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Documentos de identi�cação e de perícia: laudo pericial
Prof. Marco Antonio dos Santos Rodrigues
Descrição O desenvolvimento da documentoscopia e sua prática no campo do conhecimento da criminologia.
Propósito Conhecer os aspectos que envolvem a elaboração de uma perícia grafotécnica, o que é de fundamental importância para os alunos que
atuarão no campo do saber jurídico, pois fornecerá uma visão geral e específica das leis que fundamentam o exame pericial, permitindo
uma real compreensão dos limites de atuação e das possibilidades de conclusões dos peritos, nos casos de fraudes documentais.
Preparação Antes de iniciar a leitura do conteúdo, tenha em mãos o Código de Processo Civil, que será útil para o seu estudo.
Objetivos
Módulo 1
Documentos de identi�cação e de perícia
Reconhecer os conceitos básicos sobre a perícia documentoscópica.
Módulo 2
Laudo pericial
Analisar a fundamentação legal sobre os exames periciais e os principais elementos
de um laudo pericial.
Introdução
Fraudes e falsificações são práticas realizadas desde os primórdios da humanidade. Suas causas são diversas,
como desvio de personalidade, poder, vaidade, dentre outras. Mas este não será o objeto do nosso estudo. Neste
curso, você terá contato com uma gama de conhecimentos que são utilizados para auxiliar a Justiça na
identificação dos tipos de fraudes e identificação de autenticidade e autoria de falsificadores.
No primeiro módulo, você será apresentado aos conceitos inerentes à criação gráfica, como a morfogênese, que é o
mecanismo fundamental das operações que produzem o grafismo, bem como ao gesto gráfico e a seu
desenvolvimento e variantes, e às fases de evolução do grafismo. Em seguida, serão abordados os princípios, os
postulados e as leis que fundamentam cientificamente todo o trabalho realizado pelo perito grafotécnico.
Finalizando o primeiro módulo, trataremos das principais causas de modificação do grafismo e dos tipos mais
comuns de falsificações.
No segundo módulo, você conhecerá os aspectos legais referentes aos exames periciais e as partes constituintes
do laudo pericial bem como os procedimentos que os peritos devem adotar na análise das peças questionadas e na
coleta dos padrões a serem analisados.
1 - Documentos de identi�cação e de perícia
Ao �nal deste módulo, esperamos que você reconheça os conceitos básicos sobre a perícia documentoscópica.
Criação grá�ca
Iniciação e produção do gra�smo
Morfogênese
O estudo da morfogênese está fundamentado nas atividades dos órgãos centrais do sistema nervoso, no qual o cérebro
e a medula comandam alguns sistemas de nervos, entre eles os que atuam principalmente na criação do grafismo.
O sistema nervoso periférico é o que age com grande importância na criação do grafismo, através de duas espécies de
nervos: os sensitivos e os motores. Os sensitivos levam informações ao cérebro por meio dos cinco sentidos, e os
motores conduzem as instruções do cérebro aos músculos para a execução dos movimentos. Na criação do grafismo,
os respectivos nervos atuam da seguinte forma:
O sistema nervoso periférico e a criação do grafismo.
Podemos dizer então que a morfogênese é o mecanismo fundamental das operações que produzem o grafismo. A
morfogênese se estrutura da seguinte forma:
Gesto grá�co
É o movimento coordenado dos músculos na execução de um grafismo. Veremos a seguir como o gesto gráfico é
dividido:
Coordenação dos movimentos
É o fenômeno de adaptação, pelo qual os músculos se contraem e se distendem para, em combinação com os demais
elementos anatômicos, produzirem grafismo. Quando a coordenação é normal e desenvolvida, produz ritmo, criando
imagem gráfica rítmica, enquanto a coordenação anormal ou confusa produz escrita com alterações involuntárias
afastando a grafia do seu tipo ideal. A coordenação regular do movimento atinge seu máximo com o exercício
continuado. Contudo, estudos têm demonstrado que esse desenvolvimento máximo está em íntima relação com as
 Morfologia
Mentalização ou ideação da linguagem gráfica.
 Gênese
Planejamento ou criação de um conjunto gráfico.
 Sinergia
Associação de diversos órgãos para a execução de um grafismo.
condições individuais, tais como o temperamento mais ou menos nervoso; a reação intelectual mais ou menos pronta; a
maior ou menor sensibilidade, entre outros aspectos.
Rapidez dos movimentos
São variações de velocidade ocorridas no gesto gráfico e transmitidas ao grafismo. Experiências demonstram que a
rapidez dos movimentos obedece a um desenvolvimento do gesto gráfico, crescente e decrescente, em que a maior
intensidade se localiza na porção mediana do grafismo. Dessa forma, podemos afirmar que todo o movimento começa
e termina em uma progressão crescente e decrescente de velocidade; cada mudança de sentido, ainda que seja
graduada, geralmente provoca uma parada parcial, diminuindo a rapidez do movimento, como observaremos na imagem
em seguida:
Análise de rapidez do movimento do grafismo.
Precisão dos movimentos
Está nitidamente condicionada à coordenação e à sensibilidade, sendo esta representada pela visão e pelo tato. Se, por
um lado, a coordenação imprime ao registro um ritmo, por outro, a sensibilidade, através da visão, participa da harmonia
do movimento na sua expressão final, e o tato colabora regulando a extensão e a direção do movimento.
In�uência motora das emoções e ideias
É a divergência que existe entre o tempo de planejamento no cérebro e o tempo de execução dos músculos na produção
do grafismo. A ideia é muito mais rápida que a mão que escreve. Bastaria esse fato para afirmarmos que não haverá
duas assinaturas iguais, mesmo que sejam do mesmo indivíduo. Haverá, sim, elementos genéticos ou individuais
coincidentes. A ausência de variações (entre duas assinaturas) é indício seguro de falsificação por cópia transparente
ou reprodução mecânica. Sempre haverá um símbolo ou mesmo um traço indicativo de qualquer diferença entre dois
padrões de autenticidade indiscutível. Analise agora as figuras seguintes, que exemplificam duas assinaturas
produzidas pela mesma pessoa em momentos distintos:
Assinatura autêntica aposta no cartão de registro provisório do CREA n° 881038947/AP emitido em 09/11/1988.
Apesar de divergências formais, os peritos irão buscar elementos genéticos específicos em cada uma das assinaturas
para conformação da autenticidade, como analisaremos também na imagem seguinte:
Assinatura autêntica aposta na carteira de trabalho n° 82151 série 053 RJ aposta em 23/05/1987.
Fases
A fase gráfica ou idade gráfica é o ciclo de evolução escritural. Sua classificação será decorrente da capacidade de
evocação (mentalização), ideação (planejamento) e execução (sinergia). Observe a seguir como essas três fases estão
divididas:
Nos estágios iniciais de aprendizado, todos passam pela fase primária da escrita, quando, por diferença de
natureza psicográfica ou caligráfica, deixamos registrados indícios desses estágios, que são:
Simbólica: quando a escrita é produzida por escritor que, ignorando o alfabeto, supre essa lacuna valendo-se de
símbolos (cruzes, círculos, secantes, signo de Salomão etc.) como representação gráfica.
Analfabetos: quando a escrita não possui um tipo próprio; os escritores copiam, imitam e, às vezes, representam
por símbolos.
Semialfabetizados: quando a escrita resulta de punho que está se iniciando na escrita. São os tipos escolares:
canhestros e rústicos.
É fruto da perfeita conjugação das três fases de produção do grafismo, representa a maturidade gráfica. É nessa
fase que se revelam, na plenitude de suas infinitas caracterizações, os elementos de ordem genético-formal ou
se individualiza o traço, tais como: as relações de proporcionalidade, as marcas típicas do peso da escrita, as
constantes linhas de projeção gráfica e a tendência. Pode-se dizer que a pessoa possui o punho automatizado.
Fase primária 
Fase secundária 
É a fase em que o escrito se apresenta em decadência. Divide-se em:Senil: face à diminuição natural da energia vital, os elementos motores deixam de responder, de pronto e com
fidelidade, aos impulsos emanados do cérebro. Essa deficiência provoca alterações nos movimentos voluntários
do gesto gráfico, dando origem a tremores e claudicações, conforme se verifica constantemente.
Patológica: escrita que apresenta alterações pela saúde deficiente do escritor. Resultado de falhas em qualquer
fase da produção do gesto gráfico, oferece deformações caligráficas, psicográficas, ou ambas, cumulativamente.
Como exemplo, podemos citar a doença de Parkinson.
Veja, na tabela a seguir, um resumo das principais características de cada uma das fases apresentadas:
Fases gráficas Principais características
Primária
Lentidão na execução do registro: velocidade uniforme.
Os símbolosapresentam formas rústicas.
Confusão literal.
Secundária
Desaparecimentodos tremores e claudicações.
Proporcionalidade no tamanho dos símbolos (calibre) e nos espaçamentos entre
esses, bem como entre as palavras.
O escrito apresenta diferentes velocidades na sua execução.
É definida no escrito uma linha de base em relação à pauta.
Terciária
Aglutinação dos símbolos.
Aparecimento de traços sem formas definidas.
Dificuldade em manter o instrumento sobre a superfície.
Os escritos se apresentam desalinhados em relação à pauta.
Tabela: Principais características das fases gráficas.
Sentido
É a orientação dada pelo escritor na manifestação do gesto gráfico. A verificação pode ser resumida na observação de
onde se origina o movimento e para onde ele se destina. Os sentidos mais facilmente identificados são:
Fase terciária 
Ascendente: quando o gesto gráfico se desloca no sentido de ascender.
Descendente: quando o gesto gráfico se desloca no sentido descendente.
Dextrovolvente: quando o gesto gráfico se desloca da esquerda para a direita no sentido de envolver.
Sinistrovolvente: quando o gesto gráfico se desloca da direita para a esquerda no sentido de envolver.
Princípio fundamental – postulado e leis do
gra�smo
Noções gerais
Grafística – grafotecnia ou perícia gráfica – é o capítulo da Documentoscopia que tem por objetivo verificar a
autenticidade ou determinar a autoria dos grafismos.
Solange Pellat (1930) dividiu o estudo da escrita em dois campos distintos, como observaremos em seguida:

Grafonomia
A escrita seria estudada teoricamente, como
nas suas causas, as características,
modificações etc.

Grafotécnica
Aqui, seria tratada a sua aplicação prática, para
revelação das qualidades temperamentais do
escritor. Nesse caso, ela se confundiria com o
conceito generalizado da grafologia.
Antes de abordamos as leis do grafismo, faz-se necessário fixar o conceito de escrita e de grafismo.
Em geral, a escrita é definida como a representação gráfica do pensamento. Em conceito amplo, abrange as
mecanografias e até mesmo a pintura. Em sentido mais restrito, quando se trata daquela escrita resultante do gesto
executado pelo homem na fixação de suas ideias, trata-se de “grafismo” ou “manuscrito”.
Como salienta Del Picchia Filho et al. (2016, p. 126), “para o grafotécnico, porém, não basta um sinal gráfico representar
uma ideia para se julgar diante de um grafismo. Será indispensável que as representações gráficas contenham
características suficientes à sua identificação.”
A profunda observação do funcionamento do mecanismo fundamental das operações que produzem o grafismo
permitiu a Solange Pellat (1930), que procurou demonstrar, a partir de Les Lois de L´écriture, a existência de várias leis
que regem os grafismos. Foi estabelecido um postulado geral e quatro leis básicas.
Grafotecnia
Neste vídeo, o especialista discorre sobre o que é a grafotecnia e sobre os diversos aspectos do grafismo e suas leis.


Princípio geral de Pellat
Segundo Del Picchia Filho et. al (2016, p.126 ), a escrita é individual e inconfundível e suas leis independentes do
alfabeto utilizado para a sua produção.
O enunciado desse princípio é perfeitamente válido, sabendo-se que, para o estudo de escrito, necessário se torna a
análise das qualidades intrínsecas do traço, e não exclusivamente de sua forma. Desse princípio emana a
universalidade das leis do grafismo, como veremos a seguir:
Primeira lei
O gesto gráfico está sob a influência imediata do cérebro. A sua forma não é modificada se o órgão que aciona o instrumento escritor se
encontra suficientemente adaptado a sua função. (DEL PICCHIA FILHO et al., 2016, p. 126).
Segunda lei
Quando alguém escreve, o seu “EU” está em ação, mas o sentimento quase inconsciente dessa ação, passa por alternativas contínuas de
intensidade, entre o máximo, onde existe um esforço a fazer, e o mínimo, quando esse esforço segue o impulso adquirido. (DEL PICCHIA FILHO
et al., 2016, p. 126).
Terceira lei
O grafismo natural não pode ser modificado voluntariamente senão pela introdução, no traçado de características de esforço dispendido. (DEL
PICCHIA FILHO et al., 2016, p. 127).
Quarta lei
Quando, por quaisquer circunstâncias, o ato de escrever se torna particularmente difícil, o escritor instintivamente dá às letras as formas que lhe
são mais familiares e mais simples, esquematizando-as, de modo que lhe seja mais fácil executar. (DEL PICCHIA FILHO et al., 2016, p. 127).
Em decorrência do princípio geral, pode-se afirmar que não existem dois grafismos iguais, podendo um sempre ser
distinguido do outro, não obstante existam classes de grafismos em que as escritas se mostram muito mais
estereotipadas. A individualidade gráfica é princípio que decorre não só de razões teóricas, como constitui afirmação
prática, como relata Del Picchia Filho et al. (2016, p. 128).
As leis dos grafismos são aplicáveis a qualquer tipo de alfabeto utilizado pelas diferentes culturas. Del Picchia Filho et
al. (2016, p. 129) registra que “os alfabetos são criações do espírito humano”. A sua individualização pode ser
desafiadora em alguns, mas, em todos, ela existe, aplicando-se as leis do grafismo. Desta forma, não importa o alfabeto
utilizado pelo homem para que se possa reconhecer e individualizar sua escrita.
Brewester (1933), autor do livro Contested documents, relata inúmeros casos de falsificações de escritas em diversos
alfabetos indianos. Para os peritos daquele país, familiarizados com os referidos alfabetos, a tarefa de identificação
resultante é simples. Para nós, seria desafiadora. Por conseguinte, a familiarização com o alfabeto é exigência
necessária para casos de determinação de autoria como afirma Del Picchia Filho et al. (2016).
Como interpretar ou valorar determinadas características, sem saber se peculiares ao indivíduo ou pertinentes à própria
esquematização curial. A seguir, observe alguns exemplos do que acabamos de abordar:
Assinatura hebraica – Questionada. Assinatura hebraica.
Padrão: material gráfico.
Agora, veremos dois exemplos, em que a primeira imagem é um exemplo de assinatura de chinês cuja autenticidade foi
determinada sem quaisquer ressalvas, vendo-se a absoluta conformidade em todos os componentes grafocinéticos
relevantes com os paradigmas da segunda imagem, observe a seguir:
Del Picchia Filho et al., 2016, p. 131.
Del Picchia Filho et al., 2016, p. 131.
Primeira imagem – assinatura questionada. Segunda imagem – Padrão.
Modi�cações no gra�smo
A escrita, quanto à sua forma, pode sofrer modificações por três espécies de causas:

involuntárias

voluntárias

patológicas
As causas involuntárias se distribuem por dois grupos: os normais e os acidentais. As modificações formais
decorrentes das causas involuntárias normais são as que dizem respeito à própria evolução e posterior involução do
gesto gráfico.
A escrita, do início do aprendizado até sua plena efetivação, formalmente, passa por vários patamares, como o da
escrita canhestra, que constitui mais uma cópia de modelos do que propriamente escrita; o da escrita escolar, quando o
escritor já abandona os modelos e escreve, ainda com relativamorosidade, caligrafando as formas e, finalmente, o da
automatização, quando o escritor redige com grande dinamismo, emprestando ao gesto gráfico sua própria
individualidade.
A partir dessa última fase, que constitui o apogeu da escrita, com a idade avançada, perde-se a tonicidade somática do
órgão escritor e, com a maior lentidão dos reflexos, a escrita involui, aproximando-se, às vezes, da primária. É a escrita
senil.
A escrita pode ser alterada em função de causas que independem da vontade do escritor.
Essas causas são de duas naturezas: as intrínsecas e as extrínsecas.
Entre as causas intrínsecas, as emoções, alterando o comportamento psicossomático, motivam modificações mais ou
menos profundas no grafismo, como observaremos a seguir:
Aumentando com a aceleração da circulação e, consequentemente, com maior irrigação no cérebro, aumenta
também, geralmente, a velocidade do lançamento.
Em contraposição à euforia, relaxando o sistema muscular e cerebral, às vezes, dependendo da pessoa,
determina redução no dinamismo gráfico.
Aumentando a tensão nervosa, resulta em uma escrita pesada, de grande extensão, podendo serem desprezadas
as ligações entre os caracteres.
A atenção no ato de escrever pode ter maior ou menor intensidade e influi no gesto gráfico. Quando se presta
muita atenção no ato de escrever, a escrita tem velocidade menor do que a habitual, as formas são bem-feitas e
Euforia 
Depressão 
Pavor 
Atenção 
lançadas com firmeza. Diminuindo a atenção, a escrita já se torna mais rápida, como se o escritor tivesse pressa
em terminar o texto e, com isso, as formas ficam seriamente prejudicadas, chegando a ponto do lançamento se
tornar ilegível.
Derramamento forte de adrenalina na corrente sanguínea altera as condições dos sistemas somáticos e
cerebrais. Em razão disso, a escrita é feita com traços fortes; com grande pressão do punho, eles são amplos, e
as ligações podem desaparecer.
Modificando o comportamento físico e mental do escritor, provoca alterações mais ou menos graves na forma
gráfica. Nos casos mais agudos, o escritor sequer tem possibilidade de escrever.
As causas extrínsecas são as alheias ao sistema produtor da escrita cerebral e muscular. São inúmeras as causas
desse tipo, razão pela qual serão citadas as mais frequentes:
Mau estado do instrumento escrevente: obrigando o escritor a fazer grande esforço para escrever.
Posição incômoda no ato de escrever: há pessoas, por exemplo, que não sabem escrever em pé.
Suporte inadequado: escritas feitas em superfícies ásperas ou irregulares, como paredes, ou em suporte de
tamanho reduzido, que obriga a aglutinação dos lançamentos.
Iluminação inadequada: obrigando o escritor a um esforço visual muito grande.
O calor: gerando um relaxamento da musculatura.
O frio: provocando a perda da elasticidade do sistema somático.
As causas voluntárias são as modificações que, propositadamente, o autor introduz na sua escrita habitual, seja quando
disfarça, seja quando imita a escrita de terceiros.
As causas patológicas acarretam deformações na estrutura da escrita e podem ser passageiras ou irreversíveis,
dependendo da natureza e da intensidade do morbo. O assunto foi estudado pela primeira vez, de modo mais
sistemático, por Rogues de Fursac, em seu livro Les écrits et les dessins dans les maladies nerveuses et mentales
(1905). Neste sentido, o autor distingue dois tipos de alterações nas escritas em consequência de moléstias nervosas:
Alterações da função motriz
Proveniente da mecânica muscular.
Alterações da função psíquica
Proveniente do cérebro.
No primeiro caso, encontram-se as modificações provocadas pela choreia ou coreia. O termo Choreia deriva da palavra
grega χορεία (dança). A choreia é caracterizada por movimentos involuntários e rápidos que se assemelham a uma
dança, fazendo parte do grupo de desordens neurológicas denominadas discinesia (BHIDAYASIRI; TRUONG, 2004). Tais
movimentos deformam a grafia e, dependendo do grau de intensidade, pode até levar à impossibilidade de escrever, à
agrafia.
Ira 
Embriaguez 

A ataxia, nome dado a uma disfunção motora, altera a função coordenadora e afeta o domínio do movimento. A escrita
perde o ritmo e apresenta caracteres de proporções desmedidas. Surgem tremores verticais e horizontais.
O tremor vertical é próprio do alcoolismo crônico. O tremor horizontal é típico das escritas envelhecidas e da doença
conhecida como Mal de Parkinson, que causa a diminuição do calibre das letras, na tentativa de o paciente evitar os
tremores.
As alterações de ordem psíquica são o esquecimento das imagens gráficas, a regressão da qualidade do grafismo e a
morfologia extravagante. O esquecimento dos moldes gráficos ocorre nos casos de demência e de epilepsia. Já na
regressão, a escrita se desproporciona, se despersonaliza e volta aos moldes primários colegiais.
Sob a influência da excitação cerebral, a escrita, em certas doenças mentais, pode ser rápida e dinâmica. Na depressão,
ao contrário, lenta e arrastada.
Segundo os grafopatologistas, as doenças que afetam o estômago, o fígado, o sistema
gastrointestinal, o coração e o útero têm reflexos na forma da escrita. Essas alterações,
todavia, na maioria dos casos, são passageiras, perduram apenas durante a enfermidade.
Desaparecidas as causas, cessam os efeitos. Essas manifestações têm uma característica
especial, inerente à enfermidade, que não provocam nos seus grafismos as mesmas
circunstâncias que podem ocorrer nas das pessoas normais.
Pellat, em suas obras Les lois de L´escriture (1930) e L´education guidée par la graphologie (1906), sintetizou os
seguintes fenômenos, como incidentes no gesto gráfico de pessoas em quadros mórbidos, somáticos ou mentais:
É a perda da faculdade escritural.
É o registro de palavras inadequadas ou desconexas.
É a impossibilidade de escrever durante um espasmo.
É a aversão à escrita, comum em casos de depressão melancólica.
Agrafia 
Paragrafia 
Mogigrafia 
Grafofobia 
Tartamudez gráfica 
É a desfiguração das palavras pela repetição ou modificação das letras.
É a redução do tamanho das letras, frequente nos portadores de mal de Parkinson e da encefalite letárgica.
É a escrita dos histéricos – caracteriza-se pelo registro incorreto das palavras, que predominam em certos traços
no início de letras.
É o au mirroir, que é o lançamento feito de trás para a frente, com letras invertidas, tornando a leitura possível
através de um espelho.
É também denominada “graforreia”, pessoa que escreve continuamente, até expressões desconexas, ou produz
rabiscos em qualquer papel, falando ao telefone, por exemplo, como se o gesto gráfico fosse uma imperiosa
necessidade psicossomática.
É o fenômeno semelhante em que a pessoa escreve cartas anônimas até para pessoas desconhecidas. Tem
como característica não confessar a autoria (n´a vous jamais) e, quando desmascarada, a anomalia se
exterioriza sob outra forma, não mais escrevendo cartas anônimas.
Tipos de falsi�cações
A falsificação é um tipo de fraude documental, que se subdivide, como assevera Del Picchia Filho et al. (2016), em cinco
tipos básicos, como enumerados a seguir:
falsificações sem imitação;
falsificações de memória;
Micrografia 
Acatagrafia 
Escrita em espelho 
Grafomania 
Anonimografia 
falsificação por imitação servil, ou com modelo à vista;
falsificação por decalque;
falsificação por imitação livre ou exercitada.
Falsi�cação sem imitação
A falsificação sem imitação é a reprodução de assinatura, sem se procurar dar a forma da legítima, que se desconhece.
É o processo de falsificação usado por falsários eventuais ou primários. O falsário pode lançar o nome de outrem, quer
escrevendo-o com sua grafia corrente, quer disfarçando-a. São as chamadas “falsificações sem imitação e sem
disfarce”, ou “falsificações sem imitação, com disfarce”. Essa distinção interessa apenas quando se indaga da autoria
gráfica e não para determinar a falsidade.
Para se cogitar da eventualidadeda falsificação sem imitação, será necessário, em primeiro lugar, que haja integral
dessemelhança formal entre as assinaturas questionadas e os padrões autênticos. As divergências morfológicas
caracterizam a falta de imitação. Não são suficientes, porém, para permitir a conclusão de falsidade. Esta terá que se
apoiar em outros elementos, tais como:
Geralmente, as falsificações sem imitação oferecem quadro de integral diferenciação, quer nos elementos de ordem
morfocinética, quer nos característicos específicos do traçado, quer nas qualidades gerais. Essas características podem
ser observadas nas figuras seguintes:
 Cinetismo
É obrigatoriamente distinto. Ainda que possam aparecer analogias acidentais, predominarão, acentuadamente, característicos
grafocinéticos antagônicos.
 Qualidade do traçado
Em regra, as características dessa natureza manifestar-se-ão em antagonismo; somente quando, por acaso, o falsificador possuir
grafismo da mesma classe do da vítima, aparecerão convergências nesse particular.
 Qualidade gerais do gra�smo
É na maioria dos casos o predomínio franco das divergências. Algumas características dessa natureza, porém, podem ser
encontradas dentro do quadro das semelhanças. Isso ocorrerá quando as analogias, por coincidência, repetem-se nos grafismos
do falsário e da vítima.
Na imagem, observamos uma falsificação sem imitação.
Na imagem, observamos uma assinatura autêntica-padrão.
Na imagem, observamos uma falsidade sem imitação (falsa, acima; padrão, abaixo).
Falsi�cação de memória
A falsificação de memória é aquela em que o falsário, estando familiarizado com a assinatura de sua vítima, procura
reproduzi-la sem ver o modelo, valendo-se da memória.
Neste tipo, o falsário guarda de memória os gestos mais aparentes da assinatura que vai reproduzir, como as letras
iniciais, maiúsculas, as cetras – traços ornamentais que arrematam as assinaturas –, mas não memorizam o conjunto
todo. As falhas dos falsários são de duas naturezas:
Morfológicas
Alguns feitios gravam-se na mente do
falsificador, e ele os reproduz. Outros, porém,
são esquecidos. A substituição se processa
com emprego de formas diferentes. Coexistem,
assim, semelhanças e diferenças
morfológicas.
Ortográ�cas
Outras vezes, o falsificador não guardou bem a
ortografia do escritor-vítima. Daí o emprego de
palavras ou assinaturas com ortografias
distintas. Tais erros são frequentes nos
vocábulos de consoantes geminadas. Às
vezes, até prenomes ou sobrenomes são
suprimidos.
O traçado dessas falsificações é híbrido, há traços morosos, aqueles que estão sendo reproduzidos pela memória e
outros mais rápidos, que são resultantes da própria escrita do falsário. Para que uma assinatura falsificada possa ser
classificada como falsidade de memória, será indispensável que:
1. as formas gráficas mostrem, concomitantemente, semelhanças e diferenças;
2. a gênese gráfica divirja;
3. a qualidade do traçado, na grande maioria dos casos, seja antagônica; só em alguns casos excepcionais, e por
mera coincidência, haveria correspondência;
4. em regra, predominem divergências nas características de ordem geral, podendo, contudo, haver um ou mais
de um semelhante. Em casos excepcionalíssimos, a concordância de todos os elementos genéricos seria
admissível, sem qualquer prejuízo do diagnóstico.
Como exemplos de falsificação de memória, apresentamos as figuras a seguir:
Falsa (imitação de memória). Falsa (imitação de memória).
Veja outro exemplo de falsificação de memória, agora com a assinatura padrão:
Assinatura padrão.
Falsi�cação por imitação servil

A falsificação por imitação servil é o mais pobre dos processos: o falsário, fiel a um modelo, o reproduz no documento
que está forjando. O imitador fica escravizado ao modelo. Daí a qualificação “servil”. Outros especialistas a denominam
de “falsificação com modelo a vista”.
A tarefa de copiar um lançamento não é fácil. Depois de cada gesto produzido, o falsário é obrigado a parar e olhar o
modelo, voltando a fazer outro trecho do lançamento. Nesse tipo de falsificação, deverão ser observadas as seguintes
características:
I
Semelhanças formais
II
Diferenças grafocinéticas
III
Defeitos aparentes no traçado
IV
Semelhanças e diferenças no traçado
Como consequência desse fato, além do lançamento ficar moroso e arrastado, pode-se observar a parada do
instrumento escrevente em sítios que no modelo não ocorrem. Para realizar alguns movimentos, o falsário vacila,
resultando um traço hesitante e trêmulo.
A comparação do produto de uma imitação servil com a assinatura legítima mostra fragrante diferença na qualidade do
traçado e tal discrepância dos elementos genéticos. Em geral, diferem: 1) a velocidade; 2) a pressão; 3) o ritmo; e 4) o
dinamismo. Também podem apresentar modificações: 1) no andamento gráfico; 2) nos espaçamentos; 3) nas relações
de proporcionalidade gramática; 4) nas limitações gramáticas; 5) na inclinação de alguns eixos gramáticos; e 6) em
alguns valores angulares e curvilíneos. A inclinação geral da escrita e a calibragem quase sempre estão em
correspondência. Nas figuras seguintes podemos observar um pouco dessas alterações:
Evidências de tremores
Agora, analise o levantamento em local que, por si só, chama atenção e tem feições de anormalidade:
Imagem ampliada. Imagem ampliada em detalhe.
Analise na imagem a seguir a falsificação por imitação servil e padrões:
Falsificação. Duas assinaturas padrões.
Em regra, não se costuma realizar levantamentos no meio dos traços descendentes ou ascendentes. Esses serão
lugares frequentes de levantamentos anormais como a seguir:
Levantamento em locais improváveis.
Analise a seguinte imagem com assinalamentos das interrupções anormais detectadas em trecho de uma firma forjada:
Imagem ampliada em detalhe.
Agora, note a seguir as inúmeras interrupções:
Imagem ampliada. Imagem ampliada em detalhe.
Observamos nas imagens anteriores que as ampliações com luz rasante servem para confirmar e demonstrar as
evidências desta natureza. Particularmente, definem as paradas, uma vez que podem salientar os poços de maior
pressionamento, dentro do leito dos traços, efetivados com o instrumento estático, imóvel. Analise, em seguida, a
ilustração de pontos de parada em virtude do poço de pressão do bico parado da esferográfica:
Foto do verso de trecho da assinatura de emissão.
Falsi�cação por decalque
Consiste em produzir, por meio de lápis, carbono ou ponta seca, um esboço do escrito e, depois de afastada a matriz,
recobrir com tinta o debuxo orientador. Caracteriza-se pela uniformidade de pressão, irregularidade rítmica,
vagarosidade no andamento e presença de tremores e interrupções anormais.
Quando realizadas em série, são constatadas pelo dimensionamento exato de todas as reproduções, o que contraria o
fenômeno da variação natural, resultante da involuntariedade do gesto gráfico. Daí afirma-se que, quando dois escritos
são absolutamente iguais, um é cópia do outro, ou ambos, de um terceiro. Os decalques podem ocorrer de duas formas:
Direta
A matriz é colocada no verso do documento
em contato íntimo. Com forte foco luminoso
por baixo, a imagem da escrita, por
transparência, passará para o anverso da folha.
Recobre-se, então, essa imagem, consumando-
se o decalque.
Indireta
A matriz é colocada sobre o documento com
um material de transparência intermediário, em
regra, papel carbono. Usa-se, também, grafite,
com esfregaços no verso da matriz. Colocada
trecho adequado, faz-se pressão sobre o
traçado, com auxílio de ponta lisa resistente.
Veja a seguir os exemplos de diferentes decalques diretos e indiretos:
Decalque direto. Matriz.
Agora, veja, na prática, como a prova de superposição confirma que ninguém consegue executar duas assinaturas
exatamente iguais entre si:

Prova de superposição.
Em seguida, analise como essa figura reforça a inexistência de duas assinaturas autenticas iguais:
Pontos de divergências assinalados.
Sobreposição,deslocamentos decorrentes da tentativa de empreender
velocidade.
Analise também as seguintes imagens:
Decalque indireto. Matriz.
Falsi�cação exercitada
Este é o tipo mais perigoso e difícil de falsificação. O falsário se apossa de um modelo autêntico e, depois de cuidadoso
treino, o reproduz. Dependendo da habilidade do falsário, ele consegue um lançamento mais ou menos veloz.
O confronto de uma falsificação exercitada com o modelo mostra relativa coincidência na qualidade do traço, mas
discrepâncias nos elementos genéticos. Quanto aos elementos formais, pode haver certas semelhanças, sobretudo, nos
gestos mais aparentes.
Cabe salientar que alguns fatos gráficos, embora possam parecer ao leigo indicadores de falsidade, informam
justamente o contrário. Entre os mais comuns, estão:
O falsário procura munir-se de instrumentos gráficos em boas condições, que não lhe dificultem a delicada tarefa
de imitar grafismos estranhos. Assim, quando os defeitos derivam das condições precárias do instrumento
gráfico, grande será a probabilidade da escrita ser autêntica.
Instrumento gráfico defeituoso 
O falsificador não gosta de chamar a atenção sobre seu trabalho. Por isso, busca imprimir aspecto normal à
escrita, não reclamando para ela esforço maior de leitura; instrumento gráfico e tintas extravagantes – o
emprego de tinta vermelha, ou de lápis, não se justifica em alguns documentos. Sua utilização revela descuido,
quase inadmissível no trabalho de um falsário.
O falsificador revela incúria incomum, pois borrões e borraduras são praticamente inadmissíveis em um trabalho
fraudulento.
Como dito anteriormente, o falsário também deve evitar retoques ostensivos e recoberturas descuidadas para
não despertar atenção e mascarar a fraude o quanto possível.
Não havendo necessidade, o falsário dificilmente executaria esse trabalho; indicações como cruzetas ou ponto
do lugar onde assinar – em regra, o falsário sabe bem onde assinar, sem precisar de indicação.
O falsificador normalmente sabe onde apor as assinaturas, não as colocando em pontos inadequados.
Anteriormente vimos sobre as firmas em lugares impróprios, por isso, analise agora as figuras que exemplificam esta
modalidade de falsificação:
Imitação livre ou exercitada. Firma padrão.
Tintas apagadas ou muito pastosas 
Borrões e borraduras 
Retoques ostensivos e recoberturas descuidadas 
Repetição inútil da firma 
Firma em lugares impróprios 
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Situação problema: O perito Heráclito Manuel, foi convocado pelo Magistrado da 15° Vara Cível do Município de
Sumaré, interior de São Paulo, para atuar como perito do Juiz em um caso de possível falsificação de assinatura
aposta em um contrato de compra e venda de uma propriedade rural em nome de José Aquino Ferraz, em 15 de maio
de 2010. O senhor José Aquino Ferraz faleceu em 23 de agosto de 2010 de complicações cardíacas. Os herdeiros
ajuizaram a ação alegando que a assinatura de José Aquino Ferraz foi falsificada e pedem a anulação do contrato de
compra e venda e a reintegração da respectiva propriedade ao patrimônio da família. A parte promotora da ação alega
que a assinatura aposta no contrato é idêntica a uma outra assinatura aposta em outro contrato assinado e
reconhecido em cartório dois anos antes do fato em lide.
A partir da situação problema relatada e com base nas leis do grafismo, podemos afirmar que
Parabéns! A alternativa A está correta.
O princípio geral de Solange Pellat afirma que “a escrita é individual e inconfundível e suas leis independentes do
alfabeto utilizado para a sua produção”. Em decorrência deste princípio, não existe duas assinaturas iguais, cabendo
ao perito apresentar as diferenças características do grafismo. Caso as diferenças não existam, isso quer dizer que
uma das assinaturas é falsa.
Questão 2
Em relação ao tipo de falsificação apresentado na situação problema, pode-se afirmar que estamos diante de um caso
de falsificação
A
em decorrência do Postulado Geral, pode-se afirmar que não existe dois grafismos iguais, de modo que
o perito pode distinguir um do outro, e, no presente caso, estamos diante de um caso de falsidade.
B
em decorrência da 1° Lei de Solange Pellat, pode-se afirmar que é difícil distinguir um grafismo do
outro se foram produzidos pelo mesmo punho escritor.
C
em virtude da impossibilidade de coleta de padrão, por estar o autor morto, a perícia poderá ser
inconclusiva.
D
em decorrência da 2° Lei de Solange Pellat, pode-se afirmar que não existe dois grafismos iguais, de
modo que o perito pode distinguir um do outro, e, no presente caso, estamos diante de um caso de
falsidade servil.
E
em decorrência da 4° Lei de Solange Pellat, pode-se dizer que não existe dois grafismos iguais, de
modo que o perito pode distinguir um do outro, contudo, pela impossibilidade de coleta de padrão, a
perícia pode ser inconclusiva.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A falsificação por decalque, quando realizada em série, é constatada pelo dimensionamento exato de todas as
reproduções, o que contraria o fenômeno da variação natural, resultante da involuntariedade do gesto gráfico. Dessa
forma, pode-se afirmar que, quando dois escritos são absolutamente iguais, um é cópia do outro, ou ambos, de um
terceiro.
2 - Laudo pericial
Ao �nal deste módulo, esperamos que você analise a fundamentação legal sobre os exames periciais e os principais elementos
de um laudo pericial.
Aspectos legais do laudo pericial
A sem imitação.
B de memória.
C por imitação servil.
D por decalque.
E por imitação livre.
De uma forma geral, a prova pericial, segundo o Código de Processo Civil, consiste em exame, vistoria ou avaliação e
poderá ser determinada por ofício ou requerimento das partes. Será indeferida:
Caso o objeto da perícia envolva aspectos de maior complexidade, abarcando várias áreas do saber, o juiz nomeará
mais de um perito, haja vista a necessidade de que cada um seja especializado em sua respectiva área de
conhecimento (art. 475, CPC).
A produção da prova pericial poderá ser dispensada quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre
as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que forem considerados suficientes pelo
magistrado (art. 472, CPC).
O laudo deverá ser entregue no prazo fixado pelo juiz, com pelo menos vinte dias de
antecedência à data da audiência de instrução e julgamento (art. 477, CPC). Havendo justo
motivo, o perito poderá requerer ao juiz uma única vez, a prorrogação do prazo para entrega
do laudo, o que não excederá a metade do prazo originariamente assinado (art. 476, CPC).
Pretti (2017) ressalta que, caso a parte seja beneficiada pela gratuidade da justiça, e a perícia fique a cargo de órgãos e
repartições oficiais, o Código de Processo Civil não flexibiliza o prazo para cumprimento do encargo, devendo a
determinação judicial para realização da perícia ser cumprida “com preferência, no prazo estabelecido” (art. 478, §1°
CPC). Ou seja, caberá aos referidos órgãos e repartições oficiais, dentre as suas atividades, darem preferência à
realização da perícia de modo a concluí-la dentro do prazo judicialmente estabelecido. Em eventual prorrogação de
prazo (art. 478, § 2°, CPC), deverá ser observado o limite do art. 476.
Conteúdo do laudo pericia
Neste vídeo, o especialista explica o conteúdo do laudo pericial e seus diversos elementos.
 quando não houver a necessidade de conhecimento especial de técnico para prova do fato;
 quando o fato já estiver comprovado por outros meios de prova;
 quando a verificação for impraticável (art. 464, § 1°, CPC).

Em relação à estruturação do laudo pericial, Pretti (2017) relata que o art. 473 do Código de Processo Civil exige que o
perito judicial apresente:
O perito deve fazer uma explanação clara sobre os elementos que integram o objeto da perícia, destacando as
principais questões a serem esclarecidaspelo trabalho pericial.
O perito deve relatar detalhadamente e através de linguagem simples como desenvolveu o trabalho técnico ou
científico, de modo a permitir que o juiz, as partes e o Ministério Público compreendam todos os fundamentos
que o levaram a uma determinada conclusão.
O perito deve indicar e esclarecer o método utilizado para alcançar suas conclusões, comprovando qual
metodologia é a predominantemente aceita pelos especialistas dessa área do saber, esclarecendo e
demonstrando se o método é predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual
se originou – além de relatar a “análise técnica ou científica realizada”.
No laudo, o perito tem o dever de apresentar “respostas conclusivas” a todos os quesitos apresentados pelo juiz,
pelas partes e pelo Ministério Público. Somente não deverá responder aos quesitos impertinentes indeferidos
pelo magistrado. Também não terá o dever de apresentar, no laudo, respostas aos quesitos suplementares
formulados pelas partes durante o trabalho pericial, podendo optar por respondê-los apenas na audiência de
instrução e julgamento (art. 469, CPC).
A legislação prevê que, em caso de caracterização de deficiência no exame pericial, evidenciado por um laudo
inconclusivo, o juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia (art. 480, CPC), que
será regida pelas mesmas disposições estabelecidas para a perícia que a antecedeu (art. 480, § 2°, CPC).
Pretti (2017, p. 78) afirma que “a segunda perícia terá por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira,
suprindo omissões ou corrigindo inexatidões dos resultados decorrentes do trabalho pericial anterior”, conforme
previsto pelos legisladores no Código de Processo Civil (art. 480, §1°).
Cabe ainda um olhar esclarecedor sobre essa questão, pois a previsão legal contida no art. 480, § 3°, do CPC, estabelece
que “a segunda perícia não substituirá a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra”. Os especialistas
corroboram que a aplicação desta regra somente se concretizará quando os vícios forem sanáveis. Pois, no caso de o
trabalho pericial vier a ser considerado nulo, não há como se cogitar sua valorização pelo juiz, hipótese na qual a
segunda perícia certamente é realizada em substituição à primeira, como afirma Pretti (2017).
Podemos observar que inúmeras disposições regram a forma de realização do trabalho pericial e a confecção do
respectivo laudo, possibilitada, inclusive, a determinação de nova perícia. Desta forma, nas próximas seções iremos
A exposição do objetivo da perícia 
A análise técnica ou científica realizada 
A indicação do método utilizado 
Respostas conclusivas 
abordar e descrever o laudo pericial, de forma prática e com exemplos.
De uma forma geral, como afirma os peritos Falat e Rebello Filho (2021), o laudo pericial pode ser dividido nas seguintes
partes:
introdução;
objetivos;
descrição da peça de exame;
descrição do documento padrão;
exames realizados;
parecer;
anexos.
Essa divisão apresentada compõe as partes essenciais, é claro que cada perito tem a liberdade de adequar a forma, em
virtude do tipo de perícia realizada e da própria expertise do profissional.
Introdução da perícia
No conteúdo da introdução do trabalho pericial, deverão ser inseridas informações tais como: perito responsável pela
elaboração do trabalho, data da realização da perícia, identificação da parte contratante e, ainda, especificação do tipo
de laudo pericial a ser apresentado.
A introdução é um comunicado breve às partes interessadas no trabalho pericial e destaca o assunto que será abordado
no exame pericial.
Nessa etapa do trabalho pericial não é necessário um aprofundamento conceitual sobre o tipo de laudo que será
realizado, basta somente classificar de forma generalista, por exemplo: laudo pericial grafotécnico, laudo pericial
documentoscópico, parecer técnico em documentoscopia etc.
Nos casos em que os trabalhos sejam destinados ao âmbito judicial, devemos incluir na introdução os dados que
identifiquem os autos que deram origem à perícia e as partes envolvidas.
A seguir, será ilustrado um modelo de introdução utilizada para elaboração de laudo pericial
grafotécnico/documentoscópico destinado às vias judiciais:
MODELO DE INTRODUÇÃO
Aos vinte e oito dias do mês de março do ano de dois mil e nove, na Cidade do Rio de Janeiro, o perito infra-
assinado, Marcio Pereira Basilio, atendendo à nomeação do douto Juízo da Vara Cível de.... – Estado do Rio de
Janeiro, passa a realizar exames nas grafias objetos de questionamentos contido junto aos Autos n.° 0000/0000,
onde constam como REQUERENTE....... e REQUERIDO....... os quais estão descritos em tópico seguinte desta
perícia.
Após análise detalhada das peças em questão e utilização de todos os recursos necessários para o melhor
desempenho de nossas funções, apresentamos a seguir o resultado obtido mediante o presente Laudo Pericial
Grafotécnico:
(...)
Tabela: Modelo de introdução.
Adaptado de Falat e Rebello Filho, 2021, p. 15-16.
Exemplo de introdução utilizada para elaboração de Laudo pericial/Parecer técnico grafotécnico/documentoscópico
destinado às vias particulares, quando o perito é contratado para atuar com assistente técnico, ou realiza algum
trabalho de consultoria.
MODELO DE INTRODUÇÃO
Aos vinte e quatro dias do mês de janeiro do ano de dois mil e sete, na Cidade do Rio de Janeiro, o perito infra-
assinado, Marcio Pereira Basilio, iniciou o exame de análise de autenticidade gráfica, em atendimento à
solicitação do Sr. ........., passando a realizar exames dos documentos descritos em tópico seguinte deste parecer
técnico. Esgotados todos os recursos possíveis para melhor condução e elaboração do parecer técnico
grafotécnico/documentoscópico, passo a apresentar os resultados obtidos.
(...)
Tabela: Modelo de introdução.
Adaptado de Falat e Rebello Filho, 2021, p. 16.
Os textos utilizados para a composição das introduções são bastantes abrangentes, inclusive não especificando as
grafias ou documentos que serão objetos de análise, haja vista o detalhamento ocorrer no tópico referente à peça
questionada.
Objetivo da perícia
Nesta parte do laudo, o perito identificará e mencionará os objetivos a serem atingidos pela perícia. Dentro dos objetivos
estabelecidos para confecção do trabalho pericial, podemos encontrar duas ramificações: as perícias que detêm um
objetivo amplo e as que possuem objetivos específicos, predeterminados, ou seja, com quesitos a serem respondidos.
Em relação a essa questão, os especialistas classificam pelo tipo de solicitante do serviço pericial, que podem ser por
qualquer terceiro, ou por vias judiciais, como veremos a seguir:
Apesar das definições anteriores, lembramos que todas as observações efetuadas pelos profissionais responsáveis
pelas análises fazem parte do escopo da perícia, porém podem não ser os seus objetivos principais. A seguir,
apresentaremos alguns exemplos de construção de objetivos da perícia:
Exemplo Objetivo da Perícia
Caso 1
“Consiste na análise e pronunciamento acerca das assinaturas contidas nos
documentos inseridos junto à página 00 dos Anexos, conforme descrição em tópico
seguinte.”
Caso 2
“Consiste na análise e pronunciamento acerca das assinaturas contidas nos
documentos inseridos junto à página 72 dos Autos 2002.80.00.006538-2, conforme
descrição em tópico seguinte: (...)”
Caso 3
“Depreende-se do exame no documento contido junto à página 00 dos Autos
2022.70.00.005423-8 descrito em tópico adiante, visando ao pronunciamento acerca
da possibilidade de alterações no mesmo.”
Caso 4
“Pronunciar-se a respeito dos quesitos 001 a 005 formulados pela parte requerida,
conforme documento de número 000 contido junto aos Autos 0000/0000”
Caso 5
“O presente parecer tem o escopo precípuo de verificar a autoria do lançamento
gráfico à guisa de assinatura aposto ao final da peça apresentada para exame, e que
se encontra descritano capítulo abaixo.”
Tabela: Exemplos de construção de objetivos da perícia.
Descrição das peças de análise
Descrição da peça questionada
 Na contratação de um perito por terceiro qualquer, a fim de estabelecer a falsidade ou a autenticidade do grafismo, a adulteração
de documentos, ou qualquer outra ação não especifica com finalidade abrangente, entende-se que o objetivo se torna amplo em
relação ao tipo de questionamento. Nesse caso, caberá ao perito responsável pelo trabalho acrescentar ao conteúdo do mesmo
todas as considerações do documento analisado.
 Nas análises periciais advindas das vias judiciais, o objetivo é específico, predeterminado, ou seja, está compreendido entre os
quesitos formulados. Cabe ressaltar que nem sempre a totalidade das observações efetuadas pelo profissional faz parte do
objetivo da perícia. Dessa forma, a finalidade da perícia passa a ser entendida como a resposta aos quesitos formulados.
O trabalho efetivo da perícia inicia-se com a descrição detalhada da peça de exame, ou peça questionada; nessa fase do
exame pericial, o perito grafotécnico deve ter o máximo de cuidado e atenção.
Para procedermos à correta e completa descrição sobre a peça questionada, devem ser utilizados todos os recursos
disponíveis para análise do documento, com o intuito de visualizar toda e qualquer alteração ocorrida. Nesse momento,
os comentários deverão ser feitos tanto no papel-suporte quanto no grafismo a ser analisado.
De acordo com Falat e Rebello Filho (2021), geralmente os especialistas orientam segmentar a descrição da peça
questionada em duas etapas distintas.
A primeira refere-se ao momento em que abordamos somente o grafismo inserido na peça questionada, ou seja, nossas
atenções estarão voltadas exclusivamente para as alterações ocorridas no grafismo.
Observa-se a existência de recoberturas, borrões,
emendas, raspagens, tipo de instrumento escritor, tipo de
massa de tinta ou tinta líquida utilizada para lançar o
grafismo e, ainda, os aspectos gerais e genéricos
empregados na execução da escrita.
Nessa etapa, como assevera os peritos Falat e Rebello
Filho (2021, p. 19), “os comentários a serem efetuados
sobre o grafismo deverão ser abordados de maneira
superficial e genérica visando unicamente à descrição do
documento questionado”.
As considerações referentes ao exame propriamente dito, ou seja, à efetiva análise do documento, abordarão
minunciosamente todos os aspectos encontrados, os quais deverão ser comentados somente em tópicos específicos.
Posteriormente, em relação às considerações efetuadas quanto ao grafismo, a análise deverá abranger o estado físico
do documento apresentado, observando-se características como: alteração de pigmentação em um segmento do papel,
coloração do papel-suporte, dobras, recortes ou rasgaduras, desfibramento ou raspagens, recoberturas, colagens,
utilização de papel carbono, sulcos no documento questionado. São itens que deverão fazer parte da descrição do
papel-suporte, porém, conforme mencionado anteriormente, de maneira superficial, demonstrando apenas a
identificação de tais características.
A descrição do conteúdo visual da peça questionada, ou de exame, abrangerá ainda os aspectos mecânicos,
manuscritos, carimbos, corretivos e qualquer tipo de ilustração que possa estar contida no documento, como também
as características especificas dele, tais como: valor, data de emissão, número.
Observe o exemplo de parecer técnico a seguir e depois analise a descrição:
Documento questionado 1.
Partindo da ilustração, considerando ser ela a peça questionada, exemplificamos a seguir a descrição do documento:
Atenção!
“A peça de exame apresentada para análise trata-se de uma declaração manuscrita, em uma folha de papel A4, com instrumento escritor de tinta azul,
datada em 16 de setembro de 2005, e supostamente assinada por Renata Cristina Salles Santos, na qual consta o recebimento da quantia de R$
1.674,72, referente à rescisão de contrato de trabalho temporário prestado a empresa WR Terceirização Ltda., conforme ilustrado na foto anterior.”
Descrição da peça padrão
De uma forma geral, os especialistas em perícia documentoscopia orientam que a obtenção de padrões
contemporâneos aos apresentados através da peça questionada é de suma importância para a realização do trabalho,
haja vista a evolução encontrada no grafismo ao decorrer do tempo. Tal afirmação prende-se ao fato de obtermos
padrões originários de uma mesma época, enriquecendo, dessa maneira, a análise a ser efetuada, como afirma Falat e
Rebello Filho (2021).
A inexistência de padrões contemporâneos não inviabiliza a realização da perícia, considerando que, ainda que ocorra a
evolução do grafismo, encontram-se preservadas as características gráficas.
A análise pericial deve ser precedida por uma quantidade satisfatória de padrões a serem
confrontados, cabendo ao perito efetuar tantas diligências quantas forem necessárias para a
obtenção de tais espécimes. Quanto maior for o número de padrões ofertados ao confronto,
maior será a capacidade de observação das alternâncias naturais ocorridas no grafismo.
As diligências não se limitam a documentos de posse das partes. O perito deve buscar documentos que os envolvidos
possam ter produzidos em instituições em que tenham exercido algum tipo de atividade, além de documentos emitidos
por meio de órgãos oficiais, tais como: carteira de identidade, certificado de reservista, carteira de trabalho, título de
eleitor etc.
Atenção!
Uma atenção especial deve ser dada aos padrões fornecidos espontaneamente por terceiros, pois, obrigatoriamente, deve ter sua autenticidade
confirmada por confronto prévio.
O trabalho de análise pericial deve ser iniciado pelas peças padrões. O perito deve observar, identificar e relatar as
características gráficas generalizadas do grafismo, encontradas nos documentos utilizados como padrão, abordando
seus aspectos de legitimidade e unicidade. Neste momento, os peritos analisam documentos produzidos antes e após a
produção da peça de exame que deu origem à necessidade de exame pericial.
Dos tipos de assinaturas questionadas
No decorrer dos exames grafotécnicos, vários tipos de grafias serão objeto do trabalho pericial. Dessa forma, passamos
a abordar alguns tipos de assinaturas mais comumente encontradas em laudos grafotécnicos, descrevendo os
cuidados e a forma de serem analisadas durante o trabalho pericial.
Assinaturas simpli�cadas
Uma das dificuldades constatadas é com as assinaturas simplificadas, ou seja, aquelas em que os autores se utilizam
de “rabiscos” como sinais gráficos.
Em situações desse tipo, afirmam Falat e Rebello Filho (2021, p. 26-27):
“o perito sempre deverá aprofundar a sua análise nos movimentos peculiares do punho escritor, ou seja, como o punho
escritor desenvolveu o ponto de início da escrita, a trajetória observada no traço inicial, se os traços apresentam
tendência a curvaturas ou a movimentos retilíneos, como foi empregado o dinamismo, ou seja, a força e a velocidade
contida nos traços, bem como a qualidade geral empregada. Torna-se necessário também o confronto das proporções
longitudinais e angulares dos espaçamentos internos dos gramas”. Para entender melhor o conceito, analise o exemplo
a seguir:
Exemplo de aspecto da escrita.
No modelo que analisamos, podemos destacar as seguintes observações do perito identificadas pelos números 1 a 4:
1
O punho escritor efetuou um repouso do instrumento escritor sobre a superfície do papel-suporte antes da execução do movimento da escrita.
2
O punho escritor parece ter a tendência de efetuar movimentos em curvaturas mais fechadas na base e mais aberto na parte superior.
3
A grafia analisada apresenta uma visível inclinação destra.
4
O punho escritor apresenta hábito na produção de remates em forma desvanecência.
No exemplo apresentado anteriormente, em relação ao dinamismo, constata-se que o punho escritor parece utilizar-se
de movimentos com maior velocidade nas zonasmedianas das figuras, refreando na execução dos movimentos que
invertem os sentidos.
Nesse tipo de firma, o sucesso da conclusão pericial vai depender dos modelos padrões utilizados. Dessa forma, a
cautela e os devidos cuidados no momento da coleta de padrão devem ser adotados.
Assinaturas com sobreposições de traços
Um outro desafio enfrentado pelos especialistas em grafotécnica encontra-se nas firmas com sobreposições dos
traçados. Nessa situação, o perito deverá examinar cuidadosamente as trajetórias, principalmente quando o foco em
questão for o dinamismo empregado.
Nesse tipo de assinatura, o perito deve ter atenção aos pontos escuros ou grossos da escrita imediatamente posterior a
movimentos virtuais, ou seja, aqueles em que o escritor emprega muita velocidade, e o instrumento escritor passa a não
tocar na superfície do papel suporte. A figura seguinte exemplifica tal situação:
Exemplo de assinaturas com sobreposições de traços.
Conforme exemplificado na figura anterior, a despeito de os traços mostrarem-se escuros, deve-se atentar que os
movimentos de pouca pressão sobrepostos entre si também podem dar ideia de que o punho escritor utilizou-se de
mais pressão, alterando, com isso, o parecer do perito quanto ao dinamismo empregado na realização da assinatura.
Para análise do dinamismo empregado no primeiro símbolo, o perito deverá primeiro ter em mãos os padrões gráficos a
serem utilizados, porquanto deverá observar aqueles traços com os padrões a serem utilizados.
Assinatura cursiva, legível e evoluída
A despeito de serem facilmente identificadas, as letras alfabéticas que compõem tais assinaturas são as que
apresentam maiores dificuldades para serem falsificadas, principalmente em função de que uma assinatura com essa
característica, não produzida pelo punho escritor, normalmente acarretaria alterações facilmente detectadas pelo perito
em documentoscopia, conforme a figura a seguir:
Exemplo de assinatura cursiva legível e evoluída.
Assinatura cursiva legível e não evoluída
O tipo de assinatura cursiva legível não evoluída normalmente ocorre com pessoas de pouca habilidade gráfica, ou seja,
aquelas que não possuem o hábito da escrita. Sendo assim, a assinatura é desenvolvida de forma lenta e arrastada,
normalmente com indícios de tremores, paradas em pontos não habituais ou claudicações, tornando-se, muitas vezes
fácil de serem reproduzidas por outro, dificultando, desta forma, que o perito possa distingui-la de uma falsificação. Veja
como a figura seguinte representa este tipo de assinatura:
Exemplo de assinatura cursiva legível e não evoluída.
Assinaturas não legíveis
As assinaturas não legíveis, normalmente, são caracterizadas por símbolos gráficos indefinidos, de modo que o trabalho
pericial exigirá do perito uma análise prévia da peça questionada, mesmo antes da coleta de padrões, conforme
orientam os especialistas Falat e Rebello Filho (2021). Nessa fase do trabalho pericial, o profissional em grafotecnia
deverá familiarizar-se com o gesto gráfico do punho escritor, tendo em mente que, em caso de tentativa de dissimulação
por parte do autor de uma assinatura questionada no momento da coleta de padrões, o perito poderá ainda redirecionar
a metodologia para essa etapa do trabalho pericial.
Considerando um caso de dissimulação, o perito deve procurar ter em mãos outras palavras
que possuam elementos correspondentes ao da peça questionada, a coleta dos padrões
deve ocorrer de forma intervalada, e os padrões coletados anteriormente devem ser cobertos
ou tirados da vista da parte que fornece o padrão, pois isso dificultará a tentativa de
dissimulação.
O exemplo seguinte apresenta a formação de colchete no início da formação do primeiro grama (01), com movimento
na base dos não passantes e remate em estilo infinito (02). De acordo com o exemplo apresentado, tem-se que as
características enunciadas são inerentes ao gesto gráfico e que os padrões utilizados para confrontos deverão
apresentar correspondências nesses itens. Analise a seguir:
Exemplo de assinatura não legível.
Coleta de padrões
Uma das principais ações a serem tomadas para a correta condução e estabelecimento da conclusão pericial é a
realização da coleta de padrões com as técnicas adequadas. A importância desse tópico deve-se ao fato de que todo o
trabalho pericial se fundamenta na qualidade dos padrões coletados pelo perito, com exceção dos casos em que as
peças a serem cotejadas encontram-se junto aos autos.
As considerações lançadas a seguir têm por objetivo capturar padrões gráficos de qualidade satisfatória, atendendo
dessa maneira à necessidade dos peritos na realização do trabalho.
Inicialmente, o perito deve preferencialmente utilizar o papel suporte de cor branca. É aconselhado pelos especialistas,
sobrepor algumas folhas do mesmo papel, a fim de se registrar com maior eficiência a dinâmica empregada no
lançamento do grafismo. Essa técnica permite evidenciar, com maior facilidade, as oscilações do grafismo. Uma outra
vantagem da sobreposição de folhas para a coleta é que reduz as ondulações ou depressões da superfície de apoio,
evitando, dessa forma, acidentes gráficos durante o percurso do instrumento escritor.
A posição adequada para coleta de padrões deve constar como umas das preocupações do
perito. Para um melhor desenvolvimento do grafismo, o escritor precisa adotar uma atitude
postural correta.
Falat e Rebello Filho (2021) orienta que a pessoa que lttançará o grafismo deverá postar-se sentado de maneira
confortável, estando seu membro superior escritor com uma angulação aproximada de 45° em relação ao tronco, e com
cotovelo apoiado. O grafismo poderá ser lançado nas mais variadas posições, porém ao adotarmos uma postura correta
e confortável para tal, inibe-se qualquer influência externa advinda de mal-estar postural.
Atualmente, no mercado nacional e até mesmo pela facilidade de importação, encontramos uma diversidade de
instrumentos escritores. Dentre os tipos mais utilizados, podemos citar:
Esferográ�ca Hidrográ�ca Tinteiro
Cada instrumento escritor reage fisicamente de maneira diferenciada em relação à deposição de tinta no papel-suporte,
alterando assim a visualização das características do grafismo.
Por exemplo, a caneta-tinteiro possui duas hastes ligeiramente flexíveis que, ao sofrerem pressão sobre o papel-
suporte, afastam-se, permitindo a passagem da tinta líquida. Conforme a pressão empregada ocorre nessa qualidade de
caneta, a deposição de maior ou menor quantidade de tinta, caracterizando-se dessa forma o hábito gráfico no
dinamismo utilizado pelo punho escritor.
Quando se trata de caneta esferográfica a tendência é de se observar sulcos na superfície do papel suporte. Outra
variação encontrada é a qualidade da substância utilizada em seu interior, massa de tinta. Uma terceira característica
bastante comum quando se escreve com canetas esferográficas é a formação de esquírolas. Com mecanismo
semelhante ao utilizado na caneta esferográfica, encontramos a caneta roller-ball, a qual diferencia-se da esferográfica
apenas na qualidade de tinta utilizada, tinta líquida. Com esse tipo de instrumento escritor, em virtude do contato mais
prolongado com a superfície de papel, observamos a formação de entintamento.
No momento da coleta de padrões, o perito responsável pelo trabalho deverá se ater a alguns fatores importantes que
podem influenciar na boa qualidade dos padrões obtidos. O grafismo poderá sofrer influências de aspectos motor e
psicológicos, o que poderá dificultar sobre maneira a análise gráfica a ser efetuada. Diante disto, alguns cuidados
deverão ser adotados:
Esquírolas
Esquírolas são borras ou acúmulos de massa depositadas no traço de uma esferográfica, especialmente após a inversão rápida da direção do traçado
(DEL PICCHIA FILHO et al., 2016).
 Disponibilidade em fornecer corretamente os padrões para confronto
Deverá ser observada atenciosamente a fim de não causar à musculatura um esforço excessivo econsequente fadiga muscular, o
que acarretará uma debilidade nas funções motoras. A ocorrência de fadiga muscular poderá acarretar alterações no grafismo,
influenciando aspectos como a espontaneidade e o dinamismo.
 Padrões coletados para confronto
D á li di ibilid d d i dí id f t t t i d õ S ti t d l d i t f i á
Em alguns casos, a análise gráfica recai sobre peças questionadas, lançadas há décadas, as quais, devido à evolução do
grafismo, dificultam a análise a ser efetuada. Além da evolução do grafismo, poderão ocorrer alterações propositais
após o fato gerador do questionamento; para tal, será necessário efetuar uma busca por padrões contemporâneos, até
mesmo anteriores à ocorrência. A busca por padrões contemporâneos encontra fundamento no artigo 434 do Código
de Processo Civil. Assinaturas lançadas ao longo do tempo são geralmente encontradas em instituições como: bancos,
cartórios, junta comercial, departamento de trânsito, contadores, dentre outras.
Os peritos também devem estar atentos no momento da coleta de padrões e observar se o escritor não foi acometido
por alguma patologia, principalmente as que afetam o sistema nervoso central, ocasionando disfunções psíquicas ou
motoras.
Art. 434 do Código de Processo Civil
Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações. Parágrafo único. Quando o
documento consistir em reprodução cinematográfica ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos do caput, mas sua exposição será realizada em
audiência, intimando-se previamente as partes.
Exemplo
Mal de Parkinson, AVC, Isquemias etc. Nos casos mais graves, poderão ocorrer perdas de sensibilidade, perda de motricidade, atrofias, flacidez,
ausência de coordenação e, ainda, padrões posturais que impeçam o lançamento do grafismo. Nesses casos, o melhor seria a busca por padrões
contemporâneos.
Ainda relacionado à coleta de padrões, entende-se que quanto mais próximos os padrões coletados estiverem das
peças questionadas, referindo-se a tipo de papel, caneta, tinta, gestos gráficos e contemporaneidade, mais subsídios
teremos para efetuar uma análise minuciosa do material questionado, e, por conseguinte, mais precisa e fundamentada
será nossa conclusão.
Deverá analisar a disponibilidade do indíviduo em fornecer corretamente tais padrões. Sentimento de culpa e medo interferirá
sobre o lançamento do grafismo, tendendo a mascarar as características pessoais. Os peritos devem utilizar expressões que
contenham a mesma sequência de símbolos gráficos em palavras divergentes, pois desvia-se a atenção sobre a peça questionada,
enfocando o gesto gráfico natural através de outros símbolos.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Situação problema: O perito Bresciani Joubert, foi convocado pelo Magistrado da 14° Vara Cível do Município de
Passo Fundo, interior de Rio Grande do Sul, para atuar como perito do Juiz no processo n° 123564/2345-2005. A peça
de exame apresentada para análise tratava-se de uma declaração manuscrita, em uma folha de papel A4, com
instrumento escritor de tinta azul, datada em 16 de setembro de 2005, e supostamente assinada por Renata Cristina
Salles Gomes, na qual consta o recebimento da quantia de R$ 1.674,72, referente à rescisão de contrato de trabalho
temporário prestado à empresa TR4 Terceirização Ltda. Em 15 de março de 2007, o perito convocou a Sra. Renata
Cristina para realização de coleta de padrão. Antes de iniciar a coleta, o Perito observou que a Sra. Renata apresentava
uma paralisia do seu lado direito do corpo. Indagada, ela afirmou e comprovou por exames que em julho de 2006
sofrera um AVC e ficou com todo o seu lado direito paralisado, tendo passado, a partir de então, a escrever com sua
mão esquerda.
Com base na situação problema relatada, que procedimentos o perito deve adotar para ter padrões adequados para
análise?
Parabéns! A alternativa E está correta.
A busca por padrões contemporâneos encontra fundamento no artigo 434 do Código de Processo Civil. No caso
específico, o personagem que forneceria o padrão para confronto apresentava uma patologia que comprometia sua
capacidade motora e de produção de grafismo. Nesse caso, a coleta de padrão contemporâneo seria perfeitamente
adequada. As demais alternativas apresentavam técnicas de coleta em situações normais.
Questão 2
Com base no CPC, o perito tem o dever de responder a todos os quesitos apresentados pelo magistrado e pelas
partes. No caso de uma perícia inconclusiva, qual deve ser o proceder nesse caso?
Parabéns! A alternativa B está correta.
A fundamentação encontra-se no artigo 480 do Código de Processo Civil, no qual o juiz determinará de ofício a
realização de nova perícia, mantidas as condições da primeira, sendo que a segunda não substituirá a primeira perícia,
A O perito deve, preferencialmente, utilizar o papel suporte de cor branca.
B A posição adequada para coleta de padrões deve constar como umas das preocupações do perito.
C Deverá ser observada, atenciosamente, a quantidade de padrões coletados.
D Ele deve analisar a disponibilidade do indivíduo em fornecer corretamente os padrões para confronto.
E O perito deve buscar por padrões contemporâneos.
A O juiz arquivará o processo.
B O juiz determinará de ofício a realização de nova perícia.
C A segunda perícia substituirá a primeira.
D A segunda perícia substituirá a primeira.
E A nova perícia terá condições diferenciadas da primeira.
cabendo ao juiz avaliar ambas em conjunto.
Considerações �nais
Como vimos, o ímpeto e os motivos que levam o ser humano a realizar falsificações e adulterações são os mais
diversos. Da mesma forma, as técnicas e os métodos de identificação e distinção entre falsidade e autenticidade têm
sido desenvolvidos e aprimorados ao longo dos tempos.
Neste conteúdo, estudamos como o gesto gráfico é produzido e quais variáveis e condições o influenciam. Podemos
observar as causas mais recorrentes de alteração do grafismo e como as patologias produzem alteração no gesto
gráfico do indivíduo.
Você também conheceu as leis e enunciados que regem toda análise do grafismo e sua importância para o trabalho do
perito grafotécnico. No final do primeiro módulo, apresentamos a classificação dos principais tipos de falsificações com
que os peritos se deparam no cotidiano de suas atividades.
No módulo 2, tratamos do laudo pericial. Inicialmente, foi feita uma contextualização à luz do Código de Processo Civil
brasileiro e, em seguida, abordamos as principais partes de um laudo pericial, fornecendo exemplos de ilustração de
cada uma das partes bem como indicando os principais cuidados que um perito deve adotar no momento da coleta de
padrões e análise de confronto.
Esperamos que os conhecimentos apresentados possam contribuir para sua formação e atividade profissional.
Podcast
Para encerrar, ouça sobre os principais cuidados que devem ser tomados na produção de um laudo pericial.
Explore +
Para conhecer sobre os elementos de segurança do dólar, acesse o site do Bureau of Engraving and Printing, do
Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
Para conhecer sobre os elementos de segurança do euro, acesse o site do European Central Bank, ou Banco Central
Europeu.

Para conhecer sobre os elementos de segurança do real, acesse o site do Banco Central do Brasil.
Para ler uma discussão sobre como as patologias afetam o gesto gráfico, leia o livro Les écrits et les dessins dans les
maladies nerveuses et mentales: Essai clinique, de Joseph Rogues de Fursac, disponível em PDF no site Internet
Archive.
Para ler uma discussão sobre o Exame grafotécnico, leia o livro Forensic Examination of Signatures, de Linton A.
Mohammed, disponível no site Science Direct.
Referências
BRASIL, Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
17 março 2015. Consultado na internet em: 28 maio 2022.
BELLEZZA,P. Solange PELLAT, E. Les Lois de l'écriture. Scientia, v. 24, n. 48, p. 275, 1930.
BELENSKY, Radostin. Forensic Examination of Signatures. [S.l.]: Publicação independente, 2017.
BREWESTER, F. Contested Documents and Forgeries. Harvard Law Review, v. 46, n. 4, p. 739-741, Feb., 1933. Consultado
na internet em: 28 maio 2022.
BUQUET, Alain. L´Expertise des écritures. Paris: CNRS, 2001.
BUQUET, Alain. Les documents constestés et pour expertise. Québec: Yvon Blais, 1997.
DE FURSAC, Joseph Rogues. Les écrits et les dessins dans e maladies nerveuses et mentales. Paris: Massoin et Cie.
Éditeurs – Libraires de L'Académie de Médecine, 1905. Consultado na internet em: 28 maio 2022.
DEL PICCHIA FILHO, J.; DEL PICCHIA, C. M. R.; DEL PICCHIA, A. M. G. Tratado de documentoscopia: da falsidade
documental. 3. ed. São Paulo: Pillares, 2016.
FALAT, L. R. F.; REBELLO FILHO, H. M. Entendendo o laudo pericial grafotécnico & a grafoscopia. 1. ed. Curitiba: Juruá,
2021.
PARODI, L. Falsificação de documentos em processos eletrônicos. Rio de Janeiro: Brasport, 2018.
PERIOT, Maurice; BROSSON, Paul. Morpho-Physiologie de L´Écriture. Paris: Payot, 1957.
PELLAT, Solange. L’Éducation aidée par la graphologie. In: La revue pédagogique, tome 49, p. 199-202, Juillet-Décembre,
1906.
PRETTI, Gleibe. Perícia grafotécnica na prática. 1. ed. São Paulo: Ícone, 2017.
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