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PROJETO INTEGRADOR II – 
DESEMPENHO DA CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO ................................................................ 3 
2 DESEMPENHO .................................................................................... 12 
3 DESIGN THINKING (DT) E SEU USO ..................................................... 19 
4 O PROJETO INTEGRADOR EM DESEMPENHO DA CONSTRUÇÃO......... 24 
5 ESCRITA CIENTÍFICA E PROTÓTIPO ..................................................... 30 
6 FINALIZAÇÃO DO PROJETO ................................................................. 38 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
1 AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO 
 
Apresentação 
Olá, estudante! 
Este é seu segundo Projeto Integrador e temos como tema o desempenho da 
construção. Como já foi discutido durante o curso em diversas oportunidades, o 
profissional de Engenharia Civil também contribui para soluções do ambiente 
construído e, por isso, tem a responsabilidade de construir espaços mais democráticos 
e sustentáveis. 
O profissional de engenharia, em seu cotidiano de trabalho, precisa solucionar 
problemas. Para o Projeto Integrador, é necessário que você encontre uma 
problemática de atuação em um estudo de caso. Para lhe ajudar nesse processo, as 
ferramentas de Design Thinking estão à sua disposição. 
Vamos começar?! 
 
1.1 APO – Definições 
A Avaliação Pós-Ocupação (APO) é uma ferramenta que pode nos ajudar e muito na 
avaliação e atualização das normas e diretrizes de projetivas, já que o público que 
utiliza os projetos compõe sua avaliação. 
A APO é uma ferramenta que avalia as edificações após sua ocupação e cruza 
instrumentos de avaliação e diagnóstico tanto de especialistas (medições, testes, 
 
 
 
4 
 
 
 
ensaios etc.) quanto do ponto de vista do usuário (entrevistas, observações, 
questionários etc.). 
 
Assim, a APO contribui para retroalimentar o processo de projeto, pois, com a 
avaliação de ambientes projetados e construídos, muitas lições são aprendidas e 
entram para o repertório do profissional e da comunidade, quando os resultados são 
divulgados. Afinal, você viu na disciplina Tecnologia, Ciência e Pesquisa a importância 
da divulgação científica. Desse modo, a ferramenta não traz vantagens apenas para o 
ambiente avaliado, mas sim para toda uma categoria de edifícios e ambientes em que 
o estudo de caso foi avaliado. 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
Fonte: Romero (2003). 
De acordo com Romero (2003): 
A APO, portanto, diz respeito a uma série de métodos e técnicas que 
diagnosticam fatores positivos e negativos do ambiente no decorrer do uso, 
a partir da análise de fatores socioeconômicos, de infraestrutura e 
superestrutura urbanas dos sistemas construtivos, conforto ambiental, 
conservação de energia, fatores estéticos, funcionais e comportamentais, 
levando em consideração o ponto de vista dos próprios avaliadores, 
projetistas e clientes, e também dos usuários. Mais do que isso, a APO se 
distingue das avaliações de desempenho “clássicas” formuladas nos 
laboratórios dos institutos de pesquisa, pois considera fundamental também 
aferir o atendimento das necessidades ou o nível de satisfação dos usuários, 
sem minimizar a importância da avaliação de desempenho físico ou 
“clássica”. Nesse sentido, a APO tem grande validade “ecológica”, pois faz 
análises, diagnósticos e recomendações a partir dos objetos de uso, in loco, 
na escala e tempo reais (ROMERO, 2003, p. 26). 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
1.2 Instrumentos – Especialistas 
Neste item, veremos algumas opções de ferramentas que podem ser utilizadas para 
aferirmos os dados vindos das avaliações dos especialistas. 
Os instrumentos que irão definir a coleta de dados dos especialistas na APO podem ser 
dos mais diversos, já que isso dependerá do recorte dado pela pesquisa. As 
abordagens de uma APO podem ser as mais variadas, como acessibilidade, conforto, 
funcionalidade etc. 
 
• Checklist: este instrumento pode ser elaborado com base em normas e 
diretrizes projetivas, apoiando, assim, o levantamento de campo. 
 
Fonte: Jane Kelly via Shuttestock. 
 Medições: também com base em normativas e diretrizes técnicas, medições 
podem ser realizadas no ambiente. 
 
 
 
7 
 
 
 
 
Fonte: Quarta via Shutterstock. 
• Walkthrough: trata-se de uma caminhada técnica feita em companhia de uma 
pessoa-chave do estudo de caso. É uma boa ferramenta para conhecer o estudo de 
caso e observar pontos que podem ser explorados. 
 
• Análise documental: pode ser feita partindo de materiais como plantas, 
relatórios, contas de água e energia etc. 
 
• Entrevistas com técnicos: podem ser elaboradas com técnicos da área de 
estudo ou técnicos envolvidos no projeto. A ideia das entrevistas nesse caso é coletar 
dados e informações sobre aspectos especialistas do projeto. 
 
• Levantamento fotográfico: irá ajudar a sustentar as evidências do 
levantamento especialista, especialmente, na fase de elaboração do relatório. 
 
1.3 Instrumentos Usuário 
Neste item, veremos algumas opções de ferramentas que podem ser utilizadas para 
aferirmos dados vindos da percepção dos usuários. 
 
 
 
8 
 
 
 
Os instrumentos que irão definir a coleta de dados dos especialistas na APO podem ser 
dos mais diversos, já que isso dependerá do recorte dado pela pesquisa. As 
abordagens de uma APO podem ser as mais variadas como acessibilidade, conforto, 
funcionalidade etc. 
Uma APO precisa levantar as percepções dos usuários do ambiente avaliado. 
Percepções estas que são vindas do seu uso e lembrando que os usuários vêm dos 
mais diversos repertórios culturais e lembrando também que para utilizar um edifício 
ou qualquer ambiente construído não é necessário ser um profissional da arquitetura 
ou da engenharia. Portanto, antes de mais nada, os instrumentos de aferição da 
percepção dos usuários devem ser com linguagem acessível. Deixe o linguajar técnico 
para os instrumentos do item anterior. 
A seguir, podemos ver alguns instrumentos interessantes de uso: 
• Entrevistas: são uma potente ferramenta para conseguir tanto informação 
preliminar como para se aprofundar sobre o projeto. Como a entrevista é mais livre, o 
usuário pode lhe trazer informações das quais você desconhecia ou não havia 
hipóteses. 
No entanto, a entrevista é instrumento de natureza qualitativa e tratar seus dados 
pode ser complexo. Técnicas como categorização, nuvens de palavras ou análise de 
discurso podem ser boas soluções. As entrevistas podem ser do tipo aberta, 
semiestruturada e estruturada. 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
Fonte: Colored Lights via Shutterstock. 
 
• Questionários: são ótimas ferramentas para análises quantitativas e são 
perguntas geralmente fechadas e de alternativas. Nesse caso, o usuário pode trazer 
pouca informação complementar, pois ele é direcionado a responder dentro de um 
universo mais fechado de possibilidades e com questionamentos geralmente mais 
específicos. 
 
• Desenhos: aqui cabe um alerta: muitos profissionais usam análise de desenhos 
de crianças em avaliações de ambiente escolar. No entanto, cabe observar que não 
temos atribuição profissional para esse tipo de análise. Portanto, ter uma equipe 
interdisciplinar seria interessante, como a participação de um profissional da 
psicologia. 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
Fonte: Evgeny Hmur via Shutterstock. 
 
• Poemas dos desenhos e técnicas disparadoras relacionadas: algumas técnicas 
que disparem reflexão podem ser feitas tanto para grupos de usuários como para 
indivíduos, por exemplo, a solicitação de um poema de desenhos sobre o que se sonha 
para um bairro ou casa. 
 
Conclusão 
Caro estudante, neste bloco vimos que a APO se mostra uma grande aliada para que 
consigamos projetar ambientes mais receptivos para o usuário, sem esquecer a 
segurança e o desempenho técnico. 
Aprendemos algumasopções de instrumentos de pesquisa para a elaboração de um 
levantamento especialista em uma APO. Lembre-se de que esses instrumentos devem, 
sempre que possível, ser subsidiados por normativas, leis e/ou recomendações de 
projeto. 
 
 
 
11 
 
 
 
Além disso, vimos algumas opções de instrumentos de pesquisa para a elaboração de 
um levantamento de usuários em uma APO. Lembre-se de que esses instrumentos 
devem respeitar questões éticas por se tratarem de pesquisa com seres humanos. 
Bons estudos e até a próxima! 
 
REFERÊNCIAS 
 
ROMERO, Marcelo de Andrade. Avaliação pós-ocupação: métodos e técnicas aplicados 
à habitação social. Porto Alegre: Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente 
Construído (ANTAC), 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
2 DESEMPENHO 
 
Apresentação 
Caro estudante, como iremos tratar de Desempenho, neste Projeto Integrador, vamos 
fazer uma revisão de alguns conceitos relacionados a esse tema. Também serão 
apresentados alguns aspectos da norma de desempenho brasileira e, além disso, 
veremos algumas possibilidades de verificação, em campo, desses aspectos. 
Vamos lá?! 
 
2.1 Avaliação de desempenho 
O desempenho dos ambientes construídos é um aspecto de suma importância para a 
durabilidade e apropriação desses espaços. Para Gonçalves et al. (2005) apud França, 
Ono e Ornstein (2018, p. 52), “o desempenho é um aspecto indicador de qualidade 
que se refere ao comportamento em uso de um produto ou componente, com intuito 
de cumprir a função proposta, ao longo de sua vida útil”. 
Nesse sentido, o desempenho adequado dos sistemas, aliado à manutenção 
preventiva e corretiva, irá contribuir para uma vida útil mais longa da edificação. De 
acordo com França, Ono e Ornstein (2018), definir a vida útil de uma construção pode 
ser determinada por pesquisas, testes, laudos, dados estatísticos, base de dados etc. 
Talon, Boissier e Hans (2007) e França (2016) apud França, Ono e Ornstein (2018, p. 52 
e 53) colocam cinco fases para a estimativa de vida útil de componentes e sistemas 
construtivos: 
 
• Análise dos potenciais agentes de degradação de um sistema construtivo; 
• Coleta dos dados e avaliação da sua qualidade; 
• Elaboração de cenários de durabilidade; 
 
 
 
13 
 
 
 
• Avaliação da probabilidade de ocorrência desses cenários; 
• Estimativa da possível durabilidade dos sistemas construtivos e de seus 
componentes no contexto avaliado. 
 
Para contribuir na garantia do desempenho das construções, muitas normas são de 
grande utilidade e podemos citar exemplos como a ISO 19208:2016 Framework for 
specifying performance in buildings, ISO 15686-1:2011 Buildings and constructed 
assets — Service life planning — Part 1: General principles and framework, além da 
norma brasileira NBR 15575 (FRANÇA; ONO; ORNSTEIN, 2018). 
Nos próximos itens, veremos como alguns requisitos de desempenho da NBR 15575 
podem ser aferidos, portanto, faz-se necessária a definição de alguns conceitos dessa 
documentação que está a seguir de acordo com CBIC (2013, p. 30): 
 
• Desempenho: comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas; 
• Norma de desempenho: conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para 
uma edificação habitacional e seus sistemas, com base em requisitos do usuário, 
independemente da sua forma ou dos materiais constituintes; 
• Requisitos de desempenho: condições que expressam qualitativamente os 
atributos que a edificação habitacional e seus sistemas devem possuir, a fim de que 
possam atender aos requisitos do usuário; 
• Vida útil: período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam 
às atividades para as quais foram projetados e construídos, com atendimento dos 
níveis de desempenho previstos nessa Norma, considerando a periodicidade e a 
correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo Manual 
de Uso, Operação e Manutenção (a vida útil não pode ser confundida com prazo de 
garantia legal ou contratual); 
 
 
 
14 
 
 
 
• Vida Útil de Projeto (VUP): período estimado de tempo para o qual um sistema 
é projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho estabelecidos na Norma, 
considerando o atendimento aos requisitos das normas aplicáveis, o estágio do 
conhecimento no momento do projeto e supondo o atendimento da periodicidade e 
correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo Manual 
de Uso, Operação e Manutenção (a VUP não pode ser confundida com tempo de vida 
útil, durabilidade, prazo de garantia legal ou contratual). 
 
2.2 Requisitos de desempenho 
Neste item, vamos conhecer alguns aspectos da norma de desempenho brasileira. 
Podemos citar alguns aspectos de desempenho na NBR 15575 de 2013, de acordo com 
França, Ono e Ornstein (2018, p. 54-55): 
 
• Segurança estrutural: 
o Estabilidade e resistência do sistema estrutural e demais elementos com 
função estrutural; 
o Deformações ou estados de fissura do sistema estrutural; 
o Impactos de corpo mole e corpo duro. 
• Segurança contra incêndio: 
o Dificultar o princípio do incêndio; 
o Facilitar a fuga em situação de incêndio; 
o Dificultar a inflamação generalizada; 
o Dificultar a propagação do incêndio; 
o Segurança estrutural em situação de incêndio; 
o Sistema de extinção e sinalização de incêndio. 
• Segurança no uso e na operação: 
o Segurança na utilização do imóvel; 
 
 
 
15 
 
 
 
o Segurança na utilização das instalações. 
• Estanqueidade à água: 
o Estanqueidade a fontes de umidade externas à edificação; 
o Estanqueidade a fontes de umidade internas à edificação. 
• Desempenho térmico: 
o Requisitos de desempenho no verão; 
o Requisitos de desempenho no inverno. 
• Desempenho acústico: 
o Isolação acústica de vedações externas; 
o Isolação acústica entre ambientes; 
o Ruídos de impactos. 
• Desempenho lumínico: 
o Iluminação natural; 
o Iluminação artificial. 
• Saúde, higiene e qualidade do ar: 
o Proliferação de micro-organismos; 
o Poluentes na atmosfera interna à habitação; 
o Poluentes no ambiente de garagem. 
• Conforto tátil e antropodinâmico: 
o Conforto tátil e adaptação ergonômica; 
o Adequação antropodinâmica de dispositivos de manobra. 
• Adequação ambiental: 
o Projeto e implantação de empreendimentos; 
o Seleção e consumo de materiais; 
o Consumo de água e deposição de esgotos no uso e ocupação da 
habitação; 
o Consumo de energia no uso e ocupação da habitação. 
 
 
 
16 
 
 
 
• Durabilidade e manutenibilidade: 
o Vida útil de projeto do edifício e dos sistemas que o compõe; 
o Manutebilidade do edifício e de seus sistemas. 
 
2.3 Formas de verificação de requisitos gerais normativos 
Vimos no item anterior aspectos de desempenho levantados pela norma brasileira. 
Agora, veremos algumas possibilidades de verificação, em campo, desses aspectos. 
França, Ono e Ornstein (2018, p. 56-57) sugerem algumas formas de verificação em 
campo para os aspectos mencionados no item anterior. Desse modo, alguns aspectos 
de desempenho podem ser verificados em campo, além do auxílio de testes 
laboratoriais. 
Algumas das possibilidades mencionadas pelas autoras para verificação de campo, 
sendo essas inspeções e ensaios em protótipos, são: 
• Segurança estrutural: 
o Verificação de fissuras; 
o Impacto de corpo mole; 
o Impacto de corpo duro; 
o Capacidade de peças suspensas; 
o Ações transmitidas por portas; 
o Cargas em pisos e coberturas; 
o Sobrecarga em tubulações. 
• Segurança no uso e na operação: 
o Desníveis abruptos; 
o Presença de frestas; 
o Arestas contundentes; 
o Taxa de CO2; 
o Inspeção visual de todos os componentes hidrossanitários. 
 
 
 
17 
 
 
 
• Adequação ambiental: 
o Ausência de coliformes fecais; 
o Cloro residual livre; 
o Turbidez, cor aparente e pH. 
• Desempenho térmico: medições para avaliação de desempenhoda edificação 
• Desempenho acústico: 
o Isolação de sons aéreos de fachadas, coberturas, paredes internas e 
pisos; 
o Ruído de impacto de cobertura e piso. 
• Desempenho lumínico: medição de fator de luz diurna. 
• Saúde, higiene e qualidade do ar: 
o Coleta de amostras: proliferação de micro-organismos, poluentes na 
atmosfera interna à habitação e na garagem (CO e CO2); 
o Contaminação biológica do sistema de água potável. 
• Conforto tátil e antropodinâmico: planicidade de pisos (protótipo). 
 
Lançar mão de testes e verificações de campo como um checklist, por exemplo, podem 
ser opções para aliar às avaliações de especialista no caso de uma APO. 
 
Conclusão 
Caro estudante, vimos neste bloco uma apresentação de aspectos de desempenho que 
irão contribuir para o entendimento da temática do Projeto Integrador II. Também 
aprendemos que os aspectos mais importantes são levantados pela NBR 15575 quanto 
aos aspectos de desempenho de produtos habitacionais. E, além disso, aprendemos 
alguns aspectos de desempenho que podem ser verificados em campo. No entanto, 
cabe lembrar que alguns aspectos de desempenho colocados pela norma são 
verificáveis apenas por ensaios laboratoriais. Além disso, a NBR 15575 se concentra em 
 
 
 
18 
 
 
 
desempenho de edificações residenciais, mas possui parâmetros importantes que 
podem servir de base para outras avaliações na ausência de norma específica. 
Bons estudos e até a próxima! 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FRANÇA, Ana Judite Galbiatti Limongi; ONO, Rosaria; ORNSTEIN, Sheila Walbe. APO, 
desempenho e suas relações com normas e certificações. In: ONO, Rosaria; ORNSTEIN, 
Sheila Walbe; VILLA, Simone Barbosa; FRANÇA, Ana Judite Galbiatti Limongi. Avaliação 
pós-ocupação: da teoria à prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2018. p. 49-64. 
 
CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC). Desempenho de 
edificações habitacionais: guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 
15575/2013. Fortaleza, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
3 DESIGN THINKING (DT) E SEU USO 
 
Apresentação 
O Design Thinking (DT) é uma poderosa ferramenta para a construção de soluções e 
respostas a diversas problemáticas, inclusive colaborativas. Tal como a APO, o DT 
busca soluções que de fato satisfaçam à técnica, mas também às exigências do 
usuário. 
 
3.1 Design Thinking 
De acordo com Cavalcanti e Filatro (2016), é importante observar três grandes 
características centralizadoras na criação de algo: o desejo, a praticabilidade e a 
viabilidade. É importante lembrar que criamos soluções para pessoas e não apenas 
coisas; desse modo, é necessário conhecer e compreender melhor, sem julgamentos, o 
usuário que utilizará nossa solução. 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
Fonte: baseado em Cavalcanti e Filatro (2016). 
Caso você deseje se aprofundar nesse assunto, busque por referências de Aceitação de 
Tecnologias, por exemplo, na área de TI, ou da Avaliação Pós-Ocupação em nossa área. 
Nesse processo, Cavalcanti e Filatro (2016) sugerem: 
 
• Ter empatia pelas questões levantadas, dificuldades ou problemas trazidos 
pelos envolvidos; 
• Utilizar técnicas de Chuva de Ideias Fluidas, sem julgamento de valores. O 
objetivo aqui é a fluidez e a quantidade de ideias; 
• “interação no contexto a partir de um processo de cocriação” (CAVALCANTI; 
FILATRO, p. 14, 2016); 
• Testar soluções por meio de prototipagem viável em termos de tempo e custo; 
• Adotar a opção mais adequada ao contexto. 
 
 
 
 
21 
 
 
 
As autoras também falam sobre o perfil dos participantes. Assim, para aplicar essas 
técnicas e ferramentas, é importante estar disposto a encarar processos 
interdisciplinares, mas com profundidade de especialização disciplinar. 
 
3.2 Etapas de um DT 
Neste item, vamos conhecer os princípios das etapas de um DT. 
Antes de mais nada, é importante compreender o problema e, para isso, é necessário 
genuinamente ouvir, entender e observar. 
 
Fonte: baseado em Cavalcanti e Filatro (2016). 
Após essa fase, você compreendeu seu estudo de caso e seus usuários, portanto, o 
próximo passo é projetar soluções em que você vai idear, definir e criar (CAVALCANTI; 
FILATRO, 2016). Durante todas as etapas de um projeto, a revisão bibliográfica é 
fundamental, mas nesta fase ela se faz imprescindível, pois, assim, você terá uma 
 
 
 
22 
 
 
 
“caixa de ferramentas” que lhe auxiliará a mobilizar uma solução para a problemática 
estudada. 
 
 
Fonte: baseado em Cavalcanti e Filatro (2016) e em lovelyday12, fran_kie e patpitchaya via Shutterstock. 
 
Com ideias de soluções e estudo suficiente sobre o tema, é hora de prototipar; para 
isso, você precisa criar protótipos e testá-los (CAVALCANTI; FILATRO, 2016). 
De acordo com Cavalcanti e Filatro (2016), na última etapa, que é implementar a 
melhor opção, com as opções testadas, você escolheria a melhor solução e a 
implementaria, mas lembre-se, não realizaremos essa etapa! 
 
 
 
23 
 
 
 
 
Fonte: baseado em Cavalcanti e Filatro (2016). 
Conclusão 
Vimos em que princípios o DT se baseia, sendo aplicável na solução dos mais diversos 
problemas e questões. Dessa maneira, o DT se torna uma poderosa ferramenta para as 
questões da engenharia civil e traz um componente muito importante e esquecido por 
muitos profissionais, que é a visão do usuário e a importância de sua participação na 
construção de soluções para garantir não só adequação ao desempenho, mas também 
para que garanta produtos que serão de fato apropriados e reconhecidos pelo usuário. 
Bons estudos e até a próxima! 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
CAVALCANTI, Carolina Costa; FILATRO, Andrea. Design Thinking na educação 
presencial, a distância e corporativa. São Paulo: Saraiva, 2016. 
 
 
 
24 
 
 
 
 
4 O PROJETO INTEGRADOR EM DESEMPENHO DA CONSTRUÇÃO 
 
Apresentação 
Caro estudante, neste bloco vamos relembrar o que já foi visto em outras disciplinas 
sobre uma importante forma de pesquisa que está presente em qualquer trabalho que 
é a pesquisa bibliográfica e documental. 
Também iremos discutir possíveis abordagens para o projeto integrador e relembrar 
algumas etapas que devem ser atendidas para sua entrega. 
Vamos lá?! 
 
4.1 Orientações gerais 
Neste item, iremos rever as etapas que devem ser atendidas para a finalização do seu 
trabalho. 
Caro estudante, você aprendeu muita coisa no seu curso até aqui e agora é hora de 
integrar diversos saberes para resolver problemas comuns no cotidiano da engenharia 
civil. Desse modo, você irá escolher um estudo de caso com uma problemática que se 
relacione ao tema da disciplina que é o desempenho da construção. 
Nos Projetos Integradores, vamos trabalhar com dois principais eixos que são: teoria e 
estudo de caso. Assim, para compreender e ter uma base sólida para a elaboração de 
uma dada solução a um problema, você deve, antes de mais nada, fazer uma pesquisa 
bibliográfica consistente. 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
Para ajudar a identificar uma problemática, é preciso muita leitura sobre os temas 
relacionados e envolvimento com o estudo de caso. Sobre os temas relacionados a seu 
estudo de caso, procure saber quais tipos e áreas de conhecimento serão necessários 
para sua revisão bibliográfica. Procure o que os outros pesquisadores falam sobre o 
tema. Há normas relacionadas? Leis? etc. Além disso, você pode ler sobre estudos de 
caso semelhantes e relatar quais foram os achados de outros pesquisadores sobre 
eles. Além disso, você irá lançar mão de ferramentas de Design Thinking para 
compreender o contexto de seu estudo de caso e seus usuários. 
Para a entrega, é importante que você siga o Manual do Projeto Integrador e demais 
documentações indicadas. Não se esqueça de que o relatório é onde você irá inserir 
toda sua trajetória de pesquisa, portanto, não se esqueça de que essa é a principal 
fonte de informação sobreseu projeto da qual o avaliador irá lançar mão. O vídeo de 
defesa irá passar pelos principais aspectos do projeto tratados no relatório sobre sua 
 
 
 
26 
 
 
 
trajetória e solução. Há uma entrevista com a coordenação sobre isso, não se esqueça 
de ver. 
 
Busque o entrosamento com a equipe e faça a gestão do projeto para que todos 
dominem o trabalho, mas que tenham responsabilidades e funções bem claras e 
definidas. Desse modo, o contato com os colegas é primordial; lembre-se de que vocês 
formam uma equipe de trabalho e que trabalhar em equipe de maneira colaborativa é 
uma habilidade que deve ser desenvolvida. Aproveite para pesquisar sobre técnicas de 
gestão de projetos como a gestão do tempo e gestão de conflitos. Saiba identificar as 
dificuldades e potencialidades de cada um, inclusive as suas. 
Outro ponto importante para o trabalho é a atenção à propriedade intelectual; assim, 
caso não sejam claras para você as normas de citações e referências bibliográficas, é 
necessário seu aprendizado e revisão. Além das leituras indicadas, você pode usar os 
serviços de nossa biblioteca. Não se esqueça de passar por todos os materiais 
indicados na disciplina, pois eles conterão ferramentas e elementos que irão lhe ajudar 
na elaboração deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
4.2 Possíveis temas de trabalho 
Neste item, vamos discutir algumas possíveis abordagens para o Projeto Integrador. 
Procure por assuntos de trabalho que se relacionem com a temática deste Projeto 
Integrador, pois a aderência ao tema será um dos itens de avaliação. 
 
Aproximação aos temas: 
• A evolução do conceito de desempenho das construções 
• Necessidades dos usuários 
• Condições de exposição, uso e operação das construções 
• Vida útil e durabilidade 
• Vida útil e prazo de garantia 
• Expectativas dos usuários em relação à vida útil 
• Influência das diferentes vidas úteis dos materiais e subsistemas construtivos 
• Aplicação do conceito de desempenho nas construções 
• A influência do ambiente para a abordagem do desempenho 
• Desempenho e inovação 
• As normas brasileiras de desempenho de edificações 
• O ambiente regulatório 
 
Tenha em mente que cada uma das temáticas apresentadas como propostas para o 
Projeto Integrador possibilita uma grande variedade de recortes de pesquisa e estudos 
de caso. Portanto, leia trabalhos acadêmicos do tema de interesse para poder 
encontrar lacunas para as quais você como pesquisador pode contribuir. 
 
Lembrando que a dinâmica do projeto segue: 
 Definição do tema específico a ser estudado pelo grupo 
 Definição do processo norteador de estudo do grupo 
 
 
 
28 
 
 
 
 Desenvolvimento de estudos e pesquisas 
 Entrega do relatório apresentando o detalhamento da proposta do projeto 
integrador 
 Finalização e entrega do projeto integrador 
4.3 Pesquisa bibliográfica e documental 
Agora, vamos rever o que já foi abordado em outras disciplinas sobre uma importante 
forma de pesquisa que está presente em qualquer trabalho: a pesquisa bibliográfica e 
documental. Abaixo, segue um quadro resumo de suas características: 
Fonte: Marconi e Lakatos (2011). 
 
 
 
29 
 
 
 
 
Conclusão 
Caro estudante, neste bloco vimos as etapas que teremos que passar para a 
construção das soluções colocadas no projeto integrador. Vimos também as possíveis 
temáticas de trabalho dos projetos integradores neste módulo. 
Além disso, relembramos algumas diferenças entre bibliográfica e documentos e suas 
fontes primárias e secundárias. 
Bons estudos e até a próxima! 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
5 ESCRITA CIENTÍFICA E PROTÓTIPO 
 
Apresentação 
Caro estudante, neste bloco relembraremos aspectos do rigor científico na escrita. 
Também veremos que uma boa comunicação sempre leva em consideração dois 
aspectos principais: a mensagem que se deseja transmitir ao meio e quem será o 
receptor. Além disso, iremos conhecer algumas opções de protótipos que podem ser 
elaborados no Projeto Integrador. 
 
5.1 Importância das normas de citação e referência bibliográfica 
Como já visto em disciplinas anteriores, neste item serão abordados aspectos do rigor 
científico na escrita, o que irá ajudar e muito na condução da redação de seu relatório 
de Projeto Integrador. 
Na vida acadêmica, temos contato com um estilo literário bem específico, o estilo de 
escrita acadêmico-científica. Tal estilo é caracterizado pelo rigor quanto à sua 
apresentação, evidenciado pela existência de regras a serem seguidas na confecção do 
texto acadêmico e pela clareza e objetividade imprescindíveis ao texto, de modo que 
não haja ambiguidades no trabalho final. E o projeto integrador em sua parte textual é 
um tipo de relatório e iremos conduzir sua escrita seguindo preceitos da escrita 
científica. 
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) rege a padronização da 
documentação de comunicação científica por meio de algumas normas. São elas: 
 
• ABNT NBR 6023 – Referências; 
• ABNT NBR 6024 – Numeração de seções; 
• ABNT NBR 6027 – Sumário; 
 
 
 
31 
 
 
 
• ABNT NBR 6028 – Resumo; 
• ABNT NBR 10520 – Citações; 
• ABNT NBR 14724 – Apresentação de trabalhos; 
• ABNT NBR 15287 – Projeto de pesquisa. 
 
Além da ABNT, existem outras instituições que versam sobre normatização de 
trabalhos acadêmicos, por exemplo, American Psychological Association (APA), 
Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), Nature e Vancouver. 
É prática comum que as bibliotecas de grandes universidades e faculdades 
disponibilizem aos alunos manuais de normatização internos baseados nessas normas, 
entretanto, a consulta direta a tais normas não deve ser ignorada, principalmente 
quando a publicação de artigos extramuros da instituição é pretendida. 
Lembre-se de que tanto na Trilha como na Biblioteca Virtual da Unisa temos materiais 
de orientação para formatação de textos acadêmicos. 
 
5.2 O relatório científico 
Uma boa comunicação sempre leva em consideração dois pontos principais: a 
mensagem que se deseja transmitir ao seu meio e quem será o receptor. Portanto, 
elaborar comunicações escritas demanda o conhecimento desses aspectos. Neste 
item, veremos como aspectos já vistos em disciplinas anteriores irão nos ajudar na 
elaboração do Projeto Integrador. 
A redação de qualquer documento acadêmico deve ser encarada como uma atividade 
com começo, meio e fim, de modo que o estudante não se perca durante o processo e 
consiga um resultado de qualidade. 
Antes da redação de um texto dessa natureza, é fundamental ter claro em mente os 
seguintes pontos: 
 
 
 
 
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• Definição do público-alvo – com isso é estabelecido o vocabulário adequado; 
• Definição de tamanho – resumos, artigos e projetos de pesquisa têm limitação 
de tamanho impostas ao escritor. Monografias, dissertações e teses também 
costumam ter uma quantidade de páginas recomendada. A não observância desses 
limites pode implicar reprovações e retrabalhos; 
• Definição do tempo para exposição – esse ponto é fundamental para a 
apresentação de um trabalho, seja um seminário em sala de aula ou um trabalho em 
congresso. O apresentador deve planejar o conteúdo da apresentação e treinar 
previamente para conseguir transmitir a sua informação no tempo adequado e de 
forma clara e tranquila. 
 
Outra atividade fundamental que precede a escrita em si é a leitura prévia de textos 
que versem sobre o assunto tratado. A atividade de leitura fornece tanto 
embasamento teórico para o texto a ser escrito quanto condições para o escritor 
desenvolver um texto com coesão, coerência, riqueza de vocabulário, de modo que a 
informação seja comunicada de forma inequívoca. 
O ato de redigir o texto demanda tempo e concentração,por isso, deve ser planejado 
para que essa atividade, que não é trivial, possa ocorrer sem interrupções. Para uma 
produtividade no texto acadêmico adequada, é interessante a reserva de períodos 
suficientemente longos que permitam um desenvolvimento das ideias a serem 
colocadas no papel. 
Uma vez que o texto esteja concluído, é necessária uma verificação da formatação das 
seções, tamanho de fonte do texto, títulos, subtítulos, margens etc. Esse é o momento 
em que as normas ABNT são intensamente consultadas. O não atendimento a esses 
requisitos não é aceitável. 
Uma verificação do texto quanto à grafia, pontuação, coesão e coerência também é 
fundamental. Possíveis erros, de qualquer natureza, quando presentes, comprometem 
 
 
 
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seriamente a qualidade do trabalho e a confiança em tal documento. A 
responsabilidade por um trabalho bem redigido é do autor, portanto, não se deve 
imputar ao corretor ortográfico do editor de texto tal tarefa. 
 
5.3 Protótipos 
Neste item, iremos conhecer algumas opções de protótipos que podem ser 
elaborados no projeto integrador. 
Muller e Saffaro (2011) apresentam algumas definições para o conceito de protótipo: 
 
Prototipagem é o processo pelo qual são elaborados protótipos, sendo estes 
definidos como um original, isto é, um primeiro exemplar ou modelo do 
produto final. A palavra é derivada do grego, prototypon, que significa a 
primeira forma (GRIMM, 2004). Já Ulrich e Eppinger (2000, p. 275) definem 
protótipo como “[ . . . ] uma aproximação do produto segundo uma ou mais 
dimensões de interesse [ . . . ]”. Esta definição sugere que qualquer entidade 
que exiba pelo menos um aspecto do produto possa ser vista como um 
protótipo (MULLER; SAFFARO, 2011). 
 
Os protótipos podem ser tanto físicos como virtuais e possibilitam a aproximação da 
solução sem ainda executá-la, sendo assim, muito útil, por exemplo, para testes e 
ajustes sem que isso traga impactos maiores em termos de prazo e custos. 
Algumas opções de protótipo são: 
 
• Papel: as representações em papel podem ter diferentes níveis de 
detalhamento. Muito utilizadas, por exemplo, na concepção de aplicativos ou 
softwares em que funcionalidades e telas são apresentadas tanto em termos de fluxo 
como de concepção estética. 
 
 
 
 
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Fonte: JpegPhotographer via Shutterstock. 
 
• Modelos de volumetria: podem ser utilizados para dar noção de escala e 
formas de preenchimento do espaço a que se propõem, podendo ser utilizados para 
testes ergonômicos. Essa opção tangibiliza o produto pretendido. 
As maquetes são um exemplo desse tipo de opção, já que possibilitam a visualização e 
espacialidade da proposta. Elas podem ser tanto virtuais como físicas e com mais ou 
menos detalhamento dependendo da fase de concepção em que se encontram. 
 
 
 
 
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Fonte: Farknot Architect via Shutterstock. 
 
• Encenação: pode ser utilizada para simular uma situação de uso e sobre a 
experiência do usuário. 
• Storyboard: esta técnica mostra em desenhos cada passo da experiência de 
uso, demonstrando o encadeamento de ações envolvidas na adoção da solução 
proposta. 
 
 
 
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Fonte: MadPixel via Shutterstock. 
 
Conclusão 
Caro estudante, neste bloco fizemos uma breve revisitação à escrita científica e à sua 
importância para a elaboração do relatório de Projeto Integrador. 
Vimos, também, que aspectos do relatório científico podem ser muito úteis para a 
elaboração do Projeto Integrador e sua parte escrita. 
Também foram apresentadas algumas opções de protótipos que podem ser adotadas 
no projeto e, inclusive, combinadas entre si. No entanto, cabe lembrar a possibilidade 
de aprofundamento das pesquisas e proposição de outras formas de prototipagem. 
Bons estudos e até a próxima! 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MULLER, Ana Luiza; SAFFARO, Fernanda Aranha. A prototipagem virtual para o 
detalhamento de projetos na construção civil. Ambiente Construído [online]. v. 11, n. 
 
 
 
37 
 
 
 
1, p. 105-121, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678-
86212011000100008. Acesso em: 3 dez. 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://doi.org/10.1590/S1678-86212011000100008
https://doi.org/10.1590/S1678-86212011000100008
 
 
 
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6 FINALIZAÇÃO DO PROJETO 
 
Apresentação 
Caro estudante, neste bloco veremos algumas orientações finais para a elaboração da 
documentação solicitada para entrega do Projeto Integrador. 
Também discutiremos alguns pontos importantes a que você deve estar atento para a 
confecção do trabalho e, além disso, veremos algumas dicas de concepção e 
ferramentas para a produção de conteúdo. 
Vamos lá?! 
 
6.1 Vídeo 
A avaliação do trabalho integrador será virtual: você deverá postar o vídeo de sua 
apresentação oral no YouTube – no modo privado – e inserir o link na capa do trabalho 
escrito enviado no prazo estabelecido pelo ambiente virtual da disciplina (AVA). A 
tutoria avaliará seu Projeto Integrador por meio de dois instrumentos: o trabalho 
escrito e a apresentação oral. 
 
IMPORTANTE: 
A tutoria avaliará apenas os materiais (trabalho escrito e vídeo) postados no AVA. 
A avaliação só será realizada se os dois materiais forem entregues. Se isso não 
acontecer, o trabalho não será avaliado e você estará reprovado. 
Participe das webconferências e sane suas dúvidas com o(a) professor(a). Você 
também pode postar as suas dúvidas para resposta da tutoria. 
 
Como deve ser o vídeo? 
Ao produzir seu vídeo, você deve levar em consideração: 
 
 
 
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• que a duração não pode ultrapassar os 15 minutos; 
• que deve estar configurado como “privado” no YouTube; 
• que seu rosto e dos demais membros do grupo precisam aparecer, pelo menos, 
no início do vídeo, apresentando o trabalho, e talvez, no final, concluindo-o; 
• que todos os membros do grupo devem ter participação no vídeo; 
• que sua voz deve narrar também os trechos em que seu rosto não aparece; 
• que você pode fazer uso de recursos audiovisuais, como slides de PowerPoint e 
outros, desde que contribuam para tornar mais claro o entendimento de seu trabalho. 
 
Como estruturar minha apresentação? 
Em sua fala e nos slides (se for o caso), devem constar: 
• os dados do trabalho, como seu nome completo, curso, polo e título do Projeto 
Integrador; 
• uma introdução contendo o assunto, a justificativa, o problema e os objetivos 
do Projeto Integrador (é bom destacar aqui porque o estudo desse tema é relevante); 
• seu referencial teórico, a pesquisa bibliográfica que você realizou; 
• um resumo da metodologia empregada; 
• os resultados, o protótipo e discussões, com dados gerais e gráficos, se possível 
(dedique a maior parte do vídeo a esse aspecto); 
• uma conclusão; 
• agradecimentos. 
 
Quando e onde o vídeo deve ser entregue? 
Toda a entrega deve ser feita no AVA, conforme calendário da disciplina Projeto 
Integrador. 
 
Na data prevista, você deverá realizar o upload de sua monografia. 
 
 
 
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Na capa da monografia, você deve inserir o link do vídeo no YouTube. Portanto, o 
vídeo deve ser postado no YouTube gerando o link, antes do upload da monografia. 
 
 
Atenção ao prazo final das postagens: 
Verifique o prazo na agenda da disciplina. 
 
6.2 Avaliação 
Estudante, neste item iremos discutir alguns pontos importantes a que você deve estar 
atento para a confecção do trabalho. Tenha atenção também as orientações adicionais 
do(a) professor(a) e da tutoria. Portanto, não deixe de acessar todos os documentos 
disponíveis, bem como verificar avisos e demais mensagens no ambiente da trilha. 
 
Como serei avaliado? 
No Manual do Projeto Integrador, você encontra os critérios de avaliação de sua 
monografia: 
 
● Em relação ao trabalho escrito, você será avaliado quanto: 
o à clareza e objetividade das ideias; 
o à fundamentação teórica pertinente; 
oà estruturação textual e lógica; 
o à estrutura gramatical e ortografia conforme a norma culta da língua 
portuguesa; 
o à relevância do tema; 
o à contribuição da pesquisa; e 
o ao cumprimento das normas da ABNT. 
 
 
 
 
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● Em relação ao vídeo, você será avaliado quanto: 
o ao domínio do conteúdo e articulação teórica; 
o à clareza e objetividade da apresentação; 
o à estrutura lógica da apresentação; 
o ao seu desempenho na apresentação; 
o à relevância do tema e contribuição da sua pesquisa; e 
o ao uso de técnicas audiovisuais. 
 
E a monografia, como fica? 
Para o trabalho escrito, retome as orientações já disponíveis no ambiente virtual da 
disciplina. 
Lembre-se de que, em um relatório, caso do nosso trabalho, é preciso relatar todos os 
procedimentos realizados. Escreva pensando que outro colega queira reproduzir sua 
experiência em outro estado, portanto, seu relatório deve ter todas as informações de 
procedimentos e resultados necessários para tal. 
 
6.3 Produção de conteúdo 
Neste item, veremos algumas dicas de concepção e ferramentas para a produção de 
conteúdo. 
 
• Como posso produzir um bom vídeo? 
Para produzir o seu vídeo, você tem algumas possibilidades: 
o Gravar em forma de videoconferência com a participação de todos os membros 
da equipe utilizando o Microsoft Teams, Google Meet ou Zoom; 
o Gravar sozinho e/ou em casa. 
o Baixar e utilizar os softwares gratuitos XSplit Broadcast ou OBS Studio; 
 
 
 
42 
 
 
 
o Se cada membro da equipe gravar sozinho, deverá juntar as gravações 
utilizando um programa de edição (Movie Maker no Windows 7 ou Microsoft 
Windows 10 Photos, por exemplo). 
 
Em todos os casos, aqui vão algumas dicas e materiais que podem ajudá-lo: 
o Antes de fazer a gravação, faça testes de luz, enquadramento e áudio. 
o Uma opção simples é utilizar o YouTube Live. Ele permite o compartilhamento 
de tela – o que pode ser útil se você tiver slides. 
o Também se tiver slides, você pode utilizar um aplicativo que permita captura de 
tela, como o Screencastify ou o Quicktime. 
o Existem vídeos no YouTube com orientações para a gravação do vídeo que 
podem ser bastante úteis para sua produção. 
o Para edição dos vídeos, diversas ferramentas gratuitas podem ser utilizadas 
tanto para celular como para computador. Algumas opções são: Imove, Vegas, 
Movie Maker, Inshot etc. 
 
• Como produzir uma boa apresentação? 
o Na adoção de apresentação por slides, estes devem ser limpos e com a adoção 
de palavras-chave apenas para nortear a apresentação. 
o Evite utilizar textos extensos e apenas fazer sua leitura. O expectador 
geralmente lê mais rápido que o apresentador e este perde sua atenção. Desse 
modo, tenha em mente que é importante absorver de fato o que será 
comunicado para que você possa falar com suas próprias palavras e, assim, o 
slide se tornará apenas um norteador para sua fala. 
o Utilizar imagens ilustrativas e esquemas são opções interessantes para que o 
expectador compreenda o que é apresentado. Desse modo, o slide 
complementa sua fala e não concorre com a atenção do expectador. 
 
 
 
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o Preste atenção no esquema de cores utilizado e na formatação de suas 
apresentações para que a leitura e visualização fique confortável para o 
expectador. 
o Por fim, lembre-se de que a apresentação de trabalhos desenvolve sua 
habilidade para falar em público e defender suas ideias com segurança e 
profissionalismo. Portanto, aproveite a oportunidade desta apresentação para 
desenvolver esses aspectos. Eles serão muito úteis para que no futuro você 
venha a apresentar trabalhos para clientes e superiores. 
 
Conclusão 
Caro estudante, neste bloco abordamos brevemente aspectos que devem estar em 
mente no momento de elaboração dos projetos integradores e sua forma adequada de 
apresentação. Vimos, também, algumas orientações que irão lhe auxiliar na condução 
dos trabalhos e entendimentos de sua avaliação. 
E, por fim, verificamos algumas opções possíveis para a elaboração de apresentações e 
vídeos mais efetivos.

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