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Texto: Franciélia Alves
Ilustrações: Emanuel Oliveira
Fortaleza ● Ceará ● 2018
Texto: Franciélia Alves
Ilustrações: Emanuel Oliveira
Copyright © 2018 Franciélia Alves
Copyright © 2018 Emanuel Oliveira 
Coordenação Editorial, 
Preparação de Originais e Revisão
Raymundo Netto
Projeto e Coordenação Gráfi ca 
Daniel Dias
Revisão Final 
Marta Maria Braide Lima
Conselho Editorial
Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda
Sammya Santos Araújo
Antônio Élder Monteiro de Sales
Sandra Maria Silva Leite
Antônia Varele da Silva Gama
Catalogação e Normalização
Gabriela Alves Gomes
Governador
Camilo Sobreira de Santana
Vice-Governadora
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário da Educação
Rogers Vasconcelos Mendes
Secretária-Executiva da Educação 
Rita de Cássia Tavares Colares
Coordenador de Cooperação 
com os Municípios (COPEM)
Márcio Pereira de Brito
Orientadora da Célula de Apoio à Gestão Municipal
Gilgleane Silva do Carmo
Orientador da Célula 
de Fortalecimento da Aprendizagem
Idelson de Almeida Paiva Júnior
SEDUC - Secretaria da Educação do Estado do Ceará 
Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba - Fortaleza - Ceará | CEP: 60.822-325
(Todos os Direitos Reservados)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A474e Alves, Franciélia.
Esconde-esconde das Palavras / Franciélia Alves; ilustrações de Emanuel 
Oliveira. - Fortaleza: SEDUC, 2018. 
24p.; il. 
ISBN 978-85-8171-194-2 
1. Literatura infantil. I. Oliveira, Emanuel. II. Título.
CDU 028.5
A Deus, que é a essência da minha vida. À minha família, esposo 
e amigos. E em especial ao meu fi lho, Gustavo, que já se aventura 
pelo mundo da leitura e pela descoberta das palavras.
4
Misturando as palavras
De forma bem divertida.
Brincar, ler e descobrir
A palavra escondida.
5
Foi assim que,de repente,
Kaco, o menino sapeca,
Percebeu que a palavra e a gente
Era uma mistura inteligente. 
6
7
Vejam só que mister
Ele achou dentro de mistério.
Também um rio, ela guardava
No fi nalzinho da palavra.
8
9
10
Não podia ver galinha
Que já tirava a linha.
A dúvida logo vinha,
Quando lia sacola:
“Tiro saco ou cola?”
Fácil era retirar
A asa da casa,
A vela da fi vela,
E o olho do repolho...
11
E não parava por aí:
Olha a ema em siriema!
Boia em jiboia!
Pião em escorpião!
E a mão lá no limão!
12
13
14
E como era esperto, 
Chegava mais perto.
Via dentro do sapato
A sapa e o pato.
15
Dentro do camaleão,
Encontrava a cama e o leão.
Cara e bola
Ele via na carambola!
16
17
18
Kaco achava mais divertido
Deixando só o fi nal:
Do baralho, o alho...
Da luva, a uva...
Do tucano, o cano...
Da almofada, a fada...
19
Com tanto tira e esconde,
Kaco brincava e sorria.
Vibrava, com alegria,
A cada palavra que descobria.
20
21
22
E você, também quer viajar
Nessa brincadeira?
Mas eu fi co com brinca
Se você quiser a... 
Cadeira!
23
Emanuel Oliveira 
Sou artista visual, formado pelo IFCE. Gosto 
de desenhar desde criança. Na adolescência 
fazia revistas em quadrinhos sobre a vida 
e sobre amigos, trocando por aí com outros 
amigos. Brincar com palavras é quase como 
brincar com o traço do desenho. Tem mais 
desenhos que eu fi z aqui no: https:
//www.behance.net/desenhosdoemanuel
Franciélia Alves
Sou natural de Limoeiro, mas atualmente 
resido em Morada Nova, Terra do Vaqueiro. 
Muito cedo, ainda criança, descobri o 
prazer que a leitura me proporcionava ao 
me debruçar e viajar pelos contos de fada. 
Amante dos livros, adoro contar, recriar e ler 
boas histórias. Sou professora, graduada em 
Pedagogia e Pós-graduada em Gestão Escolar. 
Contribuir para o legado cultural das nossas 
crianças me deixa muito feliz e, com certeza, 
é um incentivo ao meu trabalho de educadora.
Realização
Apoio
O Governo do Estado do Ceará desenvolve, com os seus 184 municípios, o 
Programa de Aprendizagem na Idade Certa - MAIS PAIC, com o compro-
misso de garantir e elevar a qualidade e os resultados da educação de suas 
crianças e seus jovens.
Publicada pela Secretaria da Educação do Estado, através do MAIS PAIC, a 
Coleção Paic, Prosa e Poesia, rica em identidade cultural, reúne narrativas 
de autores do Ceará que tiveram seus textos selecionados por meio de se-
leção pública. Esse acervo constitui um estímulo a mais para se ler e contar 
histórias em sala de aula, garantindo, assim, um letramento competente.
A brA brA brA brA bruxa e ouxa e ouxa e ouxa e ouxa e o
caldeirãocaldeirãocaldeirãocaldeirãocaldeirão
José Leon Machado
Ilustrações de
Alexandre Bandeira Rodrigues
2
Quando preparava uma sopa com uns olhinhos de couve para
o jantar, a bruxa constatou que o caldeirão estava furado. Não era
muito, não senhor. Um furo pequeníssimo, quase invisível. Mas
era o suficiente para, pinga que pinga, ir vertendo os líquidos e ir
apagando o fogo. Nunca tal lhe tinha sucedido.
3
Foi consultar o livro de feitiços, adquirido no tempo em que
andara a tirar o curso superior de bruxaria por correspondência,
folheou-o de ponta a ponta, confirmou no índice e nada encontrou
sobre a forma de resolver o caso. Que haveria de fazer? Uma
bruxa sem caldeirão era como padeiro sem forno. De que forma
poderia ela agora preparar as horríveis poções?
4
Para as coisas mais corriqueiras tinha a reserva dos frascos.
Mas se lhe aparecia um daqueles casos em que era necessário
preparar na hora uma mistela? Como o da filha de um aldeão que
engolira uma nuvem e foi preciso fazer um vomitório especial
com trovisco, rosmaninho, três dentes de alho, uma semente de abóbora
seca, uma asa de morcego e cinco aparas de unhas de gato.
Se a moça vomitou a nuvem? Pois não haveria de vomitar?
Com a potência do remédio, além da nuvem, vomitou uma grande
chuvada de granizo que furou os telhados das casas em redor.
5
Era muito aborrecido aquele furo no caldeirão. Nem a sopa
do dia-a-dia podia cozinhar. Mantinha-se a pão e água, que
remédio, enquanto não encontrasse uma forma de resolver o caso.
Matutou dias seguidos no assunto e começou a desconfiar se
o mercador que lhe vendera o caldeirão na feira há muitos anos
atrás a não teria enganado com material de segunda categoria. A
ela, bruxa inexperiente e a dar os primeiros passos nas artes
mágicas, podia facilmente ter-lhe dado um caldeirão com defeito.
6
Decidiu então ir à próxima feira e levar o caldeirão ao
mercador. Procurando na secção das vendas de apetrechos de
cozinha, a bruxa verificou que o mercador já não era o mesmo.
Era neto do outro e, claro, não se lembrava – nem podia – das
tropelias comerciais do seu falecido avô. Ficou desapontada.
Perguntou-lhe, todavia, o que podia fazer com o caldeirão furado. O
mercador mirou-o, remirou-o, sopesou-o com ambas as mãos e disse:
7
– Este está bom é para você pôr ao pé da porta a fazer de
vaso. Com uns pés de sardinheiras ficava bem bonito.
A bruxa irritou-se com a sugestão e, não fosse a gente toda
ali na feira a comprar e a vender, transformava-o em onagro.
Acabou por dizer:
– A solução parece boa, sim senhor. Mas diga-me cá: Se ponho
o caldeirão a fazer de vaso, onde cozinho eu depois?
– Neste novo que aqui tenho e com um preço muito em conta...
A bruxa olhou para o caldeirão que o mercador lhe apontava,
sobressaindo num monte de muitos outros, de um brilhante
avermelhado, mesmo a pedir que o levassem. A bruxa, que tinha
os seus brios de mulher, ficou encantada.
8
O mercador aproveitou a ocasião para tecer os maiores elogios
ao artigo, gabando a dureza e a grossura do cobre, os rendilhados
da barriga, o feitio da asa em meia lua, a capacidade e o peso, tão
leve como um bom caldeirão podia ser, fácil de carregar para
qualquer lado.
– Pois bem, levo-o.
O mercador esfregou as mãos de contente.
– Mas aviso-o – acrescentou a bruxa. – Se lhe acontecer o mesmo
que ao outro, pode ter a certeza de que o transformarei em sapo.
O mercador riu-se do disparate enquanto embrulhava o artigo.
9
Os anos foram passando e a bruxa continuou no seu labor.
Até que um dia deu por um furo no novo eagora velho caldeirão.
Rogou uma praga tamanha que o neto do segundo mercador que
lho vendera, a essa hora, em vez de estar a comer o caldo na mesa
com a família, estava num charco a apanhar moscas.
Ficha Técnica
Título: A Bruxa e o Caldeirão
© Copyright José Leon Machado
Ilustrações de Alexandre Bandeira Rodrigues
Todos os direitos reservados
Edições Vercial, Outubro de 2003
URL: www.ipn.pt/literatura
E-mail: pvercial@iol.pt
http://www.ipn.pt/literatura/infantil/
 
 
 
1 
 
Ilustrações: Rosana Almendares 
---- ...eu nem te conto! ...eu nem te conto! ...eu nem te conto! ...eu nem te conto! 
 
---- Conta, vai, conta! Conta, vai, conta! Conta, vai, conta! Conta, vai, conta! 
 
---- Está bem! Mas você promete não contar para Está bem! Mas você promete não contar para Está bem! Mas você promete não contar para Está bem! Mas você promete não contar para 
mais ninguém?mais ninguém?mais ninguém?mais ninguém? 
 
---- Prometo. Juro que não conto Prometo. Juro que não conto Prometo. Juro que não conto Prometo. Juro que não conto!!!! Se eu contar Se eu contar Se eu contar Se eu contar 
quero morrer sequinha na mesma hora...quero morrer sequinha na mesma hora...quero morrer sequinha na mesma hora...quero morrer sequinha na mesma hora... 
 
---- NNNNão precisa exagerar! O que vouão precisa exagerar! O que vouão precisa exagerar! O que vouão precisa exagerar! O que vou contar não é contar não é contar não é contar não é 
nada nada nada nada assim tão sério. Não precisa jurar.assim tão sério. Não precisa jurar.assim tão sério. Não precisa jurar.assim tão sério. Não precisa jurar. 
 
---- Está bem... Está bem... Está bem... Está bem... 
 
Depois de muitos anos, ainda me lembro em detalhes sobre o que 
eu e minha prima conversamos. Éramos muito pequenas e eu 
passava as férias em sua casa. Nunca brincamos tanto, quanto 
naqueles dias! 
 
Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar. 
 
- Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se 
você contar eu vou ficar de mal. 
 
- Eu não vou contar, já disse! 
 
O segredo não era nada sério, coisa mesmo de criança naquela 
idade. E ela acabou contando... 
 
 
 
 
2 
- Minha mãe saiu para fazer compras e eu fiz um bolo. Eu 
quebrei dois ovos, misturei com a farinha de trigo e o 
açúcar. Não deu nada certo. Com medo, eu arrumei tudo, 
joguei o bolo fora e até hoje minha mãe não sabe de nada... 
 
- Meu Deus, sua doida! Você teve coragem de fazer uma 
coisa dessas?! 
 
- Tive. Se a minha mãe descobrir, eu não quero nem imaginar 
o que ela fará comigo!! Posso ficar uma semana de castigo. 
Ou até mais... 
 
A minha língua coçou. Um segredo daqueles não poderia ficar 
guardado. Na primeira oportunidade em que eu fiquei 
sozinha, procurei minha tia, que estava preparando o almoço. 
 
- Tia, preciso contar uma coisa pra senhora. 
 
- Pois conte, que estou ouvindo. Não posso te dar mais 
atenção, senão o almoço não sai... 
 
- É que eu tenho um segredo pra te contar e não sei se 
devo... 
 
- O segredo é seu ou dos outros? 
 
- Dos outros... Quer dizer, da prima! 
 
- E por que você quer contar os segredos alheios? 
 
- Bem, eu pensei que a senhora quisesse saber o que 
aconteceu... 
 
 
 
3 
- Ah, minha filha, deixa eu te fazer apenas uma pergunta: a dona do 
segredo te autorizou a contá-lo? 
 
- Na verdade, não! 
 
- E por qual motivo você me contaria, então? 
 
- É que... Bem, o que ela fez não é muito certo... 
 
- E você vai dedurar a sua prima? Se for alguma coisa muito grave ela 
ficará de castigo. E você não terá com quem brincar. Você já pensou 
nisso? 
 
- Não... 
 
- Pois pense. E depois volte aqui para conversarmos... 
 
Eu não sabia onde enfiar a cara, de tanta vergonha. E para que ninguém 
descobrisse os meus pensamentos, me escondi na casinha do fundo do 
quintal. Na hora do almoço, saí de lá, pois a fome, nessas horas, é uma 
sensata conselheira. E minha tia, com muito cuidado, voltou a tratar do 
assunto. 
 
- Eu preciso contar uma coisa pra vocês... Minha avó, quando eu era 
pequena, me ensinou uma coisa que nunca mais me esqueci. E hoje, 
ouvindo uma notícia no rádio, lembrei-me dela. Ela dizia que nós temos 
uma boca e dois ouvidos; por isso, nós temos que mais ouvir do que 
falar. E mais: nem tudo o que ouvimos, devemos passar adiante, pois 
quem conta um conto, aumenta um ponto. E se o que se conta é um 
segredo, pior ainda. Por isso, nessas horas em que a nossa língua coça, 
o melhor é lembrar que boca fechada não entra mosquito... 
 
 
 
4 
 
E contou também histórias de outras gentes: mexeriqueiros, 
dedos-duros, fofoqueiros, enfim, a turma do leva-e-traz... 
 
Naquela tarde, ainda preocupada que lessem os meus 
pensamentos, fiquei murchinha, daqui para ali, inventando o 
que fazer... 
 
Só no dia seguinte, quando minha prima decidiu contar para 
mim outro dos seus segredos, foi que eu tomei coragem de 
me sentar ao seu lado, bem quietinha. Disse ela: 
 
- Sabe, o outro segredo é mais sério que o primeiro... 
 
E fez suspense – disse, repentinamente que estava com sede 
e foi buscar água na cozinha... Depois de retornar, bebeu a 
água bem devagarinho, até recomeçar: 
 
- Olha, eu tenho um grande defeito. Às vezes eu me escondo 
na cozinha, para ouvir a conversa de minha mãe com as outras 
pessoas. E por acaso eu estava ontem, tranqüilamente 
sentada no meu cantinho secreto, quando alguém chegou para 
conversar com ela. Como esta pessoa é minha conhecida (e eu 
gosto muito dela), não posso contar o que aconteceu por lá... É 
uma pena! Eu só posso dizer que essa pessoa é uma língua de 
trapo, uma linguaruda... 
 
 
 
 
 
5 
 
Nunca rimos tanto! 
 
Eu, na verdade, não sabia se me sentia agradecida ou 
envergonhada... 
 
E passado tantos anos, ainda hoje nós fazemos questão de 
relembrar este episódio. 
 
Nossos filhos compreendem, então, porque somos tão amigas 
e cúmplices. E olha que eles nem imaginam o que ocorreu anos 
depois, quando éramos jovens e começamos a paquerar, sem 
saber, o mesmo cara... 
 
Bem, mas isto é segredo e eu não posso contar! 
 
FIM 
 
 
 ESCREVEU 
Abel Sidney 
(abelsidney@gmail.com) 
Porto Velho - Rondônia 
 
 ILUSTROU 
Rosana Almendares 
(almendares@uol.com.br) 
São Leopoldo – Rio Grande do Sul 
 
 
 
Texto: Margarida Viana Mendes
Ilustrações: Ceci Shiki
Fortaleza ● Ceará ● 2018
Texto: Margarida Viana Mendes
Ilustrações: Ceci Shiki
Copyright © 2018 Luísa Margarida Viana Mendes
Copyright © 2018 Ceci Shiki 
Coordenação Editorial, 
Preparação de Originais e Revisão
Raymundo Netto
Projeto e Coordenação Gráfi ca 
Daniel Dias
Revisão Final 
Marta Maria Braide Lima
Conselho Editorial
Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda
Sammya Santos Araújo
Antônio Élder Monteiro de Sales
Sandra Maria Silva Leite
Antônia Varele da Silva Gama
Catalogação e Normalização
Gabriela Alves Gomes
Governador
Camilo Sobreira de Santana
Vice-Governadora
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário da Educação
Rogers Vasconcelos Mendes
Secretária-Executiva da Educação 
Rita de Cássia Tavares Colares
Coordenador de Cooperação 
com os Municípios (COPEM)
Márcio Pereira de Brito
Orientadora da Célula de Apoio à Gestão Municipal
Gilgleane Silva do Carmo
Orientador da Célula 
de Fortalecimento da Aprendizagem
Idelson de Almeida Paiva Júnior
SEDUC - Secretaria da Educação do Estado do Ceará 
Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba - Fortaleza - Ceará | CEP: 60.822-325
(Todos os Direitos Reservados)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
M538l Mendes, Margarida Viana.
Lêdo, o livrinho que queria ser lido / Margarida Viana Mendes; ilustrações 
de Shiki. - Fortaleza: SEDUC, 2018. 
24p.; il. 
ISBN 978-85-8171-196-6 
1. Literatura infantil. I. Shiki. II. Título.
CDU 028.5
Aos meus fi lhos.
4
“Ninguém me vê...”, murmurava,Lêdo, o livrinho esquecido na prateleira. 
“Já sei, quando o vento passar por mim, 
abrirei as minhas páginas. Quem sabe 
não aparece alguém para me ler”. 
O vento veio, passou e nada: 
“Ah, ninguém me percebeu...”
5
“Será que estou muito escondido?”, 
dizia, Lêdo, ajeitando-se mais na ponta 
da prateleira. “Hummm, aqui está 
melhor. Agora sim, com certeza, vão 
me ver”. Mas ninguém o viu. “O que 
está havendo com esses meninos da 
escola? Não gostam de ler?”
6
7
“Já sei... Eu estou muito longe da 
janela”, falava, Lêdo, aproximando-se 
da janela. Era uma manhã bonita de sol. 
“Agora sim, com esse sol brilhando em 
minha capa, eles me verão”. Ele vê alunos 
e alunas passando por perto. “Olha, está 
vindo um menino, outro, agora uma 
menina e... passaram. Nem me viram.”
8
9
10
“Mas o que está acontecendo?”, 
pensava desanimado, Lêdo. “A minha 
historinha é tão legal. Tantas crianças 
já riram e se emocionaram comigo. 
Por que agora estão me ignorando?”
Sem saber o que fazer, Lêdo foi 
procurar o doutor Livraldo, o grande 
médico dos livros.
11
— Doutor Livraldo! Doutor Livraldo! 
gritava Lêdo, na biblioteca.
— Quem me chama assim aos berros? 
Apareceu o gordo doutor Livraldo.
— Sou eu, doutor, o Lêdo. Estou 
muito preocupado.
12
13
14
— Ora, e com o quê? Você é um 
livro tão jovem. 
— Acho que as crianças não 
gostam mais de mim.Elas passam nas 
prateleiras e não me leem. Estou muito 
triste com isso. Desse jeito vou virar 
enfeite ou ser esquecido.
15
— Me deixe examiná-lo, — falava o 
doutor. Abra suas páginas, o prefácio, 
a dedicatória, a introdução, o primeiro 
capítulo, o segundo e a conclusão.
Huuummmm...
16
— E então, doutor, estou bem?
— Não, você não está bem.
— Ai, doutor, eu vou morrer?
17
— Calma, Lêdo, não precisa 
desesperar-se... Os livros não 
morrem. Na verdade, as suas folhas 
estão um pouco apagadas de tanto 
serem usadas pelas crianças. Elas 
gostavam tanto de você que o 
marcavam, escreviam em você, e 
as letrinhas foram se apagando. Me 
deixa restaurar suas páginas. 
Assim, Doutor Livraldo mexe 
aqui e acolá, pinta, reescreve e 
remenda e... “Ah, agora sim, você 
está novo de novo.”
18
— Legal, doutor Livraldo, estou 
novinho em folha! 
Daí, Lêdo voltou a sua estante muito 
contente e radiante.
19
Quando a criançada viu aquele 
livro como novo fosse, passou a 
pegá-lo na estante, a lê-lo e a contar 
as suas histórias. Afi nal, Lêdo tinha 
muito o que dizer.
20
21
22
E você, amiguinho ou amiguinha, 
será que tem algum amigo na estante 
que você ainda não conheça? Vamos 
fazer mais amiguinhos na estante?
23
Ceci Shiki
Chamo-me Ceci Shiki. Sou do dia 24 de 
março e nasci em Fortaleza, moro na cidade 
solar há oito anos. Desenhar para crianças 
signifi ca exercitar os rabiscos que desde 
pequena fi zeram parte do meu imaginário. 
Participar dessa coleção é ter a oportunidade 
de compartilhar esses rabiscos dos cadernos 
de desenho, colocar linhas e cores no papel 
para as pequenas mentes brilhantes.
Margarida Viana Mendes
Margarida Viana Mendes, nasceu em Quixadá, 
no estado do Ceará, no ano de 1982. Estudou 
Letras e é graduada em Enfermagem. Filha de 
professora, foi incentivada desde a infância 
a gostar da leitura. Mãe de dois fi lhos, 
compartilha com eles a herança desse incentivo. 
A partir desse universo infantil, reacendeu o 
prazer pela magia das narrativas infantis.
Realização
Apoio
O Governo do Estado do Ceará desenvolve, com os seus 184 municípios, o 
Programa de Aprendizagem na Idade Certa - MAIS PAIC, com o compro-
misso de garantir e elevar a qualidade e os resultados da educação de suas 
crianças e seus jovens.
Publicada pela Secretaria da Educação do Estado, através do MAIS PAIC, a 
Coleção Paic, Prosa e Poesia, rica em identidade cultural, reúne narrativas 
de autores do Ceará que tiveram seus textos selecionados por meio de se-
leção pública. Esse acervo constitui um estímulo a mais para se ler e contar 
histórias em sala de aula, garantindo, assim, um letramento competente.
Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto.
“Tudo que acontecer à terra, 
acontecerá aos filhos da terra.”
Noah Sealth, chefe Seattle
ven
da
pr
oib
idaven
da
pr
oib
ida
Autora
Sandra Aymone
Coordenação editorial
Sílnia N. Martins Prado
Ilustração
Pierre Trabbold
Luiz Rodrigues
Revisão
Katia Rossini
Diagramação
Linea Creativa
Agradecimento especial
Prof. Dr. Carlos C. Cerri
(CENA/USP - Centro de Energia Nuclear da Agricultura)
Realização
Fundação Educar DPaschoal
www.educardpaschoal.org.br
F: (19) 3728-8129
Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição destes livros: Argius 
Transportes Ltda., Atlas Translog, Hiperion Logística, Reunidas Catarinense, RTE Rodonaves, 
Transportadora Capivari Ltda.,Transportadora JPN Ltda., TRN Pavan.
Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda. em papelcartão Art Premium Tech (capa) 
e papel Couché Suzano Matte (miolo), ambos produzidos pela Suzano Papel e Celulose a partir de 
florestas renováveis de eucalipto. Cada árvore foi plantada para este fim. Esta é a 1ª edição, datada de 
2008, com tiragem de 27.000 exemplares, para esta 2ª reimpressão.
A tiragem e a prestação de contas referentes a esta 
publicação foram conferidas pela Deloitte.
Sobre a Fundação Educar DPaschoal
A Fundação Educar DPaschoal — investimento social do grupo DPaschoal — foi criada há 18 
anos com o objetivo de estimular pessoas a adotarem a educação para a cidadania como estratégia de 
transformação social e econômica.
Em oito anos, por meio do projeto “Leia Comigo!”, já editou 30 milhões de livros infantis distribuídos 
gratuitamente a escolas públicas, organizações sociais e bibliotecas. Mais que isso, este projeto 
preocupa-se com um conteúdo que estimule o gosto pela leitura, reforce valores e incentive a atitude 
cidadã.
Com a “Academia Educar”, promove o desenvolvimento de jovens do ensino médio, tendo a escola 
pública como centro de cidadania na comunidade; e com o projeto “Trote da Cidadania”, forma 
futuros líderes socialmente responsáveis, que utilizam sua energia para a mobilização universitária.
Naquela tarde, o silêncio era geral na pracinha do bairro. Ou quase. 
Porque, em um dos cantos da praça, onde estavam as caixas próprias 
para lixo reciclável, uma garrafinha plástica ouviu algo. Era uma voz que 
dizia, bem baixinho:
– Não, não, não! Isso não pode ser! Ainda sou muito útil para ser 
reciclado, meu lugar não é aqui!
O som parecia vir de dentro da caixa destinada aos papéis. Curiosa, a 
garrafa saiu de onde estava e foi até lá. Num instante encontrou, falando 
sozinho, um livro que tinha um nome esquisito: “Aquecimento global”.
2
– Qual é o problema, senhor Livro? – perguntou a Garrafa – Não está 
contente por ser reciclado?
– Na verdade não, Garrafinha – respondeu ele – O assunto que trago em 
minhas páginas é muito atual e importante. Mas me colocaram no lixo 
porque minhas últimas páginas estão em branco. Minha história não 
tem fim!... Se eu encontrasse um final para ela, poderia ir viver numa 
biblioteca!
A Garrafa concordou em que aquele problema merecia uma solução e 
chamou seus amigos nas outras caixas: a Latinha de refrigerante, o Vidro 
de doce de leite vazio e a Revista usada. Depois de ouvirem o caso, todos 
decidiram ajudar o Livro a encontrar um fim para sua história.
3
– E se a gente escrevesse no fim: “E viveram felizes para sempre!”? 
– sugeriu o Vidro. – Já vi muitas histórias ótimas terminarem assim...
– Obrigado, mas não serve – respondeu o Livro. – Isso só funciona nos 
contos de fadas. E minha história é diferente...
– Então conte um pouco sobre seu assunto, para podermos saber como 
vamos conseguir a parte que falta – pediu a Revista.
– Bem, meu texto fala bastante sobre “efeito estufa”.
Ninguém sabia o que era aquilo.
4
– Eu explico – disseo Livro. – Quem de vocês já viu uma estufa? É um 
lugar fechado, construído para cultivar plantas que precisam de calor. 
Dentro da estufa fica quente, mesmo que do lado de fora esteja frio. 
Bem, os cientistas descobriram que o nosso planeta Terra está ficando 
cada vez mais quente e decidiram chamar este fenômeno de “efeito 
estufa”.
Ao ouvir isso, a Garrafa começou a suar e a se abanar, já sentindo um 
calorão...
– Nas minhas páginas, diz que o efeito estufa acontece por vários 
motivos.
– Que motivos são estes? – perguntou a Latinha.
5
– O efeito estufa acontece principalmente pela ação de certos gases. E 
a quantidade desses gases está aumentando por causa da destruição das 
florestas e da queima de combustíveis como a gasolina e o óleo diesel... 
A fumaça que as fábricas e os carros soltam tem gases que ajudam a 
provocar o efeito estufa...
– É mesmo? Que chato... – comentou a Garrafa. – Porque vai ser difícil, 
para as pessoas viver sem fábricas e sem automóveis...
Todos quiseram saber mais, para ver se havia solução para o problema... 
O Livro continuou a contar:
6
– A temperatura da Terra está subindo, mas isso acontece bem devagar. 
Vai levar muitos anos pra ficar quente demais. Só que o calor faz o gelo 
dos pólos derreter, e isso aumenta a quantidade de água nos oceanos... 
– Mas isso é ruim? Ter mais água não é uma coisa boa? – opinou a 
Revista.
– Infelizmente, é ruim, sim. O urso-polar, por exemplo, cada vez tem 
menos lugares pra caçar sua comida. Além disso, o mar pode subir e 
prejudicar as cidades que ficam perto das praias.
7
Enquanto o Livro falava, começou a escurecer. A noite estava chegando.
– Que escuridão! – exclamou a Latinha. – A lâmpada do poste queimou! 
Mas vem vindo lá um vaga-lume. Vamos ver se ele topa iluminar nossa 
conversa...
Chamaram, então o vaga-lume, que se chamava Foguinho. Ele 
concordou em emprestar sua luz e também se interessou pelo problema 
8
do Livro. Contou que gostava muito de ler sobre vários assuntos e, 
sempre que podia, entrava na biblioteca da escola que havia ali perto.
– Lá, sou amigo de todos os livros! – disse Foguinho. – Entro à noite, 
quando não tem ninguém. Ainda bem que tenho uma luzinha para 
iluminar minhas leituras!
Todos adoraram conhecer um vaga-lume tão sabido e acharam que ele 
podia ser a solução que procuravam. Claro! Era amigo dos livros! E 
ninguém melhor do que os livros para ajudar a encontrar o final de que 
o amigo tanto precisava!
9
– Tudo bem! – concordou Foguinho. – Posso ir hoje mesmo falar com 
eles. Mas precisamos saber mais ou menos como deverá ser esse final. – 
E, voltando-se para o Livro, perguntou: – Você pode contar mais um 
pouco do que suas páginas dizem?
– Claro – respondeu o Livro, todo agradecido. – Os cientistas dizem que 
o aquecimento da Terra pode provocar falta de água própria para beber, 
secas, tempestades, ondas de calor, tufões e furacões.
– Nooooooossa, Livro! – espantou-se a Garrafa. – Não tem nada de bom 
na sua história? Será que tem algum jeito 
de evitar que tudo isso aconteça?
10
– Infelizmente, não sei! – disse o Livro. – Depois dessa parte, começam 
as minhas páginas em branco... Não tem mais nada...
– Então é isso! – animou-se a Latinha. – Vamos encontrar para ele um 
final feliz, ensinando às crianças tudo o que se pode fazer para evitar o 
efeito estufa! Corra lá, Foguinho! Converse com os livros da biblioteca! 
Com certeza eles têm uma resposta pra isso!
– Tenho uma sugestão! – disse o Vidro. – Com tudo o que aprendemos 
até agora, enquanto Foguinho vai lá, nós já podemos começar a nossa 
lista. Vamos criar um capítulo chamado “O que você pode fazer para 
ajudar o planeta Terra”. Que tal?
11
Todos adoraram a idéia! Foguinho saiu como um raio. Foi direto 
conversar com seus amigos, os livros, na biblioteca da escola. Enquanto 
isso, a Garrafa, a Latinha, o Vidro, a Revista e o Livro começaram a criar 
o final da história. Ficou assim:
O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA AJUDAR O PLANETA TERRA
1. Plante árvores. Se não puder plantar, cuide das que já existem. As árvores 
diminuem a quantidade de gases perigosos no ar (principalmente o gás 
carbônico), que provocam o efeito estufa.
2. Não queime pneus! Além de poluir o ar, a queima de pneus produz muitos 
litros de óleo, que contaminam o solo (quem lembrou esta foi o Vidro, que 
tinha um amigo pneu). Pneus usados também não devem ser jogados em rios, 
terrenos baldios etc. Eles podem ser reciclados e devem ser entregues em locais 
próprios para isso.
3. Nunca coloque fogo no mato.
4. Não queime plásticos, pois eles liberam gases poluentes (a Garrafa adorou 
este item!).
12 13
Neste ponto, chegou o vaga-lume de volta. Contou que todos os livros 
tinham sido muito bacanas, ajudando no que puderam, e que tinham 
convidado o Livro para ir morar lá, depois que estivesse completo!
– Que bom! – disse o Livro, todo feliz. – Então, por favor, diga logo tudo 
o que aprendeu!
Rapidamente, a lista ganhou novos itens:
5. Sempre que puder, evite andar de carro. Caminhe, ande de bicicleta, ou de 
ônibus, alguns dias na semana.
6. Conte a seus pais que, ao comprar um carro, devem preferir os que são 
movidos por combustíveis e produzem menos gases poluentes, como álcool 
de cana (etanol) e biodiesel. O biodiesel é obtido de óleos vegetais e animais, 
como óleo de soja, de mamona, de girassol e sebo de boi. Também é importante 
manter o carro sempre regulado. Veículo que economiza combustível solta 
menos gases perigosos.
Foguinho falou:
– Os livros lembraram que não basta diminuir a produção de gases para 
ajudar o planeta. É preciso proteger a natureza, economizando água e 
energia e diminuindo a produção de lixo.
– Reciclagem de lixo é com a gente mesmo! – exclamou a Garrafa, 
dando pulinhos. – É por isso que estamos aqui! Nós estamos fazendo a 
nossa parte!
Os últimos itens da lista ficaram assim:
7. Economize água. Nunca deixe a torneira ou o chuveiro abertos sem 
necessidade. Verifique se existem vazamentos nos canos, ou torneiras pingando.
8. A energia elétrica é produzida pelas usinas hidrelétricas. Para construir 
essas usinas, é preciso alagar grandes regiões, prejudicando a natureza.
14
Quando economizamos energia, evitamos que novas usinas sejam construídas. 
Por exemplo: apagar a luz ao sair de um lugar, desligar som e TV quando não 
estiver usando, não abrir a geladeira toda hora etc.
9. Lembre-se destas quatro palavras: REDUZIR, REUTILIZAR, 
RECICLAR e RACIONALIZAR.
Reduza a quantidade de lixo que você produz. Não jogue fora nada que possa 
ser reutilizado. Separe todo lixo seco (papéis, metais, plásticos e vidros) e 
coloque-o em lugar próprio para lixo reciclável.
Todos acharam que o trabalho tinha ficado ótimo! Finalmente, o Livro 
estava completo e podia ir viver na biblioteca, onde seus ensinamentos 
seriam aproveitados por muitas crianças!
Na maior alegria do mundo, ele se despediu dos amigos e foi embora 
com Foguinho, que se ofereceu para mostrar o caminho. O dia já estava 
amanhecendo.
15
– Como é bom ver alguém realizando o seu sonho! – disse o Vidro, 
comovido.
– Nem diga! E o seu sonho, qual é? – perguntou a Latinha.
– É virar um vidro de azeitonas! Enjoei de doce! – respondeu ele.
– Então corram! – gritou a Garrafa. – O caminhão de lixo reciclável já 
virou a esquina e está chegando!
Todos correram para seus recipientes com o coração aos pulos. Logo 
iriam para algum lugar, onde seriam transformados em novos objetos e 
voltariam a ser úteis. Era muita emoção!
16
 
 
FELIPE PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PÁSSARO QUE ENGANOU O 
GATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO 
GRATUITA 
 
 INSTITUTO LpC 
 10 EDIÇÃO - 2020 
 
 
 
CERTO DIA, UM GATO MUITO SABICHÃO 
CAMINHAVA SOBRE O TELHADO DE UMA CASA, 
QUANDO AVISTOUUM CANARINHO ASSOBIANDO, 
EM UM FIO DA REDE ELÉTRICA. 
 
“EI! BELO PÁSSARO CANTOR, JÁ SABE DA 
NOVIDADE?” DISSE O BICHANO OLHANDO PARA O 
ALTO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“QUE NOVIDADE?” PERGUNTOU O PASSARINHO, JÁ 
DESCONFIADO. 
 
“UMA NOVA LEI FOI APROVADA... AGORA TODOS 
OS BICHOS TERÃO DE SER AMIGOS, NÃO HAVERÁ 
MAIS RIVALIDADE, NEM PRESAS, NEM PREDADORES 
E TODOS TERÃO QUE VIVER EM HARMONIA”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“SÉRIO?!!” QUESTIONOU O CANÁRIO. 
 
“SIM, E PARA COMEMORAR, VOE ATÉ AQUI E 
VENHA-ME DAR UM ABRAÇO, SEJAMOS AMIGOS!”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- TUDO BEM - DISSE O CANÁRIO. - VOU POUSAR 
PRÓXIMO À CASINHA DO REX, AQUELE GRANDE 
PASTOR ALEMÃO ALI NO QUINTAL E ENTÃO NOS 
ABRAÇAREMOS E COMEMORAREMOS OS TRÊS 
JUNTOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUVINDO ISTO, O FELINO SALTOU TENTANDO 
AGARRAR O PÁSSARO, QUE VOOU RAPIDAMENTE E 
GARGALHOU DO GATO. 
 
 - LEI NOVA... HA, HA, HA, HA!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O GATO SAIU FRUSTRADO E RESMUNGANDO, POIS 
NÃO CONTAVA COM A ASTÚCIA DO PEQUENO 
PÁSSARO. 
O RATINHO
RÓI-RÓI
Lenira Almeida Heck
(Júlia Vehuiah)
1ª edição
Lajeado, abril de 2010
A447r
Heck, Lenira Almeida
O Ratinho Rói-Rói / Lenira Almeida Heck - Lajeado: Ed. da Univates, 
2010.
60 p.: il.
ISBN 978-85-98611-77-8
1. Literatura infanto-juvenil I.Título
CDU: 82-93(816.5)
Ficha catalográfica elaborada por Carla Barzotto CRB - 10/1922
Todos os textos são de exclusiva responsabilidade da autora.
Univates Editora
Coordenação e Revisão Final: Ivete Maria Hammes
Editoração: Bruno Henrique Braun, Marlon Alceu Cristófoli e Paulo Alexandre Fritsch
Capa: Marlon Alceu Cristófoli
Ilustrações: Adriana Schnorr Dessoy
Revisão Linguística: Veranice Zen
 
Avelino Talini, 171 - Bairro Universitário
Cx. Postal 155 - CEP 95900-000, Lajeado - RS, Brasil
Fone: (51) 3714-7024 - Fone/Fax: (51) 3714-7000
E-mail: editora@univates.br - http://www.univates.br/editora
Tiragem: 500 exemplares
Copyright: Lenira Almeida Heck (Júlia Vehuiah)
Rua General Flores da Cunha, 84/102 - Bairro Florestal - CEP 95900-000 - Lajeado/RS
E-mail: lenira@universo.univates.br - Fone: (51) 3714-2472, (51) 8406-9804
O RATINHO
RÓI-RÓI
DESENHOS PARA COLOR
I R
Dedico a
Dedicatória
Ricardo Piantá e Aline, que a chama mantenha-se 
acesa por toda a vida
Ao Davi, pelo sucesso alcançado
A equipe da Editora, pela dedicação
A todos os meus amigos, pela convivência
A você, que fará da leitura um momento de êxtase.
Agradecimentos:
A Deus, por mais essa obra.
A Júlia, pela vida.
A Vehuiah, pela inspiração.
Era uma vez um 
ratinho muito comilão 
chamado Rói-Rói.
Ele morava com a família num pequeno bueiro.
Sua mãe, uma rata muito simpática chamada Zana, 
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Rói.
5
Certo dia D. Rata Zana 
saiu à procura de novo 
lugar para morar. Depois 
de muito caminhar, 
encontrou uma toca funda 
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num pequeno jardim de 
uma casa.
O lugar era ótimo. Na calçada havia duas lixeiras: 
uma para lixo seco e outra para lixo orgânico - tudo 
muito organizado.
6
De vez em quando alguns cachorros espalhavam o 
lixo para tudo quanto era lado, deixando o local feio e 
completamente sujo.
Próximo do jardim havia um bueiro que conduzia 
à rede de esgoto. O lugar era ideal para os ratinhos 
crescerem fortes e saudáveis. Era uma maravilha de 
lugar.
7
D. Rata Zana, preocupada com a segurança dos 
• •• • • ••• •• • • ••• • • •••••••••••••••••••••
- Escutem com atenção! De hoje em diante vocês não 
andarão na rua durante o dia. Esperarão anoitecer, 
pois, se nos descobrirem, irão nos expulsar sem 
piedade. Entenderam?
- Sim, mamãe! Gritaram todos. 
Mas o que eles não sabiam era que naquele lugar 
morava uma enorme gata cinza-malhada chamada Mini, 
considerada o terror dos ratos e dos pássaros.
8
Depois do 
aviso da mãe, os ratinhos 
esperaram ansiosos o 
anoitecer. Quando tudo 
estava silêncioso, D. Rata 
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procura de alimentos. Todos
pularam de alegria, pois 
encontraram pedaços de queijo, restos de 
toucinhos e outras delícias na lixeira. Eles
comeram tanto que parecia que iriam estourar. 
Rói-Rói, o mais guloso de todos, quase 
não conseguia caminhar.
9
A comida ali era tão boa que eles nem queriam 
lembrar da época em que moravam no pequeno bueiro 
mal-cheiroso e lá quase não tinham com o que se 
alimentar. Como estavam felizes!
Mas certa noite apareceu a temível gata de bigodes 
brancos e rabo tremulante.
10
Os ratos levaram o maior susto!
Foi um correndo pra cá, outro 
• • • • • • • • •• • • ••• ••• • • • ••• • • • • ••••••••••••••••••••••••••••••
conseguiram escapar!
Opa! Quase todos! Rói-Rói não 
conseguiu fugir.
11
Para salvar Rói-Rói, D. Rata Zana avançou 
corajosamente contra a enorme fera. Mas nada pôde 
fazer, porque logo recebeu uma patada que a jogou 
longe.
Em seguida, viu a gata sair em disparada levando a 
caça entre os dentes.
12
Chegando na casa soltou 
Rói-Rói e passou a se divertir. 
Quanto mais ele corria, mais 
ela o perseguia.
Lá pelas tantas Rói-Rói 
implorou ao Deus dos animais 
dizendo:
- Meu Deus! Salve-me das 
garras do meu perseguidor. 
Se me ajudar, prometo 
que serei um bom rato: 
não transmitirei doenças, 
não morderei as pessoas, não 
estragarei as feijoadas das 
donas de casa e repartirei 
com meus irmãos 
todo o queijo que 
encontrar.
13
Não demorou, a gata se desinteressou de brincar, 
subiu no sofá e lá adormeceu.
O coração de Rói-Rói batia acelerado: Tum-tum, 
tum-tum, tum-tum!
Ainda
assustado,
ele correu 
para atrás 
do armário.
14
Era madrugada quando Rói-Rói arriscou-se a sair do 
seu esconderijo. Com muito cuidado, subiu na mesa e 
comeu tudo o que encontrou. Enquanto a gata dormia, 
Rói-Rói se divertia.
15
Quando já estava 
amanhecendo, Rói-Rói lembrou 
dos conselhos da D. Rata Zana e 
foi correndo esconder-se atrás 
do armário. Assim, durante 
o dia, ele dormia e, à noite, 
andava pela casa.
16
Uma noite, a dona da casa acordou e, ao acender 
a luz, deparou-se com Rói-Rói em cima da mesa. 
Assustados, Rói-Rói correu para atrás do armário e a 
mulher saiu gritando apavorada!
- Um rato! Um raaaato! Um raaaato! Ploft. Caiu dura 
a mulher.
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Dona Ana desmaiada. Abriram a porta para ventilar 
o ambiente. O susto foi grande, mas nada de grave 
aconteceu.
Naquele instante, Rói-Rói aproveitou para escapar.
17
Enquanto isso... Mini dormia sossegada.
No dia seguinte, lá estava Rói-
Rói belo e faceiro, porque 
no meio da confusão 
encontrou o caminho de 
volta para casa.
Na toca, todos 
festejaram a sua 
volta. Rói-Rói viveu 
muitos anos e gerou 
muitos ratinhos, e 
todos viveram felizes 
para sempre.
18
Olá,
Sou a Lenira, mas muitos me conhecem 
como Júlia Vehuiah. Sou professora, 
graduada em Letras; faço palestras 
e gosto muito de escrever e contar 
histórias.
Em entrevistas, sempre me perguntam:
 Onde você nasceu?
– Em São Félix/BA.
Quando?
– Em 20 de março de l954.
Onde mais você morou? 
– Morei em Cachoeira/BA, e em 
Salvador/BA
Onde você mora atualmente? 
– Na Cidade de Lajeado/RS. Fica no Vale do Taquari.
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Tem algum animal de estimação?
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Quando criança, você gostava de ler? 
– Sim. Desdeque aprendi a ler, a leitura passou a fazer parte da 
minha vida.
Você se considera boa escritora? 
– Não sei. Mas tomara que eu não seja uma das piores. 
Você gosta de escrever? 
– Adoro. Para mim é prazeroso.
Você continua estudando, por quê? 
– Porque além de manter o meu cérebro em atividade, o estudo é 
fonte de energia para alcançarmos os nossos ideais.
Do que você mais gosta? 
– De Deus, das pessoas, da natureza e dos animais
Desejo homenagear nossa ilustradora Adriana S. Dessoy por mais 
este trabalho.
Meus amigos, é isso aí. Escrever este livro foi muito divertido. 
Espero que vocês gostem!
 abraços,
Outras obras da Autora:
Capa
Ilustrações 
Francisco Zanella Jr.
Flávio Colombini
Copyright © 2018 by Flávio Colombini
Texto e diagramação: Flávio Colombini 
Capa e ilustrações: Francisco Zanella Jr.
Quando o relógio 
despertou, 
ele reparou 
que tinha perdido a hora!
– E agora? – 
ele falou, 
– Perdi a hora!
O relógio 
ficou todo alarmado, 
pois estava atrasado!
Sua amiguinha, 
a borrachinha, 
resolveu acompanhá-lo.
Até que notou 
que precisava correr!
Ele pensou 
no que fazer.
Sem demora, 
o relógio 
saiu correndo 
atrás da hora.
E ia dizendo: 
– E agora, 
perdi a hora?
Porém, ele 
não conseguiu 
alcançar a hora.
Mas o relógio 
não desistiu.
Ele saiu 
procurando a hora 
pelo mundo afora.
Procurou no mato.
Procurou no rio.
Procurou no quente.
Procurou no frio.
Mas o relógio 
não conseguiu achar 
a hora 
em nenhum lugar.
O relógio 
estava passado 
e muito cansado. Ele dizia: 
– E agora, 
perdi a hora?
Mas o relógio 
não desistiu.
Ele pensou e decidiu 
que seria interessante 
perguntar para o elefante.
Mas o elefante 
respondeu, num instante, 
que nunca tinha visto a hora antes.
Depois, foi perguntar 
para o tamanduá.
Mas o tamanduá 
não tinha visto 
a hora passar.
O papagaio 
viu a hora 
passar como um raio.
E o bicho-preguiça 
não tinha nenhuma pista 
pois toda a hora 
ele perdia a hora.
O relógio 
ficou chateado 
e desanimado.
Mas ele não desistiu. 
Ele pensou e decidiu continuar a caminhar 
e a procurar.
Para sua 
felicidade, 
ele foi parar 
numa linda 
cidade!
Lá, ele perguntou para uma senhora 
se ela tinha visto a hora.
E a senhora falou, com muita paz, 
que outrora ela reparava na hora, 
embora agora não mais.
Então, perguntou 
para um porteiro.
Bem cabreiro, 
ele respondeu 
que tinha jogado 
seu relógio fora, 
pois não aguentava mais 
olhar a hora.
Depois que procurou 
o dia inteiro, 
o relógio se alegrou 
quando encontrou 
um relojoeiro.
O relojoeiro 
falou que, para achar a hora, 
era só adiantar o ponteiro.
Sem demora, 
o relógio 
adiantou seu ponteiro 
e acertou sua hora.
E o relógio 
foi embora, 
todo feliz, 
porque agora 
tinha achado a hora.
Escrevi esta história em mais ou menos uma hora, 
num dia muito alegre. Depois revisei o texto diversas 
vezes e convidei o experiente ilustrador Francisco 
Zanella Jr. para fazer as ilustrações. Juntos, nós 
preparamos este livro com muito carinho. 
Não foi nada fácil publicá-lo. Porém, da mesma forma 
que o relógio não desistiu de procurar a hora, nós 
também nunca desistimos de publicar esta obra. E 
agora, depois de muito tempo e esforço, finalmente 
conseguimos. Nosso desejo é que a aventura do 
reloginho ofereça momentos alegres a todas as 
crianças e adultos que leiam este livro. 
Se você quiser conhecer os outros livros, poemas, 
peças e filmes que eu fiz, visite o meu site: 
www.flavito.com.br
Flávio Colombini
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Tchau!
Texto: Antonio Filho
Ilustrações: Breno Macedo
O Sapo 
de Sapato
Governador 
Cid Ferreira Gomes
Vice-Governador
Francisco José Pinheiro
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Coordenadora de Cooperação 
com os Municípios
Márcia Oliveira Cavalcante Campos
Autor
Antonio Filho 
Organização e Coordenação Editorial 
Kelsen Bravos da Silva 
Preparação de originais 
Lidiane Maria Gomes Moura
Projeto, Diagramação e Coordenação Gráfica 
Daniel Diaz
Revisão 
Marcus Túlio Dias Monteiro 
Kelsen Bravos da Silva 
Marta Maria Braide Lima 
Haristelma Maria de Almeida Moreira 
Conselho Editorial
Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda
Marta Maria Braide Lima
Leniza Romero Frota Quinderé 
Haristelma Maria de Almeida Moreira
Sammya Santos Araújo
Catalogação e Normalização
Gabriela Alves Gomes
Maria do Carmo Andrade
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C387s 
Ceará. Secretaria de Educação. 
O sapo de sapato / Antônio Filho; ilustrações de Breno Macedo. – Fortaleza: SEDUC, 2008. 
24p.; il.
ISBN: 978-85-62362-11-8
1. Lendas. 2. Fábulas. 3. Contos. 4. Literatura infanto-juvenil. I. Título.
CDD 028.5
CDU 37+028.1(813.1)
Copyright © 2008 Antonio Filho
Ilustrador: Breno Macedo 
A Lucilene Carvalho,
dona das três dimensões da criação: espaço, tempo e corpo.
A Clara Ana,
que me acendeu a chama da literatura infantil, luz e som 
que ilumina e encanta muitas letras dessas linhas.
Eu vi um sapo
que pulava pela rua.
Eu vi um sapo
cantando, encantando a lua.
� �
Eu vi um sapo
no seu canto enluarado.
Mas o sapo de sapato
só pulava enchendo o papo.
� �
Eu vi um sapo
coaxando para a lua
e vi um sapo
batendo perna na rua.
� �
Eu vi um sapo
de papo e perna pro ar,
pois o sapo de sapato
não parava de pular.
10 11
Eu vi um sapo
tomar banho de sapato
e outro sapo
mergulhar dentro do rio.
12 13
Eu vi um sapo
no rio tremer de frio,
quando o sapo de sapato
passeava de navio.
1� 1�
Eu vi um sapo
procurando o que papar
e vi o sapo
com o papo papando o ar.
1� 1�
Eu vi um sapo
sem sapato sem jantar,
mas o sapo de sapato
não parava de papar.
1� 1�
Eu vi um sapo
cururu lavando o pé
e vi um sapo
de sapato com chulé.
20 21
O cururu
com cuidado lava o pé,
pois o pé, que não se preza,
tem chulé só porque quer.
22 23
Antonio Filho
Nasceu numa linda cidade do interior do Ceará 
chamada Baturité. Lá foi menino a soltar peões 
e arraias, a jogar de bola e bila, a tomar banhos 
de rio. Lá, aprendeu as primeiras letras e teve 
o primeiro contato com os livros. Também foi 
importante na sua formação, Mundaú, uma vila 
de pescadores, para onde ia durante as férias 
escolares. Ali, à noite, na calçada da mercearia 
do Vovô Almeida, aquele homem de cabelos 
prateados como a lua, alto, magro e moreno 
como os antigos deuses, o maior contador de 
estórias que o mundo já conheceu, ao ouvir-lhe 
os contos de almas penadas, mulas-sem-cabeça 
e espíritos noturnos dos mares e dos rios, 
a semente da criação literária foi plantada em seu 
espírito. Tentando seguir os passos de seu avô, 
agora escreve letras de música, poesia e ficção, 
e tem alguns livros a publicar.
Breno Macedo
Graduando em artes visuais pelo Centro Federal 
de Educação Tecnológica do Ceará - CEFET-CE. 
Estuda piano no conservatório de música Alberto 
Nepomuceno, como também a língua japonesa no 
Núcleo de Línguas Estrangeiras da Universidade 
Estadual do Ceará - UECE. Participou do 
projeto educativo Draco para o Museu de Arte 
Contemporânea (MAC) do centro Dragão do Mar 
de Arte e Cultura, onde eram usadas histórias em 
quadrinhos para falar sobre arte contemporânea 
para o público infantil. Fez parte da primeira 
amostra do curso superior de Artes Plásticas no 
MAUC (Museu de Arte da UFC) em 2005.
Texto: Ana Paula Marques
Ilustrações: Waleska Félix 
Fortaleza ● Ceará ● 2018
Texto: Ana Paula Marques
Ilustrações: Waleska Félix 
SEDUC - Secretaria da Educação do Estado do Ceará 
Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba - Fortaleza - Ceará | CEP: 60.822-325
(Todos os Direitos Reservados)
Copyright © 2018 Ana Paula MarquesCopyright © 2018 Waleska Félix 
Coordenação Editorial, 
Preparação de Originais e Revisão 
Raymundo Netto
Projeto e Coordenação Gráfica 
Daniel Dias
Revisão Final 
Marta Maria Braide Lima
Conselho Editorial
Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda 
Sammya Santos Araújo
Antônio Élder Monteiro de Sales
Sandra Maria Silva Leite 
Antônia Varele da Silva Gama
Catalogação e Normalização
Gabriela Alves Gomes
Governador 
Camilo Sobreira de Santana
Vice-Governadora
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário da Educação
Rogers Vasconcelos Mendes
Secretária-Executiva da Educação 
Rita de Cássia Tavares Colares
Coordenador de Cooperação 
com os Municípios (COPEM)
Márcio Pereira de Brito
Orientadora da Célula de Apoio à Gestão Municipal
Gilgleane Silva do Carmo
Orientador da Célula 
de Fortalecimento da Aprendizagem
Idelson de Almeida Paiva Júnior
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
M357t Marques, Ana Paula.
Tudo o que sei sobre o mar / Ana Paula Marques; ilustrações de Waleska 
Félix. - Fortaleza: SEDUC, 2018. 
24p.; il. 
ISBN 978-85-8171-187-4 
1. Literatura infantil. I Félix, Waleska. II. Título.
CDU 028.5
Ao meu querido pai, aos pescadores do 
Mucuripe (Fortaleza/CE) e às suas famílias.
4
“Ei, menina, o que você sabe 
sobre o mar?”
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— Sobre o mar, eu sei muitas 
coisas. Aprendi muito sobre seus 
encantos e mistérios.
7
“E quem foi que a ensinou?”
— Quem me ensinou tudo o que sei 
foi um simples pescador em seu velho 
barco. Mas, para mim, na verdade, ele 
mais parecia um grande capitão em seu 
poderoso navio.
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10
“E o que ele ensinou a você?”
— Ah, primeiro, ele me ensinou que 
é preciso respeitar a força das águas do 
mar. Só entramos nelas quando estão bem 
calmas e se não estiverem, nada de teimar, 
é melhor esperar toda a fúria passar.
11
— Depois me ensinou que no alto-
mar só navega marujo forte e corajoso, 
pois, por lá, o mar é ainda mais furioso 
e quem é fraquinho sente logo vontade 
de vomitar.
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— Também foi ele quem me ajudou a 
aprender a nadar. Jogava-me naquelas 
águas inquietas. Me dizia para bater os 
braços e as pernas e me ensinou a flutuar.
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— Aprendi com ele que sentar na beira 
do mar é uma tremenda enrascada. Pois, 
ali, onde a onda quebra, enche o biquíni de 
areia e a bundinha da gente fica irritada. 
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18
— Meu capitão me mostrou que o mar 
é a mais pura perfeição da natureza. Por 
isso ficava tão triste quando encontrava 
lixo jogado, pelas pessoas, no mar, 
prejudicando a sua beleza.
19
— Mas de tudo que esse pescador me 
ensinou sobre o mar, o mais importante 
foi aprender a gostar das águas, das 
ondas, da inquietude, do embalo, da 
calma, da brisa, do sal, dos peixes e até 
mesmo das histórias de pescador.
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22
“E, afinal, quem era esse simples 
pescador tão sabido?”
— Esse pescador era o meu pai. 
E na imensidão de tudo que ele me 
ensinou, esse mar se tornou, para mim, 
o significado de amor.
23
Waleska Félix
Olá, sou a Waleska, nasci em Fortaleza-CE, mas já 
moro há 9 anos em Juazeiro do Norte-CE. Além deste 
livro, já ilustrei outros livros, entre eles, Minha Lista 
de Vontades. Ilustrar esse livro teve um gostinho 
especial, porque pude contar com as mãos preciosas e o 
auxílio generoso de dois amigos queridos ilustradores: 
Reginaldo Farias e Débora Rodrigues. Das lições que 
aprendi com o mar? Aprendi o quanto é bom contar 
com amigos para segurar firme na nossa mão quando 
a gente treme de medo para pular ondas maiores ou se 
é derrubado por uma delas. E você, que lição aprendeu 
com o mar? Conta pra gente e diz o que achou das 
ilustrações: waleskafelix@gmail.com.
Ana Paula Marques
Nasci na cidade de Fortaleza/CE e, desde muito 
pequena, tenho uma profunda admiração pelos mares 
e oceanos. Conforme apresento na história deste livro, 
sou filha de um pescador, que foi o grande responsável 
por me apresentar as belezas da vida marinha. Sempre 
gostei de ouvir e de contar histórias. Lembro-me dos 
contos de minha mãe, de meu pai, de minhas avós, de 
minhas professoras e de outras pessoas que marcaram 
a minha infância. Também, sempre gostei de inventar 
meus próprios contos, de criar personagens e de 
brincar em um universo de possibilidades chamado: 
imaginação. Hoje, sou professora de Educação Infantil 
e busco encantar as crianças através da leitura e da 
contação de histórias.
Realização
Apoio
O Governo do Estado do Ceará desenvolve, com os seus 184 municípios, o 
Programa de Aprendizagem na Idade Certa - MAIS PAIC, com o compro-
misso de garantir e elevar a qualidade e os resultados da educação de suas 
crianças e seus jovens.
Publicada pela Secretaria da Educação do Estado, através do MAIS PAIC, a 
Coleção Paic, Prosa e Poesia, rica em identidade cultural, reúne narrativas 
de autores do Ceará que tiveram seus textos selecionados por meio de se-
leção pública. Esse acervo constitui um estímulo a mais para se ler e contar 
histórias em sala de aula, garantindo, assim, um letramento competente.
	Esconde-esconde+das+Palavras
	A Bruxa e o Caldeirão - A de Abelha
	A+borboleta+azul
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	Conto ou não conto
	Lêdo, o Livrinho que Queria ser Lido
	O galo Tião e a dinda Raposa - A de Abelha
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	Página 22
	Página 23
	O galo Tião e a vaca Malhada - Ade Abelha
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	Página 18
	O livro que não tinha fim
	O Pássaro que enganou o Gato
	O ratinho Rói-rói - A de Abelha
	O Relógio que perdeu a Hora
	O+livro+que+Lia+Livros
	O+peixinho+e+o+gato+-+A+de+Abelha
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	Página 21
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	O+Sapo+de+Sapato
	Tudo+o+que+Eu+Sei+sobre+o+Mar
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