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Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO BRASIL 
 
Presidente da República 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
 
Ministro da Educação 
FERNANDO HADADD 
 
Secretário de Educação a Distância 
CARLOS EDUARDO BIELSCHOWSKY 
 
Reitor do IFRN 
BELCHIOR DA SILVA ROCHA 
 
Coordenador da DETED 
ERIVALDO CABRAL 
 
Coordenadora da UAB 
ANA LÚCIA SARMENTO HENRIQUE 
 
Coordenadora Adjunta da UAB 
ILANE CAVALCANTE 
 
Coordenadora do Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental 
NARLA SATHLER MUSSE 
 
 
GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS 
– AULA 08 
 
Professor Pesquisador/Conteudista 
ROBERTO PEREIRA 
 
Coordenação da Produção de Material 
Didático 
ARTEMILSON LIMA 
 
Design Instrucional 
ILANE CAVALCANTE 
 
Coordenação de Tecnologia 
ELIZAMA LEMOS 
 
Revisão Linguística 
KLÉBIA DE SOUZA 
ELIZETH HERLEIN 
 
Formatação Gráfica 
MARCELO POLICARPO 
EDICLEIDE PINHEIRO 
LUCIANA DANTAS 
JOSERILDE FERREIRA 
 
Ilustrador 
MARCELO POLICARPO 
EDICLEIDE PINHEIRO 
LUCIANA DANTAS 
JOSERILDE FERREIRA 
 
 
 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
2 
 
Aula 08 
 
 
Conteúdo: BACIA HIDROGRÁFICA: UNIDADE BÁSICA DA 
HIDROLOGIA 
 
 
APRESENTANDO A AULA 
 
 Você já parou para pensar que onde quer que 
estejamos estamos sobre uma bacia hidrográfica? Também já 
parou para pensar por que uma precipitação que cai em uma 
bacia hidrográfica não escoa para outra? Sabe por que há 
regiões que, independente dos efeitos hidrometeorológicos, 
como a quantidade das chuvas, ficam bem mais evidentes os 
processos de inundações ou mesmo a degradação do solo 
como a erosão? 
 Pois bem, nesta aula buscaremos essas respostas e 
aprenderemos também que bacia hidrográfica não se refere 
unicamente ao escoamento superficial. Assim, sucessos a 
todos e daqui para frente deverão procurar observar como as 
atividades antrópicas modificam as características 
hidrológicas e físicas de cada bacia. 
 
DEFININDO OBJETIVOS 
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
- identificar processos hidrológicos de uma bacia em meio 
poroso; 
- compreender a relação entre bacia hidrográfica e bacia 
hidrogeológica; 
- apresentar algumas características físicas de uma bacia 
hidrográfica, as quais podem ter relação com o escoamento 
na mesma. 
 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
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ASPECTOS CONCEITUAIS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS 
 
As bacias hidrográficas representam a unidade básica 
da hidrologia superficial (Figura 01) uma vez que refletem 
todos os processos hidrológicos e constituem o principal 
objetivo das pesquisas e cálculos do balanço hídrico. Com 
base nos balanços das bacias (ou sub-bacias) individuais, são 
calculados os balanços hídricos gerais e avaliados os 
recursos hídricos de diversos países, regiões e continentes. 
 
 
A bacia hidrográfica ou bacia de drenagem é uma área 
definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou 
um sistema de cursos d’águas perenes e/ou temporários que 
formam a rede hidrográfica, de tal modo que toda vazão 
efluente é descarregada através de uma única saída, a 
Figura 01 – Armazenamentos e transferências de água dentro de bacias de drenagens (Summerfield, 
 
 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
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exutória, desembocadura ou foz da bacia. É bom lembrar que 
os afluentes/tributários são os cursos que encontram o rio 
principal na confluência. O subafluente encontra o afluente 
do rio principal, pois os rios mais importantes são aqueles que 
têm maior número de afluentes. 
Geralmente, a única entrada de água em uma bacia é 
a precipitação (Figura 01), o que implica que todos os demais 
fluxos superficiais e subterrâneos são originários dela. O 
componente subterrâneo é denominado deflúvio básico da 
bacia ou fluxo de base, o qual é realimentado anualmente 
através da percolação na bacia, todavia quando é somado ao 
deflúvio superficial, se existir, definem o deflúvio total (runoff 
total) de uma bacia ou produção da bacia no ponto de 
descarga. Quanto mais impermeabilizada, maior será o 
escoamento superficial. A variação anual do deflúvio total é 
denominada de regime de um rio. 
De uma forma simples, uma bacia hidrográfica é uma 
área de drenagem, convergindo para um ponto de descarga 
de água, o qual pode ser o mar, lago ou cavernas. Assim, de 
acordo com o escoamento global, as bacias de drenagem 
podem ser classificadas em (CHRISTOFOLETTI, 1980): 
 exorréicas: bacias que deságuam diretamente no mar; 
 endorréicas: bacias cujas drenagens são internas e 
não possuem escoamento até o mar, desembocando em 
lagos, ou dissipando-se nas areias do deserto, ou perdendo-
se nas depressões cársicas; 
 arréicas: quando não há qualquer estruturação em 
bacias, como nas áreas desérticas, sendo comum a 
denominação bacia de escoamento difuso, justamente devido 
às elevadas infiltrações; 
 criptorréicas: quando as bacias são subterrâneas, 
como nas áreas cársticas. 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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 Portanto, a bacia hidrográfica é delimitada, 
fisicamente, pelos divisores de águas superficiais, divisores 
topográficos ou ainda interflúvios, os quais unem pontos de 
máxima cota (exceto a sua exutória) e dividem as 
precipitações que caem em bacias vizinhas, pois sobre eles 
as águas vertem para um lado e para outro (figura 02). Esse 
divisor representa as partes mais elevadas do relevo, como os 
planaltos e montanhas, e segue uma linha rígida e fixa 
definindo a área da qual provém o deflúvio superficial da 
bacia. 
 
 
 
 
 
Figura 02 – Representação esquemática de uma bacia hidrográfica (A) com seu perfil longitudinal FF’ representando de montante 
(nascente) para jusante (foz) o seu alto curso ou curso superior, médio curso ou curso intermediário e baixo curso ou curso 
inferior. Em (B) vemos o perfil transversal EE’ detalhado ( (Modificado de RAMOS, 1989). 
 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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 Em termos práticos, este divisor topográfico ou limite 
de cada bacia pode ser encontrado em laboratório através de 
uma visão tridimensional em fotografias aéreas ou pelas 
curvas de nível em mapas topográficos (Figura 03), à 
semelhança do que já foi discutido na aula 07 para os mapas 
de fluxos subterrâneos, já que estas curvas podem 
representar qualquer superfície, considerando o nível do mar 
como um nível de referência com altitude zero. Os trabalhos 
de campo irão fazer a confirmação final. Veja também que, 
conforme a escala de observação, cada segmento formador 
de drenagem de uma bacia maior pode constituir uma sub-
bacia (Figura 04). Assim, em todo trabalho de recursos 
hídricos, é necessário saber em qual contexto me encontro. 
 
 
 
Figura 03 – Bacia hidrográfica delimitada pelo divisor topográfico (em vermelho). 
Fonte: www.prof2000.pt/.../interfluvios.jpg. 
 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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Por fim, quais são as partes de um perfil transversal de 
um vale fluvial? 
 
Lembrando que vale fluvial é a própria depressão 
topográfica de uma bacia temos, assim, os seguintes 
elementos (Figura 05): 
 
 Leito: é a superfície por onde correm as águas do rio, 
nos períodos normais e de cheias; 
Margens: são os lados do leito fluvial; 
 Talvegue: é o ponto mais fundo do leito de um rio, os 
quais unidos definem uma linha; 
 Vertentes: são as partes do vale que se estendem 
desde as margens até os interflúvios; 
Figura 04 – Sub-bacias da bacia hidrográfica da Cachoeira das Pombas Guanhães, MG, 2004. 
Fonte: www.scielo.br/.../rarv/v30n5/a19fig01.gif 
 
http://www.scielo.br/.../rarv/v30n5/a19fig01.gif�
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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 Planícies fluviais: é o local situado entre a margem e 
o começo da vertente, justamente onde o rio transborda e 
deposita os sedimentos. Os terraços fluviais são vestígios 
das antigas planícies, geralmente situados em níveis 
topográficos mais altos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 05 – Perfil transversal de um rio (Fonte: oguiageografico.files.wordpress.com/2008/09/p...Acessado em 01/05/09). 
 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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 ATIVIDADE 01 
Agora, pare um pouco e responda a atividade a seguir. Ela 
deve ser feita antes de prosseguir nos estudos da aula. Caso 
você não se sinta seguro(a) para resolvê-la, retome a leitura 
do conteúdo ao qual ela se refere. 
Com base no que estudamos sobre os conceitos iniciais: 
01. Identifique os fluxos de entrada e saída de uma bacia. 
02. Por que os escoamentos saem unicamente pelo ponto de 
descarga de uma bacia? 
03. Como é chamado o escoamento subterrâneo em uma 
bacia? 
04. Como se definem os divisores topográficos? 
 
 
BACIAS HIDROGRÁFICAS E BACIAS 
HIDROGEOLÓGICAS 
 
 Para falar deste item poderemos iniciar perguntando 
qual a origem dos divisores topográficos. 
 As bacias hidrográficas típicas se formam por erosão 
pluvial sobre qualquer tipo de material geológico, sendo seus 
altos bem definidos por este processo. Por outro lado, isto não 
acontece no caso de regiões de sedimentos eólicos, como as 
dunas, pois não há uma continuidade bem definida dos altos 
topográficos uma vez que se originaram por acumulações de 
sedimentos. 
E existem outros tipos de divisores? 
Certamente, pois os terrenos de uma bacia são 
delimitados por dois tipos de divisores de água: um divisor 
topográfico ou superficial, como já se comentou, e um divisor 
freático ou subterrâneo. O segundo é, em geral, determinado 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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pela estrutura geológica dos terrenos, sendo muitas vezes 
influenciado também pela topografia (Figura 06), além da 
própria heterogeneidade das infiltrações, perdas subterrâneas 
e variação espacial das chuvas promovendo recarga 
diferencial. 
Dessa maneira, conforme Cleary (1989), um divisor de 
água subterrânea separa dois corpos de água subterrânea, de 
tal modo que não existe intercâmbio entre eles, ou seja, o 
fluxo através dessa linha é considerado nulo. Esse autor 
acrescenta que, similarmente às bacias hidrográficas 
superficiais, pode ser, às vezes, hidrologicamente 
conveniente, definir as bacias subterrâneas de um rio ou lago 
devido à ausência de escoamento superficial. 
Conforme se aprendeu, para se definir a bacia 
hidrogeológica, é só traçar uma linha, dividindo ao meio os 
altos hidráulicos nos mapas de fluxos da região, da mesma 
forma que a figura 03. Conforme Cleary (1989), dependendo 
de como as bacias hidrogeológicas são definidas, os 
contornos das mesmas podem ser muito próximos àqueles 
das bacias hidrográficas superficiais. Fetter (1994) aponta, 
simplesmente, que não necessariamente coincidem. Villela e 
Mattos (1975) defendem que as áreas demarcadas por esses 
divisores dificilmente coincidem com exatidão. Devido à 
dificuldade de se determinar, precisamente, o divisor freático, 
uma vez que ele não é fixo e nem permanente, mudando de 
posição com as flutuações do lençol, costuma-se considerar 
que a área da bacia de drenagem subterrânea é aquela 
mesma, determinada pelo divisor topográfico, como já foi dito. 
Pode também, em situações especiais pelo desaparecimento 
dos divisores hidrogeológicos ou pela não coincidência dos 
divisores (Figura 06), haver fuga de água subterrânea, da 
bacia onde ocorreu a precipitação para outra bacia, 
constituindo um aspecto importante do cálculo do balanço 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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hídrico de pequenas bacias, visto que, nas grandes bacias, 
essa fuga pode ser desprezível. 
 
 
 
 Todd (1959) ressalta que uma bacia de água 
subterrânea pode ser definida como uma unidade fisiográfica 
que contém um grande ou vários aquíferos ligados e inter-
relacionados. Desse modo, acrescenta que o conceito de 
bacia de águas subterrâneas tornou-se importante, nos 
últimos anos, com a compreensão de que o aproveitamento 
excessivo da água subterrânea, em uma porção da bacia, 
afeta diretamente o abastecimento do resto da bacia. 
 
 
QUAL A IMPORTÂNCIA DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 
DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS? 
 
 Villela e Mattos (1975) comentaram que as 
características físicas de uma bacia tais como a topografia, a 
cobertura vegetal, o tipo de solo, a litologia e a estrutura das 
Figura 06 – Corte transversal de uma bacia com seus divisores topográficos e subterrâneos (Modificado de VILLELA e MATTOS, 1975). 
 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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rochas da bacia, são elementos de grande importância em 
seu comportamento hidrológico. De fato, existe uma estreita 
correspondência entre o regime hidrológico e estes 
elementos, sendo, portanto, de grande utilidade prática o 
conhecimento desses elementos. 
 Desse modo, Summerfield (1997) conclui que muitas 
características das bacias de drenagem podem ser expressas 
quantitativamente (índices) para que sirvam de comparação 
com outras bacias (regiões hidrológicas) e obter informações 
hidrológicas, quando faltem as mesmas. Assim, apenas 
algumas dessas características físicas das bacias 
hidrográficas serão apresentadas a seguir, pois o assunto é 
muito vasto. 
 
 Padrões de Drenagem: os padrões de drenagens são 
aspectos geomorfológicos que devem ser observados, uma 
vez que traduzem informações da geologia e podem 
influenciar na velocidade dos escoamentos na bacia, entre 
outros aspectos. Existem alguns tipos básicos, tal como 
mostrado na figura 07. 
 
 
A - Dentrítica B - Treliça 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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 Características Geológicas e Pedológicas: segundo 
Magalhães (1989), a pedologia e geologia da bacia 
determinam a infiltração e a percolação das águas no meio 
poroso, de acordo com a maior ou menor permeabilidade e, 
por conseguinte, produz alterações significativas no regime 
hidrológico da bacia. Beltrame (1994) também retrata que 
essas características físicas podem contribuir para uma menor 
ou maior capacidade de degradação dos recursos naturais de 
uma bacia, como as suscetibilidades à erosão. 
 Hierarquia Fluvial: a ordem dos rios é uma 
classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação 
dentro de uma bacia, a qual indicará, portanto, a maior ou 
C – Retangular D - Paralela 
E - Radial F - Anelar 
Figura 07 – Padrões de drenagem básicos (CHRISTOFOLETTi,1980). 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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menor velocidade com que a águadeixa a bacia hidrográfica. 
Como critérios de ordenamento dos canais da rede de 
drenagem, destacam-se o Strahler (1957) (Figura 08). Neste 
método são considerados de primeira ordem as correntes 
formadoras; quando dois canais de primeira ordem se unem é 
formado um segmento de segunda ordem; a junção de dois 
rios de segunda ordem dá lugar à formação de um rio de 
terceira ordem e, assim, por diante. Desse modo, a ordem do 
rio principal mostra a extensão da ramificação na bacia. Existe 
ainda o critério de Horton (1945), embora menos usado, pode 
ser utilizado para classificar o rio principal de uma bacia 
hidrográfica. 
 
 
 Área da Bacia (A): é toda área drenada pelo conjunto 
do sistema fluvial, projetada em um plano horizontal. 
Determinado o perímetro da bacia incluso entre seus divisores 
topográficos, a área pode ser calculada com o auxílio do 
planímetro, de papel milimetrado, pela pesagem de papel 
uniforme devidamente recortado ou através de técnicas mais 
sofisticadas, com o uso do computador. A área é o elemento 
básico para o cálculo das outras características físicas e é 
Figura 08 – Sistema de ordenamento de canais de Strahler (1975) 
Fonte: www.epa.gov/watertrain/stream/s29.jpg. Acessado em 02/05/09. 
 
http://www.epa.gov/watertrain/stream/s29.jpg�
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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expressa em Km2. Segundo Tucci (1993) a área é um dado 
fundamental para definir a potencialidade hídrica da bacia 
hidrográfica, porque seu valor multiplicado pela lâmina de 
chuva precipitada define o volume de água recebido pela 
bacia. 
 Forma da Bacia: segundo Magalhães (1989), é 
intuitivo que exista uma relação entre o hidrograma e a área 
da bacia e por isso inúmeras fórmulas empíricas procuram 
correlacionar vazões com essa grandeza espacial. No 
entanto, bacias de mesma área, declividade e solo, podem 
produzir hidrogramas bem diferentes dependendo da sua 
forma geométrica (Figuras 9). Villela e Mattos (1975), por sua 
vez, comentam que a forma de uma bacia hidrográfica é 
importante devido ao tempo de concentração, o qual é 
definido como o tempo necessário, a partir do início da 
precipitação, para que toda a bacia contribua na seção em 
estudo. Em outras palavras, é o tempo que leva a água dos 
limites da bacia para chegar à saída da mesma. Em geral as 
bacias hidrográficas dos grandes rios apresentam a forma de 
uma pera ou de um leque, mas as bacias variam muito no 
formato, dependendo da estrutura geológica do terreno. 
 
 
 Densidade de Drenagem: exprime o quanto uma 
região é bem drenada (canais efêmeros, intermitentes e 
perenes). Segundo Christofoletti (1980), a densidade de 
drenagem (Dd) correlaciona o comprimento total dos canais 
Figura 09 – Influência da forma da bacia no hidrograma (Magalhães, 1989) – gráfico que correlaciona a vazão (m3/s) e o tempo. 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
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Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
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de escoamento (Lt) com a área da bacia hidrográfica (A), 
podendo ser calculada pela equação Dd = Lt / A. À medida 
que diminui o valor numérico da Dd, há diminuição quase 
proporcional do tamanho dos componentes fluviais das bacias 
de drenagem. Veja que nas rochas de granulometria mais fina 
(ou impermeáveis) a infiltração encontra maior dificuldade, 
gerando possibilidades para a esculturação de canais. O 
contrário se verifica com as rochas de granulometria grossa. 
Segundo Villela e Mattos (1975), pode-se afirmar que este 
índice varia de 0,5 Km / Km2, para as bacias com drenagem 
pobre, a 3,5 ou mais, para as bacias excepcionalmente bem 
drenadas. 
 Conforme Tucci (1993), uma forma mais simples de 
representar a densidade de drenagem é calcular a Densidade 
de Confluências (DC) = NC / A, onde NC é o número de 
confluências ou bifurcações apresentadas pela rede de 
drenagem. 
 Características do Relevo de uma Bacia: segundo 
Villela e Mattos (1975), o relevo de uma bacia tem grande 
influência sobre os fatores meteorológicos e hidrológicos, pois 
a velocidade do escoamento superficial é determinada pela 
declividade do terreno, enquanto que a temperatura, a 
precipitação, a evaporação etc são funções de altitude da 
bacia. Estas costumam ser representadas pela Curva 
Hipsométrica (Relação de Área versus Altitude), ou seja, 
calculando-se as áreas existentes entre cada faixa altimétrica 
e colocando-se os valores obtidos em um gráfico no qual, em 
ordenadas, estão assinaladas as altitudes (em metros), e nas 
abscissas a área (em Km2), ter-se-á uma linha que é a curva 
hipsométrica. Pode – se definir quantos % da área da bacia se 
encontram em determinada elevação (Figura 10). Existe 
também o que se chama de mapa hipsométrico, similarmente 
aos mapas de declividade, os quais podem ter muitas 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
básica da hidrologia. 
 
 
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aplicações na orientação do uso e ocupação do solo na bacia 
com as fragilidades naturais (Figura 11). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Curva hipsométrica da bacia hidrográfica do córrego Romão dos Reis, Viçosa, MG, 
2004. Fonte: www.scielo.br/.../rarv/v31n5/a17fig06.gif. Acessado em 02/05/09. 
 
Figura 11 – Mapa hipsométrico, onde cada cor revela uma faixa de altitude. 
Fonte: www.esteio.com.br/imagens/se-LhipsoCurva.jpg. Acessado em 02/05/09. 
http://www.scielo.br/.../rarv/v31n5/a17fig06.gif�
http://www.esteio.com.br/imagens/se-LhipsoCurva.jpg.%20Acessado%20em%2002/05/09�
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Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
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ATIVIDADE 02 
Essa atividade ajudará a sistematizar as informações que 
você acabou de receber. Com base no que estudamos 
resolva: 
01. Todas as bacias possuem divisores hidrogeológicos e 
topográficos? 
02. Identifique qual dos dois hidrogramas da figura 09 é mais 
evidente de bacias sujeitas às inundações. 
03. Utilize o critério de Strahler (1957) para definir a ordem 
desta bacia. 
 
 
 
 
RESUMINDO 
Nesta aula, você aprendeu o conceito de bacia hidrográfica e 
que o seu ponto de descarga pode ser também um lago ou 
cavernas calcárias. Aprendeu ainda que, conforme a escala 
de observação, pode-se ter sub-bacias dentro de uma mesma 
bacia, da mesma forma que se pode ter uma bacia de um lago 
dentro de outra maior. Aprendeu, ainda, que aspectos 
hidrológicos e características físicas influenciam no 
escoamento superficial e subterrâneo, bem como na própria 
conservação do solo diante dos processos erosivos. 
Gestão dos Recursos Hídricos – Aula 08 – Bacia hidrográfica: unidade 
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 LEITURAS COMPLEMENTARES 
 
A leitura do capítulo 04 “A análise de bacias 
hidrográficas” do livro Geomorfologia permitirá que você 
compreenda mais detalhadamente os diversos índices físicos 
de uma bacia hidrográfica. 
Disponível em: 
 
CHRISTOFOLETTI, A. 1980. Geomorfologia. 2 ed. São 
Paulo: Edgar Blucher,. 188 p.. 
 
AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS 
 
Utilizando o mapa do exercício 02 e a leitura 
complementar anterior, aplique o critério de Horton (1945) 
para determinar o rio principal. 
 
 
 CONHECENDO AS REFERÊNCIAS 
 
 
BELTRAME, A.V. 1994. Diagnóstico do meio físico de bacias 
hidrográficas: modelo e aplicação. Editora da UFSC. Campus 
Universitário. Florianópolis/SC. 111 p.. 
 
CHRISTOFOLETTI, A. 1980. Geomorfologia. São Paulo, 
Edgar Blucher, 2 edition. 188 p.. 
 
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Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 
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	A leitura do capítulo 04 “A análise de bacias hidrográficas” do livro Geomorfologia permitirá que você compreenda mais detalhadamente os diversos índices físicos de uma bacia hidrográfica.

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