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TICs Semana 2 – Interfase Discente: Cecília da Silva Tourinho Turma: XXXIII – SOI V O que significam as fases da Interfase? Onde ocorrem as duas principais checagens (Checkpoints)? Quais as diferenças? A capacidade de reprodução, ou divisão, celular caracteriza-se como um requisito para todas as formas de vida, já que uma célula dá origem a outras. Tal capacidade deriva da duplicação de seus conteúdos nucleares e do citoplasma, os quais são partilhados para a formação de duas novas células. Esse processo pode ser de dois tipos: mitose ou meiose. A sequência ordenada de atividades desempenhadas pelas células durante a divisão celular, chama-se ciclo celular. Compõem este ciclo 4 fases principais: G1, S, G2 e a fase M (mitose e citocinese). As três primeiras fases, em conjunto, são nomeadas interfase e têm importância, pois possibilitam e verificam constantemente a duplicação correta do material genético. • Fase G1: etapa em que a célula interpreta diferentes sinais provenientes do microambiente, de células vizinhas e sinais internos, preparando-se para os próximos passos do ciclo celular. Caracteriza-se por ser um período de intensa atividade metabólica, havendo a síntese de RNA, proteínas e enzimas, que são utilizados na formação de novas organelas celulares, estimulando o crescimento contínuo da célula, ou seja, seu aumento em massa. • Fase S: é marcada pelo início da síntese de DNA, quando todo o genoma da célula é duplicado uma única vez, gerando cópias perfeitas para suas duas células-filhas. Esse procedimento, conhecido como replicação, ocorre com grande precisão, a fim de minimizar o risco de mutações na próxima geração de células. Nesta fase há também a síntese de histonas e a duplicação dos centrossomos. • Fase G2: consiste na fase de preparação para a divisão celular (fase M). Tem- se a síntese de biomoléculas essenciais à divisão, como as proteínas, e a cromatina e o citoesqueleto começam a se preparar para as alterações estruturais da mitose. Figura 1 - Fases da divisão celular Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. (2023, p. 202) Para garantir o andamento adequado do ciclo celular, existem ainda dois pontos de checagem (checkpoints) em momentos estratégicos da interfase, os quais impedem que a célula prossiga para a próxima fase até que esteja devidamente preparada. Esse controle é de extrema importância, já que, ao longo do ciclo, podem ocorrer diferentes erros (por exemplo, mutações, deleções, quebras, replicação incompleta do DNA) ou as condições para que a célula gere uma nova célula podem não ser ideais (insuficiência de nutrientes e/ou de mitógenos). ➢ Ponto de checagem G1/S – avalia a presença de danos/quebras no DNA. Esses danos causam um aumento na concentração e atividade da proteína p53, que ativa a transcrição de um gene codificador da proteína inibidora de CDK p21, a qual inativa CDKs que levariam a célula para a fase S. Dessa forma, o ponto de checagem previne a replicação de um DNA danificado e ganha tempo para que o problema seja resolvido. Caso a lesão seja irreparável, a célula é induzida à apoptose, isto é, morte programada (fase G0). ➢ Ponto de checagem G2/M – verifica o DNA após sua síntese, se a duplicação foi correta ou se houve algum erro. Na presença de irregularidade, a proteína- fosfatase ativadora do complexo CDK, responsável por guiar a célula para a fase M, é inibida, impedindo a progressão do ciclo. Assim, esse ponto assegura que a célula não entre em mitose, a menos que seu DNA esteja intacto. Figura 2 - Pontos de checagem Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. (2023, p. 204) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular. 4. ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2017. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023.