Prévia do material em texto
Plano de Estudo Conteúdos Módulo 1 - Hermenêutica: Aspecto Histórico. Módulo 2 - Hermenêutica: Aspecto Técnico (quanto ao agente). Módulo 3 - Hermenêutica: Aspecto Técnico (quanto à natureza e efeitos). Módulo 4 - Hermenêutica: Aspecto Filosófico. Módulo 5 - Ciência da Hermenêutica Jurídica, Teoria Geral da Hermenêutica e Sistema Jurídico. Módulo 6 - Metodologia da Ciência da Hermenêutica Jurídica. Módulo 7 - A Hermenêutica e a Interpretação do Direito. Módulo 8 - Modos de Integração do Direito Básica FRANÇA, Rubens Limongi. Hermenêutica jurídica. 8ª ed. São Paulo: RT, 2008. MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. 19ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006. STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica jurídica em crise. 8ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008. De origem grega, a Hermenêutica (hermeneuein) é tida como filosofia da interpretação, sendo associada ao deus grego Hermes, que traduzia tudo o que a mente humana não compreendesse, sendo chamado de “deus-intérprete”. - Possui alguns significados diferentes de acordo com o tempo, passando de “compreender o significado do mundo” e chegando “ é a teoria científica da arte de interpretar” Histórico do significado A expressão latina ars interpretandi (a arte da interpretação), foi substituída na teologia protestante, pelo termo hermenêutica. - Na Antigüidade grega, a hermenêutica relacionava-se com à gramática, à retórica e à dialética e sobretudo com o método alegórico, para permitir a conciliação da tradição (os mitos) com a consciência filosoficamente esclarecida. - Mais tarde, a arte da interpretação foi assumida por teólogos judeus, cristãos e islâmicos, além de ser aplicada a interpretação do Corpus iuris canonici (corpo da leis canonicas) . Isso mostra que a hermenêutica, já entendida como a arte da interpretação, se tornava presente cada vez que a tradição entrava em crise, sobretudo na época da Reforma Protestante.4 - Na filosofia contemporânea, a hermenêutica é um dos temas polêmicos, uma vez que tradicionalmente a filosofia se ocupa com a descoberta das essências, entendendo-se aqui essência como verdade, como aquilo que pode ser cognoscível (aquilo que pode ser conhecido) . Platão considerava hermenêuticos os próprios poetas, hermenes ou intérpretes das divindades, enquanto vários pensadores compreenderam a obra de Homero alegoricamente. Santo Agostinho via o Antigo Testamento também desta forma, compreendendo-o simbolicamente, através de conceitos herdados dos filósofos neoplatônicos. Esta linha de pensamento se manteve durante toda a Era Medieval. Este método foi adotado mais claramente depois da Reforma. Este termo, ‘hermenêutica’, foi criado em 1654 por J.C. Dannhauer, exposto em sua obra Hermeneutica sacra sive methodus exponendarum sacrarum litterarum. Os Protestantes se valeram desta metodologia para melhor combaterem o Catolicismo, apegando-se para isso ao sentido literal das Escrituras, alegando retomar assim o significado original dos ensinamentos de Jesus, deformado pelo clero romano e pela escola filosófica conhecida como Escolástica. O filósofo Espinosa considerava que o modelo interpretativo da Bíblia podia ser estendido racionalmente para a compreensão de tudo, associando em um esforço comum a crítica bíblica e a História. Hermenêutica Jurídica A hermenêutica no campo jurídico é empregada para dizer o meio e o modo por que se devem interpretar as leis, para que dessa forma se obtenham o exato sentido ou o fiel pensamento do legislador. Dessa forma, ela está encarregada de elucidar a respeito da compreensão exata da regra jurídica a ser aplicada aos fatos concretos, ou seja, é responsável pelo estudo e sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito