Prévia do material em texto
CONHECIMENTOS GERAIS E ATUALIDADES DAS REGIÕES
CENTRO-OESTE E NORTE DO BRASIL
Região Centro-Oeste do Brasil
Centro-Oeste é umas das cinco grandes regiões em que é
dividido o Brasil. É composta pelos estados de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Goiás e pelo Distrito Federal.
A Região Centro-Oeste é dividida em quatro unidades
federativas: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito
Federal, onde fica Brasília, a capital do país.
Com uma área de 1.606.445,5 km², a Região Centro-Oeste é um
grande território, sendo a segunda maior região do Brasil em
superfície territorial.
Por outro lado, é a região menos populosa do país e possui
segunda a menor densidade populacional, perdendo apenas para
a Região Norte.
Por abrigar uma quantidade menor de habitantes, apresenta
algumas concentrações urbanas e grandes vazios populacionais.
História
Os indígenas foram os primeiros habitantes da Região Centro-
Oeste.
Depois chegaram os bandeirantes. Eles descobriram muitas
minas de ouro e fundaram as primeiras vilas:
Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá, atual capital do Estado de
Mato Grosso,
e Vila Boa, hoje a cidade de Goiás.
Ao redor das minas de ouro surgiram arraiais que se tornaram
cidades importantes.
A descoberta de diamantes deu origem a vilas chamadas
corrutelas.
Os fazendeiros de Minas Gerais e de São Paulo, também
povoaram a região. Eles organizaram grandes fazendas de
criação de gado.
Para defender as fronteiras do Brasil com os outros países, foram
criados fortes militares.
Entre eles, destaca-se o Forte de Coimbra, hoje a cidade de
Corumbá. Em volta desses fortes surgiram povoados.
O povoamento aumentou com a construção de estradas de ferro
e, mais tarde, com o aparecimento das rodovias e das hidrovias.
A construção de Brasília como sede do governo brasileiro,
também contribuiu para o povoamento e o desenvolvimento
sócio-econômico da Região Centro-Oeste.
Geografia
Relevo
Como em quase todo o território brasileiro, o relevo da região é
marcado por unidades suaves, raramente ultrapassando 1.000
metros de altitude.
O relevo da Região Centro-Oeste é composto por três unidades
dominantes:
• Planalto Central
• Planalto Meridional
• Planície do Pantanal
Planalto Central
O Planalto Central é um grande bloco rochoso, formado por
rochas cristalinas, sobre as quais se apóiam camadas de rochas
sedimentares.
Existem trechos em que as rochas cristalinas aparecem livres
dessa cobertura sedimentar, surgindo aí um relevo ondulado.
Nas áreas em que as rochas cristalinas estão cobertas pelas
camadas sedimentares, são comuns as chapadas, com topos
planos e encostas que caem repentinamente e recebem o nome
de ‘’serras’’. Nestas regiões, as chapadas possuem a
denominação de chapadões.
As chapadas estão presentes na maior parte da região, e em
Mato Grosso podem ser citados a Chapada dos Parecis, a oeste,
e a Chapada dos Veadeiros, a nordeste;
ao norte; na divisa com o Nordeste destaca-se o Espigão Mestre,
que funciona como divisor de águas da bacia do Tocantins e da
bacia do São Francisco.
Planície do Pantanal
O Pantanal é uma planície inundável de formação recente, cuja
altitude média é de aproximadamente 110 metros.
É, portanto, uma depressão relativa situada entre os planaltos
Central, Meridional e relevo pré-andino.
Periodicamente, a Planície do Pantanal é inundada pelo rio
Paraguai e seus afluentes.
O relevo da planície tem duas feições principais:
• Cordilheiras: Pequenas elevações que não sofrem
inundações;
• Baías ou lagos: Partes mais baixas, de formatos
circulares, inundadas durante a estação chuvosa,
formando lagoas.
Planalto Meridional
O Planalto Meridional se estende da Região Sul até os Estados
de Mato Grosso do Sul e Goiás.
Nele são encontrados os solos mais férteis de todo o Centro-
Oeste – a terra roxa que aparece em forma de manchas no sul
de Goiás e em Mato Grosso do Sul.
Clima
O clima da região Centro-Oeste do Brasil é tropical, quente e
chuvoso, sempre presente nos Estados de Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e Goiás.
A característica mais marcante deste clima quente é a presença
de um verão chuvoso, entre os meses de outubro e março, e um
inverno seco, entre os meses de maio e setembro.
O noroeste da região, ocupado pela Amazônia, é abrangido pelo
clima equatorial, e o restante pelo clima tropical.
As temperaturas, são mais altas do que no sul.
O inverno apresenta temperaturas acima de 18ºC; durante o
verão, a temperatura pode alcançar temperaturas superiores a
25ºC.
Existe declínio sensível de temperatura quando ocorre o
fenômeno da friagem, que é a chegada de uma massa polar
atlântica que através do vale do rio Paraguai, atinge todo o oeste
dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
As chuvas, além de concentradas em apenas uma estação do
ano, se distribuem irregularmente na região, atingindo-se mais de
2.500 mm a noroeste de Mato Grosso e reduzindo-se a pouco
mais de 1.200 mm grande parte do território.
Os meses de verão são úmidos, porque nessa época, a Planície
do Pantanal é uma das áreas mais quentes da América do Sul, e
por esse motivo, forma um núcleo de baixa pressão que atrai os
ventos úmidos conhecidos como alísios de nordeste. A chegada
desses ventos corresponde às chuvas fortes que caem na região.
O norte da região, de altas temperaturas e grande quantidade de
chuvas, engloba características do clima equatorial.
No restante da região, o efeito da continentalidade faz com que o
clima tropical apareça mais seco, e por conseqüência, a
paisagem vegetal revele densidade menor, apresentando sob a
forma de cerrado.
Hidrografia
A Região Centro-Oeste é drenada por muitos rios, agrupados em
três grandes bacias hidrográficas:
• Bacia Amazônica: , em Mato Grosso, para onde se
deslocam rios colossais, como o Xingu, ou rios que
formam principais afluentes do rio Amazonas, como o
Juruena e o Teles Pires que formam o rio Tapajós;
• Bacia do Tocantins-Araguaia , ocupando o norte e o
ponto mais a oeste de Goiás e o extremo leste de Mato
Grosso;
• Bacia Platina , subdividida em suas bacias
hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio
Paraguai, no restante da região.
Bacia do rio Paraná
Na divisa com os estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná,
o Centro-Oeste é banhado pelo rio Paraná e por um de seus
formadores, o rio Paranaíba, no extremo sul de Goiás.
A porção sudeste da região é drenada por afluentes menos
extensos da margem direita do rio Paraná, como os rios Verde,
Pardo, Ivinhema, Amambaí e Iguatemi.
Bacia do rio Paraguai
A maior bacia hidrográfica em extensão da região Centro-Oeste é
a bacia do rio Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis, no
Estado de Mato Grosso.
Seus principais afluentes são os rios Cuiabá, Taquari e Miranda.
A bacia do rio Paraguai ocupa uma imensa baixada que forma a
Planície Paraguaia, na qual a parte alagada é composta pelo
Pantanal Mato-grossense.
Como o clima da região intercala estações secas e estações
chuvosas, essa planície fica coberta por um lençol de água
durante aproximadamente seis meses.
Nos meses secos, as águas represam-se em pequenas lagoas
semicirculares, chamadas de baías.
Quando as cheias são mais violentas, as baías ampliam-se e
ligam-se umas com as outras através de canais chamados de
corichos.
O norte de Goiás e o leste do Estado de Mato Grosso, são
banhados pelas nascentes dos rios que formam a Bacia do
Tocantins.
Na divisa da Região Nordeste com o Estado de Goiás,
estendendo-se até o Estado de Tocantins, na Região Norte,
destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como divisor de
águas separando a bacia do Tocantins, no oeste, e a bacia do rio
São Francisco no leste.
Vegetação
No Centro-Oeste existem formações vegetais bastante diferentes
umas das outras.
Ao norte e oeste aparece a Floresta Amazônica, praticamente
impenetrável, composta por uma vegetação densa e exuberante.
A maiorparte da região, entretanto, é ocupada pelo cerrado, tipo
de savana com gramíneas altas, árvores e arbustos esparsos, de
troncos retorcidos, folhas duras e raízes longas, adaptadas à
procura de água no subsolo.
O cerrado não é uniforme: onde há mais árvores que arbustos,
ele é conhecido como cerradão, e no cerrado propriamente dito
há menos arbustos e árvores, entre os quais se espalha uma
formação contínua de gramíneas.
Em Mato Grosso do Sul, existe uma verdadeira "ilha" de campos
limpos, conhecidos pelo nome de campos de Vacaria, que
lembram vagamente o pampa gaúcho.
A região do Pantanal, sempre alagável quando das cheias de
verão, possui uma vegetação típica e muito variada, denominada
Complexo do Pantanal.
Aí aparecem concentradas quase todas as variedades vegetais
do Brasil: florestas, campos e até mesmo a caatinga.
Podem ser identificadas ainda as matas galerias em alguns
trechos do cerrado, que se caracterizam por serem densas
apenas nas margens dos cursos d'água ao longo dos quais se
desenvolvem e cuja umidade as mantém.
A floresta tropical que existia na região está praticamente extinta.
Demografia
Com 13.020.760 habitantes, conforme dados recentemente
coletados pelo IBGE em 2005, a Região Centro-Oeste é pouco
povoada.
Sua população total é menor que a de estados como Rio de
Janeiro, Minas Gerais ou Bahia, cujas superfícies são bem
menores que a do Centro-Oeste.
Com 8,10 hab./km², reúne 8 em cada 100 brasileiros.
Goiás é o estado mais populoso, enquanto Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, os maiores estados da região em superfície, têm
população parecida com a do Distrito Federal, onde se localiza
Brasília.
Povoamento
As primeiras estradas e vilas criadas na região foram obras dos
bandeirantes que, durante os séculos XVII e o XVIII,
desbravaram territórios à procura de minérios ou para capturar
indígenas.
Mas o efetivo povoamento regional somente começou quando o
desenvolvimento do Sudeste fez surgir um forte mercado
consumidor para a pecuária e a agricultura na parte sul da região.
Em 1933, Goiânia foi construída para ser a nova capital de Goiás,
o que se tornou um atrativo ao povoamento da área.
Outras cidades foram crescendo em importância, como Anápolis,
por exemplo, ligada a Minas Gerais através de várias rodovias e
ferrovias.
A construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, concluída
em 1950, que liga Bauru, em São Paulo, a Corumbá, em Mato
Grosso do Sul, facilitou o escoamento dos produtos e consolidou
o desenvolvimento de todo o extremo sul de Goiás e de Mato
Grosso.
A parte norte, até o início da década de 1960, permanecia
praticamente selvagem e mal conhecida pelo homem, até que a
construção de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960 e a
abertura de estradas — como a Rodovia Belém-Brasília, por
exemplo — acabaram atraindo contingentes de migrantes de
todo o Brasil para o Planalto Central.
A migração, porém, ultrapassou os limites esperados e teve
como conseqüência o surgimento de bairros de trabalhadores ao
lado da nova capital, esses bairros que se transformaram nas
atuais cidades-satélites, como Gama, Taguatinga, Brazlândia,
Sobradinho, Planaltina, Paranoá e Jardim.
Cidades Mais Populosas
Distrito Federal
• Brasília-2.420.350
Goiás
• Goiânia-1.220.412
• Aparecida de Goiânia-453.104
• Anápolis-318.808
• Luziânia-187.202
• Águas Lindas de Goiás-168.919
• Rio Verde-136.229
• Valparaíso de Goiás-123.921
• Trindade-102.430
Mato Grosso
• Cuiabá-542.861
• Várzea Grande-254.736
• Rondonópolis-169.814
• Sinop-103.868
Mato Grosso do Sul
• Campo Grande-765.247
• Dourados-186.357
• Corumbá-101.089
De acordo com as estatísticas do IBGE em julho de 2006
Etnias
Entre os tipos humanos característicos do Centro-Oeste estão: o
vaqueiro do Pantanal, o boiadeiro de Goiás, os peões das
fazendas de gado, os garimpeiros, os índios com as suas
múltiplas formas de cultura, os sulistas, os nordestinos e políticos
de Brasília que são de outros estados da federação, etc.
Migrações internas
Um importante grupo importante do Centro-Oeste é o grupo dos
sulistas (gaúchos, catarinenses, paranaenses) que se instalaram
sobretudo no norte de Mato Grosso.
Na região, foram os responsáveis pela organização da
agricultura, abriram rodovias, montaram serrarias, fundaram vilas
e cidades, avançando sempre mais sobre a Floresta Amazônica.
Desde que Brasília foi concluída, a população do Centro-Oeste
vem acusando expressivos índices de crescimento. Essa
tendência deve-se especialmente às freqüentes migrações de
habitantes de outras regiões.
Terras a preços mais acessíveis, a expansão agrícola, boas
estradas e oportunidades de progresso relativamente rápido são
fatores responsáveis por essa atração.
O Centro-Oeste formou sua população com migrantes vindos de
todas as demais regiões do país, caracterizando-se assim pela
heterogeneidade humana.
Entretanto, há equilibrio entre a porcentagem de brancos
(50,1%), concentrados sobretudo no sul, e a de mestiços
(46,3%), principalmente mamelucos, encontrados nas partes
norte e central. As outras etnias compõem os restantes 3,6% da
população.
Grupos indígenas
A presença indígena é muito intensa no Centro-Oeste.
Habitam numerosas em algumas reservas e parques indígenas
que podem ser citados: o Parque Indígena do Xingu, que reúne
cerca de 20 tribos diferentes, o Parque Indígena do Araguaia, na
ilha do Bananal, a Reserva Indígena Xavante e a Reserva
Indígena Parecis.
Os índios se dedicam, em geral, a agricultura, pecuária,
artesanato, garimpagem, caça e pesca.
Mas sofrem com as freqüentes invasões de seus territórios.
Distribuição populacional
Brasília sozinha possui mais habitantes que o estado de Mato
Grosso do Sul.
Além disso, há uma diferença notável entre a parte norte da
região, praticamente vazia, e a parte sul, onde se localizam as
maiores cidades e também as áreas mais expressivas
demograficamente.
As densidades demográficas do Centro-Oeste são
aproximadamente as seguintes:
• Mato Grosso : 2,6 hab./km²;
• Mato Grosso do Sul : 6,34 hab./km²;
• Goiás : 16,52 hab./km²;
• Distrito Federal : 353,53 hab./km².
Economia
A Região Centro-Oeste apresenta população urbana
relativamente numerosa. No meio rural, entretanto, predominam
densidades demográficas muito baixas, o que indica que a
pecuária extensiva é a atividade mais importante.
A agricultura comercial, por sua vez, vem ganhando grande
destaque nos últimos anos e já supera o extrativismo mineral e
vegetal.
As atividades industriais, entretanto são ainda pouco expressivas.
Extrativismo
As riquezas minerais do Centro-Oeste são ainda mal conhecidas,
mas mesmo assim a região se projeta como possuidora de
excelentes reservas de ferro, manganês, níquel, cristal de rocha,
ouro e diamante.
O ferro e o manganês são encontrados em um grande bloco de
rochas cristalinas, o Maciço de Urucum, que aflora em plena
horizontalidade da Planície do Pantanal, em Mato Grosso do Sul.
Embora abundantes, essas reservas são de baixa qualidade.
Destinam-se ao abastecimento da usina siderúrgica Sobrás, em
Corumbá, e o excedente é exportado para os Estados Unidos,
Argentina e Uruguai.
O cristal de rocha aparece em Goiás e também é destinado à
Sobrás e à exportação, principalmente para o Japão.
Em Goiás é encontrado ainda o níquel, enquanto o ouro e o
diamante são extraídos, através do garimpo, principalmente em
Mato Grosso.
Agricultura
A agricultura de subsistência, com o cultivo de milho, mandioca,
abóbora, feijão e arroz, através de técnicas primtivas, sempre se
constituiu em atividade complementar à pecuária e ao
extrativismo.
O crescimento populacional que vem caracterizando a região, a
melhoria das vias de comunicação e o mercado consumidor
sempre expressivo do Sudeste têm aumentado muito o
desenvolvimento da agricultura comercial.
As áreas agrícolas de maior expressãono Centro-Oeste são:
• O "Mato Grosso de Goiás", área de solos férteis
localizada no sudeste de Goiás, que é destacado centro
produtor de arroz, algodão, café, milho e soja;
• O Vale do Paranaíba, no extremo sul de Goiás, onde
solos de solos vermelhos favorecem o desenvolvimento
agrícola de municípios como Itumbiara e Goiatuba, com
o cultivo de algodão, amendoim e principalmente arroz;
• A Região de Campo Grande e Dourados (MS),
destacam-se as produções de soja, minho, amendoim e
trigo;
• Área do cerrado, abrange terras nas quais se pratica,
em grandes propriedades, a pecuária extensiva de
bovinos, com destaque para os estados de Goiás e
Mato Grosso, que juntos abrigam 15% do rebanho
nacional. Também se criam eqüinos, porém em menor
proporção;
• Pantanal (MS), tradicional área pecuarista, onde se
pratica uma pecuária ultra-extensiva de baixa qualidade,
com numerosos rebanhos de bovinos e bufalinos.
Cultura
• Roupa velha
• Carne de charque ou sobras de carne assada frita com
farinha de mandioca.
Algumas receitas típicas da região:
• Arroz com suã: O suã é a parte inferior da espinha do
porco com toda a carne adjacente. Corta-se o suã e
refoga-se o arroz junto com algumas batatas.
• Capivara de Caçarola
• Curau
• Empadão Goiano
• Folhado de Pintado
• Galinha com Quiabo e Angu
• Macarrão com Linguiça
• Peixe na Telha
• Piracanjuba (Peixe de Água Doce) Recheado
• Pudim de Banana da Terra
• Quentão
• Sopa de Entulhos
• Tatu - Galinha Assada
DADOS GERAIS DA REGIÃO CENTRO OESTE
Área total: 1.612.077,2 km²
População (2000): 11.616.742 habitantes
Densidade demográfica (2000): 7,20 hab/km²
Maiores cidades (Habitantes/2000): Brasília (2.043.169);
Goiânia (1.090.737); Campo Grande (662.534); Cuiabá
(483.044); Aparecida de Goiânia-GO (335.849); Anápolis-GO
(287.666).
Relevo:
• A região Centro-Oeste engloba os estados de Goiás,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
• O relevo da região, localizada no planalto central,
caracteriza-se por terrenos antigos e aplainados pela
erosão, que originaram chapadões.
• A oeste do estado de Mato Grosso do Sul e a sudoeste
de Mato Grosso, encontra-se a depressão do Pantanal
Mato-Grossense, cortada pelo Rio Paraguai e sujeita a
cheias durante parte do ano.
Clima, vegetação e recursos minerais:
• O clima da região é tropical semi-umido, com frequentes
chuvas de verão.
• A vegetação, de cerrado nos planaltos, é variada no
Pantanal.
• No sudoeste de Goiás e no oeste de Mato Grosso do
Sul, o solo é fértil, em contraste com a aridez do
nordeste goiano.
• Os recursos minerais mais importantes são calcário (em
Goiás e Mato Grosso), água mineral, cobre, amianto (no
norte goiano), níquel e ferro-nióbio (em Goiás).
• O Brasil é o maior produtor mundial de nióbio, muito
utilizado na indústria automobilística.
• Em Mato Grosso, aumenta a exploração da madeira,
cuja retirada predatória cria um dos mais graves
problemas ambientais do estado.
Meio ambiente:
• No início da década de 90, restavam apenas 20% (vinte
por cento) da vegetação original dos cerrados.
• Em Goiás, as práticas ambientais agressivas adotadas
pela agropecuária, esgotam os mananciais e destroem o
solo.
• No nordeste de Goiás e Mato Grosso, há constante
desertificação, ocasionada pelo desmatamento sem
controle.
• Entre 1998 e 2000 (três anos), quase 900 mil hectares
de floresta são derrubados.
Turismo:
• O turismo vem se desenvolvendo rapidamente no
Centro-Oeste, atraindo visitantes de várias partes do
mundo.
• A região mais conhecida é o Pantanal Mato-Grossense.
Trata-se da maior bacia inundável do mundo, com
vegetação variada e fauna muito rica.
• Outros pontos de interesse são as chapadas, como a
dos Guimarães, em Mato Grosso, e a dos Veadeiros,
em Goiás.
• No sudeste goiano, a atração é o Parque Nacional das
Emas.
• Há ainda Brasília, fundada em 1960 e caracterizada pela
moderna arquitetura e que hoje é uma das maiores
cidades brasileiras - "Patrôminio da Humanidade".
• As cidades históricas goianas de Pirenópolis e Goiás
(ex-capital do estado de Goiás), preservam casários e
igrejas do período colonial, com mais de 200 anos,
possuindo boa rede hoteleira.
Economia:
• E economia da região, baseou-se inicialmente, da
exploração de garimpos de ouro e diamantes, sendo
posteriormente substituídas pela pecuária.
• A transferência da capital federal do Rio de Janeiro para
Brasília e a construção de novas vias de acesso,
aceleraram o povoamento, contribuindo para o seu
desenvolvimento.
• A economia do Centro-Oeste, cresce em um ritmo
semelhante ao do país.
• Isso faz com que a região tenha, desde 1991, uma
participação de 7,2% no PIB brasileiro, segundo o IPEA
(acima de US$ 40 bilhões em 1999).
• A agroindústria é o setor mais importante da economia
da região.
• Ela é a maior produtora de soja, sorgo, algodão em
pluma e girassol.
• Responde pela segunda maior produção de arroz e pela
terceira maior produção de milho do país.
• O Centro-Oeste possui também o maior rebanho bovino
do país, com cerca de 56 milhões de cabeças,
principalmente em Mato Grosso do Sul.
• As indústrias são principalmente do setor de alimentos e
de produtos como adubos, fertilizantes e rações, além
de frigoríficos e abatedouros.
• As maiores reservas de manganês do país estão
localizadas no maciço do Urucum, no Pantanal. Devido
ao difícil acesso ao local, tais reservas ainda são pouco
exploradas.
Urbanização:
• A região Centro-Oeste vive intenso processo de
urbanização.
• Na década de 70, a população rural representava cerca
de 60% do total de habitantes.
• Em apenas dez anos, o percentual caiu para 32%, até
atingir 15,6% em 1996 (cerca de 84,4% de população
urbana).
• Essa progressão se dá não só pelo êxodo rural, mas
pelo aumento do fluxo migratório de outros estados
brasileiros para os centros urbanos do Centro-Oeste.
• Consequência direta dos programas de mecanização da
agricultura, a migração do campo, modifica a
distribuição demográfica da região.
• A nova configuração exige dos estados, investimentos
em infra-estrutura urbana e serviços.
• A mobilização, contudo é insuficiente.
• Atualmente a região registra indicadores sociais e de
qualidade de vida abaixo da média brasileira.
• Uma exceção é o Distrito Federal, detentor das
melhores taxas de escolaridade e da mais elevada
renda per capita, da quantidade de veículos e telefones
por habitante, de todo o país.
População e transportes:
• Os principais centros urbanos da região são Brasília,
Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Dourados e Anápolis.
• O aeroporto internacional de Brasília, possui tráfego
intenso e fica apenas atrás dos de São Paulo e Rio de
Janeiro.
• O Aeroporto de Santa Genoveva (Goiânia) e os de
Campo Grande e Cuiabá possui razoável infra-estrutura
e movimento pequeno.
Existe um razoável movimento de cargas fluviais nos estados de
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Região Norte do Brasil
A Região Norte é uma das cinco regiões brasileiras. É formada
por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins.
Está localizada na região geoeconômica da Amazônia entre o
Maciço das Guianas (ao norte), o Planalto Central (ao sul), a
Cordilheira dos Andes (a oeste) e o Oceano Atlântico (a
noroeste).
Na região predomina o clima equatorial com exceção do norte do
Pará, do sul do Amazonas e de Rondônia onde o clima é tropical.
As principais cidades da Região Norte são: Manaus, Belém,
Porto Velho, Macapá, Rio Branco, Santarém, Ananindeua, Boa
Vista, Palmas, Marabá, Parintins, Tabatinga, Vilhena, Altamira,
Coari, Santana e Cruzeiro do Sul.
Na região predominam os seguintes aspectos naturais: floresta
densa e heterogênea, clima quente e úmido, rios extensose
caudalosos drenando terras de altitude geralmente pouco
elevada.
História
Os primeiros habitantes da Região Norte, como no resto do
Brasil, foram os indígenas, que compartilhavam uma diversificada
quantidade de tribos e aldeias, do período pré-colombiano até a
chegada dos europeus.
Os espanhóis, entre eles, Francisco de Orellana, organizaram
expedições exploradoras pelo rio Amazonas para conhecer a
região.
Após longas viagens ao lado de Francisco Orellana, Gonzalo
Hernández de Oviedo y Valdés, escreveu em Veneza, uma carta
ao cardeal Pedro Bembo, exaltando a fauna e a flora existentes
na região até certa época.
Em 1616 chegaram os portugueses.
Eles construíram fortes militares para defender a região contra a
invasão de outros povos. Os portugueses também se
interessaram pelas riquezas da Floresta Amazônica.
A Região também foi parte de caminhos do Movimento das
Bandeiras.
Os missionários vieram para a região à procura de índios para
catequizar.
Eles reuniam os índios em aldeias chamadas missões.
As missões deram origem a várias cidades.
Os brasileiros de outros estados, principalmente nordestinos,
vieram para a Região Norte a fim de trabalhar na extração da
borracha.
Muitas famílias japonesas vieram trabalhar nas colônias
agrícolas. Os japoneses iniciaram a plantação da pimenta-do-
reino e da juta.
Durante as décadas de 60, 70 e 80, os governos militares
implantaram um grande plano de integração dessa região com as
demais regiões do Brasil, incluindo a construção de várias
rodovias (como a rodovia Transamazônica), instalação de
indústrias e a criação da zona franca de Manaus.
Geografia
Possui uma área de 3.659.637,9 km², que corresponde a 42,27%
do território brasileiro, sendo a maior região brasileira em
superfície.
Nesta região estão localizados o maior e o segundo maior
estados do Brasil, respectivamente Amazonas e Pará, e também
o maior município do mundo em área territorial, Altamira, no
Pará, com 161.445,9km², maior que as áreas de 100 países do
planeta terra, um a um, e maior que os Estados de Alagoas,
Sergipe, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos.
Limita-se ao sul com os estados de Mato Grosso e Goiás, além
da Bolívia, a leste com o Maranhão, Piauí e a Bahia, a oeste com
o Peru e com a Colômbia e a norte com Venezuela, Suriname,
Guiana e Guiana Francesa.
Relevo
O relevo da Região Norte é constituído por três grandes
unidades:
• Planícies e Terras Baixas Amazônicas;
• Planalto das Guianas;
• Planalto Central.
ou
• Igapós
• Várzeas
• Baixos Platôs
Planícies e Terras Baixas Amazônicas
São genericamente conhecidas como Planície Amazônica,
embora a verdadeira planície apareça apenas margeando o rio
Amazonas ou em pequenos trechos, em meio a áreas mais altas.
Esse compartimento do relevo divide-se em: várzeas, tesos ou
terraços fluviais e terra firme.
• Várzeas: Correspondem às áreas mais baixas,
constantemente inundadas pelas cheias do rio
Amazonas.
• Tesos ou terraços fluviais: Suas altitudes são sempre
inferiores a 30 metros, sendo inundados pelas cheias
mais fortes.
• Terra firme: Atinge altitudes de até 350 metros, estando
livre das inundações. Ao contrário das várzeas e dos
terraços fluviais, formados predominantemente pelos
sedimentos que os rios depositam, a terra firme é
constituída basicamente por arenitos.
Planalto das Guianas
O Planalto das Guianas localiza-se ao norte da Planície
Amazônica, sendo constituído por terrenos cristalinos.
Prolonga-se até a Venezuela e as Guianas, e na área de fronteira
entre esses países e o Brasil aparece a Região Serrana,
constituída — de oeste para leste — pelas serras do Imeri ou
Tapirapecó, Parima, Pacaraíma, Acaraí e Tumucumaque.
É na Região Serrana que se encontram os pontos mais altos do
país, como o pico da Neblina e o pico 31 de Março, na Serra do
Imeri, estado do Amazonas, com 2.094 e 2.092 metros de
altitude, respectivamente.
Planalto Central
O Planalto Central localiza-se ao sul da região abrangendo o sul
do Amazonas e do Pará e a maior parte dos estados de
Rondônia e Tocantins.
É constituído por terrenos cristalinos e sedimentares antigos,
sendo mais elevado ao sul e em Tocantins.
Clima
Terras pouco elevadas e baixas latitudes podem criar uma região
com climas quentes.
A existência de calor e da enorme massa líqüida favorecem a
evaporação e fazem da Região Norte uma área bastante úmida.
Dominada assim por um clima do tipo equatorial, a região
apresenta temperaturas elevadas o ano todo (médias de 24°C a
26°C), uma baixa amplitude térmica , com exceção de algumas
áreas de Rondônia e do Acre, onde ocorre o fenômeno da
friagem,em virtude da atuação do El Niño, permitindo que
massas de ar frio vindas do oceano Atlântico sul penetrem nos
estados da Região Sul, entrem por Mato Grosso e atinjam os
estados amazônicos, diminuindo a temperatura.
Isto ocorre porque o calor da Amazônia propicia uma área de
baixa latitude que atrai massas de ar polar.
Ocorrendo no inverno, o efeito da friagem dura uma semana ou
pouco mais, quando a temperatura chega a descer a 12°C em
Manaus e a 6°C em Rio Branco .
O regime de chuvas na região é bem marcado, havendo um
período seco, de junho à novembro, e outro com grande volume
de precipitação, Dezembro à Maio.
As chuvas provocam mais de 2.000 mm de precipitação anuais,
havendo trechos com mais de 3.000 mm, como o litoral do
Amapá, a foz do rio Amazonas e porções da Amazônia Ocidental.
A Região Norte apresenta o clima mais úmido do Brasil, sendo
comum a ocorrência de fortes chuvas.
São características da região as chuvas de convecção ou de
"hora certa", que em geral ocorrem no final da tarde e se formam
da seguinte maneira: com o nascer do Sol, a temperatura
começa a subir, ou seja, aumentar em toda a região,
aquecimento que provoca a evaporação; o vapor de água no ar
se eleva, formando grandes nuvens; com a diminuição da
temperatura, causada pelo passar das horas do dia, esse vapor
de água se precipita, caracterizando as chuvas de "hora certa".
Vegetação
Floresta Amazônica.
Na Região Norte está localizado um importante ecossistema para
o planeta: a Amazônia.
Além da Amazônia, a região apresenta uma pequena faixa de
mangue (no litoral) e alguns pontos de cerrado, e também alguns
pontos de matas galerias.
Aprender as características físicas de uma região depende, em
grande parte, da capacidade de dedução e observação: na
Região Norte, a latitude e o relevo explicam a temperatura;
a temperatura e os ventos explicam a umidade e o volume dos
rios;
e o clima e a umidade, somados, são responsáveis pela
existência da mais extensa, variada e densa floresta do planeta,
ou seja, a Floresta Amazônica ou Hiléia.
Equivalendo a mais de um terço das reservas florestais do
mundo, é uma formação tipicamente higrófila, com o predomínio
de árvores grandes e largas (espécies latifoliadas), muito
próximas umas das outras e entrelaçadas por grande variedade
de lianas (cipós lenhosos) e epífitas (vegetais que se apóiam em
outros).
O clima da região, quente e chuvoso, permite o crescimento das
espécies vegetais e a reprodução das espécies animais durante
o ano todo.
Isso faz com que a Amazônia tenha a flora mais variada do
planeta, além de uma fauna muito rica em pássaros, peixes e
insetos.
A Floresta Amazônica apresenta algumas variações de aspecto,
conforme o local, junto aos rios, nas áreas permanentemente
alagadas, surge a mata de igapó, com árvores mais baixas.
Mais para o interior surgem associações de árvores mais altas,
conhecidas como mata de várzea, inundadas apenas durante as
cheias. As áreas mais distantes do leito dos rios, inundadas
somente por ocasião das grandes enchentes, são chamadas de
mata de terra firme ou caaetê, que significa mata (caa) de
proporções grandiosas.
Se não considerarmos a devastação, mais de 90% da área da
Região Norte é ocupada pela Floresta Amazônica ou equatorial,
emboraela não seja a única formação vegetal da Amazônia.
Surgem ainda: Campos da Hiléia, em manchas esparsas pela
região, como na ilha de Marajó e no vale do rio Amazonas; o
cerrado, que grande extensão do estado de Tocantins e vastos
trechos de Rondônia e Roraima, além da vegetação litorânea.
Hidrografia
A região apresenta a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia
amazônica, formada pelo rio Amazonas e seus milhares de
afluentes (alguns inclusive não catalogados).
Em um de seus afluentes (rio Uamutã) está instalada a Usina
Hidrelétrica de Balbina e em outro de seu afluente (rio Jamari)
está localizada a usina Hidrelétrica de Samuel, construída na
cachoeira de Samuel.
Devido ao tamanho do rio amazonas, foram construídos três
portos durante o curso do rio. Um deles fica no Brasil,
localizando-se na cidade de Manaus.
A foz do rio Amazonas apresenta um dos fenômenos naturais
mais impressionantes que existe, a pororoca, uma perigosa onda
contínua com até 5m de altura, formada na subida da maré e que
costumeiramente é explorada por surfistas.
Na foz do rio encontra-se a ilha de Marajó, a maior ilha de água
doce do mundo, com aproximadamente 50.000km², que também
abriga o maior rebanho de búfalos do país. Está no guiness
book/2005.
Além da presença da bacia amazônica, na região está localizada
boa parte da bacia do Tocantins. Num de seus rios integrantes
(rio Tocantins), está instalada a Tucuruí, uma das maiores usinas
hidroelétricas do mundo.
Um fato interessante a respeito dessa bacia é a presença da ilha
do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, localizada no estado
de Tocantins. A ilha é forma pelo rio Araguaia e por um de seus
afluentes, o rio Javaés.
Demografia
Apesar de ser a maior região em termos superficiais, é a segunda
menos povoada do Brasil, com 15 milhões de habitantes, a frente
apenas da região Centro-Oeste.
Isso faz com que sua densidade demográfica, 4,77 hab./km², seja
a menor entre as regiões do país.
Essa pequena densidade populacional na região e no Centro-
Oeste faz com que elas sejam consideradas "vazios
demográficos". Uma das principais razões para o "vazio" na
Região Norte é a extensa área coberta pela Amazônia, que por
ser um ecossistema de floresta densa, dificulta a ocupação
humana.
A população da região está concentrada, sobretudo, nas capitais
dos estados. As cidades mais populosas são Manaus, com 1,7
milhão de habitantes e Belém, com 1,5.
Grupos étnicos
A população do Norte brasileiro é largamente formada por
mestiços, descendentes de indígenas e portugueses.
O Norte do Brasil recebeu e continua recebendo grande migração
de pessoas vindas da Região Sul e Sudeste do país, sendo que
esses migrantes já somam 47,4% da população do Norte.
No século XX, o Norte também recebeu grande migração dos
nordestinos, que foram trabalhar nos seringais do Amazonas e do
Acre.
Regiões Metropolitanas
O Norte possui duas Regiões Metropolitanas: A Região
Metropolitana de Belém, com seus 2,1 milhões de pessoas e
abrangendo 4 municípios próximos à capital paraense e a Região
Metropolitana de Macapá, com seus 500 mil habitantes e
abrangendo o município de Santana.
Porém, Manaus, Rio Branco e Porto Velho estão em rumo de
conurbação de Região Metropolitana.
Economia
A economia da região baseia-se nas atividades industriais, de
extrativismo vegetal e mineral, inclusive de petróleo e gás natural,
e a agricultura, além das atividades turísticas.
Extrativismo
Extrativismo vegetal
Essa atividade, que já foi a mais expressiva da Região Norte,
perdeu importância econômica nos últimos anos.
Atualmente a madeira é o principal produto extrativo da região, a
produção se concentra nos estados do Pará, Amazonas e
Rondônia.
A borracha já não representa a base econômica da região, como
foi no século XX, apesar de ainda estar sendo produzida no
estados: Amazonas, Acre e Rondônia.
Como consequência do avanço das áreas destinadas a
agropecuária, tem ocorrido uma grande redução das áreas dos
seringais.
Extrativismo animal
O extrativismo animal, representado pela caça e pesca, também
é praticado na região.
Possuindo uma fauna extremamente rica, a Amazônia oferece
grande variedade de peixes — destacando-se o tucunaré, o
tambaqui e o pirarucu —, bem como tartarugas e um sem-
número de outras espécies. O produto dessa atividade,
geralmente, vem completar a alimentação do habitante do Norte,
juntando-se em sua mesa ao arroz, à abóbora, ao feijão, ao
milho, à banana etc.
Extrativismo mineral
O extrativismo mineral baseia-se na prospecção e extração de
minerais metálicos, como ouro, na serra pelada, diamantes,
alumínio, estanho, ferro em grande escala na serra dos Carajás,
estado do Pará e manganês e níquel na Serra do Navio, estado
do Amapá;
e extração de minerais fósseis, como o petróleo e o gás natural
do campo de Urucu, no Estado do Amazonas, no município de
Coari, o que o tornam o terceiro maior produtor de petróleo do
Brasil.
Agricultura
Em relação à agricultura, têm crescido muito as plantações de
soja.
Além da soja, outras culturas muito comuns na região são o
arroz, o guaraná, a mandioca, cacau, cupuaçu, coco e o
maracujá.
Especiaria apreciada desde tempos remotos, a pimenta-do-reino
foi introduzida com sucesso pelos imigrantes japoneses na
Região Norte.
A agricultura comercial concentra-se nos seguintes pólos:
• a área de várzeas no médio e baixo Amazonas, onde o
cultivo da juta possui grande destaque;
• a Região Bragantina, próxima a Belém, onde se pratica
a policultura, que abastece a grande capital nortista, e a
fruticultura.
• A pimenta-do-reino, cujo cultivo se iniciou com a
chegada dos imigrantes japoneses, é outro importante
produto da região.
• Uma das características dessa área são os solos
lateríticos, presentes nas zonas intertropicais em geral,
onde a intensa umidade provoca a concentração de
minério de ferro na superfície.
• O resultado é uma camada de coloração avermelhada,
endurecida e ácida, imprópria para a agricultura.
• Por esse motivo, os imigrantes japoneses implantaram
um sistema de cultivo, denominado cultura de vaso, que
consiste em abrir covas, de onde retiram o solo
laterítico, substituindo-o por solos de melhor qualidade,
aplicando-lhes corretivos agrícolas até obterem o
aproveitamento desejado;
• Rondônia, que a partir da década de 1970 atraiu
agricultores do sul do país.
• É um pólo marcado por conflitos fundiários e por
contrastes. Enquanto 17% de sua área é constituída por
solos férteis, que propiciam importantes culturas
comerciais de cacau e café, os 83% restantes são
cobertos por terras de má qualidade, que não garantem
o sustento dos agricultores que nelas se estabelecem.
• Resta a esses indivíduos procurar outras áreas ou
atividades, como o garimpo do ouro;
• Cerrado, em Tocantins, onde a correção do solo ácido
com calcário e fertilizantes garante uma expressiva
monocultura de soja.
Acredita-se que o estado do Acre, onde há vastas áreas de solos
férteis, se torne a próxima fronteira agrícola da região. Cientistas
e ecologistas temem que tal fato se concentrize, pois a
devastação da floresta, como já ocorreu em Rondônia, seria
inevitável.
Uma medida apontada como eficaz para acabar com a imigração
de agricultores na Região Norte seria melhorar as condições de
vida dos bóias-frias no sul do país, pois eles constituem a maioria
dos migrantes para essas áreas.
Pecuária
O rebanho bubalino tem grande importância para a produção de
carne na ilha de Marajó.
A paisagem predominante na Região Norte — a grande Floresta
Amazônica — não é propícia à criação de gado.
Apesar disso, a implantação de projetos agropecuários vem
estimulando essa atividade ao longo das rodovias Belém-Brasília
e Brasília-Acre, principalmente devido à facilidade de contato
com os mercados do Sudeste e Centro-Oeste.
A pecuária praticada é do tipo extensivo e voltada quase que
exlusivamentepara a criação de bovinos.
Grandes transnacionais aplicam vultuosos capitais em imensas
propriedades ocupadas por essa atividade.
Há um dado negativo, entretanto, pois, de todas as atividades
econômicas, a mais prejudicial à floresta é a pecuária, porque
requer a devastação de grandes trechos da mata.
A substituição da floresta por pastagens aumenta a temperatura
local e diminui a pluviosidade, levando, em última instância, à
desertificação das áreas de criação.
Além disso, o gado introduzido — da raça nelore — apresenta
baixa produção de carne, fator que torna uma criação onerosa.
Assim, a pecuária é desenvolvida com sucesso apenas nos
Campos da Hiléia, principalmente em Roraima e na ilha de
Marajó, onde se encontra o maior rebanho de búfalos do país.
Indústria
Sua indústria se concentra principalmente na cidade de Manaus,
que detém o 4º maior PIB entre os municípios brasileiros, em
conseqüência, principalmente, do crescimento do Pólo Industrial
de Manaus e da movimentação de gás natural e petróleo.
O faturamento anual dessa indústria é de 18,9 bilhões de dólares,
com exportações superiores a 2,2 bilhões de dólares.
São mais de 450 fábricas de grande, médio e pequeno porte, que
fazem a maior quantidade da produção brasileira de televisores e
monitores para PC, inclusive de LCD e plasma, cinescópios,
telefones celulares, aparelhos de som, DVD players, relógios de
pulso, aparelhos de ar condicionado, bicicletas e motocicletas,
oferecendo mais de 100 mil empregos diretos somente em
Manaus. Ao todo são aproximadamente 500 mil empregos diretos
e indiretos. (fonte: SUFRAMA).
Zona Franca de Manaus
Quando a Zona Franca foi criada, em 1967, por um decreto do
então presidente Castelo Branco, o objetivo era atrair para a
Amazônia indústrias que baixassem o custo de vida e
trouxessem o progresso para a região.
Pensava-se em implantar uma espécie de "porto livre", em que as
importações fossem permitidas.
Nas vitrinas da Zona Franca de Manaus, os numerosos turistas
do sul do país encontravam o que havia de mais moderno nas
nações industrializadas em matéria de televisores, aparelhos de
som, óculos, calculadoras, filmadoras, enfim, todos os objetos de
consumo ambicionados pela classe média.
Manaus parecia ter encontrado um substituto para a borracha
que, no século XIX, a tornara uma das cinco cidades mais ricas
do mundo.
Entretanto, durante a década de 1980, a livre importação foi
restringida pelo governo, mais interessado em proteger a
indústria nacional.
Assim, grande parte dos atrativos da Zona Franca
desapareceram, fato que se somava à grande distância de
Manaus dos grandes centros consumidores do centro-sul do
país.
Porém o saldo é positivo. Se, por um lado, houve um decréscimo
na atividade comercial e a infra-estrutura turística montada na
época da opulência (hotéis e transportes) teve que procurar
alternativas de utilização, por outro, a Zona Franca cumpriu o seu
papel — existe hoje o Pólo Industrial de Manaus (PIM) e um Pólo
Agropecuário que se revelam promissores para a economia local.
Energia
A maior parte dos rios da Região Norte são de planície, embora
haja muitos outros que oferecem grande possibilidade de
aproveitamento hidrelétrico.
Atualmente, além da gigantesca Tucuruí, das usinas do rio
Araguari (Amapá), de Santarém (Pará) e de Balbina, construída
para suprir Manaus, o Norte conta com hidrelétricas em operação
nos rios Xingu (São Félix), Curuá-Una e Araguari (Coaracy
Nunes), existindo ainda várias usinas hidrelétricas e térmicas em
projeto e construção.
Contudo, a construção dessas usinas é alvo de severas críticas
por parte de ecologistas do mundo inteiro.
Sua implantação requer a devastação de enorme quantidade de
árvores, provocando a extinção de grande variedade de
mamíferos, aves, peixes e insetos, muitos dos quais
desconhecidos pelos cientistas, além de interferir na vida de
grupos indígenas, com a usina de Kararaó, por exemplo.
A Usina Hidrelétrica de Balbina, no Amazonas, em particular,
recebeu muitas críticas.
Apesar de haver inundado uma área enorme para
funcionamento, produz pouca energia, pois os rios que formam o
seu lago têm fraca vazão e correm em terreno de pequena
declividade.
Além disso, a produção de gás natural de Urucu (Município de
Coari) poderia substituir Balbina no suprimento de energia para a
região de Manaus , após a conclusão do gasoduto que será
construído até aí.
De qualquer modo, a energia abundante constitui o primeiro
passo para a industrialização e oferece boas perspectivas à
região.
Transportes
A malha rodoviária na região não é muito extensa.
Boa parte das rodovias existentes na região foram construídas
nos anos 60 e 70, com o intuito de integrar essa região às outras
regiões do país.
Como exemplo, tem-se a rodovia transamazônica e a rodovia
Belém-Brasília.
Em relação à malha ferroviária, duas ferrovias possuem
destaque: A estrada de ferro Carajás, que vai de Marabá, estado
do Pará, a São Luís, capital do estado do Maranhão (região
Nordeste), que escoa os minerais extraídos na serra dos Carajás
até os portos de Itaqui e Ponta da Madeira;
e a Estrada de Ferro do Amapá, que transporta o manganês e o
níquel, extraídos na serra do Navio até o porto de Santana, em
Macapá, capital do estado do Amapá.
Uma outra estrada de ferro importante para a região foi a ferrovia
madeira-Mamoré, localizada no estado de Rondônia e que foi
construída no início do século XX, com o intuito de escoar a
borracha produzida nessa região e na Bolívia para o oceano
Atlântico, através dos rios Madeira e Amazonas, até os portos de
Manaus e Belém.
Atualmente essa rodovia encontra-se desativada.
Na Amazônia Central os meios de transporte mais utilizados são
barcos e aviões, e existem aeroportos em quase todos os
municípios da região.
O transporte por estradas só existe de verdade no sul e leste do
Pará, no sul do Amazonas, entre os municípios mais próximos de
Manaus e nos estados do Acre e Rondônia.
Manaus é um dos maiores centros de movimentação de cargas
no país e é servida pelo transporte rodoviário interestadual com
carretas embarcadas em balsas e transportadas até os portos de
Belém/PA e Porto Velho/RO.
Existe uma estrada federal que liga Manaus a Boa Vista/RR e a
partir daí liga a região ao Caribe, através da Venezuela.
O Rio Amazonas permite a navegação de navios de grande
porte, de qualquer calado, e Manaus também é servida por esse
modal.
Turismo
Por ser uma região pouco habitada e de ocupação mais tardia, o
ecossistema regional encontra-se preservado, o que propicia as
atividades de ecoturismo.
As cidades que recebem o maior número de turistas são:
Manaus, Belém, Parintins, Macapá, Coari, Porto Velho,
Santarém, Maués, Presidente Figueiredo
Produto Interno Bruto
Em 2003, o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Norte
representava 5,29% do nacional. A participação percentual de
cada estado no PIB regional e nacional está apresentada na
tabela a seguir:
Participação dos estados no PIB regional e nacional
(IBGE/2003)
Estados PIB (em R$ 1 000)
% do
PIB
regiona
l
% do
PIB
naciona
l
PIB per
capita
% do
PIB per
capita
regiona
l
Amazona
s
35.899.00
0 38,42% 2,03%
11.434,0
0 26,43%
Pará 34.196.000 36,6% 1,94% 4.992,00 11,54%
Rondônia 9.744.000 10,43% 0,55% 6.238,00 14,42%
Tocantins 4.768.000 5,1% 0,27% 3.776,00 8,73%
Amapá 3.720.000 3,98% 0,21% 6.796,00 15,71%
Acre 3.242.000 3,47% 0,18% 5.143,00 11,89%
Roraima 1.864.000 2% 0,11% 4.881,00 11,28%
Cultura
Com folclore próprio, as grandes atrações são o Festival
Folclórico do Boi-Bumbá de Parintins/AM, o Círio de Nazaré, em
Belém/PA, o Çairé (com Ç mesmo), em Santarém/PA e as
danças típicas, Marujada, Carimbó e Cirandas.
Na região, também estão localizados dois dos principais teatros
do Brasil, o Teatro Amazonas, em Manaus e o Teatro da Paz, em
Belém.
Amapá
História
O nome de capitania da Costado Cabo Norte, a região sofreu
invasões de ingleses e holandeses, expulsos pelos portugueses.
No século XVIII a França reivindicou a posse da área.
O Tratado de Utrecht, de 1713, estabeleceu os limites entre o
Brasil e a Guiana Francesa, que não foram respeitados pelos
franceses.
A descoberta do ouro e a valorização da borracha no mercado
internacional, durante o século XIX, promoveram o povoamento
do AMAPÁ e acirraram as disputas territoriais, mas, em 1 de
dezembro de 1900, a Comissão de Arbitragem de Genebra
concedeu a posse do território ao Brasil, incorporado ao Pará
com o nome de Araguari.
Em 1943 tornou-se território federal batizado como Amapá.
A descoberta de ricas jazidas de manganês na Serra do Navio,
em 1945, revolucionou a economia local.
Em 5 de Outubro de 1988, com a promulgação da Constituição,
foi elevado à categoria de Estado.
Economia
A economia se baseia na extração da castanha-do-pará, da
madeira e na mineração de manganês.
A economia do AMAPÁ é considerada incipiente, com pouca
participação no PIB nacional.
O estado é um dos maiores compradores dos produtos do Pará,
estado ao qual é muito ligado.
Macapá e o AMAPÁ consomem produtos alimentícios e de
outros gêneros principalmente da região do Marajó (Pará).
Amazonas
O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil,
sendo a mais extensa delas, ocupando uma área de 1.570.745
km2, pouco maior que a Mongólia.
Está situado na região Norte do país e tem como limites a
Venezuela e Roraima a norte, o Pará a leste, o Mato Grosso a
sudeste, Rondônia a sul, o Acre a sudoeste), o Peru a oeste e a
Colômbia a nordeste.
Sua capital é a cidade de Manaus e outras localidades
importantes são Cidade Nova, Coari, Manacapuru, Tefé,
Parintins, Itacoatiara, Tabatinga.
Em 2004 foi colocado como a 11ª unidade da federação mais rica
do Brasil, superada por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina, Pernambuco,
Distrito Federal e Goiás.
Sua população constitui cerca de 2,5% do número de habitantes
do país e a região detém as maiores taxas de crescimento do
Brasil nos últimos anos.
O Amazonas é um dos poucos estados brasileiros que não
possui litoral, mas possui a maior bacia hidrográfica e o maior rio
do mundo, a Bacia Amazônica e o rio Amazonas.
A área média dos 62 municípios do estado do Amazonas é de
22.400km², pouco superior área do estado de Sergipe.
O maior deles é Barcelos, com 122.476km² e o menor é
Iranduba, com 2.204 km² e não estão às margens de rios como
alguns afirmam, mas, isto sim, são cortados por grandes rios
amazônicos, em cujas margens estão as localidades, as
propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos.
No Estado os rios são as estradas e as enormes distâncias são
medidas em horas ou em dias de viagem de barco, mas todos os
municípios possuem pistas para operações de aeronaves, a
maioria é servida por aeroportos e Manaus e Tabatinga possuem
aeroportos de nível internacional.
Características
Tem ao mesmo tempo as terras mais altas (pico da Neblina, com
3.014m e o pico 31 de Março, com 2.992m de altitude) e a maior
extensão de terras baixas (menos de 100 metros) do Brasil.
Juruá, Purus, Madeira, Negro, Amazonas, Içá, Solimões, Uaupés
e Japurá são os rios principais.
O Amazonas tem 77% da sua área florestal intacta, pois sua
vocação econômica foi desviada para outras atividades a partir
da criação da Zona Franca de Manaus em 1967.
Os governos têm procurado incentivar o chamado
desenvolvimento sustentável, voltando-se para a preservação do
legado ecológico.
Existe um esforço para manter os projetos agropecuários dentro
dos limites da preservação ambiental, enquanto que a
valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu
para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o
desmatamento em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais – INPE.
Aqui encontram-se os dois maiores arquipélagos fluviais do
mundo, Mariuá, com 700 ilhas, e Anavilhanas, com quatrocentas
ilhas, situados no Rio Negro e a maior Reserva Biológica
inundada do planeta, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável
de Mamirauá.
A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores,
como as capivaras, aves, quelônios, répteis e primatas.
O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de
alimento para as populações rurais.
Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos
por órgãos especiais dos governos.
Das milhares de espécies de peixes da Amazônia, com algumas
ainda desconhecidas ou sob estudo, as mais exploradas são:
tambaqui, jaraqui, curimatã, pacu, tucunaré, pescada, dourado,
surubim, sardinha e pirarucu (bacalhau da Amazônia).
De um modo geral, os solos amazonenses são relativamente
pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-
se em Humaitá, Apuí, Lábrea e em outros municípios do Sul do
Estado.
Economia
A economia baseia-se na indústria, no extrativismo, inclusive de
petróleo e gás natural, mineração e pesca.
Com relação ao extrativismo, grande impulso na vida econômica
e na colonização da região amazônica foi dado com a exploração
do látex, durante o ciclo da borracha.
Na atualidade, através do calendário de feiras nacionais e
internacionais da Amazônia, sob a sigla - FIAM - na Suframa,
atrai diferentes investidores, brasileiros e de outras
nacionalidades, a investir nos diferentes pólos tecnológicos,
existentes na região e, principalmente, no Pólo Industrial de
Manaus (PIM), em franco desenvolvimento, e os estrangeiros
podem conhecer grandes oportunidades de negócios que o
potencial econômico da Amazônia proporciona e é capaz de
oferecer, como sua infra-estrutura, mão-de-obra qualificada e
várias outras vantagens competitivas.
As feiras promovem o potencial econômico da região, inclusive
produtos industrializados de ponta e regionais, feitos com base
em matérias-primas locais, assim como atrativos turísticos,
visando o desenvolvimento sustentável, estimulando o
intercâmbio comercial, cultural, científico e tecnológico.
Na programação da FIAM na Suframa no Pólo Industrial de
Manaus, com diferentes pólos industriais do estado do
Amazonas, o maior estado em extensão territorial da Federação,
onde estão a exposição de produtos regionais e industriais,
projetos institucionais, seminários e palestras sobre diversos
temas, especialmente os relacionados a inovação tecnológica,
biodiversidade, turismo, formação de capital intelectual e outros,
principalmente ligados ao desenvolvimento sustentável da região.
PIB
Em 2004 o Amazonas possuia o oitavo maior PIB do Brasil, com
35,7 bilhões de reais, representando 3,0% do PIB.
Portanto o crescimento do PIB do Amazonas vem apresentando
sinais de crescimento nos últimos dois anos.
Clima
No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é
dominado pelo clima equatorial, predominante na Amazônia.
As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa
regularidade pelo ano inteiro mas podem-se encontrar também
características de tropicalidade no Sul do estado.
Os ventos também afetam as temperaturas.
Encontro das águas
Diferentes densidades e temperaturas criam uma "fronteira" por
quilômetros rio Amazonas abaixo.
A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões,
de água barrenta, resultam em um fenômeno popularmente
conhecido como Encontro das Águas, que é uma das principais
atrações turísticas da cidade de Manaus.
Há dezenas de agências de turismo que oferecem passeios
regionais, em roteiros que costumam incluir uma volta pelos
igarapés da região.
Se o passeio for feito em um barco pequeno, o visitante pode pôr
a mão na água, durante as travessias, e sentir que, além de
cores, os rios têm temperaturas diferentes.
Em Manaus, em frente ao Encontro das Águas, está em
construção uma estrutura turística projetada por Oscar Niemeyer,
que contém mirantes destinadosà contemplação desse
magnífico fenômeno natural.
Vegetação
Sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós.
Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta
tropical úmida do mundo: A Hiléia Amazônica.
Os solos são de terra firme – do tipo lateríticos: solos vermelhos
das zonas úmidas e quentes, cujos elementos químicos
principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação
de bauxita e, portanto, pobres para agricultura.
Solos de várzea – são os mais férteis da região. São solos
jovens, que periodicamente são enriquecidos de material
orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios.
A flora do Estado apresenta uma grande variedade de vegetais
medicinais, dos quais destacam-se andiroba, copaíba e aroeira.
São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e
comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-
pará, camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá.
Demografia
Com mais de 3.332.330 habitantes, de acordo com projeções
para 2006, o Amazonas é o segundo estado mais populoso da
região Norte do Brasil, porém, sua capital, Manaus, é a quarta
cidade com maior PIB do Brasil, porém cresce
desordenadamente e sem infra-estrutura, com muitas áreas
ocupadas de forma errada, as chamadas invasões, é a maior
cidade da Região Norte com cerca de 1,7 milhões de habitantes,
seguida por Belém com 1,4 milhões de habitantes, e uma das
que mais recebe migrantes do Brasil, possuindo um Aeroporto
antigo, nos moldes da década de 80, e não muito movimentado,
mas segundo em movimentação de carga do Brasil, atrás de
Campinas, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, pelo fato
de possuir o Polo Industrial de Manaus.
Colonizadores
Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e
religiosos jesuítas espanhóis fundaram várias missões no
território amazonense.
Essas missões, cuja economia tinha como atividade a
dependência do extrativismo e da silvicultura, foram os locais de
origem dos primeiros mestiços da região.
Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros indígenas
inconformados com a invasão ao seu território e de
conquistadores brancos.
Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais
para vendê-los como escravos.
A destruição das missões espalhou pelo território a desmatação.
A partir do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por
portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio
Amazonas.
Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que
motivou a formação de grandes latifúndios.
A partir do século XIX, o território começou a receber migrantes
nordestinos que buscavam melhores condições de vida na maior
província brasileira.
Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram em
importantes cidades amazonenses, como Manaus, Tabatinga,
Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Amazonas.
Imigrantes
Portugueses
Os portugueses e seus descendentes, formam os principais
colonizadores do Amazonas, por serem o único que não sofre
restrições numéricas de entrada no Brasil.
Aos portugueses, devemos a nossa língua, a religião, a base de
nossa organização política, a cultura e a base de nossas
instituições jurídicas. Estão presentes em todo o Amazonas.
Espanhóis
No estado do Amazonas, além de se concentrarem na região de
Manaus e de Presidente Figueiredo, descendentes de espanhóis
são encontrados na fronteira com a Colômbia e a Venezuela,
principalmente na região de Tabatinga.
Árabes e judeus
Um dos maiores grupos de brancos asiáticos encontrados no
Brasil pertence aos povos semitas da Ásia Menor.
São os judeus, os árabes, os sírios e os libaneses que,
espalhados pelas grandes cidades, dedicam-se tradicionalmente
ao comércio.
Cerca de 280 mil pessoas possuem origens árabes ou judaicas
no Estado.
Lembrando que a população com ascendência de judeus em sua
grande maioria não professa a religião judaica e provém de
países como Espanha, Portugal, Marrocos, Argélia e França,
principalmente.
A grande maioria dos povos árabes no Amazonas são
descendentes de marroquinos, libaneses, sírios e jordanianos.
Japoneses
Os japoneses começaram a se instalar no Brasil a partir de 1908,
acentuando o fluxo a partir de 1920 e depois da Segunda Guerra
Mundial.
A maioria dos imigrantes japoneses vivem em São Paulo e
Paraná, mas uma significativa comunidade vive no Amazonas e
no Pará.
No Amazonas compõem grupos de cerca de 160 mil pessoas,
incluindo mestiços de japoneses com outras etnias.
Chineses
Os chineses, em menor número, concentraram-se mais nas
cidades e têm vindo principalmente de Taiwan.
Atualmente é difícil encontrar chineses "puros" no Amazonas.
A maioria deles já miscigenou-se com brancos, negros e
indígenas e tornaram-se mestiços brasileiros.
Indígenas
Segundo dados apresentados pela Funai o Amazonas possui
cerca de 83.066 indígenas, divididos em 65 etnias, que
correspondem a apenas 1,6% da população total do estado.
O município amazonense que possui o maior número de
indígenas é São Gabriel da Cachoeira, onde existem 23 mil
índios, e é onde encontramos o segundo idioma mais falado no
Brasil, o idioma dos Tucanos.
Africanos
O único grupo negro existente no Amazonas é o Orgulho Negro.
Mestiços e caboclos
No estado do Amazonas, os mestiços são numerosos, sendo que
61% da população é constituída por eles.
O mais característico é o caboclo.
Inicialmente nascido da mestiçagem entre indígenas e europeus,
a partir do séc. XIX, também miscigenou-se com nordestinos.
Os imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que
chegaram ao estado no final do século XX, têm sido também
mestiçados com a população cabocla.
O Dia do Mestiço é data oficial do estado.
Migrantes nordestinos
Os nordestinos têm sido desde o século XIX o mais numeroso
grupo de imigrantes nacionais para o Amazonas.
Foram decisivos na economia (borracha, juta, comércio) e na
constituição da identidade amazonense, mestiçando-se com a
população local, além de fundamentais na participação do
Amazonas na conquista do Acre.
O boi bumbá e o Teatro Amazonas (mandado construir pelo
governador Eduardo Ribeiro, cafuzo natural do Maranhão) são
apenas duas marcas da atuação nordestina no estado.
Aculturando-se com o modo de vida caboclo, o imigrante
nordestino preservou a floresta e deu origem ao "caboclo do
centrão", população cabocla distinta espacialmente dos caboclos
ribeirinhos, mas igualmente cabocla.
Migrantes do Sul do Brasil
Os sulistas estabeleceram-se principalmente em Manaus e na
região Sul do estado.
Os gaúchos no Amazonas correspondem a 9,4% da população, a
maioria deles vive no Sul do Amazonas e na capital, onde
começaram a criação de gado, e até fundaram uma cidade
chamada Apuí, onde 94% da população da cidade é composta de
gaúchos e paranaenses.
A ocupação do Amazonas por sulistas foi tão grande, que hoje
existem vilas, distritos e cidades espalhadas pelo estado com
grande número de sulistas.
Devemos ver que a ocupação sulista foi tão importante no
Amazonas , Mato Grosso e Rondônia, que poderá ser criado o
"Dia do Sulista no Amazonas", em homenagem aos grandes
migrantes vindos do Sul que em menos de um século já
representam cerca de 29% da população do Amazonas.
Rondônia
Rondônia é uma das 27 unidades federativas do Brasil.
Está localizado na região Norte e tem como limites o Amazonas
(N), Mato Grosso (L), Bolívia (S e O), e Acre (O).
Ocupa uma área de 238 512,8 km², praticamente igual à da
Romênia. Sua capital é cidade de Porto Velho.
Suas cidades mais populosas são Porto Velho, Ji-Paraná,
Ariquemes, Cacoal e Vilhena.
Seu relevo é suavemente ondulado; 94% do território encontra-se
entre as altitudes de 100 e 600 metros.
Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré são os rios principais.
O clima é equatorial e a economia se baseia na agricultura (café,
cacau, arroz, mandioca, milho) e no extrativismo da madeira, de
minériose da borracha, esta última responsável por trazer grande
riqueza e pujança durante o chamado ciclo da borracha.
História
Somente algumas missões religiosas se haviam aventurado pela
região até o século XVII.
Com a descoberta do ouro no vale do rio Cuiabá, no século XVIII,
os bandeirantes começaram a explorar o vale do rio Guaporé.
Um fator importante para a colonização foi o auge do ciclo da
borracha, no final do século XIX, quando muitos nordestinos
migraram para a área.
O início da construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, em 1907,
constituiu outro impulso para o povoamento.
Em 1943, foi criado o Território Federal de Guaporé, em terras
desmembradas do Amazonas e de Mato Grosso. O território
recebeu o nome de Rondônia em 1956, em homenagem a
Cândido Rondon, o desbravador da região.
A descoberta de cassiterita estimulou a economia local e, em
1981, RONDÔNIA tornou-se Estado.
Já naquela época, milhares de famílias que viviam na região
aguardavam a distribuição de terras pelo Incra, situação que
ainda não encontrou uma solução definitiva.
MAIS DETALHES SOBRE OS ESTADOS DAS REGIÕES
CENTRO-OESTE E NORTE
Acre
A região do Acre foi durante muito tempo disputada pelo Brasil,
Bolívia e Peru,
até 1903. Mas nessa mesma data o Brasil comprou a região do
Acre dos bolivianos por 2 milhões de libras esterlinas, acabando
assim com a disputa.
O Acre só passou a ser considerado um estado brasileiro em
1962, quando atingiu o desenvolvimento necessário.
A economia do Acre é baseada a muitos séculos no extrativismo
(coletas feitas do que a natureza oferece, sem a preocupação de
cultivar tais recursos.
No século XX, o acre atraiu pessoas de várias regiões do Brasil.
O Estado tem grandes preocupações com a exploração da
Amazônia,
em 2002 tais preocupações foram reconhecidas, o Acre recebeu
a certificação florestal mais importante do mundo o “selo verde”,
por fazer retiradas de madeira causando o mínimo de agressões
possíveis à natureza, na região do Xapiru.
È o maior produtor brasileiro de borracha, e sua atividade
econômica principal é o setor de serviços. O principal meio de
circulação (transporte) é pelos rios.
-
Os rios mais importantes:
* Taraucá
* Muru
* Embira
* Xapuri
-
Sua localização: é na região norte
Capital: é Rio Branco
- Tem 22 municípios
- Clima: é equatorial
- Expectativa de vida: 70,5 anos / 2003
- IDH: 0,697 PNUD / 2000
-Gentílico: acriano ou acreano
Características
Um planalto com altitude média de 200 metros domina grande
parte do Acre
A maior parte do Estado ainda é formada por mata intocável,
protegida principalmente pelo estabelecimento de florestas de
proteção integral, reservas indígenas e reservas extrativistas.
O modelo de desenvolvimento econômico baseia-se,
primordialmente, no extrativismo, com destaque para extração de
madeira por meio de manejo florestal, o que, teoricamente,
garante o uso econômico sustentável da floresta.
Rodovias
BR-364 - Juntamente com a BR-317 é a principal rodovia do
Acre.
BR-317 - Tem extensão de 330 Km, liga a capital ao sul do
estado, passando pelos municípios de Senador Guiomard,
Capixaba, Brasiléia na fronteira com a República da Bolívia, a
partir de Brasiléia a estrada continua por mais 110km até chegar
na cidade de Assis Brasil, já na fronteira com o Peru. A rodovia
se tornará um importante eixo de exportação do Brasil, pois
quando a estrada no lado peruano estiver concluída
(aproximadamente três anos), o Brasil estará totalmente ligado a
Cuzco e aos dois principais portos do país vizinho.
AC-040 - Possui extensão de 100 Km, liga Rio Branco até a
cidade de Plácido de Castro também fazendo fronteira com a
Bolívia.
AC-401 - Também chamada de estrada do agricultor, com
extensão de 50 Km, liga a cidade de Plácido de Castro à cidade
de Acrelândia, já próxima da BR-364.
AC-010 - Tem extensão de 55 Km, Ligando Rio Branco até a
cidade história de Porto Acre, já na divisa com o Amazonas.
Economia
A economia do estado se baseia na extração da borracha e da
castanha, na pecuária e na agricultura
Com relação ao extrativismo, grande impulso na vida econômica
e na colonização deste estado foi dado com a exploração do
látex, através do ciclo da borracha.
Histórico
Até o início do século XX o ACRE pertencia à Bolívia. Porém,
desde o princípio do século XIX, grande parte de sua população
era de brasileiros que exploravam seringais e que, na prática,
acabaram criando um território independente.
Em 1899, os bolivianos tentaram assegurar o controle da área,
mas os brasileiros se revoltaram e houve confrontos fronteiriços,
gerando o episódio que ficou conhecido como a Questão do
Acre.
Em 17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de
Petrópolis, o Brasil recebeu a posse definitiva da região. O ACRE
foi então integrado ao Brasil como território, dividido em três
departamentos.
O território passou para o domínio brasileiro em troca do
pagamento de dois milhões de libras esterlinas, de terras de Mato
Grosso e do acordo de construção da estrada de ferro Madeira-
Mamoré.
Em 1920 foi unificado e, em 15 de junho de 1962, elevado à
categoria de estado, sendo o primeiro a ser governado por uma
brasileira, a professora Iolanda Fleming.
Durante a segunda guerra mundial, os seringais da Indochina
foram tomados pelos japoneses, e o ACRE dessa forma
representou um grande marco na história Ocidental e Mundial,
mudando o curso da guerra a favor dos Aliados e graças aos
soldados da borracha oriundos principalmente do sertão do
Ceará.
E foi sem dúvida graças ao ACRE e vossa contribuição decisiva
na vitória dos Aliados, que o Brasil conseguiu recursos
estadunidensses para construir a Companhia Siderúrgica
Nacional, e assim alavancar a industrialização até então
estagnada do Centro-sul, que não possuia ainda indústrias
pesadas de base.
Chico Mendes
Chico Mendes , nome completo Francisco Alves Mendes Filho
(Xapuri, Acre, 15 de dezembro de 1944 — Xapuri, Acre, 22 de
dezembro de 1988) foi um seringueiro, sindicalista e ativista
ambiental brasileiro. Ele lutou contra a extração madeireira e a
expansão dos pastos na Amazônia e acabou sendo assassinado
por isso.
Biografia
Fundou um sindicato de seringueiros numa tentativa de preservar
suas profissões e a floresta amazônica e teve um papel
importante na fundação do Conselho Nacional dos Seringueiros e
na formulação da proposta das Reservas Extrativistas para os
seringueiros.
Ele organizava muitos dos acima descritos embates e conseguiu
apoio internacional para a luta dos seringueiros. Em 1987 CHICO
MENDES foi premiado pela Organização das Nações Unidas
(ONU) com o prêmio "Global 500" e neste mesmo ano ganhou a
"Medalha do meio ambiente" da organização "Better World
Society".
Após o assassinato de Chico Mendes, juntaram-se mais de trinta
entidades sindicais, religiosas, políticas, de direitos humanos e
ambientalistas para formar o "Comitê Chico Mendes". Para
pressionar os órgãos oficiais, eles exigiram providências através
de articulação nacional e internacional, para que o crime fosse
apurado e seus culpados punidos.
Em 1990 os fazendeiros Darly e Darcy Alves da Silva foram
considerados culpados do assassinato e condenados a 19 anos
de reclusão. Em 1993 eles escaparam da prisão e foram
novamente capturados em 1996. O caso CHICO MENDES
despertou pela primeira vez a atenção internacional para os
problemas dos seringueiros.
AMAZONAS
È o maior estado brasileiro, possui 1,5 milhão de quilômetros
quadrados.
Um quarto do total de índios do Brasil vive no Amazonas, e sua
cultura tem fortes influencias indígenas e nordestinas.
O principal setor da economia é a indústria, e é o único
dentre todos os estados brasileiros a ter a indústr ia como o
foco da economia.
Para estimular o desenvolvimento da indústria por meio de
incentivos fiscais, foi criada em 1967 a Zona Franca Manaus.
Com isso entre os anos de 1965 e 1975, arenda anual do estado
cresceu 147%.
A maior parte do transporte de pessoas e cargas é feita pelos rios
Madeira, Negro e Amazonas.
Com o Plano de Integração Nacional, no inicio da década de 70,
começaram a ser construídas estradas e vidas para ocupar a
região, tão desejada por outros países.
Mas alguns projetos fracassaram, como a Transamazônica (BR-
230), planejada para cruzar o estado de leste a oeste.
Amapá
Até 1988, o Amapá era território federal, beneficiado com a
Constituição federal, no mesmo ano tornou-se estado.
Tal estado se encontra na região Norte do Brasil, ocupando uma
área de 143.453,7 km, tendo como capital Macapá.
É o mais bem preservado estado brasileiro e mantém intacta
quase a totalidade da floresta Amazônica, que cobre 90% de seu
território.
O estado possui uma população urbana de 89%, ficando atrás
apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
O Amapá apresenta sérios problemas de infra-estrutura nas
áreas de energia, comunicação e transportes.
Não existe ligação rodoviária com o restante do país, tal
isolamento aproximou o estado de parceiros comerciais no
exterior, como a Guiana Francesa, e por decorrência a França.
Distrito Federal
É onde se encontra a capital do Brasil, o Distrito Federal é uma
unidade administrativa.
Sua população é estimada em cerca de 2.333.108 habitantes
(IBGE-2005), a área territorial total é de 5.822,1 Km², o que
representa em termos de densidade populacional mais de 353,53
hab/Km².
O Distrito Federal subdivide-se em 29 Regiões Administrativas
(RAs). Exemplo; Brasília, Gama, Lago Sul e etc.
É o menor território autônomo do Brasil, por limitação
constitucional, não pode ser dividido em municípios.
Não tem capital, mas a Capital Federal da Republica Federativa
do Brasil (Brasília), está localizada em seu território e é a sede do
Governo do Distrito federal e a sede Região Administrativa de
Brasília.
Pará
O estado do Pará é situado no centro da região Norte.
É o segundo maior estado do Brasil, ficando atrás apenas do
Amazonas.
A maioria da população mora nas cidades, sua economia é
baseada na mineração e na agroindústria, tendo como principais
produtos de exportação o alumínio e no minério de ferro.
O estado também lidera a extração de madeira e palmito no país.
Em 1616, o Pará começou a ser colonizado pelos portugueses.
Do Forte do Presépio, na baía de Guajará, em frente à ilha de
Marajó, nasce a cidade de Belém, atual capital do Estado.
A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam)
levou incentivos para que grandes empresas investissem em
agropecuária, extração de minerais e madeira, durante os anos
de 1960 e 1970.
O Pará enfrenta graves problemas sociais, sobre tudo a disputa
da terra e questões ambientais geradas pela devastação florestal.
Roraima
É um estado brasileiro situado na região Norte, ocupação uma
área de 224.298.98/0 km², com 15 municípios e uma população
de 391.317 hab (IBGE-2005).
O estado é o menos populoso dentre os estados brasileiros, sua
capital é Boa Vista.
A economia do estado se baseia na agricultura, na pecuária e no
extrativismo.
Entre 1991 e 2000, teve o maior crescimento de todo o país.
O estado enfrenta graves problemas ambientais, decorrentes da
devastação florestal provocada pela expansão das pastagens, e
graves problemas sociais, sobre tudo em relação ao tratamento
das populações indígenas que habitam seu território.
Mato Grosso
É o terceiro maior estado do país em área, é situado no Centro-
oeste.
A maior parte de seu território é ocupado pela Amazônia Legal.
Mato Grosso ocupa uma área de 906.806 km² dentro do Brasil.
Tem um fuso horário de -4 horas em relação da hora mundial
GMT, o clima predominante no estado é o tropical superúmido de
monção.
Tem uma população de cerca de 2.803.274 hab. (IBGE), Mato
Grosso é o décimo - nono estado mais populoso do Brasil.
O estado possui 141 municípios, tendo Cuiabá como capital.
Sua economia se baseia na indústria extrativista, na agricultura,
na pecuária e criações; na mineração e na indústria.
O PIB do estado é de R$ 22.615.132 mil (IBGE-2005).
Tocantins
O estado é localizado na região Norte, apresenta características
climáticas e físicas tanto da zona central do Brasil quanto da
Amazônia.
Ocupa uma área de 278.420,7 km², com 139 municípios e a
capital é Palmas.
Para protestar contra o abandono da região por parte das
autoridades do Império, parte da elite goiana, com interesse um
governo independente na região do atual estado de Tocantins.
Em 1970 e 1980, o movimento pela independência norte goiano
começou a ganhar força no Congresso Nacional.
No ano 1988, pela nova Constituição federal, foi criado o estado
de Tocantins, com o desmembramento do norte de Goiás. Sua
economia é baseada no comércio, na agricultura, na pecuária e
em criações.
O PIB é de 0,3% do nacional.
Rondônia
Está localizado na região Norte, ocupa uma área de 238.512,8
km², sua capital é Porto Velho.
O clima do estado é equatorial, possuí52 municípios e uma
população de 1534.94 hab. (IBGE-2005).
A economia de Rondônia é baseada na agricultura e no
extrativismo, o território de Rondônia só foi elevado à condição
de estado em 1981.
Goiás
É situado na região Centro-oeste do Brasil, sendo o mais central
dos estados brasileiros e o mais populoso as região.
Ocupa uma área de 341.289,5 Km², possui 43% da população da
região centro-oeste.
Goiás integra o planalto Central, sendo constituído por terras
planas cuja altitude varia entre 200 e 1200 metros.
A capital é Goiânia, a vegetação predominante é o cerrado.
A economia de Goiás é baseada na agroindústria e na
exportação de grãos, é um dos maiores produtores de soja e
milho do país.
Através de incentivos fiscais e formação de clusters
(aglomerações de empresas do mesmo ramo para beneficio
mútuo), o estado vem atraindo investimentos em metarlugia,
mineração e no setor químico e farmacêutico, o que vem
mudando seu perfil econômico.
Já é o segundo maior produtor de medicamentos genéricos do
pais.
A capital de Goiás concentra mais de 1 milhão de habitantes e as
principais indústrias de transformação do estado.
Mato Grosso do Sul
Em 1830, começou de fato o povoamento das terras onde hoje é
o estado de Mato Grosso do Sul.
No ano de 1977, o presidente Ernesto Geisel assinou a Lei
Complementar 31, que criava o Estado de Mato Grosso do Sul,
em área desmembrada do estado de Mato Grosso.
O governo acreditava que com a divisão do estado, ficaria mais
fácil administrar e desenvolver uma região extensa.
A economia do estado é baseada na agricultura, pecuária,
mineração e indústria.
Sua capital é Campo Grande com 749.768 hab, o estado se
localiza na região Centro-oeste do Brasil, tendo 78 municípios.
Distrito Federal (Brasil)
O Distrito Federal é uma das 27 unidades federativas do Brasil,
em que está localizada a capital do país, Brasília.
A capital foi fundada em 21 de Abril de 1960, foi construída em
três anos e dez meses, através de um projeto de mudança da
capital nacional liderado pelo presidente Juscelino Kubitschek do
município do Rio de Janeiro para o centro do país.
Até a criação de Brasília, o Distrito Federal localizava-se na
cidade do Rio de Janeiro.
Cidades
O Distrito Federal é formado pela cidade de Brasília (o
antigamente denominado "Plano Piloto", que era o projeto original
da cidade feito por Lúcio Costa) e pelas regiões administrativas,
tais como Gama, Sobradinho, Guará, Ceilândia e outras, que não
faziam parte do projeto original de Lúcio Costa, porém surgiram
de outros planos urbanísticos na mesma época, para inicialmente
abrigar os trabalhadores encarregados da construção da cidade,
ou posteriormente à sua construção, para abrigar populações que
se dirigiam para a nova capital brasileira.
Até há alguns anos, os núcleos de Taguatinga, Gama, Guará
etc., eram conhecidos impropriamente pela denominaçãode
"cidades-satélites" agora são definidos como bairros.
Brasília é a única cidade brasileira cujo administrador não é
denominado de prefeito e sim de governador, pois a cidade-
estado possui autonomia para instituir e arrecadar tributos
estaduais, como o ICMS (Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços) e o IPVA (Imposto sobre a Propriedade
de Veículos Automotores) e demais leis que, pela Constituição
brasileira de 1988, sejam da competência dos estados.
Além disso, não se subordina administrativamente ao vizinho
estado de Goiás, no qual seu território está encravado.
Geografia
Abriga uma população estimada em cerca de 2.333.108
habitantes (segundo o IBGE 2005), tendo como área territorial
total 5.822,1 km², o que representa em termos de densidade
populacional mais de 353,53 hab./km².
Áreas planas e elevadas, colinas arredondadas e chapadas
intercaladas por escarpas, assim é caracterizado o relevo
dominante do Distrito Federal. Ao norte e ao sul pequenas
diferenças podem ser percebidas na paisagem.
Norte: relevo acidentado, com vales profundos chamados ¨vãos¨.
Sul: são comuns os vales abertos e as encostas pouco íngremes.
Altitudes. 1.100m é a média, tendo como ponto mais elevado a
Chapada da Vendinha, localizada a noroeste com 1.349 metros.
Situada em uma vertente está a cidade de Brasília; quanto mais
próxima do rio Paranoá menor será sua altitude, chegando a
1.152 metros no centro de Brasília.
Divisão administrativa
O Distrito Federal subdivide-se atualmente em 29 Regiões
Administrativas (RAs) válidas.
• RA I Brasília
• RA II Gama
• RA III Taguatinga
• RA IV Brazlândia
• RA V Sobradinho
• RA VI Planaltina
• RA VII Paranoá
• RA VIII Núcleo Bandeirante
• RA IX Ceilândia
• RA X Guará
• RA XI Cruzeiro
• RA XII Samambaia
• RA XIII Santa Maria
• RA XIV São Sebastião
• RA XV Recanto das Emas
• RA XVI Lago Sul
• RA XVII Riacho Fundo
• RA XVIII Lago Norte
• RA XIX Candangolândia
• RA XX Águas Claras
• RA XXI Riacho Fundo II
• RA XXII Sudoeste e Octogonal
• RA XXIII Varjão
• RA XXIV Park Way
• RA XXV SCIA - Setor Complementar de Indústria e
Abastecimento
• RA XXVI Sobradinho II
• RA XXVII Jardim Botânico
• RA XXVIII Itapoã
• RA XXIX SIA - Setor de Indústria e Abastecimento
Peculiaridades
O Distrito Federal é uma unidade atípica da Federação, com as
seguintes particularidades:
• O Distrito Federal não é um Estado federado, mas
também não é um município. Brasília e as RAs,
portanto, não têm prefeitos.
• É o menor território autônomo do Brasil – com apenas
5.783 km² ou 26% da área de Sergipe, o menor estado
brasileiro.
• Por limitação constitucional, não pode ser dividido em
municípios.
• O Distrito Federal não tem capital, mas a cidade de
Brasília, Capital Federal da República Federativa do
Brasil, está localizada em seu território e é a sede do
Governo do Distrito Federal e a sede da Região
Administrativa de Brasília - RA I.
• O Distrito Federal rege-se por Lei Orgânica, típica de
municípios, e não por uma Constituição Estadual.
Acumula as competências legislativas reservadas aos
Estados federados e municípios, não vedadas pela
Constituição.
• O Poder Legislativo do Distrito Federal é exercido pela
Câmara Legislativa, com 24 deputados distritais eleitos.
Nas RAs o Poder Legislativo é exercido pela Câmara de
Vereadores e, nos estados, pela Assembléia Legislativa.
• As polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros Militar e
o Poder Judiciário do Distrito Federal são mantidos pela
União.
• As áreas de Educação, Saúde e Segurança Pública são
mantidos pela União, por meio de fundo constitucional.
GOIÁS
Goiás é uma das 27 unidades federativas do Brasil.
Está situado a leste da Região Centro-Oeste, tem como limites os
estados do Tocantins a norte, Mato Grosso a oeste, Mato Grosso
do Sul sudoeste, Minas Gerais a leste e a sul (limite descontínuo)
e com o Distrito Federal a leste, ocupa uma área de 341.289,5
km². Sua capital é a cidade de Goiânia e seu atual governador é
Alcides Rodrigues.
Com quase 6 milhões de habitantes é o estado mais populoso do
Centro-Oeste, é também o estado mais central do Brasil sendo
considerado o "coração geográfico".
Em 2004 era o 10º estado mais rico do país, logo à frente do
Amazonas e atrás do Distrito Federal. No IDH está na 7ª
colocação, à frente do Mato Grosso do Sul e atrás do Paraná.
Geografia
Relevo
Apresenta um relevo com grande variação, há terrenos cristalinos
sedimentares antigos e áreas de planaltos bastante trabalhadas
pela erosão, que se alternam com chapadas, apresentando
características físicas de contrastes marcantes.
As maiores altitudes localizam-se a leste e ao sul, onde se
encontram a Chapada dos Veadeiros, com elevações acima de
1.200 metros, e a Serra dos Pireneus, que atinge 1.395 metros
de altura, e as mais baixas localizam, especialmente, no oeste do
estado
Clima
O clima é tropical semi-úmido e possui duas estações bem
definidas: a chuvosa, que vai de de outubro a abril, e a seca que
vai de maio a setembro.
A média térmica é de 23º, média que aumenta nas regiões oeste
e norte, e diminui na sudoeste, sul e leste.
As temperaturas mais altas são registradas entre setembro e
outubro onde as máximas podem chegar a até 39ºC, e as mais
baixas são registradas do fim de maio a julho onde as mínimas,
dependendo da região podem chegar até 4ºC.
Vegetação
Com excessão da região conhecida como "Mato Grosso de
Goiás" onde domina uma pequena área de floresta tropical, o
território goiano apresenta a típica vegetação do Cerrado com
arbustos altos e árvores de galhos retorcidos e de folha e casca
grossa e raízes muito profundas, para que durante a estação
seca possam buscar água no lençol freático.
Hidrografia
Goiás é banhado por duas bácias hidrográficas: a Bacia do rio
Paraná e a Bacia Araguaia-Tocantins.
Os principais rios são: Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos,
Corumbá, Claro, Paranã e Maranhão.
Mesorregiões, Microregiões e Municípios
O estado de GOIÁS é divido estatisticamente em 5
mesorregiões, 18 microrregiões e 246 municípios segundo o
IBGE.
Transportes
Rodovias
Goiás possui uma extensa malha viária que está entre as
maiores do país, conta com 3.400 quilômetros de rodovias
federais, 18.610 quilômetros de rodovias estaduais e 64.690
quilômetros de rodovias municipais perfazendo um total de
86.700 quilômetros de rodovias, das quais somente 7.822
quilômetros são pavimentados.
As principais rodovias são a BR-153(Belém-Brasília) que vai de
Itumbiara, na divisa com MG, até Porangatu, na divisa com o TO,
a BR-060 que liga Goiânia a Brasília e a Campo Grande, entre
outras.
Ferrovias
Atualmente o transporte ferroviário é pouco utilizado em Goiás, a
única ferrovia em atividade encontra-se na região sudeste do
estado.
Mas este quadro pode mudar já que o Governo Federal começou
as obras da Ferrovia Norte-Sul.
Hidrovias
Há apenas uma hidrovia no rio Paranaíba e o principal porto dela
é o de São Simão que faz parte da Hidrovia Paraná-Tietê
Economia
A economia se baseia no comércio, na indústria (de mineração,
alimentícia, farmacêutica, de vestuário, mobiliária, metalúrgica,
madeireira), na pecuária (principalmente bovinos e bubalinos) e
na agricultura (soja, arroz, algodão, cana-de-açúcar).
População
De acordo com o IBGE em julho de 2006 GOIÁS tinha 5.635.890
Habitantes, sendo o mais populoso do Centro-Oeste
O acentuado crescimento demográfico no estado começou após
a construção de Goiânia em 1933 e aumentou ainda mais após a
construçao de Brasília.
Atualmente a taxa de crescimento estadual é maior que nacional,
mas menor que outros estados do Centro-Oeste e do Norte.
Demografia
A densidade demográfica do estado era de 16,52hab/km² em
2005.
As regios mais populosa são: Região Metropolitana de Goiânia
com 2 milhões de habitantes e a leste ou Região do
Entorno de Brasíliacom 1,5 Milhões.
Mato Grosso
Mato Grosso é uma das 27 unidades federativas do Brasil.
Está localizado a oeste da região Centro-Oeste e a maior parte
de seu território é ocupado pela Amazônia Legal, sendo o
extremo sul do estado pertencente ao Centro-Sul do Brasil.
Tem como limites: Amazonas, Pará (N); Tocantins, Goiás (L);
Mato Grosso do Sul (S); Rondônia e Bolívia (O).
Ocupa uma área de 906.806,9 km², pouco menor que a
Venezuela. Sua capital é a cidade de Cuiabá.
As cidades mais importantes são Cuiabá, Várzea Grande,
Rondonópolis, Cáceres e Barra do Garças. Veja a lista de
municípios e distritos de Mato Grosso.
Extensas planícies e amplos planaltos dominam a área , a
maior parte (74%) se encontra abaixo dos 600 metros de
altitude. Juruena , Teles Pires , Xingu , Araguaia , Paraguai ,
Piqueri , São Lourenço , das Mortes e Cuiabá são os rios
principais. Veja a lista de rios de Mato Grosso .
História
Pelo Tratado de Tordesilhas (7 de junho de 1494), a área
pertencia à Espanha.
Os jesuítas, a serviço dos espanhóis, criaram os primeiros
núcleos, de onde foram expulsos pelos bandeirantes paulistas
em 1680.
Em 1718, a descoberta do ouro acelerou o povoamento.
Em 1748, para garantir a nova fronteira, Portugal criou a
capitania de MATO GROSSO e lá construiu um eficiente sistema
de defesa.
Durante as bandeiras, uma expedição chegou ao Rio Coxipó em
busca dos índios Coxiponés e logo descobriram ouro nas
margens do rio, alterando assim o objetivo da expedição.
Em 1719 foi fundado o Arraial da Forquilha, as margens do rio
Coxiponés formando o primeiro grupo de população organizado
na região (atual cidade de Cuiabá).
A região de MATO GROSSO era subordinada a Rodrigo César
de Menezes, para intensificar a fiscalização da exploração do
ouro e a renda ida para Portugal, o governador da Capitania
muda-se para o Arraial e logo a eleva a nível de Vila chamando
de Vila Real do Bom Jesus de Cuyabá .
Com os tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777),
Espanha e Portugal estabeleceram as novas fronteiras.
A produção de ouro começou a cair no início do século 19.
Em 1901, ocorreu um movimento separatista temporariamente
controlado.
Em 1917, a situação se agravou, provocando intervenção federal.
Com a chegada dos seringueiros, pecuaristas e exploradores de
erva-mate na primeira metade do século XIX, o Estado retomou o
desenvolvimento.
Em 1977, uma parte do Estado foi desmembrada e transformada
em Mato Grosso do Sul.
Atualmente o Estado de MATO GROSSO tem como governador
Blairo Maggi e como vice-governadora Iraci Araújo Moreira.
Geografia
Mato Grosso ocupa uma área de 906.806 Km2 dentro do Brasil,
localiza-se a oeste do Meridiano de Greenwich e a sul da Linha
do Equador e com fuso horário -4 horas em relação a hora
mundial GMT.
No Brasil, o estado faz parte da região Centro-Oeste fazendo
fronteiras com os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará,
Amazonas, Rondônia,Tocantins e um país, a Bolívia.
A cidade de Cuiabá (Capital) esta localizada a 15º35'55.36" lat e
56º05'47.25"
Relevo
O relevo de MATO GROSSO é composto de três unidades
distintas:
• O Planalto Mato-Grossense, que serve de divisor de
águas entre os rios que correm para o Paraguai e os
rios da bacia do rio Amazonas. É formado por uma série
de planaltos cristalinos e chapadões sedimentares, com
altitudes que variam, em média, de 400 a 800m;
• O planalto arenítico-basáltico, localizado no sul do
estado, simples parcela do Planalto Meridional.
• Uma pequena parte do Pantanal Mato-Grossense,
baixada da porção centro-ocidental. Ao sul do Planalto
Brasileiro, situa-se o divisor de águas entre as bacias
dos rios Paraguai e Amazonas. A maior parte é drenada
pelo rios da bacia do rio Amazonas.
As serras mais importantes são as seguintes:
• Serra dos Parecis
• Serra Formosa
• Serra do Norte
• Serra dos Caiabis;
• Serra dos Apiacás, no norte
• Serra do Roncador, no leste
A nordeste do Planalto Mato-Grossense, localizam-se duas
grandes depressões, separadas pela Serra do Roncador:
• Depressão do Alto Xingu
• Depressão do Médio Araguaia
Essas duas áreas constituem amplas planícies inundáveis
alagadas periodicamente pelas enchentes dos rios.
MATO GROSSO conta ainda com uma porção do Pantanal Mato-
Grossense, extensa planície alagadiça, com altitudes que vão de
100 a 300m.
Clima
O tipo de clima predominante em MATO GROSSO é o tropical
superúmido de monção, típico da Amazônia.
As temperaturas são elevadas, com a média anual ultrapassando
os 26ºC. O índice de chuvas também é alto, atingindo dois mil
milímetros anuais.
Também prevalece o clima tropical, propriamente dito, com
chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias de
23°C no Planalto Central .
A quantidade de chuvas também é alta nesse clima: ultrapassa a
média anual de 1.500mm, já que a estação seca, bastante
marcada no sul do estado, vai gradativamente se reduzindo em
direção ao norte.
Vegetação
A maior parte da superfície estadual é coberta pela floresta
equatorial, com árvores muito altas e copadas, como a andiroba,
o angelim, o pau-roxo e a seringueira.
É um verdadeiro prolongamento da Floresta Amazônica em Mato
Grosso.
Ao sul de Cuiabá, domina o cerrado, vegetação formada por
árvores de até 10m de altura, espalhadas entre numerosos e
variados arbustos.
No Pantanal, há diversos tipos de vegetação, que variam de
acordo com o terreno. Predomina, porém, a cobertura de
gramíneas, excelente pastagem para o gado.
Entre as vertentes dos rios Xingu e Tapajós, no norte do Estado,
a vegetação também não é uniforme, passando da mata seca e
da floresta, mais densa às margens dos rios, ao campo,
verdadeiro tapete herbáceo, praticamente desprovido de
arbustos.
Hidrografia
A rede fluvial de MATO GROSSO pertence a dois sistemas
hidrográficos: a a bacia do rio Amazonas e a do rio Paraguai.
Os principais rios da bacia do rio Amazonas são o Araguaia e seu
afluente o rio das Mortes, o Xingu, o Juruena, o Manuel Teles
Pires e o Roosevelt.
O rio Paraguai nasce ao norte de Cuiabá, na chamada Amazônia
mato-grossense. Seu principal rio afluente em território mato-
grossense é o Cuiabá, no sul do Estado.
Ecologia
São as seguintes unidades de conservação a nível federal
localizadas em Mato Grosso:
• Parque Nacional do Pantanal Matogrossense
• Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
• Estação Ecológica de Taiamã
• Estação Ecológica da Serra das Araras
• Área de Preservação Ambiental Meandros do Araguaia
Demografia
A população de MATO GROSSO é de 2.803.274 habitantes,
segundo o censo demográfico de 2005, com dados recentemente
coletados pelo IBGE.
MATO GROSSO é o décimo-nono Estado mais populoso do
Brasil e concentra 1,47% da população brasileira.
Do total da população do Estado em 2000, 1.217.166 habitantes
são mulheres e 1.287.187 habitantes são homens.
Mato Grosso tem uma população de 2.803.274 hab. segundo
IBGE de 2005, com uma densidade demográfica de 2,6 hab/km2.
Pelas características encontradas no Estado o predomínio é de
pessoas adultas e com um índice de declínio para jovens e
aumento de idosos.
Segundo censo IBGE de 2000 há um predomínio de pessoas que
se designam de cor pardas. Pela média do Estado há um
predomínio de homens devido a emigração dos outros Estados
para Mato Grosso, contudo, na grande Cuiabá há predomínio de
mulheres, semelhante a média brasileira.
MATO GROSSO ocupa o IDH 9º entre os Estados do Brasil.
Economia
Durante o período colonial do Brasil, a capitania de São Paulo
(atualmente Mato Grosso ) todo o comércio era o monopólio da
capitania para a Metrópole, Portugal.
Os principais sistemas produtivos eram a mineração, cana-de-
açúcar, erva-mate, poaia, borracha e pecuária.
A mineração foi o principal motivo do sustento dos habitantes na
região durante as expedições Bandeirantes no século XVIII.
A mão-de-obra era de escravos negros e índiose a fiscalização
muito rígida ordenada pela coroa em Portugal. A pirâmide social
baseava-se somente em mineradores e escravos.
A pecuária e a agricultura foram os principais sistemas
comerciais de MATO GROSSO do Século XX e Século XXI.
Devido o crescimento econômico com as exportações, MATO
GROSSO é um dos principais produtores e exportadores de soja
do Brasil.
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do
Brasil. Está localizado no sul da região Centro-Oeste e tem como
limites Goiás a nordeste, Minas Gerais a leste, Mato Grosso a
norte, Paraná sul, São Paulo a sudeste, Paraguai a leste e sul e a
Bolívia a noroeste.
Ocupa uma superfície de 358.159 km², ligeiramente maior que a
Alemanha.
Sua capital é a cidade de Campo Grande.
Tem como bebida típica o tereré (semelhante ao chimarrão,
porém frio), tomado nos encontros entre amigos e familiares.
O estado constituía a parte meridional do estado do Mato Grosso,
do qual foi desmembrado por lei complementar de 1977.
Uma parte do antigo estado estava localizado dentro da
Amazônia legal, cuja área, que antes ia até o paralelo 16, se
estendeu mais para o sul, a fim de beneficiar com seus incentivos
fiscais a nova unidade da federação.
Origem
• 1830- Começou de fato o povoamento das terras que
hoje constituem a atual Mato Grosso do Sul.
• 1839- O capitão-tenente Augusto Leverge, cônsul geral
do Brasil, foi nomeado com o intuito de estabelecer boas
relações como Paraguai, porém este só aceitou em
1843.
• 1844- O Brasil e o Paraguai iniciaram conversações
sobre a navegação do Rio Paraguai, mas essa tentativa
fracassou, uma vez que o Brasil não definiu os limites.
Agora a Bolívia e o Paraguai reivindicaram as terras por
brasileiros.
• Assim medidas foram tomadas a fim de evitar qualquer
movimentação que viesse a ameaçar o território.
• 1850-Aconteceu a solenidade de fundação do forte no
sopé do morro chamado Pão de Açúcar. Também neste
ano Carlos Antônio Lopez cercou e abriu fogo contra
essa mesma construção, obrigando os soldados do
tenente Francisco se retirarem. Os índios guaicurus que
viviam ali perto e que eram inimigos dos paraguaios,
tentavam socorrer o tenente, porém tudo já havia sido
destruído. Revoltados, subiram o Rio Paraguai e
atacaram o Forte Olimpo.
• 1856- Em seis de abril deste ano, Brasil e Paraguai
puseram termo aos desentendimentos, dilatando assim
a questão por seis anos.
• 1858- Rio Branco (a missão do Rio Branco) foi a
Assunção firmar uma convenção que liberava a
navegação dos rios Paraguai e Paraná para os navios
de guerra do Paraguai e do Brasil, porém a questão dos
limites foi adiada. Estes foram os últimos entendimentos,
pois seis anos depois Carlos Antônio Lopez, Solano, seu
filho,executariam a invasão das terras disputadas.
• 1862-O Uruguai envolveu-se na revolução armada dos
colorados contra ao poder em mãos dos brancos que
apelou para Lopez, fazendo sua diplomacia mostrar ao
presidente paraguaio, que disputava limites com o
Brasil. Assim os diplomatas brancos diziam a Lopez que
o Brasil invadiria o Uruguai para estender as fronteiras
até o Rio Negro e a Argentina para incorporar o restante
do pequeno país oriental ao seu território, seu ideal era
conquistar a América do Sul, como Napoleão tornou-se
um monarca poderoso do velho mundo. A mando do
ditador, um oficial do seu exército chegou a Corumbá
em fins do ano de 1863, um estrategista de alto gabarito
disfarçado de fazendeiro com grande interesse em
conhecer os campos do sul e suas fazendas de gado.
• 1864- O sul de Mato Grosso, na colônia de Dourados é
invadido pelo próprio espião Isidoro Resquim com uma
numerosa guarnição sem obter sucesso sob o comando
de Antônio João. Durante a guerra da Tríplice Aliança,
quando o Brasil se uniu a Argentina e ao Uruguai para
combater o Paraguai, o local foi uma das principais
batalhas.
• 1870- Após a guerra o comércio internacional foi fator
predominante para a ocupação da fronteira oeste
brasileira.
• 1870- Terminava a guerra em 1° de março.
• No dia 23 de novembro de 1891 Marechal Deodoro da
Fonseca renunciou tomando posse Marechal Floriano
Peixoto.
• Em 1924 o Banco do Brasil instalava sua 14ª agência
aberta no Brasil.
• A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, considerada um
sinônimo de desbravamento da região oeste brasileira,
foi responsável pela ruptura de Corumbá com os
principais centros comerciais da Bacia do Prata em
especial Buenos Aires e Montevidéu. Na época de 1930,
na cidade, funcionavam 25 bancos internacionais e a
libra esterlina era moeda corrente.
• Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, a
região sul aderiu ao movimento, sob a condição de que
em caso de vitória obteria a divisão.
• É criado o Território de Ponta Porã em 13 de setembro
de 1943 pelo governo de Getúlio Vargas e extinto em 18
de setembro de 1946 pela Constituição de 1946. Seu
governador durante os três anos de existência foi o
militar Ramiro Noronha.
• 1974- O governo federal com base na lei complementar
nº 20, estabeleceu a legislação básica para a criação
dos estados e territórios reascendendo assim a
campanha pela autonomia.
• Em 11 de outubro de 1977, o presidente Ernesto Geisel
assinou a Lei Complementar 31, que criou o Estado de
Mato Grosso do Sul, em área desmembrada do estado
de Mato Grosso.
• 1979- Em 1º de janeiro tomaram posse os deputados
eleitos, em 15 de novembro de 1978, para a Assembléia
Legislativa e Constituinte do Mato Grosso do Sul,
conforme previstona LC 31; o primeiro governador,
engenheiro gaúcho Harry Amorim da Costa, servidor
público do Departamento Nacional de Obras de
Saneamento (DNOS), autarquia federal hoje extinta, foi
nomeado pelo presidente Geisel, de acordo com a
mesma LC.
• 1982- Primeira eleição direta do estado.
• 1986- A estrada que liga Campo Grande á Corumbá foi
finalmente asfaltada.
Geografia
Relevo
O arcabouço geológico do MATO GROSSO DO SUL é formado
por três unidades geotectônicas distintas: a plataforma
amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia
sedimentar do Paraná.
Sobre essas unidades visualizam-se dois conjuntos estruturais. O
primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em
terrenos pré-cambrianos, e segundo, em terrenos fanerozóicos,
na bacia sedimentar do Paraná. Não ocorrem grandes altitudes
nas duas principais formações montanhosas, as serras da
Bodoquena e de Maracaju, que formam os divisores de águas
das bacias do Paraguai e do Paraná.
As altitudes médias do estado ficam entre 200 e 600m.
O planalto da bacia do Paraná ocupa toda a porção leste do
estado. Constitui a projeção do planalto Meridional, grande
unidade de relevo que domina a região Sul do país. Apresenta
extensas superfícies planas, com 400m a 1.000m de altitude.
A baixada do rio Paraguai domina a região oeste, com rupturas
de declives ou relevos residuais, representados por escarpas e
morrarias.
Estendendo-se por uma vasta área de noroeste do estado, a
baixada do rio Paraguai é parte da grande depressão que separa,
no centro do continente, o planalto brasileiro, a leste, da
cordilheira dos Andes, a oeste.
Sua maior porção é formada por uma planície aluvial sujeita a
inundações periódicas, a planície do Pantanal, cujas altitudes
oscilam entre 100 e 200m.
Em meio à planície do Pantanal ocorrem alguns maciços
isolados, como o de Urucum, com 1.160m de altitude, próximo à
cidade de Corumbá.
Clima
Na maior parte do território do estado predomina o clima do tipo
tropical, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por
médias termométricas que variam entre 26o C na baixada do
Paraguai e 23o C no planalto.
A pluviosidade é de aproximadamente 1.500mm anuais. No
extremo meridional ocorre o clima tropical de altitude, em virtude
de uma latitude um pouco mais elevada e do relevo de planalto.
A média térmica é pouco superior a 20o C, com quedaabaixo de
18o C no mês mais frio do ano.
Observa-se o mesmo regime de chuvas de verão e inverno seco,
e a pluviosidade anual é, também, de 1.500mm.
Vegetação
Os cerrados recobrem a maior parte do estado.
Na planície aluvial do Pantanal surge o chamado complexo do
Pantanal, revestimento vegetal em que se combinam cerrados e
campos, com predominância da vegetação de campos.
Os campos, que constituem cinco por cento da vegetação do
estado, ocupam ainda uma pequena área na região de Campo
Grande.
Hidrografia
O território estadual é drenado pelos sistemas dos rios Paraná
(principais afluentes: Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinheima), a leste,
e Paraguai (principal afluente: Miranda), a oeste.
Pelo Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e
terrenos periféricos. Na baixada produzem-se anualmente
inundações de longa duração.
A linha da divisa com o estado de Mato Grosso segue limites
naturais formados por vários rios.
Economia
A principal área econômica do estado do MATO GROSSO DO
SUL é a do planalto da bacia do Paraná, com seus solos
florestais e de terra roxa.
Nessa região, os meios de transporte são mais eficientes e os
mercados consumidores da região Sudeste estão mais próximos.
Setor primário
A maior produção agropecuária concentra-se na região de
Dourados.
Desenvolve-se uma agricultura diversificada, com culturas de
soja, arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão,
amendoim e cana-de-açúcar.
Nos campos limpos, pratica-se a pecuária de corte, com
numeroso rebanho bovino, e os suínos assumem importância nas
áreas agrícolas. No pantanal, a oeste, estão as melhores
pastagens do estado.
Setor secundário
A maior parte da energia consumida no estado é produzida pela
hidrelétrica de Jupiá, instalada no rio Paraná, no estado de São
Paulo. As indústrias do MATO GROSSO DO SUL são
responsáveis por vinte por cento desse consumo.
O estado conta com importantes jazidas de ferro, manganês,
calcário, mármore e estanho. Uma das maiores jazidas mundiais
de ferro é a do monte Urucum, situado no município de Corumbá.
De modo geral, o solo tem boas propriedades físicas, mas
propriedades químicas fracas, o que exige a correção de cerca
de quarenta por cento da área total com o emprego de calcário.
A principal atividade industrial do MATO GROSSO DO SUL é a
produção de gêneros alimentícios, seguida da transformação de
minerais não-metálicos e da indústria de madeira.
Os beneficiamentos de carne bovina e de arroz têm seu centro
na capital. Até antes do desmembramento, toda a carne
produzida no Mato Grosso era beneficiada no atual Mato Grosso
do Sul. Corumbá é o maior núcleo industrial do Centro-Oeste,
com indústrias de cimento, fiação, curtume, beneficiamento de
cereais e uma siderúrgica que trata o minério de Urucum
Setor terciário
O turismo ecológico também representa uma importante fonte de
receita para o estado. A região do pantanal mato-grossense atrai
visitantes do resto do país e do mundo, interessados em
conhecer a beleza natural na região.
Transporte e acesso
O estado é servido por uma única linha ferroviária, que corta o
Mato Grosso do Sul, da divisa com São Paulo, em Três Lagoas,
até Santa Cruz, na Bolívia.
A mesma linha serve as cidades de Campo Grande, Aquidauana
e Corumbá, com um ramal em direção a Ponta Porã.
O principal eixo rodoviário é o que liga Campo Grande a Porto
Quinze de Novembro, no rio Paraná, e a Ourinhos SP. O sistema
viário contribui em boa medida para o escoamento da produção
agropecuária. A navegação fluvial, que já teve importância
decisiva, vem perdendo a preeminência.
O principal porto é o de Corumbá, ao qual seguem-se os de
Ladário, Porto Esperança e Porto Murtinho, todos no rio
Paraguai.
População
As migrações de contingentes oriundos dos estados do Rio
Grande do Sul, Paraná e São Paulo foram fundamentais para o
povoamento do MATO GROSSO DO SUL e marcaram a
fisionomia da região.
Essa área era a mais povoada do antigo estado do Mato Grosso,
com uma densidade demográfica bastante alta no planalto da
bacia do rio Paraná, onde ocorrem solos de terra roxa com
topografia regular.
Ao ser constituído, no final da década de 1970, o estado contava
com uma densidade média de 3,9 habitantes por quilômetro
quadrado.
Alguns municípios chegavam a ter mais de cinqüenta habitantes
por quilômetro quadrado, em contraste com o norte (atual Mato
Grosso), praticamente vazio. Vivem no estado vários grupos
indígenas. Antes do desmembramento Campo Grande já era
considerada a maior cidade do estado de Mato
Grosso(atualmente Mato Grosso do Sul) e a cidade continua
sendo a maior cidade e mais importante do Mato Grosso do Sul.
A capital é Campo Grande com 765 247 habitantes (julho de
2006). As demais cidades importantes são:
• Dourados com 186 357
• Corumbá com 101 089
• Três Lagoas com 87 113
• Ponta Porã com 68 317
• Aquidauana com 46 469.
Imigração
Ninguém deixa sua terra natal, seus amigos, parentes, seus
antepassados, para se aventurar por terras longínquas,
estranhas em seus costumes, sua língua, suas tradições e
culturas, se não tiver um motivo tão grande quanto a vontade de
sobreviver, de deixar seu sofrimento para trás, ir em busca da
felicidade.
Foram em sua grande maioria, as guerras sangrentas
avassaladoras, que os obrigaram a deixar seus países arrasados,
para buscar o sonho guardado na alma de cada imigrante.
Á pouco tempo, o Brasil havia abolido a escravidão negra, então
as necessidades de mão-de-obra nos campos e nas cidades
eram uma questão de emergência, e o interesse em receber
imigrantes por parte do governo brasileiro veio a solucionar uma
questão que já estava se tornando agravante para o País.
A maioria dos imigrantes da região se dirigiram para Campo
Grande.
Imigração alemã
Em 1924 a Europa, principalmente a Alemanha, vivia as
conseqüências da 1ª Guerra Mundial.
Propaganda de fartura e vida melhor era exibida em filmes sobre
o sucesso das colônias européias no Sul do País, através de uma
Companhia de Colonização Alemã a "Hacker".
Esta Companhia providenciou a vinda de um grupo de Alemães,
Búlgaros, Poloneses, Russos, Austríacos e Romenos, para
estabelecerem na Colônia de Terenos, um núcleo agrícola
próximo de Campo Grande, demarcado para receber os novos
colonizadores.
A Companhia de colonização fracassou e a Prefeitura de Campo
Grande se responsabilizou pela total assistência aos colonos
imigrantes; fornecia alimentos, material agrícola, sementes,
remédios, utensílios domésticos, inclusive o transporte das
bagagens das famílias, vindas pela ferrovia.
O então Prefeito de Campo Grande, Dr. Vespasiano Barbosa
Martins não poupou esforços para que a Colônia progredisse,
mas os Colonos acostumados com o trabalho mecanizado nas
lavouras da Europa, não se adaptaram ao trabalho dura da
enxada, e deixaram esta Colônia voltando alguns para a Europa,
outros indo se estabelecer no Sul do País.
Imigração espanhola
Nas primeiras décadas do século XX, os Espanhóis chegaram à
Campo Grande: Os Cubel, os Vasques, os Gomes, Sobral,
Pettengil, Caminha e outros.
Na década de 20, Francisco Cubel Pastor chega a Campo
Grande com esposa e filhos, e funda a Padaria Hodierna
Espanhola, e os bisnetos dos imigrantes que aqui vieram, hoje
atuam nos mais variados ramos das atividades sociais, políticas e
comerciais da cidade.
Imigração italiana
Bernardo Franco Baís foi o primeiro Italiano que chegou a Campo
Grande e aqui constituiu uma grande família que contribui até
hoje para o desenvolvimento político, econômico e social de
Campo Grande. Depois, influenciado por ele, vários outros
imigrantes aportaram no Sul de Mato Grosso em busca de novas
terras, como é o caso de Francisco Giordano que em 1912 junto
com sua família fixou-se nesta cidade.
Muitos outros italianos deram grande parcela de contribuição
para a cidade, entre eles: Lacava, Antonio Mandetta, Molitemo,Menotti Panutti, Carmelo Interlando, Leteniello, Bacchi Bertoni,
Camilo, Cândia, Dissoli, Espósito, Fragelli, Laburu, Matioli,
Maymone, Mayolino, Metello, Oliva, Muzzi, Pache, Oliva, Simioli,
Tognini, Trivelato, Trombini, Zardo, e vários outros. Todos fizeram
e fazem nossa história.
Imigração japonesa
A crise que abalou o Japão com suas guerras, desempregos e
superpopulação, fez com que criassem a Companhia Imperial de
Imigração, e através dela no dia 18 de Junho de 1908, o navio
chamado Kassato Maru, chegou ao porto de Santos, trazendo
781 imigrantes, sendo que 26 famílias viriam para Mato Grosso,
informados de suas terras férteis, pouco exploradas, e de clima
agradável.
A notícia da necessidade de mão-de-obra para a construção da
Ferrovia no Estado de Mato Grosso, com remuneração muito boa
na época, exaltou os ânimos daqueles imigrantes que se
desiludiram nas fazendas de café de São Paulo e Minas Gerais,
e partiram com destino ao Sul de Mato Grosso.
Em 1909 um grupo de 75 imigrantes, a maioria de Okinawa partiu
de Santos em um cargueiro fretado pela construtora da ferrovia.
Vieram pelo Sul até o estuário do Rio da Prata, percorreram parte
do território Argentino até o Rio Paraguai, seguindo seu curso até
seu destino em Porto Esperança, na base das obras da ferrovia,
já em Mato Grosso. Outros vieram pelo Peru, também informados
pelos serviços da Ferrovia Noroeste do Brasil.
Aqui as dificuldades também eram desanimadoras, mosquitos,
febre amarela, ataque dos índios, com a morte de muitos
imigrantes, obrigando alguns a desistirem do trabalho na
construção da ferrovia. Com o final da construção da Ferrovia
Noroeste do Brasil entre 1914 e 1915, muitos Japoneses se
fixaram em Campo Grande.
As condições para aqui se estabelecerem eram tentadoras, pela
oferta de lotes a preços baixo, com a condição de neles se
construir. Como havia deficiência na produção de
hortifrutigranjeiros na região, e os preços dos alimentos eram
exorbitantes, um grupo de sete famílias, formaram um núcleo de
colonização que se chamou Mata do Segredo, e foram estes
pioneiros que impulsionaram o surgimento de outros núcleos de
Japoneses na região.
A venda de frutas e verduras ainda hoje se concentra nas mãos
dos japoneses no Mercado Municipal e na Feira Central com
quase 80 anos de existência, e transformando-se também, em
ponto turístico da cidade, com suas barracas estilizadas, do sobá,
yakisoba e ao espetinho de carne. Gerações de nisseis
escolheram profissões liberais como, a medicina, odontologia,
engenharia, política, ou comércio, dando continuidade ao
crescimento econômico e cultural de Campo Grande.
Imigração paraguaia
A instabilidade que sempre existiu no Paraguai desde a sua
independência, obrigando o País a passar por várias guerras,
golpes e ditaduras militares, fez com que milhares de Paraguaios
deixassem seu País em busca de tranqüilidade e sustento para
suas famílias.
Devido à grande extensão fronteiriçade MATO GROSSO DO
SUL com este País, e a facilidade em suas fronteiras, ajudou que
muitos imigrassem, e continuaram a imigrar para nosso
Estado.Em Campo Grande a maior colônia de imigrantes é a
Paraguaia, exercendo sua influência em todas as atividades
econômicas, sociais, políticas e culturais.
O primeiro núcleo de paraguaios se deu onde se localiza hoje a
Vila Carvalho, com registro da chegada da família de Eugênio
Escobar em 1905.
A Vila Popular também é formada em sua maioria por Paraguaios
que aqui chegaram em 1959, e ali se estabeleceram próximo ao
frigorífico, na época o FRIMA, que os empregavam por serem
especialista na lida com o gado, principalmente na charqueada,
sendo que outras vilas agrupam grande quantidade de
Paraguaios.
Introduziram-se nas mais variadas atividades do comércio,
colocando em prática seus conhecimentos adquiridos no seu
País, uns trabalhando com o couro nas selarias e sapatarias;
outros como barbeiros, donos de bares, restaurantes e
lanchonetes. Alguns, filhos de imigrantes são hoje, advogados,
médicos, políticos, dando sua contribuição ao desenvolvimento
de Campo Grande.
A influência cultural paraguaia tornou-se a mais marcante no
cotidiano do Campo-grandense, com as rodas de tereré (erva-
mate com água fria), a polca paraguaia aguarônia e o chamamé,
a festa de Nossa Senhora de Caacupê com missas, terços, muita
comida e danças. Na alimentação, a "chipa" e a "sopa paraguaia"
fazem parte do cardápio Campo-grandense. O uso de ervas
medicinais exerce uma influência significante do costume
paraguaio, onde se depara em cada esquina do centro da cidade,
com um vendedor de ervas chamado "raizeiro". Temos também
em Campo Grande, graças a um imigrante Paraguaio, o Hospital
Adventista do Pênfigo, que trata, entre outras, da doença do
"fogo selvagem", que foi fundado pelo Pastor Alfredo Barbosa,
nos anos 50, curou muitos doentes, graças ao emprego de uma
fórmula fornecida por um homem vindo do Paraguai, de nome
Jamar. Hoje o atendimento é feito à pessoas do mundo todo, e é
um orgulho para nossa gente.
Imigração portuguesa
Em 1913 chega a Campo Grande Antonio Secco Thomé com
seus filhos Manoel e Joaquim Maria Secco Thomé. Especialistas
na arte da Marcenaria e Carpintaria, logo conseguiu trabalho, e
em seguida abriram seu próprio negócio.
Com o passar dos anos abriram a Firma Thomé S. Irmãos, a
mais importante do Município, responsáveis por obras
importantíssimas para a cidade e vários Municípios do Estado de
Mato Grosso.
Outros Portugueses aqui se estabeleceram e deram sua
participação no desenvolvimento da cidade: Os Oliveira, Cação,
Figueira, Figueiredo, Pereira, Fonseca, Pedrosa, Duarte,
Gonçalves, Cardoso, Mateus, Marques, e muitos outros.
Imigração sirio-libanesa
A partir de 1912, fugindo das guerras sangrentas que assolavam
o Oriente; Sírios, Libaneses, Turcos e Armênios, chegavam ao
Porto de Santos.
De Santos partiram para Porto de Corumbá, que era o portal de
entrada para o Centro Oeste, e o pólo comercial de Mato Grosso.
Alguns seguiram para Campo Grande, em lombos de burros e
carretas puxados por juntas de bois outros através da estrada de
ferro Noroeste do Brasil, chegaram cheios de esperança e
dispostos ao trabalho, na próspera Vila de Campo Grande. No
início, mascateavam pelo interior do Estado levando suas
mercadorias, ao mais distante vilarejo ou fazendas. O mascate
virou comerciante, e na rua 14 de Julho, Av. Calógeras e rua 26
de Agosto começaram a montar suas lojas, fartas de mercadorias
das mais variadas categorias.Amim Scafe foi o primeiro
comerciante Árabe que chegou a Campo Grande em 1894. A
partir daí, outros foram chegando e instalando suas lojas
comerciais, sendo eles: Salomão e Felipe Saad, Moisés Maluf e
Marão Abalem, Moisés Sadalla, Salim Maluf, Felix Abdalla,
Eduardo Contar, João Siufi, Chaia Jacob, Aikel Mansour, Abrão
Julio Rahe, Elias Baixa, entre outros.
Continuaram contribuindo para o crescimento de Campo Grande
de geração em geração, atuando nas mais variadas atividades
comerciais, liberais e políticos da capital de Mato Grosso do Sul.
Pará
O Pará é uma das 27 unidades federativas do Brasil.
É o segundo maior estado do país com uma extensão de
1.253.164,5 km² (pouco maior que Angola) e está situado no
centro da região norte e tem como limites o Suriname e o Amapá
a norte, o oceano Atlântico a nordeste, o Maranhão a leste,
Tocantins a sudeste, Mato Grosso a sul, o Amazonas a oeste e
Roraima e a Guiana a noroeste.
A capital é Belém e outras cidades importantes são Santarém,
Ananindeua, Marabá, Altamira, Castanhal e Abaetetuba.
O relevo é baixo e plano; 58% do território se encontra abaixo
dos 200 metros. As altitudes superiores a 500 metros estão nas
serras de Carajás, Caximbo e Acari.
Os rios principais são os rios Amazonas, Tapajós, Tocantins, Jari
e Pará.
História
O Forte do Presépio, fundado em 1616 pelos portugueses, deu
origem a Belém, mas a ocupação do território foi desde cedomarcada por incursões de holandeses e ingleses em busca de
especiarias. Daí a necessidade dos portugueses de fortificar
intensamente a área.
No século XVII, a região, integrada à capitania do Maranhão,
conheceu a prosperidade com a lavoura e a pecuária.
Em 1751, com a expansão para o oeste, cria-se o estado do
Grão-Pará, que abrigará também a capitania de São José do Rio
Negro (hoje o estado do Amazonas).
Em 1821, a Revolução Constitucionalista do Porto (Portugal) foi
apoiada pelos paraenses, mas o levante acabou reprimido. No
entanto, as lutas políticas continuaram.
A mais importante delas, a Cabanagem (1835), chegou a
decretar a independência da província do Pará. Este foi,
juntamente com a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul,
o único levante do período regencial onde o poder foi tomado,
sendo que a Cabanagem foi a única revolta liderada pelas
camadas populares.
A economia cresceu rapidamente no século XIX e início do
século XX com a exploração da borracha, pela extração do látex,
época esta que ficou conhecida como Belle Époque, marcada
pelos traços artísticos da Art Nouveau. Nesse período a
Amazônia experimentou dois ciclos econômicos distintos com a
exploração da mesma borracha.
Estes dois ciclos (principalmente o primeiro) deram não só a
Belém, mas também a Manaus (Amazonas), um momento áureo
no que diz respeito à urbanização e embelezamento destas
cidades. A construção do Teatro da Paz (Belém) e do Teatro
Amazonas (Manaus) são exemplos da riqueza que esse período
marcou na história da Amazônia.
O então intendente Antônio Lemos foi o principal personagem da
transformação urbanística que Belém sofreu, onde chegou a ser
conhecida como Paris N'América (como referência à influência da
urbanização que Paris sofrera na época, que serviu de inspiração
para Antônio Lemos). Nesse período, por exemplo, o centro da
cidade foi intensamente arborizado por mangueiras trazidas da
Índia. Daí o apelido que até hoje estas árvores (já centenárias)
dão à capital paraense.
Com o declínio dos dois cliclos da borracha, veio uma aflitante
estagnação, da qual o Pará só saiu na década de 1960, com o
desenvolvimento de atividades agrícolas no sul do Estado.
A partir da década de 1960, mas principalmente na década de
1970, o crescimento foi acelerando com a exploração de minérios
(principalmente na região sudeste do estado), como o ferro na
serra de Carajás e do ouro em Serra Pelada.
Economia
A economia se baseia no extrativismo mineral (ferro, bauxita,
manganês, calcário, ouro, estanho) e vegetal (madeira), na
agricultura, na pecuária e nas criações, e na indústria.
A mineração é atividade mais preponderante na região sudeste
do estado, tendo como Marabá, a principal cidade que gira em
torno dessa atividade.
A atividade agrícola é mais intensa na região nordeste do estado,
onde destaca-se o município de Castanhal, mas também essa
atividade se faz presente, desde a década de 1960, ao longo da
malfadada Rodovia Transamazônica (BR-230).
A pecuária é mais presente no sudeste do estado.
A indústria do estado concentra-se mais na região metropolitana
de Belém, com os distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua.
Pela própria característica natural da região, destaca-se também
um forte ramo da economia do estado, a indústria madereira e
moveleira, a exemplo do pólo moveleiro instalado no município
de Paragominas.
Nos últimos anos, com a expansão da demanda pela cultura da
soja por todo o território nacional, e também pela falta de áreas
livres a se expandir na região sul, sudeste e até mesmo no
centro-oeste do país (onde a soja se faz mais presente), a região
sudoeste do Pará tornou-se uma nova área para a proliferação
desta atividade agrícola, ao longo da rodovia Santarém-Cuiabá
(BR-163), impulsionando a própria economia de Santarém.
Rondônia
Rondônia é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está
localizado na região Norte e tem como limites o Amazonas (N),
Mato Grosso (L), Bolívia (S e O), e Acre (O). Ocupa uma área de
238 512,8 km², praticamente igual à da Romênia. Sua capital é
cidade de Porto Velho.
Suas cidades mais populosas são Porto Velho, Ji-Paraná,
Ariquemes, Cacoal e Vilhena. Seu relevo é suavemente
ondulado; 94% do território encontra-se entre as altitudes de 100
e 600 metros. Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré são os rios
principais.
O clima é equatorial e a economia se baseia na agricultura (café,
cacau, arroz, mandioca, milho) e no extrativismo da madeira, de
minérios e da borracha, esta última responsável por trazer grande
riqueza e pujança durante o chamado ciclo da borracha.
História
Somente algumas missões religiosas se haviam aventurado pela
região até o século XVII. Com a descoberta do ouro no vale do
rio Cuiabá, no século XVIII, os bandeirantes começaram a
explorar o vale do rio Guaporé.
Um fator importante para a colonização foi o auge do ciclo da
borracha, no final do século XIX, quando muitos nordestinos
migraram para a área.
O início da construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, em 1907,
constituiu outro impulso para o povoamento.
Em 1943, foi criado o Território Federal de Guaporé, em terras
desmembradas do Amazonas e de Mato Grosso. O território
recebeu o nome de Rondônia em 1956, em homenagem a
Cândido Rondon, o desbravador da região.
A descoberta de cassiterita estimulou a economia local e, em
1981, RONDÔNIA tornou-se Estado. Já naquela época, milhares
de famílias que viviam na região aguardavam a distribuição de
terras pelo Incra, situação que ainda não encontrou uma solução
definitiva.
Roraima
Roraima é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está
situado na Região Norte do país, sendo seu estado mais
setentrional, e tem como limites a Venezuela (ao norte e
noroeste), Guiana (leste), Pará (sudeste) e Amazonas (sudeste e
oeste). Ocupa uma área de 224.298,980 km2, pouco menor que a
Romênia.
História
As suas terras foram disputadas por luso-brasileiros, holandeses,
espanhóis e ingleses, mas o povoamento só começou a ser
estabelecido no século XVIII, após o sacrifício de grande número
de indígenas.
A criação da freguesia de Nossa Senhora do Carmo, em 1858,
transformada em município de Boa Vista em 1890, consolidou a
organização local. A disputa pelas terras com a Inglaterra na
fronteira guianense só terminou definitivamente em 1904, com a
arbitragem do soberano italiano Vítor Emanuel II, que tirou do
Brasil trechos do território do Pirara, incorporados à Guiana
Inglesa.
Depois de perder e reconquistar a região para espanhóis,
holandeses e ingleses, os portugueses construíram, no século
XVIII um forte na confluência dos rios Tacutu e Uraricoera,
bloqueando o acesso das armadas estrangeiras e consolidando o
domínio português no Vale do Rio Branco.
A colonização foi incentivada pelo Império com a criação das
Fazendas Nacionais. Décadas depois, os garimpos de ouro e
diamante atrairiam levas migratórias de diversas regiões do País.
Os minérios atraíam levas de garimpeiros de todo o Brasil,
ocasionando muitas mortes por doenças e assassinatos.
Apoiados por políticos locais, os garimpeiros foram substituídos
pelo agribussiness em terras indígenas, gerando diversos
conflitos ao longo do século XX. Atualmente, quase todas as
terras indígenas de RORAIMA estão homologadas.
Em 1943, com o desmembramento de um município do estado
do Amazonas, foi criado o Território Federal de Rio Branco, que
em 1962 passou a denominar-se Roraima.
Em 1988 foi transformado em estado.
Economia
A economia do estado se baseia na agricultura, na pecuária e no
extrativismo (madeira, ouro, diamantes, cassiterita).
O estado de RORAIMA tem o 27º maior PIB do Brasil, sendo o
menor, pois 70% do território de RORAIMA foi demarcado como
território indígena ou ficam localizados em áreas de preservação
ambiental.
Apesar disso teve, entre 1991 e 2000, o maior crescimento de
todo o país.
Rodovias
As principais rodovias federais que cruzamRORAIMA são:
• BR-174
• BR-210 - Perimetral norte
• BR-401
Municípios
Depois da Lei no. 7009, de 1 de julho de 1982 RORAIMA passa
a possuir 15 municípios Alto Alegre, Amajari, Boa Vista
(Roraima), Bonfim, Cantá, Caroebe, Iracema, Mucajaí, Iracema,
Normandia, Pacaraima, Rorainópolis, São Luiz do Anauá, São
João da Baliza e Uiramutã.
Suas cidades mais populosas são: Boa Vista (Roraima),
Rorainópolis, Alto Alegre, Mucajaí e Caracaraí.
Roraima tem um grande potêncial turístico, em especial no
ecoturismo.
Arqueólogos de todo o mundo têm forte interesse na Pedra
Pintada que é o mais importante sítio de tal ciência do estado,
nela há inscrições de civilizações milenares que atraem a
curiosidade de turistas e arqueólogos.
A parte melhor escalável do Monte Roraima fica na Venezuela. A
parte de RORAIMA (que possui apenas 10% do monte) só pôde
ser escalada em 1991 pelo trio de alpinistas brasileiros composto
por Julio Cesar de Mello Santos, Felipe Garcia Amoedo, Andre
Torres Amoedo. Para realizar proeza de tal magnitude foram
necessários 5 dias de escalada.
O explorador botânico inglês Everd Thurm descreveu sua
passagem pelo Monte RORAIMA (em 1884) com as seguintes
frases: "O monte RORAIMA é caracterizado por um
extraordinário número de plantas, quase todas com desusada
beleza, de estranha forma e talvez com ambas pecualiaridades.
Como a flora, também a fauna, embora igualmente peculiar,
parece ser, no entanto, sem contestação, menos abundante.
RORAIMA ergue-se, numa verdadeira terra maravilhosa cheia de
coisas raras, belas e estranhas."
Geografia
Roraima possui 1922 quilômetros de fronteiras. O relevo é
bastante variado; junto às fronteiras da Venezuela e da Guiana
ficam as serras de Parima e de Paracaima, onde se encontra o
monte Roraima, com 2 875 metros de altitude.
Como estado mais ao norte do Brasil, seus pontos no extremo
norte são o rio Uailã e o Monte Caburaí.
Relevo
O relevo predominante é plano e com leves ondulações. Seu
quadro morfológico é composto pelo:
• Planalto ondulado
• Escarpamentos setentrionais
Esses relevos são parte do planalto das Guianas, que segue pelo
norte da planície amazônica.
O seu planalto ondulado é num grande pediplano, composto por
maciços e picos isolados e dispersos.
Os escarpamentos setentrionais formam a borda de um planalto
mais alto, estendendo-se especialmente sobre a Guiana e a
Venezuela. Alguns exemplos são as serras Parima e Pacaraima
e monte Roraima.
Altitude
Aproximadamente 60% de sua superície encontra-se abaixo de
200m; outros 25% da área total entre 200m e 300m; ainda há
14%, que estão entre 300 e 900m; e o restante (1%) está acima
de 900m.
Hidrografia
A hidrografia do estado de RORAIMA faz parte da bacia do rio
Amazonas e baseia-se basicamente na sub-bacia do rio Branco
(45.530 km²). Este rio é um dos rios afluentes do rio Negro.
Principais afluentes do rio Branco:
• Rio Água Boa do Univiní
• Rio Ajarani
• Rio Catrimari - (17.269 km²) ou Catrimani
• Rio Cauamé
• Rio Mucajaí - (21.602 km²)
• Rio Xeruini
Além destes rios, destaque para:
• Rio Anauá - (25.151 km²)
• Rio Tacutú - (42.904 km²)
• Rio Uraricoera - (52.184km²)
Clima
Seu clima é equatorial nas regiões Norte, Sul e Oeste, e tropical
no Leste.
A parte oriental do estado é marcada por climas quente e úmido
com uma estação seca não muito pronunciada (Am, de Köppen).
Sua temperatura média anual é de aproximadamente 24°C e
2.000mm de pluviosidade anual.
Já a parte ocidental, é marcada por um clima quente subúmido
com uma estação seca bem marcada (Aw), suas temperaturas
são elevadas e sua pluviosidade é mais baixa que no oriente,
com 1.500mm/ano.
Vegetação
A vegetação predominante no estado é a de floresta tropical
(revestindo aproximadamente 72% da área total), recobrindo
especialmente as porções meridional e ocidental.
Campos e cerrados, conhecidos regionalmente como "lavrados",
correspondem aos 28% restantes, revestindo as áreas
setentrionais e orientais do estado.
Unidades de conservação
Em RORAIMA o IBAMA administra 8 unidades de conservação:
3 parques nacionais, 3 estações ecológicas e 2 florestas
nacionais, totalizando 15.539,93 km², ou 6,9975% dos
224.298,980 km² (IBGE) da área territorial do Estado.
• Parque Nacional do Monte Roraima - Decreto de
criação: 97.887/1989. Área: 116.000 ha. Localizado no
município de Uiramutã. Recentemente esse parque
perdeu um pouco da sua área devido a homologação da
Reserva Índigena Raposa Serra do Sol.
• Parque Nacional do Viruá - Decreto de criação:
s/n/1998. Área: 227.011 ha. Localizado no município de
Caracaraí.
• Parque Nacional Serra da Mocidade - Decreto de
criação: s/n/1998. Área: 350.960 ha. Localizado no
município de Caracaraí.
• Estação Ecológica de Maracá - Decreto de criação:
86.061/1981. Área: 101.312 ha. Localizada no município
de Amajari.
• Estação Ecológica de Cacararaí - Decreto de criação:
87.222/1982. Área: 80.560 ha. Localizada no município
de Caracaraí.
• Estação Ecológica do Niquiá - Decreto de criação:
91.306/1985. Área: 286.600 ha. Localizada no município
de Caracaraí.
• Floresta Nacional de Roraima - Decreto de criação:
97.545/1989. Área: 132.000 ha. Localizada nos
municípios de Mucajaí e Alto Alegre.
• Floresta Nacional do Anauá - Decreto de criação: 18 de
Fevereiro de 2005. Área: 259.550 ha. Localizada no
município de Rorainópolis.
Demografia
Quando foi descoberta pelos portugueses (em meados do século
XVIII), RORAIMA era habitada especialmente por indígenas.
Os indígenas apresentávam-se em sua maior parte pertencentes
ao troncos dos Caribes , essa é a base da maioria dos povos
indígenas do estado (Macuxi, Taurepang, Ingarikó, Patamanona,
Wai-wai e Waimiri-atroari).
Pertencentes ao tronco linguístico Aruak existem os Wapixama.
Os Ianomâmi, ou Yanomami, pertencem à família linguística
Yanomami, não classificada em tronco linguístico.
Tocantins
O Tocantins é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está
localizado a sudeste da Região Norte e tem como limites o
Maranhão a nordeste, o Piauí a leste, a Bahia a sudeste, Goiás a
sul, Mato Grosso a sudoeste e o Pará a noroeste.
Ocupa uma área de 278.420,7 km², pouco menor que o Equador,
e ligeiramente maior que Burkina Faso. Sua capital é a cidade
planejada de Palmas.
As cidades mais populosas são Palmas, Araguaína, Gurupi,
Porto Nacional, Paraíso do Tocantins e Araguatins. O relevo
apresenta chapadas ao norte, o espigão do Mestre a leste e a
planície do médio Araguaia, com a ilha do Bananal na região
central.
São importantes o rio Tocantins, o rio Araguaia, o rio do Sono, o
rio das Balsas e o rio Paranã. O clima é tropical. Veja lista de rios
de Tocantins
A economia se baseia no comércio, na agricultura (arroz, milho,
feijão, soja), na pecuária e em criações.
História
O estado foi criado por determinação da Constituição de 1988, a
partir da divisão do Estado de Goiás (parte norte e central). Mas
a idéia de se constituir uma unidade autônoma na região data do
século 19.
Em 1821, Joaquim Teotônio Segurado chegou a proclamar um
governo autônomo, mas o movimento foi reprimido.
Na década de 1950 (precisamente em 13 de maio de 1956), o
Juiz de Direito de Porto Nacional, Dr. Feliciano Braga, lançou o
Movimento Pró-Criação do Estado do Tocantins, como uma
expressão do desejo emancipacionista do Norte de Goiás.
Formaram-se comissões para estudar as formas de implantação
do novo Estado. Criou-se uma bandeira e hino. Durante quatro
anos eram realizadas paradas cívicas em 13 de Maio, alusivas à
data de lançamento do Movimento. O Dr. Feliciano Braga passou
a despachar documentos oficiais como: Porto Nacional, Estado
do Tocantins.
Ao final da década, o movimento perdeu força. O Juiz foi
tranferido da cidade. Entretanto, jovens e crianças que
participaram daquele movimento, estariam na liderança da
emancipação da década de 1980.
Na décadade 1970, a proposta de formação do novo Estado foi
apresentada ao Congresso, chegou a ser aprovada em 1985,
mas na ocasião acabou vetada pelo então presidente da
República, José Sarney.1
Os Grandes Projetos e a Economia Regional
Os grandes projetos são empreendimentos econômicos voltados
para a exploração dos recursos naturais da Amazônia e se
caracterizam pela grandiosidade das construções, pela
quantidade de mão-de-obra neles empregada e pelo volume de
capital investido. Além disso, são projetos que utilizam tecnologia
avançada e exigem uma infra-estrutura constituída de portos,
ferrovias, energia elétrica, aeroportos, núcleos urbanos e etc..,
para dar apoio ao desenvolvimento dos mesmos.
Esses projetos são considerados verdadeiros “enclaves” na
região, pois estão dissociados do contexto local, são planejados
fora da sua área de atuação e muito distante dos interesses e
necessidades da população local.
Que motivos levaram a região amazônica a despertar interesse
do Governo e de grandes empresas para ser o local de
instalação dos Grandes Projetos?
O primeiro deles foi o de poder dispor de imensas áreas de
terras, o que significa a possibilidade de utilização do espaço
para a instalação desses projetos e da infra-estrutura moderna
que eles exigem para o seu funcionamento. Outro motivo foi o de
poder contar com as riquezas naturais existentes em abundância
na Amazônia, bem como o apoio do Governo Federal para
implantação desses empreendimentos.
Com essas facilidades, os Grandes Projetos começaram a ser
implantados na Amazônia, a partir da década de 50.
PROJETOS DAS REGIÕES CENTRO-OESTE E NORTE
O Projeto Manganês (Serra do Navio – Amapá)
A exploração do manganês da Serra do Navio começou na
década de 50, controlada pela Indústria e Comércio de
Mineração S.A. (ICOMI), um consórcio entre a americana
Bethlehem Steel e a nacional Caemi (empresa do Grupo
Azevedo Antunes). Para viabilizar a exportação do minério a
Icomi construiu a E. F. Amapá e o porto de Santana.
No início da década de 70, os altos preços do minério no
mercado internacional e o esgotamento das reservas de alto teor
metálico levaram a Icomi a construir também uma usina de
pelotização (usina de separação e agregação de minérios
incrustados nas rochas) de manganês na região.
Em quatro décadas de atividade, a Icomi extraiu e exportou a
totalidade do minério de alto teor metálico que aflorava na
superfície e mais da metade do total da reserva. Os altos custos
de exploração do minério restante e a queda recente dos preços
no mercado internacional fizeram com que a Bethlehem Steel
abandonasse o consórcio.
Atualmente, a Icomi direciona seus investimentos para a
extração, beneficiamento e exportação do minério de cromo
presente no Amapá. A empresa está implantando a Mina Nova,
na cidade de Mazagão (AP), para extrair o minério, e uma usina
em Porto de Santana, para beneficiá-lo.
Onde fica a Serra do navio?
O geógrafo Marcos Bernardino de Carvalho não se conforma
com as abordagens tradicionais que separam natureza e
sociedade e apresenta aos alunos descrições do quadro físico
original das quais está ausente a ação humana:
“Nos mapas de relevo, as formações aparecem (...) intactas nos
seus respectivos lugares, mesmo que todos saibam que a Serra
do Navio, por exemplo, há muito se deslocou para os EUA! (...) É
comum inclusive o argumento de que há de se fazer pequenas
‘concessões’, no caso de livros didáticos, às editoras, pois estas
se preocupam com o vestibular e no vestibular ainda se pergunta
onde fica a Serra do Navio ( e a resposta deve ser Amapá e não
EUA) (...)" ”(Terra livre, n. 1, p. 50)
O Projeto Jarí
Este empreendimento foi realizado pelo empresário norte-
americano Daniel Ludwig, próximo a foz do rio Amazonas,
ocupando terras de Almerim (PA) e Mazagão (AP), hoje
denominado Laranjal do Jario. Foi planejado como um grande
projeto em várias frentes: florestal, mineral e agropecuário. Por
isso, esse Projeto gerou outros em seu interior:
Projeto florestal: concebido para a produção de celulose. A
floresta é derrubada, queimada e substituída por “gmelina
arbórea” e “pinus caribe”, plantas que servem para a fabricação
de celulose que é a matéria-prima para a fabricação do papel;
Projeto mineral: para extração do caulim (mineral não-metálico)
utilizado no branqueamento do papel;
Projeto agropecuário: voltado para a produção de arroz
(rizicultura) nas áreas de várzea e criação de gado bovino e
bubalino.
É bom lembrar que quase toda a produção gerada no interior do
Projeto Jari se destina à exportação.
Na década de 80, endividado, o Projeto Jari é passado para um
consórcio de empresários brasileiros que formam a atual
Companhia do Jari.
As dívidas foram pagas pelo Banco do Brasil, devendo ser
reembolsado a longo prazo, como prevê o acordo assinado entre
o Governo brasileiro e o novos proprietários. Mais uma vez, como
podemos perceber, dinheiro público é investido na Amazônia,
não com o objetivo de gerar melhorias para a sociedade regional,
mas, sim, para auxiliar os negócios do grande empresariado.
O Projeto Jari e o Projeto Manganês são os mais antigos
implantados na Amazônia e têm, em comum, o fato de terem se
desenvolvido como empreendimentos isolados uns dos outros,
bem diferente do atual estilo de ocupação econômica da região,
constituído por vários projetos econômicos, interligados, como o
chamado Programa Grande Carajás (PGC).
Programa Grande Carajás – PGC
O objetivo desse programa era o de instalar um conjunto de
empreendimentos capazes de viabilizar condições de
desenvolvimento sócio-econômico da Amazônia Oriental, extrair
recursos minerais e florestais existentes na área e explorá-los de
forma integrada e em grande escala.
A área do Programa Grande Carajás – PGC – de cerca de
900.000 km2 inclui terras dos Estados do Pará, Maranhão e
Tocantins.
Você sabe por que o Programa Grande Carajás foi instalado na
Amazônia? Isso ocorreu por que o local escolhido possui um
enorme potencial de recursos naturais, tanto minerais (bauxita,
manganês, ferro, ouro, caulim, cobre, salgema, areia, argila, etc.),
como recursos florestais, pois a região possui grande áreas
cobertas com florestas nativas que, atualmente, são derrubadas
para extração da madeira e produção de carvão.
O local possui grande potencial energético, como rios
caudalosos, de grande extensão, que possibilitam a construção
de hidrelétricas, infra-estrutura necessária para dar suporte aos
empreendimentos mínero-metalúrgicos integrados ao Programa
Grande Carajás.
Além disso, o Governo brasileiro através da SUDAM, concedeu
ao PGC financiamentos especiais e isenção de vários impostos.
Tais incentivos permitiram a compra, a baixo custo, de máquinas,
equipamentos e outros produtos existentes no Brasil, assim como
matérias-primas e equipamentos nacionais necessários à
instalação e ao funcionamento dos Grandes Projetos.
É evidente que um programa desse porte atrai, também, um
grande número de pessoas, da própria região ou de fora dela,
que vêm em busca de uma oportunidade de emprego nas
inúmeras obras que integram o Programa. Esta é uma força de
trabalho de baixo custo que, muitas das vezes, é absolvida pelo
projetos e depois dispensada, passando a viver de empregos
informais, morando na periferia.
Na verdade, a acentuada exploração de recursos naturais da
região, através do Programa Grande Carajás, não resultou na
propagada melhoria de vida da população da região.
O Programa Grande Carajás inclui 3 grandes frentes integradas:
Um conjunto de projetos mínero-metalúrgicos;
Um conjunto de projetos agropecuários e florestais;
Um grupo de projetos de infra-estrutura
No entanto, dentre essas frentes, chamamos a atenção
pela sua importância econômica, para os Projetos mínero-
metalúgicos e os de infra-estrutura.
Os principais Projetos integrados ao Programa Grande
Carajás são os seguintes:
Projeto Ferro Carajás
EsteProjeto está localizado na Serra dos Carajás, no sudeste do
Pará, aproximadamente 200 km da cidade de Marabá, ocupando
terras dos municípios de Marabá, Parauapebas, Curionópolis e
São Félix do Xingu.
O trabalho de prospecção mineral na região da Serra dos
Carajás começou a ser desenvolvido em 1966 pela Codim,
uma subsidiária da transnacional Union Carbide.
A descoberta de importantes jazidas de manganês
motivou uma outra transnacional do setor, a United States
Steel – através de uma subsidiária, a Companhia
Meridional de Mineração –, a iniciar um amplo trabalho de
pesquisa na região. O resultado foi a descoberta de um
imenso potencial mineral que inclui a maior concentração
de minério de ferro de alto teor do mundo, além de
importantes reservas de alumínio, cobre, níquel e estanho.
Em 1970 foi criada a Amazônia Mineração S.A. (Amza),
fruto de uma aliança entre capitais estatais e
transnacionais com vista à exploração e exportação de
ferro de Carajás. A ex-estatal Companhia Vale do Rio
Doce controlava 50,9% das ações da empresa; a
Companhia Meridional de Mineração detinha os 49,1%
restante. O negocio foi desfeito sete anos depois: os
baixos preços no mercado internacional desestimularam a
United States Steel a participar do programa de
investimentos necessário a exportação de ferro. Mediante
a uma indenização de 50 milhões de dólares, a CVRD
tornou-se a única empresa participante do Projeto Ferro
Carajás.
No final da década de 70 a CVRD divulgou o documento
Amazônia Oriental — Um projeto nacional de exportação,
cujo o conteúdo era uma proposta de exploração global
dos recursos da região. O documento delimitou a área de
atuação do Projeto Grande Carajás.
O Projeto Ferro Carajás foi a ponta de lança desse amplo
programa. A CVRD construiu e opera a Estrada de Ferro
Carajás (EFC), que liga as regiões produtora do minério a
São Luís, no Maranhão, numa distância de 890 km.
À Portobrás coube a construção do Porto de Ponta da
Madeira, em São Luís, capaz de receber graneleiros de
até 280 mil toneladas de porte. O projeto de exploração de
ferro, gerenciado pelo capital estatal, foi incumbido de
criara um “corredor de exportação” que atendesse
também aos projetos privados interessados em se
estabelecer na região. Atualmente, Carajás produz mais
de 35 milhões de toneladas por ano. Um consócio japonês
liderado pela Mitsui Steel é o principal comprador dessa
produção.
O Programa Grande Carajás tem um impacto profundo na
organização do espaço regional em todo sul do Estado do
Pará e oeste do Maranhão. Os vultuosos investimentos
estatais e privados, realizados em áreas de conflitos de
terras envolvendo fazendeiros, madeireiras, posseiros e
índios, adquiriram um caráter estratégico.
Ao longo da ferrovia, foram criados núcleos urbanos que gravitam
em torno das atividades de mineração, industrialização e
transporte. O imenso território englobado pelo Programa e os
espaços adjacentes, polarizados por ele, foram submetidos a
uma gestão baseada em critérios logísticos. Carajás não é
apenas um empreendimento econômico de exportação, mas
também uma operação geopolítica de controle e estabilização de
um espaço geográfico de confli A cidadela de Carajás
A cidadela de Carajás
“Dois núcleos foram planejados, com função
complementar: a Vila de Carajás, localizada no topo da
serra, projetada para abrigar os funcionários da companhia
envolvidos diretamente com a extração de minério, e
Parauapebas, localizada no sopé da serra, como depósito
de mão-de-obra para a construção de Carajás e suas
estradas de acesso, e ao mesmo tempo como lugar capaz
de reter a migração no sopé da cidadela. Aí, uma guarita
com um posto da Polícia Federal, a ‘portaria’ para a CVRD
e a ‘barreira’ para a população extramuros, controla
pessoas e mercadorias.tos.
OUTROS PROGRAMAS
SUDAM significa Superintendência do Desenvolvimento da
Amazônia.
Nessa lógica, o PRODEPAN foi aquele que deixou mais evidente
a participação direta dos fazendeiros na programação realizada.
Além da programação rodoviária, esse programa promoveu
ações a serem realizadas como benfeitorias no interior de
fazendas. Referimo-nos aos poços artesianos e as plataformas
de embarque, por exemplo, implantadas nas
propriedades e que sequer são utilizados pelos fazendeiros, até
hoje, como pudemos constatar (Abreu, 2001).
O Programa de Desenvolvimento do Pantanal (PRODEPAN),
criado pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-
Oeste (SUDECO) funcionou de 1974 a 1978, se constituindo em
um conjunto de medidas destinadas a dotar o Pantanal Mato-
Grossense de condições para uma “... melhor utilização de seus
amplos recursos, visando a sua definitiva integração ao
desenvolvimento nacional.”
Pioneiro dos programas especiais para o Centro-Oeste, a sua
área-programa era formada por 26 municípios, o que
correspondia a 47,2% da população do então Mato Grosso e
59% da população urbana dessa unidade, visto que incluía
Cuiabá, Corumbá e Campo Grande. A origem do Programa deu-
se a partir de reivindicações do Consórcio Intermunicipal para o
Desenvolvimento do Pantanal (CIDEPAN)3, que formulou
algumas recomendações após o decreto presidencial que criou o
Programa de Desenvolvimento do Centro-Oeste (PRODOESTE).
Muitas dessas recomendações, que deveriam ser realizadas com
os recursos do PRODOESTE, transformaram-se em
programação do PRODEPAN, como é o caso de construção e
melhoramento de estradas-tronco. Dentre essas estradas
encontrava-se a BR-262 que atravessaria o Pantanal no sentido
leste-oeste, partindo de Campo Grande.
Programas desenvolvimentistas para a ocupação do cer rado
na região Centro-Oeste
A região Centro-Oeste compreende 18,8% do território nacional e
abriga cerca de 11,6 milhões de habitantes (IBGE, 2000). Essa
região passou por duas grandes fases de ocupação.
A primeira, ainda no período colonial, no fim do século XVII,
durante o ciclo de exploração do ouro, quando se iniciou o
povoamento do interior.
A segunda, nas décadas de 1950 a 1970, quando a expansão
industrial e o avanço do processo de urbanização fizeram com
que a região assumisse um papel diferenciado na organização
espacial brasileira.
De acordo com Bezerra e Cleps Júnior (2004, p. 30), o
desenvolvimento agrícola da região Centro-Oeste é intensificado
a partir da década de 1930, com o objetivo de atender ao
mercado consumidor de produtos agrícolas da região Sudeste.
Assim, o desenvolvimento agrícola do Centro-Oeste esteve
diretamente ligado ao desenvolvimento industrial do país, que se
inicia na região Sudeste nesse período.
É no período que compreende as décadas de 1940 e de 1960
que esse processo de ocupação começa a se consolidar
economicamente. São vários os fatores que contribuíram para
que isso ocorresse, entre eles: a “Marcha para o Oeste” de
Getúlio Vargas, que tinha como objetivo a integração regional,
ampliando o mercado interno e incentivando a migração para a
região; a criação da nova capital do país, Brasília, e a construção
de grandes eixos rodoviários, como a BR-153 (Belém-Brasília) e
a BR-364 (Cuiabá - Porto Velho). Esse período foi caracterizado
pela ótica do desenvolvimentismo e trouxe para a região um
grande impulso econômico.
No início da década de 1970, as políticas governamentais
passaram a estimular a ocupação da Amazônia na esperança de
que, em pouco tempo, pudesse se tornar importante região
agrícola. Como isso não aconteceu, a princípio, o interesse
governamental voltou-se novamente aos cerrados, mais bem
situados em relação aos crescentes mercados do Centro-Sul,
marcando, assim, o início do desenvolvimento agrícola na região
Centro-Oeste, apoiado por programas governamentais.
Foram criados programas especiais de estímulo à agricultura nos
Cerrados, de apreciável impacto na evolução das frentes
comerciais. Além do mais, foram implantados, sob estímulo
oficial, projetos privados de colonização, especialmenteno Mato
Grosso. Nesse processo, as frentes comerciais acabaram
atingindo partes do norte da região (MULLER, 1990).
Sendo assim, a partir de meados da década de 1970, o ritmo de
ocupação do Centro-Oeste acelerou, com base em intensa
política de expansão da fronteira agrícola, ocorrida com o
aproveitamento dos cerrados (até então tidos como
inaproveitáveis) e a abertura de novas terras para exploração
agrícola e pecuária.
Esse processo de ocupação trouxe à região um enorme fluxo de
migração, desordenado e desagregador. A região passava a ser
o novo pólo de atração populacional. Entre 1960 e 1970
apresentou o maior crescimento demográfico do país; de 1970 a
2000 só não superou a região Norte1[2].
Esse rápido desenvolvimento realizou-se de forma peculiar,
sendo que a incorporação espacial foi associada à rápida
modernização da agricultura, e esteve baseada em um modelo
caracterizado pela prioridade dos cultivos comerciais, com
grande aplicação de insumos modernos e mecanização, sem que
tenha sido incorporada a esse processo a devida consideração
dos aspectos sociais e ambientais.
O que impulsionou a inserção dos cerrados nas áreas produtivas,
e conseqüentemente o desenvolvimento agrícola da região
Centro-Oeste, foram alguns programas específicos
implementados nessa região.
Dentre os principais, pode-se destacar o POLOCENTRO
(Programa de Desenvolvimento dos Cerrados) e o
PRODECER (Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para
Desenvolvimento dos Cerrados).
O POLOCENTRO foi criado em 1975 e teve como objetivo o
desenvolvimento e a modernização das atividades agropecuárias
da região Centro-Oeste e do oeste do estado de Minas Gerais,
mediante a ocupação racional de áreas com características dos
cerrados e seu aproveitamento em escala empresarial. O
programa selecionou áreas específicas para atuação e,
posteriormente, forneceu crédito altamente subsidiado a todos os
produtores que desejassem investir em exploração agropecuária
empresarial (GOBBI, 2004).
Apesar do POLOCENTRO ter sido um programa voltado para
abertura de fronteira agrícola, as políticas favoreceram os
grandes e médios produtores em detrimento dos pequenos. Na
realidade, foi um programa para o estímulo da média e da grande
agricultura empresarial, mediante o fornecimento de crédito
subsidiado, de assistência técnica e da remoção do obstáculo ao
seu funcionamento. A pequena agricultura das áreas atingidas
quase não foi beneficiada. Os objetivos do POLOCENTRO,
“enunciados nos seus documentos básicos, foram desvirtuados
pela ação de setores influentes, que conseguiram voltar a
administração do programa a seu favor” (MULLER, 1990, p.55).
O maior impacto do POLOCENTRO na região Centro-Oeste
ocorreu no estado de Goiás, especificamente em Rio Verde,
onde segundo Muller (1990), 42% da área dos cerrados foram
incorporadas ao processo produtivo, com destaque para a soja.
Nesse contexto, o recente desenvolvimento do estado de Goiás,
deve ser compreendido dentro do próprio processo de
crescimento da região Centro-Oeste, que é um território do qual
se pode afirmar que o auge da sua ocupação econômica é
bastante recente, o que significa que seus potenciais de
desenvolvimento ainda estão sendo definidos.
A região Centro-Oeste vem se consolidando nos últim os
trinta anos, com uma economia baseada na pecuária d e corte
e de leite extensiva, na produção intensiva de grão s,
especialmente milho e soja, e, ultimamente, na agro indústria
que se utiliza dessa matéria-prima carne e grãos.
A produção de grãos se destaca, na microrregião do sudoeste
goiano, que desde a década de 1960 sofreu uma forte e
acelerada mudança em sua base produtiva, com o importante
apoio do Estado, como provedor das políticas públicas e dos
fundos necessários para essa execução.
No entanto, essa modernização agrícola, ao mesmo tempo em
que inseriu a região Centro-Oeste na nova dinâmica econômica
do trouxe drásticas conseqüências para deterioração do meio
ambiente e social.
Alguns exemplos desta realidade são: a perda da biodiversidade,
a erosão e compactação dos solos, o êxodo rural, a concentração
de renda e muitos outros problemas relacionados ao
desenvolvimento urbano.
As regiões e/ou municípios que se beneficiam são aquelas que
possuem certa infra-estrutura, e produzem matéria-prima
relacionada com o que a empresa deseja transformar, ou seja,
que atendam o modelo econômico vigente, e os municípios que
realmente precisam se desenvolver se tornam vulneráveis ao
modelo capitalista.
As políticas públicas, quando executadas corretamente, são de
extrema importância para o desenvolvimento regional, uma vez
que muitas regiões não se desenvolvem por falta de infra-
estrutura básica.
Para Sawyer (2002, p. 292), a construção de uma visão integrada
que estabelece sinergismos positivos entre população, meio
ambiente e desenvolvimento, evitando a degradação do ambiente
e dos seres humanos, implica, necessariamente, mudar as
políticas públicas. Lista-se a seguir, alguns processos
significativos atualmente em curso quanto a políticas públicas
relevantes para o desenvolvimento sustentável no Cerrado.
Políticas Públicas para o desenvolvimento sustentável no
Cerrado
Grupo de Trabalho de Cerrado e Pantanal
Autorizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), tem como
objetivo elaborar um plano de ação e uma estratégia ambiental
integrada para o Cerrado e Pantanal, atualmente em
desenvolvimento por meio de um Grupo de Trabalho que inclui
representantes da sociedade indicados pela Rede Cerrado de
ONGs.
GEF
O governo brasileiro sinalizou que pretende apresentar um
projeto de U$150 milhões ao GEF para o Cerrado. Além do MMA,
a elaboração da proposta concreta e sua execução dependerão
muito dos Estados e da sociedade na região.
PPP – Programa de Pequenos Projetos
Esse programa do GEF e PNUD apoiou 51 projetos de entidades
não governamentais no Cerrado. O valor máximo é de U$30 mil.
Os projetos visam principalmente à identificação e replicação de
meios de vida sustentáveis (GEF, PNUD e ISPN, 1999).
Programa Pantanal
É um programa de desenvolvimento sustentável que conta com
recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e
do Governo japonês, num total previsto de U$400 mil, não se
restringe ao Pantanal, mas inclui toda a bacia do Alto Paraguai.
Lei do Cerrado
O Secretário de Biodiversidade do MMA propõe às ONGs
“cerradistas” a elaboração de uma Lei do Cerrado semelhante à
Lei da Mata Atlântica, que regulamenta o uso do bioma.
ICMS Ecológico
Goiás e Mato Grosso estão implantando o ICMS ecológico, no
qual as transferências dos Estados para os municípios são feitas
segundo critérios ambientais, a exemplo do que já foi feito em
MG e PR. A idéia poderia ser estendida a outros Estados.
Sistemas Agroambientais
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto
Nacional de Reforma Agrária estão buscando implementar um
modelo de sistemas agroambientais entre assentados da reforma
agrária e outros agricultores familiares, a começar por Goiás.
Comissão Estadual de Agricultura Orgânica em Goiás
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto
Nacional de Reforma Agrária estão buscando implementar um
modelo de sistemas agroambientais entre assentados da reforma
agrária e outros agricultores familiares, a começar por Goiás.
Hidrovia Araguaia-Tocantins
O projeto está parado na justiça por causa de decisões
decorrentes de questionamentos por parte de ONGs a respeito
dos estudos de impacto ambiental e dos impactos das obras
sobre populações indígenas. Deveria ser considerado, também, o
impacto regional.
FCO - Fundo Constitucional do Centro-Oeste
Conta com 1,5% da arrecadação federal, podendo ser um
instrumento de desenvolvimento sustentável no Cerrado, como
também a eventualrecriação da SUDECO, desta vez, se
possível, com o propósito de desenvolvimento sustentável.
PARA MELHOR ENTENDER AS REGIÕES CENTRO-OESTE E
NORTE
DICIONÁRIO
1. A Década da Destruição: a década de oitenta foi à
década da destruição. Começou com a morte de Wilson
Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Brasiléia e terminou com a morte de Chico Mendes. A fronteira
agrícola avançou com o desmatamento, as queimadas e a
expulsão do homem do campo, sobretudo na Amazônia, que
passava a sofrer pressões de ambientalistas para sua
preservação, refletida nos anos, que foi a década da reação
positivas, com os trabalhadores e intelectuais estabelecendo as
bases para um desenvolvimento sustentável na região.
2. A Década Perdida: com muita freqüência, ouve-se dizer,
que a década de oitenta, no Brasil, foi uma "década perdida", o
que desperta sentimentos os mais contraditórios. O país
atravessou, assim, os anos oitenta, em ritmo de câmara lenta
(comparando com o período anterior), sendo os brasileiros
obrigados a conviverem com outro Brasil, aquele realmente
construído pelo Desenvolvimentismo: o da violência urbana, o
dos altos índices de exclusão e o da tradição autoritária. A
década perdida, como ficou conhecida à década de oitenta,
pelo lado econômico, é o reflexo da crise energética dos anos
70. Já pelo lado político houve os avanços da redemocratização
com a abertura política.
3. A lei das terras de 1850: a Lei de Terras, como ficou
conhecida a lei n. 601 de 18 de setembro de 1850, é um
documento fundamental para compreender a organização
agrária do Brasil. Ela atendia à evidente necessidade de
organizar a situação dos registros de terras doadas desde o
período colonial e legalizar as ocupadas sem autorização, para
depois reconhecer as chamadas terras devolutas, pertencentes
ao Estado. O contexto de sua aprovação, entretanto, sugere a
reflexão sobre outros objetivos que pautavam a Lei: a
suspensão do tráfico de escravos, no mesmo ano, anunciava a
abolição; a busca de atrair imigrantes europeus para o trabalho
agrícola nas grandes propriedades; o desejo do Império de
dispor das terras devolutas, para poder financiar o processo de
imigração e colonização.
4. Açaí: pequeno fruto de palmeira amazônica. Do açaí se
extrai um suco grosso, de cor vinho, com alto teor energético.
5. Acre: Estado brasileiro da região Norte. Dados gerais.
Habitante: acreano. População: 557.526. Capital: Rio Branco.
Área: 152.522 km2. Clima: equatorial. Vegetação: floresta
amazônica. Rios principais: Juruá, Purus. Relevo: depressão na
maior parte do território e planície estreita ao norte. Ponto mais
alto: Serra do Divisor, com 609 metros.
6. Aerofotogrametria: método de obtenção de informações
topográficas através de fotografias aéreas.
7. Afluente: curso de água que despeja sua carga em outro
maior, pode ser um rio, lago ou lagoa.
8. Agentes Erosivos: elementos que desgastam o relevo,
como a água e o vento.
9. Agricultura Alternativa: conjunto de técnicas de uso da
terra que ao contrário da agricultura convencional não emprega
insumos modernos (como fertilizantes sintéticos, agrotóxicos e
herbicidas), ou práticas como a monocultura, as queimadas, o
excesso de mecanização, etc.; agricultura biológica, agricultura
ecológica, agricultura natural, agricultura orgânica. Várias são
as modalidades de agricultura alternativa, mas todas buscam
basicamente a manutenção do equilíbrio ecológico na
agricultura, a produção de alimento de valor biológico sem
contaminação e a conservação do potencial natural da terra.
10. Agricultura de Subsistência: ela consiste na plantação
para consumo próprio e da família a agricultura de subsistência
normalmente é praticada em pequenas áreas .
11. Agricultura Especulativa: é a agricultura realizada com
um único objetivo: obter lucro. As variáveis sociais e ambientes
são deixadas em segundo plano.
12. Agricultura Extensiva: quando o fator predominante é
apenas a terra. Geralmente é praticada com pouco investimento
e muita mão-de-obra familiar (quando em pequenas
propriedades) caracteriza um minifúndio, ou em áreas muito
grandes, o latifúndio improdutivo.
13. Agricultura Intensiva: agricultura racionalizada, que supre
a falta de solo fértil por insumos industriais, e a falta de mão-de-
obra por máquinas. Baseia-se em altos rendimentos por
unidade de área e na disposição de infraestrutura de
armazenamento, transporte e comercialização, sendo realizada
principalmente nos paises desenvolvidos, onde predomina o
capital sobre o trabalho. Opõe-se a agricultura extensiva. Neste
caso predomínio de investimentos de capital: dinheiro
empregado em salários, máquinas e produtos químicos
(fertilizantes e agrotóxicos). O objetivo principal é a maior
produtividade para a abtenção de lucros.
14. Agroecossistema: conjunto compreendido pelo
ecossistema natural e ambientes modificados pelo ser humano,
contido na propriedade rural, no qual ocorrem complexas
relações entre seres vivos, elementos naturais (rochas, solos,
água, ar, reservas minerais).
15. Agrofloresta: sistema agrícola no qual se incluem árvores
em agroecossistemas de produção vegetal ou
animal.Agroindústria: conjunto de setores industriais que
fornecem insumos à agricultura (fertilizantes, agrotóxicos
sementes, etc.) e aos que beneficiam, processam e/ou
comercializam os produtos agrícolas.
17. Agropecuária Comercial: é aquela voltada para o
mercado ou para o comércio com fins de lucro.
18. Agropecuária de Subsistência: é aquela voltada para
suprir basicamente as necessidades de quem trabalha na terra,
e apenas um excedente de produção é comercializado.
19. Agropecuária Extensiva: é aquela em que o gado ou as
plantas ficam muito espalhados no espaço, ou seja, existe
pouco aproveitamento por hectare, uma vez que a densidade
do gado a das culturas é baixa.
20. Agropecuária Intensiva: é aquela em que há uma elevada
densidade da criação ou do cultivo, o que significa que o gado
ou as plantas ficam muito concentrados, ou seja, existe um
maior aproveitamento por hectare.
21. Agrossistema: é um tipo ou modelo de produção
agropecuária em que se observa que cultivos ou criações são
praticados, quais são as técnicas utilizadas, como é a relação
da agricultura ou da pecuária com o espaço – tanto em termos
de densidade quanto de dimensão e propriedade da terra – e
qual o destino da produção.
22. Agrossivilcultura: plantio de espécie vegetais adaptadas
ao ecossistema de um determinado lugar.
23. Aguapé: espécies de plantas aquáticas que flutuam na
superfície de corpos d'água ricos em nutrientes e apresentam
propriedade de reter em seus tecidos alguns poluentes.
24. Alagadiço: área sempre sujeita a ser alagada. Região com
grande hidromorfismo, quase permanentemente alagada,
tomada por água.
25. Alísios: são ventos constantes que sopram durante o ano
todo dos trópicos para o Equador, onde sofrem aquecimento,
formando correntes convectivas. A zona de convergência dos
alísios chama-se convergência intertropical ou doldrum. Sopram
a baixas altitudes das áreas subtropicais ou temperadas até o
Equador, tanto no hemisfério sul quanto no hemisfério norte.
Devido ao movimento de rotação da terra, de oeste para leste,
esses ventos possuem sentido horário no hemisfério norte (de
nordeste para sul); no hemisfério sul o sentido é anti- horário
(de sudeste para norte).
26. Alqueire: unidade de medida de área utilizada no meio
rural brasileiro, equivalente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e
Goiás a 4,84 hectares (alqueire goiano), mas o mais comum é o
alqueire paulista de 2,42 hectares (São Paulo e Paraná).
27. Altitude: é a altura do relevo que se mede a partir do nível
do mar, perpendicularmente. As 67 montanhas de maior altitude
do planeta encontram-se no continente asiático, em sua maior
parte na cordilheira do Himalaia, onde está localizados o
Everest, com 8.848 m de altitude.
28. Amapá: Estado brasileiroda região Norte. Dados gerais.
Habitante: amapaense. População: 477.032. Capital: Macapá.
Área: 142.815,8 km2. Clima: equatorial. Vegetação: mangues
litorâneos, campos gerais, floresta Amazônica. Rios principais:
Amazonas, Jarí, Oiapoque, Araguari. Relevo: planície com
mangues e lagos no litoral e depressão na maior parte. Ponto
mais alto: serra Tumucumaque, com 701 metros.
29. Amazonas: é o maior estado brasileiro. Fica na região
norte do Brasil. Dados gerais. Habitante: amazonense.
População: 2.812.557 habitantes. Capital: Manaus. Área:
1.570.946,8 km2. Clima: equatorial. Vegetação: floresta
Amazônica. Rios principais: Solimões, Amazonas, Juruá, Purus,
Negro, Içá, Japurá, Madeira. Relevo: depressão na maior parte,
planície perto do rio Amazonas e planaltos a leste. Ponto mais
alto: pico da Neblina, na serra Imeri, com 3.014 metros.
30. Amazonas: o maior rio do mundo em volume de água e
em extensão: 6.550 Km, dos quais 3.165 no Brasil. Nasce no
Peru. Profundidade variável de 20 a 130 metros. Navegado por
embarcações de grande calado, 12 vezes mais caudaloso do
que o Mississipi, por exemplo. Possui a maior bacia fluvial do
mundo com 6.500.000 Km2 . Quando desemboca no mar
provoca o fenômeno da pororoca. Seus principais afluentes
são: Javaí, Jutaí, Juruá, Tefé, Coari, Purus, Madeira, Tapajós,
Iça, Japurá, Negro, Jamumbá, Trombetas, Paru e Jari.
31. Amazônia Legal: toda a região da bacia amazônica,
incluindo parte do norte de Mato Grosso, de Minas Gerais, de
Goiás, do Tocantins e do oeste do Maranhão, segundo fixado
em lei. Esta presente também em países que fazem fronteiras
com o Brasil, e que compôem a floresta amazônica.
32. Amazônia: a última grande floresta tropical virgem
existente na Terra. Vasto território da América do Sul, que se
estende por uma superfície de cerca de 5 milhões 600 mil
quilômetros quadrados, e que abrange não somente as
planícies do Brasil atravessadas pelo rio Amazonas e seus
afluentes como também porção considerável do Peru, Bolívia,
Colômbia, Venezuela e Equador.
33. Amplitude Térmica: diferença entre as máximas e as
mínimas temperaturas de uma dada região em um determinado
tempo; no caso das amplitudes térmicas anuais, trata-se das
diferenças entre as médias dos meses mais quentes e dos
meses mais frios.
34. Antrópica: (antropo = “homem”) o termo ação antrópica
refere-se às transformações que a sociedade humana imprime
à natureza; uma paisagem antrópica seria aquela fortemente
marcada pela ação do homem.
35. Antrópico: relativo à humanidade, à sociedade humana, à
ação do homem. Termo de criação recente, empregado por
alguns autores para qualificar um dos setores do meio
ambiente, o meio antrópico, compreendendo os fatores
políticos, éticos e sociais (econômicos e culturais); um dos
subsistemas do sistema ambiental, o subsistema antrópico.
Resultado das atividades humanas – sociais, econômicas e
culturais - no meio ambiente. Ver também Ambiente ou Meio
Antrópico.
36. Aquecimento Global: aumento da temperatura média do
Planeta, relacionado ao aumento do “efeito estufa”. A causa
estaria nas emissões de gases lançados pelas atividades
econômicas, sobretudo o monóxido e dióxido de carbono
(principal vilão), óxidos de nitrogênio, metano, CFC. Entre as
conseqüências mais graves, estariam o derretimento de calotas
polares e a expansão das moléculas de água do oceano devido
ao calor, o que causaria grandes inundações, afundando ilhas e
cidades costeiras. Também mudaria o perfil da agricultura, com
algumas regiões tornando-se imprestáveis para este fim.
37. Área de Preservação Permanente: são aquelas em que
as florestas e demais formas de vegetação natural existentes
não podem sofrer qualquer tipo de degradação. (Proposta de
decreto de regulamentação da Lei nº 690 de 01.12.83, FEEMA,
1984). São áreas de preservação permanente: I - os
manguezais, lagos, lagoas e lagunas e as áreas estuarinas; II -
as praias, vegetação de restinga quando fixadoras de dunas;
costões rochosos e as cavidades naturais subterrâneas -
cavernas; III - as nascentes e as faixas marginais de proteção
de águas superficiais; IV - as áreas que abriguem exemplares
ameaçados de extinção, raros, vulneráveis ou menos
conhecidos, da fauna e flora, bem como aquelas que sirvam
como local de pouso, alimentação ou reprodução; V - as áreas
de interesse arqueológico histórico, científico, paisagístico e
cultural; VI - aquelas assim declaradas por lei; VII - a Baía de
Guanabara.
38. Área de Proteção Ambiental: aquela área que é
declarada com o objetivo de assegurar o bem-estar das
populações e conservar ou melhorar as condições ecológicas
locais; área de preservação ambiental. Dentro dos princípios
constitucionais que regem o exercício da propriedade, o poder
público estabelecera normas limitando ou proibindo: a)
implantação e funcionamento de indústrias potencialmente
poluidoras, capazes de afetar mananciais; b) realização de
obras de terraplanagem e abertura de canais, quando estas
iniciativas importarem em sensível alteração das condições
ecológicas locais; c) exercício de atividades capazes de
provocar acelerada erosão das terras e/ou acentuado
assoreamento das coleções hídricas; d) exercício de atividades
que ameacem extinguir na área protegida as espécies raras da
biota nacional.
39. Áreas de Relevantes Interesses Ecológicos: são as
áreas que possuam características naturais extraordinárias ou
abriguem exemplares raros da biota regional, exigindo cuidados
especiais de proteção por parte do Poder Público. São áreas de
relevante interesse ecológico, cuja utilização depende de prévia
autorização dos órgãos competentes, preservados seus
atributos essenciais.
40. Áreas Equatoriais: situadas nas proximidades do
Equador, em ambos os hemisférios.
41. Assoreamento: entupimento do corpo d'água, ou seja,
fenômeno causado pela deposição de sedimentos minerais
(como areia e argila) ou de materiais orgânicos. Com isso,
diminui a profundidade do curso d'água e a força da correnteza.
Processo de elevação de uma superfície, por deposição de
sedimentos. Diz-se dos processos geomórficos de deposição
de sedimentos, ex.: fluvial. eólio, marinho. Obstrução, por areia
ou por sedimentos quaisquer, de um rio, canal ou estuário,
geralmente em conseqüência de redução da correnteza.
42. Bacia de Captação: mais de que o rio, lago ou
reservatório de onde se retira a água para consumo,
compreende também toda a região onde ocorre o escoamento
e a captação dessas águas na natureza.
43. Bacia de Drenagem: área de captação que recolhe e
drena toda a água da chuva e a conduz para um corpo d'água
(por exemplo, um rio), que depois leva ao mar ou um lago.
44. Bacia do Tocantiins-Araguaia: é a maior bacia localizada
totalmente no Brasil. O rio Tocantins nasce em Goiás e percorre
2.640 quilômetros até a foz do rio Amazonas. Suas quedas
d'água são aproveitadas para gerar energia na Usina de
Tucuruí. O rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira
com Goiás, e se une ao rio Tocantins no norte do estado do
Tocantins. Com uma área superior a 800.000 km2, se constitui
na maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território
brasileiro. Seu principal rio formador é o Tocantins, cuja
nascente localiza-se no estado de Goiás, ao norte da cidade de
Brasília. Dentre os principais afluentes da bacia Tocantins -
Araguaia, destacam-se os rios do Sono, Palma e Melo Alves,
todos localizados na margem direita do rio Araguaia.
45. Bacia Hidrográfica: conjunto de terras drenadas por um
rio e seus afluentes. Podem ser exorréicas (se escoam para o
mar), endorréicas (se perdem em depressões) ou arréicas (sem
escoamento superficial).
46. Biocombustível: os biocombustíveis podem ser de 2 tipos:
bioetanol em que o aditivo da gasolina é o álcool extraído da
cana-de-açúcar e da beterraba e o biodiesel em que o aditivo
do gasóleo inclui óleos vegetais.
47. Biodegradável: diz-se da, ou substância que se
decompõe,perdendo propriedades nocivas, quando em contato
com o meio ambiente, facilmente reintegrando-se à natureza.
48. Biodiversidade: diversidade de seres vivos de um dado
lugar.
49. Biofertilizante: fertilizante orgânico repleto de
microorganismos (por isso é considerado um fertilizante "vivo")
usado no solo ou diretamente sobre a planta. Feito a partir de
matéria orgânica fermentada (estercos, ou partes de plantas),
que pode ou não ser enriquecido com alguns minerais como
calcário e cinzas.
50. Bioma: macroecossistema no qual predomina um tipo de
vegetação, sendo uma junção de ecossistemas.
51. Biomassa : qualquer matéria de origem vegetal, utilizada
como fonte de energia, para adubação verde ou para proteger o
solo da erosão.
52. Bóia-Fria ou Volantes: denominação dada ao trabalhador
agrícola que não tem emprego de caráter permanente (com um
mesmo empregador), vive em condições muito precárias na
periferia de cidades pequenas ou médias e trabalha por curtos
períodos de tempo em vários estabelecimentos rurais, sendo
contratado por intermediários. Não tem carteira assinada e nem
vínculo formal com o empregador ("gato") ou o proprietário
rural.
53. Brasiguaios: brasileiros, que especialmente nas últimas
décadas, migraram para o Paraguai, em busca de terras mais
baratas, em geral, para o cultivo de soja, possuindo assim,
forçosamente, duas nacionalidades.
54. Calagem: método que consiste na adição de calcário ao
solo para a correção de sua acidez em áreas como as do
cerrado que possuem solos ácidos, ou seja, solos que possuem
(pH abaixo de 7).
55. Candangos: como se denominam, especialmente os
migrantes nordestinos, que trabalharam na construção de
Brasília. Facilmente confundidos com os brasilienses, aqueles
que nasceram ou nascem em Brasília.
56. Carvão Vegetal: é o carvão estraído da vegetação pelo
desmatamento e preparado em carvoaria.
57. Censo Brasil 2000: em 2000, foram contados no Brasil
169.799.170 habitantes. O número de mulheres era um pouco
maior que o de homens. O curioso é que isso não vale para
todas as idades. Entre zero e 14 anos, existem mais meninos
do que meninas. Mas dos 15 aos 35 anos, os homens morrem
mais do que as mulheres. Eles são as maiores vítimas da
violência nas cidades, dos acidentes de trânsito e dos acidentes
de trabalho. Pelo censo, também dá para perceber que a
população brasileira está cada vez mais velha. O número de
idosos cresce ao mesmo tempo que o número de crianças e
jovens é cada vez menor. Uma das razões disso é que as
mulheres passaram a ter menos filhos. Até os anos 1960, era
comum as mulheres terem, em média, seis filhos. Hoje, elas
têm, em média, dois filhos. E ao mesmo tempo que estão
nascendo menos crianças, as pessoas vivem mais, graças aos
avanços da medicina, ao acesso a tratamentos de saúde e à
presença de esgotos e água tratada.
58. Cerrado: vegetação típica da região Centro-Oeste
brasileiro marcada por tapetes de gramíneas e árvores baixas
de galhos retorcidos. É a vegetação própria do clima tropical
típico ou semi-úmido, sendo uma vegetação arbustiva e
herbácea. Normalmente, o cerrado típico apresenta dois
estratos de plantas: um arbóreo, com árvores de pequeno porte
(a lixeira, o pau-santo, o pequi); outro, herbáceo, de gramíneas
ou vegetação rasteira.
59. Chico Mendes: líder seringueiro do Acre, famoso por
denunciar o desmatamento. Francisco Alves Mendes Filho,
conhecido como Chico Mendes, nasceu em 1944 na cidade de
Xapuri, no Acre. Seguiu a profissão do pai e se tornou
seringueiro. Ficou conhecido como líder quando começou a
fazer barreiras humanas junto com outros trabalhadores para
impedir que madeireiras e fazendeiros derrubassem as árvores
da Floresta Amazônica. Ficou conhecido no mundo todo como
um líder ecológico. Em 1987, ganhou um importante prêmio
internacional, o Global 500, por seu trabalho. Mas sua luta não
agradava a todas as pessoas. Em 1988, Chico Mendes foi
assassinado por pistoleiros contratados pelo fazendeiro Darly
Alves da Silva e seu filho Darci.
60. Clima Equatorial: clima quente com média de temperatura
de 25 graus centígrados. Chove muito durante o ano, mais de
2.000 mm. É o clima das regiões próximas ao Equador.
61. Clima Tropical: Clima quente, com temperatura um pouco
acima de 20 graus centígrados. Chove bastante durante o ano,
entre 1.000 e 2.000mm. É comum em países que estão entre o
trópico de Capricórnio e o Equador, ou entre o trópico de
Câncer e a linha do Equador.
62. Commodities: títulos correspondentes a negociações com
produtos agropecuários, metais, minérios e outros produtos
primários nas bolsas de mercadorias. Estes negócios se
referem à entrega futura de mercadorias, mas não significa
necessariamente que há movimento físico de produtos nas
bolsas. O que se negocia são contratos.
63. Companhia Vale do Rio Doce (CVRD): foi criada por
Getúlio Vargas, como empresa estatal em 1942, com a
finalidade de explorar minério de ferro e manganês, no
Quadrilátero Ferríferro, em Minas Gerais. Com o tempo se
tornou uma das maiores empresas de mineração e transporte
de minérios do mundo. Em meados da década de 1990, a
CVRD passou para o controle do capital privado. Atualmente
suas atividades abrangem também a siderurgia e a produção
de celulose.
64. Company Town: expressão em inglês, que significa
“cidade da empresa”. Trata-se de um núcleo urbano planejado
e destinado a servir de residência para os funcionários de uma
empresa. No Brasil a Vila de Carajás e a Cidade de
Paraupebas são exemplo de company towns.
65. Complexo do Pantanal: vegetação extremamente
heterogênea, que abrange a planície do Pantanal Mato-
Grossense, onde se encontram desde plantas higrófilas (nas
áreas alagadas pelo rio) até as xerófilas (nas áreas altas e
secas) além de diversos tipos de palmeiras (buriti, carandá),
gramíneas (como o capim-mimoso) e trechos de bosques
dominados pelo quebracho, árvore da qual se extrai o tanino,
utilizado na industria do couro.
66. Conservacionismo: conjunto de políticas e técnicas que
têm por fim preservar a Terra, mantendo condições propícias à
vida e ao bem-estar humano. É uma filosofia de ação que se
fundamenta na defesa dos valores naturais, objetivando evitar
que desequilíbrios ecológicos prejudiquem as espécies,
notadamente o homem e suas gerações futuras.
67. Contra-Alísios: movimento do ar, em grande altitude, do
Equador para os trópicos.
68. Convenção Sobre Mudanças Climáticas Globais: esta
convenção foi assinada por 155 países quando da realização
da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(ECO-92), que comprometeu os signatários a registrar, no ano
2000, emissões de “gases de estufa” iguais às de 1990.
entretanto os compromissos firmados não tinham caráter
compulsório.
69. Curva de Nível: linha que em um mapa topográfico une
pontos de mesma altitude. Linha que liga os pontos de igual
valor de altitude em relação um referencial. Nos cultivos são
morrotes utilizados para evitar a erosão dos solos.
70. Decíduas: são espécies vegetais que perdem folhas para
enfrentar uma estação seca prolongada ou um inverno rigoroso.
71. Declive: inclinação do terreno de cima para baixo. O
mesmo que encosta, ladeira. Ladeira. Quando o terreno se
apresenta em subida em relação à rua.
72. Defensivos Agrícolas: são substâncias químicas usadas
no combate a pragas e doenças de animais e vegetais, que
prejudicam as colheitas e a produção animal.
73. Déficit Comercial: reflete a diferença entre o que o país
arrecadou com as exportações e o que gastou com as
importações. Quando o resultado é negativo (as importações
são maiores que as exportações) denominamos déficit
comercial. Se o resultado positivo chamamos de superávit
comercial.
74. Déficit Pluviométrico: precipitação pluviométrica (chuva)
inferior às médias históricas de determinada região.
75. Deflúvio: escoamento superficial da água.
Aproximadamente um sexto da precipitação numa determinadaárea escoa como deflúvio. O restante evapora ou penetra no
solo. Os deflúvios agrícolas, das estradas e de outras
atividades humanas podem ser uma importante fonte de
poluição da água.
76. Degradação Ambiental: alteração poluidora, degradante
do meio ambiente.
77. Degradação da Camada de Ozônio: impacto ambiental
em escala mundial, provocado principalmente pela
decomposição de gases CFC’s em grande altitude (atmosfera),
liberando CI, que reagem com o ozônio (O3) da camada
protetora da atmosfera, possibilitando a maior passagem de
radiação, danosa para o meio ambiente.
78. Degradação do Solo: compreende os processos de
salinização, alcalinização e acidificação que produzem estados
de desequilíbrio fisico-químico no solo, tornando-o inapto para o
cultivo. Modificações que atingem um solo, passando o mesmo
de uma categoria para outra, muito mais elevada, quando a
erosão começa a destruir as capas superficiais mais ricas em
matéria orgânica.
79. Densidade Demográfica: é um número estabelecido
através da divisão da população total ou absoluta de um país
ou região determinada, por sua área em quilômetros
quadrados.
80. Depósitos Aluvias: áreas de acumulação de sedimentos
transportados pela drenagem.
81. Depósitos Aluvias: áreas de acumulação de sedimentos
transportados pela drenagem ou águas dos rios.
82. Depósitos Sedimentares: locais onde se depositam
pedaços de rochas e matéria orgânica (vegetal e animal).
83. Depressão Periférica: áreas deprimidas que aparecem
nas zonas de contato entre terrenos sedimentares de várias
eras com terrenos cristalinos Pré-Cambrianos.
84. Descentralização: dispersão ou distribuição das funções e
poderes de uma autoridade central para autoridades regionais
ou locais: pode também referir-se à redistribuição da população
e das atividades econômicas, industriais e comerciais dos
centros urbanos para áreas menos desenvolvidas.
85. Desemprego Estrutural: o desenvolvimento tecnológico
do capitalismo, por ser capital-intensivo, marginaliza a mão-de-
obra, provocando desemprego em todo o mundo. Também
chamado de desemprego marxista.
86. Desemprego Tecnológico: é o desemprego provocado
por inserção de novas tecnologias nos setores produtivos. O
mesmo que substituição do homem pela máquina.
87. Desenvolvimento Econômico: situação em que há
acumalação de riquezas, entretanto, com sua distribuição.
Sendo assim, desenvolvimento deve ser entendido não só do
ponto de vista quantitativo, mas sim de forma qualitativa.
88. Desenvolvimento Sustentado: teoria segundo a qual o
bem-estar da humanidade no futuro depende da conservação
dos recursos naturais. Em outras palavras, o desenvolvimento
sustentado permite o progresso para atender às necessidades
do presente, mas sem comprometer a capacidade das futuras
gerações de atender às suas próprias necessidades.
89. Deserto Humano: denominação atribuída a áreas com
densidades com densidades demográficas extremamente
baixas como são os desertos naturais, na sua maioria, as
grandes cadeias montanhosas e as densas florestas.
90. Desmatamento: ato ou efeito de derrubar árvores e
destruir matas e florestas de modo desordenado e abusivo.
Condenado por ecologistas a partir da década de 1970 como
nocivo ao equilíbrio ambiental. Também chamado
desflorestamento, é a prática de corte, capina ou queimada que
leva à retirada da cobertura vegetal existente em determinada
área em geral para fins de pecuária, agricultura ou expansão
urbana.
91. Desmetropolização: tendência que apresenta,
metrópoles, de crescerem menos que as cidades médias, num
dado país. Pode ser entendido também, como saída dos
habitantes, das metrópoles, rumo as cidades de menor porte.
92. Despejos Industriais: despejo líquido proveniente de
processos industriais, diferindo dos esgotos domésticos ou
sanitários. Denominado, também, resíduo líquido industrial.
93. Desperdício de Água: água perdida pelo mau uso. Isso
ocorre quando há perda de água nos encanamentos que levam-
na para as residências das pessoas, pelo consumo à toa por
parte dos consumidores. Na agricultura ocorre quando se
exagera no uso da água ao irrigar.
94. Distrito Federal: nem estado, nem município. O Distrito
Federal, que fica no meio do estado de Goiás, é um território
brasileiro diferente, dividido em 19 regiões administrativas. Uma
delas é Brasília, capital do Brasil e sede do governo do Distrito
Federal. As outras regiões administrativas são chamadas
cidades-satélite e foram construídas com o crescimento da
população. Dados gerais. Habitante: brasiliense. População:
2.051.146 (2000). Capital: Brasília. Área: 5.801,9 km2. Clima:
tropical. Vegetação: cerrado. Rio principal: Paranoá. Relevo:
planalto de relevo suave. Ponto mais alto: pico do Roncador, na
serra do Sobradinho, com 1.341 metros.
95. Divisor de Águas: linha que separa a direção para onde
correm as águas pluviais, ou bacias de drenagem. Um exemplo
de divisor de água é a montanha.
96. Drenagem Exorréica: são os rios que direta ou
indiretamente (caso dos afluentes) deságuam no mar.
97. Dumping Social: ocorre quando uma sociedade ou
comunidade é lesada, quando se paga baixos salários para a
confecção de uma mercadoria. Neste caso, em geral, há
superexploração da mão-de-obra, havendo escravidão de
menores, de armazém, escravidão branca, em suma. Um bom
exemplo é a produção de bolas de futebol de empresas
famosas na Indonésia por crianças. Neste caso esta-se lesando
a cidadania destes menores.
98. Dumping: é a prática desleal de preços abaixo do custo no
comércio internacional. Venda de produtos a preços mais
baixos que os custos, com a finalidade de eliminar concorrentes
e conquistar fatias maiores de mercado. No mercado externo, o
dumping pode ser persistente quando há subsídios
governamentais para incremento das exportações e as
condições de mercados permitem uma discriminação de preços
tal que a maior parte da lucratividade seja conseguida no
mercado interno.
99. Eclusa: é uma comporta que promove o represamento da
água até níveis que tornem navegáveis toda a extensão do rio.
São construídas, no geral, ao lado de represas, para a subida
ou descida das embarcações.
100. Ecocapitalismo: tendência a utilizar a natureza de uma
forma mais racional. Esta postura está na linha da
ecossustentação, equilíbrio dinâmico ou desenvolvimento
sustentado.
101. Eco-Histérico: indivíduo, geralmente bem intencionado,
que promove (em geral de forma precipitada) grande
estardalhaço em torno de assuntos ecológicos, sem ter
necessariamente conhecimento técnico e cientifico dos temas
em questão; ecochato.
102. Ecologia: disciplina cientifica batizada pelo biólogo Ernst
Haeckel (1834-1919), na obra Morfologia dos Organismos, de
1866, que tem como função estudar as relações entre as
espécies e seu ambiente orgânico e inorgânico. Do grego, Eco
– casa - e logos (logia) – estudo -, ou ciência.
103. Ecologismo: tendência de se preservar o meio ambiental
a qualquer custo.
104. Ecomalthusianista: corrente vinculada a Estocolmo 72 e
ao Clube de Roma, que prega ser necessário controlar o
número de pobres do planeta para que estes não venham
exaurir (esgotar) com os recursos naturais do globo.
105. Ecomigrante: termo apareceu num número especial da
revista Time em 1997, para designar a legiões de pessoas que,
devido à degradação ou outros problemas ambientais, são
levadas a migrar de suas regiões de origem para outras regiões
ou países.
106. Economia de Subsistência: a produção e o consumo
constituem os processos básicos da economia. Na economia de
subsistência, os dois processos se confundem, sendo que a
produção esta voltada para o consumo dos próprios produtores.
Na economia de subsistência, não há separação geográfica
entre produção e consumidores.
107. Educação Ambiental: processo de aprendizagem e
comunicação de problemas relacionados à interação dos
homens com seu ambiente natural. É o instrumento de
formação de uma consciência,através do conhecimento e da
reflexão sobre a realidade ambiental
108. Efeito Estufa: na verdade o efeito estufa acontece há
milhões de anos impedindo o planeta de virar uma pedra
gelada, mantendo sua temperatura média em cerca de 15ºC,
portanto, é um processo natural. Quando alterado pela ação do
homem, temos o “efeito estufa”, efeito estufa , efeito estufa ou
ainda, efeito de estufa, que consiste no seguinte: o carbono em
forma de dióxido e monóxido, sobe às camadas mais elevadas
da atmosfera, formando nuvens e uma espessa camada, que
permite a entrada dos raios solares, mas não deixa sair o calor
do planeta causando, desta forma, a subida da temperatura do
planeta.
109. EIA/RIMA: Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de
Impacto do Meio Ambiente. É um estudo obrigatório para
empreendimentos de maior porte, onde se avaliará o ambiente
antes da sua implantação, prevendo-se os possíveis impactos
ambientais, positivos e negativos, durante e após as obras,
propondo ainda como minimizar os negativos. Se o EIA/RIMA
for reprovado pelo Conselho de Meio Ambiente (Federal ou
Estadual, dependendo da abrangência do empreendimento), a
obra não será permitida.
110. Encosta: declive nos flancos de um morro, de uma colina
ou uma serra.
111. Energia Alternativa: energia obtida a partir de outras
fontes que não são a força nuclear ou os tradicionais
combustíveis fósseis, constituindo seus melhores exemplos as
energias solar e eólica, a geotermal, as ondas do mar e os
combustíveis de biomassa.
112. Equador Térmico: região em que o Sol passa
perpendicular em um dado dia. A mudança do Equador Térmico
se dá com o movimento de translação efetuado pela Terra em
torno do Sol. O Equador Térmico marca o leste solar.
113. Equador: círculo máximo da esfera terrestre, perpendicular
ao eixo da Terra. Círculo máximo que divide a terra em dois
hemisférios: Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. Linha
imaginária traçada sobre a máxima circunferência terrestre,
eqüidistante dos pólos, que divide o planeta nos hemisférios
norte e sul.
114. Equilíbrio Dinâmico: uma condição caracterizada por um
equilíbrio geral no processo de modificação de um ecossistema,
possibilitado pela sua capacidade de resistir a transformações
significativas. Este estado dinâmico de equilíbrio possibilita uma
estabilidade relativa da estrutura e função do ecossistema,
apesar de haver modificações e perturbações constantes, em
pequena escala.
115. Equilíbrio Ecológico: equilíbrio do fluxo de energia em um
determinado ecossistema.
116. Equinócio: nos equinócios, a duração do dia e da noite em
qualquer ponto da Terra que não nos pólos é igual. Esta é a
razão do nome, originário do latim aequinoctium (dia igual à
noite). É bom lembrar que os equinócios se dão em mesmas
latitudes. São os dois momentos em que durante o ano o Sol
cruza o equador celeste, uma vez em direção do Sul ao Norte
(aproximadamente em 21 de março), e outra do Norte ao Sul
(aproximadamente em 23 de setembro). Marca o início da
primavera e do outono, opostos para os dois hemisférios.
117. Era Arqueozóica: primeira era da Terra, onde a 4 bilhões
de anos apareceram nos mares as primeiras formas de vida.
118. Era Azóica: ausência de Vida.
119. Era Cenozóica: aparecimento do homem, dos atuais
continentes e oceanos. E a mais recentes das eras geológicas
tendo início há cerca de 70 milhões de anos.
120. Era Mesozóica: surgimento dos primeiros répteis
gigantescos (dinossauros) e vulcões.
121. Era Paleozóica: surgimento dos primeiros peixes, anfíbios,
florestas e das sedimentares (formada pelo acúmulo de restos
de outras rochas). Teve origem há uns 500 milhões de anos
atrás e durou cerca de 300 milhões de anos. Nos seus períodos
(Carbonífero e Permiano) ocorreu o soterramento de enormes
florestas, que originou, com o tempo, o carvão mineral.
122. Era Pré-Cambriana: surgimento dos primeiros seres vivos
e das primeiras rochas.
123. Era Vargas: período inimterupto de governo, 15 anos, de
Gétulio Vargas que vai de 1930 a 1945.
124. Erosão Eólica: consiste na retirada de sedimentos sob a
ação do vento. Ela e bastante destrutiva de solos férteis e,
muitas vezes, provoca soterramentos de cidades.
125. Erosão Fluvial: trabalho contínuo e espontâneo das águas
correntes, na superfície do globo terrestre.
126. Erosão Pluvial: fenômeno de destruição dos agregados do
solo pelo impacto das gotas da chuva.
127. Erosão: desgaste das formas de relevo. Desgaste do solo
devido ao vento, à chuva, ou a outras forças da natureza.
128. Escravidão de Armazém: é originária do antigo regime do
"barracão", desenvolvido/ consolidado no final do século XIX e
início do XX durante o ciclo da borracha. Há escravidão de
armazém quando o empregado não dá conta de quitar suas
dívidas com o seu patrão, ficando sujeito a trabalhar para a
quitação de uma dívida que nunca termina, dívida esta que foi
contraída no armazém (rancho) da fazenda.
129. Escravidão de Menores: o termo se refere ao uso de
mão-de-obra barata de menores que são utilizados, por
exemplo, em carvoarias no interior do Brasil, ou ainda na
confecção de bolas da Nike na Indonésia.
130. Escudos Cristalinos ou Maciços Antigos: são
compostos por rochas (ígneas ou magmáticas e metamórficas)
e constituem estruturas bastante resistentes ou rígidas. De
idades geológicas bem antigas, da era Pré-cambriana
(arqueozóico e proterozóico) e da Paleozóica, dão origem a
relevos planálticos e, eventualmente, a algumas depressões
(áreas rebaixadas).
131. Espaço Gênico: do livro Gênesis. Significa aquele espaço
não modificado pelo homem.
132. Espaço Geográfico: é o lugar onde a humanidade vive e
no qual produz modificações, sendo o espaço modificado pela
ação do homem. O nível de modificação depende dos níveis de
técnicas que são utilizadas, sendo desta forma, modificações
culturais.
133. Espigão: linha que divide as águas de uma região.
Ponto culminante de um telhado.
134. Estudo de Impacto Ambiental: estudo realizado por
determinação da legislação, composto de mapas, gráficos,
explicações e conclusões técnicas, destinado a avaliar as
modificações que se operarão no meio ambiente ao se construir
uma obra. Sigla. EIA.
135. Etnia: conjunto de pessoas que se identificam por alguns
traços comum de cultura, entre eles a língua, a religião o
folclore, a origem. Por exemplo, os judeus não são uma raça,
eles constituem uma etnia de base religiosa.
136. Eutrofização de Água – Cultural: processo pelo qual
aumenta-se o nível de nutrientes em um copo d’água. Em
condições normais, esse processo é muito vagaroso. Quando e
eutrofização é acelerada por deflúvios da agricultura ou outras
atividades humanas, o processo é denominado eutrofização
cultural. A eutrofização acelerada é problemática, porque
resulta na retirada de oxigênio da água, matando os peixes ou
outras formas de vida aquática não-vegetais.
137. Evapotranspiração: quantidade de água liberada do solo
e de corpos d’água (evaporação) e também a proveniente de
organismos vivos (transpiração). Ou seja, todo o vapor d’água
naturalmente liberado num determinado local, através de
processos físicos e biológicos.
138. Êxodo Rural: saída do meio rural de uma grande
quantidade de pessoas.
139. Exorréica: quando a drenagem da água de um rio se faz
de modo contínuo até o mar ou oceano.
140. Expectativa de Vida: quanto se espera viver quando se
nasce. Este índice é obtido pela média da idade dos mortos do
ano anterior.
141. Exploração Direta: é a exploração que é feita pelo
proprietário e sua família, podendo ou não contratar
empregados.
142. Extensão Longitudinal: extensão no sentido leste-oeste.
143. Fauna: conjunto de espécies animais que vivem numa
determinada área em um período.
144. Fertilidade do Solo: capacidade de produção do solo
devido à disponibilidade equilibrada de elementos químicos
como potássio, nitrogênio, sódio, ferro, magnésio e a conjunção
de alguns fatores comoágua, luz, ar, temperatura e da
estrutura física da terra.
145. Fertilizante: substância natural ou artificial que contém
elementos químicos e propriedades físicas que aumentam o
crescimento e a produtividade das plantas, melhorando a
natural fertilidade do solo ou devolvendo os elementos retirados
do solo pela erosão ou por culturas anteriores. Adubo.
146. Fitogeografia: ramo da biogeografia que estuda a origem,
distribuição e associação das plantas na superfície da Terra.
Também chamada de geobotânica ou geografia das plantas.
147. Floresta Amazônica ou Floresta Latifoliada Equatoria l:
é uma mata heterogênea, com milhares de espécimes vegetais
(muitas sem classificação científica), e perene, ou seja, sempre
verde – não perde as folhas no outono / inverno, como árvores
de climas temperados e frios. É uma floresta densa e intricada,
isto é, em que as plantas crescem bastante próximas umas das
outras (além da ocorrência comum de plantas parasitas), e
costuma ser dividida em três tipos de matas, de acordo com
sua proximidade em relação aos rios: mata de igapó, mata de
várzea e mata de terra firme, ou caaetê.
148. Floresta Tropical: tem plantas com folhas largas e uma
grande variedade de espécies em uma mesma região. O solo
tem poucos nutrientes e as plantas se alimentam de húmus,
uma massa formada pela decomposição de galhos, troncos e
folhas. Esta vegetação se desenvolve nas baixas latitudes, em
regiões quentes e úmidas. Possui folhas perenes e largas
(latifoliadas), que absorvem mais energia solar. A cobertura
vegetal é densa e contínua, com espécies que chegam a atingir
até 60 m de altura. Esse tipo de vegetação existe na maior
parte da América do Sul, na América Central, no centro e no sul
da África, em Madagascar e no sul e sudeste da Ásia.
149. Floresta: conjunto natural de plantas e de animais, com
predominância de árvores, que protegem o solo contra o
impacto direto do sol, dos ventos e das chuvas. Importantes
para seres humanos, por oferecem produtos e garantirem o
equilíbrio ambiental, reduzindo, por exemplo, o perigo do
aquecimento global.
150. Florestas Tropicais: situadas na faixa equatorial, onde há
muita chuva e umidade. Contém pelo menos metade das
espécies vivas do Planeta, muitas das quais ainda
desconhecidas pela Ciência, mas que podem ter qualidades
medicinais, alimentares ou servir como matérias-primas. Além
disso, as "massas florestais" ajudam a retirar gás carbônico da
atmosfera pela fotossíntese, o que reduz o aquecimento global.
Florestas são ameaçadas pela cobiça em torno da madeira
nativa, e pelos novos usos do solo para a expansão agrícola, a
pecuária ou urbanização.
151. Frente Pioneira: é a ocupação dirigida ou espontânea de
áreas até então não organizadas agricolamente, em um ritmo
acelerado e com um povoamento sedentário. Como exemplo de
tal fenômeno podemos citar os povoamentos agrícolas do
Oeste Paulista, do Norte do Paraná, da Amazônia e do Centro-
Oeste no Brasil; os povoamentos agrícolas do Oeste dos
Estados Unidos, em trechos da Transiberiana na URSS e no
Oeste da China.
152. Fronteira Agrícola: região onde está havendo a expansão
dos desmatamentos e, por conseqüência, dos plantios e próprio
de conflitos pela terra.
153. Funai: Fundação Nacional do Índio, órgão do governo
federal responsável pela condução da política indigenista.
154. Função Social da Propriedade Rural: o poder de domínio
que o proprietário de bem público ou particular exerce sobre o
solo rural só é tutelado juridicamente se atender aos requisitos
de aproveitamento e utilização dos recursos naturais, observar
as disposições que regulam as relações de trabalho e oferecer
bem estar aos proprietários e empregados.
155. Garimpo: extração de minérios através de técnicas
tradicionais, baseado no trabalho no trabalho manual do
garimpeiro.
156. Gato: aquele que ao contratar um empreitada com um
fazendeiro alicia os bóia-fria para executá-la. Desse ato surge,
na maioria das vezes, a escravidâo de armazém.
157. Genocídio: noção criada em 1946, no processo de
Nuremberg (em que foram julgados criminosos de guerra
alemães), e designa o extermínio sistemático dos judeus pelos
nazistas. Logo se estendeu também ao extermínio dos índios
do continente americano. Mas o termo genocídio remete à idéia
de “raça” e ao desejo de exterminar um grupo étnico mediante
sua destruição física.
158. Gestão Ambiental: o conceito original de gestão ambiental
diz respeito à administração, pelo governo, do uso dos recursos
ambientais, por meio de ações ou medidas econômicas,
investimentos e providências institucionais e jurídicas, com a
finalidade de manter ou recuperar a qualidade do meio
ambiente, assegurar a produtividade dos recursos e o
desenvolvimento social. Este conceito, entretanto, tem se
ampliado nos últimos anos para incluir, além da gestão pública
do meio ambiente, os programas de ação desenvolvidos por
empresas para administrar suas atividades dentro dos
modernos princípios de proteção do meio ambiente.
159. Getúlio Vargas: presidente do Brasil de 1930 a 1945 e de
1951 a 1954. Getúlio Dornelles Vargas nasceu na cidade de
São Borja, no Rio Grande do Sul, em 1882. Getúlio liderou a
Revolução de 1930, em que derrubou o presidente Washington
Luís e assumiu seu lugar. Ocupou a Presidência nos 15 anos
seguintes. Em 1937, decretou o Estado Novo. Seu governo não
foi democrático, isto é, o povo não podia participar das
decisões, havia censura e repressão. Apesar disso, Getúlio
Vargas foi responsável pela organização de leis trabalhistas,
como o salário mínimo, as férias remuneradas e a jornada de
trabalho de 48 horas por semana. Ele foi obrigado pelos
militares a deixar a Presidência em 1945. Em 1950, no entanto,
voltou ao cargo, dessa vez pelo voto direto. Em 1954, devido a
uma crise política, Getúlio se suicidou, no Palácio do Catete, no
Rio de Janeiro.
160. Goiás: Estado da Região Centro-Oeste. Dados gerais.
Habitante: goiano. População: 5.003.228 (2000). Capital:
Goiânia. Área: 340.117,6 km2. Clima: tropical. Vegetação:
cerrado com faixas de floresta tropical. Rios principais:
Paranaíba, Aporé, Araguaia, Paranã, das Almas. Relevo:
planalto, chapadas e serras na maior parte e depressões ao
longo de vales.
161. Grão-Pará: a área e denominação desse Estado variaram
em função do avanço da colonização da Amazônia. No início,
abrangia apenas o Maranhão e o Pará. Mais tarde passou a
incluir a Capitania do Rio Negro, na Amazônia Ocidental, Criada
em 1755.
162. Grau de Urbanização: é a proporção da população total
(de uma dada unidade territorial político-administrativa) que
habita zonas classificadas como urbanas.
163. Greenpeace: é uma entidade internacional sem fins
lucrativos, ligada a questão ambiental, fundado em 1971,
Canadá, que cresceu muito rapidamente. Em 1979, sete países
já tinham escritórios Greenpeace e foi necessário criar uma
instância internacional de decisão e supervisão. Nascia o
Greenpeace Internacional (G.P.I), sediado em Amsterdã.
164. Grilagem: apropriação ilícita de terras por meio da
expulsão de seus proprietários, posseiros ou índios. Também
denomina a legalização do domínio da terra através de
documento falso.
165. Grileiro: os grileiros são falsificadores de títulos de
propriedade da terra. Os títulos falsificados servem para
legalizar o controle das terras “griladas” pelos latifúndios e
permitir a expulsão dos posseiros. O inseto, grilo, posto numa
caixa com as escrituras, faz com que estas envelheçam muito
rapidamente. Basta datá-las com data anterior para consumar a
posse ilegal. Daí o termo grilagem.
166. Guaraná: grande cipó amazônico com flores pequenas,
cuja cápsula fornece sementes ricas em substâncias excitantes,
usadas na fabricação de refrigerantes e medicamentos.
167. Guerra Fiscal: disputa do poder público, municípios,
estados ou países, para atrair empresas, dando-lhes facilidades
tais como: insenções de impostos, terrenosou financiamentos.
168. Guimarães Rosa: escritor mineiro, autor de Grande
Sertão: Veredas. João Guimarães Rosa nasceu em 1908, na
cidade de Cordisburgo, em Minas Gerais. Desde criança
gostava de estudar línguas estrangeiras, como o francês e o
alemão. Formou-se em medicina, mas só trabalhou como
médico por alguns anos. Gostava mesmo era de escrever. Em
1946 publicou seu primeiro livro, uma coletânea de contos
chamado Sagarana. Só ficou conhecido como escritor dez anos
depois, quando publicou Corpo de Baile e Grande Sertão:
Veredas. Seus livros ficaram famosos porque ele escrevia com
muita criatividade. Inventava palavras novas e também usava
termos antigos e regionais, que poucas pessoas conheciam.
Muitas de suas histórias foram adaptadas para a televisão.
Grande Sertão: Veredas foi uma delas. Ganhou muitos prêmios,
entre eles o Machado de Assis, da Academia Brasileira de
Letras, pelo conjunto de sua obra. Morreu no Rio de Janeiro,
em 1967.
169. Hidrófilo: diz-se de ou planta adaptada à vida na água ou
em ambientes encharcados. Que gosta de água. Que absorve
bem a água. Que é polinizado pela água.
170. Hidrografia: parte da ciência geográfica que estuda as
águas.
171. Hidromorfismo: o termo refere-se a solos que apresentam
excesso de água em seu perfil.
172. Hiléia: a floresta amazônica.
173. Hipótese Gaia: teoria que propõe que a Terra e sua
atmosfera funcionam como um organismo autoregulador.
Muitas sociedades consideraram a Terra como um ser vivo,
sendo que a hipótese utiliza o nome da deusa grega da terra.
Alguns acreditam que esta teoria aponta para a fragilidade
essencial da Terra e os perigos dos distúrbios causados pelo
homem no meio ambiente. Outros proponentes da Hipótese
Gaia enfatizam a interdependência do Homem com os solos, os
oceanos, as florestas, a "biomassa", etc. Um terceiro grupo
argumenta que, por ser a Terra um organismo auto-regulador,
adaptar-se-á às mudanças causadas pelo homem.
174. Hipsometria: é a representação altimétrica do relevo de
uma região no mapa, pelo uso de cores convencionais.
175. Horizonte A: mistura de material orgânico e mineral, perda
por lixiviação de argila, ferro ou alumínio.
176. Horizonte B: concentração de material lixiviado e
transportado do horizonte A. Máxima expressão de cor e
textura.
177. Horizonte C: material pouco afetado pelos organismos
vivos, mas pode estar bem intemperizado.
178. Horizonte C: material pouco afetado pelos organismos
vivos, mas pode estar bem intemperizado.
179. Horizonte R: rocha consolidada que deu origem ao solo.
180. Horizontes do Solo: como os intemperismos físico e
químico atuam de forma diferente, surgem, no solo, estruturas e
camadas com aspectos diferentes ao que denominamos
horizontes do solo.
181. IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico. Orgão
vinculado a Secretaria de Planejamento da Presidência da
República. Sua atribuição básica consiste em fornecer
informações e estudos de natureza estatística, geográfica,
cartográfica, demográfica, de recursos naturais, etc.
necessários ao conhecimento da realidade física, econômica e
social do país para fins de planejamento econômico e social e
segurança nacional.
182. Ictiofauna: conjunto de peixes próprios de uma região.
183. Identidade Regional: conjunto de características próprias
de uma região, que a diferenciam das outras.
184. IDH: Índice de Desenvolvimento Humano. Índice que mede
o grau de desenvolvimento de países levando em consideração
fatores como a distribuição da renda, de saúde (taxas de
mortalidade infantil e adulta) educação (taxas de alfabetização),
desigualdades de oportunidades entre homens e mulheres,
sistemas de governo entre outras.
185. Igarapés: canais naturais que formam estreitas passagens
entre duas ilhas ou entre uma ilha e uma terra firme. Em língua
tupi, significa “caminho das águas”.
186. Ilha Fluvial: é aquela que é circundada apenas por água
doce, aparecendo no leito de um rio.
187. Impacto Ambiental: alteração provocada ou induzida pelo
homem, com efeito temporário ou permanente das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente.
188. Imtemperismo Físico: desgaste da rocha feito por força
mecânica tal como pela ação do gelo ou do vento.
189. Imtemperismo Químico: é fruto das reações químicas
entre os elementos da água e dos fungos e liquens que
penetram nos poros das rochas, desagregando-a.
190. Índice Pluviométrico Anual: é a quantidade de chuva que
cai em uma região durante um ano. Para fazer essa medição,
os especialistas usam um aparelho chamado pluviômetro, que
mede a água em milímetros (mm).
191. Intemperismo: conjunto de processos mecânicos,
químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e a
decomposição das rochas.
192. IPH: Índice de Pobreza Humana.
193. Isoietas: linhas que ligam pontos de mesma pluviosidade.
194. Isoípsas: linhas que ligam pontos de mesma altitude.
195. Isolinha: linha que une pontos onde ocorrem fenômenos
semelhantes e na mesma medida.
196. Laterita: rocha secundária, formada pelo intemperismo
laterítico, em regiões quentes e úmidas tropicais ou
subtropicais. É rica em ferro e alumínio.
197. Laterização: nas regiões onde há duas estações bem
definidas – uma chuvosa e outra seca – ocorre uma
concentrção de hidróxido de ferro e alumínio no solo. A partir
dessa concentração, forma-se uma crosta dura de ferrugem
chamada laterita, que dificulta o manuseio da terra.
198. Latifoliada: refere-se a vegetação que possui folhas
bastante largas.
199. Latifúndio Por Dimensão: aqueles que são analisados
simplesmente pelo tamanho da terra, por sua extensão,
produzindo normalmente para exportação.
200. Latifúndio Por Exploração: além de serem áreas
enormes, não produzem nada além de valorização imobiliária
aos seus proprietários.
201. Latifúndio: Grande propriedade agrícola
202. Latitude: é a menor distância de um lugar qualquer da
superfície terrestre até a linha do Equador. A latitude varia de 0
a 90º, tanto para o norte como para o sul do Equador.
203. Legislação Ambiental: conjunto de regulamentos jurídicos
especificamente dirigidos às atividades que afetam a qualidade
do meio ambiente.
204. Leito Maior Sazonal: calha alargada ou maior de um rio,
ocupada em períodos anuais de cheia.
205. Leito Maior: calha alargada do rio, utilizada em períodos
de cheia. Banqueta de forma plana, inclinada levemente na
direção de jusante e situada acima do nível das águas, na
estação seca. O leito maior dos rios é ocupado anualmente,
durante a época das chuvas ou então por ocasião das maiores
cheias.
206. Leito Menor: canal ocupado pelo rio no período das águas
baixas. Canal por onde correm, permanentemente, as águas de
um rio, sendo a sua seção transversal melhor observada por
ocasião da vazante.
207. Leito: local onde as águas de um rio correm.
208. Lençol Freático: camada onde se acumulam as águas
subterrâneas.
209. Lixiviação: processo que sofrem as rochas e solos, ao
serem lavados pela água das chuvas. Nas regiões intertropicais
de clima úmido os solos tornam-se estéreis com poucos anos
de uso, devido, em grande parte, aos efeitos da lixiviação, que
remove os materiais solúveis por água percolante.
210. Luiz Inácio Lula da Silva: líder sindicalista e político.
Presidente eleito do Brasil em 2002. Luiz Inácio Lula da Silva
nasceu em 1945, na cidade de Garanhuns, em Pernambuco.
Filho de lavradores, mudou-se com a mãe e sete irmãos para
Santos, em 1952, cidade para onde o pai havia se mudado
anos antes. Aos 9 anos já trabalhava como vendedor
ambulante e, aos 15, tornou-se torneiro mecânico. Em 1975,
Lula assumiu a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Bernardo e Diadema. Em 1978 liderou uma grande greve
de operários. Naquela época, as greves eram proibidas pelos
militares que governavam o Brasil, e Lula chegou a ser preso
por sua luta no sindicato. No ano seguinte, ele ajudou a fundar
o Partido dos Trabalhadores (PT),e tornou-se seu primeiro
presidente. Lula lutou a favor das eleições diretas para
presidente. Elegeu-se deputado federal em 1986 e concorreu à
Presidência da República em 1989, sendo derrotado por
Fernando Collor de Mello. Em 1994 e 1998 também foi
candidato à Presidência, e perdeu para Fernando Henrique
Cardoso. Em 2002, Lula foi eleito presidente da República ao
derrotar José Serra, candidato do Partido da Social Democracia
Brasileira.
211. Maciço: termo descritivo, usado em geografia para as
áreas montanhosas que já foram, parcialmente, erodidas, ex.:
maciço armoricano (Bretanha), maciço guiano, maciço brasileiro
etc. São áreas antigas e já desgastadas pelo processo erosivo,
não apresentando assim, formas abruptas.
212. Maciços Montanhosos: são montanhas de formação
antiga, apresentando cumes arredondados.
213. Macroclima: clima geral: compreende as grandes regiões
e zonas climáticas da terra e é o resultado da situação
geográfica e orográfica.
214. Macrorregião: região extensa com características naturais
gerais mais ou menos homogêneas, em contraposição à
microrregião. Ex.: Região Norte ou Sudeste do Brasil.
215. Madeira: um dos rios mais caudalosos do mundo e o mais
importante afluente do Amazonas. Banha os Estados do Mato
Grosso e Amazonas. Tem um curso de 3.354 Km. Entre seus
principais afluentes estão o Aripuanã, Araponga e Marmelos.
216. Maquilladoras: tipo de indústria que se localizam em
estratégicos, por exemplo, divisas de países, para aproveitar
facilidades tais como: mão-de-obra barata, facilidades de
transporte. Na verdade são indústrias de fachada pois só
montam o que é produzido em outros países.
217. Maranõn: um dos nomes que recebe o rio Amazonas em
território peruano, onde nasce, antes de entrar no Brasil. Outros
nomes são: Vilcanota e Ucaiali.
218. Marcha Para o Oeste: marcha para o oeste é um
fenômeno de “todo” o mundo. Aqui falaremos especificamente
da Marcha Para o Oeste de Getúlio Vargas no Brasil. Foi dentro
desta política federal de "Marcha para o Oeste" que se deu a
construção de Goiânia, marco fundamental deste primeiro ciclo
de expansão de Goiás sob novos moldes. Em 1940 Vargas
definiu o sentido da interiorização. "Torna-se imperioso localizar
no centro geográficas do País, poderosas forças capazes de
irradiar e garantir a nossa expansão futura. Do alto dos nossos
chapadões infindáveis, onde estarão, amanhã, grandes celeiros
do País, deverá descer a onda civilizadora para as planícies do
Oeste e do Nordeste", declarou. Goiânia não representou
apenas uma cidade a mais no Brasil. Foi o ponto de partida de
um ciclo de expansão do Oeste, fator de desenvolvimento
nacional, fator de unificação política. Goiânia seria uma nova
forma de bandeirantismo.
219. Maritimidade: influência marítima sobre um clima, mesmo
em áreas interiores do continente.
220. Massa equatorial continental (mEc): massa de ar quente
e úmida, com centro de origem na parte ocidental da Amazônia,
domina a porção noroeste da Amazônia durante praticamente
todo o ano.
221. Massa tropical atlântica (mTa): massa de ar quente e
úmida, originária do oceano Atlântico nas imediações do trópico
de Capricórnio, exerce enorme influência sobre a faixa litorânea
do Brasil do (de Nordeste até o sul).
222. Massa tropical Continental (mTc): massa de ar quente e
seca, origina-se nas depressões do Chaco (partes da Argentina
e do Paraguai) e abrange uma área de atuação muito limitada,
permanecendo em sua região de origem durante quase todo
ano, às vezes sofrendo uma retração pela penetração da frente
polar.
223. Massas de Ar: são porções de ar com características
parecidas de umidade, pressão e temperatura.
224. Mata Ciliar: vegetação que ocorre ao longo dos rios,
exercendo influência direta no regime deles, e que se
desenvolve na área de inundação, e que tem altura média entre
8 e 15m. Mata costeira.
225. Mata de Igapó: mata que na Floresta Amazônica está
sempre inundada pelos rios.
226. Mata de Terra Firme, ou Caaetê: mata característica da
Floresta Amazônica, que recobre os baixos planaltos
sedimentares, áreas não afetadas pelas inundações fluviais.
Este tipo de mata abrange a maior parte da Floresta Amazônica
e possui plantas de maior porte em relação aos dois anteriores,
como a castanheira (Bertholletia excelsa), o caucho, a quaruba
(que chega a atingir 60 metros de altura), o guaraná e outras
espécies.
227. Mata de Várzea: mata característica da Floresta
Amazônica, sujeita ás inundações periódicas ao longo dos rios,
destacando-se ali a seringueira (Hevea brasiliensis), a
sumaúma e outras.
228. Mata Galeria: é a vegetação que no domínio do cerrado
acompanha os vales fluviais. Apresenta-se com árvores de
maior porte que o cerrado. É, também, uma vegetação bem
mais diversificada.
229. Mato Grosso do Sul: Estado brasileiro da região Centro-
Oeste. Dados gerais. Habitante: sul-mato-grossense.
População: 2.078.001 (2000). Capital: Campo Grande. Área:
357.139,9 km2. Clima: tropical. Vegetação: cerrado a leste,
Pantanal a oeste, floresta tropical ao sul. Rios principais:
Paraguai, Paraná, Paranaíba, Aquidauana, Taquari,
230. Mato Grosso: Estado brasileiro da região Centro-Oeste.
Dados gerais. Habitante: mato-grossense. População:
2.504.353 (2000). Capital: Cuiabá. Área: 903.386,1 km2. Clima:
tropical. Vegetação: cerrado na metade leste, floresta
Amazônica a noroeste, pantanal a oeste. Rios principais:
Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Piqueri,
Cuiabá, das Mortes. Relevo: planalto e chapadas no centro,
planície com pântanos a oeste e depressões e planaltos
residuais ao norte. Ponto mais alto: serra Manto Cristo, com
1.118 metros.
231. Meandro: sinuosidades descritas pelos rios, formando, por
vezes, amplos semi-círculos, em zonas de terrenos planos,
sendo então, chamados de meandros divagantes.
232. Meeiro: aquele que fica com metade da produção. A
meiagem é muito utilizada em agricultura itinerante, onde o
meeiro fica com metade da produção entrando com a força de
trabalho, enquanto o seu patrão, o dono da terra, entra com a
semente e o adubo, além, é claro, da terra.
233. Meio Técnico-Científico-Informacional: Milton Santos, o
mais importante geógrafo brasileiro, desenvolveu, em A
natureza do espaço (Hucitec, 1996), o conceito de meio
técnico-científico-informacional. O meio técnico é um produto da
era industrial. Caracteriza-se pela “emergência do espaço
mecanizado”, ou seja, por sistemas técnicos que se sobrepõem
ao meio natural. O meio técnico-científico-informacional é “a
expressão geográfica da globalização”. As redes de informação
difundem-se, desigualmente, para o mundo inteiro. O “mundo
artificial” rompe os limites das cidades e passa a abarcar o
meio rural. “Cria-se um verdadeiro tecnocosmo, uma situação
em que a natureza natural, onde ela ainda existe, tende a
recuar, às vezes brutalmente”. A imagem de cabos de fibra
óptica, ancorados no leito oceânico ou enterrados sob os
canteiros das rodovias, proporciona uma aproximação do
conceito.
234. Meridional: relativo a, ou pertencente ao sul. O mesmo
que austral e o contrário de setentrional, norte ou boreal.
235. Metrópoles Nacionais: são as cidades cuja a importância
é tão significativa que se reflete em todo o país. É nelas que se
localizam os mais poderosos veículos de comunicação, os
serviços mais desenvolvidos em qualidade e em nível
tecnológico, as sedes das mais importantes empresas
comercias, industrias ou financeiras que operam no país,
alguns dos principais pólos culturais, tecnológicos e médico-
hospitalares.
236. Metrópoles Regionais: são as cidades que organizam
uma expressiva rede de centros urbanos ao seu redor,
polarizando política, social e economicamente um grande
espaço, que independe dos limites político – administrativos no
interior do país.
237. Microclima: particularidade climática de uma pequena
área, diferenciada das condições dominantes nas áreaspróximas.
238. Módulo Rural: é toda propriedade rural, explorada
diretamente pelo proprietário e sua família, de onde conseguem
tirar o seu sustento.
239. Monocultura: regime agrícola em que, no mesmo espaço,
ocorre apenas a exploração de uma única cultura.
240. Ocupação do Solo: ação ou efeito de ocupar o solo,
tomando posse física do mesmo, para desenvolver uma
determinada atividade produtiva ou de qualquer índole,
relacionada com a existência concreta de um grupo social, no
tempo e no espaço geográfico.
241. Oeste ou Ocidente: onde se põe o sol
242. Oiapoque: é um dos municípios brasileiros que fica mais
ao norte do nosso Brasil. Ele faz divisa com a Guiana Francesa.
243. Organizações Não-Governamentais: quando um grupo
de pessoas sem ligação com governos, sindicatos nem com
partidos políticos se organiza para trabalhar em projetos
sociais, pela defesa dos direitos humanos ou do meio ambiente,
sem ganhar dinheiro com isso, forma o que chamamos de
organização não governamental ou ONG. As ONGs se parecem
com empresas – têm presidente, secretários, conselheiros,
tesoureiros. A diferença é que todo o dinheiro arrecadado deve
ser aplicado nos projetos desenvolvidos pela ONG. Algumas
organizações trabalham só em algumas regiões de uma cidade
ou estado, outras têm alcance nacional e outras, ainda, atuam
em todo o mundo.
244. Orientação: é o mesmo que orientar-se. Significa
determinarmos a nossa posição em relação aos pontos
cardeais.
245. Orogênese: (do grego ôros, “relevo”, e gêneses, “origem”)
o termo que designa, em geologia, o conjunto dos movimentos
cíclicos responsáveis pelo aparecimento das montanhas e de
produção da crosta continental, sendo também chamado
orogenia.
246. Paraguai: rio da América do sul que nasce na Serra dos
Parecis no Mato Grosso e deságua na margem direita do rio
Paraná na fronteira com o Paraguai. Curso: 2.220 Km dos quais
1.400 Km banham o Brasil. Seus principais afluentes são o São
Lourenço, Cuiabá e Jauru.
247. Parque Nacional do Xingu: abrange mais de 2,6 milhões
de hectares e abriga quase 3 mil índios. Localiza-se no norte de
Mato Grosso, no alto vale do Rio Xingu.
248. Pedologia: ciência que, do ponto de vista agrícola, estuda
os solos, sua morfologia, composição, distribuição espacial e
classificação. O mesmo que Edafologia.
249. Perfil do Solo: é o conjunto de estruturas e camadas
apresentadas quando realizamos um corte da superfície até a
rocha que deu origem a um solo.
250. Pesticida: produto químico destinado a combater pragas
agrícolas.
251. Planície Aluvial: planície formada pela acumulação
sucessiva de materiais transportados pelas águas correntes e
resultante do trabalho erosivo dessas águas.
252. Planície Amazônica: constitui-se das áreas adjacentes ao
longo do Rio Amazonas e de seus afluentes, sendo de pouca
altitude e muito plana.
253. Planície do Pantanal: trata-se de uma região de
inundações cíclicas, abrangendo parte dos Estados de Mato
Grosso do Sul e Mato Grosso.
254. Planícies: são terrenos planos formados por depósitos de
material dos mares, lagos e rios. Podem ser encontradas em
altitudes baixas ou altas. Ocupam mais de um terço da
superfície terrestre e costumam acompanhar as margens de
grandes rios, lagos e oceanos.
255. Plantas Herbáceas: vegetação baixa ou rasteira,
constituída por gramíneas.
256. Plantation: este tipo de agricultura consiste na produção
para exportação, ou seja, para ser vendido o produto para
outros países, sendo normalmente realizado em grandes
campos e com mão-de-obra barata (muitas vezes escravos)
tendo como uma de suas características principais a
monocultura. Teve suas origens no capitalismo comercial a
partir do final do século XVI.
257. Plantio Direto: é o plantio sem a técnica, muitas vezes
danosa, da aração de solo. O plantio direto é um processo de
semeadura em solo não revolvido, sobre restos de culturas
anteriores.
258. População Absoluta: número que expressa a população
total de uma área determinada, seja o globo, um país, uma
região etc.
259. População Economicamente Ativa (PEA): é a parcela da
população de um país que trabalha ou que está procurando
serviço.
260. População Economicamente Inativa (PEI): é a parcela da
população de um país que não trabalha ou não está procurando
emprego.
261. Pororoca: fenômeno produzido pelo encontro das
correntes de maré com as correntes fluviais, que ocorre de
forma especialmente grandiosa na desembocadura do rio
Amazonas e Araguari no Brasil.
262. Posseiro: aquele que tem a posse de fato, mas não a
escritura legal da terra, ou seja, a posse de direito.
263. Proálcool: Programa Nacional do Álcool, criado em 1975
para reduzir a importação de petróleo, foi uma importante
iniciativa para substituir combustíveis fósseis por um
combustível alternativo e renovável: o álcool etílico. O programa
foi fortemente subsidiado e, a partir de 1978, o Brasil passou a
exportar etanol, sobretudo para os Estados Unidos da América
e para o Japão.
264. Projeto Carajás: projeto criado pelo governo do Brasil, na
década de 1970, no Pará, na Serra de mesmo nome, que
visava a exploração e à industrialização de minérios, bem como
a implantação de atividades agropecuárias e madeireiras.
265. Quarteiros : aquele que cuida do gado do fazendeiro e
recebe um bezerro para quatro nascidos vivos.
266. Quaternário: em Geografia Econômica, o termo é utilizado
para referir-se ao setor quaternário da economia, que se
caracteriza pelo desenvolvimento de atividades ligadas às
tecnologias avançadas, como informática. É também chamado
de setor terciário moderno.
267. Queimada: prática agrícola de limpeza do solo com a
queima de produtos da roçada (mato, galhos, cipós, etc), o que
reduz o custo e a mão-de-obra. A queimada contribui,
entretanto. para a gradual esterilização do solo e destruindo
grande parte de sua microvida.
268. Questão Agrária: conjunto de problemas suscitados pelo
nível de desempenho da agricultura num país que atravessa um
processo de industrialização, e no qual o setor agrário se
mostra incapaz de atender às necessidades sociais inerentes
às transformações em curso. O que se necessita da agricultura
é: fornecimento de alimentos crescente para a população
urbana; matérias-primas necessárias às indústrias em
expansão; liberação de mão-de-obra para as atividades
urbanas; aumento da produção com um número cada vez
menor de trabalhadores; geração de divisas para a importação
de equipamentos e acumulação de capitais que devem ser
drenados para o setor secundário e terciário.
269. Ravina: sulcos produzidos nos terrenos, devido ao trabalho
erosivo das águas de escoamento, sendo pequenas incisões
feitas na superfície do solo quando a água de escoamento
superficial passa a se concentrar e a fazer pequenos regos.
270. Recurso Natural Não-Renovável: qualquer dos recursos
básicos naturais que compõem a natureza e que não se
reproduzem e deixarão de existir se forem explorados à
exaustão: petróleo, mineral, etc.
271. Recurso Natural Renovável: qualquer dos recursos
básicos naturais que compõem a natureza e que poderão
reproduzir-se: os animais, as plantas.
272. Recursos Hídricos: numa determinada região ou bacia, a
quantidade de águas superficiais ou subterrâneas, disponíveis
para qualquer uso.
273. Rede Hidrográfica: conjunto do rio principal e de todos os
afluentes e subafluentes.
274. Reforma Agrária: considera-se Reforma Agrária o
conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição
da terra, mediante modificações no regime de posse e uso, a
fim de atender aos princípios de justiça social e o aumento da
produtividade. Seu objetivo visa estabelecer um sistema de
relações entre o homem, a justiça social, o progresso e o bem
estar do trabalhador rural e o desenvolvimento econômico do
País, com a gradual extinção do minifúndio e do latifúndio.
275. Região Metropolitana: região densamente urbanizada
constituída pela metrópolee por municípios autônomos que,
independente de sua vinculação político-administrativa, fazem
parte de uma mesma comunidade socioeconômica, e cuja
interdependência gera a necessidade de coordenação dos
planos e projetos públicos de realização de serviços de
interesses comuns.
276. Regime Hidrológico: comportamento do leito de um curso
d'água durante um certo período, levando em conta os
seguintes fatores: descarga sólida e líquida, largura,
profundidade, declividade, forma dos meandros e a progressão
do momento da barra, etc.
277. Regime Nival: abastecimento dos rios feito pelo
derretimento da neve das altas montanhas. As cheias
acontecem a partir dos meses mais quentes do ano.
278. Regime Pluvial: o regime pluvial ocorre quando o débito
do rio depende da intensidade das precipitações, ou seja, da
quantidade e periodicidade das chuvas.
279. Regime Pluviométrico: é a distribuição das chuvas no
decorrer do ano. O conhecimento desta distribuição é
importante para se planejar as atividades do homem, em
especial a agricultura.
280. Renda Familiar: soma dos rendimentos monetários de
todos os integrantes da família.
281. Rendeiros: agricultores que arrendam, isto é, alugam
terras para produzir. Em troca da cessão da terra, pagam ao
proprietário uma renda, que pode ser paga em dinheiro ou em
produto.
282. Reserva Florestal: florestas remanescentes, cobertas com
vegetação nativa, em condições primitivas, pouco alteradas ou
restauradas; que formarem os parques nacionais, estaduais ou
municipais; em que abundarem espécimes preciosos, cuja
conservação se considerar necessária por motivo de interesse
biológico ou estético; que o Poder Público reservar para
pequenos parques ou bosques de gozo público.
283. RIMA: Sigla de Relatório de Impacto sobre o Meio
Ambiente.
284. Rio 92: abreviatura da II Conferência da Organização das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, fórum
internacional com a participação de mais de 170 nações no Rio
de Janeiro, a partir de 5 de junho de 1992. O objetivo
fundamental era tentar minimizar os impactos ambientais no
planeta, garantindo, assim , o futuro das próximas gerações,
instituindo o desenvolvimento sustentável que é aquele que
atende ás necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias
necessidades. Para atingir tal fim, foram elaborados duas
convenções (uma sobre biodiversidade, outra sobre mudanças
climáticas), uma declaração de princípios e um plano de ação
(Agenda 21).
285. Rio Perene: rio que nunca seca, mantendo seu curso
d’água durante o ano todo, mesmo sob forte estiagem.
286. Rondônia: Estado brasileiro da região Norte. Dados gerais.
Habitante: rondoniano. População: 1.379.787 (2000). Capital:
Porto Velho. Área: 237.564,5 km2. Clima: equatorial.
Vegetação: floresta Amazônica e cerrado. Rios principais: Ji-
Paraná, Madeira, Guaporé, Mamoré. Relevo: planície a oeste,
depressões e pequenos planaltos a norte, planalto a sudeste.
Ponto mais alto: serra dos Pacaás, com 1.126 metros.
287. Roraima: Estado brasileiro da região Norte. É no Estado
de Roraima que fica o ponto mais ao norte do país, o monte
Caburaí. Na mesma cadeia montanhosa, a serra Pacaraíma,
está o monte Roraima, que marca a divisa entre três países:
Brasil, Venezuela e Guiana. Dados gerais. Habitante:
roraimense. População: 324.397 (2000). Capital: Boa Vista.
Área: 224.118 km2. Clima: equatorial a oeste, tropical a leste.
Vegetação: floresta Amazônica, com pequena faixa de cerrado
a leste. Rios principais: Branco, Mucajaí, Tacuru, Negro.
Relevo: planalto no norte e depressões no sul. Ponto mais alto:
monte Roraima, na serra do Pacaraima, com 2.739 metros.
288. Rotação de Culturas: plantação de culturas diferentes
numa seqüência determinada, a fim de conservar a bioestrutura
do solo, utilizar racionalmente os adubos e controlar as pragas
e doenças. Ciclo de plantio em termos de tempo e de vegetais
não pertencentes a uma família.
289. Sazonal: relativo ao ciclo das estações do ano.
290. Setor Primário: abrange as actividades rurais como
agricultura, pecuária e indústrias extrativas.
291. Setor Secundário: corresponde às atividades industriais,
indústria de transformação.
292. Setor Secundário: corresponde às atividades industriais,
indústria de transformação.
293. Setor Terciário Moderno: setor da economia que se
preocupa com a produção de novas pesquisas e idéias. É
também chamado de setor quaternário.
294. Setor Terciário: é o conjunto de pessoas que prestam
serviços no comércio, em bancos, no serviço público, em
seguros, no serviço médico-hospitalar, em comunicação e
outros.
295. Sistema Agrícola: é todo o conjunto de técnicas utilizadas
pelo homem para obter do solo ou com ele relacionar os
produtos vegetais e animais.
296. Sivam: Sistema de Vigilância da Amazônia. Foi inaugurado
pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. O sistema integra
o Brasil, de forma mais efetiva, cerca de 5,5 milhões de km2 –
uma superfície equivalente à metade da Europa. A decisão de
implantação do Sivam, no início da década de 90, reflete um
novo estágio do empreendimento de integração regional, ligado
à revolução tecnocientífica. O fundamento geopolítico da
decisão encontra-se no caráter internacional do espaço
amazônico. O contrabando de armas, o narcotráfico, o garimpo
descontrolado em reservas indígenas e a extração ilegal de
madeira são elementos da paisagem geopolítica e econômica
da faixa de fronteiras. Isto deve ser controlado pelo sistema.
Vôos, crime organizado, desmatamentos, queimadas e outras
formas de agressões ambientais serão monitorados pelo
sistema. O sistema é constituído por uma rede de grande
sofisticação tecnológica formada por dezenas de aviões, meia
dúzia de satélites, 25 radares, 87 estações de recepção de
imagens e 200 plataformas de coleta de dados nos rios. Os nós
da rede são os Centros Regionais de Vigilância (CRV), situados
em Porto Velho, Manaus e Belém e conectados ao centro
principal, em Brasília.
297. Solo Fértil: a noção de solo fértil responde a um amplo
conjunto de necessidades da sociedade que o utiliza, variando,
portanto, de acordo com as sociedades. A fertilidade do solo,
em nossa sociedade, é definida pela capacidade de responder
às necessidades da lógica capitalista, isto é, de proporcionar
condições para apropriação da renda e do lucro.
298. Solos Litólicos: são solos rasos de fertilidade natural
variável. O relevo bastante acidentado em que ocorrem, a
pequena espessura que condiciona uma deficiência de água, e
a presença de pedras na superfície, são fatores que limitam a
sua utilização agrícola, principalmente, em relação à
mecanização.
299. Latossolo: são solos profundos (em média 2 a 3m),
porosos e bem drenados, com estrutura predominantemente
granular e situados em relevo suave ondulado e ondulado.
Quando muito ricos em matéria orgânica são chamados de
Húmicos. Normalmente, são de baixa fertilidade natural,
necessitando de calagem e adubação para se obter boa
produção agrícola. Entretanto, por se situarem em relevo que
facilita a mecanização, são solos muito utilizados para o plantio
da soja e do trigo, para a pastagem e para a cultura de maçã.
300. Podzol: são solos profundos (1 a 3m) e arenosos, com
acumulação de matéria orgânica ou de ferro na camada
subsuperficial. Quando ocorrem em ambiente encharcado são
denominados de Podzol Hidromórfico. Estes solos não devem
ser utilizados para a produção agrícola por serem muito
arenosos, com muito baixa fertilidade natural; nos Hidromórficos
existe o problema de excesso de água.
301. Cambissolo: são solos com menor profundidade (0,5 a
1,5m), ainda em processo de desenvolvimento e com material
de origem na massa do solo. Quando possuem teor muito
elevado de matéria orgânica são denominados Húmicos.
Situam-se nos mais variados tipos de relevo, desde o suave
ondulado até o montanhoso, podendo ou nãoapresentar
pedras em sua superfície. Sua fertilidade natural é muito
variável, de baixa a alta. São utilizados principalmente para o
plantio de milho, feijão, batatinha, arroz, banana, fumo, soja e
trigo, para pastagem e reflorestamento.
302. Glei: são solos com elevado teor de matéria orgânica,
desenvolvidos num ambiente com excesso de umidade
temporária ou permanente, fazendo com que possuam cores
acinzentadas. Possuem média e alta fertilidade natural e
ocorrem em relevo praticamente plano margeando os rios ou
locais de depressão, sujeitos a inundações. A principal limitação
para seu uso é a má drenagem. São utilizados para o plantio de
arroz irrigado, hortaliças e cana-de-açúcar.
303. Solos Orgânicos: são solos de coloração preta ou cinza
muito escura, resultantes de depósitos vegetais em grau
variável de decomposição, em ambiente com excesso de água.
Para serem aproveitados necessitam de drenagem artificial e
são utilizados para o plantio de cana-de-açúcar, hortaliças e
arroz irrigado.
304. Areias Quartzosas: são solos profundos (1 a 3m),
arenosos e excessivamente drenados. Sua utilização é limitada
devido a baixa fertilidade natural e baixa capacidade de
retenção de água.
305. Solos Litólicos: são solos rasos (0,15 a 0,40m), de
fertilidade natural variável. O relevo bastante acidentado em
que ocorrem, a pequena espessura que condiciona uma
deficiência de água, e a presença de pedras na superfície, são
fatores que limitam a sua utilização agrícola, principalmente, em
relação à mecanização. São utilizados para o plantio de milho,
feijão e para as demais culturas de subsistência.
306. Solos de Mangue: são solos predominantemente
alagados que se localizam nas partes baixas do litoral, nas
proximidades da desembocadura dos rios, nas reentrâncias da
costa e margens de lagoas, diretamente influenciados pelo
movimento das marés. Devem ser mantidos como ambientes
de preservação ecológica.
307. Solo: o solo é a camada "viva" da crosta terrestre, formada
pela ação dos agentes físicos, químicos e biológicos, como o
ar, a água e os organismos vivos vegetais e animais.
308. Solos Hidromórficos: solos que apresentam excesso de
água no perfil.
309. Solos Intrazonais: são solos cuja formação não se
relaciona aos fatores climáticos, e sim aos fatores locais, como
a composição mineralógica da rocha ou ao excesso de água no
perfil. Exemplos de solos intrazonais: solos hidromórficos e
solos negros nas áreas tropicais.
310. Solos Zonais: são solos que têm a sua gênese ou
formação associadas, fundamentalmente, aos fatores
climáticos. Em geral sua distribuição segue o sentido das
latitudes. Os principais solos zonais são: a tundra ou polares,
podzol, tchernozion, solos dos desertos e latossolos.
311. Subsídio Agrícola: transferência direta ou indireta de
rendas, efetivada pela interferência do Estado, beneficiando
agricultores.
312. Subsídios: instrumento econômico de política ambiental
que "inclui doações e empréstimos a juros baixos que atuam
como incentivo para que os poluidores ou usuários de recursos
mudem seu comportamento ou diminuam os custos da redução
da poluição que seria arcado pelos poluidores.
313. Sudam: sigla de Superintendência de Desenvolvimento da
Amazônia. Foi criada em 1966 e extinta em 2001, juntamente
com a Sudene, após a constatação de que boa parte dos
recursos que recebeu havia sido mal utilizado.
314. Terras Devolutas: são todas aquelas que, pertencentes
ao domínio público de qualquer das entidades estatais, não se
acham utilizadas pelo Poder Público, nem destinadas a fins
administrativos, sendo bens públicos patrimoniais ainda não
utilizados pelos respectivos proprietários.
315. Terras Úmidas: área inundada por água subterrânea ou
de superfície, com uma freqüência suficiente para sustentar
vida vegetal ou aquática que requeira condições de saturação
do solo. Áreas de pântano, brejo, turfeira ou água, natural ou
artificial, permanente ou temporária, parada ou corrente, doce,
salobra ou salgada, incluindo as águas do mar, cuja
profundidade na maré baixa não exceda seis metros.
316. Tocantins: rio que nasce no Estado de Goiás, tendo um
curso de 2.630 km sendo mais da metade navegável.
Comunica-se com o Amazonas através do canal de Tagipuru.
317. Tropófila: espécies vegetais que se adaptam á variação
da umidade, no caso, de duas estações distintas: uma chuvosa
e outra seca., como no clima tropical. No Brasil, como exemplo,
podemos citar a vegetação do cerrado.
318. Turismo Ecológico: promoção turística que visa orientar
os participantes em práticas de preservação e proteção do meio
ambiente; ecoturismo. Assunto extremamente controvertido
com dois excelentes exemplos contemporâneos, em nível
internacional e nacional: a Antártica e Fernando de Noronha. A
polêmica baseia-se em danos eventuais causados pelo turismo,
cujos promotores afirmam poder ser controlados; argumento
que não convence os ecologistas inteiramente.
319. Ucaiali: rio do Peru, proviniente da Cordilheira dos Andes.
Afluente do rio Amazonas. Curso: 1.960 Km.
320. Umidade Relativa do Ar: relação, em percentagem, entre
a quantidade de vapor existente no ar e a quantidade máxima
que o ar e a quantidade máxima que o ar pode conter quando
saturado de vapor. A umidade varia assim de 0% (ar totalmente
seco) até 100% (ar totalmente saturado).
321. Voçoroca: escavação profunda originada pela erosão
superficial e subterrânea, geralmente em terreno arenoso; às
vezes, atinge centenas de metros de extensão e dezenas de
profundidade. Escavação ou rasgão do solo ou de rocha
decomposta, ocasionada pela erosão do lençol de escoamento
superficial. Processo erosivo semi-superficial de massa, face ao
fenômeno global da erosão superficial e ao desmonte de
maciços de solo dos taludes, ao longo dos fundos de vale ou de
sulcos realizados no terreno.
322. Xerófito: vegetal adaptado a viver em ecossistemas onde
o fator ambiental mínimo é a água. Planta de lugares secos.
323. Xingu: rio brasileiro dos estados de Mato Grosso e Pará.