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ISABELLA MEIRA BAYLÃO – MED 105 1 ANATOMIA DAS GLANDULAS ACESSORIAS DO SISTEMA DIGESTIVO PANCREAS - chama pâncreas pois do latim é pão doce, e pela sua densidade e formato assemelha-se. → É uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal (exceto a cauda na parte do ligamento gastroesplenico que vai ao baço), situada sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras L I e L II (o nível do plano transpilórico) na parede posterior do abdome. – por isso a dor do pâncreas é chamada de dor em barra, e por impacto a inersia das vertebras pode acometes as celulas pancreáticas podendo inclusive levar a diabetes. → Situa-se atrás do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda. O mesocolo transverso está fixado à sua margem anterior. -pesa aproximadamente 100g, e tem 15cm x 4cm x 2cm → É divido em 4 partes: CABEÇA: parte expandida da glândula que é circundada pela curvatura em forma de C do duodeno à direita dos vasos mesentéricos superiores. Está firmemente fixada à face medial das partes descendente e horizontal do duodeno. O processo uncinado é uma projeção da parte inferior da cabeça do pâncreas, estende-se medialmente para a parte esquerda, posteriormente á artéria mesentérica superior. - A cabeça do pâncreas está apoiada posteriormente na veia cava inferior, artéria e verias renais direitas, e veia renal esquerda. COLO: é curto, está situado sobre os vasos mesentéricos superiores, que deixam um sulco em sua face posterior. A face anterior do colo, coberta por peritônio, está situada adjacente ao piloro do estomago. Geralmente 2 cm. Atras do colo do pâncreas há a formação da veia porta. ISABELLA MEIRA BAYLÃO – MED 105 2 CORPO: situa-se à esquerda dos vasos mesentéricos superiores, passando sobre a aorta e a vertebra L II, logo acima do plano transpilórico e posteriormente à bolsa omental. A artéria esplênica passa superiormente ao corpo do pâncreas. CAUDA: anteriormente ao rim esquerdo, onde está relacionado ao hilo esplênico e à flexura esquerda do colo. A cauda é relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal junto com os vasos esplênicos. Ligado ao baço. → Ducto pancreático: começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e se junta com o ducto colédoco, para formar a ampola hepatopancreática curta e dilatada, que se abre na parte descendente no duodeno, no cume da papila maior do duodeno. Possui muitas variações anatômicas. Ducto pancreático principal + ducto colédoco = ampola hepatopancreatica (de vater) que desemboca no duodeno (parte descendente, ampola maior) → Ducto pancreático acessório: abre-se no duodeno no cume da papila menor do duodeno e geralmente comunica com ducto pancreático principal. Em alguns casos, o ducto pancreático principal é menor do que o ducto pancreático acessório e pode não haver conexão entre os dois. Nesses casos, o ducto acessório conduz a maior parte do suco pancreático - O músculo esfíncter do ducto pancreático (ao redor da parte terminal do ducto pancreático), o músculo esfíncter do ducto colédoco e o músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (de Oddi), O ducto pancreático principal vai desembocar na ampola de vater duodeno -variação anatômica que pode desembocar no ducto colédoco mas muitas das vezes nessa região já faz uma espécie de ampola ISABELLA MEIRA BAYLÃO – MED 105 3 são esfíncteres de músculo liso que controlam o fluxo de bile e de suco pancreático para a ampola e impedem o refluxo do conteúdo duodenal para a ampola hepatopancreática Irrigação: → A irrigação arterial provém dos ramos da artéria esplênica, várias artérias pancreáticas formam diversos arcos com ramos pancreáticos das artérias gastroduodenal e mesentérica superior. Ramos da Art Esplênica: vasculariza a calda e o corpo Art pancreático dorsal Art pancreático magna Ramos da Art Gastroduodenal: vasculariza a cabeça do pâncreas Vem do tronco celíaco, ramo da hepática comum Art pancreático duodenal superior anterior – vasculariza a parte anterior superior Art pancreático duodenal superior posterior – vasculariza a parte posterior superior A cirurgia de tumor de cabeça de pâncreas é difícil devido a sua relação anatômica com duodeno (tem desconectar a ampola de vater, o ducto colédoco, formar uma anastomose e depois unir tudo de novo) Ramos da Art Mesentérica Superior: vasculariza a cabeça do pâncreas Art pancreática-duodenal inferior anterior Art pancreático-duodenal inferior posterior ISABELLA MEIRA BAYLÃO – MED 105 4 → Artérias pancreaticoduodenais superiores, anterior e posterior, ramos da artéria gastroduodenal, e as art. Pancreaticoduodenais inferior e anterior e posterior, ramos da AMS, formam arcos anteriores e posteriores que irrigam a cabeça do pâncreas. → Drenagem venosa: feita por meio das veias pancreáticas correspondentes, tributárias das partes esplênica e mesentérica superior da veia porta: drenam para a veia esplênica. Inervação: Parassimpática: nervo vago x ISABELLA MEIRA BAYLÃO – MED 105 5 Simpática: nervos esplênicos maior e menor ISABELLA MEIRA BAYLÃO – MED 105 6 FIGADO: é a maior glândula do corpo e após a pele, maior órgão. Localizado no hipocôndrio direito. Faz relação anatômica com: diafragma (superiormente), parede abdominal (anteriormente), estomago e duodeno (inferiormente), vesícula posteriormente) • Tem duas fases: a face diafragmática convexa (anterior, superior, e algo posterior) e uma face visceral. ➢ O que separa a face diafragmática da face visceral, anteriormente, é a margem inferior. Posteriormente, é a área nua do fígado. • Possui 2 lobos: o lobo esquerdo (menor) e lobo direito (maior) ➢ O que separa o lobo direito do lobo esquerdo, na face diafragmática, é o ligamento falciforme (reflexão de peritônio) ➢ Esse ligamento falciforme, quando atinge a parte superior do fígado, se divide em dois: o ligamento coronário (no lobo direito) e o ligamento triangular esquerdo (no lobo esquerdo). ➢ O ligamento coronário delimita a região em cima do fígado, onde não há peritônio, denominada de área nua do fígado. Há também o ligamento redondo do fígado, que é um remanescente embrionário da veia umbilical.O ligamento redondo e as pequenas veias paraumbilicais seguem na margem livre do ligamento falciforme ISABELLA MEIRA BAYLÃO – MED 105 7 • Há um conjunto de estruturas no fígado, na sua parte posterior, no formato da letra H: ➢ A perna direita do H: separa o lobo direito, e é onde encontram-se a veia cava inferior (superior) e a vesícula biliar (inferior) ➢ A perna esquerda do H: separa o lobo esquerdo, e é onde encontram-se o ligamento venoso (superior) e o ligamento redondo do fígado (inferior) ➢ A trave/barra do H: é mais ao meio, e é onde encontram-se a tríade portal. Essa tríade é formada pela veia porta, artéria hepática e ducto colédoco. • A drenagem venosa é composta de anastomoses porta sistêmicas: a veia esofágica drena para a veia gástrica esquerda, que drena para a veia porta. Possui impressões de órgão que estão em contato com ele: Impressão cística: Vesícula Impressão cólica: duodeno Impressão renal: rins Impressão esofágica: esôfago Impressões costais: impressão do arcos costais Na parte posterior tem a cava inferior que é ramo das ilíacas Porta + art +vias biliares vão formar o sistema porta Os ramos da porta são: esplênica, mesentéricas (inferior e superior) Veia cava inferior vem das ilíacas (atrás), artéria hepática própria que vem da comum, e vias biliares. Conjunto da porta, hepática própria e vias biliares forma hilo hepático e sistema porta. Veia centro lobular, hepatócitos,sinusóides. ISABELLA MEIRA BAYLÃO – MED 105 8 Possui 2 ligamentos que são reflexões de peritônio, do omento menor: Ligamento hepatogastrico – liga o fígado ao estomago Ligamento Hepatoduodenal – liga o fígado ao duodeno -nele esta a tríade portal Veia Porta: É formada da união da veia esplênica com a veia mesentérica superior A mesentérica inferior drena para a esplênica (drena o baço, pâncreas e parte do estomago) Entram no fígado pela veia porta que desemboca na veia hepática: • Veia hepática direita • Veia hepática intermedia • Veia hepática esquerda