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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 QUESTÕES AIN 05 – TEP E TVP 1. Escores de risco são usados para avaliar a probabilidade diagnóstica de tromboembolismo pulmonar. Para o cálculo do Escore de Wells, são critérios avaliados, EXCETO A) Taquicardia (>100 bpm). B) Presença de hemoptise. C) Taquipneia de início súbito. D) Presença de malignidade 2. Em relação aos exames que auxiliam no diagnóstico de tromboembolismo pulmonar (TEP), é correto afirmar: A) A arteriografia pulmonar é padrão-ouro no diagnóstico, sendo necessária em todos os casos. B) Nos casos de critérios de Wells com moderada e alta probabilidade de TEP, não há necessidade de se solicitar o D-dímero. C) A angiotomografia pulmonar deve ser realizada somente nos casos de D-dímero alterado. D) A cintilografia pulmonar de ventilação e perfusão é um exame essencial para se indicar a anticoagulação em paciente com alta suspeita de TEP. E) O padrão S1Q3T3 ao eletrocardiograma é altamente sensível, sendo imprescindível para o diagnóstico de TEP. 3. Mulher de 34 anos comparece à UPA com a queixa de dispneia em repouso iniciada há 12h. Teve filho por parto normal há 40 dias. Desconhece doenças prévias. Ao exame físico, apresenta FC 109bpm, PA 130/86mmHg, FR 29irpm, SpO₂ em ar ambiente 88%. O exame respiratório revela taquipneia e crepitações teleinspiratórias na base do tórax à direita. Solicita-se angiotomografia do tórax, que revela falhas de enchimento nos ramos arteriais pulmonares lobares e segmentares bilateralmente. O ecocardiograma revela dilatação e hipocontratilidade do ventrículo direito. Foi iniciada oxigenioterapia suplementar por cateter nasal a 3L/min. Exames de laboratório: Hb 14,5g/dL; LG 12.800/mm³; NS 10.420/mm³; Plq 280.000/mm³, troponina 10ng/L; BNP 590 pg/mL. A conduta imediata MAIS ADEQUADA nesse caso é indicar: A) anticoagulantes orais diretos (DOAC). B) heparina de baixo peso molecular. C) tenecteplase. D) trombectomia mecânica. 4. Quando estamos diante de um paciente com Embolia Pulmonar, precisamos classificar este paciente em estável ou instável clinicamente para tomar as condutas diagnósticas de forma rápida e iniciar o tratamento de forma correta. Diante disto, qual das afirmativas está correta? NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 A) O D-Dímero é reconhecido por seu valor preditivo positivo e com alta especificidade em todos os casos suspeitos de TEP. B) A Angiotomografia de Tórax quando negativa exclui TEP mesmo em casos de lesões periféricas pulmonares. C) Cintilografia Pulmonar e Arteriografia são considerados exames ""padrão ouro"" para diagnóstico de TEP e estão disponíveis, mesmo em pacientes instáveis clinicamente. D) O padrão característico do ECG é S1Q3T3, mesmo não sendo frequente e está associada a disfunção de ventrículo direito. 5. Com relação ao tromboembolismo venoso, marque a MELHOR opção: A) o exame de escolha para o diagnóstico de trombose venosa profunda é o Doppler venoso profundo dos membros inferiores e, para a confirmação do tromboembolismo pulmonar, a angiotomografia do tórax B) o tratamento do tromboembolismo pulmonar deve ser iniciado, mesmo antes da confirmação diagnóstica, se a probabilidade for alta ou intermediária e o risco estimado de sangramento baixo C) o risco de tromboembolismo venoso é maior em pacientes acima de 40 anos e aumenta significativamente com o envelhecimento D) o tratamento com anticoagulantes orais diretos é uma excelente opção terapêutica e já é a primeira opção em muitos casos E) todas as afirmativas estão corretas 6. Com relação ao tromboembolismo pulmonar é correto afirmar: A) A trombólise está reservada a pacientes com choque. B) A trombólise está reservada a pacientes com choque e/ou disfunção de ventrículo direito. C) A anticoagulação terapêutica deve ser feita preferencialmente com heparina de baixo peso molecular. D) Em pacientes com suspeita de TEP é importante solicitar enzimas cardíacas para descartar coronariopatia associada. E) O papel da Tomografia Computadorizada reside, sobretudo, na exclusão de dissecção aórtica associada. 7. Em relação ao tromboembolismo pulmonar (TEP), assinale a alternativa correta. A) 30% dos pacientes podem apresentar sintomas neurológicos. B) 50% dos pacientes podem apresentar síncope. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 C) A dispneia é o segundo sintoma mais frequentemente descrito. D) A grande maioria dos pacientes apresenta dor torácica, sendo este o sintoma descrito mais comum. E) A tríade clássica do TEP (dispneia, dor torácica pleurítica e hemoptise) ocorre na minoria dos casos 8. Paciente com neoplasia de colo de útero, em tratamento com radioquimioterapia, apresentando sangramento vaginal, evoluiu com dor e edema no membro inferior direito. Qual a sua conduta para tratamento no caso clínico da questão anterior? A) Filtro de veia cava. B) Anticoagulação plena com enoxeparina. C) Amputação da perna. D) Aumento da ingesta via oral de proteínas. E) Revascularização de perna direita por angioplastia 9. São considerados fatores de risco maiores para TEV, exceto: a) Prótese de quadril ou joelho b) Fratura c) Idade d) Cirurgia abdominal ou pélvica de grande porte 10. São variáveis presentes no Escore de Wells, exceto: a) Hemoptise b) Neoplasia maligna c) TVP ou TEP prévio d) FC maior que 120 11. Em relação a dosagem de D-dímero no diagnóstico da embolia pulmonar ,assinale a alternativa incorreta: a) D-dímero é o produto de degradação da fibrina. b) Está aumentado no plasma na presença de trombose aguda. c) Possui valor preditivo positivo elevado. d) Possui valor preditivo negativo elevado. 12. Qual alteração eletrocardiográfica mais específica na embolia pulmonar? a) S1Q3T3. b) Inversão de onda T de V1-V4. c) BRD novo. d) Padrão QR em V1 13. Em relação ao tratamento com uso de trombolítico do TEP instável assinale a alternativa incorreta: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 a) O maior benefício ocorre dentro de 48hs do início dos sintomas. b) Pode ser usado até 21 dias do quadro clínico do TEP. c) O uso do trombolítico está indicado nos casos de instabilidade hemodinâmica. d) O trombolítico reduz a RVP e melhora a função do VD 14. Um paciente de 68 anos está internado na UTI no 2º pós- operatório de uma embolização de um aneurisma cerebral roto que resultou em AVC hemorrágico. Passou a apresentar edema e empastamento de coxa e panturrilha direitas. Um USG doppler confirmou o diagnóstico de trombose da veia femoral comum direita. A melhor conduta neste caso seria: A) Heparina não fracionada B) Heparina de baixo peso molecular C) Filtro de veia ilíaca D) Filtro de veia cava inferior 15. Paciente do sexo masculino, 52 anos, portador de miocardiopatia dilatada, apresenta-se a emergência queixando-se de dor súbita em MIE há poucos minutos. Ao exame físico foi observada diminuição da temperatura, palidez, cianose e diminuição de pulsos periféricos. Foi realizada heparinização plena e embolectomia com cateter de Fogarty. São critérios para avaliação de viabilidade do membro na isquemia aguda (Rutherford), exceto: a) Perda sensitiva b) Fraqueza muscular c) Doppler d) Temperatura do membro GABARITO: 1. C São critérios avaliados pelo Escore de Wells: Sinais clínicos de TVP, Frequência cardíaca > 100 bpm, Imobilização ou cirurgia recente, TEP ou TVP prévias, Hemoptise, Câncer, TEP como diagnóstico mais provável 2. B Acerca do tromboembolismo pulmonar, sabemos que o escore de Wells permite distinguir pacientes com baixa e alta probabilidade desse diagnóstico. Assim, pacientes com baixa probabilidade para TEP devem ser submetidosa realização de D-dímero, que por seu alto valor preditivo negativo (exame de alta sensibilidade), permite descartar a doença quando negativo. Pacientes com alta probabilidade para TEP devem ser submetidos a angiotomografia de tórax, uma vez que esse exame é de alta especificidade para o diagnóstico. Apesar da arteriografia pulmonar ser classicamente considerada como padrão ouro para o diagnóstico, a evolução da tomografia permite que o diagnóstico seja realizado por esse exame na maioria dos NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 casos. A cintilografia ventilação/perfusão está reservada para os casos em que não é possível a realização de tomografia, como na gestação. Sobre o eletrocardiograma, o achado mais frequente é a taquicardia sinusal, sendo o padrão S1Q3T3 de maior especificidade. 3. B Qual é o diagnóstico de uma puérpera com quadro agudo composto por taquidispneia e falhas de enchimento arterial na angiotomograia de tórax? Tromboembolismo pulmonar (TEP)! Como devemos tratar? A única indicação ABSOLUTA para trombólise é presença de instabilidade hemodinâmica (formalmente definida como uma PA sistólica < 90 mmHg opr um período > 15 minutos, hipotensão com necessidade de aminas vasoativas ou evidências clínicas de choque), mas esse não é o caso. Envolvimento de múltiplos segmentos ou de um lobo inteiro, hipoxemia grave ou disfunção ventricular direita ao ecocardiograma (mesmo quando há alteração de biomarcadores como troponina ou BNP) são indicações relativas sem consenso na literatura (LETRA C INCORRETA). A terapia intervencionista fica reservada aos pacientes com embolia maciça, instáveis hemodinamicamente e naqueles com contraindicações ou refratariedade aos trombolíticos (LETRA D INCORRETA). A heparina de baixo peso molecular é o anticoagulante de escolha para pacientes com TEP hemodinamicamente estáveis (a enoxaparina é feita na dose de 1 mg/kg, via subcutânea, a cada 12 horas). Os novos anticoagulantes orais vem ganhando cada vez mais espaço no tratamento do TEP. No entanto, apenas o rivaroxaban foi aprovado pela Food and Drug Administration, sendo ainda contraindicado em lactantes (LETRA A INCORRETA). 4. D Sobre o tromboembolismo pulmonar, o escore de Wells permite distinguir pacientes com baixa e alta probabilidade desse diagnóstico. Assim, pacientes com baixa probabilidade para TEP devem ser submetidos a realização de D-dímero, que por seu alto valor preditivo negativo (exame de alta sensibilidade), permite descartar a doença quando negativo. Pacientes com alta probabilidade para TEP devem ser submetidos a angiotomografia de tórax, uma vez que esse exame é de alta especificidade para o diagnóstico. Apesar da arteriografia pulmonar ser classicamente considerada como padrão ouro para o diagnóstico, a evolução da tomografia permite que o diagnóstico seja realizado por esse exame na maioria dos casos, exceto nas lesões em ramos subsegmentares. A cintilografia ventilação/perfusão está reservada para os casos em que não é possível a realização de tomografia, como na gestação. Sobre o eletrocardiograma, o achado mais frequente é a taquicardia sinusal, sendo o padrão S1Q3T3 de maior especificidade e associado à disfunção de ventrículo direito. 5. E Sobre o tromboembolismo venoso (TEV), vamos avaliar cada alternativa: A) A sensibilidade e especificidade NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 do doppler venoso para diagnóstico de TVP chegam a 96%, sendo este um exame rápido, barato e não invasivo e portanto o exame de escolha. De forma semelhante, para diagnóstico de TEP, a angiotomografia representa nos dias atuais o exame padrão ouro, pela alta qualidade de imagem e elevada acurácia, além da baixa invasividade. (CORRETA) B) O diagnóstico clínico de TEP é baseado na probabilidade pré-teste, utilizando a história clínica, exame físico e dados objetivos como a quantificação do score de Wells. O início do tratamento com anticoagulação plena está indicado mesmo antes da confirmação em pacientes de alta probabilidade pré-teste (CORRETA) C) O próprio score de Wells para probabilidade pré-teste de TEV determina pontuaçnao maior para indivíduos idosos, pois estes apresentam maior risco geral de TEV (CORRETA) D) Principalmente para os casos que não requeiram hospitalização, os anticoagulantes orais diretos representam uma boa alternativa terapêutica a médio e longo prazo para tratamento ambulatorial do TEV (CORRETA) E) todas as afirmativas acima estão de fato correta 6. A Dependendo do grau de suspeição clínica (quantificada pelo escore de Wells), o paciente com suspeita de TEP pode ser inicialmente avaliado pela dosagem do D-dímero (escore de Wells menor ou igual à 4) ou direto por angio-TC (escore de Wells > 4). O uso de tomografia de tórax (sem o contraste), em geral, é pouco útil para a confirmação do diagnóstico e pode ajudar apenas a excluir outros diagnosticos diferenciais como pneumotórax e pneumonia. A dissecção aórtica também é melhor visualizada pela angio�TC. Com relação a dosagem de troponina, ela pode estar elevada no TEP, principalmente nos casos associados à sobrecarga de VD - logo, outros dados são necessários para descartar coronariopatia. Uma vez confirmado o diagnóstico, o primeiro passo é saber se há uma instabilidade hemodinâmica atribuível ao TEP pois, nesses casos, há indicação de terapia primária (trombólise ou embolectomia) além das medidas secundárias (anticoagulação e/ou filtro de via cava) que são aplicadas a todos os casos. Há polêmica, no entanto, nos pacientes com disfunção de VD porém sem repercussão hemodinâmica. A maioria dos autores preconiza que o tratamento deve ser individualizado. Além disso, a possibilidade de realizar o trombolítico em até 14 dias após o início dos sintomas favorece uma conduta inicial mais conservadora. A anticoagulação, em geral, é feita com heparina de baixo peso molecular devido a maior facilidade posológica e menor necessidade de exames. Entretanto, ela não é considerada superior à heparina não fracionada e alguns casos específicos exigem o uso desta última (ex: instabilidade hemodinâmica, ClCr < 30 ml/min, obesos mórbidos). Por conta disso, não é correto afirmar, de forma NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 genérica, que a heparina de baixo peso molecular deve ser preferida nos pacientes com TEP 7. E O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma doença comum e às vezes fatal que ocorre devido à obstrução de uma artéria pulmonar ou de um de seus ramos por material (por exemplo, trombo, tumor, ar ou gordura) que se originou em outras partes do corpo. O seu sintoma mais frequente é a dispneia e o sinal mais frequente é a taquipneia. A tríade clássica é composta por dispneia, dor pleurítica e hemoptise e a presença de hipotensão, síncope e cianose indicam embolia pulmonar maciça. Devido a grande variedade de apresentações clínicas e ao fato da tríade clássica estar presente em apenas uma minoria dos casos, muitos autores recomendam a utilização de um sistema de escore clínico para orientar a suspeita diagnóstico (o mais utilizado é o escore de Wells). 8. A Como sabemos, pacientes com câncer são mais suscetíveis ao desenvolvimento de fenômenos tromboembólicos. O tratamento da TVP nesses indivíduos não é muito diferente: a enoxaparina é a droga de escolha e deve ser prescrita caso a expectativa de vida não seja muito baixa (nestas situações, “vale a pena” anticoagular o indivíduo), o clearance de creatinina seja superior a 30 ml/min e não haja outras contraindicações à anticoagulação. Repare que o enunciado nos informa que a paciente apresenta sangramentos vaginais secundários à RQT, o que impede a prescrição de fármacos que aumentam o risco de fenômenos hemorrágicos. Sendo assim, é preciso pensar em outra solução para o caso...Na presença de contraindicações à anticoagulação, a opção terapêutica aceita é a implantação de um filtro de veia cava. Trata-se de um dispositivo posicionado na veia cava inferior (na maioria dos casos) que impede a passagem de êmbolos por esse vaso. Sem dúvida, essa é a melhor estratégia a ser indicada, já que as outras alternativas são absurdas 9. C 10. D 11. C 12. A 13. B 14. D 15. D