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Primeiros socorros: caracterização, aspectos e funções FACILITADORA: SARA TAVARES MARQUES Primeiros Socorros – Noções básicas O que são primeiros socorros? São ações que tem por objetivo manter as funções vitais e evitar agravamento da situação da vítima, caracterizando o atendimento inicial que ocorre antes da chegada da equipe de APH (Atendimento Pré- Hospitalar). LEI Nº 13.722, DE 4 DE OUTUBRO DE 2018. Torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. Lei Lucas Lei Lucas A lei ganhou esse nome em homenagem ao menino Lucas Begalli, que morreu engasgado em uma excursão escolar. As professoras que acompanhavam os alunos não sabiam como agir e não conseguiram salvar a vida do garoto. O engasgo é uma das situações com as quais o curso ensina a lidar. A dor da tragédia levou a família de Lucas a lutar para proteger outras crianças desse risco. O esforço valeu a pena com a aprovação da lei no Congresso Nacional, após anos de luta. Com a adequação de todas as escolas, casos como o de Lucas não voltarão a acontecer. PERFIL DO SOCORRISTA Ter capacidade de lidar com as pessoas. De manter a calma. Ter capacidade de liderança. Ter compromisso a ser solidário. Ter capacidade de organização. Ser tolerante. Ter desejo de aprender Antes de se aprender os procedimentos, existem algumas regras para o atendimento que precisam ser seguidas: 1) Demonstre confiança: quando falar com a vítima, procure passar segurança para demonstrar que tem conhecimento dos primeiros socorros e que irá ajuda-la; conte com a ajuda de outras pessoas para auxiliar tarefas básicas e evitar o pânico, seja simples e direto em suas ordens. 2) Chame a ambulância ou incuba alguém de fazê-lo: logo após o acidente, é preciso chamar uma ambulância para que a vítima possa receber atendimento adequado. Caso seja necessário incumbir alguém de fazê-lo, aponte diretamente para essa pessoa pois, em situações de pânico, é comum que as pessoas fiquem confusas se você não for direto e extremamente específico. 3) Afaste os curiosos: para evitar confusão e possibilitar um maior espaço de trabalho, procure afastar pessoas em volta; aglomerações em acidentes são comuns mas é preciso que as pessoas entendam o perigo em que a vítima se encontra e deem espaço para que ela possa respirar e ser atendida. 4) Não fale além do necessário: evite dar diagnósticos precipitados ou exagerar na descrição do problema, isso só deixará a vítima mais nervosa. 5) Mantenha-se atento ao estado de consciência da vítima: pergunte seguidamente o nome da vítima, dia em que se encontra, endereço e telefone para contato; é importante repetir as perguntas com um pequeno intervalo de tempo para averiguar a gravidade da situação. 6) Evite alimentos, líquidos ou produtos de cheiro forte: caso a vítima tenha sede ou fome, não ofereça alimentos ou bebidas, umidifique a boca da vítima com um pano úmido. Em caso de desmaios ou perda da consciência, não se deve tentar reanimar a vítima com o auxílio de comidas, bebidas ou um odor forte. Como transportar a vítima em casos de extrema urgência? Não se recomenda o transporte da vítima, mas existem situações de risco em que é preciso movimentá-la para um local seguro e com técnica adequada, para isso, existem maneiras adequadas de fazê-lo sem agravar seu estado. Antes de qualquer coisa, avalie o estado da vítima: em caso de hemorragia não se deve fazer a remoção da vítima, pois isso só aceleraria o estado de choque; vítimas que estejam apresentando fratura vertebral também não devem ser movimentadas para evitar uma tetraplegia. Para movimentar a vítima para um local seguro, serão necessárias até três pessoas para apoiar todo o corpo e coloca-la em uma tábua, criando assim uma maca improvisada no intuito de deixar a coluna ereta. Em caso de parada cardíaca: Sem perder tempo, deve-se iniciar a massagem cardíaca para manter os sinais vitais da vítima até que a ajuda chegue. O procedimento deve ser feito da seguinte maneira: 1) Deite a vítima no chão com a barriga para cima; 2) ESTABILIZAR A CABEÇA para facilitar sua respiração; 3) Apoie as mãos sobre o peito da vítima, na altura dos mamilos (dois dedos acima da junção das costelas) e acima do coração; 4) Realize compressões cardíacas com a região hipotenar Posição das mãos durante massagem cardíaca. - Seus braços devem permanecer esticados e é o peso do corpo que faz a força; - Faça duas compressões até que o coração da vítima volte a bater ou até a chegada de socorro apropriado; Em caso de parada cardíaca em bebês: 1) Deite o bebê de barriga para cima; 2) Incline a cabeça do bebê para trás delicadamente; 3) Para iniciar a massagem: posicione os dedos indicador e médio sobre o coração do bebê (como mostra a imagem); 5) Empurre o peito do bebê com os dedos, contanto 2 empurrões por segundo até que o coração volte a bater ou o socorro chegue e ofereça-o atendimento médico apropriado; Engasgo É uma manifestação do organismo para expelir alimento ou objeto que toma um “caminho errado”, durante a deglutição (ato de engolir). O engasgo é considerado uma emergência, e em casos graves, pode levar a pessoa à morte por asfixia ou deixá-la inconsciente por um tempo. Sendo assim, agir rapidamente evita complicações. Com agir em caso de engasgo? Porém, se isso não funcionar, ou se o engasgamento for mais grave, como o que acontece ao comer alimentos moles como carne ou pão, deve-se iniciar imediatamente a manobra de Heimlich, que consiste em: Ficar de pé atrás da vítima, que também deve estar de pé; Passar os braços à volta do tórax da pessoa; Cerrar o punho da mão que tem mais força e colocá-la, com o nó do polegar, sobre a região epigástrica da vítima, que fica entre as costelas; Colocar a outra mão sobre a mão que tem o punho cerrado; Fazer pressão com as mãos contra o estômago da pessoa, para dentro e para cima, como se fosse desenhar uma vírgula. Complicações do Engasgo Dispnéia; Cianose; Hipoxemia; Desmaios (síncope) Perda de consciência temporária, diminuição significativa ou interrupção momentânea no fluxo sanguíneo para o cérebro. Existem as mais variadas causas, como: Emoções fortes ( medo, surpresa, angústia) Hipoglicemia Calor excessivo Anemia ou hemorragia intensa Mudança brusca de posição Convulsão É a contratura involuntária da musculatura, que provoca movimentos desordenados. Geralmente é acompanhada pela perda da consciência. As convulsões acontecem quando há a excitação da camada externa do cérebro. Sintomas: - Espasmos incontroláveis; - Cianose - Inconsciência; - Salivação abundante. Causas: - Hemorragia; - intoxicação por produtos químicos; - falta de oxigenação no cérebro; - efeitos colaterais provocados por medicamentos; - doenças como epilepsia, tétano, meningite e tumores cerebrais. Como agir: - Coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos; - introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na língua; - levante o queixo para facilitar a passagem de ar; - afrouxe as roupas; - caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva; - quando a crise passar, deixe a pessoa descansar; - verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão; - nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se); - não dê tapas; - não jogue água sobre ela. No caso de crianças, se houver febre alta, dê um banho morno de imersão, por mais ou menos dez minutos. Deitea criança envolta na toalha e chame imediatamente um médico. Não se esqueça: quem presta os primeiros socorros deve conhecer suas próprias limitações, pois não substitui o médico; deve-se ter sempre à mão os números de atendimento de emergência de sua cidade. Epilepsia É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente. Sintomas Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se “desligada” por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Tranquilize-a e leve-a para casa se achar necessário. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem- se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais. Infarto 1º. Reconhecer os Sintomas Uma pessoa que sofre um infarto agudo do miocárdio pode apresentar os seguintes sintomas: Dor precordial, tipo queimação ou aperto, que pode irradiar para os braços ou para a mandíbula, intensa ou dura mais que 20 minutos; Náuseas ou vômito; Sudorese; Dispnéia; Palpitações. Além disso, podem haver tontura intensa e desmaio. 2. Chamar uma ambulância Após identificar os sintomas de infarto, é recomendado chamar a ambulância ligando para o SAMU 192, ou Corpo de Bombeiros 193 para o serviço de atendimento móvel particular. 3. Acalmar a vítima Na presença dos sintomas, a pessoa afetada pode ficar muito ansiosa ou agitada, o que pode piorar os sintomas e a gravidade do quadro. É recomendado solicitar que a pessoa respire profunda e calmamente, solicitar que as pessoas muito próximas se afastem, evitando aglomerado de pessoas. 4. Desapertar a roupa É recomendado evitar apertos, como cintos ou botões apartados e, caso seja possível, é preferível deixar a vítima sentada ou decúbito elevado, em um local calmo e ventilado. 5. Oferecer 2 comprimidos de aspirina ATENÇÃO: INDIVÍDUO/VÍTIMA PODE SER ALÉRGICA. RECOMENDA-SE ADMINISTRAR MEDICAMENTO SOMENTE COM PRESCRIÇÃO MÉDICA. 6. Em caso de desmaio, deitar e observar os sinais vitais Verificar sempre a presença dos batimentos cardíacos e respiração; Observar coloração da vítima: cianose (coloração arroxeada), ocorre devido a queda de oxigênio (hipóxia); É importante iniciar a massagem cardíaca até que a ambulância chegue ou socorro chegue. Acidente Vascular Encefálico (AVE) Identificando um paciente com AVE: Sorrir - neste caso o paciente pode apresentar a face ou apenas a boca torta, sendo que um dos lados do lábio permanece caído; Levantar um braço - é comum que o individuo não consiga levantar o braço devido à falta de força, não sendo capaz de o levantar ou levantando muito pouco em relação ao outro, parecendo que está transportando algo muito pesado; Dizer uma frase pequena - no caso de um AVC, o paciente apresentar fala arrastada, imperceptível ou ter um tom de voz muito baixo. Por exemplo, pode-se pedir para repetir a frase: "O céu é azul" ou pedir para dizer uma frase de uma música. Se o individuo apresentar alguma alteração após dar estas ordens é possível que tenha tido um AVE. Além disso, é normal que o individuo, apresente outros sintomas como parestesia de um lado do corpo, dificuldade em ficar em pé, podendo mesmo cair devido à falta de força dos músculos e pode urinar na roupa, não se apercebendo. Poder ter dificuldade em enxergar e ter dor de cabeça muito forte Quedas Primeiros socorros para queda leve Os primeiros socorros para uma queda leve com menos de 2 metros, como ao andar de bicicleta, são: Lavar a região afetada com água e sabão ou soro fisiológico; Cobrir o local com um curativo limpo ou esterilizado. CONCEITOS BÁSICOS E ASPECTOS LEGAIS FACILITADORA: PROF.ª. DRª. ENFª. SARA TAVARES MARQUES SIGLAS • APH • BLS • URGÊNCIA/EMERGÊNCIA • SAMU • USA • USB • ACLS APH (ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR) • SÃO OS PRIMEIROS PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA QUE VISAM MANTER AS FUNÇÕES VITAIS E EVITAR O AGRAVAMENTO DE UMA PESSOA ÀS VÍTIMAS DE ACIDENTE, FERIDA, INCONSCIENTE OU EM PERIGO DE VIDA, ATÉ QUE ELA RECEBA ASSISTÊNCIA QUALIFICADA. O SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) ENVOLVE TODAS AS AÇÕES EFETUADAS COM O PACIENTE, ANTES DA CHEGADA DELE AO AMBIENTE HOSPITALAR. • COMPREENDE, PORTANTO, TRÊS ETAPAS: 1) ASSISTÊNCIA AO PACIENTE NA CENA (NO LOCAL DA OCORRÊNCIA); 2) TRANSPORTE DO PACIENTE ATÉ O HOSPITAL; 3) CHEGADA DO PACIENTE AO HOSPITAL. BLS OU SBV (SUPORTE BÁSICO DE VIDA) • O SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) É UMA SEQUÊNCIA DE MEDIDAS, APLICADAS INICIALMENTE NO ATENDIMENTO A VÍTIMAS EM PCR, CONSISTE EM RECONHECER A PCR, SOLICITAR AJUDA, INICIAR SUPORTE VENTILATÓRIO E CIRCULAÇÃO MECÂNICA, CARACTERIZANDO O A AVALIAÇÃO PRIMÁRIA. O QUE É UMA PCR (PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA)? • AFIRMA QUE A PARADA CARDIOPULMONAR É A CESSAÇÃO DA CIRCULAÇÃO E DA RESPIRAÇÃO; É RECONHECIDA PELA AUSÊNCIA DE PULSO E APNEIA EM UM PACIENTE INCONSCIENTE. SINAIS CLÍNICOS • INCONSCIÊNCIA, AUSÊNCIA DOS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS, AUSÊNCIA DE PULSOS EM GRANDES ARTÉRIAS OU AUSÊNCIA DE SINAIS DE CIRCULAÇÃO. URGÊNCIA/EMERGÊNCIA • EMERGÊNCIA: A EMERGÊNCIA É CONSIDERADA UMA SITUAÇÃO EM QUE A VIDA, A SAÚDE, A PROPRIEDADE OU O MEIO AMBIENTE ENFRENTAM UMA AMEAÇA IMEDIATA. EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA, DEVEM SER TOMADAS MEDIDAS SÚBITAS, PARA EVITAR QUE A SITUAÇÃO SE AGRAVE. • URGÊNCIA: É UM ESTADO EM QUE NÃO HÁ RISCO IMEDIATO À VIDA, À SAÚDE, À PROPRIEDADE OU AO AMBIENTE. PORÉM, SE NÃO FOR ATENDIDA NUM DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO, A SITUAÇÃO PODE SE TRANSFORMAR EM UMA EMERGÊNCIA. SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU 192) • O SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU 192) TEM COMO OBJETIVO CHEGAR PRECOCEMENTE À VÍTIMA APÓS TER OCORRIDO ALGUMA SITUAÇÃO DE URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA QUE POSSA LEVAR A SOFRIMENTO, A SEQUELAS OU MESMO À MORTE. SÃO URGÊNCIAS SITUAÇÕES DE NATUREZA CLÍNICA, CIRÚRGICA, TRAUMÁTICA, OBSTÉTRICA, PEDIÁTRICA, PSIQUIÁTRICA, ENTRE OUTRAS USA • A UNIDADE DE SUPORTE AVANÇADO, É TRIPULADA POR UM CONDUTOR- SOCORRISTA, UM ENFERMEIRO E UM MÉDICO, É CONSIDERADA UMA UTI MÓVEL, CAPAZ DE ATENDER CASOS MAIS GRAVES COMO OS PROCEDIMENTOS INVASIVOS, TAIS COMO: INTUBAÇÃO, DRENAGEM TORÁCICA, PARTOS, DOENÇAS CARDIOVASCULARES GRAVES, INFARTOS E ARRITMIAS. É EQUIPADA COM APARELHOS DE ALTA TECNOLOGIA COMO: RESPIRADOR MECÂNICO, CARDIO VERSORES, BOMBA DE INFUSÃO DE SERINGA, DETECTOR FETAL, MONITORIZAÇÃO DE OXIMETRIA E IMOBILIZAÇÕES PARA VÍTIMAS PRESAS EM FERRAGENS, ALÉM DE UMA AMPLA CLASSE DE MEDICAMENTOS USB • A UNIDADE DE SUPORTE BÁSICO É TRIPULADA POR UM CONDUTOR- SOCORRISTA E POR UM TÉCNICO DE ENFERMAGEM, ESSA VIATURA ATENDE AOS CASOS DE MENOR COMPLEXIBILIDADE E EQUIPADA COM EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE SUPORTE À VIDA, DENTRE ELES: DEA/ KIT PARTO/IMOBILIZAÇÕES PARA VÍTIMAS DE TRAUMA/ OXIMETRIA DE PULSO E AMPLA CLASSE DE MEDICAÇÕES COMO:ANALGÉSICOS/ANTITÉRMICOS/BRONCODILATADORES/ANTICONVULSIV ANTES E SEDATIVOS. ACLS “ACLS – SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA” É DESTINADO A PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE PARTICIPAM DO TRATAMENTO DE PACIENTES VÍTIMAS DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) OU QUE APRESENTAM EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES, COMO ARRITMIAS, INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL. PERFIL DO PROFISSIONAL • PREPARO • ESTABILIDADE EMOCIONAL • CAPACIDADE DE LIDERANÇA • INICIATIVA • CONTROLE DO VOCABULÁRIO • IMPROVISAÇÃO • CONHECIMENTO DE MEDICAMENTOS LEGISLAÇÃO • OMISSÃO DE SOCORRO: 1- DEIXAR DE PRESTAR ASSISTÊNCIA, QUANDO FOR POSSÍVEL FAZÊ-LO SEM RISCO PESSOAL, A CRIANÇA ABANDONADA OU EXTRAVIADA, PESSOA INVÁLIDA OU FERIDA, AO DESAMPARO OU EM GRAVE E IMINENTE PERÍODO, OU NÃO PEDIR NESTES CASOS SOCORRO A AUTORIDADE PÚBLICA. DETENÇÃO: 6 MESES A 1 ANO FIM “APRENDA COMO SE VOCÊ FOSSE VIVER PARA SEMPRE”. Atualização no PHTLS- 9ª EDIÇÃO FACILITADORA: DRª. ENFª. SARA TAVARES MARQUES O que significa PHTLS? O PHTLS (Pre hospital Trauma Life Support ou Suporte Pré-Hospitalar de Vida no Trauma) qualifica os profissionais da área de saúde para o transporte e atendimento pré-hospitalar. Segurança da Cena DESABAMENTO: verificar se há risco de cair algo sobre você; EXPLOSÃO: avaliar a possibilidade de alguma reação que provoque explosão; IMPORTANTES PASSOS DURANTE UM ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIAS: - MATERIAIS ENERGIZADOS: observe a presença de equipamentos elétricos e se os mesmos estão desenergizados; - GASES TÓXICOS: identificar presença de produtos químicos no local, riscos de vazamento e seu estado (sólido, líquido ou gasoso) - ATROPELAMENTO: verificar se o trânsito está controlado. EQUIPAMENTO INDIVIDUAL Observar alguns aspectos: 1. Tem que ter qualidade certificada; 2. Deve ser utilizado de forma correta; 3. Tem que ter tamanho adequado; 4. Deve ser compatível com o risco; 5. Precisa ser bem armazenado e higienizado se reutilizáveis; ACIONAMENTO DE RECURSOS (Assim que possível solicite ajuda) O que dizer? 1. Identificar-se; 2. Localização; 3. Mecanismo de Lesão 4. Informações sobre o estado da vítima; 5. Gênero (masculino ou feminino); 6. Idade; 7. Aparência (consciente ou inconsciente); NOS CASOS ABAIXO, PRIORIZE A SOLICITAÇÃO DE RECURSOS: Risco da cena; Mecanismo de lesão grave; Quantidade de vítimas maior que a capacidade de resposta; Vítima inconsciente. PHTLS- 9ª EDIÇÃO O XABCDE substitui o antigo ABCDE, é a atualização da PHTLS. ABCDE: A: Abertura de vias aéreas B: Respiração (BREATH) C: Circulação D: Neurológico (Escala de Coma de Glasgow) E: Exposição do ambiente NÃO SE USA MAIS PHTLS- 9ª EDIÇÃO O mnemônico XABCDE já era praticado porém só veio ser oficializado recentemente. O ‘X’ vem de hemorragia exsanguinante: é necessário priorizar pois o paciente pode vir a óbito. XABCDE X: Hemorragia exsanguinante A: Manter vias aéreas e estabilização da coluna cervical B: Abrir vias aéreas e ventilação C: Circulação com controle de hemorragia D: Avaliação da Escala Neurológica por meio da Escala de Glasgow e pupila E: Exposição e prevenção da hipotermia. X: Hemorragia exsanguinante Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves. A: Manter vias aéreas e estabilização da coluna cervical No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré- hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Para manutenção das vias aéreas utiliza-se das técnicas: “chin lift”: elevação do queixo, uso de aspirador de ponta rígida, “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel). No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares. A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada. B: Abrir vias aéreas e ventilação No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase. Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado. C: Circulação com controle de hemorragia No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é a principal causa de morte no trauma. A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdomem e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível e qualidade de consciência. D: Avaliação da Escala Neurológica por meio da Escala de Glasgow e pupila No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas. Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de goma de Glasgow atualizada. E: Exposição e prevenção da hipotermia. No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele etc. A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente. Manobra de Chin-Lift A Manobra de Chin-Lift A Manobra de Chin-Lift, realizada para o controle de vias aéreas, consiste em posicionar os dedos de uma das mãos do examinador sob o mento, que é suavemente tracionado para cima e para frente, enquanto o polegar da mesma mão deprime o lábio inferior, para abrir a boca; a outra mão do examinador é posicionada na região frontal para fixar a cabeça da vítima. Manobra de Jaw-Thrust Manobra de Jaw-Thrust No caso da Manobra de Jaw-Thrust, que é a manobra de elevação da mandíbula, o procedimento consiste na utilização das duas mãos do examinador, posicionando os dedos médios e indicadores no ângulo da mandíbula, projetando-a para frente, enquanto os polegares deprimem o lábio inferior, abrindo a boca Uso do torniquete Quando deve ser usado? Pressão direta ou curativo compressivo não se mostrarem eficazes no controle de lesões graves e exsanguinantes, principalmente de extremidades. O uso do torniquete pode ser seguramente aplicado pelo período de tempo de 120 a 150 minutos (2 a 2,5 h), o horário de início deve ser escrito na faixa do torniquete ou em um esparadrapo. Caso não pare o sangramento você pode colocar outro torniquete. Caso ultrapasse o tempo, o membro pode sofrer isquemia. COMO FAZER UM TORNIQUETE? O socorrista nunca irá colocar o torniquete em cima da lesão e sim próximo a ela. Será utilizado uma faixa e uma caneta; Você enrolará o braço e amarrar a caneta; Depois você irá girar a caneta e assim vai comprimindo aos poucos Lembrando que temque anotar em um pedaço de esparadrapo a hora em que foi colocado o torniquete (2 à 2,5 h), se não o a vítima ou paciente poderá sofrer isquemia do local atingindo. FIM EQUIPAMENTOS USADOS EM APH FACILITADORA: PROFª DRª. ENFª. SARA TAVARES MARQUES •O atendimento pré-hospitalar é um trabalho essencial na hora de socorrer vítimas de acidentes. Pessoas recém acidentadas são sempre atendidos por profissionais de APH, e para o socorrista cumprir com sua função, eles devem ter sempre em mãos os materiais corretos que auxiliam no atendimento. QUAIS SÃO TIPOS DE EQUIPAMENTOS PRESENTES NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR? • Equipamentos móveis de comunicação; • Equipamentos de uso exclusivo do médico; • Equipamentos para segurança no local do acidente; • Equipamentos de reanimação, administração de oxigênio e imobilização; • Curativos e materiais de uso obstétrico; • Equipamentos para checagem de sinais vitais; • Macas e outros acessórios; EQUIPAMENTOS MÓVEIS DE COMUNICAÇÃO •Os equipamentos móveis de comunicação são todos aqueles equipamentos que permitem a comunicação do profissional de atendimento pré-hospitalar. Seja com o hospital ou com outros profissionais atuantes no socorro de uma vítima, a comunicação é essencial entre todos que atuam para salvar uma ou mais vítimas. EQUIPAMENTOS PARA SEGURANÇA NO LOCAL DO ACIDENTE • Os equipamentos para segurança são os famosos EPIs. Chamados também de equipamentos de proteção individual, eles ajudam o profissional de atendimento pré-hospitalar a não sofrer acidentes dentro de uma área de risco. Eles são materiais de uso obrigatório em qualquer emergência. Além disso, esses equipamentos evitam a transmissão de doenças e qualquer outro risco de acidente presente no local de atendimento da vítima. • Luvas descartáveis, máscaras, capacetes, óculos de proteção e outros equipamentos entram dentro dessa categoria. EQUIPAMENTOS DE REANIMAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO E IMOBILIZAÇÃO •O equipamentos de reanimação e de administração de oxigênio são os seguintes: cânula orofaríngea, reanimador manual, aspirador e administrador de oxigênio, os equipamentos de imobilização são as talas, bandagens, cintos de fixação e o colete de imobilização. CÂNULA OROFARÍNGEA REANIMADOR MANUAL ASPIRADOR E ADMINISTRADOR DE OXIGÊNIO TALAS BANDAGENS CINTOS DE FIXAÇÃO COLETE DE IMOBILIZAÇÃO. PRANCHA RÍGIDA FIM “ Aposte na vida, não atropele a segurança”. Facilitadora: Drª. Enfª. Sara Tavares Marques •Fechado: •Aberto ou penetrante: LESÕES DE COURO CABELUDO: LESÕES NO ARCABOUÇO ÓSSEO LESÕES MENÍNGEAS LESÕES CEREBRAIS Podem ocorrer associadas ou não a outra lesões de crânio.Que podem ser: - COMOÇÃO: apenas distúrbio funcional - CONTUSÃO: apresenta lesão anatômica do encéfalo - DILACERAÇÃO: ocorre solução de continuidade do encéfalo + perda de substância HEMATOMAS Sinal de Guaxinim Sinal de Battle ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS Facilitadora: Drª. Enfª. Sara Tavares Marques O que são animais peçonhentos? • Animais peçonhentos são aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm condições naturais para injetá-la em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos entre outros. Os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil são algumas espécies de: • serpentes; • escorpiões; • aranhas; • lepidópteros (mariposas e suas larvas); • himenópteros (abelhas, formigas e vespas); • coleópteros (besouros); • quilópodes (lacraias); • peixes; • cnidários (águas-vivas e caravelas). Acidentes por Animais Peçonhentos • Os acidentes por animais peçonhentos, especialmente os acidentes ofídicos, foram incluídos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria das vezes, populações pobres que vivem em áreas rurais • Além disso, devido ao alto número de notificações, esse agravo (acidentes por animais peçonhentos) foi incluído na Lista de Notificação Compulsória do Brasil, ou seja, todos os casos devem ser notificados ao Governo Federal imediatamente após a confirmação. A medida ajuda a traçar estratégias e ações para prevenir esse tipo de acidente. Acidentes Ofídicos •Acidente ofídico ou ofidismo é o quadro de envenenamento decorrente da picada de serpentes. No Brasil, as serpentes peçonhentas de interesse em saúde pública pertencem às Famílias Viperidae e Elapidae. Acidentes Ofídicos Os acidentes estão divididos em quatro tipos: • acidentes botrópicos (acidentes com serpentes dos gêneros Bothrops e Bothrocophias - jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, comboia); • acidentes crotálicos (acidentes com serpentes do gênero Crotalus - cascavel); • acidentes laquéticos (acidentes com serpentes do gênero Lachesis - surucucu-pico-de-jaca); • acidente elapídico (acidentes com serpentes dos gêneros Micrurus e Leptomicrurus - coral-verdadeira). Acidente Botrópico • Espécies: jararaca, jararacuçu, comboia, urutu, caiçaca e urutu. • Informação: Grupo que causa maioria dos acidente com cobras no Brasil, com 29 espécies em todo o território nacional, encontradas em ambientes diversos, desde beiras de rios e igarapés, áreas litorâneas e úmidas, agrícolas e periurbanas, cerrados, e áreas abertas. • SINTOMAS: A região da picada apresenta dor e inchaço, às vezes com manchas arroxeadas (edemas e equimose) e sangramento pelos pontos da picada, em gengivas, pele e urina. Pode haver complicações, como grave hemorragia em regiões vitais, infecção e necrose na região da picada, além de insuficiência renal. JARARACA Acidente Crotálico • Espécie: Cascavel • Informação: São identificadas pela presença de um guizo, chocalho ou maracá na cauda e têm ampla distribuição em cerrados, regiões áridas e semiáridas, campos e áreas abertas. • SINTOMAS: Na picada por cascavel, o local da picada muitas vezes não apresenta dor ou lesão evidente, apenas uma sensação de formigamento; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento (face miastênica), visão turva ou dupla, mal-estar, náuseas e cefaleia são algumas das manifestações, acompanhadas por dores musculares generalizadas e urina escura nos casos mais graves. Cascavel Acidente Laquético • Espécie: surucucu-pico-de-jaca • Informação: A pico-de-jaca é a maior serpente peçonhenta das Américas. Seu habitat é a floresta Amazônica e os remanescentes da Mata Atlântica. • SINTOMAS: Quadro semelhante ao acidente por jararaca, a picada pela surucucu- pico-de-jaca pode ainda causar dor abdominal, vômitos, diarreia, bradicardia e hipotensão. Surucucu-Pico-de-jaca Acidente Elapídico • Espécie: coral verdadeira • Informação: São amplamente distribuídos no país, com várias espécies que apresentam padrão característico, com anéis coloridos. • SINTOMAS: O acidente por coral-verdadeira não provoca, no local da picada, alteração importante. As manifestações do envenenamento caracterizam-se por dor de intensidade variável, visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento. Óbitos estão relacionados à paralisia dos músculos respiratórios, muitas vezes decorrentes da demora na busca por socorro médico. PRINCIPAIS ANIMAIS PEÇONHENTOS •Abelhas •Águas vivas •Aranhas •Escorpião •Lagartas •Serpentes ABELHAS ABELHAS • Acidente por abelha é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação de toxinas por meio do ferrão. As manifestações após uma ferroada variam de pessoa para pessoa, pela quantidade de veneno aplicada e se o indivíduo tem reação alérgica ao veneno. • Uma pessoa pode ser picada por uma ou centenas de abelhas. No caso de poucas picadas, o quadro clínico pode varias de uma inflamação local até um choque anafilático (forte reação alérgica). • No casos de múltiplas picadas pode ocorrer uma manifestação tóxica mais grave emuitas vezes até fatal. Como prevenir acidentes com abelhas? • Remover as colônias de abelhas situadas em lugares públicos ou residências deve ser efetuada por profissionais devidamente treinados e equipados, preferencialmente a noite ou ao entardecer, quando os insetos estiverem mais calmos. • Evite se aproximar de colmeias de abelhas sem estar com vestuário e equipamento adequados (macacão, luvas, máscaras, botas, fumigador, etc). • Evite caminhar e correr na rota de voo das abelhas; • Barulhos, perfumes fortes, desodorantes, o próprio suor do corpo e cores escuras (principalmente preto e azul marinho) desencadeiam o comportamento agressivo e consequentemente o ataque de abelhas; • Sons de motores de aparelhos de jardinagem, por exemplo , exercem extrema irritação em abelhas. O mesmo ocorre com sons de motores de popa; • No campo, o trabalhador deve ficar atento para a presença de abelhas, principalmente no momento de arar a terra com tratores. Como prevenir acidentes com abelhas? Primeiros Socorros com Abelhas • Em casos de múltiplas picadas de abelhas, é preciso levar o acidentado rapidamente ao hospital, junto com alguns dos insetos que provocaram o acidente. • A remoção dos ferrões pode ser feita por raspagem com lâminas e não com pinças, pois esse procedimento resulta na inoculação do veneno ainda existente no ferrão. • Uma vez removido o ferrão, o tratamento da picada de abelha é simples. Lave a pele com água e sabão e aplique compressas frias ou gelo local. Se a dor estiver incomodando, um analgésico simples pode ser utilizado. Se houver intensa coceira, um anti-histamínico ajuda a aliviá-la. Não é preciso passar pomadas nem outras substâncias, como pasta de dente, borra de café, manteiga, etc. Nada disso melhora e ainda pode causar infecção da ferida. A dor e o inchaço da picada somem espontaneamente após algumas horas. • Nos casos de reação local mais intensa, pomadas à base de corticoides e/ou corticoides por via oral, como prednisona, podem ser prescritos para aliviar o inchaço. Anti-inflamatórios e anti-histamínicos também são úteis. Se a lesão da picada estiver piorando ao longo dos primeiros um ou dois dias, procure ajuda médica. Sintomas em acidentes com abelhas Sintomas em acidentes com abelhas • As reações desencadeadas pela picada de abelhas variam de acordo com o local e o número de ferroadas, bem como características e o passado alérgico do indivíduo atingido. As manifestações clínicas podem ser alérgicas (mesmo com uma só picada) e tóxicas (múltiplas picadas). • Há uma dor local, que tende desaparecer espontaneamente em poucos minutos, deixando vermelhidão, coceira e edema (inchaço) por várias horas ou dias. A intensidade desta reação inicial causada por uma ou múltiplas picadas deve alertar para um possível estado de sensibilidade às picadas subsequentes. • Em casos de múltiplas picadas, podem ocorrer manifestações sistêmicas, devido à grande quantidade de veneno inoculado. Nesse caso, os sintomas são: • irritação e ardência na pele • vermelhidão (eritema) • calor generalizado • pápulas, • Urticárias • pressão baixa (hipotensão ou queda de pressão • Taquicardia • Cefaléias (dor de cabeça) • náuseas e vômitos • Cólicas abdominais • broncoespasmos ARANHAS ARANHAS • Os acidentes causados por aranhas são comuns, porém a maioria não apresenta repercussão clínica. • As mais importantes no Saúde Pública são: • Aranha-marrom • Aranha-Armadeira ou macaca • Viúva negra Aranha Marrom • Não é agressiva, pica geralmente quando comprimida contra o corpo. Tem um centímetro de corpo e até 3 de comprimento total. Possui hábitos noturnos, constrói teia irregular “algodão esfiapado”. Esconde-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, caixas, objetos armazenados em depósitos, garagens, porões e outros ambientes com pouca iluminação e movimentação. Aranha Armadeira ou Macaca • Bastante agressiva, assume posição de defesa saltando até 40 cm de distância. O corpo pode atingir 4 cm com 15 cm de envergadura. É caçadora com hábitos noturnos. Abriga-se em troncos, palmeiras, bromélias entre folhas de bananeiras. Pode-se alojar também em sapatos, atrás de móveis, cortinas, vasos, entulhos, materiais de construção, etc. Aranha macaca envergada Viúva negra • Não é agressiva. A fêmea pode chegar até 2 cm e o macho de 2 a 3 cm. Tem atividade noturna e hábito de viver em grupos. Faz teia irregular em arbustos, gramíneas, cascas de coco e sob pedras. É encontrada próxima ou dentro das casas, em ambientes sombreados, como frestas, sob cadeiras e mesas em jardins. •OBS.:CARANGUEJEIRAS embora grandes e frequentemente encontradas em residências, não causam acidentes considerados graves. COMO PREVENIR ACIDENTES COM ARANHAS? • Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acumulo de entulhos; • Evitar folhagens densas próximos as paredes das casas, manter a grama aparada; • Limpar periodicamente terrenos baldios; • Sacudir roupas e sapatos antes de usa-los; • Não por as mãos em buracos, sob pedras e troncos de árvores podres; • Usar calçados e luvas de couro pode evitar acidentes; • Afastar camas e berços da parede • Preservar os inimigos das aranhas e escorpiões: aves de hábitos noturnos (coruja), lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos, coatis, entre outros (zona rural) SINTOMAS DE ACIDENTES COM ARANHAS • Podem ser leves ou severos, em casos raros podem levar a morte. • Aranha armadeira: dor imediata e intensa, com poucos sinais visíveis no local. Raramente, pode ocorrer agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão sanguínea • Aranha marrom: picada pouco dolorosa e uma lesão endurecida e escura costuma surgir várias horas após, podendo evoluir para ferida com necrose e de difícil cicatrização. Em casos raros pode ocorrer o escurecimento da urina. • Viúva- negra: dor na região da picada, contrações nos músculos, suor generalizado e alteração na pressão e nos batimentos cardíacos. O que fazer em casos de acidentes com aranhas? •Lavar o local da picada; •Usar compressas mornas •Elevar o local da mordida •Procurar o serviço médico mais próximo; •Se possível, levar o animal para identificação. O QUE NÃO SE DEVE FAZER APÓS ACIDENTES COM ARANHAS? • Não fazer torniquete ou garrote • Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida; • Não aplicar folhas, pó de café ou terra para não provocar infecções • Não ingerir bebida alcoólica, querosene, fumo, como é costume de alguma regiões do país. SERPENTES Serpentes • O envenenamento ocorre quando a serpente consegue injetar o conteúdo de suas glândulas venenosas, mas nem toda picada leva ao envenenamento. Isso porque há muitas espécies de serpentes que não possuem presas ou, quando presentes, estão localizadas na parte de trás da boca, o que dificulta a injeção do veneno ou toxina. Como prevenir acidentes com serpentes? • Uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos podem evitar cerca de 80% dos acidentes; • Usar luvas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenhas palhas, etc. Não colocar mãos em buracos. Cerca de 15% das picadas atingem mãos ou antebraços; • Cobras se abrigam e locais quentes, escuros e úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana. Cuidado ao revirar cupinzeiros. • Evitar acúmulo de entulho. Não deixar a mata ao redor de casa alta. O que fazer em caso de acidentes com serpentes? •Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão; •Manter o paciente deitado •Manter o paciente hidratado •Procurar o serviço médico mais próximo •Se possível levar o animal para identificação. O que não fazer em casos de acidentes com serpentes? • Não fazer torniquete ou garrote • Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida; • Não aplicar folhas, pó de café ou terra para não provocar infecções • Não ingerir bebidaalcoólica, querosene, fumo, como é costume de alguma regiões do país. • Levar o animal para identificação TRATAMENTO EM CASOS DE ACIDENTES COM SERPENTES •O tratamento é feito com soro específico para cada tipo de envenenamento. Os soros antiofídicos específico são único tratamento eficaz e, quando indicados, devem ser administrados em ambientes hospitalar sob supervisão médica. ESCORPIÕES Escorpiões • Acidentes escorpiônico ou escorpionismo é o envenenamento provocado quando um escorpião injeta veneno através de ferrão (télson). Os escorpiões são representantes da classe dos aracnídeos, predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo com maior incidência nos meses em que ocorre maior aumento de temperatura. Escorpiões • Escorpião-amarelo: com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão em sua distribuição geográfica no país. • Escorpião-marrom: encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. • Escorpião-amarelo-do-nordeste: espécie mais comum do Nordeste, apresentando alguns registros no estado de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. • Escorpião-preto-da-Amazônia: encontrado na região Norte e Mato Grosso. Escorpião-amarelo: Escorpião-marrom: Escorpião-amarelo-do-nordeste: Escorpião-preto-da-Amazônia Sintomas de Acidentes com Escorpiões • A grande maioria dos acidentes é leve e o quadro local tem início rápido e duração limitada. Os adultos apresentam dor imediata, vermelhidão e inchaço leve por acúmulo de liquido, piloereção e sudorese localizadas, cujo tratamento é sintomático. Movimentos súbitos, involuntários de um músculo ou grupamentos musculares (mioclonias) e contração muscular pequena e local (fasciculações) são descritas em alguns acidentes por Escorpião- Preto- da- Amazônia. Já crianças abaixo de 7 anos apresentam maior risco de alterações sistêmicas nas picadas por escorpião-amarelo, que podem levar a casos graves e requerem soroterapia específica em tempo adequado. “A ciência é o grande antídoto do veneno do entusiasmo e da superstição”. FIM QUEIMADURAS Facilitadora: Profª. Drª. Enfª. Sara Tavares Marques CONCEITO • Queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do corpo humano, determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir camadas mais profundas, como tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos. As queimaduras são classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal acometida. • Também chamada de queimadura superficial, são aquelas que envolvem apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele. Os sintomas são intensa dor e vermelhidão local, mas com palidez na pele quando se toca. A lesão da queimadura de 1º grau é seca e não produz bolhas. Geralmente melhoram no intervalo de 3 a 6 dias, podendo descamar e não deixam sequelas. • Atualmente é dividida em 2º grau superficial e 2º grau profundo. A queimadura de 2º grau superficial é aquela que envolve a epiderme e a porção mais superficial da derme. Os sintomas são os mesmos da queimadura de 1º grau, incluindo ainda o aparecimento de bolhas e uma aparência úmida da lesão. A cura é mais demorada podendo levar até 3 semanas, não costuma deixar cicatriz mas o local da lesão pode ser mais claro. • As queimaduras de 2º grau profundas são aquelas que acometem toda a derme, sendo semelhantes às queimaduras de 3º grau. Como há risco de destruição das terminações nervosas da pele, este tipo de queimadura, que é bem mais grave, pode até ser menos doloroso que as queimaduras mais superficiais. As glândulas sudoríparas e os folículos capilares também podem ser destruídos, fazendo com a pele fique seca e perca seus pelos. A cicatrização demora mais que 3 semanas e costuma deixas cicatrizes • Queimaduras profundas que acometem toda a derme e atinge tecidos subcutâneos, com destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneos, podendo inclusive atingir músculos e estruturas ósseas. São lesões esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos. PRINCIPAIS AGENTES CAUSAIS DE QUEIMADURAS • • Líquidos superaquecidos • Combustível • Chama direta • Superfície superaquecida • Eletricidade • Agentes químicos • Agentes radioativos • Radiação solar • Frio • Fogos de artifícios FIM Emergências Respiratórias Facilitadora: Drª. Enfª. Sara Tavares Marques DEFINIÇÃO • É um quadro clínico crítico relacionado ao comprometimento do sistema respiratório que, se não tratado adequadamente pode levar a vítima a morte. ASMA DEFINIÇÃO:é uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns, juntamente com a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica. As principais características dessa doença pulmonar são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas. O que leva a asma a agudizar? •Alérgenos diversos; •Problemas emocionais; •Tempo frio; •Exercícios; •Agentes químicos; • Infecções SINAIS E SINTOMAS FREQUENTES: • Sibilos ou chiados; • Dispnéia (pior na expiração); • Taquipnéia (30 a 40 rpm) • Tosse; • Expiração prolongada; • Tiragem intercostal • Uso da musculatura acessória; • Hiperinsuflação MARCADORES DE CRISES GRAVES • Taquicardia (< 120 bpm); • Tórax silencioso; • Cornagem; • Pulso paradoxal; • Intolerância ao decúbito • Alteração mental; • Impressão de fadiga e exaustão; • Hiperinsuflação e expansibilidade diminuídos; • Sudorese BRONQUITE • DEFINIÇÃO: Doença inflamatória das vias aéreas, caracterizada pelo acúmulo de secreção e muco na árvore brônquica, comprometendo a troca gasosa. • Desconforto respiratório; • Tosse produtiva e dificuldade para falar; • Cianose intensa e sudorese; • Alteração na FR e FC; • Uso da musculatura acessória; • Sibilos e roncos acentuados na inspiração; SINAIS E SINTOMAS FREQUENTES: DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) • DEFINIÇÃO: é um termo usado para um grupo de doenças pulmonares caracterizado por obstrução crônica através das vias aéreas dentro dos pulmões. • DUAS DOENÇAS SE DESTACAM: Brônquite crônica e enfisema pulmonar. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) • A DPOC caracteriza-se por uma limitação da passagem de ar pelas de ar pelas vias respiratórias dentro dos pulmões, principalmente durante a expiração. O ar consegue entrar, mas apresenta dificuldade para sair, ficando preso dentro dos pulmões. • Costumar ser uma doença progressiva causada por uma resposta inflamatória anormal dos tecidos pulmonares após exposição crônica a partículas ou gases nocivos, como o fumo. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) • Tosse matinal e expectoração; • Sedentarismo • Dispnéia em repouso • Aumento da tosse expectoração • Broncoespasmo • Alteração na FR e FC • Alteração mental. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)- SINAIS E SINTOMAS ENFISEMA PULMONAR • A pessoa com enfisema apresenta uma grande hiperinsuflação do pulmão e dificuldade para pôr o ar para fora, respirando como se estivesse sempre assoprando. • A pessoa com bronquite crônica costuma ser mais obesa, cianótico com tosse frequente e grande produção de secreção. EDEMA AGUDO DE PULMÃO •É uma emergência respiratória caracterizada por acúmulo anormal de líquido no interstício e alvéolos pulmonares. PRINCIPAIS CAUSAS • Cardiopatias • Sobrecarga circulatória; • Hipersensibilidade a substâncias • Lesões Pulmonares(inalação de fumaça) • Lesões do SNC (AVE/ TCE) • Infecções • Doença renal grave SINAIS E SINTOMAS • Dispnéia com piora progressiva; • Taquipnéia, ortopnéia e taquicardia; • Tosse e desconforto durante o sono; • Uso da musculatura acessória • Cianose e edema de extremidades; • Respiração paradoxal • Hipoxia • Sudorese • Respiração ruidosa • Ansiedade e sensação de morte iminente. • Rebaixamento do nível de consciência. FIM “ Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. HEMORRAGIAS FACILITADORA: SARA TAVARES MARQUES CONCEITO • HEMORRAGIA É A PERDA SÚBITA DE SANGUE, ORIGINADA PELO ROMPIMENTO DE UM OU MAIS VASOS SANGUÍNEOS. • A HEMORRAGIA PODE SER CLASSIFICADA EM: - EXTERNA: QUANDO A HEMORRAGIA ESTÁ NA SUPERFÍCIE E PODE SER VISÍVEL. - INTERNA: QUANDO NÃO PODE SER VISÍVEL, COMO POR EXEMPLO, NO ABDÔMEN OU NO TÓRAX, PODENDO EXTERIORIZAR PELOS ORIFÍCIOS DO ORGANISMO (BOCA, NARIZ, OUVIDO, ETC). TIPOS E CAUSAS • ARTERIAL: O SANGUE ESTÁ JORRANDO DE UMA ARTÉRIA. O SANGRAMENTO É VERMELHO VIVO, EM JATOS, PULSANDO EM SINCRONIA COM AS BATIDAS DO CORAÇÃO. A PERDA DE SANGUE É RÁPIDA E ABUNDANTE. • VENOSA: O SANGUE ESTÁ SAINDO DE UMA VEIA. O SANGRAMENTO É UNIFORME E DE COR ESCURA. • CAPILAR: O SANGUE ESTÁ ESCOANDO DE UMA REDE DE CAPILARES. A COR É VERMELHA, NORMALMENTE MENOS VIVA QUE O SANGUE ARTERIAL E O FLUXO É LENTO. NOS CASOS DE SANGRAMENTO DE BRAÇOS E PERNAS: • TENTAR ESTANCAR A HEMORRAGIA, UTILIZANDO UM DOS MÉTODOS ABAIXO: • COMPRESSÃO DIRETA. É FEITA UMA PRESSÃO DIRETA SOBRE A FERIDA, USANDO UM PANO LIMPO OU CURATIVO. MANTENHA ATÉ QUE OCORRA A COAGULAÇÃO. • ELEVAÇÃO DO MEMBRO. CONSISTE EM ELEVAR O MEMBRO AFETADO ACIMA DO NÍVEL DO TÓRAX, NORMALMENTE USADO EM COMBINAÇÃO COM A COMPRESSÃO DIRETA PARA CONTROLAR A HEMORRAGIA DE UMA EXTREMIDADE; • COMPRESSÃO INDIRETA (PONTOS DE PRESSÃO). É FEITA USANDO UMA PRESSÃO DA MÃO DO SOCORRISTA PARA COMPRIMIR UMA ARTÉRIA, DISTANTE DO FERIMENTO. ESTE PROCEDIMENTO É EXECUTADO FREQUENTEMENTE NA ARTÉRIA BRAQUIAL E FEMURAL; • TORNIQUETE. APLICAR TORNIQUETE SOMENTE QUANDO EXISTIR AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA DO BRAÇO OU DA PERNA COM SANGRAMENTO ABUNDANTE E QUE NÃO TENHA RESPONDIDO ÀS TÉCNICAS ANTERIORES; EPISTAXE (SANGRAMENTO PELO NARIZ) • SENTAR A VÍTIMA COM A CABEÇA PARA FRENTE PARA EVITAR QUE A MESMA INGIRA SANGUE, EVITANDO NÁUSEAS E VÔMITOS; • PRESSIONAR AS NARINAS COM O SEU DEDO INDICADOR E O POLEGAR EM FORMA DE PINÇA DURANTE 10 MINUTOS; • ORIENTAR A VÍTIMA PARA RESPIRAR PELA BOCA; • APLICAR UMA COMPRESSA GELADA/FRIA; • APÓS CESSAR O SANGRAMENTO, ORIENTAR A VÍTIMA PARA NÃO ASSOAR O NARIZ, EVITAR ESFORÇOS E TAMBÉM EVITAR EXPOSIÇÃO AO CALOR; • CASO O SANGRAMENTO PERSISTA, REPETIR A AÇÃO POR MAIS DUAS VEZES; • SE NENHUMA DAS MANOBRAS RESOLVER, REMOVA A VÍTIMA IMEDIATAMENTE PARA O SERVIÇO DE SAÚDE (PRONTO SOCORRO OU HOSPITAL) MAIS PRÓXIMO NOS CASOS DE SANGRAMENTOS DA BOCA • UTILIZAR TÉCNICA DE COMPRESSÃO DIRETA PARA SANGRAMENTOS NOS LÁBIOS; • CASO O SANGRAMENTO SEJA NOS DENTES, O SOCORRISTA DEVERÁ VISUALIZAR O LOCAL DO SANGRAMENTO, PREPARAR UMA GAZE, ALGODÃO OU PANO LIMPO PARA COLOCAR NO LOCAL EXATO DO SANGRAMENTO E PEDIR À VÍTIMA PARA MORDER DURANTE 10 MINUTOS. SINAIS E SINTOMAS (HEMORRAGIA INTERNA) • 1) PULSAÇÃO ACELERADA OU FRACA; 2) PELE FRIA E PÁLIDA; 3) MUCOSAS DA BOCA E DOS OLHOS HIPOCORADAS; 4) EXTREMIDADES CIANÓTICAS PELA POUCA IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA; 5) SEDE; 6) TONTURA; 7) INCONSCIÊNCIA. O QUE FAZER EM CASOS DE HEMORRAGIA EXTERNA? • 1) DEITE IMEDIATAMENTE A VÍTIMA; 2) SE HOUVER POSSIBILIDADE, TENTE MANTER O LOCAL DO FERIMENTO EM POSIÇÃO MAIS ELEVADA; 3) EM FERIMENTOS PEQUENOS, PRESSIONE COM O DEDO ATÉ O SANGUE PARAR; 4) APLIQUE UM CURATIVO DE GAZE OU PANO LIMPE E PRESSIONE; 5) SE O CURATIVO MOLHAR RAPIDAMENTE, NÃO TROQUE. COLOQUE OUTRO POR CIMA PARA QUE O APROVEITAMENTO DA COAGULAÇÃO DO SANGUE SEJA MELHOR; • 6) AMARRE UM PANO, ATADURA, GRAVATA, CINTO OU LENÇO POR CIMA DO CURATIVO EXERCENDO PRESSÃO, MAS SEM APERTAR MUITO, PARA NÃO PREJUDICAR A CIRCULAÇÃO; 7) EVITE QUE A VÍTIMA FAÇA MOVIMENTOS DA PARTE AFETADA; 8) SE CONTINUAR O SANGRAMENTO, COMPRIMA A ARTÉRIA MAIS PRÓXIMA; 9) CORPOS ESTRANHOS NÃO DEVEM SER RETIRADOS DOS FERIMENTOS, PROTEJA SOMENTE EM VOLTA; 10) NUNCA APLIQUE SUBSTÂNCIAS DA MEDICINA CASEIRA, POIS IRÁ PREJUDICAR O TRABALHO DOS MÉDICOS NA LIMPEZA E NO PROCEDIMENTO FINAL. HEMORRAGIA INTERNA • 1) DEITE A VÍTIMA DE MANEIRA QUE A CABEÇA FIQUE MAIS BAIXA QUE O CORPO; 2) NÃO PERMITA QUE A VÍTIMA TOME LÍQUIDOS; 3) OBSERVE ATENTAMENTE, POIS O RISCO DE PARADA CARDÍACA OU RESPIRATÓRIA AUMENTAM; 4) A VÍTIMA PRECISA DE ATENDIMENTO MÉDICO COM A MAIOR URGÊNCIA. • • O CHOQUE HIPOVOLÊMICO É CAUSADO POR UMA REDUÇÃO DO VOLUME SANGUÍNEO (HIPOVOLEMIA). É O TIPO MAIS FREQUENTE DE CHOQUE. ESSA REDUÇÃO DO VOLUME PODE SER DEVIDA A UMA HEMORRAGIA (CAUSA MAIS FREQUENTE) EM QUE HÁ PERDA TANTO DE ERITRÓCITOS QUANTO DE PLASMA, OU A UMA PERDA ISOLADA DE PLASMA, QUE OCORRE EM CASOS MAIS ESPECÍFICOS FIM Envenenamento FACILITADORA: Profª. Drª. Enfª. Sara Tavares Marques INTRODUÇÃO • Você já deve ter visto o aviso “Cuidado, não ingerir! Produto tóxico” em algumas embalagens de produtos de limpeza e inseticidas, não é mesmo? São também comuns, nesses tipos de produtos, avisos como: “Mantenha este produto fora do alcance de crianças”. Tais recomendações são de extrema importância, pois evitam o envenenamento de pessoas, principalmente bebês e crianças. O envenenamento por produtos líquidos ou sólidos através da ingestão é o mais comum, mas há também o envenenamento por gases, que se dá pela inalação, e o envenenamento por meio do contato com a pele e com os olhos. CONCEITO DE ENVENENAMENTO • O envenenamento, ou intoxicação aguda, ocorre quando a pessoa inala, ingere alguma substância tóxica ao organismo ou essa substância entra em contato direto com a pele. Existem substâncias que em pequenas doses não causam nenhum dano, porém, quando administradas em grande quantidade, são maléficas, como é o caso dos medicamentos. Há pessoas que acreditam que medicamentos sempre fazem bem à saúde e, assim, abusam nas doses. Medicamentos administrados em dose acima da indicada podem provocar sérias intoxicações no organismo. •Há várias vias de administração de uma substância. Por isso, o envenenamento pode ocorrer por: • Ingestão; • Inalação (normalmente de gases); • Contato (com a pele ou com os olhos As principais causas de envenenamento são: • Contato com substâncias corrosivas; • Ingestão de alimentos estragados; • Produtos de limpeza (soda cáustica, creolina, ácido muriático); • Plantas; • Remédios; • Bebida alcoólica em excesso; • Inalação de gases tóxicos. Os principais sinais e sintomas do envenenamento por ingestão são: • Lesão da pele ao redor da boca; • Náuseas e vômito; • Hálito com odor estranho; • Queixa de dor abdominal; • Queixa de dor ao engolir. •Os principais sinais e sintomas do envenenamento por contato são: • prurido; • Manchas na pele; • Irritação dos olhos. • Os principais sinais e sintomas do envenenamento por inalação são: • Respiração rápida; • Tosse INTOXICAÇÃO POR INALAÇÃO DE EXCESSO DE MONÓXIDO DE CARBONO • O monóxido de carbono (CO) é um gás liberado em condições de combustão em ambientes com pouco oxigênio ou também na combustão de carvão e derivados do petróleo (gasolina e diesel, por exemplo). O CO é um gás bastante presente no dia a dia da população e, por não ter odor, gosto e cor, torna-se extremamente perigoso. O CO é encontrado, por exemplo, na fumaça de cigarro e no produto de combustão gerado por automóveis. Inspiramos monóxido de carbono diariamente, mesmo sem nos dar conta. O problema está em inalar grandes concentrações da substância. Neste caso, o organismo ficaintoxicado, o que traz diversas consequências, até mesmo a morte, dependendo do tempo de exposição ao CO. A toxicidade do monóxido de carbono é devida à sua alta afinidade com a hemoglobina. A hemoglobina é uma proteína presente na hemácia, que é uma célula sanguínea que transporta oxigênio e gás carbônico pela corrente sanguínea. Mas como acontece esse processo de transporte de gases pelo corpo humano? • Quando respiramos, o O2 é levado dos pulmões ao sangue, de onde é transportado para os tecidos pela hemoglobina (Hb). Cada molécula de hemoglobina acomoda quatro moléculas de O2. Acontece que o CO apresenta afinidade química 250 vezes maior com a hemoglobina que o O2. Assim, a oxigenação das células é comprometida na sua presença. Para piorar a situação, a entrada do CO muda o comportamento da hemoglobina. As moléculas de O2 ainda conectadas à proteína ficam mais presas, o que atrapalha ainda mais a entrega de oxigênio para as células. No caso de incêndios em locais fechados, pode haver inalação de CO em excesso. Dessa forma, o transporte de oxigênio no organismo da vítima pode estar bastante comprometido, o que caracteriza a asfixia. O socorro deverá ser rápido, pois a demora poderá levar à morte dos tecidos, ao comprometimento de órgãos e até mesmo à morte. • Além da asfixia, a inalação de CO pode levar uma pessoa a sentir os seguintes sintomas: dor de cabeça, respiração acelerada, náusea, vômito, vertigens e desmaios. Em incêndios, principalmente em ambientes fechados, a concentração de monóxido de carbono fica muito alta, podendo levar à asfixia das pessoas que inalarem a fumaça por muito tempo. ATENDENDO AS VÍTIMAS NOS CASOS DE ENVENENAMENTO POR INGESTÃO • • A primeira medida a ser tomada é saber qual substância provocou o envenenamento; • É importante que você não provoque o vômito, pois se a substância ingerida for corrosiva ou derivada de petróleo (como removedor de esmalte de unha, gasolina, querosene, amônia, soda cáustica e água sanitária) pode causar queimadura no aparelho digestivo durante o vômito; • Há alguns casos em que é indicado provocar o vômito. São os casos de envenenamento por: medicamentos, plantas, comida estragada, álcool, bebidas alcoólicas, naftalina, veneno para ratos, água oxigenada. Mas só faça isso se não for possível encaminhar a vítima ao serviço médico; • Não ofereça água, leite ou qualquer outro líquido à vítima; • Encaminhe a vítima, com urgência, para o serviço médico; • Ao ligar para a assistência médica, tenha todos os dados da ocorrência: hora da ingestão, idade da vítima, a maneira como ela se encontra no momento e, se possível, o nome do produto ingerido. ATENDENDO A VÍTIMA DE ENVENENAMENTO NOS CASOS DE ENVENENAMENTO POR CONTATO • Lave com água corrente e abundante o local afetado; • Caso os olhos sejam afetados, lave-os com água corrente durante 15 minutos e cubra-os com gaze, sem fazer pressão; • Encaminhe a vítima ao serviço médico. ATENDENDO A VÍTIMA DE ENVENENAMENTO NOS CASOS DE ENVENENAMENTO POR INALAÇÃO • Remova a vítima para um local arejado, longe dos gases que a intoxicaram; • Encaminhe a vítima ao serviço médico. ATENDENDO A VÍTIMA DE ENVENENAMENTO NOS CASOS DE INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO • remova a vítima do ambiente poluído por gases; • em caso de parada respiratória, realize a respiração artificial; • encaminhe a vítima ao serviço médico. FIM