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Disciplina: Educação Ambiental e Legislação Ambiental sobre Animais Silvestres Nome: Monica Gabrielle Rossetim da Silva Foi somente em 1972 com a conferência da ONU em Estocolmo que a educação ambiental começou a ganhar visibilidade, onde o debate principal foi a necessidade de inserção do meio ambiente na educação. Em nossa constituição federal, de 1988, no artigo 225, inciso VI, é estabelecido que é dever do estado e de todos promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação da natureza. Porém o conceito de educação ambiental só é estabelecido pela Lei 9795/1999, onde também é estabelecida a importância no contexto educacional e suas formas de execução. Existem, atualmente, duas correntes da educação ambiental, a educação ambiental conservadora, que apoia o senso comum e a educação ambiental crítica, que fortalece o controle da sociedade sobre a gestão ambiental. A educação ambienta conservadora não questiona a origem dos problemas e não busca mudar a realidade local, por promover ações pontuais, sua eficácia é comprometida. Junto à esta temos a ecoeficiência que busca soluções tecnológicas paliativas para os problemas ambientais, o conservadorismo que acredita em um ambiente é intocável e o comportamentalismo que tem como foco o indivíduo e as possíveis mudanças que ele pode causar ao meio ambiente. A educação ambiental crítica trabalha para solucionar conflitos socioambientais e entende que a consciência do indivíduo sobre as questões ambientais começa quando o sujeito se entende como arte do todo e tem como princípios o ambiente como bem comum, onde todos somos responsáveis, a historicidade que tenta compreender o contexto histórico do problema ambiental, práxis que trata como fundamental a reflexão para que sejam formuladas boas práticas, a totalidade que é a compreensão sistemática dos conflitos ambientais e a emancipação que é quando o indivíduo tem suas necessidades básicas supridas. O papel das escolas na educação ambiental é fundamental pois através dela os indivíduos têm o primeiro contato com temas que despertam o interesse para a conservação e preservação ambiental e trabalhar a educação ambiental nos primeiros anos de maneira multidisciplinar contribui para melhor aceitação e compreensão dos problemas a serem solucionados para a preservação e conservação ambiental. Tendo o tráfico de animais como a terceira maior atividade ilegal do mundo e uma das que mais interfere nos ecossistemas e conservação das espécies, deve-se levar em consideração a criação de medidas complementares, de caráter educacional que promovam a mudança de comportamento das comunidades e população humana acerca da captura e comercialização de animais silvestres, onde sabe-se que o comércio ilegal é alimentado pela demanda da população, então, se não houver a demanda o público perde o interesse. Nesse sentido, a educação ambiental contribui para a sensibilização, conscientização e mudança de atitude da população, a falta de informação é o que costuma direcionar as pessoas a prejudicarem o meio ambiente, pois não tem real conhecimento do dano que causam. Os órgãos fiscalizadores tem papel fundamental nesse sentido, e alguns objetivos devem ser seguidos por eles a fim de torna-los mais eficientes na conservação e preservação de animais silvestres, que é o recebimento, triagem e reabilitação eficiente de animais feridos, órfãos ou oriundos de tráfico de animais, o desenvolvimento de atitude consciente e mais ecológica na comunidade em geral, promovendo palestras, visitas, campanhas, entre outros, e a realização de pesquisas científicas que não causem danos aos animais e forneçam subsídios para a melhoria na qualidade de vida das espécies. Referencias: · “Questão ambiental e educação: contribuições para o debate” de Gustavo Lima · “Educação ambiental crítica para a conservação da biodiversidade da fauna silvestre: uma ação participativa junto ao Projeto Flor da Idade, Flor da Cidade (Itirapina-São Paulo)” de Nathália Formenton da Silva e Paulo Henrique Peira Ruffino · “Educação ambiental e atividades lúdicas para a identificação da importância das distintas formas de vida (fauna e flora)” de Carla dos Santos Rosário.