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Texto: Franciélia Alves Ilustrações: Emanuel Oliveira Fortaleza ● Ceará ● 2018 Texto: Franciélia Alves Ilustrações: Emanuel Oliveira Copyright © 2018 Franciélia Alves Copyright © 2018 Emanuel Oliveira Coordenação Editorial, Preparação de Originais e Revisão Raymundo Netto Projeto e Coordenação Gráfi ca Daniel Dias Revisão Final Marta Maria Braide Lima Conselho Editorial Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda Sammya Santos Araújo Antônio Élder Monteiro de Sales Sandra Maria Silva Leite Antônia Varele da Silva Gama Catalogação e Normalização Gabriela Alves Gomes Governador Camilo Sobreira de Santana Vice-Governadora Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Secretário da Educação Rogers Vasconcelos Mendes Secretária-Executiva da Educação Rita de Cássia Tavares Colares Coordenador de Cooperação com os Municípios (COPEM) Márcio Pereira de Brito Orientadora da Célula de Apoio à Gestão Municipal Gilgleane Silva do Carmo Orientador da Célula de Fortalecimento da Aprendizagem Idelson de Almeida Paiva Júnior SEDUC - Secretaria da Educação do Estado do Ceará Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba - Fortaleza - Ceará | CEP: 60.822-325 (Todos os Direitos Reservados) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) A474e Alves, Franciélia. Esconde-esconde das Palavras / Franciélia Alves; ilustrações de Emanuel Oliveira. - Fortaleza: SEDUC, 2018. 24p.; il. ISBN 978-85-8171-194-2 1. Literatura infantil. I. Oliveira, Emanuel. II. Título. CDU 028.5 A Deus, que é a essência da minha vida. À minha família, esposo e amigos. E em especial ao meu fi lho, Gustavo, que já se aventura pelo mundo da leitura e pela descoberta das palavras. 4 Misturando as palavras De forma bem divertida. Brincar, ler e descobrir A palavra escondida. 5 Foi assim que,de repente, Kaco, o menino sapeca, Percebeu que a palavra e a gente Era uma mistura inteligente. 6 7 Vejam só que mister Ele achou dentro de mistério. Também um rio, ela guardava No fi nalzinho da palavra. 8 9 10 Não podia ver galinha Que já tirava a linha. A dúvida logo vinha, Quando lia sacola: “Tiro saco ou cola?” Fácil era retirar A asa da casa, A vela da fi vela, E o olho do repolho... 11 E não parava por aí: Olha a ema em siriema! Boia em jiboia! Pião em escorpião! E a mão lá no limão! 12 13 14 E como era esperto, Chegava mais perto. Via dentro do sapato A sapa e o pato. 15 Dentro do camaleão, Encontrava a cama e o leão. Cara e bola Ele via na carambola! 16 17 18 Kaco achava mais divertido Deixando só o fi nal: Do baralho, o alho... Da luva, a uva... Do tucano, o cano... Da almofada, a fada... 19 Com tanto tira e esconde, Kaco brincava e sorria. Vibrava, com alegria, A cada palavra que descobria. 20 21 22 E você, também quer viajar Nessa brincadeira? Mas eu fi co com brinca Se você quiser a... Cadeira! 23 Emanuel Oliveira Sou artista visual, formado pelo IFCE. Gosto de desenhar desde criança. Na adolescência fazia revistas em quadrinhos sobre a vida e sobre amigos, trocando por aí com outros amigos. Brincar com palavras é quase como brincar com o traço do desenho. Tem mais desenhos que eu fi z aqui no: https: //www.behance.net/desenhosdoemanuel Franciélia Alves Sou natural de Limoeiro, mas atualmente resido em Morada Nova, Terra do Vaqueiro. Muito cedo, ainda criança, descobri o prazer que a leitura me proporcionava ao me debruçar e viajar pelos contos de fada. Amante dos livros, adoro contar, recriar e ler boas histórias. Sou professora, graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Gestão Escolar. Contribuir para o legado cultural das nossas crianças me deixa muito feliz e, com certeza, é um incentivo ao meu trabalho de educadora. Realização Apoio O Governo do Estado do Ceará desenvolve, com os seus 184 municípios, o Programa de Aprendizagem na Idade Certa - MAIS PAIC, com o compro- misso de garantir e elevar a qualidade e os resultados da educação de suas crianças e seus jovens. Publicada pela Secretaria da Educação do Estado, através do MAIS PAIC, a Coleção Paic, Prosa e Poesia, rica em identidade cultural, reúne narrativas de autores do Ceará que tiveram seus textos selecionados por meio de se- leção pública. Esse acervo constitui um estímulo a mais para se ler e contar histórias em sala de aula, garantindo, assim, um letramento competente. A brA brA brA brA bruxa e ouxa e ouxa e ouxa e ouxa e o caldeirãocaldeirãocaldeirãocaldeirãocaldeirão José Leon Machado Ilustrações de Alexandre Bandeira Rodrigues 2 Quando preparava uma sopa com uns olhinhos de couve para o jantar, a bruxa constatou que o caldeirão estava furado. Não era muito, não senhor. Um furo pequeníssimo, quase invisível. Mas era o suficiente para, pinga que pinga, ir vertendo os líquidos e ir apagando o fogo. Nunca tal lhe tinha sucedido. 3 Foi consultar o livro de feitiços, adquirido no tempo em que andara a tirar o curso superior de bruxaria por correspondência, folheou-o de ponta a ponta, confirmou no índice e nada encontrou sobre a forma de resolver o caso. Que haveria de fazer? Uma bruxa sem caldeirão era como padeiro sem forno. De que forma poderia ela agora preparar as horríveis poções? 4 Para as coisas mais corriqueiras tinha a reserva dos frascos. Mas se lhe aparecia um daqueles casos em que era necessário preparar na hora uma mistela? Como o da filha de um aldeão que engolira uma nuvem e foi preciso fazer um vomitório especial com trovisco, rosmaninho, três dentes de alho, uma semente de abóbora seca, uma asa de morcego e cinco aparas de unhas de gato. Se a moça vomitou a nuvem? Pois não haveria de vomitar? Com a potência do remédio, além da nuvem, vomitou uma grande chuvada de granizo que furou os telhados das casas em redor. 5 Era muito aborrecido aquele furo no caldeirão. Nem a sopa do dia-a-dia podia cozinhar. Mantinha-se a pão e água, que remédio, enquanto não encontrasse uma forma de resolver o caso. Matutou dias seguidos no assunto e começou a desconfiar se o mercador que lhe vendera o caldeirão na feira há muitos anos atrás a não teria enganado com material de segunda categoria. A ela, bruxa inexperiente e a dar os primeiros passos nas artes mágicas, podia facilmente ter-lhe dado um caldeirão com defeito. 6 Decidiu então ir à próxima feira e levar o caldeirão ao mercador. Procurando na secção das vendas de apetrechos de cozinha, a bruxa verificou que o mercador já não era o mesmo. Era neto do outro e, claro, não se lembrava – nem podia – das tropelias comerciais do seu falecido avô. Ficou desapontada. Perguntou-lhe, todavia, o que podia fazer com o caldeirão furado. O mercador mirou-o, remirou-o, sopesou-o com ambas as mãos e disse: 7 – Este está bom é para você pôr ao pé da porta a fazer de vaso. Com uns pés de sardinheiras ficava bem bonito. A bruxa irritou-se com a sugestão e, não fosse a gente toda ali na feira a comprar e a vender, transformava-o em onagro. Acabou por dizer: – A solução parece boa, sim senhor. Mas diga-me cá: Se ponho o caldeirão a fazer de vaso, onde cozinho eu depois? – Neste novo que aqui tenho e com um preço muito em conta... A bruxa olhou para o caldeirão que o mercador lhe apontava, sobressaindo num monte de muitos outros, de um brilhante avermelhado, mesmo a pedir que o levassem. A bruxa, que tinha os seus brios de mulher, ficou encantada. 8 O mercador aproveitou a ocasião para tecer os maiores elogios ao artigo, gabando a dureza e a grossura do cobre, os rendilhados da barriga, o feitio da asa em meia lua, a capacidade e o peso, tão leve como um bom caldeirão podia ser, fácil de carregar para qualquer lado. – Pois bem, levo-o. O mercador esfregou as mãos de contente. – Mas aviso-o – acrescentou a bruxa. – Se lhe acontecer o mesmo que ao outro, pode ter a certeza de que o transformarei em sapo. O mercador riu-se do disparate enquanto embrulhava o artigo. 9 Os anos foram passando e a bruxa continuou no seu labor. Até que um dia deu por um furo no novo eagora velho caldeirão. Rogou uma praga tamanha que o neto do segundo mercador que lho vendera, a essa hora, em vez de estar a comer o caldo na mesa com a família, estava num charco a apanhar moscas. Ficha Técnica Título: A Bruxa e o Caldeirão © Copyright José Leon Machado Ilustrações de Alexandre Bandeira Rodrigues Todos os direitos reservados Edições Vercial, Outubro de 2003 URL: www.ipn.pt/literatura E-mail: pvercial@iol.pt http://www.ipn.pt/literatura/infantil/ 1 Ilustrações: Rosana Almendares ---- ...eu nem te conto! ...eu nem te conto! ...eu nem te conto! ...eu nem te conto! ---- Conta, vai, conta! Conta, vai, conta! Conta, vai, conta! Conta, vai, conta! ---- Está bem! Mas você promete não contar para Está bem! Mas você promete não contar para Está bem! Mas você promete não contar para Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém?mais ninguém?mais ninguém?mais ninguém? ---- Prometo. Juro que não conto Prometo. Juro que não conto Prometo. Juro que não conto Prometo. Juro que não conto!!!! Se eu contar Se eu contar Se eu contar Se eu contar quero morrer sequinha na mesma hora...quero morrer sequinha na mesma hora...quero morrer sequinha na mesma hora...quero morrer sequinha na mesma hora... ---- NNNNão precisa exagerar! O que vouão precisa exagerar! O que vouão precisa exagerar! O que vouão precisa exagerar! O que vou contar não é contar não é contar não é contar não é nada nada nada nada assim tão sério. Não precisa jurar.assim tão sério. Não precisa jurar.assim tão sério. Não precisa jurar.assim tão sério. Não precisa jurar. ---- Está bem... Está bem... Está bem... Está bem... Depois de muitos anos, ainda me lembro em detalhes sobre o que eu e minha prima conversamos. Éramos muito pequenas e eu passava as férias em sua casa. Nunca brincamos tanto, quanto naqueles dias! Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar. - Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar eu vou ficar de mal. - Eu não vou contar, já disse! O segredo não era nada sério, coisa mesmo de criança naquela idade. E ela acabou contando... 2 - Minha mãe saiu para fazer compras e eu fiz um bolo. Eu quebrei dois ovos, misturei com a farinha de trigo e o açúcar. Não deu nada certo. Com medo, eu arrumei tudo, joguei o bolo fora e até hoje minha mãe não sabe de nada... - Meu Deus, sua doida! Você teve coragem de fazer uma coisa dessas?! - Tive. Se a minha mãe descobrir, eu não quero nem imaginar o que ela fará comigo!! Posso ficar uma semana de castigo. Ou até mais... A minha língua coçou. Um segredo daqueles não poderia ficar guardado. Na primeira oportunidade em que eu fiquei sozinha, procurei minha tia, que estava preparando o almoço. - Tia, preciso contar uma coisa pra senhora. - Pois conte, que estou ouvindo. Não posso te dar mais atenção, senão o almoço não sai... - É que eu tenho um segredo pra te contar e não sei se devo... - O segredo é seu ou dos outros? - Dos outros... Quer dizer, da prima! - E por que você quer contar os segredos alheios? - Bem, eu pensei que a senhora quisesse saber o que aconteceu... 3 - Ah, minha filha, deixa eu te fazer apenas uma pergunta: a dona do segredo te autorizou a contá-lo? - Na verdade, não! - E por qual motivo você me contaria, então? - É que... Bem, o que ela fez não é muito certo... - E você vai dedurar a sua prima? Se for alguma coisa muito grave ela ficará de castigo. E você não terá com quem brincar. Você já pensou nisso? - Não... - Pois pense. E depois volte aqui para conversarmos... Eu não sabia onde enfiar a cara, de tanta vergonha. E para que ninguém descobrisse os meus pensamentos, me escondi na casinha do fundo do quintal. Na hora do almoço, saí de lá, pois a fome, nessas horas, é uma sensata conselheira. E minha tia, com muito cuidado, voltou a tratar do assunto. - Eu preciso contar uma coisa pra vocês... Minha avó, quando eu era pequena, me ensinou uma coisa que nunca mais me esqueci. E hoje, ouvindo uma notícia no rádio, lembrei-me dela. Ela dizia que nós temos uma boca e dois ouvidos; por isso, nós temos que mais ouvir do que falar. E mais: nem tudo o que ouvimos, devemos passar adiante, pois quem conta um conto, aumenta um ponto. E se o que se conta é um segredo, pior ainda. Por isso, nessas horas em que a nossa língua coça, o melhor é lembrar que boca fechada não entra mosquito... 4 E contou também histórias de outras gentes: mexeriqueiros, dedos-duros, fofoqueiros, enfim, a turma do leva-e-traz... Naquela tarde, ainda preocupada que lessem os meus pensamentos, fiquei murchinha, daqui para ali, inventando o que fazer... Só no dia seguinte, quando minha prima decidiu contar para mim outro dos seus segredos, foi que eu tomei coragem de me sentar ao seu lado, bem quietinha. Disse ela: - Sabe, o outro segredo é mais sério que o primeiro... E fez suspense – disse, repentinamente que estava com sede e foi buscar água na cozinha... Depois de retornar, bebeu a água bem devagarinho, até recomeçar: - Olha, eu tenho um grande defeito. Às vezes eu me escondo na cozinha, para ouvir a conversa de minha mãe com as outras pessoas. E por acaso eu estava ontem, tranqüilamente sentada no meu cantinho secreto, quando alguém chegou para conversar com ela. Como esta pessoa é minha conhecida (e eu gosto muito dela), não posso contar o que aconteceu por lá... É uma pena! Eu só posso dizer que essa pessoa é uma língua de trapo, uma linguaruda... 5 Nunca rimos tanto! Eu, na verdade, não sabia se me sentia agradecida ou envergonhada... E passado tantos anos, ainda hoje nós fazemos questão de relembrar este episódio. Nossos filhos compreendem, então, porque somos tão amigas e cúmplices. E olha que eles nem imaginam o que ocorreu anos depois, quando éramos jovens e começamos a paquerar, sem saber, o mesmo cara... Bem, mas isto é segredo e eu não posso contar! FIM ESCREVEU Abel Sidney (abelsidney@gmail.com) Porto Velho - Rondônia ILUSTROU Rosana Almendares (almendares@uol.com.br) São Leopoldo – Rio Grande do Sul Texto: Margarida Viana Mendes Ilustrações: Ceci Shiki Fortaleza ● Ceará ● 2018 Texto: Margarida Viana Mendes Ilustrações: Ceci Shiki Copyright © 2018 Luísa Margarida Viana Mendes Copyright © 2018 Ceci Shiki Coordenação Editorial, Preparação de Originais e Revisão Raymundo Netto Projeto e Coordenação Gráfi ca Daniel Dias Revisão Final Marta Maria Braide Lima Conselho Editorial Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda Sammya Santos Araújo Antônio Élder Monteiro de Sales Sandra Maria Silva Leite Antônia Varele da Silva Gama Catalogação e Normalização Gabriela Alves Gomes Governador Camilo Sobreira de Santana Vice-Governadora Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Secretário da Educação Rogers Vasconcelos Mendes Secretária-Executiva da Educação Rita de Cássia Tavares Colares Coordenador de Cooperação com os Municípios (COPEM) Márcio Pereira de Brito Orientadora da Célula de Apoio à Gestão Municipal Gilgleane Silva do Carmo Orientador da Célula de Fortalecimento da Aprendizagem Idelson de Almeida Paiva Júnior SEDUC - Secretaria da Educação do Estado do Ceará Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba - Fortaleza - Ceará | CEP: 60.822-325 (Todos os Direitos Reservados) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) M538l Mendes, Margarida Viana. Lêdo, o livrinho que queria ser lido / Margarida Viana Mendes; ilustrações de Shiki. - Fortaleza: SEDUC, 2018. 24p.; il. ISBN 978-85-8171-196-6 1. Literatura infantil. I. Shiki. II. Título. CDU 028.5 Aos meus fi lhos. 4 “Ninguém me vê...”, murmurava,Lêdo, o livrinho esquecido na prateleira. “Já sei, quando o vento passar por mim, abrirei as minhas páginas. Quem sabe não aparece alguém para me ler”. O vento veio, passou e nada: “Ah, ninguém me percebeu...” 5 “Será que estou muito escondido?”, dizia, Lêdo, ajeitando-se mais na ponta da prateleira. “Hummm, aqui está melhor. Agora sim, com certeza, vão me ver”. Mas ninguém o viu. “O que está havendo com esses meninos da escola? Não gostam de ler?” 6 7 “Já sei... Eu estou muito longe da janela”, falava, Lêdo, aproximando-se da janela. Era uma manhã bonita de sol. “Agora sim, com esse sol brilhando em minha capa, eles me verão”. Ele vê alunos e alunas passando por perto. “Olha, está vindo um menino, outro, agora uma menina e... passaram. Nem me viram.” 8 9 10 “Mas o que está acontecendo?”, pensava desanimado, Lêdo. “A minha historinha é tão legal. Tantas crianças já riram e se emocionaram comigo. Por que agora estão me ignorando?” Sem saber o que fazer, Lêdo foi procurar o doutor Livraldo, o grande médico dos livros. 11 — Doutor Livraldo! Doutor Livraldo! gritava Lêdo, na biblioteca. — Quem me chama assim aos berros? Apareceu o gordo doutor Livraldo. — Sou eu, doutor, o Lêdo. Estou muito preocupado. 12 13 14 — Ora, e com o quê? Você é um livro tão jovem. — Acho que as crianças não gostam mais de mim.Elas passam nas prateleiras e não me leem. Estou muito triste com isso. Desse jeito vou virar enfeite ou ser esquecido. 15 — Me deixe examiná-lo, — falava o doutor. Abra suas páginas, o prefácio, a dedicatória, a introdução, o primeiro capítulo, o segundo e a conclusão. Huuummmm... 16 — E então, doutor, estou bem? — Não, você não está bem. — Ai, doutor, eu vou morrer? 17 — Calma, Lêdo, não precisa desesperar-se... Os livros não morrem. Na verdade, as suas folhas estão um pouco apagadas de tanto serem usadas pelas crianças. Elas gostavam tanto de você que o marcavam, escreviam em você, e as letrinhas foram se apagando. Me deixa restaurar suas páginas. Assim, Doutor Livraldo mexe aqui e acolá, pinta, reescreve e remenda e... “Ah, agora sim, você está novo de novo.” 18 — Legal, doutor Livraldo, estou novinho em folha! Daí, Lêdo voltou a sua estante muito contente e radiante. 19 Quando a criançada viu aquele livro como novo fosse, passou a pegá-lo na estante, a lê-lo e a contar as suas histórias. Afi nal, Lêdo tinha muito o que dizer. 20 21 22 E você, amiguinho ou amiguinha, será que tem algum amigo na estante que você ainda não conheça? Vamos fazer mais amiguinhos na estante? 23 Ceci Shiki Chamo-me Ceci Shiki. Sou do dia 24 de março e nasci em Fortaleza, moro na cidade solar há oito anos. Desenhar para crianças signifi ca exercitar os rabiscos que desde pequena fi zeram parte do meu imaginário. Participar dessa coleção é ter a oportunidade de compartilhar esses rabiscos dos cadernos de desenho, colocar linhas e cores no papel para as pequenas mentes brilhantes. Margarida Viana Mendes Margarida Viana Mendes, nasceu em Quixadá, no estado do Ceará, no ano de 1982. Estudou Letras e é graduada em Enfermagem. Filha de professora, foi incentivada desde a infância a gostar da leitura. Mãe de dois fi lhos, compartilha com eles a herança desse incentivo. A partir desse universo infantil, reacendeu o prazer pela magia das narrativas infantis. Realização Apoio O Governo do Estado do Ceará desenvolve, com os seus 184 municípios, o Programa de Aprendizagem na Idade Certa - MAIS PAIC, com o compro- misso de garantir e elevar a qualidade e os resultados da educação de suas crianças e seus jovens. Publicada pela Secretaria da Educação do Estado, através do MAIS PAIC, a Coleção Paic, Prosa e Poesia, rica em identidade cultural, reúne narrativas de autores do Ceará que tiveram seus textos selecionados por meio de se- leção pública. Esse acervo constitui um estímulo a mais para se ler e contar histórias em sala de aula, garantindo, assim, um letramento competente. Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto. “Tudo que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra.” Noah Sealth, chefe Seattle ven da pr oib idaven da pr oib ida Autora Sandra Aymone Coordenação editorial Sílnia N. Martins Prado Ilustração Pierre Trabbold Luiz Rodrigues Revisão Katia Rossini Diagramação Linea Creativa Agradecimento especial Prof. Dr. Carlos C. Cerri (CENA/USP - Centro de Energia Nuclear da Agricultura) Realização Fundação Educar DPaschoal www.educardpaschoal.org.br F: (19) 3728-8129 Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição destes livros: Argius Transportes Ltda., Atlas Translog, Hiperion Logística, Reunidas Catarinense, RTE Rodonaves, Transportadora Capivari Ltda.,Transportadora JPN Ltda., TRN Pavan. Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda. em papelcartão Art Premium Tech (capa) e papel Couché Suzano Matte (miolo), ambos produzidos pela Suzano Papel e Celulose a partir de florestas renováveis de eucalipto. Cada árvore foi plantada para este fim. Esta é a 1ª edição, datada de 2008, com tiragem de 27.000 exemplares, para esta 2ª reimpressão. A tiragem e a prestação de contas referentes a esta publicação foram conferidas pela Deloitte. Sobre a Fundação Educar DPaschoal A Fundação Educar DPaschoal — investimento social do grupo DPaschoal — foi criada há 18 anos com o objetivo de estimular pessoas a adotarem a educação para a cidadania como estratégia de transformação social e econômica. Em oito anos, por meio do projeto “Leia Comigo!”, já editou 30 milhões de livros infantis distribuídos gratuitamente a escolas públicas, organizações sociais e bibliotecas. Mais que isso, este projeto preocupa-se com um conteúdo que estimule o gosto pela leitura, reforce valores e incentive a atitude cidadã. Com a “Academia Educar”, promove o desenvolvimento de jovens do ensino médio, tendo a escola pública como centro de cidadania na comunidade; e com o projeto “Trote da Cidadania”, forma futuros líderes socialmente responsáveis, que utilizam sua energia para a mobilização universitária. Naquela tarde, o silêncio era geral na pracinha do bairro. Ou quase. Porque, em um dos cantos da praça, onde estavam as caixas próprias para lixo reciclável, uma garrafinha plástica ouviu algo. Era uma voz que dizia, bem baixinho: – Não, não, não! Isso não pode ser! Ainda sou muito útil para ser reciclado, meu lugar não é aqui! O som parecia vir de dentro da caixa destinada aos papéis. Curiosa, a garrafa saiu de onde estava e foi até lá. Num instante encontrou, falando sozinho, um livro que tinha um nome esquisito: “Aquecimento global”. 2 – Qual é o problema, senhor Livro? – perguntou a Garrafa – Não está contente por ser reciclado? – Na verdade não, Garrafinha – respondeu ele – O assunto que trago em minhas páginas é muito atual e importante. Mas me colocaram no lixo porque minhas últimas páginas estão em branco. Minha história não tem fim!... Se eu encontrasse um final para ela, poderia ir viver numa biblioteca! A Garrafa concordou em que aquele problema merecia uma solução e chamou seus amigos nas outras caixas: a Latinha de refrigerante, o Vidro de doce de leite vazio e a Revista usada. Depois de ouvirem o caso, todos decidiram ajudar o Livro a encontrar um fim para sua história. 3 – E se a gente escrevesse no fim: “E viveram felizes para sempre!”? – sugeriu o Vidro. – Já vi muitas histórias ótimas terminarem assim... – Obrigado, mas não serve – respondeu o Livro. – Isso só funciona nos contos de fadas. E minha história é diferente... – Então conte um pouco sobre seu assunto, para podermos saber como vamos conseguir a parte que falta – pediu a Revista. – Bem, meu texto fala bastante sobre “efeito estufa”. Ninguém sabia o que era aquilo. 4 – Eu explico – disseo Livro. – Quem de vocês já viu uma estufa? É um lugar fechado, construído para cultivar plantas que precisam de calor. Dentro da estufa fica quente, mesmo que do lado de fora esteja frio. Bem, os cientistas descobriram que o nosso planeta Terra está ficando cada vez mais quente e decidiram chamar este fenômeno de “efeito estufa”. Ao ouvir isso, a Garrafa começou a suar e a se abanar, já sentindo um calorão... – Nas minhas páginas, diz que o efeito estufa acontece por vários motivos. – Que motivos são estes? – perguntou a Latinha. 5 – O efeito estufa acontece principalmente pela ação de certos gases. E a quantidade desses gases está aumentando por causa da destruição das florestas e da queima de combustíveis como a gasolina e o óleo diesel... A fumaça que as fábricas e os carros soltam tem gases que ajudam a provocar o efeito estufa... – É mesmo? Que chato... – comentou a Garrafa. – Porque vai ser difícil, para as pessoas viver sem fábricas e sem automóveis... Todos quiseram saber mais, para ver se havia solução para o problema... O Livro continuou a contar: 6 – A temperatura da Terra está subindo, mas isso acontece bem devagar. Vai levar muitos anos pra ficar quente demais. Só que o calor faz o gelo dos pólos derreter, e isso aumenta a quantidade de água nos oceanos... – Mas isso é ruim? Ter mais água não é uma coisa boa? – opinou a Revista. – Infelizmente, é ruim, sim. O urso-polar, por exemplo, cada vez tem menos lugares pra caçar sua comida. Além disso, o mar pode subir e prejudicar as cidades que ficam perto das praias. 7 Enquanto o Livro falava, começou a escurecer. A noite estava chegando. – Que escuridão! – exclamou a Latinha. – A lâmpada do poste queimou! Mas vem vindo lá um vaga-lume. Vamos ver se ele topa iluminar nossa conversa... Chamaram, então o vaga-lume, que se chamava Foguinho. Ele concordou em emprestar sua luz e também se interessou pelo problema 8 do Livro. Contou que gostava muito de ler sobre vários assuntos e, sempre que podia, entrava na biblioteca da escola que havia ali perto. – Lá, sou amigo de todos os livros! – disse Foguinho. – Entro à noite, quando não tem ninguém. Ainda bem que tenho uma luzinha para iluminar minhas leituras! Todos adoraram conhecer um vaga-lume tão sabido e acharam que ele podia ser a solução que procuravam. Claro! Era amigo dos livros! E ninguém melhor do que os livros para ajudar a encontrar o final de que o amigo tanto precisava! 9 – Tudo bem! – concordou Foguinho. – Posso ir hoje mesmo falar com eles. Mas precisamos saber mais ou menos como deverá ser esse final. – E, voltando-se para o Livro, perguntou: – Você pode contar mais um pouco do que suas páginas dizem? – Claro – respondeu o Livro, todo agradecido. – Os cientistas dizem que o aquecimento da Terra pode provocar falta de água própria para beber, secas, tempestades, ondas de calor, tufões e furacões. – Nooooooossa, Livro! – espantou-se a Garrafa. – Não tem nada de bom na sua história? Será que tem algum jeito de evitar que tudo isso aconteça? 10 – Infelizmente, não sei! – disse o Livro. – Depois dessa parte, começam as minhas páginas em branco... Não tem mais nada... – Então é isso! – animou-se a Latinha. – Vamos encontrar para ele um final feliz, ensinando às crianças tudo o que se pode fazer para evitar o efeito estufa! Corra lá, Foguinho! Converse com os livros da biblioteca! Com certeza eles têm uma resposta pra isso! – Tenho uma sugestão! – disse o Vidro. – Com tudo o que aprendemos até agora, enquanto Foguinho vai lá, nós já podemos começar a nossa lista. Vamos criar um capítulo chamado “O que você pode fazer para ajudar o planeta Terra”. Que tal? 11 Todos adoraram a idéia! Foguinho saiu como um raio. Foi direto conversar com seus amigos, os livros, na biblioteca da escola. Enquanto isso, a Garrafa, a Latinha, o Vidro, a Revista e o Livro começaram a criar o final da história. Ficou assim: O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA AJUDAR O PLANETA TERRA 1. Plante árvores. Se não puder plantar, cuide das que já existem. As árvores diminuem a quantidade de gases perigosos no ar (principalmente o gás carbônico), que provocam o efeito estufa. 2. Não queime pneus! Além de poluir o ar, a queima de pneus produz muitos litros de óleo, que contaminam o solo (quem lembrou esta foi o Vidro, que tinha um amigo pneu). Pneus usados também não devem ser jogados em rios, terrenos baldios etc. Eles podem ser reciclados e devem ser entregues em locais próprios para isso. 3. Nunca coloque fogo no mato. 4. Não queime plásticos, pois eles liberam gases poluentes (a Garrafa adorou este item!). 12 13 Neste ponto, chegou o vaga-lume de volta. Contou que todos os livros tinham sido muito bacanas, ajudando no que puderam, e que tinham convidado o Livro para ir morar lá, depois que estivesse completo! – Que bom! – disse o Livro, todo feliz. – Então, por favor, diga logo tudo o que aprendeu! Rapidamente, a lista ganhou novos itens: 5. Sempre que puder, evite andar de carro. Caminhe, ande de bicicleta, ou de ônibus, alguns dias na semana. 6. Conte a seus pais que, ao comprar um carro, devem preferir os que são movidos por combustíveis e produzem menos gases poluentes, como álcool de cana (etanol) e biodiesel. O biodiesel é obtido de óleos vegetais e animais, como óleo de soja, de mamona, de girassol e sebo de boi. Também é importante manter o carro sempre regulado. Veículo que economiza combustível solta menos gases perigosos. Foguinho falou: – Os livros lembraram que não basta diminuir a produção de gases para ajudar o planeta. É preciso proteger a natureza, economizando água e energia e diminuindo a produção de lixo. – Reciclagem de lixo é com a gente mesmo! – exclamou a Garrafa, dando pulinhos. – É por isso que estamos aqui! Nós estamos fazendo a nossa parte! Os últimos itens da lista ficaram assim: 7. Economize água. Nunca deixe a torneira ou o chuveiro abertos sem necessidade. Verifique se existem vazamentos nos canos, ou torneiras pingando. 8. A energia elétrica é produzida pelas usinas hidrelétricas. Para construir essas usinas, é preciso alagar grandes regiões, prejudicando a natureza. 14 Quando economizamos energia, evitamos que novas usinas sejam construídas. Por exemplo: apagar a luz ao sair de um lugar, desligar som e TV quando não estiver usando, não abrir a geladeira toda hora etc. 9. Lembre-se destas quatro palavras: REDUZIR, REUTILIZAR, RECICLAR e RACIONALIZAR. Reduza a quantidade de lixo que você produz. Não jogue fora nada que possa ser reutilizado. Separe todo lixo seco (papéis, metais, plásticos e vidros) e coloque-o em lugar próprio para lixo reciclável. Todos acharam que o trabalho tinha ficado ótimo! Finalmente, o Livro estava completo e podia ir viver na biblioteca, onde seus ensinamentos seriam aproveitados por muitas crianças! Na maior alegria do mundo, ele se despediu dos amigos e foi embora com Foguinho, que se ofereceu para mostrar o caminho. O dia já estava amanhecendo. 15 – Como é bom ver alguém realizando o seu sonho! – disse o Vidro, comovido. – Nem diga! E o seu sonho, qual é? – perguntou a Latinha. – É virar um vidro de azeitonas! Enjoei de doce! – respondeu ele. – Então corram! – gritou a Garrafa. – O caminhão de lixo reciclável já virou a esquina e está chegando! Todos correram para seus recipientes com o coração aos pulos. Logo iriam para algum lugar, onde seriam transformados em novos objetos e voltariam a ser úteis. Era muita emoção! 16 FELIPE PEREIRA O PÁSSARO QUE ENGANOU O GATO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA INSTITUTO LpC 10 EDIÇÃO - 2020 CERTO DIA, UM GATO MUITO SABICHÃO CAMINHAVA SOBRE O TELHADO DE UMA CASA, QUANDO AVISTOUUM CANARINHO ASSOBIANDO, EM UM FIO DA REDE ELÉTRICA. “EI! BELO PÁSSARO CANTOR, JÁ SABE DA NOVIDADE?” DISSE O BICHANO OLHANDO PARA O ALTO. “QUE NOVIDADE?” PERGUNTOU O PASSARINHO, JÁ DESCONFIADO. “UMA NOVA LEI FOI APROVADA... AGORA TODOS OS BICHOS TERÃO DE SER AMIGOS, NÃO HAVERÁ MAIS RIVALIDADE, NEM PRESAS, NEM PREDADORES E TODOS TERÃO QUE VIVER EM HARMONIA”. “SÉRIO?!!” QUESTIONOU O CANÁRIO. “SIM, E PARA COMEMORAR, VOE ATÉ AQUI E VENHA-ME DAR UM ABRAÇO, SEJAMOS AMIGOS!”. - TUDO BEM - DISSE O CANÁRIO. - VOU POUSAR PRÓXIMO À CASINHA DO REX, AQUELE GRANDE PASTOR ALEMÃO ALI NO QUINTAL E ENTÃO NOS ABRAÇAREMOS E COMEMORAREMOS OS TRÊS JUNTOS. OUVINDO ISTO, O FELINO SALTOU TENTANDO AGARRAR O PÁSSARO, QUE VOOU RAPIDAMENTE E GARGALHOU DO GATO. - LEI NOVA... HA, HA, HA, HA!!! O GATO SAIU FRUSTRADO E RESMUNGANDO, POIS NÃO CONTAVA COM A ASTÚCIA DO PEQUENO PÁSSARO. O RATINHO RÓI-RÓI Lenira Almeida Heck (Júlia Vehuiah) 1ª edição Lajeado, abril de 2010 A447r Heck, Lenira Almeida O Ratinho Rói-Rói / Lenira Almeida Heck - Lajeado: Ed. da Univates, 2010. 60 p.: il. ISBN 978-85-98611-77-8 1. Literatura infanto-juvenil I.Título CDU: 82-93(816.5) Ficha catalográfica elaborada por Carla Barzotto CRB - 10/1922 Todos os textos são de exclusiva responsabilidade da autora. Univates Editora Coordenação e Revisão Final: Ivete Maria Hammes Editoração: Bruno Henrique Braun, Marlon Alceu Cristófoli e Paulo Alexandre Fritsch Capa: Marlon Alceu Cristófoli Ilustrações: Adriana Schnorr Dessoy Revisão Linguística: Veranice Zen Avelino Talini, 171 - Bairro Universitário Cx. Postal 155 - CEP 95900-000, Lajeado - RS, Brasil Fone: (51) 3714-7024 - Fone/Fax: (51) 3714-7000 E-mail: editora@univates.br - http://www.univates.br/editora Tiragem: 500 exemplares Copyright: Lenira Almeida Heck (Júlia Vehuiah) Rua General Flores da Cunha, 84/102 - Bairro Florestal - CEP 95900-000 - Lajeado/RS E-mail: lenira@universo.univates.br - Fone: (51) 3714-2472, (51) 8406-9804 O RATINHO RÓI-RÓI DESENHOS PARA COLOR I R Dedico a Dedicatória Ricardo Piantá e Aline, que a chama mantenha-se acesa por toda a vida Ao Davi, pelo sucesso alcançado A equipe da Editora, pela dedicação A todos os meus amigos, pela convivência A você, que fará da leitura um momento de êxtase. Agradecimentos: A Deus, por mais essa obra. A Júlia, pela vida. A Vehuiah, pela inspiração. Era uma vez um ratinho muito comilão chamado Rói-Rói. Ele morava com a família num pequeno bueiro. Sua mãe, uma rata muito simpática chamada Zana, • •• • • •• • • • • • •• •• • • ••• • • •• • • • • • •• • • •• • •• • • •• • • • • • •• • ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Rói. 5 Certo dia D. Rata Zana saiu à procura de novo lugar para morar. Depois de muito caminhar, encontrou uma toca funda • •• • • • • • • • • • ••• • • •• • • • • ••••••••••••••••••••••••• num pequeno jardim de uma casa. O lugar era ótimo. Na calçada havia duas lixeiras: uma para lixo seco e outra para lixo orgânico - tudo muito organizado. 6 De vez em quando alguns cachorros espalhavam o lixo para tudo quanto era lado, deixando o local feio e completamente sujo. Próximo do jardim havia um bueiro que conduzia à rede de esgoto. O lugar era ideal para os ratinhos crescerem fortes e saudáveis. Era uma maravilha de lugar. 7 D. Rata Zana, preocupada com a segurança dos • •• • • ••• •• • • ••• • • ••••••••••••••••••••• - Escutem com atenção! De hoje em diante vocês não andarão na rua durante o dia. Esperarão anoitecer, pois, se nos descobrirem, irão nos expulsar sem piedade. Entenderam? - Sim, mamãe! Gritaram todos. Mas o que eles não sabiam era que naquele lugar morava uma enorme gata cinza-malhada chamada Mini, considerada o terror dos ratos e dos pássaros. 8 Depois do aviso da mãe, os ratinhos esperaram ansiosos o anoitecer. Quando tudo estava silêncioso, D. Rata • • • • •• •• • • • •• •• • • • • •• • •• • • •• •••••••••••••••••••••••••••••• procura de alimentos. Todos pularam de alegria, pois encontraram pedaços de queijo, restos de toucinhos e outras delícias na lixeira. Eles comeram tanto que parecia que iriam estourar. Rói-Rói, o mais guloso de todos, quase não conseguia caminhar. 9 A comida ali era tão boa que eles nem queriam lembrar da época em que moravam no pequeno bueiro mal-cheiroso e lá quase não tinham com o que se alimentar. Como estavam felizes! Mas certa noite apareceu a temível gata de bigodes brancos e rabo tremulante. 10 Os ratos levaram o maior susto! Foi um correndo pra cá, outro • • • • • • • • •• • • ••• ••• • • • ••• • • • • •••••••••••••••••••••••••••••• conseguiram escapar! Opa! Quase todos! Rói-Rói não conseguiu fugir. 11 Para salvar Rói-Rói, D. Rata Zana avançou corajosamente contra a enorme fera. Mas nada pôde fazer, porque logo recebeu uma patada que a jogou longe. Em seguida, viu a gata sair em disparada levando a caça entre os dentes. 12 Chegando na casa soltou Rói-Rói e passou a se divertir. Quanto mais ele corria, mais ela o perseguia. Lá pelas tantas Rói-Rói implorou ao Deus dos animais dizendo: - Meu Deus! Salve-me das garras do meu perseguidor. Se me ajudar, prometo que serei um bom rato: não transmitirei doenças, não morderei as pessoas, não estragarei as feijoadas das donas de casa e repartirei com meus irmãos todo o queijo que encontrar. 13 Não demorou, a gata se desinteressou de brincar, subiu no sofá e lá adormeceu. O coração de Rói-Rói batia acelerado: Tum-tum, tum-tum, tum-tum! Ainda assustado, ele correu para atrás do armário. 14 Era madrugada quando Rói-Rói arriscou-se a sair do seu esconderijo. Com muito cuidado, subiu na mesa e comeu tudo o que encontrou. Enquanto a gata dormia, Rói-Rói se divertia. 15 Quando já estava amanhecendo, Rói-Rói lembrou dos conselhos da D. Rata Zana e foi correndo esconder-se atrás do armário. Assim, durante o dia, ele dormia e, à noite, andava pela casa. 16 Uma noite, a dona da casa acordou e, ao acender a luz, deparou-se com Rói-Rói em cima da mesa. Assustados, Rói-Rói correu para atrás do armário e a mulher saiu gritando apavorada! - Um rato! Um raaaato! Um raaaato! Ploft. Caiu dura a mulher. • • • •• •• • • • •• • ••• • • •• • •• •• •• • • •• • • • • • • • • •• ••• •• • • • • • ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Dona Ana desmaiada. Abriram a porta para ventilar o ambiente. O susto foi grande, mas nada de grave aconteceu. Naquele instante, Rói-Rói aproveitou para escapar. 17 Enquanto isso... Mini dormia sossegada. No dia seguinte, lá estava Rói- Rói belo e faceiro, porque no meio da confusão encontrou o caminho de volta para casa. Na toca, todos festejaram a sua volta. Rói-Rói viveu muitos anos e gerou muitos ratinhos, e todos viveram felizes para sempre. 18 Olá, Sou a Lenira, mas muitos me conhecem como Júlia Vehuiah. Sou professora, graduada em Letras; faço palestras e gosto muito de escrever e contar histórias. Em entrevistas, sempre me perguntam: Onde você nasceu? – Em São Félix/BA. Quando? – Em 20 de março de l954. Onde mais você morou? – Morei em Cachoeira/BA, e em Salvador/BA Onde você mora atualmente? – Na Cidade de Lajeado/RS. Fica no Vale do Taquari. • • • •• •• • • • •••••••••••• ••• •• ••• • • •• • • • • • •• •• • • • • •• • •• •• •• • • ••• ••• • •• •• • • ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Tem algum animal de estimação? • •• ••• •• •••• •• • • •• • • • •• •• • • ••• • • • • • • •• • • •• • •• •• • • •• •• • •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Quando criança, você gostava de ler? – Sim. Desdeque aprendi a ler, a leitura passou a fazer parte da minha vida. Você se considera boa escritora? – Não sei. Mas tomara que eu não seja uma das piores. Você gosta de escrever? – Adoro. Para mim é prazeroso. Você continua estudando, por quê? – Porque além de manter o meu cérebro em atividade, o estudo é fonte de energia para alcançarmos os nossos ideais. Do que você mais gosta? – De Deus, das pessoas, da natureza e dos animais Desejo homenagear nossa ilustradora Adriana S. Dessoy por mais este trabalho. Meus amigos, é isso aí. Escrever este livro foi muito divertido. Espero que vocês gostem! abraços, Outras obras da Autora: Capa Ilustrações Francisco Zanella Jr. Flávio Colombini Copyright © 2018 by Flávio Colombini Texto e diagramação: Flávio Colombini Capa e ilustrações: Francisco Zanella Jr. Quando o relógio despertou, ele reparou que tinha perdido a hora! – E agora? – ele falou, – Perdi a hora! O relógio ficou todo alarmado, pois estava atrasado! Sua amiguinha, a borrachinha, resolveu acompanhá-lo. Até que notou que precisava correr! Ele pensou no que fazer. Sem demora, o relógio saiu correndo atrás da hora. E ia dizendo: – E agora, perdi a hora? Porém, ele não conseguiu alcançar a hora. Mas o relógio não desistiu. Ele saiu procurando a hora pelo mundo afora. Procurou no mato. Procurou no rio. Procurou no quente. Procurou no frio. Mas o relógio não conseguiu achar a hora em nenhum lugar. O relógio estava passado e muito cansado. Ele dizia: – E agora, perdi a hora? Mas o relógio não desistiu. Ele pensou e decidiu que seria interessante perguntar para o elefante. Mas o elefante respondeu, num instante, que nunca tinha visto a hora antes. Depois, foi perguntar para o tamanduá. Mas o tamanduá não tinha visto a hora passar. O papagaio viu a hora passar como um raio. E o bicho-preguiça não tinha nenhuma pista pois toda a hora ele perdia a hora. O relógio ficou chateado e desanimado. Mas ele não desistiu. Ele pensou e decidiu continuar a caminhar e a procurar. Para sua felicidade, ele foi parar numa linda cidade! Lá, ele perguntou para uma senhora se ela tinha visto a hora. E a senhora falou, com muita paz, que outrora ela reparava na hora, embora agora não mais. Então, perguntou para um porteiro. Bem cabreiro, ele respondeu que tinha jogado seu relógio fora, pois não aguentava mais olhar a hora. Depois que procurou o dia inteiro, o relógio se alegrou quando encontrou um relojoeiro. O relojoeiro falou que, para achar a hora, era só adiantar o ponteiro. Sem demora, o relógio adiantou seu ponteiro e acertou sua hora. E o relógio foi embora, todo feliz, porque agora tinha achado a hora. Escrevi esta história em mais ou menos uma hora, num dia muito alegre. Depois revisei o texto diversas vezes e convidei o experiente ilustrador Francisco Zanella Jr. para fazer as ilustrações. Juntos, nós preparamos este livro com muito carinho. Não foi nada fácil publicá-lo. Porém, da mesma forma que o relógio não desistiu de procurar a hora, nós também nunca desistimos de publicar esta obra. E agora, depois de muito tempo e esforço, finalmente conseguimos. Nosso desejo é que a aventura do reloginho ofereça momentos alegres a todas as crianças e adultos que leiam este livro. Se você quiser conhecer os outros livros, poemas, peças e filmes que eu fiz, visite o meu site: www.flavito.com.br Flávio Colombini Se você gostou deste livro... • Curta a página do autor: www.facebook.com/flavito10 • Inscreva-se no canal dele: www.youtube.com/Flaviocolombini • Siga o perfl dele: www.instagram.com/flaviocolombini Tchau! Texto: Antonio Filho Ilustrações: Breno Macedo O Sapo de Sapato Governador Cid Ferreira Gomes Vice-Governador Francisco José Pinheiro Secretária da Educação Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Secretário Adjunto Maurício Holanda Maia Coordenadora de Cooperação com os Municípios Márcia Oliveira Cavalcante Campos Autor Antonio Filho Organização e Coordenação Editorial Kelsen Bravos da Silva Preparação de originais Lidiane Maria Gomes Moura Projeto, Diagramação e Coordenação Gráfica Daniel Diaz Revisão Marcus Túlio Dias Monteiro Kelsen Bravos da Silva Marta Maria Braide Lima Haristelma Maria de Almeida Moreira Conselho Editorial Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda Marta Maria Braide Lima Leniza Romero Frota Quinderé Haristelma Maria de Almeida Moreira Sammya Santos Araújo Catalogação e Normalização Gabriela Alves Gomes Maria do Carmo Andrade Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) C387s Ceará. Secretaria de Educação. O sapo de sapato / Antônio Filho; ilustrações de Breno Macedo. – Fortaleza: SEDUC, 2008. 24p.; il. ISBN: 978-85-62362-11-8 1. Lendas. 2. Fábulas. 3. Contos. 4. Literatura infanto-juvenil. I. Título. CDD 028.5 CDU 37+028.1(813.1) Copyright © 2008 Antonio Filho Ilustrador: Breno Macedo A Lucilene Carvalho, dona das três dimensões da criação: espaço, tempo e corpo. A Clara Ana, que me acendeu a chama da literatura infantil, luz e som que ilumina e encanta muitas letras dessas linhas. Eu vi um sapo que pulava pela rua. Eu vi um sapo cantando, encantando a lua. � � Eu vi um sapo no seu canto enluarado. Mas o sapo de sapato só pulava enchendo o papo. � � Eu vi um sapo coaxando para a lua e vi um sapo batendo perna na rua. � � Eu vi um sapo de papo e perna pro ar, pois o sapo de sapato não parava de pular. 10 11 Eu vi um sapo tomar banho de sapato e outro sapo mergulhar dentro do rio. 12 13 Eu vi um sapo no rio tremer de frio, quando o sapo de sapato passeava de navio. 1� 1� Eu vi um sapo procurando o que papar e vi o sapo com o papo papando o ar. 1� 1� Eu vi um sapo sem sapato sem jantar, mas o sapo de sapato não parava de papar. 1� 1� Eu vi um sapo cururu lavando o pé e vi um sapo de sapato com chulé. 20 21 O cururu com cuidado lava o pé, pois o pé, que não se preza, tem chulé só porque quer. 22 23 Antonio Filho Nasceu numa linda cidade do interior do Ceará chamada Baturité. Lá foi menino a soltar peões e arraias, a jogar de bola e bila, a tomar banhos de rio. Lá, aprendeu as primeiras letras e teve o primeiro contato com os livros. Também foi importante na sua formação, Mundaú, uma vila de pescadores, para onde ia durante as férias escolares. Ali, à noite, na calçada da mercearia do Vovô Almeida, aquele homem de cabelos prateados como a lua, alto, magro e moreno como os antigos deuses, o maior contador de estórias que o mundo já conheceu, ao ouvir-lhe os contos de almas penadas, mulas-sem-cabeça e espíritos noturnos dos mares e dos rios, a semente da criação literária foi plantada em seu espírito. Tentando seguir os passos de seu avô, agora escreve letras de música, poesia e ficção, e tem alguns livros a publicar. Breno Macedo Graduando em artes visuais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará - CEFET-CE. Estuda piano no conservatório de música Alberto Nepomuceno, como também a língua japonesa no Núcleo de Línguas Estrangeiras da Universidade Estadual do Ceará - UECE. Participou do projeto educativo Draco para o Museu de Arte Contemporânea (MAC) do centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, onde eram usadas histórias em quadrinhos para falar sobre arte contemporânea para o público infantil. Fez parte da primeira amostra do curso superior de Artes Plásticas no MAUC (Museu de Arte da UFC) em 2005. Texto: Ana Paula Marques Ilustrações: Waleska Félix Fortaleza ● Ceará ● 2018 Texto: Ana Paula Marques Ilustrações: Waleska Félix SEDUC - Secretaria da Educação do Estado do Ceará Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba - Fortaleza - Ceará | CEP: 60.822-325 (Todos os Direitos Reservados) Copyright © 2018 Ana Paula MarquesCopyright © 2018 Waleska Félix Coordenação Editorial, Preparação de Originais e Revisão Raymundo Netto Projeto e Coordenação Gráfica Daniel Dias Revisão Final Marta Maria Braide Lima Conselho Editorial Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda Sammya Santos Araújo Antônio Élder Monteiro de Sales Sandra Maria Silva Leite Antônia Varele da Silva Gama Catalogação e Normalização Gabriela Alves Gomes Governador Camilo Sobreira de Santana Vice-Governadora Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Secretário da Educação Rogers Vasconcelos Mendes Secretária-Executiva da Educação Rita de Cássia Tavares Colares Coordenador de Cooperação com os Municípios (COPEM) Márcio Pereira de Brito Orientadora da Célula de Apoio à Gestão Municipal Gilgleane Silva do Carmo Orientador da Célula de Fortalecimento da Aprendizagem Idelson de Almeida Paiva Júnior Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) M357t Marques, Ana Paula. Tudo o que sei sobre o mar / Ana Paula Marques; ilustrações de Waleska Félix. - Fortaleza: SEDUC, 2018. 24p.; il. ISBN 978-85-8171-187-4 1. Literatura infantil. I Félix, Waleska. II. Título. CDU 028.5 Ao meu querido pai, aos pescadores do Mucuripe (Fortaleza/CE) e às suas famílias. 4 “Ei, menina, o que você sabe sobre o mar?” 5 6 — Sobre o mar, eu sei muitas coisas. Aprendi muito sobre seus encantos e mistérios. 7 “E quem foi que a ensinou?” — Quem me ensinou tudo o que sei foi um simples pescador em seu velho barco. Mas, para mim, na verdade, ele mais parecia um grande capitão em seu poderoso navio. 8 9 10 “E o que ele ensinou a você?” — Ah, primeiro, ele me ensinou que é preciso respeitar a força das águas do mar. Só entramos nelas quando estão bem calmas e se não estiverem, nada de teimar, é melhor esperar toda a fúria passar. 11 — Depois me ensinou que no alto- mar só navega marujo forte e corajoso, pois, por lá, o mar é ainda mais furioso e quem é fraquinho sente logo vontade de vomitar. 12 13 14 — Também foi ele quem me ajudou a aprender a nadar. Jogava-me naquelas águas inquietas. Me dizia para bater os braços e as pernas e me ensinou a flutuar. 15 — Aprendi com ele que sentar na beira do mar é uma tremenda enrascada. Pois, ali, onde a onda quebra, enche o biquíni de areia e a bundinha da gente fica irritada. 16 17 18 — Meu capitão me mostrou que o mar é a mais pura perfeição da natureza. Por isso ficava tão triste quando encontrava lixo jogado, pelas pessoas, no mar, prejudicando a sua beleza. 19 — Mas de tudo que esse pescador me ensinou sobre o mar, o mais importante foi aprender a gostar das águas, das ondas, da inquietude, do embalo, da calma, da brisa, do sal, dos peixes e até mesmo das histórias de pescador. 20 21 22 “E, afinal, quem era esse simples pescador tão sabido?” — Esse pescador era o meu pai. E na imensidão de tudo que ele me ensinou, esse mar se tornou, para mim, o significado de amor. 23 Waleska Félix Olá, sou a Waleska, nasci em Fortaleza-CE, mas já moro há 9 anos em Juazeiro do Norte-CE. Além deste livro, já ilustrei outros livros, entre eles, Minha Lista de Vontades. Ilustrar esse livro teve um gostinho especial, porque pude contar com as mãos preciosas e o auxílio generoso de dois amigos queridos ilustradores: Reginaldo Farias e Débora Rodrigues. Das lições que aprendi com o mar? Aprendi o quanto é bom contar com amigos para segurar firme na nossa mão quando a gente treme de medo para pular ondas maiores ou se é derrubado por uma delas. E você, que lição aprendeu com o mar? Conta pra gente e diz o que achou das ilustrações: waleskafelix@gmail.com. Ana Paula Marques Nasci na cidade de Fortaleza/CE e, desde muito pequena, tenho uma profunda admiração pelos mares e oceanos. Conforme apresento na história deste livro, sou filha de um pescador, que foi o grande responsável por me apresentar as belezas da vida marinha. Sempre gostei de ouvir e de contar histórias. Lembro-me dos contos de minha mãe, de meu pai, de minhas avós, de minhas professoras e de outras pessoas que marcaram a minha infância. Também, sempre gostei de inventar meus próprios contos, de criar personagens e de brincar em um universo de possibilidades chamado: imaginação. Hoje, sou professora de Educação Infantil e busco encantar as crianças através da leitura e da contação de histórias. Realização Apoio O Governo do Estado do Ceará desenvolve, com os seus 184 municípios, o Programa de Aprendizagem na Idade Certa - MAIS PAIC, com o compro- misso de garantir e elevar a qualidade e os resultados da educação de suas crianças e seus jovens. Publicada pela Secretaria da Educação do Estado, através do MAIS PAIC, a Coleção Paic, Prosa e Poesia, rica em identidade cultural, reúne narrativas de autores do Ceará que tiveram seus textos selecionados por meio de se- leção pública. Esse acervo constitui um estímulo a mais para se ler e contar histórias em sala de aula, garantindo, assim, um letramento competente. Esconde-esconde+das+Palavras A Bruxa e o Caldeirão - A de Abelha A+borboleta+azul Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Conto ou não conto Lêdo, o Livrinho que Queria ser Lido O galo Tião e a dinda Raposa - A de Abelha Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 O galo Tião e a vaca Malhada - Ade Abelha Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 O livro que não tinha fim O Pássaro que enganou o Gato O ratinho Rói-rói - A de Abelha O Relógio que perdeu a Hora O+livro+que+Lia+Livros O+peixinho+e+o+gato+-+A+de+Abelha Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 O+Sapo+de+Sapato Tudo+o+que+Eu+Sei+sobre+o+Mar << /ASCII85EncodePages false /AllowTransparency false /AutoPositionEPSFiles false /AutoRotatePages /None /Binding /Left /CalGrayProfile (Gray Gamma 1.8) /CalRGBProfile (None) /CalCMYKProfile (U.S. Sheetfed Uncoated v2) /sRGBProfile (sRGB IEC61966-2.1) /CannotEmbedFontPolicy /Error /CompatibilityLevel 1.3 /CompressObjects /Off /CompressPages true /ConvertImagesToIndexed true /PassThroughJPEGImages true /CreateJDFFile false /CreateJobTicket false /DefaultRenderingIntent /Default /DetectBlends false /DetectCurves 0.1000 /ColorConversionStrategy /LeaveColorUnchanged /DoThumbnails false /EmbedAllFonts true /EmbedOpenType false /ParseICCProfilesInComments true /EmbedJobOptions true /DSCReportingLevel 0 /EmitDSCWarnings false /EndPage -1 /ImageMemory 1048576 /LockDistillerParams true 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