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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS MESTRADO EM SOCIOLOGIA PROF. DR. Jordão Horta ALUNA: VANESSA MATTOS DA SILVA Martineau, Harriet, 1802 – 1876 Como observar: morais e costumes; tradução Fernanda Henrique Cupertino Alcantara Governador Valadares, 2021 O livro é a primeira edição brasileira da obra da autora britânica Harriet Martineau. Foi traduzido pela prof.ª Fernanda Alcântara e apresentado no 45º encontro anual da ANPOCS (Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais). A tradução do livro é de fácil compreensão e interpretação, nele a autora relata de maneira detalhada como deve ser feito uma pesquisa social. Eu, como estudante das ciências sociais recém-formada, não encontrei grande dificuldade na leitura, tendo em vista que muitos dos pré-requisitos para a observação de morais e costumes de algum modo foi relatado e lido por mim em textos de outros autores da ciência social. Um fato que chama atenção é, como uma autora tão relevante na pesquisa social não é tratada de forma equivalente aos outros autores vistos até hoje como os fundadores da sociologia clássica. Tendo em vista o contexto e tempo histórico em que a autoria escrevia, é compreensível o seu “apagamento” como pesquisadora e criadora de um método científico de análise e observação social, pois naquele contexto e não muito diferente dos dias atuais, ainda prevalece, tem maior relevância e credibilidade os conceitos criados por pesquisadores e cientistas “homens”. Analisando em uma ordem cronológica na linha tempo, seria possível afirmar que alguns conceitos tratados como método por outros autores como, Durkheim em “As regras do método sociológico – 1895” e Malinowski “Argonautas do Pacífico Ocidental” – 1992, são, de algum modo uma releitura dos requisitos para observação social citado por Martineau 57 anos antes de Durkheim escrever as regras do método, e 84 anos antes de Malinowski inaugurar um novo método de trabalho de campo nomeado como etnografia. Com base nisso, é possível fazer uma comparação entre os métodos de observação desses três autores e como eles se cruzam em alguns conceitos e divergem em outros. Um fato importante de ressaltar dentro da teoria social é comum um autor partir do ponto de vista de um outro autor, seja para dar continuidade ao conceito, ou, para desenvolver uma crítica a partir desse conceito originando um novo conceito sobre aquele mesmo tema. Entretanto, caberia a esses autores que escreveram teorias semelhantes a Martineau citar em seus escritos que concordavam com alguns daqueles conceitos, porém, a partir de um novo ponto de vista. Trazendo para os dias atuais essa prática de apagamento ou ocultação de uma ideia original é tratada como plagio de modo geral, e se tratando do fato de ser uma mulher criadora de um conceito totalmente inovador para aquele contexto histórico seria facilmente interpretado como mansplaining. Os conceitos/requisitos básicos para a observação de morais e costumes segundo Martineau consiste em: · Requisitos filosóficos · Requisitos morais · Requisitos mecânicos A partir desses requisitos a autora descreve “o que observar” a partir desses requisitos dentro das seguintes temáticas: · Religião – igreja, clero, superstição e suicídio · Noções morais gerais – amor, falar de idosos e crianças, caráter do orgulho prevalecente, literatura e filosofia · Estado doméstico – mercados, classe comercial, casamento e mulher · A ideia de liberdade – polícia, legislação, classe na sociedade · Progresso – condição do progresso, caridade, artes e invenções · Discurso Relatório de estudo para pesquisa e apresentação do seminário Ordem cronológica da estruturação do seminário Debate dentro de sala de aula, considerações feitas por discentes e também pelo discente, após esse debate fiz algumas últimas considerações. Quanto a ditatica para apresentar o texto de, e, como não havia um roteiro especifico do que deveria ser feito, achei o momento oportuno para explicar o livro “Como observar: morais em costumes” a partir de um mapa mental interativo, mostrando alguns pré-requisito usado pela Martineau, mas em um outro autor mais familiar a nossas leitura.