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Alice Araújo. ANATOMIA ANATOMIA DA ORELHA A orelha é o órgão da audição e do equilíbrio, apresenta três compartimentos: Orelha externa É formada pelo pavilhão auricular, lâmina cartilaginosa de formato irregular recoberta por pele fina; apresenta diversas depressões e elevações e é responsável pela captação de ondas sonoras e transmissão dessas para as orelhas média e interna. A crista externa curva e proeminente constitui a hélice, paralela e anterior existe outra crista, a antélice. Na parte inferior há a projeção carnuda do lobo da orelha/lóbulo. A abertura do meato acústico encontra-se atrás do trago, uma protusão nodular que aponta para trás. E a depressão mais relevante é a concha. A irrigação do pavilhão auditivo é derivada das artérias auriculares posterior e temporal superficial. O meato acústico externo é um canal da orelha que segue internamente através da parte timpânica do temporal, da orelha até a membrana timpânica (2-3 cm em adultos). A cartilagem envolve dois terços externos, onde a pele se apresenta pilosa e com glândulas produtoras de cerume; o terço interno é circundado por osso e revestido por pele fina > a compressão dessa região produz dor. Na extremidade do meato acústico está a membrana timpânica (limite medial da orelha externa). O tímpano é uma membrana fina, oval e semitransparente na extremidade medial do meato acústico externo, sendo a divisão entre a orelha externa e média. Apresenta a concavidade voltada para o meato acústico externo com uma depressão central cônica rasa, e apresenta uma projeção > projeção do cabo do martelo. A membrana timpânica movimenta-se em resposta às vibrações do ar que atravessam o meato acústico externo e chegam à ela, os movimentos são transmitidos pelos ossículos da audição através da orelha média até a orelha interna. Atrás e abaixo do meato acústico está a parte mastoide do osso temporal palpável atrás do lóbulo da orelha. Orelha média É uma câmara estreita de ar na parte petrosa do temporal; composta por uma pela: cavidade timpânica propriamente dita (revestida por túnica mucosa) e o recesso epitimpânico Na orelha média os ossículos da audição – martelo, bigorna e estribo – transformam as vibrações sonoras em ondas mecânicas que avançam para a orelha interna; a extremidade proximal da tuba auditiva conecta a orelha média a nasofaringe (óstio faríngeo da tuba auditiva). A tuba auditiva é revestida por túnica mucosa e tem função de regular a pressão da orelha média à pressão atmosférica, permitindo o livre movimento da membrana timpânica, através da entrada e saída de ar. Os ossículos da audição formam uma cadeia móvel de pequenos ossos através da cavidade timpânica, desde a membrana timpânica até a janela do vestíbulo; são os primeiros ossos a ossificar e estão praticamente maduros ao nascimento. Orelha interna Embutida na parte petrosa do temporal, é formada por sacos e ductos do labirinto membranáceo que contém endolinfa e está suspenso pelo labirinto ósseo cheio de perilinfa. Engloba a cóclea, os canais semicirculares e a extremidade do nervo vestibulococlear. O movimento do estribo promove vibração da perilinfa no labirinto dos canais semicirculares e das células ciliadas e a endolinfa nos ductos da cóclea, produzindo impulsos nervosos que são transmitidos pelo nervo vestibulococlear para o cérebro. O labirinto ósseo é uma série de cavidades – cóclea, vestíbulo e canais semicirculares – contidas na cápsula ótica da parte petrosa do temporal. Grande parte da orelha média e toda a orelha interna não são acessíveis ao exame direto, dessa forma é analisada a função auditiva. 1. Via condutiva: a primeira parte da via auditiva, da orelha externa à orelha média > ocorre a condução aérea (CA) e uma via alternativa, a condução óssea (CO), que não passa pelas orelhas externa e média. CA>CO; 1. Via sensorineural: envolve aa cóclea e o nervo coclear. Equilíbrio: o labirinto com três canais semicirculares, contido na orelha interna, detecta a posição e movimentos da cabeça, ajudando a manter o equilíbrio. 1. Observação: distúrbios na orelha externa (infecção, traumatismo, carcinoma espinocelular e crescimentos ósseos benignos como exostoses ou osteomas) e média provocam perda auditiva de condução (otite média, condições congênitas, otosclerose e colesteatomas benignos, tumores e perfuração da membrana timpânica). Já distúrbios na orelha interna provocam perda auditiva sensorineural (presbiacusia, infecções virais como rubéola e citomegalovírus, doença de Ménière, exposição a ruído e neuroma do acústico).