inesperadas, tanto internas como externas: uma tempestade, uma colisão, uma falha no motor, 
um ataque terrorista, etc. Por fim, o próprio piloto pode ignorar os sinais e rumar na direção que 
entende ser a mais correta, mesmo que isso nos leve a lugar nenhum. Em resumo, por mais frágeis 
que possam ser os indicadores, é melhor tê-los do que pilotar sem nenhuma referência.
FLUXO CIRCULAR DA RENDA
Antes de falarmos de indicadores, é necessário compreender a dinâmica da economia, ou seja, 
as relações entre os agentes econômicos: famílias, empresas e governo. A direção, a maneira e a 
velocidade com a qual o dinheiro flui entre esses agentes é importante, pois são esses fatores que 
vão refletir nos indicadores.
Inicialmente, vamos analisar o fluxo entre empresas e famílias.
Fluxo Circular de Renda: Empresas x Famílias. Fonte: dicionáriofinanceiro.com
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 4
Notamos que as empresas fornecem bens e serviços às famílias em troca de dinheiro (receita 
para as empresas, gastos para as famílias), ao passo que as famílias fornecem fatores de produção 
(mão de obra, imóveis, capital, etc.) também em troca de dinheiro (pagamento de salários, juros, 
aluguéis, para as empresas e recebimento de salários, lucros e renda para as famílias).
Ao medir a produtividade gerada por esse fluxo, isto é, a quantidade, em valores monetários, de 
bens e serviços transacionadas no mercado, chegamos ao indicador chamado de Produto Interno 
Bruto.
PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO
Existe mais de uma definição para conceituar o Produto Interno Bruto (PIB). A principal delas é que 
o PIB é o “valor de mercado dos bens e serviços finais produzidos em uma região num dado período 
de tempo”. Vamos dissecar esse conceito.
Valor de mercado: preço final dos bens e serviços.
Bens e serviços finais: aqueles que chegam ao consumidor final, evitando a dupla contagem do 
mesmo bem, uma vez que se adiciona valor ao longo da cadeia produtiva.
Produzidos: na contagem do PIB não se inclui o mercado de usados, por exemplo. Apenas os bens e 
serviços novos produzidos.
Uma região: o PIB é medido no contexto de uma limitação geográfica (município, estado, país...).
Período de tempo: O PIB é medido temporalmente (trimestre, ano, década...)
Embora estejamos falando do mesmo conceito, existem diferentes óticas de mensuração do PIB. 
Falaremos de três delas:
1) Ótica do Produto
 PIB = Qa x Pa + ...... + Qn x Pn
O PIB é calculado pelo somatório da Quantidade de bens e serviços multiplicado pelo seus 
respectivos Preços ao consumidor final.
2) Ótica da Renda
 PIB = Salários + Juros + Lucros + Aluguéis
O PIB é calculado pelo somatório da renda percebida.
3) Ótica da Despesa
 PIB = Consumo + Governo + Investimentos + Exportação – Importação
O PIB é calculado de acordo com o somatório do volume de gastos internos (famílias, governo e 
empresas), mais o saldo líquido entre vendas e compras do mercado internacional.
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 5
PIB NOMINAL x PIB REAL
O PIB Real é o PIB Nominal descontada a inflação do período. Por exemplo, o PIB do Brasil, medido 
pelo IBGE, em 2000 foi de R$ 1,2 trilhões e em 2018 foi de R$ 6,8 trilhões. Portanto observa-se um 
crescimento de 570% no PIB Nominal, mas quando neutralizamos a inflação do período entre 2000 
e 2018, chegamos a um PIB Real em 2018 de R$ 4,5 trilhões, o que representa um crescimento 
real de 50%. É importante ressaltar que quando a variação do PIB é divulgada nos meios de 
comunicação, é utilizado já o PIB Real, que é o meio correto de analisar este indicador.
Um outro indicador importante e que se aproxima do cálculo do PIB é o IBC-Br (Índice de Atividade 
Econômica do Banco Central), divulgado mensalmente pelo Banco Central. Conforme o Banco 
Central, a construção do IBC-Br “foi motivada pela inexistência de indicador agregado de atividade 
econômica de frequência mensal que permitisse sintetizar e avaliar, em maior frequência, o estado 
da economia, em contexto de decisões de política monetária. Publicado cerca de quarenta e cinco 
dias após o mês de referência, o IBC-BR tem se mostrado particularmente importante nos primeiros 
meses de cada trimestre” 
Taxas de Crescimento Anual desde o Plano Real. Fonte: IBGE
TAXA DE DESEMPREGO
O indicador de desemprego é importante para avaliar as condições de renda familiar, bem como 
quantificar a capacidade ociosa de trabalho na economia. Para compreender melhor a Taxa de 
Desemprego, precisamos entender o conceito de PEA (População Economicamente Ativa).
A PEA é composta pelas pessoas que estão ocupadas no mercado de trabalho, ou estão procurando 
emprego. Logo, os que estão desocupados, mas não estão buscando emprego não são considerados 
no cálculo da PEA. A Taxa de Desemprego, ou Taxa de Desocupação é a razão entre o número 
de desocupados e a PEA. Então, digamos que existem 10 milhões de pessoas desocupadas e 120 
milhões de Pessoas Economicamente Ativas, então a Taxa de Desemprego é de 8,33%.
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 6
ÍNDICES DE PREÇOS
Os indicadores de preço medem a variação generalizada dos preços no mercado, representando a 
medição da inflação. Vamosabordar dois dos principais indicadores de preços: o IPCA e o IGP-M.
IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Calculado pelo IBGE, mede a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços no varejo 
(adquiridos pelo consumidor final). A população -alvo, segundo o próprio IBGE é “representada 
pelas famílias residentes em áreas urbanas com rendimento familiar monetário compreendido 
entre 1 e 40 salários mínimos mensais, quaisquer que sejam as fontes de rendimento”.
Apresentação do IPCA. Fonte: IBGE
IGP-M – Índice Geral de Preços - Mercado
O IGP-M é medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e composto por outros três índices, cada 
qual com seu peso dentro do índice:
 • 60% IPA – Índice de Preços ao Produtor Amplo
 • 30% IPC – Índice de Preços ao Consumidor
 • 10% INCC – Índice Nacional de Custo da Construção
Com base nisso, diz-se que o IGP-M é um indicador que reflete bastante a variação de preços no 
atacado, já que 60% do seu peso vem desse mercado. O atacado é o mercado de distribuição de 
bens entre as empresas do setor de produção, portanto reflete os preços antes da chegada ao 
consumidor final.
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 7
Tabela de variação anual do IGP-M. Fonte: Suno Research
TAXA DE JUROS
A taxa de juros reflete o custo de capital, ou a remuneração pela utilização do capital emprestado 
por terceiros. Dito de outra forma, pode ser considerado o preço do dinheiro, o valor do dinheiro 
no tempo, servindo como referência:
a) do custo do dinheiro no tempo, sob a ótica do tomador;
b) da remuneração do dinheiro no tempo, sob a ótica do investidor
No Brasil, é importante tomarmos conhecimento de duas Taxas de Juros amplamente utilizados 
pelo mercado: a Taxa Selic e a Taxa DI. Ambas estão bastante correlacionadas, tanto em termos de 
valores como em termos de lógica econômica.
TAXA SELIC
A Taxa Selic é apurada pela remuneração das captações interbancárias de alta liquidez, quando 
uma instituição financeira pega dinheiro emprestado de outra no curtíssimo prazo para fechar seu 
balanço diário, tendo como lastro Títulos Públicos Federais. Essa Taxa é balizada pela Taxa SELIC 
Meta, estipulada pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), que opera orientado pelo Ministério 
da Economia, responsável pela Política Monetária do país. Atualmente (novembro/2020) a Taxa 
SELIC Meta é de 2% ao ano.
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 8
A Taxa Selic também é a taxa que remunera o investidor portador de Títulos Públicos Federais LFT 
(Tesouro SELIC), sendo uma taxa variável ao longo do tempo. A Taxa Selic é considerada a Taxa 
Básica de Juros da economia, pois repercute em diversos contratos de crédito, empréstimos e 
financiamentos, bem como é uma referência de Custo de Oportunidade para os investidores.
Evolução da Taxa Selic Meta. Fonte: Fecomércio-RS
TAXA DI
A Taxa DI, apurada pela B3, também é baseada na remuneração das captações interbancárias de 
alta liquidez, com a diferença de não possuir lastro em Títulos Públicos, mas sim em Títulos Privados 
conhecidos como CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro. A Taxa DI serve como referência 
para os títulos privados de renda fixa pós-fixados, sendo o mais comum deles o CDB (Certificado 
de Depósito Bancário), instrumento de captação dos bancos no varejo: clientes pessoas físicas e 
jurídicas que emprestam dinheiro aos bancos. Atualmente (novembro/2020), a Taxa DI é de 1,90% 
ao ano, sendo que, historicamente, está totalmente correlacionada (embora levemente “abaixo”) 
com a Taxa Selic.
CÂMBIO
Cada economia nacional possuí ou adota uma ou mais moedas oficiais, que será a moeda 
universalmente aceita nas transações econômicas dentro do seu país. Os preços dos bens e serviços 
produzidos e comercializados internamente, são referenciados na moeda local. Entretanto, os 
países também realizam comércio entre si e como cada um tem a sua própria moeda, é necessário 
que os agentes econômicos realizem o que se chama de câmbio, a fim de equiparar os preços a 
uma moeda única de referência e assim facilitar a transação. 
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 9
Portanto, a Taxa de Câmbio diz respeito a esta equiparação de preços entre as moedas. Digamos 
que estou no Brasil exportando 100 toneladas de algum grão para uma empresa estrangeira que 
paga U$ 1,000 por tonelada. Quando a empresa me pagar, é necessário converter essa quantia para 
a moeda local (real brasileiro). A taxa de conversão é chamada Taxa de Câmbio. Se no momento da 
transação ela for de R$ 5,00 U$, por exemplo, então eu receberei R$ 5,00 para cada dólar e nessa 
transação específica, receberei R$ 5.000,00 por tonelada vendida. Se, por exemplo, na próxima 
safra eu vender as mesmas 100 toneladas e a empresa estrangeira mantém o mesmo preço de U$ 
1,000, mas a Taxa de Câmbio estiver em R$ 4,00/U$, então eu receberei apenas R$ 4.000,00 por 
tonelada vendida, apenas pelo fato da Taxa de Câmbio ter sofrido uma oscilação.
Embora o câmbio possa ocorrer entre quaisquer moedas, o dólar americano é a moeda que serve 
como referência global para as transações internacionais. Quando se diz que a Taxa de Câmbio 
está “depreciada” ou “desvalorizada” é porque a moeda local está valendo menos do que o normal 
perante o dólar. Já quando se diz que a Taxa de Câmbio está “apreciada” ou “valorizada”, é porque 
a moeda local está valendo mais do que o normal perante o dólar. Uma Taxa de Câmbio valorizada 
favorece os importadores, pois o poder de compra aumenta a nível global, porém pode prejudicar 
alguns setores da economia local, que passam a competir mais de forma mais acirrada com os 
produtores estrangeiros. Por outro lado, uma Taxa de Câmbio depreciada favorece as exportações, 
mas que pode acabar gerando um efeito inflacionário pois há menos oferta para o mercado interno. 
Portanto, a Taxa de Câmbio é um importante fator econômico, pois afeta diretamente os setores 
empresariais e governamentais nas suas estratégias e políticas comerciais.
Cotação do dólar nos últimos 10 anos. Fonte: investing.com
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 10
TIPOS DE CÂMBIO 
Conforme a finalidade da realização do câmbio, existem diferentes Taxas de Câmbio praticadas em 
um país. No Brasil, temos:
 • Dólar Turismo: cotação do dólar para utilização em viagens, compra de passagens, 
consumo de bens e serviços no varejo, enfim, a utilização de cunho mais pessoal.
 • Dólar Comercial: serve como referência para as transações no mercado exterior e 
transações financeiras, sendo que normalmente sua cotação é mais baixa (real valendo 
mais) do que o Dólar Turismo.
Cotação dólar comercial e turismo. Fonte: dolarhoje.net.br
CÂMBIO SPOT x CÂMBIO FUTURO
Outro ponto importante é diferenciar a Taxa de Câmbio em relação ao momento da transação. 
Quando o câmbio é “pronto”, a transação está ocorrendo no momento presente, no mercado à 
vista, chama-se de câmbio spot. Já quando se negocia no presente momento, mas a liquidação 
financeira ocorrerá somente em um prazo mais adiante, no mercado futuro, chama-se de câmbio 
futuro. Obviamente, a Taxa de Câmbio Spot é diferente da Taxa de Câmbio Futuro, podendo ser 
maior ou menor a depender das condições e previsões de mercado.
Cotação dólar futuro. Fonte: br.advfn.com
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 11
PTAX
O câmbio PTAX é a cotação oficialmente utilizada e calculada diariamente pelo Banco Central, 
representando as transações ocorridas em um dia entre as instituições financeiras que fazem 
a intermediação entre compradores e vendedores de moeda estrangeira. A moeda utilizada na 
cotação é o dólar americano que, como já observado, é a moeda que serve como referência global.
Cotação PTAX. Fonte: bcb.gov.br
É importante utilizar a Taxa de Câmbio como uma forma de realizar a comparação de indicadores 
econômicos entre os países. Assim, pode-se perceber se o país está progredindo economicamente 
em relação aos seus pares, utilizando essa informação para elaboração depolíticas nacionais de 
desenvolvimento socioeconômico.
Evolução do PIB per capita (em dólares). Fonte: FMI e g1.com.br
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 12
Outro exemplo no qual se utiliza bastante a cotação dolarizada é na bolsa de valores, uma vez que 
cerca de metade dos investidores na bolsa brasileira são estrangeiros. 
Índice Ibovespa dolarizado. Fonte: reddit.com
Enfim, a Taxa de Câmbio é um importante indicador da economia de um país, uma vez que cada 
vez mais as transações econômicas ocorrem em níveis internacionais, afetando diretamente a vida 
financeira das famílias, empresas e governo.
POLÍTICAS ECONÔMICAS
Uma política econômica é a criação, uso e manipulação de instrumentos jurídicos, regras e leis que 
visam dar aos órgãos públicos o poder de direcionar a macroeconomia de algum modo, conforme 
diretrizes gerais do governo federal. De modo geral, conforme a orientação do que pretende 
politicamente o governo, mais especificamente o Ministério da Economia, é possível produzir 
diferentes resultados no que diz respeito ao estímulo na economia nacional.
POLÍTICA FISCAL
A política fiscal é a manipulação de tributos e gastos públicos do governo, podendo ser dividida em 
Expansionista e Contracionista.
 • Expansionista
 • Aumento dos gastos públicos
 • Redução da carga tributária
 • Contracionista
 • Redução dos gastos públicos
 • Aumento da carga tributária
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 13
Por exemplo, ao reduzir a carga tributária ou aumentar os gastos públicos, o governo estimula 
a economia ao aumentar a Demanda Agregada, uma vez que aumentará o poder de consumo 
ao injetar mais dinheiro na economia e, por consequência, estimula a produção de novos bens e 
serviços. Se observarmos a representação do cálculo do PIB, podemos dizer que uma política fiscal 
expansionista aumenta o “C” e o “G”:
PIB = Consumo (↑) + Governo (↑) + Investimentos + Exportação – Importação
Aparentemente, uma política fiscal expansionista parece ter um viés somente positivo, pois a 
riqueza de um país tende a aumentar. Entretanto, existe um limite para a expansão da economia, 
que resulta de uma combinação entre capacidade máxima de produção e preços.
Gráfica Oferta e Demanda Agregada. Fonte: wikipedia
AD = Demanda Agregada
Y* = capacidade produtiva máxima
Uma política de expansão só produz aumento de riqueza até a sua capacidade produtiva máxima. 
A partir desse ponto, há um desequilíbrio entre oferta e demanda, que resulta no aumento 
acelerado de preços, caracterizando um efeito inflacionário. O principal problema de uma política 
expansionista é a existência de um hiato de tempo entre o aumento da demanda (curto prazo) e o 
aumento da oferta (longo prazo).
Por outro lado, uma política fiscal contracionista geralmente é utilizada quando há um desequilíbrio 
nas contas públicas, o chamado déficit fiscal, ou quando a economia já se encontra em um estado 
de aceleração elevado no qual há risco de ocorrer o fenômeno descrito acima, que resulta em 
inflação.
POLÍTICA MONETÁRIA
A política monetária é executada pela autoridade monetária (Banco Central) e diz respeito à 
liquidez do sistema econômico, ou seja, a quantidade de dinheiro disponível para ser transacionado 
entre os agentes econômicos. Também pode ser expansionista ou contracionista, mas sempre 
observando que o principal objetivo do Banco Central é manter a inflação sob controle, ao redor da 
meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 14
 • Expansionista
 • Redução da taxa de juros
 • Aumento da liquidez (quantidade de dinheiro circulando)
 • Contracionista
 • Aumento da taxa de juros
 • Redução da liquidez
Assim como a política fiscal, a política monetária altera a economia por meio da demanda 
agregada através do aumento do consumo das famílias pelo aumento da liquidez e pelo estímulo 
aos investimentos através da redução da taxa de juros.
PIB = Consumo (↑) + Governo + Investimentos (↑) + Exportação – Importação
O aumento dos investimentos e consumo na economia via redução da taxa de juros ocorre 
basicamente por dois motivos:
a) Redução do custo financeiro: os empréstimos ficam mais baratos, reduzindo o custo 
financeiro para as empresas captarem dinheiro no mercado, bem como para as famílias 
contratarem financiamentos visando consumo de bens e serviços.
b) Redução do custo de oportunidade e prêmio pela liquidez: os investidores recebem menor 
remuneração em aplicações mais segura vinculadas à taxa de juros e precisam investir em 
ativos de maior risco (títulos privados, ações, etc.) ou então, no caso do consumo, passam 
a utilizar o recurso para consumir uma vez que o dinheiro passa a ter menos rendimento, 
reduzindo o prêmio pela falta de liquidez.
Da mesma forma que na política fiscal, uma política monetária expansionista produz efeitos até o 
ponto em que a capacidade máxima de produção é atingida, uma vez que o controle da inflação é 
o principal objetivo do Banco Central.
REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO
Para conceituar o regime de metas de inflação, reproduz-se a seguinte descrição feita pelo próprio 
Banco Central em seu site:
“Manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo fundamental do Banco Central (BC). 
A meta para a inflação é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A estabilidade dos preços preserva o valor do dinheiro, mantendo o poder de compra da moeda. 
Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza a política monetária, política que se refere às ações do 
BC que visam afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a quantidade de dinheiro (condições de 
liquidez) na economia. No caso do BC, o principal instrumento de política monetária é a taxa Selic, 
decidida pelo Copom.
A taxa Selic afeta outras taxas de juros na economia e opera por vários canais que acabam por 
influenciar o comportamento da inflação. 
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 15
Manter a taxa de inflação baixa, estável e previsível é a melhor contribuição que a política 
monetária do BC pode fazer para o crescimento econômico sustentável e a melhora nas condições 
de vida da população. O crescimento de uma economia depende de uma série de fatores sobre os 
quais os bancos centrais não têm controle, como aumento da produtividade. Entretanto, inflação 
alta, instável ou imprevisível prejudica o crescimento econômico.
Com preços estáveis, todos podem se planejar melhor. Empresas têm melhores condições para 
realizar investimentos e as famílias para avaliar quanto vão gastar ao longo do mês. Nesse contexto, 
há condições mais propícias para que a economia cresça, favorecendo a criação de empregos e o 
aumento do bem-estar na sociedade. Cabe ressaltar que a inflação alta prejudica principalmente 
as famílias de baixa renda, uma vez que estas têm mais dificuldade de se proteger contra a perda 
do valor real da moeda.”
O COPOM (Comitê de Política Monetária) reúne-se a cada 45 dias para definir a Taxa Selic, a qual 
representa a taxa básica de juros da economia e serve como referência para todo o mercado 
financeiro tomar as suas decisões estratégicas. A cada reunião, é publicada a Ata do Copom, na 
qual consta o detalhamento da decisão do comitê. Além desse documento, o Banco Central divulga 
trimestralmente, o Relatório de Inflação, que analisa a evolução e as perspectivas da economia, 
dando ênfase para o comportamento esperado da inflação.
Relação inflação x taxa Selic. Fonte: bcb.gov.br
Atualmente (dezembro de 2020) está ocorrendo um fenômeno macroeconômico inédito na 
história recente do país. Enquanto a taxa de juros básica da economia está em 2% ao ano, a taxa 
de inflação foi de 4,31% nos últimos 12 meses. Isso quer dizer que, em termos reais, o capital do 
investidor possui um rendimento negativo. Apesar disso, a inflação observada está dentro da meta 
estabelecida pelo CMN, que conforme vemos na figura, é de 4% ao ano, podendo variar 1,5% para 
mais ou para menos.
Além da manipulaçãoda taxa básica de juros, para manter a inflação dentro da meta, o Banco 
Central executa outras três operações:
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 16
Instrumento Expansão (injeta liquidez) Contração (retira liquidez)
Operações de mercado aberto Compra títulos públicos nas mãos dos investidores
Vende títulos públicos para 
os investidores
Nível de Reservas Compulsória: % 
de reservas sobre depósitos que os 
bancos precisam deixar no 
Banco Central
Reduz o percentual exigido Eleva o percentual exigido
Taxa de Redesconto: empréstimo de 
curto prazo do Banco Central para 
os bancos fecharem seu caixa
Reduz a taxa de juros Aumenta a taxa de juros
CONTAS EXTERNAS E POLÍTICA CAMBIAL
No mercado altamente globalizado, embora o Brasil ainda seja um país de baixa relevância no 
mercado internacional, é fundamental que o governo administre bem o fluxo de capital estrangeiro, 
uma vez que tal fluxo influencia diretamente na cotação cambial, geração de renda, empregos e 
atividade econômica no geral. As entradas e saídas de capital externo são registradas nas contas 
públicas e servem para tomada de decisão da política cambial a ser adotada e gerenciada pelo 
governo federal.
ABERTURA ECONÔMICA
Por óbvio, para que um país tenha fluxo de capital externo é necessário possuir abertura econômico, 
isto é, transacionar bens, serviços e capital com os demais países. Existem três níveis de abertura 
econômica:
 • Abertura do Mercado de Bens
 • Possibilidade de transacionar (comprar e vender) bens e serviços entre agentes 
econômicos de países distintos
 • Ex.: exportar carne e importar vinho.
 • Abertura do Mercado Financeiro
 • Possibilidade de investir em ativos domésticos ou estrangeiros.
 • Ex.: investir em ações de empresas americanas
 • Abertura do Mercado de Fatores de Produção
 • Possibilidade das empresas produzirem e as famílias trabalharem no mercado 
estrangeiro.
 • Ex.: uma empresa com sede no Brasil, abrir uma fábrica na Argentina e um 
brasileiro ir trabalhar no Japão.
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 17
Com a abertura do mercado, verifica-se então a troca de moeda entre diferentes países. Esse fluxo 
e o seu balanço, ou seja, quanto está entrando e saindo e por qual motivo, é contabilizado nas 
chamadas Contas Externas.
CONTAS EXTERNAS
A principal conta externa é a chamada Balança de Pagamentos, que possui a seguinte estrutura:
Balanço de Pagamentos Junho de 2020. Fonte: Governo Federal
 • Transações Correntes
 • Balança Comercial (Bens): reflete as exportações e importações
 • Exemplo: exportação de café x importação de smartphones
 • Serviços: reflete os pagamentos por serviços prestados e contratados
 • Exemplo: pagamento de frete internacional a uma companhia marítima sueca x 
recebimento de royalties por um artista brasileiro
 • Renda Primária: reflete o pagamento e recebimento de Juros, Lucros e Dividendos, 
Salários.
 • Exemplo: pagamento de juros de um empréstimo feito em um banco estrangeiro x 
recebimento de lucros de uma empresa com sede no exterior
 • Renda Secundária (antes Transferências Unilaterais): reflete as transferências 
governamentais e pessoais
 • Exemplo: governo faz uma doação a outro país x um pai residente na Inglaterra 
envia dinheiro para um filho que reside no Brasil
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 18
 • Conta Financeira
 • Investimento Direto: capital investido diretamente em atividades produtivas
 • Exemplo: uma empresa chinesa compra uma indústria de celulose no país x um 
fazendeiro brasileiro compra uma fazenda no Uruguai.
 • Investimento Direto no País: fluxo de passivos emitidos por residentes brasileiros para 
credores não residentes
 • Exemplo: uma fábrica com sede no Brasil empresta dinheiro para uma filial no 
México x uma indústria cervejeira faz um aporte de capital em sua subsidiária 
brasileira.
 • Investimento em Carteira: capital investido através de títulos
 • Exemplo: um fundo internacional compra ações na bolsa de valores de uma 
empresa aérea brasileira x um fundo de previdência com sede no Brasil adquire 
títulos federais norte-americanos.
 • Outros Investimentos: outros tipos de investimento financeiro não enquadrados nos 
anteriores.
 • Exemplo: um hedge fund internacional operando derivativos no Brasil x uma 
fábrica de couros brasileira faz um empréstimo em um banco internacional
 • Erros e Omissões: saldo que “falta” para completar a variação das reservas internacionais, 
uma vez que o saldo da balança de pagamentos precisa ser igual à variação das reservas 
internacionais.
Quando o resultado do balanço de pagamentos é positivo, então diz-se que houve um superávit e 
a variação das reservas internacionais é positivo. Do contrário, havendo um déficit no resultado do 
balanço de pagamentos, a variação das reservas é negativa.
Variação das Reservas Internacionais desde 2010. Fonte: Governo Federal
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA | CFP | EA BANKING SHOOL 19
POLÍTICA CAMBIAL
O fluxo de entrada e saída de capital estrangeiro conforme registrado no balanço de pagamentos 
afeta a Taxa de Câmbio. O modo como o governo gerencia a variação da Taxa de Câmbio é 
determinado pela Política Cambial, que basicamente assume três formas:
Política Cambial Vantagens Desvantagens
Câmbio Fixo: o governo 
define de forma rígida a taxa 
de câmbio, fixando-a em um 
patamar específico.
 • Melhor controle da inflação
 • Eliminação do Risco Cambial
 • Necessidade de elevadas 
reservas cambiais
 • Não permite correção de 
desequilíbrios no fluxo de 
capital
 • Restringe a política 
monetária
Câmbio Flutuante: o governo 
não interfere na taxa de 
câmbio, que varia conforme 
a oferta e demanda natural 
do mercado.
 • Nível de câmbio é ajustado 
automaticamente quando 
houver desequilíbrio no 
fluxo de capital
 • Alta volatilidade é ruim para 
previsibilidade da economia
 • Pode gerar inflação
Câmbio Administrado: o 
governo não regula a taxa de 
câmbio, que varia conforme 
o mercado, porém o governo 
pode interferir ao comprar e 
vender dólares no mercado.
 • Redução da volatilidade no 
câmbio
 • Necessidade de utilização 
das reservas cambiais
 • Resultado é limitado e mais 
de curto prazo
SISTEMA FINANCEIRO 
NACIONAL
SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Em linhas gerais, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) se traduz em um sistema que facilita a 
circulação de recursos entre os agentes poupadores, com recursos disponíveis, e os tomadores de 
recursos, também conhecidos como deficitários. Tudo isso através de transações processadas no 
mercado financeiro.
Dada a complexidade e os riscos envolvidos em transacionar recursos entre superavitários e 
deficitários, se faz necessária a criação de um sistema financeiro, onde um conjunto de órgãos 
regulamenta, fiscaliza e executa as operações necessárias à circulação da moeda e do crédito na 
economia. Dito isso, é fundamental que o SFN tenha estabilidade para garantir a segurança das 
relações entre os agentes econômicos.
AGENTE
SUPERAVITÁRIO
SISTEMA FINANCEIRO 
NACIONAL
AGENTES
DEFICITÁRIOS
Conheça a estrutura do sistema financeiro Nacional:
ÓRGÃO
MOEDA, CRÉDITO, 
CAPITAIS E CÂMBIO
SEGUROS 
PRIVADOS
PERVIDÊNCIA 
FECHADA
NORMATIVO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN)
Conselho Nacional 
de Seguros Privados 
(CNSP)
Conselho Nacional 
de Previdência 
Complementar 
(CNPC)
SUPERVISOR
Comissão de valores 
mobiliários (CVM)
Banco Central 
do Brasil (BCB)
Superintendência 
de seguros privados 
(Susep)
Superintendência 
Nacional de 
Previdência 
Complementar 
(Previc)
OPERADOR
Bolsas de valores e 
de Mercadorias e 
Futuros
Bancos e Caixas 
Econômicas, Adm. 
de consórcio, 
instituições de 
pagamento
Entidades abertas 
de previdência 
complementar 
(EAPC), Seguradoras, 
Sociedades de 
Capitalização
Entidades Fechadas 
de Previdência 
Complementar 
(EFPC) - Fundos de 
Pensão
SISTEMA FINANCEIRO NACI | CFP | EA BANKING SHOOL 4
ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTORREGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃOPara que o sistema financeiro funcione da forma mais adequada, existem órgãos e agentes 
reguladores. As autoridades monetárias no Brasil são as seguintes: 
 • Conselho Monetário Nacional (CMN)
 • Banco Central do Brasil (BC)
 • Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
No que se refere aos três órgãos, pode-se dizer que são diretamente subordinados ao Presidente 
da República e ao Ministro da Economia, acatando diretrizes da presidência e cumprindo 
determinações da administração direta. 
Conselho Monetário Nacional (CMN)
O Conselho Monetário Nacional foi criado pela Lei 4.595/1964, sendo o órgão máximo do SFN 
com a finalidade de formular a política da moeda e do crédito, compondo a estrutura básica do 
Ministério da Economia. 
O CMN ao longo dos anos passou por diferentes composições, sendo que hoje o Conselho é 
integrado por apenas três membros: 
 • Ministro da Economia (Presidente);
 • Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia;
 • Presidente do Banco Central.
Seus membros se reúnem, ordinariamente, uma vez por mês com a finalidade de tratar sobre 
assuntos relacionados às competências do CMN.
Junto ao CMN também funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC) que tem 
como coordenador o presidente do Banco Central do Brasil.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL | CFP | EA BANKING SHOOL 5
Vale destacar entre as principais deliberações do CMN: 
 • Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e 
seu processo de desenvolvimento
 • Regular o valor interno da moeda, visando prevenir ou corrigir surtos de inflação ou 
deflação, sejam eles de origem interna ou externa, depressões econômicas e desequilíbrios 
na conjuntura econômica
 • Diretrizes e normas das políticas monetária, creditícia e cambial 
 • Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras
 • Definir o percentual e a forma de recolhimentos compulsórios
 • Estabelecer a meta de inflação 
 • Orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras, públicas e privadas
 • Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com 
objetivo de trazer maior eficiência ao sistema de pagamentos e a mobilização de recursos
 • Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras
 • Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública 
interna e externa;
Entre as competências do CMN, redigidas pelo artigo 4º da lei que o cria (nº 4.595/64), são elas, 
principalmente: 
 • Autorizar as emissões de papel-moeda
 • Fixar as diretrizes e normas da política cambial
 • Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as formas das operações creditícias
 • Determinar as taxas de recolhimento compulsório das instituições financeiras 
 • Regulamentar as operações de redesconto de liquidez
 • Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras 
que operam no país
 • Determinar a porcentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão 
emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas. 
 • Estabelecer limites para a remuneração das operações e os serviços bancários ou 
financeiros
Banco Central do Brasil (BACEN ou BC)
O Banco Central é uma autarquia federal, criado pela lei 4.595 de 1964, sendo o órgão executivo 
central do sistema financeiro. Tem o objetivo de cumprir e fazer cumprir as disposições que 
regulam o funcionamento do sistema e as normas deliberadas pelo Conselho Monetário Nacional. 
O BC possui sede e foro em Brasília (DF) e dispõe de personalidade jurídica e patrimônio próprios. 
SISTEMA FINANCEIRO NACI | CFP | EA BANKING SHOOL 6
O BC é composto por uma diretoria colegiada, composto por nove membros, sendo eles o 
presidente e oito diretores, ficando cada um responsável por uma diretoria específica. 
Todos os membros da diretoria são nomeados pelo 
presidente da república após aprovação do senado federal
O Estado utiliza o BC como uma forma de intervir diretamente no sistema financeiro e com isso, 
interferir na economia. 
O Banco Central tem por finalidade fiscalizar as instituições financeiras, mas além disso, tem as 
seguintes atribuições:
 • Formulação, execução, acompanhamento e controle das políticas monetária, cambial, de 
crédito e de relações financeiras com o exterior.
 • Organizar, disciplinar e fiscalizar o SFN e do Sistema de Consórcio.
 • Fazer a gestão do SPB e dos serviços do meio circulante
 • Emitir papel moeda, seguindo as condições autorizadas pelo CMN.
 • Manter a inflação dentro da meta estabelecida pelo CMN.
 • Receber os recolhimentos compulsórios e realizar operações de redesconto.
 • Garantir o correto funcionamento do mercado cambial.
 • Efetuar o controle de todas as formas de crédito e dos capitais estrangeiro.
 • Autorizar o funcionamento, fiscalizar e disciplinar todas as instituições financeiras.
 • Realizar a compra e venda de títulos públicos federais dentro da execução da política 
monetária. 
O BC ainda possui objetivos, tais como:
 • Manter as reservas internacionais em nível adequado
 • Estimular a formação de poupança
 • Zelar pela estabilidade e promover o desenvolvimento do SFN
 • Zelar pela liquidez adequada da economia
Tesouro Nacional 
O Tesouro Nacional tem a finalidade de cuidar dos recursos da união, sendo considerado como 
parte do Sistema Financeiro Nacional e é responsável pela gestão eficiente e transparente das 
contas públicas. Também é responsável por zelar pelo equilíbrio fiscal e pela qualidade do gasto 
público. Os impostos recolhidos vão para o caixa do tesouro e são utilizados conforme a demanda 
do governo, sendo convertido, por exemplo, em investimentos em saúde, segurança, educação, 
etc.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL | CFP | EA BANKING SHOOL 7
Ocorre que em alguns momentos o governo gasta mais do que arrecada e se utiliza da ferramenta 
de emissão de títulos públicos federais para conseguir manter os seus gastos.
O BC atua como administrador da dívida pública, realizando a venda de títulos emitidos pelo 
Tesouro Nacional.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
No sistema financeiro é o órgão que fiscaliza o mercado de capitais, principalmente no que se 
refere às empresas de capital aberto. Entre as suas atribuições estão a fiscalização e a disciplina do 
mercado de valores mobiliários. Em linhas gerais, a CVM visa proteger e promover segurança aos 
investidores do mercado financeiro. 
É uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Economia e ligada ao CMN. Embora esteja 
diretamente ligada, tem autonomia para criar normas para o mercado de capitais, também 
conhecidas como “Instrução Normativa CVM”.
Sua atuação também se refere aos seguinte mercados:
 • Bolsas de mercadorias e futuros
 • Entidades do mercado de balcão organizado
 • Entidades de compensação e liquidação 
Vale destacar entre as principais competências e atribuições da CVM:
 • Fiscalizar as empresas de capital aberto
 • Regular e fiscalizar valores mobiliários
 • Punir e investigar descumprimentos à regulação do mercado
 • Assegurar e fiscalizar o bom funcionamento nas bolsas de valores, mercado de balcão e 
das bolsas de mercadorias e futuros
 • Proteger investidores contra:
 • Emissões irregulares de valores mobiliários
 • Atos ilegais de acionistas controladores de companhias abertas, administradores ou 
administradores de carteira de valores mobiliários
 • Uso de informação privilegiada 
 • Evitar ou Coibir fraude ou manipulação de oferta ou preço dos valores mobiliários
 • Estimular a formação de poupanças e a sua aplicação em valores mobiliários
 • Zelar pelo bom funcionamento do mercado de capitais e pelo seu desenvolvimento
A CVM tem a possibilidade de multar infratores e denunciar irregularidades às autoridades policiais 
e competentes. Contudo, a CVM não tem a possibilidade de obrigar determina instituição a parar 
de distribuir determinado ativo ou obrigá-la a fechar. 
Uma das formas de proteger determinados investidores é restringindoa venda de alguns produtos 
de natureza mais complexa exclusivamente para Investidores Qualificados (IQ) e Investidores 
Profissionais (IP).
SISTEMA FINANCEIRO NACI | CFP | EA BANKING SHOOL 8
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC)
A PREVIC é uma Autarquia do Ministério da Economia responsável por fiscalizar as atividades das 
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos de Pensão), assim como a execução 
das políticas para o regime de previdência complementar operado por essas entidades.
A Autarquia tem o papel de ser o braço fiscalizador do Conselho Nacional de Previdência 
Complementar (CNPC), que tem como atribuição ser o regulador do regime de previdência 
complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar.
O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é o órgão que tem 
como função regular o regime de previdência complementar operado pelas 
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC)
Abaixo as principais atribuições da PREVIC e o que compete a ela:
 • Proceder à fiscalização, supervisão e coordenação das atividades das entidades fechadas 
de previdência complementar e suas operações
 • Apurar e julgar as infrações, aplicando as penalidades cabíveis
 • Autorizar: a constituição e o funcionamento das EFPC bem como a aplicação dos 
respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios 
 • Analisar e autorizar as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra 
forma de reorganização societária, relativas às EFPC 
 • Autorizar a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, 
bem como as retiradas de patrocinadores e instituidores; e as transferências de patrocínio, 
grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades 
fechadas de previdência complementar
 • Harmonizar as atividades das EFPC com as normas e políticas estabelecidas para o 
segmento
 • Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das EFPC, bem como nomear interventor 
ou liquidante, nos termos da lei
 • Promover a mediação e a conciliação entre EFPC e entre estas e seus participantes e 
relacionados. Além disso, dirimir os litígios que lhe forem submetidos na forma da lei nº 
9.307, de 23 de setembro de 1996.
 • Enviar ao Ministério da Economia um relatório anual de suas atividades, que também será 
enviado ao Presidente da República e ao Congresso Nacional
 • Sugerir diretrizes básicas para o Sistema de Previdência Complementar;
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL | CFP | EA BANKING SHOOL 9
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
A SUSEP é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia, criada pelo Decreto-Lei nº 
73 de 21 de novembro de 1966, com a finalidade de fiscalizar e controlar os mercados de seguro, 
previdência complementar aberta, capitalização e resseguro
Embora seja uma entidade supervisora, a SUSEP também é responsável por regular os mercados 
em que está inserida, sempre respeitando as diretrizes do órgão normativo, que neste caso é o 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por 
fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados.
Principais atribuições e competências da SUSEP:
 • Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades 
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, 
na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP
 • Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados
 • Atuar protegendo a captação de poupança popular que se efetua através das operações de 
seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro
 • Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles 
vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do 
Sistema Nacional de Capitalização
 • Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, zelando pela liquidez e solvência 
das sociedades que integram o mercado
 • Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados 
em bens garantidores de provisões técnicas
 • Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado
 • Investigar e punir descumprimentos à regulação de mercados de seguro e previdência 
complementar aberta
 • Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este 
forem delegadas
Em linhas gerais a SUSEP tem o objetivo de proteger os investidores de eventuais falhas dos agentes 
do mercado, supervisionando os mercados de seguros privados, previdência e capitalização, 
garantindo assim que os produtos investidos sejam regulamentados.
SISTEMA FINANCEIRO NACI | CFP | EA BANKING SHOOL 10
Participantes do Mercado
A seguir serão consolidadas de forma resumida as principais funções e atividades das instituições 
financeiras que atuam no SFN. Entre as instituições estão:
 • Bancos Múltiplos
 • Bancos Comerciais
 • Bancos de Investimento
 • Caixa Econômica Federal
 • BNDES
 • Sociedades de Arrendamento Mercantil
 • Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI)
 • Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI)
 • Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM)
 • Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM)
 • Corretoras de Câmbio
 • Corretoras de Mercadorias
Bancos Múltiplos
Os bancos múltiplos foram criados com o objetivo de racionalizar a administração, funcionando 
como uma espécie de holding de instituições financeiras. 
Não é qualquer tipo de instituição financeira que pode fazer parte de um banco múltiplo. Segundo 
a resolução CMN n º2.099, as carteiras que podem compor essas instituições são as de: 
Os Bancos Múltiplos são organizados sob a forma de Sociedade Anônima e para ser considerado um 
banco múltiplo, essa instituição deve possuir pelo menos duas das cinco carteiras mencionadas, 
sendo que uma delas precisa ser obrigatoriamente a comercial ou a de investimento. No caso do 
banco possuir a carteira comercial, será possível captar recursos através de depósitos à vista.
Os bancos múltiplos podem ser instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as 
operações passivas, ativas e acessórias, dependendo de quais carteiras o constituem. 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL | CFP | EA BANKING SHOOL 11
A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público.
O banco múltiplo irá operar através de múltiplas carteiras e deve obrigatoriamente conter em sua 
denominação a expressão “Banco”. Além disso, esses bancos podem operar em cada carteira com 
CNPJ da carteira, mas publicar balanço em um único CNPJ.
Bancos Comerciais
O banco comercial deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação 
social deve constar a expressão “Banco”. É a instituição financeira mais conhecida devido a 
variedade de serviços prestados. Tem a finalidade de fornecer os recursos necessários para 
financiar, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas físicas, com 
recursos de curto e médio prazos.
Entre as suas atividades estão:
 • Fornecer conta corrente (depósito à vista), além de talão de cheque
 • Captar recursos à vista e a prazo fixo
 • Descontar títulos 
 • Captar recursos para fornecer empréstimos
 • Fornecer crédito simples ou em conta corrente: cheque especial
 • Operações de crédito rural, comércio internacional e câmbio
 • Prestar serviços de cobrança bancária, arrecadação de tarifas, tributos públicos, etc
 • Distribuir investimentos
 • Possibilitar a transferência de recursos entre agentes
 • Captar recursos através de CDB, Letra Financeira, etc.
Bancos de Investimento
São instituições privadas, criadas com o objetivo de conceder créditos de médio e longo prazo 
para as empresas. Devem, obrigatoriamente, conter em sua denominação social a expressão 
“Banco de Investimento” eser constituídos como sociedade anônima.
Atribuições dos bancos de investimento:
 • Fornecer capital de giro
 • Fornecer capital fixo (investimentos): sempre acompanhadas de projeto
 • Podem captar recursos através de depósito à prazo, sem disponibilizar talão de cheque
 • Abertura de capital e subscrição de novas ações de uma empresa (IPO e underwriting)
 • Distribuir valores mobiliários
SISTEMA FINANCEIRO NACI | CFP | EA BANKING SHOOL 12
 • Depósitos interfinanceiros
 • Podem manter contas correntes, desde que essas contas não sejam remuneradas e não 
movimentáveis por cheques
 • Administração de fundos de investimento
 • Captar recursos através de CDB/RDB ou venda de cotas de fundos
 • Repasses de empréstimos externos.
 • Operar em câmbio, desde que mediante autorização do Bacen
 • Contribuir para a eficiência das empresas através de atividades de fusão, cisão ou 
incorporação de empresas
Não podem manter contas correntes, nem destinar recursos a empreendimentos imobiliários.
Caixa Econômica Federal
É uma instituição financeira pública, vinculada ao Ministério da Economia, tendo como principal 
função auxiliar o governo na política de crédito, integrando o Sistema Brasileiro de Poupança e 
Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro Habitacional (SFH). Podem captar depósito à vista, 
realizar operações ativas, prestação de serviços bancários, tal como um banco múltiplo.
A CEF possui o monopólio das operações de empréstimo sob penhor de bens e bilhetes de 
loterias, além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundo 
do FGTS. É através dela que a população vai buscar o FGTS, seguro desemprego, PIS, bolsa família, 
entre outros. 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
O BNDES é uma Empresa Pública Federal, sendo um dos maiores bancos de desenvolvimento do 
mundo e, hoje, o principal instrumento do Governo Federal para financiamento de longo prazo e 
investimento em todos os segmentos da economia brasileira.
Sendo a principal instituição financeira de fomento do País, tem como objetivos básicos:
 • Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País
 • Fortalecer o setor empresarial nacional
 • Criar novos pólos de produção regionais;
 • Promover o desenvolvimento agrícola, industrial e de serviços; 
 • Promover o crescimento e a diversificação das exportações; 
 • Gerir o processo de privatização das empresas estatais.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL | CFP | EA BANKING SHOOL 13
A origem dos recursos que financiam o BNDES vem de diversos locais, tais como:
 • Debêntures: Mesmo sendo uma instituição financeira ele pode emitir debêntures. Na 
grande maioria das vezes quem emite as debêntures é o BNDESPAR
 • BONDS: Título de renda fixa para captar recursos fora do Brasil
 • Tesouro Nacional
 • PIS e PASEP
 • FAT: Fundo de amparo ao trabalhador 
Para consecução dos objetivos listados, conta com um conjunto de fundos e programas especiais 
de fomento, como, por exemplo, Finame, Finem, Funtec e Finac.
Sociedades de Arrendamento Mercantil
Pessoa jurídica com o objetivo de arrendar uma mercadoria (máquinas, equipamentos) para 
pessoas físicas e empresas, sendo essas operações denominadas de arrendamento mercantil, 
também conhecida como operação de leasing nas modalidades financeira e operacional. 
Além de recursos próprios, as fontes podem ser provenientes de: 
 • Cessão de contratos, depósitos interfinanceiros, dentre outras formas autorizadas pelo 
Bacen
 • Empréstimos contraídos no país ou no exterior
 • Colocação de debêntures e de notas promissórias
Podem ser objeto de arrendamento: 
 • Bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio da arrendatária
 • Bens móveis, de produção nacional ou estrangeira
Também podem realizar operações de leasing financeiro contratadas com o próprio vendedor do 
bem ou com pessoas a ele ligadas: 
 • Sociedades de crédito imobiliário
 • Bancos de desenvolvimento
 • Bancos múltiplos com carteira de investimento
 • de desenvolvimento e/ou de crédito imobiliário
 • Bancos de investimento
 • Caixas econômicas
SISTEMA FINANCEIRO NACI | CFP | EA BANKING SHOOL 14
Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI)
Instituição financeira constituída sob a forma de Sociedade Anônima (S.A.), com fins lucrativos e 
que em seu nome deve constar a expressão “Crédito Imobiliário”. 
O objetivo da SCI consiste em: 
 • Financiamento para construção de habitações
 • Financiamento de capital de giro para empresas produtoras, incorporadoras e distribuidoras 
de material de construção. 
 • Crédito para construção ou compra de casa própria 
A captação de recursos da sociedade se dá através de: 
 • Poupança 
 • Depósitos a prazo
 • Letras e Cédulas Hipotecárias 
 • Convênio com outros bancos
 • Repasses da CEF
 • Recursos de financiamento ou repasses nacionais ou estrangeiros. 
A grande diferença entre uma Associação de Poupança e Empréstimo (APE) e uma SCI é que a 
primeira não pode ser S.A., e não tem fins lucrativos, enquanto a segunda necessariamente é uma 
S.A. e tem fins lucrativos
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI)
São constituídas sob a forma de sociedade anônima (S.A.) e devem conter em sua denominação 
social a expressão “Crédito, Financiamento e Investimento”.
São comumente conhecidas como financeiras, sendo instituições privadas e possuem as seguintes 
características e finalidades:
Fornecer empréstimo e financiamento para a compra de bens e serviços (CDC)
Financiamento a profissionais autônomos
Não são autorizadas a captar depósitos à vista 
Não podem manter contas correntes
Captam recursos através de Letra de Câmbio (LC)
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL | CFP | EA BANKING SHOOL 15
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e 
Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM)
Por meio de uma decisão conjunta entre Banco Central e da CVM em março de 2009, as 
Distribuidoras foram autorizadas a operar nos sistemas de negociação dos mercados organizados 
de bolsa de valores. 
CTVM e DTVM são instituições financeiras que fazem a mesma coisa, operando na compra, 
venda e distribuição de títulos e valores mobiliários (ações, fundos e renda fixa, por exemplo). 
São autorizados a fazer a intermediação em nome de terceiros com as bolsas de valores e de 
mercadorias e futuros. 
Também vale destacar mais algumas atribuições, tais como:
 • Administrar carteiras e fundos de investimento
 • Custodiar valores mobiliários
 • Operar no mercado aberto 
 • Efetuar lançamentos públicos de ações
 • Exercer função de agente fiduciário
 • Intermediar operações de câmbio
Cabe salientar que a atuação dessas instituições financeiras é fiscalizada pela CVM, BACEN e pela 
bolsa de valores, sendo que, seu funcionamento e constituição dependem da autorização do 
Bancos Central e da CVM.
Corretoras de Câmbio
As corretoras de câmbio, também conhecidas como casas de câmbio, são constituídas sob a 
forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, sendo que em sua 
denominação social deve constar a expressão “Corretora de Câmbio”. É através dessas instituições 
que você consegue realizar a compra de determinadas moedas, tais como: euro, dólar, pesos, entre 
outras. 
As atribuições da uma corretora de câmbio são:
 • Compra e venda de moedas estrangeiras
 • Mercado futuro de moedas
 • Receber valores de exportação/importação, já convertendo para a moeda adequada 
automaticamente
 • Comércio exterior: Entrada ou saída de recursos com um limite de US$ 100.000,00 (ou 
equivalente), realizando operações de importação ou exportação tanto para pessoa física 
como jurídica
 • Realizar o papel de “dealer” entre cliente e Banco Central
São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil.
SISTEMA FINANCEIRO NACI | CFP | EA BANKING SHOOL 16
Corretoras de Mercadorias
Uma corretora de mercadorias é uma sociedade habilitada a negociar ou registrar operações com 
valores mobiliários em bolsade mercadorias e futuros. 
Para que essa instituição possa funcionar, ela estará sujeita ao prévio registro na CVM, passando 
também pelo seu controle e sua fiscalização. Além disso, também passa pelo controle e fiscalização 
das bolsas de mercadorias e futuros. 
São requisitos para que uma corretora de mercadorias tenha seu registro efetivado:
 • Ser admitida como membro de bolsa de mercadorias e futuros
 • Ser constituída sob a forma de Sociedade Anônima (S.A.) ou sociedade limitada
 • Indicar à CVM, um diretor estatutário ou sócio-administrador qualificado, que ficará 
responsável pelo cumprimento das instruções CVM.
 • Conter em sua denominação a expressão “corretora de mercadorias” 
Crédito Imobiliário
Quando se trata de crédito imobiliário é importante salientar os dois principais sistemas de 
financiamento imobiliário. O primeiro deles é o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), sendo 
regulamentado pelo Governo Federal, no qual estabelece algumas condições para o financiamento 
imobiliário tal como o custo efetivo máximo do empréstimo e o valor máximo de avaliação do 
imóvel. Já no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) essas condições são negociadas entre os 
clientes, bancos e outras instituições financeiras, pois não estão preestabelecidas.
SISTEMAS E CÂMARAS DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA
Conta Reservas Bancárias
É uma conta de movimentação, obrigatória, a ser mantida por bancos múltiplos com carteira 
comercial, bancos comerciais e caixas econômicas junto ao Banco Central. A finalidade dessa conta 
é que, quando um correntista efetuar uma transferência de recursos para outro banco, o fluxo de 
movimentação passará pelas Contas Reservas das respectivas instituições. 
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
O SPB é um conjunto de regras, sistemas e mecanismos utilizados para transferir recursos e liquidar 
operações financeiras entre empresas, governos e pessoas físicas. A criação do SPB em 2002 trouxe 
muito mais segurança, agilidade e redução do risco sistêmico. 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL | CFP | EA BANKING SHOOL 17
Fazem parte do SPB os seguintes serviços: 
 • Transferência de dinheiro entre bancos
 • Depósito de cheque entre bancos
 • Pagamento de boletos com débito em conta, entre bancos
 • Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito
 • Compensação de cheques
 • Transferência de fundos e de outros ativos financeiros
 • Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias 
 • Compensação e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários
 • Realizar pagamento com cartão de crédito ou débito 
Para reduzir drasticamente o risco sistêmico foram criadas as Câmaras de Compensação no Sistema 
de Pagamentos Brasileiro. 
O risco sistêmico se refere a possibilidade de algum determinado banco não conseguir honrar 
um pagamento por falta de recursos. Se isso vier a ocorrer, pode ocasionar uma sequência de 
inadimplências, gerando perdas dentro do sistema bancário ou até mesmo a quebra do mesmo.
Câmaras de Compensação
No mercado financeiro são mais conhecidas como Clearings. Essas instituições que possibilitam a 
compensação e a liquidação nas mais diversas operações que envolvem a transferência de fundos, 
fazendo isso de forma rápida, segunda e eletronicamente.
O objetivo é eliminar o risco de contraparte, ou seja, um determinado investir pagar, mas não 
recebeu seu ativo. 
As Clearings realizam essas operações recebendo os recursos do comprador e os ativos do 
vendedor e após isso entregam os valores para o vendedor e os ativos ao comprador.
As mais importantes câmaras de compensação no Brasil são a B3 e a Selic.
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)
Sistema gerido pelo BACEN e operado em parceria com a ANBIMA. Tem a finalidade de ser a Central 
Depositária dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. Além disso, o sistema tem a finalidade de 
emissão, resgate, ao pagamento dos juros e à custódia dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.
SISTEMA FINANCEIRO NACI | CFP | EA BANKING SHOOL 18
Os principais títulos custodiados no Selic são:
 • LFT
 • NTN-B
 • NTN-B Principal 
 • NTN-F
 • LTN 
 • NTN-C 
Também é responsável pelo registro de operações definitivas e compromissadas realizadas no 
mercado de balcão.
B3
A B3 atua tanto em ambiente de bolsa, como de balcão, sendo constituída através de uma 
sociedade de capital aberto, com ações listadas em bolsa. 
A B3 tem a atividade de:
 • Criação e administração de sistemas de negociação
 • Compensação
 • Liquidação
 • Depósito 
 • Registro para todas as principais classes de ativos
Entre as classes de ativos estão:
 • Ações
 • Derivativos
 • Renda fixa privada
 • Commodities; 
 • Operações estruturadas; 
Além disso, também opera como contraparte central garantidora para a grande parte das 
operações realizadas por meio dos seus mercados e oferta serviços de central depositária e de 
central de registro. 
Investidores Qualificados
É uma forma que a CVM encontrou de limitar o acesso a alguns produtos mais complexos para 
alguns investidores específicos. São considerados Investidor Qualificado:
 • Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros de ao menos R$ 
1.000.000,00, além de atestar por escrito sua qualificação mediante termo próprio
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL | CFP | EA BANKING SHOOL 19
 • Investidores profissionais
 • Pessoa natural que tenha sido aprovada em exame de qualificação técnica ou possuam 
certificação aprovada pela CVM (CEA, CFP, CGA, CNPI e AAI) como requisitos para o 
registro de agentes autônomos de investimentos, administradores de carteira, analistas e 
consultores de valores mobiliários, em relação a seus recursos próprios.
Investidores Profissionais 
Investidores profissionais são os únicos que podem constituírem Fundos Exclusivos, um tipo 
de fundo que possui um único cotista, que necessariamente deve ser um tipo de investidor 
profissional.
São considerados Investidores Profissionais:
 • Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a 
R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor 
profissional mediante termo próprio
 • Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de capitalização 
 • Fundos de investimento
 • Entidades abertas e fechadas de previdência complementar
 • Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM 
em relação a seus recursos próprios 
Uma questão importante é que todo Investidor Profissional é Qualificado, porém nem todo 
Qualificado é também um Investidor Profissional.
Investidores Não-Residentes
Investidores Não Residentes (INRs) são pessoas físicas ou jurídicas, inclusive fundos ou outras 
entidades de investimento coletivo, com residência, sede ou domicílio no exterior e que investem 
no Brasil. Tais investidores estão sujeitos a registro prévio na CVM
NORMAS E
REGULAÇÃO
NORMAS E
REGULAÇÃO
NORMAS E REGULAÇÃO
PREVENÇÃO E COMBATE A LAVAGEM DE DINHEIRO 
OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E VALORES
O crime de lavagem de dinheiro está previsto na legislação através da Lei 9.613 de 1998, 
atualizada pela Lei 12.683 de 2012. Existiu ainda, recentemente, uma Medida Provisória (MP 893 
de 2019), a qual foi convertida na Lei 13.974 de 2020. É através da análise dessa legislação que 
podemos expressar as características desse importante tema no contexto do mercado financeiro 
e extremamente relevante para os profissionais que nele atuam. A seguir, os principais destaques 
envolvendo a legislação pertinente ao crime de lavagem de dinheiro.
COMBATE INTERNACIONAL
A legislação teve origem na Convenção de Viena, de 1998, que buscou criar instrumentos 
internacionais de prevenção e combate ao crime organizado. Afinal, para que os criminosos possam 
exercer suas atividades ilícitas (tráfico de drogas, terrorismo, corrupção, entre outros), é necessário 
captar, transferir e gerenciar recursos financeiros,que, em grande parte, circulam dentro do sistema 
financeiro legalizado.
Ainda no âmbito da cooperação entre os países, existe uma força-tarefa internacional chamada 
GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional contra Lavagem de Dinheiro) que envolve cerca de 
180 países e possui 40 recomendações para o combate e prevenção à lavagem de dinheiro, as quais 
podem ser encontradas no seguinte link: http://www.fazenda.gov.br/orgaos/coaf/arquivos/as-
recomendacoes-gafi. 
Um importante conceito derivado das normas internacionais é o KYC (Know Your Customer), cuja 
tradução é Conheça Seu Cliente. Tal conceito se refere ao fato das instituições financeiras estarem 
obrigadas a criar mecanismos e procedimentos eficientes de cadastro com o intuito de conhecer 
melhor a origem dos recursos movimentados pelos seus clientes. Um ponto de atenção central é se 
a quantia movimentada pelo cliente está compatível com as informações cadastrais comprovadas.
COAF
O COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) foi criado pela Lei 9.613/98 com 
a finalidade de “disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as 
ocorrências suspeitas de atividades ilícitas [...], sem prejuízo das competências de outros órgãos e 
entidades” e, para exercer sua atividade, “poderá requerer aos órgãos da Administração Pública as 
informações cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas”. 
http://www.fazenda.gov.br/orgaos/coaf/arquivos/as-recomendacoes-gafi. 
http://www.fazenda.gov.br/orgaos/coaf/arquivos/as-recomendacoes-gafi. 
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 4
O COAF após analisar as informações financeiras, “comunicará às autoridades competentes para a 
instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes previstos nesta 
Lei, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito.” Portanto, não cabe ao COAF 
processar os crimes, mas apenas comunicar às autoridades, os indícios de sua existência.
O COAF atualmente (Lei 13.974/20) está vinculado administrativamente ao Banco Central do Brasil. 
CONCEITO DE LAVAGEM DE DINHEIRO
O conceito de lavagem de dinheiro está expresso no Art. 1 da Lei 9.613/98: “Ocultar ou dissimular 
a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou 
valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”
Para haver o crime de lavagem de dinheiro é necessário haver um crime antecedente, cujo fruto 
seja financeiramente mensurável (dinheiro, bens, ativos, etc...) e o criminoso inserir ou tentar 
inserir esse fruto dentro do sistema econômico legalizado, dando-lhe uma aparência lícita. Além 
disso, não só o sujeito, mas qualquer pessoa que utilizar os bens, direitos ou valores ou ajudar no 
processo também estará cometendo o crime.
Fases da lavagem de dinheiro
A lavagem de dinheiro ocorre em três etapas: Colocação, Ocultação e Integração, sendo que a partir 
da primeira fase o crime já está ocorrendo.
COLOCAÇÃO: inserção do dinheiro “sujo” no sistema econômico
Exemplos: depósitos em conta (geralmente de “laranjas”), compra de bens de alto valor e/ou cujo 
valor seja de difícil mensuração (obras de arte, veículos de luxo, propriedades imobiliárias, etc..), 
também com utilização de terceiros, uso de “doleiros”, montagem de empresas de fachada, entre 
outros artifícios.
OCULTAÇÃO: movimentação, fracionamento e distribuição dos recursos de maneira diversificada e 
em grandes quantidades de modo a dificultar o rastreamento da origem ilegal dos recursos.
INTEGRAÇÃO: retorno dos recursos de origem ilícita aos criminosos, através da utilização de 
negócios aparentemente lícitos, como simulação de compra e venda de bens, notas superfaturadas, 
“caixa dois” em empresas, entre outros.
CONGELAMENTO E ALIENAÇÃO DE BENS
Uma importante alteração promovida pela Lei 12.683/12 foi a possibilidade descrita no Art. 4.: “O 
juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação do delegado de 
polícia, ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo indícios suficientes de 
infração penal, poderá decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado 
ou acusado, ou existentes em nome de interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou 
proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações penais antecedentes”, sendo que , conforme 
o parágrafo 1º, poderá ainda proceder na “alienação antecipada para preservação do valor dos 
bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando 
houver dificuldade para sua manutenção.”.
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 5
No caso de alienação (venda) dos bens confiscados, é feita uma avaliação prévia e vendidos através 
de leilão ou pregão, por valor que não pode ser inferior a 75% do valor avaliado.
Pena: previsão, redução e ampliação
De acordo com o Art 1., a pena para quem praticar o crime de lavagem de dinheiro é de reclusão, 
de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
Já o mecanismo de delação premiada está previsto no Art 5. da Lei 9.613/98: “A pena poderá 
ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto [...] se o autor, 
coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos 
que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, 
ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime”.
Por outro lado, conforme parágrafo 4º do Art 1.: “A pena será aumentada de um a dois terços, se 
os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização 
criminosa"
DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE
A Lei 12.683/12 ampliou o escopo das instituições e pessoas que estão sujeitas aos mecanismos de 
controle impostos pela legislação, tais como os destacados do Art. 10:
 • Manutenção de cadastros dos clientes;
 • Registro das transações que excederem valores estipulados na legislação;
 • Manter cadastro e atender às requisições feitas pelo COAF (Conselho de Controle de 
Atividades Financeiras)
 • Adotar políticas, procedimentos e controles internos que permitam a comunicação das 
operações suspeitas ao COAF.
Com a mudança, a lista do Art.9 tornou-se mais extensa, abrangendo “as pessoas físicas e 
jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória, 
cumulativamente ou não:
I – a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda 
nacional ou estrangeira;
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento 
cambial;
III – a custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação ou administração 
de títulos ou valores mobiliários.
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e os sistemas de negociação do 
mercado de balcão organizado;
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 6
II – as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de previdência complementar ou 
de capitalização;
III – as administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de crédito, bem como as 
administradoras de consórcios para aquisição de bens ou serviços;
IV – as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro meio 
eletrônico, magnético ou equivalente, que permita a transferência de fundos;
V – as empresas de arrendamento mercantil (leasing), as empresas de fomento comercial 
(factoring) e as Empresas Simples de Crédito (ESC);
VI – as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, 
mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante sorteio ou 
método assemelhado;
VII – as filiais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil qualquer das 
atividades listadas neste artigo, ainda que de forma eventual;
VIII – as demais entidadescujo funcionamento dependa de autorização de órgão regulador dos 
mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de seguros;
IX – as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como 
agentes, dirigentes, procuradoras, comissionárias ou por qualquer forma representem 
interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas neste artigo;
X – as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra 
e venda de imóveis;
XI – as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias, pedras e metais preciosos, objetos 
de arte e antiguidades.
XII – as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor, 
intermedeiem a sua comercialização ou exerçam atividades que envolvam grande volume de 
recursos em espécie;
XIII – as juntas comerciais e os registros públicos;
XIV – as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de 
assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer 
natureza, em operações:
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais ou participações 
societárias de qualquer natureza;
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores 
mobiliários;
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos 
fiduciários ou estruturas análogas;
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 7
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas 
ou artísticas profissionais;
XV – pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação, comercialização, 
agenciamento ou negociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou feiras, 
exposições ou eventos similares;
XVI – as empresas de transporte e guarda de valores;
XVII – as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de origem rural ou 
animal ou intermedeiem a sua comercialização;
XVIII – as dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por meio de sua 
matriz no Brasil, relativamente a residentes no País.”
Tais pessoas físicas e jurídicas, ainda, segundo o Art. 11.:
I – dispensarão especial atenção às operações que [...] possam constituir-se em sérios indícios 
dos crimes previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;
II – deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, 
inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta 
ou realização:
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10 (toda transação em moeda nacional ou 
estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível 
de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente[...]), 
acompanhadas da identificação de que trata o inciso I do mencionado artigo (identificarão 
seus clientes e manterão cadastro atualizado [...]); e
b) das operações referidas no inciso I
III – deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade ou, na sua falta, 
ao Coaf, na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de 
propostas, transações ou operações passíveis de serem comunicadas nos termos do inciso II.”
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
Conforme a legislação, não pratica crime, mas podem ser responsabilizadas as pessoas que 
deixarem de cumprir com as determinações previstas, como trazido pelo Art. 12 da Lei 9.613/98: 
“Às pessoas referidas no art. 9º (pessoas sujeitas ao mecanismo de controle, já citadas), bem como 
aos administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos arts. 
10 e 11 (já destacados) serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, 
as seguintes sanções:
I – advertência;
II – multa pecuniária variável não superior:
a) ao dobro do valor da operação;
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da 
operação; ou
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 8
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
III – inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de 
administrador das pessoas jurídicas referidas no art. 9º;
IV – cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou 
funcionamento.”
PLD NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
As Instituições Financeiras sob regulação do Banco Central do Brasil devem sujeitar-se ao Programa 
de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo (PLD/FT), que é composto 
pelas normativas específicas expedidas pelo órgão. Devem auxiliar nos controles, rastreamento e 
comunicação aos órgãos competentes, observando as seguintes diretrizes:
 • Política Institucional
 • Estrutura Organizacional
 • Definir Responsabilidades
 • Programa Conheça Seu Cliente
 • Política para clientes Permanentes e Eventuais (Circular 3.461 Bacen):
 • “considera-se cliente eventual ou permanente qualquer pessoa natural ou jurídica 
com a qual seja mantido, respectivamente em caráter eventual ou permanente, 
relacionamento destinado à prestação de serviço financeiro ou à realização de 
operação financeira.”
 • Política para Pessoas Politicamente Expostas (PPE) (Circular 3.461 Bacen):
 • “Consideram-se pessoas politicamente expostas os agentes públicos que desempenham 
ou tenham desempenhado, nos últimos cinco anos, no Brasil ou em países, territórios 
e dependências estrangeiros, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, assim 
como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo”
 • Atualização Cadastral Anual
 • Programa Conheça seu Colaborador
 • Software para monitoramento
 • Comitê de Compliance
Cabe salientar que, conforme Circular 3.978 do Bacen, a Política de PLD/FT deve ser documentada, 
aprovada pelo Conselho de Administração (ou Diretoria) e mantida atualizada.
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 9
CRIME DO COLARINHO BRANCO
Os chamados crimes de “colarinho branco”, apelidados assim em função do perfil socioeconômico 
dos criminosos, são aqueles cometidos contra o Sistema Financeiro Nacional. As instituições que 
compõe o Sistema Financeiro Nacional (SFN) estão representadas na figura a seguir, estando 
divididos entre órgãos normativos, supervisores e operadores.
Figura: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional. Fonte: bcb.gov.br
É fundamental proteger o SFN de ilícitos, tendo em vista que a credibilidade da economia de 
um país está diretamente ligada à credibilidade de seu sistema financeiro. Além disso, é muito 
importante a atuação dos órgãos reguladores/normativos como o Banco Central e a CVM, visando 
o bom funcionamento e, principalmente, protegendo os correntistas, investidores, funcionários de 
instituições, entre outros.
A lei que define os crimes praticados contra o SFN é a 7.492/86 e pode ser dividida em 3 grandes 
eixos:
 • Conceito de Instituição Financeira (Art. 1 ; § único)
 • Tipificação e definição das penas aos ilícitos (Art. 2 ao 24)
 • Procedimento Criminal (Art. 25 ao 35)
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 10
CONCEITO DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Art. 1º “Considera-se instituição financeira [...], a pessoa jurídica de direito público ou privado, que 
tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermediação 
ou aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia, 
emissão, distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários.
Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira:
I – a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio, capitalização ou 
qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros;
II – a pessoa natural que exerça quaisquer das atividadesreferidas neste artigo, ainda que de 
forma eventual.”
Importante ressaltar que as Factorings (adquirem recebíveis à prazo com desconto, antecipando 
o valor ao favorecido) não fazem parte do SFN e, portanto, os crimes envolvendo esse tipo de 
instituição não estão contemplados nesta lei. Ressalta-se também a equiparação de pessoa natural 
(pessoa física) à instituição financeira, desde que exerça alguma das atividades elencadas no texto.
SUJEITO ATIVO
O sujeito ativo é a pessoa natural que pode ser responsabilizada pelo crime previsto na lei:
Art. 25. “São penalmente responsáveis, nos termos desta lei, o controlador e os administradores 
de instituição financeira, assim considerados os diretores, gerentes.
§ 1º Equiparam-se aos administradores de instituição financeira o interventor, o liquidante ou 
o síndico. 
§ 2º Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou 
partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a 
trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços.”
Destaca-se, em relação ao parágrafo 1º, o conceito de administrador aos que forem 
temporariamente responsáveis pela gestão da instituição. Já no parágrafo 2º, o benefício de 
redução de pena conhecido como “delação premiada”.
TIPIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DE PENAS AO ILÍCITO
Todos os crimes de colarinho branco são considerados dolosos e passíveis de multa mais reclusão. 
No total, a lei prevê 22 casos, dos quais destacam-se os seguintes:
Art. 2º Imprimir, reproduzir ou, de qualquer modo, fabricar ou pôr em circulação, sem autorização 
escrita da sociedade emissora, certificado, cautela ou outro documento representativo de título 
ou valor mobiliário:
Pena: Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 4º “Gerir fraudulentamente instituição financeira:
Pena: Reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa.
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 11
Parágrafo único. Se a gestão é temerária:
Pena: Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 11. Manter ou movimentar recurso ou valor paralelamente à contabilidade exigida pela 
legislação:
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
Art. 16. Fazer operar, sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração 
falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio:
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa
Art. 17. Tomar ou receber crédito, na qualidade de qualquer das pessoas mencionadas no art. 25, 
ou deferir operações de crédito vedadas, observado o disposto no art. 34 da Lei no 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964 (operações com partes relacionadas): 
Pena: Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
I – em nome próprio, como controlador ou na condição de administrador da sociedade, 
conceder ou receber adiantamento de honorários, remuneração, salário ou qualquer outro 
pagamento, nas condições referidas neste artigo;
II – de forma disfarçada, promover a distribuição ou receber lucros de instituição financeira.
Art. 19. Obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira:
Pena: Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é cometido em detrimento 
de instituição financeira oficial ou por ela credenciada para o repasse de financiamento.
Art. 22. Efetuar operação de câmbio não autorizada, com o fim de promover evasão de divisas do 
País:
Pena: Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, a qualquer título, promove, sem autorização 
legal, a saída de moeda ou divisa para o exterior, ou nele mantiver depósitos não declarados à 
repartição federal competente
PROCEDIMENTO CRIMINAL
Os crimes de colarinho branco são promovidos pelo Ministério Público Federal no âmbito da Justiça 
Federal, podendo participar como assistentes a Comissão de Valores Mobiliários e o Banco Central 
do Brasil quando a instituição financeira prejudicada estiver sob sua regulação.
Importante ressaltar que esses crimes são inafiançáveis, portanto o réu não poderá prestar fiança 
ou apelar, o que faz sentido se considerarmos o perfil econômico usual dos réus nesse tipo de 
crime. Sobre a penalidade de multa, o valor pode chegar a dez vezes o valor do montante com o 
qual o réu foi beneficiado.
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 12
Outro destaque, já mencionado, é a possibilidade de “delação premiada”, quando o réu resolve 
colaborar espontaneamente com a autoridade policial ou judicial, relatando fatos e entregando 
provas que auxiliem na elucidação e comprovação do crime praticado em quadrilha. Em troca, o 
réu é beneficiado com redução da pena de um a dois terços.
PADRÕES ÉTICOS E UTILIZAÇÃO 
INDEVIDA DE INFORMAÇÕES 
Utilização indevida de informações privilegiadas
Os profissionais que atuam no mercado financeiro não devem se envolver em práticas que 
distorçam preços de ativos ou artificialmente aumentem o volume de negociação com a intenção 
de enganar os demais participantes do mercado. Disseminação de informações falsas e enganosas 
para influenciar o preço de um ativo, manipulações baseadas em transações que dão falsas 
impressões de volume e/ou preço ou ter uma posição dominante em um ativo para manipular o 
preço desse ativo ou de um derivativo relacionado são alguns exemplos de práticas proibidas. 
Insider trading
Insider trading ou uso de informações privilegiadas é a negociação de valores mobiliários baseada 
no conhecimento de informações relevantes que ainda não são de conhecimento público, com o 
objetivo de auferir lucro ou vantagem no mercado.
Informação privilegiada ou Inside Information é toda a informação:
 • Confidencial – não divulgada amplamente no mercado. Informação divulgada aos analistas 
não é considerada pública até que seja fornecida para todos investidores no mercado.
 • Relevante – se a divulgação da informação afetaria o preço de um título ou se investidores 
gostariam de ter a informação antes de tomar uma decisão de investimento, ela é 
relevante. 
A Lei 6.385/76 (e posteriores atualizações), prevê no artigo 27-D, que tipifica a conduta de “Utilizar 
informação relevante de que tenha conhecimento, ainda não divulgada ao mercado, que seja capaz 
de propiciar, para si ou para outrem, vantagem indevida, mediante negociação, em nome próprio 
ou de terceiro, com valores mobiliários” a seguinte pena: 
 • Reclusão, de 1 a 5 anos, e multa de até 3 vezes o montante da vantagem ilícita obtida em 
decorrência do crime.
Front running
Front-running consiste em utilizar alguma informação privilegiada para concluir uma negociação 
antes de outros investidores. Esta prática viola o dever fiduciário do profissional atuante no 
mercado financeiro, pois atuando dessa forma estaria colocando seus interesses particulares acima 
dos interesses dos seus clientes e de seu empregador.
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 13
Conflito de interesses
O conflito de interesses está relacionado a circunstâncias, a relacionamentos ou a outros fatos 
vinculados aos próprios interesses financeiros, operacionais, de propriedade e/ou pessoais de um 
profissional que podem impedir, de alguma forma, tal profissional de prestar seu aconselhamento, 
suas recomendações ou serviços de forma desinteressada. 
O profissional deve manter com os clientes uma relação profissional íntegra, revelando e 
gerenciando possíveis conflitos de interesses. Ele deve compatibilizar os próprios sentimentos, 
preconceitos e desejos, de forma a alcançar um equilíbrio entre os interesses conflitantes. 
Confidencialidade
O profissional deve proteger a confidencialidade de todas as informações dos clientes. Um 
relacionamento de confiança com o cliente só pode ser construído sob o entendimento de que as 
informações serão tratadas de forma discreta e segura e não serão reveladas inadequadamente. 
O uso de informação do clienteé impróprio, independente de causar ou não dano ao cliente. É 
permitido usar informações confidenciais do cliente quando o profissional estiver em uma disputa 
civil com o cliente, para se defender contra acusações de imperícia feitas pelo cliente ou ainda para 
cumprir com requerimentos ou processos legais. Em todas as outras situações, mesmo que não 
cause danos ao cliente, não é permitido revelar suas informações a terceiros.
COMPLIANCE LEGAL 
O termo compliance é proveniente do verbo to comply, em inglês, que significa estar em 
conformidade com regras, normas e procedimentos. A área de compliance de uma instituição tem 
por objetivo atender às exigências legais e minimizar riscos, principalmente os de imagem, legal e 
operacional.
Entre outras funções, a área de compliance é responsável por:
 • Assegurar que todas as unidades de negócio estejam operando em conformidade com as 
normas emitidas pelos órgãos reguladores.
 • Desenvolver e reavaliar periodicamente as normas, os procedimentos e os controles 
internos (particularmente aqueles relacionados ao princípio “Conheça Seu Cliente” e à 
lavagem de dinheiro).
 • Oferecer suporte técnico e de pesquisa para as diversas áreas da empresa (operacionais 
ou não), dentro de sua área de atuação.
 • Elaborar treinamentos diversos, atendendo às diferentes necessidades da instituição e de 
seus funcionários, dentro de suas respectivas áreas de atuação.
 • Definir a política e o controle sobre investimentos pessoais dos funcionários.
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 14
Risco de Imagem
O risco de imagem pode ser definido como o risco de perdas em decorrência de alterações da 
reputação da instituição com os clientes, concorrentes e órgãos governamentais. Fraudes em 
balanços, cobranças abusivas por determinado produto ou serviço e mal atendimento ao cliente 
são alguns exemplos.
Risco Legal
É definido como uma medida numérica da incerteza dos retornos de uma instituição caso seus 
contratos não possam ser legalmente amparados – por falta de representatividade por parte de 
um negociador, por documentação insuficiente, insolvência ou ilegalidade.
Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98
Em seus 25 princípios para uma supervisão bancária eficaz, o Comitê da Basileia dispõe que os 
supervisores devem certificar-se de que os bancos tenham controles internos adequados. Em 
setembro de 1998, o Comitê divulgou 13 princípios relativos aos controles internos que são a base 
das disposições da Resolução BC 2.554 de 1998 (e posteriores alterações).
A Resolução BC 2.554/98 estabeleceu as regras sobre: 
 • a implantação dos sistemas de controles internos das instituições financeiras voltados para 
as atividades por elas desenvolvidas; 
 • seus sistemas de informação financeiros, operacionais e gerenciais;
 • e o cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis. 
Nesse sentido, o Banco Central, através dessa Resolução, determina que as instituições financeiras 
e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BC devem implantar controles internos voltados 
para as atividades por elas desenvolvidas.
Principais pontos da resolução:
Art. 1º – Parágrafo 1º Os controles internos, independentemente do porte da instituição devem 
ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e risco das operações por ela realizadas.
Parágrafo 2º – São de responsabilidade da diretoria da instituição:
I. A implantação e a implementação de uma estrutura de controles internos efetiva mediante a 
definição de atividades de controle para todos os níveis de negócios da instituição.
II. O estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos.
III. A verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos definidos em 
função do disposto no inciso II. 
NORMAS E REGULAÇÃO | CFP | EA BANKING SHOOL 15
Art. 2º Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os funcionários 
da instituição de forma a assegurar sejam conhecidas a respectiva função no processo e as 
responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização, devem prever:
I. A definição de responsabilidades dentro da instituição.
II. A segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma a que seja 
evitado o conflito de interesses, bem como meios de minimizar e monitorar adequadamente 
áreas identificadas como de potencial conflito da espécie.
III. Meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que possam afetar adversamente 
à realização dos objetivos da instituição.
IV. A existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários, segundo o 
correspondente nível de atuação, o acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis 
informações consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades. 
V. A contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da instituição. 
VI. O acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas, de forma a que se possa 
avaliar se os objetivos da instituição estão sendo alcançados, se os limites estabelecidos e as 
leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos, bem como a assegurar que quaisquer 
desvios possam ser prontamente corrigidos.
VII. A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em 
especial para os mantidos em meio eletrônico.
Parágrafo 1º – Os controles internos devem ser periodicamente revisados e atualizados, de 
forma a que sejam a eles incorporadas medidas relacionadas a riscos novos ou anteriormente 
não abordados.
Parágrafo 2º – A atividade de auditoria interna deve fazer parte do sistema de controles 
internos.
Chinese Wall (Barreira de Informação) 
O termo Chinese Wall, também conhecido por Barreira de Informação, é o conjunto de 
procedimentos e políticas internas de uma instituição que visa a estabelecer uma barreira 
à comunicação entre seus diferentes indivíduos ou setores de forma a restringir o acesso às 
informações privadas e evitar situações de conflitos de interesses ou de interesses concorrentes.
Um exemplo típico da aplicação do princípio do Chinese Wall são empresas conhecidas 
Asset Management, cujo foco é a gestão de recursos de terceiros, principalmente fundos de 
investimento. Esse princípio estipula que os recursos dos fundos de investimento no devem 
ser geridos de maneira completamente independente dos recursos da própria instituição 
administradora. 
FUNDAMENTOS
DE FINANÇAS
FUNDAMENTOS
DE FINANÇAS
TAXA DE JUROS NOMINAL E REAL
O formato de remuneração de investimentos mais comum no mercado financeiro é o pagamento 
de Juros periódicos. Ao comprar um Título de Dívida (CDB ou Título Público, por exemplo), o 
investidor passa a ter direito de receber o capital investido acrescido de juros periódicos, podendo 
ser mensais, semestrais, anuais, etc. A remuneração por juros é expressa em termos percentuais e 
periódicos.
Por exemplo, suponha um investidor que aplica R$ 100.000,00 em um título isento imposto de 
renda, com prazo de vencimento de 1 ano. No vencimento, o investidor recebe os R$ 10.000,00 
mais juros de R$ 1.000,00 Juros de R$1.000,00 sobre um capital de R$ 10.000,00 equivale a 10% de 
remuneração. Como o prazo foi de 1 ano, diz-se que a Taxa de Juros é de 10% ao ano (a.a). Essa Taxa 
de Juros de 10% a.a. chamamos de Taxa Nominal de Juros.
Já o conceito de Taxa Real de Juros leva em consideração o efeito da inflação no cálculo. Em relação 
à análise de investimentos e suas remunerações, sempre deve-se levar em conta o efeito da inflação 
para entendermos se o investidor teve um ganho acima da inflação do período. Em outras palavras, 
se o seu capital foi remunerado de fato ou apenas corrigido.
A inflação também é expressa em termos percentuais e periódico. Por exemplo, se o que eu 
comprava há 1 ano atrás custava R$ 1.000,00 e hoje custa R$ 1.020,00, então o aumento foi de 
R$ 20,00, ou 2% sobre R$ 1.000,00 em um ano. Logo, se diz que a Taxa de Inflação foi de 2% ao 
ano. Diferentemente de um título pré-fixadonão é possível saber quanto exatamente será a Taxa 
de Inflação, portanto a Taxa Real de Juros só será encontrada após a observação de como foi o 
comportamento da inflação. Exceto no caso dos títulos indexados à inflação, como o Tesouro IPCA+, 
por exemplo. Nesses títulos, já se sabe quanto será a Taxa Real de Juros, pois estão atrelados à 
variação da inflação, independentemente de como a mesma irá se comportar.
Quando falamos de inflação, na verdade não existe somente uma inflação, já que existem diversos 
indicadores econômicos que avaliam o comportamento dos preços dependendo da pesquisa que é 
feita.
A nível de investimentos, o índice amplamente utilizado é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao 
Consumidor Amplo), medido pelo governo federal através do IBGE e utilizado para remuneração 
dos títulos públicos e privados, metas de inflação do banco central, reajuste de contratos públicos e 
privados, entre outros.
O cálculo para encontrar a Taxa Real de Juros é a seguinte:
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 4
Exemplo 1: Um investidor aplicou R$ 10.000,00 em um título pré-fixado com vencimento em 1 ano. 
No final do período, recebeu R$ 800,00 de juros. O IPCA foi de 2% no período.
Taxa Nominal de Juros: 8% ao ano
Taxa de Inflação do Período: 2% ao ano.
= (1,08/1,02) = 1,0588
= 1,0588 -1 = 0,0588
=0,588 x 100 = 5,88, logo a Taxa Real de Juros foi de 5,88% no período
Exemplo 2: Um investidor aplicou R$ 10.000,00 em ações e após um tempo vendeu pelo valor de 
R$ 12.500,00, obtendo um lucro de R$ 2.500,00. A inflação do período foi de 10%.
Taxa de Rendimento Nominal: 25%
Taxa de Inflação do Período: 10%
Taxa de Rendimento Real: = (1,25/1,10) = 1,1363
= 1,1363 – 1 = 0,1363
= 0,1363 *100 = 13,63, logo a Taxa de Rendimento Real foi de 13,63% no período.
Note que neste exemplo não é falado em Taxa de Juros, pois o investimento foi feito em ações. O 
importante é observar que a lógica é a mesma. Sobre qualquer rendimento, deve-se descontar a 
inflação para analisar a rentabilidade em termos reais.
Vejamos um exemplo onde há um ganho aparente, “mascarado” pela inflação.
Exemplo 3: Um investidor comprou um apartamento em 2000 pelo valor de R$ 100.000,00. Após 
10 anos, vendeu o imóvel por R$ 220.000,00, obtendo um lucro de R$ 120.000,00. A inflação de 
2000 a 2010 foi de 60%.
Taxa de Rendimento Nominal: 120%
Taxa de Inflação: 60%
Taxa de Rendimento Real: = (2,20 / 1,60) = 1,3750
= 1,3750 – 1 = 0,3750
= 0,3750 x 100 = 37,50, logo o rendimento real foi de 37,5% no período.
Quando a inflação observada é superior ao rendimento obtido, então podemos ter uma taxa de 
rendimento positiva, mas o ganho real será negativo.
Exemplo 4: Um investidor aplicou determinada quantia em um Tesouro Pré a uma taxa de 5%a.a. 
com vencimento para 1 ano. O IPCA observado no período foi de 6%.
Taxa Nominal de Juros: 5%
Taxa de Inflação: 6%
Taxa Real de Juros = (1,05/1,06) = 0,9905
= 0,9905 – 1 = -0,0095
= -0,0095 x 100 = -0,95, logo o rendimento real foi negativo, de -0,95% no período.
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 5
Não é tão comum, mas pode acontecer uma deflação, ou seja, os preços caem ao invés de subir. 
Nesse caso, a Taxa de Inflação é expressa negativamente, o que faz o Rendimento Real ser maior 
do que o Rendimento Nominal.
Exemplo 5: Um investidor aplicou em um Fundo Multimercado obtendo um rendimento de 4% em 
um mês. Nesse mês, houve uma deflação de 1%.
Taxa de Rendimento Nominal: 4%
Taxa de Inflação: -1%
Taxa de Rendimento Real = (1,04/0,99) = 1,0505
*Note que o cálculo da Taxa de Inflação é = 1 – 0,01 
= 1,0505 -1 = 0,0505
= 0,0505 x 100 = 5,05 , logo o rendimento real foi de 5,05% no período.
Portanto, é muito importante observar sempre o comportamento da inflação, pois o ganho real 
está ligado diretamente ao poder de compra obtido pelo investidor. De nada adianta o investidor 
ter obtido um ganho expressivo em suas aplicações se o seu poder de compra se manteve o mesmo. 
Obter ganho real é obter ganho acima da mera correção monetária/reposição inflacionária.
CAPITALIZAÇÃO SIMPLES X 
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
Taxa de juros proporcionais e equivalentes
O tipo de capitalização de juros diz respeito ao formato do cálculo dos juros que incidirão sobre 
o investimento. Devido a esta diferença no cálculo da capitalização, uma mesma Taxa de Juros 
pode resultar em valores completamente diferentes ao final de um período. Basicamente, na 
capitalização simples os juros incidem sempre sobre o capital inicial, aplicado no tempo zero. Já 
na capitalização composta, os juros incidem sobre o capital corrigido conforme o último período 
observado (por exemplo, no último mês se a capitalização for mensal).
Para exemplificar esta diferença entre a capitalização simples e composta, segue uma tabela 
simulando uma aplicação de R$ 10.000,00 nas mesmas condições de prazo (12 meses) e taxa de 
juros (2% ao mês), mas uma sendo capitalização simples e outra composta.
Mês Capitalização Simples Capitalização Composta
0 10.000,00 10.000,00
1 + 200,00 10.200,00 + 200,00 10.200,00
2 + 200,00 10.400,00 + 204,00 10.404,00
3 + 200,00 10.600,00 + 208,08 10.612,08
4 + 200,00 10.800,00 +212,24 10.824,32
5 + 200,00 11.000,00 + 216,49 11.040,81
6 + 200,00 11.200,00 + 220,82 11.261,62
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 6
Mês Capitalização Simples Capitalização Composta
7 + 200,00 11.400,00 + 225,23 11.486,86
8 + 200,00 11.600,00 + 229,74 11.716,59
9 + 200,00 11.800,00 + 234,33 11.950,93
10 + 200,00 12.000,00 + 239,02 12.189,94
11 + 200,00 12.200,00 +243,80 12.433,74
12 + 200,00 12.400,00 +248,67 12.682,42
Note que na capitalização simples, os juros cobrados são sempre os mesmos, pois os 2% incidem 
sempre sobre o capital inicial, que são os 10.000,00. Já na capitalização composta, os juros de 2% 
incidem sempre sobre o valor corrigido do mês imediatamente anterior e, por isso, são crescentes.
Logicamente, isso reflete em maiores Juros quando o cálculo é feito com capitalização composta, 
vejamos:
Juros = Montante – Capital Inicial
Na capitalização simples: Juros = 12.400,00 – 10.000,00 = 2.400,00
Na capitalização composta: Juros = 12.682,42 – 10.000,00 = 2.682,42
Portanto, a mesma Taxa de Juros resulta em Montantes diferentes a depender do tipo de 
capitalização. Isso nos remete ao conceito de Taxas de Juros Proporcionais e Equivalentes. 
Encontrar a Taxa de Juros Proporcional ou Equivalente é encontrar a Taxa de Juros que refletirá o 
mesmo Montante no tempo observado, porém expressa em outro período. 
Dito de outra forma, queremos responder à seguinte pergunta: Uma taxa de x% ao mês, 
corresponde a que taxa anual? Ou o contrário, uma taxa de x% ao ano, corresponde a que taxa 
mensal?
Basicamente, a Taxa de Juros Proporcional é usada quando a capitalização é simples e a Taxa 
de Juros Equivalente quando a capitalização é composta. Simplificando, a Taxa Proporcional é 
encontrada pela operação matemática simples de multiplicação ou divisão, enquanto que para a 
Taxa Equivalente deve ser aplicada a potenciação.
Logo, usando o exemplo anterior:
Qual a taxa proporcional ao ano da taxa de 2% ao mês?
= 2% x 12 = 24% a.a.
Qual a taxa equivalente ao ano da taxa de 2% ao mês?
= (1+2%)^12 = 26,82%a.a.
Caso quiséssemos encontrar o contrário:
Qual a taxa proporcional ao mês da taxa de 24% ao ano?
= 24% / 12 = 2%
Qual a taxa equivalente ao mês da taxa de 26,82% ao ano?
= (1+26,82%)^1/12 = 2%
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 7
Uma vez compreendido o conceito, podemos resumir o conteúdo através das respectivas fórmulas 
matemáticas:
Cálculo da Capitalização Simples
J = C * i * n
Cálculo da Capitalização Composta
J = C * [(1+i)^n – 1]
Lembrando,
J = Juros
C = Capital inicial
i = Taxa de Juros
n = período em que o capital fica aplicado
Cálculo da Taxa de Juros Proporcional
i1*n2 = i2*n1
Cálculo da Taxa de Juros Equivalente
i1 = [(1+i2)
^(n1/n2) -1]
Lembrando,
i1 = Taxa que quero encontrar
i2 = Taxa que já conheçon1 = período da taxa que quero encontrar
n2 = período da taxa que já conheço
Quando tratamos de cálculos financeiros no Brasil, o regime amplamente utilizado, inclusive para 
cálculo da remuneração de títulos públicos e privados, é o Regime de Capitalização Composta. 
Portanto, é fundamental saber trabalhar com o cálculo exponencial e taxas equivalentes.
ESTRUTURA TEMPORAL DAS TAXAS DE JUROS
A taxa básica de juros praticada em uma economia afeta consideravelmente a rentabilidade dos 
seus investidores, tanto na renda fixa quanto na renda variável. Isso fica mais visível, por exemplo, 
quando se analisa a curva da taxa de juros (também conhecida como yield curve) para determinado 
título. A yield curve, em termos práticos, expressa o “preço” do risco no mercado para emprestar 
dinheiro por um prazo mais longo. Por isso, é essencial entender como ela é formada e quais 
conclusões ela fornece ao investidor.
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 8
Curva de Juros
A curva a termo ou curva da taxa de juros (em inglês: yield curve) é a relação entre a taxa de 
juros (ou custo do empréstimo) e o tempo de maturação do débito para um dado emprestador 
numa dada moeda. Na prática, essa relação mostra como o mercado apreça o risco: em geral, 
para emprestar dinheiro por um prazo mais longo, o investidor exige um juro maior, e a curva vai 
mostrar exatamente isso.
Essa curva geralmente é constituída com base nos retornos dos títulos públicos federais e dois 
fatores são preponderantes na sua formação:
 • Os TPF são considerados livres de risco de inadimplência e não apresentam diferença de 
qualidade de créditos entre os diferentes tipos.
 • Oferecem alta liquidez devido ao volume de negociação, proporcionando que os preços 
reflitam as mudanças mais recentes na economia
A taxa de juros apropriada para um título de dívida qualquer é a soma do retorno de um Título 
Público do Tesouro, com o mesmo vencimento que o título, acrescido de um prêmio de risco:
Taxa de Retorno = Selic (Taxa Livre Risco) + Prêmio de Risco 
Na prática os ativos livres de risco servem como benchmark para a precificação dos demais títulos 
de dívida de renda fixa e determinam os demais setores do mercado de dívida, seja sob a ótica do 
tomador (empréstimos bancários), ou do poupador (remuneração de aplicações).
Como é feito o cálculo da curva de juros?
Não se pode definir a curva de juros de forma prática. Ela precisa ser obtida com base em cotações 
do mercado para títulos de renda fixa ou de derivativos financeiros baseados na taxa de juros. Dessa 
forma, ela apresenta um número limitado de vencimentos, representados pelos pontos na curva 
da taxa de juros. Tendo-se estes dados, constrói-se uma função contínua através da interpolação 
das duas variáveis.
Pra isso é importante entender dois conceitos importantes:
 • Taxa Spot (taxa à vista): taxa que está sendo praticada para um empréstimo a partir de 
uma determinada data de referência e com prazo certo de vencimento.
 • Taxa Forward (taxa a termo ou taxa futura): é a taxa que pode vigorar a partir de uma data 
futura, em relação à data presente em que se está analisando ou precificando um fluxo de 
caixa.
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 9
Relação entre Taxa à Vista e Taxa a Termo:
Considerando duas alternativas de investimento para um horizonte de dois anos:
Opção 1: Aplicar em um CDB com vencimento em dois anos à taxa de 11% aa
Opção 2: Aplicar em um CDB com vencimento em um ano à taxa de 10% aa e no vencimento deste 
título, reaplicar o montante em outro CDB com prazo de um ano.
Na opção 1 o investidor aplicará o recurso à taxa spot de dois anos de 11% que é conhecida. Na 
opção dois a taxa só é conhecida para o primeiro ano, pois no vencimento da aplicação não se sabe 
qual a taxa que estará sendo praticada (taxa a termo)
Fórmula:
(1 + taxa spot 2 anos)2 = (1 + spot 1 ano) x (1 + termo 1->2)
Ou
(1 + termo 1->2) = (1 + taxa spot 2 anos)2 / (1 + spot 1 ano)
O que torna o investidor indiferente às duas alternativas é se ambas as alternativas produzirem o 
mesmo resultado ao longo do horizonte de dois anos. Dada a taxa spot de um ano, existe uma taxa 
a termo em que o CDB de um ano, sendo reaplicado no seu vencimento (daqui a um ano), tornará 
as duas alternativas indiferentes ao investidor.
Cálculo de taxa a termo:
Determinado banco capta recursos via CDB pagando as seguintes taxas:
Prazo 1 ano Taxa 10% aa 
Prazo 2 anos Taxa 11% aa
Um cliente que espera um aumento na taxa de juros e tem horizonte de investimento de 2 anos, 
caso opte agora por um CDB de 1 ano deve esperar reaplicar o recurso a qual taxa mínima?
(1 + termo 1->2) = (1 + taxa spot 2 anos)2 / (1 + spot 1 ano)
(1 + termo 1->2) = (1 + 0,11)2 / (1 + 0,10)
(1 + termo 1->2) = (1,2321) / (1,10)
(1 + termo 1->2) = 1,1201 – 1 = 0,1201 = 12,01% aa
Na HP-12c:
1,11[ENTER] 2 [YX] 1,10 [/] 1 [-] 100 [X]
= 12,01%
12,01% deve ser a taxa mínima a ser reaplicada pelo investidor daqui a um ano para que sua opção 
pelo CDB de 1 ano, com taxa de 10% aa, seja equivalente ao CDB de 2 anos que remunera 11% aa. 
Ou seja, a taxa a termo 1->2 de 12,01% é aquela em que o CDB de um ano, ao ser reaplicado daqui 
a um ano, tornará as duas alternativas indiferentes para o investidor.
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 10
Cálculo de taxa a termo:
Se o CDB de 1 ano está remunerando 10% aa e a taxa a termo de um ano daqui a um ano é 12,01%, 
qual a remuneração equivalente para um CDB de 2 anos?
Para cálculo de taxa spot basta reorganizar a fórmula:
(1 + taxa spot 2 anos)2 = (1 + spot 1 ano) x (1 + termo 1->2)
(1 + taxa spot 2 anos)2 = (1 + 0,10) x (1 + 0,1201)
(1 + taxa spot 2 anos)2 = 1,2321
1 + taxa spot 2 anos = 1,23211/2
1 + taxa spot 2 anos = 1,11
taxa spot 2 anos = 1,11 – 1 = 0,11 = 11% aa
Na HP-12c:
1,10[ENTER] 1,1201 [X] 1 [ENTER] 2 [/] [YX] 1 [-] 100 [X]
= 11% aa
Importante destacar que além da equivalência de períodos, a soma das taxas é feita através da 
multiplicação dos fatores quando a equação comporta mais períodos. Para uma taxa de 2% + 3%, o 
cálculo é feito da seguinte forma:
(1 + 0,02) x (1 + 0,03)
DESCONTO BANCÁRIO E DESCONTO COMERCIAL
O desconto bancário, comercial ou por fora tem como característica a incidência da taxa de 
desconto diretamente sobre o valor nominal, ou seja, sobre o valor de resgate. Com a utilização 
desta metodologia de cálculo, esse tipo de desconto resulta em um maior volume de encargos 
financeiros aos clientes. Esse é o formato mais utilizado no mercado bancário, principalmente em 
operações de crédito de curto prazo.
O valor desse desconto é determinado pelo produto do valor nominal do título (N), da taxa de 
desconto contratada e do prazo de antecipação (n).
Df = N x d x n
O valor descontado “por fora” (Vf), pode ser obtido da seguinte forma:
Vf = N – Df
Vf = N – N x d x n
Vf = N (1 – d x n)
Exemplo: 
Um título com valor nominal de R$ 10.000,00 vence em 3 meses, mas seu detentor deseja antecipá-
lo na data atual. Se a taxa de desconto for de 24% aa, qual será o desconto e o valor descontado 
desta operação? 
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 11
Df = N x d x n
Df = 10.000,00 x 0,24 x 3/12 = 600,00 (Desconto)
Vf = N – Df = 10.000,00 – 600,00 = 9.400,00 (Valor Descontado)
Na HP-12c:
10.000,00 [ENTER]
0,24 [ENTER]
 [ENTER]
 [/] 
 [x]
 [x]
SÉRIES UNIFORMES DE PAGAMENTO
Uma série de pagamentos, na ótica de investimentos, é uma série de aplicações de mesmo valor, 
sucessivas, corrigidas ao longo de um período por uma taxa específica e que resultam em um valor 
final, um montante a ser resgatado. Nesse caso, chamaremos de Cenário A.
Um outro cenário, que chamaremos de Cenário B, também ligado a investimentos, seria a aplicação 
de um valor inicial e o recebimento de pagamentos regulares (juros, dividendos, aluguel, etc.) 
ao longo de um período, que pode ser infinito ou finito, quando se esgota o capital inicialmente 
aplicado.
Portanto, o pagamento em série sob a óticade investimentos (representado pela sigla PMT), 
pode ser tanto no sentido de desembolso de caixa para formação de reserva, como no sentido de 
recebimento em caixa, como fruto de um capital aplicado.
Importante ressaltar que analisaremos pagamentos iguais e sucessivos. Também chamado de Série 
Uniforme de Pagamentos.
Por sucessivas, entende-se que não há interrupção nos pagamentos desde o início até o final da 
série de pagamentos, bem como elas ocorrem em intervalos exatos de tempo. Por exemplo, se 
simularmos uma série mensal de pagamentos durante 10 anos, estamos simulando que existirão 
exatamente 120 pagamentos, uniformemente distribuídos em intervalos de um mês.
Uma série de pagamentos do Cenário A é graficamente representada pela seguinte ilustração:
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A seta para baixo representa uma saída de caixa, enquanto que a seta para cima representa uma 
entrada de caixa.
Sendo;
PMT = Aplicações iguais em períodos regulares, sendo PMTn a última aplicação antes do resgate
i = Taxa de Juros que corrige os pagamentos a cada período
n = número de períodos
FV = Montante final a ser resgatado
Já o Cenário B, seria representado pela seguinte ilustração:
Nesse caso;
PV = Valor inicialmente aplicado, representando uma saída de caixa
PMT = Recebimentos iguais e regulares, representando entrada de caixa
i = Taxa de Juros pela qual o capital aplicado é corrigido
n = número de períodos que dura o fluxo (nesse exemplo, o capital é finito e chega a zero no PMTn, 
que representa o último pagamento)
Entendido o conceito, podemos partir para os cálculos na calculadora HP-12c, na qual usaremos as 
teclas financeiras:
Tecla n i PV PMT FV CHS
Significado prazo Taxa de Juros
Valor 
Inicial
Pagamento/
Aplicação
Valor de 
Resgate
Trocar o sinal 
(entrada/saída de 
caixa)
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Exemplo Cenário A
Um investidor aplica R$ 900,00 mensalmente durante 120 meses em um título pré-fixado com taxa 
de juros de 0,35% a.m. Qual o valor resgatado ao final do período?
120 n
0.35 i
0 PV
900 CHS ; PMT
FV Resultado = 133.931,80
Exemplo Cenário B
Um investidor aplica R$ 500.000,00 em um título privado cujo reembolso se dá através de 72 
pagamentos mensais, corrigidos por uma taxa de juros de 0,20% a.m. Qual o valor do pagamento 
mensal a ser recebido pelo investidor?
72 n
0.20 i
500.000 CHS ; PV
0 FV
PMT Resultado = R$ 7.463,37
Sabendo interpretar a série de pagamentos, podemos utilizar as teclas financeiras da HP12-c para 
encontrar qualquer uma das incógnitas de uma série uniforme de pagamentos, com o devido 
cuidado de observar se o fluxo é uma saída ou entrada de caixa e colocando o sinal correto (tecla 
CHS).
Nos investimentos, as séries regulares de pagamento ocorrem principalmente quando aplicamos 
em títulos de dívida com taxa pré-fixada, nos quais há previsibilidade na remuneração.
Já nos investimentos com taxa pós-fixada e de renda variável, não havendo como saber de antemão 
a taxa de retorno, utiliza-se o cálculo da série uniforme apenas como uma projeção ou simulação 
de cenários.
PERPETUIDADE
É uma forma de calcular o valor de fluxos considerando os múltiplos fluxos de caixa de maneira 
infinita, ou seja, sem limite de duração. A perpetuidade se constitui num conjunto de rendimentos 
em intervalos regulares cujo número não pode ser determinado, como por exemplo, os dividendos 
pagos pelas empresas. De maneira geral, dentro do mercado financeiro existem muitos cálculos e 
fórmulas matemáticas que permitem a análise e avaliação de projetos de um modo geral. Isso vale 
tanto para investimentos, como também para outros formatos de projetos.
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 14
O grande problema é que, ao menos na maior parte dos casos, presume-se que há uma data 
final para esse investimento ou projeto em questão. Por vezes, claro, isso realmente acontece. 
No entanto, nem sempre é assim. Existem muitos casos em que não há um limite de prazo para 
o investimento. É o caso clássico do processo de valuation, ou seja, de análise de valor de uma 
empresa ou o cálculo de um determinado montante capaz de proporcionar uma renda perpétua 
dada uma taxa previamente estipulada.
Embora o conceito de perpetuidade seja um tanto complexo, a sua fórmula para um cálculo não 
possui muitas variáveis. Para encontrar o resultado, basta dividir o valor da perpetuidade por uma 
taxa de desconto.
O cálculo, portanto, é esse:
VP = Perpetuidade / Taxa de desconto
Suponha, por exemplo, que o valor projetado para os fluxos de caixa de uma empresa seja de 
R$1.200,00. Ou seja, assume-se que eternamente, ela irá gerar um fluxo de caixa positivo de 
R$1.200,00 em determinado período constante.
Para saber o valor da empresa, basta dividir esse montante pela taxa de desconto (um valor a ser 
descontado para considerar o custo de capital). Vamos considerar que seja de 10%.
Assim, o nosso cálculo já pode ser aplicado:
VP = 1.200,00 / 0,10 = 12.000,00
Portanto, o valor da empresa no momento zero (considerado hoje) é de R$12.000,00.
Exemplo 2:
Um investidor gostaria de ter uma renda vitalícia mensal de R$ 5.000,00. A taxa de juros efetiva 
mensal é de 0,5% a.m. ao longo dos anos. Quanto este investidor deverá acumular para atingir este 
objetivo?
Perpetuidade = Renda/taxa de juros
P = 5.000,00/0,005 = 1.000.000,00
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
Tabela Price
Na Tabela Price, as prestações são constantes e os juros são decrescentes. O devedor paga 
periodicamente as prestações, que compreendem os juros e a amortização da dívida. Ao final do 
último pagamento, a dívida está quitada.
Exemplo:
Um cliente toma um empréstimo de R$ 4.000,00, a ser pago em 5 parcelas mensais, à taxa de 10% 
a.m. Qual o valor das parcelas?
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PV = R$ 4.000,00
n = 5
i = 10%
FV = 0
PMT =? R$ 1.055,19
Cálculo do Saldo Devedor
É possível calcular o saldo devedor de um financiamento no qual se usou a Tabela Price de forma 
simples com a utilização da calculadora HP-12c:
Considerando os dados do exemplo anterior, calcule o saldo devedor após o pagamento de 4 
parcelas:
PV = 4.000
i = 10%
n = 4
PMT = – 1.055,19 (CHS)
FV = ? = – 959,26 
Cálculo da Composição das Parcelas
Também é possível calcular, em cada período, quanto de cada parcela corresponde a juros e a 
amortização. Usando os dados do exemplo anterior:
Cálculo dos juros:
1. Calcular o saldo devedor do período imediatamente anterior
2. Aplicar a taxa de juros do financiamento sobre o saldo encontrado
PV = 4.000
i = 10%
n = 4
PMT = – 1.055,19
FV = – 959,26 
10% sobre R$ 959,26 = R$ 95,93
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Cálculo da amortização:
1. Se a prestação corresponde à soma dos juros e amortização
2. Amortização = Prestação – Juros
Amortização = 1.055,19 – 95,93 = R$ 959,26
Repactuação do Saldo Devedor em 
Função de Amortizações Extraordinárias
Se ocorrer alguma amortização superior às parcelas previamente pactuadas o saldo devedor 
diminuirá, possibilitando duas opções de reestruturação da dívida:
 • Diminuir o prazo do financiamento e manter o valor original da parcela
 • Reduzir o valor da parcela, mantendo o prazo inicialmente acordado no contrato
Exemplo:
Considerando um financiamento de R$ 500.000,00 pela Tabela Price à taxa de 1% a.m., pelo prazo 
de 20 anos, com prestações mensais. Após o pagamento de 120 parcelas, o devedor efetua uma 
amortização extraordinária de R$ 100.000,00. Mantendo o mesmo valor de parcela, quanto tempo 
levaria para quitar o financiamento?
1. Cálculo do valor da parcela
PV = 500.000,00
i = 1%
n = 240
PMT = ? – 5.505,43
2. Cálculo do saldo devedor após o pagamento de 120 parcelas
PV = 500.000,00
i = 1%
n = 120
PMT = – 5.505,43
FV = ? = – 383.731,55
3. Amortização extraordinária
Como o saldo devedor após o pagamento de 120 parcelas era de R$ 383.731,55 o pagamento 
extraordinário de R$ 100.000,00 reduziu a dívida para R$ 283.731,55.4. Cálculo do tempo necessário para quitação do financiamento mantendo o valor da parcela
PV = 283.731,55
i = 1%
PMT = – 5.505,43
n = ? = 73
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 17
Logo, após pagar 120 parcelas e realizar uma amortização extraordinária de R$ 100.000,00, 
o financiamento terá seu prazo reduzido para mais 73 meses, totalizando 193 parcelas, 
diferentemente das 240 inicialmente contratadas.
Caso o mesmo cliente opte por reduzir o valor da parcela, mantendo o prazo inicialmente 
contratado, após a amortização extraordinária, o novo valor de parcela seria o seguinte:
1. Repetir os três primeiros passos
Saldo devedor R$ 283.731,55
2. Cálculo do novo valor de parcela (mantendo o prazo inicialmente acordado)
PV = 283.731,55
i = 1%
n = 240 – 120 = 120
PMT = ? = – 4.070,72
Logo, após pagar 120 parcelas e realizar uma amortização extraordinária de R$ 100.000,00, o novo 
valor de parcela será de R$ 4.070,72 se o prazo original for mantido.
Sistema de amortização constante (SAC)
Diferentemente da Tabela Price, neste sistema, o devedor paga o empréstimo em prestações 
periódicas, que englobam juros e amortização, com a diferença de que a amortização é constante 
em todos os períodos e obtida pelo quociente do valor da dívida pelo número de períodos 
contratados no financiamento.
A (Amortização) = D (Dívida)/n (nº períodos até o término do contrato)
Exemplo:
Um cliente contrata um empréstimo de R$ 10.000,00 para ser pago através da Tabela SAC em 4 
parcelas mensais, à taxa de juros de 1% a.m. Qual valor será amortizado mensalmente?
D = R$ 10.000,00
n = 4
i = 1% a.m.
A = 10.000/4 = 2.500
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Cálculo do Saldo Devedor
O saldo devedor do período será calculado subtraindo-se o saldo devedor do período anterior da 
amortização.
Exemplo:
Um cliente faz um empréstimo de R$ 10.000,00 calculado através da Tabela SAC em 4 parcelas 
mensais, à taxa de 1% a.m. Qual o saldo devedor após o pagamento da 2ª parcela?
D = R$ 10.000,00
n = 4
i = 1% a.m
A = 10.000/4 = 2.500
SDk = D – K x A
K = nº de períodos
SD2 = 10.000 – 2 x 2.500
SD2 = 10.000 – 5.000
SD = 5.000
Cálculo do valor da parcela em qualquer período
É possível calcular, em qualquer período, o valor da parcela. Pra isso é preciso calcular 
primeiramente o valor dos juros e como a amortização é constante, sabendo o valor dos juros é 
possível mensurar o valor da parcela.
Tomando por base as variáveis do exemplo anterior, qual o valor da 3ª parcela?
1. Cálculo da amortização
D = R$ 10.000,00
n = 4
i = 1% a.m
A = 10.000/4 = 2.500
2. Cálculo do saldo devedor
SD3 = 10.000 – 3 x 2.500
SD3 = 10.000 – 7.500
SD = 2.500
3. Cálculo de juros
Os juros equivalem à aplicação da taxa de juros sobre o saldo devedor do período anterior. 
Juros = 1% sobre R$ 2.500,00 = R$ 25,00
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 19
3. Cálculo da parcela
Parcela = Juros + Amortização
Parcela = R$ 25,00 + R$ 2.500,00 = R$ 2.525,00
Repactuação do Saldo Devedor em Função de Amortizações Extraordinárias
Se ocorrer alguma amortização superior às parcelas previamente pactuadas o saldo devedor 
diminuirá, possibilitando duas opções de reestruturação da dívida:
 • Diminuir o prazo do financiamento e manter o valor da amortização originalmente 
contratada
 • Reduzir o valor da amortização, mantendo o prazo inicialmente acordado no contrato
Exemplo:
Considerando um financiamento de R$ 500.000,00 pela Tabela SAC à taxa de 1% a.m., pelo prazo 
de 20 anos, com prestações mensais. Após o pagamento de 120 parcelas, o devedor efetua uma 
amortização extraordinária de R$ 100.000,00. Mantendo o mesmo valor de amortização, quanto 
tempo levaria para quitar o financiamento?
1. Cálculo do valor da amortização
Amortização = saldo devedor/número de parcelas
Amortização = 500.000,00/240 = R$ 2.083,33
2. Cálculo do saldo devedor aos terem sido pagas 120 parcelas
Considerando uma amortização de R$ 2.083,33 por parcela, após 120 parcelas foi amortizado R$ 
250.000,00 (considerando arredondamento). Restando um saldo de devedor de R$ 250.000,00.
3. Amortização extraordinária
Saldo devedor = R$ 250.000,00 – R$ 100.000,00 (Amortização extraordinária)
Novo saldo devedor = R$ 150.000,00
4. Cálculo do tempo necessário para quitação do financiamento (mantendo o valor da 
amortização constante)
Mantendo o valor de amortização em R$ 2.083,33 e ainda faltam amortizar R$ 150.000,00 o cálculo 
do número de parcelas se dá da seguinte forma:
Tempo para quitação = R$ 150.000,00/2.083,33 = 72 meses
5. Cálculo do valor da 121ª prestação (mantendo o valor da amortização constante)
O valor da 121ª parcela equivale à amortização soma aos juros:
Amortização = R$ 2.083,33
Juros = 1% sobre R$ 150.000,00 = R$ 1.500,00
121ª parcela = 2.083,33 + 1.500,00 = R$ 3.583,33
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 20
Tomando como base as premissas do exercício anterior, porém agora mantendo o prazo 
previamente contratado, de quanto seria o novo valor a ser amortizado mensalmente?
1. Repetir os 3 primeiros passos do exercício anterior
Saldo devedor = R$ 150.000,00
Nova amortização = R$ 150.000,00/120 = R$ 1.250,00
2. Cálculo do valor da 121ª prestação
Amortização = R$ 1.250,00
Juros = 1% sobre R$ 150.000,0 = 1.500,00
121ª prestação = 1.250,00 + 1.500,00 = R$ 2.750,00
Sistema de amortização americano (SAA)
O Sistema de Amortização Americano é uma forma de pagamento de empréstimos que se 
caracteriza pelo pagamento apenas dos juros da dívida contratada, deixando o valor da dívida 
sempre constante, podendo ser amortizada em um único pagamento.
O que difere esse sistema de um sistema de pagamento único é que nesse sistema não há a 
incidência de juros sobre juros. Ou seja, os juros incidem sempre sobre o valor original da dívida.
Exemplo:
Um cliente contrata um empréstimo de R$ 10.000,00 que deverá ser amortizado pelo Sistema de 
Amortização Americano, em 5 parcelas anuais, à taxa de 10% a.a. Qual o valor das prestações?
Prestação anual (anos 1 a 4) = R$ 10.000,00 x 10% = R$ 1.000,00
Prestação anual (ano 5) = R$ 10.000,00 x 10% + R$ 10.000,00 = R$ 11.000,00
Pagamento da dívida de uma só vez.
Fazendo uma análise comparativa entre os 3 sistemas de amortização, é possível perceber que 
cada uma delas produz um montante de juros a ser pagos distintos, contudo isso não implica 
em presumir que um sistema é melhor que o outro, mas sim que cada um apresenta diferentes 
características que podem se adequar a capacidade de pagamento do cliente para diferentes 
situações. Abaixo um quadro comparativo com as características dos diferentes sistemas:
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 21
TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE E CUSTO DE OPORTUNIDADE
Os métodos de análise de investimentos têm por principal objetivo encontrar as alternativas mais 
vantajosas para o investidor. Entre os mais conhecidos, estão o método do valor presente líquido 
(VPL) e o método da taxa interna de retorno (TIR). 
Mas antes de aprofundar esses métodos é importante entender dois conceitos:
Taxa mínima de atratividade (TMA)
Projetos possuem taxa mínima de atratividade ou taxa mínima de retorno exigido. Quando um 
retorno proporcionado por um projeto é igual ao custo de oportunidade do investidor, esse 
investimento se torna indiferente, ou seja, qualquer projeto deve render, no mínimo o custo de 
oportunidade do investidor.
Custo de oportunidade
É o custo de renúncia a alguma opção de investimento, o que significa que dentre duas ou mais 
opções de investimentos, o investidor, ao optar pela menos rentável, estará incorrendo em um 
custo de oportunidade, menos retorno do que poderia obter.
FLUXO DE CAIXA
Um fluxo de caixa é uma série de pagamentos e recebimentos, geralmente não uniformes, portanto 
distribuídos irregularmente ao longo de um período. O fluxo de caixa é muito utilizado na análise 
de investimentos no formato de projetos, onde não há expectativa de regularidade das entradas e 
saídasde caixa.
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 22
Outra característica marcante do fluxo de caixa de um projeto, é que não existe uma taxa de 
remuneração específica como uma taxa de juros. O que se faz é analisar, com base no fluxo de 
entradas e saídas, qual a taxa intrínseca de retorno do capital investido. Essa taxa é chamada de 
Taxa Interna de Retorno (TIR).
Taxa Interna de Retorno (TIR)
Ainda como análise financeira de projetos e seu fluxo de caixa, pode ser usada uma taxa mínima 
de atratividade para comparações. Em resumo, quer se responder ao seguinte questionamento: 
Considerando um fluxo de caixa de um projeto ABC e sua Taxa Interna de Retorno, vale a pena 
investir neste projeto ou aplicar o dinheiro em outra modalidade de investimento com retorno 
minimamente garantido cuja taxa seja atrativa o suficiente de modo que não vale a pena correr 
risco de investir em ABC.
Usualmente, a Taxa Mínima de Atratividade é a taxa de remuneração dos títulos públicos federais, 
uma vez que eles são considerados os investimentos mais seguros do país. De modo geral, se um 
projeto possui um fluxo de caixa com taxa de retorno menor, igual, ou insuficientemente superior à 
taxa de retorno dos títulos públicos, então não é atrativo investir nesse projeto.
Desse conceito, surgem então o cálculo da TIR e VPL (Valor Presente Líquido) como uma forma de 
analisar e comparar projetos, dada uma Taxa Mínima de Atratividade (também chamada Custo de 
Oportunidade).
Para exemplificar, consideremos o seguinte fluxo de caixa de um projeto ABC:
Organizando os dados em uma Tabela:
Período Fluxo
0 -10.000,00
1 + 1.000,00
2 + 1.200,00
3 -1.500,00
4 0,00
5 +1.100,00
6 -800,00
7 + 12.000,00
FUNDAMENTOS DE FINANÇAS | CFP | EA BANKING SHOOL 23
Considerando entradas e saídas de caixa, como saber qual a Taxa de Retorno desse Projeto?
Utilizando a HP12-C;
10.000 CHS ; g ; CFo
1.000 g ; CFj
1.200 g ; CFj
1.500 CHS ; g ; CFj
0,00 g ; CFj
1.100 g ; CFj
800 CHS ; g ; CFj
12.000 g ; CFj
f ; IRR Resultado: 4,21
Logo, interpretamos que este projeto possui uma Taxa Interna de Retorno de 4,21%. Supondo que 
o período entre os fluxos de caixa seja de 1 ano, então a TIR seria de 4,21% ao ano.
A avaliação sobre essa taxa ser suficiente ou não depende de qual taxa será usada como 
comparativo, a Taxa Mínima de Atratividade (TMA).
De modo geral,
Se TIR > TMA, o projeto é financeiramente vantajoso;
Se TIR < TMA, o projeto não é vantajoso.
Se comparado entre projetos, então basta verificar qual projeto possui a maior TIR.
Valor Presente Líquido (VPL)
O Valor Presente Líquido é um método padrão nas finanças para orçamento de capitais, ou seja, 
planejamento de investimentos de longo prazo. Usando o método VPL, um projeto de investimento 
deve ser empreendido se o valor presente de todas as entradas de caixa menos o valor presente 
de todas as saídas de caixa for maior que zero. Esse método é considerado hoje o melhor meio de 
análise de investimento, se comparado com taxa interna de retorno.
O Valor Presente Líquido do projeto, que é resultado dos fluxos de caixa do projeto descontados 
a valor presente (ou seja, analisados como se fossem recebidos na mesma data), insere a TMA 
dentro do cálculo.
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Utilizando o mesmo exemplo:
Período Fluxo
0 -10.000,00
1 + 1.000,00
2 + 1.200,00
3 -1.500,00
4 0,00
5 +1.100,00
6 -800,00
7 + 12.000,00
Para encontrar o VPL é necessário primeiro escolher qual será a TMA considerada. Vamos supor 
que a TMA utilizada seja a taxa de um título público prefixado com vencimento para 5 anos, que 
seria de 5% ao ano.
O cálculo na HP-12c é semelhante, apenas inserindo a taxa (i) de atratividade.
0.000 CHS ; g ; CFo
1.000 g ; CFj
1.200 g ; CFj
1.500 CHS ; g ; CFj
0,00 g ; CFj
1.100 g ; CFj
800 CHS ; g ; CFj
12.000 g ; CFj
5 i
f ; NPV Resultado: -461,85
A interpretação é que o projeto possui um VPL negativo de 461,85, ou seja, não vale a pena investir 
nesse projeto se a Taxa Mínima de Atratividade for de 5%.
Logo, 
Se VPL < 0, o projeto não é financeiramente atrativo
Se VPL > 0, o projeto é financeiramente atrativo
Se VPL = 0, o projeto é neutro
Tanto a TIR como VPL possuem limitações técnicas, mas ainda assim são ferramentas básicas 
de análise de fluxo de caixa e viabilidade de projetos e seus conceitos podem ser considerados 
importantes pontos de partida para uma análise mais detalhada.
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Um dos fundamentos mais importantes das finanças é sempre comparar investimentos com o Custo 
de Oportunidade para verificar se vale a pena correr riscos ou ser mais conservador considerando 
as condições do mercado financeiro, especialmente a taxas básica de juros representada pela SELIC 
e taxas dos títulos públicos federais a depender do prazo a ser analisado.
PAYBACK E PAYBACK DESCONTADO
O termo Payback é o tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro 
líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento. Qualquer projeto de investimento, possui 
em seu início um período de despesas que antecede um período de receitas, fruto do investimento.
Formas de cálculo:
 • Nominal: Calculado com base nos fluxos de caixa com valores nominais
 • Presente Líquido: Calculado com base nos fluxos de caixa com valores trazidos a valor 
presente (Payback Descontado)
Exemplo:
Um empresário compra uma máquina que custa a sua empresa R$ 100.000,00. A estimativa é que 
a produção desse novo equipamento possa gerar um lucro líquido mensal, a partir primeiro mês 
de operação, R$ 20.000,00 por mês. Logo temos o seguinte payback de retorno do valor investido:
Payback = R$ 100.000,00 / R$ 20.000,00 = 5 meses
Vantagens do método payback:
 • Bastante simples e de fácil compreensão
 • Possibilita uma ideia de risco e liquidez do projeto
 • Adequado para avaliar projetos de risco elevado
 • Adequado à avaliação de projetos com duração limitada
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Desvantagens do método payback:
 • Desaconselhável para projetos de longa duração, pois despreza fluxos de caixa gerados 
após a recuperação do investimento 
 • Não considera o valor do dinheiro no tempo
 • Valoriza diferentemente os fluxos recebidos em diferentes períodos, mas apenas segundo 
o critério, antes ou depois do PB, sendo indiferente ao período em que recebe dentro de 
cada um destes intervalos
A avaliação da viabilidade do projeto é decidida com base no período máximo aceitável pelo 
investidor para recuperação do seu investimento.
Payback descontado
Este método tem o mesmo conceito do payback simples, porém desconta os fluxos de caixa do 
projeto a uma taxa de juros apropriada ao risco do projeto (custo de capital).
Considerando os fluxos de caixa da tabela e um custo de capital de 10% a.a:
Observando a tabela, podemos chegar às seguintes conclusões:
 • O investimento inicial retornará por completo em algum momento do 5º ano quando o 
saldo se torna positivo. 
 • Para se saber o período exato do payback, calcula-se: – 58,00/621,00 = 0,093. Falta 
recuperar 58,00 no quinto ano e o fluxo descontado esperado nesse período é de 621,00
 • Aplicando a regra de três, conclui-se que, em 4 anos mais 0,093 ano, o valor investido será 
recuperado, logo o período de payback descontado é de 4,093 anos.
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CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (CMPC)
O Custo Médio Ponderado de Capital ou WACC (Weighted Average Cost of Capital) é obtido pelo 
custo de cada fonte de capital (dívida de capital próprio) ponderado por sua respectiva participação 
na estrutura de financiamento da empresa. O capital total à disposição da empresa corresponde à 
soma do capital próprio (patrimônio líquido) ao capital de terceiros (dívidas e obrigações).
D = Total de Dívidas (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) – Capital de Terceiros
PL = Patrimônio Líquido (Ativos – Passivos) – Capital PróprioRT = Custo de Capital de Terceiros
RP = Custo do Capital Próprio 
IR = Alíquota de Imposto de Renda
Este é um importante indicador de análise de empresas. O custo de capital tem efeito sobre as 
operações da empresa e por consequência afeta a sua lucratividade. Investidores ou sócios, ao 
investirem em determinada empresa, exigem um retorno mínimo à título de remuneração de seu 
capital. A taxa de captação dos recursos disponibilizados à administração da empresa denota assim 
o custo de capital, que representa a taxa de financiamento da empresa e essa taxa, por sua vez, 
serve como referência para as tomadas de decisões de investimentos (entre outras).
Calcule o valor do CMPC de uma empresa financiada pelo Patrimônio Líquido de R$ 400.000,00 
e dívidas de R$ 600.000,00. Portanto, há 40% de capital próprio e 60% de capital de terceiros. 
A remuneração requerida pelos acionistas é de 20% e o custo da dívida é de 10%. A empresa é 
tributada a uma alíquota de IR de 40%.
CMPC = 0,6 x 10% (1 – 0,4) + (0,4 x 20%) = 3,6% + 8% = 11,6% 
EBITDA
Ebitda é a sigla em inglês para Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization. Em 
português, “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização” (também conhecida 
como Lajida). É um indicador muito utilizado para avaliar empresas de capital aberto. Com ele, 
é possível descobrir quanto a empresa está gerando com suas atividades operacionais, não 
incluindo investimentos financeiros, empréstimos e impostos. Dessa forma, a divulgação do Ebitda 
é uma forma de o investidor descobrir qual é a realidade financeira da companhia e se ela está 
melhorando sua competitividade e a sua eficiência ano a ano.
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O Ebitda representa a geração operacional de caixa da companhia, ou seja, o quanto a empresa 
gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos 
financeiros e de impostos. Portanto, o Ebitda é um número muito interessante para analisar 
a competitividade e a eficiência da empresa, especialmente em comparação ano a ano e com 
os concorrentes. Isso se deve ao fato de que o indicador não leva em conta questões como 
financiamentos, impostos, amortização e depreciação dos ativos.
Assim, por exemplo, duas empresas de países diferentes podem ser postas lado a lado em uma 
planilha sem interferências dos juros altos que uma paga ou dos impostos mais baixos da outra. 
Para calcular o Ebitda, é necessário antes descobrir o lucro operacional. No Brasil, ele resulta da 
subtração, a partir da receita líquida, do custo das mercadorias comercializadas, das despesas 
operacionais. Depois, é preciso adicionar ao lucro operacional a depreciação e a amortização 
inclusos no custo de mercadoria vendida e nas despesas operacionais. O motivo é que essas contas 
não se constituem de uma redução efetiva do caixa no período.
Por outro lado, também é possível calcular o Ebitda começando pelo lucro líquido da empresa, 
ou seja, pelo final do demonstrativo de resultado. Assim, é necessário somar ao lucro líquido da 
empresa, o imposto de renda (IR) e contribuição social (CSLL), o resultado financeiro líquido, a 
depreciação e a amortização.
Lucro operacional
Lucro operacional é o aquele gerado pela operação do negócio, subtraindo despesas administrativas, 
comerciais e operacionais. Ele oferece uma visão bem completa sobre os resultados financeiros da 
empresa.
Ele é calculado com esta fórmula:
Lucro operacional = Lucro Bruto – Despesas Operacionais + Receitas Operacionais.
Esse valor faz parte da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Esse documento é um 
resumo dos resultados em um período, geralmente um ano. É uma das melhores ferramentas 
para analisar empreendimentos e é bastante usada no mercado. É importante não confundir lucro 
operacional com o lucro bruto. O lucro bruto, na verdade, é um estágio anterior: dele, subtraem-
se as despesas administrativas, comerciais e operacionais para chegar posteriormente ao lucro 
operacional.
Depreciação e amortização
A definição de depreciação pode parecer complicada, mas não é. Trata-se da apuração de um valor 
depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil, isto é, a anotação da redução do valor dos bens 
por desgaste ou perda de utilidade, seja por ação da natureza, ação humana ou obsolescência. A 
depreciação ocorre a partir do momento em que ele é disponibilizado para o uso, quando chega 
ao local de trabalho em condições plenas de funcionamento. Esse cálculo da depreciação não 
termina quando o ativo fica ocioso, a menos que ele esteja totalmente depreciado.
A amortização parte de uma lógica semelhante: consiste na alocação sistemática do valor 
amortizável de ativo intangível (como marcas e patentes, por exemplo) ao longo do tempo. A 
diferença básica entre os dois é que o primeiro se impõe sobre ativos físicos, como uma mesa de 
trabalho, e o segundo, sobre ativos intangíveis, como direitos ou despesas com prazo limitado, 
seja legal ou contratual.
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