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FISIOLOGIA SISTEMA GASTROINTESTINAL (TBL) Princípios Gerais Para desempenhar sua função, o tubo digestivo necessita de: ☆ movimentação do alimento pelo trato alimentar; ☆ secreção de soluções digestivas e digestão dos alimentos; ☆ absorção de água, de diversos eletrólitos e produtos da digestão; ☆ circulação de sangue através dos órgãos gastrointestinais para transporte de substâncias absorvidas; ☆ controles de todas essas funções pelos sistemas nervoso e hormonal locais. Observações: ☆ quando a digestão está acontecendo, o ideal é que o fluxo sanguíneo aumente ☆ esse fluxo é controlado pelo sistema nervoso e endócrino ☆ existem vários órgãos anexos que fazem parte da função gastrointestinal ☆ existem 4 camadas que formam o tubo digestivo, presentes desde a boca até o anus - Camada serosa: camada única de células que reveste o tubo - Camada muscular: responsável pelo movimento - Camada mucosa e submucosa: mais próximas à luz do órgão - A camada muscular, nas áreas de esfíncter, é mais espessa e significativa, sendo mais importante percentualmente - Na submucosa encontram-se grande parte das glândulas Motilidade gastrointestinal ☆ a motilidade depende das camadas de músculo liso (camada muscular longitudinal e circular); ☆ diferenciação dos tipos de músculo pode ser dada pela distribuição das fibras - músculo estriado esquelético: fibras estão em paralelo - músculo cardíaco: estriado: fibras dispostas em forma de rede (sincício) - músculo liso: rede de fibras (sincício) ☆ as fibras musculares lisas dispõem em feixes de até 1000 fibras paralelas conectadas eletricamente (através de junções abertas), que asseguram baixa resistência à movimentação dos íons de uma célula muscular para a seguinte; - Músculo estriado esquelético: fibras em paralelo - Músculo cardíaco: estriado, fibras dispostas em forma de rede (sincício) - Músculo liso: rede de fibras (sincício) Atividade elétrica do músculo liso gastrointestinal ☆ a condução dos sinais elétricos de forma longitudinal é mais rápida que a lateral; ☆ cada camada muscular representa uma rede de feixes de músculo liso (feixes estão fundidos em vários pontos, formando uma espécie de malha); - Assim, cada camada muscular funciona como um sincício, isto é, quando um potencial de ação é disparado em qualquer ponto dentro da massa muscular, ele geralmente se propaga em todas as direções no músculo. ☆ A condução de impulso elétrico é mais lenta na fibra lisa do que na fibra esquelética ☆ Para a contração acontecer, precisa-se dos íons cálcio ligados a uma proteína: calmodulina ☆ A atividade elétrica do músculo liso é inconstante, instável ☆ No repouso da fibra gastrointestinal, vaza uma quantidade de íons que faz com que o potencial varie (entre -60 e -50): potencial em onda lenta ☆ A onda lenta é causada pelo vazamento de sódio ☆ Potencial de ação: momento em que a contração acontece (entra mais cálcio do que sódio) ☆ Ondas lentas: ritmo das contrações é determinado pelas ondas lentas ☆ Potencial de repouso: potencial de onda lenta (mudanças lentas e ondulatórias de repouso e suas intensidades) ☆ Potencial limiar: mínimo necessário para que ocorra o potencial de ação (em média -40mV) - abrir canais de sódio ☆ As ondas lentas estabelecem a frequência e o ritmo das contrações ☆ A despolarização depende mais de cálcio do que de sódio ☆ Há perda súbita da negatividade da membrana Alterações na voltagem do potencial de membrana em repouso ☆ Normal: -56mV (altera) ☆ Despolarização: fibra se torna + excitável ☆ Hiperpolarização: fibra se torna - excitável ☆ O sistema gastrointestinal é excitado pelo sistema nervoso parassimpático e é inibido pelo sistema nervoso simpático Papel do Ca++ e a contração muscular ☆ Nas ondas lentas, não há entrada de cálcio, só de sódio (não geram contrações) ☆ Contração tônica em alguns músculos lisos gastrointestinais Papel do retículo endoplasmático na contração do músculo liso ☆ As cavéolas são análogas ao sistema de túbulos do músculo esquelético ☆ Cálcio liberado no retículo: calmodulina (gera ATP) Controle hormonal: responsável pela motilidade gastrointestinal Colecistocinina: ☆ célula da mucosa do duodeno e jejuno em resposta a produtos da degradação de lipídios, ácidos graxos e monossacarídeos no conteúdo intestinal ☆ Esse hormônio é liberado pelo duodeno e tem como função principal a liberação da bile para o intestino delgado (produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar) ☆ Inibe, moderadamente, a motilidade gástrica Secretina: ☆ células da mucosa do duodeno em resposta ao suco gástrico ácido ☆ Inibe a motilidade da maior parte do trato digestivo Peptídeo gástrico inibidor: ☆ secretado pela mucosa da parte superior do intestino delgado em resposta a ácidos graxos, aminoácidos e carboidratos ☆ Diminui a atividade motora do estômago e diminui a velocidade do esvaziamento gástrico Tipos de movimentos no trato digestório Propulsivos: ☆ peristáltico; empurram o alimento para frente; movimento de massa ☆ Anel contrátil aparece no tubo e move-se adiante ☆ Estímulo: distensão do intestino, irritação do epitélio de revestimento e sinais nervosos excitatórios (parassimpático) ☆ Quando o tubo é distendido, existe uma resposta involuntária no ponto de distensão: contração na região anterior e relaxamento na região posterior - faz com que o trajeto ocorra em um sentido ☆ A contração peristáltica impede que o alimento vá no sentido contrário ☆ Movimento direcional das ondas peristálticas: em direção ao ânus ☆ Relaxamento receptivo: reflexo mioentérico ou reflexo peristáltico Movimento de mistura: ☆ contrações peristálticas provocam mistura quando há bloqueio da progressão por um esfíncter, contração muito mais intensa e direcionada em um dos sentidos do órgão ☆ O esfíncter fica fechado para evitar que o alimento saia antes da hora ☆ As ondas de mistura equivalem a várias contrações em sentidos diferentes: obriga o alimento a se misturar com o suco digestivo: bolo alimentar ☆ Sem a mistura, as partículas alimentares não entraram totalmente em contato com as substâncias químicas necessárias para tratar o alimento, sobrariam pedaços de alimentos que não seriam digeridos ☆ Esse movimento é fundamental para a defecação: para que os 21 cmg do tubo digestivo se contraiam, deve-se ter grande quantidade de terminações nervosas para que, com a chegada da informação de que há necessidade de ir ao banheiro, a porção final contraia toda ao mesmo tempo: força suficiente para eliminação do bolo fecal Controle neural da função gastrointestinal ☆ Sistema nervoso entérico ☆ Situa-se na parede intestinal (do esôfago ao ânus) ☆ Contém 100 milhões de neurônios que controlam a função gastrointestinal ☆ Grande parte das fibras do S.N. entérico são aferentes: auto regulação - pode trabalhar sozinho independente do simpático e parassimpático ☆ O S.N. entérico se subdivide em dois plexos (união dos neurônios se faz em áreas diferentes, com características e funções diferentes) Plexo mioentérico: controla a função motora, atividade muscular Plexo submucoso: controla as secreções e o fluxo sanguíneo ☆ A atuação parassimpática aumenta a atividade gastrointestinal ☆ O sistema simpático inibe a função gastrointestinal ☆ Os sistemas fazem sinapses com os neurônios do sistema entérico ☆ De acordo com o tipo de receptor presente no tecido, a resposta pode ser excitatória ou inibitória para a mesma substância Fluxo sanguíneo gastrointestinal ☆ É regulado através de hormônios e funções nervosas ☆ Vasoconstrição ou vasodilatação de acordo com a atividade gastrointestinal ☆ Tubo digestivo cheio: vasodilatação ☆ Tubo digestivo vazio: vasoconstrição ☆ Células endoteliais do retículo: fazem o controle microrganismos patógenos; são importantes para a limpeza do que vem pelo alimento ☆ Circulação esplâncnica: passagem do sangue para o fígado ☆ Lipídios: não é possível fazer a absorção direta pela corrente sanguínea ☆ Filamentos de fixação tracionam as células para trás: abre as células criando um espaço entre elas ☆ A absorção de lipídios ocorre deforma indireta: vaso linfático - circula com a linfa - sistema sanguíneo ☆ O sangue chega ao fígado pela veia porta - sinusóides hepáticos - veias hepáticas - veias cavas - no fígado, as células reticuloendoteliais removem bactérias e materiais particulados nocivos ao resto do organismo ☆ Fluxo em contracorrente (paralelismo dos sistemas): substâncias químicas vasodilatadoras ☆ Adrenalina: vasoconstritora ☆ Acetilcolina: vasodilatadora ☆ Ao longo do tubo digestivo, o número de terminações nervosas aumenta (é maior no final) ☆ Vasos sanguíneos: inervação simpática ☆ Escape auto regulador ☆ Exercício físico de alta intensidade: privilegia o aporte de sangue maior em músculo com atividade (vasoconstrição) ☆ No choque hemorrágico pode bloquear o fluxo esplâncnico: constrição das veias, sem escape, garante o suprimento de 200 a 300 mL de sangue adicional para manter circulação Controle neural ☆ o trato gastrointestinal possui um sistema nervoso próprio, denominado de sistema nervoso entérico; ☆ este localiza-se inteiramente na parede intestinal, começando no esôfago e estendendo-se até o ânus; ☆ contém cerca de 100 milhões de neurônios que controlam os movimentos e a secreção gastrointestinal; ☆ existem também terminações nervosas sensoriais que se originam no epitélio gastrointestinal ou na parede intestinal e enviam fibras aferentes aos dois plexos do sistema entérico, bem como aos gânglios pré-vertebrais do sistema nervoso simpático, à medula espinhal e pelos nevos vagos ao tronco cerebral; ☆ é composto basicamente de dois plexos: Plexo mioentérico ou de Auerbach ☆ plexo externo disposto entre as camadas musculares longitudinal e circular; ☆ controla os movimentos gastrointestinais; ☆ consiste em uma cadeia linear de muitos neurônios interconectados que se estende por todo o comprimento do trato gastrointestinal; ☆ responsável por: - aumento da contração tônica ou tônus da parede intestinal (contração leve que não produz movimento ou resistência ativa, mas confere ao músculo uma certa firmeza); - aumento na intensidade das contrações rítmicas; - ligeiro aumento no ritmo da contração; - aumento na velocidade de condução das ondas excitatórias ao longo da parede do intestino, causando o movimento mais rápido das ondas peristálticas intestinais; ☆ o plexo mioentérico não é inteiramente excitatório, porque alguns de seus neurônios são inibitórios; ☆ nestes os terminais de suas fibras produzem um transmissor inibitório (ex: polipeptídeo intestinal vasoativo); ☆ úteis na inibição de alguns músculos esfincterianos, o que impedem a movimentação do alimento pelos segmentos sucessivos do trato gastrointestinal. Plexo submucoso ou de Meissner ☆ plexo interno, localizado na submucosa; ☆ controla a secreção gastrointestinal, fluxo sanguíneo, absorção local e a contração local do músculo submucoso (que causa graus variados de dobramentos da mucosa gastrointestinal). Neurotransmissores ☆ neurotransmissores secretados pelos neurônios entéricos: acetilcolina, norepinefrina, adenosina trifosfato, serotonina, dopamina, colecistonina, substância P, polipeptídeo intestinal vasoativo, somatostatina, leuencefalina, metencefalina, bombesina; ☆ acetilcolina excita a atividade gastrointestinal; ☆ norepinefrina inibe a atividade gastrointestinal. Reflexos gastrointestinais ☆ Reflexos completamente integrados à parede intestinal do SNE: regulam a secreção gastrointestinal, o peristaltismo, as contrações de mistura e os efeitos inibitórios locais; ☆ Reflexos do intestino para os gânglios simpáticos pré-vertebrais e que voltam ao trato gastrointestinal: estes reflexos transmitem sinais por longas distâncias, para outras áreas do trato gastrointestinal; ☆ Reflexos do intestino para a medula espinhal ou para o tronco cerebral que voltam para o trato gastrointestinal: controle da atividade motora e secretora por meio dos nervos vagos, reflexos de dor que causam inibição geral de todo trato gastrointestinal, reflexos de defecação. Controle hormonal ☆ a gastrina é secretada pelas células G do antro do estômago em respostas aos estímulos associados à ingestão de uma refeição: distensão do estômago; os produtos da digestão das proteínas; peptídeo liberador de gastrina, liberado pelos nervos da mucosa gástrica durante a estimulação vagal; ☆ a gastrina é liberada na circulação que a leva para as células parietais, e em menor grau para as principais, levando a liberação de ácido clorídrico, e as células peptídicas aumentam sua secreção de enzimas; ☆ inibição é realizada por feedback da secreção ácida do estômago e também é realizada por fatores intestinais. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO ☆ Antes que a acetilcolina, norepinefrina ou epinefrina secretadas por terminação nervosa autônoma possam estimular um órgão efetor, elas devem primeiro ligar-se a receptores específicos nas células efetoras. ☆ O receptor fica na parte exterior da membrana celular, ligado como grupamento prostético a uma molécula proteica que atravessa toda a membrana celular. ☆ A ligação da substância transmissora ao receptor, causa alteração conformacional na estrutura da molécula proteica. Por sua vez, a molécula protéica alterada excita ou inibe a célula, geralmente por: - causar alteração da permeabilidade da membrana celular para um ou mais íons - ativar ou inativar a enzima, ligada do outro lado do receptor proteico. Tônus simpático ou parassimpático ☆ Como estão continuamente ativos, e a intensidade da atividade basal é conhecida como tônus simpático e tônus parassimpático, respectivamente Receptores Adrenérgicos: Receptores Colinérgicos SISTEMA GASTROINTESTINAL II (TBL II) BOCA ☆ início da digestão ☆ digestão mecânica dos alimentos: - mastigação - lábios, língua e os dentes - criando uma - massa amolecida e umedecida (bolo) para que possa ser facilmente engolida Saliva: ☆ função: - amolecer e lubrificar o alimento, formada por água e muco (mucina) - digestão do amido, pela amilase salivar, quebra do amido em maltose - gustação: a saliva dissolve o alimento, e assim sente-se o gosto - Defesa: lisozima é bactericida, e imunoglobulinas salivares incapacitam bactérias e vírus - limpeza: a saliva mantém os dentes e gengivas limpas ☆ Composição da saliva: - Composto primário formado na região da glândula salivar, vai caminhando para o sistema de ductos e mudando sua composição. - Modificado com condições metabólicas - Secreção serosa:ptialina (amilase salivar): secretada pelas glândulas parótidas - Secreção mucosa: mucina - Composição diferentes (inicial x final) - As glândulas submandibulares e sublinguais produzem secreção serosa e mucosa - As glândulas bucais só secretam muco - Íons na saliva: mais de íons de potássio e bicarbonato e menos íons de sódio e íons de cloreto (menores na saliva do que no plasma) ☆ Regulação Nervosa da Secreção Salivar: - Quando não temos nada para ingerir: produzimos menos saliva - Alimentação: estimulação da salivação, pela presença de alimento e como resposta antecipatória (estímulos- peristaltismo), relacionados ao Sistema Nervoso - Estímulos gustativos podem ser químicos ou mecânicos - Levam para os núcleos salivares (estimulam as glândulas para que elas liberem seu conteúdo); estimulação nervosa - Medição do grau de salivação dos animais (cachorro começa a salivar- estudos que medem esse tipo de estímulos nervosos que podem vir de várias naturezas) FARINGE E ESÔFAGO: - São pontos de comunicação entre a boca e estômago - Faringe dividida em 3 áreas (nasofaringe, orofaringe, laringofaringe) - Surgimento de peristalse primária (Anel) - Conduz o alimento da boca até o estômago (ducto) - Apenas secreção de muco, diminuindo o atrito do alimento - Células caliciformes/ células mucosas no esofago ☆ Deglutição: - Quando eu deglutir o alimento, para que ele não vá para o ‘’tubo errado- laringe’’ (falsa via), necessario a glote que fecha o tubo respiratório enquanto estamos deglutindo - Interrupção do sistema respiratório (controle nervoso para essa função) - Início: fase voluntáriaFase voluntária: quando o bolo alimentar penetra na parte posterior da boca, comprimindo e empurrando para trás na faringe pela pressão da língua para cima e para trás do palato Fase faríngea da deglutição (involuntária): Quando o alimento na parte posterior da boca e na faringe, estimula áreas receptoras da deglutição. Ocorre o fechamento da traqueia; abertura do esôfago; aparecimento de uma onda peristáltica rápida forçando o bolo alimentar para o esôfago superior. Realizada por distensão Fase esofágica (involuntária): passagem do alimento para o esofago ☆ Controle Nervoso da Fase faríngea da deglutição: - Centro da deglutição, com receptores mecânicos na área que detectam a presença do alimento, realizando contração muscular (peristalse primária) - Áreas sensitivas: anel ao redor da abertura faríngea (maior sensibilidade no pilares das amígdalas) - Impulsos nervosos trigêmeo e glossofaríngeo para o bolbo (feixe solitário) - Primeira onda (início) e segunda onda (terminação) - Fechamos a glote para que o alimento não passe na vila aérea - Fases seguintes controladas por áreas neuronais do tronco cerebral (substância reticular do bulbo e porção inferior da ponte: centro de deglutição) ☆ Fase Esofágica da Deglutição: - Dois tipos de alimento: peristalse primária e peristalse secundária - Peristalse Primária= continuação da onda iniciada na faringe - Se a primária não for suficiente para movimentar todo o bolo alimentar existe a secundária (que é idêntica a primeira), porem originiada no exofago - Controle → reflexos vagais transmitidos pelas fibras vagais aferentes → bulbo → esôfago → fibras vagais eferentes ☆ Função do esfíncter esofagiano inferior: - Áreas de maior ação muscular precisam relaxar para que o alimento passe (esfíncter) - Permanece contraído, de forma tônica, diferente do restante do esofago que está relaxado - Função: evitar o refluxo do conteudo gastrico para o esofago - Quando uma onda peristaltica de deglutição passa pelo esofago existe o relaxamento receptivo, relaxando o esfincter - Evitar o refluxo: esfíncter não está trabalhando na maneira que deveria - Respostas antagônicas entre o movimento peristáltico e áreas do esfíncter (um trabalha a musculatura e outro relaxa) - Comum nos bebês a ação involuntária- vômito ☆ Ondas peristálticas: - movimentos involuntários realizados pelos órgãos do tubo digestivo (intestino e esôfago). Esses movimentos são responsáveis por fazer com que o bolo alimentar caminhe ao longo destes. ☆ Secreção Esofágica: - Basicamente de muco (não possui digestiva, apenas para facilitar o trajeto) - Lubrificação - Glândula caliciforme (simples) ou submucosa (glândulas compostas) - Glândulas mucosas compostas – o muco produzido na região superior, evita “atrito e escoriações” , enquanto que a secreção mucosas das glândulas da junção esofago-gástrica serve para proteção contra a acidez gástrica ESTÔMAGO ☆ Funções motoras do estômago: - órgão de armazenamento - Ácido clorídrico prepara para digestão da proteína; acidificar o meio (continuação da digestão) - Contração de musculatura: formação do quimo, gerando acidificação - Proteção da mucosa por conta do conteúdo ácido: - Controle do vazamento gástrico - Esvaziamento paulatino do alimento numa velocidade própria para a digestão e absorção pelo intestino delgado. - Impedido pela resistência do piloro e é provocado pelas ondas peristálticas no antro ( relação recíproca → o peristaltismo antral → ¯ o tônus muscular pilórico -Bomba pilórica = ondas peristálticas produzem uma força de bombeamento. - Contração de Fome – contrações do corpo do estômago, quando fica vazio por várias horas - Controle da bomba pilórica: quantidade de alimento que passa pelo piloro, posso aumentar a ação da bomba ou diminuir ☆ Dois tipos de contrações: -Contração peristáltica -Contração de mistura -Contração da fome (raras, situações de jejum muito prolongadas): muita dor ☆ Suco gástrico: - secretado pelas glândulas gástricas (parede). Quando o estômago está cheio → ondas constritoras ou de mistura ao longo da parede do órgão → movem as secreções gástricas e as camadas + externas do alimento em direção ao antro - Movimentos peristálticos ajudam na mistura ☆ Regulação do Esvaziamento Gástrico: Sinais do estômago: - Sinais neurais: distensão - Gastrina: liberada da mucosa antral (resposta ao alimento), importante para liberar o ácido clorídrico, quando o estômago possui alimento, ajudando no esvaziamento gástrico - Ambos aumentam a bomba peristáltica e inibem o piloro: quantidade de alimento que está esvaziando no estômago - Quantidade e qualidade do quimo no duodeno - Quando eu vasodilator estou distendendo a musculatura muscular - Quando eu estendo o tubo digestivo, terei reação no sentido contrário - Distendeu- aumenta a contração - Sinais do duodeno: posso diminuir a bomba pilórica se ainda existe muito alimento a ser processado no duodeno, diminuindo a velocidade ☆ Secreção gástrica: - Secreção de muco, pepsinogênio que é convertida em pepsina, ácido clorídrico - Célula oxíntica ou parietal: produção do ácido clorídrico para ativação da pepsina (quebra da proteína) Proteção da mucosa para acidez: camada de muco para proteção. No muco existe uma quantidade significativa de bicarbonato (não existe no esofago) - Secreção ácida no estômago: célula parietal onde forma o HCL. no primeiro momento formação de KCL e depois troca por H +, formando HCL. O CO2 da respiração será o responsável do bicarbonato que é trocado pelo cloreto (Anion por ânion; cátion por cátion) ☆ Regulação da secreção gástrica: -É feita pelos mesmos processos nervosos e endócrinos -Sistema endócrino e presença de substâncias químicas no alimento -Distensão: alimento com liberação de gastrina-HCL- acidificar o meio e provoca o início para a digestão -Estimulação vagal da secreção gástrica- estímulo dos vagos causa secreção de grande quantidade de pepsina e ácido -Estimulação pela gastrina, hormônio secretado pela região antral do estômago estimulado pela presença do alimento de dois modos Distensão do estômago pelo bolo alimentar Substâncias que provoca a liberação da gastrina (da alimentação) -A gastrina é liberada na circulação que a leva para as células parietais e em menor grau para as principais, levando a liberação de ácido clorídrico, e as células pépticas aumentam sua secreção de enzimas. -Inibição por feedback da secreção ácida do estômago - Inibição por fatores intestinais -Desencadeia via nervosa e ativação do processo de liberação de ácido clorídrico (peristaltismo e HCL) -Fase cefálica: Vago- relacionado Parassimpático (ativa a função gastrointestinal) -Secreções gástricas estimuladas -Quando o quimo fica ácido demais, diminuição da secreção -Quanto da secreção é estimulada ou inibida neste processo: Fase cefálica: 20% da secreção Fase gástrica: 70% Fase Intestinal: 10% ☆ Controles hormonais: -CCK (Colecistocinina): Liberação da bile, diminuindo a motilidade gástrica (para dar tempo de processar o alimento no duodeno) -Secretina (células S do duodeno): em resposta ao suco gástrico ácido; inibidor sobre a motilidade da maior parte do trato digestivo -Peptídeo gástrico Inibidor: para dar tempo de ser processado todo o alimento FÍGADO ☆ Secreção biliar -Respostas metabólicas acontecem no fígado -Bile apresenta dois principais funções: -emulsificador ajudar na digestão e absorção das gorduras excreção de metabólitos (bilirrubina e colesterol) -A secreção biliar ocorre de dois estágios: a)secreção principal (que é rica em ácidos biliares) secretada pelos hepatócitos para os canalículos biliares fluindo depois para os ductos biliares terminais que levam a ductos cada vez maiores até o ducto biliar comum. Dele segue para o duodeno ou será armazenada na vesícula biliar. B) uma secreção adicional de bicarbonato de Na+ aumenta a secreção bilar em quase 100% é estimulada pela secretina -Secreção inicial e final que é definitivamente liberada -Formação das micelas, permitir que as gorduras sejam processadas em pedaços menores ☆ Armazenamentoe concentração de bile na vesícula biliar: - Secretada continuamente - a composição prismática (bile hepática) e final (bile vesícula biliar) muda - Na saliva existe também essa alteração inicial e final - o sódio é reabsorvido (menos sódio no final) - Potássio tem secreção (existe mais no final) ☆ Esvaziamento da vesícula biliar: -Colecistocinina →Célula I da mucosa do duodeno e jejuno em resposta a produtos da degradação de lipídios, ácidos graxos e monossacarídeos no conteúdo intestinal -Maior contratilidade da vesícula biliar e relaxamento do esfíncter de Oddi- secreção para o intestino delgado (duodeno) -Secretina: maior concentração de bicarbonato de sódio ☆ Função dos sais biliares na digestão e absorção da gordura: - Emulsificação de gordura, absorção de lipídios, cálculo biliar: processos inflamatórios- altera a permeabilidade da membrana; se for aumentada, a tendência é de reabsorver água= cálculo biliar; precipitação do sal de forma intensa (pedra na vesícula) - percursor é o colesterol PÂNCREAS -grande parte das enzimas digestivas, em sua porção exócrina -ele é considerado um órgão misto -ilhotas de Langerhan (insulina, glucagon e polipeptídeo pancreático)- hormônio pela parte endócrina -libera o bicarbonato para anular a acidez excessiva do quimo -O suco pancreático é secretado em resposta à presença de quimo nas porções superiores do intestino delgado e as características do suco pancreático são determinadas pelos tipos de alimento no quimo Enzimas digestivas de proteínas: tripsina, quimotripsina, carboxipolipeptidase Enzimas digestivas de carboidratos: amilase pancreática Enzimas para gorduras: Lipase pancreática: hidrolisa gorduras neutras a ácidos graxos e monoglicerídeos; -Colesterol esterase: hidrolisa ésteres de colesterol; -Fosfolipase: quebra os ácidos graxos dos fosfolipídios ☆ Secreção de Bicarbonato: -Secretados pelas células epiteliais dos ductos originados nos ácinos -Função: neutralizar o ácido clorídrico no duodeno, vindo do estômago -Transporte de sódio ☆ Regulação da secreção pancreática: -Acetilcolina: liberada pelo parassimpático e SNE -Colecistocinina: intestino delgado (interferência na liberação de bile) -Secretina: facilita liberação das enzimas digestivas do pâncreas e estimula a liberação do baile -Secretina – pela presença alimentos muito ácidos no intestino delgado. Os dois primeiros desses estímulos, acetilcolina e colecistocinina, estimulam as células acinares do pâncreas, levando à produção de grande quantidade de enzimas digestivas pancreáticas, mas quantidades relativamente pequenas de água e eletrólitos vão com as enzimas. - A secretina – estimula a secreção de grandes volumes de solução aquosa de bicarbonato de sódio pelo epitélio do ducto pancreático -Cefálica, gástrica e intestinal (FASES) -Fases Cefálica e Gástrica - mesmos sinais nervosos do cérebro que causam a secreção do estômago levam a liberação de acetilcolina pelos terminais do nervo vago no pâncreas correspondem a cerca de 20% da secreção total de enzimas pancreáticas - Na fase gástrica - a estimulação nervosa da secreção enzimática participa com 5% a 10% das enzimas pancreáticas -Fase Intestinal: Depois que o quimo deixa o estômago e entra no intestino delgado, a secreção pancreática fica abundante em resposta à secretina. INTESTINO ☆Movimento do Intestino Delgado: -Onda peristáltica e o movimento em massa (que serve para eliminar bolo fecal no reto), no final do trato digestivo com as fezes prontas (contrai o final do tubo digestivo), expulsão do cocozinho -Esfíncter são antagônicos aos movimentos propulsivos (um contrai e outro relaxa) -misturadores- haustração: contração circular que faz a mistura ☆ Defecação: -Movimento de massa: força as fezes para o reto, inicia o processo de defecação (contração reflexa do reto, do sigmóide e do cólon descendente e relaxamento dos esfíncteres anais) -O escape das fezes é evitado pela contração tonica do esfíncter anal interno ☆ Secreção do Intestino Delgado: -Muco: glândulas de Brunner localizados no início do duodeno e entre o piloro e a papila de Vater -Supositório: hidratação e mudança da viscosidade da região anal (facilita a retirada das fezes) -Em que momento as glândulas secretam o muco? 1) ocorrem estímulos táteis diretos ou ocorre irritação da mucosa; 2) quando há estimulação vagal 3) pela presença de secretina -Função: proteção da parede intestinal do suco gástrico O muco pode ainda ser secretado pelas células caliciformes. Secreção de sucos digestivos pelas criptas intestinais (de Lieberkühn) – tem pH neutro e composição semelhante ao líquido extracelular o que fornece veículo aquoso para a absorção no intestino delgado -Enzimas: Peptidases (várias) Sucrase, maltase, isomaltase e lactase – para degradação de dissacarídeos Lipase intestinal -Regulação da secreção do Intestino Delgado: Reflexos mioentéricos locais, estímulos táteis ou irritantes. ☆ Secreção no Intestino Grosso: -Muco: criptas de Lieberkun como no intestino delgado, mas as células epitelaisi quase não possuem enzimas -células caliciformes -secreção de água e eletrólitos em resposta á irritação