Laminite Parte 1

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laminite em equinos 
Laminite compreende a inflamação das 
lâminas (dérmicas e epidérmicas) do casco. 
A maior parte do peso dos cavalos está 
distribuída nos membros torácicos (60 a 
70% do peso). 
Essa sobrecarga fisiológica faz com que a 
laminite acometa mais comumente os 
membros torácicos. 
OBS: patologias estrangulativas de 
intestino, quando são corrigidas 
cirurgicamente, podem levar o animal a 
desenvolver laminite. 
 
EXAME DO CASCO 
Para entender a doença, se faz necessário 
passar pelas seguintes etapas: 
-Histórico; 
-Exame visual; 
-Palpação e manipulação; 
-Exame e claudicação; 
-Teste com pinça de casco; 
-Anestesia diagnóstica; 
-Diagnóstico por imagem. 
 
ANATOMIA DO DÍGITO 
O estojo córneo (casco) é formado por 
várias camadas: 
-Estrato externo (mais queratinizada); 
-Estrato médio; 
-Estrato interno (é onde estão as lâminas 
interdigitalizadas). 
No casco do cavalo temos as lâminas 
dérmicas e as lâminas epidérmicas, que 
ficam justapostas pelas seguintes pontes: 
-Membrana basal; 
-Desmossomos 
 
Quando chegamos no estágio crônico da 
doença, a falange distal é a estrutura que 
sofre bastante com falta de nutrição. 
Desta forma podemos ter como 
consequência os seguintes processos 
degenerativos: 
-Osteomielite; 
-Osteite podal. 
 
VASCULARIZAÇÃO DIGITAL 
As artérias e veias digital palmares irrigam 
toda a porção distal. 
A vascularização é laboriosa, desta forma é 
importante conhecer a vascularização, pois 
dependendo da patologia que o animal 
tiver ele terá alterações hemodinâmicas 
E o curso dessas alterações afetará a 
chegada de suprimento sanguíneo no 
casco do cavalo. 
 
FISIOPATOLOGIA 
Essa inflamação das lâminas gera uma a 
falha da junção derme-epiderme. 
Existem três mecanismos fisiopatológicos 
que podem desencadear a laminite, são 
elas: 
-Disfunção vascular e endotelial; 
-Mecânica; 
-Metabólica e endócrina; 
-Inflamatória. 
 
DISFUNÇÃO VASCULAR E ENDOTELIA (caiu) 
Foi a primeira teoria que mostrava o que 
desencadeava a laminite. 
Essa teoria falava que os animais que 
pisavam na neve, realizavam vasoconstrição 
dos vasos do casco, o que geraria um 
processo isquêmico e um dano estrutural 
aos tecidos distais. 
Posteriormente, trabalhos começara a 
mostrar que por conta de a vascularização 
do casco ser laboriosa (bem distribuída) 
ela não sofria tanto com esses danos 
vasculares. 
Essa teoria acabou sendo abandonada, pois 
descobriu-se que ela não era 
desencadeada por esses fatores. 
Nos anos 2000, quando surgiu um trabalho 
mostrando que a crioterapia auxiliava no 
tratamento da laminite, a teoria da 
disfunção vascular e endotelial foi 
quebrada. 
 
Mecânica 
A teoria mecânica gera laminite através de 
sobrecarga de membros, ocasionadas por 
desvio de peso. 
Essa sobrecarga de peso pode incitar uma 
reposta inflamatória no membro que não 
tem nada, levando ao desenvolvimento da 
laminite. 
Exemplo: animais que estão com um 
membro machucado desviam o peso para 
os outros membros gerando sobrecarrega. 
 
-RABDOMIÓLISE 
É uma doença muscular (doença da 
segunda feira) que provoca um aumento 
dos níveis de lactato na inflamação 
muscular sistêmica, fazendo com que o 
animal fique travado. 
Essa doença pode desencadear laminite 
por conta de duas situações que trabalham 
juntas: 
-Mecânica: por conta do excesso de 
contusão; 
-Inflamatório: essa doença libera muita 
citocina inflamatória.