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20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 1/30 Segurança do TRABALHO Tipos de documentação e registros da gestão dos programas de saúde e segurança do trabalho Os documentos utilizados na gestão de segurança e saúde no trabalho são itens importantes tanto no sentido de atender às exigências legais como no sentido de proporcionar meios eficazes de prevenção de acidentes e eventos indesejados no âmbito dos ambientes laborais. Neste momento, veremos alguns dos principais documentos utilizados no âmbito da segurança do trabalho, como o atestado de saúde ocupacional – ASO, recibos de entrega de EPI, registros de capacitação e treinamentos, comunicado de acidente de trabalho – CAT, laudo técnico das condições dos ambientes de trabalho – LTCAT, certificado de calibração, formulários de análise de acidente de trabalho, ata da CIPA, documento de inventário de riscos do Programa de Gestão de Riscos – PGR, Laudo de Insalubridade e Periculosidade e Perfil Profissional Previdenciário – PPP. Estes e outros documentos contemplados nas normas regulamentadoras ou publicações legais devem ser produzidos e armazenados adequadamente, atendendo a todas as exigências legais e principalmente técnicas. Por essa razão, é conveniente que durante o desenvolvimento das atividades de segurança e saúde no trabalho o profissional mantenha o registro contínuo de todos os documentos produzidos. A partir das últimas atualizações da NR-1, os documentos previstos nas NRs podem ser emitidos e armazenados em meio digital com certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), normatizada por 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 2/30 lei específica. Isso significa que todos os documentos com previsibilidade dentro das NRs podem ser digitalizados conforme estabelecido na NR-1. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 3/30 ASO – ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL O ASO é um importante documento de características avaliativas e que tem o objetivo de determinar o estado da saúde dos trabalhadores, bem como a aptidão ou não para o exercício de determinada função. Este documento tem sua regulamentação dada pela NR-7 (Programa médico de saúde ocupacional – PCMSO). A digitalização do ASO é considerada obrigatória pela Portaria n.º 6.730/2020. Conforme indicação da NR-7, no item 7.5.19, norma que entrará em vigor a partir do segundo semestre de 2021, para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico emitirá o ASO, que deve ser comprovadamente disponibilizado ao empregado, devendo ser fornecido em meio físico, quando solicitado. Isso significa que o arquivamento deve ser digital obrigatoriamente, mas, quando solicitado, o empregador deve emitir esse documento de fisicamente. O item 7.5.19.1 da NR-7, que entrará em vigor no segundo semestre de 2021, traz as informações mínimas que devem estar contidas em um ASO. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 4/30 Razão social e CNPJ ou CAEPF da organização Nome completo do empregado, o número de seu CPF e sua função A descrição dos perigos ou fatores de risco identificados e classificados no PGR que necessitem de controle médico previsto no PCMSO, ou a sua inexistência Indicação e data de realização dos exames ocupacionais clínicos e complementares a que foi submetido o empregado Definição de apto ou inapto para a função do empregado Nome e número de registro profissional do médico responsável pelo PCMSO, se houver Data, número de registro profissional e assinatura do médico que realizou o exame clínico *Os dados descritos nos exames médicos, incluindo as avaliações clínicas e os exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas, deverão estar registrados em prontuário clínico individual, sob responsabilidade do médico coordenador do PCMSO, e devem ser mantidos por no mínimo 20 anos. As circunstâncias em que o ASO se faz necessário são as seguintes: Admissional Periódico Retorno ao trabalho Mudanças de riscos ocupacionais Demissional A obrigatoriedade do ASO se estende a todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, e os custos integrais dos exames e atestados devem ser pagos pelo empregador. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 5/30 Mesmo o microempreendedor individual, as microempresas e as empresas de pequeno porte que estão desobrigadas de elaborar o PCMSO devem emitir o ASO dos exames clínicos dos funcionários. Clique ou toque para visualizar a imagem em PDF. (objetos/modelo_aso.pdf) https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC07/conteudos/07_tipos_documentacao/objetos/modelo_aso.pdf 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 6/30 Figura 1 – Modelo de ASO – Atestado de saúde ocupacional Modelo de atestado de saúde ocupacional (ASO) com diversos campos para preenchimento. Estes campos devem ser preenchidos no momento do exame e devem indicar informações importantes, como descrição do documento, nome da empresa, CNPJ da empresa, nome do funcionário, setor em que o funcionário trabalha, indicação dos fatores de risco, cargo, descrição do acidente, indicação da conclusão (apto ou inapto para o exercício da função), indicação do médico examinador, endereço do médico, contato e campo para o CRM, indicação do médico coordenador e campo para o CRM. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 7/30 RECIBOS DE ENTREGA DE EPI De acordo com a Portaria 3.214/1978, NR-6, item 6.1, podemos definir EPI como todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. É importante sabermos que esta mesma norma indica a obrigatoriedade do fornecimento gratuito aos empregados do EPI adequado ao risco ocupacional, devendo estar em perfeito estado de conservação e funcionamento, visando ao atendimento das seguintes circunstâncias: Quando as medidas gerais não consigam oferecer total proteção contra os riscos existentes ou doenças profissionais Durante a implantação de medidas de controle coletivas Nos casos de situações de emergência Registrar o fornecimento do EPI ao trabalhador em livros, fichas ou sistemas eletrônicos é uma das responsabilidades do empregador constantes no item 6.6.1 da NR-6 Não há um prazo determinado por lei de tempo de guarda da ficha de entrega dos EPIs, porém, no LTCAT é estabelecido que os EPIs entregues aos trabalhadores devem atender às necessidades quanto à exposição aos riscos ocupacionais, assim como deve ser comprovada sua eficácia a partir do laudo do engenheiro. Devido a isso, é uma boa prática de gestão anexar a ficha de entrega dos EPIs junto ao LTCAT da empresa. Clique ou toque para visualizar a imagem em PDF. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 8/30 (objetos/ficha_epi.pdf) Figura 2 – Modelo de ficha de entrega de EPI https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC07/conteudos/07_tipos_documentacao/objetos/ficha_epi.pdf 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 9/30 Modelo de ficha de entrega de EPI com diversos campos para preenchimento. Estes campos devem ser preenchidos no momento da entrega do equipamento ao funcionário, devendo indicar informações importantes, como nome da empresa, nome do empregado, número do registro ou matrícula e CNPJ da empresa. Este documento contém conteúdo em que o funcionário reconhece o recebimento do EPI em perfeito estado, responsabiliza-se por sua guarda e conservação e, no caso de defeito, mau funcionamento ou dano, compromete-se em informar ao empregador para realização da troca. Ao final do documento existe a indicação de data, local e assinatura do empregado. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 10/30 REGISTROS DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTOS Os registros de capacitação e treinamentos são documentos que comprovam a presençae a capacitação do funcionário em treinamentos, além de especificar itens importantes, como tipo da capacitação, conteúdo e carga horária. Esses registros de capacitação precisam de digitalização obrigatória. De acordo com a Portaria n.º 211, o certificado deve ser entregue ao trabalhador no seu formato físico, e uma cópia deve ser arquivada na empresa no formato digital. O prazo para esse documento não é determinado em nenhuma norma, porém a lógica é de que esse treinamento tenha validade específica, e nos intervalos de períodos devem ser realizadas reciclagens. Após espirar o prazo de validade do treinamento, não há mais a necessidade de manter o documento arquivado na empresa. Clique ou toque para visualizar a imagem em PDF. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 11/30 (objetos/modelo_treinamento.pdf) Figura 3 – Modelo de registro de capacitação e treinamento Modelo de documento de registro de capacitação e treinamento com diversos campos para preenchimento. Estes campos devem ser preenchidos no momento da conclusão do curso ou capacitação, devendo indicar informações importantes, como nome da empresa, nome do funcionário, cargo ou função, carga horária da capacitação, identificação e assinatura do instrutor e conteúdo programático. https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC07/conteudos/07_tipos_documentacao/objetos/modelo_treinamento.pdf 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 12/30 CAT – COMUNICADO DE ACIDENTE DE TRABALHO O CAT é um documento emitido pela empresa para atendimento legal e estatístico para reconhecimento de acidente de trabalho ou trajeto, bem como doença ocupacional. Este documento deve ser emitido pela empresa na ocorrência de acidentes com ou sem afastamento até no máximo o primeiro dia útil do incidente. Nos casos de ocorrência de óbito, a comunicação deverá ser imediata. O prazo de guarda deste documento é de 5 anos. Esse comunicado é realizado de forma eletrônica no site do Ministério do Trabalho e Previdência, por isso trata-se de um documento que contém um registro eletrônico vinculado ao próprio INSS. Isso significa que os órgãos fiscalizadores sempre terão acesso aos acidentes de trabalho dentro da empresa. A CAT é um dos principais rastros para os auditores fiscais do trabalho. Em caso de acidentes graves, com afastamento acima de 15 dias em que o INSS assumirá as responsabilidades financeiras do funcionário, os auditores são informados da situação e podem ir imediatamente na empresa verificar a situação que resultou no acidente. Por isso, o técnico em segurança do trabalho sempre deve ter um cuidado rigoroso nas causas dos acidentes. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 13/30 LTCAT – LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO O LTCAT é um documento que tem o objetivo de constatar ou não a exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais nocivos à sua saúde e à sua integridade física. Este documento é utilizado como documento formal pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para fins de aposentadorias especiais. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS DE UM LTCAT Identificação da empresa: nome, CNPJ, endereço, CNAE, grau de risco, função do funcionário periciado, indicação da jornada de trabalho e data da visita ou vistoria Objetivo do LTCAT Identificação do local periciado (setor) Descrição do ambiente de trabalho Descrição das atividades exercidas pelo trabalhador Análise qualitativa dos prováveis riscos ocupacionais (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes) Descrição do tempo de exposição aos riscos Equipamentos de proteção individual utilizados pelo trabalhador Equipamentos de proteção coletiva constatados Metodologia de avaliação ambiental quantitativa Conclusão (a conclusão deve indicar a necessidade ou não do direito à aposentadoria especial e a identificação e a avaliação dos riscos ambientais encontrados) Assinatura do engenheiro de segurança responsável 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 14/30 O LTCAT é de responsabilidade do engenheiro de segurança do trabalho, e o técnico de segurança poderá utilizar os dados da medição do LTCAT na elaboração do PGR. O prazo para o armazenamento do LTCAT é de 20 anos, e normalmente as empresas optam por arquivar o registro de entrega de EPIs junto ao LTCAT, que traz as informações sobre os EPIs utilizados para determinada função. De acordo com a nova Portaria n.º 211, é obrigatório o arquivamento do LTCAT de forma digitalizada dentro da empresa. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 15/30 CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO A calibração dos equipamentos de medição utilizados na área de segurança e saúde do trabalho se faz necessária por exigência legal e técnica, já que a verificação dos valores indicados pelo instrumento deve corresponder aos padrões metodológicos de acordo com as condições de utilização especificadas pelas normas técnicas (ABNT). O principal objetivo da calibração dos equipamentos é a manutenção das condições de qualidade especificadas pelo fabricante, sem que haja nenhum tipo de alteração ou comprometimento no resultado das medições. A calibração é obrigatória nas condições a seguir. Utilização de aparelho novo Uso do aparelho após o número de horas de operação estipuladas pelo fabricante Nos casos em que o aparelho sofrer qualquer choque, exposições a agentes químicos, ações de insetos, vibração ou qualquer outro fator que possa comprometer seus componentes internos Após manutenção Quando o valor de referência estiver fora dos níveis aceitáveis Quando houver dúvida com relação às medidas obtidas A calibração dos equipamentos de medição sonora são estipulados segundo a NHO-01 pela norma EIC 942-1988. Porém, a NBR-17025 indica que o prazo de calibração deve ser determinado pelo usuário do equipamento, com base no manual do próprio equipamento que irá estipular os prazos. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 16/30 As informações a seguir devem estar indicadas nos certificados de calibração: Data da calibração Número do certificado Número da ordem de serviço Dados do cliente Descrição do fabricante (nome, modelo, número de série, código) O arquivamento poderá ser digital ou fisicamente, sendo de caráter facultativo para a empresa. O prazo de arquivamento será até a nova calibração realizada no aparelho. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 17/30 Formulários de análise de acidente de trabalho Os formulários de investigação de acidentes são poderosas ferramentas de obtenção de dados referentes aos incidentes ocorridos no ambiente de trabalho e que envolvem trabalhadores ou modificação de processos. Os dados servirão para realizar a análise das causas, bem como a implementação de planos de ação visando ao caráter preventivo, além do fornecimento de estatísticas que poderão ser utilizadas para determinação de diretrizes de segurança ou cálculo de parâmetros de taxa de gravidade e frequência. Clique ou toque para visualizar a imagem em PDF. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 18/30 https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC07/conteudos/07_tipos_documentacao/objetos/ficha_acidente.pdf 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 19/30 (objetos/ficha_acidente.pdf) Figura 5 – Modelo de ficha de investigação de acidente modelo de ficha de investigação de acidente de trabalho com diversos campos para preenchimento. Estes campos devem ser preenchidos para posterior estudo a respeito das causas do acidente e devem indicar informações importantes, como objetivo, responsável pelo SESMT, superior hierárquico da vítima, nome, idade, função, setor de trabalho, tempo na função atual, horas trabalhadas, local, atividade exercida, descrição do acidente, classificação do acidente, observações, causas básicas, causas principais e ações de controle sugeridas. A nova NR-1,com vigência a partir do segundo semestre de 2022, deu maior importância a esses documentos. De agora em diante as empresas dentro do Programa de Gestão de (PGR) terão que propor ações efetivas para as novas avaliações dos riscos nas áreas que resultaram em acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Desse modo, será de extrema importância que o processo de investigação seja arquivado até as ações de melhorias serem propostas e implementadas de efetivamente dentro do PGR. O arquivamento desses formulários pode ser no formato digital ou físico, sendo de caráter facultativo para empresa. Lembrando que as ações devem estar no PGR. Como o PGR terá seu arquivamento no formato digital, essas ações também seguiram esse formato. Somente o formulário de investigação poderá estar no formato físico. https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC07/conteudos/07_tipos_documentacao/objetos/ficha_acidente.pdf https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC07/conteudos/07_tipos_documentacao/objetos/ficha_acidente.pdf 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 20/30 ATAS DE CIPA Como toda a ata, a ata da CIPA tem a importante função de documentar as reuniões da comissão, que podem ser ordinárias ou extraordinárias. As reuniões ordinárias ocorrem mensalmente, de acordo com calendário de eventos da CIPA. As reuniões extraordinárias podem ocorrer no caso de denúncia ou comunicação de situações de risco grave e iminente, acidentes de trabalho considerados graves ou fatais e solicitação formal de uma das representações (empregadores ou empregados). Esses documentos também podem ser digitalizados e a escolha da forma de arquivamento, física ou digital, será facultativa, já que esse documento não contém obrigatoriedade de digitalização. Por isso, a empresa que optar pelo arquivamento da forma física estará de acordo com a legislação, assim como as empresas que optarem pela forma digital. Os documentos que já estavam com o seu arquivamento na forma física devem permanecer assim arquivados. O prazo para o armazenamento das atas da CIPA não é estabelecido pela legislação e boa parte das empresas utilizam o prazo de um ano após o término do mandato. Isso é necessário para comprovar a atuação da CIPA no ano anterior e também suas ações propostas, para que a CIPA atual possa verificar as necessidades que ainda permanecem dentro da empresa. INFORMAÇÕES IMPORTANTES QUE DEVEM COMPOR A ATA DA CIPA: 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 21/30 Todo o conteúdo da reunião deve ser indicado na ata da CIPA. Por essa razão, a reunião deve estar restrita aos assuntos específicos da pauta As datas devem ser informadas por extenso Todos os membros presentes na reunião devem assinar a ata da CIPA Todos os membros da CIPA devem receber ou ter acesso a ata da reunião Clique ou toque para visualizar a imagem em PDF. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 22/30 (objetos/modelo_cat.pdf) Figura 6 – Modelo de ata de CIPA https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC07/conteudos/07_tipos_documentacao/objetos/modelo_cat.pdf 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 23/30 DOCUMENTO DE INVENTÁRIO DE RISCOS No inventário de riscos deve-se contemplar, no mínimo, as seguintes informações: Caracterização dos processos e ambientes de trabalho Caracterização das atividades Descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou circunstâncias, indicação do nível de risco, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de medidas de prevenção implementadas A avaliação de riscos deverá ser revisada a cada dois anos, ou: Após implementação das medidas de prevenção, para avaliação de riscos residuais Após inovações e modificações nas tecnologias, nos ambientes, nos processos, nas condições, nos procedimentos e na organização do trabalho, as quais impliquem em novos fatores de risco ou modifiquem os níveis de risco existentes Quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias das medidas de prevenção Na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho Quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis Sempre que houver a realização da avaliação dos riscos, a verificação da existência de novos fatores de risco e/ou a implementação de novas medidas de controle, é necessário realizar a atualização do inventário. Clique no botão a seguir para fazer download de um modelo de inventário de riscos de um setor de inflamáveis. https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC07/conteudos/07_tipos_documentacao/objetos/modelo_inventario.pdf 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 24/30 (objetos/modelo_inventario.pdf) O inventário de riscos dentro do PGR deverá ser arquivado no formato digital, conforme estabelecido pela Portaria n.º 211. https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC07/conteudos/07_tipos_documentacao/objetos/modelo_inventario.pdf 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 25/30 LAUDO DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE O laudo de insalubridade e periculosidade é uma responsabilidade do engenheiro de segurança do trabalho ou do médico do trabalho, e é nesse laudo que será atestado se há o ensejo de pagamento do adicional de insalubridade ou de periculosidade de acordo com as atividades exercidas pelo trabalhador. Para definir se uma atividade é insalubre, deve-se considerar a exposição acima dos limites de tolerância aos agentes presentes na NR-15. Quando envolve a periculosidade, o laudo deve atentar para as atividades específicas estabelecidas dentro da NR-16, que trata das atividades periculosas. Como todo o laudo, a estrutura é exatamente igual ao do LTCAT. Apresentar o nome e dados da empresa, a identificação aos agentes, o objetivo, o equipamento utilizado para medição, a descrição das atividades, os procedimentos de avaliação, os resultados das medições e, por fim, a conclusão. Quando a avaliação se dá de forma qualitativa, deve-se estabelecer as análises da atividade utilizadas para determinar de forma qualitativa o porquê da atividade ser insalubre ou periculosa. De acordo com o anexo 8 da NR-15, que trata especificamente do laudo para exposição à vibração, esse laudo deve conter os seguintes itens: a. Objetivo e datas em que foram desenvolvidos os procedimentos b. Descrição e resultado da avaliação preliminar da exposição, realizada de acordo com o item 3 do Anexo 1 da NR-9 do MTE c. Metodologia e critérios empregados, inclusas a caracterização da exposição e representatividade da amostragem d. Instrumentais utilizados, bem como o registro dos certificados de calibração 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 26/30 e. Dados obtidos e respectiva interpretação f. Circunstâncias específicas que envolveram a avaliação g. Descrição das medidas preventivas e corretivas eventualmente existentes e indicação das necessárias, bem como a comprovação de sua eficácia h. Conclusão 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 27/30 Laudo técnico de insalubridade e periculosidade Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho – LTCAT Conjunto de procedimentos para fins de caracterização de atividade periculosa ou insalubre Finalidade previdenciária na concessão de aposentadoria especial Investigação, avaliação das condições insalubres ou periculosas dos trabalhadores expostos Baseado ao conceito de nocividade e permanência aos agentes de riscos. Nocividade: relativa aos agentes físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes capaz de causar danos à saúde e integridade física dos trabalhadores Permanência: modo permanente não ocasional nem intermitente indissociável da prestação de serviço Avaliação conforme anexos da NR-15 e da NR-16Formulário do PPP emitido com base no LTCAT para concessão da aposentadoria especial 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 28/30 Documento com temporalidade baseado na exposição Documento atemporal Tabela 1 – Principais diferenças entre o laudo de insalubridade e periculosidade e o Laudo das Condições Ambientais de Trabalho 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 29/30 PERFIL PROFISSIONAL PREVIDENCIÁRIO O laudo utilizado para determinar se o trabalhador terá direito à aposentadoria especial é o LTCAT, já a Instrução Normativa n.º 99/INSS/DC aponta que o documento que o trabalhador terá que recolher na empresa trabalhada para o requerimento de aposentadoria especial é o Perfil Profissional Previdenciário (PPP). O PPP reúne informações administrativas do histórico do trabalhador e registro de monitoramento das condições ambientais durante todo período em que esse trabalhador exerceu suas atividades. O PPP deve ser mantido na empresa por no mínimo 20 anos, e se baseia totalmente no LTCAT. Enquanto o LTCAT pode ser coletivo, o PPP é sempre individual, ou seja, o LTCAT pode ser por função, mas o PPP deve ser por trabalhador. O PPP também apresenta os requisitos das medidas de controle tanto de caráter coletivo quanto individual adotados nas atividades, e é obrigatória sua emissão para empregados que laborem expostos aos agentes nocivos do trabalho, devendo ser assinado pelo representante local da empresa. Diferentemente do LTCAT, o PPP não precisa da assinatura do engenheiro, e sim a da empresa com carimbo. No PPP, o nome dos responsáveis técnicos que fizeram a avaliação ambiental deve ser somente do engenheiro de segurança ou do médico do trabalho. Portanto, o PPP será o documento utilizado no INSS para o requerimento do direito à aposentadoria especial, e todo o trabalhador pode requisitar o PPP dentro da empresa em que trabalha, pois trata-se de um documento atemporal, assim como o LTCAT, e traz o histórico de toda a atividade laboral do trabalhador. 20/11/2023 20:28 Versão para impressão about:blank 30/30 Encerramento O SESMT utiliza a documentação para fins de proteção e resguardo legal nas empresas onde atua. O profissional da área de segurança do trabalho deve conciliar o trabalho prático realizado diariamente com a rotina documental, importante e necessária ao exercício seguro da profissão e à manutenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores envolvidos. De acordo com a NR-1, todos os documentos da área de saúde e segurança do trabalho poderão ser arquivados no formato digital. Alguns terão caráter obrigatório, outros serão facultativos, e cada empresa vai definir a partir do seu processo de gestão a melhor forma de arquivar os documentos que não contêm a digitalização obrigatória: se vai permanecer na forma digital ou será na forma física. Caberá ao profissional de saúde e segurança do trabalho analisar a situação da empresa para estabelecer isso. Por essa razão, torna-se imprescindível o conhecimento técnico, o estudo e a atualização constante dos itens referentes aos documentos exigidos pela atual legislação. (#topo) Com as mudanças na legislação e a implementação do e-Social, o PPP passará a ser um documento eletrônico. Essas mudanças iniciam de forma gradual a partir de 2022.