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SISTEMA DE ENSINO BIOQUÍMICA Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos Livro Eletrônico 2 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Sumário Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos ................... 3 1. Elementos Fundamentais no Laboratório de Análises Clínicas ........................................ 3 1.1. Liderança e Administração ..................................................................................................... 3 1.2. Planejamento estratégico ...................................................................................................... 4 1.3. Regulamentação, Acreditação e Legislação ....................................................................... 6 1.4. Metodologia de Análise: Princípios de Instrumentação .................................................. 7 Questões de Concurso ................................................................................................................. 23 Gabarito ........................................................................................................................................... 53 Referências ..................................................................................................................................... 54 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra BIOQUÍMICA CLÍNICA: CONCEITUAÇÃO, METODOLOGIAS, FUNDAMENTOS E OBJETIVOS Sigamos nosso curso para falar do que interessa! Rotina!!!!!!!!! Bora...! Fundamentos e Objetivos do Laboratório de Análises Clínicas O laboratório de análises clínicas é essencial no serviço de saúde. A partir das análises realizadas em amostras biológicas, é possível suprir a equipe de informação para que o diag- nóstico seja fechado ou o acompanhamento clínico seja realizado. Sendo assim, o objetivo do laboratório é fornecer a médicos e a demais profissionais da saúde informações para: • detectar doenças ou predisposição a doenças; • confirmar ou rejeitar diagnósticos; • estabelecer prognósticos; • orientar a supervisão do paciente; e • monitorar a eficácia da terapia. Ótimo! Então é um estabelecimento bem importante... eu diria VITAL! Sim, mas isso por- que, devido a esses objetivos, ele acaba assumindo um papel de: E, para conseguir alcançar seus objetivos e assumir os papeis devidos, ele deve dispor de alguns elementos importantes, os quais precisamos abordar. São eles: conhecimentos (mé- dicos, científicos e técnicos); recursos (pessoal, equipamentos laboratoriais e de processa- mento de dados, suprimentos e instalações) e capacidade (de organização, administração e comunicação). E é sobre isso que falaremos a partir de agora! Logo depois, iniciaremos um assunto bem próximo da realidade de bancada, que é o estudo dos equipamentos e metodologias utilizados para que as análises sejam realizadas nos laboratórios! Vamos lá? 1. ElEmEntos FundamEntais no laboratório dE análisEs ClíniCas 1.1. lidErança E administração Primeira coisa... LIDERANÇA É DIFERENTE DE ADMINISTRAÇÃO! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra A liderança direciona o rumo que alguém (ou uma organização) segue, enquanto a admi- nistração é o “caminho” que se percorre. Sabe aquela máxima “Não existe vento favorável para o marinheiro que não sabe para onde vai”? É justamente isso! Sem liderança, as pessoas vão executando as atividades sem metas, sem direcionamento, e isso, via de regra, não leva a lugar nenhum. Uma administração, ou seja, um percurso efetivo requer habilidades para que as atividades sejam cumpridas. Normalmente, essas habilidades estão ligadas à capacidade de planeja- mento e tomada de decisão imediata, organização, liderança e controle. A liderança é um padrão de comportamento utilizado para engajar outras pessoas na reali- zação de tarefas, dentro de um determinado prazo e de modo produtivo. Ou seja, líder é aquela pessoa que consegue fazer com que as pessoas realizem as tarefas dentro dos prazos esti- pulados e de forma efetiva. Cada líder atua conforme seu perfil. Normalmente, os perfis são: direcionamento, treinamento, suporte e delegação. A administração utiliza os recursos humanos, financeiros, físicos e informativos de que dispõe uma organização, da maneira mais eficiente e efetiva possível. 1.2. PlanEjamEnto EstratégiCo Para sobreviver e até mesmo prosperar em um ambiente competitivo, um laboratório deve reavaliar com frequência suas metas e seus serviços e adaptá-los às forças de mercado. Sen- do assim, é preciso que o líder tome decisões estratégicas. Por exemplo, um laboratório autô- nomo pode considerar duas estratégias totalmente distintas; pode crescer reposicionando-se como um “centro” que presta serviços de referência a pequenos laboratórios locais, ou pode reduzir seu tamanho e tornar-se um estabelecimento “stat”. A primeira estratégia busca aumentar a receita líquida, enquanto a outra tenta reduzir os custos. O processo por meio do qual se tomam essas decisões é chamado de planejamento estratégico. O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ENVOLVE Decisões acerca dos objetivos de uma organização e mudanças ou alterações de objetivos preexistentes; Alocação de recursos empregados para alcançar metas; e Estabelecimento de políticas que governam a aquisição, o uso e a disponibilização de tais recursos. O planejamento estratégico, em geral, baseia-se nas projeções de longo prazo e no panora- ma global que pode causar impacto em todos os níveis operacionais do laboratório. Já o planejamento tático é detalhado e muitas vezes envolve as operações realizadas no dia a dia para atingir metas estratégicas preestabelecidas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra FERRAMENTAS QUE AUXILIAM O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO histogramas/gráficos/diagramas de dispersão; brainstorming; diagramas de causa e efeito (fishbone); história em quadrinhos; análise de Pareto e análise Delphi. Ah, professora... para com esse papo aí e vamos logo para análises clínicas.... É? Olha só a questão que pode aparecer para você: E aí? Coloquei essa questão para que você valorize esse conteúdo. Não subestime, porque quando aparece em provas é questão para ACERTAR! Avaliando aí os exemplos de gráficos que foram citados, nenhum desses acima correspon- de ao que foi pedido no enunciado, apenas o Histograma (letra B). Vou colocar um exemplo aqui para você. Além dos gráficos, cada uma dessas estratégicas é igualmente interessante quando apli- cada com o propósito de planejamento estratégico. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquermeios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Alguns conceitos as vezes parecem supercomplicados, mas, quando aproximamos da nossa rotina, fica tão mais fácil, né? Por exemplo, essa coisa de planejamento estratégico... Toda vez que traçamos, para nossa vida mesmo, um plano estratégico, nós precisamos avaliar os riscos que teremos à frente, pensar nas possibilidades de dar algo errado e já nos prevenir para que isso não ocorra (com ações preventivas) ou para corrigir caso esse problema real- mente ocorra (medidas corretivas). Isso, para gestão da qualidade, é o que conhecemos como GERENCIAMENTO DE RISCOS, que também necessita de ferramentas para ser executado! Veja um exemplo: • Análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats): também chamada de FOFA (é sério!), ela é uma técnica de planejamento estratégico utilizada para auxiliar pessoas ou organizações a identificar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças rela- cionadas à competição em negócios ou planejamento de projetos. Os serviços laboratoriais são prestados de diversos modos, desde a continuação dos tes- tes rápidos, com produção de resultados imediatos, até a realização de testes altamente sofis- ticados de laboratórios de referência, que demoram dias ou semanas para ficar prontos. A pandemia de COVID-19 acelerou as mudanças que vinham ocorrendo na assistência à saúde e isso forçou os laboratórios a reavaliar os serviços a serem oferecidos e o modo como devem ser prestados. Os testes laboratoriais foram forçados a se tornarem testes rápidos (TR) para reduzir o tempo de ida e volta de resultados críticos e para se tornarem mais convenientes ao paciente. Além de, no caso da pandemia, acelerar o diagnóstico e apoiar tanto a terapêutica como os dados epidemiológicos para controle da doença no âmbito de saúde pública. Tais tipos de modificação têm estimulado mudanças organizacionais no ambiente laboratorial e em suas relações externas com outros estabelecimentos de saúde. Questões sobre planejamento físico são importantes e devem ser consideradas. Por exem- plo: a localização da área de processamento de amostras, de registro de pacientes e entrada de dados, de fluxo de trabalho para realização dos testes de amostras e de armazenamento a curto e longo prazos, além das necessidades de conectividade do sistema de informação do laboratório. 1.3. rEgulamEntação, aCrEditação E lEgislação Ainda dentro de aspectos fundamentais na ótica administrativa de um laboratório de análi- ses clínicas, temos a questão do cumprimento das normas sanitárias e demais regulamentos, além dos benefícios de passar por um processo de acreditação de qualidade. Esses elementos também fazem parte de uma dinâmica de gestão favorável à melhoria de qualidade de resulta- dos e, consequentemente, benefício para o paciente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Os laboratórios clínicos estão entre as entidades de assistência à saúde mais rigorosa- mente regulamentadas; muitas práticas laboratoriais são resultado direto da legislação federal ou estadual/local. É necessário compreender essas leis para evitar repercussões legais ou administrativas que possam limitar as operações de um laboratório ou mesmo inativá-lo por completo. Para funcionar, os laboratórios devem estar licenciados e ser credenciados. É obri- gatório ter uma licença. Entre tantas normas, destaco a RDC N.. 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005, que dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Agora a ACREDITAÇÃO é voluntária, embora em alguns estados seja um dos requisitos para obtenção da licença de funcionamento. A acreditação laboratorial oferece benefícios para o laboratório, para o médico e, princi- palmente, para o consumidor. Um laboratório que tem acreditação está um passo à frente daqueles que não a adquiriram, pois garante maior precisão no resultado e maior segurança no diagnóstico por parte do médico. Os consumidores que optam por um laboratório certificado têm a garantia de que o seu exame está sendo feito de acordo com rígidos critérios, para que os resultados sejam os mais precisos possíveis. Isso faz toda a diferença, uma vez que cerca de 70% das decisões médicas são tomadas com base nos resultados dos exames clínicos. Bom, finalizamos a primeira parte da aula! Agora passaremos a estudar de forma geral as METODOLOGIAS utilizadas dentro da rotina de análises clínicas. Vamos lá? 1.4. mEtodologia dE análisE: PrinCíPios dE instrumEntação Este é um tópico do edital que é essencialmente a rotina de um analista clínico. Sim, se tem algo que você precisa saber é quais são os equipamentos que existem em um laboratório de Análises Clínicas e qual é seu princípio de funcionamento... E mais importante ainda, esse é um assunto que vez ou outra cai sim em provas! Então, ânimo!!! Vamos lá! Métodos Automatizados Não importa qual seja o laboratório que você vá trabalhar, todos existem com o propósito final de realizar análises e emitir laudos, e, para se chegar ao resultado, é necessário que se obedeçam a MÉTODOS de análise. Esses métodos devem ser padronizados e validados, ou seja, desafiados nos pontos mais críticos para comprovar que realmente produzem sempre resultados confiáveis mesmo quando ocorrem algumas variações. Alguns desses métodos exigem o uso de equipamentos, e outros, não. Os que exigem são chamados MÉTODOS INSTRUMENTAIS (OU AUTOMATIZADOS), e os que não exigem são chamados MÉTODOS CLÁSSICOS e se utilizam de reações químicas em sistemas de vidra- rias, fitas reativas ou alterações perceptíveis aos sentidos humanos (liberação de cor, odor, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra formação de espumas, bolhas...). O foco aqui são os métodos automatizados aplicados ao laboratório de análises clínicas. Dentro dos métodos instrumentais temos ainda os manuais, semiautomáticos e automá- ticos, dependendo do grau de dependência e participação humana no processo de análise.... Alguns editais não pedem especificamente um ou outro dos métodos que vou abordar, de toda forma vou dar uma relembrada em vários para o caso de cair algo. Ok? Métodos Fotométricos A fotometria trata das medidas de intensidade de luz e tem sido utilizada para expres- sar a medida de absorção de luz por um meio, o que constitui uma medida de concentração de soluções. Acontece assim: quando a luz passa através de um meio líquido, sólido ou gasoso, ela sofre modificações, pois a luz emitida pela amostra tem uma intensidade menor que a luz inci- dida, isso porque ocorre a absorção de luz pelas substâncias presentes no meio. A luz utilizada na absorção deve ser luz monocromática, no espectro visível, infravermelho ou ultravioleta. A maioria dos fotômetros utilizados nos laboratórios de bioquímica clínica são adequados para leituras no espectro visível e ultravioletapróximo (340-700 nm). Resumidamente, os métodos de análises fotométricas compreendem: • - COLORIMETRIA = fotocolorimetria = espectrofotometria: medida da quantidade de luz absorvida por uma solução; • - TURBIDIMETRIA: medida da quantidade de luz absorvida por uma suspensão; • - NEFELOMETRIA: quantidade de luz dispersa por uma suspensão; • - FLUOROMETRIA: ensaios com marcadores fluorescentes. Fotocolorimetria e Espectroscopia Ambos os métodos obedecem à Lei de Lambert-Beer (equação abaixo) e se baseiam na capacidade de cada composto em absorver luz em certo comprimento de onda (antecipada- mente definido). A = a.b.c Sendo A= absorbância; a=absorção; b = espessura e c= concentração. A absorbância vai aumentando linearmente à medida que aumenta a concentração da substância ou a espessura da cubeta; já a transmitância vai caindo exponencialmente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Transmitância fração de energia luminosa que consegue atravessar a espessura de um determinado material, sem ser absorvida, ou seja, a capacidade de transmitir luz. Absorbância energia luminosa absorvida pela espessura de determinado material. A diferença principal dessas duas técnicas é que na fotocolorimetria utiliza-se filtro para selecionar o comprimento de onda correspondente à cor desejada, e no espectrômetro utiliza-se um prisma que separa a luz branca em vários comprimentos de onda para posterior seleção pela fenda do aparelho. Desvios na Lei de Lambert-Beer Nem todas as reações colorimétricas seguem a Lei de Lambert-Beer, sendo esta válida para condições restritas, em que: • A luz utilizada é aproximadamente monocromática; • As soluções a serem analisadas estejam diluídas (baixas concentrações); • Não devem estar presentes na mesma solução mais de uma substância absorvente de luz. Turbidimetria É uma técnica analítica que se baseia no método de espectrofotometria, capaz de medir a turbidez de uma amostra. Neste método, mede-se a redução da transmissão de luz em um meio causado pela formação de partículas (suspensão ou coloides). Já percebeu que quanto mais concentrada é uma suspensão menos transparente ela é? Pois é, essa turbidez é que é medida através do método da turbidimetria. Veja abaixo: Fonte: ProfBio. Perceba que o frasco mais à direita é mais turvo (mais concentrado), portanto menos trans- parente. Ah, uma coisa importante: NTU (Unidade de Turbidez Nefelométrica) é a unidade de O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra medição que caracteriza a turbidez. Mais uma vez vemos a luz e a matéria interagindo e nos dando informações a respeito da concentração de uma substância em uma amostra. Turbidímetro Fonte: ProfBi.o Nefelometria É um método que se baseia na diminuição da intensidade pela difração da luz. Uma carac- terística importante das soluções coloidais é a sua pronunciada dispersão da luz. Sim, a palavra-chave desse método é DISPERSÃO! Quando um feixe de luz incidente atravessa um meio contendo partículas, estas interferem com a passagem da luz, fazendo com que seja dispersa em todas as direções. Esse fenômeno, conhecido como efeito Tyndall, não altera o comprimento de onda da luz incidente e é indepen- dente do tipo de partícula. Efeito Tyndall Fonte: Quimicahi. Observe que a água pura (béquer 1) quase não espalha (dispersa) a luz, enquanto o béquer 2 (suspensão) dispersa. Isso acontece devido à interação da luz com as substâncias presen- tes na mistura 2. A nefelometria mede esse espalhamento da luz. Em análises clínicas, os ensaios nefelométricos se baseiam no princípio de que um imu- nocomplexo em solução dispersa luz em vários ângulos em relação à luz incidente. Um nefe- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra lômetro utiliza uma fonte de luz de alta intensidade que incide em uma cubeta contendo os imunorreagentes. A QUANTIDADE E A NATUREZA DA DISPERSÃO DEPENDEM: DA FORMA DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS DA CONCENTRAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO DO MEIO. A nefelometria é totalmente automatizada, de realização fácil, rápida e precisa, principal- mente se forem utilizados nefelômetros que subtraiam ruídos, como os causados por lipemia ou hemólise, e que garantam leitura na região de excesso de anticorpo. Medidas acuradas só podem ser feitas nesta região porque é onde existe relação linear entre a concentração da substância e a densidade ótica. Princípio físico da nefelometria e da turbidimetria Fonte: IFSC. O nefelômetro é um instrumento para medir partículas suspensas em um líquido ou gás, para o qual utiliza uma fotocélula colocada em um ângulo de 90º relativamente a uma fonte luminosa. A densidade de partículas é função da luz refletida pelas partículas para a fotocélula. 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Depois da lavagem, para remover o conjugado não ligado, a observação de fluorescência ao microscópio é indicativa da presença do anticorpo em estudo na amostra do paciente (ago- rinha você irá ver uma imagem, linda, inclusive, que representa esse resultado). A imunofluorescência indireta é o teste de referência na sorologia de muitas doenças, como as infecciosas e autoimunes. Pausa para algumas observações: Fluorescência é o fenômeno pelo qual uma substância emite luz quando exposta a radiações do tipo ultravioleta, raios catódicos ou raios X. As radiações absorvidas (invisíveis ao olho humano) transformam-se em luz visível, ou seja, com um comprimento de onda maior que o da radiação incidente. Ressaltando... RADIAÇÕES INVISÍVEIS SE TRANSFORMAM EM LUZ VISÍVEL (COM COMPRIMENTO DE ONDA MAIOR QUE A LUZ INCIDENTE). A fosforescência ocorre quando uma substância é capaz de absorver a luz produzida por alguma fonte externa, reemitindo-a em forma de luz visível, mesmo após a interrupção da iluminação. Outro conceito importante aqui é o de Fluorocromo (ou fluoróforo). Ele é uma substância queabsorve luz de comprimento de onda menor e emite luz de comprimento de onda maior quando excitado, fenômeno conhecido como fluorescência. A liberação de energia na fluorescência é imediata. Os fluorocromos são moléculas or- gânicas com comprimento de onda de excitação característico. O intervalo de tempo entre a absorção de energia e a emissão da fluorescência é muito curto, da ordem de nanosegundos. 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Basicamente, ocorre a separação de substâncias (no caso, proteínas) basea- da na carga que elas possuem, sendo que essa separação ocorre quando elas são submetidas a um campo elétrico. Eu não sei se vocês se lembram, mas o pH influencia decisivamente na carga elétrica do componente, por exemplo: substâncias que são lipossolúveis (apolares) em determinado meio, por exemplo, podem adquirir carga, tornando-se hidrossolúveis apenas pela alteração do pH do meio, inclusive é assim que o nosso fígado consegue “transformar’’ várias moléculas e medicamentos, conjugando com o ácido glicurônico e tornando-as mais solúveis à água da urina para eliminação!!! Eu sei, isso é farmacologia e não vem ao caso, mas é uma forma de fazer você perceber como o pH pode “dar” carga ou deixar a molécula apolar. • Equipamento O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra A técnica pode ser conduzida em diferentes meios-suporte, tais como papel de filtro, gel de sílica, membranas de acetato de celulose, géis de agarose, acrilamida etc. Atualmente existem dois modelos mais utilizados de eletroforese: um baseado em gel de agarose e outro em gel de poliacrilamida. Esses polímeros formam tramas de poros com tamanhos variáveis. Dois componentes básicos são necessários para se realizar uma eletroforese: um campo elétrico (obtido através de uma fonte de corrente contínua) e a própria molécula carregada. Para visualização das moléculas sepa- radas (na forma de bandas eletroforéticas), são utilizados corantes específicos para proteínas, como Coomassie Blue, e soluções específicas contendo os componentes necessários (subs- tratos, coenzimas, solução-tampão e sais) para revelação das bandas de atividade enzimática. As bandas podem ser detectadas também por radioatividade, nitrato de prata ou quimiolu- minescência. Na técnica, utiliza-se uma cuba com dois compartimentos separados. Os eletro- dos determinam os polos positivo e negativo em cada compartimento, no qual é adicionada uma solução-tampão com sal, que conduz eletricidade. O gel é montado entre os dois com- partimentos de tal forma que a única conexão elétrica entre os compartimentos seja atra- vés do gel. Esquema representativo da eletroforese em gel horizontal • Princípio do Funcionamento Esta migração segue a Lei de Coulomb, no qual partículas de carga positiva migram para o polo negativo (catodo), e partículas de carga negativa migram para o polo positivo (anodo). Outra coisa importante de associar é que a velocidade de migração das moléculas é pro- porcional ao campo elétrico e inversamente proporcional ao seu volume molecular. Assim, uma amostra submetida à eletroforese terá cada molécula constituinte localizada em uma zona do gel, na qual moléculas com menor volume irão migrar mais rapidamente, e as que possuem maior volume molecular irão migrar mais lentamente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Esquema de migração das amostras Esse esqueminha que fiz acima é útil para qualquer eletroforese, não só de proteínas, ok? Mas vamos focar o estudo nas seguintes amostras: proteínas, lipoproteínas e hemoglobina; imunoeletroforese. Veremos uma a uma agora... 001. (IBFC/SES-PR/TÉCNICO DE LABORATÓRIO) A eletroforese de proteínas é uma técnica simples para separar as proteínas do soro cujo princípio se baseia: a) Na densidade de carga. b) No peso molecular. c) Nas cargas elétricas. d) No tamanho da partícula. Questão muito simples, que cobra apenas o princípio de funcionamento da eletroforese. Letra c. Eletroforese de Proteínas A eletroforese de proteínas séricas (EPS) é uma técnica laboratorial usada para determinar os níveis de alguns tipos de proteínas na amostra de sangue. Há vários motivos para o médico pedir este exame. Um deles é para ajudar a diagnosticar ou monitorar uma variedade de doen- ças ou distúrbios que tenham proteínas ou níveis de proteínas anormais. A eletroforese nor- malmente não é usada sozinha para diagnosticar uma doença. Em vez disso, é usada com ou- tros exames de laboratório para se obter mais informações que possam ajudar no diagnóstico. Existem cinco frações de proteínas “separáveis” (zonas básicas de albumina, alfa-1, alfa-2, beta e gama). Abaixo, organizei em tabela (apenas para não cansar vocês) as principais prote- ínas de interesse e seu significado clínico. 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PROTEÍNA VALOR REDUZIDO VALOR AUMENTADO Alfa- fetroproteína Síndrome de Down. Neuropatias, câncer de fígado e intestino. Alfa 1 – Antitripsina Doenças hepáticas e Pulmonares. Artrites e vasculites. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica:Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra PROTEÍNA VALOR REDUZIDO VALOR AUMENTADO Alfa 1 – glicoproteína ácida Má nutrição, lesão hepática, estrogenoterapia. Artrite, Câncer e Infarto Agudo do Miocárdio. Alfa 2 macroglobulina Hepatopatias eSíndrome nefrótica. Diabetes e estrogenoterapia. Hepatoglobulina Síndromes hemolíticas. Inflamações. Ceruloplasmina Anemia e doença deWilson. Câncer do fígado. Transferrina Perdas proteicas e Hepatopatias. Depleção de ferro. C3 e C4 (complemento) Deficiência imunitária. Lúpus, transplantados. Beta 2 Microglobulina Câncer ligado ao linfócito B Fibrinogênio Deficiências hereditárias. Fase aguda de doenças e terapias hormonais. Imunogloblinas AIDS, Nefrótica. Hepatopatias, parasitoses, alergias, mielomas. Proteína C reativa IAM, Doença de Chron, AVC 003. (CESPE/HEMOBRÁS/ESPECIALISTA EM PRODUÇÃO DE HEMODERIVADOS - ANÁLI- SES CLÍNICAS) As imunoglobulinas podem ser identificadas com o emprego da técnica de eletroforese de proteínas. Como exposto na tabela, as imunoglobulinas podem sim ser identificadas por eletroforese de proteínas. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Eletroforese de Lipoproteínas Sabemos que os lipídeos não circulam livremente pelo sangue, mas por meio de proteínas transportadoras, passando assim a se chamar LIPOPROTEÍNAS. Pois bem, nesse exame, o mesmo princípio é executado (a eletroforese), mas aqui para separação das proteínas trans- portadoras de lipídeos. Você se lembra quais são? HDL, LDL E VLDL (por ordem decrescente de densidade). A aplicação dessa eletroforese é o diagnóstico de dislipidemias, porém essa técnica apresenta desvantagens, como alto custo e algumas limitações metodológicas. Imunoeletroforese Técnica que separa as proteínas por eletroforese e depois promove a combinação das mesmas aos seus anticorpos. Existe também a contra-imunoeletroforese, que é um tipo de eletroforese em que antígeno e anticorpo têm cargas opostas e migram em sentido contrário até ocorrer o encontro e a ligação. Quando ocorre a ligação Ag-Ac, ocorre precipitação. Nesse caso, é um exame qualitativo para detecção de Anticorpos. A aplicação dessa técnica é para diagnóstico de mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenstrom. Eletroforese de Hemoglobina Técnica que separa as hemoglobinas em meio sólido de acetato de celulose em diferentes frações para investigação de hemoglobinas anormais. É realizada em pH alcalino. Cromatografia A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ele é muito utilizado em todos os ramos da Farmácia (na indústria, por exemplo, é quase que imperativo realizar cromatografia na análise de controle de qualidade de medicamentos). A técnica visa a migração diferencial dos componentes de uma mistura, através de uma fase móvel e uma estacionária. Diferentes forças intermoleculares irão influenciar na interação entre os componentes da mistura e das duas fases. • Fase móvel A fase móvel é o material que se move através da fase estacionária, carreando a amostra. São observados três tipos de fase móvel: gasosa, líquida e supercrítica. A líquida se subdivide em: clássica, na qual a fase móvel passa através da coluna pela força da gravidade apenas ou é empurrada por bombeamento de baixa pressão, e a cromatografia líquida de alta efici- ência, na qual é utilizado um dispositivo de alta pressão que bombeia a fase móvel através de uma tubulação capilar e de uma matriz porosa. Na cromatografia gasosa, são separados O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra compostos voláteis, os quais devem apresentar uma razoável pressão de vapor na temperatu- ra de trabalho. Na cromatografia supercrítica, emprega-se um fenômeno denominado de ponto crítico (ca- pacidade de um líquido passar para vapor) em condições de pressão, tipo de gás utilizado, temperatura crítica e densidade. • Fase estacionária A fase estacionária pode se apresentar como sólida, líquida ou quimicamente ligada. • Técnica cromatográfica Basicamente, o que cai em provas é que a cromatografia SEPARA e QUANTIFICA substân- cias em uma determinada mistura, baseada em suas características físico-químicas e intera- ções com a fase estacionária. Assim, da mesma forma que a eletroforese, a cromatografia se- para as proteínas, mas também quantifica. O significado clínico do exame é conforme a tabela anterior apresentada no tópico de eletroforese de proteínas, afinal, não importa qual a técnica usada, a detecção de tais proteínas resulta na mesma interpretação! Esquema representativo do cromatógrafo de alta eficiência O esquema acima é de um HPLC (sigla em inglês de High Performance Liquid Chroma- tography), que significa Cromatografia Líquida de alta eficiência. Em português, essa sigla é CLAE. Basicamente, a amostra é preparada na forma de solução (no caso da cromatografia líquida) e impulsionada por bomba para passagem pela coluna cromatográfica (onde está im- pregnada a fase estacionária). Nessa coluna, ocorrerá a interação entre a mistura de substân- cias da amostra + fase líquida com a fase estacionária, promovendo retenção ou migração de cada substância em determinada velocidade, conforme suas características físico-químicas (e afinidades pela fase estacionária). Essas diferentes características farão com que as subs- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra tâncias cheguem ao detector em diferentes momentos (separando-as), e, por meio do uso de padrão de referência, é possível identificá-las e quantificá-las através de software específico no computador. Esse é o método cromatográfico mais importante hoje na rotina, mas existem outros tipos de cromatografia também. Tipos de cromatografia. Cromatografia em Camada Delgada (CCD) A cromatografia em camada delgada (CCD) é uma técnica de adsorção líquido–sólido. Nesse caso, a separação se dá pela diferença de afinidade dos componentes de uma mistura pela fase estacionária. O parâmetro mais importante a ser considerado em CCD é o fator de retenção (Rf), vejam a figura abaixo, o qual é a razão entre a distância percorrida pela subs- tância em questão e a distância percorrida pela fase móvel. Os valores ideais para Rf estão entre 04 e 06. Fases estacionárias mais utilizadas: Sílica gel, alumina, terra diatomácea e celulose. Essa fase estacionária tem um conceito que vez ou outra cai em prova... E depende de sua polaridade! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br21 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Fases móveis: A escolha da fase móvel, que geralmente é constituída por um ou mais solventes, não é tarefa simples. No entanto, uma vez que as fases estacionárias mais usa- das são extremamente polares, não devem ser utilizados solventes pouco polares, que não removeriam os compostos do ponto de aplicação, nem solventes muito polares, capazes de arrastar os componentes da amostra até o topo da placa. Em vista disso, melhores resultados são obtidos com misturas de solventes, de modo a se obter uma polaridade média em relação à polaridade dos componentes da amostra. Ao subir na camada, o solvente irá arrastar mais os compostos menos adsorvidos (que interagiram menos) na fase estacionária, separando-os dos mais adsorvidos. A linha de chegada da fase móvel deve ser marcada e a placa deve estar seca. Como a maioria dos compostos orgânicos é incolor, faz-se necessária a utilização de um processo de revelação para que se possa analisar o resultado. Pela imagem, fica fácil observar a diferença de afinidade das substâncias 1 e 2 pela fase estacionária (que é uma camada delgada de sílica gel). Considerando que a substância 1 ficou mais retida na sílica, podemos concluir que ela é mais polar que a substância 2, que percorreu uma distância maior na coluna (por ter menos afinidade com a fase estacionária, sílica). 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Cromatografia em Papel (CP) A cromatografia em papel (CP) é uma técnica de partição líquido– líquido, estando um deles fixado a um suporte sólido. Baseia-se na diferença de solubilidade das substâncias em questão entre duas fases imiscíveis, sendo geralmente a água um dos líquidos. O solvente é saturado em água e a partição se dá devido à presença de água em celulose (papel de filtro). Esse método, embora menos eficiente que a CCD, é muito útil para a separação de compostos polares, sendo largamente usado em bioquímica. Gente... Eu vou repetir porque muita gente passa batido nesse ponto... ...É MUITO ÚTIL PARA A SEPARAÇÃO DE COMPOSTOS POLARES, SENDO LARGAMENTE USADO EM BIOQUÍMICA!!! Bom, finalizamos a parte teórica. Vamos exercitar??? Ah, dessa vez acrescentei alguns conteúdos em forma de questões para que fechemos qualquer brecha, ok? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra QUESTÕES DE CONCURSO 001. (VUNESP/EBSERH/BIOMÉDICO/2020) Técnica comumente utilizada nos laboratórios para produzir água purificada de consumo rotineiro; funciona através da adsorção das impure- zas pelas resinas de troca iônica. Essa metodologia de purificação de água é: a) osmose reversa. b) deionização. c) filtração através de carvão ativado. d) adsorção orgânica. e) foto oxidação. a) Errada. Na osmose reversa a água é forçada sob pressão a passar por uma membrana semipermeável, que retém 95 a 99% de compostos orgânicos, bactérias e outro material par- ticulado, e de 90 a 97% de todos os minerais ionizados e dissolvidos, mas pouco das impure- zas gasosas. b) Certa. Na deionização, colunas contendo resinas de trocas iônicas são utilizadas para remo- ver íons produzindo água deionizada livre de mineral com alta resistividade. Neste processo, não há eliminação de substâncias não ionizadas, como silicatos, algumas substâncias orgâni- cas e algumas impurezas em suspensão. A água destilada tem menor resistividade do que a deionizada pela presença de CO2, H2S, NH3 e outros gases ionizados na água original. c) Errada. O carvão ativado é usado para remover o cloro da água que será utilizada para deio- nização ou outro processo de purificação. d) Errada. A adsorção e absorção por carvão ativado, ou outro adsorvente capaz de remover contaminantes orgânicos, é utilizado em combinação com outro processo de purificação para se obter água reagente. e) Errada. A oxidação ultravioleta não é usada como método isolado, fazendo parte de um sis- tema total. A absorção da luz à 185 nm, produz radicais de hidroxil, que por sua vez oxidam os materiais orgânicos ionizáveis. Já o comprimento de onda de 254 nm é microbicida, destruin- do o DNA e o RNA dos micro-organismos, causando a morte de sua célula. Letra b. 002. (IBCF/EBSERH/BIOMÉDICO/2017) Os destiladores são usados no processo de purifi- cação da água reagente utilizada em laboratórios clínicos. Sobre o processo de destilação assinale a alternativa correta. a) Promove a remoção de impurezas voláteis e não voláteis. b) A grande vantagem deste processo é o baixo consumo de energia. c) Remove grande porcentagem de todos os tipos de contaminantes presentes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra d) A membrana colocada na saída do sistema de purificação não permite a passagem de par- tículas acima de 0,22 µm. e) A maior desvantagem é a saturação rápida das resinas de troca iônica. a/c) Erradas. b) Certa. O processo de destilação envolve a vaporização e condensação da água, separando-a de outras substâncias menos voláteis. Para tanto, gasta água e energia, tendo isso como des- vantagem. Além do mais, não elimina gases e alguns vestígios de sais inorgânicos, também não satisfaz à exigência de condutividade específica de água de tipo I. d) Errada. No processo de filtração ocorre a retenção de partículas e micro-organismos, depen- dendo do tamanho dos poros do filtro utilizado. e) Errada Na deionização, utiliza-se colunas contendo resinas de trocas iônicas que retêm as impurezas contidas na água. O processo remove íons para produção de água deionizada li- vre de mineral. A coluna, depois de saturada, pode ser regenerada e reaproveitada. Não faz a eliminação de substâncias não ionizadas, como silicatos, algumas substâncias orgânicas e algumas impurezas em suspensão. Letra b. 003. (AOCP/EBSERH/BIOMPEDICO/2017) A água deionizada passa por um tratamento que neutraliza a sua carga elétrica por meio da adição ou remoção de elétrons. O permanganato de potássio é utilizado no controle de qualidade da água. a) Para mostrar se há silicatos ou não, após o processo de purificação pelo deionizador. b) Para dosar a condutividade da água, após o processo de purificação pelo deionizador. c) Para verificar o pH da água, após o processo de purificaçãopelo deionizador. d) Para mostrar se há presença de substâncias orgânicas, após o processo de deionizador. e) Para mostrar se há crescimento de microrganismos, após o processo de purificação pelo deionizador. a) Errada. A determinação da sílica solúvel na forma de SiO2 utiliza reagentes empregados para a dosagem do fósforo inorgânico, fazendo a leitura epectrofotomérica da reação do branco do fósforo e dele contra a água. b) Errada. A determinação da resistividade da água reagente é feita pelo emprego de conduti- vímetro ou o resistivímetro. c) Errada. A determinação do pH da água reagente é feita por potenciômetro ou utilizando uma gota de fenolftaleína a 1% em 10 mL de água, o aparecimento de coloração avermelhada indica perda de qualidade. A alcalinidade da água reagente quer dizer contaminação bacteriana ou substâncias orgânicas após estocagem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra d) Certa. A determinação de substâncias orgânicas no controle da água reagente é realizada pela redução do permanganato por tais substâncias, tornando o líquido incolor. O teste é reali- zado adicionando 0,20 mL de uma solução de KMnO4 0.01N em 500 mL de água a ser testada, agitando-se. Dentro de uma hora a coloração violeta deve persistir, indicando a ausência de substâncias orgânicas. e) Errada. Em princípio, a água reagente tipo I não deve conter bactérias, apesar das normas in- ternacionais admitirem a presença de até 10 UFC/L, e assim emprega-se métodos tradicionais com contagem de colônias. Letra d. 004. (IDECAN/EBSERH/BIOMPEDICO/2014) Á água de torneira não é adequada para o em- prego como reagente no laboratório clínico. Ela deve ser purificada com os processos adequa- dos para tornar-se água reagente. Esta purificação consiste na eliminação de todas as subs- tâncias dissolvidas e suspensas na água. Diante do exposto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Destilação é o processo de purificação da água pela mudança de seu estado físico. ( ) Na deionização, utiliza-se resinas de troca iônica que retêm as impurezas existentes na água. Esse processo elimina as substâncias não ionizadas. ( ) Nanofiltração é um processo no qual a água é forçada sob uma pressão através de uma membrana semipermeável que retém uma porcentagem das substâncias orgânicas e inorgâ- nicas dissolvidas. ( ) Tanto a filtração quanto a ultrafiltração são processos mecânicos de retenção de partícu- las, incluindo micro-organismos, naturalmente dependendo do tamanho dos poros do filtro utilizado. A sequência está correta em a) F, F, V, V. b) F, V, F, V. c) V, F, F, V. d) V, F, V, F. e) V, V, F, F. Destilação – O processo de destilação envolve a vaporização e condensação da água, sepa- rando-a de outras substâncias menos voláteis. Deionização – Na deionização, utiliza-se colunas contendo resinas de trocas iônicas que retém as impurezas contidas na água. O processo remove íons para produção de água deionizada livre de mineral. Não faz a eliminação de substâncias não ionizadas, como silicatos, algumas substâncias orgânicas e algumas impurezas em suspensão. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Osmose reversa – É o processo pelo qual a água é por uma membrana semipermeável que atua como um filtro molecular. A membrana remove de 95 a 99% dos compostos orgânicos, bactérias e outro material particulado, e de 90 a 97% de todos os minerais ionizados e dissol- vidos, mas pouco das impurezas gasosas. Letra c. 005. (CESPE/CEBRASPE/SEDF/DF/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ÁREA BIOMEDI- CINA/2017) Em um laboratório de análises clínicas, um biomédico ficou responsável por pre- parar duas soluções, I e II, de 100 mL cada. A solução I deveria conter ureia 7 mol/L e cloreto de sódio 0,2 g/L em água. A solução II preparada a partir da solução I deveria ser diluída de forma que a concentração fosse 20% (volume/volume) da solução I em água. Com relação a essa situação hipotética e considerando que a massa molar da ureia é de 60,0 g/mol, julgue os itens subsecutivos. A solução II deve ser preparada a partir de 20 mL da solução I, adicionando-se água até com- pletar o volume de 100 mL. Ao realizar uma diluição, a equação a seguir é utilizada para determinar o volume (V2) neces- sário para diluir um determinado volume (V1) de uma solução de solução de concentração (C1) conhecida para a menor concentração desejada (C2). C1 x V1= C2 x V2 Na questão, a concentração final desejada é mais diluída em 20% em relação à primeira con- centração. Ou seja, a solução sairá de uma concentração de ureia a 7mol/L para uma concen- tração mais diluída de 1,4 mol/L, tendo-se o volume final de 100 mL. Assim, teremos 7 mol/L x V1 = 1,4 mol/L x 100 mL V1 = 20 mL. Para se obter a solução II, 20 mL da solução I é utilizada, completando-se o volume final com água até 100 mL. Certo. 006. (IBAM/PREFEITURA DE CÂNDIDO ABREU/PR/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO II/ 2017) A molaridade [M] é igual ao número de moles de soluto por litro de solução (solvente). Um mol de uma substância é o número de gramas igual ao peso atômico ou molecular da substância. O peso atômico ou molecular de uma substância é a massa real da partícula química (átomo ou molécula) em relação à massa do átomo de carbono. Um mol de qualquer substância con- tém aproximadamente 6,02 x 1023 partículas (constante de Avogadro). Por essa razão, uma solução um molar contém 1 mol de soluto por litro de solução. Desta forma, para fazer 1 litro de solução 0,5M de NaCl, sabendo que o peso molecular do NaCl é de 58,5, a quantidade de gramas necessários é igual a: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra a) 14,95 b) 29,25 c) 58,5 d) 117 Sabendo que a molaridade de uma solução é dada por Molaridade de uma solução = número de moles do soluto número de litros da solução Logo, 0,5M = números de moles do soluto 1 números de moles do soluto = 0,5 mol 1 mol de NaCl – 58,5g 0,5 mol – x= 29,25g É necessário 29,25g de NaCl para fazer uma solução 0,5M. Letra b. 007. (IBFC/PREFEITURA DE CRUZEIRO DO SUL/BIOQUÍMICO/2019) Paciente apresenta na farmácia uma receita de preparo de exame de colonoscopia, com indicação para diluir em qui- nhentos mililitros de água gelada, dois frascos de manitol 20% (vinte por cento) de duzentos e cinquenta mililitros cada e tomar, por via oral, doze horas antes da realização do exame. Sendo assim, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F): ( ) A concentração final da solução após a diluição será 10% (dez por cento) de manitol e o paciente fará a ingestão de 1000 mg (mil miligramas) de manitol. ( ) A concentração final da solução após a diluição será 10% (dez por cento) de manitol e o paciente fará a ingestão de 100 g (cem gramas) de manitol.( ) A indicação de preparo da solução está incorreta, pois o manitol não deve ser adicionado a água gelada, devido a degradação do fármaco em baixas temperaturas. a) V, F, V b) V, F, F c) F, V, F d) F, V, V Na questão trata-se de uma diluição em que o volume final da solução é de mil mililitros (1000 mL): O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra C1 x V1= C2 x V2 20% (manitol) x 500 mL (H2O) = C2 x 1000 mL (solução) C2 = 10% manitol Pelo Système Internationale d’Unités (SI), quando a concentração de massa do analito é rela- tada em termos de grama por cento, esta terminologia indica uma quantidade de soluto por massa de solução (p. ex., gramas por 100 g) e pode ser apropriada somente para o material de referência contra o qual os desconhecidos foram comparados. Então a solução final tem 10g de manitol em 100g (ou 100 mL) de solução, em 1000 g de so- lução o paciente vai consumir 100 g de manitol. O manitol tem ponto de fusão entre de 290 a 295ºC, não tendo problemas de degradação a baixas temperaturas. Letra c. 008. (PUC-PR/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/PR/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMI- CO/2017) As soluções injetáveis de glicose nas concentrações de 5% e 10% são indicadas como fonte de água, calorias e diurese osmótica. As soluções de glicose de 5% a 10% são in- dicadas em casos de desidratação, reposição calórica, nas hipoglicemias (diminuição do nível de glicose no sangue) e como veículo para diluição de medicamentos compatíveis. A solução de glicose 5% é frequentemente a concentração empregada na depleção de fluido, sendo usualmente administrada através de uma veia periférica. Já as soluções de glicose de concen- trações mais elevadas, como a glicose 10%, por serem hiperosmóticas, são usadas geralmente como uma fonte de carboidratos. Desta maneira, a glicose é a fonte preferida de carboidratos em regimes parenterais de nutrição, sendo frequentemente usada também em soluções de reidratação para prevenção e/ou tratamento da desidratação, ocasionada pela diarreia. (http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp? pNuTransacao=9188632013&pIdAnexo=1847480). Os valores de molaridade para as soluções de soro glicosado a 5% (5g/100mL) e a 10% (10g/100mL) são respectivamente. Dado: massa molar da glicose = 180 g/mol) a) 9 mol/litro e 18 mol/litro. b) 0,278 mol/litro e 0,556 mol/litro. c) 0,006 mol/litro. d) 0,9 mol/litro e 1,8mol/litro. e) 0,0278 mol/litro e 0,056 mol/litro. Sabendo que a molaridade de uma solução é dada por Molaridade de uma solução = número de moles do soluto número de litros da solução O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Para uma solução de glicose a 5% (5g/100 mL) em 1000 mL, tenho 50g de soluto, sabendo que o peso molecular da glicose é 180 g/mol, nessa solução a molaridade é 0,278 mol/L. Seguindo o mesmo raciocínio, a solução de glicose a 10% (10 g/100 mL) tem 100 g de glicose em 1000 mL, sendo que sua molaridade é 0,556 mol/litro. Letra b. 009. (CPCON/PREFEITURA DE OURO BRANCO/RN/AUXILIAR DE FARMÁCIA/2017) Pipe- tas destinadas à contenção são frequentemente denominadas pipetas de lavagem, porque elas devem ser cheias ou lavadas com solvente adequado após o líquido inicial ter sido dre- nado. Essas pipetas contêm uma quantidade exata de líquido, que deve ser completamente transferida para a mensuração adequada e determinação de hemoglobina. Com base no exposto, a pipeta de determinação de hemoglobina é a a) Pipeta sorológica. b) Pipeta de Mohr. c) Pipeta de Ostwald-Folin. d) Pipeta de Sahli. e) Pipeta de deslocamento positivo. a/b) As pipetas de medição, como o exemplo da pipeta de Mohr, e as pipetas sorológicas (graduada até a extremidade) são marcadas em unidades de forma que qualquer volume até a capacidade máxima pode ser dispensado. c) A pipeta de Ostwald-Folin é tipo de pipeta de transferência, que é desenhada para transferir um volume conhecido de líquido. No caso da pipeta de Ostwald-Folin, possuem o bulbo próxi- mo à extremidade dispensadora e são utilizadas para medições exatas de líquidos viscosos, como sangue ou soro. d) Pipeta de Sahli – É usada na dosagem de hemoglobina sanguínea. e) As pipetas comuns têm seu funcionamento pelo deslocamento de ar, enquanto em sistemas de pipetas de deslocamento positivo o pistão da ponteira está em contato direto com o líquido sem uma camada de ar. Obs.: � Considero o gabarito errado, por isso seria possível recorrer. Letra c. 010. (FAUEL/PREFEITURA DE GOIOERÊ/PR/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO/2018) Conside- ra-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Dos itens listados abaixo, qual NÃO é um Equipamento de Proteção Individual (EPI). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra a) Cabine de Segurança Biológica: é o principal equipamento de contenção física para agentes infecciosos. b) Avental: uso para todos que trabalham em ambiente laboratorial, confeccionado em algo- dão, com manga longa e punho sanfonado, na altura dos joelhos e usado abotoado. c) Luvas: uso para todos que trabalham em ambiente laboratorial, na manipulação de amostras biológicas, preparo de reagentes, lavagem de materiais, atendimento ao paciente. d) Óculos de Proteção: destinado à proteção dos olhos contra respingos de material biológico, substâncias químicas e partículas. A Administração de Segurança de Saúde (OSHA) exige que as instituições forneçam aos em- pregados os itens de segurança importantes, que fazem parte dos equipamentos de proteção individual (EPI), que incluem (1) roupas (como os jalecos de laboratório, macacões gown e/ou scrubs), (2) luvas e (3) óculos de proteção. Letra a. 011. (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/PREFEITURA DE MARIANA/ FARMACÊUTICO-BIO- QUÍMICO/2019). No setor de bioquímica clínica, o laboratório clínico depende quase exclusiva- mente de um equipamento de espectrofotômetro para análise dos resultados solicitados. Esse espectrofotômetro utiliza a lei de Lambert-Beer para determinar a concentrações dos analitos pesquisados. Sobre a lei de Lambert-Beer, assinale alternativa correta. a) A diminuição da transmissão luminosa ocorre quando aumenta o caminho ótico percorrido pela radiação aplicada na amostra. b) A transmissão luminosa sempre diminui com o aumento da concentração da solução analisada. c) A transmissão luminosa aumenta na medida em que também aumenta a concentração da solução em análise. d) À medida que a concentração da solução em análise aumenta – independentemente dos níveis da linearidade – aumenta também sua transmissão. a) Errada. Durante o uso de espectrofotômetro no laboratório clínico, é necessário estabele-cer experimentalmente, a proporcionalidade direta entre a absorbância e a concentração para um dado instrumento em condições especificadas. Desta forma o valor do caminho óptico é considerado constante. Entretanto, segundo a lei de Bouguer-Lambert a transmissão da luz de- cresce logaritmicamente com o aumento linear da espessura da camada, quando se investiga a diminuição da intensidade de luz com a espessura do meio absorvente. b) Certa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra c) Errada. A lei de Beer afirma que a concentração de uma substância é diretamente proporcio- nal à quantidade de luz absorvida ou inversamente ao logaritmo da luz transmitida. d) Errada.Uma solução obedece à Lei de Beer quando há a relação linear que vai existir até certa concentração ou absorbância. Durante a rotina laboratorial, a proporcionalidade direta entre a absorbância e a concentração deve ser estabelecida experimentalmente para um dado instrumento em condições especificadas. Letra b. 012. (COMPERVE/UFRN/TÉCNICO DE LABORATÓRIO/ANÁLISES CLPINICAS/UFRN/2015) Considerando o uso do espectrofotômetro nas análises em laboratório clínico, analise as se- guintes afirmativas: I – A análise quantitativa em espectrofotometria é realizada através da medida da absorbância, a qual se relaciona linearmente, dentro de uma faixa, com concentração, obedecendo à lei de Lambert-beer. II – O espectrofotômetro é um aparelho que faz passar um feixe de luz policromática através de uma placa e mede a quantidade de luz que foi absorvida por essa placa. III – O espectrofotômetro permite saber que quantidade de luz é absorvida a cada compri- mento de onda, sendo que esta relação entre absorbância e comprimento da onda varia de substância para substância. IV – Costuma-se chamar de dosagem colorimétrica qualquer método no qual, a partir de rea- ções químicas, haja a produção de um composto colorido, que absorve luz em determinado comprimento de onda. V – Através da proporcionalidade entre a intensidade da cor e a concentração da substância, pode-se determinar essa concentração em amostras com base em uma curva de calibração. Das afirmativas, estão corretas a) I, II, III e IV. b)II, III, IV e V. c)I, II, IV e V. d) I, III, IV e V. Assertivas I, IV e V: Certas. No dia a dia do laboratório, a aplicação quantitativa da lei de Beer faz uso de soluções de calibração contendo várias concentrações conhecidas da substância cujas leituras de absorbância são registradas. A leitura da solução desconhecida também é feita e sua concentração é determinada pela comparação com leituras obtidas dos calibra- dores. A cor de uma solução é o complementar à luz absorvida, ou seja, absorvem toda a luz incidente, com exceção do intervalo de comprimento de onda observado pela visão. Quanto mais concentrada a solução mais cor apresenta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Assertiva III: Certa. A solução de um determinado composto absorve luz em um comprimento de onda específico. Assertiva II: Errada. A luz antes de incidir a amostra é filtrada e passa a ser monocromática. Letra d. 013. (CPCON/UEPB/PREFEITURA MUNICIPAL DE SOLÂNEA/PB/FARMACÊUTICO-BIOQUÍ- MICO/2019) Associe as duas colunas, fazendo a relação dos conhecimentos gerais e espe- cíficos sobre as terminologias mais amplamente empregadas na espectrofotometria UV com a luz visível utilizada pelos Farmacêuticos-Bioquímicos. 1. Cromóforo. 2. Auxocromo. 3. Deslocamento Batocrômico. 4. Deslocamento Hipsocrômico. ( ) É um grupamento químico que não origina uma faixa de absorção por si mesmo, mas, ao ser ligado a um radical qualquer, altera a posição e/ou a intensidade do pico. ( ) É a porção de uma molécula que é responsável pela absorção seletiva da radiação em uma determinada amostra. ( ) É a capacidade que um determinado grupamento químico possui de deslocar o comprimen- to de onda máximo (λmax) para um comprimento de onda menor (deslocamento azul). ( ) É a capacidade que um determinado grupamento químico possui de deslocar a posição do pico (λmax) para um comprimento de onda mais elevado, devido ao efeito de um substituto ou solvente (deslocamento vermelho). A sequência CORRETA dessa associação é: a) 4, 2, 1 e 3. b) 2, 3, 4 e 1. c) 1, 2, 4 e 3. d) 3, 2, 1 e 4. e) 2, 1, 4 e 3. - Cromóforo: Grupo orgânico insaturado (C=C, C=O, - NO2), possuindo elétrons que podem ser excitados. Esse grupo é responsável pela absorção da radiação eletromagnética e pela cor de uma dada molécula. - Auxocromo: Grupo orgânico saturado que, ao se ligar ao cromóforo, altera o valor do compri- mento de onda e/ou a intensidade da absorção. - Deslocamento Batocrômico (deslocamento para o vermelho): Ocorre o aumento do valor do comprimento de onda máximo (λ max) devido ao grupamento substituinte ou solvente. - Deslocamento Hipsocrômico (deslocamento para o azul): um deslocamento para energia mais alta ou para comprimento de onda menor. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Letra e. 014. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA/ES/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO/2020) O grá- fico abaixo apresenta a curva padrão de glicose e sua respectiva equação da reta. Esta análise foi realizada para se quantificar a glicose em amostras de sangue em um laboratório clínico por espectrofotometria. A amostra de sangue um do paciente X apresentou absorbância de 0,792. A partir dos resultados encontrados para o paciente X, analise as afirmativas abaixo: I – A concentração de glicose do paciente X é de 226,86 mg/dL. II – A concentração de glicose do paciente X é de 2,2686 mg/Dl. III – Os valores de glicose do paciente X estão dentro da normalidade de acordo com a Socie- dade Brasileira de Diabetes. IV – O paciente X encontra-se dentro de um quadro de hiperglicemia. V – O paciente X encontra-se num quadro de hipoglicemia. Dos itens acima, estão corretos, apenas: a) I e IV. b) II e V. c) II e IV. d) I e III. e) II e III. Como a reação do exercício obedece à lei de Lambert-Beer, podemos comparar as soluções do padrão com a amostra. Desta forma, podemos encontrar o valor da glicose sanguínea do paciente X. A equação da reta obtida a partir da curva-padrão é a seguinte: y = 0,3496x - 0,0011 Substituindo-se y por absorbância (A) e x por concentração de glicose em mg/mL ([glico- se]), temos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICAPollyana Lyra A = 0,3496x ([glicose]) - 0,0011 ou seja, se quisermos converter as absorbâncias obtidas em concentração de glicose, temos que usar a seguinte fórmula: [glicose] = A + 0,0011 0,3496 [glicose] = 0,792 + 0,0011 0,3496 [glicose] = 2,2686 mg/mL = 226,86 mg/dL Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o paciente está hiperglicêmico pois o valor nor- mal da glicose em jejum é < 100 mg/dL e o valor após 2 horas de sobrecarga com 75 g de glicose (mg/dL) é < 140 mg/dL. Letra a. 015. (CIAAR/AERONÁUTICA/PRIMEIRO TENENTE/FARMÁCIA-BIOQUÍMICA/2019) A dis- persão da luz é um fenômeno físico resultante da interação da luz com partículas em solução. As técnicas analíticas que medem a luz dispersa e que se aplicam a imunoensaios estão cor- retamente indicadas em a) turbidimetria e nefelometria. b) fotometria e quimioluminescência. c) fluorimetria e imunoensaio enzimático. d) quimioluminescência e bioluminescência. A intensidade do feixe incidente de luz diminui com a turbidez, à medida que ele passa por uma solução de partículas. A turbidimetria é a medição dessa redução de intensidade de luz incidente. Já na nefelometria ocorre a detecção de energia luminosa dispersa ou refletida na direção de um detector, que está normalmente a 90º em relação ao caminho direto da luz transmitida. Turbidimetria é a medida da luz transmitida e nefelometria é a medida da luz dis- persa após contato com solução turva. - Fotometria: É a medição da intensidade luminosa da luz ou da quantidade de luz luminosa que atinge uma superfície a partir de um feixe de luz incidente. - Fluorimetria: É a medição da luz de fluorescência emitida por uma molécula após absorver luz em um comprimento de onda e reemitir luz em um comprimento de onda maior. - Quimioluminescência: É um tipo de luminescência, em que o evento de excitação é causado por uma reação química, oxidação de um composto orgânico, e não por foto iluminação. Então, ocorre a emissão de luz quando um elétron retorna de um nível de energia excitado ou mais alto para um nível de energia inferior. 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A esse respeito, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir acerca da citometria de fluxo. ( ) 1- Anticorpos monoclonais marcados com fluorocromos são utilizados na citometria de fluxo. ( ) 2- As partículas ou células passam aglomeradas através de um feixe de luz, espalhando a luz em diferentes direções. ( ) 3- A citometria de fluxo é uma técnica que permite medidas rápidas em partículas ou células, baseando-se em valores médios da população total. ( ) 4- A interação entre a partícula/célula e a luz permite realizar medidas a partir do espalha- mento frontal e lateral da luz e as emissões de fluorescência. ( ) 5- A análise da citometria de fluxo é feita a partir de histogramas e de análise estatística das medidas; os resultados são comparados com um histograma-controle. De acordo com as afirmações, a sequência correta é a)(F); (V); (F); (V); (F). b)(F); (F); (V); (F); (V). c)(V); (V); (V); (F); (F). d)(V); (F); (F); (V); (V). 01 – VERDADEIRO. As células, moléculas ou partículas analisadas pelo citômetro de fluxo podem ser marcadas com diferentes marcadores fluorescentes específicos, como (1) fico-eri- trina β, (2) isotiocianato de fluoresceína, (3) rodamina-6G e (4) anticorpos marcados. À medida que esses elementos fluem através da célula de fluxo, medições simultâneas de fluorescência e dispersão da luz são realizadas automaticamente pelo citômetro de fluxo. 02 – FALSO. Na citometria de fluxo, são feitas medições de fluorescência e da dispersão da luz, enquanto as células ou partículas de uma amostra, que é “sugada” pelo citômetro e mis- turada à um fluxo de solução salina, que é então guiado para um canal estreito. Esse espaço estreito induz as células a formarem uma fila única. Em fila, as células, ao atravessarem o raio do laser uma a uma, permitem que sejam analisadas individualmente e dispersam a luz em múltiplas direções. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 03 – VERDADEIRO (RECORRER). É uma técnica rápida e com grande precisão, podendo-se contar, analisar e classificar partículas suspensas num meio líquido. Pela análise dos dados é possível dividir a população de células heterogêneas em subpopulações individuais de acordo com o tamanho, formato e complexidade. 04 – VERDADEIRO. A citometria combina a fluorimetria induzida por laser e análise de disper- são de luz pela partícula. As células/partículas, ao atravessarem o raio do laser uma a uma, permitem que sejam analisadas individualmente e dispersam a luz em múltiplas direções. O citômetro detecta a luz dispersa de maneira direta (forward scatter), que é identificada pelo detector através do laser e detecta a luz dispersa lateralmente (side scatter), por um detector localizado perpendicularmente ao raio laser. 05 – VERDADEIRO. O detector converte a luz dispersa em pulso elétrico, que é proporcional à luz dispersa (forward scatter). O computador converte esses dados em um histograma. Letra d. 017. (FGV/FIOCRUZ/TECNOLOGISTA EM SAPUDE/OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE PLA- TAFORMAS TECNOLÓGICAS/2010) Os processos envolvidos na citometria de fluxo envolvem a incidência de uma fonte de luz (laser) nas células ou partículas e a avaliação dos ângulos de dis- persões da luz relativas ao objeto observado. Analise o esquema abaixo e assinale a alternativa correta. a) Os valores de SSC (side scatter) avaliam a quantidade de luz dispersa lateralmente em ângu- los menores (0,5 a 5º) e são relativos às características de granulosidade e de complexidade das células. b) Os valores de FSC (forward scatter) avaliam a quantidade de luz dispersa frontalmente em ângulos maiores (15 a 150º) e são relativos a características de tamanho e formato das células. c) Sinais de fluorescências são gerados pela excitação de moléculas (intrínsecas ou extrínse- cas) da célula que são emitidas em maiores quantidades de energia do que a quantidade de luz absorvida. d) Os valores de extinção representam a quantidade de luz perdida pela fonte incidente que é obtida através da soma das quantidades de luz absorvidas e dispersas. e) Tanto células em suspensão quanto células de tecidos sólidos podem ser observados sem a necessidade da adição de solventes ou veículos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br37 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra a) Errada. A luz dispersa lateralmente (side scatter) pela célula/partícula é identificada por um detector localizado perpendicularmente ao raio laser (dispersão à 90º) e é proporcional ao for- mato e aos complexos internos da célula, ou seja, à granularidade. b) Errada. A luz dispersa pela célula/partícula é detectada por um detector que fica do outro da célula, em frente ao laser, sendo a dispersão anterior (forward scatter), que dá informações do tamanho da célula. c) Errada. Quanto maior o comprimento de onda de uma radiação, menor é sua energia. A flu- orescência ocorre quando uma molécula absorve luz em um comprimento de onda e reemite luz em um comprimento de onda mais longo, com menor energia. e) Errada. A amostra deve ser preparada para ser analisada pelo citômetro de fluxo, já que as partículas microscópicas serão analisadas suspensas em meio líquido em fluxo. Letra d. 018. (COPERVE/UFRN/SESAP/RN/BIOMÉDICO/2018) As análises clínicas constituem uma área de conhecimento que envolve o diagnóstico laboratorial das doenças. No laboratório de análises clínicas, existem diversos equipamentos que auxiliam o biomédico na realização dos mais variados exames. Considere as descrições a seguir, referente ao princípio biofísico de algumas técnicas usadas em laboratório: I – É uma técnica de medição das propriedades de células em suspensão, orientadas em fluxo laminar e interceptadas por um feixe de LASER. O feixe incidirá sobre cada célula individual- mente, sofrerá desvios e incidirá em fotossensores. As informações provenientes dos senso- res são expressas em um histograma. II – É uma técnica laboratorial analítica baseada na interação da radiação eletromagnética com partículas em suspensão. O aparelho mede a turbidez da amostra por meio da difração da luz ao passar pela solução contendo complexos imunológicos. III – É uma técnica que envolve a quantificação de luz absorvida pelas partículas na suspensão, para determinar a concentração da substância em questão. A quantidade de luz absorvida e, consequentemente, sua concentração depende do número e tamanho das partículas. IV – O método consiste em determinar a presença e quantidade de um determinado íon metá- lico em solução qualquer. Os elétrons ao sofrerem um salto quântico depois de devidamente excitados por uma fonte de energia, devolvem a energia recebida para o meio na forma de luz, voltado assim para a sua camada orbital de origem. As descrições que correspondem às técnicas de citometria de fluxo e espectroscopia de ab- sorção atômica estão presentes, respectivamente, nos itens: a) I e IV. b) I e II. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra c) II e III. d) III e IV. A questão traz revisão das técnicas utilizados em laboratório clínico. A assertiva II traz os prin- cípios da turbidimetria e na assertiva III a fotometria. Letra a. 019. (INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/FARMÁCIA-BIOQUÍMICA/2018) So- bre a espectrometria de absorção atômica (AAS) é correto afirmar que essa técnica é usada para: a) Determinações quantitativas de elementos, com base na absorção da radiação por átomos livres no estado gasoso. b) Avaliações apenas qualitativas de elementos, com base na absorção da radiação por áto- mos livres no estado sólido. c) Determinações apenas qualitativas de elementos na absorção da radiação por átomos livres no seu estado líquido. d) Avaliações quantitativas de elementos, com base na absorção da radiação por átomos livres no estado líquido. e) Determinações quantitativas de elementos, com base na absorção de radiação por átomos livres no estado sólido. A espectrometria de absorção atômica é uma técnica óptica, em que a radiação de luz de uma fonte primária adentra a chama, e parte dela é absorvida pelos átomos no estado funda- mental dentro da chama. É uma técnica usada para a determinação quantitativa de elementos (metais, semimetais e alguns não metais) em uma ampla variedade de amostras. Letra a. 020. (IF-SUL DE MINAS/PROFESSOR DE QUÍMICA/2013) A figura abaixo apresenta a confi- guração geral de um instrumento para realização de: (Hage, D.S. & Carr, J.D. Química analítica e análise quantitativa. 1ª Ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012) a) Espectroscopia de emissão atômica. b) Espectroscopia de fluorescência atômica. 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(IBFC/PC/RJ/PERITO CRIMINAL/ÁREA FARMÁCIA/2013) A introdução da amostra em espectrofotometria de absorção atômica é considerada como seu calcanhar de Aquiles, uma vez que, em muitos casos, esta etapa limita a exatidão, a precisão e o limite de detecção das medidas. Sobre a sequência de eventos que levam a amostra em solução aos átomos excita- dos, selecione a alternativa correta que representa as etapas numeradas de 1 a 5 no esque- ma 1 abaixo: a) 1 = volatilização; 2 = dessolvatação; 3 = nebulização; 4 = dissociação; 5 = excitação. b) 1 = volatilização; 2 = dissociação; 3 = nebulização; 4 = dessolvatação; 5 = excitação. c) 1 = nebulização; 2 = dessolvatação; 3 = volatilização; 4 = dissociação; 5 = excitação. d) 1 = nebulização; 2 = dissociação; 3 = volatilização; 4 = dessolvatação; 5 = excitação. e) 1 = evaporação; 2 = dessolvatação; 3 = nebulização; 4 = dissociação; 5 = excitação. Na espectroscopia da absorção atômica, a amostra líquida é inserida no nebulizador, onde ocorre a dispersão do líquido em aerossol (nebulização). Com o aumento da temperatura, há dessolvatação, ficando somente o sal sólido que se funde e vaporiza no gás (volatilização). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Em seguida, ocorre a dissociação em átomos no estado gasoso fundamental que podem ser excitados pela energia eletromagnética. Letra c. 022. (AOCP/PC/ES/PERITO CRIMINAL/ÁREA 5/2019) A cromatografia engloba um grupo de métodos que possibilita separar substâncias muito semelhantes de misturas complexas. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta: a) A fase estacionária deve ser miscível à fase móvel. b) Na cromatografia gasosa, a fase fixa é sempre sólida. c) Em todas as separações cromatográficas, a amostra é transportada por uma fase móvel. d) Na cromatografiade fase reversa, a fase estacionária é polar e a fase móvel apolar. e) Em cromatografia de fase normal, o composto mais polar é eluído primeiro. A cromatografia é um processo físico de separação dos componentes de uma amostra em que ocorre distribuição diferencial entre as fases estacionária e móvel. A fase móvel flui através da fase estacionária e transporta a amostra através de um leito, camada ou coluna. Na croma- tografia de fase reversa, a fase estacionária é não polar, e a fase móvel, relativamente polar. Já na cromatografia de fase normal, a fase estacionária é polar, e a eluição dos analitos mais apolares ocorrerão primeiro por interação com os solventes da fase móvel. Na cromatografia gasosa, a fase estacionária, normalmente é um líquido não volátil revestido ou ligado a partí- culas ou à superfície interior de um capilar, menos frequentemente a cromatografia gás-sólido utiliza uma fase estacionária sólida. Letra c. 023. (NUCEPE/PC/PI/PERITO CRIMINAL/FARMÁCIA/2008) A cromatografia compreende um grupo diversificado e importante de métodos, que permitem ao cientista separar com- ponentes muito semelhantes de misturas complexas. Sobre a cromatografia é INCORRETO afirmar que: a) Na cromatografia gasosa, a amostra é vaporizada e injetada em uma coluna cromatográfica, a eluição é feita por fluxo de um gás inerte que atua como fase móvel. b) Na cromatografia gás-sólido, a fase estacionária é um sólido com uma grande área superfi- cial e a separação baseia-se em mecanismos de adsorção física das substâncias neste sólido. c) Na cromatografia gás-líquido, a fase estacionária é um líquido não volátil, imobilizado em um suporte sólido e a separação baseia-se em mecanismos de partição das substâncias entre a fase líquida e a fase gasosa. d) A cromatografia de troca iônica refere-se a métodos modernos e eficientes de separação e determinação de íons, através de resinas trocadoras de íons. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra e) Em cromatografia de fase reversa, o componente menos polar é eluído primeiro, por ser o mais solúvel na fase móvel. O aumento da polaridade da fase móvel tem o efeito de diminuir o tempo de eluição. A questão traz revisão dos princípios dos métodos cromatográficos, sendo que na letra E a cro- matografia de fase reversa tem a fase estacionária constituída por substâncias mais apolares. Na fase móvel se faz uso de mistura de solventes mais polares e com isso os solutos mais polares são eluídos primeiro, juntamente com a fase móvel. Quanto maior a força do solvente (maior polaridade), menor é o tempo de eluição. Letra e. 024. (COPS/UFLA/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO/2013) O extrato metanólico das raízes de Angelica archangelica foi analisado por cromatografia em camada delgada de sílica gel, identi- ficando-se manchas correspondentes a três cumarinas, cujas estruturas químicas estão repre- sentadas abaixo. Utilizou-se tolueno: éter etílico (1:1) como eluente e obtiveram-se os valores de Rf 0,25; 0,60 e 0,62. Sabendo que o Rf do bergapteno é 0,60, é CORRETO afirmar: a) O Rf do isobergapteno é 0,25, uma vez que a cromatografia de partição é a técnica recomen- dada para separação de compostos isoméricos. b) O Rf do hidrato de oxipeudanina é 0,62 e é a substância de maior massa específica. c) O Rf do isobergapteno é 0,62, pois sua polaridade é semelhante ao seu isômero bergapteno. d) O Rf de 0,25 corresponde ao hidrato de oxipeudanina, que é a substância de menor polaridade. A cromatografia é um processo físico de separação, em que ocorre uma distribuição diferencial das moléculas da amostra entre as fases estacionária e móvel. Nesse caso da cromatografia em camada delgada (TLC) de sílica gel, moléculas que são mais polares terão maior afinidade pela fase estacionária, apresentando menor migração e, consequentemente, menor fator de retenção (Rf). Esse é o caso das moléculas do hidrato de oxipeudanina, que é uma substância mais polar do que os dois outros isômeros. Outro conceito abordado entre as alternativas é sobre a cromatografia por partição, em que ocorre a separação de substâncias por distribuição diferencial entre dois líquidos que não se misturam. Isso ocorre na cromatrografia planar em O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra papel, cuja fase estacionária é a camada de água ou solvente polar que reveste as fibras do papel. A TLC de sílica gel não separa diferentes isômeros ou compostos com massa molecu- lar diferente, o mecanismo de separação envolvido é a maior ou menor adsorção à superfície da sílica. Letra c. 025. (UECE/POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ/PERITO/ÁREA DE FARMÁCIA/2003) Sobre a croma- tografia, marque a opção verdadeira: a) A cromatografia pode ser classificada de acordo com os mecanismos de separação física em cromatografia de adsorção e de partição. A de adsorção baseia-se nas diferentes solubili- dades dos componentes da amostra. b) Na Cromatografia em Camada Delgada a análise qualitativa de uma substância realiza-se através de seu Rf que se determina pela relação entre a distância percorrida pela fase móvel dividida pela distância percorrida pela substância. c) A fase móvel é selecionada em função de suas polaridades; logo em ordem crescente de polaridade podemos citar: éter de petróleo, clorofórmio, acetona, metanol e água. d) O processo de separação da Cromatografia em Camada Delgada está fundamentado no fenômeno de partição. a) Errada. Na cromatografia por partição, a separação ocorre por distribuição diferencial de analitos entre dois líquidos imiscíveis. Enquanto na cromatografia por adsorção, ligações de hidrogênio e interações hidrofóbicas medeiam as separações, havendo a adsorção diferencial dos analitos na superfície da fase estacionária. b) Errada. O fator de retenção (Rf) expressa a maior afinidade de uma mistura de compostos pela fase estacionária. Quanto maior interação, menor é o valor de Rf, que é dada pela razão entre a distância percorrida pelo analito e distância percorrida pelo solvente. c) Certa. Os solventes da fase móvel são escolhidos pela maior ou menor polaridade, podendo- -se escolher aquele ou a mistura daqueles com maior afinidade com a mistura de compostos a serem separados. d) Errada. O mecanismo de separação da cromatografia por partição ocorre a separação de substâncias por distribuição diferencial entre dois líquidos que não se misturam. Isso ocorre na cromatografia planar em papel, cuja fase estacionária é a camada de água ou solvente polar que reveste as fibras do papel. A cromatografia em camada delgada, o mecanismo de separa- ção envolvido é a maior ou menor adsorção à superfície da fase estacionária. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 026. (IBFC/PC-RJ/PERITO CRIMINAL/FARMÁCIA/2013)A cromatografia em camada delga- da (CCD) é amplamente usada em análise toxicológica como método presuntivo ou de triagem na detecção de agentes tóxicos. Sobre a CCD assinale a alternativa incorreta. a) A CCD pode ter aplicação analítica ou preparativa. b) Na escolha da fase móvel, deve-se considerar a natureza química das substâncias a serem separadas e a polaridade dos solventes. c) A separação dos analitos é caracterizada pelo fator de retenção (Rf), que corresponde à ra- zão entre a distância percorrida pelo analito e a distância percorrida pela fase móvel. d) Em geral, os métodos químicos de revelação não são destrutivos, como a revelação com solução ácida de sulfato cérico ou com o reagente de Dragendorff. e) A escolha da fase móvel toma-se como base a série eluotrópica dos solventes, ordenados segundo suas polaridades. a) Certa. Dependendo da espessura da camada do material adsorvente sobre a placa e da amostra analisada, a CCD pode ter aplicação analítica ou preparativa. A aplicação analítica é conseguir separar e, assim, saber quantos compostos presentes numa mistura. Já a aplicação preparativa, após a separação dos compostos, extrair aquele de maior interesse para análises posteriores. b) Certa. Dependendo da estrutura molecular de um composto presente numa mistura a ser se- parada, ocorrerá maior ou menor adsorção às partículas sólidas do material adsorvente. Isso é devido à interação de diversas forças intermoleculares como formação de sais, coordenação, ligações de hidrogênio, dipolo-dipolo, Van der Waals. A escolha da fase móvel deve levar em consideração a natureza química da mistura a ser separada e a polaridade do solvente que vão interferir na maior ou não adsorção. c) Certa.O fator de retenção (Rf) expressa a maior afinidade de uma mistura de compostos pela fase estacionária. Quanto maior interação, menor é o valor de Rf, que é dada pela razão entre a distância percorrida pelo analito e distância percorrida pelo solvente. d) Errada. Em sua maioria, os métodos químicos de revelação são destrutivos, como por exem- plo o reagente de Dragendorff, que é uma solução de iodeto de bismuto e potássio. Ocorre formação de sal corado, entre o iodeto de bismuto e aminas terciárias protonodas, que se pre- cipita permitindo a detecção de tais compostos. e) Certa. A série eluotrópica de solventes é uma lista de solventes em ordem crescente de po- laridade, podendo-se escolher aquele ou a mistura deles com maior afinidade com a mistura de compostos a serem separados. Letra d. 027. (COPS/UFLA/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO/2013) O cromatograma a seguir foi obtido em CLAE para uma amostra de madeira de Tabebuia cortex (Bignoniaceae). Nesse cromato- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra grama, foram identificados constituintes: 2-acetilfuranonaftoquinona e ácidos anístico e vaní- lico. Condições cromatográficas: coluna de ODS (250 x 21 mm); eluentes (ACN) Acetonitrila + Ácido fosfórico 0,01% e (Água) Água + Ácido fosfórico 0,01%; eluição em gradiente 10% (ACN) 90% (Água) até 90% (ACN) 10% (Água) em 30 minutos; fluxo 1,0 mL/min; detecção UV254. Os picos cromatográficos E, F e G correspondem, respectivamente, a: a) Ácido vanílico, ácido anístico e 2-acetilfuranonaftoquinona. b) 2-Acetilfuranonaftoquinona, ácido vanílico e ácido anístico. c) Ácido anístico, ácido vanílico e 2-acetilfuranonaftoquinona. d) 2-Acetilfuranonaftoquinona, ácido anístico e ácido vanílico. No exercício, a CLAE utiliza uma fase estacionária não polar, que é uma coluna empacotada com sílica octadecila ou coluna ODS, ou ainda chamada coluna C18, tratando-se de uma cro- matografia de fase reversa. Dessa forma, a fase móvel que é constituída de mistura de solven- tes polares (acetonitrila e água) faz com que, durante a eluição, os constituintes mais polares saiam primeiro. Como ocorre com o ácido vanílico, que possui um grupo hidroxila (polar) a mais, seguido do ácido anístico. A molécula de 2-acetilfuranonaftoquinona, apresenta maior número de carbonos em sua estrutura, o que lhe confere característica de ser mais apolar e interagir mais com a coluna ODS, aumentando o seu tempo de retenção. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 45 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 028. (COPS/UFLA/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO/2013) Para técnicas cromatográficas, além dos parâmetros de segurança analítica usuais, devem ser estimados outros parâmetros para descrever a especificidade do método. Com relação a esses parâmetros, analise a figura e assinale a alternativa CORRETA. a) A eficiência da separação tem relação com o tempo morto. b) O tempo de retenção de uma substância é dado pela soma do tempo de retenção de um composto não retido (t0) e do tempo de retenção corrigido (t’R). c) Resolução entre duas substâncias é a diferença entre o tempo de retenção do soluto B (tRB) e o tempo de retenção do soluto A (tRA), não tendo relação com a largura do pico. d) A eficiência da separação cromatográfica independe da largura do pico (W). a) Errada. O tempo morto (ou volume morto) está relacionado com os tubos, os conectores, os espaços que não contenham a fase estacionária (coluna). É o espaço onde o soluto é mis- turado a um volume maior, da fase móvel, para que ocorra a separação das moléculas. Esse volume morto deve ser minimizado para aumentar a eficiência da coluna que leva à melhoria da separação. Ou seja, o volume morto interfere na resolução, ou separação, por maior ou me- nor eficiência da coluna. b) Certa. O tempo ou volume de retenção é o tempo ou volume que um analito leva para sair da coluna e passar pelo detector. c/d) Erradas. A medida da separação cromatográfica é dada pela resolução (Rs), que requer que dois picos tenham tempos de eluição diferentes. O centro desses dois picos tem que ter largura suficientemente estreita para eliminar ou minimizar a sobreposição destes picos. Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 029. A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência – CLAE tem a capacidade de realizar separa- ções e análises quantitativas de uma variedade de compostos presentes em diversos tipos de amostras, em escala de tempo de poucos minutos, com alta resolução, eficiência e detectabi- lidade. Logo, é verdadeiro afirmar-se que: a) na cromatografia líquida em fase reversa, a fase estacionária é mais polar que a fase móvel. b) a eluição isocrática na CLAE é aquela na qual a composição da fase móvel varia durante a separação, de modo que a força cromatográfica aumenta gradativamente. c) possui grande versatilidade e pode ser aplicada para compostos orgânicos e inorgânicos; para soluções líquidas ou sólidas, ionizadas e não ionizadas; de baixa ou alta massa molar; bem como para os gases. d) a força cromatográfica da fase móvel medea capacidade da fase móvel em interagir com os componentes da amostra. A força cromatográfica do solvente é atribuída em função da po- laridade da fase estacionária. Logo, em cromatografia líquida de fase normal, solventes fortes são os mais apolares. e) a fase móvel na CLAE desempenha um papel muito importante no processo de separação das substâncias e deve ter a capacidade de dissolver a amostra, sem decompor seus compo- nentes, além de ter baixa viscosidade. Logo, sua seleção deve ser baseada nas características físico-químicas dos solventes, força cromatográfica e seletividade. a) Errada. Na cromatografia em fase reversa a fase estacionária é mais apolar que a fase móvel. b) Errada. A eluição isocrática utiliza a composição dos solventes constantes. c) Errada. A cromatografia em fase gasosa é usada para transportar uma mistura de solutos voláteis e não a cromatografia líquida. d) Errada. Em cromatografia líquida os solventes devem ser capazes de solubilizar os solutos da amostra que vai interagir com a fase estacionária. A força do solvente é atribuída em função das características dos solutos, que vão determinar maior ou menor proporção das misturas dos solventes para garantir uma boa separação. Letra e. 030. (CESPE/EBSERH/BIOMÉDICO/2018) No que tange a procedimentos e a diversos equi- pamentos utilizados em em laboratórios clínicos, julgue o item seguinte. Uma vantagem da cromatografia líquida em relação à cromatografia gasosa é a possibilidade de análise, na primeira, de compostos termolábeis, sem a necessidade de derivatização prévia da amostra. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra A Cromatografia Gasosa (GC) é geralmente o método de escolha para análise de componentes voláteis. O principal fator limitante da aplicação da GC, no entanto, é a volatilidade de analitos. Devido à sua falta de volatilidade, grandes moléculas, como (1) peptídeos, (2) proteínas, (3) ácidos nucleicos e (4) geralmente polímeros grandes, são analisadas por Cromatografia líqui- da (LC). Analitos de menor peso molecular são analisados por CG após derivatização química para aumentar a sua volatilidade. 031. (CESPE/MS/FARMACÊUTICO/2010) A cromatografia gasosa é aplicada na análise de compostos que podem ser volatizados sem a degradação sofrida pelo aquecimento, ou, ain- da, na análise de compostos que, após reações de derivação, possam apresentar volatilida- de adequada. A Cromatografia Gasosa (GC) é geralmente o método de escolha para análise de componentes voláteis. O principal fator limitante da aplicação da GC, no entanto, é a volatilidade de analitos. Devido à sua falta de volatilidade, grandes moléculas, como (1) peptídeos, (2) proteínas, (3) ácidos nucleicos e (4) geralmente polímeros grandes, são analisadas por Cromatografia líqui- da (LC). Analitos de menor peso molecular são analisados por CG após derivatização química para aumentar a sua volatilidade. Certo. 032. (UECE/PC/CE/PERITO/FARMÁCIA/2003) Sobre a cromatografia gasosa, marque a op- ção verdadeira: a) A cromatografia gasosa é utilizada na separação de substâncias volatilizáveis, uma vez que se usam temperaturas convenientes no local de injeção da amostra e na coluna, possibilitando a vaporização dessas substâncias. b) A fase estacionária na cromatografia gasosa é um gás. E os gases mais usados são: nitro- gênio, hélio, hidrogênio e argônio. c) O detector de captura de elétrons utilizado na Cromatografia Gasosa é seletivo para com- postos contendo fósforo e nitrogênio como inseticidas fosforados e nitrogenados. d) O detector por ionização em chama tem uma baixa sensibilidade, sendo utilizados para iden- tificação de compostos com halogênios como os inseticidas clorados. a) Certa. A Cromatografia Gasosa (GC) é geralmente o método de escolha para análise de componentes voláteis. b) Errada. A fase móvel, ou gás de suporte, é tipicamente um material inerte, tais como (1) ni- trogênio, (2) hélio ou (3) argônio. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra c) Errada. O detector de captura de elétrons (ECD) faz a captura de analitos com excesso de elétrons, sendo seletivo para átomos eletronegativos como Cl, F, Br e I. O detector que é seleti- vo para P e N é o seletivo termoiônico (TSD/NPD). d) Errada. O detector por ionização de chama (FID) é o mais utilizado em laboratórios clínicos sendo seletivo para hidrocarbonetos. Letra a. 033. (CESPE/CEBRASPE/PERITO CRIMINAL/ÁREA BIOQUÍMICA/SG/AC/2008) Os medica- mentos classificados como fitoterápicos não possuem princípios ativos purificados. Para as análises dos princípios ativos presentes nesses medicamentos, são utilizadas técnicas analíti- cas em cromatografia. Com relação às análises cromatográficas, julgue o seguinte item. Na cromatografia gasosa, a fase estacionária pode ser tanto um líquido como um sólido, e a fase móvel é um gás. Na cromatografia gasosa, a fase estacionária normalmente é um líquido não volátil revestido ou ligado a partículas ou à superfície interior de um capilar, menos frequentemente a croma- tografia gás-sólido utiliza uma fase estacionária sólida. A fase móvel, ou gás de suporte, é tipicamente um material inerte, tais como (1) nitrogênio, (2) hélio ou (3) argônio. Certo. 034. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO CRIMINAL/FARMÁCIA/2016) Acerca de técnicas cromatográficas, assinale a opção correta: a) É impossível utilizar a cromatografia gasosa para a investigação de substâncias voláteis. b) A diferença de peso molecular dos componentes de uma mistura é o que permite a separa- ção desses componentes por cromatografia. c) Na técnica de cromatografia em camada delgada (CCD) de fase normal, a fase estacionária é normalmente sílica e a fase móvel, um solvente orgânico ou mistura de solventes com cará- ter apolar. d) A cromatografia líquida de alta eficiência tem alto poder de resolução devido ao tamanho da coluna cromatográfica utilizada, que pode atingir até 1 m de comprimento. e) Na cromatografia gasosa, a fase estacionária é sólida e a fase móvel é um gás inerte. a) Errada. A Cromatografia Gasosa (GC) é geralmente o método de escolha para análise de componentes voláteis. b) Errada. A cromatografia é um processo físico de separação dos componentes de uma amos- tra em que ocorre distribuição diferencial entre as fases estacionária e móvel. Os mecanismos de separação envolvidos para esse processo é a partição, a adsorção, a troca iônica, a exclu- são molecular e a afinidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 49 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra c) Certa. Na cromatografia de fase normal, a fase estacionária é mais polar que a fase móvel, e, no caso da CCD em sílica, os solventes mais apolares serão escolhidos. d) Errada. É a cromatografia gasosa (GC) que normalmente fornece altaresolução, com co- lunas mais longas e taxas de fluxo mais lineares sendo utilizadas devido à viscosidade mais baixa de um gás relativo a um líquido. e) Errada. Na cromatografia gasosa, a fase estacionária, normalmente é um líquido não volátil revestido ou ligado a partículas ou à superfície interior de um capilar, menos frequentemente a cromatografia gás-sólido utiliza uma fase estacionária sólida. A fase móvel, ou gás de suporte, é tipicamente um material inerte, tais como (1) nitrogênio, (2) hélio ou (3) argônio. Letra c. 035. (FUNIVERSA/PC-DF/PERITO CRIMINAL/BIOLÓGICAS/2012) A química analítica está presente em diversas áreas do conhecimento, como, por exemplo, na biologia, na física, nas engenharias, na agricultura e em outras. A sua grande aplicação está na determinação de re- síduos contaminantes do meio ambiente, dos alimentos etc. Considerando o texto, assinale a alternativa correta. a) A cromatografia líquida de alta eficiência é usada, principalmente, para a determinação de compostos voláteis. b) A pré-coluna é empregada para facilitar a entrada da amostra no injetor automático de um cromatógrafo líquido. c) A fase estacionária mais comum utilizada nas colunas para cromatografia líquida é a C-18, que contém um grupo alquil de 18 carbonos ligado à superfície da sílica. d) Os detectores de UV/visível e fluorescência são os mais indicados para a cromatogra- fia gasosa. e) A escolha da fase móvel, na cromatografia líquida, independe do tipo de analito que se pre- tende quantificar. a) Errada. A Cromatografia Gasosa (GC) é geralmente o método de escolha para análise de componentes voláteis. b) Errada. A pré-coluna normalmente é colocada antes da coluna analítica, assim ela coleta partículas e quaisquer componentes fortemente retidos a partir da amostra e, assim, prolonga a vida útil da coluna analítica. c) Certa. Na CLAE de fase reversa a fase estacionária não polar mais comumente usada é do tipo octadecila ou C18. d) Errada. O detector por ionização de chama (FID) é o mais comumente utilizado em croma- tografia gasosa sendo seletivo para hidrocarbonetos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 50 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra e) Errada. A força do solvente é atribuída em função das características dos solutos, que vão de- terminar maior ou menor proporção das misturas dos solventes para garantir uma boa separação. Letra c. 036. (CESPE/EBSERH/BIOMÉDICO/2018) Acerca da importância das técnicas bioquímicas nas análises clínicas, julgue o item seguinte. No processo de eletroforese de proteínas plasmáticas, estas adquirem carga negativa e se separam por migração diferencial, sob a ação de um campo elétrico em direção ao cátodo. As proteínas são anfólitos que contém muitos grupos amino (-NH2) e grupos carboxila (- COOH) ionizáveis, e dependendo do pH do meio assumem carga positiva ou negativa. Quando o pH é mais alcalino que o ponto isoelétrico da molécula de proteína, ela estará carregada negativa- mente migrando para o ânion. Errado. 037. (CESPE/CEBRASPE/INPI/PESQUISADOR/ÁREA DE BIOMEDICINA/2006) No que se refere aos aspectos e equipamentos utilizados em laboratório de bioquímica, assinale a op- ção correta. a) Tanto a eletroforese quanto a cromatografia são métodos frequentemente utilizados na detecção de células íntegras. b) A principal diferença entre eletroforese e cromatografia está no fato de a primeira usar tam- pões e a segunda não. c) Sistemas cromatográficos que utilizam fase reversa podem utilizar a fase móvel fluindo sob pressões relativamente altas, de 5.000 PSI, atravessando uma coluna contendo a fase estacionária. d) Equipamentos para cromatografia em alta pressão (HPLC) apresentam componentes eletrô- nicos, porém não apresentam nenhum componente mecânico com partes móveis. e) Para a realização de experimento de eletroforese é indispensável o uso da fita de celulose como suporte para a amostra. a) Errada. Não são células íntegras. Normalmente existe uma etapa de preparo onde ocorre diluição da amostra para separação e detecção de MOLÉCULAS de interesse, não células ín- tegras. Inclusive, nem sempre são células as amostras, normalmente são elementos celulares como as proteínas, por exemplo. b) Errada. A diferença está no princípio do método. Cromatografia separa utilizando diversas características físico-química (tamanho, PM, lipossolubilidade, troca ionica) já eletroforese se- para por diferença de carga. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 51 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra d) Errada. Os componentes de um cromatógrafo líquido são: bomba, coluna cromatográfica, detector e o registrador. Existem, portanto parte que são móveis e visíveis, como por exem- plo a bomba! e) Errada. Outros suportes podem ser utilizados, como ágar gel e o próprio papel. Letra c. 038. (COORDENADORIA DE CONCURSOS/UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ/FARMA- CÊUTICO-BIOQUÍMICO/2014) A Eletroforese de Proteínas Séricas (EPS) é o teste de triagem mais utilizado para investigação de anormalidades proteicas presentes no sangue. Sobre EPS é correto afirmar: a) As frações separadas são visibilizadas a partir de corantes insolúveis aos aminoácidos. b) A eletroforese é uma técnica de separação de proteínas utilizando-se de forças eletroforéti- cas e eletroendosmóticas presentes no sistema. c) A EPS é um método laboratorial simples que separa as proteínas presentes no plasma hu- mano em frações, de acordo com sua solubilidade e refração. d) Durante a eletroforese, as proteínas percorrem distâncias distintas, gerando diferentes ban- das, representadas por albumina e as globulinas alfa, delta e gama. e) A amostra de soro humano é aplicada sobre um meio composto de acetato de celulose ou gel de agarose e, em seguida, sofre a ação de um potencial elétrico gerado por um polo positi- vo (catodo) e outro negativo (anodo). a) Errada. A maioria dos métodos comerciais de coloração para eletroforese de proteínas sé- ricas usa Amido Black B ou membros da série do Azul Brilhante de Coomassie. No caso do Coomassie, a interação do corante com as proteínas é não covalente, portanto, não modifica a estrutura química das moléculas, sendo compatível com processamentos posteriores. Ligam- -se às proteínas através de interações iônicas entre grupos de ácido sulfônico do corante e os grupos positivos amina das proteínas, bem como através de atrações de Van der Waals. b) Errada. Em termos gerais, a separação por diferença de tamanho ou massa. c) Errada. Na eletroforese a separação é baseada nas diferenças das razões carga/massa das proteínas e, dependendo do tamanho do poro do meio suporte, possivelmente no tamanho molecular. d) Errada. A eletroforese em disco terá maior separação das frações das proteínas séricas em gel de agarose, já que o tamanho dos poros é bem menor do que os encontrados no gel de agarose. O soro apresenta uma grande quantidade de proteínas, como anticorpos, enzimas, fatores de coagulação, carreadores de moléculas, e muitas outras e) Certa. Essa alternativa traz em linhas gerais como ocorre o processo de separação de ele- troforese dos analitos ionizados. Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquermeios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 52 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 039. (CESPE/CEBRASPE/EBSERH/TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS/2018) Julgue o item: Cuba de eletroforese, fonte geradora de voltagem, papel absorvente, agarose e aplicador de amostras são materiais necessários para a realização da eletroforese de hemoglobina em ace- tato de celulose pH 8-9. A questão traz que a eletroforese de hemoglobina foi feita em suporte de celulose, sendo desnecessária a agarose como material. Além do mais, o tampão é essencial para a execução da técnica. Errado. 040. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA/RR/BIOMÉDICO/2004): Ao ser realizada uma eletroforese de proteínas a partir de amostra de sangue colhida de um paciente, observou-se o resultado mostrado na figura II. Na figura I, observa-se o resultado padrão normal obtido pela mesma técnica. Com base nesses dados e nas características de dosagens de proteínas em análises clínicas, julgue os itens que se seguem. Ao se realizar o fracionamento proteico por eletroforese, para se evitar interferência do fibrino- gênio dá-se preferência ao soro como amostra. Para se evitar as bandas interferentes do fibrinogênio, usa-se o sangue como material biológi- co para realizar a eletroforese de proteínas. Certo. FORÇA! Espero você nas próximas aulas!!! Professora Pollyana Lyra. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 53 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra GABARITO 1. b 2. b 3. d 4. c 5. C 6. b 7. c 8. b 9. c 10. a 11. b 12. d 13. e 14. a 15. a 16. d 17. d 18. a 19. a 20. a 21. c 22. c 23. e 24. c 25. c 26. d 27. a 28. b 29. e 30. C 31. C 32. a 33. C 34. c 35. c 36. E 37. c 38. e 39. E 40. C O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 54 de 55www.grancursosonline.com.br Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra REFERÊNCIAS MOTTA, Valter. Bioquímica Clínica para o Laboratório: princípios e interpretações. Editora Mé- dica Missau. 4. ed., Porto Alegre, 2003. http://www.fiocruz.br/ioc/media/apostila_volume_1.pdf. http://www.ciencianews.com.br/ arquivos/ACET/IMAGENS/casos_clinicos/proteinas/Prote%C3%ADnas%20Plasm%C3%A1ti- cas%20de%20Interesse% 20Cl%C3%ADnico.pdf. http://docente.ifsc.edu.br/rosane.aquino/MaterialDidatico/AnalisesClinicas/avalia%C3%A7%- C3%A3º/Testes-Laboratoriais-Aplicados-Imunologia-Clinica.pdf. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br Pollyana Lyra Farmacêutica, Especialista em Farmacologia, Professora Universitária e Analista da Fundação Hemocentro de Brasília. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Bioquímica Clínica: Conceituação, Metodologias, Fundamentos e Objetivos 1. Elementos Fundamentais no Laboratório de Análises Clínicas 1.1. Liderança e Administração 1.2. Planejamento estratégico 1.3. Regulamentação, Acreditação e Legislação 1.4. Metodologia de Análise: Princípios de Instrumentação Questões de Concurso Gabarito Referências AVALIAR 5: Página 55: