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Ana Laura Coradi TXXII Sífilis É uma IST, com múltiplas manifestações clínicas, sendo chamada de Grande simulador. Epidemiologia: distribuição mundial, maior incidência em homens que mulheres, maior prevalência em países de baixa renda. Agente etiológico: Treponema pallidum, uma bactéria espiroqueta, que não consegue sobreviver fora do hospedeiro, e não pode ser cultivada in vitro. Patogênse: infecção crônica, que alterna sua progressão entre períodos de atividade e de latência. Transmissão: inoculação do T. pallidum em superfície cutanea ou em mucosa não íntegra. Sífilis primária Tem tempo de inoculação de 10-90 dias, em média 3 semanas. Leva a formação de uma única úlcera indolor endurada no local de inoculação, ocorre cicatrização espontânea e pode ter linfoadenopatia regional atrelada. Diagnóstico da sífilis primária: exame microscópico em campo escuro com a secreção do cancro – padrão ouro. Em casos precoces não treponêmicos pode ser negativo, então pode ser feita sorologia: VDRL e RPR Nos treponêmicos podem ser dosados em casos precoces o Fta-abs. Sífilis secundária Tem como tempo de evolução de 3-10 semanas. As manifestações serão sistêmicas e mucocutâneas com duração de 3-12 semanas, podendo apresentar recorrência das lesões em 25% nos primeiros 2 anos. Manifestações sistêmicas: febre baixa, mal estar, adenopatia, mialgia, perda de peso e linfadenopatia generalizada. Manifestações cutâneas: erupção papular disseminada eritemo-descamativa, não pruriginosa que acomete região palmo-plantar. Manifestações mucosas: úlceras aftóides indolores e condiloma plano. Diagnóstico da sífilis secundária: Nos não treponêmicos temos o VDRL e o RPR. Já nos treponêmicos temos Fta-abs Sífilis latente Período entre involução das lesões cutâneas e manifestações tardias. Pode durar anos. Nesses períodos continua transmitindo. • Sífilis latente recente: menos de 1 ano de duração • Sífilis latente tardia: mais de 1 ano de evolução Sífilis terciária Manifestações em SNC, cardiológicas e cutâneas. Ana Laura Coradi TXXII Nas cutâneas temos o aparecimento de goma sifilítica, com nódulos ou lesões nodulares ulcerados. Com duração de semanas a meses. Pode involuir com cicatriz. A recorrência é comum e pode invadir músculo e osso. Diagnóstico da sífilis terciária: Nos não treponêmicos temos o VDRL e o RPR, com títulos bem elevados. Já nos treponêmicos temos Fta-abs Além disso pode ser realizado LCR e punção lombar para avaliação de neurosífilis. Tratamento da sífilis num geral Sífilis primária, secundária e latente precoce: penicilina benzatina 2.4milhões UI em dose única Sífilis latente tardia, duração desconhecida, terciária cardíaca e cutânea: penicilina benzatina 2.4milhões UI / por semana por 3 semanas. Neurosífilis e sífilis ocular: penicilina G cristalina 3-4milhões UI/ 4/4hs por 10-14 dias.