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EBOOK
Assistencia de
Enfermagem no
Período Gravídico
Puerperal
 DISCIPLINA DE SAÚDE DA MULHER IV
 EBOOK
Assistência de
Enfermagem no
Período Gravídico
Puerperal
 DISCIPLINA DE SAÚDE DA MULHER IV
 
Este Ebook tem o objetivo de servir como material de apoio para os alunos 
da disciplina de Enfermagem na Saúde da Mulher IV, ofertado pela Escola 
de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) da Universidade 
Federal Fluminense (UFF). 
As docentes responsáveis pela disciplina são: Prof.ª Dr. ª Claudia Maria 
Messias, Prof.ª Dr. ª Diva Cristina Leão e Prof.ª Lorena Barros Lima. 
A elaboração do material foi realizada pela discente Giovanna Bighi 
Azevedo como projeto de monitoria e apoio as atividades. 
 
 
 
Este produto é de uso exclusivo da disciplina, sendo proibida venda e comercialização. 
 
 
 
 
Niterói, 2022 
1. Assistência de enfermagem no pré-natal 
1.1. Introdução ao pré-natal 
1.2. Diagnostico da gravidez 
1.3. Classificação de risco 
1.4. Cálculos gestacionais 
1.5. Exame físico da gestante 
1.6. Vacinação da gestante 
1.7. Placenta, anexos fetais e funções 
2. Complicações obstétricas 
2.1. Diabetes mellitus 
2.2. Síndromes hipertensivas 
2.3. Síndromes hemorrágicas 
3. Assistência de enfermagem durante o parto 
3.1. Trabalho de parto 
3.2. Métodos não farmacológicos para alivio da dor no trabalho de parto 
3.3. Períodos clínicos do parto 
3.4. Mecanismo de parto 
3.5. Distocias 
3.6. Assistência de enfermagem durante o trabalho de parto 
3.7. Laceração perineal 
3.8. Episiotomia 
3.9. Episiorrafia 
4. Assistência de enfermagem no pós-parto 
4.1. Assistência de enfermagem durante o puerpério 
4.2. Aleitamento materno 
5. Assistência de enfermagem ao recém-nascido 
5.1. Classificação 
5.2. Assistência imediata na sala de parto 
5.3. Exame físico do recém-nascido 
5.4. Exames de triagem neonatal 
6. Ginecologia 
6.1. Patologias benignas 
6.2. Câncer de mama 
6.3. Câncer de colo uterino 
O objetivo do acompanhamento do pré-natal é assegurar 
o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um 
recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde 
materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as 
atividades educativas e preventivas. 
O acesso ao pré-natal é um indicador importante de 
saúde materna e quanto antes iniciado melhor para o 
binômio (mãe-feto). O Ministério da Saúde recomenda que 
sejam realizadas no mínimo seis consultas (uma no 
primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo e três 
no terceiro), sendo ideal é que a primeira consulta 
aconteça no primeiro trimestre e que, até a 34ª semana, 
sejam realizadas consultas mensais. Entre a 34ª e 38ª 
semanas, o indicado seria uma consulta a cada duas 
semanas e, a partir da 38ª semana, consultas toda 
semana até o parto, que geralmente acontece na 40ª 
semana, mas pode durar até 42 semanas. 
10 passos para o pré-natal de qualidade na 
atenção básica 
1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde 
até a 12ª semana de gestação (captação precoce). 
2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, 
materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal. 
3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a 
solicitação, realização e avaliação em termo oportuno do 
resultado dos exames preconizados no atendimento pré-
natal. 
4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de 
seus (suas) acompanhantes, considerando aspectos 
intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente 
um cuidado biológico: “rodas de gestantes”. 
5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da 
gestante para o atendimento pré-natal, quando 
necessário. 
6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado 
(realização de consultas, exames e ter acesso a 
informações) antes, durante e depois da gestação: “pré-
natal do(a) parceiro(a)”. 
7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência 
especializada, caso seja necessário. 
8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do 
parto fisiológico, incluindo a elaboração do “Plano de 
Parto”. 
9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e 
visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à 
luz (vinculação). 
10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os 
direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal. 
Papel do enfermeiro no pré-natal, se consagra através 
da consagra através da consulta de enfermagem que 
tem como objetivo acolher a gestante, desenvolver o 
vínculo através da escuta qualificada e toda assistência 
técnica como, solicitação de exames, preenchimento do 
cartão da gestante entre outros. 
São atribuições do enfermeiro na atenção pré-natal: 
 Orientar as mulheres e suas famílias sobre a 
importância do pré-natal, da amamentação e da 
vacinação; 
 Realizar o cadastramento da gestante no SisPreNatal 
e fornecer o carão da gestante devidamente 
preenchido (o cartão deve ser atualizado a cada 
consulta); 
 Realizar a consulta de pré-natal de gestação de baixo 
risco intercalada com a presença do médico; 
 Solicitar exames complementares de acordo com o 
protocolo local de pré-natal; 
 Realizar testes rápidos; 
 Prescrever medicamentos padronizados para o 
programa de pré-natal (sulfato ferroso e ácido 
fólico, além de medicamentos padronizados para 
tratamentos das DST); 
 Orientar a vacinação das gestantes (contra tétano e 
hepatite B); 
 Identificar as gestantes com algum sinal de alarme 
e/ou identificadas como de alto risco e encaminha-
las para consulta médica. 
 Realizar exame clinico das mamas e coleta para 
exame citopatólogico do colo de útero; 
 Orientar as gestantes e a equipe quanto aos fatores 
de risco e à vulnerabilidade; 
 Orientar as estantes sobre a periodicidade das 
consultas e realizar busca ativa das gestantes 
faltosas; 
 Realizar visitas domiciliares durante o período 
gestacional e puerperal, acompanhar o processo de 
aleitamento e orientar a mulher e seu companheiro 
sobre o planejamento familiar. 
O diagnóstico de gravidez pode ser: diagnostico clinico, 
diagnostico hormonal e diagnostico ultrassonográfico. 
 Diagnostico clinico: os sintomas da gravidez são 
classificados em de presunção, de probabilidade e de 
certeza 
Sinais de presunção: atraso menstrual, manifestações 
clinicas (náuseas, vômitos, tonturas, mudança de apetite), 
modificações anatômicas (aumento do volume das mamas, 
hipersensibilidade nos mamilos, saída de colostro pelo 
mamilo) 
Sinais de probabilidade: paredes vaginais aumentadas, 
amolecimento da cérvice uterina com posterior aumento 
do seu volume, positividade da fração beta do HCG no soro 
materno a partir do 8 ou 9 dia após a fertilização. 
Sinais de certeza: Presença de batimentos cardíacos 
fetais (a partir de 12 semanas pelo sonar e 20 semanas 
pelo pinard); ultrassonografia e movimentos fetais. 
 Diagnostico hormonal: Constitui, atualmente, o melhor 
parâmetro para o diagnóstico de gravidez incipiente. 
Apoia-se na produção de gonadotrofina coriônica humana 
(hCG) pelo ovo. Uma semana após a fertilização, o 
trofoblasto, implantado no endométrio, começa a 
produzir a hCG em quantidades crescentes, que podem 
ser encontradas no plasma ou na urina maternos. 
Há basicamente três tipos de testes para a identificação 
de hCG: imunológico, radioimunológico (RIA) e enzima-
imunoensaio (ELISA). 
 
 Diagnostico ultrassonográfico: é obrigatório o uso da 
ultrassonografia transvaginal no primeiro trimestre da 
Gravidez. 
Se o atraso menstrual for superior a 12 semanas, o 
diagnóstico de gravidez poderá ser feito pelo exame 
clinico e torna-se desnecessária a solicitação do teste 
imunológico de gravidez. O diagnóstico da gravidez pode 
ser efetuado em 90% das pacientes por intermédio dos 
sinais clínicos, dos sintomas e do exame físico em 
gestações mais avançadas. 
É o melhor artificio para se garantir uma assistência 
efetivamente segura, deve ser realizado em todas as 
consultas, de forma perene na gestação e quando 
identificar fator de pior prognostico deve-se solicitar 
acompanhamento multiprofissionalaliado a maior 
frequência de consultas. 
Fatores de risco referenciáveis para o pré-natal de alto 
risco 
Fatores relacionados as condições previas: 
Cardiopatias; pneumopatias graves; nefropatias graves 
(como insuficiência renal crônica e em casos de 
transplantados); endocrinopatias; doenças hematológicas; 
hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que 
faça uso de anti-hipertensivo (PA>140/90 mmHg antes 
de 20 semanas de idade gestacional); doenças 
neurológicas, doenças psiquiátricas que necessitam de 
acompanhamento; doenças autoimunes; alterações 
genéticas maternas; antecedente de trombose venosa 
profunda ou embolia pulmonar, ginecopatias; portadoras 
de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, 
infecção pelo HIV, sífilis terciaria e outras DSTs; 
hanseníase, tuberculose, dependência de drogas licitas ou 
ilícitas ou qualquer patologia clínica que necessite de 
acompanhamento especializado. 
Fatores relacionado a história reprodutiva 
anterior: 
Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior; 
história previa de doença hipertensiva da gestação com 
mau resultado obstétrico e ou perinatal; abortamento 
habitual; esterilidade/infertilidade 
Fatores relacionados a gravidez atual: 
Restrição do crescimento uterino; polidrâmnio ou 
oligodrâmnio, gemelaridade; malformações fetais ou 
arritmia fetal; distúrbios hipertensivas da gestação; 
infecção urinaria de repetição ou dois ou mais episódios 
de pielonefrite; anemia grave ou não responsiva a 30-60 
dias de tratamento com sulfato ferroso; portadoras de 
doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, 
infecção pelo HIV, sífilis terciaria, e outras DSTs; 
infecções como rubéola e citomegalovírus; evidencia 
laboratorial de proteinúria; diabetes mellitus gestacional; 
desnutrição materna severa; obesidade mórbida ou baixo 
peso; adolescentes com fatores de riso psicossocial. 
 
 
 
 
Idade gestacional 
Os métodos para esta estimativa dependem da data da 
última menstruação (DUM), que corresponde ao primeiro 
dia de sangramento do último ciclo menstrual referido 
pela mulher. 
Quando a DUM é conhecida basta somar o número de 
dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, 
dividindo o total por sete (resultado em semanas). 
Caso se use o disco (gestograma), basta colocar a seta 
sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e 
mês do último ciclo menstrual e observar o número de 
semanas indicado no dia e mês da consulta atual. 
Quando a DUM é desconhecida, mas se conhece o 
período do mês em que ela ocorreu consideramos 5, 15 
e 25 para início, meio ou fim do mês respectivamente, e 
então utilizamos o método descrito acima. 
Quando a data e o período da última menstruação são 
desconhecidos a idade gestacional e data provável do 
parto serão, inicialmente, determinadas por aproximação 
pela medida da altura do fundo uterino (mais no exame 
físico da gestant) e pelo toque vaginal. 
Data provável do parto (DPP) 
Na prática usa-se a regra de Nägele, que consiste em 
adicionar à data da última menstruação 
7 dias e mais 9 meses (ou menos 3 meses, quando se 
faz o cálculo retrógrado). Por exemplo, se a última 
menstruação foi em 10 de novembro (mês 11), temos 10 
+ 7 = 17, e 11 – 3 = 8, portanto, 17 de agosto (mês 8) 
será a data provável do parto. 
 
O exame físico especifico gineco-obstétrico consiste 
principalmente no exame clinico das mamas, palpando 
com objetivo de avaliar a presença ou não de nódulos, 
expressão mamilar e verificação de elasticidade. 
Medida de altura uterina (AU): 
Visa o acompanhamento do crescimento fetal e à 
detecção precoce de alterações. 
- Delimite a borda superior da sínfise púbica e com o uso 
de uma fita métrica fixe a extremidade inicial (0 cm) da 
fita na borda, passando-a entre os dedos indicadores e 
médio; 
- Deslize a fita entre os dedos da mão (mão em formato 
de concha) até alcançar o fundo do útero com a margem 
cubital da mesma mão; 
- Proceda a leitura quando a borda cubital da mão atingir 
o fundo 
 
Imagem: Google imagens 
 
Imagem: Google imagens 
Vale ressaltar que: a partir da 12ª que conseguimos 
calcular a AU e após 20 semanas de gravidez, a medida 
da altura uterina frequentemente coincide com o número 
de semanas de gestação. 
Manobra de Leopold: 
Trata-se de um método sistemático para determinar a 
posição do feto dentro do útero através da palpação. 
Dividido em 4 tempos: 
 1º tempo: O objetivo é identificar o polo fetal no 
fundo uterino e assim determinar qual a situação do 
feto. Utiliza-se ambas as mãos encurvadas 
comprimindo a parede abdominal com as bordas 
cubitais para delimitar o fundo uterino. Deve-se 
determinar qual a parte do feto que está localizada 
no fundo uterino. Podendo ser o polo pélvico, mais 
volumoso, irregular e amolecido ou o polo cefálico, dá 
a impressão de superfície regular, resistente e 
endurecido. 
 2º tempo: O objetivo aqui é determinar a posição 
fetal além de ajudar a identificar o melhor foco de 
ausculta do BCF. Dessa forma, desliza-se as mãos 
para o polo inferior do útero, pelas regiões laterais 
no abdome, para tentar identificar o dorso fetal de 
um lado e os membros do outro. 
 3º tempo: Avalia a mobilidade do polo fetal inferior 
em relação ao estreito da bacia materna, definindo 
assim a apresentação fetal. Apreende-se o polo fetal 
entre os dedos, realizando movimentos de 
Manobra de Leopold: 
lateralização para indicar o grau de encaixe da 
apresentação na bacia. Quando o polo fetal está alto 
e móvel, ele balança facilmente. Se o polo estiver 
mais insinuado, estará fixo. 
 4ª tempo: Determina a insinuação fetal. Coloca-se as 
mãos sobre as fossas ilíacas, afundando na pelve, à 
procura do polo fetal inferior. Ao achar o polo 
inferior, é necessário determinar qual é a parte fetal 
localizada. Na apresentação córmica, durante o 
quarto tempo, o polo inferior encontrará vazio. 
 
Imagem dos tempos da manobra de Leopold, sendo de 
cima para baixo da direita para esquerda os tempos 1, 2, 
3 e 4. 
 
Quando a situação fetal ela pode ser: 
 
 
 
Quanto a apresentação fetal ela pode ser classificada 
em: 
 
 
A vacina para a mulher grávida é essencial para prevenir 
doenças para si mesma e para o bebê. As gestantes não 
podem tomar as mesmas vacinas que qualquer adulto e, 
portanto, têm um esquema vacinal diferenciado. Além 
dessas, todos os anos também ocorre a campanha de 
vacinação contra a gripe, que é sazonal e fica disponível 
para esse público por um período determinado. 
A recomendação segundo o Programa Nacional de 
Imunizações, do Ministério da Saúde, para vacinação das 
gestantes são: 
Hepatite B: 3 doses dependendo da situação vacinal 
Dupla adulto (DT): 3 doses dependendo da situação vacinal 
DTpa: 1 dose a cada gravidez, a partir da 20ª semana de 
gestação, ou no puerpério até 45 dias após o parto. 
 
Placenta: 
A placenta é considerada um órgão misto, a um tempo 
materno e ovular (fetal). 
Ela serve como transporte de gases respiratórios, 
nutrientes e produtos de degradação entre a mãe e o 
concepto. É órgão endócrino de grande atividade, 
secretando ampla gama de hormônios esteroides e 
peptídicos, necessários para a manutenção da gravidez 
e o controle do crescimento e do amadurecimento fetal. 
Além disso, também atua como interface imunológica 
entre a mãe e é responsável por manter a viabilidade do 
feto e da gestação até o parto. 
Dequitação: em média após 15 minutos do parto, o 
miométrio volta a se contrair e promove a eliminação da 
placenta (âmnio, córion (viloso e liso) e parte superficial 
da decídua (parietal e basal)). 
 
Líquido amniótico: 
Algumas de suas funções são: Fornecer possibilidade de 
movimento ao feto; impede que o feto fique aderido ao 
âmnio; propiciar uma temperatura adequada ao feto; 
evita a compressão do cordão umbilical; permite o 
crescimento simétrico do feto; entre outros. 
 
Saco vitelino: 
Sua função principal é armazenarsubstancias nutritivas. 
 
Alantoide: 
É uma fina membrana, formada pela ectoderme e a 
mesoderme, que envolve o embrião delimitando uma 
cavidade preenchida pelo líquido amniótico. Tem por 
função ajudar o embrião na troca de gases e a lidar com 
resíduos líquidos e remover e armazenar substancias 
excretadas pelo metabolismo do embrião. 
 
 
 
 
O diabetes melito gestacional (DMG) é aquele que tem 
início na gravidez e, nesse sentido, deve ser 
diferenciado do diabetes pré-gestacional, que antecede 
a gestação e persiste quando ela termina. 
Caracterizada pela hiperglicemia de intensidade variável, 
pode persistir ou não após o parto. 
Sintomas clássicos: poliúria, polidipsia, polifagia e perda 
involuntária de peso. 
Diagnóstico é feito através do teste oral de tolerância a 
lactose. 
 
Fatores de risco: 
 
 35 anos ou mais; 
 Sobrepeso, obesidade ou ganho de peso excessivo na 
gestação; 
 Deposição central excessiva de gordura corporal; 
 Baixa estatura; 
 Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, 
hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual; 
 Antecedentes obstétricos de abortamento de 
repetição, malformações, morte fetal ou neonatal, 
microssomia; 
 História familiar de DM; 
 Síndrome de ovários policísticos. 
 
 
Patogênese: 
A resistência à insulina na gravidez normal está presente 
já a partir do 2º trimestre e aumenta progressivamente 
até o fim da gestação. Essa resistência à insulina atende 
às necessidades metabólicas do feto (maior disponibilidade 
de glicose) e é consequência da ação dos hormônios 
placentários contrainsulínicos. O defeito metabólico nas 
mulheres com o DMG é sua incapacidade de secretar 
insulina em níveis necessários para atender à demanda 
que é máxima no 3º trimestre. Isso leva ao aumento da 
concentração da glicose pós-prandial, capaz de 
determinar efeitos adversos no feto (macrossomia e 
hipoglicemia neonatal), pelo excessivo transporte 
transplacentário de glicose. 
 
Complicações para o feto e para mãe: 
Pacientes com DMG têm risco elevado de hipertensão, 
pré-eclâmpsia e parto cesáreo e suas consequentes 
morbidades. O feto da mãe com DMG apresenta risco 
elevado de macrossomia, distocia de ombros, 
tocotraumatismo, hipoglicemia e hiperbilirrubinemia 
neonatais. 
 
A hipertensão na gravidez é classificada em apenas 4 
categorias: (1) pré-eclâmpsia/eclâmpsia; (2) hipertensão 
crônica (de qualquer causa); (3) hipertensão crônica com 
pré-eclâmpsia superajuntada; e (4) hipertensão 
gestacional. 
Hipertensão: 
 
A hipertensão crônica é aquela que está presente antes 
de 20 semanas da gravidez, e pode persistir até 12 
semanas de pós-parto. 
Já a hipertensão gestacional é detectada após 20 
semanas, SEM PROTEINÚRIA, definida como transitória 
(quando ocorre normaliza após o porto) ou crônica 
(quando persistir). 
 
Hipertensão é definida como pressão sistólica ≥ 140 
mmHg e/ou pressão diastólica ≥ 90 mmHg. 
Pré-eclâmpsia 
Aparecimento de HAS e PROTEINÚRIA (>300mg/24h) 
após a 20 semana de gestação em mulheres 
previamente normotensas. 
Sintomas: Hipertensão arterial, edema (inchaço), 
principalmente nos membros inferiores, que pode surgir 
antes da elevação da pressão arterial, aumento 
exagerado do peso corpóreo e proteinúria. 
 
Eclâmpsia: 
São convulsões que ocorrem em mulheres com pré-
eclâmpsia e que não apresentam outra causa. 
A única forma de curar a eclâmpsia é o parto. Nos 
casos em que a doença tenha sido diagnosticada, o 
médico poderá antecipar o parto, dependendo da fase 
de gestação. O parto prematuro pode ocorrer entre 
32 e 36 semanas de gravidez, se surgirem sintomas de 
risco de vida. 
 
Síndrome HEELP: 
É uma complicação grave, e os sintomas principais são: 
mal-estar, epigastralgia ou dor no hipocôndrio direito, 
náuseas, vômitos, perda de apetite e cefaleia. 
É caracterizada pela destruição das hemácias, aumento 
das enzimas do fígado e diminuição da quantidade de 
plaquetas no sangue. Esta síndrome geralmente está 
associada à pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. 
 
 
 Hemólise (H – hemolysis), elevação das enzimas 
hepáticas (EL – elevated liver) e baixa de plaquetas (LP 
– low platelets). 
 
 
Ocorre especialmente no terceiro trimestre da 
gestação, mas também pode acontecer no segundo 
trimestre ou no pós-parto. 
 
 
Sintomas: mal-estar geral, náuseas, vômitos, dor de 
cabeça e/ou dor do lado direito na parte superior da 
barriga, que muitas vezes podem ser confundidos com 
outras condições como gastrite, gripe ou hepatite aguda, 
por exemplo. 
 
As mais importantes situações hemorrágicas 
gestacionais são: 
 
Primeira metade da gestação 
• Abortamento. 
• Gravidez ectópica. 
• Doença Trofoblástica Gestacional (mola hidatiforme). 
• Descolamento corioamniótico. 
 
Segunda metade da gestação 
• Placenta prévia. 
• Descolamento prematuro da placenta. 
• Rotura uterina. 
• Vasa prévia. 
 
Abortamento: 
Conceitua-se como abortamento a interrupção da 
gravidez ocorrida antes da 22ª semana de gestação. O 
produto da concepção eliminado no processo de 
abortamento é chamado aborto. O abortamento pode ser 
precoce, quando ocorre até a 13ª semana e tardio, 
quando entre 13ª e 22ª semanas. 
Podem ser: 
 Abortamento espontâneo: é a perda involuntária da 
gestação. 
 Ameaça de abortamento: é a ocorrência de 
sangramento uterino com a cérvix fechada sem 
eliminação de tecidos ovulares. 
 Abortamento completo: quando a totalidade do 
conteúdo uterino foi eliminada. 
 Abortamento incompleto: quando apenas parte do 
conteúdo uterino foi eliminado. 
 Abortamento inevitável: quando há sangramento e 
dilatação cervical, mas ainda não ocorreu eliminação 
de conteúdo uterino. 
 Abortamento retido: quando ocorre a morte do 
embrião ou feto e o mesmo permanece na cavidade 
uterina, sem ser eliminado. De uma maneira geral o 
colo se encontra fechado, podendo ocorrer leve 
sangramento. 
 Abortamento infectado: é o processo de 
abortamento acompanhado de infecção genital, tais 
como endometrite, parametrite e peritonite. 
 Abortamento habitual: perdas espontâneas e 
sucessivas de três ou mais gestações. 
Gravidez ectópica: 
A gravidez ectópica corresponde à nidação do ovo fora 
da cavidade uterina. O tipo mais frequente é a tubária. 
 
São fatores de risco para gravidez ectópica: 
• História de gravidez ectópica prévia; 
• Cirurgia tubária prévia; 
• Infecções tubárias anteriores; 
• Contracepção com progesterona ou DIU. 
Muitas vezes ocorrem em gestante sem nenhum fator 
de risco. 
Diagnostico: A dor e o sangramento vaginal são os 
sintomas mais importantes da gravidez ectópica. Em 
quase todos os casos a dor está presente. O 
sangramento pode ser de pequena monta e/ou irregular, 
às vezes após pequeno atraso da menstruação. 
O exame físico/ginecológico pode evidenciar presença de 
sangue no canal vaginal, útero menor do que o esperado 
para a idade gestacional, amolecimento do colo uterino e 
dor pélvica, às vezes mais localizada em uma região 
anexial onde se pode palpar uma massa dolorosa. 
Conduta: Os planos de conduta diante do diagnóstico de 
gravidez ectópica podem ser: 
Conduta expectante, tratamento clínico, laparoscopia e 
laparotomia. 
 
 
Doença Trofoblástica Gestacional: 
O normal após qualquer gravidez é que os níveis de hCG 
comecem a decair, porém, em alguns casos, esse nível 
mantém-se em decorrência do crescimento persistente 
do tecido trofoblástico. Quando os níveis de hCG 
continuam aumentando após uma gravidez, é sinal de que 
a paciente apresenta uma neoplasia trofoblástica 
gestacional 
Conduta: O esvaziamento uterino, preferencialmente por 
meio de dilatação e aspiração manual intrauterina (AMIU), 
é o método mais apropriado para o tratamento inicial da 
mola hidatiforme. 
Todas as gestantes com mola hidatiforme devem ter 
acompanhamento clínico e laboratorial visando à detecção 
precoce de recorrência, assim comoa evolução para 
formas malignas da neoplasia trofoblástica gestacional. 
Descolamento corioamniótico: 
Caracteriza-se por sangramento genital de pequena 
intensidade e é diagnosticado por exame ecográfico. A 
evolução é boa, não representando quadro grave de risco 
materno e/ou ovular. A conduta é conservadora e, 
basicamente, consiste no esclarecimento à gestante, 
com as mesmas orientações da ameaça de abortamento 
Placenta prévia: 
Placenta prévia é definida como a placenta que se 
implanta total ou parcialmente no segmento inferior do 
útero. Ela pode ser classificada de três maneiras, de 
acordo com sua posição em relação ao colo do útero: 
• Baixa: está localizada próxima ao colo do útero, sem 
atingi-lo 
• Marginal: atinge o orifício interno do colo do útero, sem 
recobri-lo 
• Completa ou centro-total: recobre totalmente o orifício 
interno do colo do útero 
O principal fator de risco para placenta prévia é a 
cicatriz uterina anterior, e entre elas a principal é a 
cesariana anterior. Entre outras causas estão as 
intervenções uterinas prévias como a miomectomia e 
curetagem. Multiparidade, idade materna avançada, 
tabagismo e gemelaridade também são fatores 
associados. 
 
Quadro clínico da placenta prévia 
• Sangramento indolor; 
• Autolimitado; 
• Final do segundo e início do terceiro trimestre; 
• Presença de sangramento sentinela. 
 
Exame físico na suspeita de placenta prévia 
• Sinais vitais; 
• Palpação abdominal; 
• Medida da altura uterina; 
• Ausculta dos batimentos cardíacos fetais; 
• Exame especular cuidadoso; 
• NÃO realizar toque vaginal até se conhecer a 
localização exata da placenta. 
O melhor, mais seguro e mais simples método para 
realização do diagnóstico de placenta previa é a 
ultrassonografia abdominal 
.
 
 
Descolamento prematuro de placenta: 
O descolamento prematuro de placenta (DPP) é definido 
como a separação da placenta da parede uterina antes 
do parto. Essa separação pode ser parcial ou total e é 
classificada em três graus. 
• Grau 1: Sangramento genital discreto sem hipertonia 
uterina significativa. Vitalidade fetal preservada. Sem 
repercussões hemodinâmicas e coagulopatia. 
Geralmente diagnosticado no pós-parto com a 
identificação do coágulo retroplacentário. 
• Grau 2: Sangramento genital moderado e contrações 
tetânicas. Presença de taquicardia materna e 
alterações posturais da pressão arterial. Alterações 
iniciais da coagulação com queda dos níveis de 
fibrinogênio. Batimentos cardíacos fetais presentes, 
porém, com sinais de comprometimento de vitalidade. 
• Grau 3: Sangramento genital importante com 
hipertonia uterina. Hipotensão arterial materna e 
óbito fetal. 
Principais fatores de risco para o DPP: 
• Hipertensão (hipertensão gestacional, hipertensão 
preexistente); 
• Rotura prematura de membranas ovulares; 
• Cesariana prévia; 
• Tabagismo; 
• Idade materna avançada; 
• Uso de drogas (álcool, cocaína e crack); 
• Condições que causem sobredistensão uterina 
(polihidrâmnio, gestação gemelar); 
• Trauma (automobilístico, trauma abdominal direto); 
• DPP em gestação anterior; 
• Amniocentese, cordocentese. 
O quadro clínico característico do DPP é a dor abdominal, 
associada ou não a sangramento vaginal. A dor varia de 
leve desconforto até dor intensa, associada a aumento 
do tônus uterino, que pode se manifestar em graus 
variados, desde uma taquihiperssistolia até hipertonia. 
Exame físico: O primeiro passo deve ser a aferição de 
sinais vitais com medidas iniciais das manobras de 
ressuscitação em suspeita de DPP: verificar se vias 
aéreas estão pérvias, checar respiração e circulação. No 
exame obstétrico, deve-se realizar a palpação uterina 
observando a apresentação fetal e se o tônus uterino 
está aumentado. Fazer medida de altura uterina e 
ausculta dos batimentos cardíacos fetais (monitoração 
fetal contínua). 
 
Rotura Uterina: 
É uma complicação muito grave em obstetrícia sendo uma 
importante causa de morbimortalidade materna. A rotura 
uterina é classificada em: 
– Completa: há a total rotura da parede uterina. É uma 
urgência obstétrica, levando a risco de vida tanto da mãe 
quanto do feto. 
– Incompleta: o peritôneo parietal permanece intacto. 
Geralmente não é complicada, podendo permanecer 
assintomática após um parto vaginal. 
 
Quadro clínico: 
• Deterioração do padrão dos batimentos cardíacos 
fetais; 
• Gestante queixa de dor aguda, de forte intensidade; 
• Sangramento vaginal; 
• Parada das contrações; 
• Subida da apresentação ao toque vaginal; 
• Partes fetais palpáveis facilmente no abdome materno; 
• Taquicardia importante e hipotensão grave. 
A rotura uterina é causa de hemorragia pós-parto e 
deve ser prontamente identificada e tratada 
cirurgicamente. 
Em geral é necessário realizar histerectomia para tratar 
a rotura uterina, pois ocorrem lesões vasculares, com 
dificuldade de conservação do útero. 
 
 
 
O trabalho de parto é o processo fisiológico que tem pr 
objetivo a expulsão do feto, placenta e as membranas 
para o mundo exterior através das vias genitálias. 
Clinicamente falando, o parto está associado ao 
desenvolvimento de contrações dolorosas e rítmicas, que 
condicionam dilatação do colo uterino. 
Diagnóstico do trabalho de parto: 
Para identificarmos o trabalho de parto verdadeiro é 
necessária a existência de: 
 Contrações uterinas com intervalos regulares que 
aumentam com o passar do tempo, chamadas 
metrossísole. Geralmente são sentidas na região 
lombar e irradiam para a parte inferior do abdome e 
não diminuem com repouso. 
 Apagamento e dilatação do colo uterino 
 Perda do muco cervical; 
 Formação da bolsa das aguas; 
 Perda de líquido amniótico. 
 
Tipos de parto: 
Parto normal - transcorre espontaneamente pela via 
vaginal; 
Parto operatório - exige intervenção, vaginal ou 
abdominal; 
Parto eutócico – evolui em condições de normalidade; 
Parto distócico – evolui com anormalidade de um ou mais 
fatores do parto; 
Parto induzido – provocado antes de sua manifestação 
espontânea; 
Parto dirigido – evolui com medidas terapêuticas 
corretoras de sua evolução. Também considerado parto 
conduzido. 
Partograma: 
É a representação gráfica do trabalho de parto. Com ele 
se permite acompanhar a evolução do trabalho de parto 
(TP), documentar, diagnosticar e indicar a melhor 
assistência para aquele binômio. 
Quando se fala de parto a primeira concepção que se 
tem é a dor e o medo desse nível de dor. Por isso cabe 
aos profissionais da saúde oferecerem alguns MNFs para 
alivio dessa dor tão temida, como por exemplo: 
Imersão ou banho em agua morna, estimulando o 
relaxamento muscular; 
Técnicas de massagem que podem ser ensinadas e 
realizadas pelo acompanhante; 
Acupuntura; 
Técnicas de relaxamento como meditação, respiração 
controlada; 
Musicoterapia; 
Aromaterapia; 
A escolha da utilização do MNFs deve ser apoiado e 
estimulada pelo profissional. 
Primeiro período: dilatação do início do TP até a dilatação 
completa do colo uterino. Pode variar de 1h até 24h 
dependendo da paridade, frequência, intensidade e 
duração das contrações, entre outros; 
Segundo período: consiste da dilatação completa até a 
expulsão do feto. Dura de poucos minutos a horas 
dependendo da apresentação, variedade de posição, 
proporções fetais e pélvicas, entre outros; 
Terceiro período: da expulsão do feto até a dequitação 
que pode durar de 5 a 30 minutos 
Quarto tempo: da dequitação ou delivramento até 30 
minutos após o parto. 
 
São movimentos passivos que o feto executa no 
transcurso do canal de parto. O mecanismo de parto é 
descrito em 3 tempos 
Insinuação: 
É a passagem da maior circunferência da apresentação 
através do anel do estreito superior. Para que se 
processe a insinuação, é necessário haver redução dos 
diâmetros da cabeça, o que será obtido pela orientação 
de diâmetros e por flexão.Na apresentação pélvica, a 
redução de diâmetros é obtida aconchegando-se os 
membros inferiores sobre o tronco ou desdobrando-se 
os mesmo para baixo ou para cima. 
 
Descida: 
É a progressão da insinuação, a cabeça migra até as 
proximidades do assoalho pélvico. A descida, na realidade, 
ocorre desde o início do trabalho de parto e só termina 
com a expulsão total do feto. Durante esse mecanismo 
do parto, o movimento da cabeça é turbinal: à medida que 
o polo cefálico roda, vai progredindo no seu trajeto 
descendente. 
 
Rotação Interna da Cabeça: Ao forçar a distensão do 
assoalho pélvico, a cabeça fetal desliza nas paredes 
laterais (planos inclinados) e roda para acomodar seus 
maiores diâmetros aos mais amplos da fenda vulvar. 
 
 
Insinuação das espátulas: Simultaneamente com a rotação 
interna da cabeça, e com sua progressão no canal, 
verifica-se penetração das espáduas através do estreito 
superior da bacia. A medida que a cabeça progride, as 
espáduas descem até o assoalho pélvico. 
 
Desprendimento: 
Terminado o movimento de rotação, dada a curvatura 
inferior do canal do parto, o desprendimento ocorre por 
movimento de deflexão. 
Rotação externa da cabeça: Imediatamente após 
desvencilhar-se, livre agora no exterior, a cabeça sofre 
novo e ligeiro movimento de flexão, pelo seu próprio peso, 
e executa rotação de 1/4 a 1/8 de circunferência, 
voltando o occipital para o lado onde se encontrava na 
bacia. 
 
Rotação interna das espáduas: Ao chegarem ao assoalho 
pélvico, e por motivos idênticos aos que causaram a 
rotação interna da cabeça, as espáduas também sofrem 
movimento de rotação. O ombro anterior coloca-se sobre 
a arcada púbica; o posterior, em relação com o assoalho 
pélvico, impelindo para trás o cóccix materno. 
 
Desprendimento das espáduas: Nessa altura, tendo o 
feto os braços cruzados para diante do tórax, a espádua 
anterior transpõe a arcada púbica e aparece através do 
orifício vulvar. Para libertar o ombro posterior, e tendo 
de acompanhar a curvatura do canal, o tronco sofre 
movimento de flexão lateral. Continuando a progredir em 
direção à saída, com o tronco fletido lateralmente, 
desprendesse a espádua posterior. O restante do feto 
não oferece resistência para o nascimento, embora 
possa obedecer ao mesmo mecanismo dos primeiros 
segmentos fetais. 
 
 
 
Distocia é qualquer perturbação no bom andamento do 
parto em que estejam implicadas alterações em um dos 
três fatores fundamentais que participam do parto: 
Força matriz ou contratilidade uterina - distocia funcional 
 
Objeto - distocia fetal: 
São as anormalidades que ocorrem no trabalho de parto 
atribuídas ao feto e às relações materno-fetais. Como 
por exemplo: tamanho fetal, anormalidade de situações e 
apresentações. 
 
Trajeto (bacia e partes moles) - distocia do trajeto: 
Deve-se à presença de anormalidades ósseas ou de 
partes moles, o que gera um estreitamento do canal de 
parto e dificulta ou até impede a evolução normal do 
trabalho de parto e a passagem do feto. 
 
 Promover ambiente com privacidade, tranquilidade e 
segurança; 
 Oferecer apoio; 
 Esinar técnicas de respiração; 
 Explicar as próximas fases do parto; 
 Usar métodos não farmacológicos para alivio da dor; 
 Estimular a participação do acompanhante; 
 Monitorar os sinais vitais e o BCF (pelo menos a cada 
1h conforme progressão do TP) 
 Avaliar dilatação cervical; 
 Controlar ocitocina, se usada; 
 Avaliar a frequência, duração e intensidade das 
contrações; 
 Providenciar o material e equipamentos necessários; 
 Atender o RN após o parto; 
 Realizar o clampeamento do cordão umbilical após a 
parada da pulsação; 
 Minimizar a separação entre mãe e filho; 
 Estimular o aleitamento materno na primeira hora de 
vida do bebe; 
 Verificar a PA materna logo após a expulsão da 
placenta, assim como PC e FR; 
 Promover higiene e conforto. 
 
É o rompimento espontâneo (não intencional) da pele ou 
de outras estruturas de tecido mole que, na mulher, 
separam a vagina do anus, ocorrem geralmente durante 
o parto que coloca pressão acrescida sobre o períneo. 
Elas são classificadas em graus, dependendo dos tecidos 
atingidos.1º grau: afetam a pele e a mucosa 
2º grau: estendem-se até os músculos perineais 
3º grau: atingem o musculo esfíncter do anus 
 
A episiotomia é uma incisão cirúrgica vulvoperineal que 
tenciona impedir ou diminuir o trauma dos tecidos do canal 
do parto, favorecendo a descida e a liberação do feto. 
A episiotomia, quase sempre, é indispensável nas 
primiparturientes e nas multíparas nas quais tenha sido 
anteriormente praticada. Feita com tesoura ou bisturi, 
poderá ser mediana (perineotomia) e mediolateral. 
 
 
É a sutura da região que sofreu episiotomia e alguns 
casos da laceração perineal que ocorreu durante o 
processo de parturição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitua-se puerpério o período do ciclo gravídico-
puerperal em que as modificações locais e sistêmicas, 
provocadas pela gravidez e parto no organismo da mulher 
retornam a situação do estado pré-gravídico, no qual se 
desenrolam todas as manifestações involutivas e de 
recuperação da genitália materna após o parto. 
O puerpério compreende três períodos: 
1. Puerpério imediato – desde a dequitação placentária 
até o 10º dia após o parto; 
2. Puerpério tardio – do 10º ao 45º dia; 
3. Puerpério remoto – é o que segue do 45º dia até a 
completa recuperação das alterações determinadas 
pela gestação. 
Involução uterina: 
É o processo pelo qual o útero, após o parto, retorna ao 
estado não-gravídico, que começa imediatamente após a 
expulsão da placenta. Acontece cerca de 1 cm por dia. Ao 
10º dia chega a cavidade pélvica. Quando o bebe suga o 
seio materno, pode haver aumento nítido na atividade 
uterina que desaparece ao final da mamada. 
 
Todo esse processo de involução uterina e regeneração 
endometrial gera a eliminação vaginal dos lóquios, líquido 
formado por exsudatos e transudatos, compostos de 
eritrócitos, leucócitos, porções da decídua, células 
epiteliais e bactérias. 
Nos primeiros dias, o maior número de eritrócitos 
confere cor vermelha aos lóquios (lochia rubra). Após 3 
a 4 dias, os lóquios adquirem aspecto serossanguíneo, 
mais acastanhados, devido a hemoglobina semidegradada. 
Após o 10º dia, pela incorporação de leucócitos e 
diminuição do volume de loquiação, os lóquios adquirem cor 
amarelada (lochia flava) e, por fim, esbranquiçada (lochia 
alba). 
Puerpério fisiológico x puerpério patológico 
O fisiológico é o processo natural, normal e o que se 
espera do corpo 
puerpério patológico e aquele puerpério que evolui com 
infecção puerperal ou outros tipo de 
complicações (psicose pós-parto, afecções 
endocrinológicas, etc) 
A mais importante complicação do puerpério e, porem, a 
infecção puerperal – representando uma grande parte 
das complicações pós-parto, apesar de que hoje, devido 
as normas de assepsia e anti-sepsia, a incidência desse 
evento diminuiu bastante. 
• Fatores anteparto: anemia, alimentação, atividade 
sexual e rotura prematura de membranas 
• Fatores intraparto: contaminação bacteriana, 
traumas e hemorragias 
Patologia está representada pelas três portas de 
entrada da infecção sendo elas: 
o Plaga placentária 
o Decídua muito fina 
o Plaga operatória (caso de cesárea) 
• Verificar temperatura, pulso e pressão arterial; 
• Observar e registrar loquios e contrações uterinas; 
• Avaliar o estado de hidratação; 
• Verificar se há micção bem-sucedida; 
• Palpação uterina, verificar a presença do globo de 
segurança de pinads; 
• Inspecionar períneo; 
• Auscultar ruídos hidroaéreos para avaliação de 
peristalse; 
• Examinar membros inferiores a fim de detectar 
precocemente sinais de trombose venosa; 
• Estimular deambulação precoce, auxiliando se 
necessário; 
• Estimular contato pele a pele (mãe-bebê); 
• Orientarsobre a técnica de amamentação, a 
amamentação livre demanda e a importância do 
aleitamento materno exclusivo; 
• Orientar quando a higiene perineal após cada 
eliminação vesico-intestinal; 
• Proporcionar ambiente de repouso; 
• Avaliar precocemente as condições emocionais da 
mulher em resposta ao trabalho de parto e parto; 
• Orientar a puérpera quando ao planejamento familiar 
 
A amamentação tem importantes funções para o RN: 
nutrição, protege contra infecções, estabelece vinculo 
mãe e bebê, desenvolvimento cognitivamente e 
emocionalmente a criança, além de auxiliar na saúde 
materna, tanto física quanto psicológica. Em muitos casos, 
é responsável por garantir a sobrevivência infantil, além 
de minimizar a incidência do câncer de mama e ovários 
na mulher, involução uterina mais rápida no pós-parto 
A amamentação deve ser estimulada desde a sala de 
parto. Como profissionais da saúde, é fundamental que se 
promova, proteja e apoia a amamentação. 
É preconizado o aleitamento materno a livre demanda, 
sem programação de horários. A pega correta é um 
fator importante para o sucesso da amamentação. Por 
isso, o profissional precisa verificar uma série de 
fatores, alguns deles são: 
 A cabeça do bebê está no mesmo nível da mama da 
mãe e o queijo esta tocando-a 
 A boca está bem aberta; 
 O lábio inferior esta virado para fora 
 As bochechas estão arredondadas ou achatadas 
contra a mama 
 Vê-se pouco a aureola durante a mamada 
 A mama parece arredondadas, não repuxada 
 As sucções são lentas e profundas (suga, dá uma 
pausa e suga novamente) 
 A mãe pode ouvir o bebe deglutindo 
 O corpo do bebe totalmente voltado para a mãe 
 A mãe deve estar sentada de forma confortável 
 
 
A orientação quando a ordenha do leite também é 
primordial. A ordenha serve para realizar o esvaziamento 
da mama em caso de excesso de volume, para manter a 
produção de leite quando há algum problema na 
amamentação, para aumentar essa produção ou para 
entregar o leite ao bebe quando a mãe não está em casa. 
Pode ser feita de forma manual ou com auxílio de bomba 
de extração. 
A amamentação deve ser exclusiva até os 6 meses de 
idade. No alojamento conjunto, os profissionais precisam 
estar atentos a todos esses aspectos da amamentação 
e orientar essa mulher para o sucesso em todo o 
processo. 
Nos primeiros dias após o parto, a secreção de leite é 
pequena, e vai aumentando gradativamente: cerca de 
40-50 mL no primeiro dia, 300-400 mL no terceiro dia, 
500-800 mL no quinto dia, em média. Porém, o estômago 
do bebê cresce em proporções menores, 
 
 
São situações que podem ocorrer devido a amamentação 
durante o pós-parto e que podem gerar agravos à saúde 
materna e fetal. Geralmente estão relacionadas a posição 
ou a pega errada do bebe ao mamar. 
Ingurgitamento mamário: 
Conhecido como “leite empedrado”, ocorre devido ao 
acúmulo de leite nas mamas, causando aumento do 
volume, dores nas mamas e vermelhidão. Esse acúmulo 
torna o leite mais viscoso e, por consequência, o leite 
pode não fluir normalmente. 
O tratamento para essa intercorrência mamária 
geralmente é feito por massagem, extração do leite 
acumulado, bebê mamar com mais frequência e 
compressas quentes e frias. 
 
Fissuras mamilares: 
Pode ocorrer devido: alterações no tecido mamilar; a pega 
incorreta do bebe na hora de mamar; uso de produtos 
nos mamilos como hidratantes, óleos e sabonetes. 
Tratamento: varia de acordo com o grau da lesão, mais 
recomendado é usar o próprio leite como medicação 
devido ao alto nível de anticorpos, orientar a puérpera 
quanto aos cuidados com a mama e corrigir o problema 
que causou a fissura. 
Obstrução de ductos: 
Essa intercorrência mamária acontece quando o leite 
produzido não é drenado corretamente até chegar ao 
mamilo, podendo ser consequência a falta de 
amamentação frequente ou uma ineficiente sucção por 
parte da criança. 
Mastite puerperal: 
Trata-se de processo inicialmente inflamatório, que 
resulta da estase láctea, distensão alveolar e obstrução 
ao fluxo do leite, ou seja, ingurgitamento mamário. A 
mastite puerperal é uma intercorrência que pode 
desencorajar as mamães a amamentarem seus bebês. 
O tratamento consiste em esvaziar a mama (ordenha 
manual, mecânica ou elétrica), ingesta hídrica aumentada, 
alimentação saudável, manter as mamas em uma posição 
adequada e o uso de medicações para alívio dos sintomas 
e regressão da inflamação. 
Não há indicação de inibição láctea. 
 
 
Abcesso mamário: 
Processo infeccioso agudo decorrente da mastite, com 
formação de “lojas” (únicas ou múltiplas), e que pode 
evoluir para necrose do tecido mamário. O tratamento é 
semelhante ao da mastite, com antibiótico, 
preferentemente guiado por cultura e antibiograma; além 
de esvaziamento das lojas. 
O aleitamento materno pode ser suspenso 
provisoriamente na mama afetada, com esvaziamento 
por ordenha manual, mecânica ou elétrica. 
É muito importante que as mulheres fiquem atentas a 
qualquer sinal de intercorrência mamária. Caso ela 
suspeite estar com alguma intercorrência mamária, é 
necessário buscar atendimento de um profissional de 
saúde. 
Candidíase mamária: 
A infecção da mama por Cândida albicans no puerpério. 
A infecção pode ser superficial ou atingir os ductos 
lactíferos, e costuma ocorrer na presença de mamilos 
úmidos (cândida cresce em meio com carboidrato) e com 
lesão. 
A infecção por cândida costuma se manifestar por 
prurido, sensação de queimadura e fisgadas nos mamilos, 
que persistem após as mamadas. É muito comum a 
criança apresentar crostas brancas orais, que devem 
ser distinguidas das crostas de leite (estas últimas são 
removidas sem deixar área cruenta = sanguinolenta). 
Para tratar além do uso de antibióticos na dupla 
(mãe/bebê) é necessário mudar hábitos em relação as 
mamas e orientar quanto ao autocuidado e medidas de 
prevenção de uma nova infecção. 
 
 
 
 
 
Duas variáveis são importantes a serem avaliados dentro 
da leitura da sala de parto: o peso ao nascer e a idade 
gestacional (IG). O enfermeiro junto com a equipe vai 
realizar essa mensuração e, a partir dessas 
informações, será possível conhecer esse RN e verificar 
se ele se encontra dentro dos padrões relacionados a IG 
e ao peso. Vale ressaltar que alguns planejamentos de 
cuidados ao RN após o nascimento estão intimamente 
relacionados ao conhecimento dessas variáveis 
Idade gestacional: 
O RN é considerado: 
 Pré-termo: idade menor que 37 semanas; 
 A termo: entre 37 e 41 semanas e 6 dias; 
 Pós-termo: a partir de 42 semanas. 
O RN prematuro é classificado em limítrofe que está 
entre 35 semanas e 36 semanas, moderado que se 
apresenta entre 30 a 34 semanas e extremo que se 
encontra abaixo de 30 semanas 
Peso do RN: 
A classificação da OMS em relação ao peso do RN 
consiste em: 
 Extremo baixo peso: <1000g 
 Muito baixo peso: >1001g e <1500g 
 Baixo peso: >1501g e <2500g 
 Normal: >2502g e <4000g 
 Macrossômico: >4001g 
 
Com a informação da IG e do peso do RN é possível 
estabelecer uma relação e classificação. Por meio do 
gráfico, avalia-se o RN a partir dessas perspectivas 
denominando-o: 
 
Grande para IG (percentil acima de 90) 
Adequado para IG (percentil entre 10 e 90) 
Pequeno para IG (percentil abaixo de 10) 
 
Na sala de parto é fundamental que os profissionais 
sejam capacitados e preparados para a assistência ao 
recém-nascido. Para a preparação do aleitamento ao RN 
é necessário: realizar uma anamnese materna; a 
disponibilidade de material para atendimento e que tenha 
uma equipe treinada para reanimar esse RN. 
A primeira ação que deve ocorrer em um atendimento 
ao RN na sala de parto é a utilização de campos aquecidos 
e limpos, e a realização da secagem do RN para minimizar 
a queda abrupta da temperatura e o risco de hipotermia. 
A cabeça é uma área de maior perda de calor e deve ser 
protegida. 
Índice de Apgar: 
Assim que ocorre o nascimento, é primordial a realização 
do índice de Apgar no 1 e no5 minuto de vida para 
avaliação da vitalidade ao nascer. Esse índice tem como 
critérios: a frequência cardíaca; a respiração; o tônus 
muscular; a irritabilidade reflexa e a cor. Cada parâmetro 
possui uma pontuação de 0,1 e 2 pontos. 
 
Quando tem uma pontuação de 0 a 3 é asfixia grave, e 
esse RN precisará de uma reanimação. De 4 a 6 é uma 
asfixia moderada e de 7 a 10 configura-se uma boa 
vitalidade, um bebe ativo que será liberado para o 
alojamento conjunto. Os bebes de 0 a 6 não são liberados 
para o alojamento conjunto, eles não têm capacidade 
cardíaca e respiratória para se manterem sozinhos lá. Se 
o escore é menos que 7 no 5º minuto, é recomendado 
aplicação do Apgar a cada 5 minutos até 20 minutos de 
vida do RN. 
A frequência cardíaca é feita através da ausculta do 
precórdio com estetoscópio ou de forma eventual, pela 
palpação do pulso na base do cordão umbilical. Lembre-se 
que esse batimento é de 100-160 bpm. Além disso, outro 
fator que é importante salientar é que não é mais 
recomendado a aspiração das vias aéreas de forma 
sistemática do RN saudável. 
O clampeamento do cordão umbilical deverá ser realizado 
entre 1 a 3 minutos ou quando pulsação do cordão parar, 
exceto se houver alguma contraindicação ou necessidade 
de reanimação. Após esse clampeamento o RN deverá 
ser colocado no tórax ou abdome materno o que propicia 
a troca de calor, reduzindo o risco de hipotermia, e 
interação mãe e bebê. Durante esse momento, já poderá 
iniciar o aleitamento materno, sendo um componente 
importante tanto para o RN quanto para a mãe. 
Medicações e vacinas: 
Outro cuidado imediato da sala de parto é a oferta de 
vitamina K ao RN, que atua na prevenção da doença 
hemorrágica, isso porque o RN não tem competência de 
produção intestinal. A vitamina K deve ser administrada 
em dose única por via intramuscular 1mg, mas caso os 
pais recusem por essa via de administração, ela pode ser 
oferecida por via oral em múltiplas doses. 
A primeira dose da vacina da hepatite B 0,5ml deve ser 
administrada preferencialmente nas primeiras 12h de 
nascimento, na maternidade, por via intramuscular no 
vasto lateral da coxa. 
Coto umbilical: 
O curativo do coto umbilical é feito com álcool a 70%. 
Limpa-se a base e mantem esse coto para cima para não 
ter proximidade com a urina. Incialmente é gelatinoso, 
mumificando-se perto do 3º ou 4º dia, e em média no 6º 
ao 15º dia se desprende. Além disso, faz-se necessário 
verificar a presença de secreções na base do coto 
umbilical ou de eritema. 
 
A primeira consulta do recém-nascido deve ter uma 
avaliação minuciosa, visto que é por meio dela que é 
avaliada as condições físicas da criança, servindo, assim, 
como base para o possível diagnóstico de alguma patologia 
(congênita ou não), além de orientar aos familiares as 
condutas corretas e as possíveis intercorrências comuns 
no decorrer do crescimento do bebê. 
Estado geral do RN: 
Postura: O tônus é classificado como normal se 
apresentar semiflexão dos quatros membros e 
resistência a abdução da coxa. Caso apresente hipotonia 
com flacidez de membros, uma causa deverá ser 
investigada. 
Estado de alerta: Essa informação pode ser difícil de 
conseguir no momento da consulta porque a criança pode 
estar dormindo. Dessa forma, é importante perguntar a 
mãe se a criança é ativa para a amamentação. 
Sinais vitais: A FR máxima do recém-nascido é de 60 irpm 
e a FC tem média de 145 bpm, mas pode variar em uma 
faixa de 90 bpm a 180 bpm. Vale ressaltar também que 
arritmia sinusal ou respiratória é comum que aconteça 
nessa faixa etária e, geralmente, a FC aumenta na 
inspiração e diminui na expiração. Temperatura entre 
35,5 e 37º. 
Crânio: 
Exame das fontanelas: Observar o diâmetro e suas 
tensões: 
 Fontanelas com diâmetro aumentado podem 
estar relacionadas com hipotireoidismo ou 
osteogênese imperfeita; 
 Em caso das tensões tiverem aumentadas 
(abauladas) ou diminuídas (retraídas) pode ser 
sinal de Hipertensão intracraniana e desidratação 
respectivamente. 
Perímetro encefálico: Sua medida serve como marcador 
para o desenvolvimento do sistema neural e a medição 
deve ser feita com a fita métrica passando pela glabela 
até a protuberância occipital, definindo assim: 
 Macrocefalia: se tiver desvio 2 pontos acima do 
percentil 50. 
 Microcefalia: dois pontos abaixo do percentil 50. 
Formato do crânio: O Crânio apresenta grande 
variabilidade de formatos devido a presença de 
fontanelas e a moldagem que pode sofrer ao passar pelo 
canal do parto. É importante observar se há presença 
de: 
 Bossa serossanguinolenta: trata-se de um 
edema do couro cabeludo que não respeita o 
limite das suturas e é causado por trabalho de 
parto prolongado, no qual o RN fica muito tempo 
na descida do canal do parto e extravasa líquido 
para o subcutâneo. Na palpação, a consistência é 
amolecida e é comum a presença de cacifo 
positivo. 
 Cefalo-hematoma: é um extravasamento 
sanguíneo que respeita as suturas cranianas 
devido a localização entre o osso e o periósteo. 
Na palpação, a consistência é firme e o cacifo é 
negativo. 
 Encefalocele: classifica-se por ser tumoração 
grave devido a herniação do parênquima 
cerebral, geralmente no lobo occipital e frontal. 
Pescoço: 
Inspeção: Simetria do pescoço: pode ter a presença de 
assincletismo, decorrente de postura viciosa do feto na 
vida intrauterina e se trata de uma assimetria com 
depressão para um dos lados do pescoço; 
Presença de tumorações: posterior ao músculo 
esternocleidomastoideo, que pode sugerir o diagnóstico 
de higroma cístico; 
Presença de excesso de pele: trata-se de pescoço alado, 
comum nas síndromes genéticas, como na síndrome de 
Turner; 
Presença de cicatrizes: busca por ostomias 
(traqueostomia e esofagostomia); 
Palpação: Palpar o músculo esternocleidomastoideo: a 
ausência parcial ou total do musculo está relacionada ao 
torcicolo congênito; 
Testar a mobilidade do pescoço: a mobilidade para um dos 
lados pode estar comprometida no torcicolo congênito e 
em ambos os lados na síndrome de Klippel-Feil (fusão ou 
redução no número de vertebras cervicais), para testar 
a mobilidade estabilizar a cabeça com uma das mãos e 
tentar movê-la para os lados. 
Face: 
Na face, é comum a procura de evidências de síndromes 
genéticas que podem se manifestar com características 
como fonte proeminente, micro/macrocania, alterações 
do dorso nasal, das pregas epicânticas, das orelhas de 
baixa implementação, da micrognatia, da protusão da 
língua e do pescoço alado. 
 
Pele: 
Ictericia: Lembrar que icterícia presente nas primeiras 
24h de vida é patológica e deve ser rapidamente 
investigada. Em comparação, a icterícia fisiológica, 
aparece após o segundo ou terceiro dia de vida e pode 
estar relacionada ao próprio aleitamento materno. 
Exame neurológico: 
Reflexos primitivos: 
 Sucção reflexa: pode ser avaliada de forma natural 
pelo aleitamento ou colocando a mão da criança em 
sua boca. Esse reflexo deve desaparecer até o 
sexto mês; 
 Busca: ao tocar no lábio superior em um dos lados 
com o seio materno, o RN vira sua cabeça para o 
lado que recebeu o estímulo em busca da mama e, 
logo em seguida, irá abrir a boca; 
 Preensão palmar: ao estimular a região palmar do 
RN, haverá flexão dos dedos para a preensão. Esse 
reflexo deve desaparecer até o sexto mês, quando 
aparece o reflexo apenas voluntário da preensão; 
 Reflexo cutâneo plantar: obtido pelo estímulo da 
região plantar lateral do pé. A resposta esperada é 
a dorsiflexão do hálux acompanhada da separação 
dos demais dedos. A partir do 13º mês, a criança 
deve apresentar a flexão plantar do hálux, pois, a 
partir desse momento, o reflexo da dorsiflexão se 
torna patológico (sinal de Babinski); 
 Reflexo de marcha: apoiar as axilas do RN nas mãos 
do examinador e levantá-lo na posição vertical, 
deixando seus pés encostarem a mesa de exame 
de maneira que cause uma pequena pressão. O 
corpodo recém-nascido fica ereto como reação ao 
apoio; 
 Reflexo de Moro: com a criança em decúbito dorsal, 
fazer extensão ao mesmo tempo dos membros 
superiores, distendo-os e soltando-os bruscamente. 
A resposta esperada é a extensão brusca inicial e 
adução dos membros superiores, seguida de flexão 
simétrica e bilateral (simulando um abraço). A 
assimetria do reflexo de Moro pode indicar lesão do 
plexo braquial ou paresia por lesão do sistema 
nervoso central; 
 Reflexo de Galant: suspender o recém-nascido em 
posição de pronação e estimular a musculatura 
paravertebral no sentido craniocaudal. A resposta 
esperada é a curvatura do tronco para a área 
estimulada; 
 Reflexo tônico-cervical: fazer a rotação da cabeça 
da criança para um dos lados. Essa manobra produz 
a extensão dos membros superior e inferior do lado 
em que a cabeça foi rotacionada e flexão dos 
membros contralaterais. A manobra deve ser 
executada bilateralmente para verificar a simetria. 
O reflexo tônico-cervical desaparece até o terceiro 
mês. 
Tórax: 
O exame do tórax consiste na avaliação cardíaca e 
pulmonar, seguindo as mesmas etapas de inspeção, 
ausculta e palpação. A percussão do tórax no recém-
nascido não traz relevância ao exame, além de acarretar 
riscos ao paciente. 
A palpação de clavícula deve ser realizada, visto que é o 
osso mais frequentemente fraturado em toracotraumas. 
Abdome: 
Deve ser feito, principalmente, a inspeção do coto 
umbilical 
Genitálias: 
Masculina: 
 Criptorquidia: deve ser avaliado se há ausência ou 
retração de testículos. Quando esses não forem 
palpáveis, os pais devem ser tranquilizados de 
que é uma situação comum, com conduta 
expectante até os 6 meses de idade. Em grande 
parte dos casos ocorre unilateralmente; 
 Hidrocele: presença de líquido peritoneal na bolsa 
escrotal. Possui resolução espontânea até os 2 
anos de idade. É importante fazer diagnóstico 
diferencial com hérnia inguinal, caso a hidrocele 
for comunicante. O exame é realizado com 
transiluminação da bolsa escrotal com uma 
lanterna; 
 Hipospadia: localização do meato urinário na face 
ventral do pênis; 
 Epispadia: localização do meato urinário na face 
dorsal do pênis; 
 Fimose: fisiológica ao nascimento. Indicação 
cirúrgica a partir dos 5 anos de idade, a 
depender da escolha da família; 
 Micropênis: quando o tamanho do pênis se 
encontra abaixo dos 2,5 desvios padrão para a 
idade. 
Feminina 
 Pode ocorrer proeminência dos lábios vaginais, 
além da possibilidade da saída de secreção 
esbranquiçada ou sanguinolenta, que se resolve 
espontaneamente; 
 Sinéquia: aderência entre os pequenos lábios 
vaginais 
Osteoarticular: 
Avaliar a resistência dos membros aos movimentos e o 
tônus muscular para o rastreamento de flacidez ou 
paralisia. 
Manobra de Ortolani: Colocar o polegar na parte interna 
da coxa do recém-nascido e posicionar os outros dedos 
sobre o grande trocanter. Com as articulações 
coxofemorais e o joelho fletido, realiza-se o movimento 
de abdução e elevação. Positivo quando se percebe um 
clique audível com os movimentos. 
Manobra de Barlow: Com as articulações coxofemorais e 
o joelho fletido, empurrar posteriormente o fêmur com 
o quadril fletido e a coxa em adução. Positivo se o quadril 
for deslocável 
 
Coluna vertebral: 
A coluna deve ser inspecionada e palpada percorrendo 
toda a linha média, principalmente na região lombo-sacral, 
para pesquisa de intercorrências como a herniação das 
meninges (mielomeningocele e meningocele). Também 
deve ser observada a presença de assinaturas 
neurocutâneas em linha média para o rastreamento de 
espinha bífida oculta. 
Teste do pezinho: 
Realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida. Esse 
teste tem como objetivo identificar de forma precoce 
algumas doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e 
endocrinológicas. Com isso, pode-se evitar agravamento 
da condição e tempo para adoção de tratamentos em 
tempo hábil, evitando também a morte desse RN. 
As doenças contempladas pelo teste são: fenilcetonuria, 
hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras 
hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal 
congênita e deficiência de biotinidase. A equipe de 
enfermagem precisa alertar a puérpera e a família 
sobre a importância deste teste. 
Triagem auditiva: 
A triagem auditiva neonatal (TAN), também conhecido 
como teste da orelhinha, cosiste na identificação precoce 
da deficiência auditiva nos neonatos e lactentes. O teste 
é realizado por meio de medidas fisiológicas e 
eletrofisiológicas da audição. Precisa ser realizada nos 
primeiros dias de vida no máximo durante o primeiro mês 
de vida. 
Triagem do reflexo vermelho: 
Conhecido como teste do olhinho, que tem como objetivo 
a detecção de problemas oculares de origem congênita. 
Em um quarto escuro, utilizando um oftalmocospio 
procura-se o reflexo vermelho no fundo do olho 
indicando que as estruturas internas se apresentam 
transparentes 
Candidíase: 
É uma infecção causada por um fungo, que pode ocorrer 
devido a flora vaginal desequilibrada e sistema imunológico 
enfraquecido, mas também pode ocorrer devido uso de 
roupas apertadas ou molhadas, uso de antibióticos e de 
anticoncepcionais, durante a gravidez ou período 
menstrual. 
 
Sintomas: Coceira, ardência; 
Inchaço na região genital; 
Corrimento branco e espesso; 
Ardência ao urinar; 
Dor durante as relações sexuais. 
Orientações: ao uso de preservativos; não utilizar o 
mesmo absorvente por um período longo; Não ficar muito 
tempo com roupas íntimas molhadas ou úmidas; dormir 
sem calcinha. 
Vaginose bacteriana: 
Causas: aumento de bactérias anaeróbicas; diminuição de 
lactobacilos; alterações do pH vaginal. 
OBS: essas bactérias possuem uma ação local por isso a 
vaginose não é considerado uma IST!! 
Sintomas: na maioria a mulher se apresenta 
assintomática, mas podem ocorrer: Corrimento de cor 
cinza, homogêneo e cremoso; Odor fétido (peixe ou 
putrefação), principalmente após relação sexual; Prurido. 
 
Conduta: Orientar quanto o tratamento com metranidazol 
500mg via oral 
Endometriose: 
É uma doença inflamatória provocada pelas células do 
endométrio, que em vez de serem expelidas durante a 
menstruação migram para os ovários ou para cavidade 
abdominal e voltam a se multiplicar e sangrar. 
 
OBS: Acomete mulheres a partir da primeira 
menstruação e pode se estender até a última. 
 
 
 
 
 Estágios da endometriose 
 
Sintomas: mais comuns 
• Cólicas menstruais intensas e dor durante a 
menstruação; 
• Dor pré-menstrual e/ou durante as relações sexuais 
• Dor difusa ou crônica na região pélvica; 
• Fadiga crônica e exaustão; 
• Sangramento menstrual intenso ou irregular; 
• Alterações intestinais ou urinárias durante a 
menstruação; 
• Dificuldade para engravidar e infertilidade 
O tratamento para endometriose pode ser 
medicamentoso ou cirúrgico. Em casos cirúrgicos a 
endometriose é removida por meio de uma cirurgia 
chamada laparoscopia. Em alguns casos, é possível 
eliminar apenas os focos da doença 
Doença Inflamatória Pélvica: 
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é a inflamação aguda 
do trato genital superior feminino, podendo acometer o 
endométrio, as trompas uterinas, os ovários, o peritônio 
e estruturas pélvicas adjacentes. Sua transmissão se da 
por relação sexual desprotegida. 
Acontece principalmente quando a gonorreia e a infecção 
por clamídia não são tratadas. 
 
Sintomas: Dor na parte baixa do abdômen (no “pé da 
barriga” ou baixo ventre) e/ou durante a relação sexual; 
Dor abdominal e nas costas; Febre, fadiga e vômitos; 
Corrimento vaginal, sangramento vaginal, dor ao urinar 
Tratamento: O tratamento é feito com antibióticos e sua 
duração é de 14 dias. É extremamente importante 
ressaltar que os parceiros sexuais devem ser 
examinados e tratados se tiveram relações sexuais com 
a paciente até 60 dias antes do iníciodos sintomas. 
Caso não seja diagnosticada precocemente e tradada, a 
DIP pode levar à infertilidade, à gravidez ectópica, à dor 
pélvica crônica ou à formação de abscesso tubo-ovariano. 
Miomatose uterino: 
Miomas são tumores uterinos benignos formados por 
tecido muscular, neste caso no útero. Acometem as 
mulheres principalmente na fase reprodutiva da vida. 
A causa é desconhecida, mas sabe-se que seu 
crescimento depende de fatores hormonais, diminuindo 
de tamanho após a menopausa. Podem ser únicos ou 
múltiplos e desde bem pequenos até atingir enormes 
volumes. 
Sintomas: A grande maioria das mulheres são 
assintomáticas, porém, algumas sentem aumento do fluxo 
menstrual, muitas vezes com coágulos, podendo resultar 
em anemia. Outro sintoma importante é o aumento do 
volume abdominal. 
Tratamento: Deve ser individualizado, dependendo da 
presença ou não de sintomas importantes e da idade da 
paciente. Na conduta, deve-se controlar o crescimento 
do mioma. O tratamento pode ser medicamentoso ou 
através de cirurgia: miomectomia (retirada só do mioma) 
ou histerectomia (retirada de todo o útero). 
 
 
O câncer de mama é uma doença causada pela 
multiplicação desordenada de células anormais da mama, 
que forma um tumor com potencial de invadir outros 
órgãos. 
Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm 
desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem 
lentamente. A maioria dos casos, quando tratados 
adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom 
prognóstico. 
Não há uma causa única, mas sim uma série de eventos 
hormonais e genéticos, inclusive os ambientais, que 
podem contribuir para o seu desenvolvimento. 
 
Os principais tipos são: 
✓Carcinoma ductal – tem origem nos ductos mamários 
e há vários subtipos. É o mais comum, encontrado em 
80% dos casos. 
✓Carcinoma lobular – tem origem nos lóbulos que são 
responsáveis pela produção do leite materno. É 
diagnosticado em cerca de 5% a 10% dos casos. 
Os tumores podem ser diagnosticados em diferentes 
fases (estadiamentos). 
São in situ quando suas células estão localizadas e 
infiltrantes quando essas invadem áreas vizinhas com 
potencial para atingir linfonodos e outros órgãos 
(metástase). Quanto mais localizada a doença melhor é a 
possibilidade de tratamento. 
 
 
O principal sinal da doença é o nódulo mamário endurecido, 
fixo e geralmente indolor. 
Outros sinais da doença: endurecimento de partes da 
mama, mudança na pele (retração ou aparência de “casca 
de laranja”), saída espontânea de líquido do mamilo, 
vermelhidão ou alteração do formato e posição do mamilo, 
linfonodos supraclaviculares ou axilares. 
• A maioria surge no quadrante superior externo, onde 
há maior parte do tecido mamário. 
 
Detecção precoce: As estratégias para a detecção 
precoce são o diagnóstico precoce, em pessoas com 
sinais e/ou sintomas iniciais da doença, e o rastreamento, 
em mulheres na faixa etária especifica., de 50 a 69 anos 
recomendado uma vez a cada dois anos. 
A mamografia é um exame por imagem capaz de 
identificar nódulos mesmo antes de serem palpáveis. 
Tratamento do câncer de mama podem ser divididas em: 
• Tratamento local: cirúrgica e radioterapia (além de 
reconstrução mamária); 
• Tratamento sistêmico: quimioterapia, 
hormônioterapia e terapia biológica. 
 
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer 
cervical, é causado pela infecção persistente por alguns 
tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos 
oncogênicos). Na maioria das vezes, a infecção cervical 
pelo HPV é transitória e regride espontaneamente, entre 
seis meses e dois anos após a exposição. 
Alguns fatores de risco: genética, comportamento 
sexual, tabagismo, a iniciação sexual precoce, idade, a 
multiplicidade de parceiros sexuais, a multiparidade e o 
uso de contraceptivos orais. 
O diagnóstico pode ser feito a partir de 3 testes: 
1. Exame pélvico e história clínica: exame da vagina, 
colo do útero, útero, ovário e reto através de 
avaliação com especulo, toque vaginal e toque 
retal 
2. Exame preventivo Papanicolau 
3. Colposcopia: exame que permite visualizar a 
vagina e o colo do útero com um aparelho 
chamado colposcópio, capaz de detectar lesões 
anormais nessas regiões 
4. Biopsia: se células anormais são detectadas no 
exame preventivo é necessário realizar uma 
biopsia, com retirada de pequena amostra de 
tecido para análise no microscópio. 
O tratamento para cada caso deve ser avaliado e 
orientado por um médico. Entre os tratamentos para o 
câncer de colo de útero estão: a cirurgia, a quimioterapia 
e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá da 
estagio do câncer, to tamanho do tumor e de fatores 
pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Área técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada 
e humanizada, manual técnico. Brasília. 2006. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas 
Gestação de Alto Risco 5a edição Série A. Normas e Manuais Técnicos Brasília 2012. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Miomas uterinos. 2005. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Básica. Departamento de atenção Básica. Saúde da 
criança: aleitamento materno e alimentação complementar; 2ª edição, 2015. 
REZENDE, Jorge de. Obstetrícia Fundamental. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2011. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica à saúde. Departamento de ações Programáticas 
Estratégicas. Área Técnica de saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada – 
manual técnico, 2005. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção a saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. 2º 
edição, 2014. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção da triagem auditiva neonatal. Brasília, 2012. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília, 2012. 
 
 
1) ARES 2018 As alterações no metabolismo materno são importantes para supriras demandas do feto. Entretanto, 
mulheres que engravidam com algum grau de resistência à insulina, como nos casos de sobrepeso/obesidade, obesidade 
central e síndrome dos ovários policísticos, associado à ação dos hormônios placentários anti-insulínicos favorece o quadro 
de hiperglicemia dintensidade variada, caracterizando o diabetes mellitus gestacional (DMG) e levando a efeitos adversos 
maternos e fetais. A respeito do diabetes mellitus gestacional é correto afirmar: 
A) NaDMG a via de parto recomendada é a cesárea. 
B) O aleitamento materno por períodos maiores que 3 meses não está relacionado com a redução do risco de 
desenvolvimento de DM2 após a gestação. 
C) A realização do TOTG com 75g de glicose, dez semanas após o parto, é considerado o padrão ouro para o diagnóstico 
de diabetes após a gestação. 
D)Os valores do teste oral de tolerância a glicose (TOTG) que confirmem o diagnóstico é: jejum, em 1 e 2 horas, que são 
≥92 mg/dL, ≥80 mg/dL e ≥3 mg/dL, respectivamente. 
 
2) ARES 2018 O nascimento no ambiente hospitalar se caracteriza pela adoção de várias tecnologias e procedimentos 
com o objetivo de torná-lo mais seguro para a mulher e seu filho. Se por um lado, o avanço da obstetrícia moderna 
contribuiu com a melhoria dos indicadores de morbidade e mortalidade materna e perinatais, por outro, permitiu a 
concretização de um modelo que considera a gravidez, o parto e o nascimento como doenças e não como expressões de 
saúde, expondo as mulheres e recém-nascidos a altas taxas de intervenções, que deveriam ser utilizadas de forma 
parcimoniosa e apenas em situações de necessidade e não como rotina. Qual das opções abaixo é considerada uma 
intervenção desnecessária durante a assistência ao trabalho de parto e parto? 
A) Ofertar mudança de posição durante o trabalho de parto e parto. 
B) Incentivoaos puxos dirigidos com finalidade de acelerar o momento do parto. 
C) Administração de ocitocina exógena para corrigir contratilidade uterina ineficaz. 
D) Assegurar presença do acompanhante de escolha da mulher durante o trabalho departo, parto e pós-parto 
 
3) ARES 2018 O acolhimento com classificação de risco é um dispositivo técnico-assistencial que possibilita a identificação 
das prioridades para o atendimento de acordo com a necessidade de saúde/gravidade/risco ou vulnerabilidade de cada 
paciente. O protocolo de Classificação de Risco (CR) é uma ferramenta de apoio à decisão clínica e uma forma de linguagem 
universal para as urgências obstétricas. Para avaliação da dor, utiliza-se a Escala Visual Analógica (EVA), que consiste num 
instrumento de avaliação subjetiva da intensidade da dor da mulher. Quando a intensidade é no valor de 4 a 6, que indica 
dor moderada, a CR dessa gestante deve ser: 
A) Verde. 
B) Laranja. 
C) Amarelo. 
D) Vermelho 
 
4) ARES 2018. O puerpério é conceituado como o intervalo entre a dequitação e o retorno dos órgãos maternos ao seu 
estado pré-gravídico. Sobre as alterações que ocorrem no puerpério, considere as assertivas e indique a alternativa 
correta. I. A diaforese é considerada fisiológica, especialmente à noite, nos primeiros três dias. II. A cérvice endurece 
imediatamente após o parto e sua abertura externa jamais recupera sua aparência pré-gravídica. III. A loquiação alba 
consiste em leucócitos, células deciduais, epiteliais, muco e bactérias.IV. Os fatores de coagulação estão elevados durante 
a gravidez, diminuindo após o puerpério tardio. 
A) Apenas a I e a II estão corretas. 
B) II e IV estão incorretas. 
C) Apenas IV está incorreta. 
D) Todas estão corretas. 
 
5) UERJ 2020 Puérpera com quadro de hemorragia puerperal possui acesso venoso periférico com cateter 16Ga em veia 
basílica do membro superior direito, fluindo a terceira etapa de soro fisiológico 0,9%. Foram prescritas duas bolsas de 
concentrado de hemácias. Após o início da segunda bolsa de concentrado, a paciente apresentou dispneia, ortopneia, 
distensão da veia jugular, taquicardia e ansiedade súbita. A complicação que está relacionada a esse procedimento é: 
a) sobrecarga circulatória 
b) reação hemolítica tardia 
c) reação hemolítica aguda 
d) contaminação bacteriana 
 
6) SOFIA FELDMAN 2019 A atenção básica na gravidez inclui a prevenção, a promoção da saúde e o tratamento dos 
problemas que ocorrem durante o período gestacional e após parto. As consultas de pré-natal poderão ser feitas na 
unidade de saúde ou durante visitas domiciliares (BRASIL, 2000). Sobre as consultas de pré-natal realizadas pelo 
enfermeiro, assinale afirmativa INCORRETA: 
A) Deve-se aferir o peso em todas as consultas pré-natais, com a gestante usando roupa leve e descalça. Recomenda-se 
a realização de testes rápidos obrigatórios em todas as consultas. 
B) Frente a qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até sete dias após a data provável, o enfermeiro deverá 
encaminhar para consulta médica, ou ser referida para serviço de maior complexidade. 
C) O intervalo entre as consultas deve ser de quatro semanas. Após a 36ªsemana, a gestante deverá ser acompanhada 
a cada 15 dias, visando a avaliação da pressão arterial, da presença de edemas, da altura uterina, dos movimentos do feto 
e dos batimentos cardiofetais. 
D) De acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem (Decreto nº94.406/87), o pré-natal de baixo risco pode 
ser inteiramente acompanhado pelo enfermeiro. 
 
 
7) SOFIA FELDMAN 2019 O acesso ao cuidado do pré-natal no primeiro trimestre da gestação tem sido incorporado como 
indicador de avaliação da qualidade da Atenção Básica e o atendimento qualificado realizado por médicos e enfermeiros é 
fundamental (MINISTÉRIODA SAÚDE, 2016). Para a determinação aproximada da idade gestacional no exame obstétrico 
durante a consulta de pré-natal, pela medida da altura do fundo do útero, é CORRETO considerar o seguinte parâmetro: 
A) Na 3ªsemana de gestação o útero corresponde ao dobro do tamanho normal. 
B) Na 10ªsemana de gestação o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual. 
C) Na 15ªsemana de gestação o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical. 
D) Na 9ªsemana de gestação o útero enche a pelve, de modo que é palpável na sínfise púbica. 
 
8) SOFIAFELDMAN 2019 A definição de quais mulheres devem ser rastreadas tem sido objeto de muitos questionamentos. 
É consenso que mulheres que nunca tiveram relação sexual não correm risco de câncer do colo do útero por não terem 
sido expostas ao fator de risco necessário para essa doença: a infecção persistente por tipos oncogênicos do HPV. 
(INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, INCA, 2016) Segundo as diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo 
do útero, publicada em 2016, é recomendado que: 
A) Os 2 primeiros exames citopatológicos devem ser realizados com intervalo anual e, se ambos os resultados forem 
negativos, os próximos devem ser realizados a cada 5 anos. 
B) Para mulheres com mais 64 anos de idade e que jamais se submeteram ao exame citopatológico, deve-se realizar 2 
exames com intervalo de 1 a 3 anos. Se os resultados forem negativos, estarão dispensadas de exames adicionais. 
C) O início da coleta deve ser a partir dos 15 anos de idade para as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual. Antes 
dessa idade o rastreamento não tem impacto na redução da incidência ou mortalidade por câncer do colo do útero. 
D) Os exames periódicos devem seguir até os 59 anos de idade e, naquelas mulheres sem história prévia de doença 
neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando tiverem pelo menos 2 exames negativos consecutivos nos últimos 5 anos. 
 
9) SOFIA FELDMAN 2019 . A assistência pré-natal pressupõe avaliação dinâmica das situações de risco e prontidão para 
identificar problemas de forma a poder atuar, de maneira a impedir um resultado desfavorável. Vários fatores de risco 
devem ser considerados nos atendimentos realizados durante o pré-natal de modo a decidir se a gestante deve continuar 
seu acompanhamento na Atenção Básica ou a gestante deva ser encaminhada ao serviço de pré-natal de alto risco 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016). SAÚDE, 2016). Assinale a afirmativa que é considerada fator de risco indicativo de realização 
do pré-natal de baixo risco ou risco habitual na Atenção Básica: 
A) Mulheres que realizaram três ou mais cesarianas prévias. 
B) Mulheres com antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. 
C) Mulheres com história de abortamento habitual (duas ou mais perdas precoces consecutivas). 
D) Mulheres com doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.). 
 
10) Uma paciente de 32 anos de idade, G2PN2A0, comparece à consulta ginecológica de enfermagem para a coleta de 
material cérvico-uterino. Queixa de prurido na região vulvar e dor ao urinar. Ao exame especular, o enfermeiro visualiza 
corrimento abundante, amarelado de odor fétido e hiperemia da mucosa. Realiza a coleta de material cérvico-uterino. Os 
achados desse exame físico e das queixas são compatíveis com: 
A) Infecção do trato urinário. 
B) Vaginose bacteriana. 
C) Tricomoníase 
d) candidíase 
 
11) Uma paciente chega na Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 dias após o parto e, ao ser questionada sobre a amamentação, 
relata que não está amamentando por orientação médica. Em relação ao quadro clínico descrito acima, assinale a afirmativa 
que é considerada uma contraindicação absoluta ao aleitamento materno: 
A) Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2. 
B) Mães com tuberculose. 
C) Mães HBsAg positivas. 
D) Mães tabagistas. 
 
12) USP 2021 O planejamento familiar contribui para a redução da morbimortalidade materna e infantil, pois 
(A) aumenta o número de gestações não desejadas. 
(B) aumenta o número de ligaduras tubárias por falta de acesso a outros métodos contraceptivos. 
(C)reduz o intervalo entre as gestações, diminuindo complicações neonatais. 
(D) aumenta o risco de complicações em mulheres com doenças pré-existentes. 
(E) diminui o número de abortos provocados. 
 
13) (CESPE SES ES 2018) No puerpério, ocorre risco de déficit de volume de líquidos, devido à subinvolução uterina e aos 
procedimentos cirúrgicos realizados em casos de cesárea ou de episiorrafia. Nesses casos, a conduta do profissional de 
enfermagem inclui 
A) observar e descrever as características da loquiação. 
B) avaliar a pressão arterial, apesar de esta não apresentar relação com a perda sanguínea. 
C) manter os membros inferiores abaixados para que ocorra diminuição do retorno venoso e melhora do sangramento 
vaginal. 
D) administrar ocitocina, como primeira conduta, em caso de hipotonia ou atonia uterina. 
E) orientar a puérpera que permaneça em repouso e não realize os cuidados com o recém-nascido. 
 
14) (CESPE SES ES 2018) A hipertensão arterial é a doença que mais frequentemente complica a gravidez, sendo 
responsável pelo maior índice de morbidade e mortalidade materna e perinatal. Por isso, é fundamental o diagnóstico 
precoce e preciso em caso de pré-eclâmpsia, diferenciando-a da hipertensão primária ou crônica preexistentes. Acerca 
desse assunto, assinale a opção correta. 
A) Compreende um quadro de pré-eclâmpsia de urgência a pressão arterial diastólica inferior a 110 mmHg com presença 
de sintomatologia clínica. 
B) Nas emergências hipertensivas, recomenda-se controlar a pressão o mais rapidamente possível; nas urgências 
hipertensivas, o controle pode ser gradual, em um período de até 48 horas. 
C) A pré-eclâmpsia apresenta-se quando o nível da pressão arterial for maior ou igual a 140 mmHg × 90 mmHg, com 
proteinúria (> 300 mg/24h). 
D) A mulher que tem doença renal progressiva, mesmo que sua função renal esteja relativamente preservada, deve ser 
desencorajada a ter filhos, pelo alto risco de apresentar quadro de pré-eclâmpsia. 
E) O termo pré-eclâmpsia foi criado por Louis Weinstein, para caracterizar as pacientes com sintomas antecessores à 
eclampsia 
 
15) (IBFC -2017 -EBSERH –Enfermeiro) Assinale a alternativa correta que contemple um exemplo de presunção de gravidez. 
A) Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume 
B) Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar pulsação da artéria vaginal nos fundos 
de sacos laterais) 
C) Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas) 
D) Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard 
a partir de 20 semanas 
E) Atraso menstrual 
 
16) (IBFC UFF 2016) Durante a consulta de enfermagem, a mulher DRS, 30 anos, informou que sua última menstruação 
foi em 10de setembro de 2016. De acordo com a regra de Näegele para cálculo da data provável do parto (DPP), é correto 
afirmar que a DPP será em: 
a) 10 de junho de 2017 
b) 03 de julho de 2017 
c) 17 de junho de 2017 
d) 03 de junho de 2017 
e) 25 de junho de 2017 
 
17) (IBFC UFSC 2016) Em uma consulta de enfermagem, o enfermeiro verificou que a data da última menstruação de uma 
gestante foi em 13/09/2016, e utilizando a Regra de Naegele, calculou a data provável do parto. Assinale a alternativa 
que contemple essa data provável do parto calculada. a) 27/06/2017 
b) 13/06/2017 
c) 01/06/2017 
d) 06/06/2017 
e) 20/06/2017 
 
 
 
18) (IBFC 2017) Sobre a técnica para medida da altura uterina, analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou 
Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. ( ) Posicione a gestante em decúbito 
lateral esquerdo, com o abdome descoberto. ( ) Delimite a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino. ( ) Por meio 
da palpação, procure corrigir a comum dextroversão uterina. 
a) V,V,V 
b) V,F,V 
c) F,V,F 
d) F,V,V 
19 (UERJ/CEPUERJ/2019) O exame citopatológico tem como objetivo rastrear o câncer do colo de útero e suas lesões 
precursoras. O Ministério da Saúde recomenda que o intervalo entre os exames deve ser: 
a) anual, independente de resultados negativos. 
b) de dois anos, independente de resultados negativos. 
c) de três anos, após dois exames negativos com intervalo anual. 
d) de quatro anos, após dois exames negativos com intervalo anual. 
 
20 (UERJ/CEPUERJ/2019) O Ministério da Saúde recomenda que, para um pré-natal de baixo risco, deverão ser realizadas, 
no mínimo, seis consultas com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. As consultas até a 28ª semana 
devem ser realizadas com frequência: 
 a) mensal. b) Semanal. c) bimestral. d) quinzenal. 
 
21 (Residência/UERJ/2022) Durante o terceiro período clínico do trabalho de parto, algumas manobras são realizadas 
quando não há dequitação espontânea. A manobra em que são realizados movimentos delicados de massagem de fundo de 
útero e, ao mesmo tempo, suave tração e rotação do cordão umbilical é denominada: 
 a) Brandt-Daroff. b) Jacob Dublin. c) Fabre. d) Taxe 
 
22 (UERJ/CEPUERJ/2019) Buscando a assistência humanizada, os estudos evidenciaram que é útil e deve ser utilizado(a) 
e estimulado(a) no parto normal (o)a: 
a) posição não supina. 
b) manobra de Kristeller. 
c) exame vaginal frequente. 
d) restrição hídrica e alimentar. 
 
 
23 (Residência/UERJ/2022) Mulher de 19 anos, em pós-operatório de cesariana realizada há vinte dias, lactante em 
aleitamento materno exclusivo, comparece à UBS relatando queimação nos mamilos ao amamentar e durante os intervalos 
das mamadas. Ao ser examinada pela enfermeira, verificou-se o uso de conchas de silicone. Suas mamas estavam cheias 
e os mamilos, descamativos e hiperemiados, com aspecto de assadura. Nesse caso, para garantir o bem-estar da mulher 
e do seu recém-nascido, deve-se orientar quanto ao(à): 
a) pega adequada, visto se tratar de fissura mamilar. 
b) ordenha das mamas quando necessário, visto se tratar de ingurgitamento mamário. 
c) correto uso dos antimicóticos pela mulher e pelo recém-nascido, visto se tratar de infecção por Candida albicans. 
d) aumento da frequência de oferta das mamas e à compressão das mamas pelas conchas de silicone, visto se tratar de 
ductos mamários bloqueados. 
 
24 (UERJ/CEPUERJ/2019) Na profilaxia da transmissão vertical do HIV durante o parto, alguns cuidados essenciais ao 
recém-nascido exposto ao HIV devem ser observados após o nascimento, tal como: 
a) realizar banho imediatamente. 
b) aspirar vias aéreas vigorosamente. 
c) clampear tardiamente o cordão umbilical. 
d) estimular o aleitamento materno na primeira hora. 
 
25 (UERJ/CEPUERJ/2019) Na assistência ao recém-nascido a termo e saudável após o parto, recomenda-se realizar de 
modo rotineiro: 
a) aspiração de vias aéreas superiores 
b) clampeamento imediato do cordão umbilical 
c) administração de vitamina K por via intramuscular 
d) verificação do índice de Apgar ao 5º e 10º minutos de vida 
 
26 (Residência/UERJ/2022) Segundo o MS, os indicadores comportamentais de dor neonatal e as estratégias não 
farmacológicas para controle da dor e do estresse no recém-nascido, respectivamente, são: 
a) irritabilidade e arqueamento do tórax / soluções adocicadas orais e enrolamento. 
b) sudorese palmar e tremor do queixo / sucção nutritiva e contenção facilitada. 
c) fechamento dos olhos e hipotonia / contato pele a pele e amamentação. 
d) choro e língua relaxada / posição canguru e redução da iluminação. 
 
27 (UERJ/CEPUERJ/2019) Apesar da sucção do bebê ser um ato reflexo, ele precisa aprender a retirar o leite do peito 
de forma eficiente. Para que isso ocorra, torna-se necessário que se estabeleça pega e posição adequadas. Considera-se 
sinal de boa pega, além da boca do bebê estar bem aberta, que: 
a) o queixo do bebê esteja distante da mama. 
b) as bochechas do bebê estejam encovadas. 
c) o lábio inferior do bebê estejavirado para dentro. 
d) a aréola esteja mais visível acima da boca do bebê. 
 
28 (UFF-COREMU/2021) Palpação obstétrica e medida da altura uterina (AU) são técnicas que objetivam identificar o 
crescimento fetal, permitindo diagnosticar os desvios da normalidade a partir da relação entre a altura uterina e a idade 
gestacional, bem como possibilita a identificação da situação e a apresentação fetal. A técnica de palpação abdominal é 
conhecida como manobra de: 
(A) McRoberts. (B) Leopold. (C) Jacob Dublin. (D) Valsalva. 
 
29 (UFF-COREMU/2021) O Ministério da Saúde afirma que o conceito de infecção puerperal está diretamente ligado ao 
de morbidade febril puerperal, que é a temperatura de, no mínimo, 38ºC durante dois dias quaisquer, dos primeiros 10 
dias pós-parto, excluindo-se as 24 horas iniciais. Entre os principais fatores de risco, citamos: 
(A) ruptura prematura das membranas ovulares. 
(B) parto abrupto. 
(C) síndrome hemorrágica. 
(D) infecções urinarias de repetição. 
 
30 (UFF-COREMU/2021) A conduta fisiológica no terceiro período do parto envolve um conjunto de cuidados que inclui os 
seguintes procedimentos: 
(A) coloca-se a puérpera em decúbito dorsal, clampea-se o cordão no primeiro minuto e realiza-se massagem vigorosa em 
fundo de útero para assegurar a involução uterina. 
(B) utiliza-se uterotônicos de rotina para impedir hemorragia pós-parto e realiza-se massagem vigorosa em fundo de útero 
para assegurar a involução uterina. 
(C) descartar o uso de uterotônicos de forma rotineira e clampear o cordão depois que parar a pulsação, devendo a 
expulsão da placenta ocorrer por esforço materno. 
(D) posteriormente ao nascimento e clampear o cordão depois que parar a pulsação, realizando-se manobras de tração 
no cordão umbilical para facilitar a dequitação placentária. 
31 (UFF-COREMU/2021) No protocolo do Ministério da Saúde acerca da classificação de risco e acolhimento, os parâmetros 
de avaliação dos sinais vitais em gestantes e puérperas envolvem alteração: 
(A) nos níveis de pressão arterial sistólica e diastólica e frequência cardíaca. 
(B) da frequência cardíaca, da frequência respiratória e da pressão sistólica. 
(C) nos níveis de pressão arterial sistólica e diastólica e frequência respiratória. 
(D) da frequência cardíaca, da frequência respiratória e da temperatura corporal. 
32 (UFF-COREMU/2021) Você atende uma gestante que se encontra no final do segundo e início do terceiro trimestre 
de gestação, referindo o seguinte quadro clínico: sangramento indolor, autolimitado e presença de sangramento sentinela. 
Dessa forma, você conclui que ela pode estar apresentando sinais de : 
(A) placenta prévia. 
(B) descolamento prematuro da placenta. 
(C) uma migração placentária apenas. 
(D) sangramento retro placentário 
 
33 (UFF-COREMU/2021) Os reflexos primitivos característicos do RN devem ser avaliados, pois podem trazer informações 
importantes sobre seu estado de saúde. São diversos os reflexos primitivos encontrados no RN, porém não há necessidade 
de avaliação de todos durante o exame físico rotineiro do RN a termo. Os reflexos primitivos que habitualmente devem 
ser avaliados são: 
(A) sucção, deglutição, preensão, marcha, cutâneo-plantar e moro. 
(B) sucção, respiração, preensão, marcha, cutâneo-plantar e moro. 
(C) respiração, voracidade, preensão, marcha, cutâneo-plantar e moro. 
(D) sucção, voracidade, preensão, marcha, cutâneo-plantar e moro. 
 
34 (UFF-COREMU/2021) No sentido de monitorar o primeiro período do trabalho de parto fisiológico, deve-se registrar o 
seguinte: 
(A) exame vaginal de duas em duas horas. 
 (B) temperatura e PA de duas em duas horas. 
(C) frequência respiratória e cardíaca de quatro em quatro horas. 
(D) frequência das contrações uterinas e cardíaca de uma em uma hora. 
 
 
1) D 
2) B 
3) A 
4) B 
5) A 
6) A 
7) B 
8) B 
9) A 
10) C 
11) A 
12) E 
13) A 
14) C 
15) E 
16) C 
17) E 
18) D 
19) C 
20) A 
21) C 
22) A 
23) C 
24) A 
25) C 
26) A 
27) D 
28) B 
29) A 
30) C 
31) A 
32) A 
33) D 
34) D

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