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Segurança Patrimonial
https://youtu.be/X_wNcK0hs_U
TÓPICO 1 
A Constituição Federal Brasileira de 1988 apresenta o termo “segurança” como um direito fundamental individual e coletivo do cidadão brasileiro ou residente no país, assegurada pelo próprio Estado. A Declaração Universal de Direitos Humanos também apresenta a segurança como um direito e como uma meta que deve ser alcançada por todos os países (BRASIL, 1988).
 
A segurança é identificada de várias formas, e pode ser relacionada à segurança pessoal, pública e patrimonial. A segurança pessoal é aquela que está relacionada à sensação do indivíduo de exercer seus direitos constitucionais, de poder transitar nas vias públicas, de ter o seu imóvel inviolável, de poder passear com seu veículo etc. A segurança pública é aquela em que o Estado exerce o controle sobre a ordem pública, por meio da polícia, com objetivo de prevenir os delitos. Já a segurança patrimonial diz respeito à segurança dos bens do indivíduo
O QUE É PATRIMÔNIO?
O patrimônio, tanto no âmbito legal como econômico, é definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica. Assim, é possível afirmar que patrimônios são todos os bens que uma empresa ou que um indivíduo possui, como por exemplo, os imóveis, veículos ou até mesmo as obrigações, como as duplicatas a pagar a um fornecedor, impostos, despesas de aluguel etc. 
O HISTÓRICO DA SEGURANÇA PATRIMONIAL
A segurança patrimonial é aquela em que os bens do indivíduo ou da empresa são resguardados. Em outras palavras, na segurança patrimonial, os bens são objeto de guarda e proteção. Isso pode ocorrer por uma pessoa ou por uma empresa específi ca.
 
A segurança do patrimônio é um assunto abordado desde tempos remotos. Os homens primitivos buscavam a segurança em cavernas, além de construírem alguns armamentos. As civilizações antigas se baseavam na geografia do local para construir suas cidades. Entre os índios, destaca-se a produção de lanças visando sua segurança patrimonial. Todas essas estratégias têm como objetivo preservar a segurança pessoal e do local em que viviam. 
 
Com o passar do tempo, as cidades se estruturaram, assim como as residências. Por isso, foram demandadas novas estratégias de segurança, que foram se aperfeiçoando buscando a proteção não só do local, como de questões particulares das pessoas e as especifi cidades dos seus bens. As grandes civilizações buscavam proteger suas cidades por meio de muros ou fossos. 
 
No Brasil, na época do descobrimento, foram construídos fortes como estratégias militares para evitar o ataque de estrangeiros (MOREIRA, 2007). Durante muitos anos, em nosso país, a preocupação com a segurança patrimonial era observada, mais frequentemente, entre a classe alta. Além de possuírem maior quantidade de bens, essa classe também dispunha de dinheiro para arcar com medidas de segurança patrimonial pela instalação de câmeras de segurança, implantação de portaria eletrônica, monitoramento dos veículos etc.
No entanto, nas últimas décadas, a preocupação com a proteção dos bens passou a ser percebida por todas as classes sociais em função do aumento da violência. Assim, os projetos arquitetônicos passaram a se preocupar mais com a segurança e com a implementação de serviços de monitoramento desde o início das obras.
CLASSIFICAÇÕES DE PATRIMÔNIO
Os bens se apresentam de formas variadas, podendo ser um imóvel, veículo, roupas, sapatos, dinheiro no banco, entre outros.
Cavalcante (2015) classifica os bens em dois grandes grupos: os patrimoniais e os imóveis. Observe na Figura 1 alguns exemplos dessa classificação de bens. 
 
 
 
A informação é um ativo que, como qualquer outro ativo importante, é essencial para os negócios de uma organização e, consequentemente, necessita ser adequadamente protegida. Isto é especialmente importante no ambiente dos negócios, cada vez mais interconectado. Como um resultado desse incrível aumento da interconectvidade, a informação está agora exposta a um crescente número e a uma grande variedade de ameaças e vulnerabilidades (ABNT, 2005, p. 9).
 
A preocupação com os sistemas de segurança das informações assegura a competitividade, o fluxo de caixa e proporciona um aumento do lucro, além do cumprimento aos requisitos legais e uma melhor visão da empresa junto ao mercado, valorizando suas ações (ABNT, 2005). A ABNT (2005) estabelece alguns requisitos de segurança das informações de uma instituição que devem ser seguidos a partir de três tipos de informação:
 
a primeira fonte da informação: é determinada por meio da análise e avaliação de riscos, considerando os objetivos estabelecidos no planejamento;
a segunda fonte de informação: inclui a legislação, estatutos ou regulamentos que as empresas de segurança devem atender; 
 a terceira fonte de informação: é um conjunto de princípios do negócio, sua meta, visão e objetivos que conduzem as operações.
O CONCEITO DE SEGURANÇA PATRIMONIAL
A segurança patrimonial é realizada com o objetivo de combater quaisquer riscos à integridade do patrimônio de uma pessoa física ou jurídica. Relaciona-se com a prevenção das ocorrências de diversos eventos,
 
 
O objetivo da segurança patrimonial é propor estratégias de prevenção desses delitos, além de instalação de equipamentos que auxiliem no processo de controle dos bens, como sistemas que registrem a quantidade de materiais que saíram do estoque, ou que entraram, além de um monitoramento das pessoas que entram e saem do estabelecimento. 
 
Existe uma diferença entre danos e interferências no patrimônio de uma empresa: os danos estão relacionados diretamente com a perdas materiais, como por exemplo a ocorrência de um incêndio ou o desmoronamento de uma loja; já as interferências são aquelas ligadas ao uso de informações da empresa, seja por meio de espionagem ou furto de informações que acarretam prejuízos fi nanceiros.
 
 
A segurança patrimonial pode ser dividida em duas, a pública e a privada. Na segurança pública, o Estado é o responsável por elaborar políticas que visem a proteção da propriedade e da comunidade. Na segurança privada, o objetivo também é proteger vidas e propriedades, no entanto, a principal preocupação está relacionada com os bens, sejam eles materiais, de informações, que são resguardados de ações indesejadas, de pessoas não autorizadas, e se dá de forma particular, por meio de contratação de profi ssionais qualifi cados (MOREIRA, 2007).
A segurança privada é aquela que o cidadão deve contratar de forma particular, podendo ser realizada por meio de um profi ssional habilitado com registro no órgão competente, ou por meio de empresa de segurança patrimonial. 
TÓPICO 2
DIREITO PENAL E A SEGURANÇA PATRIMONIAL
 
A segurança patrimonial é aquela voltada à guarda dos bens do indivíduo. No entanto, para que seja realizada, é necessário que obedeça à legislação. O Código Penal Brasileiro apresenta o que é lícito ou ilícito no momento da prática da segurança. Tratase de uma legislação que aborda a aplicação de penas para pessoas que cometem algum delito, é considerado como uma base para determinada conduta. 
O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Na Antiguidade as penas eram determinadas como uma forma de cometer vingança sobre algum delito. Contudo, na maioria das vezes, essa vingança era desproporcional, de modo a ferir os direitos humanos. A humanidade passou por várias transformações no processo de punição dos culpados, incluindo castigos corporais, trabalhos forçados e até a pena de morte. 
No entanto, com a participação do Estado no processo de punição dos culpados, as penas passaram a ter como princípio a integridade humana, além de conceder ao julgado de uma ação penal a possibilidade de defesa. Atualmente, as penas têm o objetivo de punir de forma proporcional ao delito cometido. Também, proporcionar uma educação para evitar que esse condenado cometa novos delitos. 
 
No Brasil, o primeiro Código Penal foi sancionado em 1830, por Dom Pedro I, descrito como “Direito Português”. No anode 1890, foi criado o Código Criminal da República, elaborado nos mesmos moldes do Código de 1830. O Código Penal Brasileiro, tal como conhecemos hoje, foi criado em 1940, baseado nas ideias de Alcântara Machado. Esse Código tem como objetivo garantir a ordem social, visto que determina os tipos de penalidades, as medidas de segurança, os procedimentos da ação penal, além de tratar sobre os tipos de crimes e suas respectivas punições. No entanto, sua vigência foi efetivada apenas em 1942. 
 
Atualmente, no Brasil, são permitidos três tipo de penas: a pena privativa de liberdade, que é aquela em que o indivíduo tem o seu direito de locomoção retirado por um período; a pena restritiva de direito, em que o indivíduo é obrigado a realizar algum serviço alternativo; e a pena de multa, na qual o sujeito deve pagar valores monetários proporcionais ao dano causado.
 
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO E OS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
O Decreto-Lei nº 2.848, de 1940, intitulado “Código Penal Brasileiro”, apresenta alguns crimes que podem ser cometidos contra o patrimônio das pessoas. Esses crimes são classificados de acordo com a gravidade, sendo estabelecido penas para cada caso particular (BRASIL, 1940). 
É importante destacar que os bens que estão resguardados pelo Código Penal são de todos os tipos e espécies, incluindo bens tangíveis ou materiais (como um carro ou um computador), até os intangíveis ou imateriais (como a propriedade intelectual de um professor, ou a marca de uma empresa).
 
TÓPICO 3 
CONTROLE DA ENTRADA/SAÍDA DE PESSOAS/ VEÍCULOS
 
A segurança patrimonial de um estabelecimento se inicia no momento da entrada ou saída de pessoas ou de veículos. Por isso, é preciso conhecer os procedimentos que devem ser adotados para evitar possíveis danos ao patrimônio.
MÉTODOS DE CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA
Salienta-se que cada empresa deve optar por um sistema único individual que atenda aos requisitos particulares do estabelecimento. Por exemplo, um sistema de controle de entrada e saída de pessoas e veículos dentro de um condomínio deve ser diferente de um sistema implantado em um posto de combustível, visto que, no último, o fluxo de veículos é variado e mais frequente do que no condomínio
 
O controle e manutenção dos equipamentos de segurança devem estar listados nas etapas do planejamento, para que sejam realizados de forma periódica garantindo a sua eficiência. Em relação à organização do fluxo de monitoramento dos equipamentos de segurança, Pessoa (2012) destaca que, devem ser definidas as responsabilidades pela gestão e operação de todos os recursos, e o ideal é que tenha mais de um responsável na operação, evitando que uma pessoa faça todas as etapas do monitoramento, garantindo a lisura das informações
PORTARIA E VIGILÂNCIA
A profissão de porteiro não possui regulamentação específica, ou seja, o profissional não necessita de formação na área. O profissional também é responsável pela guarda dos bens, bem como o controle de entrada e saída de pessoas ou veículos por meio de sistemas de segurança. Ademais, é responsável pela orientação de pessoas. Em alguns casos, também, realiza a manutenção de pequenos reparos. 
Os vigilantes, por sua vez, necessitam de um curso de formação e reciclagem periódica. Durante o efetivo exercício de suas atividades, o vigilante pode utilizar algumas armas letais e não letais
 
 
 
Para conhecer sobre o curso de formação de vigilante, o programa e outras informações importantes, leia o Anexo I da Portaria nº 3.233/2012, disponível neste link:
 https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/seguranca-privada/legislacaonormas-e-orientacoes/portarias/portaria-3233-2012-2.pdf/view.
 
O vigilante é importante no processo do controle de segurança patrimonial de um estabelecimento. Por isso, é importante que o profissional esteja sempre atualizado sobre os regulamentos que regem a profissão, para garantir uma boa execução dos seus serviços e, por fim, contribuir para preservação e conservação do patrimônio da entidade ao qual atua.
 
Durante o curso de formação do vigilante, o profi ssional deve estudar sobre o perfi l do profi ssional de vigilância, as noções de segurança privada, as legislações de direitos humanos, as relações de trabalho, os sistemas de segurança pública, o combate ao incêndio, os primeiros socorros, a educação física, a defesa pessoal, o armamento de tiro, as radiocomunicações, as noções de segurança eletrônica, o uso progressivo da força e os gerenciamentos de crises
Tempo para atividade e correção
Unidade 2
https://youtu.be/pnHTzZYwNk4
 
A segurança patrimonial é realizada de duas formas: a primeira pelo poder público, por meio das polícias militar, civil e federal; e a segunda pelo setor privado, por meio de empresas especializadas em segurança, ou por profissionais habilitados e credenciados.
A segurança privada iniciou no Brasil com o objetivo de proteger o patrimônio das instituições financeiras, em virtude do aumento do número de assaltos a bancos. No entanto, com o passar dos anos, a necessidade de proteger o patrimônio das pessoas e empresas também aumentou, o que culminou na regulamentação da atividade no ano de 1983 por meio de legislação própria.
SEGURANÇA PRIVADA VERSUS SEGURANÇA PÚBLICA
A segurança pública é observada desde a Antiguidade. Os primeiros relatos históricos sobre a segurança pública são de Roma, no ano 27 a.C., quando Augusto liderou o exército – a primeira instituição de segurança instaurada –, que era dirigida e paga pelo próprio Estado (BAYLEY, 2001).
No entanto, não existem relatos sobre a polícia, como conhecemos hoje, até o século XIX. A polícia corresponde a uma agência especializada, sendo uma característica de uma sociedade organizada com a estrutura política, exercida por agentes da comunidade (MORETTI, 2020).
 
Constituição Federal, que determina que a segurança é dever do Estado e responsabilidade de todos. Isso significa que todos os cidadãos devem contribuir para garantir a segurança. A partir desse conceito é que surgiu a ideia da segurança privada. 
 
De acordo com Bayley (2001), a segurança privada é um conjunto de mecanismos com o objetivo de prevenir perdas patrimoniais em uma entidade, seja com ou sem fi ns lucrativos. Nesse contexto, a segurança privada surge como uma medida de segurança e defesa do patrimônio e de pessoas, podendo ser exercida por vigilantes de forma armada ou desarmada.
 
 
Como você pode observar, a segurança privada está restrita à área contratada. Desse modo, só é permitido exercer a atividade profissional nos eventos e áreas delimitadas e, em alguns casos, em eventos sociais a qual foram contratados, como os eventos de grande porte.
 
De acordo com a Portaria nº 387 de 2006, da Polícia Federal, os vigilantes são: [...] profissionais capacitados pelos cursos de formação, empregados das empresas especializadas e das que possuem serviço orgânico de segurança, registrados no Departamento da Polícia Federal – DPF, responsáveis pela execução das atividades de segurança privada (BRASIL, 2006).
a função maior da segurança privada é prevenir a criminalidade por meio da inteligência.
O PLANEJAMENTO E A GESTÃO DA SEGURANÇA PRIVADA
Ao realizar o planejamento do sistema de segurança privada em um estabelecimento, deve-se levar em consideração que todo o ordenamento sobre a instalação e utilização de um sistema de segurança, está relacionado a regras estabelecidas pelo governo.
 
No Brasil, as normativas sobre os procedimentos de segurança são realizadas pelo Departamento da Polícia Federal, vinculado ao Ministério da Justiça. Conforme a Portaria nº 3.233, de 2012, existem cinco objetivos principais:
I - dignidade da pessoa humana; 
II - segurança dos cidadãos; 
III - prevenção de eventos danosos e diminuição de seus efeitos; IV - aprimoramento técnico dos profissionais de segurança privada; 
V - estímulo ao crescimento das empresas que atuam no setor 
 
Ao elaborar um plano de segurança em uma empresa, é preciso lembrar que o plano tem a validade de dozemeses a partir da sua aprovação, de acordo com a Portaria nº 3.233 (BRASIL, 2012). Todavia, existem duas exceções para a validade do plano: a primeira é em caso de mudança de endereço, cuja validade será de 12 meses a partir da data de aprovação; ou no caso em que ocorra a renovação do plano, que terá validade até o último dia do ano.
O PLANEJAMENTO DA SEGURANÇA
Inicialmente devem ser determinadas metas e objetivos que a empresa de segurança privada terá, com os possíveis clientes, quais as suas necessidades e o que esperam. Em seguida, devem ser traçados os objetivos da área da segurança patrimonial, determinando as origens de recursos, os equipamentos necessários. E, por fim, deve-se planejar com todos os funcionários responsáveis o protocolo para que todos estejam alinhados com as metas.
 
Com as metas e objetivos bem definidos e planejados, o profissional passará para a etapa de detalhar os meios necessários para a realização do planejamento, como os sistemas que serão utilizados, quantos funcionários deverão estar presentes, quais os materiais que serão necessários. As etapas são: 
• definição de metas e objetivos; 
• detalhamento dos materiais necessários; 
• controle do desempenho.
 
Após definir os objetivos e detalhar os materiais, iniciaremos a etapa de controle das atividades que estão sendo executadas, buscando realizar indicadores que sejam capazes de medir a eficiência do serviço, além de determinar periodicamente se as metas estão sendo alcançadas.
 
O planejamento deverá obedecer a todas as diretrizes necessárias para que as estratégias de curto, longo e médio prazo sejam cumpridas visando a melhoria e aperfeiçoamento das técnicas de segurança e contribuindo para a garantia da integridade do patrimônio e das pessoas.
Se o planejamento não estiver bem definido, com os objetivos e metas detalhados e um sistema de comunicação eficaz entre os responsáveis, ele não será eficiente pois toda a execução das atividades de segurança privada depende do planejamento.
Top 2 A LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO SEGMENTO
A segurança privada no Brasil iniciou pelo aumento da criminalidade, no ano de 1626. No entanto, só teve sua regulamentação, por meio de um decreto, em 1969. Desde então, foram expedidos portarias e regimentos que determinam como devem ser realizadas as atividades profissionais das empresas especializadas em segurança privada.
O HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO DA SEGURANÇA PRIVADA
A segurança privada no Brasil iniciou devido ao aumento da violência. Com o objetivo de combatê-lo e diminuir a impunidade, em 1626, o Ouvidor Geral Luiz Nogueira Britto instituiu a criação dos quadrilheiros. Esse sistema de segurança privada era formado por moradores voluntários, que tinham o objetivo de servir a sociedade. No entanto, com o passar dos anos, as medidas de segurança foram evoluindo, dando origem a serviços de segurança divididos entre públicos e privados (MORETTI, 2020)
Os decretos de 1969 e 1970 regulamentavam uma atividade considerada paramilitar e exigiam que os estabelecimentos financeiros fossem protegidos por seus próprios funcionários (segurança orgânica) ou através de empresas especializadas (contratadas) (MORETTI, 2020).
 
Com a consolidação das normativas de segurança privada no Brasil, as atividades foram se estendendo para outros ramos, deixando de ser exclusivas das instituições bancárias. Em 2012, por meio da Portaria nº 3.233, foram definidas as áreas de atuação da segurança.
AS PORTARIAS DA POLÍCIA FEDERAL
Com a determinação que o Ministério da Justiça realizaria o acompanhamento e fiscalização por meio da Polícia Federal, foram criadas portarias visando direcionar, orientar e supervisionar as empresas de segurança. 
Finalmente, em 2012, a Polícia Federal publicou a Portaria nº 3.233, que apresentou todas as regulamentações necessárias para a implantação da segurança privada no país, descrevendo todos os requisitos e atribuições dessa atividade.
 OS PRINCÍPIOS BÁSICOS E FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA PATRIMONIAL
 
A segurança privada deve ser baseada em alguns princípios que estão relacionados ao comportamento do profissional, e devem ser observados durante a execução de suas atividades profissionais. Entre os princípios que cercam a segurança privada, destaca-se a assiduidade do funcionário, tendo em vista que é uma atividade profissional que deve ser realizada vinte e quatro horas por dia. Assim, a assiduidade do profissional deve ser uma característica primordial, pois o seu descumprimento poderá prejudicar toda a atividade.
 
Um segundo princípio que deve ser levado em consideração no momento da execução das atividades profissionais de um profissional que trabalha na área de segurança privada é a aplicabilidade da sua função, ou seja, ao serem identificadas ameaças ao serviço, o funcionário deve operar com proatividade, aplicando o que a legislação recomenda e sempre buscando a prevenção de eventuais delitos.
 
Outra característica do profissional de segurança, que também está relacionada com os princípios da profissão, é a neutralidade, tendo em vista que o profissional está no ambiente buscando prevenir os eventuais danos ao patrimônio. É importante que ele esteja trabalhando de forma neutra, ou seja, não deve levar em consideração desavenças ou afetos no ambiente de trabalho, para que ele possa ter uma visão imparcial da situação que está ocorrendo
 
A funcionalidade da aplicação de ferramentas de sistemas de segurança deve ser considerada também como um princípio que deve ser observado na execução das atividades, em conformidade com o local que está sendo monitorado e com as condições de espaço, financeiras, e de logística. Também é preciso analisar se determinado sistema informatizado será útil, se terá treinamento adequado dos funcionários e se realmente será necessário para o local.
 
Verifique as barreiras que podem ser implementadas num ambiente, para torna-lo mais seguro: 
• barreiras físicas: muros, cercas elétricas, arames; 
• barreiras tecnológicas: acesso com senha, câmeras de circuito interno; 
• barreiras psicológicas: físicas + tecnológicas
 
Tanto os profissionais quanto os gestores devem sempre ter como prioridade a eficiência de suas atividades, agindo sempre de forma profissional, analisando as circunstâncias do ambiente, as possíveis ameaças, pautados nos princípios que regem a profissão.
Top 3 A INTELIGÊNCIA E CONTRAINTELIGÊNCIA
A atividade de inteligência é dividida em duas subáreas, que são a inteligência e a contrainteligência. Ambas estão pautadas no poder decisório e no conhecimento antecipado e confiável dos assuntos relacionados à avaliação da estrutura do segmento que está sendo monitorado.
O CONCEITO DE INTELIGÊNCIA E CONTRAINTELIGÊNCIA
A inteligência pode ser definida, de acordo com Souza (2019), como: 
[...] flexível, pois cada agência de segurança pública deve buscar o melhor desenho institucional que atenda aos seus interesses. A inteligência policial não se resume ao simples acúmulo de dados e fontes ocultas e/ou abertas. Logo, toda a informação coletada deve passar por um tratamento qualitativo para se tornar relatório de inteligência, que subsidiará a melhor tomada de decisão por parte do gestor da instituição de segurança pública (SOUZA, 2019, p. 2).
 
Por outro lado, a inteligência relacionada à segurança privada está diretamente conectada às ações e estratégias de monitoramento, capazes de prever eventuais situações que ofereçam ameaças ao estabelecimento, por meio de coleta de dados e tratamento dessas informações.
 
Para que você possa compreender melhor o conceito de contrainteligência, leia o que Souza (2019) afirma: 
Sob o grande guarda-chuva da inteligência, há a contrainteligência, tão importante para o cuidado com o conhecimento produzido. A inteligência produz documentos orientadores (conhecimentos), e a contrainteligência os salvaguarda. Essa proteção do sistema é importante para a tomada de decisão eficiente (SOUZA, 2019, p. 3).
 
A contrainteligência é a parte responsável pela proteção dos dadose conhecimentos produzidos. Baseia-se em princípios que negam o acesso de pessoas não autorizadas a esses conteúdos, podendo ser definida como a salvaguarda das informações. 
 
A Agência Brasileira de Inteligência delimita a atividade da inteligência em três aspectos. 
O primeiro está relacionado com a reunião de dados e conhecimentos sobre determinado assunto. 
O segundo se relaciona com a análise desses dados, com o objetivo de produzir conhecimento. 
O terceiro se relaciona com a difusão desse conhecimento para os responsáveis pelas decisões.
 
Em relação à contrainteligência, a Agência Brasileira também elenca três funções que são: 
a proteção dos conhecimentos produzidos, 
a salvaguarda desses dados, 
e a prevenção, identificação e neutralização de ações promovidas por pessoas que ameacem o desenvolvimento.
A SEGURANÇA PRIVADA E INTELIGÊNCIA
O plano de segurança privada em uma unidade deve iniciar a partir da coleta de informações sobre o local que será monitorado, das notícias sobre o índice de assaltos, furtos e roubos, das condições da estrutura física do local, e da quantidade de funcionários que se pretende contratar, além dos equipamentos de segurança que serão instalados no local.
 
A profissão de segurança privada é de total relevância para a sociedade, e deve ser realizada por profissionais competentes, que encarem com responsabilidade, e que tenham noções básicas de todos os sistemas de segurança, inteligência, ameaças e princípios que regem a atividade.

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