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1 1 – Estudo do Plano Inclinado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2 – Componentes da Força Resultante . . . . . . . . . . . . 8 3 – Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 4 – Potência Mecânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 5 – Energia Mecânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 1 – Ângulo Limite e Reflexão Total . . . . . . . . . . . . . . 91 2 – Dioptro Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 3 – Lâmina de Faces Paralelas . . . . . . . . . . . . . . 104 4 – Prismas Ópticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 5 – Lentes Esféricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 6 – Óptica da Visão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 7 – Instrumentos de Óptica . . . . . . . . . . . . . . . 159 Mecânica Óptica FÍSICA ÍndiceCIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS EDUARDO FIGUEIREDO Coordenador e Professor do Curso e Colégio Objetivo RONALDO FOGO CAIO SÉRGIO V. CALÇADA RICARDO HELOU DOCA Professores do Curso e Colégio Objetivo 3 LIVRO P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página I 1 – Propriedades do Campo Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167 2 – Condutor em Equilíbrio Eletrostático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 3 – Campo Elétrico Uniforme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 4 – Capacitores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 1 – Oscilações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219 2 – Noções Gerais de Ondas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236 3 – Estudo Matemático da Onda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250 Ondas Eletrostática P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página II 1. Componentes do peso Consideremos um plano inclinado de um ângulo � em relação ao plano horizontal. Um objeto colocado nesse plano, supondo a inexis - tência de atrito, fica sob a ação de duas forças: 1) força peso → P aplicada pela Terra; 2) força de reação normal do plano → Fn. No estudo do plano inclinado, é usual decompormos a força peso → P em duas parcelas: I. Componente paralela ao plano → Pt, denominada com ponente tangencial do peso e que solicita o bloco para baixo. II. Componente normal ao plano → Pn, denominada com ponente normal do peso e que é responsável pela com pressão do bloco contra o plano de apoio; tal com po - nente tem relevante importância em problemas em que exis te atrito. Na figura, o ângulo assinalado no triângulo em des - ta que é igual ao ângulo � do plano por ter lados perpen - di culares ao referido ângulo. Ainda no triângulo em destaque, temos: | → Pt |sen � = –––– � | → P | | → Pn |cos � = –––– � | → P | Como não há aceleração na direção perpendicular ao plano, concluímos que a reação normal de apoio → Fn equi - libra a componente normal do peso → Pn, isto é: → Fn + → Pn = → 0 ⇒ → Fn = – → Pn ⇒ 2. Aceleração no plano inclinado sem atrito A força resultante, responsável pela aceleração do cor po, será a componente tangencial de seu peso: → Pt , isto é, tudo se passa como se a única força atuante no corpo fos - se → Pt. 2.a Lei de Newton: → Pt = m → a (PFD) Psen � = ma mg sen � = ma Portanto, concluímos que, quando o corpo escorrega livremente, em um plano inclinado de �, sem atrito, sua aceleração terá módulo igual a g sen �, em que g é o mó - dulo da aceleração da gravidade local. | → Fn| = | → Pn| = Pcos � | → Pn | = Pn = Pcos � | → Pt | = Pt = Psen � a = g sen � 1 A balança indica a força normal que comprime a sua mola. Para calculá-la, devemos aplicar a 2.a Lei de Newton na direção vertical. ESTUDO DO PLANO INCLINADO Mecânica 1 CAPÍTULO P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 1 1. (UNIFESP-MODELO ENEM) – Conforme noticiou um site da Internet, cientistas da Universidade de Berkeley, Estados Unidos, “criaram uma malha de microfibras sintéticas que utilizam um efeito de altíssima fricção para sustentar cargas em superfícies lisas”, à se melhança dos “incríveis pelos das patas das lagar - tixas”. (www.inovacaotecnologica.com.br). Segundo esse site, os pesquisa do res demonstraram que a malha criada “consegue suportar uma moeda sobre uma superfície de vidro inclinada a até 80°” (veja a foto). Dados sen 80° = 0,98, cos 80° = 0,17 e tg 80° = 5,7 Pode-se afirmar que, nessa situação, o módulo da força de atrito estático máxima entre essa malha, que reveste a face de apoio da moeda, e o vidro, em rela ção ao módulo do peso da moeda, equivale a, aproxima damente, a) 5,7% b) 11% c) 17% d) 57% e) 98% Resolução Para a moeda ficar em equilíbrio, temos: Fat = Pt = P sen � Na iminência de escorregamento, vem: Fatmáx = P sen 80° Fatmáx= P . 0,98 ⇒ Resposta: E 2. (VUNESP-MODELO ENEM) – Ao modificar o estilo de uma casa para o colonial, deseja-se fazer a troca do mo delo de telhas existen tes. Com o intuito de preservar o jardim, foi mon tada uma rampa de 10,0m compri mento, apoiada na beirada do madeiramento do te lhado, a 6,0m de altura. No momento em que uma telha – que tem massa de 2,5kg – é colocada sobre a rampa, ela desce ace le rada, sofrendo, no entan - to, a ação do atri to. Nestas condi ções, o módulo da ace le ra ção de sen vol vida por uma telha, em m/s2, é a) 3,8 b) 4,2 c) 4,4 d) 5,5 e) 5,6 Dados: coeficiente de atrito = 0,2 g = 10m/s2; o efeito do ar é desprezível Resolução 1) sen � = = 0,60 cos � = 0,80 2) PFD (telha): Pt – Fat = ma mg sen � – � mg cos � = ma ⇒ a = 10 (0,60 – 0,2 . 0,80) (m/s2) ⇒ Resposta: C 3. (FATEC) – Um bloco de 40kg está apoiado sobre um plano incli - na do de 30° e sobe, a partir do repouso, sob ação da força → F para - lela ao plano inclinado, com aceleração escalar de 2,0m/s2. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o plano vale 0,40. Adotando-se g = 10m/s2, o valor de F é, aproximadamente: a) 419N b) 280N c) 200N d) 180N e) 100N Resolução Além da força → F, o bloco está sujeito às seguintes forças: 1) o seu peso → P, aplicado pela Terra, que é decomposto em uma componente tangencial → Pt e uma componente normal → Pn. a = 4,4m/s2 a = g (sen � – � cos �) 6,0 –––– 10,0 Fat máx = (98%) P 2 Destaque-se o fato de que tal aceleração independe da massa do corpo (fenômeno análogo à queda livre ver tical). A bola desliza no plano inclinado em movimento uniformemente variado. As distâncias percorridas num mesmo intervalo de tempo vão aumentando em progressão aritmética. As distâncias percorridas num mesmo intervalo de tempo vão aumentando em progressão aritmética. P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 2 2) a reação de apoio → R, aplicada pelo plano, que é decomposta em uma componente de atrito → Fat e uma componente normal → Fn. Como a aceleração do bloco não tem componente na direção nor mal ao plano, obtemos: → Fn + → Pn = → 0 ⇒ Representemos as forças na direção paralela ao plano e apli - que mos a 2.a Lei de Newton: PFD: F – (Pt + Fat) = ma Como: Pt = mg sen � Fat = � FN = �mg cos � F – (mg sen � + �mg cos �) = ma F – 400 (0,50 + 0,40 . 0,87) = 40 . 2,0 F – 339 = 80 ⇒ Resposta: A 4. (UFPE) – No plano inclinado da figura abaixo, o bloco de massa M des ce com aceleração diri gida para baixo e de módulo igual a 2,0m/s2, puxando o bloco de massa m. Sabendo-se que não há atri to de qualquer espécie, qual é o va lor da razão M/m? Con sidere g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar. Resolução O bloco de massa M é solicitado para baixo pela componente tangencial de seu peso (Pt = Mg sen �). O bloco de massa m é solicitado para baixo pelo seu peso (P’= mg). A força resultante, que acelera o sistema constituído pelos blocos M e m, tem intensidade dada pela diferença entre Pt e P’. Aplicando-se a 2.a Lei de Newton ao sistema (M + m), tem-se: Pt – P’ = (M + m) a Mg sen � – P’ = (M + m) a 1 M . 10,0 . ––– – m . 10,0 = (M + m) 2,0 2 5,0M – 10,0m = 2,0M + 2,0m 3,0M = 12,0m ⇒ Resposta: 4,0 5. No esquema da figura, o fio e a polia são ideais e não se consi de - ra a resistência do ar. O sistema é abandonado do repouso. Os blocos A e B têm massas de 2,0kg. O módulo da aceleração de gravidade vale 10,0m/s2 e � = 30°. Supondo-se a inexistência de atrito, determine a) o módulo da aceleração do sistema; b) a intensidade da força que traciona o fio. Resolução a) A força que acelera o sistema (A + B) é a componente tangencial do peso do bloco A: PFD (A + B): PA . sen � = (mA + mB) a 1 2,0 . 10,0 . ––– = (2,0 + 2,0) a ⇒ 2 b) Isolando-se o bloco B: PFD (B): T = mB a T = 2,0 . 2,5(N) ⇒ Respostas: a) 2,5m/s2 b) 5,0N 6. (UFBA) – A figura abaixo mostra um plano inclinado sobre o qual des liza, sem atrito, uma pla taforma P, munida de uma balança B, sobre a qual se encontra um bloco de massa 40 kg. Determine a massa m’ que deve ser co locada nessa balança, em re pouso, para se ter um pe so igual ao peso aparente da massa m. 1 Dados: cos (60°) = –– 2 ��3 sen (60°) = ––––– 2 Resolução O sistema constituído pela plataforma, balança e bloco desce o plano inclinado com uma aceleração paralela ao plano e com intensidade dada pela 2.a Lei de Newton: Pt = Ma Mg sen � = Ma ⇒ A indicação da balança é provocada pela força vertical que o bloco exerce sobre ela e cuja intensidade indicamos por FN. Na figura, representamos as componentes das forças trocadas en - tre a balança e o bloco m, de acordo com a lei da ação e reação. A força de atrito que a balança aplica sobre o bloco é responsável pela com ponente horizontal de sua ace - leração ax. A resultante entre a força normal que a balança aplica sobre o bloco e o seu peso é responsável pela com - ponente vertical de sua acele ração ay. a = g sen � T = 5,0N a = 2,5m/s2 M ––– = 4,0 m F � 419N Fn = Pn = mg cos � 3 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 3 ax = a cos � = g sen � cos � ay = a sen � = g sen � . sen � = g sen 2 � ��3 Como sen � = –––––, tem-se: 2 ay = g 2 ⇒ Estudando-se apenas o movimento vertical do bloco e aplicando- se a 2.a Lei de Newton, temos: P – FN = m ay 3 mg – FN = m ––– g ⇒4 Portanto, a indicação da balança (peso aparente) corresponde a um quar to do peso do bloco de massa m. Para que a balança, em repouso, dê a mesma indicação, o corpo co - locado sobre ela deve ter uma massa m’ dada por: m’ = = 10kg. Resposta: 10kg 7. (MACKENZIE-SP) – Um corpo de peso → P sobe o plano inclinado com movi mento acele ra do, devido à ação da força hori zon tal → F , de intensi dade igual ao do bro da de seu peso. O atrito entre as su perfí cies em contato tem coe fi ciente dinâmico igual a 0,4. O módulo da aceleração do corpo é: a) 3,5 m/s2 b) 3,0 m/s2 c) 2,5 m/s2 d) 2,0 m/s2 e) 1,5 m/s2 Resolução 1) Componentes de F: Ft = F cos � = 2mg . 0,8 = 1,6mg Fn = F sen � = 2mg . 0,6 = 1,2mg 2) Componentes do peso: Pt = P sen � = mg . 0,6 Pn = P cos � = mg . 0,8 3) Na direção normal ao plano: Rn = Pn + Fn Rn = 0,8mg + 1,2mg = 2,0mg 4) Força de atrito: Fat = � Rn = 0,4 . 2,0mg = 0,8mg 5) Aplicação da 2.a Lei de Newton: Ft – (Pt + Fat) = ma 1,6mg – (0,6mg +0,8mg) = ma 1,6g – 1,4g = a a = 0,2g = 0,2 . 10m/s2 ⇒ Resposta: D 8. Considere um trilho circular de raio R em um pla no verti cal e fixo no solo ho rizontal, confor me mostra a figura. Considere um plano inclinado sem atrito com uma das ex tre midades presa em A e a outra em um ponto qual quer B do trilho circular. Uma partícula aban do nada em A desliza ao longo do plano, gastando um tempo T para atingir o ponto B. Sendo g o mó du lo da aceleração da gravidade, a) demonstre que, mantendo-se fixo o ponto A, o tempo gasto para atingir o ponto B independe da posição escolhida para B, isto é, é o mesmo ao longo de qualquer corda da circunferência que tenha o ponto A como uma das extremidades. b) demonstre que, se a partícula partisse do repou so em A, em que da livre vertical, o tempo gasto de A até D também seria igual a T. Resolução a) 1) A partícula terá uma aceleração de módulo a dada por: PFD: Pt = ma mg sen � = ma 2) Na figura, o ângulo de vértice B no �ABD é reto e, portanto, o ângulo de vértice D no mesmo triângulo também vale � (lados per pen diculares aos de �). No triângulo ABD, temos: sen � = ⇒ 3) O tempo gasto de A até B é dado por: �s = v0t + t 2 (MUV) ⇒ AB = T2 Substituindo-se o valor de AB: 2R sen � = T2 ⇒ Observe que o valor de T independe do ân gulo �, ou seja, indepen de da particular posição do ponto B. b) Em queda livre vertical, temos: �s = v0t + t 2 (MUV) 2R = (T’)2 ⇒ Dados: g = 10 m/s2; cos � = 0,8; sen � = 0,6 R T’ = 2 ����–––– = Tgg––2 � –– 2 R T = 2 ����–––– gg sen �–––––––2 g sen � ––––––– 2 � –– 2 AB = 2 R sen � AB ––– 2R a = g sen � a = 2,0m/s2 m ––– 4 mg FN = ––––4 3 ay = ––– g4 ��3 �–––––�2 4 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 4 9. (FUVEST-SP) – O mostrador de uma balança, quando um objeto é colocado sobre ela, indica 100N, como esquematizado em A. Se tal balança estiver desnivelada, como se observa em B, seu mostrador deverá indicar, para esse mesmo objeto, o valor de a) 125N b) 120N c) 100N d) 80N d) 75N 10. (UFMG) – Durante uma aula de Física, o professor Domin gos Sávio faz, para seus alunos, a demonstração que se descreve a seguir. Inicialmente, dois blocos – I e II – são colocados, um sobre o outro, no ponto P, no alto de uma rampa, como representado nesta figura: Em seguida, solta-se o conjunto formado por esses dois blocos. Despreze a resistência do ar e o atrito entre as superfícies envolvidas. Assinale a alternativa cuja figura melhor representa a posição de cada um desses dois blocos, quando o bloco I estiver passando pelo ponto Q da rampa. 11. (FATEC-SP) – Dois blocos, um de massa m e outro de mas sa deslizam sem atrito sobre uma superfície inclinada de 30° com a horizontal. Dados: sen 30° = 0,50; cos 30° = 0,87; m = 20 kg Sendo → f1a força que o corpo (1) exer ce em (2) e → f2 a for ça que o corpo (2) exerce em (1), é cor re to afir mar que: a) � → f1 � = � → f2 � = 0 b) � → f1 � = � → f2 � ≠ 0 c) � → f1 � > � → f2 � d) � → f1 � < � → f2 � e) → f1 + → f2 = m → g 12. Roupas e acessórios de al ta tecnologia, que minimizam os efeitos de resistên cia do ar e do atrito com a neve, permitem aos es - quiadores em descidas de montanha atingir velo cidades equivalentes às dos carros de Fórmula 1. Um esquiador que utiliza tais equipamentos parte do re pouso no topo de uma pista de competição e atinge a velocidade escalar de 288km/h no seu final. Deter mine o comprimento dessa pista, considerando-a reti línea e formando um ângulo de 53° com o plano hori zon tal. Considere: g = 10m/s2; sen 53° = 0,80; cos 53° = 0,60 13. (UFRJ) – Duas pequenas esferas de aço são abandonadas a uma mesma altura h do solo. A esfera (1) cai verticalmente. A esfera (2) desce uma rampa in clinada de 30° com a horizontal, como mostra a fi gu ra. Considerando-se os atritos desprezíveis, calcule a razão t1/t2 entre os tempos gastos pelas esferas (1) e (2), respectivamente, para chegarem ao solo. 14. (UFV-MG) – Um bloco de massa M é solto com velocidade inicial nula na parte superior de um plano inclinado, conforme a figura abaixo. O coeficiente de atrito cinético entre o plano e o bloco é �. Sendo g o módulo da aceleração gravitacional, após percorrer uma distância L, o módulo da velocidade do bloco será: a) �����2gLsen � b) �������� g(sen � – �cos �) c) ��������� 2gL(sen � – �cos �) d) ���������gL(sen � + �cos �) 15. Considere um plano inclinado de 30o em relação à horizontal e um bloco abandonado do repouso de um ponto A. O bloco escorrega livrementesem atrito de A para B e a partir desse ponto penetra em uma região onde o coeficiente de atrito � é constante e para em um ponto C. Sabe-se que os tempos gastos entre A e B e entre B e C são iguais e valem 1,0s. Adote g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar. Pedem-se: a) o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano inclinado no tre - cho BC; m ––– 2 5 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 11/09/15 08:04 Página 5 b) o módulo da velocidade do bloco no ponto B; c) construir o gráfico da velocidade escalar do bloco em função do tempo no deslocamento de A para C. 16. A figura abaixo mostra um corpo de massa 50kg sobre um plano inclinado sem atrito, que forma um ângulo � com a horizontal. A inten si da de da força → F que fará o corpo subir o plano com acele - ração constante de módulo 2,0m/s2 e dirigida para cima é: a) 400N b) 300N c) 200N d) 100N e) 50N Dados: g = 10m/s2; sen � = 0,60 17. Um bloco de massa 5,0kg é arrastado para cima, ao longo de um plano inclinado, por uma força → F, constante, paralela ao plano e de intensida de 50N, como mostra a figura abaixo. O coeficiente de atrito dinâmico en tre o bloco e o pla no va le 0,40 e a acele ração da gra vidade tem mó dulo igual a 10m/s2. A aceleração do bloco tem mó dulo, em m/s2, igual a a) 0,68 b) 0,80 c) 1,0 d) 2,5 e) 6,0 18. (UFAL-MG) a) Em um plano inclinado de 30° em relação à horizontal, são co - lo cados dois blocos de massas M1 = 10kg e M2 = 10kg, sustentados por uma única roldana, como mostra a figura abai - xo. A aceleração da gravidade tem módulo g = 10m/s2, sen 30° = 0,50 e cos 30° = 0,87. Desprezando-se o peso da corda, bem como os efeitos de atri - to, determine o módulo da aceleração do bloco de massa M1. b) No mesmo sistema, o bloco de massa M2 é preso agora a uma segunda roldana. A corda em uma das extremidades está fixada no ponto A, conforme figura abaixo. Desprezando-se o peso da corda e da segunda roldana, bem como os efeitos de atrito, determine o módulo da aceleração para cada um dos dois blocos. 19. (VUNESP-FMTM) – Sobre um sistema de planos com inclinações iguais, dois corpos, A e B, unidos por um fio muito fino e inextensível, encontram-se em repouso. O corpo A é maciço, com massa 10,0kg e sofre ação de uma força de atrito, cuja intensidade máxima é 20,0N. O corpo B é oco e tem mas sa 2,0kg, porém está preenchido com 10,0kg de água e mon tado sobre rodinhas que tornam nula a ação de forças de atrito. Devido à presença de um orifí cio, esse se gun do corpo está perdendo parte de sua massa de água. Considerando-se nulo o atrito entre a roldana e seu eixo, a menor massa de água que o corpo oco deve rá possuir para que o sistema permaneça estático é, em kg, a) 4,0 b) 5,0 c) 6,0 d) 7,0 e) 8,0 Dados: g = 10,0m/s2; sen 30° = 0,50; cos 30° = 0,87 20. No esquema da figura, despreze os atritos e o efeito do ar. O fio e as polias são considerados ideais. Os blocos A e C têm massas iguais a 4,0kg cada um e o bloco B tem massa de 2,0kg. A aceleração local da gravidade tem módulo g = 10,0m/s2. O sistema é abandonado do repouso da situação indicada na figura, no instante t1 = 0. Admita que no instante t2 = 10,0s, o bloco A atinge o solo horizontal. Calcule, para 0 ≤ t < 10,0s: a) o módulo da aceleração dos blocos; b) a intensidade da força que traciona o fio (1); c) a intensidade da força que traciona o fio (2); d) a intensidade da força que o fio (1) aplica sobre a polia. 21. (UFPR-MODELO ENEM) – O empregado de uma transportadora precisa descarregar de dentro do seu caminhão um balcão de 200kg. Para facilitar a tarefa do empregado, esse tipo de caminhão é dotado de uma rampa, pela qual se podem deslizar os objetos de dentro do caminhão até o solo sem muito esforço. Considere que o bal cão está completamente sobre a rampa e deslizando para baixo. O empregado aplica nele uma força para - lela à superfície da rampa, segurando-o, de modo que o balcão desça até o solo com velocidade constante. Adote g = 10m/s2. Desprezando-se a força de atrito entre o balcão e a rampa, e supondo-se que esta forme um ângulo de 30° com o solo, o módulo da força paralela ao plano inclinado exercida pelo empregado é igual a: a) 200N b) 1000N c) 1000 ��3 N d) 2000N e) 2000 ��3 N 6 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 6 9) D 10) A 11) A 12) 4,0 . 102m 13) = 14) C 15) a) b) c) 16) A 17) B 18) a) a = 2,5m/s2 b) a1 = a2 = 0 (sistema em equilíbrio) 19) A 20) a) 2,0m/s2 b) 32,0N c) 28,0N d) 32,0 ��2 N 21) B 22) C 23) A 24) A 25) A m vB = 5,0 ––s ���3 � = 2 tg � = 2 . –––– 3 1 ––– 2 t1––– t2 7 22. (VUNESP-MODELO ENEM) – Um dos fatores que mostram a edu cação, o respeito para com o ser humano e o nível de cida - dania de uma sociedade é a existência, em hospitais, ruas e de - mais locais públicos, de rampas de acesso que facilitem a loco - moção de portadores de deficiências físicas dependentes de cadeiras de rodas. Considere que uma pessoa nu ma cadeira de rodas esteja para da numa rampa de 4,0m de compri mento, que permita uma elevação vertical de 0,4m. Desprezando-se o atrito, adotan do-se g = 10 m/s2 e consideran do-se a massa do conjunto cadeira-pessoa igual a 80 kg, a força necessária para mantê-la parada na rampa tem intensi dade igual a: a) 20 N b) 40 N c) 80 N d) 400 N e) 800 N 23. (UEPA-MODELO ENEM) – Atualmente os engenheiros espaciais empregam robôs que se deslocam sobre rodas para a exploração do planeta Marte. Um desses robôs, ao chegar a Marte, irá des - cer uma rampa para atingir o solo, sem que suas rodas desli zem sobre ela. Na Terra, o ângulo máximo de inclinação dessa rampa para que o robozinho possa ficar parado sobre ela sem deslizar é �. Em Marte, onde o módulo da aceleração da gravidade tem meta de do respectivo valor na Terra, o ângulo máximo para o robô não desli zar sobre a mesma rampa é: a) � b) 2� c) 3� d) e) 24. (UDESC-MODELO ENEM) – Para o descarregamento de merca - dorias de um automóvel, utiliza-se uma rampa com 2,0m de com - pri mento, con forme ilustrado na figura adiante. Uma caixa de 50,0kg desliza sobre a rampa, partindo do repouso no topo. Durante o deslizamento, atua sobre a caixa uma força de atrito constante de intensidade 137,5 N. Adote g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar. A velocidade escalar da caixa, quando ela atinge a base da rampa, vale: a) 3,0m/s b) 40,0 m/s c) 31,0 m/s d) 20,0 m/s e) 137,5 m/s 25. (VUNESP-MODELO ENEM) – Feita de aço revestido interna men - te com materiais refratários, a porta corta-cha mas é um dis posi - tivo de segurança que permite res tringir o alastramento de um incên dio, isolando um ambiente em chamas de outro ainda intacto. O es quema apresenta um modelo que tem seu fecha - men to de vi do exclusivamente à ação da força peso. Esta porta, com pe so de 10100N, quando liberada, inicia uma descida com 5,74° de inclinação, percorrendo sobre o trilho sem atrito uma distância de 7,2m, enquanto traciona o contrapeso que diminui a aceleração do conjunto. A massa do contrapeso para que a por ta tenha seu fechamento completo em 12 s deve ser, em kg, igual a a) 90 b) 91 c) 99 d) 101 e) 110 Dados: módulo da aceleração da gravidade: g = 10 m/s2; sen 5,74° = 0,1 Considerar: roldanas e polias ideais; desprezíveis a força de resis tência do ar e a ener gia convertida em movimento de rotação; cabo inextensível e de massa irrele vante. � ––– 3 � ––– 2 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 7 1. Força resultante ( → F ) Consideremos uma partícula em trajetória curva e movimento não uniforme em relação a um sistema de referência inercial. Admitamos que atuem sobre a partícula n forças → F1,→ F2, ..., → Fn. Cada uma dessas forças admite uma reação, de acordo com a 3.a Lei de Newton; tais reações estão apli - ca das nos agentes físicos que atuaram sobre a partícula. As n forças atuantes admitem uma força resultante → F , que é dada pela soma vetorial: → F = → F1 + → F2 + ... + → Fn. Compreende-se, pois, que a força resultante não é uma força a mais a atuar na partícula, mas sim uma forçahi - potética que, substituindo a ação real das n forças atuan - tes, é capaz de proporcionar à partícula a mesma acele ra - ção (→a ) que foi produzida pelo sistema das n forças. Do exposto, percebe-se que não cabe falar em reação da força resultante, a não ser no caso particular em que apenas uma força atua na partícula, quando, então, a re - sultante coincidirá com essa força única. A força resultante → F traduz a ação combinada e si - mul tânea das n forças e é responsável por toda e qualquer mudança de velocidade da partícula em qualquer de suas características vetoriais: módulo, direção e sentido. 2. Componentes da força resultante Da Cinemática Vetorial, lembramos a expressão da aceleração vetorial ( → a ) de uma partícula: V2 com | →at | = | � | e | →acp | = –––R em que: � = aceleração escalar; V = velocidade escalar; R = raio de curvatura da trajetória. Sendo m a massa da partícula, de acordo com a 2.a Lei de Newton, podemos escrever a expressão da força resul tante → F : → F = m . →a = m(→at + →acp) ou ainda: A expressão apresentada mostra-nos que a força re - sul tante ( → F ) também pode, à semelhança da aceleração vetorial, ser decomposta em duas parcelas: 1. Componente tangencial: | → Ft | = m | � | V2 2. Componente centrípeta: | → Fcp | = m –––R A figura a seguir mostra essa decomposição feita gra fi camente: → F = m . →at + m . →acp →a = →at + →acp 8 Em uma nave em órbita em torno da Terra, todo o conjunto está em queda livre e os astronautas flutuam no interior da nave. Isto significa que a gravidade aparente, no interior da nave, é nula e os astronautas têm a sensação de imponderabilidade. COMPONENTES DA FORÇA RESULTANTE Mecânica 2 CAPÍTULO P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 8 É evidente que → F = → Ft + → Fcp ou, então, relacionando apenas as intensidades das forças, pela aplicação do Teo - rema de Pitágoras, temos: 3. Componente tangencial A componente tangencial → Ft está ligada às varia ções do módulo da velocidade vetorial, isto é, é usada pa ra acelerar ou retardar a partícula. Toda mudança de mó dulo da velocidade tem como causa determinante a com po - nente tangencial da força resultante. A componente tangencial da resultante e a velo ci da - de vetorial, supostas não nulas, terão sempre a mesma di - reção, que é a da reta tangente à trajetória. Quando o movimento é acelerado, isto é, o módulo da velocidade está aumentando, a componente tangencial → Ft terá o mesmo sentido da velocidade vetorial e, quan do o mo vimento é retardado, a componente tangen cial da re - sultante terá sentido oposto ao da velocidade vetorial. A componente tangencial → Ft será constantemente nu - la, ou quando a partícula estiver em repouso ou quan do seu movimento for uniforme com qualquer trajetória. Note que a intensidade da componente tangencial (m |� |) é independente da trajetória e somente será nula quando a aceleração escalar for nula. A componente tangencial da resultante terá módulo constante (m | � |) e não nulo, nos movimentos unifor - memente variados (� = cte ≠ 0), com qualquer trajetória. A componente tangencial da resultante será cons tan - te e não nula apenas no movimento retilíneo (direção cons tante) e uniformemente variado (módulo e sentidos constantes). 4. Componente centrípeta A componente centrípeta ( → Fcp) está ligada à variação de direção da velocidade vetorial, isto é, é usada para “cur var” a trajetória. Toda trajetória curva tem como causa determinante a componente centrípeta da força resultante. Cumpre salientar que a intensidade da componente centrípeta da resultante depende da massa da partícula (m), da velocidade escalar com que a partícula faz a curva (V) e da geometria da curva (raio de curvatura R). Para m e R constantes, a intensidade da componente centrípeta será proporcional ao quadrado da velocidade escalar: Representamos a seguir, para m e R constantes, os grá ficos da intensidade da componente centrípeta da resultante em função da velocidade escalar (V) e em função do quadrado da velocidade escalar (V2). A componente centrípeta da resultante → Fcp e a velo ci - dade vetorial → V, supostas não nulas, têm direções per - pendiculares entre si, pois a velocidade vetorial tem a di - re ção da tangente à trajetória e a componente centrípeta tem a direção da normal à trajetória. A componente centrípeta da resultante terá módulo constante � �, por exemplo, no movimento circular uniforme e no movimento helicoidal (a trajetória é uma hé lice cilíndrica) uniforme. Sendo continuamente normal à trajetória, a com po - nente centrípeta da resultante, suposta não nula, nunca te rá direção constante e, portanto, nunca será vetorial - mente constante. m tg � N= ––– R m |Fcp| = ––– V2 = kV2 R → k | → F |2 = | → Ft| 2 + | → Fcp| 2 mV2 –––– R 9 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 9 A componente centrípeta da resultante ( → Fcp) será cons - tantemente nula, ou quando a partícula estiver em re pouso (V = 0) ou quando a trajetória for retilínea (R → �). 5. Estudo de alguns estados cinemáticos importantes Quando a partícula está em repouso ( → V = cte = → 0) ou em MRU ( → V = cte ≠ → 0 ), não há nenhuma variação de ve - locidade vetorial e, portanto, a força resultante é nula e tais estados cinemáticos traduzem as situações de equi - líbrio (estático e dinâmico) mantidos por inércia. Nos movimentos retilíneos (R → �), a componente centrípeta da resultante é constantemente nula. No mo vi - men to retilíneo e uniformemente variado (MRUV), a com - po nente tangencial da resultante será constante e não nula. Assim, a força resultante → F se reduz à sua compo - nente tangencial e é constante e não nula. Nos movimentos uniformes (� = 0), a componente tan gencial da resultante é constantemente nula. No movimento circular e uniforme (MCU), a com - ponente centrípeta da resultante tem módulo constante � �, porém varia em direção e, portanto, é uma for - ça variável. Assim, a força resultante ( → F ) se reduz à sua com po - nente centrípeta: Quando a nave está em órbita circular, a força gra vitacional aplicada pela Ter ra faz o papel de força cen trípeta; as pessoas ficam flutuando dentro da nave em uma eterna queda livre. No movimento circular e uniformemente variado, as duas componentes da resultante não são nulas. A componente tangencial terá módulo constante (m| � |) e direção variável. A componente centrípeta terá módulo e direção va - riá veis. Sendo R o raio da circunferência descrita, � a acele - ração escalar e m a massa da partícula, teremos: Fcp = , em que V 2 = V 0 2 + 2��s (expressão de Tor ricelli). m mV 0 2 2m� Assim: Fcp = ––– (V0 2 + 2 � �s) = ––––– + –––– �s R R R mV 0 2 2m� Sendo –––– uma constante (k1) e –––– outra cons-R R tante (k2), temos: Fcp = k1 + k2 �s e, portanto, a inten si - dade da componente centrípeta da resultante será função do 1.o grau da variação de espaço (�s). mV2 | → F | = | → Fcp | = ––––R mV2 ––––– R | → F | = | → Ft | = m | � | mV2 ––––– R 10 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 10 1. (VUNESP – MODELO ENEM) – Na figura, representamos uma cena do filme Homem-aranha no exato instante em que, partindo do repouso, o herói lança-se em movimento pendular descre - vendo uma trajetória circular de centro C. Das setas numeradas de I a V, aquela que pode representar a orientação da força resultante no homem-aranha, no instante focalizado, é: a) I b) II c) III d) IV e) V 11 Em particular, para V0 = 0 (móvel parte do repouso), a intensidade da componente centrípeta será propor cio - nal a �s. Podemos ainda estudar a variação da componente cen trípeta da resultante com o tempo de trajeto (t). mV2 Fcp = ––––, em que V = V0 + � tR m Logo: Fcp = –– (V0 + � t) 2 R O gráfico da função Fcp = f(t) será um arco de pará -bola. m �2 Em particular, para V0 = 0, teremos: Fcp = ––––– t 2. R Consideremosuma partícula sob a ação de uma força resultante constante e não nula. Seja → V0 a velocidade vetorial inicial da partícula. Devemos distinguir dois casos: 1.o caso: A velocidade vetorial inicial ( → V0) é nula ou tem a mesma direção da força resultante ( → F ). Nesse caso, a partícula terá trajetória retilínea na mes ma direção da força e o movimento será unifor me - mente variado. 2.o caso: A velocidade vetorial inicial ( → V0) não é nula e tem direção não coincidente com a da força resultante → F. Nesse caso, o movimento da partícula pode ser de - com posto em dois movimentos parciais: I. Movimento numa direção normal à direção da força resultante → F. Tal movimento será isento de forças e, portanto, do tipo retilíneo e uniforme, tendo como velocidade vetorial constante a projeção de → V0 nessa direção normal a → F. II.Movimento na direção da força resultante → F. Tal movimento será do tipo retilíneo e unifor me men - te variado, tendo como velocidade inicial a projeção de → V0 na direção de → F e como módulo da aceleração o quo - ciente , em que m é a massa da partícula. A composição desses dois movimentos parciais nos dá o movimento da partícula com trajetória parabólica e ace - leração escalar variável. (Não é uniformemente varia do.) F ––– m P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 11 Resolução Como, no instante focalizado, a velocidade é nula, a componente centrípeta da força resultante é nula e a força resultante só tem componente tangencial que é perpendicular ao fio: seta IV. Resposta: D 2. (FUND. CARLOS CHAGAS) – A figura abaixo representa um pên - dulo simples que oscila entre as posições A e B, no campo gravi - tacional terrestre. Quando o pêndulo se encontra na posição P, a for ça resultante é mais bem indicada pelo vetor: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Resolução No trajeto de A para B, ao passar pelo ponto P, a esfera pendular tem trajetória curva e movimento acelerado e, portanto, devem existir as duas componentes da resultante: a componente tan - gencial, com o mesmo sentido do movimento, e a componente centrípeta, dirigida para o centro da circunferência descrita. A resultante ( → F ) é dada pela soma vetorial (regra do paralelo gra - mo) entre as resultantes tangencial e centrípeta. Resposta: D 3. (UFPE) – Um automóvel de massa igual a 1,0t descreve uma cur - va circular de raio 100m com velocidade escalar constante de 10m/s, em um plano horizontal. Qual a intensidade da força de atrito entre os pneus e a estrada para evitar que o carro derrape? Resolução A força ( → F ), que o chão exerce sobre o carro, admite duas com - po nentes: 1) Componente normal ao chão → Fn, que equilibra o peso → P do car ro. 2) Componente de atrito → Fat, que faz o papel de resultante cen trí - peta, permitindo ao carro fazer a curva. m V2 Fat = Fcp = –––––R 1,0 . 103 . (10)2 Fat = ––––––––––––––– (N) ⇒100 Resposta: 1,0kN 4. Uma partícula de massa 2,0kg parte do repouso e descreve uma trajetória circular de raio 12,0m, em movimento uniformemente va ria do, com aceleração escalar de módulo 4,0m/s2. No instante t = 1,5s, calcule a) a intensidade da componente tangencial da força resultante; b) a intensidade da componente centrípeta da força resultante; c) a intensidade da força resultante. Resolução a) A componente tangencial da força resultante ( → Ft) tem inten - sidade dada por: Ft = m | � | = 2,0 . 4,0 (N) ⇒ b) A velocidade escalar (V) é dada por: V = V0 + � t (MUV) V = 0 + 4,0 . 1,5 (m/s) ⇒ A componente centrípeta da força resultante ( → Fcp) tem inten - sidade dada por: mV2 2,0 (6,0)2 Fcp = –––– = ––––––––––– (N) ⇒R 12,0 c) A força resultante ( → F ) é a soma vetorial das suas compo nen - tes tangencial e centrípeta: → F = → Ft + → Fcp F2 = F t 2 + F cp 2 F2 = (8,0)2 + (6,0)2 = 100 (SI) Respostas: a) 8,0N b) 6,0N c) 10,0N 5. No esquema, representamos uma partícula de massa 1,0kg em tra jetória circular de centro C e raio R = 2,0m. Em um instante t0, a partícula passa pelo ponto A e está sub me - tida à ação exclusiva das forças → F1, → F2 e → F3, indicadas na figura. São dados: | → F1 | = 20,0N; | → F2 | = 15,0N; cos � = ; cos � = 3/5; | → F3 | = 17,0N. Fcp = 6,0N V = 6,0m/s Ft = 8,0N Fat = 1,0 . 10 3N F = 10,0N 4 ––– 5 12 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 12 13 A velocidade da partícula, no ponto A, tem módulo igual a: a) 8,0m/s b) 4,0m/s c) 16,0m/s d) ���50 m/s e) zero Resolução A direção definida pela reta AC é a normal à trajetória no ponto A. A componente centrípeta da força resultante é obtida pela soma vetorial dos componentes de → F1, → F2 e → F3 na direção da nor mal: mV A 2 Fcp = F1 cos � + F2 cos � – F3 = –––––R 4 3 1,0 V A 2 20,0 . ––– + 15,0 . ––– – 17,0 = –––––– 5 5 2,0 V A 2 16,0 + 9,0 – 17,0 = –––– 2,0 V A 2 = 16,0 ⇒ Resposta: B 6. (UFES) – Um corpo de massa m = 2,0kg descreve uma trajetória circular de raio R. Em um determinado instante T, o módulo da força resultante → F no corpo vale 80N, o módulo da velocidade → V é 4,0m/s e o ângulo entre → F e → V é 53°. Determine a) o raio da trajetória (R); b) o módulo da aceleração tangencial do corpo no instante T considerado. Dados: sen 53° = 0,80 e cos 53° = 0,60 Resolução a) A componente centrípeta da força resultante → Fcp tem inten si - dade dada por: mV2 Fcp = F cos 37° = ––––R Note que: cos 37° = sen 53° = 0,80 2,0 . (4,0)2 Portanto: 80 . 0,80 = –––––––––– R 32 32 64 = –––– ⇒ R = –––– m ⇒ R 64 b) A componente tangencial da força resultante ( → Ft) tem in ten - sidade dada por: Ft = F cos 53° = m at 80 . 0,60 = 2,0 at ⇒ Respostas: a) 0,5m b) 24m/s2 7. (MODELO ENEM) – Considere uma estação espacial no espaço sideral, afastada de qualquer corpo celeste. Para criar uma gravi - dade artificial em seu interior, a estação espacial, que tem formato de um cilindro oco, gira com velocidade angular constante em torno de seu eixo. Seja R o raio do cilindro. Deseja-se que o peso aparente de um astronauta seja igual a seu peso na superfície terrestre, onde a aceleração da gravidade tem módulo g. O período T de rotação do cilindro será dado por: a) 2π ���� b) ���� c) ���� d) 2π ������g R e) π ���� Resolução A força normal que a pessoa troca com a superfície do cilindro correspon de a seu peso aparente: Pap = FN = m � 2 R (resultante centrípeta) m g = m �2 R �2 = ⇒ � = ���� = Resposta: A at = 24m/s 2 R = 0,5m | VA | = 4,0m/s R T = 2π ���––g 2π ––– T g –– R g –– R R –– g R –– g 1 ––– 2π R –– g R –– g P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 13 8. (UFMG) – Um circuito, onde são disputadas corridas de automó - veis, é composto de dois trechos retilíneos e dois trechos em forma de semicírculos, como mostrado na figura. Um automóvel está percorrendo o circuito no sentido anti-horário, com velocidade de módulo constante. Quando o automóvel passa pelo ponto P, a força resultante que atua nele está no sentido de P para a) N b) K c) L d) M 9. (UFV-MG) – Em um autódromo completamente plano e hori - zontal, um veículo parte da largada no instante t = 0 e percorre as curvas circulares C1, C2, C3, C4 e C5, conforme indicado na figura abaixo, com uma velocidade constante em módulo. Sabendo-se que o raio de C2 > C1 = C3 > C4 = C5, o gráfico que melhor representa a intensidade da força resultante que atua sobre o veículo ao percorrer o circuito é: 10. (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA) – Um carro mo vimenta-se com velocidade escalar cons tante num trecho circular de uma estrada plana e horizontal, conforme a figura a seguir. A força → F representa a resistência que o ar exerce sobre o carro. Qual das outras forças mostradas na figura melhor representa a força total de atrito que a estrada aplica no pneu do automóvel? a) → FA b) → FB c) → FC d) → FD e) → FE 11. (UNESP) – Uma bola de massa 0,5kg é presa na extremidade de um fio ideal de comprimento 1,0m. Segurando na extre mi da de do fio oposta à bola,uma pessoa faz esta se mover em movimento cir cular em um plano horizontal sem atrito, como apresentado na fi gura. A corda suporta uma força de tração máxi ma de intensi da - de 50N. a) Qual a velocidade escalar máxima da bola antes que a corda se rompa? b) Qual deve ser o comprimento mínimo dessa corda para que ela não se rompa antes de a bola atingir a velocidade escalar de 20m/s? 12. (UNESP) – Suponha que um preda dor de massa 150kg possa atingir e manter uma velocidade escalar de 40m/s, enquanto persegue uma presa de massa 60kg que, por sua vez, corre a 30m/s. a) Se ambos estiverem correndo no mesmo sentido, numa mesma reta, e num dado instante a presa ficar 60 metros à frente, quanto tempo mais demoraria para ela ser pega? b) Uma estratégia para fugir é fazer uma curva. Calcular quais de - vem ser as intensidades das forças resultantes necessárias pa ra presa e predador fazerem uma curva circular de raio 5,0 m, mantendo, em módulo, os valores das velocidades indicadas acima. 13. (UFJF-MG) – Um artista de circo, de peso P, pretende fazer uma apresentação utilizando uma corda que está presa em um ponto fixo, a uma determinada altura, como mostram as figuras 1a e 1b. A acele ração gravitacional tem módulo g, e a trajetória descrita pelo artista será um arco de circunferência de raio R. 14 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 14 a) Com medo, o artista resolve testar se a corda suporta ou não o seu peso, ficando pendurado em repouso, por algum tempo, conforme a figura 1b. Faça o diagrama de forças atuando sobre o artista de acordo com a figura 1b (considere o artista como um ponto para fazer o dia grama). Não se esqueça de identificar as forças e, utilizando a segunda Lei de Newton, determine a intensidade da força de tração na corda. Depois de verificar que a corda suporta o seu peso na posição descrita na figura 1b, o artista salta, preso à corda, de uma determinada altura. A sua velocidade inicial é nula. A trajetória do artista é, inicialmente, um ar co de circunferência de raio R, como descrito na figura 1a. No entan to, quando o artista passa pela primeira vez no ponto mais baixo da sua trajetória, a corda arrebenta. b) Faça o diagrama e, utilizando a segunda Lei de Newton, escreva uma equação para a intensidade da força de tração no instante ime diatamente antes de a corda arrebentar. c) Qual foi o erro do artista? Isto é, por que o seu teste não funcionou? 14. (UFRN) – Nos parques de diversões, as pes soas são atraí das por brinquedos que causam ilusões, desafios e estranhas sensações de movimento. Por exemplo, numa roda gigante em movimento, as pessoas têm sensações de mudança do próprio peso. Num brinquedo desse tipo, as pessoas ficam em cadeiras que, tendo a liberdade de girar, se adaptam facilmente à posição vertical, deixando as pessoas de cabeça para cima. Esse brinquedo fá-las realizar um movimento circular sempre no plano ver ti cal, con - forme ilustrado na figura abaixo. Imaginando-se uma pessoa na roda gigante, conside re: I) g, o módulo da aceleração da gravidade local; II) m, v e R, respectivamente, a massa, o módulo da veloci da de (suposto constante) e o raio da trajetória do centro de massa da pessoa; III) N, o módulo da força de reação normal exercida pelo assento da cadeira sobre a pessoa; IV) v2/R, o módulo da aceleração centrípeta. Diante do exposto, atenda às solicitações abaixo. a) Faça o diagrama das forças que atuam na pessoa, consi de - rando o ponto indicado na figura em que essa pessoa tem maior sensação de peso. b) Determine o módulo V da velocidade para que a pessoa tenha a sensação de imponderabilidade (sem peso) no ponto II. 15. Um fio ideal é fixo em um ponto O e tem, na outra ex tremidade, uma esfera de massa M. A esfera recebe um impulso e passa a descrever uma circun - ferência em um plano vertical. Quando a esfera passa pelo ponto A, a força aplicada pelo fio sobre ela é indicada por TA → . Admita que as únicas forças atuantes na esfera sejam a força TA → e o seu peso P → , conforme ilustra a figura. Sendo L o comprimento do fio, VA o mó dulo da velo ci da de da esfera em A e g o módulo da ace leração da gravi dade, assinale a opção correta: a) | TA → | = b) M g cos � = c) M g sen � = d) | TA → | + M g sen � = e) | TA → | + M g cos � = 16. Uma partícula de massa 3,0kg descreve uma traje tória circular de raio R = 1,6m com velocidade es calar constante v = 4,0m/s. Em um instante t0 a partícula está sob a ação das três forças indicadas na figura. São dados: |F1 → | = 10,0N e |F2 → | = 30,0N. A intensidade de F3 → é a) 10,0N b) 20,0N c) 30,0N d) 40,0N e) 50,0N 17. (UNICAMP-SP) – Algo muito comum nos filmes de ficção cien - tífica é o fato de as persona gens não flutua rem no interior das naves espaciais. Mes mo estando no espaço sideral, na ausência de campos gravitacionais externos, elas se mo vem como se existisse uma força que as pren desse ao chão das espaçonaves. Um filme que se preo cupa com es ta questão é “2001, uma Odisseia no Es paço”, de Stanley Kubrick. Nesse filme, a gravidade é simu lada pela rotação da estação espacial, que cria um pe so efetivo agindo sobre o astronauta. A estação espa cial, em forma de cilindro oco, mos trada a seguir, gira com velocidade angular cons tante de módulo 0,2 rad/s em torno de um eixo ho - rizontal E perpen dicular à página. O raio R da es pa çonave é 40m. MVA 2 –––––– L MVA 2 –––––– L MVA 2 –––––– L MVA 2 –––––– L MVA 2 –––––– L 15 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 15 22. Na figura, temos um bloco de massa m preso a um fio ideal de comprimento d e fixo em um ponto C. O bloco está descrevendo mo vimento circular e unifor- me em um plano horizontal sem atrito. Sendo f a frequência do movimento, calcule a intensidade da for - ça tensora no fio. Resolução Sobre o bloco, que está em movimento circular e uniforme, atuam três forças: 1) força peso → P, aplicada pelo planeta Terra; 2) força de reação normal → N, aplicada pelo plano horizontal de apoio; 3) força de tração → T, aplicada pelo fio ligado ao bloco. 16 a) Calcule o módulo da velocidade tangencial do astronauta re - pre sentado na figura. b) Determine a intensidade da força de reação que o chão da espaço na ve aplica no astronauta que tem massa m = 80kg. 18. (UPE-MODELO ENEM) – Um avião da esquadrilha da fumaça des creve um looping num plano vertical, com velocidade escalar de 720 km/h. Para que, no ponto mais baixo da tra - jetória circular, a inten - sidade da força que o piloto exerce no banco seja o triplo de seu peso, é necessário que o raio do looping, em metros, seja de a) 1500 b) 1700 c) 2000 d) 2300 e) 3000 Dado: g = 10,0 m/s2 19. (UNICENTRO-PR-MODELO ENEM) – Observe a figura. A figura mostra duas formigas idênticas em cima de um disco que gira, num plano horizontal, com velocidade angular constante em torno de seu centro. As formigas não deslizam sobre o disco, e o coeficiente de atrito entre o disco e cada formiga vale �. É correto afirmar que a) a aceleração da formiga 1 é maior que a aceleração da formiga 2. b) a velocidade angular da formiga 1 é menor que a velocidade angular da formiga 2. c) a força resultante sobre a formiga 1 é menor que a força resultante sobre a formiga 2. d) a velocidade tangencial da formiga 1 vale a metade da velocidade tangencial da formiga 2. e) a aceleração da formiga 1 vale a metade da aceleração da formiga 2. 20. (UNIOESTE-MODELO ENEM) – Um carro de massa 1800 kg está em movimento circular sobre uma rodovia circular e horizontal de raio igual a 200 m. O módulo de sua velocidade é constante. O coeficiente de atrito estático entre os pneus do carro e a rodovia é de �e = 0,20. Considere a aceleração da gravidade com módulo g = 10 m/s2 e desconsidere o atrito com o ar. Para as condições de movimento descritas, assinale a alternativa correta. a) O módulo da força de atrito que atua sobre o carro, resultante da interação dos pneus do carro e a rodovia, é constante e igual a 3600 N, independentementedo módulo da velocidade de movimento do carro. b) A força de atrito sobre o carro, resultante da interação entre os pneus do carro e a rodovia, é a força resultante centrípeta que permite o movimento do carro. c) Os vetores força peso e força centrípeta sobre o carro possuem o mesmo sentido. d) A força de atrito sobre o carro, resultante da interação entre os pneus do carro e a rodovia, atua em sentido contrário à força centrípeta sobre o carro, que o mantém em movimento sobre a rodovia. e) A força resultante sobre o carro é nula. 21. (UFABC-MODELO ENEM) – A separação dos melhores esper - matozoides do sê men se dá devido à rotação de tubos de ensaio acoplados a uma centrífuga. Com base nas leis de Newton e tendo-se em conta um referencial fixo no solo terres tre, analise as seguintes afirmações. I. Nesse aparelho, a rotação gera a ação de uma força centrífuga que empurra as partículas de maior densidade para o fundo dos tubos de ensaio. II. Em todas as partes girantes do conjunto que prende os tubos de ensaio, a frequência de rotação em torno do eixo vertical, em um dado instante, é a mesma. III. A velocidade escalar dos pontos mais próximos do fundo dos tubos de ensaio é maior do que de outro ponto mais próximo do eixo de rotação do aparelho, quando esse está ligado. É verdadeiro o contido em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 16 A reação normal → N vai equilibrar o peso → P, pois não há ace leração segundo a vertical, e a força de tração → T fará o papel de resultante centrípeta. mV2 T = Fcp = ––––R �s 2πR Porém: R = d e V = –––– = –––– = 2πfR, em que T’ é o período �t T’ do movimento circular e uniforme e f é a respectiva frequência. Assim: m T = ––– . 4π2 f2d2 � d Resposta: 4π2 mf2 d 23. (CESGRANRIO) – A partir de um ponto muito próximo da su per - fície terrestre, na região polar, uma pedra é atirada horizon tal - mente e se transforma em um satélite artificial da Terra em órbita circular. Admitindo-se a Terra rigorosamente esférica de raio 6,4 . 106m, desprezando-se a influência da atmosfera terrestre e adotando-se g = 10m/s2, calcule a intensidade da velocidade de lançamento da pedra. Resolução A pedra descreverá movimento circular uniforme, e a força gravita cional que a Terra exerce sobre ela fará o papel de resultante centrípeta. FG = Fcp mV2 mg = –––– R Sendo g = 10m/s2 e R = 6,4 . 106m, temos: V = �������10 . 6,4 . 106 (m/s) ⇒ Esta velocidade de lançamento que transforma o corpo em um satélite rasante à Terra é chamada velocidade de satelização ou velocidade cósmica primeira. Resposta: 8,0km/s 24. Existe um espetáculo circense conhecido como “globo da mor te”. No interior de uma esfera oca, feita de metal vazado, um mo to - ciclista realiza uma série de acrobacias, tendo como evolução mais importante, e que constitui o ponto culminante do espe tá - culo, a realização de uma circunferência num plano vertical. Para conseguir completar essa curva, sem se desligar da pista, a moto deve desenvolver uma certa velocidade escalar mínima. Sen do g o módulo da aceleração da gravidade local e R o raio do globo, obtenha a mínima velocidade escalar possível, no ponto mais alto da trajetória, para que a moto consiga completar a circun fe rên cia sem se destacar da pista. Resolução No ponto mais alto da trajetória, as forças externas atuantes no sis tema (moto-pessoa), que têm direção radial, são: 1) a força de gravidade → P aplicada pelo planeta Terra; 2) a reação normal da pista → Fn que é dirigida para dentro da tra - jetória. (A moto aplica sobre a pista uma força para fora e a pista reage sobre a moto com uma força para dentro.) A resultante entre essas duas forças ( → P e → Fn), que têm direção ra dial, será a resultante chamada cen - trí peta: → Fn + → P = → Fcp Tomando-se apenas as intensidades das forças: mV 2 Fn + mg = –––––R em que: m = massa do sistema V = velocidade escalar no ponto mais alto R = raio do globo Quanto maior a velocidade escalar V, maior será a intensidade da reação normal da pista Fn, isto é, quanto maior a velocidade es - calar, mais intensamente a moto comprime a pista, ficando fortemente grudada na pista e não tendo o menor perigo de cair. Diminuindo a velocidade escalar V, a reação normal da pista Fn também diminuirá; quando Fn = 0, a moto estará na iminência de cair e a velocidade escalar correspondente será a mínima velo ci - da de escalar possível, para completar a circunferência, sem se des ligar da pista: V = 8,0 . 103m/s V = ���g R T = 4π2 m f2 d 17 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 17 m . V mín 2 0 + mg = –––––––– R V mín 2 Portanto: g = –––––– ⇒ V mín 2 = gR R Observe que a velocidade escalar mínima para não cair é inde pen - dente da massa do sistema (moto-pessoa). Resposta: ���gR 25. No esquema, temos um pêndulo simples de comprimento L e com uma esfera de massa m, oscilando entre os pontos A e B. A velocidade escalar da esfera ao pas - sar pelo ponto M vale V. A intensidade da força que traciona o fio ao passar pelo ponto M será igual a: a) zero b) mg c) mg – d) mg + e) Nota: g = módulo da aceleração da gravidade local. Resolução Sobre a esfera pendular, atuam duas forças: a força de gravidade → P aplicada pela Terra e a força de tração → T aplicada pelo fio. Quando a esfera passar pelo ponto M, a resultante entre → T e → P pas sará pelo centro C da circunferência descrita e, portanto, terá apenas componente centrípeta: → T + → P = → Fcp mV2 T – mg = –––– L Note que o raio da circunferência descrita pela esfera é igual ao com primento L do fio: Portanto: Resposta: D 26. (UFSC) – Um carro de massa m = 1,6 . 103 kg passa por uma pon te convexa com velocidade escalar constante V = 36km/h. O raio da ponte, suposta com perfil circular, é R = 80m. Adote g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar. a) Qual a intensidade da força resultante sobre o carro enquanto estiver na ponte? b) Qual a intensidade da força com que o carro pressiona a ponte ao passar pelo seu ponto mais alto? Resolução a) Sendo o movimento circular e uniforme, a força resultante se - rá centrípeta e sua intensidade é dada por: mV2 km Fcp = ––––, em que V = 36 –––– = 10m/sR h 1,6 . 103 . (10)2 Fcp = –––––––––––––– (N) ⇒80 b) Ao passar pelo ponto mais alto da pista, o carro está sujeito a duas forças externas e verticais: (1) Força normal → FN aplicada pela pista. (2) Força de gravidade → P aplicada pela Terra. A resultante entre → FN e → P passa pelo centro C da circunfe rên - cia descrita e faz o papel de força centrípeta: → P + → FN = → Fcp Como a resultante é dirigida para o centro, tem-se P > FN e, por tanto: P – FN = Fcp FN = P – Fcp FN = mg – Fcp FN = 1,6 . 10 3 . 10,0 – 2,0 . 103 (N) FN = 16,0 . 10 3 – 2,0 . 103 (N) Respostas: a) 2,0kN b) 14,0kN 27. (MODELO ENEM) – Em um parque de diversões, temos uma roda gigante que gira com velocidade angular constante. A cadeira é articulada de modo que a pessoa se mantenha sempre sentada na posição normal. Quando a pessoa passa pelo ponto A, mais baixo de sua trajetória, ela rece - be da cadeira uma força vertical de intensidade N1. Quando a pessoa passa pelo ponto B, mais alto de sua trajetória, ela recebe da cadeira uma força vertical de intensidade N2. A força resultante na pessoa, du ran te todo o movimento, tem in ten sidade constante e igual a: a) b) c) zero d) N1 + N2 e) N1 – N2 FN = 14,0 . 10 3N = 14,0kN Fcp = 2,0 . 10 3N mV2 T = mg + ––––– L mV2 ––––– L mV2 ––––– L mV2 ––––– L Vmín = ���gR N1 – N2–––––––– 2 N1 + N2–––––––– 2 18 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 18 29. Considere uma mesa horizontal sem atrito com um pequeno orifí - cio central por onde passa um fio ideal. Uma das extremidades do fio está presa a um bloco A de massa M que permanece em repouso suspenso pelo fio. A outra extremidade do fio está presa a um bloco Bde massa m que descreve movimento circular uniforme de raio R e período T sobre a mesa. A aceleração da gravidade local tem módulo g. A razão é dada por: a) b) c) d) e) 30. (MACKENZIE) – Um corpo de pequenas dimen sões realiza voltas verticais no sentido horário dentro de uma esfera rígida de raio R = 1,8m. Na figura abaixo, temos registrado o instante em que sua ve locidade tem módulo igual a 6,0m/s e a força de atrito, devida ao contato com a esfera, é equilibrada pelo peso. Nestas condições, o coeficiente de atrito cinético entre o corpo e a esfe ra vale: a) 0,10 b) 0,20 c) 0,30 d) 0,40 e) 0,50 Adote g = 10m/s2 e não considere o efeito do ar. 31. (UNICAMP-SP) – Um míssil é lançado horizon tal men te em órbita cir cular rasante à superfície da Terra. Adote o raio da Terra R = 6,4 . 106m. O efeito do ar foi des pre zado e, para simplificar, tome 3 como valor aproximado de . Adote g = 10m/s2. a) Qual é o módulo da velocidade de lançamento? b) Qual é o período de translação do míssil? 32. (UFMG) – Um astronauta, de pé sobre a superfície da Lua, arremessa uma pedra, horizontalmente, a partir de uma altura de 1,25m, e verifica que ela atinge o solo a uma distância de 15,0m. Considere que o raio da Lua é de 1,6 x 106 m e que a aceleração da gravidade na sua superfície tem módulo igual a 1,6 m/s2. Com base nessas informações, a) calcule o módulo da velocidade com que o astronauta arre - mes sou a pedra; b) calcule o módulo da velocidade com que, nas mesmas condições e do mesmo lugar, uma pedra deve ser lançada, também horizon tal men te, para que, após algum tempo, ela passe novamente pelo local de lançamento. 33. (UNICAMP-SP) – Uma atração muito popular nos cir cos é o “Globo da Morte”, que consiste numa ga io la de forma es férica no interior da qual se movimenta uma pessoa pilotando uma motocicleta. Considere um glo bo de raio R = 3,6m e adote g = 10m/s2. R –––––––– 4π2 gT2 R ––––––– 4π gT2 R –––––– gT2 2π R –––––– gT2 4π2 R –––––– gT2 M –––– m 19 Resolução A força resultante é centrípeta e tem intensidade constante: ponto A: N1 – P = Fcp (1) ponto B: P – N2 = Fcp (2) (1) + (2): N1 – N2 = 2 Fcp Resposta: B 28. (UFLAVRAS-MG) – Nas provas do mundial de motovelocidade, as cenas mais emocionantes são aquelas em que os pilotos inclinam as motos nas curvas, de forma a quase encostar a moto na pista. Considerando-se g = 10m/s2, uma curva plana circular e horizontal de raio 100 m e o coeficiente de atrito estático pneu-asfalto �e = 0,9, a velocidade escalar máxima com a qual um piloto pode realizar a curva é a) dependente da massa do conjunto piloto/moto. b) 90 m/s. c) 1000 m/s. d) 80 km/h. e) 30 m/s. Resolução 1) FN = P = mg 2) Fat = Fcp = 3) Atrito estático Fat ≤ �E FN ≤ �E mg ⇒ V 2 ≤ �E g R V ≤ �E g R ⇒ Vmáx = �E g R Vmáx = 0,9 . 10 . 100 (m/s) Resposta: E N1 – N2 Fcp = –––––––– 2 Vmáx = 30m/s = 108km/h m V2 ––––– R m V2 ––––– R P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 19 a) Faça um diagrama das forças que atuam sobre a mo toci cleta nos pontos A, B, C e D, indicados na fi gu ra anterior, sem incluir as forças de atrito. Para efei tos práticos, considere o conjunto piloto + mo to cicleta como sendo um ponto material. b) Qual o módulo da velocidade mínima que a moto cicleta de ve ter no ponto C para não perder o con ta to com o in terior do globo? 34. (UPE) – Uma corda é amarrada em um balde que contém água. O balde é colocado para girar, executando uma trajetória circular de raio 2,5 m, no plano vertical. A velocidade mínima do balde no ponto mais elevado da trajetória circular, para que a água não caia do balde, vale, em m/s, Adote g = 10m/s2 a) 4,0 b) 5,0 c) 7,0 d) 8,0 e) 9,0 35. (UEL-PR) – A esfera, re pre sen tada no es - que ma, tem massa igual a 1,0kg e, quando aban do na da, movimenta-se segundo um arco de circun fe rên cia de raio 1,0m, devi do ao fio que a pren de ao teto. Ao passar pelo ponto A, instante em que o fio está na vertical, tem velocidade escalar de 4,0m/s. Con siderando-se g = 10,0m/s2 e despre - zan do-se o efeito do ar, a intensidade da força que traciona o fio, no ins tan te em que a esfera passa pelo ponto A, vale, em newtons: a) zero b) 6,0 c) 12,0 d) 26,0 e) 32,0 36. (PUC-SP) – Um avião descreve, em seu movi men to, uma trajetória circular, no plano vertical (loop), de raio R = 40 m, apresentando no ponto mais baixo de sua trajetória uma velocidade de módulo igual a 144 km/h. Sabendo-se que o piloto do avião tem massa de 70kg, a força de reação normal, aplicada pelo banco sobre o piloto, no ponto mais baixo, tem intensidade a) 3,7 . 104 N b) 3,6 . 104 N c) 3,5 . 103 N d) 2,8 . 103 N e) 7,0 . 102 N 37. Considere um trilho com o formato da figu ra, visto em corte ver - tical. O trecho curvo repre sen ta um arco de circunferência de raio R = 2,0m e não existe atrito. Um carrinho de massa 3,0kg passa pelo ponto A com velocidade escalar igual a 4,0 m/s. Calcule, no ponto A: a) a intensidade da força resultante no carrinho; b) a intensidade da força que o carrinho troca com o trilho. 38. Um automóvel de massa 2,0t tem velocidade es ca lar cons tan te de 72km/h e pas sa por uma pon te cujo perfil ver tical é um ar co de circun fe rên cia de raio 100m. Adote g = 10m/s2. Quando o carro passa pelo ponto mais alto da ponte, a força que ele troca com o chão tem intensidade igual a) à de seu peso; b) a 40% de seu peso; c) a 60% de seu peso; d) a 140% de seu peso; e) a 160% de seu peso. 39. (UFJF-MG) – O diálogo abaixo, entre Lomax e Mar tin, foi extraído de um livro de Frederick Forsythe:“Dois carros de corrida entram numa curva, um carro mais leve e outro mais pesado. Qual deles derrapa para fora da pista?” “O pesado”, disse Martin. “Certo.” a) Faça um diagrama de forças para um carro de corrida que faz uma curva sem derrapar. Assuma que a curva seja circular, de raio R, e que a superfície da estrada seja horizontal. Certi fique-se de que, no diagrama de forças, estejam somente as forças que agem no carro. b) Se dois carros, um mais pesado que o outro, fazem a curva com velocidade de módulo constante e igual a V, sem derrapar, calcule o módulo da aceleração de cada um. A ace - leração do carro leve, de massa m�, tem módulo igual ao da aceleração do carro pesado, de massa mp? Por quê? Consi de - re pequenas as dimensões dos carros, se comparadas ao raio R da curva. c) Calcule a intensidade da força de atrito que o chão faz sobre cada um dos carros do item (b). A intensidade da força de atrito sobre o carro leve é igual à intensidade da força de atrito sobre o carro pesado? Justifique. d) Você concorda com o que Lomax e Martin dis seram? Justi - fique. 40. (UFMG) – Ana está sentada em um banco de uma roda-gigante, que gira com velocidade angular constante. Nesse movimento, Ana passa, sucessi vamente, pelos pontos P, Q, R e S, como mostrado na figura abaixo. 20 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 20 46. Na figura, temos quatro esferas idênticas presas em um fio ideal (sem peso e inextensível). O sistema todo gira com velocidade angular constante � em torno de um eixo vertical passando pelo ponto O. As esferas se movem sobre um plano horizontal sem atrito. Determine a tensão no fio nas diversas secções. Resolução Para cada esfera, a força peso é equilibrada pela reação normal de apoio. 21 Considere que a massa de Ana é 30,0kg, que o raio de sua trajetória é 5,0m e que o módulo de sua velo cidade angular é 0,40rad/s. Com base nessas informações, a) determine a força resultante – módulo, direção e sentido – sobre Ana quando esta passa pelo ponto Q, indicado na figura. b) O módulo da força que o banco faz sobre Ana é maior no ponto Q ou no ponto S? Justifique sua resposta. (MODELO ENEM) – Texto para as ques tões de números 41 e 42. Vendedores aproveitam-se da morosidade do trânsito para vender amendoins, mantidos sempre aquecidos em uma bandeja perfurada encaixada no topo de um balde de alumínio; dentro do balde, uma lata de leite em pó, vazada por cortes laterais,contém carvão em brasa (figura 1). Quando o carvão está por se acabar, nova quantidade é reposta. A lata de leite é engan chada a uma haste de metal (figura 2) e o conjunto é girado vigorosamente em um plano vertical por alguns segundos (figura 3), reavivando a chama. Despreze o efeito do ar. 41. Mantendo-se o movimento circular de raio 80cm, a menor velocidade escalar que a lata deve possuir no ponto mais alto de sua trajetória para que o carvão não caia da lata é, em m/s, a) ���2,0 b) 2,0 c) 2 ���2,0 d) 4,0 e) 4 ���2,0 42. No momento em que o braseiro atinge o ponto mais baixo de sua trajetória, considerando-se que ele descreve um movimento no sentido anti-horário e que a trajetória é percorrida com velocidade escalar constante, dos vetores indicados, aquele que mais se aproxima da direção e sentido da força resultante sobre a lata é 43. (UFRRJ-MODELO ENEM) Foi que ele viu Juliana na roda com João Uma rosa e um sorvete na mão Juliana seu sonho, uma ilusão Juliana e o amigo João GIL, Gilberto. Domingo no Parque. A roda citada no texto é conhecida como roda-gigante, um brin - quedo de parques de diversões. Considere: – o movimento de Juliana como circular e uniforme; – o módulo da aceleração da gravidade local igual a 10m/s2; – a massa da Juliana 50kg; – o raio da roda-gigante 2,0 metros; – a velocidade escalar constante de Juliana igual a 36km/h. A intensidade da reação normal vertical que a cadeira exerce so - bre Juliana quando ela se encontrar na posição indicada pelo ponto I vale a) 1,0kN b) 2,0kN c) 3,0kN d) 4,0kN e) 5,0kN 44. (UECE-MODELO ENEM) – Em certos movimentos, percebe mos, em nossos órgãos internos, efeitos causados por variações dinâmicas. A diferença entre a intensidade da força de reação (pe - so aparente) que o assento de uma cadeira de uma roda-gi gante de raio R, girando em movimento circular uniforme com velo ci - dade tangen cial de módulo v, exerce sobre uma pessoa de massa m sentada nela entre os pontos mais baixo e mais alto da roda-gi - gante é a) b) c) d) e) 45. (UFLA-MG-MODELO ENEM) – Um dos fatores que influem no desempenho de um carro de Fórmula 1 é o “efeito asa”. Esse efeito, que pode ser mais ou menos acen tuado, surge na interação do ar com a geometria do carro. Quando se altera o ângulo de inclinação dos aerofólios, surge uma força vertical para baixo, de forma que o carro fica mais preso ao solo. Conside - rando-se um carro com “efeito asa” igual ao seu peso, coeficiente de atrito estático �e = 1,25 entre pneus e asfalto, g = 10m/s 2, esse carro pode fazer uma curva plana horizontal de raio de curvatura 100m, sem deslizar, com velocidade escalar máxima de: a) 50m/s b) 180m/s c) 120m/s d) 100m/s e) 80m/s 4mv2 ––––– R 2mv2 ––––– R 3mv2 ––––– 2R mv2 ––––– R mv2 ––––– 2R P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 12:42 Página 21 Mostramos, a seguir, uma vista de perfil do sistema com o esque - ma de forças em cada esfera. Todas as esferas terão a mesma velocidade angular �, pois giram juntas, percorrendo o mesmo ângulo no mesmo intervalo de tempo. Cada esfera terá movimento circular e uniforme e, portanto, a for - ça resultante será do tipo centrípeta. mV2 m Fcp = ––––– = ––– (�R) 2 = m�2R R R 1) Para a esfera A, a força de tração T4 fará o papel de resultante centrípeta e o raio da circunferência descrita será 4 L. Assim: T4 = FcpA = m�2 4L � 2) Para a esfera B, a resultante entre as forças de tração T3 e T4 fará o papel de resultante centrípeta e o raio da circunferência descrita será 3 L. T3 – T4 = FcpB T3 – 4m� 2L = m�23L � 3) Para a esfera C, a resultante entre as forças de tração T2 e T3 fará o papel de resultante centrípeta e o raio da circunferência descrita será 2L. T2 – T3 = FcpC T2 – 7 m� 2L = m�22L � 4) Para a esfera D, a resultante entre as forças de tração T1 e T2 fará o papel de resultante centrípeta e o raio da circunferência descrita será L. T1 – T2 = FcpA T1 – 9 m� 2L = m�2L � 47. A figura mostra um pequeno corpo de massa m, descrevendo um círculo horizontal, com velocidade escalar constante, preso na ex tre midade de um fio de comprimento L. À medida que o corpo gira, o fio descreve a su - perfície de um cone. Este aparelho é cha mado pêndulo cônico. Ache o tem - po necessário para uma revo lução completa do corpo, em função do mó - dulo da aceleração da gravidade g e da altura do cone h. Resolução A esfera pendular descreve um movimento circular e uniforme em um plano horizontal. Isto significa que a resultante das forças ver ticais deve ser nula e a resultante horizontal será do tipo cen - trí peta. Atuam sobre a esfera duas forças: 1) a força → T aplicada pelo fio de suspensão, que será decomposta em uma parcela vertical → Ty e uma parcela horizontal → Tx; 2) a força peso → P. A componente vertical → Ty deverá equilibrar o peso → P, e a compo nen - te horizontal → Tx será a resultante centrípeta. mV2 Do exposto: Ty = mg e Tx = ––––R TxDa figura: tg � = ––– Ty mV2/R Portanto: tg � = ––––––– mg Ainda: V2 = gR tg � (1) �s 2πR Da Cinemática: V = ––– = –––– (2), em que t é o período do �t t movimento circular e uniforme da esfera, isto é, é o tempo necessário para uma volta completa. Substituindo (2) em (1), temos: 4π2R2 ––––––– = gR tg � t2 4π2R Assim: t 2 = –––––– � (3) g tg � Porém, da figura: R R tg � = ––– ou –––– = h (4) h tg � Substituindo (4) em (3), temos: Observe que, para g constante, o período do pêndulo cônico dependerá unicamente da altura h, isto é, todos os pêndulos cônicos que tiverem a mesma altura h terão o mesmo período, não importando os demais elementos: m, �, R, v e L. Resposta: 48. Existe nos parques de diversões um “brinquedo” chamado “ro - tor”, que consiste de um cilindro vertical oco que é posto em mo - vi mento de rotação. As pessoas entram no interior do cilindro, en - costam-se à parede e o cilindro é posto a girar com velocidade angular � crescente. Quando a velocidade angular atinge um valor adequado, o piso é retirado e as pessoas ficam “pregadas” na pa - re de. Sendo R o raio do cilindro, � o coeficiente de atrito entre a pessoa e a parede, g o módulo da aceleração da gravidade, determine o mínimo valor de � para que, com a retirada do piso, a pessoa não escorregue. Se aumentarmos a velocidade angular acima do valor mínimo cal - cu lado, há possibilidade de a pessoa subir? Justifique. Resolução Quando a pessoa está encostada na parede, com o rotor girando e o piso retirado, atuam sobre ela as seguintes forças: 1) a força de gravidade → P aplicada pela Terra; 2) a força de reação normal → Fn aplicada pela parede do rotor; h t = 2π ��–––g h t = 2π ��–––g R t = 2π ���––––––g tg � T1 = 10m� 2L T2 = 9m� 2L T3 = 7m� 2L T4 = 4m� 2L 22 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 22 3) a força de atrito → fat também aplicada pela parede do rotor. Para que a pessoa não escorregue, a força de atrito deve equi li - brar o peso e a reação normal deve fazer o papel de resultante centrípeta. → fat + → P = → 0 ⇔ →fat = – → P ⇒ | → fat | = | → P | = mg mV2→ Fn = → Fcp ⇒ Fn = ––––– = m� 2R R Como não há escorregamento entre a pessoa e a parede do rotor, o atrito é estático e, portanto: | → fat| ≤ | fatdestaque| mg ≤ � . m�2R Assim: �2 ≥ ⇒ � ≥ �� Logo: Observe que o funcionamento do rotor não depende da massa (m) da pessoa, porém a condição de retirada do piso está ligada ao coeficiente de atrito � entre as roupas da pessoa e a parede do rotor. Se aumentarmos a velocidade angular � acima do valor mínimo calculado, a força de atrito de destaque torna-se maior do que o peso da pessoa, porém a força de atrito efetiva (real) continua com a mesma intensidade do peso, isto é, apenas o suficiente pa - ra equilibrar o peso, evitando o escorregamento da pessoa para baixo. A força de atrito é uma força de reação passiva que sempre se opõe à tendência de escorregamento entre os corpos em contato e, portanto, no rotor, a força de atrito nunca ficará maior do queo peso e a pessoa nunca subirá. Baseado no texto que se segue, responda à questão 49. Texto : Força de Inércia Centrífuga Seja uma partícula descrevendo uma curva, em relação a um sis - te ma de referência inercial. As forças atuantes na partícula ad - mitem uma componente normal à trajetória que é chamada “re - sultante centrípeta”. Ressalte-se ainda que resultante centrípeta não é uma força a atuar na partícula, mas apenas o nome que uma componente da força resultante recebe. Não se admite falar em reação da re sul - tante centrípeta que, via de regra, é uma soma de forças atuantes na partícula. Para esse referencial inercial, não existe força de inércia centrí - fu ga. Considere-se, agora, um sistema de referência não inercial (cha - mado sistema acelerado), ligado à partícula que faz uma curva em relação ao sistema inercial. Para o sistema de referência ligado à própria partícula, ela estará em repouso e a resultante de todas as forças atuantes sobre ela deverá ser nula. Em relação ao sistema inercial, a partícula estava sujeita a um conjunto de n forças (forças reais do tipo ação-reação) com uma resultante → F que, num caso genérico, admitia duas componentes: a resultante tangencial → Ft e a resultante centrípeta → Fcp. Para o referencial não inercial ligado à partícula, para que a re - sultante de todas as forças seja nula, além das n forças reais, de - vem existir duas outras forças (que inexistem para o referencial inercial), capazes de equilibrar a resultante tangencial → Ft e a re - sultante centrípeta → Fcp. Tais forças são chamadas de forças iner - ciais ou forças fictícias ou forças de correção de referen cial e não são do tipo ação-reação, isto é, não são forças aplicadas por algum agente físico e não admitem força de reação. Estas forças inerciais deverão ter mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto à resultante tangencial e à resultante centrípeta e são denominadas força de inércia de arrastamento e força de inércia centrífuga, respectivamente. Assim, a força de inércia centrífuga, que nos interessa particularmente estudar, tem mesma intensidade da resultante cen trípeta , direção normal à trajetória e sentido “para fora” da curva (daí o nome centrífuga, que significa: foge do cen tro). É fundamental compreender que a força de inércia centrífuga não é reação da centrípeta, não existe para um sistema de re fe - rên cia inercial e não é do tipo ação-reação. Quando se per - gunta se existe força de inércia centrífuga, a resposta é: “depen - de do referencial”. Para um referencial inercial, simplesmente não existe força de inércia centrífuga. Para um referencial não inercial (acelerado) que descreve uma cur va em relação ao referencial inercial, existe a força de inércia centrífuga, que tende a jogar os corpos para fora da curva. A título de exemplo, imagine um carro fazendo uma curva em relação à Terra, suposta ser um sistema inercial. Durante a curva, uma porta se abriu e um passageiro desprevenido foi projetado para fora. Como explicar esse fato? Um observador inercial, na Terra, afirma que o passageiro foi pro - jetado para fora, por causa de sua inércia de movimento (para ele, não existe força de inércia centrífuga). Um observador dentro do carro afirma que o passageiro foi pro - jetado para fora, pela força de inércia centrífuga (para ele, não vale o Princípio da Inércia de Newton). As duas explicações estão corretas, cada uma válida em seu sis - te ma de referência. 49. Um satélite da Terra, de massa m, tem órbita circular de raio r, com velocidade escalar V. I. Qual diagrama representa as forças atuantes no satélite, vis tas por um observador na Terra, suposta ser um referencial iner - cial? mV2 –––– R g �mín = ��––––�R g ––– �R g ––– �R 23 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 23 II. Qual diagrama representa as forças atuantes no satélite, vistas por um observador no satélite? Resolução I. Para um observador na Terra, suposta ser um sistema de re fe - rência inercial, o satélite tem movimento circular e uniforme; a única força atuante no satélite (desprezam-se outras forças) é a força de atração gravitacional exercida pela Terra e que faz o papel de resultante centrípeta. II. Para um observador no satélite, sistema de referência não inercial (ou acelerado), o satélite está em repouso sob a ação de duas forças que se equilibram: a força de atração gravita - cional exercida pela Terra e a força de inércia centrífuga. Respostas: I. a II. c 50. (FUVEST-MODELO ENEM) – Um automóvel entra numa curva circular, em uma autopista, com inclinação � em relação ao plano ho ri zontal. A autopista está coberta por uma fina camada de gelo. São dados: 1. Módulo da velocidade do carro: 90km/h. 2. Módulo da aceleração da gravidade: 10m/s2. 3. tg � = 0,25 Para que o automóvel consiga fazer a curva, sem derrapar, o raio desta curva deve ser igual a: a) 25m b) 100m c) 200m d) 250m e) 300m Resolução 1) Fy = P = mg 2) Fx = Fcp = 3) tg � = = tg � = R = = (m) ⇒ Resposta: D 51. (MODELO ENEM) – Considere um sistema formado por três estrelas, E1, E2 e E3, de mesma massa M. Em relação a um sistema de referência inercial, a estrela E1 fica em repouso, e as estrelas E2 e E3 gravitam em torno de E1 em uma mesma órbita circular de centro em E1 e raio R, com movimentos uniformes. As três estrelas são assimiláveis a pontos materiais. A força gravitacional entre duas estrelas de mesma massa M, cujos centros de massa estão separados por uma distância d, tem intensidade F dada por G = constante de gravitação universal. As estrelas E1, E2 e E3 estão sempre alinhadas, con forme sugere a figura. Na estrela E2, a força resultante centrípeta é a soma vetorial das forças gravitacionais aplicadas por E1 e E3. O período de translação T de E2 e E3 em torno de E1 é dado por a) T = 2πR b) T = 4πR c) T = 2πR d) T = 4πR e) T = 2π Resolução 1) F12 = ; F32 = = 2) FR=F12+ F32 = + = 3) FR = Fcp = M�2R ⇒ �2 = � = = Resposta: D 52. Considere um pêndulo ideal fixo em um ponto O e com a esfera pendular descrevendo uma oscilação em um plano vertical. Em um instante t0, a esfera passa pelo ponto A com velo cidade de módulo igual a 2,0m/s e o ângulo que o fio forma com a vertical é tal que sen � = 0,60 e cos � = 0,80. A esfera pendular tem massa de 2,0kg e o comprimento do fio é de 0,50m. Adote g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar. Determine, para o instante t0, a) o módulo da aceleração escalar da esfera; b) a intensidade da componente centrípeta da força resultante na esfera; c) a intensidade da força que traciona o fio. R ––––– 5GM R –––– GM R –––– GM R ––––– 5GM G M2 F = ––––– d2 R = 250m (25)2 –––––––– 10 . 0,25 V2 –––––– g tg � V2 –––– g R mV2/R –––––– mg Fx ––– Fy mV2 ––––– R R –––– GM GM2 ––––– 4R2 GM2 ––––– (2R)2 GM2 ––––– R2 GM2 ––––– R2 5 –– 4 GM2 ––––– 4R2 GM2 ––––– R2 GM –––– R3 5 –– 4 GM2 –––– R2 5 –– 4 2π –– T 5GM ––––– R3 1 –– 2 R3 R T = 4π ���––––– = 4πR���–––––5GM 5GM 24 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 24 53. (UNICENTRO-PR) – Duas esferas muito pequenas giram, em torno do ponto O, sobre uma mesa horizontal e sem atrito, presas a fios muito leves, inextensíveis e de mesmo comprimento. As esferas têm a mesma velocidade angular, que é constante. Cada esfera tem massa de 1,0kg. a) Compare os módulos das velocidades e das acelerações das esferas A e B. b) Calcule a razão entre as intensidades das trações nos fios (2) e (1), respectivamente. 54. (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA) – Em um pêndulo cônico, temos uma corda de comprimento L e na sua extremidade um corpo de massa m, que realiza um movimento circular no plano (veja figura). Como consequência deste movimento, a corda descreve a figura de um cone, razão pela qual o pêndulo adquire esse nome. Determine a) a velocidade angular � do corpo em função do módulo da ace - le ração da gravidade g, do comprimento L, e do ângulo � de inclinação da corda; b) o tempo para o corpodar uma volta completa. 55. Um motociclista descreve uma circunferência de raio R num plano horizontal no interior de um cilindro oco posicionado verticalmente, conforme indica a figura. O coeficiente de atrito estático entre os pneus e a parede do cilindro vale � e a aceleração da gravidade tem módulo g. A velocidade da moto é a mínima possível (vmín) e a força que o cilindro aplica na moto faz um ângulo � com a horizontal. Assinale a opção correta: a) Vmín = e tg � = � b) Vmín = e tg � = c) Vmín = ��������gR e tg � = � d) Vmín = ��������gR e tg � = e) Vmín = tg � = � 2 56. (FUVEST-SP) – Uma cunha triangular é fixada sobre a tampa giratória de uma mesa de tal modo que a extremidade inferior da cunha coincide com a linha que passa pelo centro da mesa (figura A). A superfície da cunha possui um canalete e, no interior deste, um pequeno bloco pode deslizar livremente. Observa-se que, quando a tampa gira com velocidade angular constante, o bloco permanece em equilíbrio sobre a cunha, estando seu centro de massa a uma altura h = 0,10 m em relação ao nível da tampa giratória (figura B). 2gR –––– � 1 –– � gR ––– � gR ––– � 1 –– � T2––– T1 25 Resolução a) Pt = P cos � = m |� | mg sen � = m |�| � = 10,0 . 0,60 (m/s2) b) Fcp = = (N) ⇒ c) T – Pn = Fcp T – Pcos � = Fcp T – 20,0 . 0,80 = 16,0 Respostas: a) 6,0m/s2 b) 16,0N c) 32,0N T = 32,0N Fcp = 16,0N 2,0 . 4,0 –––––––– 0,50 mV2 ––––– R � = 6,0m/s2 � = g sen � P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 25 Sendo o ângulo de inclinação da cunha � = 30° e g = 10,0 m/s2, a magnitude da velocidade do bloco, medida em m/s, é a) 5,0 b) 4,0 c) 3,0 d) 2,0 e) 1,0 57. (UNICAMP-SP) – Observações astronômicas indicam que as velo cidades de translação das estrelas em torno de galáxias são incompatíveis com a distribuição de massa visível das galáxias, sugerindo que grande parte da matéria do Universo é escura, isto é, matéria que não interage com a luz. O movimento de translação das estrelas resulta da força de atração gravitacional que as galá - xias exercem sobre elas. A curva no gráfico a seguir mostra como a intensidade da força gravita cio nal FG = , que uma galáxia de massa M exerce sobre uma estrela externa à galáxia, deve variar em função da dis - tância r da estrela em relação ao centro da galáxia, considerando-se m = 1,0 . 1030 kg para a massa da estrela. A constante de gravi - tação G vale 6,7 . 10–11 m3 kg–1 s–2. a) Determine a massa M da galáxia. b) Calcule o módulo da velocidade de uma estrela em órbita circular a uma distância r = 1,6 . 1020 m do centro da galáxia. 58. (FUVEST-SP) – Um brinquedo consiste de duas pequenas bolas, A e B, de mesma massa M, e um fio flexível: a bola B está presa na extremidade do fio e a bola A possui um orifício pelo qual o fio passa livremente. Para o jogo, um operador (com treino!) deve segurar o fio e girá-lo, de tal forma que as bolas descrevam trajetórias circulares, com o mesmo período T e raios diferentes. Nessa situação, como indicado na figura 1, as bolas permanecem em lados opostos em relação ao eixo vertical fixo que passa pelo ponto O. A figura 2 representa o plano que contém as bolas e gira em torno do eixo vertical, indicando os raios e os ângulos que o fio faz com a horizontal. Assim, determine a) o módulo da força de tração F, que permanece constante ao longo de todo o fio, em função de M e g; b) a razão K = sen �/sen �, entre os senos dos ângu los que o fio faz com a horizontal; c) o número N de voltas por segundo que o conjunto realiza quando o raio R1 da trajetória descrita pela bolinha B for igual a 0,10 m. 59. (FUVEST-SP) – Um ventilador de teto, com eixo vertical, é cons - tituído por três pás iguais e rígidas, encaixadas em um rotor de raio R = 0,10 m, formando ângulos de 120° entre si. Cada pá tem massa M = 0,20 kg e comprimento L = 0,50 m. No centro de uma das pás, foi fixado um prego P, com massa mp = 0,020 kg, que desequilibra o ventilador, principalmente quando este se movimenta. Suponha, então, o ventilador girando com uma fre quência de 60 rotações por minuto e determine a) a intensidade da força radial horizontal F, em newtons, exercida pelo prego sobre o rotor; b) a massa M0, em kg, de um pequeno contrapeso que deve ser colocado em um ponto D0, sobre a borda do rotor, para que a resultante das forças horizontais, agindo sobre o rotor, seja nula; c) a posição do ponto D0, localizando-a no esquema da folha de respostas. (Se necessário, utilize π 3) 60. (UNIFESP) – Uma estação espacial, construí da em forma cilíndrica, foi projetada para contornar a ausência de gravidade no espaço. A figura mostra, de maneira simplificada, a secção reta dessa estação, que possui dois andares. Para simular a gravidade, a estação deve girar em torno do seu eixo com uma certa velocidade angular. Se o raio externo da estação é R, a) deduza a velocidade an gular � com que a estação deve girar para que um astronauta, em repouso no primeiro andar e a uma distância R do eixo da estação, fique sujeito a uma aceleração de módulo igual a g. NOTE E ADOTE: Não há atrito entre as bolas e o fio. Considere sen � � 0,4 e cos � � 0,9; π � 3 GMm ––––– r2 26 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 26 27 8) D 9) D 10) B 11) a) Vmáx = 10m/s b) Lmín = 4,0m 12) a) 6,0s b) predador: 4,8 . 104N ou 48kN presa: 1,08 . 104N ou 10,8kN 13) a) b) c) O erro foi admitir que a intensidade da tração, no ponto mais baixo, fosse a mesma, estando ele parado ou em mo - vi mento. O seu teste não funcionou porque a força máxima que a corda aguenta tem intensidade F tal que: P < F < P + 14) a) b) V = ���gR → NII = → 0 15) E 16) E 17) a) 8,0m/s 18) C b) 128N V2 ––– R P ––– g mV2 NI = mg + –––– R b) Suponha que o astronauta vá para o segundo andar, a uma distância h do piso do andar anterior. Calcule o peso aparente do astronauta nessa posição e compare com o seu peso aparente quando estava no pri meiro andar. O pe so apa rente aumenta, diminui ou perma nece inalterado? 61. (VUNESP-MODELO ENEM) – Em alguns processos industriais, uti li za-se a centrifugação. Considere um tambor centrifugador cilín drico cujo eixo vertical mede 1,0m de raio e sua velocidade an - gular é de 10rad/s, em um local onde g = 10m/s2. O valor do coeficiente de atrito mínimo � entre o produto a ser centrifugado e a parede interna do tambor, a fim de que não haja escorregamento, ou seja, para que o produto fique “grudado” na parede, deve ser igual a a) 0,05 b) 0,10 c) 0,20 d) 0,40 e) 0,50 62. (FUVEST-MODELO ENEM) – Nu ma brincadeira de parque de diversões, as pessoas vestem um macacão, entram em um cilindro oco que pode girar em torno de seu eixo vertical e encostam-se na parede, em pé sobre um piso, con - forme a figura ao lado. O cilindro co - meça a girar e, em um dado momento, o piso desce, mas as pessoas não, por - que ficam “grudadas” na parede do cilindro. O coeficiente de atrito estático entre uma pessoa e a parede do cilin dro é igual a 0,5 e o raio do cilindro é 3,2m. Para que a pessoa não escorregue, o módulo de velocidade dos pontos da superfície do cilindro tem de ser, no mínimo, de a) 8,0 m/s b) 4,0 m/s c) 3,0 m/s d) 2,0 m/s e) 1,0 m/s 63. (Olimpíada Colombiana de Física-MODELO ENEM) – Um ga - roto, em um parque de diversões, está-se divertindo em uma roda mecânica giratória. A roda tem velocidade angular constante e a corda de massa desprezível tem comprimento de 2,0m e forma um ângulo de 60o com a vertical, conforme ilustra a figura. O garoto tem massa de 60 kg, o efeito do ar é desprezível e a aceleração da gravidade tem módulo g = 10 m/s2. A força que traciona a corda tem intensidade igual a: a) 60 N b) 1,0 . 102 N c) 6,0 . 102 N d) 1,2 . 103 N e) 6,0 . 103 N 64. Um veículo necessita deslo car-se num trecho circular de um autó - dro mo, com velocidade escalar constante de 180km/h. O raio de curvatura da tra jetória é 820m. Para que esse movimento seja possível, indepen den temen te do atrito entre os pneus e a pista, a estradadeverá apre sentar uma sobrele vação, em relação à hori - zon tal, correspondente a um ângulo � aproxi ma da mente igual a: a) 2° b) 7° c) 13° d) 17° e) 20° 2° 7° 13° 17° 20° sen 0,035 0,122 0,225 0,292 0,342 cos 0,999 0,992 0,974 0,956 0,940 tg 0,035 0,123 0,231 0,306 0,364 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 27 19) C 20) B 21) D 29) A 30) E 31) a) 8,0km/s 32) a) 12,0m/s b) 80min b) 1,6km/s 33) a) → F: força aplicada pelo apoio → P: peso do conjunto b) 6,0m/s 34) B 35) D 36) C 37) a) 24N b) 6,0N 38) C 39) a) Na realidade, → FN e → Fat são apenas componentes da força de contato → F que o chão exerce sobre o carro. b) Sendo o movimento uniforme, a acelera ção será centrípe - ta e seu módulo é dado por acp = , sendo igual para os dois carros (in depende da massa). c) A força de atrito faz o papel de resultante centrípeta e sua intensidade é dada por: Fat = macp = , sendo maior para o carro mais pesado. d) Não; a máxima velocidade permitida na curva sem derra - par independe da massa do carro e é dada por: Fatmáx = � m g = (independe da massa) 40) a) 24,0N (direção vertical e sentido para baixo) b) FS > FQ pois P – FQ = Fcp = FS – P 41) C 42)A 43) C 44) D 45) A 53) a) VA = 2VB e aA = 2aB b) 54) a) b) 55) A 56) E 57) a) M � 1,5 . 1040 kg b) V = 8,0 . 104 m/s 58) a) 2,5Mg b) 2 c) 2,5Hz 59) a) 0,252N b) 0,070kg c) 60) a) b) O peso aparente diminuiu. 61) B 62) A 63) D 64) D V2 ––– R m V2 ––––– R m V2máx ––––––– R m V2máx ––––––– R Vmáx = ���� � g R T2 3 –––– = ––– T1 2 g � = ������–––––––L cos � L cos � T = 2π ������–––––––g g � = ���–––R R – h Pap = mg �––––––� R 28 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 28 1. Conceitos de energia e trabalho Conceitua-se energia como aquilo que nos capacita a realizar tarefas, tais como: levantar um corpo, arre - messar uma pedra, subir uma escada, preparar alimentos, movimentar um carro etc. A energia necessária para realizar as tarefas é pro ve - niente de algum combustível, como, por exemplo: car - vão, gasolina, alimentos etc. A energia pode manifestar-se sob diversas modali - dades: a energia mecânica (do tipo potencial e do tipo cinética), a energia elétrica, a energia química, a energia térmica, a energia radiante etc. A energia pode transferir-se de um corpo para outro ou ainda pode transformar-se de uma modalidade em outra. Para se medir a energia mecânica transferida ou trans - formada com o conhecimento da força utilizada e do deslocamento do corpo, usamos o conceito de trabalho. Assim: O homem não consegue empurrar a pedra, o trabalho é nulo. O homem consegue empurrar o arquivo; há energia mecânica transferida e, portanto, realização de trabalho. Exemplo Quando erguemos um corpo, o trabalho realizado pe - las nossas forças musculares é medido pela energia mecânica transferida para o corpo. Quando um corpo está em queda livre, o trabalho rea li zado pelo seu peso é medido pela energia mecânica transformada, isto é, pela energia me cânica potencial que se transforma em energia mecâ nica cinética. Quando a força de atrito é usada para deter um corpo em movimento, o trabalho do atrito é medido pela ener gia transformada da forma mecânica para a forma térmica. A energia pode ainda ser transferida de um corpo pa - ra outro por outros meios que não o trabalho, co mo, por exemplo, pelo calor e pelas ondas eletro mag néticas. 2. Definição de trabalho Vamos definir trabalho para o caso particular de uma força constante → F aplicada a uma partícula que descreve uma trajetória qualquer entre uma posição inicial (ponto A) e uma posição final (ponto B). Trabalho é uma medida da energia mecânica trans fe rida ou transformada por uma força. 29 Quando uma nave está em órbita circular em torno do centro da Terra, a força gravitacional faz o papel de resultante centrípeta e seu trabalho é nulo. TRABALHO Mecânica 3 CAPÍTULO P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 29 Seja � o ângulo formado entre a força constante → F e o deslocamento → d. Define-se trabalho realizado pela força → F, entre os pontos A e B, pela relação. Notas a) Todas as manifestações de energia, inclusive o tra - balho, são grandezas escalares. b) O trabalho de uma força constante não depende da trajetória entre os pontos A e B. c) A força → F é apenas uma das forças atuantes no corpo; não é a única nem é a força resultante. Isto significa que podemos aplicar a definição apre sentada para cada uma das forças constantes que atuam na partícula. d) Quando a força não for constante, a definição de tra balho é mais complicada e é feita com recursos de Ma - temática superior. e) Quando o trabalho de uma força (constante ou variável) não depende da trajetória, a força é denominada conservativa. f) O valor | → F | cos � representa a projeção da for - ça → F na direção do deslocamento e, portanto, pode mos es crever: g) O valor | → d | cos � representa a projeção do des - lo camento na direção da força e, portanto, pode mos es - crever: h) No caso em que o trabalho está medindo a energia mecânica transferida, o sinal do trabalho é inter pretado como se segue: h1) Quando a força → F cede energia mecânica à par tícula, o trabalho realizado é computado como positivo (cos � > 0); neste caso, a for- ça → F “favorece” o deslocamento da partí cula. h2) Quando a força → F retira energia mecâni ca da partícula, o trabalho realizado é computa do como negativo (cos � < 0); neste caso, a for - ça → F “se opõe” ao deslocamento da partí cula. 3. Unidade e dimensões de trabalho Da definição de trabalho, temos: a) uni [ ] = uni [ → F ] . uni [ → d ] . uni [cos �] No SI, temos: unidade [ → F ] = newton (N) unidade [ → d ] = metro (m) cos � não tem unidade (adimensional) Logo: b) [ ] = [ → F ] [ → d ] [cos �] Para o sistema MLT, temos: [ → F ] = MLT –2 [ → d ] = L [ cos � ] = M0L0T0 (adimensional) Assim: [ ] = MLT–2 . L ⇒ Nota: Qualquer manifestação de energia terá as mes - mas dimensões e a mesma unidade de traba lho. 4. Trabalho do peso Calculemos o trabalho do peso, no caso de uma par - tícula que se desloca de um ponto A (nível mais elevado) para um ponto B (nível mais baixo), com desnível H. Sendo → P o peso e → d o deslocamento de A para B, o trabalho do peso, calculado pela definição, será dado por: p = | → P | | d | cos � [ ] = ML2 T–2 unidade [ ] = newton . metro = N . m = joule (J) AB = | → F | . proj → d AB = | → d | . proj → F AB = | → F | | → d | cos � 30 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 30 Da figura, obtemos: H cos � = ––––– ⇒ | → d | cos � = H | → d | Segue-se que: Observe que o trabalho do peso não depende da par - ti cular trajetória entre os pontos A e B. (O peso é uma força conservativa.) Se o deslocamento fosse de B para A, o ângulo entre → P e → d seria � = 180 – �. Sendo cos � = – cos �, o trabalho do peso entre B e A é dado por: Portanto, no movimento de queda, o peso realiza tra balho positivo (favorece a queda) e, na subida, trabalho negativo (opõe-se à queda). 5. Trabalho nulo De acordo com o exposto como conceito de “TRA - BALHO”, concluímos que o trabalho é nulo quando a força não transfere nem transforma energia mecânica. Analisando a relação que define matematicamente o trabalho, constatamos que o trabalho será nulo em três casos: Esse caso é mais evidente e intuitivo, pois a força é exatamente o veículo que realizará o trabalho. Muitas vezes, exercemos uma força, mas não há des - lo camento, o que significa que houve uma tentativa de realizar o trabalho, que, porém, não se consumou, porque não ocorreu a transferência ou transformação de energia mecânica. Assim, por exemplo, quando empurramos um carro parado e esse carro não sai do lugar, há uma força exer - cida, porém não há trânsito nem transformação de ener - gia mecânica, pois o carro não se deslocou,isto é, não es - tá havendo trabalho. Esse é o caso menos intuitivo. Procuremos justificá-lo, tomando como exemplo a força centrípeta. Sabemos que a força centrípeta é sempre perpen dicu - lar à trajetória e, portanto: Tentemos entender fisicamente por que a força centrípeta não realiza trabalho: sabemos que, quando a força centrípeta age sobre um ponto material, ela apenas varia a direção de sua velocidade, sem, contudo, mudar o módulo de sua velocidade. É intuitivo que a quanti - dade de energia mecânica do ponto material de pende do módulo e não da direção de sua velo cidade, mesmo porque a energia é uma grandeza escalar que independe do conceito de direção. Como a força centrípeta altera apenas a direção da velocidade vetorial, então: O que foi exposto significa que a força centrípeta não transfere energia mecânica para o ponto material e, portanto, não realiza trabalho. A força gravitacional aplicada pela Terra e que mantém o satélite em órbita circular é uma força do tipo centrípeta e, portanto, não realiza trabalho. Outro exemplo: quando uma partícula se desloca horizontalmente, as forças verticais, como, por exemplo, o peso e a reação normal de apoio, não realizam trabalho. A força centrípeta não modifica a quantidade de energia mecânica do ponto material. A força centrípeta nunca realiza trabalho. p = – mg H p = mg H 31 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 31 1. Um bloco de peso 10N está em movimento sobre um plano hori - zontal, no sentido da esquerda para a direita. No esquema, estão representadas as forças que atuam no bloco. São dados | → F1 | = 10,0N; | → F2 | = 2,0N. Calcule o trabalho que cada uma das forças realiza em um deslocamento de 5,0m. Resolução 1) O peso → P e a força de reação normal do plano → FN são per pen - diculares ao deslocamento (� = 90o e cos � = 0) e, portanto, não realizam trabalho. 2) O trabalho de → F1 é dado por: �F1 = | → F1 | | → d | cos 60o �F1 = 10,0 . 5,0 . 0,50 (J) ⇒ 3) O trabalho de → F2 é dado por: �F2 = | → F2 | | → d | cos 180° �F2 = 2,0 . 5,0 . (–1) (J) ⇒ Respostas: �p = �FN = 0; �F1 = 25,0J; �F2 = –10,0J 2. (FUVEST) – Uma partícula de massa 20kg, partindo do repouso, está sujeita à ação exclusiva de duas forças constantes, → F1 e → F2, perpendiculares entre si e de intensidades respectivamente iguais a 6,0N e 8,0N, que atuam durante 4,0s. a) Calcule os trabalhos realizados por → F1 e → F2. b) Mostre que o trabalho da força resultante é igual à soma dos trabalhos de → F1 e → F2. Resolução 1) A intensidade da força resultante → F é dada por: F2 = F2 1 + F2 2 F2 = 36,0 + 64,0 = 100,0 ⇒ 2) A aceleração da partícula terá módulo a dado pela 2.a Lei de Newton: F = ma 10,0 = 20a ⇒ 3) A partícula terá trajetória retilínea, na direção de → F, e seu mo - vi mento será uniformemente variado com aceleração escalar �, tal que: O deslocamento → d terá módulo dado por: | → d | = V0 t + t 2 | → d | = (4,0)2 (m) ⇒ 4) Da figura, temos: cos � = = = 0,80 cos � = = = 0,60 5) Os trabalhos de → F1 e → F2 serão dados por: �F1 = | → F1 | | → d | cos � �F1 = 6,0 . 4,0 . 0,60 (J) ⇒ �F2 = | → F2 | | → d | cos � �F2 = 8,0 . 4,0 . 0,80 (J) ⇒ 6) O trabalho da força resultante → F é dado por: �F = | → F | | → d | cos 0° �F = 10,0 . 4,0 . 1 (J) ⇒ Portanto: �F1 + �F2 = 14,4J + 25,6J = 40,0J 3. (UFSE) – Um corpo de massa m é colocado sobre um plano incli - na do de ângulo � com a horizontal, num local onde a ace le ração da gravidade tem módulo igual a g. Enquanto escorrega uma dis - tância d, descendo ao longo do plano, o trabalho do peso do corpo é: a) m g d sen � b) m g d cos � c) m g d d) – m g d sen � e) – m g d cos � Resolução O trabalho do peso é dado por: �P = | → P | | ⎯→ AB | cos � �F1 + �F1 = �F �F = 40,0J �F2 = 25,6 J �F1 = 14,4 J 6,0 –––– 10,0 F1––– F 8,0 –––– 10,0 F2––– F | → d | = 4,0 m 0,50 –––– 2 a ––– 2 � = a = 0,50 m/s2 a = 0,50m/s2 F = 10,0N �F2 = –10,0J �F1 = 25,0J 32 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 12:42 Página 32 7. (UFAM) – Um bloco está inicialmente em re pouso no ponto A de uma superfície horizontal. So bre este bloco, aplica-se uma força constante F, cu jas componentes valem Fx = 15N e Fy = 10N, como mos tra a figura. Qual o trabalho realizado por esta força, quando o bloco se deslocar horizontalmente do pon to A para o ponto B, sabendo-se que a distância entre eles vale d = 2,0m? a) 10J b) 15J c) 20J d) 30J e) 50J 8. (UNIFESP) – Na figura estão representadas duas situações físicas cujo objetivo é ilustrar o conceito de trabalho de forças conser - vativas e dissipativas. Em I, o bloco é arrastado pela força → F sobre o plano horizontal; por causa do atrito, quando a força → F cessa, o bloco para. Em II, o blo - co, preso à mola e em repouso no ponto O, é puxado pela força → F sobre o plano horizontal, sem que sobre ele atue nenhuma força de resistência; depois de um pequeno deslocamento, a força cessa e o bloco volta, puxado pela mola, e passa a oscilar em torno do ponto O. Essas figuras ilustram: a) I: exemplo de trabalho de força dissipativa (força de atrito), para o qual a energia mecânica não se conserva; II: exemplo de trabalho de força conservativa (força elástica), para o qual a energia mecânica se conserva. 33 Porém: | → P | = mg | ⎯→ AB | = d cos � = sen � (ângulos complementares) Portanto: Observe que d sen � = H e também podemos escrever: Resposta: A 4. Uma partícula de massa 3,0kg descreve uma trajetória circular de raio 2,0m com velocidade escalar constante de 4,0m/s. a) Qual a intensidade da força resultante na partícula? b) Qual o trabalho realizado por esta força resultante? Justifique sua resposta. Resolução a) Sendo o movimento circular e uniforme, a força resultante é centrípeta e sua intensidade é dada por: mV2 Fcp = ——-R 3,0 (4,0)2 Fcp = ————- (N) ⇒2,0 b) A força resultante centrípeta é normal à trajetória e, portanto, seu trabalho é nulo. Respostas: a) 24 N b) zero 5. (UEL-PR-MODELO ENEM) – Usam-se ferramentas e utensílios mecânicos adaptados para diminuir o esforço muscular em muitas situações. A diminuição desse esforço pode levar ao en - tendimento errôneo de que o trabalho físico também é menor. Para que a diminuição de tal esforço seja compensada e o trabalho físico realizado mantenha-se no mesmo valor, qual gran - deza deve aumentar seu valor? a) O deslocamento. b) A força de atrito no sistema. c) O coeficiente de atrito. d) O valor da massa da ferramenta. e) A potência. Resolução = F . d Para haver conservação de trabalho, quando a força é dividida por n, o deslocamento fica multiplicado por n. Resposta: A 6. (UFRRJ-MODELO ENEM) – Um funcionário de uma transpor ta - dora, dese jan do colocar várias caixas na carroceria de um caminhão, desenvolve um dispositivo que consiste numa rampa de madeira apoiada na extremidade do veículo, conforme ilustra a figura. A altura da carroceria em relação ao solo é igual a 1,0 m, e o funcio ná rio aplica a cada caixa uma força constante de intensidade 60 N, paralela à rampa. Se considerarmos que cada caixa tem massa igual a 30 kg, que o coeficiente de atrito da caixa com a rampa vale 0,20 e que a extensão da rampa é de 2,0 m, calcule o trabalho F realizado pela força aplicada à caixa e o trabalho at realizado pela força de atrito. Adote g = 10m/s 2 Os valores de F e at são dados respectivamente por: a) 120J e –60J b) 120J e 60��3J c) 120J e –60��3 J d) 60J e –120J e) 60J e –60��3 J Resolução a) F = → F → d cos 0° F = 60 . 2,0 . 1 (J) ⇒ b) Fat = � P cos � Fat = 0,20 . 300 . (N) ⇒ Fat = 30���3 N at = → Fat → d cos 180° at = 30���3 . 2,0 (–1) (J) Resposta: C Fcp = 24N p = mg H p = mg d sen � F = 120 J ���3 –––– 2 at = – 60���3 J P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 33 b) I: exemplo de trabalho de força dissipativa (força de atrito), para o qual a energia mecânica se conserva; II: exemplo de trabalhode força conservativa (força elástica), para o qual a energia mecânica não se conserva. c) I: exemplo de trabalho de força conservativa (força de atrito), para o qual a energia mecânica não se conserva; II: exemplo de trabalho de força dissipativa (força elástica), para o qual a energia mecânica se conserva. d) I: exemplo de trabalho de força conservativa (força de atrito), para o qual a energia mecânica se conserva; II: exemplo de trabalho de força dissipativa (força elástica), para o qual a energia mecânica não se conserva. e) I: exemplo de trabalho de força dissipativa (força de atrito); II: exemplo de trabalho de força conservativa (força elástica), mas em ambos a energia mecânica se conserva. 9. (UFSCar-SP) – Quino, criador da personagem Mafal da, é também co nhe cido por seus quadrinhos re pletos de humor cho cante. Aqui, o executivo do al to escalão está prestes a cair em uma ar - madilha fatal. Considere que • o centro de massa do tubo suspenso, relativamente à parte inferior do tubo, está localizado a uma distância igual à altura da cartola do executivo; • a distância do centro de massa do tubo até o topo da cartola é 3,2 m; • a vertical que passa pelo centro de massa do tubo passa também pela cabeça do executivo; • o tubo tem massa de 450 kg e, durante uma queda, não sofreria ação significativa da resistência do ar, descendo com aceleração de módulo 10 m/s2; • comparativamente à massa do tubo, a corda tem massa que se pode considerar desprezível. a) Após esmagar a cartola, sem resistência signi fica tiva, com que velocidade escalar, em m/s, o tubo atin giria a cabeça do executivo? b) Para preparar a armadilha, o tubo foi içado a 5,5m do chão pela própria corda que posteriormente o sustentou. Determine o trabalho, em J, realizado pela força peso na ascensão do tubo. Dê a resposta com notação científica e usando dois algarismos significativos. 10. (MACKENZIE) – Sobre uma mesa horizontal, um pequeno corpo de massa m, ligado à extremidade de um fio ideal que tem a outra ponta fixa no ponto O, descreve um movimento circular uniforme de velocidade angular �, velocidade tangencial →v, frequência f e raio R. O trabalho ( ) reali zado pela força de tração no fio em 1/4 de volta vale a) zero b) c) m d) m e) m 11. (VUNESP) – Um jovem exercita-se numa academia andando e mo vimentando uma esteira ro lan te horizontal, sem mo tor. Um dia, de acordo com o medidor da esteira, ele andou 40 minutos com ve locidade constante de módulo igual a 7,2km/h e consumiu 300 qui localorias. a) Qual a distância percorrida pelo jovem em relação à esteira? Qual o des lo camento do jovem em relação ao solo terrestre? b) Num esquema gráfico, represente a esteira, o sen ti do do mo - vimento da esteira, o jovem e a força → F que ele exerce sobre a esteira para movimentá-la. Admitindo-se que o con sumo de energia assinalado pe la esteira é o trabalho realizado pelo jovem para mo vi mentá-la, determine o módulo dessa força, su pos ta constante. Adote 1,0 cal = 4,0 J. 12. (VUNESP-FMCA) – Um móvel de 100kg en contra-se em uma superfície hori - zontal, na qual o coeficien te de atrito entre o móvel e a superfície é 0,50. Aplica-se a ele uma força cons tante de módulo 250N que forma um ângulo de 37° com o deslo ca mento. O trabalho realizado pela força de atrito em um percurso de 10m foi, em módulo, de a) 600J b) 800J c) 1 000J d) 3 500J e) 4 250J Dados: g = 10 m/s2; sen 37° = 0,60; cos 37° = 0,80 13. (UFSCar-SP-MODELO ENEM) – A plaina é uma ferramenta es - sen cial do marce neiro, utili zada desde o preparo inicial da madeira até retoques finais de um trabalho. Uma plaina consta basi ca - mente de um corpo de aço sobre o qual estão montados três apoios: um, em forma de bola, opcionalmente utilizado pelo marceneiro para guiar a ferramenta durante o corte; outro, para o posiciona mento e fixação da lâmina de corte; o terceiro, suave - mente inclinado, para que o marceneiro, ao empurrar a ferra menta para frente, exerça automatica mente uma força transversal. Desejando desbastar as laterais de uma prancha retangular de 3,4m de comprimento, o marceneiro a afixa à sua bancada horizontal e, a partir de uma de suas extremidades, inicia a passagem da plaina. Se o ângulo entre a direção de aplicação da força e a direção em que a plaina irá deslocar-se é de 37°, e se devido à prática o marceneiro mantém uma força cons tante de intensidade 10 N, determine o trabalho total realizado pela mão do marceneiro em uma passada da plaina por toda a extensão da prancha. Dados: sen 37° = 0,6; cos 37° = 0,8. a) 34,0J b) 27,2J c) 20,4J d) 16,0J e) zero πR� ––––– 4 � ––– 4R �2 ––– 4 � ––– 4R 34 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 34 6. Teorema da energia cinética ou das forças vivas (TEC) O teorema da energia cinética é um dos teoremas mais importantes na Física Clássica. Esse teorema permite o cálculo do trabalho total de todas as forças presentes em um sistema, sejam elas forças conservativas (que não dissipam energia nobre) ou dissipativas (que transformam outro tipo de energia, chamada energia nobre, em térmica), forças externas ou internas ao sistema. Enunciado: O trabalho total de todas as forças atuantes em um sistema físico (internas e externas) é dado pela va - riação da energia ci né tica do sistema. 35 14. (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) – Uma jovem, em uma academia de ginástica, anda sobre uma esteira rolante horizontal que não dispõe de mo tor, com velocidade constante de módulo 5,4 km/h e, em 7,0 minutos, são consumidas 36 kcal. Admitindo- se que o consumo de energia pela esteira é devido ao trabalho da força que a jovem aplica sobre ela para movimentá-la, a intensidade dessa força, supostamente constante, é de: a) 60 N b) 120 N c) 180 N d) 240 N e) 300 N Adote: 1 cal = 4,2 J 15. (VUNESP-MODELO ENEM) – O atrito entre a espada e a pedra de amolar realiza um trabalho que surte em aquecimento da lâmina de aço. Se o coeficiente de atrito entre a lâmina e a pedra tem valor 0,2 e a força de reação normal sobre a lâmina tiver módulo constante de 200 N, a energia térmica dissipada no decorrer de 20 voltas completas da pedra de amolar é, em J, a) 1440 b) 1320 c) 1260 d) 1110 e) 1060 Dados: = 3; raio da pedra de amolar = 0,3 m 16. (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – Es ti - ma-se que de cada 100 litros (ou 100%) de gasolina colocados num automóvel (veja o esquema), 62% são usados no motor de combustão interna (MCI) ao transformar a energia química da gasolina em energia mecânica; 17% são perdidos nas paradas dos semáforos, congestionamentos etc. Assim, sobraram 21%. Desse valor, 2% são gastos com ar-condicionado, motor de lim - pador de para-brisa, rádio etc; 6% com o atrito nos diferentes ti - pos de transmissão necessários para movimentação do auto - móvel. Vejam que perda! De cada 100 litros que compramos, apenas 13 são usados para girar os pneus do automóvel. Infe - lizmente, nem toda esta energia é usada, pois 4% são perdidos no atrito cinético dos pneus com o solo e 2% pela resistência do ar quando o automóvel se movimenta, sobrando somente 7% para a movimentação do au to móvel. Dessa maneira, o automóvel é uma máquina pouco efi ciente. O valor de 17% pode ser bastante reduzido pela maneira de dirigir e pelo local, como estradas, ruas com pouco trânsito etc. Adaptado de (http://www.fueleconomy.gov/feg/atv.shtml Aproximando-se a energia química contida em um litro de gasolina para 30 x 106 J e considerando-se que um automóvel típico (Uno Mille, por exemplo) faz cerca de 15 km/� na estrada, sabendo-se, ainda, que apenas 13% da energia gerada no MCI vai para os pneus, pergunta-se: qual o módulo da força média feita pelos pneus no asfalto para manter o automóvel com velocidade constante durante os 15 km em uma trajetória retilínea em um plano hori zon tal ? a) 240 N b) 260 N c) 390 N d) 450 N e) 585 N 17. (ETEC-SP-MODELO ENEM) – Com o auxílio de um guindaste, uma plataforma de massa 5kg é utilizada para erguer, desde o solo até a altura de 5m, a atrizque será destaque de um dos carros alegóricos da escola de samba Unidos da Lua Cheia, cuja fantasia tem massa de 25 kg. Se o trabalho que o peso do conjunto atriz+fantasia+plataforma realiza durante esse deslocamento tiver módulo igual a 4 500 J, a massa da atriz será, em kg, igual a a) 90 b) 75 c) 60 d) 55 e) 40 18. (VUNESP-MODELO ENEM) – Na sala de raios X, a mesa em que deitam os pacien tes é movida mecanicamente sobre roletes. O movimento se dá em torno de dois eixos horizontais x e y. Ao deslocar-se um paciente de peso 1000 N por um distância de 0,3m em direção a x e 0,4 m em direção a y, o trabalho realizado nesse deslocamento pelo peso do paciente é, em J, a) 0 b) 0,1 c) 0,3 d) 0,4 e) 0,5 19. (UEMA-MODELO ENEM) – De acordo com a figura abaixo, um menino utiliza uma prancha de madeira não polida para se movimentar sobre a superfície de um morro de areia. Ele parte do repouso no ponto A e alcança o ponto B com velocidade de módulo v. Admitindo-se que a massa do sistema menino-prancha é igual a 50kg e o coeficiente de atrito cinético entre a prancha e a superfície do morro é de 0,50, determine o trabalho total realizado sobre o sistema menino-prancha de A até B. Considere: sen � = cos � ≈ 0,70, g = 10m/s2 e despreze a resis - tên cia do ar. a) 2,0kJ b) 2,5kJ c) 3,5kJ d) 5,0kJ e) 7,5kJ Dado: g = 10 m/s2 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 35 A demonstração do teorema será feita para o caso particular de uma partícula em trajetória retilínea sob a ação de uma força resultante constante. Seja V0 a velocidade escalar inicial e V a velocidade escalar após o deslocamento de módulo igual a d. Seja m a massa do ponto material e F a intensidade da força resultante. O trabalho da força → F será dado por: (1) Note que � = 0 e cos � = 1. Do Princípio Fundamental da Dinâmica, obtemos: F = m . � (2) e, da expressão de Torricelli: V2 = V 0 2 + 2 � d (3) Tirando o valor de d em (3), temos: V2 – V 0 2 d = ––––––––– (4) 2� Substituindo (2) e (4) em (1), obtemos: (V2 – V 0 2 ) = m . � –––––––––– ou ainda: 2� A grandeza é denominada energia cinética da partícula e, portanto: o que demonstra o teorema. Observação A grandeza mV2, que representa o dobro da energia cinética, é chamada impropriamente de força viva e, por isso, o teorema da energia cinética pode ser também cha - mado de teorema das forças vivas e enun ciado assim: 7. Trabalho no levantamento de um corpo Consideremos um corpo de peso P, em repouso em um ponto A. Deseja-se transportar esse corpo para um ponto B situado a uma altura H acima do ponto A. Sendo a velo - cidade no ponto B igual a zero, deseja-se obter o trabalho realizado pela força motriz que transportou o corpo, não se considerando a presença de forças dissi pativas. No deslocamento de A para B, atuam sobre o cor po duas forças: seu peso → P e a força motriz → F. De acordo com o teorema da energia cinética, a soma dos trabalhos de → P e → F é igual à variação da energia cinética do corpo. F + P = �Ecin Como vA = vB = 0, obtemos �Ecin = 0 e portanto: F + � = 0 e F = – p Como P = – PH (na subida, o trabalho do peso é ne - gativo), temos: Note-se que o trabalho da força motriz ( F) não depende a) da trajetória descrita entre A e B; b) do tempo de trajeto; c) do tipo de força motriz. F = PH O trabalho total de todas as forças atuantes em um sistema físico (internas e externas) é dado pela se - miva riação das forças vivas. = Ecin. final – Ecin. inicial mV2 –––– 2 mV2 mV 0 2 = –––––– – –––––– 2 2 = F . d 36 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 36 8. Método gráfico para calcular o trabalho Das componentes da força resultante → F, apenas a componente tangencial → Ft realiza trabalho, pois a com- ponente centrípeta → Fcp , por ser perpendicular à trajetó ria, não realiza trabalho, isto é, não transfere nem trans forma energia mecânica. Admitamos que a componente tangencial da força re sultante tenha intensidade constante (movimento uni - formemente variado) e construamos o diagrama cartesia - no da intensidade da força tangencial Ft em função do espaço s. Se calcularmos a área hachurada do gráfico, teremos: A propriedade apresentada foi demonstrada para um caso particular, pois admitimos que a componente tan - gen cial da força resultante tivesse intensidade constante, porém a conclusão obtida vale, mesmo que a intensidade de → Ft seja variável: Notas 1) Quando a trajetória é retilínea, a força resultante se reduz à sua componente tangencial e a propriedade pode ser enunciada assim: 2) Quando o movimento é progressivo (espaço cres - cente), temos: a) Se Ft > 0 (gráfico acima do eixo dos espaços), a componente tangencial da resultante tem o mesmo sen tido do movimento e o seu trabalho é positivo (movi mento acelerado). b) Se Ft < 0 (gráfico abaixo do eixo dos espaços), a componente tangencial da resultante tem sen - tido opos to ao do movimento e o seu trabalho é negativo (movi mento retardado). 1 N= A1 } 2 N= –A2 3) Quando o movimento é retrógrado (espaço de - cres cente), temos: a) Se Ft > 0, o movimento é retardado e o trabalho é negativo. b) Se Ft < 0, o movimento é acelerado e o trabalho é positivo. 4) O método gráfico de calcular o tra balho tam bém pode ser usado se pa radamente para cada for ça que age no corpo, usando, obviamente, o valor algé brico da com - ponente tangencial desta força. total = 1 + 2 N= A1 – A2 No gráfico do valor algébrico da força resultante, em função do espaço, a área sob o gráfico mede o tra balho realizado. No gráfico do valor algébrico da componente tan - gen cial da força resultante, em função do espaço, a área sob o gráfico mede o trabalho da força re - sul tante. Área N= Ft . �s = F 37 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 37 20. (UERJ-MODELO ENEM) – Suponha que o coração, em regime de baixa atividade física, consiga bombear 200g de sangue, fazendo com que essa massa de sangue adquira uma velocidade de módulo 0,3m/s e, com o aumento da atividade física, a mesma quan tidade de sangue atinja uma velocidade de módulo 0,6m/s. O trabalho realizado pelo coração, decorrente desse aumento de atividade física corresponde a a) 2,7 . 10–2J b) 2,7 . 10–1J c) 3,6 . 10–1J d) 2,7J e) 3,6J Resolução TEC: = �EC = (V 2 – V0 2) = [(0,6)2 – (0,3)2] (J) ⇒ = 0,1 . (0,36 – 0,09) (J) = 0,1 . 0,27 (J) ⇒ Resposta: A 21. (INATEL-MODELO ENEM) – A violência que atinge o País levou ao desenvolvimento de diferentes formas de proteção, especial - mente por parte da classe média, que também passou a ser vítima da violência no trânsito. A blindagem de carros populares e o uso do vidro antivandalismo estão entre as opções de proteção. De 1995 a 2001, a produção/ano de carros blindados no país teve um crescimento de 1.106%, segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). No nível mais seguro de blindagem auto rizado (III), um vidro de blindagem automotivo (vidro balístico) tem espessura de aproximadamente 20mm e deve resistir ao impacto de um projétil de 10g disparado com uma velocidade de módulo 400m/s. Determine a intensidade da força média de resistência oposta, pelo vidro, à penetração do projétil para pará-lo. a) 10 kN b) 20 kN c) 30 kN d) 40 kN e) 50 kN Resolução Aplicando-se o TEC, vem: F = �Ecin Fm . d . cos 180 o = 0 – Fm . 20 . 10 –3 . (–1) = Fm = (N) ⇒ Resposta: D 22. Considere um trilho com atrito e um pequeno bloco partindo do repouso em A de uma altura H = 2,0m e deslizando até o ponto B, ao qual chega com velocidade de módulo igual a 6,0m/s. O bloco tem massa de 1,0kg e adota-se g = 10m/s2. Determine o trabalho do peso P, o trabalho da reação normal do trilho N, o trabalho do atrito at e o trabalho da força resultante R. Resolução a) O trabalho do peso P é dado por: P = PH = mgH P = 1,0 . 10 . 2,0J ⇒ b) O trabalho da reação normal de apoio N é sempre nulo, por - que a reaçãonormal é perpendicular à trajetória. c) O trabalho da força resultante é dado pelo teorema da energia cinética. m V B 2 m V A 2 R = �Ecin = –––––– – ––––––2 2 1,0 . 36 R = ––––––– J ⇒2 d) O trabalho da força de atrito é dado pela expressão: R = P + N + at 18J = 20J + 0 + at ⇒ at = –2J Respostas: p = 20J ; N = 0 ; at = –2J ; R = 18J. 23. Um bloco de peso 5,0N, partindo do repouso na base do plano, sobe uma rampa, sem atrito, sob a ação de uma força horizontal constante e de intensidade 10,0N, conforme mostra a figura. Qual a energia cinética do bloco, quando atinge o topo do plano? Resolução O cálculo da energia cinética adquirida pelo corpo será feito pelo teorema da energia cinética (TEC) e, portanto, precisamos calcular o trabalho de todas as forças atuantes no corpo. Fm = 4,0 . 10 4 N 10 . (400)2 —––––––– 40 –10 . 10–3 . (400)2 —––––––––––––– 2 m V0 2 —––– 2 = 2,7 . 10–2J 0,2 ––– 2 m ––– 2 R = 18J N = 0 P = 20J 38 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 38 1) Trabalho da força → F Como → F é constante, temos: Porém: | → F | = 10,0N e | ⎯→ AB | cos � = 8,0 m Portanto: F = 10,0 . 8,0 (J) ⇒ 2) Trabalho do peso Sendo o movimento de subida, o trabalho do peso é negativo e é dado por: Porém: P = 5,0 N e H = 6,0m Portanto: p = – 5,0 . 6,0 (J) ⇒ p = – 30,0J 3) Trabalho da reação normal de apoio A força de reação normal do apoio não realiza trabalho por ser perpendicular ao deslocamento (� = 900 e cos � = 0). Aplicando o teorema da energia cinética: F + p + N = EcinB – EcinA 80,0 – 30,0 = EcinB ⇒ Resposta: 50,0J 24. O gráfico a seguir representa a intensidade da força resultante em um ponto material, em trajetória retilínea, em função da distância por ele percorrida. Qual o valor aproximado do trabalho realizado pela força entre d1 = 0 e d2 = 7,0m? Resolução O trabalho é dado pela área sob o gráfico e esta é estimada con - tando-se o número de quadradinhos hachurados e observan do-se que cada quadradinho corresponde a um trabalho de 1,0J. Na fi - gura, representamos 24 quadradinhos completos e as frações de quadradinho correspondem, aproximadamente, a mais 4 quadra - di nhos. Portanto: Resposta: 28J 25. (FEI) – Uma partícula de massa 2,0kg desloca-se ao longo de um eixo Ox, sob ação de uma força resultante → F que tem a mesma orientação do eixo Ox e intensidade variando com a posição, con - for me o gráfico a seguir. Sabe-se que na posição x1 = 0, a velocidade escalar da partícula é de ���10 m/s. Determine a) o trabalho realizado pela força → F entre as posições x1 = 0 e x2 = 3,0m; b) a velocidade escalar da partícula na posição x2 = 3,0m. Resolução a) Cálculo do trabalho realizado. O trabalho pode ser medido pela área sob o gráfico F = f(x): 3,0 . 10 [ ] 0 3 = [ Área ] 0 3 = –––––––– (J) 2 b) Cálculo da velocidade escalar. A velocidade escalar adquirida pelo corpo pode ser calculada pelo teorema da energia cinética: m V 3 2 m V 0 2 [ ] 0 3 = –––––– – –––––– 2 2 2 2 15 = ––– V 3 2 – ––– . 10 2 2 V 3 2 = 25 ⇒ Respostas: a) 15J b) 5m/s 26. Uma partícula, em trajetória retilínea, está sob a ação de uma for - ça resultante → F, sempre no mesmo sentido, e cuja intensidade é dada, em função da distância à origem dos espaços, pelo gráfico a seguir, em forma de um quadrante de circunferência. F = 80,0J F = | → F | | ⎯→ AB | cos � p = – P H total = �Ecin � 28 J EcinB = 50,0J [ ] 0 3 = 15 J V3 = 5m/s 39 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 39 A variação de energia cinética da partícula entre as posições d = 0 e d = 20m a) vale 50J; b) vale 25π J; c) vale 50π J; d) vale 100π J; e) não pode ser calculada por falta de dados. Resolução A variação de energia cinética é medida pelo trabalho, que é calculado pela área sob o gráfico força x distância. A área em questão é a área de um quarto de círculo � π R2�, po - rém, como o módulo de representação das escalas é diferente, escrevemos: N= π R1 R2 = π 10. 20 (J) ⇒ Resposta: C = 50π J 1 ––– 4 1 ––– 4 1 ––– 4 N = área (F x d) 40 27. (FEI-SP) – Um automóvel de massa m = 2,0 t está movimen tando-se com velocidade escalar cons tante v = 72,0 km/h. Ao avistar um sinal vermelho, o motorista aciona os freios e para perto da faixa de pedestres. Sabendo-se que as rodas travaram ao acionar os freios e que o coeficiente de atrito dinâ mi co entre as rodas e o solo é � = 0,2, a distância que o automóvel percorre desde o instante em que o moto rista aciona os freios até parar vale: a) 50m b) 75m c) 80m d) 100m e) 200m 28. (FUVEST-SP) – Um corpo de massa m des li za sobre um plano horizontal, sendo �C o coeficiente de atrito cinético entre o corpo e a superfície. No instante inicial, a magnitude da velocidade é v e, após percorrer uma distância d, a magnitude da velocidade é reduzida à metade do valor inicial. Nessas condições, o coeficiente de atrito cinético �C, em termos de v, d e do módulo da aceleração da gravidade g, é a) b) c) d) e) 29. (UNIFESP) – Em um acidente de trânsito, uma testemunha deu o seguinte depoimento: A moto vinha em alta velocidade, mas o semáforo estava vermelho para ela. O carro que vinha pela rua transversal parou quando viu a moto, mas já era tarde; a moto bateu violentamente na lateral do carro. A traseira da moto levantou-se e seu piloto foi lançado por cima do carro. A perícia supôs, pelas características do choque, que o motociclista foi lançado horizontalmente de uma altura de 1,25m e caiu no solo a 5,0m do ponto de lança mento, medidos na horizontal. As marcas de pneu no asfalto plano e horizontal mos - tra ram que o moto ci clista acionou bruscamente os freios da moto, tra vando as rodas, 12,5m antes da batida. Após análi se das informações coletadas, a perícia concluiu que a moto deveria ter atingido o carro com uma veloci da de de módulo 54km/h (15m/s). Considerando-se g = 10 m/s2 e o coeficiente de atrito en tre o asfalto e os pneus 0,7, determine a) o módulo da velocidade de lançamento do motoci clis ta, em m/s; b) o módulo da velocidade da moto antes de começar a frear. 30. (ITA-SP) – Equipado com um dispositivo a jato, o homem-foguete da figura cai livremente do alto de um edifício até uma altura h, on - de o dispositivo a jato é acionado. Consi dere que o dispositivo forneça uma força vertical para cima de intensidade constante F. Deter mine a altura h para que o homem pouse no solo com velocidade nula. Expresse sua resposta como função da altura H, do módulo da força → F, da massa m do sistema ho mem-fogue te e do módulo da aceleração da gravida de g, desprezando-se a resistên cia do ar e a alteração da mas sa m no acionamento do dis positivo. 31. Uma força constante F → , de direção vertical e in ten si da de 30N, atua sobre um corpo de massa 1,0kg, ini ci almente em repouso, elevando-o a uma altura de 3,0m. Nesta posição final, a energia cinética do cor po é de 40J. Adotando-se g = 10m . s–2, calcule a) o trabalho realizado pela força F → neste des lo ca men to de 3,0m; b) o trabalho da força de resistência do ar neste des lo camento de 3,0m. 32. (UFU-MG) – Um menino e seu skate, considerados como uma única partícula, deslizam numa rampa cons truída para este esporte, como representado na figura abaixo. A parte plana da rampa mede 2,0m, e ele parte do repouso, do ponto A, cuja altura, em rela ção à base, é de 1,0m. Considerando-se que há atrito somente na parte plana da rampa, e que o coeficiente de atrito cinético é 0,20, assinale a alternativa correta. a) O menino irá parar no centro da parte plana. b) Durante a primeira descida do menino, ele atinge o ponto D. c) O menino irá parar no ponto C, no final da rampa plana. d) A energia mecânica dissipada até que ele pare é superior à energia potencial que o conjunto possui no ponto de partida. e) O menino irá parar no ponto B. v2 –––– gd 2v2 –––– 3gd 5v2 –––– 8gd v2 –––– 2gd 3v2 –––– 8gd P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página40 33. Na figura, representamos um suporte curvo, sem atrito, fixo em um plano horizontal. Uma moeda é abandonada, a partir do repouso, no ponto A, de uma altura H e vai parar no ponto C, após percorrer uma distância D no plano horizontal. Sendo g o módulo da aceleração da gravidade local, deter mine a) o módulo da velocidade da moeda em B, em fun ção de g e de H; b) o coeficiente de atrito (suposto constante) entre a moeda e o plano horizontal (trecho BC), em fun ção de H e de D. 34. (VUNESP) – Uma esfera metálica de massa 1,0kg é abandonada a 24,0m do solo e cai sob efeito da gra vidade (g = 10,0m/s2). Ao atingir o solo, penetra 2,0 . 10–1m e para. A partir do teorema do trabalho e energia cinética, deter mine a intensidade da força média exercida pelo solo sobre a esfera. (Despreze a resistência do ar durante a queda.) a) 1,19kN b) 1,20kN c) 1,21kN d) 1,22kN e) 1,23kN 35. (UEL-PR) – No instante t = 0, um corpo de mas sa 0,50kg inicia um movimento de subida vertical, par tindo do repouso, sob ação exclusiva de seu pe so e de uma força ver tical, dirigida para cima e cuja inten sidade varia com a distância percorrida, con for me está ilustrado no gráfico abaixo. Con siderando-se g = 10,0m/s2, a velocidade desse cor po, ao completar 10,0m de percurso, tem módulo igual, em m/s, a a) 10,0 ��3 b) 10,0 ��2 c) 10,0 d) 5,0 ��2 e) 5,0 36. Um bloco de massa 10,0kg está em repouso sobre uma superfície horizontal quando passa a atuar sobre este uma força de direção constante e hori zontal, cuja in tensidade varia com a distância, de acordo com o gráfico a seguir. O coeficiente de atrito entre o bloco e a superfície va le 0,50; adote g = 10,0m/s2 e não considere a resis tência do ar. Pedem-se a) a intensidade da força de atrito no bloco; b) o trabalho total realizado sobre o bloco entre d = 0 e d = 2,0m; c) o módulo da velocidade do bloco para d = 2,0m. 37. (FUVEST-SP) – Um ciclista, em trajetória reti lí nea em estrada plana e hori zontal, mantém ve lo ci da de cons tante de mó dulo igual a V0 = 5,0m/s (18km/h). Ciclista e bici cleta têm massa total M = 90kg. Em deter minado mo mento, t = t0, o ci clis ta para de pedalar e a ve locidade esca- calar V da bicicleta passa a diminuir com o tempo, conforme o gráfico a seguir. Assim, determine a) a aceleração escalar A, em m/s2, da bicicleta, logo após o ciclista deixar de pedalar; b) a intensidade da força de resistência horizontal total FR, em new tons, sobre o ciclista e sua bici cleta, devida princi pal - mente ao atrito e à resis tência do ar, quando a velocidade tem módulo V0; c) a energia E, em kJ, que o ciclista “queimaria”, pe dalando durante meia hora, com velocidade de módulo V0. Su po nha que a eficiência do organis mo do ciclista (de fi nida como a razão entre o tra balho realizado para pedalar e a energia meta - bolizada por seu organismo) seja de 22,5%. 38. Um recipiente de massa des prezível contém, ini cial mente, 30kg de água e é içado verti calmente, com velocidade cons tan te, por um fio ideal que está sendo puxado por uma pessoa, como indica a figura. O balde sofre uma eleva ção total de 20m. O balde tem um furo, de modo que a água vaza a uma taxa constante com o tempo e, ao atin gir a altura máxi ma de 20m, par tindo da altura zero, a massa de água é de apenas 10kg. A aceleração da gravidade tem mó - dulo g = 10m/s2. Determine a) a massa de água em função da al - tura do balde; b) a expressão da intensidade da força com que a pessoa puxa o fio em função da altura do balde; c) o trabalho realizado pela pessoa para elevar o balde de 20m. 41 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 41 39. (FMTM-MG-MODELO ENEM) – Ao passear com seu bebê em um terreno horizontal, um pai aplica sobre o carrinho uma força de intensidade constante e módulo 8,0N na direção e sentido mostrados no esquema. Se durante um trecho retilíneo de 100m o carrinho mantém velo ci dade constante, o valor absoluto do trabalho rea li za do pelas forças dissipativas que agem sobre o car - ri nho, expresso em joules, é a) 400 b) 512 c) 616 d) 770 e) 800 Dados: sen � = 0,64 cos � = 0,77 40. (VUNESP-MODELO ENEM) – Em uma quermesse, um homem atira rolhas de cortiça com uma espingarda de ar comprimido, em pequenas cai xas numeradas. O objetivo é derrubar as caixas. Contudo, ao acer tar determinada caixa, a rolha de massa 5,0 g, transferindo toda sua energia, consegue apenas empurrar a caixa sem a derrubar. Se a rolha atinge seu alvo com velocidade de módulo 28m/s, o módulo do trabalho da força de atrito, em J, é, aproximadamente, a) 1,0 b) 2,0 c) 3,0 d) 4,0 e) 5,0 41. (UNESP-MODELO ENEM) – O monumento de Stonehenge, na Inglaterra, é uma construção que impressiona pela sua grandiosidade, sobretudo por ter sido construído por volta de 2800 a. C. A maior pedra em Stonehenge mede cerca de 10 m e tem massa de 5,0 . 104 kg, tendo sido retirada de uma pedreira a 30 km de distância do local. Uma das hipóteses a respeito de como um povo tão primitivo teria sido capaz de realizar tamanha façanha supõe que a pedra teria sido arrastada em algum tipo de trenó primitivo por sobre a neve. Considerando-se um coeficiente de atrito cinético de 0,2 e que 500 pes soas teriam participado do arraste da enorme pedra de 5,0 . 104 kg, realizado na horizontal e a velocidade constante, ao longo dos 30 km, e adotando-se g = 10 m/s2, pode-se afirmar que o valor médio para o trabalho realizado por cada indivíduo seria de a) 2,0 . 103 kJ b) 5,0 . 103 kJ c) 5,5 . 103 kJ d) 6,0 . 103 kJ e) 6,5 . 103 kJ 42. (UFMG-MODELO ENEM) – Antônio precisa elevar um bloco até uma altura h. Para isso, ele dispõe de uma roldana e de uma corda e imagina duas maneiras para realizar a tarefa, como mostrado nas figuras a seguir. Despreze a massa da corda e a da roldana e considere que o bloco se mova com velocidade constante. Sejam FI o módulo da força necessária para elevar o bloco e TI o tra balho realizado por essa força na situação mostrada na Figura I. Na situação mostrada na Figura II, essas grandezas são, respectivamente, FII e TII . Com base nessas informações, é correto afirmar que a) 2FI = FII e TI = TII . b) FI = 2FII e TI = TII . c) 2FI = FII e 2TI = TII . d) FI = 2FII e TI = 2TII . e) FI = FII e TI = TII . 43. (UFAL-MODELO ENEM) – Em Alagoas e Pernambuco os negros resistiam à escravidão nos quilombos. Resistir é se opor, assim como a madeira de uma porta resiste à penetração de um projétil. Suponha que uma bala de massa 20 g, disparada por um rifle, atinge uma porta de madeira, de 10 cm de espessura, com velocidade de módulo 400 m/s e, após atravessá-la, saia com velocidade de módulo 300 m/s. A força média de resistência da madeira à penetração da bala tem intensidade, em newtons, de a) 1,4 . 102 b) 7,0 . 102 c) 1,4 . 103 d) 7,0 . 103 e) 1,4 . 104 44. (UELON-PR-MODELO ENEM) – O coração humano é uma bomba potente e extremamente confiável. A cada dia ele recebe e des - carrega cerca de 7,5 . 103 litros de sangue. Considerando-se que o trabalho realizado por um coração seja igual ao trabalho neces sário para elevar essa quantidade de sangue até uma altura igual à altura de uma pessoa de 1,7m, sem acréscimo de energia cinética, e que a densidade do sangue seja igual a 1,05 x 103 kg/m3 e g = 10,0 m/s2, o trabalho realizado pelo coração em um dia, nas condições descri - tas anteriormente, será de aproximadamente: a) 1,3 . 102 J b) 1,5 . 103 J c) 1,4 . 104 J d) 1,3 . 105 J e) 1,4 . 106 J 45. (FUVEST-SP-MODELO ENEM) – No ”salto com vara”, um atleta corre segurando uma vara e, com perícia e treino, consegue projetar seu corpo por cima de uma barra. Para uma estimativa da altura alcançada nesses saltos, é possível considerar que a vara sirva apenas para converter o movimento horizontal do atleta (corrida) em movimento vertical, sem perdas ou acréscimos de energia. Na análise de um desses saltos, foi obtida a sequência de imagens reproduzida abaixo. Nesse caso, é possível esti mar que a velocidade máxima atingida pelo atleta, antes do salto, foide, aproxi mada mente, a) 4,0 m/s b) 6,0 m/s c) 7,0 m/s d) 8,0 m/s e) 9,0 m/s Desconsidere os efeitos do trabalho muscular após o início do salto. Adote g = 10 m/s2 e despreze o efeito do ar. 42 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 42 7) D 8) A 9) a) 8,0m/s b) –2,5 . 104J (aproximadamente) 10) A 11) a) 4,8km e zero b) F = 2,5 . 102N 12) E 13) B 14) D 15) A 16) B 17) C 18) A 19) B 27) D 28) A 29) a) 10m/s 30) b) 20m/s ou 72km/h 31) a) 90J 32) A b) –20J 33) a) �������2g H 34) C 35) C b) 36) a) 50N b) 125J c) 5,0m/s 37) a) Logo após o ciclista parar de pedalar, entre os ins tantes t0 = 0 e t1 = 4s, o gráfico V = f(t) é praticamente retilíneo e a aceleração escalar é constante e dada por: A = = (m/s2) ⇒ b) Imediatamente após o ciclista deixar de pedalar, a força de resistência ao movimento é responsável pela aceleração do veículo já calculada. Aplicando-se a 2.a Lei de Newton: | FR | = M |A| |FR | = 90 . 0,25 (N) ⇒ c) 1) Durante a fase de movimento retilíneo uniforme, a força motriz tem a mesma intensidade da força de resistência. |Fm | = |FR | = 22,5N 2) O trabalho realizado pelas forças musculares da pessoa é dado por: = Fm . �s = Fm . V �t 3) A energia E é dada por: = ⇒ E = E = = (J) Respostas: a) –0,25m/s2 b) 22,5N c) 9,0 . 102kJ 38) a) A massa de água remanescente no balde é dada por: m = m0 – k t Como a velocidade é constante, vem: V = ⇒ t = Portanto: m = m0 – h ⇒ m = m0 – C h C Para h = 20m, temos m = 10kg 10 = 30 – C . 20 ⇒ 20 C = 20 ⇒ C = 1 (SI) (SI) b) Sendo o movimento uniforme, vem: F = P = mg = (30 – h) 10 (SI) c) F = área (F x d) F = (300 + 100) (J) ⇒ Respostas: a) m = 30 – h (SI) b) F = 300 – 10h (SI) c) 4,0kJ 39) B 40) B 41) D 42) B 43)D 44) D 45) D �V –––– �t –1 ––– 4 A = – 0,25 m/s2 |FR | = 22,5N –– E –– Fm . V �t ––––––––––– 22,5 . 5,0 . 1800 –––––––––––––– 0,225 E = 9,0 . 105J = 9,0 . 102kJ h ––– t h ––– V k ––– V m = 30 – h F = 300 – 10h m g H h = ––––––– F H � = ––– D = 4,0 . 103J = 4,0 kJ 20 ––– 2 43 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 43 44 1. Conceito de potência A potência de uma força → F é uma medida da rapidez com que a força transforma ou transfere energia. Se a energia está sob a forma de trabalho, fala-se em potência mecânica; se está sob a forma de calor, fala-se em potência térmica; se está sob a forma de energia elétrica, fala-se em potência elétrica. 2. Potência mecânica média Consideremos uma força → F que realiza um trabalho (transferindo ou transformando energia mecânica) em um intervalo de tempo �t. Define-se potência mecânica média (Potm) como a grandeza escalar dada por: Portanto, a potência mecânica de uma força mede a rapidez com que esta força realiza trabalho. Uma má qui - na opera com grande potência mecânica quando realiza muito trabalho em pouco tempo. 3. Potência mecânica instantânea A potência mecânica instantânea corresponde à potência mecânica média calculada em um intervalo de tempo extremamente pequeno (tendendo a zero). Usando uma linguagem matemática, dizemos que: a potência mecânica instantânea é o limite para o qual tende a po tência mecânica média quando o intervalo de tem - po considerado �t tende a zero. Consideremos uma força constante → F realizando um trabalho em um deslocamento → d de uma partícula. Seja � o ângulo entre → F e → d. Sabemos que: Se quisermos obter a potência mecânica média da for ça → F no deslocamento → d, fazemos: | → d | Potm = –––– = | → F | ––––– cos � �t �t | → d | O quociente ––––– representa o módulo da veloci- �t dade vetorial média do ponto material no deslocamento considerado. Assim, teremos: Potm = | → F | | → Vm | cos � Se fizermos �t tender a zero, os valores médios trans formar-se-ão nos valores instantâneos: Potm = ––––�t Pot = lim Potm = lim ––– �t → 0 �t → 0 �t = | → F | | → d | cos � Pot = | → F | | → V | cos � A potência mecânica de uma máquina mede a rapidez com que ela transfere energia. POTÊNCIA MECÂNICA Mecânica 4 CAPÍTULO P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 44 O ângulo � nesta expressão é o ângulo formado en - tre a força → F e a velocidade vetorial → V. Notas 1) Embora a demonstração tenha sido feita supondo que a força → F fosse constante, a expressão obtida é vá li- da mesmo que a força → F seja variável. 2) Se a partícula estiver em uma trajetória retilínea e → F for a força resultante, teremos duas pos sibi li dades: a) � = 0°, isto é, → F e → V têm a mesma direção e o mesmo sentido. Neste caso, teremos cos � = 1 e (movimento acelerado) b) � = 180°, isto é, → F e → V têm a mesma direção e sentidos opostos. Neste caso, teremos cos � = –1 e (movimento retardado) 3) Para � = 90°, isto é, → F e → V com direções perpen - diculares, teremos cos � = 0 e Pot = 0. Como exemplo de � = 90°, citamos o caso da com ponente centrípeta da força resultante: 4. Unidades e dimensões de potência Da definição de potência média, obtemos: unidade [ ] a) unidade [ Pot ] = –––––––––––––– unidade [ �t ] No SI, temos: unidade [ ] = joule (J) unidade [ �t ] = segundo (s) Logo: São também usuais: quilowatt (kW) = 103W megawatt (MW) = 106W miliwatt (mW) = 10–3W microwatt (�W) = 10–6W Existem ainda unidades práticas de potência: dim [ ] b) dim [ Pot ] = –––––––– dim [�t ] Em relação ao sistema MLT , temos: [ ] = M L2 T–2 e [ �t ] = T Assim: M L2 T–2 [ Pot ] = ––––––––– ⇒ T Com base na equação dimensional da potência, po - de mos escrever: 5. Gráfico da potência mecânica instantânea em função do tempo Consideremos, inicialmente, uma potência mecânica instantânea constante. O gráfico Pot = f(t) será um segmento de reta parale - lo ao eixo dos tempos. Procuremos interpretar a área sob o gráfico Pot = f(t). A N= P (t2 – t1) = P . �t = Portanto: A propriedade enunciada foi demonstrada para o caso particular de função constante, porém também é válida para potência instantânea variável. Pot = | → F | | → V | Pot = –| → F | | → V | A componente centrípeta da força resultante não rea liza trabalho e sua potência é nula. J unidade [ Pot ] = ––– = J . s–1 = watt (W) s 1 cavalo-vapor (cv) = 735W 1 horse-power (hp) = 746W [ Pot ] = M L2 T–3 1W = kg.m2 . s–3 No gráfico da potência mecânica instantânea em fun ção do tempo, a área sob o gráfico, entre dois instantes, mede o trabalho realizado entre aqueles instantes. 45 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 45 1. (UNESP-MODELO ENEM) – O teste Margaria de corrida em escada é um meio rápido de medida da potência anaeróbica de uma pessoa. Consiste em fazê-la subir uma escada de dois em dois degraus, cada um com 18 cm de altura, partindo com veloci - dade escalar constante de uma distância de alguns metros da escada. Quando pisa no 8.o degrau, a pessoa aciona um cronô me - tro, que se desliga quando pisa no 12.o degrau. Se o intervalo de tempo registrado para uma pessoa de 70 kg foi de 2,8 s e con si - de rando-se a aceleração da gravidade com módulo igual a 10 m/s2, a potência média avaliada por este método foi de a) 180 W b) 220 W c) 432 W d) 500 W e) 644 W Resolução H = 4h = 4 . 0,18m = 0,72m 1) TEC: total = �Ecin interno + peso = 0 (MU) i – m g H = 0 i = m g H i = 70 . 10 . 0,72 (J) ⇒ 2) Potm = = ⇒ Resposta: A 2. (UNIFESP-MODELO ENEM) – Após algumas informações sobre o carro, saímos em direção ao trecho off-road. Na primeira acelerada, já deu para perceber a força do modelo. De acordo com números do fabricante, são 300 cavalos de potência [...] e os 108 km/h iniciais são con quistados em satisfatórios 7,5 segundos, graças à boa relação peso-potência, já que o carro vem com vários componentes de alumínio. (http://carsale.uol.com.br/opapoecarro/testes/aval_050404discovery.shtml#5) O texto descreve um teste de avaliação de um veículo importado, lançado recentemente no mercado brasileiro. Sabendo-seque a massa desse carro é de 2,4 . 103 kg, e admitindo-se 1 cv = 740 W, pode-se afirmar que, para atingir os 108 km/h iniciais, a potência útil média desenvolvida durante o teste, em um plano horizontal, em relação à potência total do carro, foi aproximadamente de a) 90% b) 75% c) 65% d) 45% e) 30% (Sugestão: efetue os cálculos utilizando apenas dois algarismos signi ficativos.) Resolução 1) A potência média útil é dada por: Potu = O trabalho realizado é dado pelo teorema da energia cinética: = �Ec = – ⇒ = Portanto: Potu = Potu = (W) ⇒ 2) A potência total é dada por: PotT = 300cv = 300 . 740W 3) O rendimento é dado por: = = ⇒ � 0,64 Resposta: C 3. (AFA-MODELO ENEM) – O motor de um automóvel desenvolve uma potência útil de 20 hp quando o automóvel tem uma velo - cidade constante de módulo 50 km/h em uma estrada retilínea e horizontal. Se a força resistente tem intensidade pro por cional ao quadrado do módulo da velocidade, a potência, em hp, necessária para mantê-lo a 100 km/h vale: a) 10 b) 20 c) 40 d) 80 e) 160 Resolução Para que o automóvel tenha velocidade constante: Fmotriz = Fresistente = k V 2 A potência motriz dada por: Potmotriz = Fmotriz . V Potmotriz = k V 2 . V = k V3 Se a velocidade duplicou, a respectiva potência motriz ficará mul - tiplicada por 8. Resposta: E 4. (FUVEST-SP-MODELO ENEM) – Nos manuais de automóveis, a caracterização dos motores é feita em cv (cavalo-vapor). Essa uni - da de, proposta no tempo das pri meiras máquinas a vapor, correspondia à capacidade de um cavalo típico, que conseguia erguer, na ver tical, com auxílio de uma roldana, um bloco de 75kg, com velocidade de módulo 1,0m/s. Para subir uma ladeira, inclina - da como na figura, um carro de 1,0 . 103 kg, man tendo uma ve lo ci - dade constante de módulo 15m/s (54km/h), desenvolve uma potência útil que, em cv, é, aproxi madamente, de a) 20 b) 40 c) 50 d) 100 e) 150 Despreze o efeito do ar e adote g = 10m/s2. i = 504J i ––– �t 504 J ––––– 2,8s Potm = 180W ––– �t m V2 ––––– 2 m V0 2 –––––– 2 m V2 ––––– 2 m V2 –––––– 2 �t 2,4 . 103 ––––––– 2 (30)2 ––––– 7,5 Potu � 1,4 . 10 5W PotT � 2,2 . 10 5W Potu ––––– PotT 1,4 . 105 –––––––– 2,2 . 105 % � 64% 46 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 46 Resolução (1) Desprezando-se o efeito do ar, tem-se: Fmotor = Pt = P sen � = m g sen � Fmotor = 1,0 . 10 3 . 10 . 0,1 (N) (2) Potmotor = Fmotor . V . cos 0° Potmotor = 1,0 . 10 3 . 15 (W) = 15 . 103W (3) Pot = = mg V 1cv = 75 . 10 . 1,0 (W) = 750W (4) Potmotor = (cv) Resposta: A 5. (UNICAMP-SP) – Uma usina hidroelétrica ge ra ele tri cidade a partir da trans formação de ener gia po tencial mecânica em energia elétrica. A usina de Itai pu, responsável pela geração de 25% da energia elé trica utilizada no Brasil, é formada por 18 unidades geradoras. Nelas, a água desce por um duto sob a ação da gravi - dade, fazendo girar a turbina e o gera dor, como indicado na figura a seguir. Pe la tubulação de cada unidade, passam 7,0 . 102 m3/s de água. O pro ces so de geração tem uma efi ciência de 77%, ou seja, nem toda a energia potencial me cânica é transfor ma da em energia elétrica. Con si de re a densidade da água 1,0 . 103kg/m3 e g = 10m/s2. a) Qual a potência gerada em cada unidade da usi na se a altura da coluna-d’água for H = 130m? Qual a potência total gerada na usina? b) Uma cidade como Campinas consome 6,0 . 109Wh por dia. Para quantas cidades como Campinas, Itai pu é capaz de suprir energia elétrica? Ignore as per das na distribuição. Resolução a) A potência teórica gerada é dada por: Pot = , em que peso é o trabalho que o peso da água realiza no intervalo de tempo �t. Sendo peso= mgH, vem: Pot = Da definição de densidade � = , temos m = � . V Portanto: Pot = Sendo = Z (vazão), resulta: Tendo o processo de geração uma eficiência de 77%, resul ta, para a potência útil de cada uni dade: Pot = 0,77 . �ZgH Pot = 0,77 . 1,0 . 103 . 7,0 . 102 . 10 . 130 (W) A potência total Pottotal gerada pelas 18 uni dades é igual a: Pottotal = 18 . Pot Pottotal = 18 . 7,0 . 10 8 (W) b) A potência elétrica consumida pela cidade de Cam pinas vale: PotC = Sendo Ee� = 6,0 . 10 9Wh e �t = 1 dia = 24h, resul ta: PotC = O número de cidades como Campinas que Itai pu é capaz de suprir de energia elétrica vale: n = ⇒ n = Portanto, o número de cidades é de aproxima da mente 50. Respostas: a) 7,0 . 108W e 1,26 . 1010W b) 50 6. Um corpo de peso P = 20N sobe um plano inclinado sem atrito, puxado por uma força paralela a esse plano. O corpo parte do repouso e após dois segundos ele atinge uma altura de dois metros acima do ponto de partida. A potência instantânea desen- volvida pela força → F é dada pelo gráfico abaixo. Determine a) o trabalho realizado pela força → F entre os instantes t0 = 0 e t1 = 2,0s; b) o módulo da velocidade do corpo no instante t1 = 2,0s. Adote g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar. m g H –––––– �t 15 . 103 ––––––– 750 Potmotor = 20cv peso –––– �t mgH ––––– �t m –– V �VgH –––––– �t V ––– �t Pot = �Z g H Pot � 7,0 . 10 8W Pottotal = 1,26 . 10 10W Ee� –––– �t PotC = 0,25 . 10 9W 6,0 . 109Wh –––––––––––– 24h Pottotal ––––––– PotC 12,6 . 109 –––––––––– 0,25 . 109 n = 50,4 Fmotor = 1,0 . 10 3N 47 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 47 Resolução a) Como temos o gráfico da potência instantânea desenvolvida pela força → F em função do tempo, o trabalho pedido pode ser calculado pela “área” compreendida entre o gráfico e o eixo dos tempos, de t = 0 até t = 2,0s. Assim: (2,0 + 1,0) F = ————— . 50(J) ⇒2 b) Além da força → F, atuam no corpo a força peso → P e a reação nor - mal do plano → N. Pelo teorema da energia cinética, aplicado entre t = 0 e t = 2,0s, temos: mV2 mV 0 2 F + P + N = ——— – ———2 2 Mas: V0 = 0 F = 75J p = –P . h = –20 . 2,0 (J) ⇒ N = 0 (pois → N é perpendicular ao deslocamento) P 20 m = — = —— kg ⇒ m = 2,0kg g 10 Então: 2,0 . V2 75 – 40 + 0 = ———— ⇒ 2 Respostas: 75J e 5,9m/s 7. (UNIFESP) – Uma das alternativas modernas para a gera ção de energia elétrica limpa e relativa mente barata é a energia eólica. Para a avaliação preliminar da potência eólica de um gerador situado em um deter minado local, é necessário calcu - lar a energia cinética do vento que atra - ves sa a área varrida pelas hélices desse gerador por unidade de tempo. a) Faça esse cálculo para obter a potência média dis ponível, em watts, de um gera dor eólico com héli ces de 2,0m de compri mento, colocado em um lugar onde, em média, o módulo da velocidade do vento, per pendicular à área varrida pelas hélices, é de 10 m/s. Dados: área de um círculo de raio r: A = πr2 (adote π = 3,1); densidade do ar: dar = 1,2 kg/m 3. Z = A . V, em que Z é a vazão, A é a área e V é o módulo da velocidade b) Mesmo em lugares onde o vento é abundante, há momentos de calmaria ou em que sua velocidade não é suficiente para mover as pás do gerador. Indique uma forma para se manter o fornecimento de energia elétrica aos consumidores nessas ocasiões. Resolução a) A vazão do ar em relação às hélices é dada por: Z = = A . V → Vol = A . V . �t (1) Vol = volume do ar A = área varrida pelas hélices V = módulo da velocidade do vento Sendo dar = , vem: Vol = (2) Substituindo-se (2) em (1): = A V �t ⇒ m = dar A V �t (3) A potência média é dada por: Potm = = (4) Substituindo-se (3) em (4): Potm = . ⇒ Potm = (W) b) Para os momentos de calmaria, quando a energia cinética do vento não é suficiente para mover as pás do gerador, devemos usar a energia previamente armazenada em baterias nos momentos em que o vento era abundante. 8. (UFLA-MG) – Elevadores possuem um con trapeso (CP) que auxi - lia o motor em seu deslo camento, con forme mostra a figura abaixo. Considerando-se g = 10m/s2, um elevador com mas sa de 8,0 . 102kg e contrapeso de 4,0 . 102kg e des prezan do-se a massa dos cabos, resolva os itens a seguir. a) Supondo-se inicialmente que o elevador sedesloque com velocidade constante de módulo igual a 0,5 m/s, calcule a intensidade da força motriz FM exercida pelo motor na subida e na descida. b) A potência fornecida pelo motor na subida com ve locidade constante. c) Supondo-se que o elevador suba com movimento acelerado e com aceleração de módulo 1,0m/s2, qual a intensidade da força motriz exercida pelo motor sobre o elevador? F = 75J P = –40J V � 5,9m/s Vol –––– �t m –––– Vol m –––– dar m –––– dar Ec ––– �t m V2 ––––– 2 �t dar A V �t –––––––––– 2 V2 –––– �t dar A V 3 Potm = ––––––––– 2 1,2 . π (2,0)2 . 103 ––––––––––––––––– 2 Pot � 7,4 . 103W 48 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 48 9. (FUVEST-SP) – Uma esteira rolante transporta 15 cai xas de bebida por minuto, de um depósito no subsolo até o andar térreo. A esteira tem comprimento de 12m, inclina ção de 30° com a horizontal e move-se com velocidade constante. As caixas a serem trans portadas já são colocadas com a velocidade da estei - ra. Se cada caixa pesa 200N, o mo tor que aciona esse mecanismo deve fornecer a potência de a) 20W b) 40W c) 3,0 . 102W d) 6,0 . 102W e) 1,0 . 103W 10. (FUVEST-SP) – Um jovem sobe correndo, com velocidade constante, do primeiro ao segundo andar de um shopping, por uma larga escada rolante de descida, ou seja, sobe “na contramão”. No instan te em que ele começa a subir, uma senhora, que está no segundo andar, toma a mesma escada para descer normalmente, mantendo-se sempre no mesmo de grau. Ambos permanecem sobre essa escada durante 30s, até que a senhora, de massa Ms = 60kg, desça no primeiro andar e o rapaz, de massa Mj = 80kg, che gue ao segundo andar, situado 7,0m acima do pri meiro. Dado g = 10m/s2. Supondo-se desprezíveis as perdas por atrito, deter mine a) a potência P, em watts, que a senhora cede ao sistema da escada rolante, enquanto permanece na escada; b) o número N de degraus que o jovem de fato subiu para ir do 1.o ao 2.o andar, considerando-se que cada degrau mede 20cm de altura; c) o trabalho T, em joules, realizado pelo jovem, para ir do 1.o ao 2.o andar, na situação descrita. 11. (ACAFE-SC) – Um fabricante de automóveis afir ma que um deter - minado modelo de seus carros, de massa m = 1,0t, acelera unifor - memente do repou so até uma velocidade de módulo v = 30m/s (108km/h) em 10s em um plano horizontal. Des preze o efeito do ar. Neste intervalo de tempo, a po tência média útil desenvolvida pelo motor do carro, em kW, vale: a) 45 b) 90 c) 100 d) 126 e) 150 12. (FUVEST-SP) – Um elevador de carga, com massa M = 5,0 . 103kg, é sus penso por um cabo na parte externa de um edi fício em construção. Nas con dições das questões abai xo, consi dere que o motor fornece uma potência constante P = 150 kW. a) Determine a intensidade da força → F1, em N, que o cabo exerce so bre o elevador, quando ele é puxado com veloci dade cons - tante. b) Determine a intensidade da força → F2, em N, que o cabo exerce sobre o elevador, no instante em que ele está subindo com uma aceleração para cima de módulo a = 5,0m/s2. c) Levando-se em conta a potência P do motor, deter mine o módulo da velocidade → V2, em m/s, com que o elevador estará subindo, nas condições do item (b) (a = 5,0m/s2). d) Determine a velocidade escalar máxima VL, em m/s, com que o elevador pode subir quando puxado pelo motor. 49 Resolução 1) a) T = P = mg = 4,0 . 102 . 10 (N) FM + T = PE FM + 4,0 . 10 3 = 8,0 . 102 . 10 b) PotM = FM . V . cos 0° PotM = 4,0 . 10 3 . 0,5 . 1 (W) ⇒ c) P – T’ = ma 4,0 . 103 – T’ = 4,0 . 102 . 1,0 T’ + FM – PE = M a 3,6 . 103 + FM – 8,0 . 10 3 = 0,8 . 103 . 1,0 Respostas: a) 4,0kN b) 2,0kW c) 5,2kN FM = 4,0 . 10 3 N = 4,0kN PotM = 2,0kW T’ = 3,6 . 103N FM = 5,2 . 10 3N = 5,2kN T = 4,0 . 103N P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 49 13. (PUC-RS) – A intensidade da força de atrito viscoso sobre um determinado barco é diretamente propor cional ao módulo de sua velocidade em relação à água. Verifica-se que, para deslocar o barco com ve locidade constante de módulo 12km/h, é necessária uma potência motriz de 6,0kW. Para des locar o mes mo barco com velocidade constante de módulo 24km/h, será necessária uma potência motriz de a) 24,0 kW b) 18,0 kW c) 16,0 kW d) 14,0 kW e) 10,0 kW 14. (FUVEST-SP) – Um veículo para competição de acele ra ção (drag racing) tem massa M = 1,10 . 103kg, mo tor de potência máxima P = 2,64 x 106W (~3500 cv) e possui um aerofólio que lhe impri - me uma força aerodinâmica vertical para baixo, Fa, des prezível em baixas veloci dades. Tanto em altas quanto em baixas velocidades, a força vertical que o veículo aplica à pista horizontal está praticamente concentrada nas rodas motoras traseiras, de 0,40m de raio. Os coeficientes de atrito estático e dinâmico, entre os pneus e a pista, são iguais e valem � = 0,50. Determine a) a máxima aceleração escalar do veículo quando o módulo de sua velocidade é de 120m/s (432km/h), supondo-se que não haja escorregamento entre as rodas traseiras e a pista. Des - preze a força horizon tal de resistência do ar; b) o mínimo valor da força vertical Fa, aplicada ao veí culo pelo aerofólio, nas condições da questão ante rior; c) a potência desenvolvida pelo motor no momento da largada, quan do a velocidade angular das rodas traseiras é � = 600rad/s, a velocidade do veículo é desprezível e as rodas estão es - corregando (derra pando) sobre a pista. Dado: g = 10m/s2 15. (FUVEST-SP) – Um carro de corrida, de massa M = 800kg, per - corre uma pista de provas plana, com velocidade constante de módulo V0 = 60m/s. Nessa situação, observa-se que a potência desenvolvida pelo motor, P1 = 120kW, é praticamente toda utiliza - da para vencer a resistência do ar (Situação 1, pista horizontal). Prosse guindo com os testes, faz-se o carro descer uma ladeira, com o motor desligado, de forma que mantenha a mesma velocidade escalar V0 e que enfrente a mesma resistência do ar (Situação 2, inclinação �). Final mente, faz-se o carro subir uma ladeira, com velocidade constante com o mesmo módulo V0, sujeito à mesma resistência do ar (Situação 3, inclinação �). a) Estime, para a Situação 1, o módulo da força de resistência do ar FR, em newtons, que age sobre o carro no sentido oposto a seu movi mento. b) Estime, para a Situação 2, o seno do ângulo de inclinação da ladeira, sen �, para que o carro mantenha velocidade de módulo V0 = 60m/s. c) Estime, para a Situação 3, a potência P3 do motor, em kW, para que o carro suba uma ladeira de in clinação dada por sen � = 0,3, man ten do uma velo cidade constante e com o mesmo módulo V0 = 60m/s. 16. (ITA) – Deixa-se cair continuamente areia de um reservatório a uma taxa de 3,0 kg/s diretamente sobre uma esteira que se move na direção hori zon tal com velocidade constante V → . Considere que a camada de areia depositada sobre a esteira se locomove com a mesma velocidade V → , devido ao atrito. Desprezan do-se a existência de quais quer outros atritos, con clui-se que a potência em watts, requerida para manter a esteira mo ven - do-se a 4,0 m/s, é a) 0 b) 3,0 c) 12,0 d) 24,0 e) 48,0 17. (UNEB-BA) – A água é um elemento vital para o ser humano. Para abastecer uma residência, a bomba retira água de um poço e enche o tanque de 1000�, em 10 minutos, conforme a figura. A água é lançada no tanque com velocidade de módulo 10m/s e não há perdas por atrito no sistema. Sendo o módulo da aceleração da gravidade local igual a 10m/s2 e a densidade da água 1,0kg/�, a potên cia útil da bomba é igual a a) 100W b) 200W c) 300W d) 400W e) 500W 18. (FUVEST) – A usina hidroelétrica de Itaipu possui 20 turbi nas, cada uma fornecendo uma potência elétrica útil de 680 MW, a partir de um desnível de água de 120 m. No complexo, construído no Rio Paraná, as águas da represa passam em cada turbina com vazão de 600 m3/s. a) Estime o número de domicílios, N, que deixariam de ser atendidos se, pela queda de um raio, uma dessas turbinas interrompesse sua ope ração entre 17h30min e 20h30min,considerando-se que o consumo médio de energia, por domicílio, nesse período, seja de 4,0 kWh. b) Estime a massa M, em kg, de água do rio que entra em cada turbina, a cada segundo. c) Estime a potência mecânica P da água, em MW, em cada turbina. NOTE E ADOTE: A potência P, desenvolvida por uma força → F, é igual ao produto do módulo da força → F pelo mó dulo da velocidade → V do corpo em que atua, quando → V tem a direção e o sentido da força → F. g = 10m/s2 NOTE E ADOTE: Potência = Força x Velocidade Considere, nessas três situações, que apenas a resistência do ar dissipe energia mecânica. g = 10m/s2 50 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 12:42 Página 50 19. “...o Brasil tem potencial para produzir pelo menos 15 mil megawatts por hora de energia a partir de fontes alternativas. Somente nos estados da Região Sul, o potencial de geração de energia por intermédio das sobras agrícolas e florestais é de 5.000 megawatts por hora. Para se ter uma ideia do que isso representa, a usina hidroelé trica de Ita, uma das maiores do País, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, gera 1.450 megawatts de energia por hora.” Esse texto, transcrito de um jornal de grande circu lação, con tém, pelo menos, um erro conceitual ao apresentar valores de produção e de potencial de gera ção de energia. Esse erro con - siste em a) apresentar valores muito altos para a grandeza energia. b) usar unidade megawatt para expressar os valores de potên cia. c) usar unidades elétricas para biomassa. d) fazer uso da unidade incorreta megawatt por hora. e) apresentar valores numéricos incompatíveis com as uni da des. 20. (MODELO ENEM) – Um engenheiro deseja melhorar o projeto de um elevador para um prédio. O projeto original utiliza um motor que pode elevar, verticalmente, com velocidade constante, 1000 kg ao longo de uma distância de 20m em 30s. O engenheiro quer um motor que seja capaz de elevar, verticalmente, com velocidade constante, 800 kg ao longo de uma distância de 30m em 20s. Comparado com o motor original, o novo motor a) deve aplicar uma força com intensidade maior com potência maior. b) deve aplicar uma força com intensidade menor com potência maior. c) deve aplicar uma força com intensidade maior com potência menor. d) deve aplicar uma força com intensidade maior e mesma potên cia. e) deve aplicar uma força com intensidade menor e mesma potên cia. Nota: adote g = 10m/s2 21. (VUNESP-MODELO ENEM) – Um operário de manutenção tem de es colher, em uma loja, um motor com capacidade pa ra levantar uma carga de 100kg a uma altura de 5,0 me tros, em um intervalo de tempo máximo de 10 se gundos. A carga parte do repouso e volta ao re pouso. Considerando-se que a aceleração da gravi dade tem módulo igual a 10 m/s2, que os preços dos mo tores são diretamente proporcionais às suas po tências e que as perdas mecânicas na estrutura repre sentam uma ordem de 5% da potência consumida pelo motor, a solução mais econômica, entre as opções disponíveis na loja, para atender os requisitos acima, é o motor com potência de a) 300 W b) 400 W c) 500 W d) 600 W e) 800 W 22. (MODELO ENEM) – Uma equipe de resgate em cavernas é chamada para levantar um espeleólogo ferido que está no fundo de um buraco com profundidade total de 30,0m. O salvamento será feito em três etapas, cada uma correspondendo a um deslocamento vertical de 10,0m. Um cabo é preso ao espeleólogo e puxado verticamente para cima pela ação de um motor. As três etapas do salvamento estão descritas a seguir: 1.a etapa: o espeleólogo parte do repouso e é acelerado unifor - memente até atingir a velocidade escalar de 1,0m/s. 2.a etapa: o espeleólogo é levantado com velocidade escalar cons tante de 1,0m/s. 3.a etapa: o espeleólogo tem movimento uniformemente retar - dado até voltar ao repouso ao atingir a superfície. Despreze o efeito do ar e adote g = 10,0m/s2. A massa do espeleólogo é de 80,0kg. A potência média útil desenvolvida pelo motor que aciona o cabo, nesta operação, foi de: a) 0,10kW b) 0,20kW c) 0,30kW d) 0,48kW e) 0,50kW 23. Na figura abaixo, está esquematizado um ti po de usina utilizada na geração de eletricidade. A eficiência de uma usina, como a representada na fi gura, é da or - dem de 0,9, ou seja, 90% da energia da água no início do proces - so se trans forma em energia elétrica. A usina Ji-Paraná, do es tado de Rondônia, tem potência instalada de 513MW, e a barragem tem altura de aproximadamente 114m. A vazão do Rio Ji-Paraná, em litros de água por se gun do, deve ser da ordem de: a) 5,0 . 101 b) 5,0 . 102 c) 5,0 . 103 d) 5,0 . 104 e) 5,0 . 105 Dados: 1) densidade da água: 1,0 . 103 kg/m3 2) g = 10m/s2 24. (MODELO ENEM) – Um elevador de carga tem massa total de 1200kg e deve ser levantando partindo do repouso e voltando ao repouso. O contrapeso do elevador tem massa de 950kg e portanto o motor do elevador deve ajudar no seu levantamento. O elevador deve subir 54,0m em 3,0min. Pretende-se determinar a potência média que o motor do elevador deve fornecer neste procedimento. Teoria necessária para a resolução: 1) Teorema da energia cinética. O trabalho total realizado é dado pela variação da energia cinética do sistema. 2) A potência média é a razão entre o trabalho realizado e o tempo gasto: A potência média do motor, no levantamento do elevador, vale: a) 375W b) 400W c) 700W d) 750W e) 800W NOTE E ADOTE: Densidade da água = 1,0 . 103 kg/m3 1 MW = 1 megawatt = 106 W 1 kWh = 1000 W � 3600 s = 3,6 � 106 J g = 10 m/s2 Os valores mencionados foram aproximados para facilitar os cálculos. Potm = ––– �t 51 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 51 52 9) C 10) a) A senhora aplica sobre a escada uma força vertical para baixo de intensidade igual à de seu peso e que sofre um delocamento vertical H = 7,0m. Portanto: = PS . H = 60 . 10 . 7,0 (J) ⇒ A potência cedida à escada é dada por: P = = ⇒ b) 1) O número de degraus da escada é dado por: H = n h 7,0 = n . 0,2 ⇒ 2) Para que os tempos gastos pelo jovem e pela mulher sejam iguais, devemos ter: VR(jovem) = VR(mulher) A velocidade resultante do jovem é dada por: VR(J) = VJ – VE A velocidade resultante da mulher é dada por: VR(M) = VE Portanto: VJ – VE = VE ⇒ Sendo e a extensão do degrau, vem: = 2 Portanto: c) Para um referencial fixo na escada, o jovem tem ve - locidade escalar constante 2V e sobe uma altura 2H, em que H é a altura da escada em relação ao solo. Aplicando-se o teorema da energia cinética, vem: T + Peso = �Ecin T – 2mgH = 0 ⇒ T = 2 . 80 . 10 . 7,0 (J) Respostas: a) P = 1,4 . 102 W b) N = 70 c) T = 11,2kJ 11) A 12) a) Quando o elevador se movimenta com velocidade cons - tante, a força resultante sobre ele é nula e a força aplicada pelo cabo equilibra o peso do elevador. F1 = P = Mg F1 = 5,0 . 10 3 . 10 (N) b) Aplicando-se a 2.a Lei de Newton para o instante con siderado, temos: F2 – Mg = Ma F2 = M (a + g) F2 = 5,0 . 10 3 . 15 (N) F2 = 75 . 10 3N c) No instante T, em que a = 5,0m/s2, temos F2 = 7,5 . 10 4N Pot = F2V2 (constante) 150 . 103 = 75 . 103 V2 ⇒ d) Como a potência é constante, a velocidade máxima VL ocorre quando a respectiva força aplicada pelo ca bo for mínima; isto ocorre quando F = P = 5,0 . 104N. Pot = Fmín VL = constante 150 . 103 = 50 . 103 VL ⇒ Respostas: a) 5,0 . 104N b) 7,5 . 104N c) 2,0m/s d) 3,0m/s 13) A 14) a) 1) Para uma dada velocidade, a aceleração é máxima quando o motor estiver desen vol vendo sua potência máxima: Potmáx = Fmáx . v 2,64 . 106 = Fmáx . 120 ⇒ 2) 2.a Lei de Newton Fmáx = m amáx 2,20 . 104 = 1,10 . 103 amáx ⇒ b) A força que acelera o veículo é recebida do chão por meio do atrito e, portanto: F ≤ Fatdestaque Fmáx = � (P + Fa) 2,20 . 104 = 0,50 (1,10 . 104 + Fa) 4,40 . 104 = 1,10 . 104 + Fa ⇒ = 4,2 . 103J P = 1,4 . 102W 4,2 . 103J ––––––––––– 30s –––– �t n = 35 VJ = 2VE n e ––––– �t Ne ––––– �t N = 2n = 70 T = 2mgH T = 1,12 . 104 J = 11,2 kJ F1 = 5,0 . 10 4N F2 = 7,5 . 104N V2 = 2,0m/s VL = 3,0m/s Fmáx = 2,20 . 10 4N amáx = 20,0m/s 2 Fa = 3,30 . 10 4N P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 52 c) Para as rodas derrapando, o atrito é dinâmico e a força de atrito terá intensidade dada por: Fat = � P = 0,50 . 1,10 . 10 4 (N) = 5,50 . 103N A velocidade dos pontos da periferia da roda tem módulo v dado por: v = � R = 600 . 0,40 (m/s) = 240m/s Como o carro ainda não se movimentou, toda a potência forne cida pelo motor foi consumida pelo atrito: Potmotor = |Potatrito| = Fat . v Potmotor = 5,50 . 10 3 . 240 (W) ⇒ Respostas: a) 20,0m/s2 b) 3,30 . 104N c) 1,32 . 106W 15) a) 1) A potência útil do motor do carro é dada por: Pot = FV 120 . 103 = F . 60 ⇒ F = 2,0 . 103N 2) Sendo constante a velocidade do carro, a força resultante é nula e portanto: Far = F = 2,0 . 10 3N ⇒ b) Estando o carro com o motor desligado (motor desa copla - do), a força de atrito trocada com o plano será nula e para manter a velocidade constante, teremos: Pt = Far Mg sen � = Far 800 . 10 . sen � = 2,0 . 103 ⇒ c) 1) Para manter a velocidade constante, a força re sul tante é nula e portan to: F’ = Pt + Far ⇒ F’ = Mg sen � + Far F’ = 800 . 10 . 0,3 + 2,0 . 103 (N) ⇒ 2) A potência útil desenvolvida pelo motor será da da por: Pot = F’ V Pot = 4,4 . 103 . 60 (W) ⇒ Pot = 264 . 103W Respostas: a) 2,0 . 103N b) sen � = 0,25 c) 264 kW 16) A areia deve receber da esteira uma força horizontal capaz de lhe comunicar uma velocidade horizontal de módulo V = 4,0m/s. Essa força, su posta constante, terá intensidade F dada por: F = Como = 3,0 kg/s e V = 4,0m/s, vem: F = 3,0 . 4,0 (N) ⇒ Para manter a esteira com velocidade constante, devemos aplicar-lhe uma força para frente com a mesma intensidade F e cuja potência será dada por: PotF = F . V . cos 0° PotF = 12,0 . 4,0 . 1 (W) ⇒ Resposta: E 17) B 18) a) A energia que deixa de ser produzida por uma turbina em 3,0 h cor responde a: Eturbina = Pot · �t ⇒ Eturbina = 680 · 10 3 · 3,0 (kWh) Eturbina = 2040 · 10 3 (kWh) ⇒ Eturbina = 2,04 · 10 6 kWh Cada domicílio consome E1 = 4,0 kWh. Assim, o número de domicílios N que deixariam de ser atendidos é dado por: N · E1 = Eturbina ⇒ N · 4,0 = 2,04 · 10 6 b) De acordo com os dados, a turbina recebe um volume de 600 m3 de água em um segundo. Temos, então: dágua = ⇒ M = dágua · V = 1,0 · 10 3 · 600 (kg) c) A potência mecânica da turbina (P) pode ser obtida por: P = ⇒ P = ⇒ P = P = dágua · Z · g · H ⇒ P = 1,0 · 10 3 · 600 · 10 · 120 (W) P = 7,2 · 108 W ⇒ P = 720 MW Respostas:a) N = 5,1 · 105 b) M = 6,0 · 105 kg c) P = 720 MW 19) D 20) B 21) D 22) D 23) E 24) D Far = 2,0 . 10 3N Potmotor = 1,32 . 10 6 W sen � = 0,25 F’ = 4,4 . 103N Pot = 264 kW mV ––– �t m ––– �t F = 12,0 N PotF = 48,0 W N = 5,1 · 105 domicílios M ––– V M = 6,0 · 105 kg P ––– �t dágua . V . g . H –––––––––––––– �t mgH ––––– �t 53 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 53 54 1. Conceito Apresentamos a noção de ENERGIA como um con - ceito intuitivo. É usual dizer-se que um sistema físico tem energia me cânica em relação a um certo referencial, quando ele é capaz de modificar-se espontaneamente e de realizar tra ba lho, isto é, o sistema possui energia mecânica quan - do existe a possibilidade de transformá-la ou transferi-la total ou parcialmente para outros sistemas físicos. Uma mola comprimida, o elástico esticado de um estilingue, um corpo no alto de um prédio, um carro em movimento são exemplos de sistemas energizados. 2. Unidades e dimensões Lembrando que trabalho é uma forma de energia, con cluímos que as unidades e dimensões de qualquer ti - po de energia são as mesmas de trabalho. No sistema de unidades denominado CGS (centí me - tro-grama-segundo), a unidade de energia é o erg. Na Termologia, costuma-se usar a unidade de ener - gia denominada caloria. 3. Modalidades de energia mecânica A energia MECÂNICA pode-se apresentar funda - men tal mente sob duas formas: • energia cinética; • energia potencial. Em relação a um dado referencial, um corpo tem energia cinética quando estiver em movimento. Em relação a um dado referencial, um corpo tem energia potencial quando, em virtude de sua posição, ele tem possibilidade de entrar em movimento como, por exemplo, uma pedra posicionada a uma certa altura aci - ma do solo (tomado como referência). 4. Energia cinética ou de movimento A energia cinética, ou de movimento, é a energia que o sistema possui em virtude do movimento das par - tes que constituem o sistema, em relação ao referencial adotado. Para deduzirmos a expressão da energia cinética, ou de movimento, consideraremos o caso particular de um ponto material de massa m, inicialmente em repouso, que recebe ação de uma força resultante constante → F e se desloca em um plano horizontal. Energia mecânica traduz a capacidade para rea li - zar trabalho. u(E) = joule (J) [E] = ML2T–2 1 erg = 10–7J 1 cal = 4,18J Em uma queda d’água há transformação de energia potencial gravitacional da água em energia cinética. ENERGIA MECÂNICA Mecânica 5 CAPÍTULO P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 54 A energia cinética que o ponto material adquire é medida pelo trabalho realizado pela força resul tante → F. Da definição de trabalho, obtém-se: = F . d = m . � . d (1) em que � é a aceleração escalar e d é o módulo do deslo - camento do ponto material. Da Equação de Torricelli, da Cinemática, temos: V2 = V 0 2 + 2 � d e, como V0 = 0, tem-se: V 2 = 2 � d e ainda: V2 � d = ––– , (2) 2 Substituindo-se a expressão (2) na expressão (1), obtém-se: m V2 = –––––– 2 Portanto: Notas a) Sendo m > 0 e V2 ≥ 0, a energia cinética nunca será estritamente negativa. b) Como a velocidade escalar V depende do refe ren - cial adotado, a energia cinética também dependerá do referencial adotado. Por exemplo: seja um ônibus dotado de velocida - de escalar V = 20m/s em relação à estrada e um passageiro de massa M = 50kg parado em relação ao ônibus. Se o referencial for o ônibus, a energia cinética do passageiro é nula; se o referencial for a estrada, a energia cinética do passageiro será: MV2 50 . (20)2 Ec = ––––– = ––––––––– (J) = 1,0 . 10 4J 2 2 c) Como a função Ec = f(V) é do 2. o grau, o gráfico será um arco de parábola. d) Se representarmos a energia cinética de um corpo Ec em função do quadrado de sua velocidade escalar V 2, teremos uma função linear: e) A energia cinética de um corpo, de massa cons tan - te, será constante quando o corpo estiver em movi mento uniforme, qualquer que seja a trajetó ria descrita. 5. Energia potencial A energia potencial, ou de posição, é a energia que o sistema possui em virtude da posição especial das partes que constituem o sistema em relação ao referencial adotado. A energia potencial costuma ser considerada como uma forma de energia latente, uma energia arma zenada e pronta para ser transformada em outra forma de ener - gia, em geral ligada a movimento. A energia mecânica potencial admite ainda duas modalidades: • energia potencial de gravidade: associada ao peso do corpo. • energia potencial elástica: associada à força elástica desenvolvida por uma deformação. 6. Energia potencial de gravidade • Campo de forças: uma região do espaço físico é dita um campo de forças, se uma partícula colocada nos pontos desse campo ficar sob ação de uma força de campo. O campo será conservativo se o trabalho da força de campo não depender da trajetória descrita, entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Em tais condições, a força de campo será dita con - servativa e o seu trabalho, no deslocamento espontâneo m V2 Ecinética = = ––––––2 Energia Mecânica Energia Cinética Energia Potencial Energia Potencial de Gravidade Energia Potencial Elástica + 55 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 55 da partícula, corresponderá à transformação de energia potencial em energia cinética, porém conservando a sua soma. • A energia potencialde gravidade é uma forma de energia de campo, isto é, consequência do cam po de forças gravitacionais que existe em torno da Terra. Para determinar a equação que expressa a ener gia poten cial de gravidade, precisamos escolher um pla no horizontal de referência, isto é, um plano horizontal que corresponde ao valor zero da energia potencial de gravidade. Consideremos um ponto material de massa m, si tua - do em um ponto A, a uma altura H, acima do plano de referência. Seja g o módulo da aceleração da gravidade. Procuremos determinar a energia potencial de gravi - dade associada ao sistema físico Terra-ponto material. Se abandonarmos o ponto material, ele cairá, em virtude da ação da força de gravidade, e a energia poten - cial grada tivamente se transformará em energia cinética. Quando o ponto material chegar ao plano de refe - rência, toda sua energia potencial se terá transformado em energia cinética. Essa transformação de energia potencial de campo em energia cinética corresponde exatamente ao trabalho da força peso. Então, a energia potencial de campo (Egravidade) será dada por: Se o ponto material estiver em uma posição abaixo do plano de referência, a energia potencial de gravidade se rá considerada negativa, isto é, o valor de H será consi - derado negativo. Fisicamente, a energia potencial de gravidade nega - tiva significa que o ponto material precisa RECEBER ENERGIA MECÂNICA para conseguir atingir o plano de referência, ou seja, o nível zero de energia potencial. Exemplo 1 Tomando-se como referencial o nível do chão, uma pe dra em um buraco possui energia potencial negativa. A pedra precisa receber energia mecânica para che - gar ao nível zero. Exemplo 2 Se tomarmos como referencial o 5.o andar de um prédio, no andar térreo as pessoas terão energia potencial de gravidade negativa. As pessoas precisam receber energia mecânica (por exemplo, de um elevador), para chegar ao nível zero. Egravidade = peso = PH = mgH 56 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 56 A jovem realiza um trabalho, conferindo energia potencial de gravidade à caixa. Notas a) A energia potencial de gravidade não é uma gran - deza associada apenas a um corpo, e sim ao siste ma físico constituído pelo corpo e pela Terra, isto é, ao conjunto corpo-Terra. b) O valor da energia potencial de gravidade (mgH) depende de H e, portanto, depende da posição do plano de referência adotado, porém a variação de energia potencial de gravidade (�EP = mg�H) não depende da posição do plano de referência adotado, pois o valor de �H traduz uma distância entre dois pontos que independe da referência adotada. Exemplo: consideremos uma partícula de massa m que passa da posição A para a posição B, indi ca das na figura. Admitamos que, em relação à referência (1), a ener gia potencial de gravidade em A valha 5,0J e em B 10J, ensejando uma variação de A para B de 5,0J. Se adotamos a referência (2), a energia potencial de gravidade em A passa a valer zero e em B 5,0J, de modo que a variação de A para B continua valendo 5,0J. Se adotamos a referência (3), a energia potencial de gravidade em A passa a valer –5,0J e em B zero, de modo que a variação de A para B continua valendo 5,0J. c) Quando o corpo em questão não é um ponto ma - terial e sim um corpo extenso, a altura H refere-se ao centro de gravidade do corpo. Exemplo: adotemos o solo horizontal co mo plano de referência e consideremos um poste homogêneo de peso P e altura H. O centro de gravidade do poste está a uma altura acima do solo e a energia potencial de gravidade será dada por: d) Para um corpo de peso P constante, a energia potencial de gravidade EP é proporcional à altura H e o gráfico da função EP = f(H) é dado por: A declividade (tg �) da reta que representa a fun - ção EP = f(H) mede o peso P do corpo em estudo. Note que H < 0 corresponde ao corpo posicio na do abaixo do plano de referência adotado e enseja valores negativos para a energia potencial de gra vi dade. H –– 2 PH Ep = –––2 Para medir a energia potencial de gravidade asso - ciada a corpos extensos, devemos usar a altura H do centro de gravidade do corpo. 57 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 57 1. Uma partícula de massa 1,0kg parte do repouso e percorre 1,0m, em um intervalo de tempo de 1,0s, com movimento unifor me - mente variado. A energia cinética da partícula, ao final deste 1,0s de movimento, vale a) 0,5J b) 1,0J c) 2,0J d) 4,0J e) 8,0J Resolução Sendo o movimento uniformemente variado, temos: �s V0 + VfVm = ––– = ––––––––�t 2 = ⇒ A energia cinética final é dada por: mV f 2 1,0 Ecf = ––––– = –––– (2,0) 2 (J) ⇒ 2 2 Resposta: C Nota: Não confunda a velocidade escalar média (Vm = 1,0m/s) com a velocidade escalar final (Vf = 2,0m/s). 2. Uma partícula de massa constante tem o módulo de sua veloci - dade aumentado de 20%. O respectivo aumento de sua energia cinética será de a) 10% b) 20% c) 40% d) 44% e) 56% Resolução Quando uma grandeza aumenta de 20%, o seu valor inicial fica multiplicado por 1,2. De fato: 20 Vf = V0 + ––––– V0 = V0 + 0,2V0 ⇒100 Como a energia cinética é proporcional ao quadrado da velo ci - dade escalar, o seu valor fica multiplicado por (1,2)2 = 1,44. De fato: m V 0 2 m V f 2 E0 = –––––– (1); Ef = –––––– (2)2 2 (2) Ef Vf 1,2 V0Fazendo-se –––, tem-se: ––– = (–––)2 = (––––––)2(1) E0 V0 V0 Ef––– = (1, 2)2 = 1,44 ⇒ E0 Note que, como E0 foi multiplicado por 1,44, podemos afirmar que o aumento de energia cinética foi de 44%. Resposta: D 3. Uma partícula, em trajetória retilínea, com movimento unifor me - mente variado tem energia cinética Ec variando com o tempo t segundo o gráfico a seguir. Sendo a massa da partícula igual a 2,0kg, a força resultante sobre ela tem intensidade igual a: a) 1,0N b) 2,0N c) 3,0N d) 4,0N e) 5,0N Resolução Como o movimento é uniformemente variado, temos: V = V0 + � t Do gráfico, obtemos: t = 0 ⇒ Ec = 0 ⇒ V0 = 0 Portanto, o resultado é: V = � t A energia cinética Ec é dada por: m m Ec = ––– V 2 = ––– � 2 t 2 2 2 Sendo m = 2,0kg, temos: 2,0 Ec = –––– � 2 t 2 ⇒ (SI) 2 Do gráfico, obtemos: t = 2,0s ⇔ Ec = 9,0J Portanto: 9,0 = � 2 . (2,0)2 � 2 = 2,25 ⇒ A força resultante que age na partícula, de acordo com a 2.a Lei de Newton, tem intensidade dada por: FR = m | � | = 2,0 . 1,5 (N) ⇒ Resposta: C 4. Um corpo de massa 3,0kg está posicionado 2,0m acima do solo horizontal e tem energia potencial gravitacional de 90J. A aceleração da gravidade no local tem módulo igual a 10m/s2. Quando esse corpo estiver posicionado no solo, sua energia potencial gravitacional valerá a) zero b) 20J c) 30J d) 60J e) 90J Resolução Usando-se a relação da energia potencial de gravidade, temos: Ep = mgH 90 = 3,0 . 10 . H ⇒ Portanto, o corpo está posicionado 3,0m acima da referência e 2,0m acima do solo, conforme mostra a figura. Quando o corpo estiver no solo, ele estará 1,0m aci ma da referên - cia e sua energia po ten cial de gravi dade será dada por: Ep = mgh Ep = 3,0 . 10 . 1,0 (J) ⇒ Resposta: C 1,0 –––– 1,0 0 + Vf––––––– 2 Vf = 2,0m/s Ec f = 2,0J Vf = 1,2V0 Ef = 1,44E0 Ec = � 2 t2 | � | = 1,5m/s2 FR = 3,0N H = 3,0m Ep = 30J 58 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 58 5. Dois recipientes cilíndricos de mesmo diâmetro con têm água e óleo, como se mostra na parte (I) da figu ra abaixo. A massa do óleo é M. Qual é a energia potencial gravitacional do óleo, depois de despejado no recipiente que contém água, em relação à base do recipiente? (g é módulo da aceleração local da gravi dade.) Resolução Quando se trata de um corpo extenso, a altura a ser considerada, na me dida da energia potencial gravitacional, é a altura do centro de gravidade (C.G.) do corpo, em relação ao plano de referência adotado. Sendo o corpo homogêneo, o (C.G.) coincide com o centro geo - mé trico. Assim, temos: Epot = MghCG ⇒ 3 Resposta: ––– Mgh 2 6. Considere uma partícula no interior de um campo de forças. Se o movimento da partícula forespontâneo, sua energia potencial diminuirá e as forças de campo realizarão um trabalho motor (positivo), que consiste em transformar energia potencial em cinética. Entre as alternativas a seguir, assinale aquela em que a energia potencial aumenta: a) Um corpo caindo no campo de gravidade da Terra. b) Um próton e um elétron se aproximando. c) Dois elétrons se afastando. d) Dois prótons se afastando. e) Um próton e um elétron se afastando. Resolução Para que a energia potencial aumente, o movimento deve ser não espontâneo, isto é, a partícula deve caminhar contra a força de cam po. Isto ocorre na opção (e), pois o próton e o elétron se atraem e o seu afastamento não é espontâneo. Nas demais opções, o movimento é espontâneo e, por isso, a ener gia potencial diminui. Resposta: E 7. (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – O modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio pressupõe que o elétron descreve uma órbita circular de raio r em torno do próton. A energia cinética do sistema elétron-próton é dada por: a) b) c) d) e) Resolução Sendo o movimento do elétron circular e uniforme, a força eletros tática faz o papel de resultante centrípeta: F = FCP . = m V2 = Resposta: E 8. (MODELO ENEM) – O texto a seguir é um fragmento de um artigo do fí sico brasileiro Marcelo Gleiser publicado no jornal Folha de S. Paulo, relativo à cratera formada na superfície terrestre pelo impacto de um meteorito. A cratera é bem recente, ao menos em termos geo lógicos: foi formada há 50 mil anos, quando um me teorito de cerca de 40 metros de diâmetro – o equi valente a um prédio de 15 andares – feito pratica men te de ferro puro chocou-se com o solo a uma velo cidade de 36 mil quilômetros por hora. A energia do impacto foi equivalente à detonação simultânea de 20 bombas de hidrogênio. Considere o meteorito como sendo uma esfera maciça de ferro cuja densidade vale 8,0 . 103kg/m3. Adote π = 3. De acordo com os dados do texto, a energia liberada por uma bomba de hidrogênio, em joules, é um valor mais próximo de: a) 6,4 . 1012J b) 1,3 . 1014J c) 6,4 . 1014J d) 1,3 . 1016J e) 6,4 . 1016J Resolução 1) m = � Vol = � . π R3 m = 8,0 . 103 . . 3 . (20)3 (kg) m = 256 . 106kg = 2,56 . 108kg 2) V = 36 . 103km/h = . 103m/s = 1,0 . 104m/s 3) Ec = = . 10 8(J) Ec � 1,28 . 10 16J 4) Eb = = J = 0,064 . 10 16J Resposta: C 3 Epot = ––– Mgh2 1 q2 ––––– ––– 4π ε0 r2 1 q ––––– ––– 8π ε0 r 1 q ––––– ––– 4π ε0 r 1 q2 ––––– ––– 4π ε0 r 1 q2 ––––– ––– 8π ε0 r NOTE E ADOTE: q = módulo da carga do elétron = carga do próton ε0 = constante dielétrica do vácuo 1 q2 F = –––––– ––– = intensidade da força eletrostática entre o 4π ε0 r2 próton e o elétron 1 ––––– 4π ε0 q2 ––– r2 m V2 ––––– r 1 ––––– 4π ε0 q2 ––– r m V2 1 q2 EC = –––––– = –––––– ––– 2 8π ε0 r 4 –– 3 4 –– 3 36 ––– 3,6 2,56 . 108 ––––––––– 2 mV2 –––– 2 Ec–––– 20 Eb = 6,4 . 10 14J 1,28 . 1016 –––––––––– 20 59 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 59 9. (UNIFESP) – Uma criança de massa 40kg via ja no car ro dos pais, sentada no banco de trás, presa pelo cinto de segurança. Num determinado momen to, o carro atinge uma velocidade de módulo 72km/h. Nesse instante, a energia cinética dessa criança é a) igual à energia cinética do conjunto carro mais pas sageiros. b) zero, pois fisicamente a criança não tem veloci dade, logo, não tem energia cinética. c) 8,0 . 103J em relação ao carro e zero em relação à es trada. d) 8,0 . 103J em relação à estrada e zero em relação ao car ro. e) 8,0 . 103J, independentemente do referencial conside ra do, pois a ener gia é um conceito absoluto. 10. (FUND. CARLOS CHAGAS) – Um corpo de massa 1,0kg executa um movimento cuja velocidade escalar V, em função do tempo t, está representada no gráfico a seguir. A energia cinética do corpo é igual a 2,0 . 102J a) somente no instante t = 4,0s. b) somente no instante t = 8,0s. c) somente no instante t = 12,0s. d) somente no instante t = 16,0s. e) nos instantes t = 8,0s e t = 16,0s. 11. (UEM-PR) – Um objeto é abandonado em queda livre próximo à superficie da Terra. Desprezando-se o efeito do ar atmosférico, o gráfico que melhor representa a relação entre a energia cinética EC e o tempo t é 12. (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – Uma das extremidades de um fio inextensível, de comprimento L = 1,0m e de massa despre zível, está presa em um ponto O enquanto, na outra extremidade, há um corpo de massa m = 0,20kg e de dimensões desprezíveis em rela - ção a L. O corpo, com energia cinética inicial Ec = 20J, é obrigado pelo fio a se mover em um plano horizontal e ao longo de uma circunferência com centro no ponto O, pertencente ao plano. Durante seu movimento, uma força de módulo constante e direção paralela à da velocidade do corpo realiza trabalho que acrescenta �Ec = 2,0J à energia cinética da partícula a cada volta completa. Se a intensidade da tração máxima suportada pelo fio, antes de se romper, for 100N, o fio se romperá após o corpo completar a) 15 voltas b) 20 voltas c) 40 voltas d) 60 voltas e) 100 voltas 13. (PUC-SP) – O coqueiro da figu ra tem 5,0m de altu ra em rela ção ao chão e a cabeça do macaco está a 0,5m do solo. Cada co co, que se des prende do co quei ro, tem mas sa 2,0 . 102g e atin ge a ca be ça do ma caco com 7,0J de ener - gia ciné tica. A quanti dade de ener gia me câ nica dissipa da na queda é a) 2,0J b) 7,0J c) 9,0J d) 2,0kJ e) 9,0kJ Dado: g = 10m/s2 14. (VUNESP-FMTM-MG) – Enquanto limpava externamente os vi - dros de um edifício, o operário deixa acidentalmente cair seu relógio de pulso. Considere • que antes da queda do relógio, a velocidade deste, relati - vamente ao chão, era nula; • g = 10m/s2; • desprezível a ação do ar sobre o movimento de queda do relógio. a) Sabendo-se que o relógio atinge o chão com velocidade de módulo 20 m/s, determine a altura de sua queda. b) Se a massa do relógio é de 180g, determine a energia mecânica dissipada no choque contra o solo, sabendo-se que toda a energia mecânica que o relógio possuía é transferida para o chão. 15. (VUNESP) – Um corpo de massa 1,0kg é lançado obliquamente, a partir do solo, sem girar. O módulo da componente vertical da velocidade, no instante do lançamento, é 2,0m/s e o módulo da com ponente horizontal é 3,0m/s. Supondo-se que o corpo esteja sujeito exclusivamente à ação da gravidade, de termine sua energia cinética a) no instante do lançamento; b) no ponto mais alto da trajetória. 60 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 60 61 16. (UFRN-MODELO ENEM) – Recentemente, foi anunciada a des - co berta de um planeta extra-solar, com características seme lhan - tes às da Terra. Nele, o módulo da aceleração da gravi dade nas proximidades da sua superfície é aproximadamente 2g (g repre - sen ta o módulo da aceleração da gravidade nas proximi dades da Terra). Quando comparada com a energia potencial gravitacional arma - zenada por uma represa idêntica construída na Terra, a energia potencial gravitacional de uma massa d’água armazenada numa represa construída naquele planeta seria a) um quarto. b) a metade. c) igual d) o dobro. e) o quádruplo. 17. (UNIMONTES-MODELO ENEM) – As cachoeiras que aparecem numa das fotos abaixo estão localizadas em Papua, Nova Guiné. A maior delas tem 80 m de altura. Na outra foto, temos uma refeição típica, servida a alunos de uma escola em Sapporo, Japão. A refeição é composta de sopa de missô, espinafre e aipo com pasta de amêndoa, natô (soja fermentada), arroz, leite, e possui, ao todo, 621 kcal. Imagine, hipoteticamente, que toda a energia contida nos alimentos pudesse ser integralmente transformada em energia potencial de gravidade do estudante na subida de uma montanha. Para ter energia suficiente para escalar a montanha até o topo da maior das cachoeiras, o número mínimo de refeições que um estudante de massa 70 kg deveria ingerir seria: a) 1 b) 5 c) 10 d) 20 e) 50 18. (VUNESP-MODELO ENEM) – A bicicleta Freedom Mountain Bike é fa bri cada em aço carbono e alumínio,o que a torna extre - ma mente leve, apresentando massa de 8,5kg. É uma nova op ção de transporte para ir ao trabalho, às compras e também para exercícios e lazer. O gráfico mostra como varia a energia cinética do conjunto ciclista e esta bicicleta em função do quadrado de sua velocidade escalar. Da análise do gráfico, pode-se determinar a massa do ciclista que, em kg, tem valor igual a a) 85,0 b) 72,5 c) 60,0 d) 51,5 e) 43,5 19. (VUNESP-MODELO ENEM) – Veja esta tirinha de Bill Watterson. Calvin, com seus 25kg, inicia a descida do alto de seu escorre ga - dor de 2,0m de altura a partir do repouso, chegando ao nível do chão com velocidade de mó dulo 4,0m/s. A energia mecânica dissipada desde a partida até a chegada ao chão foi de: a) 100J b) 150J c) 250J d) 300J e) 350J Dado: g = 10m/s2 20. (UEPA-MODELO ENEM) – No caos diário que enfrentamos no trânsito das grandes cidades, é comum ocorrerem colisões entre veículos, principalmente devido à imprudência dos motoristas. Ao dirigir em velocidades altas, o motorista coloca em risco sua vida e a de outros. Quando um carro colide com outro que está parado, a energia do choque é a sua energia cinética no momento da colisão. Considere a energia envolvida numa colisão quando um carro estava a 40km/h. De acordo com a Física, se o mesmo carro colidir a 80km/h, a energia da colisão será: a) 50% maior. b) o dobro. c) três vezes maior d) quatro vezes maior. e) cinco vezes maior. 21. (INATEL-MODELO ENEM) – Os gatos são mestres em acumular energia potencial sobre os guarda-roupas, subindo neles. Durante o salto para cima, sua energia cinética se converte em energia potencial. Essa energia vai depender do gato (gordo ou magro) do guarda-roupas (alto ou baixo) e do planeta onde o fenômeno se dá. (GREF 1991 (v.1), p.95) O valor da energia potencial acumulada pelo gato sobre o guar da-rou - pas será maior quando a) o gato é gordo, o guarda-roupas é baixo e o fenômeno ocor re na Terra; b) o gato é gordo, o guarda-roupas é alto e o fenômeno ocor re na Lua; c) o gato é magro, o guarda-roupas é baixo e o fenômeno ocor re na Terra; d) o gato é gordo, o guarda-roupas é alto e o fenômeno ocor re na Terra; e) o gato é magro, o guarda-roupas é baixo e o fenômeno ocor re na Lua. 22. (FUVEST-MODELO ENEM) – No rótulo de uma lata de leite em pó, lê-se: “Valor energético: 1,5 . 103 kJ por 100 g”. Se toda a energia armazenada em uma lata contendo 400g de leite fosse utilizada para levantar um objeto de 10kg, a altura máxima atingida seria de: a) 25cm b) 15m c) 400m d) 2,0km e) 60km Adote g = 10m/s2 Dados: 1kcal = 1000cal; g = 10m/s2; 1cal = 4,2J P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 61 7. Energia potencial elástica ou de deformação A energia potencial elástica, ou de deformação, é uma forma de energia mecânica armazenada em uma mo la deformada ou em um elástico esticado. É, tipica - mente, uma forma de energia latente que pode trans for - mar-se em energia de movimento. Para deduzirmos a expressão da energia elástica, imaginemos uma mola comprimida. Sendo x a deformação da mola, sabemos que a in ten - sidade da força que a mola opõe à sua deformação é dada por: (Lei de Hooke) em que k representa uma grandeza característica da mola (ou do sistema elástico, se for o caso) denominada “cons tante elástica”, que mede a rigidez da mola. Para deformar a mola, um agente externo aplicou uma força → F, produzindo um deslocamento x e, portanto, realizando um certo trabalho. A força desenvolvida pelo agente externo é usada para vencer a resistência que a mola opõe à sua defor - mação e, portanto, tem intensidade kx. O trabalho do agente externo corresponde à energia mecânica que o agente transfere e fica armazenada na mo la sob a forma de energia elástica. Se quisermos saber a quantidade de energia elástica armazenada, basta calcular o trabalho do agente ex ter no. Para tal, construímos o dia grama da intensidade da força aplicada → F em função do deslocamento de seu ponto de aplicação d. O trabalho desenvolvido é medido pela área do triângulo destacado na figura. x . kx k x2 agente externo = –––––– = –––––2 2 Logo: Notas a) Sendo k > 0 e x2 ≥ 0, a energia potencial elástica nunca será estritamente negativa. b) Sendo Ep = f(x) uma função do 2. o grau, o gráfico de Ep em função de x terá a forma de um arco de parábola. Quando a pessoa comprime a mola, ela realiza um trabalho, armazenando energia potencial elástica. c) A unidade da constante elástica k pode ser escrita de duas maneiras: F = kx ⇒ E = ⇒ d) Observe que a força elástica F é a derivada da energia potencial elástica com relação a x: k x2 dE 2 k x E = –––– ⇒ F = ––– = ––––– = kx 2 dx 2 Analogamente, a força de gravidade P é a derivada da energia potencial de gravidade com relação à altura h: dE E = mgh ⇒ P = ––– = mg dh F = k x k x2 Eelástica = agente externo = –––––2 u(k) = N/m u(k) = J/m2 kx2 –––– 2 62 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 62 8. Energia mecânica total A energia mecânica total Em é a soma das energias cinética e potencial. Cumpre salientar que o valor da energia mecânica total depende do referencial e pode ser negativo, positivo ou nulo. 9. Sistema de forças conservativo Um sistema de forças é dito conservativo quando ele não altera a energia mecânica do corpo ou sistema de corpos sob a ação das forças que o constituem. É relevante salientar o fato de que as energias po ten - cial e cinética, em geral, variam e apenas a sua soma per - manece constante. Isto significa que a energia mecânica pode mudar de forma, passando de potencial para cinética ou vice-versa, porém o conteúdo total continua o mesmo, isto é, o que perde de energia potencial o sistema ganha em energia cinética ou vice-versa. Em particular, para uma partícula sob a ação exclu - siva do campo de gravidade da Terra, suposto uniforme, temos: m V2 Em = –––––– + m g H = constante2 Se a partícula estiver sob a ação de uma força elás - tica, além da energia potencial de gravidade mgH, tam - bém devemos computar a energia potencial elástica, da - da por Ee = , em que k é a constante elástica da força e x o afastamento da posição de energia potencial nula. Assim: Exemplo Consideremos uma pedra de massa 1,0kg aban do - nada da janela de um edifício, de uma altura de 100m em relação ao nível do chão. Consideremos desprezíveis os efeitos do atrito com o ar; adotemos o nível do chão como plano de referência e façamos g = 10m/s2. Mostramos, a seguir, uma tabela com valores da energia potencial, cinética e mecânica da pedra desde o instante em que foi abandonada até atingir o solo. Apresentamos, a seguir, alguns sistemas conser - vativos importantes. A força de gravidade é um dos exemplos mais sig - nificativos de força conservativa, isto é, incapaz de al - terar a energia mecânica do corpo. O corpo pode estar a) em queda livre vertical; b) subindo verticalmente; c) em movimento balístico; d) em órbita circular ou elíptica em torno do centro da Terra. Em = Ecin + Epot = constante kx2–––– 2 mV2 kx2Em = ––––– + mgH + ––––– = constante2 2 H (altura) Epot (joule) Ecin (joule) Em (joule) 100 1000 0 1000 80 800 200 1000 60 600 400 1000 50 500 500 1000 40 400 600 1000 20 200 800 1000 0 0 1000 1000 Em = Ecinética + Epotencial 63 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 13:09 Página 63 A energia mecânica se conserva porque o peso P → é uma força conservativa e a reação normal de apoio N → não realiza trabalho por ser normal à trajetória do corpo. A energia mecânica se conserva porque o peso P → é uma força conservativa e a força → T não realiza trabalho por ser normal à trajetória da esfera. Em uma máquina de Atwood ideal, cada bloco fica sob ação exclusiva de seu peso P → e da força T → aplicada pelo fio. Indiquemos por → TA e → TB as forças que o fio aplica aos blocos A e B. A energia mecânica total do conjunto dos dois blocos se conserva porque os pesos → PA e → PB são forças conser - vativas e ostrabalhos de → TA e → TB têm módulos iguais e sinais contrários, de modo que a sua soma é nula. TA = T . d ; TB = – T . d ⇒ 10. Gráficos de energias para um sistema conservativo Consideremos um sistema de forças conservativo e os gráficos das energias potencial (Ep) e cinética (Ec) em função do tempo (t) ou em função de uma coordenada de posição (x). Como a soma Ep + Ec é constante, os gráficos serão simétricos em relação a um eixo paralelo ao eixo dos tem - pos (ou das posições) e correspondente a uma energia igual a , ou seja, metade da energia mecânica to tal. E1 = Energia Cinética E2 = Energia Potencial Em = Energia Mecânica TA + TB = 0 mAVA 2 mBVB 2 ––––––– + mAghA + ––––––– + mBghB = constante2 2 Ep + Ec ––––––– 2 64 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 64 23. (UNICAMP) – O gráfico a seguir representa a intensidade da força aplicada a uma mola em função de sua deformação. a) Qual a constante elástica da mola? b) Qual a energia elástica armazenada na mola para x = 0,5m? Resolução a) De acordo com a Lei de Hooke: Para x = 0,50m, temos F = 12N. Portanto: 12 = k . 0,5 ⇒ b) A energia elástica armazenada é dada por: 24 Ee = –—- (0,5) 2 (J) ⇒ 2 Respostas: a) 24N/m b) 3,0J 24. (MACKENZIE) – Um corpo de massa 0,50kg é abandonado do re - pou so de uma posição A, comprimindo de 10cm uma mola elástica ideal de constante elástica k = 2,0 . 103 N/m. A mola se distende, o bloco se destaca da mola no ponto B e para no ponto C. No trecho AB não há atrito, porém no trecho BC existe atrito e o coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e o apoio vale 0,40. Adote g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar. A distância BC é igual a a) 1,0m b) 2,0m c) 3,0m d) 4,0m e) 5,0m F = k x k = 24 N/m kx2 Ee = –––––2 Ee = 3,0 J 65 11. Sistemas não conservativos Em um sistema de forças não conservativo, há varia - ção da energia mecânica total. Citemos alguns exemplos: Quando há uma explosão, há libertação de energia potencial química ou energia nuclear, havendo um au - mento da energia mecâ ni ca. Por exemplo: quando uma granada explode, os frag - men tos adquirem grande quantidade de energia cinética, havendo extraordinário aumento da energia mecânica do sistema. Nas colisões inelásticas, há diminuição da energia mecânica do sistema, pois há transfor ma ção de energia mecânica em térmica e sonora (provo can do aquecimento e “barulho”) e ainda em trabalho nas de for mações per - ma nentes. Quando existem, no sistema, forças dissipativas, co mo a força de resistência do ar, a força de atrito, a força vis co - sa de líquidos, há diminuição da energia mecâ ni ca, com a transformação, prin cipal mente, em energia térmica. Quando o sistema físico está sujeito à ação de forças externas que realizam trabalho sobre o sistema, a sua ener gia mecânica pode variar, o que implica um sistema não conservativo. Exemplificando, quando empurramos um bloco para cima em um plano inclinado com velocidade constante, a energia mecânica do bloco aumenta e o sistema não é conservativo. 12. Trabalho da força de atrito Quando a força de atrito realiza trabalho negativo, este corresponde à dissipação de energia mecânica em térmica. Se atuam em uma partícula forças conhecidas, → F1, → F2, ..., → Fn, além da força de atrito, podemos escrever: total = at + F1 + F2 + ... + Fn Calculados os trabalhos das forças conhecidas, → F1,→ F2, ..., → Fn, e o trabalho total pelo teorema da energia cinética (TEC), obtemos, da expressão an terior, o tra - balho da força de atrito. Se as forças → F1, → F2, ..., → Fn forem forças mecânicas conservativas, o trabalho do atrito é medido pela varia - ção da energia mecânica da partícula. at = �Emec P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 65 Resolução A energia elástica armazenada na mola é transferida para o bloco na forma de energia cinética: kx2 2,0 . 103 EcinB = —— = ———–— (0,10)2 (J) ⇒ EcinB = 10J 2 2 No trecho BC, a energia cinética do bloco é transformada em energia térmica pelo trabalho do atrito. Aplicando-se o teorema da energia cinética entre os pontos B e C, tem-se: P + N + at = EcinC – EcinB Porém: P = N = 0, pois o peso → P e a reação normal de apoio → N não realizam trabalho, por serem perpendiculares ao desloca men - to → BC. EcinC = 0, pois o bloco para em C. Portanto: Fat . | ⎯→ BC | . cos 180° = 0 – EcinB �mg | ⎯→ BC | (–1) = – EcinB 0,40 . 0,50 . 10 | ⎯→ BC | = 10 ⇒ Resposta: E 25. Na figura 1, as molas elásticas estão ligadas em paralelo e sus - tentando um bloco. Suponha que as molas elásticas sejam idên - ticas e que sejam ligadas em série com o mesmo bloco suspenso (fig. 2). Indiquemos por E1 e E2 as energias elásticas armazenadas pelo sis tema das duas molas, respectivamente, nas associações da figura (1) e da figura (2). Vale a relação: a) E2 = b) E2 = c) E2 = E1 d) E2 = 2E1 e) E2 = 4E1 Resolução Seja P o peso do bloco, k a constante elástica de cada mola e x a respectiva deformação. Para o equilíbrio do bloco, temos: fig. (1): 1) 2 kx1 = P ⇒ k x 1 2 P P2 2) E1 = 2 ——- = k �——� 2 ⇒ 2 2k fig. (2): 1) kx2 = P ⇒ k x 2 2 P 2) E2 = 2 ——- = k �——� 2 ⇒ 2 k Comparando-se E2 e E1, temos: E2 = 4E1 Resposta: E 26. Na figura adiante, temos um tobogã sem atrito. Um corpo, assi - milável a um ponto material, é abandonado a partir do repouso no ponto A e desliza livremente no to bogã, atingindo o ponto B. A ace leração de gravi da de local é cons tante e de módulo g. Determine em fun ção de g e h o módulo da velo cidade do corpo ao atingir o ponto B. Resolução Tomemos como plano de referência o plano horizontal que passa pelo ponto B. Como não existe atrito, a energia mecânica do cor - po permanecerá constante (sistema conservativo). A energia mecânica do corpo no ponto A é exclusivamente po - tencial, pois sua velocidade é nula; a energia mecânica do corpo no ponto B é exclusivamente cinética, pois pertence ao plano horizontal de referência. EA = EB m V B 2 mgh = –––––– 2 V B 2 = 2gh ⇒ Observe que a velocidade escalar de chegada a B é inde pen - dente da massa do corpo e da forma da trajetória. Para g constante, o módulo de velocidade de chegada é propor - cional à raiz quadrada da altura inicial de partida. 27. (UFC) – No gráfico a seguir, estão representadas as energias me - cânica (Em) e cinética (Ec), em função da altura relativa ao solo, cor - res pondentes ao movimento de um projétil de massa m = 2,0kg, lançado a partir da superfície de um planeta, isento de atmosfera. Com base no gráfico, podemos dizer que o módulo da aceleração da gravidade na superfície do planeta é igual a: a) 2,0m/s2 b) 4,0m/s2 c) 6,0m/s2 d) 8,0m/s2 e) 10,0m/s2 Resolução Para h1 = 4,0m, a energia potencial de gravidade é dada por: Ep 1 = Em – Ec1 = 100 – 36 (J) ⇒ Usando-se a expressão da energia potencial de gravidade: Ep1 = mgh 64 = 2,0 . g . 4,0 ⇒ Resposta: D 28. (UFPA-MODELO ENEM) – Nos Jogos dos Povos Indígenas, even to que promove a integração de diferentes tribos com sua cultura e esportes tradicionais, é realizada a competição de arco e total = �Ecin | ⎯→ BC | = 5,0m E1––– 4 E1––– 2 P x1 = ——2k P2 E1 = ——4k P x2 = ——k P2 E2 = ——k Ep 1 = 64J VB = ����2gh g = 8,0m/s2 66 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 66 30. Um brinquedo é formado por uma mola elástica ideal con tida em um cilindro posicionado verticalmente. Uma pequena esfera é pressionada contra a mola de modo a travá-la com uma certa deformação x. Quan do a mola é destravada, a esfera é arre mes - sada verticalmente para cima, subindo a uma altura máxi ma H. Despreze o efeito do ar. Se a deformação da mola passar a ser 2x, então a al tura máxima que a esfera vai subir será: a) b) c) H d) 2H e) 4H H –– 2 H –– 4 67 flecha, na qual o atleta indígena tenta acertar com precisão um determinado alvo. O sistema é constituído por um arco que, em conjunto com uma flecha, é estendido até um determinado ponto, onde a flechaé solta (figura abaixo), acelerando-se no decorrer de sua trajetória até atingir o alvo. Para essa situação, são feitas as seguintes afirmações: I. A força exercida pela mão do atleta sobre o arco é igual, em módulo, à força exercida pela outra mão do atleta sobre a corda. II. O trabalho realizado para distender a corda até o ponto C fica armazenado sob forma de energia potencial elástica do con - junto corda – arco. III. A energia mecânica da flecha, em relação ao eixo CD, no momento do lançamento, ao abandonar a corda, é exclusivamente energia cinética. IV. O trabalho realizado na penetração da flecha no alvo é igual à variação da energia potencial gravitacional da flecha. Estão corretas somente a) I e II b) II e III c) I e IV d) I, II e III e) II, III e IV Resolução I) VERDADEIRA Para o equilíbrio do arco: → F1 + → F2 = → 0 ⇒ → F1 = – → F2 II) VERDADEIRA. Conservação da energia. III) VERDADEIRA. Em relação ao eixo CD, a energia potencial gravitacional é nula e toda a energia elástica é transformada em cinética. IV) FALSA. O trabalho realizado será dado pela variação da ener - gia mecânica da flecha. Resposta: D 29. (UFF-RJ-MODELO ENEM) – O salto com vara é, sem dúvida, uma das disci plinas mais exigentes do atletismo. Em um único salto, o atleta executa cerca de 23 mo vi mentos em menos de 2 segundos. Nas Olimpíadas de Atenas, a atleta russa Svetlana Feofanova bateu o recorde feminino, saltando 4,88m. A figura a seguir representa um atleta durante um salto com va ra, em três instantes distintos. Assinale a opção que melhor identifica os tipos de energia envol - vidos em cada uma das situações I, II e III, respec tivamente. Admita ser nula a energia potencial gravitacional quando o atleta está no solo. a) cinética – cinética e gravitacional – cinética e gra vitacional. b) cinética e elástica – cinética, gravitacional e elástica – ciné tica e gra vitacional. c) cinética – cinética, gravitacional e elástica – cinética e gra - vitacional. d) cinética e elástica – cinética e elástica – gra vita cio nal. e) cinética e elástica – cinética e gravitacional – gra vitacional. Resolução 1) Quando o atleta está correndo no solo, a energia mecânica é apenas cinética. 2) Na situação II, o atleta tem energia cinética e potencial gra - vitacional e a vara vergada tem energia potencial elástica. 3) Na situação III, o atleta tem energia cinética e potencial gra - vitacional. Resposta: C P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 67 31. (UNICAMP-SP) – Sensores de dimensões muito pequenas têm sido aco plados a circuitos microeletrônicos. Um exemplo é um medidor de aceleração que consiste de uma massa m presa a uma micromola de constante elástica k. Quan do o conjunto é submetido a uma aceleração →a, a mi cromola se deforma, apli - cando uma força → Fel na massa (ver diagrama abaixo). O gráfico abaixo do diagrama mostra o módulo da força aplicada versus a defor mação de uma micromola utilizada num medidor de acele - ração. a) Qual é a constante elástica k da micromola? b) Qual é a energia necessária para produzir uma com pressão de 0,10�m na micromola? c) O medidor de aceleração foi dimensionado de forma que essa micromola sofra uma deformação de 0,50 �m quando a massa tem uma aceleração de mó dulo igual a 25 vezes o da aceleração da gra vi dade. Qual é o valor da massa m ligada à micromola? 32. (UFMG) – Observe o perfil de uma montanha russa repre sen tado nesta figura: Um carrinho é solto do ponto M, passa pelos pontos N e P e só con se gue chegar até o ponto Q. Suponha que a superfície dos trilhos apresenta as mesmas caracterís ticas em toda a sua extensão. Sejam ECN e ECP as energias cinéticas do carrinho, respectivamente, nos pontos N e P e ETP e ETQ as energias mecânicas totais do carrinho, também respectivamente, nos pontos P e Q. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a) ECN = ECP e ETP = ETQ b) ECN = ECP e ETP > ETQ c) ECN > ECP e ETP = ETQ d) ECN > ECP e ETP > ETQ 33. (UNIP-SP) – Uma pessoa de bicicleta sobe uma rampa inclinada de 30° com velocidade de módulo constante. Durante a subida, a) a energia mecânica da pessoa permanecerá constante. b) a energia potencial de gravidade da pessoa permanecerá constante. c) a energia cinética da pessoa vai diminuindo. d) a energia cinética da pessoa vai aumentando. e) a energia mecânica da pessoa vai aumentando. 34. (UERJ) – A probabilidade de uma pessoa ma chucar-se em uma montanha russa é de uma em 6 mi lhões. Mesmo assim, alguns especialistas vêem a diversão com grande preocupação. Uma delas é que no princípio de algumas subidas, quando a veloci dade do carro é alta, algumas pessoas poderiam des maiar. (Adaptado de Veja on-line, 17/07/2002) Considere o esquema da montanha russa abaixo. O ponto em que o risco apontado no texto atinge o máximo é o de número: a) I b) II c) III d) IV 35. (UNESP) – O bungee jump é um esporte radical bastante pratica - do no mundo inteiro e também conhecido como “iôiô hu mano”. A altura de um certo bungee jump é de 40 me tros, e o praticante desce por cerca de 11 m em queda livre. Supondo-se que a massa da corda elástica utilizada nestes saltos seja desprezível e considerando-se que um atleta, com 60 kg, tenha partido do repouso, determine o tempo de queda livre, desprezando-se a resistência do ar. Calcule a variação das energias potencial gravita - cional e cinética, sofridas pelo esportista, durante esse inter valo de tempo. Adote g = 10 m/s2. 36. (UNICAMP) – Que altura é possível atingir em um salto com vara? Essa pergunta retorna sempre que ocorre um gran de evento esportivo, como os jogos olímpicos. No salto com vara, um atleta conver te sua energia cinética obtida na corrida em energia po tencial elástica (flexão da vara), que por sua vez se converte em energia potencial gravitacional. Imagine um atleta com mas sa de 80kg que atinge uma velo cidade horizontal de módulo 10m/s no instante em que a vara co meça a ser flexionada para o salto. a) Qual é a máxima variação possível da altura do cen tro de massa do atleta, supondo-se que, ao transpor a barra, sua velocidade seja praticamente nula? b) Considerando-se que o atleta inicia o salto em pé e ul trapas sa a barra com o corpo na horizontal, de vemos somar a altu ra inicial do centro de massa do atleta à altura obtida no item anterior para obtermos o limite de altura de um salto. Faça uma estimativa desse limite para um atleta de 2,0m de altura. 68 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 68 69 c) Um atleta com os mesmos 2,0m de altura e massa de 60kg poderia saltar mais alto? Justifique sua res posta, admitindo-se que a velocidade horizontal seja a mesma (10m/s). 37. (UNIP-SP) – Uma pedra é lançada horizontal mente da janela de um prédio em um local onde o efeito do ar é desprezível. No instante do lançamento, a pedra tem energia po tencial de 300J e energia cinética de 100J, em relação ao solo. No instante em que a intensidade da velocidade da pe dra for duas vezes maior do que a intensidade da velocidade de lançamento, então a) a energia potencial da pedra valerá 200J. b) a energia cinética da pedra valerá 200J. c) a pedra estará chegando ao solo. d) a energia cinética da pedra será nula. e) a energia mecânica da pedra valerá 300J. 38. (UDESC) – O gráfico abaixo representa a energia cinética de uma partícula de massa 80g, sujeita somente a forças con ser vativas, em função da sua posição x. A energia mecânica da partícula é de 450 J. a) Determine a energia potencial da partícula para x = 2,0m. b) Calcule o módulo da velocidade da partícula para x = 6,0m. c) Determine a velocidade escalar máxima da partícula. d) Determine os pontos em que a partícula tem velocidade nula. 39. (UFAM) – Uma partícula de massa m = 10 g mo ve-se ao longo do eixo x, sob a ação de forças conser vativas, com energia mecânica total igual a 50J. O gráfico representa a energia cinética da partícula em cada ponto de sua trajetória, em função da distância (x). Com relação a esta partícula, podemosafirmar: a) Em x = 0, sua energia mecânica total é de 25J. b) Em x = 1m, sua energia potencial é nula. c) Em x = 3m, sua velocidade é nula. d) Em x = 3m, sua velocidade tem módulo igual a 50 m/s. e) Em x = 1m, sua energia potencial é de 50J. 40. (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – Estan - do em um “playground”, você e seu ami go brin cam em um escorregador sem atrito. Sua massa é de 75kg, enquanto a de seu ami go é 25kg. Suponha que ambos começam a des lizar no escorre gador ao mesmo tempo, par tindo do re pou so. Qual das afirma ções seguin tes explica melhor quem terá a maior ve lo ci - dade escalar final? a) Ambos terão a mesma velocidade escalar final. b) Seu amigo, porque ele não pressiona a su perfície do escorregador como você, visto que tem menor massa. c) Você, pois é mais pesado do que ele, o que re sulta numa maior aceleração. d) Seu amigo, pois objetos mais leves são facil mente acelerados. e) Você, porque seu tempo de deslizamento pelo escor re gador é menor. 41. (VUNESP-MODELO ENEM) – Supondo que Miguelito passe pelo ponto mais baixo com uma velocidade de módulo 14,4 km/h, a máxima altura que ele poderá alcançar com sua balança, relativamente a esse ponto, é, em cm, de a) 80 b) 72 c) 68 d) 54 e) 50 Dado: g = 10 m/s2 e despreze o efeito do ar (Quino, Toda Mafalda) 42. (CESGRANRIO-UNIFICADO-RJ-MODELO ENEM) – O Beach Park, localizado em Fortaleza-CE, é o maior parque aquático da América Latina situado na beira do mar. Uma de suas principais atrações é um toboágua chamado “Insano”. Descendo esse toboágua, uma pessoa atinge sua parte mais baixa com velocidade de módulo 28m/s. Consi de rando-se a aceleração da gra vidade com módulo g = 9,8m/s2 e des prezando-se os atritos, conclui-se que a altura do toboágua, em metros, é de: a) 40 b) 38 c) 37 d) 32 e) 28 43. (VUNESP-MODELO ENEM) – Os veículos de combustão interna deverão ser remodelados para atender à expectativa de “salva - mento” do planeta. Nesse sentido, já estão sendo construídos veículos híbridos, movidos por combustão e por eletricidade. A ele - tricidade é provida por meio de geradores que, conectados aos eixos das rodas, convertem a energia do movimento do carro nos momentos em que o motor não realiza esforço, como nos de clives. Supondo-se que o reaproveitamento seja de 80%, a energia que um híbrido de 900 kg, que já se movimentava com velocidade de módulo 20 m/s, consegue converter durante uma descida que o leva a 50 m abaixo do ponto de partida é, em kJ, aproxi madamente, a) 630 b) 504 c) 450 d) 366 e) 180 Dado: g = 10 m/s2 44. (VUNESP-MODELO ENEM) – Quando surgiu, a bicicleta não era muito mais que uma estrutura de madeira com duas rodas. Não pos suía freios nem pedais e seu funcionamento dava-se por empurrões no chão com os pés de quem a conduzia. Vantagem mesmo era descer uma ladeira com a engenhoca! De fato, com uma bicicleta, a partir do repouso, se você descer uma ladeira de desnível 5m, sem utilizar os pedais ou freios, a máxima velocidade que poderá ser atingida, em m/s, será a) 2 b) 4 c) 5 d) 10 e) 15 Dado: g = 10m/s2 e o atrito e o efeito do ar são desprezíveis. P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 69 45. (VUNESP-MODELO ENEM) – Veja esta tirinha: (Quino, Gente en su sitio. Adaptado) Sendo 3,2m a altura entre os pisos superior e inferior, o módulo da velocidade de chegada ao piso inferior, ao se utilizar o escorregador, é, em m/s, a) 8,0m/s b) 6,0m/s c) 4,0m/s d) 2,0m/s e) 1,0m/s Considerar o módulo da aceleração da gravidade, g = 10,0m/s2 e ausentes quaisquer ações dissipativas. 70 46. (UNIFICADO-RJ) – Um corpo é lançado verticalmente para cima. Desprezando-se a resistência do ar, construa os gráficos das ener - gias cinética, potencial e mecânica do corpo em função da altura h, relativa ao solo. Considere o plano de referência para medir a energia potencial de gravidade fixo no solo horizontal. Resolução 1. A energia mecânica total Em permanece constante, pois o corpo está sob ação exclusiva de seu peso, que é uma força conservativa. 2. A energia potencial de gravidade Ep é função proporcional da altura h : Ep = mgh. 3. A energia cinética Ec é dada por: Ec = Em – Ep = Em – mgh Observe que os gráficos de Ec e Ep são simétricos em relação a uma reta paralela ao eixo das alturas e correspondente à me ta de da energia mecânica total ( ). 47. (VUNESP-MODELO ENEM) – Numa partida de tênis, o jogador que está sacando põe a bola em jogo elevando-a a uma altura de 2,2m em relação ao chão e imprimindo-lhe uma velocidade inicial horizontal de módulo 108km/h, assim que acaba de perder o con - tato com a raquete. Desprezando-se o efeito do ar, o mó dulo da velocidade da bola ao tocar o chão, do outro lado da quadra, é a) menor que 20m/s b) entre 20 e 25m/s c) entre 25 e 30m/s d) igual a 30m/s e) maior que 30m/s Resolução A energia mecânica da bola vai conservar-se: (ref. em B) = + mgH VB 2 = V0 2 + 2gH ⇒ VB = V0 2 + 2gH VB > V0 ⇒ Resposta: E 48. (UFJF-MG-MODELO ENEM) – Em uma estação ferroviária, exis - te uma mola destinada a parar sem dano o movi mento de locomotivas. Admitindo-se que a loco mo tiva a ser parada tem velocidade escalar de 7,2km/h, mas sa de 7,0 . 104kg, e a mola sofre uma defor ma ção de 1,0m, qual deve ser a constante elástica da mola? Admita que na colisão não haja dissipação de energia mecânica. a) 2,8 . 105 N/m b) 3,62 . 106 N/m c) 2,8 . 105 J d) 3,62 . 106 W e) 3,62 . 106 J mgH ––––– 2 EB = EA mVB 2 –––– 2 mV0 2 –––– 2 VB > 30m/s P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 70 Resolução A energia cinética da locomotiva vai transformar-se em ener gia potencial elástica da mola. = k = = . (2,0)2 (SI) ⇒ Resposta: A 49. (FUVEST) – Dois móveis, A e B, são abandonados simul ta nea - mente de uma altura h acima do solo. O móvel A cai em que da livre e o móvel B escorrega por um plano inclinado sem atrito. Podemos afirmar que a) A atinge o solo ao mesmo tempo que B e com velocidade maior do que B. b) A atinge o solo ao mesmo tempo que B e com velocidade menor do que B. c) A atinge o solo ao mesmo tempo que B e com velocidade de módulo igual ao da de B. d) A atinge o solo antes de B e com velocidade de módulo igual ao da de B. e) A atinge o solo antes de B e com velocidade maior que a de B. Resolução A velocidade de chegada ao chão tem seu módulo calculado pela conservação da energia mecânica. m V f 2 mgh = –––––– 2 Logo: e, para o mesmo h, a velocidade final terá o mesmo módulo: VA = VB. Na queda vertical, o tempo de queda é dado por: V = V0 + � t ⇒ ����2gh = 0 + gtA ⇒ Na queda no plano inclinado, temos: V = V0 + � t ⇒ ����2gh = 0 + g sen � tB tB = Sendo sen � < 1, temos: tB > tA. Resposta: D 50. De uma mesma altura são lançados, simultaneamente, três pon - tos materiais, A, B e C, com velocidades de mesmo módulo, po - rém em direções diferentes. O ponto material A é lançado verti - calmente para baixo, o ponto B verticalmente para cima e o ponto C horizontalmente, como sugere a figura. Despreza-se a resis - tência do ar e admite-se o campo de gravidade uniforme. Qual dos pontos materiais chegará ao chão com o maior módulo de velocidade? Justifique. Resolução Como desprezamos a resistência do ar, a energia mecânica de ca - da ponto material permanecerá constante (sistema conservativo). Adotando-se como plano de referência o plano do chão, teremos: mV2 mV 0 2 ––––– = ––––– + mgH 2 2 Observe que, no ato de lançamento, o ponto material possui energia potencial e cinética, porém, ao atingir o chão, a energia potencial vale zero. Segue-se que: V2 = V 0 2 + 2gH Logo: Como g é constante e para todos os pontos materiais temos o mesmo V0 e o mesmo H (altura de partida), todos os pontos ma - te riais chegarão ao chão com o mesmo módulo de velocidade: Observe que a conclusão apresentada independe da massa dos pontos materiais, que poderão ser iguais entre si ou diferentes. Observe ainda que os movimentos verticais dos três pontos ma - te riais são diferentes, pois, embora a aceleração verticalseja a mesma ( →g ), as velocidades iniciais, segundo a vertical, são diferentes. Isto acarreta uma diferença nos tempos de queda. Os tempos de queda dos três pontos materiais são diferentes. 51. Na figura, M é um bloco de madeira de massa 1,0kg que cai, em queda livre, a partir do repouso, de uma altura de 1,0m sobre uma mola elás tica de massa desprezível, com pri mindo-a de 10cm. A massa da plataforma, os atritos e a perda de ener gia mecânica na colisão são desprezíveis. A aceleração da gravidade local é constante e de in tensidade igual a 10m/s2. A constante elástica da mola, medida em unida des SI (N/m), vale: a) 2,0 . 103 b) 2,2 . 103 c) 3,7 . 103 d) 4,2 . 103 e) 3,3 . 103 2h tA = ��––––g 1 –––––– sen � 2h��–––g V = ����� V02 + 2gH VA = VB = VC Einicial = Efinal Vf = ����2gh m V2 ––––– 2 k x2 ––––– 2 m V2 ––––– x2 7,0 . 104 ––––––––– (1,0)2 k = 2,8 . 105 N/m 71 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 71 72 Resolução Usando-se a conservação da energia mecânica entre A e B (ponto de compressão máxima), temos: Kx máx 2 –––––– = mg (H + xmáx)2 K ––– (0,10)2 = 1,0 . 10 . 1,1 2 K . 10–2 = 22 ⇒ Resposta: B 52. (VUNESP) – Um bloco de massa m encontra-se em repouso sobre uma plataforma horizontal e preso, como mostra a figura, a uma mola de massa desprezível que não está distendida nem com primida. Quando a plataforma é puxada rapidamente para baixo, o bloco cai e estica a mola. Despreze perdas de energia mecânica. Se g é o módulo da aceleração da gravidade e k a constante elástica da mola, a máxima distensão que a mola sofrerá será dada por: mg mg 2mg a) –––– b) –––– c) –––– 2k k k d) e) Resolução O bloco parte do repouso (ponto A) e estará novamente em re pou - so (ponto B) quando a mola atingir seu alongamento máximo d. Usando-se a conservação da energia mecânica entre as posições A e B, temos: (Referência em B) kd2 –––– = mgd 2 Resposta: C 53. No esquema da figura, temos uma Máquina de Atwood ideal (polia e fio têm massas desprezíveis) em que o blo co A tem massa M e o bloco B tem massa m, sendo M > m. A aceleração local da gravidade tem módulo igual a g e despreza-se o efeito do ar. O sistema é abandonado do repou so com a configuração indicada na figura. Seja V o módulo da velocidade dos blocos, quando o bloco A esti - ver chegando ao solo. Assinale a opção que traduz a con ser vação da energia mecânica do sis tema formado pelos blocos A e B. MV2 a) MgH = ––––– 2 (M + m)V2 b) MgH = –––––––––– 2 (M + m) V2 c) MgH = mgH + ––––––––––– 2 mV2 d) MgH = mgH + ––––– 2 mV2 e) MgH = ––––– 2 Resolução Para um referencial fixo no solo, usando-se a conservação da ener gia mecânica do sistema (A + B), obtemos: (M + m) mg2H + –––––––– V2 = (M + m) g H 2 (M + m) 2mgH + –––––––– V2 = MgH + mgH 2 Resposta: C EB = EA 2mg d = ––––– k Efinal = Einicial (M + m) MgH = mgH + –––––––– V2 2 mg��–––k���mg––––––k EB = EA K = 2,2 . 103N/m P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 72 54. Um projétil é lançado verticalmente para cima a partir do solo terrestre, tomado como referencial, numa região onde a resistência do ar é desprezível. O gráfico a seguir representa as energias cinética, potencial e mecânica total do projétil em função da altura h do projétil acima do solo. a) Faça a correspondência entre os gráficos A, B e C e as ener - gias potencial, cinética e mecânica do projétil. b) Determine a massa do projétil. c) Determine o módulo da velocidade inicial do projétil. Adote g = 10,0m/s2. 55. (UERJ) – Um corpo cai em direção à Terra, a partir do repouso, no instante t = 0. Observe os gráficos abaixo, nos quais são apresen tadas dife - rentes variações das energias potencial (Ep) e cinética (Ec) deste corpo, em função do tempo. O gráfico energia x tempo que representa melhor a variação das duas grandezas descritas é o de número: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 56. (VUNESP-FAMECA-SP) – Uma bola, de massa 1,0kg, é lançada verticalmente para baixo, de uma altura de 100 m, com velocidade de módulo 10���5 m/s, rebatendo no solo e tornando a subir a uma altura de 45 m. Desprezando-se o atrito do ar e considerando-se g = 10 m/s2, determine a) o módulo da velocidade com que a bola chega ao solo; b) a energia mecânica dissipada no contato com o solo. 57. De uma janela que se encontra a uma altura y0 = 4,0m acima do solo horizontal, uma esferinha é lançada obliquamente com velocidade de módulo 6,0m/s. A esferinha tem massa de 0,50kg e sobe até uma altura máxima de 1,0m acima da janela. O efeito do ar é desprezível e adota-se g = 10,0m/s2. O gráfico a seguir representa a trajetória parabólica da esferinha desde seu lançamento até atingir o solo em D. Determine a) o módulo da velocidade da esferinha ao passar pela posição B; b) o módulo da velocidade da esferinha ao passar pelo ponto C e ao chegar ao solo em D; c) o trabalho realizado pelo peso da esferinha entre as posições A (lançamento) e D (chegada ao solo). 58. (UNESP) – Um bloco sobe uma rampa desli zando sem atrito, em movimento uniforme mente retardado, exclusiva - men te sob a ação da força da gra - vidade e da força do apoio, conforme mostrado na figura. Ele parte do solo no instante t = 0 e che ga ao ponto mais alto em 1,2s. O módulo da velocidade em fun ção do tempo é apresentado no gráfico. Considerando-se g = 10,0m/s2, a altura em que o bloco se encontrava em t = 0,4s era a) 0,5m b) 1,0m c) 1,6m d) 2,5m e) 3,2m 59. (UESPI) – Uma partícula de massa m é aban donada a partir do repouso do topo (ponto A da figura) de uma superfície circular de raio R. O ponto A é situado a uma altura h em relação ao solo. A partícula desliza sem atrito ao longo de toda a su perfície circular. A partir do ponto B (ponto mais baixo da superfície circular), a partícula é lançada em que da livre até atingir o solo no ponto C, como ilus trado na figura. 73 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 73 74 A velocidade na posição B é horizontal. A aceleração da gravidade no local é →g, e O é a origem do sistema de coordenadas x-y. Para tal situação, qual é o valor do alcance OC (posição que a partícula toca o solo)? a) h/2 b) R c) �������2R(h – R) d) 2 �������R(h – R) e) �������h(h – R)/2 60. (UFAM) – Uma bolinha de massa m é aban donada no ponto A de um trilho, a uma altura H do solo, e descreve a trajetória ABCD indicada na figura abaixo. A bolinha passa pelo ponto mais elevado da trajetória parabólica (BCD), a uma altura h do solo, com velocidade cujo módulo vale VC = 10m/s e atinge o solo no ponto D com velocidade de módulo igual a VD = 20m/s. Podemos afir - mar que as alturas referidas no texto valem: a) H = 19m; h = 15m. b) H = 18m; h = 10m. c) H = 20m; h = 4m. d) H = 12m; h = 8m. e) H = 20m; h = 15m. (Adote g = 10m/s2 e despreze os atritos e o efeito do ar.) 61. (FUVEST-SP) – Um corpo de massa m é lançado com velocidade inicial → V0 na parte horizontal de uma ram pa, como indicado na figura. Ao atingir o ponto A, ele abandona a rampa, com uma velocidade → VA (VAx, VAy), segue uma trajetória que passa pelo ponto de máxima altura B e retorna à rampa no ponto C. Despreze o atrito. Sejam hA, hB e hC as alturas dos pontos A, B e C, respectivamente, → VB (VBx, VBy) a ve lo cidade do corpo no ponto B e → VC (VCx, VCy) a velocidade do corpo no ponto C. Considere as afirmações: I. V0 =VAx = VB = VCx II. VAx =VB = VCx III. (1/2) m VB 2 = (1/2) m VA 2 – m g (hB – hA) IV. (1/2) m V0 2 = m g hB V. (1/2) m VAy 2 = m g (hB – hA) São corretas: a) todas as afirmações. b) somente I e II. c) somente II, III e IV. d) somente II, III, IV e V. e) somente II, III e V. 62. (FATEC-SP) – Um bloco de massa 0,60kg é abandonado, a partir do repouso, no ponto A de uma pista no plano vertical. O ponto A está a 2,0m de altura da base da pista, onde está fixa uma mola de constante elástica 150N/m. São desprezíveis os efei tos do atrito e adota-se g = 10m/s2. A máxima compressão da mola vale, a) 0,80m b) 0,40m c) 0,20m d) 0,10m e) 0,05m 63. (UFPE) – Uma bolinhade massa 0,1kg está conectada a uma mola ideal de constante elástica igual a 180N/m, como mostrado na figura. A bolinha é largada, a partir do repouso, quando a distensão da mola vale 10cm. Calcule o módulo da velocidade da bolinha, em m/s, no instante em que ela passa pelo ponto onde a mola não está nem distendida nem comprimida. Considere que a bolinha se move ao longo de um tubo vertical de vidro sem atrito. Despreze o efeito do ar e adote g = 10m/s2. 64. Em um local onde o efeito do ar é desprezível e a aceleração da gravidade é constante, um conjunto de partículas parte simul - tanea men te, no instante t = 0, de uma mesma altura H acima do solo horizontal com as velocidades iniciais indicadas na figura. Indiquemos por Ti o tempo gasto para chegar ao solo e por Vi o módulo da velocidade com que a partícula chega ao solo. O índice i vai identificar a partícula. Assinale a opção correta. a) TD < TA = TB < TC = TE b) TA < TB < TC < TD < TE VA < VB = VC = VD < VE VA < VB = VC = VD = VE c) TD < TA = TB < TC = TE d) TA = TB < TC = TD < TE VA < VB = VD < VC < VE VA < VB = VC = VD < VE e) TA = TB = TC = TD = TE VA = VB = VC = VD = VE 65. (FEI-SP) – Um elevador de massa 600kg, com 5 pessoas dentro com 80kg cada uma, despencou de uma altura de 19,5m. O sistema de freios não funcionou e os atritos eram desprezíveis. Ao chegar ao solo, a compressão máxima da mola que amortece o choque foi de 0,5m. Qual é, aproximadamente, a constante elástica da mola? Adote g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar. a) 6,0 . 102 kN/m b) 8,0 . 102 kN/m c) 1,0 . 103 kN/m d) 1,2 . 103 kN/m e) 1,6 . 103 kN/m P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 74 66. (FATEC-SP) – O cientista inglês Robert Hooke estudou as mais diversas áreas da ciência. Realizou trabalhos científicos com Boyle, Newton e Huygens, por exemplo. Na Física, foi respon - sável por descrever a deformação de materiais elásticos e sua relação com a força. Em um de seus experimentos, soltou de uma altura de 3,0 me - tros, em relação ao solo, uma esfera de massa 70 kg sobre uma cama elástica de circo. A cama elástica sofreu uma deformação de 50 cm, conforme mostra a figura a seguir. Dado: g = 10m/s2 Supondo-se que haja conservação de energia mecânica em qualquer instante e que a cama elástica se deforme uniforme - mente, o valor da constante elástica da cama é, em N/m, de a) 1,96 . 104 b) 1,6 . 104 c) 1,4 . 104 d) 1,1 . 104 e) 8,4 . 103 67. (UNIRIO) – Dois corpos, A (mA = 3,0kg) e B (mB = 2,0kg), pos suem dimensões despre zíveis. Os corpos A e B estão interli gados por uma corda inex tensível e de massa desprezível que passa por uma polia ideal, como mostra a figura abaixo. Os corpos inicialmente estão em repouso. Considerando-se g = 10m/s2 e que não existam forças dissipativas, determine a) a energia mecânica inicial do sistema, para um re ferencial fixo no solo; b) o módulo da velocidade com que o corpo A chega ao solo. 68. Os blocos A e B, representados na figura abaixo, estão inicial - mente em repouso, têm massas M e m, respectivamente, e estão ligados por um fio inexten sível de massa desprezível. Sabendo-se que não existe atrito entre o bloco A e a mesa, que a massa da polia e a resistência do ar são desprezíveis e que a aceleração da gravidade no local tem módulo g, é correto afirmar que, quando o bloco B tiver percorrido a altura h (imediatamente antes da colisão com o chão), a energia cinética do bloco A é expressa por: a) Mgh b) c) d) e) Mgh 69. (UFRJ) – O sistema ilustrado na figura abaixo é uma Máquina de Atwood. A roldana tem massa despre zí vel e gira livremente em torno de um eixo fixo per pen dicular ao plano da figura, passando pelo centro geométrico da roldana. Uma das massas vale m e a outra, 2m. O sistema en contra-se inicialmente na situação ilustrada pela figura (a), isto é, com os corpos A e B no mesmo ní vel. O sistema é então abandonado a partir do re pouso e, após um certo intervalo de tempo, a dis tância vertical entre as massas é h, figura (b). O módulo da velocidade de cada um dos corpos (A e B) na situação mostrada na figura (b) vale: a) b) c) ���g h d) ���2gh e) 2 ���g h Despreze o efeito do ar. A aceleração da gravidade tem módulo g. Questões 70 e 71. Na figura abaixo, está esquematizado um tipo de usi - na utilizada na geração de eletricidade. 70. Analisando-se o esquema, é possível identificar que se tra ta de uma usina a) hidroelétrica, porque a água corrente baixa a tempe ratura da turbina. b) hidroelétrica, porque a usina faz uso da energia cinéti ca da água. c) termoelétrica, porque no movimento das turbinas ocorre aquecimento. d) eólica, porque a turbina é movida pelo movimento da água. e) nuclear, porque a energia é obtida do núcleo das mo léculas de água. gMmh ––––––– (M + m) 1 ––– 2 1 ––– 2 gMmh ––––––– (M + m) 2gMmh ––––––– (M + m) g h ––– 2 g h ––– 3 75 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 75 75. (FUVEST) – A figura representa um plano inclinado CD. Um pe - queno corpo é abandonado em C, desliza sem atrito pelo plano e cai livremente a partir de D, atingindo finalmente o solo. Des pre - zando-se a resistência do ar, determine a) o módulo da aceleração a do corpo, no trecho CD, em m/s2. Use para o módulo da aceleração da gravidade o valor g = 10m/s2; b) o valor do módulo da velocidade do corpo, imediatamente antes de ele atingir o solo, em m/s; c) o valor da componente horizontal da velocidade do corpo, ime - diatamente antes de ele atingir o solo, em m/s. Resolução a) No trecho CD, a força resultante no corpo é a componente tan - gencial de seu peso. Aplicando-se a 2.a Lei de Newton, obtemos: Pt = m a m g sen � = m a Por Pitágoras, obtemos ––– CD = 5,0m No triângulo ACD, temos: a = g sen � 76 71. No processo de obtenção de eletricidade, ocorrem vá rias trans - formações de energia. Considere duas delas: I. cinética em elétrica II. potencial gravitacional em cinética Analisando-se o esquema, é possível identificar que elas se en - con tram, respectivamente, entre a) I – a água no nível h e a turbina, II – o gerador e a tor re de dis tri buição. b) I – a água no nível h e a turbina, II – a turbina e o ge rador. c) I – a turbina e o gerador, II – a turbina e o gerador. d) I – a turbina e o gerador, II – a água no nível h e a tur bina. e) I – o gerador e a torre de distribuição, II – a água no nível h e a turbina. 72. (UFRRJ-MODELO ENEM) – Nos momentos de lazer, nos parques de diversões, frequentemente vemos famílias inteiras divertindo-se nos mais variados brinquedos. Um dos que mais chamam a atenção é a montanha russa. Observe o esquema a seguir. Neste pequeno trecho, o carrinho da montanha russa passa pelo ponto A com velocidade de módulo 54 km/h. As alturas ha e hb valem, respectivamente, 15 metros e 25 metros. Desconside - rando-se toda e qualquer forma de atrito, o módulo da velocidade com que o carrinho atingirá o ponto B será de a) 12 km/h b) 18 km/h c) 21 km/h d) 24 km/h e) 31 km/h Adote g = 10 m/s2 73. (PUC-SP-MODELO ENEM) – A figura mostra o perfil de uma mon tanha russa de um parque de diversões. O carrinho é levado até o ponto mais alto por uma esteira, atin - gindo o ponto A com velocidade que pode ser considerada nula. A partir desse ponto, inicia seu movimento e ao passar pelo ponto B sua velocidade tem módulo igual a 10 m/s. Considerando-se a massa do conjunto carrinho+passageiros como 400 kg, pode-se afirmar que o módulo da energia mecânica dissipada pelo sistema foi de (dado g = 10m/s2) a) 96kJ b) 60kJ c) 36kJ d) 9,6kJ e) 6,0kJ 74. (UNESP-MODELO ENEM) – Em um centro de treinamento, dois paraquedistas, M e N, partindo do repouso, descem de uma plataforma horizontal agarrados a roldanas que rolam sobre dois cabos de aço. M segura-se na roldana que se desloca do ponto A ao ponto B e N, na que se desloca do ponto C ao D. A distância CD é o dobro da distância AB e os pontos B e D estão à mesma altura em relação ao solo. Ao chegarem a B e D, respectivamente, com os pés próximos ao solo horizontal, eles sesoltam das roldanas e procuram correr e se equilibrar para não cair, tal como se estivessem chegando ao solo de paraquedas. Desprezando-se perdas por atrito com o ar e nas roldanas, a razão entre os módulos das velocidades finais de M e N, no momento em que se soltam das roldanas nos pontos B e D, vale a) ��2 /2 b) 1 c) ��2 d) 2 e) 2 ��2 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 76 3 sen � = ––– = 0,60 5 Portanto: a = 10 . 0,60 (m/s2) ⇒ b) Como não há atrito nem resistência do ar, o sistema de forças é conservativo e, portanto: (referência em B) m V B 2 –––––– = m g H 2 VB = ���� 2 g H = ������2 . 10 . 6,0 (m/s) c) A partir do ponto D, a única força atuante no corpo é o seu peso (força vertical) e, portanto, a partir do ponto D, a veloci - dade horizontal do corpo permanece constante: (I) Para obter o módulo da velocidade em D, podemos usar a con - servação da energia mecânica de C para D ou a Equação de Torricelli. (referência em D) mV D 2 –––––– = m g h 2 VD = ���� 2 g H = ������ 2 . 10 . 3,0 (m/s) ⇒ VD = ���60 m/s (II) Substituindo-se (II) em (I), tem-se: 4 VhB = ���60 . ––– (m/s) ⇒ 5 Respostas: a) 6,0m/s2 b) ���120 m/s ou � 11m/s c) 0,80 ���60 m/s ou � 6,2m/s 76. (UNIP) – Um projétil é disparado a partir do solo horizontal (ponto A), com energia cinética de 40J (relativa ao solo) e com veloci da- de inicial → V0, formando um ângulo de 60° como o plano do solo, em um local onde o campo de gravidade é uniforme. O projétil descreve uma parábola (resistência do ar desprezível) atingindo uma altura máxima H, em relação ao solo. Quando o pro jétil passar pelo ponto C, a uma altura do solo, sua ener - gia cinética, em relação ao solo, a) não está determinada com os dados apresentados. b) valerá 15 J. c) valerá 20 J. d) valerá 25 J. e) será igual à energia potencial. Resolução Quando o projétil passa pelo ponto B, sua velocidade se reduz à componente horizontal de → V0: V0VB = V0x = V0 cos 60° = –––2 Portanto, de A para B, o módulo da velocidade se reduziu à me - tade e a energia cinética se reduziu à quarta parte, pois é pro por - cional ao quadrado da velocidade �Ec = �. De B para C, a altura se reduziu à metade e, portanto, a energia potencial de gravidade também se reduziu à metade, pois é proporcional à altura (Ep = mgh). Segue-se uma tabela de energias: Resposta: D 77. (UFMG) – Uma esferinha é abandonada do repouso no ponto P. Após percorrer o trecho horizontal da mesa, cai no potinho que está no chão (ver a figura). Desprezando-se os atritos, em que situação, abaixo, a bolinha continuará a cair no potinho? a) Dobra-se h; dobra-se d; mantém-se H. b) Dobra-se H; dobra-se d; mantém-se h. c) Divide-se d por 2; dobra-se h; mantém-se H. d) Divide-se h por 2; divide-se H por 2; mantém-se d. e) Divide-se H por 2; dobra-se h; mantém-se d. H ––– 2 Vh B = Vh D = VD cos � ED = EC Vh B � 6,2m/s EB = EC VB = ����120 m/s � 11m/s a = 6,0 m/s2 mV2 –––– 2 Ponto Ep(J) Ec(J) Em(J) A 0 40 40 B 30 10 40 C 15 25 40 77 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 77 Resolução 1) Usando a conservação da energia mecânica de P para A, te - mos: (Referência em A) mV A 2 _____ ––––– = mgh ⇒ 2 2) O tempo de queda de A para B é calculado analisando-se ape - nas o movimento vertical (MUV): �y �y = V0y t + –––– t 2 (↓) 2 g H = ––– t Q 2 ⇒ 2 3) A distância horizontal d é calculada analisando-se o movi men - to horizontal (MU): �x = Vx t d = VA . tQ ⇒ d = ����2 g h . Observe que d independe do valor da aceleração da gravidade g. Se, por exemplo, dividirmos H por 2 e duplicarmos h (opção E), o valor de d não se altera. Resposta: E 78. Considere uma corda homogênea de comprimento L e espessura desprezível (em comparação com L) que está em repouso sobre uma mesa horizontal sem atrito (fig. 1). A corda está junto à borda da mesa e, recebendo um pequeno impulso (desprezível), começa a escorregar para fora da mesa. Quando a corda estiver desprendendo-se da mesa (fig. 2), sua velocidade terá módulo V. Sendo g o módulo da aceleração da gravidade, suposta cons tan - te, e desprezando-se o efeito do ar, o valor de V é dado por: a) V = b) V = ��gL c) V = ���2gL d) V = 2 ��gL e) V = 4 ��gL Resolução Desprezando-se o atrito e o efeito do ar, a energia mecânica da cor da permanece constante. Isto significa que a energia potencial perdida é transformada em energia cinética. O conceito fundamental desta questão é o fato de que, na medida da energia potencial de gravidade, devemos raciocinar com a perda de altura do centro de gravidade CG da corda. L M V2 Mg ––– = ––––– 2 2 V = ��gL Resposta: B 79. Um novo esporte da moda é o “bungee jump”, conhecido como o “ioiô humano”. Considere uma pessoa de massa 70kg que vai saltar, a partir do repouso, de uma plataforma presa a uma corda elástica ideal de constante elástica k = 140 N/m. Despreze o efeito de resistência do ar e adote g = 10m/s2. A corda elástica, presa à plataforma, tem um comprimento natural de 17,5m. a) Qual a deformação da corda quando a velocidade escalar da pes soa for máxima? b) Qual a velocidade escalar máxima da pessoa? c) Qual o comprimento da corda quando a velocidade escalar da pessoa se anula? Resolução a) Quando a corda começa a se deformar (L > 17,5m), a pessoa fica sob ação de duas forças verticais: o seu peso → P e a força → F aplicada pela corda. Enquanto P > F, a força resultante é dirigida para baixo e o movimento da pessoa é acelerado. Quando F > P, a força resultante passa a ser dirigida para cima e a pessoa começa a frear. Portanto, a velocidade escalar máxima ocorre na posição de equilíbrio, quando F = P. Na posição de velocidade escalar máxima, a deformação x1 da corda é dada por: kx1 = mg 140 . x1 = 70 . 10 ⇒ gL��–––2 Epotperdida = Ecinganha EA = EP VA = ����2gh 2H tQ = ��–––g 2H��–––g d = 2 ���h H x1 = 5,0m 78 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 78 b) Para obter o valor da veloci dade es - calar máxima, de ve mos usar a con - servação da energia mecânica entre a posição inicial (A) e a posição de velocidade es calar máxima (B). (Referência em B) mV 1 2 k x 1 2 ––––– + ––––– = mg (L0 + x1)2 2 70 140 ––– V 1 2 + –––– (5,0)2 = 70 . 10 . 22,5 2 2 35V 1 2 + 1750 = 15750 35V 1 2 = 14000 V 1 2 = 400 ⇒ c) Para obter o comprimento má xi mo da corda, usamos a con servação da energia mecânica entre a posição inicial (A) e a posição final (C), quando a velocidade da pessoa volta a se anular. (Referência em C) kx 2 2 —— = mg (L0 + x2)2 140 —— x 2 2 = 70 . 10 (17,5 + x2)2 x 2 2 = 175 + 10x2 x 2 2 – 10x2 – 175 = 0 10 ± ������ 100 + 700 x2 = ————————— (m)2 x2 = 5,0 + 10 ��2 (m) ⇒ O comprimento máximo da corda é dado por: Lmáx = L0 + x2 ⇒ Respostas: a) 5,0 m b) 20 m/s c) 36,6 m 80. Um pêndulo, fixo em O, tem comprimento L e sustenta em sua extre midade uma esfera de massa m. A esfera é abandonada do repouso, com o pên dulo formando um ân gu lo � = 60° com a vertical. Despreze o efeito do ar e considere a aceleração da gravidade constante e com módulo igual a g. Quando o pêndulo estiver com fio vertical, determine a) o módulo da velocidade da esfera pendular; b) a intensidade da força que traciona o fio. Resolução a) 1) Da figura: L OC = L cos 60° = ––– 2 h = L – OC ⇒ 2) A força tensora aplicada pelo fio não realiza trabalho por que é perpendicular à trajetória. TEC: (A → B) mV B 2 mV A 2 P = –––––– – ––––––2 2 L mV B 2 mg ––– = –––––– ⇒ 2 2 b) No ponto B, a força resultante na esfera pendular é centrípeta: TB – P = FcpB mV B 2 TB = mg + –––––L m TB = mg + ––– . gL ⇒L Respostas: a) VB = ��gL b) TB = 2mg 81. Demonstre que: “Se um pêndulo simples oscila com a maior os - ci lação lateral possível, isto é, se ele descreve um quarto de cir - cunferência, quando chegar ao ponto mais baixo da trajetória, irá esticar o fio com uma força de intensidade três vezes maior que a que deveria agir se o pêndulo fosse simplesmente suspenso pelo fio”. ResoluçãoPara a esfera pendular simplesmente suspensa pelo fio e em equilíbrio, temos: L h = ––– 2 total = �Ecin VB = ��gL TB = 2mg EB = EA V1 = 20m/s EC = EA x2 � 19,1m Lmáx = 36,6 m 79 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 79 Quando a esfera é abandonada do repouso no ponto A (VA = 0), supondo o sistema conservativo e adotando um plano de refe rên - cia passando por B, temos: EA = EB m V B 2 mg L = ––––––– 2 m V B 2 Da qual: –––––– = 2mg L mV B 2 Porém, –––––– representa a intensidade da resultante centrípeta L no ponto B: FcpB = 2 mg = 2P. Por outro lado, a intensidade da resultante centrípeta em B é dada pela diferença entre as intensidades da força de tração (T2) e do peso da esfera (P). Assim: FcpB = T2 – P Da qual: T2 = FcpB + P Como FcpB = 2P, vem (2) Comparando-se (1) e (2), vemos que (c.q.d.) 82. (MACKENZIE) – Considere um pêndulo fixo em um ponto O e tendo na outra extremidade uma pequena esfera, que vai ser lançada com velocidade V0, a partir do ponto A, de modo a des - crever uma circunfe rên cia em um plano verti cal (“looping”). Adote g = 10m/s2 e des preze forças dissipativas. Sendo o comprimento do pêndulo igual a 10cm, cal cule o mínimo va lor possível para o módulo de → V0 nos seguintes casos: a) o pêndulo é constituído por um fio ideal; b) o pêndulo é constituído por uma haste rígida de massa desprezível. Resolução a) Quando o pêndulo é constituído por um fio ideal (o fio pode ficar frouxo), a velocidade escalar mínima no ponto mais alto (ponto B) é obtida impondo-se a condição de que, neste ponto, a força tensora no fio se anule e o peso da esfera faça o papel de resultante centrípeta. P = FcpB mV B 2 mg = ——— R A velocidade escalar mínima em A é obtida usando-se a con - servação da energia mecânica: (Referência em A) mV A 2 mV B 2 —–— = mg 2R + ——— 2 2 V A 2 = 4 g R + V B 2 Substituindo-se V B 2 por g R, obtém-se: V A 2 = 5 g R ⇒ Para g = 10m/s2 e R = 0,10m, tem-se: b) Quando o pêndulo é constituído por uma haste rígida (haste não pode ficar frouxa), a velocidade escalar mínima no ponto mais alto é nula. Usando-se a conservação da energia mecânica, obtém-se: (Referência em A) mV A 2 ––––– = m g 2R ⇒ 2 Sendo g = 10m/s2 e R = 0,10m, tem-se: Respostas: a) ��5 m/s b) 2,0m/s 83. (AFA) – Uma partícula de massa M escorrega livremente sobre uma superfície sem atrito e descreve um trilho circular e vertical de raio R = 40cm, conforme mostra a figura. O trilho termina no ponto D. VB = ���gR EA = EB VA = ����5 g R VA = ��5 m/s EA = EB T2 = 3P T2 = 3 T1 VA = 2 ���gR VA = 2,0m/s 80 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 80 A partícula parte do repouso do ponto A e só se destaca do trilho no ponto D. Determine, adotando-se g = 10m/s2 e desprezando-se o efeito do ar: a) a mínima velocidade possível no ponto C; b) a mínima velocidade possível no ponto B; c) o mínimo valor de H. Resolução a) Quando a partícula passa pela posição C, mais alta do trilho circular, a velocidade terá módulo mínimo quando a força de contato com a pista se anular e, neste caso, o peso fará o pa - pel de resultante centrípeta: P = Fcp mV C 2 _____ mg = ——— ⇒ R Sendo g = 10m/s2 e R = 0,40m, tem-se: b) Usando-se a conservação da energia mecânica entre os pon - tos B e C, tem-se: (Referência em B) mV B 2 mV C 2 —––— = mg 2 R + ——— 2 2 V B 2 = 4 g R + V C 2 Substituindo-se V C 2 por g R, vem: V B 2 = 5 g R ⇒ Sendo g = 10m/s2 e R = 0,40m, tem-se: c) Usando-se a conservação de energia mecânica entre os pon - tos A e B, obtém-se: (Referência em B) mV B 2 mgh = ––––– 2 5gR gh = ⎯⎯ ⇒ 2 Para R = 0,40m, tem-se: Respostas: a) 2,0m/s b) 2,0 ��5 m/s c) 1,0m 84. (UFRJ) – Uma pequena esfera de aço, de 0,20kg, está presa a uma das extremidades de um fio ideal. A outra extremidade está fixada a um suporte. Com o fio esticado e na horizontal, a esfera é abandonada sem velocidade inicial. O fio não suporta a tensão a que é submetido no instante em que faz 30° com a horizontal, e rompe-se. Supondo-se os atritos desprezíveis e g = 10m/s2, calcule a inten - sidade da força de tração que, nesta posição, causou o rompi men - to do fio. Resolução 1) Usando-se a conservação da energia mecânica entre A e B, obtém-se: (Referência em B) mV B 2 ⎯⎯⎯ = mgh 2 Da figura: h = L cos � Portanto: 2) No ponto B, a resultante entre a força aplicada pelo fio → T e a com ponente normal do peso → Pn faz o papel de força centrí pe - ta: mV B 2 T – Pn = ⎯⎯⎯L Sendo Pn = mg cos � e VB 2 = 2 g L cos �, vem: m T – mg cos � = ––– 2 g L cos � ⇒ L No caso particular desta questão, queremos saber o valor de T para � = 60°. 1 Assim: T = 3 . 0,20 . 10 . ⎯ (N) ⇒ 2 Resposta: 3,0N 85. Considere um hemisfério de raio R, sem atrito, fixo em um plano horizontal, conforme mostra a figura. A aceleração da gravidade tem módulo igual a g. EB = EA VC = ���gR VC = 2,0m/s EB = EC VB = ���5gR VB = 2,0 ��5 m/s EA = EB h = 2,5R h = 1,0m V B 2 = 2 g L cos � T = 3 m g cos � T = 3,0N 81 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 81 Uma partícula, abandonada do repouso em A, desliza livremente ao longo da superfície do hemisfério, do qual se desliga no ponto B. Determine, desprezando-se o efeito do ar: a) o valor de cos �; b) a altura h; c) o módulo da velocidade com que a partícula atinge o solo. Resolução a) 1) Da figura: h = R cos � 2) Usando-se a conservação da energia mecânica entre A e B, vem: (Referência em B) mV B 2 ⎯⎯⎯ = mg (R – h) 2 V B 2 = 2 g ( R – h) Substituindo-se h por R cos �, obtém-se: V B 2 = 2 g ( R – R cos �) ⇒ (I) 3) Na posição B, em que a partícula abandona o hemisfério, a for ça de contato se anula e a componente normal do peso → Pn faz o papel de resultante centrípeta. mV B 2 m g cos � = ⎯⎯⎯ ⇒ (II) R Comparando-se as relações (I) e (II), vem: 2 gR (1 – cos �) = g R cos � 2 – 2 cos � = cos � ⇒ b) Da expressão h = R cos �, resulta: c) Usando-se a conservação da energia mecânica entre a posição inicial (A) e a posição de chegada ao solo (C), temos: (Referência em C) mV C 2 ⎯⎯⎯ = mg R ⇒ 2 Respostas: a) b) R c) ����2gR 86. (ITA) – Uma foca de 30,0kg sobre um trenó de 5,0kg, com uma ve locidade escalar inicial de 4,0m/s, inicia a descida de uma mon - ta nha de 60m de comprimento e 12m de altura, atingindo a parte mais baixa da montanha com a velocidade escalar de 10m/s. A ener gia mecânica que é transformada em calor será (considere g = 10m/s2): a) 8,4 kJ b) 4,2 kJ c) 2,73 kJ d) 1,47 kJ e) Impossível de se determinar sem o conhecimento do coe fi - ciente de atrito cinético entre o trenó e a superfície da mon ta - nha. Resolução Para obtermos a energia mecânica dissipada na forma de calor, por conta do trabalho das forças dissipativas (atrito e resistência do ar), basta fazer a diferença entre a energia mecânica inicial (ponto A) e a energia mecânica final (ponto B). Ed = EA – EB (Referência em B) mV A 2 EA = m g hA + ⎯⎯⎯2 35,0 EA = 35,0 . 10 . 12 + ⎯⎯ . (4,0) 2 (J) ⇒ 2 mV B 2 35,0 EB = ⎯⎯⎯ ⇒ EB = ⎯⎯ . (10) 2 (J) ⇒ 2 2 Portanto: Ed = 4,48 – 1,75 (kJ) ⇒ Resposta: C 2 cos � = ––– 3 2 h = ––– R 3 EC = EA VC = ����2gR 2 ––– 3 2 ––– 3 EB = EA V B 2 = 2 g R (1 – cos �) Pn = Fcp V B 2 = g R cos � EA = 4,48kJ EB = 1,75kJ Ed = 2,73 kJ 82 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 82 83 87. (UFPB-MODELO ENEM) – Numa exibição de body jumping, um ar tista, de massa m, resolve efetuar um salto de de monstração sobre um lago. Querendo provocar gran de impressão no público, resolve fazer com que, nes se salto, sua cabeça se aproxime o máximo pos sível da superfície da água. Para isso, prende-se pelos pés a um fio elástico de massa desprezível e com pri mento natural L, por meio de um mecanismo que o mantém de cabeça para baixo, ficando esta a uma altura h da água, como mostra a figura. Dessa posição, o artista deverá ser solto, com velo cidade inicial nula. Admitaque a energia mecânica do sistema elástico-artista vai conservar-se. Sendo assim, para que ele apenas encoste sua - ve mente a cabeça na água, a constante elástica do fio, que obedece à Lei de Hooke, deve ser igual a a) mh2/L2 d) 2mgh/(h + L)2 b) mL2/(h – L)2 e) 2mgL/(h + L)2 c) 2mgh/(h – L)2 Resolução (referência em B) = m g h Resposta: C 88. (MODELO ENEM) – Um jogador de futebol bate uma falta imprimindo à bola uma velocidade inicial → V0 inclinada de 60° em re - lação ao solo horizontal. A energia cinética da bola, ao sair do solo, vale 200J, e o efeito do ar é desprezível. A bola atinge uma altura máxima H e retorna ao solo sem ser tocada por nenhum jogador. O referencial adotado é o solo terrestre. Quando a bola passar pela posição B, a uma altura , sua ener - gia cinética valerá E. A respeito do valor de E, podemos afirmar que a) não pode ser calculado apenas porque não foi dado o valor do módulo da aceleração da gravidade g. b) não pode ser calculado apenas porque não foi dada a massa da bola. c) não pode ser calculado porque não foram dados os valores de � → V0�, H e g (módulo da aceleração da gravidade). d) E = 75J e) E = 125J Resolução 1) No ponto C, temos: VC = V0x = V0cos 60° = 2) De A para C, a velocidade se reduziu à metade e, portanto, a energia cinética ficou dividida por quatro. EcinC = = (J) = 50J 3) Como o efeito do ar é desprezível, a energia mecânica é constante. (referência em A) EpotC + EcinC = EcinA EpotC + 50J = 200J ⇒ 4) Como a altura de B é metade da altura de C, vem: EpotB = = 75J 5) Como a energia mecânica total vale 200J, vem: Em = EpotB + EcinB 200 = 75 + E ⇒ Resposta: E H –– 2 V0–––– 2 EcinA––––– 4 200 –––– 4 EC = EA EpotC = 150J EpotC ––––– 2 E = 125J EB = EA k (h – L)2 –––––––––– 2 2 m g h k = –––––––– (h – L)2 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 83 89. (UFF-RJ) – Um brinquedo infantil tem como objetivo acertar uma bolinha, de massa m, numa cesta. A bolinha é disparada por uma mola ideal, de constante elástica k e comprimento x, quando rela - xada. A mola está confinada em um tubo guia, de paredes polidas, podendo ser comprimida por uma haste. O tubo é fixado, horizontalmente, de tal forma que sua saída se encontra a uma distância d e a uma altura h da cesta, conforme mostra a figura. Uma criança puxa a haste, reduzindo o comprimento da mola para x/2. Ao soltar a haste, permitindo que a mola volte ao comprimento x, a bola é arremessada para fora do tubo, atingindo o solo no centro da cesta. Considere como dados m, k, x, h e o módulo da aceleração da gra vidade g. Despreze o atrito, a resistência do ar e a mas sa da haste para resolver os itens a seguir. Deter mine uma expressão para a) o módulo da velocidade com que a bolinha sai do tubo; b) a distância d da cesta à saída do tubo. 90. (PUC-PR) – Conforme mostra a figura abaixo, uma bola, a partir do repouso, desce sobre um plano inclinado de altura h, sob ação apenas da gravidade (trecho 1), continua o movimento sobre um plano horizontal (trecho 2) e, ao sair do plano horizontal, segue uma trajetória de queda (trecho 3) até atingir o chão. Despre - zando-se qualquer tipo de atrito, po de mos afirmar que a distância horizontal D percorrida na queda livre da altura H pode ser expressa por: a) D = 2 ������(h . H) b) D = (h . H) c) D = d) D = e) D = ������(h . H) 91. Uma corda homogênea, de espessura constante e com primento L, está sobre uma mesa horizontal sem atrito, com uma das suas pontas na extremidade da mesa. A corda é tocada levemente e passa a escorregar para fora da mesa. A aceleração da gravidade tem módulo igual a g e des preza-se o efeito do ar. No instante em que um comprimento x de corda está na posição vertical, ela tem uma velocidade de mó dulo v e uma aceleração de módulo a. Determine a) o valor de a em função de x; b) o valor de v em função de x; c) os gráficos a e v em função de x, para x variando de 0 a L. 92. Uma corda homogênea de comprimento L está sus pensa em equilíbrio envolvendo uma pequena polia de massa e atrito desprezíveis, como indica a figura 1. A aceleração da gravidade local tem módulo g. A corda é ligeiramente afastada de sua posição de equi líbrio e vai entrar em queda livre, conforme in dica a figura 2. Desprezando-se o efeito do ar, a velocidade da corda ao começar sua queda livre terá módulo igual a: a) ����gL b) c) d) e) 1 – –– 2 1 ––– 2 H2 ––– h 2h2 ––– H 1 ––– 2 ����gL ——– 2 gL ––– 2 ����gL ——– 8 ����gL ——– 4 84 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 84 93. (VUNESP) – Um praticante de esporte radical, amar rado a uma corda elástica, cai de uma plata forma, a partir do repouso, seguindo uma trajetória vertical. A outra extremidade da corda está presa na plataforma. A figura mostra dois gráficos que foram traçados desprezando-se o atrito do ar em toda a trajetória. O pri - meiro é o da energia potencial gra vitacional, Ugravitacional, do praticante em função da distância y entre ele e a plataforma, no qual o potencial zero foi escolhido em y = 30m. Nesta posição, o praticante atinge o maior afastamento da plataforma, quando sua velocidade escalar se reduz, momen ta neamente, a zero. O segundo é o gráfico da energia elástica armazenada na corda, Uelástica, em função da dis tância entre suas extremidades. Determine a) o peso P do praticante e o comprimento L0 da cor da, quando não está esticada; b) a constante elástica k da corda. 94. (ITA) – Um “bungee jumper” de 2,0m de altura e 100kg de mas - sa pula de uma ponte usando uma “bungee cord” de 18m de comprimento quando não alongada, cons tante elástica de 200N/m e massa desprezível, amar ra da aos seus pés. Na sua descida, a partir da su perfície da ponte, a corda atinge a extensão má xima, sem que ele toque nas rochas embaixo. Das opções abaixo, a menor distância entre a superfície da ponte e as rochas é: a) 26m b) 31m c) 36m d) 41m e) 46m 95. Considere um pêndulo de comprimento L fixo em um ponto O e tendo na outra extremidade uma partícula que vai ser lançada, com velocidade horizontal → V0, com o pêndulo em posição vertical. A aceleração da gravidade tem módulo igual a g e o efeito do ar é desprezível. A partícula deverá descrever uma circunferência em um plano vertical. Considere as seguintes situações: (I) o pêndulo é constituído por um fio ideal. (II) o pêndulo é constituído por uma haste rígida de massa desprezível. Sejam: V1 : mínimo valor possível para o módulo de → V0 na situação (I) V2 : mínimo valor possível para o módulo de → V0 na situação (II) Determine a) o valor de V1; b) o valor de V2. 96. (UFLA-MG) – Um menino de 40kg brinca num ba lan ço preso a um cabo de 4,0m de com pri mento suposto sem massa e inextensível. Ele parte do repouso, a uma al tura de 0,8m, em relação ao ponto mais baixo da traje tória. Adote g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar. Determine a) o módulo da velocidade do menino no ponto mais baixo da trajetória; b) a intensidade da força que traciona o cabo que suporta o balanço, no ponto mais baixo da tra jetória; c) a intensidade da força que traciona o cabo no pon to mais alto da trajetória. 97. Considere um pêndulo formado por um fio ideal de comprimento L fixo em O e uma pequena esfera de pe so P na outra extre - midade. A esfera é abandonada do repouso de uma posição A com o fio esticado e horizontal. Quando o fio fica vertical, ele encontra em seu traje to um pequeno prego fixo em um ponto C de tal mo do que o segmento BC é vertical e tem comprimento . A aceleração da gravidade tem módulo igual a g e despreza-se o efeito do ar. Determine a) a intensidade da força tensora no fio imediatamen te antes de o fio encostar no prego; b) a intensidade da força tensora no fio imediata mente depois de o fio encostar no prego. 98. No interior de um elevador, que está inicialmente em re pouso, temos um pêndulo ideal fixo em um ponto O do teto do elevador. Na outra extremidade do pêndulo, há uma esfera que realiza um movimento oscilatório entre as posiçõesA e B, indicadas na figura. As velocidades em A e B são nulas. O pêndulo tem comprimento L, a aceleração da gravidade tem módulo g e despreza-se o efeito do ar. L –– 2 85 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 85 No instante t = t1 a esfera pendular está passando pelo pon to C, e nesse exato instante o elevador inicia um movi mento de queda livre. Imediatamente antes do instante t1, a força que traciona o fio tem intensidade T1 e, imediatamente após o instante t1, passa a ter intensidade T2. A razão : a) depende do valor de L b) depende do valor de g c) vale 1/3 d) vale 1/2 e) vale 2/3 99. (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA) – Um cubo de gelo com massa M parte do repouso do ponto 1 (veja figura abaixo) sobre um trilho e está inicialmente posicionado a uma altura 4R, sendo que R é o raio da parte circular da trajetória. O cubo desliza para baixo sem nenhum tipo de atrito e entra na parte circular (looping). Qual é a razão entre a intensidade da força exercida pelo trilho no cubo e o seu peso Mg na posição 2? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 100. Uma pequena esfera E de massa 1,0kg descreve um movimento circular num plano vertical no interior de uma calha circular de raio R = 0,40m, sem atrito. O conjunto está sobre o prato de uma balança de mola (dinamômetro). A massa da calha com o seu suporte vale 0,50kg. Adote g = 10,0m/s2. A energia mecânica da esfera é a mínima possível que lhe permite realizar a circunferência sem se destacar da calha. Calcule a) o módulo da velocidade da esfera nas posições A (mais alta) e B (mais baixa); b) a intensidade da força que a calha aplica na esfera nas posições A e B; c) os valores máximo e mínimo lidos na balança. 101. (OLIMPÍADA DE FÍSICA-USP) – Um menino está sentado no alto de um monte semiesférico de gelo (iglu). Ele recebe um leve empurrão e começa a deslizar sem atrito. Não considere o efeito do ar. Demonstre que ele é projetado para fora do iglu de uma posição cuja altura h relativa ao solo horizontal vale R, em que R é o raio da semiesfera. 102. (FUVEST-SP) – Uma pista é formada por duas rampas inclinadas, A e B, e por uma região horizontal de comprimento L. Soltando-se, na rampa A, de uma altura HA, um bloco de massa m, ve ri fica-se que ele atinge uma altura HB na rampa B (con forme figura), em experimento reali zado na Terra. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a pista é nulo nas rampas e igual a � na região ho - rizontal. A aceleração da gravidade na Terra tem módulo igual a g. Suponha que esse mesmo experimento seja rea li zado em Marte, onde a aceleração da gravidade tem módulo gM � g/3, e considere que o bloco seja solto na mesma rampa A e da mesma altura HA. De ter mine a) a razão Ra = vA Terra/vA Marte, entre os módulos das velo - cidades do bloco no final da rampa A (ponto A), em cada uma das experiências (Terra e Marte); b) a razão Rb = WTerra/WMarte, entre as energias me câ nicas dissipadas pela força de atrito na re gião ho ri zon tal, em cada uma das experiências (Terra e Mar te); c) a razão Rc = HB Terra/HB Marte, entre as alturas que o bloco atinge na rampa B, em cada uma das expe riên cias (Terra e Marte). 103. (FUVEST-SP) – Uma pista de skate, para esporte radical, é montada a partir de duas rampas, R1 e R2, separadas entre A e B por uma distância D, com as alturas e ângulos indicados na figura. A pista foi projetada de tal forma que um skater, ao descer a rampa R1, salta no ar, atingindo sua altura máxima no ponto médio entre A e B, antes de alcançar a rampa R2. 2 –– 3T2 ––– T1 86 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 86 a) Determine o módulo da velocidade VA, em m/s, com que o skater atinge a extremidade A da rampa R1. b) Determine a altura máxima H, em metros, a partir do solo, que o skater atinge, no ar, entre os pontos A e B. c) Calcule qual deve ser a distância D, em metros, entre os pontos A e B, para que o skater atinja a rampa R2 em B, com segurança. 104. (UFPB-MODELO ENEM) – A figura mostra um trapezista, pres tes a executar o seu famoso salto “quíntuplo mortal”, no instante em que a amplitude de seu movimento pendular é máxima. A diferença entre as posições mais alta e mais baixa alcançadas pelo centro de massa do trapezista é 3,0m. O trapezista tem 50,0kg de massa e a distância entre o seu centro de massa e o suporte que prende os cabos do trapézio é 10,0m. Adote g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar. Nesse contexto, conclui-se que a intensidade da força de tração em cada um dos dois cabos do trapé zio, no ponto mais baixo da trajetória, vale: a) 200N b) 300N c) 400N d) 500N e) 600N 105. (UPE-MODELO ENEM) – Uma menina está no carro de uma montanha russa, que faz uma volta circular completa na vertical, conforme a figura. No topo da trajetória, a força normal exercida pela cadeira sobre a menina é igual a duas vezes o peso da menina, 2mg. No ponto mais baixo da trajetória, a força normal exer - cida pela cadeira sobre a menina tem intensidade a) menor do que o peso da menina. b igual ao peso da menina. c) igual à força normal no topo da trajetória. d) igual a quatro vezes o peso da menina. e) igual a oito vezes o peso da menina. Nota: admita que a energia mecânica do carro per manece constante. 106. (MODELO ENEM) – Em um jogo de basquete, um atleta faz um arremes so e a bola descreve a trajetória indicada na figura. A bola foi lançada a partir do ponto A com velocidade inicial → V0, que forma um ângulo de 60° com o plano horizontal. Despreze o efeito do ar e considere a aceleração da gravidade constante. Para um referencial no solo, a bola tem, no ponto A, uma energia potencial igual a E. Ao passar pelo ponto B, mais alto da trajetória, a energia cinética da bola é igual a: a) b) c) d) E e)4E––– 3 E ––– 4 E ––– 2 E ––– 3 NOTE E ADOTE Desconsidere a resistência do ar, o atrito e os efeitos das acrobacias do skater. sen 30° = 0,5; cos 30° � 0,87; g = 10m/s2 87 9) D 10) E 11) D 12) A 13) A 14) a) 20m 15) a) 6,5J b) 36J b) 4,5J 16) D 17) A 18) D 19) D 20) D 21) D 22) E 30) E 31) a) 1,0N/m b) 5,0 . 10–15 J c) 2,0 . 10–9kg 32) D 33) E 34) B 35) 1,5s; – 6600J: redução da energia potencial; + 6600J: incremento da energia cinética. 36) a) 5,0m b) 6,0m c) O valor da altura máxima depende da velocidade hori - zontal máxima atingida pelo atleta. Com a mesma velocidade horizontal máxima (10m/s), a altura máxima atingida será a mesma, independentemen - te da massa do atleta. 37) C 38) a) 350J b) 50m/s c) 100m/s d) Em nenhum ponto 39) E 40) A 41) A 42) A 43) B 44) D 45) A P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 87 54) a) A: energia potencial (Ep = mgh) B: energia cinética (Ec = Em – mgh) C: energia mecânica (Em = 2,5kJ = cons tante) b) m = 50,0kg c) V0 = 10,0m/s 55) A 56) a) 50m/s b) 8,0 . 102J 57) a) 4,0m/s 58) B b) 6,0m/s e ���116 m/s c) 20,0J 59) 1) Cálculo do módulo de → VB: De A para B, a energia mecânica se conserva: (referência em B) = mgR ⇒ 2) Cálculo do tempo de queda de B para C: �sy = V0y t + t 2 (MUV) h – R = 0 + T2 ⇒ 3) Cálculo do alcance OC: �sx = Vx t (MU) ⇒ OC = ���2gR . Resposta: D 60) E 61) I) FALSA. A componente horizontal da velocidade só se mantém cons tan te depois que o corpo abandona a ram pa e fica sob ação exclusiva da gravidade. II) CORRETA. No trecho ABC, a velocidade horizontal é cons - tante porque a aceleração do corpo é vertical ( → a = → g ). III) CORRETA. Usando-se a conservação da energia me câ nica entre A e B, vem: (referência em A) + m g (hB – hA) = IV) FALSA. Usando-se a conservação da energia mecânica entre o solo e o ponto B, temos: (referência no solo) V) CORRETA. Usando-se a conservação da energia mecâ nica entre A e B, vem: = + m g (hB – hA) Porém, VA 2 = VAy 2 + V Ax 2 e VAx = VB Portanto: VA 2 y + VB 2 = + m g (hB – hA) Resposta: E 62) B 63) 4,0m/s 64) A 65) E 66) C 67) a) 30J 68) D 69) A b) 2,0m/s 70) B 71) D 72) B 73) B 74) B 89) a) b) 90) A 91) a) A corda vai ser acelerada pelo peso da parte delaque está pendente (comprimento x). PFD: Px = M . a mx . g = M . a A massa da corda é proporcional ao respectivo com pri - mento: mx = k . x e M = k . L Portanto: k x g = k L a ⇒ b) A energia potencial perdida é transformada em energia cinética. g a = ––– x L m ––––– VAy 2 = m g (hB – hA) 2 m VB 2 –––––––– 2 m ––––– 2 m ––––– 2 m VB 2 –––––––– 2 m VA 2 –––––––– 2 m V0 2 m VB 2 –––––– = m g hB + –––––– 2 2 Esolo = EB m VB 2 m VA 2 –––––– = –––––– – mg (hB – hA) 2 2 m VA 2 –––––––– 2 m VB 2 –––––––– 2 EB = EA x k V = ––– ––– 2 m x 2kh d = ––– ––––– 2 mg EB = EA VB = ���2gR m VB 2 ––––– 2 �y –––– 2 g –––– 2 OC = 2 �������R(h – R) 2(h – R) T = ––––––– g 2(h – R) –––––––– g 88 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 88 O centro de massa da parte pendente desceu uma distân - cia e, portanto: kx g = x2 g = L v2 v2 = x2 ⇒ c) 92) B 93) a) 1) A energia potencial gra vi ta cional para y = 0 é dada por U = m g H 24 . 103 = P . 30 2) A energia elástica come ça a ser ar ma - zenada a partir do valor y = 20m. Isto sig nifica que o com - pri men to natural da corda é L0 = 20m. b) Quando a pessoa atinge o ponto B, to mado como re - ferência, toda a energia mecânica está na forma elástica. (referência em B) = mg H ⇒ (10)2 = 24 . 103 ⇒ Respostas: a) P = 8,0 . 102N L0 = 20m b) k = 480N/m 94) Seja x a defor mação máxima da corda. Usando-se a con ser va ção da ener gia me câ ni ca com um pla no de referência pas san do pela posi ção mais baixa do centro de gra vi dade da pessoa, vem: Kx2 —— = mg (L0 + x + 2h) 2 200 —— x2 = 1000 (18 + x + 2,0) 2 x2 = 10 (20 + x) x2 = 10x + 200 x2 – 10x – 200 = 0 10 � ������� 100 + 800 x = ————————— (m) 2 10 � 30 x = ———— (m) ⇒ x1 = – 10m (rejeitada) 2 Logo: Se ele não atingiu as rochas, dos valores citados, a menor dis tância possível é de 41m. Resposta: D 95) a) ���� 5 g L 96) a) 4,0m/s b) 2 ���g L b) 560N c) 320N 97) a) 3P 98) E 99) C b) 5P 100) a) 2,0m/s e 2,0 �����5,0 m/s b) 0 e 60,0N c) 5,0N e 65,0N 101) 1) O menino perderá o contato com o iglu quando a força nor mal de contato se anular. k = 480N/m k ––– 2 kx2 ––– 2 EB = EA x –– 2 k L v2 –––––– 2 x –– 2 g –– L g V = –– . x L P = 8,0 . 102N x2 = 20m H = 40m 89 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 89 Neste caso, o componente normal do peso (Pn = P cos �) fa rá o papel de resultante centrípeta. Pn = Fcp B = m g cos � = g cos � = (1) 2) Da figura: cos � = (2) (2) em (1): g . = ⇒ (3) 3) Usando-se a conservação da energia mecânica entre A e B: (referência em B) = m g (R – h) (4) 4) Comparando-se (3) e (4): g h = 2 g (R – h) h = 2R – 2h ⇒ 102) a) Não havendo atrito na descida da rampa A, a energia me - cânica permanece constante: mgHA = VA = ���� 2g HA A razão pedida é dada por: Ra = = ⇒ b) A energia mecânica dissipada na região horizontal é medida pelo trabalho do atrito: W = | at| = Fat . L W = �mgL A razão pedida é dada por: Rb = = ⇒ c) Aplicando-se o teorema da energia cinética entre a po - sição inicial na rampa A e a posição final na rampa B, vem: P + at = �Ecin mg(HA – HB) – �mgL = 0 HA – HB = �L HB = HA – �L Portanto: HB(T) = HB(M) e Respostas: a) ��3 b) 3 c) 1 103) a) Usando-se a conservação da energia mecânica entre a posição inicial e a posição A, vem: (referência em A) = mg (H0 – HA) VA = �������������� 2g(H0 – HA) = �������������� 2 . 10 . 5,0 (m/s) b) Analisando-se o movimento vertical: Vy 2 = V0y 2 + 2 �y �sy V0y = VA sen � = 10 . (m/s) = 5,0 m/s 0 = 25 + 2 (– 10) (H – 3,0) 20(H – 3,0) = 25 H – 3,0 = 1,25 ⇒ c) 1) O tempo de subida é dado analisando-se o mo vimento vertical: Vy = V0y + �y t (MUV) 0 = 5,0 – 10 ts ⇒ ts = 0,5s 2) O tempo de voo T é dado por T = ts + tQ = 2ts = 1,0s 3) O alcance D é obtido analisando-se o movi mento horizontal: �sx = Vx t (MU) Vx = VA cos � = 10 . 0,87 (m/s) = 8,7 m/s D = 8,7 . 1,0 (m) Respostas:a) VA = 10 m/s b) Hmáx = 4,25 m c) D = 8,7 m 104) C 105) E 106) E Ra = ��3 gT���––––gMVA(T)–––––––VA(M) Rb = 3 gT ––––– gM WT ––––– WM RC = 1 EA = E0 m VA 2 ––––––– 2 VA = 10 m/s 1 ––– 2 H = 4,25 m D = 8,7 m m VA 2 ––––––– 2 m VB 2 ––––– R m VB 2 ––––– R VB 2 ––––– R h –– R h –– R VB 2 –––– R VB 2 = g h EB = EA m VB 2 ––––– 2 VB 2 = 2 g (R – h) 2 h = –– R 3 90 P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 90 91 Ultrapassando o ângulo limite ou crítico, a luz sofre o fenômeno da reflexão total. 1. Ângulo limite de refração Consideremos dois meios transparentes e homogê - neos (1) e (2), delimitados por uma fronteira (F), com índices de refração absolutos n1 e n2, tais que n2 > n1, para uma dada luz monocromática. Se a luz incide proveniente do meio (1), que é menos refringente, o raio de luz vai aproximar-se da normal no meio (2), isto é, o ângulo de refração r será menor do que o ângulo de incidência i. Se aumentarmos o ângulo de incidência (i), o ângulo de refração (r) também aumentará, porém sempre respeitando a condição r < i. Quando o ângulo de incidência (i) for máximo, isto é, i = 90° (incidência rasante), o ângulo de refração (r) também será máximo, porém rmáx < imáx = 90°. O valor máximo do ângulo de refração é denomi - nado ângulo limite de refração (Lr) e pode ser calculado pela aplicação da Lei de Snell: n1 sen i = n2 sen r n1 sen 90° = n2 sen Lr sen Lr = ––– n1 n2 n1 < n2 ⇔ i > r O endoscópio, utilizado para observações internas do organismo, tem como princípio de funcionamento o fenômeno da reflexão total. ÂNGULO LIMITE E REFLEXÃO TOTAL Óptica 1 CAPÍTULO P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 91 2. Ângulo limite de incidência Consideremos, ainda na suposição de n2 > n1, a luz incidindo na fronteira proveniente do meio (2), que é mais refringente. O raio de luz vai afastar-se da normal no meio (1), isto é, o ângulo de incidência (i) será menor do que o ângulo de refração r. Se aumentarmos o ângulo de incidência (i), o ângulo de refração (r) também aumentará, porém sempre respeitando a condição i < r. Quando o ângulo de refração (r) for máximo e igual a 90° (emergência rasante), o ângulo de incidência corres pondente será o ângulo de incidência máximo para o qual ainda ocorre refração e é denominado ângulo limite de incidência (Li). O ângulo limite de incidência (Li) pode ser calculado pela aplicação da Lei de Snell. n2 sen i = n1sen r n2 sen Li = n1 . sen 90° Notas: a) Para um par de meios (1) e (2), os ângulos limites de incidência (Li) e refração (Lr) são iguais. b) O ângulo limite de incidência ou refração ocorre sem pre no meio mais refringente. c) Lembrando que L < 90° e sen L < 1, podemos es - crever: em que nmenor é o menor e nmaior é o maior entre os índices de refração absolutos dos meios considerados. 3. Reflexão total ou interna Consideremos o caso em que a luz incide na fron - teira, provindo do meio mais refringente. Se a luz incidir na fronteira com ângulo de inci dên - cia maior do que o ângulo limite (L), não poderá ocor - rer refração; a luz será totalmente refletida e o fenô meno é denominado REFLEXÃO TOTAL ou INTER NA. Notas: a) Para qualquer ângulo de incidência, ocorre, usualmente, reflexão da luz, acompanhando o fenômeno de refração. b) Observemos, na figura, quatro casos importantes, for necendo-nos uma visão geral do fenômeno da re fra - ção e da reflexão total. I) Incidência normal (refração sem desvio). II) Incidência oblíqua (refração com desvio). Para ocorrer reflexão total, a luz deve provir do meio mais refringente e o ângulo de incidência deve superar o ângulo limite. nmenorsen L = –––––– nmaior sen Li = ––– n 1 n2 n2 > n1 ⇔ i < r 92 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 92 III) Ângulo de incidência igual ao ângulo limite (emergência rasante). IV) Ângulo de incidência maior do queângulo li - mite (reflexão total). 4. Fibras ópticas Um filamento longo e muito fino feito de vidro ou plástico transparente pode, sob certas condições, “aprisio nar” a luz, fazendo com que esta seja guiada no seu interior. Se o raio de luz penetrar no interior da fibra e atingir sua parede interior formando um ângulo que supera o ângulo limite, teremos o fenômeno da reflexão total. A ocorrência de sucessivas “reflexões totais” é a base de funcionamento das fibras ópticas, fazendo a informação luminosa acessar locais que dificilmente seriam atingidos por iluminação direta. A medicina e as telecomunicações são dois dos maiores beneficiários deste fenômeno óptico. Um único filamento de fibra óptica pode ter seu diâmetro variando entre 0,01 milímetro e 0,15 milímetro. Refração atmosférica 5. Variação do índice de refração absoluto da atmosfera À medida que nos elevamos na atmosfera, afas tan - do-nos da superfície terrestre, em geral, a densidade do ar vai diminuindo. Como, via de regra, o índice de refração absoluto é uma função crescente da densidade, concluímos que “à medida que nos elevamos na atmosfera, o seu índice de refração absoluto diminui”. Quando um raio de luz penetra na atmosfera, encon - trando camadas cada vez mais refringentes, o raio, gra - dativamente, vai aproximando-se da normal. Se o ar fosse constituído por uma fileira de camadas, com fronteiras bem definidas, teríamos o trajeto indicado no esquema. n5 > n4 > n3 > n2 > n1 Na realidade, sendo o ar um meio contínuo, não existem as fronteiras separando as camadas e teremos, para o raio luminoso, uma trajetória curva. 6. Fatos explicados pela refração atmosférica Os raios luminosos que penetram em nossa atmosfera, provenientes do Sol ou de estrelas, são obrigados a seguir uma trajetória curva, conforme figura, dando a impressão de que o astro se encontra mais elevado que sua posição real. É o fenômeno conhecido como “elevação aparente dos astros”. 93 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 93 Os raios que penetram horizontalmente na atmosfera terrestre são como que “levantados” de 0,5 grau. Em virtude desse fato, quando o Sol parece estar exatamente acima do horizonte, ao amanhecer ou ao entardecer, na realidade ele está 0,5 grau abaixo do horizonte. Observa-se ainda que, como o Sol leva aproxima - damente dois minutos para percorrer uma distância igual ao seu próprio diâmetro, no Equador o dia é aumentado de dois minutos no nascer do Sol e mais dois minutos no pôr-do-Sol. O desvio sofrido pela luz ao atravessar a atmosfera terrestre diminui com o aumento do ângulo de elevação do objeto em relação ao horizonte. Em particular, para incidência normal, não há desvio algum. Em relação ao Sol, os raios provenientes de seus bordos superiores são menos desviados que os raios provenientes de seus bordos inferiores. Isto é, a parte inferior do Sol é “mais levantada” que a parte superior. Consequentemente, o Sol, ao amanhecer e ao entardecer, apresenta-se ligeiramente “achatado”. Nos desertos quentes, pode suceder que, a uma massa de ar quente junto ao solo, sobreponha-se uma massa de ar mais frio. Um observador O pode ver o ponto P, pela luz direta e pela luz que sofre reflexão total, ao encontrar a camada mais aquecida junto ao solo. A visão simultânea do objeto e de sua imagem invertida, por reflexão total, é denominada MIRAGEM e dá sensação de existir uma superfície espelhante, refletindo os raios provenientes de P. Um indivíduo no deserto associa, instintivamente, a “superfície espelhante” às águas de um lago. Uma estrada sob sol intenso, e vista com um ângulo rasante, parece estar molhada, em decorrência da reflexão total. Cumpre salientar que a situação da camada fria superposta à quente é uma situação instável. Assim, o fenômeno descrito pode ser observado em um breve intervalo de tempo, para desaparecer em segui da. Isto explica por que as miragens nos desertos (visão das águas de um pseudolago) aparecem e desaparecem repentinamente. O fenômeno da miragem também pode ocorrer nas re giões muito frias, onde uma camada fria, relati vamente espessa, tem, superposta, outra mais aquecida. O observador veria simultaneamente o objeto e sua imagem invertida e situada a uma altura determinada. A gravura ilustra quão espetacular pode ser o fenômeno da miragem. Nos dias quentes e secos, os fenômenos da refração e da reflexão total da luz na at mosfera dão-nos a ilusão de poças-d’água formadas ao longo do solo. 94 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 94 1. (UnB) – Um ladrão escondeu o produto de seu roubo numa pe - quena caixa, pendurada por uma corda de 2,4m de com primento e amarrada no centro de uma boia de base circular. A boia estava em águas de índice de refração absoluto . Qual o raio mínimo que deve ter a boia, para que, de nenhuma po - si ção fora-d’água, se possa ver a caixa? Resolução Para que a caixa não seja visível fora-d’água, é preciso que todos os raios de luz provenientes da caixa não consigam emergir da água. Assim, os raios de luz provenientes da caixa, que incidem entre A e B, são impedidos de sair pela presença da boia (meio opaco). Os raios incidentes à direita de A ou à esquerda de B de - vem sofrer reflexão total e, portanto, também não sairão da água. Da figura construída, temos: tg L = � (1) Sendo: sen L = –––––– nar = –––1 , temos: nágua n cos L = ����� 1 – sen2L = 1 – = = Assim: tg L = = ⇒ (2) Substituindo-se (2) em (1), vem: Dados: h = 2,4m e n = R = = = = Resposta: 3,2m 2. Um raio luminoso incide sobre um cubo de vidro, como indica a figura. Qual deve ser o valor do índice de refração absoluto do vidro para que ocorra reflexão total na face vertical? Dado: nar = 1. Resolução Estudemos o caso limite: Aplicando a Lei de Snell na face ho ri zontal, temos: nar sen 45° = nvidro sen r 1 . = nvidro sen r sen r = (I) Calculemos, agora, o seno do ângulo limite para o dioptro vi dro–ar. sen L = Porém, percebemos que L e r são ângulos complementares. As - sim: cos r = sen L = ––––– 1 (II) nvidro 5 ––– 4 1 –––––– nvidro sen L = ––––––– nmenor nmaior ��2 –––––––– 2 nvidro ��2 –––– 2 R = 3,2m 2,4m ––––– 3 ––– 4 2,4m –––––––––––––– 25 – 16����––––––––16 2,4m ––––––––––––– 25����–––– – 116 2,4m –––––––––––––––– 5����(–––)2 – 14 h R = ––––––––– ����n2 – 1 1 tg L = ––––––––– ����n2 – 1 1 –– n –––––––––– ����n2 – 1 –––––––– n sen L –––––– cos L ����n2 – 1 –––––––– n n2 – 1 –––––– n2 1 ––– n2 R = h tg L R –– h 5 ––– 4 95 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 95 Da trigonometria, vem: sen2r + cos2r = 1 ��2 1�––––––– � 2 + �––––––– � 2 = 1 2nvidro nvidro 1 1 1 + 2 ––––––– + ––––––– = 1 ⇒ ––––––– = 1 2n2vidro n 2 vidro 2 n2vidro n2vidro = ⇒ nvidro = ⇒ Estudamos o caso em que o ângulo de incidência na face vertical é o próprio ângulo limite. Se quisermos reflexão total, basta impormos: Resposta: 3. (UNICAMP-MODELO ENEM) – Ao vermos miragens, somos le - va dos a pensar que há água no chão de estradas. O que vemos é, na verdade, a reflexão da luz do céu por uma camada de ar quente próxima ao solo. Isso pode ser explicado por um modelo simplificado como o da figura a seguir, na qual n representa o índice de refração. Numa ca mada próxima ao solo, o ar é aquecido, diminuindo assim seu índice de refração, n2. Considere a situação na qual o ângulo de incidência é de 84°. Adote n1 = 1,010 e use a aproximação sen 84° = 0,995. a) Qual deve ser o máximo valor de n2 para que a mi ragem seja vista? Dê a resposta com três ca sas decimais. b) Em qual das camadas (1 ou 2) a velocidade da luz é maior? Justifique sua resposta. Resolução a) Em dias quentes, uma camada de ar mais próxima do solo é aquecida, diminuindo seu índice de refração absoluto (n2) em relação à camada de ar mais frio imediata mente superior. As sim, como n1 > n2, pode ocorrer o fenômeno da reflexão total. Para que tal fenômeno ocorra, devemos ter: i > L sen i > sen L sen 84° > ⇒ 0,995> ⇒ b) Da definição de índice de refração absoluto de um meio, te - mos: Em que: c = módulo da velocidade de propagação da luz no vácuo. V = módulo da velocidade de propagação da luz no meio considerado. Sendo c uma constante, podemos concluir que o índice de refração absoluto de um meio e o módulo da velocidade com que a luz se propaga nesse mesmo meio são grandezas inver - samente proporcionais. Assim: Se n2 < n1 ⇒ V2 > V1 Respostas: a) 1,005 b) Camada 2 Nota: a rigor, n2 < 1,005 e não n2 (máx) = 1,005 4. (MODELO ENEM) – Um fator que tem sido decisivo na melho ria das tele co munica ções no Brasil é a transmissão de dados di gitais por redes de fibras ópticas. Por meio des ses infodutos de plástico transparente, baratos e confiáveis, que hoje se acham instalados ao longo das principais rodovias do País, é possível a troca de imen sos arquivos entre computadores (banda larga), integração de sistemas de telefonia, transmissão de TV etc. Dentro de uma fibra óptica, um sinal eletromagnético propaga-se com velocidades pouco menores que a da luz no ar, sofrendo sucessivas reflexões totais. Considere a fibra óptica esquematizada a seguir, imersa no ar, na qual é introduzido um estreito feixe cilíndrico de luz monocromática com ângulo de 60° em relação à reta normal N no ponto de incidência. Para que essa luz sofra reflexões totais no interior da fibra, é necessário que o índice de refração absoluto n do material que a constitui seja tal que a) n > b) n > c) n > d) n > e) n > ��3 –––––– 2 ��5 –––––– 2 c n = –––– V n2 –––– n1 n2 –––––– 1,010 n2 < 1,005 ��6 nvidro > –––––2 ��6 nvidro > –––––2 ��6 nvidro = –––––2 ��3 –––– ��2 3 –– 2 ��7 –––––– 2 ��6 –––––– 2 ��7 –––––– 3 96 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 96 5. (U.F. PELOTAS) – Na figura abaixo, vemos um raio de luz in - cidindo sobre a superfície de separação entre dois meios homogêneos e transparentes, A e B. A partir desse enunciado, res ponda: a) Se o meio A é mais refrin gente que o meio B, e o raio ultra - passar a superfície de separação, sofrendo re fra ção, ele se aproxima ou se afasta da normal? b) Quais as condições para que ocorra reflexão total do raio incidente na superfície de separação dos dois meios? 6. (PUC) – A figura abaixo mostra um raio de luz monocromática que inci de na superfície de sepa ração de dois meios ho mogêneos e transpa ren tes, A e B, vindo do meio A. Nessas condições, o raio de luz emerge rasan te à superfície. Chamando de nA e nB os índices de re fração absolutos dos meios A e B, res pec ti vamente, e de L o ângulo limite, então: a) nA = nB e � = L b) nA > nB e � = L c) nA > nB e � > L d) nA < nB e � = L e) nA < nB e � < L 7. (ITA) – Uma gaivota pousada na superfície da água, cujo índice de refração em relação ao ar é n = 1,3, observa um peixe que está exa tamente abaixo dela, a uma profundidade de 1,0m. Que distância, em linha reta, deverá nadar o peixinho para sair do campo visual da gaivota? a) 0,84m b) 1,2m c) 1,6m d) 1,4m e) O peixinho não conseguirá fugir do campo visual da gaivota. 8. (UFPE) – Uma pedra preciosa cônica, de 15,0mm de altura e índice de refração igual a 1,25, possui um pequeno ponto defeituoso sob o eixo do cone a 7,50mm de sua base. Para esconder este ponto de quem olha de cima, um ourives deposita um pequeno círculo de ouro na superfície. A pedra preciosa está incrustada numa joia de forma que sua área lateral não está visível. Qual deve ser o menor raio r, em mm, do círculo de ouro depositado pelo ourives? 9. (VUNESP-FMJ-MODELO ENEM) – Uma placa com a palavra FÍSICA pinta da foi presa no centro de uma boia circular de raio r = 3m e essa, colocada para flutuar sobre um líquido de índice de refração 5/3, como mostra a figura. 97 Resolução (I) Lei de Snell para a refração de entrada: n sen r = nar sen i ⇒ n sen r = 1 . (II) sen2r + cos2r = 1 ⇒ + cos2r = 1 (III) Condição de reflexão total: 90° – r > L ⇒ sen (90° – r) > sen L cos r > sen L ⇒ > > 1 ⇒ 4n2 > 7 Resposta: D ��7 n > –––––– 2 4n2 – 3 ––––––––– 4 1 ––– n ����� 4n2 – 3 ––––––––––– 2n ����� 4n2 – 3 cos r = –––––––––– 2n ��3�–––––� 2 2n ��3 sen r = –––––– 2n ��3 –––––– 2 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 97 Uma pessoa, colocada fora do líquido, não conseguirá ler comple - ta mente a palavra pintada na placa devido à presença da boia e também devido ao fenômeno da reflexão total da luz. Indique a alternativa que melhor representa o trecho da placa que poderá ser visto pela pessoa fora do líquido. (Adote nAR = 1) 10. (UECE-MODELO ENEM) – As fibras ópticas, de grande uso diag - nóstico em Medicina (exame do interior do estômago e de outras cavidades), devem sua importância ao fato de que nelas a luz se propaga sem “escapar” do seu interior, não obstante serem feitas de material transparente. A explicação para o fenômeno reside na ocorrência, no interior das fibras, de a) reflexão total da luz. b) dupla refração da luz. c) polarização da luz. d) difração da luz. e) interferência da luz. 11. (UERJ-MODELO ENEM) – O esquema abaixo mostra, de modo simplificado, a transmissão de luz através de uma fibra óptica: Para que as fibras possam funcionar como meio de transmissão, é necessário que sejam bem definidos dois parâmetros: – o ângulo limite entre a fibra e o exterior e – módulo da velocidade da luz no seu interior. Para que uma fibra óptica de índice de refração absoluto igual a ��2, imersa no ar (nar = 1), possa transmitir luz exclusivamente por re - flexão, o ângulo de incidência ( i ) deve superar o valor mínimo de: a) 0° b) 30° c) 45° d) 60° e) 90° 12. (UFSM-RS) – A figura mos - tra um raio de luz que, a par - tir do ar, incide perpen dicu lar - mente à su perfície lateral curva de uma peça de vidro hemicilín drica, sendo esse raio refle tido inter na mente por sua su perfície lateral pla - na. Obser va-se que o raio passa a ser totalmente refle - tido, quando � > 45°. Consi- derando o índice de refração absoluto do ar igual a 1, pode-se concluir que o índice de refração absoluto n desse vidro é: a) ��2 b) 2,0 ��2 c) ��2 / 2 d) 2,0 e) 3,0 ��2 / 2 13. (VUNESP) – A figura mostra um raio de luz monocromática propa - gando-se no ar e atingindo o ponto A da superfície de um paralele - pípedo retângulo feito de vidro transparente. A linha ponti- lha da, normal à super fície no ponto de incidência do raio luminoso, e os três raios represen tados estão situa - dos num mesmo plano. a) De acordo com a figura, que fe nô - menos estão ocorren do no ponto A? b) O ângulo limite para um raio da luz considerada, quando se propaga desse vidro para o ar, é 42°. Reproduza a figura numa folha de papel, mostrando o que aconte cerá com o raio no interior do vidro ao atingir o ponto B. 14. (UFRJ) – Um raio de luz mono cromá tica, vindo do ar, incide com ângulo de inci dência “l” na face superior de um bloco retan gular de vidro, cujo índice de refra ção ab s oluto, para es sa luz, é ��2 . O raio refrata-se com ân gu lo de re fra ção r = 30° e atinge a face lateral do bloco, como mos tra a figura abaixo. a) Calcule o ângulo de incidência “l”. b) Verifique se o raio refratado consegue emergir do bloco de vidro para o ar pela face lateral, justificando sua resposta. 15. (UFPE) – Um feixe de luz de comprimento de onda � = 400 nm, paralelo à superfície BC de um prisma de vidro, incide na superfície AB, como mostrado na figura. O índice de refração do vidro depende de �, como indicado no gráfico a seguir. O maior va lor possível do ângulo �, para que o feixe seja totalmente refletido na superfície AB, é tal que 98 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 98 a) sen � = b) sen � = c) sen � = d) cos � = e) cos � = 16. (ITA) – Numa experiência em que se mediu a razão R entre a ene r gia luminosa refletida e a energia luminosa incidente na interface entre dois meios de índices de refração absolutos n1 e n2, em função do ângulo de incidência � (vide figura), obteve-se o gráfico abaixo, em que R édada em porcentagem. Das afirmativas: I. n2 < n1. II. n1 / n2 > 1,4. III. A razão entre a energia refletida e a refratada a 30° é maior que 0,2. IV. Para � > 42°, a luz é completamente refratada. V. O raio refratado está mais afastado da normal do que o raio incidente. podemos dizer que a) apenas I e II estão corretas. b) I, III e V estão corretas. c) apenas III e V estão corretas. d) I, II e V estão corretas. e) II, IV e V estão corretas. 17. (UEPB-MODELO ENEM) – Ao viajar num dia quente por uma es - trada asfaltada, é comum enxergarmos ao longe uma “poça-d’á - gua”. Sabemos que em dias de alta temperatura as camadas de ar, nas proximidades do solo, são mais quentes que as camadas superiores. Como explicamos essa miragem? a) Devido ao aumento de temperatura, a luz sofre dispersão. b) A densidade e o índice de refração absoluto diminuem com o aumento da temperatura. Os raios rasantes incidentes do Sol alcançam o ângulo limite e há reflexão total. c) Devido ao aumento de temperatura, ocorre refração com desvio. d) Ocorre reflexão simples devido ao aumento da temperatura. e) Devido ao aumento de temperatura, a densidade e o índice de refração absoluto aumentam. Os raios rasantes incidentes do Sol alcan çam o ângulo limite e sofrem reflexão total. 18. (UFRJ) – A figura mostra uma estrela localizada no ponto O, emitindo um raio de luz que se propaga até a Terra. Ao atingir a atmosfera, o raio desvia-se da trajetória retilínea original, fazendo com que um observador na Terra veja a imagem da estrela na posição I. O desvio do raio de luz deve-se ao fato de o índice de refração absoluto da atmosfera variar com a altitude. Explique por que o desvio ocorre do modo indicado na figura, res - pondendo se o índice de refração absoluto cresce ou diminui à medida que a altitude aumenta. (Na figura, a espessura da at - mosfera e o desvio do raio foram grandemente exagerados para mostrar com clareza o fenômeno.) 1 –––– 1,47 1 –––– 1,46 1 –––– 1,47 1 –––– 1,46 1 –––– 1,45 99 5) a) Afasta-se. b) nA > nB e o ângulo de incidência deve superar o ângulo limite. 6) B 7) E 8) r = 10,0mm 9) C 10) A 11) C 12) A 13) a) Reflexão e Refração da Luz. b) 14) a) 45° b) Não, pois i > L na face lateral. 15) E 16) I) Correta II) Correta III) Errada IV) Errada V) Correta Resposta: D 17) B 18) O índice de refração absoluto diminui com o aumento da alti tude e, portanto, o raio de luz aproxima-se cada vez mais da normal. P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 12:45 Página 99 100 O peixe sofre uma eleva ção aparente, graças ao fe nômeno da re fração que ocorre no dioptro água-ar. 1. Definição Dioptro plano é um conjunto de dois meios homo gê - neos e transparentes separados por uma super fície pla na. Exemplo: o conjunto constituído pelo ar e pela água límpida e tranquila de um lago. O ar e a água, para que haja homogeneidade e transparência, são considerados em pequenas camadas. 2. Formação de imagens Considerando, por exemplo, o dioptro plano ar-água, temos: Os esquemas apresentados mostram que: No dioptro plano, objeto e imagem ficam sempre do mesmo lado em relação à superfície S e têm na - turezas opostas. 3. Equação de Gauss para os dioptros planos Sejam: p : distância do objeto P à superfície S. a) ponto objeto real P na água b) ponto objeto real P no ar Devido ao fenômeno da refração, o peixe, quando observado de fora-d’água, ocupa uma posição mais próxima da superfície do que na realidade está. DIOPTRO PLANO Óptica 2 CAPÍTULO P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 100 1. Se quisermos atingir, com um tiro de revólver, um peixe parado a uma certa profundidade em um tanque (admitindo que o cano da arma é colocado obliquamente à superfície da água e que a trajetória da bala é retilínea), devemos a) apontar diretamente para o ponto onde o peixe parece estar. b) apontar um pouco acima do ponto onde o peixe parece estar. c) apontar um pouco abaixo do ponto onde o peixe parece estar. Resolução Para a visão do peixe, a luz deve partir do peixe, refratar-se ao passar da água para o ar e atingir nossa retina. Como a água é mais refringente que o ar (nágua > nar), ao passar da água para o ar, o módulo da velocidade de propagação da luz aumenta e o raio luminoso se afasta da normal. A posição real do peixe é P. Porém, o observador vê o peixe na posição P’, mais próximo da superfície da água. Assim, para um observador fora-d’água, os corpos no interior da água sofrem uma elevação aparente, parecendo estar mais pró - ximos da superfície da água, isto é, a uma profundidade menor que a real. Resposta: C 2. Considere um peixe a uma profundidade de 1,0m e um obser vador fora-d’água, com os olhos a uma distância de 1,0m da super - fície da água, conforme mostra o esquema. Sendo o índice de refra ção absoluto da água igual a 4/3, deter mi ne: a) Para o observador, qual a distância apa rente entre seu olho e o peixe? b) Para o peixe, qual a sua distância aparen te ao olho do ob - servador? 101 p’: distância da imagem P’ à superfície S. n : índice de refração absoluto do meio onde está o objeto P. n’: índice de refração absoluto do outro meio. Para raios de luz próximos à reta normal à superfície S e passando por P (condições de aproximação de Gauss), temos: Demonstração Pela Lei de Snell, temos: n sen i = n’ sen r Nas condições de aproximação de Gauss (ângulos i e r muito pequenos), temos: sen i � tg i e sen r � tg r Portanto: n tg i = n’ tg r n . = n’ . 4. Aumento linear transversal Nas condições de Gauss, um objeto linear colocado em posição transversal (paralelo à fronteira) apresenta para todos os seus pontos a mesma abscissa p e, portanto, as respectivas imagens terão a mesma abscissa p’ = p , isto é, a imagem A’B’ será paralela ao objeto AB. Como os raios AA’ e BB’, sendo normais à fronteira, são paralelos entre si, concluímos que A’B’ ___ = AB __ , como segmentos de retas paralelas compreendidos entre retas paralelas. Como AB __ = o e A’B’ ___ = i, vem: A = = = 1 ⇒ Portanto, nas condições de Gauss, o aumento linear transversal do dioptro plano vale sempre 1. ––n = ––n’p p’ ––n = ––n’ p p’ I1I2––– p I1I2––– p’ i A = –––o n’ –– n i ––– o A’B’ ___ ––––– AB A = 1 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 101 Resolução a) Nessa situação, o peixe é objeto. p = 1,0m (distância do objeto à fronteira) n = (índice de refração absoluto do meio onde está o objeto) n’ = 1,0 (índice de refração absoluto do outro meio: ar) p’ = ? (distância da imagem à fronteira) Da Equação de Gauss para dioptros planos, vem: = ⇒ = ⇒ A profundidade “aparente” do peixe é de 0,75m (todo corpo colocado dentro-d’água sofre uma elevação aparente para um observador fora-d’água) e a distância entre o olho e o peixe, para o observador, é de 1,75m. b) Nessa situação, o olho será o objeto a ser observado pelo peixe. p = 1,0m (distância do olho à fronteira) n = 1,0 (índice de refração absoluto do meio onde está o objeto) n’ = (índice de refração absoluto do outro meio: água) p’ = ? (distância da imagem à fronteira) Assim, vem: = ⇒ = ⇒ A altura aparente do olho do observador é de 1,33m (todo corpo no ar sofre um afastamento aparente para um obser vador dentro-d’água) e a distância aparente entre o olho e o peixe é de aproxi madamente 2,33m. Respostas: a) 1,75m b) � 2,33m 3. Um tijolo encontra-se no fundo de uma piscina na qual a profun - didade da água é de 2,8m. O índice de refração absoluto da água é . Um observador fora da água, na vertical que passa pelo objeto, visa-o . Determinar a elevação aparente do tijolo. Resolução Do esquema, temos: p = 2,8m (distância do objeto à superfície S) n = (índice de refração absoluto do meio onde está o objeto) n’ = 1,0 (índice de refração absoluto do ar) p’ = ? (distância da imagem do tijolo à superfície S) Da Equação de Gauss, para o dioptro plano, vem: = ⇒ = ⇒ A elevação aparente será dada por: e = p – p’ e = 2,8 – 2,1(m) ⇒ Resposta: 0,70m 4. (UFMG-MODELO ENEM) –Um professor pediu a seus alunos que explicassem por que um lápis, dentro de um copo com água, parece estar que brado, como mostrado nesta figura: Bruno respondeu: “Isso ocorre porque a velocidade da luz na água é menor que a ve locidade da luz no ar.” Tomás explicou: “Esse fenômeno está relacionado com a alteração da frequência da luz quando esta muda de meio.” Considerando-se essas duas respostas, é correto afir mar que a) apenas a de Bruno está certa. b) apenas a de Tomás está certa. c) as duas estão certas. d) nenhuma das duas está certa. Resolução (I) Bruno está certo, pois o fenômeno observado (lápis “que - brado”) deve-se à refração da luz, que, ao passar do ar para a água, diminui de velocidade (VH2O < Var). O esquema a seguir justifica o fato de o lápis aparentar estar “quebrado para cima”. (II) Tomás está errado, já que, na refração, a frequência da luz (ou de qualquer outra onda) não se altera. Isso pode ser comprovado pela manutenção da cor exi bida pelo lápis, quando iluminado por um determinado tipo de luz. Se ele apresentar-se vermelho, por exemplo, fora-d’água, tam - bém será vermelha a parte sua imersa nesse líquido. Resposta: A 5. (UECE) – Um peixe, observado diretamente do alto sobre um lago, parece estar a 3,0m da superfície. Se o índice de refração da água em relação ao ar é 4/3, a profun didade em que se encontra realmente o peixe, em relação à superfície do lago, é: a) 2,0m b) 3,0m c) 4,0m d) 5,0m e = 0,70m p’ = 2,1m 2,8 –––– 4 –– 3 p’ –––– 1,0 p –– n p’ –– n’ 4 –– 3 4 –– 3 p’ = 1,33m 4 –– 3 –––– 1,0 p’ –––– 1,0 n’ –– n p’ –– p 4 –– 3 p’ = 0,75m 1,0 –––– 4 –– 3 p’ –––– 1,0 n’ –– n p’ –– p 4 –– 3 102 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 102 Resolução Pela Equação de Gauss, para o dioptro plano, temos: p’ = p , em que: nobs → índice de refração ab so lu to do meio onde está o ob ser - vador. nobj → índice de refração ab so lu to do meio onde está o ob jeto. Assim: p’ = p ⇒ 3,0 = p ⇒ Resposta: C p = 4,0m 1 –––––– 4 –– 3 nar –––––– nágua nobs –––––– nobj 103 6. (UFMG) – Qual a alternativa que melhor explica por que a profun - didade aparente de uma piscina é menor do que a real? a) A luz refletida na superfície da água é perturbada pela luz refle - tida pelo fundo da piscina. b) A luz refletida pela superfície da água sofre refração no ar. c) A luz refletida pelo fundo da piscina sofre reflexão total na super fície da água. d) A luz refletida pelo fundo da piscina sofre refração ao passar da água para o ar. e) A luz é refratada ao passar do ar para a água. 7. (UFCE) – Coloca-se água num aquário de modo a ocupar 60cm de sua altura. Quando visto verticalmente de cima para baixo, a água parece ocu par uma altura diferente h. Supondo que a velocidade de propagação da luz no ar seja de 3,00 . 105 km/s e na água, de 2,25 . 105 km/s, determine a altura apa rente h. 8. (MACKENZIE) – De acordo com o desenho a seguir, considere - mos para um determinado instante a seguinte situação: Admitindo que 1) A seja uma andorinha que se encontra a 10m da superfície livre do líquido; 2) P seja um peixe que se encontra a uma profundidade h da su - perfície S; 3) n = 1,3 seja o índice de refração absoluto da água, podemos afirmar que a) o peixe verá a andorinha só se estiver a 10m de profundidade. b) o peixe verá a andorinha a uma altura aparente de 5,0m. c) o peixe verá a andorinha a uma altura aparente de 13m acima da superfície da água. d) o peixe não verá a andorinha, pois a luz não se propaga de um meio mais refringente para outro de menor refringência. e) o peixe verá a andorinha a uma altura aparente de 26m. 9. (UFBA) – Um helicóptero faz um voo de inspeção sobre as águas transparentes de uma certa região marítima e detecta um submarino a uma profundidade aparente de 450m no momento em que seus centros estão unidos pela mesma vertical. O índice de refração absoluto da água do mar é 1,5 e o do ar é 1,0. Determine a profundidade real do submarino. 10. (UNEMAT-MT-MODELO ENEM) – O esquema abaixo mostra um pes cador pró ximo a um lago observando um peixe que se en - contra dentro-d’água. Sabe-se que o pes ca - dor está com os olhos a 2,0 me tros da super - fície da água e que o peixe se encontra a uma profun didade de 1,3 me tro. Sabe-se ainda que o índice de refração absoluto da água é igual a 4/3 e o índice de refração absoluto do ar é igual a 1. Com base nos dados e no esquema acima, pode-se dizer que a) a distância aparente entre o olho do pescador e o peixe é de 2,975m. b) para o peixe, a distância aparente ao olho do pes cador é de aproximadamente 2,667m. c) a luz deve provir do pescador, atravessar a fronteira água-ar e dirigir-se para seu olho para que ele possa ver o peixe. d) a distância aparente entre o olho do peixe e o pes cador é de 1,73m. 11. (FESP-PE) – No perfil do recipiente da figura, a largura e a altura es - tão na razão 3/4. A é um ponto luminoso; P1 e P2 são as po sições onde se coloca o observador. Com base nas infor ma ções dadas pelos desenhos, o índice de refração absoluto do líquido vale: 2 ��2 3 ��2 4 ��2 5 ��2 a) ––––– b) ––––– c) ––––– d) ––––– e) ��2 6 6 6 6 6) D 7) 45cm 8) C 9) 675m 10) A 11) D P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 103 104 Trajeto da luz ao atravessar uma lâmina de vidro imersa no ar. 1. Definição Denomina-se “lâmina de faces paralelas” uma associacão de dois dioptros planos: dioptro (1) – (2) e o dioptro (2) – (3) com fronteiras paralelas. É interessante o caso particular em que o meio (3) coincide com (1). Exemplo Uma lâmina de vidro (meio 2) imersa no ar (meio 1 � � meio 3). 2. Trajeto de um raio de luz ao atravessar a lâmina Para efeito de raciocínio, admitamos que: E, portanto: i > r > i’ n1 < n2 < n3 A luz refletida pelos objetos expostos na vitrine sofre desvios ao atravessar a lâmina de vidro. LÂMINA DE FACES PARALELAS Óptica 3 CAPÍTULO P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 104 105 3. Propriedade a) O ângulo de emergência i’ independe do meio (2). De fato, da Lei de Snell-Descartes, temos: = (I) e = (II) Multiplicando-se (I) e (II), membro a membro: . = . ou = Assim: b) Se os meios (1) e (3) coincidem, então: O RAIO EMERGENTE SERÁ PARALELO AO INCIDENTE. De fato: se n1 = n3, resulta sen i’ = sen i, e como são ângulos do primeiro quadrante, então: i = i’, o que de - mons tra a propriedade. Esquema, supondo n2 > n1 = n3: meio 1 (ar) meio 2 (vidro) meio 3 (ar) Observe o esquema completo: 4. Desvio lateral No caso particular de (3) � (1), procuremos obter o deslocamento lateral d (ver figura anterior) entre o raio emergente e o raio incidente. Sendo e a espessura da lâmina, no �I1I2A, temos: (I) no �I1I2B, temos: (II) Dividindo-se (II) por (I) ⇒ Fazendo uso de fórmulas trigonométricas, podemos escrever: (III) Porém: = n21 ⇒ (IV) e cos r = �����1 – sen2r ⇒ (V) Substituindo-se (IV) e (V) em (III), resulta: d = e [ sen i – . cos i ] sen i ––––– n21 n21 –––––––––––– �����n 21 2 – sen2i �����n212 – sen2i cos r = –––––––––––– n21 sen i ––––– sen r sen i sen r = ––––– n21 (sen i cos r – sen r cos i) d = e ––––––––––––––––––––––– cos r e sen (i – r) d = ––––––––––– cos r sen (i – r) ––d = ––––––––– e cos r sen (i – r) = ––––d I1I2 cos r = ––––e I1I2 n1sen i’ = ––– . sen i n3 sen i ––––– sen i’ n3–––– n1 sen i ––––– sen r sen r ––––– sen i’ n2–––– n1 n3–––– n2 sen i ––––– sen r n2–––– n1 sen r ––––– sen i’ n3–––– n2 cos i d = e sen i [ 1 – –––––––––––––– ] �����n212 – sen2i P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 105 106 Notas: I. Para i = 0 (incidência normal), temos sen i = 0 e d = 0, isto é, quando a incidência da luz é normal à lâmina, não há desvio lateral. II. Para i = 90° (incidência rasante), temos sen i = 1; cos i = 0 e d = e, isto é, quando a incidência da luz é rasante à lâmina, o desvio lateral é máximo e igual à própria espessura da lâmina (e). III. Paraincidência não normal (i ≠ 0) e não rasan - te (i ≠ 90°), o desvio d será função crescente do índice de refração relativo n21 (suposto maior que 1). Por outro lado, n21 é função crescente da frequência da luz usada. Assim, o desvio lateral cresce da radiação vermelha para a violeta, isto é, é mínimo para a luz vermelha e máximo para a luz violeta. 5. Reflexão total Considere-se uma lâmina de faces paralelas com os três meios (1), (2) e (3) distintos. Estudemos em que condições a luz proveniente do meio (1) sofre reflexão total no dioptro (2) ↔ (3): Para haver reflexão total na fronteira (2) ↔ (3) com a luz provindo do meio (2), devemos ter n2 > n3 e o ângulo de incidência superior ao ângulo limite desse dioptro. Assim: r > L ⇒ (I) Porém: n1 sen i = n2 sen r ⇒ (II) Ainda: (III) Substituindo-se (II) e (III) em (I), resulta: . sen i > ⇒ Portanto, somente haverá reflexão total para ângulos de incidência (i) que satisfaçam a relação: sen i > Note-se que, se n3 > n1 ou n3 = n1, não poderá haver reflexão total, pois: ≥ 1 e sen i não pode ser maior que 1. Podemos, então, enunciar a seguinte importante pro - prie dade: 6. Visão através de uma vidraça Quando olhamos através de uma lâmina de faces pa - ra lelas, por exemplo uma lâmina de vidro, a imagem do objeto estará mais próxima do observador do que o pró - prio objeto. QUANDO EM UMA LÂMINA DE FACES PA - RALELAS HÁ COINCIDÊNCIA DOS MEIOS (1) E (3), A LUZ PROVENIENTE DE UM DES - SES MEIOS NUNCA SOFRERÁ REFLEXÃO TOTAL NO INTERIOR DA LÂMINA. n3–––– n1 n3–––– n1 n1––– n2 n3–––– n2 n3sen i > ––– n1 n3sen L = ––– n2 n1sen r = ––– sen i n2 sen r > sen L P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 106 1. Considere dois garotos, A e B, observando um peixe em um lago, como indicado na figura abaixo. O ga roto B observa o peixe diretamente sob ele. Sejam hA e hB as profundidades aparentes do peixe percebidas res pectivamente pelos garotos A e B e seja h a pro fundidade real do animal. A comparação entre hA, hB e h permite concluir que: a) hA = hB = h b) hA = hB < h c) hA < hB < h d) hA > hB > h e) hB < hA < h Resolução No esquema a seguir, traçamos os raios luminosos que de finem as imagens IA e IB contempladas respectivamente pelos garotos A e B. Do esquema, concluímos que Resposta: C 2. (FUVEST) – Certa máquina fotográfica é fixada a uma distância D0 da superfície de uma mesa, montada de tal forma a foto grafar, com nitidez, um desenho em uma folha de papel que está sobre a mesa. Desejando manter a folha esticada, é colocada uma placa de vidro, com 5cm de espessura, sobre ela. Nesta nova situação, pode-se fazer com que a foto grafia continue igualmente nítida a) aumentando D0 de menos de 5cm. b) aumentando D0 de mais de 5cm. c) reduzindo D0 de menos de 5cm. d) reduzindo D0 de 5cm. e) reduzindo D0 de mais de 5cm. Resolução Com a presença da lâmina de vidro, um ponto P per tencente à figura da folha sofre uma elevação apa rente d, inferior a 5cm, conforme mostra a figura. Para manter constante a distância entre a câmara foto gráfica e o seu objeto (que no caso passou a ser P’), a câmara deve ser elevada de uma distância d (menor que 5cm). Resposta: A 3. Um estreito feixe cilíndrico de luz monocromática de verá atravessar um bloco de vidro de faces para lelas, de índice de refração igual a 1,5. O feixe incide obliquamente na face A que está em contato com o ar (índice de refração igual a 1,0) e emerge pela face B que está em contato com a água (índice de refração igual a 1,3). Desprezando as reflexões, aponte a alter nativa que melhor representa a trajetória da luz ao atra vessar o bloco. Resolução (I) Ao refratar-se do ar para o vidro, a luz aproxima-se ‘bastante’ da normal, já que o índice de refração relativo entre o vidro e o ar é relativamente grande. (II) Ao refratar-se do vidro para a água, a luz afasta-se ‘pouco’ da normal, já que o índice de refração relativo entre o vidro e a água é relativamente pequeno. Resposta: C hA < hB < h 107 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 107 4. Um raio de luz, propagando-se no ar, incide numa lâmina de faces paralelas feita de um material cujo índice de refração absoluto vale ��3 ; a incidência na superfície da lâmina se dá sob um ân gu lo de 60° com a reta normal. Se a lâmina tem espessura de 4,0cm, pede-se: a) Desenhar a trajetória do raio de luz até a emergência da lâ mi - na. b) Calcular o ângulo de refração interno à lâmina. c) Calcular o desvio lateral sofrido pelo raio de luz. Dado: nar = 1. Resolução a) Como o meio envolvente é o ar, então: b) Aplicando a Lei de Snell à primeira face, vem: n1 sen i = n2 sen r 1,0 . sen 60° = ��3 . sen r 1,0 . = ��3 sen r ⇒ sen r = 0,50 ⇒ c) Utilizando a expressão do desvio, temos: 4,0 sen (60° – 30°) 4,0 sen 30° d = ––––––––––––––––– (cm) ⇒ d = ––––––––––––– cos 30° cos 30° d = 4,0 tg 30° (cm) ⇒ d = cm ⇒ Resposta: 2,3cm 5. (FUVEST) – Um raio luminoso proveniente do ar atinge uma lâmina de vidro de faces paralelas com 8,0cm de espessura e índice de refração absoluto igual a 1,5. Este raio sofre refração ao atingir a primeira superfície; refração e reflexão ao atingir a segunda superfície (interna). a) Trace as trajetórias dos raios: incidente, refratados e refletidos. b) Determine o tempo para o raio atravessar a lâmina, sendo o seno do ângulo de incidência igual a 0,90. Dado: c = 3,0 . 108m/s. Resolução a) Na figura, temos um traçado completo dos raios de luz par - ticipantes do fenômeno. b) Determinemos, inicialmente, o módulo da velocidade da luz ao se propagar na lâmina, através do índice de refração absoluto do vidro. c 3,0 . 108 n = ––– 1,5 = –––––––––– ⇒ V V No interior da lâmina, o segmento de reta AC __ determina a distância �s percorrida pela luz. Para encontrar seu valor, apli - que mos a Lei de Snell-Descartes à primeira face. nar sen i = nvidro . sen r 1,0 . 0,90 = 1,5 . sen r 3,0 sen r = –––– = 0,60 5,0 Da Trigonometria, obtém-se: (0,60)2 + cos2r = 1 ⇒ cos2r = 1 – 0,36 = 0,64 No triângulo ABC da figura, temos: cos r = ⇒ 0,80 = ⇒ Portanto, para a determinação do intervalo de tempo (�t), te - mos: 2,0 . 108 = –––––0,10 ⇒ �t Respostas: a) ver figura b) 5,0 . 10–10s 6. Determine a equação de conjugação para uma lâmina de faces paralelas imersa em um meio menos refringente que o material da lâmina. O índice de refração absoluto do material da lâmina vale n2 e do meio externo vale n1. Resolução 1) Para a refração no dioptro (1) → (2), temos: objeto real P de abscissa p imagem virtual P1 de abscissa p1 Portanto: (1) 2) Para a refração no dioptro (2) → (1), temos: objeto real P1 de abscissa p1 + e imagem virtual P’ de abscissa p’ + e Portanto: (2) Substituindo-se (1) em (2), resulta: p’ + e = � p –––n2 + e � –––n1n1 n2 p’ + e = p + e ⇒ n1 ––– n2 p’ = p + e (–––n1 – 1)n2 p’ + e = (p1 + e) ––– n1 n2 p1 = p ––– n2 n1 �t = 5,0 . 10–10 s V = ––– �s �t AC __ = 10cm = 0,10m 8,0 –––––––– AC ––– AB –––––––– AC cos r = 0,80 sen2r + cos2r = 1 V = 2,0 . 108m/s d � 2,3cm 4,0 ��3 –––––––– 3 e sen (i – r) d = –––––––––––– cos r r = 30° ��3 ––––– 2 108 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 108 109 7. (FUVEST) – Um feixe de luz monocromática incide sobre lâminas paralelas de diamante e vidro, como representado na figura. Sendo os índices de refração absolutos de 2,42 para o diamante e 1,52 para o vidro, qual das linhas da figura melhor representa a trajetória do feixe luminoso? 8. (FUVEST) – Numa folha de papel, num plano horizontal, está de se - nhado um círculo de centro C. Sobre a folha é colocada uma pla ca grossa de vidro, cobrindo metade do círculo. A figura mostra uma pessoa olhando para o círculo, com seu olho no eixo vertical OC. A figura que melhor representa o que a pessoa enxer ga é: 9. (UFRGS) – Na figura abaixo, um feixe de luz monocromá tica I, proveniente do ar, incide sobre uma placa de vidro de faces planas e paralelas, sofrendo reflexõese refrações em ambas as faces da placa. Na figura, �i representa o ângulo formado pela direção do feixe incidente com a normal à superfície no ponto A, e �r representa o ângulo formado pela direção da parte refratada desse feixe com a normal no mesmo ponto A. Pode-se afirmar que os ângulos �, � e � definidos na figura são, pela ordem, iguais a: a) �i, �r e �i b) �i, �i e �r c) �r , �i e �r d) �r, �r e �i e) �r, �i e �i 10. (UEFS) – Uma lâmina de faces paralelas, construída de forma que uma das suas faces é espelhada internamente, está imersa no ar. Um raio luminoso, propagando-se no ar, incide, com ângulo i, na face não espelhada e é refratado. Em seguida, o raio é refletido na face espelhada e volta ao ar, depois de ser novamente refratado. O ângulo de refração, no retorno do raio luminoso da lâmina para o ar, é igual a: a) i/2 b) i c) 3i/2 d) 2i e) 5i/2 11. (UFPA) – O desvio angular sofrido por um raio de luz que incide segundo um ângulo de 60° com a normal à superfície de uma lâmina de faces paralelas, após atravessá-la, é de: a) 0° b) 15° c) 30° d) 60° e) 120° 12. Um raio luminoso incide formando um ângulo de 60° com a normal, em uma lâmina de faces paralelas de índice de refração absoluto ��3 . Sendo a espessura da lâmina igual a ��12cm e o meio envol - vente o ar (nar = 1), determine o desvio lateral sofrido pelo raio após atravessar a lâmina. 13. (PUCC) – Quando se observa um objeto através de uma vidraça comum, vemos a) uma imagem real do objeto. b) uma imagem virtual do objeto. c) o próprio objeto. d) uma imagem imprópria do objeto. e) uma imagem invertida. 14. (UFBA) – Um feixe de luz monocromática, cuja velocidade no vácuo tem módulo igual a 3,0 . 108m/s, incide perpendicular men - te em uma lâmina transparente e espessa de índice de refração absoluto n = 1,50. Determine a espessura da lâmina, sabendo que a luz gasta 1,0 . 10–10s para atravessá-la. 15. (UECE) – Um raio de luz propagando-se no ar incide com um ângulo de incidência igual a 45° em uma das faces de uma lâmina em forma de paralelepípedo feita com um material transparente de índice de refração n, como mostra a figura. P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 109 Sabendo-se que a linha AC é o prolongamento do raio incidente, d = 4cm e BC = 1cm, assinale a alternativa que contém o valor de n. a) 2 ���3 b) c) d) 1,5 16. (VUNESP) – Observe a tabela: Volumes iguais desses dois líquidos foram colocados cui da do sa mente em um recipien - te cilíndrico de grande diâ metro, mantido em repouso sobre uma superfície hori zon tal, formando-se duas cama das distintas, I e II, de mesma altura, conforme figura. a) Qual dessas substâncias forma a ca ma da I? Justifi que sua res posta. b) Um raio de luz incide com ângulo i > 0° num ponto da super - fície do líquido I e se refrata, sucessivamente, nas duas su - perfícies de separação, atingindo o fundo do recipiente. Co pie a figura e esboce qualitativamente a trajetória desse raio, desde o ar até o fundo do recipiente. 17. (PUC-PR) – Uma superfície espelhada e plana E é recoberta por uma lâmina de vidro V de faces paralelas. As linhas pontilhadas são perpendiculares às faces de V. O vidro tem índice de refração absoluto igual a ��3 . Um raio luminoso proveniente do ar (n = 1) propaga-se neste sistema: O ângulo � mede: a) 30° b) 60° c) 45° d) 15° e) 35° 18. (MED.-TAUBATÉ) – Tem-se um aparelho que emite um feixe colimado, estreito, de luz verde. Mas o feixe é, na verdade, mistura de luz amarela com azul. Pode-se descobrir tal fato, fa - zendo-se incidir o feixe numa lâmina de vidro de faces para le las? a) Não; os dois feixes emergeriam da lâmina coincidentes. b) Sim; aumentando-se o ângulo de incidência até o ângulo limite de refração de uma das cores; então só a outra se transmitiria. c) Sim; uma das cores sofreria um desvio de direção maior que a outra, numa incidência oblíqua. d) Sim; uma das cores sofreria um deslocamento paralelo maior que a outra, numa incidência oblíqua. e) Sim; a cor do feixe emergente seria diferente para diferentes ângulos de incidência. 19. (UFPE) – Uma lâmina de faces paralelas de um material de índice de refração absoluto µ1 = 1,5 separa um material de índice de refração absoluto µ2 = ��2 do ar. Qual deve ser o ângulo �2 de incidência sobre a lâmina para que um feixe luminoso que vem do meio 2 sofra reflexão interna total na superfície da lâmina em contato com o ar? 20. (E.E.MAUÁ) – Um sistema óptico é formado por três meios homogêneos, transparentes, de índices de refração absolutos, res pectivamente, n1, n2 e n3, com n1 = n3 > n2. As superfícies de se paração entre os meios são dois planos paralelos, situados à distância mútua a. Um raio luminoso monocromático, vindo do primeiro meio, atinge a fronteira que separa os meios (1) e (2) com ângulo de incidência i. Determine a condição que o ângulo i deve satisfazer para que o raio retorne ao meio 1, não passando para o meio 3. 21. Para o esquema dado, calcule o valor de i para que o trajeto da luz seja o indicado. Substância líquida (ordem alfabética) Massa específica (g/cm3) Índice de refração em relação ao ar água dissulfeto de carbono 1,00 1,26 1,33 1,63 3 ���3 –––––– 2 5 ���2 –––––– 6 110 7) B 8) B 9) A 10)B 11) A 12) 2,0cm 13)B 14) 2,0cm 15) B 16) a) água b) 17) A 18) D 19) �2 > 45° 20) sen i > ––– n2 n1 21) i = 30° P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 110 111 1. Definição e elementos Define-se prisma óptico como uma associação de dois dioptros planos não paralelos, isto é, um conjunto de três meios homogêneos e transparentes, separados por duas superfícies planas não paralelas. a) Ângulo de refringência: A (ou ângulo de abertura do prisma) é o ângulo diedro, formado entre as superfícies dióptricas (superfícies planas que constituem as fronteiras dos dioptros associados). b) Aresta do prisma: é a reta intersecção das superfícies dióptricas. c) Secção principal do prisma: é a secção do prisma por um plano perpendicular à aresta. d) Base do prisma: na prática, o prisma é limitado por uma terceira superfície plana, oposta à aresta, denomi nada base do prisma. e) Faces do prisma: as superfícies dióptricas e a base do prisma são denominadas “faces do prisma”. A: ângulo de abertura do prisma ou ângulo de refringência. Vista frontal da secção principal. A luz atravessando um prisma de vidro imerso no ar e decompondo-se nas suas várias cores. PRISMAS ÓPTICOS Óptica 4 CAPÍTULO P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 111 2. Hipóteses para o estudo dos prismas a) Admitiremos que os meios (1) e (3) sejam idênticos e que o meio (2) corresponda ao próprio mate - rial de que é feito o prisma. b) Admitiremos que n2 > n1, isto é, o material do prisma seja mais refringente que o meio onde ele se encontra imerso. c) A luz usada será sempre monocromática. Para a luz policromática, haverá o fenômeno de dispersão, que será estudado oportunamente. d) Admitiremos que a luz incida sempre no plano de uma secção principal. Assim, a representação do prisma, por nós adotada, será a de uma secção principal. 3. Caminho óptico do raio de luz ao atravessar o prisma. Equações do prisma Seja o raio RI1 incidindo no prisma, em um plano de uma secção principal (representada na figura). Como, por hipótese, n2 > n1, o raio se aproximará da normal, , seguindo internamente ao prisma o tra - jeto I1 I2. O raio emergente I2R’ torna a afastar-se da normal, o que equivale a dizer que: . Com base na Lei de Snell-Descartes e usando as propriedades geométricas da figura, procuremos estabe - lecer as “equações do prisma”. 1.o) Na refração no dioptro (1) → (2), temos: (I) 2.o) Na refração no dioptro (2) → (1), temos: = ou (II) 3.o) O ângulo entre as normais n1 e n2 (ver figura) é igual a A e externo ao triângulo I1I2M, portanto: (III) pois um ângulo externo é a soma dos internos não adja - centes. 4.o) O ângulo entre o raio incidente RI1 e o raio emer gente I2R’ é denominado “ângulo de desvio do raio de luz”e representado por �. O ângulo � é externo ao triângulo NI1I2 e, portanto, vale a soma dos internos não adjacentes, isto é: � = i – r + i’ – r’ ou � = i + i’ – (r + r’) Como r + r’ = A, vem: (IV) Na foto, podemos observar o caminho óptico seguido pelo raio de luz e as refrações sofri das nas faces de incidência e emer gên cia. 4. Estudo do ângulo de desvio O ângulo de desvio � é função a) do índice de refração relativo do prisma; b) do ângulo de refringência A; c) do ângulo de incidência i. I. Em relação ao índice de refração n21 e ao ângu lo de refringência A, o desvio é função crescente, isto é: “O ÂNGULO DE DESVIO � AUMENTA, QUANDO AUMENTAMOS O ÂNGULO DE RE - FRIN GÊNCIA A OU QUANDO AUMEN - TAMOS O ÍNDI CE DE REFRAÇÃO n21.” Observação O índice de refração n21 cresce com a frequência da luz monocromática usada e, portanto: “O DESVIO � É TANTO MAIOR QUANTO MAIOR A FREQUÊNCIA DA LUZ MONO - CROMÁ TICA USADA.” Assim, das radiações visíveis, o desvio é máximo para a luz violeta (frequência máxima) e mínimo para a luz vermelha (frequência mínima). � = i + i’ – A A = r + r’ sen r’ ––––– sen i’ n1––––– n2 sen i’ n2––––– = ––– sen r’ n1 sen i n2––––– = ––– sen r n1 i’ > r’ r < i 112 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 112 Quando luz branca atravessa um prisma, ela sofre o fenômeno de dispersão, que consiste na separação das cores que a constituem. Para cada cor, o prisma apresenta um índice de refra - ção relativo (n21) diferente e, portanto, as diferentes co - res sofrem diferentes desvios e são separadas. A cor menos desviada é a vermelha e a mais desviada é a violeta. II. Em relação ao ângulo de incidência i, inicial - mente, com o aumento de i o desvio diminui, passa por um mínimo, para tornar a crescer. O diagrama qualitativo da função � = f(i) é re - presentado adiante: O fenômeno da dispersão da luz branca ao atravessar o prisma origina as sete cores do espectro. Do diagrama, obser va mos que, para um desvio especificado �1, existem dois ângulos de incidência i1 e i2 capa zes de produzir tal des vio (ver figura). Isto se explica pela reversibilidade da luz, pois, quando o ângulo de inci dência i for igual a i1, o ân gulo de emergência i’ será igual a i2 e, quando o ângulo de incidência for i2, o de emergência será i1 e o ângulo de desvio � = i + i’ – A será o mesmo, nos dois casos. { i = i1 } ⇒ �1 = i1 + i2 – A i’ = i2 {i = i2 } �1 = i2 + i1 – Ai’ = i1 5. Desvio mínimo (�m) O diagrama da função � = f(i) nos indica que, quando o desvio assume seu valor mínimo �m, o ângulo de incidência correspondente é único, isto é, i1 = i2, o que nos leva a concluir que: “PARA QUE O DESVIO EXPERIMENTADO POR UM RAIO DE LUZ, AO ATRAVESSAR UM PRISMA, SEJA MÍNIMO, O ÂNGULO DE INCI DÊN CIA DEVE SER IGUAL AO DE EMER GÊN CIA.” { i’ = i }r’ = r ⇒ � = �m 113 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 113 Procuremos obter os valores de im, rm e �m, sendo im e rm os ângulos correspondentes ao desvio mínimo �m. Assim: De , obtém-se: { � = �m }i = i’ = im ⇒ (1) De Como r = r’ = rm, resulta: 2 rm = A ⇒ (2) De , vem { i = im }r = rm = (3) As expressões (1) e (3) nos revelam um processo de obtenção do índice de refração do prisma n21. De fato, de (1) temos: que, substituído em (3), nos dá: (4) Importante �m é obtido experimentalmente e, para A medido com instrumentação conveniente, podemos obter n21 pela equação (4). 6. Desvios para pequenos ângulos de incidência e prismas de pequena abertura Para ângulos de incidência (i) e ângulo de refringência (A) de alguns graus de medida (até aproximadamente cinco graus), podemos usar a “Lei de Kepler”: e e o desvio � dado por: pode ser escrito: � = r . n21 + r’ . n21 – A ⇔ � = (r + r’) n21 – A Como r + r’ = A, resulta: � = A n21 – A Ou ainda: Tal expressão nos mostra que: “PARA PEQUENOS ÂNGULOS DE INCIDÊN - CIA E PRISMAS DE PEQUENA ABERTURA, O DES VIO INDEPENDE DO VALOR DO ÂNGULO DE INCIDÊNCIA.” E ainda nos revela, de maneira clara, que � cresce com o aumento de A e de n21. Nota-se ainda que, para n21 fixo, � é função proporcional de A. 7. Prismas de reflexão total Os materiais de que são constituídos tais prismas têm um índice de refração absoluto tal que o ângulo limite, quando o prisma está imerso no ar, é da ordem de 42°. Os prismas de reflexão total visam conseguir mudar a direção de propagação da luz ou endireitar imagens, fazendo com que a luz, internamente ao prisma, sofra uma ou mais reflexões totais. Exemplos A) Prisma de Amici, desvio de 90°, usado em pe - ris cópios. � = i + i’ – A � = A (n21 – 1) � = i + i’ – A i ––– = n21r i’ ––– = n21r’ �m + Asen ––––––– 2 n21 = –––––––––––– A sen –– 2 �m + Aim = –––––––2 sen im ––––––– = n21A sen –– 2 A –– 2 sen i ––––– = n21sen r A rm = –––2 r + r’ = A �m = 2 im – A 114 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 114 Para alguns ângulos críticos, podemos observar o fenômeno de reflexão total. Em alguns modelos de periscópios, temos a utilização de prismas de reflexão total. B) Prisma de Porro, desvio de 180°, usado em bi nó culos. Nos exemplos citados, para que ocorra reflexão to tal com ângu lo de incidência i = 45°, devemos ter: i > L (ângulo limite) ⇒ (1) Como i = 45° ⇒ sen i = e ainda sen L = , em que nar = 1 (índice de refração absoluto do ar) e n representa o índice de refração absoluto do material de que é feito o prisma. Substituindo na equação (1), temos: > ⇒ PORTANTO, NOS PRISMAS DE REFLEXÃO TOTAL DE AMICI (� = 90°) E DE PORRO (� = 180°), O MATERIAL DE QUE É FEITO O PRISMA DEVE TER ÍNDICE DE REFRAÇÃO RELATIVO AO AR MAIOR DO QUE ��2. Caminho seguido por um raio de luz no interior de binóculos, em que o prisma de Porro tem papel fundamental. ��2 –––– 2 1 ––– n 2 n > –––––– ��2 n > ��2 ��2 –––– 2 nar––– n sen i > sen L 115 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 115 1. (ITAJUBÁ-MG) – Considere um prisma de ângulo de re fringên cia igual a 30°, mergu lhado no ar. Qual o valor do índice de re - fra ção absoluto do material do prisma, para que um raio lu minoso monocromático, in - ci dindo nor mal mente a uma de suas faces, saia tangen - ciando a face oposta? Resolução Temos que: A = 30°; i = 0° e i’ = 90° Da figura, tiramos que r’ = 30° e, aplicando a Lei de Snell para a refração na saída da luz do prisma, teremos: n . sen 30° = nar . sen 90° n . –– 1 = 1,0 . 1 ⇒ 2 Resposta: n = 2,0 2. Um raio de luz incide na face de um prisma de acordo com a fi gura dada. Se o meio envol ven te é o ar (nar = 1,0), determine a) o ângulo de emergência i2; b) o desvio angular � sofrido pelo raio de luz. Resolução a) Aplicando a Lei de Snell-Descartes na face S1, temos: 1,0 . sen 60° = n2 sen 30° 1,0 . ��3 / 2 = n2 1/2 ⇒ Da expressão do ângulo de refringência, resulta: 60° = 30° + r2 Podemos, finalmente, aplicar a Lei de Snell à face S2 e deter minar o ângulo de emergência i2. ��3 . sen 30° = 1,0 . sen i2 ��3 . = sen i2 b) Da expressão do desvio, temos: � = 60° + 60° – 60° Observe a trajetória completa do raio de luz. Respostas: a) 60° b) 60° 3. Sobre um prisma de vidro (n2 = ��2 ) imerso no ar, faze - mos um raio de luz monocro - mática incidir com ângulo de incidência variá vel. Sabe-se que o ângulo de inci dência (i) é igual a 45° e o des vio sofrido pelo raio de luz é o mínimo possível. a) Qual o ângulo de emergência i’? b) Qual o valor de desvio mínimo? Resolução a) Sendo o desvio mínimo, devemos ter: i’ = i ⇒ b) O desvio é dado por: Como: i = i’ = 45° e A = 60°, obtém-se: �m = 45° + 45° – 60° Respostas: a) 45° b) 30° 4. A respeito do desvio experimentado por um raio de luz ao penetrar em um prisma, podemos afirmar: 1) é independente da radiação monocromática; 2) é função crescente do ângulo de incidência; 3) é função crescente do ângulo de refringência; 4) é independente do índice de refração relativo do prisma. Resolução 1) Errada – O desvio an gular � é função cres cen te do índicede re - fra ção relativo do mate rial de que é feito o pris ma e que, por sua vez, é fun ção crescente da fre quência da radia ção utili zada. 2) Errada – O desvio angular � é inicialmente função decrescente do ângulo de incidência, atinge um valor mínimo e, em seguida, torna-se função crescente do ângulo de incidência (i). 3) Correta. 4) Errada. 5. (ITA) – O Método do Desvio Mínimo, para a medida do índice de refração, n, de um material transparente, em relação ao ar, con - siste em se medir o desvio mínimo � de um feixe estreito de luz que atravessa um prisma feito desse material. �m = 30° � = i + i’ – A i’ = 45° � = 60° � = i1 + i2 – A i2 = 60° 1 –– 2 n2 sen r2 = n1 sen i2 r2 = 30° A = r1 + r2 n2 = ��3 n1 . sen i1 = n2 sen r1 n = 2,0 116 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 116 Para que esse método possa ser aplicado (isto é, para que se tenha um feixe emergente), o ângulo A do prisma deve ser menor que: a) arcsen (n) b) 2 arcsen (1/n) c) 0,5 arcsen (1/n) d) arcsen (1/n) e) Resolução Nas condições de desvio mínimo, temos a seguinte configuração: Da geometria da fi - gura, nas condi ções de desvio mí ni mo, resulta: A = 2r (I) Para que o método possa ser aplicado e de fato tenhamos o feixe emergente do prisma, é necessário que o ângulo de incidência (r) na segunda face não supere o ângulo limite (L) do dioptro pris ma-ar. Assim, sen r ≤ sen L (II) Substituindo-se (I) em (II): sen ≤ ≤ arc sen � � Resposta: B 6. (FUVEST) – Um pincel de luz branca incide perpendicularmente em uma das faces menores de um prisma, cuja secção principal é um triângulo retângulo e isósceles. O prisma está imerso no ar e é constituído de um material trans - parente, que apresenta, para as sete radiações monocromáticas caracterizadas por sua cor, o índice de refração absoluto n, indi ca - do na tabela a seguir. violeta ......................................................1,48 anil ............................................................1,46 azul............................................................1,44 verde ........................................................1,42 amarelo ....................................................1,40 alaranjado..................................................1,39 vermelho ..................................................1,38 Valores numéricos de alguns senos: sen 30° = ; sen 45° = ; sen 60° = Observa-se que nem todas as radiações atin gem um ante pa ro des ti nado a rece ber o es pectro. Quais as cores rece bi das no anteparo? Jus tifique sua res pos ta. Resolução Sofrerão reflexão total e não atingirão o anteparo as radiações para as quais o ângulo de incidência, que vale 45°, superar o ângulo li mite do dioptro prisma-ar. Assim: 45° > L ⇒ sen 45° > sen L > ⇒ Como ��2 � 1,41, teremos n > ��2 , de acordo com a tabela dada, para as radiações violeta, anil, azul e verde; tais cores sofrerão reflexão total e não atingirão o anteparo. As demais cores (ama - relo, alaranjado e vermelho) atravessam o prisma e são detec - tadas no anteparo. Resposta: vermelho, alaranjado e amarelo. 7. (UNAMA-MODELO ENEM) – A Geometria e a Física podem solucionar, juntas, muitos fenô - menos físicos. A figu ra ao lado representa a se ção trans versal de um prisma óptico imerso no ar, tendo dois lados iguais (AB e AC). Perpendicular mente à face AB, incide um raio lumi noso mono - cromático que se propaga até a face espelhada AC, onde é refle - tido direta men te para a face AB. Ao atingir esta face, o raio luminoso sofre uma nova reflexão (reflexão total), de maneira que, ao se propagar, atin ge perpendicu lar mente a face BC, de onde emerge para o ar. Com base nestas infor ma ções, podemos afirmar que o ângulo de refrin gência do prisma (ângulo �, mostrado na figura) vale: a) 18° b) 72° c) 45° d) 36 e) 60° Resolução Na figura, o ângulo de incidência na face AC vale � (i1 = �, já que i1 e � são ângulos de lados per pen - dicu lares). No triângulo I1 I2 I3, temos: 90° + 2� + 90° – i2 = 180° No triângulo I3 B I4, temos: 90° + � + 90° – i2 = 180° Portanto, � = 2� No triângulo ABC, temos: � + 2� = 180° ⇒ � + 4� = 180° ⇒ 5� = 180° ⇒ Resposta: D 8. (FAZU-MODELO ENEM) – No laboratório didático da escola, é feita a seguinte experiência: um prisma de vidro tem ângulo de aber tu ra A = 75° e índice de refração absoluto n = ��2 . O prisma en contra-se imerso no ar. Tem-se a trajetória de um raio de luz monocromática que incide em uma das faces do prisma sob ângulo de 45°. � = 36° i2 = � i2 = 2� n > ��2 1 –– n ��2 –––– 2 ��3 –––– 2 ��2 –––– 2 1 –– 2 1 a ≤ 2 arcsen (–––) n 1 –– n A –– 2 1 –– n A –– 2 sen r ≤ –– 1 n r ≤ L r = –– A 2 π –– 2 117 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 117 9. A figura abaixo mostra um raio monocromático de luz que incide horizon tal mente sobre um bloco de vidro. Sabendo-se que o bloco está imerso no ar (nar = 1) e que o índice de refração absoluto do vidro vale ��3 , o ângulo de refração na 1.a face do bloco de vidro vale: a) 0° b) 30° c) 45° d) 60° e) 90° Dados: 10. (FUVEST) – O esquema representa um bloco de vidro com uma cavidade prismática vazia e a trajetória percorrida por um raio de luz incidente no ponto A. a) Desenhe a trajetória de um outro raio que entra na cavidade, no ponto B, perpendicularmente à face. b) Calcule o índice de refração absoluto do vidro. 11. (U.E.LONDRINA) – No esquema adiante, considere: I – raio incidente; N1 e N2 – normais às faces do prisma; r1 – ângulo de refração na primeira face; r2 – ângulo de incidência na segunda face; � – ângulo do prisma = 60°. Considerando as indicações do esquema, é correta a relação: a) r1 – r2 = � b) r1 + r2 = � c) r1 + r2 = 90° – � d) r1 – r2 = 90° – � e) 2(r1 + r2) = � 12. (MACKENZIE) – Um raio luminoso atra ves sa um pris ma de vidro de ín dice de refração ab soluto ��3 , con forme a fi gura abaixo. O ângulo � dessa fi gura vale: a) 15° b) 30° c) 45° d) 60° e) 75° 13. (UELON-PR) – A figura ao lado representa um raio de luz que atravessa um pris - ma. O desvio sofrido por esse raio de luz, em graus, vale: a) 20 b) 30 c) 50 d) 60 e) 90 0° 30° 45° 60° 90° Sen 0 1 –– 2 ��2 ––––– 2 ��3 ––––– 2 1 Cos 1 ��3––––– 2 ��2 ––––– 2 1 –– 2 0 118 Podemos afirmar que o desvio sofrido pelo raio de luz ao atravessar o prisma é de: a) 30° b) 60° c) 75° d) 90° e) 45° Resolução 1) Aplicando a Lei de Snell na 1.a face, temos: sen i nar = sen r n sen 45° . 1 = sen r . ��2 sen r = r = 30° 2) Da expressão do ângulo de refringência (A), vem: A = r + r’ 75° = 30° + r’ ⇒ r’ = 45° 3) Aplicando a Lei de Snell na 2.a face, temos: sen r’ n = sen i’ nar sen 45° . ��2 = sen i’ . 1 ⇒ . ��2 = sen i’ sen i’ = 1 i’ = 90° (emergência rasante) 4) O desvio angular (�) é dado por: � = i + i’ – A ⇒ � = 45° + 90° – 75° ⇒ Resposta: B � = 60° ��2 ––––– 2 1 ––– 2 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 118 14. (MACKENZIE) – Um raio luminoso atravessa um prisma de índice de refração absoluto maior que o do meio que o envolve. Assinale a alternativa que mostra o caminho correto deste raio luminoso. 15. (FATEC) – A figura abaixo re pre sen ta a trajetória de um raio de luz que incide per pen di cular men te a uma das fa ces do prisma e emer - ge pa ra le la men te à outra. (Da dos: sen 37° = 0,60; sen 53° = 0,80; sen 90° = 1) O índice de refra ção absoluto desse pris ma vale, aproxi ma da men - te: a) 2,0 b) 1,7 c) 1,25 d) 1,0 e) 0,60 16. (VUNESP) – Um prisma de vidro tem os três lados iguais e índice de re fra ção n = ��2 em relação ao do ar, para um determinado comprimento de onda �. Um raio luminoso de com primento de onda � incide no prisma, formando um ângulo de 45° com a normal e paralelo à base do prisma. Calcule o ângulo de desvio do raio que emerge do prisma, em relação ao raio incidente. a) 60° b) 45° c) 0° d) 30° e) 15° 17. (UFPE) – Um feixe de luz mo nocro má ti ca incide normalmente sobre a face vertical de um prisma transpa rentede ângulo de abertura de 30°, conforme a figura ao lado. O índice de refra ção absoluto do material do pris ma é ��3 . Qual é, em graus, o ângulo entre o feixe que sai do prisma e a direção inicial de propa gação? 18. (UEPG-RS) – Se fizermos incidir sobre um prisma um fino feixe de luz branca, veremos emergir do outro lado um feixe de luz colorido e mais espesso, que nos lembra um arco-íris. Com relação a esse fenômeno, que é chamado de dispersão da luz, assinale a alternativa que contém uma afirmação incorreta. a) A luz branca é uma combinação das cores do espectro. b O índice de refração absoluto do prisma é único para todas as cores. c) As cores do espectro são puras. d) O índice de refração absoluto do prisma é diferente para cada uma das cores. e) O índice de refração absoluto do prisma é maior para luz violeta do que para luz vermelha. 19. (U.F.VIÇOSA-MODELO ENEM) – Ao inci dir um feixe de luz bran - ca sobre um prisma, ob ser va mos a dispersão da luz no fei xe emer gen te, sen do que a cor vio leta sofre o maior desvio e a vermelha, o menor. Anali sar as seguintes afirmativas: I. O índice de refração absoluto do vidro é maior para a luz vio le ta. II. O índice de refração absoluto do vidro é maior para a luz ver melha. III. O módulo da velocidade da luz violeta dentro do vidro é maior que o da luz vermelha. IV. O módulo da velocidade da luz vermelha dentro do vidro é maior que o da violeta. V. As velocidades das luzes vermelha e violeta têm módulos iguais dentro do vidro. São verdadeiras: a) II e IV b) I e V c) I e III d) I e IV e) II e III 20. (FUVEST-MODELO ENEM) – Um feixe de luz é uma mis tura de três cores: verde, ver melho e azul. Ele incide, conforme indicado na figura, sobre um prisma de material transparente, com ín di ce de refração cres cente com a fre quência. Após atravessar o prisma, a luz atinge um filme para fotografias em cores que, ao ser revelado, mostra três manchas coloridas. De cima para baixo, as cores des sas manchas são, respecti va - mente: a) verde, vermelho e azul. b) vermelho, azul e verde. c) azul, vermelho e verde. d) verde, azul e vermelho. e) vermelho, verde e azul. 21. (UFPR) – A figura abaixo repre sen ta um feixe de luz incidindo num prisma de seção triangular e, à sua direita, um anteparo. Ao atra - vessar o prisma, a luz sofre dispersão, observando-se no anteparo as cores vermelha, ama rela, verde, azul e violeta. Sabendo-se que os índices de refração relativos do pris ma para essas cores va lem, respectivamente, 1,50, 1,51, 1,52, 1,53 e 1,54, é correto afirmar que (01) no interior do prisma, a luz amarela tem velocidade menor que a luz azul. (02) em cada face do prisma, a luz que sofre maior desvio é a violeta. (04) ao se percorrer o anteparo, de cima para baixo, a sequência das cores que ali aparecem é: violeta, azul, verde, amarelo e vermelho. (08) este fenômeno que acontece no prisma é utilizado para explicar a sequência das cores que aparecem num arco-íris. (16) na face esquerda do prisma, uma parte do feixe incidente sofre reflexão. Dê como resposta a soma dos números associados às propo - sições corretas. 22. (FATEC) – Um prisma tem ângulo refringente (aber tu ra) A, índice de re fração re lativo n e é atra vessado por um pin cel de luz, conforme o es quema abaixo. 119 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 119 120 Assinalar a proposição in cor reta: a) Quando i1 = i2, temos r1 = r2 b) = = n c) r1 + r2 = A d) � = i1 + i2 – A e) = 23. Na face AB do prisma de vidro (nV = ��2 ) imerso no ar (nAr = 1), representado a seguir, in cide um raio de luz monocromática com um ângulo �. O menor valor de � para o qual ainda há refração da luz na face BC é igual a: a) 0° b) 30° c) 45° d) 60° e) 75° 24. (FUVEST) – Alguns instrumentos de óptica utilizam “pris mas de refle xão total” como es pelhos, como no ca so da figura. O valor do índice de refração absoluto do vidro desse prisma deve ser maior que: a) 3,00 b) 2,00 c) 1,60 d) 1,50 e) 1,41 25. (UFTM-MODELO ENEM) – O instrumento óptico apresentado é formado por dois prismas triangulares cujos ângulos da base são iguais a 45°. Os prismas são utilizados nessa disposição para produzir reflexão interna total da luz em duas superfícies. Se o aparelho está imerso no ar, o índice de refração mínimo do material de que são constituídos os prismas deve ser igual a: a) b) ���2 c) 2 d) e) 3 ���2 26. (EFEI) – Um feixe de luz incide sobre uma superfície de um pris ma (conforme a fi gu ra), cujo índice de refração em relação ao ar é 1,5. De ter mi ne o valor do ângulo � que faz com que o feixe incidente na superfície AB sofra refle xão total. 27. (CESGRANRIO) – Um feixe de luz incide nor mal men te sobre a su per fície de um prisma de vidro, imerso no ar, de ín dice de refração abso lu to n = 1,6, como mostra a figura abaixo. O valor do ângulo i, que faz com que esse feixe seja refratado rasante à superfície AB, é: a) arccos 1,00 b) arccos 0,625 c) arcsen 1,00 d) arcsen 0,781 e) arcsen 0,625 3 ���2 ––––– 2 ���2 ––––– 2 i2–– r2 i1–– r1 sen i2–––––– sen r2 sen i1–––––– sen r1 9) B 10)a) b) ��3 11) B 12) D 13) A 14) B 15) B 16) D 17) 30° 18) B 19) D 20) E 21) 30 22) E 23) C 24) E 25) B 26) � < 90° – arc sen �––2 � 27) E3 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 120 121 Feixes de luz atravessando uma lente de vidro imersa no ar. 1. Lentes esféricas Denomina-se lente esférica uma associação de dois dioptros, dos quais um é necessariamente esférico, e o outro, esférico ou plano. 2. Classificação das lentes quanto à geometria Conforme as espécies de dioptros associados, podemos ter os tipos de lentes indicados a seguir: Para uma posição adequada entre o objeto e a lente, esta atuará como lente de aumento (lupa). LENTES ESFÉRICAS Óptica 5 CAPÍTULO P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 121 3. Nomenclatura das lentes A nomenclatura das lentes é feita visando indicar as espécies de dioptros associados; convenciona-se citar, inicialmente, o nome da face de maior raio de curvatura. Sendo uma das faces planas, o seu nome é citado sempre em primeiro lugar, pois o raio de curvatura da face plana tende para infinito (R → �). Assim, teremos para as lentes citadas: 1. biconvexa; 4. bicôncava; 2. plano-convexa; 5. plano-côncava; 3. côncavo-convexa; 6. convexo-côncava. Note-se que as lentes, cujos nomes terminam com a palavra convexa, são de “bordos finos” e aquelas cujos nomes terminam com a palavra côncava são de “bordos espessos”. 4. Classificação das lentes quanto ao comportamento óptico Quando um pincel cilíndrico de luz incide em uma lente esférica, esta pode ter dois comportamentos ópticos distintos: a) o feixe emergente é do tipo cônico convergente; A lente é denominada convergente. b) o feixe emergente é do tipo cônico divergente. A lente é denominada divergente. OBS.: O estudo das lentes é feito admitindo-se que os meios que banham as faces da lente sejam idên ticos. Como, em geral, o material da lente é mais refrin - gente que o meio onde ela se encontra, costuma-se cha - mar a lente côncavo-convexa de “menisco conver gen - te” e a lente convexo-côncava de “menisco diver gente”. 5. As lentes delgadas Os raios de curvatura R1 e R2 dos dioptros cons - tituin tes da lente são denominados RAIOS DE CUR - VATURA DA LENTE. Quando a espessura da lente for desprezível, quando comparada com R1 e R2, ela é dita uma LENTE DELGADA. “SE O MATERIAL DE QUE É FEITA A LENTE FOR MENOS REFRINGENTE QUE O MEIO ON DE ELA ESTÁ IMERSA, SÃO CONVER GEN - TES AS LENTES DE BORDOS ESPESSOS E DI - VERGEN TES AS LENTES DE BORDOS FI NOS.” “SE O MATERIAL DE QUE É FEITA A LENTE FOR MAIS REFRINGENTE DO QUE O MEIO ONDE ELA ESTÁ IMER SA, SÃO CONVERGEN - TES AS LENTES DE BORDOS FINOS E DIVER - GENTES AS LENTES DE BORDOS ESPESSOS.” 122 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 122 Como, via de regra, o material da lente é mais re frin - gente que o meio onde ela está imersa, a repre sen tação sugere ofato de que as lentes convergentes são as de bordos finos e as divergentes são as de bordos es pessos. 6. O centro óptico (C) Para as lentes delgadas, existe um ponto privilegiado denominado “CENTRO ÓPTICO” (C) e que goza da seguinte propriedade: “TODO RAIO INCIDENTE, PASSANDO PELO CENTRO ÓPTICO (C), ATRAVESSA A LENTE SEM SE DESVIAR.” Os raios de luz atravessam o centro óptico da lente sem se desviar. 7. O eixo principal; eixos secundários Denomina-se eixo principal de uma lente esférica uma reta que 1) contém os centros de curvatura dos dioptros da lente, supostos ambos esféricos; 2) contém o centro do dioptro esférico e é perpendi- cular ao plano, quando um é esférico e o outro plano. O centro óptico das lentes delgadas é a intersecção do eixo principal com a própria lente. Qualquer reta, distinta do eixo principal, que contém o centro óptico (C) é denominada eixo secundário. 8. Foco imagem principal A própria conceituação de lente convergente e diver - gen te nos ensina que a) para as lentes convergen tes, a um pincel cilíndrico in cidente associa-se um pincel emer gente cônico con ver - gente. Portanto: “PARA UM OBJETO IMPRÓ PRIO, DEFINIDO POR RAIOS PARALELOS AO EI XO PRINCI - PAL, A LENTE CONJUGA COMO IMAGEM UM FOCO REAL, SITUADO SOBRE O EIXO PRIN CIPAL E DENOMINADO FOCO IMA - GEM PRINCIPAL.” b) para as lentes divergentes, a um pincel cilíndrico incidente associa-se um pincel emergente cônico diver - gente. Portanto: “PARA UM OBJETO IMPRÓPRIO, DEFINIDO POR RAIOS PARALELOS AO EIXO PRIN - CIPAL, A LENTE CONJUGA COMO IMAGEM UM FOCO VIRTUAL, SITUADO SOBRE O EIXO PRINCIPAL E DENOMINADO FOCO IMA GEM PRINCIPAL.” 123 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 123 A abscissa do foco imagem principal, tomando-se como origem o centro óptico, é denominada DIS TÂN - CIA FOCAL DA LENTE e representada por f. Para a convenção de sinais adotada, em relação à natureza dos pontos objeto e imagem (elemento real tem abs cissa positiva e elemento virtual tem abscissa negativa), concluímos que 9. Pontos antiprincipais Os pontos A e A’, representados na figura, estão si - tua dos a uma distância da lente igual ao dobro da dis - tância dos focos à lente. São denominados, respec tiva - mente, ponto antiprincipal objeto A e ponto antiprincipal ima gem A’. 10. Raios notáveis (A) Todo raio de luz paraxial que incide numa lente paralelamente ao seu eixo principal emerge numa direção que passa pelo foco imagem principal F’. F’ tem natureza real nas lentes convergentes. F’ tem natureza virtual nas lentes divergentes. “PARA AS LENTES DIVERGENTES, A DISTÂNCIA FOCAL É NEGATIVA.” “PARA AS LENTES CONVERGENTES, A DISTÂNCIA FOCAL É POSITIVA.” 124 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 124 1. O fato de uma lente ser convergente ou divergente depende a) apenas da forma da lente. b) apenas do meio onde ela se encontra. c) do material de que é feita a lente e da forma da lente. d) da forma da lente, do material de que é feita a lente e do meio onde ela se encontra. Resolução O comportamento óptico de uma lente (convergente ou divergente) depende de sua forma ou geometria (bordos finos ou bordos grossos) e do índice de refração do material da lente em relação ao meio externo e, portanto, depende do material de que é feita a lente e do meio externo onde ela está imersa. Resposta: D 2. Uma lente de vidro (índice de refração absoluto igual a 1,5) é imersa sucessivamente no ar (índice de refração absoluto igual a 1,0) e num meio X de índice de refração absoluto igual a 2,0. Sabendo que no ar a lente se apresenta divergente, responda: a) Quanto à sua geometria, qual o tipo de lente? b) Qual o comportamento óptico da lente no meio X? Resolução a) Uma lente que, imersa em um meio menos refringente do que ela (nlente > nexterno), se apresenta divergente é de bordos espessos e, portanto, sua nomenclatura termina com a pala vra côncava: bicôncava, plano-côncava ou convexo-côncava. b) Se a lente de bordos espessos é imersa em um meio mais refringente do que ela (nlente < nX), o comportamento óptico será de lente convergente. Observe-se, pois, que uma mes - ma lente, quanto à geometria, pode ter, em meios ópticos distintos, comportamento óptico oposto. 125 (B) Todo raio de luz paraxial que incide na lente numa direção que passa pelo foco objeto principal F emerge paralelamente ao eixo principal. F tem natureza real nas lentes convergentes. F tem natureza virtual nas lentes divergentes. (C) Todo raio de luz que incide, passando pelo centro óptico C, atravessa a lente sem se desviar. (D) Todo raio de luz paraxial que incide na lente numa direção que passa por A emerge numa direção que passa por A’. (E) Todo raio de luz paraxial que in ci de numa len te pa ralelamente a um eixo secun dá rio emer ge nu - ma di reção que pas sa pe lo respectivo fo co se cundário. P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 125 3. Na figura abaixo, na qual são fornecidos o eixo principal de uma lente delgada, um objeto AB e sua imagem A’B’, fornecida pela lente, determinar a) geometricamente o centro óptico da lente e o seu foco; b) a natureza da lente (se é conver gen te ou divergente). Resolução a) Valendo-se da propriedade de que todo raio que passa pelo centro óptico da lente não sofre desvio, o encontro do raio AA’ com o eixo óptico determina o centro óptico da lente (C). Como todo raio que incide paralelamente ao eixo óptico principal refrata-se na direção do foco imagem principal, a intersecção do raio DA’ com o eixo principal fornece-nos o foco imagem principal (F’). O foco objeto principal (F) é simétrico a (F’), em relação à lente delgada. b) A lente em questão é convergente, pois os focos são reais. Respostas: a) vide figura b) convergente. 4. (FUND. CARLOS CHAGAS) – A fi gura representa um objeto real o, apoiado sobre o eixo prin cipal xy de uma única lente delgada, sen do i a cor res pon dente ima gem. A lente é a) convergente e situada à esquerda de o. b) divergente e situada à esquerda de o. c) convergente e situada entre o e i. d) divergente e situada à direita de i. e) convergente e situada à direita de i. Resolução Sendo o objeto real e a imagem direta, ela será de natureza virtual. Para localizar a posição da lente, basta lem brar mos que o ponto objeto, o res pectivo ponto imagem e o centro óptico estão sempre alinhados. Para obter a natureza da lente, basta tomarmos um raio paralelo ao eixo prin cipal, passando por B; o raio refratado deverá pas sar por B’ e pelo foco imagem principal (Fi). A po si ção de Fi define sua na tu - reza (real ou vir tual) e per mite ca rac te rizar o tipo de lente (con ver - gente ou di ver gen te). Como o foco imagem prin cipal (Fi ) resultou virtual, a lente é do tipo divergente. Resposta: D 5. Considere uma lâmpada L, uma tela T e uma lente convergente. Sabe-se que, quando a lente está no ponto médio entre a lâm pada e a tela, a imagem da lâmpada forma-se nítida sobre a tela. a) Quais as características da imagem da lâmpada? b) Qual a distância focal da lente? Resolução a) Como objeto e imagem estão dispostos à mesma distância da lente (p’ = p), concluímos que objeto e imagem estão situados nos pontos antiprincipais (Ao e Ai), e, portanto, a ima - gem se rá real (recebida na tela), invertida (objeto e ima gem da mesma natureza) e do mesmo tamanho do objeto (p’ = p). b) Como os pontos antiprincipais distam 2f da lente, temos: d = 2f = 30cm ⇒ Respostas: a) real, invertida e do mesmo tamanho que o objeto. b) 15cm 6. (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) – Na produção de um blo co de vidro flint, de índice de re fra ção absoluto 1,7, ocorreu a formação de uma “bo lha” de ar (índice de refra ção absoluto 1,0), com o forma to de uma lente esférica bicon vexa. Um feixe luminoso mono cro má tico, paralelo, inci de perpen di cularmente à face A do bloco, con forme a figura abaixo, e, após passar pelo bloco e pela bolha, emerge pela face B. A figu ra que melhor re presenta o fenômeno é: f = 15cm 126 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a16607/08/12 08:53 Página 126 Resolução Como o índice de refração da lente (1,0) é menor que o do meio (1,7), a lente biconvexa terá comportamento divergente. Ao sair do bloco de vidro flint, os raios de luz irão passar para o ar (índice de refração menor), afastando-se da normal. Resposta: B 7. (UFLA-MODELO ENEM) – Coloca-se uma pequena lâmpada L no foco principal de uma lente biconvexa de índice de refração nL imersa num líquido de índice de refração n1. Esta situação está esquematizada abaixo. Mantendo-se a posição da lâmpada em relação à lente e imergindo-se o conjunto num outro líquido de índi ce de refração n2, obteve-se o seguinte percurso para os raios luminosos: É correto afirmar que: a) n2 > n1 > nL b) n2 = nL > n1 c) nL > n2 > n1 d) n2 > nL > n1 e) nL = n1 > n2 Resolução Operando imersa no líquido de índice de refração n1, a len te apresenta comportamento convergente, logo: nL > n1 Operando imersa no líquido de índice de refração n2, en tre tanto, a lente passa a apresentar comportamento diver gen te, logo: n2 > n1 Assim, Resposta: D Sugestão: Para o aluno notar claramente os comportamentos conver gente e divergente da lente, é recomendável inverter em ambos os casos o sentido de propagação da luz (reversi bi lidade luminosa). n2 > nL > n1 127 8. (U.E. LONDRINA) – O perfil de uma lente delgada, de índice de refração n, em relação à água, está esque ma tizado ao lado. R1 e R2 são os raios de curva tura de cada uma das suas faces. Se R2 > R1, esta lente, quando mer gulhada na água, será: a) divergente se n > 1. b) divergente se n = 1. c) convergente se n = 1. d) convergente se n > 1. e) divergente se n < 1. 9. (FUND. UNIV. DE ITAÚNA) – Um feixe de luz paralelo penetra num orifício de uma caixa, saindo por outro orifício da maneira mostrada na figura. No meio da caixa, há um dos 5 elementos óp - ticos a seguir: 1: Lente Convergente 2: Lente Divergente 3: Lâmina de Faces Paralelas 4: Espelho Convexo 5: Espelho Plano P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 127 Sabendo-se que o elemento é colocado da maneira mostrada, no meio da caixa, o elemento óptico usado é: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 10. (FUND. CARLOS CHAGAS) – Uma lente, feita de material cujo índice de refração absoluto é 1,5, é convergente no ar. Quando mergulhada num líquido transparente, cujo índice de refração absoluto é 1,7, ela a) será convergente. b) será divergente. c) será convergente somente para a luz monocromática. d) se comportará como uma lâmina de faces paralelas. e) não produzirá nenhum efeito sobre os raios luminosos. 11. (CESGRANRIO) – Um estudante deseja queimar uma folha de papel concentrando, com apenas uma lente, um feixe de luz solar na superfície da folha. Para tal, ele dispõe de 4 lentes de vidro, cujos perfis são mostra - dos a seguir. Para conseguir seu intento, o estudante poderá usar as lentes: a) I ou II somente. b) I ou III somente. c) I ou IV somente. d) II ou III somente. e) II ou IV somente. 12. (VUNESP) – Um aquário esférico de paredes finais é mantido dentro de outro aquário que contém água. Dois raios de luz atravessam esse sistema da maneira mostrada na figura, que representa uma secção transversal do conjunto. Pode-se concluir que, nessa montagem, o aquário esférico de - sem penha a função de a) espelho côncavo. b) espelho convexo. c) prisma. d) lente divergente. e) lente convergente. 13. (VUNESP) – O diagrama mos tra um objeto (O), sua imagem (I) e o trajeto de dois raios lu minosos que saem do objeto. Que dispositivo óptico colo cado sobre a linha PQ produzirá a ima - gem mostrada? a) Espelho plano. b) Espelho côncavo. c) Espelho convexo. d) Lente convergente. e) Lente divergente. 14. (UFF) – Raios luminosos paralelos ao eixo principal incidem sobre uma lente plano-convexa de vidro imersa em ar. Entre as opções a seguir, assinale aquela que melhor representa o trajeto desses raios ao atravessar a lente. 15. (UNAERP) – Uma bolha de ar imersa em vidro apresenta o formato da figura. Quando três raios de luz, paralelos, a atin - gem, observa-se que seu com por tamento óptico é de um(a) a) lente convergente. b) lente divergente. c) lâmina de faces paralelas. d) espelho plano. e) espelho convexo. 16. (UERJ-MODELO ENEM) – Um estudante possui uma lente conver gente de 20cm de distância focal e quer queimar uma folha de papel usando essa lente e a luz do sol. Para conseguir seu intento de modo mais rápido, a folha deve estar a uma distância da lente igual a: a) 10cm b) 20cm c) 40cm d) 60cm e) 80cm 17. (UNIP) – Considere os seguintes dispositivos ópticos: E1: espelho plano E2: espelho esférico côncavo E3: espelho esférico convexo L1: lente esférica convergente L2: lente esférica divergente Uma pessoa pretende acender um cigarro utilizando a luz solar e um dos dispositivos citados. A pessoa pode usar a) E1 b) E3 c) L2 ou L1 d) E2 ou L1 e) E2 ou L2 128 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 128 18. (UNIRIO) – O esquema abaixo mostra um objeto real e sua ima - gem, a qual é obtida por meio de uma lente convergente. Se o objeto fosse colocado no ponto B, em que ponto se formaria a nova imagem? a) A b) B c) C d) D e) E 19. (VUNESP) – A figura mostra um objeto AB, uma lente conver - gente L, sendo utili zada como lupa (lente de aumento), e as po - sições de seus focos, F e F’. a) Copie esta figura em seu caderno de respostas. Em seguida, localize a imagem A’B’ do objeto, fornecida pela lente, traçando a trajetória de, pelo menos, dois raios incidentes, provenientes de A. b) A imagem obtida é real ou virtual? Justifique sua resposta. 20. (VUNESP) – A figura mos tra um objeto AB, uma lente divergente L e as posições de seus focos, F’ e F. a) Copie esta figura em seu caderno de respostas. Em seguida, lo calize a imagem A’B’ do objeto fornecida pela lente, tra çando a trajetória de, pelo menos, dois raios incidentes, pro venientes de A. b) A imagem obtida é real ou virtual? Justifique sua resposta. 21. Na figura a seguir, notamos um objeto real e a correspondente ima gem produzida por uma lente esférica delgada. a) Qual o comportamento óptico da lente? b) Obtenha graficamente o centro óptico, os focos principais (objeto e imagem) e os pontos antiprincipais (objeto e imagem). 22. (FUVEST-SP-MODELO ENEM) – Uma pessoa segura uma lente del gada junto a um livro, mantendo seus olhos aproxi madamente a 40cm da página, obtendo a imagem indicada na figura. Em seguida, sem mover a cabeça ou o livro, vai apro ximando a lente de seus olhos. A imagem, formada pela lente, passará a ser a) sempre direita, cada vez menor. b) sempre direita, cada vez maior. c) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez menor. d) direita cada vez maior, passando a invertida e cada vez menor. e) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez maior. 23. (VUNESP) – Suponha que você tem em mãos duas lentes de mesmo diâmetro e confeccionadas com o mesmo tipo de vidro, sendo uma plano-convexa (convergente) e outra plano-côncava (divergente). Como proceder para verificar, sem auxílio de instrumentos de medida, se a convergência de uma é igual, em módulo, à divergência da outra? 24. (UFRN-MODELO ENEM) – Durante uma aula de Biologia, a professora Gioconda resolveu fazer uma experiência para identificar o mosquito Aedes aegypti com uma lupa. Como não dispunha desse instrumento, ela aproveitou duas lentes que havia no laboratório de Física da escola. As figuras a seguir mostram o mosquito visto a olho nu, através da lente L1 (Fig. 1) e através da lente L2 (Fig. 2). Ela ficou surpresa ao perceber que, em uma das len tes, a imagem do mosquito era reduzida (e não am plia da, conforme ela esperava que ocorresse). a) Identifique qual o tipo de cada lente. Justifique sua resposta. b) Especifique cada uma das imagens produzidas pelas lentes L1 e L2, respectivamente, segundo as seguintes características: real ou virtual, aumen tada ou dimi nuída e direita ou invertida. 129 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 129 25. (ITA) –Uma pequena lâmpada é colocada a 1,0m de distância de uma parede. Pede-se a distância a partir da parede em que deve ser colocada uma lente de distância focal 22,0cm para produzir na parede uma imagem nítida e ampliada da lâmpada. a) 1,40cm b) 26,2cm c) 32,7cm d) 67,3cm e) 70,0cm Resolução Da Equação de conju gação de Gauss, vem: = + 100 – x + x = –––––––––––– ⇒ 100x – x2 = 2200 x(100 – x) x1 = 67,3cmx2 – 100 x + 2200 = 0 { x2 = 32,7cm Para optar pela resposta correta, devemos observar que a ima - gem é ampliada (p’ > p) e, portanto, p’ = x1 = 67,3cm. Resposta: D 1 –––– 22,0 1 –– x 1 ––––––– 100 – x 1 –––– 22,0 1 1 1 ––– = ––– + ––– f p p’ 130 11. Equação de conjugação de Gauss; aumento linear transversal Consideremos uma lente convergente de distância focal f. Um pequeno objeto frontal AB é disposto confor - me figura. Para o objeto AB, a lente conjuga uma ima gem real A’B’. Os triângulos ABC e A’B’C da figura são seme lhan - tes e, portanto, teremos: = (1) Os triângulos CDFi e A’B’Fi são semelhantes e, por - tanto, teremos: = Como A’Fi = p’ – f; CFi = f; CD = AB, temos: = (2) Comparando-se (1) e (2), resulta: = Assim: p’f = pp’ – pf ⇔ p’f + pf = pp’ Dividindo-se toda a expressão por pp’f ≠ 0, obtém-se: + = (Equação de Gauss) Retornando à equação (1) = , temos: i = – A’B’ (como a imagem é invertida, temos i < 0) o = AB Portanto: = ou (Aumento linear transversal) –i ––– o p’ ––– p i p’ ––– = – –––o p A’B’ –––– CD p’ ––– p 1 1 1––– + ––– = –––p’ p f p’f ––––– pp’f pf ––––– pp’f pp’ ––––– pp’f p’ ––– p p’– f ––––– f A’B’ –––– AB p’– f ––––– f A’B’ –––– CD A’Fi–––– CFi A’B’ –––– AB p’ ––– p P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 130 26. Sejam p e p’ as abscissas gaussianas do objeto e de sua res pec - tiva imagem em relação a uma lente esférica delgada, nas condi - ções de Gauss. Construa o gráfico de função p + p’ = f(pp’). Resolução Da Equação de Gauss, temos: + = ⇒ = Então: p + p’ = (pp’) p + p’ = y Fazendo-se pp’ = x , resulta: y = kx= k (constante) A função y = kx é linear proporcional e o seu gráfico é uma reta passando pela origem: 27. Uma lente delgada convergente, de distância focal f = 10cm, é disposta com eixo principal normal a um anteparo situado à distância d = 30cm. Ao longo do eixo principal, desloca-se uma fonte punti forme. Há duas posições da fonte para as quais a luz emergente da lente ilumina, no anteparo, um círculo do tamanho da lente. Para qualquer uma dessas posições, determinar a distância da fonte à lente. Resolução A primeira posição da fonte (P) que produz imagem nítida, circular e com as dimensões da lente, ocorre quando a fonte está colocada no foco objeto da lente: Portanto: P � F e a distância é 10cm. A segunda posição da fonte ocorre quando o objeto (P) é colocado numa posição tal que os triângulos OAB e OA’B’ da figura 2 são congruentes; assim, teremos uma imagem com as mesmas dimensões da lente. Aplicando-se a Equação de conjugação de Gauss: ––1 + ––1– = ––1– ⇒ p 15 10 Resposta: 1.a possibilidade: fonte a 10cm da lente. 2.a possibilidade: fonte a 30cm da lente. 28. (FEI) – É dada a lente delgada indicada na fi gura. Para o ponto ob - jeto A, determinar a po sição e natureza da imagem A’. Resolução Da figura, concluímos que: Sendo P� um ponto objeto impróprio, o ponto P’ é um foco ima - gem secundário e, portanto, a distância focal da lente é f = 40cm. Aplicando-se a Equação de conjugação de Gauss, resulta: + = = – ⇒ = ⇒ Resposta: A imagem é virtual e encontra-se a 120cm da lente, do mesmo lado que o objeto e sobre o eixo óptico principal. 29. (FUVEST) – A distância entre um objeto e uma tela é de 80cm. O objeto é iluminado e, por meio de uma lente delgada posicio nada adequadamente entre o objeto e a tela, uma imagem do objeto, nítida e ampliada 3 vezes, é obtida sobre a tela. Para que isto seja possível, a lente deve ser a) convergente, com distância focal de 15cm, colocada a 20cm do objeto. b) convergente, com distância focal de 20cm, colocada a 20cm do objeto. c) convergente, com distância focal de 15cm, colocada a 60cm do objeto. d) divergente, com distância focal de 15cm, colocada a 60cm do objeto. e) divergente, com distância focal de 20cm, colocada a 20cm do objeto. 1 ––– 30 1 –– p’ 1 ––– 40 p’ = –120cm –1,0 –––– 120 1 ––– p’ 3,0 – 4,0 ––––––––– 120 1 ––– 30 1 ––– 40 1 –– p’ –– 1 + –– 1 = –– 1 p p’ f p = 30cm –– 1 + –– 1 = –– 1 p p’ f 1 –– f 1 –– f 1 –– f p + p’ –––––– pp’ 1 –– f 1 –– p 1 –– p’ 131 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 131 Resolução Do enunciado, vem: objeto iluminado ⇒ objeto real; imagem projetada ⇒ imagem real Como objeto e imagem são reais, a imagem deve ser invertida em relação ao objeto (A < 0). Assim: A = ––– –p’ ⇒ –3 = –––– p’ ⇒ p’ = 3p p p mas: p + p’ = 80cm p + 3p = 80cm ⇒ Da Equação dos pontos conjugados de Gauss, temos: = + = + = ⇒ Conclusão: A lente é convergente (f > 0) de distância focal 15cm e o objeto está posicionado a 20cm da lente. Resposta: A 30. (UNESP-MODELO ENEM) – Na figura, AB é o eixo principal de uma lente conver gente e FL e I são, respectivamente, uma fonte lu minosa pontual e sua imagem, produzida pela lente. Determine a) a distância d entre a fonte luminosa e o plano que contém a lente e b) a distância focal f da lente. Resolução a) 1) Tracemos, inicialmente, um raio de luz que, par tindo da fonte luminosa FL (objeto real), atinge a respectiva imagem I. No ponto em que o raio de luz intercepta o eixo principal AB, obtemos o centro óptico O da lente esférica convergente. 2) Observando a escala representada na figura, po demos con - cluir que a distância d entre a fonte luminosa FL e a lente vale 3cm. b) 1) Da figura, temos p = d = 3cm p’ = 6cm 2) Utilizando a Equação de Gauss, vem: = + = + ⇒ Respostas: a) 3cm b) 2cm 31. (FUVEST-MODELO ENEM) – A figura abaixo mostra, numa mesma escala, o desenho de um objeto retangular e sua ima gem, formada a 50cm de uma lente esférica con ver gente de distância focal f. O objeto e a imagem es tão em planos perpendiculares ao eixo óptico da lente. Podemos afirmar que o objeto e a imagem a) estão do mesmo lado da lente e que f = 150cm. b) estão em lados opostos da lente e que f = 150cm. c) estão do mesmo lado da lente e que f = 37,5cm. d) estão em lados opostos da lente e que f = 37,5cm. e) podem estar tanto do mesmo lado como em lados opostos da lente e que f = 37,5cm. Resolução O traçado da imagem mencionada é representado na figura abaixo. f = 2cm 1 ––– 6 1 ––– 3 1 ––– f 1 ––– p’ 1 ––– p 1 ––– f f = 15cm 3 + 1 –––––– 60 1 ––– f 1 ––– 60 1 ––– 20 1 ––– f 1 –– p’ 1 –– p 1 ––– f p = 20cm p’ = 60cm 132 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 132 32. (CESGRANRIO) – Um objeto real é colocado perpendicularmente ao eixo principal de uma lente convergente de distância focal f. Se o objeto está a uma distância 3f da lente, a distância entre o objeto e a imagem conjugada por essa lente é: a) f/2 b) 3f/2 c) 5f/2 d) 7f/2 e) 9f/2 33. (VUNESP) – Sobre o eixo de uma lente convergente, de distância focal 6,0cm, encontra-se um objeto, afastado 30cm da lente. Nessas condições, a distância da imagem à lente será: a) 3,5cm b) 4,5cm c) 5,5cm d) 6,5cm e) 7,5cm 34. (PUCC) – Um objeto real é disposto perpendicularmente ao eixo principal de uma lente convergente, de distância focal 30cm. A ima gem obtida é direita e duas vezes maior que o objeto. Nessas condições, a distância entre o objeto e a imagem, em cm, vale: a) 75 b) 45 c) 30 d) 15 e) 5,0 35. (UFF-RJ) – Sobre o eixo óptico de uma lente delgada conver gen - te, e muito afastado dela, é colocado um objeto real e pontual. A ima gem deste objeto, formada pela lente, situa-se a 6,0cm dela. Colocando-se agora este objeto a 18,0cm da lente (ainda sobre o seu eixo óptico), a nova imagem estará situada a uma distância da lente aproximadamente igual a: a) 3,0cmb) 4,5cm c) 9,0cm d) 12,0cm e) 24,0cm 36. (CEFET-PR) – Uma equi pe de alunos obtém ima gens reais da chama de uma vela. Coletando os dados sobre a distância x da vela à lente e a dis tância y da lente ao anteparo, obtiveram o diagrama representado a seguir. A partir dele, podemos afirmar que a distância focal da lente usa - da vale, em m: a) 5,0 b) 2,5 c) 1,0 d) 0,20 e) 0,10 37. (FATEC) – Na figura abaixo, estão esquema tizados sobre o eixo dos x um objeto AB, de 12cm de altura, e sua imagem A’B’, de 36cm de altura, conjugada por uma lente cujo centro óptico está sobre o eixo dos x: Determine a) a posição da lente; b) a sua distância focal. 38. (UNICAMP-MODELO ENEM) – Um sistema de lentes produz a imagem real de um objeto, conforme a figura. Calcule a distância focal e localize a posição de uma lente delgada que pro du za o mesmo efeito. 39. (UNIMONTES-MODELO ENEM) – Sobre um anteparo translú - cido, à dis tân cia p’ = 5,0m de uma lente plano-convexa de dis - tância focal f = 15cm, utilizada num projetor de diapositivos, forma-se uma imagem. A figura, no diapositivo, mede 1,5cm de altura e encon tra-se a uma dis tân cia p da lente (veja a figura). Podemos afirmar que a altura da imagem projetada no anteparo é igual a: a) 30,5cm b) 48,5cm c) 50,5cm d) 60,5cm 40. (UFES) – Um objeto de altura AB = 10cm é colocado a uma distância de 20cm de uma lente. Verifica-se a formação de uma ima gem virtual do objeto, com altura A’B’ = 5,0cm. a) Qual a distância da imagem à lente? b) Qual a distância focal e o tipo de lente? 41. (FUVEST) – Uma lente L é colocada sob uma lâm pada fluores cente AB cu jo com - primento é AB = 120cm. A imagem é fo calizada na superfície de uma mesa a 36cm da lente. A lente si - tua-se a 180cm da lâmpa da e o seu eixo principal é per - pendicular à face cilín drica da lâmpada e à super fície plana da mesa. A figura ao lado ilustra a si tuação. 133 A imagem é invertida e três vezes menor que o objeto. Assim, a ampliação vale A = – . A = – ⇒ – = – ⇒ p = 150cm Aplicando a Equação de Gauss, calculamos a distância focal da lente. = + ⇒ = + = ⇒ f = (cm) ⇒ Resposta: D f = 37,5cm 150 –––– 4 1 + 3 –––––– 150 1 ––– f 1 ––– 50 1 –––– 150 1 ––– f 1 ––– p’ 1 ––– p 1 ––– f 50 ––– p 1 ––– 3 p’ ––– p 1 ––– 3 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 133 Observação da imagem de uma vela através de lente, respectivamente, diver - gente e conver gente. 12.Vergência de uma lente É intuitivo que quanto menor é a distância focal de uma lente mais repentinamente ela converge ou diverge raios de luz paralelos, isto é, “quanto menor sua dis tân - cia focal, maior é seu poder de convergir ou divergir raios de luz”. A lente L2 é mais convergente que a lente L1, pois, tendo menor distância focal, converge mais repentina - men te os raios de luz. Para medir o poder de uma lente em convergir ou divergir raios de luz, define-se uma nova grandeza, que será denominada VERGÊNCIA ou CONVERGÊNCIA da lente. Define-se vergência V de uma lente como o inver - so de sua distância focal. Pedem-se: a) a distância focal da lente; b) o comprimento da imagem da lâmpada e a sua representação geométrica. Utilize os símbolos A’ e B’ para indicar as extremi - dades da imagem da lâmpada. 42. (ITA) – Um objeto tem altura ho = 20cm e está situado a uma distância do = 30cm de uma lente. Esse objeto produz uma imagem virtual de altura hi = 4,0cm. A distância da imagem à lente, a distância focal e o tipo da lente são, respectivamente: a) 6,0cm; 7,5cm; convergente. b) 1,7cm; 30cm; divergente. c) 6,0cm; –7,5cm; divergente. d) 6,0cm; 5,0cm; divergente. e) 1,7cm; –5,0cm; convergente. 43. (UNIFES) – A figura representa um banco óptico didático: coloca-se uma lente no suporte e varia-se a sua posição até que se forme no anteparo uma imagem nítida da fonte (em geral, uma seta luminosa vertical). As abscissas do anteparo, da lente e do objeto são medidas na escala, que tem uma origem única. a) Represente graficamente no caderno de respostas (sem valores numéricos) a situação correspondente ao esquema da figura, em que apareçam: o objeto (seta luminosa da fonte); a lente e seus dois focos; a imagem e pelo menos dois raios de luz que emergem do objeto, atravessem a lente e formem a imagem no anteparo. b) Nessa condição, determine a distância focal da lente, sendo dadas as posições dos seguintes componentes, medidas na escala do banco óptico: anteparo, na abscissa 15cm; suporte da lente, na abscissa 35cm; fonte, na abscissa 95cm. 44. (UFF-RJ) – Uma lente convergente de distância focal f = 4,0cm for nece uma imagem real de um objeto, colocado sobre seu eixo óptico, com aumento linear igual a –1,0. Deslocando-se a lente de 2,0cm, aproximando-a do objeto, forma-se nova imagem, que dista x cm da imagem anterior. Determine a) a distância x; b) o novo aumento linear. 45. (UNITAU) – Uma lente de distância focal f projeta sobre um an - teparo a imagem de um objeto real ampliada � vezes. A distân cia da lente ao anteparo é: a) f(� + 1) b) f � c) � d) � (f – 1) e) � ( � + f) 46. (FEI-SP) – Um palito de fós foro de 4,0cm de com pri mento é colocado sobre o eixo principal de uma len te convergente de dis - tân cia focal f = 20cm, com a cabeça a 10cm do foco objeto principal, con for me a figura. Nessas con dições, a imagem do palito tem comprimento de aproximadamente: a) 2,0cm b) 4,0cm c) 8,0cm d) 9,2cm e) 11cm 134 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 134 Sendo a distância focal f um comprimento, a vergência tem dimensão de inverso de comprimento. Sua unidade de medida é o (cm)–1 ou o m–1. Esta última unidade m–1 (inverso do metro) é a usual na prática, recebendo a denominação de DIOPTRIA, sendo representada por di. Nota: Quando a vergência de um sistema óptico é nula (por exemplo, uma lâmina de faces paralelas), o sistema é dito afocal (sem focos). 13. Foco objeto principal Quando os raios emergem da lente, paralelos ao eixo principal, definindo um ponto imagem impróprio, o ponto objeto está em uma posição privilegiada no eixo principal, denominada FOCO OBJETO PRINCIPAL. Tomando a Equação de Gauss, façamos: p = fo (distância focal objeto) e p’ → � teremos: + = ⇒ = portanto: isto é: “A DISTÂNCIA FOCAL OBJETO É IGUAL À DISTÂNCIA FOCAL IMAGEM.” e portanto: “OS FOCOS OBJETO E IMAGEM PRIN CIPAIS SÃO SIMÉTRICOS COM RELA ÇÃO AO CENTRO ÓPTICO DA LEN TE.” Nas lentes convergentes, f > 0 e ambos os focos são reais. Nas lentes divergentes, f < 0 e ambos os focos são virtuais. 14. Focos secundários – planos focais Todo o estudo de focos, feito para o eixo principal, pode ser repetido para um eixo secundário, por isso existem focos secundários. Para cada direção de um pincel cilíndrico incidente ou emergente, existe associado um foco imagem ou objeto correspondente. Nas condições de Gauss, todos os focos objetos en - con tram-se em um plano perpendicular ao eixo principal e passando pelo foco objeto principal, denominado PLA - NO FOCAL OBJETO; e todos os focos imagens en con - tram-se em um plano perpendicular ao eixo principal, passando pelo foco imagem principal, denominado PLANO FOCAL IMAGEM. Nota: Para obtermos os focos secundários correspondentes a uma dada direção ( r→) do pincel cilíndrico, basta tra çar o eixo secundário paralelo à direção do pincel e obter suas intersecções com os planos focais. F’o C F’i = eixo secundário paralelo à ( r →) F’o = foco objeto secundário F’i = foco imagem secundário 15. Cálculo da distância focal A distância focal de uma lente depende a) do material de que a lente é feita, representado por seu índice de refração absoluto (n2); b) do meio externo que envolve a lente, represen - tado por seu índice de refração absoluto (n1); c) da geometria da lente, representada pelos raios de curvatura, R1 e R2. fo = f 1 ––– p’ 1 ––– p 1 ––– f 1 ––– f0 1 ––– f 1 V = ––– f 135 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 135 136 O valor da distância focal (f) é calculado pela Equa - ção de Halleyou dos “fabricantes de lentes”: Nota = n2,1 é o índice de refração da lente em relação ao meio externo. Para os sinais de R1 e R2, a convenção adotada é a seguinte, para um observador externo à lente: I. Face convexa: raio de curvatura positivo (R = � R � ) II. Face côncava: raio de curvatura negativo (R = – � R � ) Notemos que o fator � + � traduz a geometria da lente, sendo positivo para as lentes de bordos finos (ter minadas pela palavra convexa) e negativo para as len - tes de bordos espessos (terminadas pela palavra côn ca - va). A equação dos fabricantes de lentes evidencia o com portamento óptico das lentes já estudado e esque - matizado a seguir: I. Lentes de bordos finos: � + � > 0 II. Lentes de bordos espessos: � + � < 0 Cumpre ressaltar, ainda, que, quando uma das faces é plana, o raio de curvatura tende ao infinito (R → �) e, portanto, o termo tende a zero. 16. Pontos antiprincipais Denominam-se pontos antiprincipais de uma lente dois pontos conjugados (um ponto objeto e o corres - pondente ponto imagem), pertencentes ao eixo principal, para os quais o aumento linear transversal vale – 1. Para localizar tais pontos, usamos a definição: = = –1 ⇒ A equação p’ = p nos mostra que os pontos anti prin - cipais são equidistantes da lente, isto é, simétricos em relação ao centro óptico (C). Fazendo p’ = p na Equação de conjugação de Gauss, temos: + = ⇒ = ⇒ Podemos, então, enunciar: (I) OS PONTOS ANTIPRINCIPAIS SÃO SIMÉ - TRICOS EM RELAÇÃO AO CENTRO ÓPTI - CO E SITUADOS A UMA DISTÂNCIA DA LEN TE IGUAL AO DOBRO DA DIS TÂNCIA FOCAL. (II) QUANDO UM OBJETO FRONTAL LI NEAR É COLOCADO NO PONTO ANTI PRIN CI - PAL OBJETO, SUA IMAGEM RE SULTA NO PONTO ANTIPRINCIPAL IMA GEM, É DO MESMO TAMANHO QUE O OBJETO E IN - VER TIDA. (III) NAS LENTES CONVERGENTES, OS PON - TOS ANTIPRINCIPAIS SÃO AMBOS REAIS E, NAS LENTES DIVERGENTES, SÃO AM - BOS VIRTUAIS. (IV) TODO RAIO INCIDENTE, NAS CONDI - ÇÕES DE GAUSS, PASSANDO PELO PON - TO ANTI PRINCIPAL OBJETO (Ao), ORI GI - NA UM RAIO REFRATADO PASSANDO PE - LO PONTO ANTIPRINCIPAL IMAGEM (Ai). Ao = ponto antiprin ci pal objeto real Ai = ponto antiprin ci pal imagem real 1 n2 1 1 ––– = �––– – 1� �––– + –––�f n1 R1 R2 1 ––– p 1 ––– p’ 1 ––– f 2 ––– p 1 ––– f p = 2f i ––– o p’ ––– p p’ = p 1 ––– R 1 ––– R2 1 ––– R1 1 ––– R2 1 ––– R1 n2––– n1 n2,1 > 1 ⇒ f < 0 (lente di ver gente) n2,1 < 1 ⇒ f > 0 (lente con ver gente) n2,1 > 1 ⇒ f > 0 (lente con vergente) n2,1 < 1 ⇒ f < 0 (lente di ver gente) 1 ––– R2 1 ––– R1 AiBi = AoBo P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 136 47. (UFSE) – A medida da vergência ou convergência de uma lente é dada em dioptrias, a qual, na linguagem popular, é conhecida como ”grau”. A dioptria é definida como o inverso da distância focal, medi da em metros. Logo, a vergência de uma lente convergente de 25cm de distância focal, em dioptrias, é: a) 0,040 b) 0,25 c) 0,40 d) 2,5 e) 4,0 Resolução Da definição de vergência, temos: Para que a unidade de vergência seja a dioptria, a distância focal deve ser medida em metros, assim: V = –––––––– 1 (di) 25 . 10–2 V = (di) Resposta: E 48. Qual a vergência, em dioptrias, de uma lente divergente de 200cm de distância focal? Resolução Sendo a lente divergente, temos f < 0 e, portanto, f = –200cm = – 2,00m Como a vergência é o inverso da distância focal, temos: V = = – ⇒ V = – 0,500m–1 = – 0,500 di Resposta: – 5,00 . 10–1 di 49. (MED-SANTOS) – A distância entre um objeto e sua imagem real dada por uma lente é 7,0cm. Sendo 0,40 o aumento linear, calcular a vergência dessa lente. Resolução Admitindo-se que o objeto seja real, como a imagem é real, conclui-se que a lente é convergente. Assim sendo, a imagem e o objeto estão em lados opostos em relação à lente e a imagem é invertida. Assim: p + p’ = 7,0cm (1) A = – –– p’ = –0,40 ⇒ p ⇒ p’ = 0,40 p (2) Substituindo: (2) em (1): p + 0,40 p = 7,0 ⇒ 1,4 p = 7,0 Logo: p = 5,0cm ⇒ p’ = 2,0cm Pela equação de conjugação, temos: + = = V ⇒ V = + V = 20 di + 50 di ⇒ Resposta: 70 di 50. Sabe-se que uma lente bicôncava, simétrica (raios de curvatura iguais), tem distância focal igual a 10cm, em módulo, quando imer sa no ar. Sendo 1,5 o índice de refração absoluto do vidro de que é feita a lente, pedem-se: a) o valor dos raios de curvatura; b) o valor da distância focal, se a lente foi imersa num líquido de índice de refração absoluto 1,8. Resolução a) Tomemos a equação dos fabricantes de lentes: = (n2,1 – 1) � + � Temos que: R1 = R2 = R; f = –10cm (lente divergente); n2,1 = 1,5 = (1,5 – 1) � + � = 0,5 . ⇒ R = –10cm O sinal (–) no valor de R apenas confirma a convenção de sinais adotada: face côncava tem raio de curvatura negativo. b) Retomando a equação dos fabricantes de lentes: = � – 1� � + � = � – 1� � � = � � � � = . � � ⇒ Observe que, como f > 0, a lente passou a ter comportamento con vergente. Respostas: a) 10cm b) 30cm 1 ––– f –0,3 ––––– 1,8 1 – –––––– 5cm f = 30cm 2 – –––––– 10cm 1,5 – 1,8 –––––––– 1,8 1 ––– f 1 – –––––– 10cm 1 – –––––– 10cm 1,5 ––– 1,8 1 ––– f 1 ––– R2 1 ––– R1 n2 ––– n1 1 ––– f 2 ––– R 1 – –––––– 10cm 1 ––– R 1 ––– R 1 – –––––– 10cm 1 ––– R2 1 ––– R1 1 ––– f V = 70 di 1 –––––––– 0,020m 1 –––––––– 0,050m 1 ––– f 1 ––– p’ 1 ––– p 1 –––––– 2,00m 1 ––– f V = 4,0 di 100 –––– 25 1 V = ––– f 137 Ao = ponto antiprinci pal objeto virtual Ai = ponto antiprinci pal imagem virtual AiBi = AoBo P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 137 51. (ITA) – Uma vela encontra-se a uma distância de 30cm de uma lente plano-convexa que projeta uma imagem nítida de sua chama em uma parede a 1,2m de distância da lente. Qual é o raio de curvatura da parte curva da lente se o índice de refração dela, em relação ao meio externo, é 1,5? a) 60cm b) 30cm c) 24cm d) 12cm e) 10cm Resolução Do enunciado, temos: p = 30cm p’ = + 1,2m = +120cm (a imagem projetada é de natureza real). Assim: ––– 1 = ––– 1 + ––– 1 f p p’ –––1 = –––1 + ––––1 (cm)–1 f 30 120 –––1 = –––––4 + 1 (cm)–1 ⇒ f 120 Podemos, agora, determinar o raio da face curva R1 por meio da Equação de Halley. ––– 1 = (n2,1 – 1) . � –––1 + –––1 �f R1 R2 em que R2 → � (face plana) e 1/R2 → 0 –––1 = (1,5 – 1) . � –––1 + 0� (cm)–124 R1 portanto: –––1 = ––––0,5 (cm)–1 ⇒ 24 R1 Resposta: D 52. (UFSCar-MODELO ENEM) – Um livro de ciências ensina a fazer um microscópio simples com uma lente de glicerina. Para isso, com um furador de papel, faz-se um furo circular num pedaço de folha fina de plástico que, em seguida, é apoiada sobre uma lâmina de vidro. Depois, pingam-se uma ou mais gotas de glicerina, que preenchem a cavidade formada pelo furo, que se torna a base de uma lente líquida praticamente semiesférica. Sabendo que o índice de refração absoluto da glicerina é 1,5 e que o diâmetro do furo é 5,0 mm, pode-se afirmar que a vergência dessa lente é de, aproximadamente, a) +10 di. b) –20 di. c) +50 di. d) –150 di. e) +200 di. Resolução A gota forma sobre o furo uma lente plano-convexa com raio de curvatura R = 2,5 . 10–3m. Da Equação de Halley para lentes esfé - ricas delgadas, temos: V = V = (di) ⇒ Resposta: E 53. (UFC-MODELO ENEM) – Uma lente esférica delgada, cons tituí da de um material de índice de refração n, está imer sa no ar (nar = 1,00). A lente tem distância focal f e suas superfícies esféricas têm raios de curvatura R1 e R2. Esses parâmetros obedecem a uma relação, co nhe cida como “equação dos fabricantes”, expressa por = (n – 1) � + �. Suponha uma lente biconvexa de raios de curvatura iguais (R1 = R2 = R), distância focal f0 e índice de refração n = 1,8 (figura I). Essa lente é partida ao meio, dando origem a duas lentes plano-convexas iguais (figura II). A distância focal de cada uma das novas lentes é a) f0 b) f0 c) f0 d) f0 e) 2f0 Resolução Figura I: = (1,8 – 1) � + � ⇒ = Assim: a Figura II: = (1,8 – 1) � + � ⇒ = 123 tende a zero Assim: b Comparando-sea e b: Resposta: E f = 2f0 R f = –––––– 0,8 0,8 ––– R 1 ––– f 1 ––– � 1 ––– R 1 ––– f R f0 = ––––– 1,6 1,6 ––– R 1 ––– f0 1 ––– R 1 ––– R 1 ––– f0 9 ––– 5 4 ––– 5 1 ––– 2 1 –––– R2 1 –––– R1 1 ––– f V = 200di 1 ––––––––– 2,5 . 10–3 1,5�–––– – 1�1,0 1�–––�R n’�––– – 1�n R1 = 12cm f = 24cm 138 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 138 139 54. (PUC-RJ-MODELO ENEM) Nas figuras acima, o objeto O é colocado a uma mesma distância de duas lentes convergentes, L1 e L2. Um raio luminoso incide paralelamente sobre o eixo principal das lentes. Sabendo-se que b > a, a respeito das vergências V1 e V2, das lentes L1 e L2, res - pectivamente, pode-se afirmar que: a) V2 > V1 b) V2 = V1 c) V2 < V1 d) V2 = 2V1 e) V2 = V1/2 55. (UEL-PR) – Uma lente tem distância focal de 40cm. A vergência (convergência) dessa lente, em dioptrias (m–1), é de: a) 0,40 b) 2,5 c) 4,0 d) 25 e) 40 56. (FEI) – De um objeto real, uma lente delgada fornece imagem real, invertida e de mesmo tamanho. Sabendo-se que a distância entre objeto e imagem é d = 4,0m, a vergência da lente é, em dioptrias: a) +1,0 b) –1,0 c) +0,25 d) +2,0 e) –2,0 57. (FEI) – Uma lente convergente possui vergência V = 25 di. Um objeto é colocado a 5,0cm da lente. O aumento linear transversal da lente é, em valor absoluto: a) 1/4 b) 1/2 c) 1,0 d) 2,0 e) 4,0 58. (PUC-RJ) – Para se determinar a vergência de uma lente delgada convergente: I. Varia-se a distância do objeto à lente, até obter sobre um anteparo uma imagem do mesmo tamanho que o objeto. II. O objeto estava localizado perpendicularmente ao eixo principal da lente. III. A distância entre o objeto e a sua imagem foi determinada e o seu valor foi de 80cm. Com as informações obtidas, pede-se a) obter graficamente a imagem formada pela lente. b) determinar a vergência da lente. 59. (MACKENZIE) – Considerando uma lente biconvexa cujas faces possuem o mesmo raio de curvatura, podemos afirmar que a) o raio de curvatura das faces é sempre igual ao dobro da distância focal. b) o raio de curvatura é sempre igual à metade do recíproco de sua vergência. c) ela é sempre convergente, qualquer que seja o meio envol - vente. d) ela só é convergente se o índice de refração do meio envolvente for maior que o do material da lente. e) ela só é convergente se o índice de refração do material da lente for maior que o do meio envolvente. 60. (VUNESP-UFTM) – Uma lente del ga da convexo-côn ca va, de vidro flint, com índice de re fração n = 1,6, en con tra-se imersa no ar. Se o raio de sua super fície côn cava é igual a 20,0cm e sua vergência é C = – 1,8di, o raio de cur - vatura da super fície con vexa tem valor, em cm, igual a a) –30,0 b) –20,0 c) –10,0 d) +20,0 e) +50,0 61. (AMAN) – Uma lente delgada, convergente, biconvexa, de índice de refração 1,5 em relação ao meio que a envolve, tem superfícies esféricas de raios 4,0cm e 6,0cm. A distância focal da lente vale: a) 2,4cm b) 3,6cm c) 4,8cm d) 7,2cm e) 10,0cm 62. (UFTM-MODELO ENEM) – Duas lentes esfé - ricas, uma plano-convexa e outra plano-côn - cava, são justapostas e insertas no vácuo (índice de refração igual a 1). Os raios de cur - vatura de ambas as lentes têm o mesmo valor R, entretanto, seus índices de refração n1 e n2 diferem. A vergência do conjunto, resultado da adição das vergências individuais de ambas as lentes, em di, pode ser determinada por a) C = b) C = R c) C = d) C = e) C = 63. (U.F.-OURO PRETO) – Uma lente esférica de vidro, delgada, convexo-côncava, tem o raio da superfície côncava igual a 5,0cm e o da convexa igual a 20cm. Sendo o índice de refração do vidro, em relação ao ar, n = 1,5, para uma dada luz monocromática, a convergência dessa lente é igual a: a) – 15 di b) – 7,5 di c) – 0,075 di d) 7,5 di e) 15 di n1 + n2––––––– R n1 – n2––––––– R n1 + n2––––––– 2R n1––– n2 n2 – n1 ––––––– R 17. Associação de lentes delgadas Seja uma associação de n lentes delgadas justa - postas, de distâncias focais f1, f2, ... , fn. Demonstremos, para o caso de duas lentes, o teorema das vergências: PARA UMA ASSOCIAÇÃO DE LENTES DEL - GADAS JUSTAPOSTAS, A VERGÊNCIA DA AS SOCIAÇÃO É IGUAL À SOMA ALGÉBRI - CA DAS VERGÊNCIAS DAS LENTES ASSO - CIA DAS. Dois prismas e uma lâmina de faces pa - ralelas associados simulando o com portamento de uma lente. Por razões didáticas, não representaremos, na figura, as lentes justapostas. P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 139 Para a lente L1, o ponto objeto real é P, com abscissa gaussiana p e o respectivo ponto imagem real é P1, com abscissa gaussiana p1 + d, em que d → 0, pois as lentes são justapostas. Logo, aplicando a Equação de Gauss, temos: + = (1) Para a lente L2, o ponto objeto virtual é P1, com abs- cissa gaussiana (–p1) e o respectivo ponto imagem real é P’, com abscissa gaussiana p’. Aplicando-se, novamente, a Equação de Gauss, resulta: + = (2) Somando-se (1) e (2), obtém-se: + = + (3) Para a lente única equivalente à associação, o ponto objeto real é P, com abscissa gaussiana (p) e o respectivo ponto imagem real é P’, com abscissa gaussiana (p’). Aplicando, para a lente equivalente, a Equação de Gauss, temos: + = (4) em que f é a distância focal da lente equivalente. Comparando-se (3) e (4), vem: Da definição de vergência, resulta: Para n lentes, escrevemos, genericamente: Obs.: Se as lentes associadas não forem justapostas, mas sim, estiverem a uma distância d e com o ei xo principal coincidente, pode-se demonstrar que: • Associação de lentes Associação de três len - tes esféricas provocan - do um desvio no feixe cilíndrico. 1 ––– p1 1 ––– p 1 ––– f1 1 ––– p’ 1 –––– (–p1) 1 ––– f2 1 ––– p’ 1 ––– p 1 ––– f1 1 ––– f2 1 ––– p’ 1 ––– p 1 ––– f 1 1 1 ––– + ––– = ––– f f1 f2 V = V1 + V2 V = V1 + V2 + ... + Vn V = V1 + V2 – V1 . V2 . d Lente convergente Vergência: V1 1 V1 = –––f1 Lente divergente Vergência: V2 1 V2 = –––f2 Lente equivalente Vergência: V, em que V = V1 + V2 1 1 1 ––– = ––– + ––– f f1 f2 140 P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 140 18. Método do pincel cilíndrico Faz-se incidir sobre a lente um pincel cilíndrico de luz (raios paralelos), na direção do eixo principal da lente. Tal pincel pode ser constituído, por exemplo, por raios solares. Procura-se ajustar a posição da lente, de modo a se focalizar, da maneira mais nítida possível, o centro do pincel de luz emergente. Esse centro será o foco imagem principal da lente e sua distância até a lente é a distância focal (f). 19. Método de Gauss Em um trilho graduado, monta-se a lente cuja distân - cia focal se deseja obter, um anteparo que vai cap tar a imagem e um pequeno objeto luminoso. Mantendo-se fixa a posição da lente (ou do anteparo), desloca-se o objeto e o anteparo (ou a lente) para um posicionamento adequado, em que a imagem do objeto é captada nitida - mente no anteparo. Medem-se as distâncias p e p’ da lente ao objeto e ao anteparo e aplica-se a Equação de conjugação de Gauss: = + 20. Método de Silberman Mantendo-se a lente fixa num banco óptico, desloca-se ao longo do trilho graduado o objeto, constituído por pla ca de vidro fosco, na qual está desenhada uma se micir cun - ferência bastante iluminada, e uma segunda pla ca, na qual está desenhada a parte restante da circun fe rên cia ob je to. Ajustam-se as posições das duas placas, em relação à lente fixa, até que a imagem da semicircunferência iluminada se sobreponha exatamente à semicircunfe rência desenhada na segunda placa. Quando isto ocorrer, a imagem estará sendo in vertida e do mesmo tamanho que o objeto, isto é, objeto e imagem es - ta rão localizados nos pontos antiprincipais e a distância en - tre eles será igual ao quádruplo da distância focal da lente. 21. Método da autocolimação Em um banco óptico, montamos a lente cuja distân - cia focal se quer obter e um espelho plano normal ao ei - xo da lente. Um pequeno objeto luminoso é deslocado ao longo