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Unidade Temática 
Avaliação Clínico-Nutricional em 
Estética
Pós-graduação EaD 
Nutrição Clínica e Estética 
PÓS-GRADUAÇÃO EAD
Solicitação e Análise de Exames 
Bioquímicos 
SUMÁRIO
Introdução à solicitação 
de exames laboratoriais 
pelo nutricionista
05
14
Metabolismo de 
carboidratos 
35 Metabolismo de lipídios 
67
77
83
54 Hormônios
Parâmetros de avaliação da 
função hepática e relevância 
clínica em estética
Parâmetros de avaliação da 
função renal e relevância 
clínica em estética
Parâmetros de avaliação em 
imunologia e sua relevância 
clínica em estética
3
3
SUMÁRIO
Hemograma total e 
frações
90
114 Vitaminas: parâmetros 
bioquímicos e relevância 
clínica
Mineralograma
130
Coprologia funcional na 
avaliação da ingestão, 
digestão, absorção
Intolerâncias e Alergias 
Alimentares
Referências
3
3
123
125
126
1 INTRODUÇÃO À SOLICITAÇÃO DE EXAMES 
LABORATORIAIS PELO NUTRICIONISTA
É muito importante no acompanhamento nutricional a solicitação de alguns
exames bioquímicos para que o nutricionista possa olhar para o paciente, além
dos sinais e sintomas, e oferecer um tratamento mais adequado e eficaz.
Para avaliar o paciente de maneira global, pois devemos olhar aos sinais e
sintomas, a junção de todas as informações nos direciona a uma avaliação
nutricional mais completa:
• Antropometria
• Bioquímica
• Clinica
• Dietética
5
Importante ressaltar que o nutricionista não pode dar nenhum diagnóstico clínico,
isso é competência do médico especialista.
Mesmo que o exame solicitado apresente alterações, o nutricionista deve tomar o
cuidado de não fazer o diagnóstico e sim encaminhar o paciente para o médico
responsável.
Normalmente, os pacientes já chegam com os exames realizados anteriormente e
o nutricionista pode solicitá-los novamente para controle e acompanhamento dos
parâmetros.
O Conselho Federal de Nutrição dispõe da resolução CFN n 306/2003 que
dispõe sobre a solicitação de exames laboratoriais na área de nutrição:
Art. 1o. Compete ao nutricionista a solicitação de exames laboratoriais
necessários a ̀ avaliação, a ̀ prescrição e a ̀ evolução nutricional do cliente-
paciente.
Art. 2o. O nutricionista, ao solicitar exames laboratoriais, deve avaliar
adequadamente os critérios técnicos e científicos de sua conduta, estando ciente
de sua responsabilidade frente aos questionamentos técnicos decorrentes.
7
Paragrafo único. No contexto da responsabilidade que decorre do
disposto no capitulo deste artigo, o nutricionista deverá:
• I - considerar o cliente-paciente globalmente, respeitando suas
condições clínicas, individuais, socioeconômicas e religiosas,
desenvolvendo a assistência integrada junto a ̀ equipe multiprofissional;
• II - considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da
equipe multiprofissional, definindo com estes, sempre que pertinente, outros
exames laboratoriais;
• III - atuar considerando o cliente-paciente globalmente, desenvolvendo
a assistência integrada a ̀ equipe multidisciplinar;
8
IV - respeitar os princípios da bioética;
V - solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas tenham sido
aprovados cientificamente.
Art. 3o - Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de
Nutricionistas.
Art. 4o - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,
revogando-se a Resolução CFN no 236, de 17 de março de 2000.
9
Parecer técnico CRN-3 03/2014 esclarece e orienta:
A definição dos exames bioquímicos que o nutricionista solicita está na
dependência do objetivo pretendido e do diagnóstico nutricional, momento e
tipo de tratamento dietoterápico em que o paciente se encontra. A
periodicidade dessa solicitação decorre do acompanhamento da evolução
nutricional do paciente.
Compete ao nutricionista inteira responsabilidade sobre as justificativas
técnicas para tais solicitações bem como sobre a leitura e interpretação dos
resultados que estes exames oferecem.
10
Os exames laboratoriais de hematologia e bioquímica clínica de interesse
para o diagnóstico nutricional e acompanhamento da evolução do
paciente, podem ser:
• Exames laboratoriais utilizados em avaliação nutricional: hemograma
completo, proteínas totais, proteína ligadura de retinol, índice de creatinina-
altura (ICA);
• Exames bioquímicos para avaliação e acompanhamento de doenças
cardiovasculares: triglicérides, colesterol total, HDL, LDL, VLDL;
• Exames utilizados para acompanhamento de doenças endócrinas:
glicemia, teste oral de tolerância a ̀ glicose, insulina, peptídeo C, hemoglobina
clicada;
12
• Exames para avaliação da tireoide: tiroxina (total e livre), triiodotironina,
globulina ligadora de tiroxina (TGB), hormônio estimulador da tireoide (TSH);
• Exames utilizados para acompanhamento de doenças renais: gasometria,
ureia, creatinina, sódio, cálcio (total e iônico), potássio sérico, fósforo sérico,
magnésio sérico, acido úrico, oxalato, citrato, proteína;
• Exames laboratoriais para acompanhamento de doenças hepáticas: alanina
aminotransferase (ALT); aspartato aminotransferase (AST), gama glutamiltransferase
(GGT), bilirrubina;
• Exames laboratoriais para acompanhamento de anemia: ferro, transferrina,
ferritina, capacidade total de ligação do ferro;
• Acompanhamento laboratorial de carências específicas advindas de cirurgia
bariátrica: vitamina B12, acido fólico, cálcio total e ferro.
• O nutricionista deve considerar os diagnósticos, laudos e pareceres e,
sempre que pertinente, definir outros exames laboratoriais com os demais
integrantes da equipe;
• A interpretação dos exames laboratoriais deve ser considerada
juntamente com outros indicadores diretos e indiretos para obtenção da
avaliação nutricional;
• A identificação profissional deve estar de acordo com o Código de
Ética do Nutricionista, portanto faz-se necessário informar a profissão, nome,
número de inscrição no Conselho Regional de Nutricionistas e respectiva
jurisdição.
É feito através da solicitação da glicemia, ou
seja, da glicose no sangue.
Objetivo: Avaliar o metabolismo dos
carboidratos e o padrão glicêmico de resposta
glicêmica do paciente
Importante para detectar hiperglicemia ou
hipoglicemia em pacientes que apresentem
sinais e sintomas, por isso é importante realizar
a semiologia (estudo dos sinais e sintomas) no
paciente
14
2 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 
15
Hiperglicemia Hipoglicemia 
Sede aumentada (Polifagia) Sudorese
Volume urinário aumentado 
(polidipsia)
Fome excessiva
Fadiga Tremores
Visão embaçada Ansiedade
Infecções que não cicatrizam Visão embaçada
Confusão/taquicardia/mudanç
as no comportamento
Quadro 1. Sinais e sintomas das alterações da glicemia
As causas das alterações da glicemia podem ser:
• Insulinoma: tumor nas células pancreáticas que provoca um aumento na
produção de insulina
• Superdosagem de insulina (paciente que faz uso da insulina e não se
alimenta corretamente)
• Alterações hormonais
• Privação prolongada de carboidratos
• Tumores não pancreáticos
• Alcoolismo
• Alimentar (cirurgia gástrica) – Síndrome de dumping
• DM subclínica/inicial do tipo II
• Funcional ou síndrome pós-prandial idiopática
• Hipoglicemia reativa (reação maior a subida da glicemia, quando
a glicemia sobe a insulina também sobe. Nesses casos, o pâncreas tem
uma reação mais exacerbada e libera mais insulina que a necessidade
para a quantidade de carboidrato consumida.
• Chama-se reativa pois quando mais CHO e quanto maior a carga
glicêmica do alimento maior a reação
2.1 Diagnóstico de hipoglicemia:
Fazer a tríade de Whipple:
• Glicose < 45 mg/dL
• Sintomas hipoglicêmicos
• Reversibilidade dos sintomas após administração de glicose 
Teste oral de intolerância a glicose (TOTG) 5h: <50mh/dL
Exames:
Glicemia de jejum
Realizado em jejum 8 a 10h 
18
Quadro 2: Valores de referência de glicemia em jejum em homens e 
mulheres não gestantes 
Dosagem Classificação 
99mg/dL Normal
100 a 126mh/dL Glicemia inapropriada
acima de 126mg/dL Diabéticos 
O valorde 126mg/dL foi estabelecido pois concentrações superiores
provocam alterações microvasculares e elevado risco de doenças
macrovasculares.
2.2 Hemoglobina glicada ou glicosilada – hbG
20
É importante para o controle do paciente diabético, pois, tem como objetivo
fazer a avaliação da glicemia de até 2 meses anteriores ao exame
Valor de referência: 5,7% sem risco 
O percentual do hemoglobina glicada oferece indicativos de como
foi a variação da glicemia nos últimos meses
Quadro 3. Percentual de hemoglobina glicada e indicativos da variação
da glicemia nos últimos meses
Porcentual Glicemia
5% 97 (76-120mg/dL)
6% 126 (100-152 mg/dL)
7% 154 (123-185 mg/dL)
8% 183 (147-217 mg/dL)
9% 212 (170 – 249 mg/dL)
10% 240 (193 - 282 mg/dL)
11% 269 (217 - 314 mg/dL)
12% 298 (240 - 347 mg/dL)
2.2.1 Interpretação clínica do exame de hbG:
22
Glicose normal + hbG alta = Indica controle inadequado 
nos últimos 2 meses
Glicose alta + hbG normal = Bom controle
2.3 Insulina:
Objetivo: Diagnóstico de insulinoma e
resistência a insulina, estando elevada nas
duas situações e reduzido no DM tipo I pelo
defeito nas células do pâncreas.
Quadro 4: Valores de referência de insulina no sangue de acordo
com o IMC:
24
IMC Quantidade de insulina 
até 25 2 a 13 mU/L
entre 25 e 30 2 a 19 mU/L
acima de 30 2 a 23 mU/L
OBS: As referências podem mudar de laboratório por laboratório, então use a
referência do local que foi feito o exame.
Relacionar as dosagens de insulina e da glicemia, ambas em jejum,
descrito em 1985 por David Matheus.
Objetivo: Determinar a resistência a insulina (HOMA-IR) e a capacidade
funcional das células pancreáticas (HOMA-BETA)
Fórmulas:
2.4 Cálculo do índice de HOMA
HOMA-IR = (glicemia jejum x 0,0555) x (insulina de jejum)/22,5
Quadro 5: Valores de referência HOMA-IR 
26
IMC Indice HOMA-IR 
até 25 0,4 a 2,9
entre 25 e 30 0,4 a 4,3
acima de 30 0,7 a 8,2
HOMA-BETA = (20x insulina jejum)/(glicemia jejum X 0,0555) – 3,5
Valores de referência normais: 167,0 a 175,0
3.4 Teste de intolerância a glicose – Curva glicêmica
Protocolo:
Administração de 75g de glicose em solução aquosa a 25% por via 
oral e coletas seriadas (0; 30; 60; 90 e 120 minutos) de sangue para a 
dosagem da glicose.
Crianças: 1,75g/kg de peso, até dose máxima de 75g
Objetivo: analisar como a glicemia se comporta de 0 a 2h
Quadro 6: Valores de referência do teste de intolerância a glicose 
28
Dosagem Referência
Menos de 140mg/dL* tolerância normal a glicose
De 140 a 200 mg/dL* tolerância a glicose alterada (pré
–diabetes)
Acima de 200mg/dL* em
2 exames
Diabetes
*Amostra colhida após 2h da administração de 75g de glicose
Importante: Valores não aplicáveis em gestantes
Considerações importantes para o diagnóstico:
 Medicações
 Agentes químicos
 Desordens hormonais
 Idade
Antes do teste
• Ingestão de carboidratos
• Tempo de jejum
• Cirurgia digestória
• Tiazidas
• Estrogenios
• Fenitoina
• Propalol
• Corticoesteroides
• Idade – após os 40 as
alterações são comuns
• Inatividade física
• Peso
• Estresse
Durante o teste
• Postura
• Náusea
• Ansiedade
• Cafeína
• Tabagismo
• Horário do dia
• Atividade
• Quantidade de glicose
ingerida
Fatores que afetam o resultado:
Resultado de curva glicêmica anormal na ausência de DM pode
significar em:
• Hepatopatias: Cirrose, hepatite, insuficiência hepática
• Inatividade física prolongada: Torna mais lenta a utilização da
glicose
• Estresse agudo: Estimula secreção de cortisol e adrenalina que inibem
a ação da insulina. No estresse necessitamos de energia extra
• Todas as condições acompanhadas de depleção de potássio, pois
reduzem a secreção de insulina
• Acromegalia: Excesso de produção de GH e na síndrome de Cushing
(cortisol): maior estimulo a gliconeogênese e consequente aumento da
glicemia
30
Outras doenças:
 Insuficiência renal crônica
Medicamentos:
 Corticosteroides, antidepressivos, diuréticos, adrenalina,
estrogênios, lítio, fenitoína e salicilatos
 Ingestão excessiva de alimentos
 Hipertireoidismo
 Câncer pancreático
 Pancreatite
31
Quadro 6: Resumo dos critérios diagnóstico do metabolismo dos
carboidratos
HbG Glicemia jejum TTGO 75g (2h)
Aceitável <100 mg/dL < 140 mg/dL
Pré-diabetes 5.7% - 6.4% 1---125 mg/dL 140 -199 mg/dL
Diabetes > 6.5% >ou = 126 mg/dL > ou = 200 mg/dL
Hipoglicemia < 45mg/dL <50mg/dL
2.5 Diagnóstico de DM:
• Glicemia de jejum feito em 2 dias diferentes associado a curva
glicêmica.
• A qualquer hora de forma aleatória
• Pós prandial – para verificar a resposta aquela refeição
33
2.6 Considerações finais:
• Curva glicêmica: para determinar a resposta glicêmica a dose de
glicose oferecida.
• Identifica a função do organismo a manter a glicemia, pois ela oscila de
acordo com a rotina, estresse e alimentação.
• Quando existe um aumento da glicemia sinaliza ao pâncreas que libera
insulina (hormônio hipoglicemiante),objetivo reduzir a glicemia
• Quando a glicemia baixa o pâncreas libera o glucagon (hormônio
hiperglicemiante) para o aumento do glicogênio hepático para que a
glicose vá para circulação.
• Para não muito picos de glicemia, preferencia para os alimentos de baixa
carga glicêmica.
34
3. METABOLISMO DOS LIPÍDEOS
Lipidograma
Objetivo: Avaliação do perfil lipídico
3.1 Triacilglicerol – Triglicerídeos
Hipertrigliceridemia: excesso de triglicerídeos no sangue
Causas: Alto consumo de carboidratos. O carboidrato
consumido em excesso é transformado em triglicerídeos no
organismo.
Tem associação direta com padrão glicêmico, por isso
deve ser avaliado junto com os exames do metabolismo
dos carboidratos.
35
Quadro 7: Valor de referência de triglicerídeos e risco cardiovascular 
<150 mg/dL Ótimo
150-200 mg/dL Limítrofe
200-499 mg/dL Alto
> 500 mg/dL Muito alto
Principais causas:
• Familiar
• Obesidade
• Doenças cardiovasculares
• DM
• Hepatopatias colestaticas
crônicas
• Síndrome nefrotica
• Alcoolismo
• Hipotireoidismo
• Síndrome de Cushing
37
A concentração pode ser
influenciada por:
• Hábitos dietéticos recentes
• Alcoolismo
• Peso corporal
• Exercício físico
3.2 Colesterol total
• Substância vital. É produzido no fígado se não for consumido.
• Importante para produção hormonal, principalmente os hormônios
esteróides
• Representa risco a saúde quando os valores estão aumentados ou
diminuídos.
Objetivo: avaliar o risco para doenças arteriais coronárias
• Componente principal da LDL – Lipoproteína de baixa densidade,
composta principalmente por colesterol.
38
Quadro 8 : Valor de referência do colesterol total
<200 mg/dL Desejável
200-239 mg/dL Levemente aumentado
>240 mg/dL Alto
Não existe valor de referência mínimo, mas deve-se ficar atento a
valores muito baixos para não prejudicar produção hormonal
Principais causas da hipercolesterolemia:
• Hipercolesterolemia familiar
• Aterosclerose
• DM
• Síndrome nefrótica
• Hipotireoidismo
• Doenças Colestáticas do fígado (órgão responsável pela
síntese de colesterol)
40
Pode ser influenciada por:
• Dieta: O excesso de açúcar é prejudicial. Não adianta tirar
gordura da dieta
• Exercícios físicos
• Idade
• Sexo
• Raça
41
3.3 HDL – Lipoproteína de alto densidade
Considerada o ‘bom colesterol’ pois tem ação protetora, ou seja, faz
transporte reverso do colesterol no fígado. Ajuda no controle do colesterol
sanguíneo.
Quadro 9: Valores de referência de HDL para homens e mulheres
42
Homens Mulheres Resultado 
>55 mg/dL >65 mg/dL Desejável 
35-55 mg/dL 45 – 65 mg/dL Risco Aumentado
< 35 mg/dL <45 mg/dL Alto risco 
3.4 LDL: lipoproteína de baixa densidade
Considerado o mal colesterol pois possui mais partículas aterogênicas,
por isso esta associada a aterosclerose.
O maior risco cardiovascular é quando a LDL esta oxidada, por isso a
importância de se consumir antioxidantes no tratamento da
hipercolesterolêmia, pois quanto maior a quantidade no sangue, maior o
risco de oxidação e o processo de oxidaçãovai levar a capacidade
que LDL tem de entrar na celular e iniciar o processo de aterosclerose.
43
Quadro 10: Valores de referencia de LDL para homens e mulheres 
44
< 100 mg/dL Ótimo
100-129 mg/dL Regular
130-159 mg/dL Leve aumento
160-189 mg/dL Alto
>190 mg/dL Muito alto
45
3.5 VLDL: Lipoproteína de muita baixa densidade 
Tem muito mais gordura, maior teor de triglicerídeos 
Quadro 11. Valores de referencia da VLDL
Até 30 mg/dL Desejável
30 – 40 mg/dL Discretamente elevado
40 - 99 mg/dL Elevado
≥100 mg/dL Muito elevado
3.6 Colesterol não HDL
Uma simples conta chega-se no valor de colesterol não HDL
46
Colesterol total – HDL = Colesterol não HDL
Quadro 12: Valor de referência para colesterol não HDL
Valor de referencia Classificação 
130 – Considerar 100 para 
pacientes com histórico familiar 
Desejável 
130 – 159 mg/dL Adequado 
160 – 189 mg/dL Discretamente elevado
190 – 219 mg/dL Elevado
≥ 220 mg/dL Muito elevado 
3.7 Hipocolesterolemia
Referência: ≤ 150 mg/dL
Riscos:
• Aumento do risco de mortalidade
• Aumento do tempo de permanência no hospital
• Prejuízos na produção hormonal
Analisar os resultados pode trazer erros de interpretação, por isso foram
criados Índices para fazer a relação das frações e avaliar o paciente de
forma individual
47
Índice de Castelli I 
48
Fórmula = Colesterol / HDL
Valores de referência:
Homens: Até 5,4
Mulheres: Até 4,4
Fórmula = LDL/ HDl
Valores de referência: 
Homens: Até 3,3 
Mulheres: Até 2,9 
Índice de Castelli II 
Como interpretar: Valores acima do Índice mostram um risco aumentado
para DCV.
É interessante fazer esse índice para verificar o risco, mesmo quando o
resultado dentro do adequado.
Outra relação:
49
Fórmula = TG/ HDL
Valor de referência: Não superior a 2
3.8 Proteína C reativa
• Para avaliar o paciente por completo avaliar o PCR – Proteína C
reativa – Proteína de fase aguda positiva, relação com processo
inflamatório
• Aumentada 4-6 horas da injuria ou doença
• Pode ser usada para monitorar o progresso de reações de
estresse
• Pode ser marcador de risco aumentado pela doenças
cardiovascular
50
Quadro 13: Valores de referência como indicador de processos
inflamatórios
51
Valor de referencia Risco 
1,0 a 5, mg/dL Infecções virais e 
processos inflamatórios 
leves 
5,1 a 20,0 mg/dL Infecções bacterianas e 
processos inflamatórios 
sistêmicos 
Acima de 20,0 mg/dL Infecções graves, grandes 
queimados e poli 
traumatismos
Esses valores são simples referência, deve ser interpretado de acordo com o
histórico do paciente
Quadro 14: Valores de referência como indicador de risco
cardiovascular
52
Valor de referencia Risco 
Abaixo de 0,1 mg/dL Risco baixo 
0,1 a 0,3 mg/dL Risco intermediário 
Acima de 0,3 mg/dL Risco alto 
3.9 Homocisteina
• As vitaminas B6, B9 e B12 são essências e o risco aumentado cardiovascular
por homocisteina pode ter relação com a deficiência dessas vitaminas.
• Ela é altamente trombogênica, sempre associar ao colesterol.
• Se apresentar alteração tratamento nutricional é com B6, B9 e B12.
• Parâmetros de avaliação da função endócrina e relevância clínica em
estética.
53
4.1 Tireóide
4.1.1 TSH
É um hormônio hipotalâmico-hipofisário, que dá o estimulo sobre a
glândula da tireoide para que ela produza seus hormônios T3 e T4
54
4 HORMÔNIOS 
Valor de referência: 0,3 a 5 micro UI/mL
4.1.2 T4
Também conhecido como o hormônio inativo da tireoide.
55
Valor de referência: 0,75 a 1,80 pg/dL
4.1.3 T3 – Triiodotironina
Valor de referência: 2,30 a 4,20 pg/mL
O T3 e o T4 são hormônios produzidos pela glândula da tireoide importantes
para o controle do metabolismo basal
Anticorpos Antitireoidianos
Principais
Anticorpos Anti-Tireoperoxidase – anti-TPO
VR: menor que 15UI/mL
56
57
4.1.4 Anticorpo Anti-tireoglubina (Anti-Tg)
Valor de referência: Inferior a 115 UI/mL
4.1.5 Anticorpos anti-receptores de TSH – TRAb
Valor de referência: Inferior que 1,5 UI/L 
ate 1,75 UI/L
Anti-Tg e TRAb são importantes para Investigar problemas da tireoide
de origem autoimune como a tireoidite de Hashimoto.
58
4.1.6 Condutas nutricionais nas disfunções da glândula da tireoide
 Cuidado com a glândula adrenal: evitar cafeína e açúcar refinado
 Reduzir alimentos com glúten
 Evitar tomar líquidos em embalagens plásticas
 Evitar adoçantes
 Evitar soja
O processo de produção de T3 e T4 ocorre da seguinte forma:
A hipófise libera o TSH que age na glândula tireoide que utiliza iodo na
produção de T3 e T4. O feedback negativo ocorre quando o hormônio TSH
exerce sua função e a hipófise recebe a mensagem que ele não precisa liberar
mais hormônios.
59
4.1.7 Hipertireoidismo
A interpretação do hipertireoidismo pode ocorrer por diferentes analises
dos exames:
4.1.7.1 TSH alto + T3 e T4 aumentado = Hipertireoidismo secundário
A hipófise esta produzindo muito TSH, e como consequência aumentando a
produção de T3 e T4 pela tireoide.
4.1.7.1 TSH baixo + T3 e T4 Alto = Hipertireoidismo primário
A tireoide que esta produzindo maior quantidade de hormônios
60
4.1.8 Hipotireoidismo
4.1.8.1 TSH alto + T3 e T4 baixo = Hipotireoidismo primário
O TSH não consegue fazer com que a glândula produza os hormônios e não
ocorre o feedback negative
4.1.8.2 TSH baixo + T3 e T4 baixo = Hipotireoidismo secundário
A tireoide não produz os hormônios pois a hipófise não esta librando o TSH
para estimular a tireoide
61
4.2 Cortisol
Conhecido como o hormônio do estresse crônico.
Tem relação direta com a hiperglicemia, pois é um hormônio proteolítico, ou
seja, aumenta a glicemia as custas de quebra muscular.
Relação com a estética pois pode promover flacidez, dificuldades no ganho
de massa muscular e no emagrecimento.
Valor de referência: 3,7 a 19,4 ug/dL
62
4.3 Prolactina
Hormônio encontrado principalmente em gestantes e lactantes.
Pode estar alterado no hipotireoidismo
Possíveis causas de deficiência:
 Dopamina
 Baixo GABA
 Deficiência de Vitamina D
 Corticosteroides
63
Pode estar aumentado nas seguintes situações:
Mulheres:
• Gravidez
• Amamentação 
• Sono
• Manipulação das mamas
• Estresse Serotonina
• Ocitocina
• Manifestações clinicas da 
hiperprolactinemia
• Galactorreia 
• Anovulação
• Insuficiência lútea
• Hirsutismo – pelos no rosto 
• Infertilidade
• Mastalgia
• Cefaléia
Homens:
• Perda de libido
• Impotência sexual
• Hipogonadismo
• Galactorreia (produção de
leite)
64
Quadro 14. Valor de referência para prolactina em homens e
mulheres
Feminino: 1,9 a 25,0 Masculino: 2,5 a 17,0 
65
4.4 Estradiol
Este hormônio tem relação com a saúde óssea e da pele
Quadro 15. Relação da dosagem de estradiol e estética
Hipoandrogenismo Hiperandrogenismo
Redução da hidratação
Redução da síntese de colágeno Aumento de seborreia 
Redução Atividade mitótica da 
camada basal 
Pelos e alopecia androgênica 
Redução do tônus e elasticidade Sudorese e odor forte
Redução da Atividade dos 
melanocitos
Irregularidades menstruais 
Relação com a osteoporose e 
osteopenia 
66
Quadro 16: Valores de referência de estradiol para homens
e mulheres
Mulheres Homens
Fase folicular – 12,3 a 254,0 pg/ml Até 36,0 pg/ml
Meio do ciclo – 30 a 597 pg/ml
Fase lutea – 16 a 264 pg/ml
Pós menopausa – ate 39,4 
67
5.1 Função hepática
Para avaliar a função hepática são dosadas as transaminases
AST (TGO) – Indica lesões graves e profundas no fígado
ALT (TGP) – Danos celulares extensos e superficiais
Quadro 17. Valores de referência para TGO e TGP
TGO 40 U/L
TGP 41 U/L
5 PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA E
RELEVÂNCIA CLÍNICA EM ESTÉTICA
68
Podem estar aumentadas nas seguintes situações:
 Hepatite aguda
 Cirrose
 Colestase
 Carcinoma de fígado
 Infarto do miocárdio
 Distrofia muscular
 ICC
 Pancreatite
O que mostra que essas transaminases
são encontradas em outros órgãos e não
somente no fígado
69
Podem estar reduzidas nas seguintes situações:
 TGO: Azotemia e dialiserenal crônica
 TGP: Infeção do trato urinário e malignidades
Fazer a relação entre elas é importante para um correto diagnóstico:
Fórmula: TGO/TGP= 0,7 a 1,4
Resultado: ≥ a 2: sugestivo de doença hepática alcoólica (hepatite e cirrose)
70
ALP: Fosfatase alcalina
É uma enzima hepática que tem relação direta com metabolismo ósseo
Quadro 18: Valor de referencia de ALP em adultos e crianças
Adulto 13-43U/L
Criança ate 12 anos 56-156 U/L
71
O Aumento pode representar:
 Obstrução extra-hepatica e intra-hepatica
 Lesão hepatocelular aguda
 Doença de Paget
 Osteomalacia
 Raquitismo
 Hiperparatireoidismo
 Tumores osseos osteoblasticos
 Crianças e adolescentes e gestantes – fisiológico
Baixa ALP = desnutrição
72
GGT – Gama GT
Enzima para identificar lesão hepática e doenças inflamatórias.
Principalmente nas doenças obstrutivas nas vias biliares
Método de triagem para o alcoolismo
Quadro 19. Valores de referencia de GGT para homens e mulheres
Homens <55 U/L
Mulheres <38U/L
73
Aumento:
 Ictericia obstrutiva
 Colangite
 Colecistite
 Hepatite infecciosa
 Esteatose hepática (desequilíbrio na composição corporal)
 Infarto Agudo do Miocardio
 Pancreatite aguda
 Anticonvulsivantes
74
Bilirrubinas
Avalia icterícias e doenças hepáticas obstrutivas
Originárias da quebra da hemácia, na hemólise que são liberadas. O
fígado capta para eliminar via bile, por isso faz parte do perfil
hepática pois se o fígado tiver dificuldade em eliminá-la.
75
Hiperbilirrubinemia não conjugada ou indireta
 Icterícia fisiológica do RN
 Icterícia do leite materno
 Icterícia hemolítica do RN
 Anemia hemolítica
 Síndrome de Gilbert
Hiperbilirrubinemia conjugada ou direta
 Relação direta com fígado
 Colestase intra-hepática
 Colestases extra-hepáticas
76
Quadro 20. Valores de referência de bilirrubinas
Bilirrubina Total: até 1,0 mg/dL
Direta: até 0,25 mg/dL
Indireta até 0,80 mg/dL
77
Provas da função renal
6.1 Uréia
• Avalia função renal
• Composto nitrogenado não proteico, sintetizado no fígado e excretado
pelas rins
6 PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL E
RELEVÂNCIA CLÍNICA EM ESTÉTICA
78
Relacionada com a ingestão proteica
Alta: Causas renais e pré-renal, obstrução renal, ingestão excessiva de
proteínas, hemorroidas , estado catabólico, desidratação, corticoterapia,
Não especifico de doença renal
Baixa: Insuficiência hepática grave, dieta hipoproteica, anorexia nervosa
Fígado no processo de detoxificação tem o ciclo da ureia, o fígado
transforma amônia em ureia e o rim elimina via urina. O fígado perde a
capacidade de converter amônia em ureia.
79
6.2 Creatinina
Composto nitrogenado não proteico, derivada da creatina, excretada
nos rins.
Indicativo renal pois do jeito que é filtrada é eliminada na urina
Clearance de creatina: Indica a depuração a creatinina na urina. Se
aparecer menor que taxa de filtração na glomerular, indica que rim
esta filtrando menos que deveria, indicativo de insuficiência renal.
Valor de referência:
Soro: 0,4 a 1,3 mg/dL
Urina:
Homens: 21-26 mg/kg/24h
Mulheres: 16 – 22 mg/kg/24h
80
6.3 Acido úrico 
• Função renal e gota 
• Metabolismo de purinas
• Relacionada a dieta, sexo, obesidade
Quadro 21. Valor de referencia de acido úrico no soro em 
homens e mulheres
Homens 2,5 a 7,0 mg/dL
Mulheres 1,5 a 6,0 mg/dL
81
Hipeuricemia:
• Gota
• Doenças renais
• Medicamentos
• Diuréticos, benzotiazidicos
• Álcool
• Atividade física intensa
• DM – Cetoacidose
• Síndromes mieloproliferativas, leucemia linfocitica crônica, mieloma,
psoríase, Terapia com drogas citotóxicas
• Obesidade
• Cardiopatia Aterosclerótica
• HAS
82
6.4 Exame de urina: Elementos e sedimentos anormais na urina
Também solicitado como Urina tipo B ou tipo I
Análise física: cor, aspecto, gravidade especifica
Análise clinica: pH, albumina, glicose, bilirrubina, cetona, e elementos anormais
como eritrócitos, leucócitos, bactérias, cristais
Resultados:
• Cor: amarelo
• Aspecto: límpido
• Densidade: 1,015 – normal entre 1005 a 1030
• pH: 5,0 (normal entre 5,5 a 7,5)
Químico:
• Proteínas: ausente
• glicose 0- ausente
• Bilirrubina ausente
• Cetona ausente
Elementos anormais como eritrócitos, leucócitos, bactérias, cristais
Analisar a urina é um importante preditor de homeostase do organismo.
83
7.1 Complemento C3 e C4
C3: 90 a 300 mg/dL
Avaliação de portadores de doenças autoimunes em que há consumo de
complemento e estados inflamatórios agudos
C4: 15 a 45 mg/dL
Deficiência congênita do complemento e em doenças como: LES, doença do
soro, glomerulonefrites.
7. PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO EM IMUNOLOGIA E SUA RELEVÂNCIA CLÍNICA EM ESTÉTICA
84
7.2 Imunoglobulinas
IgA: 
Idade Valor de referencia 
(mg/dL)
0-1 Até 110
1 – 15 15 - 250
Adultos 70 – 400
Deficiência congênita ou adquirida de IgA
Elevados: portadores de tumores celulares e em processos inflamatórios 
85
IgG
Idade Valor de referencia (mg/dL)
0-1 200 - 1200
1 - 15 340 - 1600
Adultos 650 - 1600
Imunodeficiência da imunidade humoral congênita, transitória ou
adquirida
Aumentada em AIDS, mieloma múltiplo, e em processos inflamatórios
crônicos.
86
IgM: 
Idade Valor de referencia (mg/dL)
0-1 20 - 150
1 - 15 45 - 300
Adultos 60 - 300
Imunidade humoral para diagnóstico da síndrome de Aldrich,
deficiência na produção.
Terapia de macrogobulinemia de Waldenstrom ou mieloma múltiplo.
87
FAN – Fator antinuclear
Auto –anticorpo dirigido contra constituintes do núcleo das células.
Referência: não reagente
Avaliação de doenças autoimunes
Anticorpo anti DNA – marcador de Lúpus eritematoso sistêmico
Fator reumatoide: Artrite reumatoide
Coombs Direto: Pesquisa de sensibilidade eritrocitaria
Referência: negativo
Indicação: Anemias hemolíticas autoimunes, por isoimunização materno-fetal
por transfusional.
Falso positivo em uso de penicilina
88
Coombs indireto: Pesquisa de anticorpos irregulares
Referencia: negativo
Frações de complementos ligadas a hemácias, o que pode levar a hemólise.
Exame de rotina de pré-natal em gestantes Rh negativas.
Proteína C reativa: 
Presente nos processos inflamatórios. 
Alfa 1 glicoproteina acida 
Peso molecular baixo com meia vida de 5 dias e de fácil filtração pelos rins 
Masculino: 50 a 135 mg/dL
Feminino: 40 a 120 mg/dL
89
Aumentada em: 
• Artrite reumatoide
• Neoplasias
• Queimaduras
• Traumas
• IAM
• Exercício intenso 
• Lúpus
• Doença de Crohn
Reduzido em:
• Hepatopatias e síndrome
nefrotico
Testes para HIV
Carga viral: indica evolução
da doença
Taxa de CD4: Contagem das
células T CR4+ em sangue
periférico tem implicações
prognosticas na evolução
do HIV
Proteína de fase aguda, importante no 
diagnostico de processos inflamatórios 
90
Indica associações com os ouros
exames
Avaliação quantitativa e qualitativa
das séries sanguíneas:
• Eritograma (células vermelhas)
• Leucograma (células brancas)
• Plaquetograma (plaquetas)
8 HEMOGRAMA TOTAL E FRAÇÕES
91
8.1 Eritograma
• Numero de eritrócitos
• Hemoglobinas
• Hematócrito
• VCM
• HCM
• CHCM
• RDW
• Reticulócitos
92
8.1.1 Hematimetria:
Estimativa indireta da quantidade de hemoglobinas
Quadro 21: Valores de referência de hemoglobinas em milhões/mm3
Mulheres 4,0 a 5,6
Homens 4,5 – 6,5
Gestantes 3,9 – 5,6
10 a 12 anos 4,5 a 4,7
1 ano 4,0 a 4,7
3 meses 4,5 a 4,7
Recém-nascidos a termo 4,0 – 5,6
93
8.1.2 Hemoglobina: Quantidade de hemoglobina em g/dL
Quadro 22: Contagem de hemoglobina
Mulheres 12 a 16,5
Homens 13,5 – 18
Gestantes 11,5 – 16
10 a 12 anos 11,5 a 14,8
1 ano 11,0 a 13,0
3 meses 9,5 a 12,5
Recém-nascidos a termo 13,5 – 19,6
Em negros existe redução de 0,5 a 0,6
Idosos: Valores reduzidos após 65 anos, sem conhecimento da causa
94
8.1.3 Hematócrito
Porcentagem que as células sanguíneas (hemácias) ocupam no volume
sanguíneo.
Objetivo:
Baixo: Anemias = menor produção de células
Alto: Policitemia ou hiperglobulia, DPCO = maior produção de células,
reduz fluxo nos vasos, torna o sanguemais espesso.
Em situações de falta de oxigênio, como em uma doença pulmonar, é
produzido maior quantidade de hematócritos e pode prejudicar
problemas cardíacos pelo aumento do numero de células.
95
Quadro 23: Contagem de hematócrito em porcentagem
Mulheres 35 a 47
Homens 40 a 54
Gestantes 34 a 47
10 a 12 anos 37 a 44
1 ano 36 a 44
3 meses 32 a 44
Recém-nascidos a termo 44 a 62
96
8.1.4 VCM – Volume Corpuscular Médio
Se refere ao tamanho da hemácia
Pode ser considerada em:
Normocitica: Célula de tamanho normal
Microcitica: Célula de tamanho pequeno
Macrocitica: célula de tamanho grande
Quadro 24: VCM em fl
Mulheres 81 a 101
Homens 82 a 101
10 a 12 anos 77 a 95
1 ano 77 a 101
3 meses 83 a 110
97
8.1.5 HCM – Hemoglobina corposcular média (pg)
Valor reduzido: Hipocromia (menos hemoglobina)
Normal: Normocromica
Quadro 25: Valores de referencia do HCM em pg
Mulheres 27 a 34
Homens 27 a 34
10 a 12 anos 24 a 30
1 ano 23 a 31
3 meses 24 a 34
98
8.1. 6 CHCM : Concentração da hemoglobina corpuscular (%)
Quadro 26: Concentração da hemoglobina corpuscular (%)
Mulheres 31,5 a 36
Homens 31,5 a 36
10 a 12 anos 30 a 33
1 ano 28 a 33
3 meses 27 a 34
99
8.1.7 – RDW
Medida de variação do tamanho, amplitude da distribuição dos eritrócitos
Valor de referência: 13 a 15%
Aumento: Deficiência de acido fólico ou ferro, anemia hemolítica
O RDW não indica tamanho da célula e sim a variação do tamanho
da celular.
Indica o grau de anisocitose (alteração do tamanho da hemácia)
100
Verificar o VCM quando aparecer anisocitose:
Baixo: considerar microcitose.
Tratamento com ferro, cobre aminoácidos
Alto: Macrocitose: Aumento do tamanho das células
Deficiência em B12 e acido fólico.
Normal: Existe as duas alterações, pequenas e grandes.
Quando aparecer poiquilocitose: Alteração na forma da hemácia
101
8.1.8 Reticulócitos
Objetivo: Se a medula óssea esta respondendo de modo adequado as necessidades do
corpo na produção de hemácias.
Aumento, liberação precoce das hemácias pela medula
• Sangramento
• Anemia hemolítica
• Doença hemolítica do recém-nascido
Diminuição
• Anemia por deficiência de ferro
• Anemia perniciosa ou deficiência de acido fólico
• Anemia aplástica
• Radioterapia (afeta a síntese das células)
• Inibição da medula óssea por infecção ou câncer
Valor de referência: 0,5 a 1,5%
Obs: Não faz parte do hemograma, deve ser pedido a parte
A interpretação do hemograma deve ser combinada com a anamnese
102
8.1.9 Associações importantes com o eritrograma
 Perfil de ferro
 Dosagem de B12
 Acido Fólico
 Bilirrubinas (porque vem da quebra da hemácia)
 Estudo da medula óssea
 Eletroforese de hemoglobina
103
8.1.10 Anemia:
Hematócrito, hemoglobina e hemácias baixos podem representar uma
anemia
Fazer o teste de ferro para verificar se realmente existe uma deficiência
de ferro.
Analisar todos parâmetros:
Situações:
Ferro baixo + ferritina alta = Processos inflamatórios ou deficiência de
cobre
Ferro baixo + ferritina baixa = Anemia deficiência de ferro
104
Ferritina:
Alta: grande capacidade de armazenamento
Inflamação, infecção , deficiência de cobre ou hematomacrose
Baixa: Anemia
Capacidade total de ligação ferro:
Aumentada: quando tem menor oferta de ferro
Diminuída: Maior oferta de ferro, não relacionado com deficiência
Saturação de transferrina:
Diminuída: menor oferta de ferro
Aumentada: Maior oferta de ferro, não relacionado com deficiência
105
Quando encontramos ferro baixo e ferritina alta, importante saber que a
ferritina é uma proteína de fase aguda, elevada em processos inflamatórios
e lembrar de olhar para o cobre, que em sua deficiência pode prejudicar
a absorção de ferro.
Quadro 27: Teste de suprimento e armazenamento de ferro
Ferro sérico 50 – 150 ug/dL
Capacidade total de
ligação ferro
300-350 ug/dL
Saturação de transferrina 25 a 50%
Ferritina sérica 30 ug/L mulheres
100 ug/L Homens
106
8.1.11 Anemia por deficiência de cobre
Microcitose + hipocromia + ferritina aumentada
8.1.12 Anemia por deficiência de B12
 Redução no consumo alimentar
 Menor produção de fator intrínseco – Uso de medicamentos como
antiácidos inibidores de bomba protônica ou por gastrectomia
 Infecção por H.pylori
 Competição pela absorção no intestino
107
Características do exame na anemia por deficiência de B12
 Macrocitose (VCM 110-140fL)
 Leucopenia
 Reticulocitos baixos
 Vitamina B 12 sérica baixa
 Homocisteina Total alta
 Anisocitose
 Poiquilocitose
Pode apresentar alterações neurológicas
108
8.1.13 Anemia por deficiência de acido fólico
 Ingestão inadequada
 Fármacos
 Álcool
 Aumento das necessidades na gravidez e na anemia hemolítica crônica
 Perda (diálise)
Avaliação laboratorial:
Vitamina B12 reduzida ou normal + Folato sérico reduzido
Anemias Macrocíticas
Reticulócitos aumentados = considerar hemorragia aguda
Reticulócitos normais = Deficiência de B12 e folatos
109
8.2 Leucograma – Série branca
Indica sistema imunológico, as células brancas tem função de defesa do
organismo
Função:
• Defesa do organismo
• Retirada de células mortas
• Renovação de estruturas
• Rejeição de enxertos
• Memoria imunológica
Valor de referência: 5.000 a 10.000 mm3
110
Principais tipos:
• Neutrófilos: Fagocitam e destroem bactérias
• Eosinófilos: Aumentam o numero e são ativados na presença de
infecções e alergias
• Basófilos: Secretam heparina e histamina
• Linfócitos: Produção de anticorpos e na imunidade célular
• Monócitos: Digerem substancias estranhas não bacterianas
111
Quadro 29. Valores de referência do leucograma em porcentagem
Leucograma Valores de referencia em
%
Neutrófilos 60 a 65
Basófilos 0 a 1
Eosinófilos 2 a 4
Linfócitos 20 a 30
Monócitos 4 a 8
Plasmócitos 0 a 1
Bastões 2 a 5
Aumentado: Leucocitose > 9.000/mm3
Redução: Leucopenia < 5.000/mm3
112
8.3 Plaquetas
Menores elementos do sangue
•Fragmentos dos megacariócitos
• Vida útil: 5 a 9 dias
• Participam da hemostasia
• Participam do processo de coagulação
Aumento: Trombocitose, respostas a ̀s infecc ̧o ̃es, inflamac ̧a ̃o e hemorragia.
• gravidez
• esforço prolongado – a ́lcool
• altitude
• apo ́s esplenectomia – ca ̂ncer
• doenças infecciosas
• doenças inflamato ́rias
• doença de Hodgkin
• hemorragias, intervenc ̧o ̃es cirúrgicas
• estresse importante, queimaduras graves, traumatismo – cirrose,
pancreatite.
Redução:
Trombocitopenia
• hiperesplenismo
• acometimentos virais
• acometimento imunolo ́gico – medicamentos
• aplasias
114
9.1 Sódio
É um importante indicador do equilíbrio hídrico, pressão osmótica e
excitabilidade neuromuscular
Utilizado para detectar:
• Desidratação
• Edema
• Desequilíbrio hidroeletrolítico
• Doença ou condição relacionado ao cérebro e outros órgãos
• Uso de diuréticos
9 VITAMINAS: PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E RELEVÂNCIA CLÍNICA
Hiponatremia (Redução do sódio): Fraqueza, confusão e letargia
Causas:
 Sudorese excessiva
 Queimaduras extensas
 Insuficiência renal
 Cetoacidose diabética
 Doença de Addison
 Pseudo-hiponatremia: Hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperproteinemia
116
Hipernatremia (Excesso de sódio): Sede, diminuição da frequência urinaria,
espasmos musculares e agitação
Causas:
 Pouca ingestão de agua
 Diurese osmótica
 Queimaduras
 Diarreia intensa ou vomito prolongado
Valor de referência: 135 – 149 mEq/L
117
9.2 Potássio
Indicador de alterações no metabolismo celular e função neuromuscular
Sua regulação ocorre por via renal e aldosterona
Valor de referência: 3,5 – 4,9 mEq/L
Excesso de potássio: Hipercalemia
Causas: 
• Ingestão excessiva pela dieta 
• Desidratação 
• Insuficiência renal 
• Doença de Addison
• Cetoacidose diabética 
118
Deficiência de potássio: Hipocalemia
Causas:
• Alcoolismo
• Diuréticos
• Síndrome de Crohn
• Síndrome de Cushing
• Diarreia e vo ̂mito
• Drogas (insulina)
119
9.3 Cálcio
Importante para:
• Formaça ̃o e manutenc ̧a ̃o de ossos e dentes
• Coagulação sanguínea
• Contraça ̃o muscular
• Secreça ̃o de hormo ̂nios e enzimas
• Transmissão nervosa Func ̧a ̃o cardi ́aca
• É um dos minerais mais abundantes do corpo
• Encontrado ossos, músculos (importante para contração muscular)
• Regulado pro PTH, calcitonina e Vitamina D
Valor de referência: 8,8 a 11,0 mg/dL
Situações para avaliar o cálcio sanguíneo
• Avaliar o metabolismo do cálcio e função da paratireoide
SEMPRE AVALIAR COM O CALCIO
• Hormônio da paratireoide (PTH): Auxilio na avaliação das hipocalemias ou
hipercalemias.
• Confirma diagnostico de hiperparatireoidismo.
• Monitorar em pacientes com doença renal crônica.
Alto:
Má absorção de cálcio
Deficiência renal crônica
Deficiência de vitamina D
Raquitismo 
121
Baixo:
• Hipoparatireoidismo
• Doença de graves, intoxicação de Vitamina A ou D
• Doenças malignas
• Ajuda no diagnóstico de distúrbios neuromuscular, esqueléticos e endócrinos,
arritmias, disfunção de coagulação do sangue, e desequilíbrio ácido-base do
sangue.
• Ajudar a diagnosticar e avaliar uma série de condições que afetam os ossos,
coração, nervos, rins e dentes.
• Monitorar as pessoas com insuficiência renal crônica, hiperparatireoidismo e
certos tipos de tumores malignos.
122
9.4 Vitamina D
Quadro 30: Valores de referência para
vitamina D
Deficiência Até 20 ng/mL
Insuficiência De 2 a 29 ng/mL
Suficiência De 30 a 100 ng/mL
123
O Mineralograma capilar tem como objetivo analisar intoxicação por cerca de
37 metais pesados. Esses elementos quando em excesso, ou sua deficiência, são
incorporados a raiz no crescimento capilar, sendo capaz de registrar assim
como no sangue e na urina a dosagem de alguns elementos.
Pequenos tufos de cabelo são cortados bem próximos a raiz com uma tesoura
esterilizada, sem o uso de luvas para não contaminar o material.
O Oligoscan é um exame muito utilizado na pratica ortomolecular que permite
a prescrição de formulas mais direcionadas e personalizadas ao paciente.
10 MINERALOGRAMA
124
Exemplo do resultado:
125
O Coprologico funcional é um exame que estuda as funções
digestivas, cujos resultados permitem diagnosticar:
• Insuficiência ga ́strica, pancrea ́tica e biliar
• Hipersecreça ̃obiliar
• Desvios da flora bacteriana, (fermentac ̧a ̃o hidrocarbonada e
putrefac ̧a ̃o)
• Si ́ndromes ileal e cecal, colites e outras alterações do trânsito
intestinal.
Sabemos que reconhecer a disbiose intestinal no paciente é de
extrema importância para o sucesso do tratamento nutricional tanto
para saúde quanto para os resultados estéticos esperados por ele.
11 COPROLOGIA FUNCIONAL NA AVALIAÇÃO DA INGESTÃO, DIGESTÃO, ABSORÇÃO
126
12.1 Intolerância a glicose
Para diagnosticar a intolerância a glicose, pode ser feito por três diferentes teste:
Teste de sobrecarga a glicose:
Glicemia de jejum e sequencialmente após carga oral de 50g de lactose. (2g/kg
para crianças até 50g). A glicemia é dosada em 0, 30 e 60, 120 minutos.
Teste de acidez das fezes:
Detecta os ácidos produzidos pela má ́ digestão da lactose.
pH fecal inferiores a 5 associados com glicose e substancias redutoras positivas
indicam intolerância a lactose, porém deve ser associadas com o teste de
tolerância a ̀ lactose.
12 INTOLERÂNCIAS E ALERGIAS ALIMENTARES
127
Ar expirado:
Exame de alto custo, com grande dificuldade na execução mas com alta
sensibilidade.
Monitora a quantidade de hidrogênio nos gases exalados pela respirac ̧a ̃o,
apo ́s a ingesta ̃o da lactose.
Quadro 31: Valores de referencia para o teste de tolerância a lactose
para dose 50g de lactose
Glicemia em jejum 80 mg/dL
Glicemia em 30 min 89 mg/dL
Glicemia em 60 min 93 mg/dL
Glicemia em 120 min 88 mg/dL
Considera-se normal a elevação da glicemia, em relação a ̀ de jejum, em pelo
menos 20mg/dL em qualquer das amostras.
128
12.2 Glúten
Podemos encontrar 3 diferentes tipos de sensibilidade ao glúten:
Doença celíaca: Autoimune
Sensibilidade ao glúten: alterações morfológicas, funcionais e imunológicas
Alergia ao trigo: Reação imunológica mediada por IgE
129
Para o diagnóstico são feitos os seguintes exames laboratoriais:
• Anticorpos Anti-Transglutaminase IgG e IgA : identificada como
principal auto-antígeno na doença celíaca. Sa ̃o marcadores
altamente específicos para a doença celi ́aca e dermatite
herpetiforme.
• Anti-Endomíso (EMA) IgA - Altamente específico (100%, sendo o teste
de prefere ̂ncia para o "screening" de Doenc ̧a Celíaca.
• Anticorpos Anti-Gliadina (AGA) IgG e IgA - O teste IgG é sensível, mas
pouco específico, enquanto o IgA é específico, mas pouco sensível.
Quando usados em conjunto possuem especificidade de 80% e
sensibilidade de 95% para DC. AGA IgG. Melhor para sensibilidade ao
glúten na ̃o-celíaca.
Referências
• AUGUSTO, Ana Lúcia e cols. Terapia
nutricional. São Paulo, Atheneu, 1993, cap.
IV.
• COSTA, M.J.C. Interpretação de exames
bioquímicos para o nutricionista. Ed.
Atheneu; 2008.
• CUPPARI, L. Guia de nutrição: nutrição
clínica no adulto. SP: Manole; 2005.
• GAW, A . Bioquímica Clínica. 2ª ed.
Guanabara Koogan, 2001.
• NAOUM, P.C. Doenças que alteram os
exames bioquímicos. Atheneu; 2008.
• OLSZEWER, E. Clinica Ortomolecular. 2 ed.
Ed Roca; 2008.
• WAITZBERG, Dan L. Nutrição Oral, Enteral e
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Pós-graduação EaD 
Nutrição Clínica e Estética
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