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LESÃO RENAL AGUDA DEFINIÇÃO KDIGO Elevação absoluta na creatinina >= 0,3 mg/dL em 48h ou Aumento >= 1,5 vez a creatinina basal Redução no débito urinário < 0,5mL/kg/hora por mais de 6h. Redução abrupta e reversível da TFG que resulta em alterações das escórias nitrogenadas e desequilíbrio hidroeletrolítico. ESTAGIAMENTO Estágio I: Cr de 1,5 a 1,9x em relação à basal ou aumetno > 0,3mg, ou débito urinário < 0,5ml/kg/h por 6-12h. II: Cr de 2 a 2,9x em relação à basal ou DU <0,5ml/kg/h por 12h III: Cr 3x em relação à basal, ou elevação > 4mg/dl, ou DU < 0,3 ml/kg/h por >24h ou anúria por >12h ou início de terapia de substituição renal PRÉ-RENAL X NTA Se o déficit volêmico for corrigido, espera-se o retorno às escórias nitrogenadas de base em 24-72h. Distinção envolve: história e exame clínico, avaliação laboratorial bioquímica sérica, urinálise e, na ausência de contraindicação, reposição volêmica. Padrão ouro para diferenciar LRA pré-renal por hipovolemia de NTA é a resposta a fluido: Caso contrário, considera-se o diagnóstico de NTA INVESTIGAÇÃO ETIOLÓGICA DA LRA Excluir DRC USG - tamanho dos rins e ecogenicidade cortical Anemia, hiperfosfatemia, hipocalemia, doença aguda coexistente, duração dos sintomas. Excluir obstrução Excluir causas hipovolemia - palpação de pulsos, hipotensão postural, peso, relação Ur/Cr Avaliar doença parenquimatosa - uso de ATB ou AINE, proteinúria... Avaliar eventos macrovasculares - dor lombar, aterosclerose ETIOPATOGENIA Pré-renal - redução da perfusão renal: diminuição arterial efetivo, vasoconstrição intrarrenal, renovascular. Intrínseca - acometimento dos pequenos vasos, dos glomérulos ou tubulointersticial: NTA, glomerulonefrites, NIA, SHU, CIVD Pós-renal - obstrução: Hiperplasia, CA, Prolapso EXAMES Urinálise (DIPSTICK) Bioquímica urinária Se cilindros granulosos - NTA. Sódio (FEna): < 1% - pré- renal; > 2% NTA. Observações: LRA MANEJO OTIMIZAÇÃO VOLÊMICA E HEMODINÂMICA Na pré-renal: fluidos otimiza a perfusão renal. NTA: perfusão renal dependente da PA - hipotensão/hipoperfusão devem ser tratadas IC: evitar provas de fluido - pioram o trabalho cardíaco. Albumina vs cristaloides isotônicos: não há diferença. SF vs ringer lactato: soluções balanceadas (<Cl-)! CORREÇÃO DOS DISTÚRBIOS HE E AB Hipercalemia: beta-2-agonista e glicoinsulina Hiperfosfatemia: sem benefício de tratamento. Se hiperfosfatemia grave (>6mg/dL) e hipercalcemia coincidente - usa quelantes à base de cálcio Acidose metabólica: alvo de pH > 7,2 para indicar reposição de bicarbonato. Complicações reposição bicarbonato: disfunção miocárdica, hipocalemia, hipernatremia, hipervolemia DIURÉTICOS DE ALÇA Não impactam + ou - Se sobrecarga volêmica, podem ser usados p/ manejo da hipervolemia. Teste de estresse com furosemida: capaz de prever progressão ao estágio AKIN 3 e necessidade de TSR. INDICAÇÕES TSR: Hipervolemia não responsiva a diurético Acidose metabólica refratária (pH < 7,1) ao manejo clínico Hipercalemia refratária ao manejo clínico Síndrome urêmica Intoxicação por droga ou toxina dialisável Azotemia progressiva ou oligúria não responsiva a fluído