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O Distúrbio de Personalidade Antissocial, comumente conhecido como Psicopatia, revela-se como um complexo transtorno caracterizado pela ausência de empatia, prática sistemática de manipulação, inclinação à impulsividade, manifestação de comportamento antissocial e notável carência de remorso. A personalidade psicopática é frequentemente marcada por uma superfície relacional rasa, obstáculos na formação de vínculos afetivos genuínos e inclinação para a prática de atos delituosos. Esse distúrbio, por sua vez, apresenta-se intrinsecamente associado a padrões comportamentais desviados que se manifestam de maneira persistente desde a adolescência.
Num contexto análogo, pode-se citar o caso de um sujeito que, mediante sua habilidade notável em envolver seus pares por meio de sua eloquência e requinte, revela-se, contudo, carente de remorso e empatia. Este indivíduo, caracterizado por uma instabilidade social marcada por mudanças frequentes de emprego e relacionamentos, denota ausência de estabilidade emocional. Suas ações, por vezes, priorizam exclusivamente a satisfação de impulsos imediatos, desconsiderando as consequências a longo prazo. Nesse cenário, durante um evento social, o indivíduo se envolve com uma mulher, inicialmente com consentimento mútuo. Entretanto, diante da recusa desta em participar de atividades de natureza íntima, ele sucumbe à prática de abuso sexual. Na tentativa de ocultar os vestígios desse delito, o sujeito consuma um ato homicida.
Em seu livro “Introdução à psicologia do ser”, Abraham Maslow afirma que a essência inerente de cada ser humano, biologicamente fundamentada, revela-se em certa medida "natural", intrínseca e, em um sentido limitado, invariável. Logo, é possível relacionar a teoria do autor com o caso apresentado, uma vez que a natureza interna essencial do sujeito pode ser vista como desviada, manifestando-se em traços antissociais, como falta de empatia, comportamento manipulador e propensão à violência, indicando uma variação patológica em sua natureza intrínseca. 
Embora a psicopatia tenha características universais em sua expressão clínica, cada caso é singular em termos de manifestação específica de comportamento antissocial. Maslow revela que a natureza interna de cada indivíduo é singular em uma faceta, e, simultaneamente, universal na esfera da espécie. Nesse sentido, a singularidade pode estar relacionada às influências ambientais e genéticas específicas que contribuem para o desenvolvimento do transtorno. Outrossim, enquanto alguns aspectos da psicopatia podem ser considerados desvios extremos da norma, é importante reconhecer que as características fundamentais da natureza humana, como as necessidades básicas, não são inerentemente más. No entanto, a psicopatia envolve distorções graves desses elementos, resultando em comportamentos prejudiciais, tais quais o ato criminoso cometido pelo indivíduo em questão. Essa relação está intrinsecamente ligada ao quarto aspecto citado pelo autor na introdução e seu texto.
Ademais, ao contrário da abordagem saudável que incentiva a expressão e o encorajamento da natureza interna para promover o bem-estar, como afirma Maslow, na psicopatia, essa expressão pode ser prejudicial, resultando em comportamentos antissociais que prejudicam os outros, assim como o atentado cometido contra a vida da mulher citada no exemplo. Faz-se mister ainda citar que, indivíduos psicopatas muitas vezes demonstram uma negação ou supressão de aspectos fundamentais da natureza humana, levando a uma manifestação distorcida e patológica. Essa supressão contribui para o desenvolvimento do transtorno, como aponta Maslow no item sexto de seu texto.
A natureza interna na psicopatia pode ser percebida como frágil de uma maneira diferente. A fragilidade está relacionada à dificuldade em desenvolver laços emocionais significativos e em experimentar empatia, tornando a natureza interna do indivíduo mais propensa a comportamentos antissociais.