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18/09/2021 22:48 UNINTER - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E A PROFISSÃO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/23
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E A
PROFISSÃO
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Dayse Mendes
18/09/2021 22:48 UNINTER - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E A PROFISSÃO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/23
CONVERSA INICIAL
Caro aluno! Quando você inicia um curso de Engenharia, talvez você se pergunte se essa é uma
carreira adequada. Muito mais do que se sair bem em disciplinas de exatas, como Matemática, Física
ou Química, ao longo de sua carreira escolar, é importante observar que o engenheiro é, antes de
tudo, um solucionador de problemas. Assim, ao alcançar o título de Engenheiro, caberá a você trazer
às organizações o meio mais rápido e com o menor custo possível para resolver situações-problema.
Nesta aula, você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as Engenharias de um modo
geral, como são as Engenharias no Brasil, qual a função específica de um Engenheiro de Produção, e
como o Engenheiro pode legalmente, e de forma ética, exercer sua função na sociedade.
TEMA 1 – O QUE É ENGENHARIA?
Difícil imaginar a vida na atualidade sem a contribuição da Engenharia. No entanto, conforme
Cocian (2017), a maioria da população adulta, em torno de 60%, desconhece quais são as atividades
de um engenheiro. De um modo geral, pode-se dizer que a engenharia é a arte de aplicar
conhecimento científico na solução de problemas práticos.
Naturalmente, os problemas práticos da humanidade eram resolvidos mesmo sem a existência
formal de um engenheiro, que oferecesse soluções técnicas. Desde o início de sua história, o homem
apresenta necessidades que precisam ser supridas. Garantir sua sobrevivência, buscando novas
formas de se alimentar, de se proteger em relação aos perigos do ambiente, ou dos ataques de
inimigos, bem como de ultrapassar limites impostos por questões físicas ou psicológicas – tudo isso
faz parte da história do ser humano e, paralelamente, do desenvolvimento de tecnologias que
atenuavam as dificuldades do dia a dia.
O início do domínio do uso do fogo, da alavanca, ou da roda, entre outras tecnologias, auxiliou o
homem a dominar cada vez mais a natureza. Conforme esses processos se tornaram mais complexos,
maior era a necessidade de entendimento científico dos fenômenos naturais.
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Figura 1 – Uso de tecnologias primitivas
Crédito: Macrovector / Shutterstock.
É no século XVIII, como o desenvolvimento de ferramentas matemáticas e uma maior
compreensão de fenômenos físicos, que surge a engenharia atual, dividindo assim a história da
Engenharia no que se pode chamar de engenharia antiga, apoiada em empirismo, e engenharia
moderna, apoiada em conhecimento científico. Assim, conforme Krick (1979), a engenharia hoje é o
resultado de dois processos históricos que evoluíram ao longo do tempo em separado, quais sejam:
a expansão dos conhecimentos científicos e a ampliação da necessidade de se ter um especialista na
solução de problemas do cotidiano.
Surge então a engenharia moderna, descrita por Krick (1979, p. 35) como a profissão
essencialmente dedicada à aplicação de um certo conjunto de conhecimentos, de certas habilitações,
e de uma certa atitude à criação de dispositivos, estruturas e processos utilizados para converter
recursos em formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas. Dessa maneira, o
engenheiro usa de conhecimentos científicos para aplicá-los na criação de um elemento valorizado
pela sociedade.
Note que há ênfase no uso da ciência, não no desenvolvimento da ciência pelo engenheiro. Ou
seja, o engenheiro não deve ser confundido com um cientista, na medida em que a Engenharia não
se preocupa com a explicação do funcionamento de natureza, mas sim com a criação do artificial.
Para Cocian (2017), a criação do artificial se dá pela vontade de o ser humano ultrapassar suas
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barreiras naturais. “À medida que a civilização se equipa com elementos artificiais que mantêm o
indivíduo seguro, começam a surgir motivações secundárias e, em alguns casos, subjetivas, que
podem reforçar as anteriores ou criar um mundo novo de necessidades”.
Com o passar do tempo, o interesse de uma única pessoa de criar novas soluções não era mais
suficiente para alcançar os objetivos práticos desejados. Surge a necessidade de se ensinar
matemática, ciência e economia, transformando a engenharia em uma ciência aplicada. (Holtzapple;
Reece, 2013). O primeiro curso de engenharia provavelmente ocorreu na École Nationale des Ponts et
Chaussés, fundada em Paris em 1747, que diplomou profissionais com esse título. Nessa mesma
época, a École Nationale Supérieure des Mines, também de Paris, formava engenheiros de minas.
Ainda em Paris, em 1795, funda-se a École Polytechnique, com um curso de engenharia de três
anos, em que os alunos estudavam matérias básicas de engenharia, voltadas às leis da física e da
matemática. Nela lecionavam professores como Lagrange, Fourrier e Poisson, entre outros. Após a
conclusão desses três anos, os alunos eram encaminhados a escolas especializadas, como as de
Pontes e Estradas, ou as de Minas.
Além da França, começam a surgir escolas de engenharia em vários outros pontos da Europa,
como na Alemanha, com a Technische Universität Bergakademie Freiberg, fundada em 1765; e na
Espanha, com a Academia de Minería y Geografía Subterránea de Almadén, fundada em 1777.
Outro país que avança no ensino de engenharia à mesma época é Portugal, que desde o início
das grandes navegações, por volta de 1500, buscava o progresso das ciências e da engenharia. Parte
desse avanço se deve à contribuição do Colégio de Santo Antão, “dirigido pelos padres jesuítas, no
qual, desde o Século XVI, havia a Aula da Esfera, onde se ensinava matemática aplicada à navegação
e às fortificações, e de onde provieram muitos dos engenheiros militares que atuaram no Brasil-
Colônia”. (Telles, 1984).
Com essas escolas, surge a profissão de Engenheiro e, com a profissão, uma definição de cunho
legal (Cocian, 2017):
o engenheiro profissional, dentro do significado e dos objetivos da lei, refere-se à pessoa ocupada
na prática profissional da prestação de serviços ou em atividades de trabalho criativo que requeira
educação, treino e experiência nas ciências da engenharia e a aplicação de conhecimento específico em
matemática, física e ciências da engenharia. A prestação de serviços ou trabalho criativo se dará como
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consultoria, investigação, avaliação, planejamento ou projeto de serviços de utilidade pública ou
privada, estruturas, máquinas, processos, circuitos, construções, equipamentos ou projetos, e supervisão
de construções com o propósito de seguir e alcançar as especificações estabelecidas pelo projeto de
qualquer um desses serviços.
Figura 2 – Engenharia na atualidade
Crédito: Gorodenkoff / Shutterstock.
Assim, percebe-se que a Engenharia não é uma atividade somente do passado, ou mesmo
apenas do presente. Ao aplicar a ciência, criando novos artefatos, o engenheiro desempenha um
papel essencial na modificação do meio ambiente e na construção do futuro desejado pela sociedade
atual. Devido a mudanças aceleradas dos comportamentos e das necessidades de nossa sociedade,
os engenheiros desempenham um papel decisivo para o alcance de novas alternativas, pois têm as
competências necessárias para transformar anseios em realidade prática, útil, concreta.
1.1 A HISTÓRIA DA ENGENHARIA NO BRASIL
A engenharia no Brasil começa com a necessidade de Portugal em fortificar sua colônia e torná-
la mais habitável. As primeiras casas, assim como as primeirasobras de defesa da colônia, eram
muito primitivas e, portanto, houve a necessidade de se fazer construções mais duradouras. Essas
construções começaram a ser edificadas à época da fundação do Governo Geral e da Cidade do
Salvador, em 1549. O primeiro Governador Geral, Tomé de Souza, trouxe para a colônia um grupo de
profissionais construtores e a ordem do Rei D. João III para a construção de uma cidade forte.
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À essa época, de acordo com Telles (1984), o termo engenheiro era usado associado à ideia de
descrever quem era capaz de construir fortificações e engenhos bélicos. Por outro lado, o autor
comenta que o termo também teve no Brasil dessa época o sentido de dono ou capataz dos
engenhos para o fabrico de açúcar, cachaça, farinha, entre outros.
Figura 3 –  Planta da cidade de Salvador, referência 1625, publicado em 1631
Fonte: Salvador, 2019.
Conforme a colônia crescia, a necessidade de trazer mais engenheiros de Portugal, bem como de
enviar brasileiros para estudar na Europa, crescia. Será somente em 1810, quando Dom João VI criou
a Academia Militar do Rio de Janeiro, que se começa a formar engenheiros no país. A necessidade de
desenvolvimento, principalmente nos setores de saneamento, ferroviário e de portos marítimos,
determinou a fundação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1874, estendendo a profissão não
só aos militares, mas também aos civis (Moreira, 2019).
Após a implantação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, outras cinco escolas de engenharia
foram fundadas ao longo do século XIX: a Politécnica de São Paulo em 1893; a Politécnica do
Mackenzie College; a Escola de Engenharia do Recife, em 1896; a Politécnica da Bahia; e a Escola de
Engenharia de Porto Alegre, em 1897.
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A regulamentação da profissão no Brasil ocorreu em 1933, no governo de Getúlio Vargas,
quando foi promulgado o Decreto Federal n. 23.569, que regulamentou as profissões liberais de
engenheiros, arquitetos e agrimensores, e instituindo os Conselhos Federal e Regional de Engenharia
e Arquitetura.
1.2 AS VÁRIAS ENGENHARIAS NO BRASIL
Atualmente, no Brasil, de acordo com a Sinopse Estatística da Educação Superior (Inep, 2018), há
40 cursos distintos voltados à Engenharia, com mais de 4000 cursos oferecidos entre Instituições de
Ensino públicas e privadas.
Quadro 1 – Engenharias no Brasil
1 Engenharia eletrotécnica
2 Engenharia elétrica
3 Engenharia industrial elétrica
4 Engenharia de computação
5 Engenharia de controle e automação
6 Engenharia de redes de comunicação
7 Engenharia de telecomunicações
8 Engenharia eletrônica
9 Engenharia mecatrônica
10 Engenharia cartográfica
11 Engenharia civil
12 Engenharia de recursos hídricos
13 Engenharia sanitária
14 Engenharia biomédica
15 Engenharia ambiental
16 Engenharia ambiental e sanitária
17 Engenharia de materiais
18 Engenharia de produção
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19 Engenharia física
20 Engenharia industrial
21 Engenharia industrial mecânica
22 Engenharia mecânica
23 Engenharia metalúrgica
24 Engenharia de minas
25 Engenharia de petróleo
26 Engenharia geológica
27 Engenharia de alimentos
28 Engenharia bioquímica
29 Engenharia industrial química
30 Engenharia nuclear
31 Engenharia química
32 Engenharia têxtil
33 Engenharia aeroespacial
34 Engenharia aeronáutica
35 Engenharia automotiva
36 Engenharia marítima
37 Engenharia naval
38 Engenharia florestal
39 Engenharia agrícola
40 Engenharia de pesca
Fonte: Inep, 2018.
Dentre os cursos que se destacam pelo número de matrículas no ano de 2018, a Engenharia Civil
está em primeiro lugar, com um total de 346.827 matriculados; em segundo lugar, a Engenharia de
Produção, com 162.427 matriculados; em terceiro a Engenharia Mecânica, com 131.849 matriculados;
em quarto lugar a Engenharia Elétrica, com 108.741 matriculados (Inep, 2018).
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Segue um resumo desses quatro cursos, de acordo com o Guia do Estudante (Conheça..., 2019):
Engenharia Civil: Além de projetar, gerenciar e executar obras como casas, edifícios, pontes,
viadutos, estradas, barragens, canais e portos, o engenheiro civil tem como atribuição a análise das
características do solo, o estudo da insolação e da ventilação do local e a definição dos tipos de
fundação.
Engenharia de Produção: É o ramo da engenharia que gerencia os recursos humanos,
financeiros e materiais para aumentar a produtividade de uma empresa. O engenheiro de produção é
peça fundamental em indústrias e empresas de quase todos os setores.
Engenharia Mecânica: É a área da engenharia que cuida do desenvolvimento, do projeto, da
construção e da manutenção de máquinas e equipamentos. O engenheiro mecânico desenvolve e
projeta máquinas, equipamentos, veículos, sistemas de aquecimento e de refrigeração e ferramentas
específicas da indústria mecânica.
Engenharia Elétrica: O engenheiro eletricista está presente em todos os aspectos que envolvem
a energia, desde a geração, a transmissão, o transporte e a distribuição até o uso nas residências e no
comércio. Além disso, planeja, supervisiona e executa projetos nas áreas de eletrotécnica,
relacionadas à potência da energia.
É interessante observar um fenômeno comum nas Engenharias no país: a quantidade de alunos
concluintes é muito menor que a de ingressantes. Observando o número de concluintes em 2018 das
mesmas Engenharias já citadas, tem-se 43.521 concluintes para a Engenharia Civil, 19.057 concluintes
em Engenharia de Produção, 13.116 concluintes em Engenharia Mecânica e 10.582 concluintes em
Engenharia Elétrica (Inep, 2018). Há que se considerar que aumentou o número de IES (Instituições
de Ensino Superior) que oferecem cursos de Engenharia, mas o fato mais importante para justificar a
diferença entre matriculados e concluintes é que há muita desistência ao longo dos, normalmente,
cinco anos de curso.
Muitos são os obstáculos enfrentados para se cursar qualquer Engenharia, sendo os mais citados
a falta de base de conhecimento em matemática e física, a dificuldade em conciliar trabalho e
estudos e as reprovações em algumas disciplinas consideradas mais complexas.
TEMA 2 – HISTÓRICO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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Dentre as várias possibilidades de se exercer engenharia na atualidade, encontra-se a Engenharia
de Produção. De acordo com Piratelli (2005) pode-se considerar que a Engenharia de Produção surge
com a Revolução Industrial, na Inglaterra do século XVIII. Com o nascimento das indústrias verifica-se
a necessidade de se implantar métodos e técnicas que melhorassem os processos produtivos.
Assim surgiram nas fábricas técnicas e métodos de custeio, de pesquisa de mercado, de
planejamento de instalações, de estudos de arranjos físicos, programação da produção, dentre outras
atividades. Além de métodos e técnicas, surgem uma série de inventores que possibilitam essas
mudanças radicais como, por exemplo, James Watt e sua máquina a vapor, ou Edmund Cartwright
com seu tear mecânico que impulsionaram a produção de uma forma como nunca havia sido feita
antes.
Figura 4 – Carro movido a vapor
Crédito: Morphart Creation / Shutterstock.
Ainda na Inglaterra, conforme Piratelli (2005), no início do século XIX, Babbage publica, em 1832,
o primeiro livro relacionado à Engenharia de Produção, intitulado The Economy of Machinery and
Manufactures, sem ter a real consciência de que estaria criando uma nova disciplina, que viria a se
tornar um ramo da engenharia e uma importante atividade profissional.
No entanto, a Engenhariade Produção se consolida efetivamente nos EUA, com o surgimento e
desenvolvimento de um movimento denominado Scientific Management (Administração Científica),
preconizado por Frederick Winslow Taylor, Frank e Lillian Gilbreth, dentre outros, entre 1882 a 1912
(Piratelli, 2005).
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Nesse período, a Administração Cientifica começou a ser introduzida nas indústrias por
consultores que se intitulavam Industrial Engineers (Engenheiros Industriais), como reflexo de um
progressivo desenvolvimento tecnológico. Taylor recebe o título de pai da Administração e da
Engenharia de Produção por sua obra preceder e ser mais abrangente do que outras obras que
vinham empregando técnicas e métodos para a produção.
Taylor é fundamental nesse desenvolvimento, pois durante sua vida profissional ele criou
princípios, com base nos quais as ferramentas necessárias para as ações dos operários no chão de
fábrica começaram a ser mais eficientes. Para tanto, usou de métodos que ele acreditava serem
científicos, e os aplicou nos processos produtivos e no trabalho humano.
Assim surgem os quatro princípios da administração e organização racional do trabalho (ORT):
1. Desenvolvimento de uma verdadeira ciência, ou seja, substituição do critério individual do
operário por uma ciência.
2. Seleção científica do trabalhador, estudando-o e escolhendo-o de acordo com sua personalidade
e natureza da tarefa a ser exercida (buscando o homem de primeira classe).
3. Sua instrução e treinamento científico, em que o trabalhador é “experimentado”, em vez de
escolher ele próprio os processos e aperfeiçoar-se por acaso.
4. Cooperação íntima e cordial entre a direção e os trabalhadores. Dessa forma, trabalhadores e
administração deveriam fazer juntos o trabalho, de acordo com leis científicas desenvolvidas, em
lugar de deixar a solução de cada problema, individualmente, a critério do operário. (Taylor, 1970, p.
105; 118-9).
Já a Organização Racional do Trabalho trata de colocar em prática os princípios, utilizando para
tanto uma série de métodos, técnicas e ferramentas. Alguns dos elementos da ORT são:
estudo de tempo; chefia funcional; padronização de instrumentos e de movimentos de trabalho;
necessidade de seção de planejamento; princípio da exceção, ou seja, o recebimento pelos
diretores de relatórios sintéticos, cuidadosamente elaborados por assessores, que apontem
somente as ideias principais, as exceções notórias, boas ou más; uso de recursos para a economia
de tempo (por exemplo, régua de cálculo); fichas de instrução para os trabalhadores; realização de
tarefa associada a altos prêmios, se executada de forma eficaz; pagamento com gratificação
diferencial; sistema mnemônico de classificação de produtos e de ferramentas; moderno sistema de
cálculo de custos; entre outros (Taylor, 1970, p. 117).
Quase ao mesmo tempo, o casal Frank e Lillian Gilbreth desenvolveu e aplicou o Estudo de
Tempos e Movimentos. Trata-se de uma técnica de análise baseada em registros fotográficos e
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filmagem do ambiente de trabalho, de forma a reduzir os movimentos desnecessários de um
operário ao realizar uma atividade, tornando assim a produção mais eficiente.
Essas técnicas começam a apresentar resultados efetivos nas empresas que as utilizam, tanto
com aumento de produtividade quanto aumento de eficiência dos trabalhadores. Assim, o
Engenheiro de Produção surge como um profissional especializado em tais técnicas. O seu principal
campo de atuação nesse início era o projeto do trabalho, ou seja, a descrição do melhor método para
realizar as atividades necessárias ao processo de produção.
Com o passar do tempo, essa atuação se amplia para além da manufatura e das indústrias de
produção, e o engenheiro de produção passa a trabalhar não só no setor industrial, mas também em
outras áreas, como a médico-hospitalar, a de inovação, a de desenvolvimento de produtos, a
bancária, entre várias outras, com diferentes tipos de organização, usando em especial de sistemas e
simuladores para realizar o seu trabalho.
No Brasil, os primeiros Engenheiros de Produção surgem na década de 1960, com a formatura
da primeira turma oferecida pela USP – Universidade de São Paulo. De acordo com Piratelli (2005, p.
4):
a partir de então, o mercado começa a demandar o Engenheiro de Produção em diversos setores.
Especificamente em São Paulo, as indústrias automobilísticas instaladas na região do ABC,
empregavam Engenheiros de Produção com funções semelhantes a dos Industrials Engineers norte-
americanos (planejamento e controle da produção, controle da qualidade, tempos e métodos etc.).
No eixo São Paulo-Rio de Janeiro, com a entrada dos primeiros computadores eletrônicos nas
empresas, muitos Engenheiros de Produção foram contratados para desempenhar papéis de
analistas de sistemas e programadores (devido principalmente à visão holística de empresa),
caracterizando um mercado de trabalho peculiar para a profissão.
2.1 A ABEPRO E AS ATIVIDADES ATUAIS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
A Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro) é uma instituição que representa
docentes, discentes e profissionais de Engenharia de Produção no Brasil. A associação atua desde 9
de outubro de 1987, data de sua constituição, assumindo as funções:
de esclarecer o papel do Engenheiro de Produção na sociedade e em seu mercado de atuação, ser
interlocutor junto às instituições governamentais relacionadas à organização e avaliação de cursos
(MEC e Inep) e de fomento (Capes, CNPq , Finep e órgãos de apoio à pesquisa estaduais), assim
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como em organizações privadas, junto ao Crea, Confea, SBPC, Abenge e outras organizações não
governamentais que tratam a pesquisa, o ensino e a extensão da engenharia. (Abepro, 2019)
Ao cumprir com sua função, a Abepro busca, sempre que necessário, rever o papel do
Engenheiro de Produção brasileiro, em conformidade com as necessidades do país e com as
mudanças ocorridas na profissão no demais países do mundo. Nesse sentido, no momento a Abepro
estabelece, com base nas definições do International Institute of Industrial Engineering, que:
compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a
manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais,
tecnologia, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos
destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados
da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de
análise e projeto da engenharia. (Abepro, 2019)
TEMA 3 – COMPETÊNCIAS DESEJADAS DO ENGENHEIRO DE
PRODUÇÃO
Para desenvolver as atividades referentes à sua profissão, o Engenheiro de Produção, como
qualquer outro profissional, precisa apresentar uma série de competências. De acordo com Medel
(1998, citado por Zarifian, 2001), uma competência profissional é uma combinação de
conhecimentos, de habilidades, de saber-fazer, de experiências, atitudes e comportamentos que se
exerce em um contexto preciso. Ela é constatada quando de sua utilização em situação profissional,
passível de validação.
Conforme proposta da Abepro (2019), o engenheiro de produção deveria apresentar as
seguintes competências:
1. Ser capaz de dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a fim de produzir,
com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;
2. Ser capaz de utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e
auxiliar na tomada de decisões;
3. Ser capaz de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtose processos, levando em
consideração os limites e as características das comunidades envolvidas;
4. Ser capaz de prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando
produtos ou melhorando suas características e funcionalidade;
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5. Ser capaz de incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto
nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e
produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;
6. Ser capaz de prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as
organizações e os seus impactos sobre a competitividade;
7. Ser capaz de acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da
demanda das empresas e da sociedade;
8. Ser capaz de compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente,
tanto no que se refere a utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e
rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;
9. Ser capaz de utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a
viabilidade econômica e financeira de projetos;
10. Ser capaz de gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias
adequadas.
Figura 5 – Múltiplas competências do Engenheiro de Produção
Crédito: toyotoyo / Shutterstock.
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Como cabe ao Engenheiro de Produção gerir os processos de transformação, é importante que
ele tenha uma “formação acadêmica que o capacite a reconhecer problemas e a solucioná-los,
utilizando uma ampla base científica, computacional e gerencial” (Siqueira, 2019). Nessa perspectiva,
o Engenheiro de Produção transforma seu conhecimento em soluções úteis para as organizações.
Abranches, citado por Venanzi e Silva (2016), aponta que o Engenheiro de Produção deve
entender de sistemas e de máquinas, além de compreender o ser humano e suas relações de
trabalho, definindo a carreira dos Engenheiros de Produção como especial, e seus profissionais como
capazes de atuar em todos os segmentos econômicos. Ainda segundo Abranches, é a engenharia
que prepara o futuro engenheiro para aumentar o faturamento e a produtividade de qualquer
indústria ou comércio. “Mas o bom profissional tem que estar atento; falar inglês para entender e ser
compreendido e saber se relacionar com aplicativos de informática voltados à Engenharia, também
faz diferença”. Além disso, deve ter condição de transformar “um ambiente improdutivo, sem
qualidade, em um ambiente produtivo, com qualidade”. (Venanzi; Silva, 2016, p.vii)
TEMA 4 – O ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO E O SISTEMA
CREA/CONFEA
Para ser habilitado ao exercício legal da profissão de engenheiro, é necessário registrar-se no
Crea. O Crea – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia é o órgão responsável por fiscalizar e
regulamentar as atividades profissionais da engenharia, agronomia, geologia, geografia e
meteorologia, bem como suas modalidades e especialidades, em seus níveis superior, tecnológico e
técnico. Cada Crea é uma entidade de esfera estadual e constitui a manifestação regional do Confea
– Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Cabe a cada Crea verificar, orientar e fiscalizar o
exercício profissional do engenheiro, com a missão de defender a sociedade da prática ilegal das
atividades abrangidas pelo sistema Confea/Crea.
Assim, o sistema Confea/Crea tem por objetivo verificar o exercício e as atividades das profissões
reguladas pela Lei n. 5.194/1966, tanto no nível superior como no nível médio, buscando assegurar
que serviços “técnicos ou execução de obras com participação de profissional habilitado” sejam
exercidos “em observância aos princípios éticos, econômicos, tecnológicos e ambientais compatíveis
com as necessidades da sociedade”, estando portanto sujeitos à fiscalização do sistema “as pessoas
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físicas – leigos ou profissionais – e as pessoas jurídicas que executam ou se constituam para executar
serviços ou obras de Engenharia ou de Agronomia”. (Confea, 2019)
Figura 6 – Logomarca do Sistema Crea/Confea
Fonte: Confea, 2019.
O sistema também busca credenciar as Instituições de Ensino Superior que oferecem cursos de
Engenharia, garantindo assim que a IES atende ao disposto nos art. 10, 11 e 56 da Lei n. 5.194 de
1966.
4.1 REGISTRO DE PROFISSIONAL
Profissionais diplomados nas áreas de Agronomia, Engenharia, Geologia e Meteorologia, nos
níveis superior e tecnológico, somente podem exercer a profissão no Brasil após registro no Crea e
homologação pelo Confea. Nesse sentido, após se diplomar, cabe ao profissional observar uma série
de passos para ter seu registro efetuado. São eles:
Protocolo da documentação no Crea do seu estado;
O Crea de seu estado verifica junto ao Crea-PR a atribuição de título, atividades e competências
profissionais, de acordo com a Câmara Especializada, compatibilizando as atribuições da
Câmara Especializada do Paraná com as do seu estado;
Anotação do diploma no SIC (Sistema de Informações do Confea);
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Expedição, pelo Crea, da Carteira de Identidade Profissional ou da Carteira de Identidade
Provisória, conforme o caso.
A documentação exigida atualmente é a seguinte (Confea, 2019):
Original do diploma ou do certificado, registrado pelo órgão competente do sistema de ensino;
Histórico escolar com a indicação das cargas horárias das disciplinas cursadas;
Carteira de identidade, expedida na forma da lei;
Registro de Cadastro de Pessoa Física – CPF;
Título de Eleitor (quando brasileiro);
Certidão de quitação eleitoral (quando brasileiro);
Certidão de quitação com o serviço militar (quando brasileiro);
Comprovante de residência;
Duas fotografias, de frente, nas dimensões 3x4 cm, em cores, sendo recomendado o fundo branco
e sem data.
4.2 O QUE O ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO PODE ASSINAR?
A Resolução n. 235, de 1975, em seu art. 1º, afirma que compete ao Engenheiro de Produção o
desempenho das atividades 01 a 18 do art. 1º da Resolução n. 218, de 1973, que discrimina as
atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Tais
atividades referem-se aos procedimentos na fabricação industrial, aos métodos e sequências de
produção industrial em geral, e ao produto industrializado, seus serviços afins e correlatos.
As atividades designadas aos profissionais da Engenharia, conforme a Resolução n. 218, de 1973,
são (Brasil, 1973):
1. Supervisão, coordenação e orientação técnica;
2. Estudo, planejamento, projeto e especificação;
3. Estudo de viabilidade técnico-econômica;
4. Assistência, assessoria e consultoria;
5. Direção de obra e serviço técnico;
6. Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
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7. Desempenho de cargo e função técnica;
8. Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão;
9. Elaboração de orçamento;
10. Padronização, mensuração e controle de qualidade;
11. Execução de obra e serviço técnico;
12. Fiscalização de obra e serviço técnico;
13. Produção técnica e especializada;
14. Condução de trabalho técnico;
15. Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
16. Execução de instalação, montagem e reparo;
17. Operação e manutenção de equipamento e instalação;
18 Execução de desenho técnico.
Ao realizar seu curso de graduação, o profissional de Engenharia de Produção poderá, portanto,
assumir a responsabilidade técnicano que diz respeito a procedimentos na fabricação industrial, a
métodos e sequências de produção industrial em geral, e ao produto industrializado, seus serviços
afins e correlatos. “Em termos práticos, isso significa que um Engenheiro de Produção pode ser
responsável técnico em, por exemplo, projetos de layout industrial e projetos de produtos”. (Júnior,
2018).
Figura 7 – Responsabilidades do engenheiro de produção
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Crédito: elenabsl / Shutterstock.
TEMA 5 – O ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO E A ÉTICA PROFISSIONAL
O cumprimento com a ética profissional é fundamental para o exercício de qualquer profissão,
na medida em que o profissional deve estar atento à sua conduta, para que ela seja aceitável
socialmente. Nesse sentido, a ética profissional é um conjunto de determinações quanto a tais
condutas. O profissional pode estar sujeito a penalidades, na organização para a qual presta serviço,
ou na sociedade como um todo, caso as descumpra.
Em 1957, o Confea aprovou seu primeiro Código de Ética Profissional da Engenharia, Arquitetura
e Agrimensura. A partir de então, o Código de Ética Profissional tem sido revisto, de maneira a
enunciar os fundamentos éticos e as condutas necessárias à prática do engenheiro, considerando o
momento e as forças sociais. Assim, o Engenheiro de Produção segue a ética proposta para todos os
profissionais da engenharia, de acordo com o Código de Ética disponibilizado pelo Confea. O código
mais recente está em sua 10° edição, e data de 2018.
Figura 8 – Ética Confea/Crea
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Fonte: Confea, 2019.
Neste Código de Ética Profissional (Confea, 2018), são enunciados os fundamentos éticos e as
condutas necessárias a uma prática correta do Engenheiro de Produção, entre outras profissões. O
código também dispõe os direitos e deveres relacionados aos profissionais engenheiros.
Nele fica estabelecida qual a identidade das profissões e dos profissionais que devem. Também
são dispostos os princípios éticos que pautam a conduta do profissional, que são: qual o objetivo da
profissão; qual a natureza da profissão; o fato de ser uma profissão honrada; a questão da eficácia
profissional; como se dá a prática do relacionamento profissional; como exercer a profissão em
relação à intervenção; como funcionam a liberdade e a segurança profissionais.
O Código de Ética Profissional (Confea, 2018) dispõe dos deveres do engenheiro, que deve
preocupar-se com o ser humano e seus valores, a profissão, as relações com os clientes,
empregadores e colaboradores, além das relações com os demais profissionais e ante o meio.
Enuncia as condutas vedadas aos engenheiros quanto ao ser humano e a seus valores, e também
pertinentes à profissão, às relações com os clientes, empregadores e colaboradores, e às relações
com os demais profissionais e o meio. Igualmente, reconhece os direitos coletivos e individuais
universais inerentes ao profissional engenheiro.
Finalmente, o Código de Ética profissional (Confea, 2018, p. 39) define: “constitui infração ética
todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres do
ofício, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem”.
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FINALIZANDO
Nesta aula, buscamos familiarizá-lo com alguns tópicos gerais sobre a Engenharia. Assim,
buscamos entender o que é a Engenharia e o que faz um engenheiro de modo geral. Estudamos que
existem diferentes tipos de Engenharias que podem ser cursadas no Brasil, dentre elas a Engenharia
de Produção. Também conhecemos a história da Engenharia de Produção no mundo e no Brasil,
quais as atribuições e competências específicas de um Engenheiro de Produção, e, finalmente, como
o Engenheiro pode legalmente, e de forma ética, exercer sua função na sociedade.
REFERÊNCIAS
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<http://portal.abepro.org.br/>. Acesso em: 13 dez. 2019.
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1973.
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CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Código de Ética Profissional da
Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia. Brasília: Gerência de
Comunicação do Confea – GCO, 2018. Disponível em:
<http://www.confea.org.br/sites/default/files/uploads/10edicao_codigo_de_etica_2018.pdf>. Acesso
em: 13 dez. 2019.
_____. Fiscalização. Disponível em: <http://www.confea.org.br/atuacao/fiscalizacao>. Acesso em:
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CONHEÇA os 34 tipos de Engenharia que existem. Guia do Estudante Abril, 2019. Disponível
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